1 - princípios gerais da toxicologia

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  • 7/25/2019 1 - Princpios Gerais Da Toxicologia

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    EM MEDICINA DO TRABALHO

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    AMBIENTES DE TRABALHO E DOENAS

    TOXICOLOGIA E AGENTES QUMICOS

    PROF WALDIR FAVARIN MURARI

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    Ementa

    Esta disciplina divulga os princpios gerais da toxicologia e aborda osprincipais agentes existentes nos ambientes de trabalho, direta ou

    n retamente envo v os nos processos pro ut vos, em suascaractersticas de bio-transformao e formas de monitoramentobiolgico.

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    Contedo Programtico

    Princpios gerais da Toxicologia

    Toxicologia dos Solventes Toxicologia dos Metais Defensivos Agrcolas e Domissanitrios

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    WALDIR FAVARIN MURARI Dr. Waldir Favarin Murari, CRM.SP n. 33.616, mdico formado pela Faculdade

    de Cincias Mdicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em1978, especialista em Patologia Clnica (Medicina Laboratorial), ttulo conferidopela A.M.B. - Associao Mdica Brasileira atravs da sua filiada Sociedade

    ,

    Trabalho, ttulo conferido pela A.M.B. - Associao Mdica Brasileira atravsde sua filiada ANAMT - Associao Nacional de Medicina do Trabalho em1995, Curso de Extenso Universitria em Gesto de Sade, Segurana eMeio Ambiente UNICAMP/BUREAU VERITAS, Ps-graduado em perciasmdicas Fundao UNIMED/Universidade Gama Filho.

    Assistente tcnico pericial Coordenador de PCMSO em industrias qumicas Consultor de empresas em toxicologia E-mail: [email protected]

    Fone: (19)3326-1652 | Celular: (19)9797-55155

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    Princpios Gerais da Toxicologia

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    Riscos ocupacionais:

    Substncias qumicas Material particulado L uidos

    Gases Vapores

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    Principais Vias de Introduo

    Respiratria Pele

    ra gest va

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    Absoro Atravs da Pele

    A pele constitui-se numa importante camada protetora do organismo.Mas....

    No rote e sem re contra os riscos resentes no ambiente de

    trabalho porque as substncias qumicas podem ser absorvidasdiretamente pelo organismo atravs da pele saudvel.

    Uma vez absorvidas, as substncias qumicas atravs da circulaoso transportadas para os rgos alvo produzindo efeitos nocivos.

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    Pele

    Vrios materiais ou situaes no ambiente de trabalho podem causarmolstias ou leses.

    O trabalho mecnico em que realiza frices, presso e outras formasde fora (p. ex., trabalhadores que utilizam rebitadeiras, retiram lascas,verrumas e martelos) podem produzir calos, bolhas, leses nos nervos,cortes, etc.

    As centenas de novas substncias qumicas que ingressam nosambientes de trabalho a cada ano, algumas delas podem ocasionarirritao da pele e reaes alrgicas da derme.

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    Algumas substncias tais como cidos e lcalis fortes provocaroleses na pele quase imediatamente.

    Outras como cidos e lcalis diludos e solventes em geral,provocar o e e os na pe e s se ouver con ac o a pe e com asubstncia qumica durante vrios dias.

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    Quais substncias podem danificar a pele?

    Todas as formas de petrleo, entre elas o diesel, lubrificantes,combustveis, solventes, diluentes e desengraxantes, (parafina,tricloroetileno, e os rodutos derivados do etrleo

    Produtos do alcatro da hulha, compreendidos os fenis e os cresis

    Algumas substncias podem tornar a pele enrijecida, aps a formaode bolhas ou produzir escamas isto , dermatites.

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    Dermatites: sintomatologia

    Habitualmente os sintomas somente aparecem quando a substnciaqumica entra em contato com a pele e desaparecem quando otrabalhador deixa de estar em contato com a mesma.

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    Algumas substncias qumicas que causam

    dermatites de contato

    Formaldedo

    Compostos de nquel Resinas epxi e catalisadores utilizados na fabricao de produtos

    plsticos.

    Agentes germicidas que levam o sabo e outros produtos de limpeza,em particular o hexaclorofeno, bitionol e as salicilanilidas halogenadas

    Cromatos.

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    Sistema Respiratrio

    O sistema respiratrio dispe de mecanismos muito eficazes para filtraros poluentes normais que ocorrem no ar.

    Os sistemas de filtrao do nariz (pelos) e do trato respiratrio superior(mucosa, clios vibrteis) impedem que grandes partculas penetrem noorganismo e atinjam os pulmes produzindo efeitos adversos sade.

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    Sistema Respiratrio

    Em geral filtra as partculas de ps de dimetros grandes, entre asquais as fibras

    muito difcil eliminar as partculas de dimetros pequenos que podeatingir partes mais profundas dos pulmes e ocasionar gravesproblemas respiratrios locais

    Quando os pulmes esto expostos a concentraes elevadas de ps,vapores, fumos do cigarro, poluentes da atmosfera, os mecanismos defiltrao podem ficar sobrecarregados e sofrer um dano.

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    Sistema Respiratrio

    Uma vez sofrido o dano provvel que se desenvolvam nos pulmes,diferentes bactrias,vrus etc, provocando pneumonias. Tarefas em locais cheios de ps (mineiros de bauxita e carvo;

    engenhos de acar; de amianto; indstria qumica; indstria,

    respiratrias que outros trabalhadores em outras atividades. Mineiros de bauxita Mineiros de carvo Engenhos de acar

    Amianto Indstria qumica Indstria farmacutica, etc

    Maior possibilidade de contrair doenas respiratrias que outrostrabalhadores em outras atividades.

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    O organismo dispe de vrios mecanismos que podem emitir sinais dealarme quando ocorrem riscos:

    Tosse Irritao no nariz

    Estes sinais de advertncia apenas diro que h um provvel risco.

    Todavia muitas substncias qumicas no apresentam odor e assim nopodemos identificar.

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    Outras substncias qumicas s apresentam odor quando seapresentam em concentraes muito acima dos nveis de seguranae j podem estar provocando danos sade.

    Alternativamente, outras no apresentam odor aps determinadotempo prximo a elas, pois o nariz se habitua com o seu odor(adaptao).

    Dessa forma o olfato nem sempre um sinal de alarme confivel.

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    1. Gases e vapores

    Irritantes

    Secundrios

    2. Asfixiantes

    Simples

    Sistmicos

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    Os gases e vapores podem tambm penetrar no organismo atravs dosistema respiratrio.

    Efeitos locais no trato respiratrio superior e nos pulmes e outrossero absorvidos passando para a corrente sangnea e provocarefeitos adversos nos rgos alvo.

    ___________________________________________________

    Amnia irritante respiratrio

    Gs sulfdrico irritante e depressor do SNC

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    Biomonitoramento: Introduo

    Trata-se de uma metodologia de fundamental importncia, atualmentede ampla aplicao pratica seja nas investigaes transversais seja naslon itudinais ois ermite avaliar o andamento das ex osi es no

    tempo.

    O biomonitoramento tambm importante na pesquisa, particularmentenos estudos epidemiolgicos.

    Em tais investigaes o valor dos biomarcadores fornece umainformao sobre a exposio e prognosticar um eventualdesenvolvimento no tempo, de efeitos adversos a sade dos expostos.

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    Conceitos

    BIOMONITORAMENTO:consiste na determinao de:consiste na determinao de biomarcadoresbiomarcadores dedeexposio eexposio e biomarcadoresbiomarcadores de efeitos, nos indivduos expostos (de efeitos, nos indivduos expostos (tecidos,tecidos,secrees, ar expirado, metablitossecrees, ar expirado, metablitos) aos agentes presentes no ambiente) aos agentes presentes no ambiente

    ,,

    referncias apropriadas.referncias apropriadas.

    MONITORAMENTO AMBIENTALMONITORAMENTO AMBIENTAL: consiste na medida, dos agentes: consiste na medida, dos agentesqumicos presentes na atmosfera do ambiente de trabalho para avaliar aqumicos presentes na atmosfera do ambiente de trabalho para avaliar aexposio ambiental e o risco a sade comparando com refernciasexposio ambiental e o risco a sade comparando com refernciasapropriadas.apropriadas.

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    SIGLAS ENTIDADES

    DFG - Deutsche Forschungsgemeinschaft NIOSH - National Institute of Occupational Safety and Health - EUA

    - -

    ACGIH -American Conference of Governmental Industrial Higyenists

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    Limites de Exposio Ambientais (DFG)

    MAK (Mxima Concentrao Tolervel): a mxima concentrao deuma substancia qumica (gs, vapor ou partculas aerodispersas)presente no ambiente de trabalho que no produz efeitos adversos nostrabalhadores ex ostos durante um erodo de 8 horas dirias ou 40

    horas semanais.

    TRK (Limite de Exposio Tcnico): o nvel mais baixo deconcentrao que pode ser obtido nas industrias com a tecnologiaatual.

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    Limites de Exposio Ambientais (ACGIH)

    TLV-TWA (Valor limite limiar - mdia ponderada no tempo):concentrao media ponderada no tempo (calculada para uma jornada

    semanal) para as quais se acredita que quase todos os trabalhadorespossam estar repetidamente expostos dia aps dia sem apresentarefeitos adversos.

    TLV-STEL (Valor limite limiar - limite para um breve perodo (tempo) deexposio): concentrao a qual se acredita que os trabalhadorespossam estar expostos continuamente por um breve perodo de temposem que surjam irritaes, dano crnico ou irreversvel nos tecidos ereduo do estado de ateno.

    TLV-C (Valor limite limiar - Ceiling): concentrao que no deve ser

    superada durante qualquer momento da exposio da jornada detrabalho.

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    =

    = 50%

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    Limites biolgico segundo a ACGIH e a DFG

    BEI (ndice Biolgico de Exposio - ACGIH): representa o valor dobiomarcador que possvel encontrar em amostras colhidas detrabalhadores saudveis, expostos aos nveis de concentrao do ar daordem de grandeza do TLV-TWA. -

    da substancia qumica ou de seu metablito presente nas amostrascolhidas dos trabalhadores expostos num perodo de 8 horas dirias ou40 horas semanais. Os BAT so validados referindo-se aos valores do MAK. EKA (Limite de Exposio Equivalente para Substancias CancergenasEKA (Limite de Exposio Equivalente para Substancias Cancergenas

    -- DFG): para as substancias cancergenas osDFG): para as substancias cancergenas os BATsBATs foram substitudosforam substitudospelo EKA.pelo EKA.Servem para investigar a relao entre a concentrao da substanciacarcinognica na atmosfera do ambiente de trabalho e a dos metablitospresentes no material biolgico.

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    IBE Indicador Biolgico Especfico

    Condies de AmostragemAnexo I NR7 (PCMSO) Portaria 3.213/78 Lei 6.514/77

    FJ - Final do ltimo dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar aprimeira jornada da semana);

    FS - Final do ltimo dia de jornada da semana; FS+ - Incio da ltima jornada da semana;

    PP+ - Pr e ps a 4a jornada de trabalho da semana; PU - Primeira urina da manh; NC - Momento de amostragem "no crtico": pode ser feita em qualquer

    dia e horrio, desde que o trabalhador esteja em trabalho contnuo nasltimas 4 (quatro) semanas sem afastamento maior que 4 (quatro) dias;

    T-1 - Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 1 (um) ms deexposio;

    T-6 - Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 6 (seis) meses deexposio;

    T-12 - Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 12 (doze) meses deexposio;

    0-1 - Pode-se fazer a diferena entre pr e ps-jornada.

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    IBE Iindicador Biolgico EspecficoInterpretao

    Anexo I NR7 (PCMSO) Portaria 3.213/78 Lei 6.514/77

    EE - O indicador biolgico capaz de indicar uma exposio ambientalacima do limite de tolerncia, mas no possui, isoladamente,si nificado clnico ou toxicol ico r rio ou se a no indica doen anem est associado a um efeito ou disfuno de qualquer sistemabiolgico;

    SC - Alm de mostrar uma exposio excessiva, o indicador biolgicotem tambm significado clnico ou toxicolgico prprio, ou seja, podeindicar doena, estar associado a um efeito ou uma disfuno dosistema biolgico avaliado;

    SC+ - O indicador biolgico possui significado clnico ou toxicolgicoprprio, mas, na prtica, devido sua curta meia-vida biolgica, deve

    ser considerado como EE..

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    IBE Indicador Biolgico EspecficoRecomendao

    Anexo I NR7 (PCMSO) Portaria 3.213/78 Lei 6.514/77

    Recomenda-se executar a monitorizao biolgica no coletivo, ou seja,monitorizando os resultados do grupo de trabalhadores expostos ariscos quantitativamente semelhantes (GHE).

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    Limites Biolgicos de Exposio

    Os LBEs no se destinam a:

    Determinar os efeitos nocivos a sade ou Diagnosticar uma patologia ocupacional

    Correspondem a uma avaliao biolgica da exposio

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