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1 AS CONSEQUÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA NA SAÚDE DO AGRICULTOR FAMILIAR DO MUNICÍPIO DE SULINA PR 1 Vidiane Forlin 2 RESUMO: Esta pesquisa tem por objetivo discutir a saúde dos agricultores familiares e dos trabalhadores rurais, no município de Sulina PR, trazendo as informações coletadas no campo de pesquisa bem como a exposição de parte dos conteúdos das entrevistas realizadas com os(as) agricultores(as) familiares do município de Sulina. Por meio deste trabalho foi possível perceber que o agricultor familiar, assim como o trabalhador rural, está exposto a uma série de riscos e de acidentes decorrentes do cotidiano do seu trabalho, sendo que algumas formas de trabalho realizadas no campo podem acarretar sérios problemas de saúde, assim como acidentes, sendo que muitos destes agravos para com a saúde, os mesmos não relacionam/assemelham com as atividades desenvolvidas, dificultando o reconhecimento de que decorrem das condições de trabalho. Para situar o leitor, apresenta-se breve caracterização do município de Sulina e da Região Sudoeste do Estado do Paraná. PALAVRAS-CHAVE: agricultura familiar; saúde do trabalhador; desenvolvimento agrícola INTRODUÇÃO O agricultor familiar, assim como o trabalhador rural 3 , está exposto a uma série de riscos e de acidentes decorrentes do cotidiano do seu trabalho, sendo que algumas formas de trabalho realizadas no campo podem acarretar sérios problemas de saúde, assim como acidentes de trabalho, ataque de algum animal, inseto ou réptil, intoxicações, doenças de pele, câncer, problemas nas vias respiratórias, dores lombares ou problemas na coluna e perda de membros do corpo referentes a mutilações sofridas no campo. Conforme aponta Mendes “Dentre as várias formas de classificar os desvios da saúde relacionados com o trabalho, não há como escapar daquela que os agrupa em efeitos ou respostas a curto prazo [...] e em efeitos a médio e longo prazo, ou crônicos.” (1988, p. 311). Ou seja, no meio rural onde os moradores, vivem e trabalham o índice de acidentes, bem como dos problemas com a saúde, 1 Esta pesquisa faz parte do terceiro capítulo do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 2 Bolsista de Apoio Técnico Nível A, CNPq, Projeto de Pesquisa: Relações de Gênero e Agricultura Familiar: estudo na Linha Cerro da Lola Toledo/PR. Chamada MCTI/CNPQ/SPM-PR/MDA nº 32/2012. UNIOESTE Campus de Toledo. [email protected] . 3 Diferente do agricultor familiar, o trabalhador rural assalariado é mais claramente susceptível aos mecanismos de exploração por meio da mais valia: o aceleramento das rotinas de trabalho se constitui em uma das formas de obtenção de mais valia, que compõe-se às condições de trabalho.

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1

AS CONSEQUÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA NA SAÚDE DO

AGRICULTOR FAMILIAR DO MUNICÍPIO DE SULINA – PR1

Vidiane Forlin2

RESUMO: Esta pesquisa tem por objetivo discutir a saúde dos agricultores familiares e dos

trabalhadores rurais, no município de Sulina – PR, trazendo as informações coletadas no campo de pesquisa bem como a exposição de parte dos conteúdos das entrevistas realizadas

com os(as) agricultores(as) familiares do município de Sulina. Por meio deste trabalho foi possível perceber que o agricultor familiar, assim como o trabalhador rural, está exposto a uma série de riscos e de acidentes decorrentes do cotidiano do seu trabalho, sendo que algumas formas de trabalho realizadas no campo podem acarretar sérios problemas de saúde, assim como acidentes, sendo

que muitos destes agravos para com a saúde, os mesmos não relacionam/assemelham com as atividades desenvolvidas, dificultando o reconhecimento de que decorrem das condições de

trabalho. Para situar o leitor, apresenta-se breve caracterização do município de Sulina e da Região Sudoeste do Estado do Paraná.

PALAVRAS-CHAVE: agricultura familiar; saúde do trabalhador; desenvolvimento agrícola

INTRODUÇÃO

O agricultor familiar, assim como o trabalhador rural3, está exposto a uma série de

riscos e de acidentes decorrentes do cotidiano do seu trabalho, sendo que algumas formas de

trabalho realizadas no campo podem acarretar sérios problemas de saúde, assim como

acidentes de trabalho, ataque de algum animal, inseto ou réptil, intoxicações, doenças de pele,

câncer, problemas nas vias respiratórias, dores lombares ou problemas na coluna e perda de

membros do corpo referentes a mutilações sofridas no campo. Conforme aponta Mendes

“Dentre as várias formas de classificar os desvios da saúde relacionados com o trabalho, não

há como escapar daquela que os agrupa em efeitos ou respostas a curto prazo [...] e em efeitos

a médio e longo prazo, ou crônicos.” (1988, p. 311). Ou seja, no meio rural onde os

moradores, vivem e trabalham o índice de acidentes, bem como dos problemas com a saúde,

1 Esta pesquisa faz parte do terceiro capítulo do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

2 Bolsista de Apoio Técnico Nível A, CNPq, Pro jeto de Pesquisa: Relações de Gênero e Agricultura Familiar:

estudo na Linha Cerro da Lola – To ledo/PR. Chamada MCTI/CNPQ/SPM -PR/MDA nº 32/2012. UNIOESTE

Campus de Toledo. [email protected]. 3 Diferente do agricultor familiar, o trabalhador rural assalariado é mais claramente susceptível aos

mecan ismos de exploração por meio da mais valia: o aceleramento das rotinas de trabalho se constitui em

uma das formas de obtenção de mais valia, que compõe-se às condições de trabalho.

2

são muitos, e se acrescem com as pressões decorrentes das condições que se realizam4. No

entanto, as notificações desses acidentes geralmente são baixas, o que dificulta a intervenção

para a prevenção de acidentes e do processo saúde-doença.

A necessidade do aumento da produção de alimentos e a desvalorização dos produtos primários comercializados na propriedade, agravadas pelo aumento do custo de produção, têm levado à necessidade de uma maior jornada de trabalho no campo. Esse fato, potencialmente, pode contribuir para o aumento da ocorrência de acidentes. (FEHLBERG; SANTOS; TOMASI, 2001, p. 270).

O trabalho realizado no campo, pelo agricultor familiar é difícil e desgastante, uma

vez que para manter a pequena propriedade o agricultor familiar acaba tendo que optar pela

diversificação e a realização de várias atividades como fonte de renda, dentre elas: a criação

de gado de corte, gado de leite, suínos, peixes, aves e o plantio de soja, milho ou trigo, o que

acaba acarretando maior esforço físico, ou seja, mais trabalho a ser realizado na propriedade

pelo agricultor familiar e sua família.

Com o passar dos anos e com a implantação de técnicas mais modernas para o campo,

a saúde do agricultor familiar também teve algumas mudanças, uma vez que aos poucos

foram utilizando e introduzindo essas novas tecnologias em sua propriedade rural, utilizando-

as tanto na lavoura, quanto em outras atividades da propriedade. Muitos agricultores passaram

a utilizar essas novas tecnologias sem ter os devidos conhecimentos de como usá- las e

manuseá- las corretamente, expondo a sua saúde, bem como a de sua família a acidentes

sofridos com os maquinários agrícolas, tendo muitos casos de mutilações de membros do

corpo, contaminações direta ou indireta com produtos químicos, como agrotóxicos,

defensivos agrícolas, sementes tratadas ou adubos.

O Brasil é um país em desenvolvimento e, como tal, convive com situações -problema

intermediárias entre o padrão "desenvolvido" [...] e o "não desenvolvido" [...]. Assim, ao

mes mo tempo em que ainda enfrenta graves problemas de ordem local, passa a lidar com

situações-problema características de países mais desenvolvidos, como aumento na

incidência de doenças crônico-degenerativas, aumento dos casos de acidentes de trabalho,

contaminações/acidentes químicos ampliados, etc. Tal fato coloca a necessidade de se

considerar os problemas de saúde e ambiente enfrentados pela população do campo dentro

4 A condição em que se realiza o trabalho rural, ao mesmo tempo expõe os trabalhadores à insegurança,

camufla a sua ocorrência. Por isso a necessidade de adoção de políticas de saúde que favoreçam a

visibilidade dos acidentes e doenças decorrentes do trabalho rural.

3

do processo de desenvolvimento do país, sobretudo no que diz respeito às formas de

organização do trabalho rural. (PERES, 2009, p. 1996).

No Brasil é grande o consumo e o uso de produtos químicos e os que mais se destacam

são os agrotóxicos, uma vez que para Souza et al “O Brasil é o terceiro mercado e o oitavo

maior consumidor de agrotóxicos por hectare do mundo, sendo herbicidas e inseticidas [...].”

(2011, s.p). Com isso, percebe-se a grande quantidade de agrotóxicos aos quais os agricultores

familiares estão expostos e que recai ainda no meio ambiente. Conforme Souza et al “[...] a

utilização indiscriminada de agrotóxicos no meio rural pode provocar intoxicações de seus

trabalhadores com diferentes graus de severidade e levar à depressão e, até mesmo ao

suicídio.” (2011, s.p). Ou seja, é a disponibilidade do veneno, que leva a intoxicação

involuntária e que leva consecutivamente a morte. O agricultor familiar e o trabalhador rural

ao manter contato com qualquer tipo de agrotóxico devem tomar os devidos cuidados básicos

e necessários com a sua saúde para não sofrer contaminações ou até mesmo intoxicações.

Segundo Souza et al “Intoxicações por agrotóxicos podem provocar diminuição das defesas

imunológicas, anemia, impotência sexual, cefaleia, insônia, alterações de pressão arterial,

distimias e distúrbios de comportamento.” (2011, s.p). No município de Sulina, segundo

dados fornecidos pela 7° Regional de Saúde localizada em Pato Branco, no período de 2011 a

2012, foram notificados no município oito casos de intoxicações exógenas5. (PARANÁ,

2012). Vale mencionar que, além de contaminar e intoxicar o ser humano, o uso indevido de

agrotóxicos também contamina e polui o ambiente como um todo, a água, o ar, o solo e o

subsolo. Conforme os dados do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do

Paraná, os motivos que levam a pessoa a ter uma intoxicação são os mais diversos.

Segundo os dados do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde,

ocorreram 6.579 intoxicações por agrotóxicos com 757 óbitos, no período de 1996 a 2 006.

Destes, mais de 40% das intoxicações foram profissionais. Quanto à causa das

intoxicações, os dados indicam que a principal causa é a provocada pelo trabalho

(profissional), sendo esta responsável por cerca de 50% dos eventos. Em seguida, as

tentativas de suicídio, com cerca de 30% das causas. As de caráter acidental, outros e

ignorados representam aproximadamente 18% [...]. (PARANÁ, 2011, p. 35).

5 “Intoxicação exógena pode ser definida como a consequência clínica e/ou bioquímicas da exposição a

substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas. Como exemplo, dessas substâncias intoxicantes

ambientais, podemos citar o ar, água, alimentos, plantas, animais peçonhentos ou venenosos. Por sua vez, os

principais representantes de substâncias isoladas são os pesticidas, os medicamentos, produtos químicos

industriais ou de uso domiciliar.” (Costa, 2008, p.01).

4

O que se observa é que se quer modernizar e agilizar a produção no campo, mas não se

pensa nas pessoas que sobrevivem nesse meio, sendo que estas acabam, na grande maioria,

não tendo um acesso digno à saúde, com pouca informação sobre doenças ou problemas

relacionados à saúde e a prevenção das mesmas. Antecedendo a difusão dos produtos tóxicos

e também das tecnologias, seria necessário a difusão cultural e educativa de seus usos e

incorporação no meio, o que poderia prevenir alguns dos acidentes. Sendo que isso não retira

a consequência negativa do uso dos produtos tóxicos.

Os agricultores familiares e os trabalhadores rurais, também estão expostos às várias

outras formas de doenças ou problemas com a saúde, algumas como ressalta o Ministério da

Saúde são provocadas “[...] por pré-disposição genética ou induzida por fatores secundários,

ambientais ou virais.” (BRASIL, 2001, p. 95). Ou ainda pelo tipo de trabalho realizado.

Sendo que o câncer, por exemplo, por ser uma doença silenciosa requer muitos cuidados onde

na maioria das vezes quando diagnosticada, a mesma encontra-se em um estado avançado.

(BRASIL, 2001, grifo nosso).

O câncer pode surgir como consequência da exposição a agentes carcinogênicos [processo de formação do câncer], presentes no ambiente onde se vive e trabalha decorrentes do estilo de vida e de fatores ambientais produzidos ou alterados pela atividade humana. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 1995), estima-se que 60 a 90% dos cânceres sejam devidos à exposição a fatores ambientais. Em cerca de 30% dos casos, não tem sido possível identificar a causa do câncer, sendo atribuída a fatores genéticos e mutações espontâneas. (BRASIL, 2001, p. 95, grifos do autor).

A saúde é direito de todo ser humano e cabe ao Estado garantir e prover esse direito,

uma vez que o mesmo está presente na Constituição Federal de 1988, na seção II da Saúde. Art.

196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, 2012).

5

A DELIMITAÇÃO ESPACIAL DO AMBIENTE DA PESQUISA:

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SULINA E DA REGIÃO SUDOESTE DO

ESTADO DO PARANÁ

A pesquisa que gerou este artigo teve por objetivo, estudar as consequências e os

impactos do desenvolvimento agrícola na saúde dos agricultores familiares do município de

Sulina Região Sudoeste do Estado do Paraná.

A investigação foi realizada no Município de Sulina, localizado na Região Sudoeste

do Estado do Paraná. Sendo que por meio de informações obtidas do Portal Municipal, Sulina

foi desmembrada do Município de Chopinzinho, e elevado à categoria de distrito pela Lei n°

4.77/1963 com a denominação de Sede Sulina, e passou a ser município, por meio da Lei

Estadual n° 8.467/1987, quando seu nome foi alterado para Sulina. (Sulina, 1996). O

Município de Sulina, juntamente com os demais quarenta e um municípios6, formam a Região

Sudoeste do Estado do Paraná.

Por sua característica de se compor basicamente de agricultores familiares, Sulina tem

a sua economia voltada para a agricultura e a agropecuária, impulsionada pelo agronegócio,

decorrentes de cadeias produtivas compostas pelos setores agroindustriais. Quanto à economia

do Estado do Paraná, segundo os dados do IPARDS é a “quinta maior do País”. “O Estado

responde atualmente por 6,1% do PIB nacional, registrando uma renda per capita de R$ 21,6

mil em 2010, acima do valor de R$ 19,7 mil referente ao Brasil.” (IPARDES, 2010).

O município de Sulina, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) no censo de 2010, o município tem o total da população de 3.394

habitantes, sendo a população urbana composta de 1.390 habitantes, (40.95%) e a população

rural de 2004 habitantes, (59.05%). (IBGE, 2010). O espaço rural do município inclui

6 Os Municípios que compõem a Região Sudoeste do Paraná bem como as suas delimitações são: Cruzeiro do

Iguaçu, São Jorge do Oeste, Dois Vizinhos, Verê, São João, Sulina, Saudades do Iguaçu, Itapejara do Oeste,

Copinzinho, Coronel Viv ida, Mangueirinha, Palmas, Pato Branco, Honório Serpa e Clevelândia, (são os

Municípios da Bacia do Chopim). Bela Vista da Caroba, Santa Izabel do Oeste, Salto do Lontra, Ampere,

Nova Esperança do Sudoeste, Enéias Marques, Pinhal de São Bento, Manfrinópolis, Salgado Filho, Francisco

Beltrão e Bom Sucesso do Sul, (são os Municípios Centrais). Barracão, Flôr da Serra do Sul, Marmeleiro,

Renascença, Vitorino, Mariópolis e Coronel Domingos Soares, (são os Municípios Limítrofes com Santa

Catarina). Planalto, Pérola do Oeste, Pranchita, Santo Antônio do Sudoeste, Bom Jejus do Sul, (são os

Municípios da Fronteira com a Argentina). Capanema, Realeza, Nova Prata do Iguaçu e Boa Esperança do

Iguaçu, (são os Municípios dos Lagos do Iguaçu). (KRÜGER, 2004, p. 89-245).

6

pequenas, médias e grandes propriedades rurais, e a área municipal é 170,76 Km2 (IBGE,

2010). Segundo informações coletadas no Instituto Paranaense de Assistência Técnica e

Extensão Rural (EMATER) localizado no Município, no Sudoeste do Estado do Paraná,

consideram-se pequenas propriedades rurais aquelas que possuem uma área de 01 a 04

módulos fiscais7, com até 80 hectares de terra; já as médias propriedades rurais são as que

possuem uma área de 04 a 10 módulos fiscais, com até 200 hectares de terra enquanto as

grandes propriedades rurais são as que têm uma área acima de 10 módulos fiscais, ou seja,

acima de 200 hectares de terra. (EMATER, 2012).

Conforme dados fornecidos pelo Instituto do EMATER, no Sudoeste do Estado do

Paraná, consideram-se agricultura familiar ou pequena propriedade rural, aquele agricultor

que tem uma área de 01 a 04 módulos fiscais, com até 80 hectares de terra apenas e que vive

basicamente da produção de diversificadas atividades na sua propriedade, com o trabalho

realizado pela família. Segundo o Instituto do EMATER, por meio de dados coletados em

2007, o município de Sulina conta com seiscentos e cinquenta e sete agricultores dos quais

seiscentos e três são agricultores familiares, que representam 92% dos agricultores do

município, e mais 92% desses agricultores familiares têm propriedades com área de até 50

hectares. Ainda conforme o Instituto do EMATER, a região Sudoeste do Estado do Paraná é

fundamentalmente constituída por pequenas propriedades rurais. (EMATER, 2012).

Uma das características das pequenas propriedades rurais, assim como a dos

agricultores familiares da região sudoeste do Paraná, é o cooperativismo, ou seja, é grande o

número de trabalhadores rurais de pequena propriedade associados em cooperativas, sendo

que, conforme relata Krüger, “O expressivo número de organizações cooperativas, integrando

produtor e indústria, é um dos mais importantes componentes do desenvolvimento

sudoestino.” (2004, p. 273).

O que leva os agricultores familiares a se associarem em cooperat ivas são os

benefícios que as mesmas trazem, uma vez que por meio delas, esses agricultores, que são

7 “Módulos Fiscais são uma unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município,

considerando os seguintes fatores: Tipo de exploração predominante no município; Renda obtida com a

exploração predominante; Outras explorações existentes no municíp io que, embora não predominantes,

sejam significat ivas em função da renda ou da área utilizada; Conceito de propriedade familiar.” (FAEC,

2012).

7

cooperados, conseguem melhores preços nos produtos produzidos em suas propriedades, na

hora de se efetuar a venda dos mesmos, assim como melhores preços na hora da aquisição dos

insumos para sua lavoura. Já as associações têm um papel quase parecido com os das

cooperativas, uma vez que nas associações, quanto maior for o número de trabalhadores

associados, maiores serão as conquistas e os benefícios por eles alcançados, como ganhar

maquinários dos órgãos públicos, para o uso de todos os associados da comunidade. Além

disso, as associações almejam ganhos para toda a comunidade.

As cooperativas são vários agricultores, que se associam formando um conjunto de

cooperados, dando origem ao cooperativismo, no qual os cooperados elegem, por meio de

reuniões, uma diretoria, para representar e defender os interesses de todos os cooperados.

[...] as cooperativas foram criadas e fortalecidas, para se tornarem agentes de comercialização da produção, entre produtores e órgãos governamentais e, direta ou indiretamente encarregaram-se da distribuição do produto a indústria de processamento. [...] as cooperativas, em sua aparência, procuram fazer um papel intermediador ao receber e comercializar a produção agrícola e ao abastecer o consumo da família rural. (ZAAR, 1999, p. 68).

Em contrapartida, as associações são formadas por um grupo de agricultores, que se

reúne para discutir os interesses e direitos dos associados, para conseguir benefícios dos

órgãos públicos, como já citado acima. Com isso, os agricultores se associam as cooperativas

ou as associações com o intuito de aumentar a renda da produção de sua propriedade e

diminuir os custos e gastos das mesmas. Conforme Krüger, “Além das cooperativas

institucionalizadas, vem crescendo no Sudoeste do Paraná, a associação de capitais, para o

desenvolvimento de atividades industriais e comerciais, em empreendimentos muito

expressivos na economia do Estado do Paraná”. (2004, p. 273).

Por meio das entrevistas realizadas nas propriedades, com os(as) agricultores(as)

familiares, constatou-se que todos(as) são associados de cooperativas, associações ou

sindicatos, sendo eles; Coasul (Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda), Cresol (Sistema

das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária ), Sicredi (Sistema de Crédito

Cooperativo), Associação de Pequenos Produtores Nossa Senhora aparecida e Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Sulina.

8

CARACTERIZAÇÃO DOS AGRICULTORES FAMILIARES A PARTIR DAS

ENTREVISTAS

As dez propriedades8 selecionas para a realização das entrevistas foram identificadas

por letras na ordem alfabética, sendo assim, temos da propriedade A até a propriedade J.

Neste momento, serão demonstradas as informações básicas coletadas por meio dos

formulários presentes nas entrevistas, com as seguintes informações.

Na propriedade A9 o entrevistado foi o pai, que possui setenta anos, tendo como

escolaridade o ensino fundamental incompleto, casado, da cor branca, possui quatro filhos,

três do sexo masculino e uma do sexo feminino, um deles, do sexo masculino, ainda reside na

propriedade, tem trinta e quatro anos, e possui o ensino fundamental completo. O tamanho da

propriedade A é de 10.05 hectares, 04.02 hectares estão destinados à área de preservação

ambiental, restando 06.03 hectares de terra para a produção. A disponibilidade de água

potável pela propriedade ocorre da seguinte forma: para o consumo tem origem na própria

propriedade e para outras necessidades e os animais, a água tem origem em uma propriedade

vizinha. A produção desenvolvida na mesma é a agropecuária de leite e a agricultura com o

plantio de soja, tendo sua a produção voltada tanto para a venda quanto para o consumo

próprio. A armazenagem da produção agrícola desenvolvida pela propriedade é feita pela

cooperativa (Coasul) localizada no município. A renda líquida da família da propriedade A é

aproximadamente de 01 a 02 salários mínimos por mês.

Na propriedade B a entrevistada foi à mãe, que possui cinquenta e seis anos, tendo

como escolaridade o ensino fundamental completo, casada, da cor branca, possui quatro

filhos, dois do sexo masculino e duas do sexo feminino, sendo que permanecem na

propriedade os dois filhos do sexo masculino: um com vinte e seis e outro com trinta anos,

ambos com ensino médio completo. O tamanho da propriedade B é de 10.04 hectares, 02

hectares estão destinados à área de preservação ambiental, restando 08.04 hectares de terra

para a produção. Quanto à disponibilidade de água potável, a propriedade é autossuficiente,

ou seja, disponibiliza de água própria. A produção desenvolvida na propriedade é a

8 Neste trabalho, no momento das entrevistas, por questões éticas, optou-se por identificar os mesmos por suas

propriedades, por meio das letras do alfabeto. 9 O entrevistado da propriedade A, devido aos problemas de saúde que vinha sofrendo a alguns anos,

mencionados na realização da entrevista, faleceu no dia 06 de setembro de 2012.

9

agropecuária de leite, a suinocultura e a produção agrícola com o plantio de soja, uma vez que

a produção da propriedade é voltada tanto para a venda quanto para o consumo próprio. A

armazenagem da produção agrícola da propriedade é realizada pela cooperativa (Coasul),

localizada no município. A renda líquida da família da propriedade B é aproximadamente de

03 a 04 salários mínimos por mês.

Na propriedade C a entrevistada foi à mãe, com quarenta e oito anos, tendo como

escolaridade o ensino fundamental incompleto, casada, da cor branca, possui dois filhos sendo

um do sexo masculino e a outra do sexo feminino. Permanece na propriedade a filha, com

vinte e três anos, tendo o ensino médio completo. O tamanho da propriedade C é de 10.04

hectares, 02 hectares estão destinados à área de preservação ambiental, restando 08.04

hectares de terra para a produção. A disponibilidade de água potável pela propriedade ocorre

da seguinte forma: para o consumo tem origem na própria propriedade e para outras

necessidades e os animais, a água tem origem em uma propriedade vizinha. A produção

desenvolvida na propriedade pela família é a agropecuária de leite e a produção agrícola com

o plantio de milho, sendo que o último é todo voltado para o consumo próprio, para

fabricação da silagem para os animais, sendo destinado à venda apenas o leite produzido pela

propriedade, sendo assim, a produção da propriedade é voltada para o consumo próprio e para

venda. A renda líquida da família da propriedade C é aproximadamente de 01 a 02 salários

mínimos por mês.

Na propriedade D o entrevistado foi o pai, com cinquenta e um anos, tendo como

escolaridade o ensino fundamental completo, casado, da cor branca, possui três filhos, do sexo

masculino, um com dez anos e ensino fundamental incompleto e os outros dois com vinte

quatro e vinte nove anos com ensino médio completo, sendo que todos permanecem na

propriedade. O tamanho da propriedade D é de 24 hectares, 08 hectares estão destinados à área

de preservação ambiental, restando 16 hectares de terra para produção. Quanto à

disponibilidade de água potável, a propriedade é autossuficiente, ou seja, disponibiliza de água

própria. A produção desenvolvida na propriedade é a agropecuária de leite, a avicultura e a

produção agrícola com o plantio de soja ou milho, sendo a produção da propriedade voltada

tanto para a venda quanto para o consumo próprio. A armazenagem da produção agrícola da

10

propriedade é realizada pela cooperativa (Coasul), localizada no município. A renda liquida da

família da propriedade D é aproximadamente de 05 a 06 salários mínimos por mês.

Na propriedade E o entrevistado foi o pai, que possui quarenta e nove anos, tendo

como escolaridade o ensino fundamental incompleto, casado, da cor branca, possui dois

filhos, sendo um do sexo masculino com dezenove anos e ensino médio completo e uma do

sexo feminino com vinte dois anos com ensino superior incompleto, ambos permanecem na

propriedade. O tamanho da propriedade E é de 24 hectares, 07.02 hectares estão destinados à

área de preservação ambiental, restando 16.98 hectares de terra para a produção. A

disponibilidade de água potável pela propriedade ocorre inteiramente por meio de uma

propriedade vizinha. A produção desenvolvida pela família na propriedade é a agropecuária

de leite e a produção agrícola com o plantio de soja ou milho, sendo a produção voltada tanto

para a venda quanto para o consumo próprio. A armazenagem da produção agr ícola da

propriedade é realizada pela cooperativa (Coasul), localizada no município. A renda líquida

da família da propriedade E é aproximadamente de 03 a 04 salários mínimos por mês.

Na propriedade F o entrevistado foi o pai, que possui quarenta e dois anos, tendo

como escolaridade o ensino médio completo, casado, da cor branca, possui dois filhos, um do

sexo masculino com treze anos e ensino fundamental incompleto e uma do sexo feminino

com dez anos e ensino fundamental incompleto, ambos permanecem na propriedade. O

tamanho da propriedade F é de 17.09 hectares, 05 hectares estão destinados à área de

preservação ambiental, restando 12.09 hectares de terra produtiva. A disponibilidade de água

potável pela propriedade ocorre da seguinte forma: para o consumo tem origem na própria

propriedade e para outras necessidades e os animais, a água tem origem em uma propriedade

vizinha. A produção desenvolvida é a agropecuária de leite a e a agricultura com o plantio de

soja ou milho, sendo a produção voltada tanto para a venda quanto para o consumo próprio. A

armazenagem da produção agrícola desenvolvida pela propriedade é realizada pela

cooperativa (Coasul) localizada no município. A renda líquida da propriedade F é

aproximadamente mais de 06 salários mínimos por mês.

Na propriedade G a entrevistada foi à mãe, que possui trinta e nove anos, tendo como

escolaridade o ensino fundamental incompleto, casada, da cor branca, possui três filhos, do

sexo masculino, um com treze anos e ensino fundamental incompleto, um com dezessete anos

11

e ensino superior incompleto e um com dezenove anos com ensino médio completo, todos

residem na propriedade. O tamanho da propriedade G é de 12.60 hectares, 02 hectares estão

destinados à área de preservação ambiental, restando 10.60 hectares de terra para a produção.

Quanto à disponibilidade de água potável, a propriedade é autossuficiente, ou seja,

disponibiliza de água própria. A produção desenvolvida na propriedade é a agropecuária de

leite e a produção agrícola com plantio de soja, voltadas tanto para a venda quanto para o

consumo próprio. A armazenagem da produção agrícola é realizada pela cooperativa (Coasul),

localizada no município. A renda líquida da família da propriedade G é aproximadamente de

01 a 02 salários mínimos por mês.

Na propriedade H a entrevistada foi a mãe, que possui quarenta anos, tendo como

escolaridade ensino médio completo, casada, da cor branca, possui dois filhos, do sexo masculino,

ambos residentes na propriedade, um com quatro anos, na creche, e o outro com nove anos e

ensino fundamental incompleto. O tamanho da propriedade H é de 06.03 hectares, 01 hectare está

destinado à área de preservação ambiental, restando 05.03 hectares de terra para a produção.

Quanto à disponibilidade de água potável, a propriedade é autossuficiente, ou seja, disponibiliza

de água própria. A produção desenvolvida na propriedade é a agropecuária de leite, a avicultura e

a produção agrícola com o plantio de milho, sendo o último todo voltado para o consumo próprio

e para fabricação da silagem para os animais, sendo destinado à venda apenas o leite produzido e

os pintainhos do aviário, sendo assim, a produção da propriedade é voltada para o consumo

próprio e para venda. A renda líquida da família da propriedade H é aproximadamente de 03 a 04

salários mínimos por mês.

Na propriedade I tivemos como entrevistado o pai, que possui sessenta e oito anos,

tendo como escolaridade o ensino fundamental incompleto, casado, da cor branca, possui três,

dentre estes, dois filhos do sexo masculino, um com quarenta e um anos, com o ensino médio

incompleto, e o outro filho com trinta e seis anos, com o ensino médio completo, e uma filha,

com quarenta e três anos e ensino médio incompleto, nenhum reside na propriedade. O

tamanho da propriedade I é de 06.03 hectares, 01 hectare está destinado à área de preservação

ambiental, restando 05.03 hectares de terra produtiva. Quanto à disponibilidade de água

potável, a propriedade é autossuficiente, ou seja, disponibiliza de água própria. A produção

desenvolvida é a agrícola, com o plantio de soja ou milho, voltada para a venda. A

12

armazenagem é realizada pela cooperativa (Coasul), localizada no município. A renda liquida

da propriedade I é aproximadamente de 01 a 02 salários mínimos por mês.

Na propriedade J o entrevistado foi o pai, que possui quarenta e oito anos, tendo como

escolaridade o ensino fundamental incompleto, casado, da cor branca, possui dois filhos,

sendo um do sexo masculino e uma do sexo feminino, ambos residem na propriedade, e

possuem idade de vinte e três e vinte quatro anos e ensino médio completo. O tamanho da

propriedade J é de 21.06 hectares, 07.02 hectares estão destinados à área de preservação

ambiental, restando 14.04 para a produção. Quanto à disponibilidade de água potável, a

propriedade é autossuficiente, ou seja, disponibiliza de água própria. A produção

desenvolvida é a agropecuária de leite e agrícola com o plantio de milho, sendo o último todo

voltado para o auto consumo e para a fabricação da silagem para os animais, sendo destinado

à venda apenas o leite produzido, sendo assim, a produção da propriedade é voltada para o

consumo próprio e para venda. A renda líquida da família da propriedade J é

aproximadamente de 03 a 04 salários mínimos por mês.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esta pesquisa10, foi possível aprofundar o conhecimento quanto à saúde dos

moradores da área rural, mais precisamente a saúde dos agricultores familiares da Região

Sudoeste do Estado do Paraná, e entender como o desenvolvimento agrícola influenciou e

ainda influência na saúde e na qualidade de vida dessas pessoas.

Percebe-se que as consequências e os impactos do desenvolvimento agrícola na

qualidade de vida e saúde do agricultor familiar, como já constatado, tiveram dois lados, ou

seja, houve uma contradição com o ‘bom e o ruim’. O bom por ter um avanço nos meios de

produção, com a implantação de novas tecnologias, sendo que com isso, o trabalho no campo

passa a requerer menos esforço físico dos agricultores familiares bem como dos trabalhadores

rurais, já o lado ruim se deve pelo fato da exposição dessas pessoas ao perigo do campo, ou

seja, no manejo dos maquinários agrícolas sem os devidos conhecimentos, o contato com

agentes químicos dentre eles os agrotóxicos, uma vez que para utilizar o mesmo, se requer

10

Como está pesquisa faz parte do meu TCC, e em virtude da não identificação do(a) autor(a) o mes mo não

está presente nas referências deste artigo.

13

cuidados específicos, ou seja, estes passam a ser um problema invisível, com consequências

diretas e indiretas na saúde e no bem estar dos agricultores familiares, bem como dos

trabalhadores rurais, sendo quase impossível dimensionar as perdas e os danos acometidos.

Quando trabalhamos a saúde dos agricultores familiares, deve se analisar que os

trabalhos que os mesmos desenvolvem no campo, juntamente com a família, se confunde

como um trabalho para si próprio, ou seja, com isso o valor de uso desse trabalho acaba

camuflando os acidentes que seriam de trabalho, e que passam a não ser, uma vez que

provocado no âmbito de seu próprio trabalho, sendo que, em relatos das entrevistas, percebeu-

se que todos(as) os(as) agricultores(as) entrevistados(as) mencionaram ter sofrido acidentes

de trabalho, mas como relatado “era coisa pouco isso nem se conta”, apenas três entrevistados

admitiram tem sofrido acidentes de trabalho considerados graves e de relevâncias para eles.

Pelo fato dos(as) próprios agricultores(as) familiares não darem importância para pequenos

acidentes que os acometem no dia a dia do seu trabalho no campo, presume-se que este

processo de não reconhecimento do acidente, como acidente de trabalho, dificulta a

sistematização das informações pelo sistema único de saúde no Brasil.

Por meio das pesquisas bibliográficas e dos depoimentos das entrevistas com os(as)

agricultores(as) familiares, pode-se perceber que as consequências e os impactos da

modernização agrícola na qualidade de vida e saúde do agricultor familiar, foram várias, uma

vez que a utilização de certos venenos nem existia, e quando se utilizava, na maioria das

vezes, era em pequenas quantidades, ou era na base da capina mesmo. Atualmente se há

algum mato, pode até ser uma quantia pequena, o que vemos são pessoas passando veneno e

muitas vezes totalmente desprotegidas. Nos relatos das entrevistas, os(as) agricultores(as)

afirmaram que a saúde e a qualidade de vida do povo do campo era mais saudável

antigamente do que nos dias de hoje, onde era tudo, na grande maioria, cultivado sem o uso

dos produtos químicos, era tudo natural. Tanto o agricultor familiar, quanto o trabalhador

rural não tinham contato e nem ficavam expostos aos produtos químicos, o trabalho era todo

manual com enxadas, foices, arados movidos à tração animal, e outros instrumentos de

trabalho. Por isso, consideram como “bom” a substituição por equipamentos que diminuem o

uso da força humana e animal pelo combustível ou energia.

14

Concluindo, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para com os agricultores

familiares do município de Sulina e também para o Serviço Social, para que se incentivem

mais estudos relacionados à saúde do agricultor familiar e dos trabalhadores rurais e os

cuidados que os mesmos devem ter ao exercer seu trabalho no campo, uma vez q ue são os

responsáveis por produzir grandes riquezas em nosso país. Ou seja, por meio desta pesquisa

não só os agricultores familiares, mas também a sociedade em geral poderá ter acesso ao

conteúdo e com isso ter uma visão mais real do cotidiano da vida do agricultor familiar e dos

trabalhadores rurais.

REFERÊNCIAS

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