apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 44
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• êncliseDeu-me a notícia
• prócliseNão me deu a notíciaDigo que te levo à escolaMe diga...
• mesócliseDar-me-ás a notícia.Levá-la-ia à escola.
• êncliseDeu-me a notícia
• prócliseNão me deu a notícia NEG.Digo que te levo à escola SUBORD.Me diga... BRAS.
• mesócliseDar-me-ás a notícia. FUTUROLevá-la-ia à escola. CONDIC.
Futuro (com pronome) Condicional (idem)
dá-lo-ei dá-lo-iadá-lo-ás dá-lo-iasdá-lo-á dá-lo-iadá-lo-emos dá-lo-íamosdá-lo-eis dá-lo-íeisdá-lo-ão dá-lo-iam
Índia, Goa (Panjim) Rosário / padeiro
Português ainda sobrevive, mas num contexto em que outras línguas predominam.
Interferências do inglês («Eu prefer»).
Portugal, Lisboa
Belarmindo / guardafreio
Variante europeia doportuguês; dialeto de Lisboa
«tem que» (por «tem de)
Brasil, Rio de Janeiro Márcio / vendedor de rua
Variante brasileira (ou sul-americana) do português, num sociolecto popular, em contexto relativamente formal.
Sintaxe: próclise («me chama»); «nessa manhã» (por ‘esta manhã’); Léxico: «bala» (‘guloseima’). Fonética: palatalização de t: «tris[txi]» («triste»); ditongação em «ma[i]s» («mas»). Tratamento: você + 3.ª pessoa.
Moçambique, MaputoMia [Couto] / escritor
Variante europeia do português
Léxico: «normar» (‘regulamentar’).
Índia, Goa (Panjim)Rosário
Rosário, além de português, fala hindi, inglês, «arabic».
Dificuldades no conjuntivo: «talvez faleceu» (‘talvez falecesse’)
Portugal, LisboaZulmira e Paulo / reformados
Dialeto: do Norte?; socioleto: origens populares.
Ligeiras hesitações: «niveles» (‘níveis’); «li[v]erdade» (‘liberdade’).
Moçambique, MaputoIzdine / radialista
Como se trata de programa de rádio, o meio oral é um tanto falso: o discurso está preparado e o registo só aparentemente é informal.
Fonética: vocalismo menos reduzido: «Beir[á]».
Moçambique, BeiraDinho / estudante
Variante africana (moçambicana) do português, por parte de adolescente que terá outra língua materna (talvez uma língua do grupo bantu).
Sintaxe: «ele» como complemento directo: «conheço ele» (‘conheço-o’); próclise nas subordinadas: «quando desligou-se energia». Léxico: «já» (por ‘logo’).
Brasil, Rio de Janeiro
Rejane / vendedora de imobiliário
O registo não pode ser muito informal, já que se fala com clientes.
Sintaxe: próclise: «me perdoe» (‘perdoe-me’).
Brasil, Rio de JaneiroRogério [e Márcio] / pregador
Socioleto: português popular (com infracções várias à norma culta brasileira).
Sintaxe: marcas do plural simplificadas («essas bala»; «elas pesa»); «mim» como sujeito («para mim organizar»). Léxico: «tem» (‘há’); «açougue» (‘talho’). Fonética: epêntese («corrup[i]ta»); cr por cl («cic[r]one»); -r omitido («ri» por «rir»); vocalismo átono pouco reduzido («porqu[ê]» por «porque»).
Moçambique, Inhaca Mia Couto
Tratando-se de escritor inventivo, é difícil distinguir o que é «neologístico» e o que é devido à variante africana.
Léxico: «normar» (‘regulamentar’); «os mais velhos»; «outras» (‘diferentes’).
Brasil, Rio (Barra da Tijuca) Rejane
Fonética: r final omitido («m[á]» por «mar»); palatalização de t e d («gen[txi]», «ver[dxi]»); ditongações («l[uis]» por «luz»)
Portugal, LisboaUliengue e Sofia / estudantes
Nascidos em Angola e Moçambique.
Fonética: vocalismo átono menos reduzido. Sintaxe: ênclise («Todos os vizinhos conhecem-se») em casos de próclise no português europeu.
Portugal, LisboaJosé Saramago
Registo formal, mas não demasiado «purista».
«tinha que» (por «tinha de»).
deve-se escrever > jamais se escrevediz-se que o julgamento se realizará > o
julgamento ...comprarás as abelhas > ...localizaríamos o meliante > ...traremos o avião > ...beijarei a sogra > ...abriria a garrafa > ...direi as mentiras > ... venderão ao esquimó o gelado > ...
deve-se escrever > jamais se escrevediz-se que o julgamento se realizará > o
julgamento realizar-se-ácomprarás as abelhas > comprá-las-áslocalizaríamos o meliante > localizá-lo-íamostraremos o avião > trá-lo-emosbeijarei a sogra > beijá-la-eiabriria a garrafa > abri-la-iadirei as mentiras > di-las-eis venderão ao esquimó o gelado > vender-lho-ão