apostila matemática cálculo cefet capítulo 08 integrais impróprias
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8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 08 Integrais Imprprias
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Captulo 8
INTEGRAIS IMPRPRIAS
8.1 Introduo
Na definio de integral definida, consideramos a funo integranda contnua num intervalofechado e limitado. Agora, estenderemos esta definio para os seguintes casos:
Funes definidas em intervalos do tipo
,
ou
, ou seja para todo
ou "
ou para todo # % , respectivamente.
A funo integranda descontnua em um ponto'
tal que'
#
.
As integrais destas funes so chamadas integrais imprprias. As integrais imprprias sode grande utilidade em diversos ramos da Matemtica como por exemplo, na soluo de equa-es diferenciais ordinrias via transformadas de Laplace e no estudo das probabilidades, emEstatstica.
8.2 Integrais Definidas em Intervalos Ilimitados
Antes de enunciar as definies estudemos o seguinte problema: Calcular a rea da regio)
determinada pelo grfico de0 1
3
4
, 3
e o eixo dos .
Primeiramente note que a regio)
ilimitada e no claro o significado de "rea"de uma talregio.
11
Figura 8.1: Grfico de0 1 7
8 9
, 3
.
333
-
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334 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS
Seja)
a regio determinada pelo grfico de0 1
3
4
e3
" "
, acima do eixo dos .
11
Figura 8.2: Grfico de0 1 7
8
9
,3
" "
.
A rea de)
:
)
1
7
4
1
3
7
1
3
3
intuitivo que para valores de
muito grandes a regio limitada)
uma boa aproximaoda regio ilimitada
). Isto nos induz a escrever:
)
1
)
quando o limite existe. Neste caso:
)
1
)
1
7
4
1
3
3
1
3 !
comum denotar
)
por:
7
4
Esta integral um exemplo de integral imprpria com limite de integrao infinito. Motivadospelo raciocnio anterior temos as seguintes definies:
Definio 8.1.
1. Se#
uma funo integrvel em
, ento:
$
#
1
$
#
2. Se # uma funo integrvel em
, ento:
#
1
$
$
#
-
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8.2. INTEGRAIS DEFINIDAS EM INTERVALOS ILIMITADOS 335
3. Se # uma funo integrvel em %1
, ento:
#
1
$
$
#
#
Se nas definies anteriores os limites existirem, as integrais imprprias so ditas convergentes;caso contrrio so ditas divergentes.
Exemplo 8.1.
Calcule as seguintes integrais imprprias:
[1]
3
4
.
3
4
1
3
4
1
'
1
'
1
[2]
8
.
8
1
8
1
8
1
3
1
3
[3]
8
.
8
1
$
$
8
8
1
$
8
$
3
1
[4]
4
3
4
. Seja!
1
4
3
; logo
!
1
:
4
3
4
1
3
!
!
4
1
3
!
1
3
4
3
Ento,
4
3
4
1
$
$
4
3
4
4
3
4
1
[5] Calcule a rea da regio, no primeiro quadrante, determinada pelo grfico de0 1
8
, oeixo dos e direita do eixo dos 0 .
)
1
8
1
8
1
8
1
3
!
[6] Seja
# % . Calcule
7
!
.
7
!
1
3
3
7
!
3
$1
3
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336 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS
a) Se
3
temos:
7
!
1 ; logo,
7
!
1
3
3
b) Se
3
temos:
7
!
1
; logo,
7
!
1
c) Se 1
3
, temos:
7
1
7
1
1
Em geral:
7
!
1
se
"
3
7
!
7
se
3
Portanto, a integral converge para
3
e diverge para
"
3
.
41
1
41
1
41
1
41
1
Figura 8.3: Grficos de 0 17
8
e 0 17
8 9
, para , so,respectivamente.
[7] Calcule a rea da regio limitada por #
1
3
4
3e o eixo dos .
11
Figura 8.4: Grfico de #
17
89
7
.
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338 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS
1
1
1
1
Figura 8.5: Grfico de 8
9
em azul e de 8
em vermelho, respectivamente.
Claramente3
8
9
"
3
8
, para todo 3
; ento, como
7
8
1
7
1
3
temos que a integral dada converge.
8.2.1 Aplicao
Uma funo positiva integrvel em % chamada densidade de probabilidade se:
#
1
3
Assim denotamos e definimos a probabilidade de um nmero
estar comprendido entre
e
(
); por:
1
$
#
Analogamente definimos as outras possibilidades. Tambm podemos definir o valor esperadodo nmero , como
1
#
Exemplo 8.3.
Seja
, a funo
#
1
8
se
se
de densidade de probabilidade. De fato:
#
1
8
1
8
1
3
1
3
-
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8.3. INTEGRAIS DE FUNES DESCONTNUAS 339
Por outro lado,
3
1
7
8
1
3
e
1
8
1
3
8.3 Integrais de Funes Descontnuas
Problema: Calcular a rea da regio ) determinada pelo grfico de 0 13
, " e o eixo dos . Notamos que a regio
) ilimitada pois a funo # nem definida no ponto
1 . Seja
)
a regio determinada pelo grfico de 0 13
e " "
, pequeno.
99
Figura 8.6: A regio ) .
A rea de)
:
)
1
1
1
!
intuitivo que para valores de muito pequenos a regio limitada ) uma boa aproximaoda regio ilimitada
). Isto nos induz a escrever:
)
1
)
1
1
1
!
um exemplo de integral imprpria com integrando ilimitado. Motivados pelo racio-
cnio anterior, temos as seguintes definies:
Definio 8.2.
-
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340 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS
1. Se # uma funo integrvel em
, ento:
$
#
1
$
#
2. Se#
uma funo integrvel em
, ento:
$
#
1
$
#
a
y=f(x)
b
+ -
Figura 8.7:
3. Se # uma funo integrvel em
exceto em'
tal que
'
, ento:
$
#
1
$
#
#
1
$
#
#
Se nas definies anteriores os limites existirem, as integrais imprprias so ditas convergentes;caso contrrio, so ditas divergentes.
Exemplo 8.4.
Calcule as seguintes integrais imprprias:
[1]
9
'
.
Fazendo!
1
temos:
'
1
!
!1
. Logo,
9
'
1
9
1
1
[2]
4
4
.
4
4
1
4
4
1
4
'
1
4
'
1
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8.3. INTEGRAIS DE FUNES DESCONTNUAS 341
[3]
7
.
Observe que a funo integranda no definida em
#
3
.
7
1
4
4
7
1
4
9
4
9
7
1
4
9
9
4
9
1
[4] Calcule o comprimento da astride
4
0
4
1
4 ,
.
Figura 8.8: A astride.
A curva no diferencivel nos pontos de interseo com os eixos coordenados; pela simetria,calcularemos o comprimento da curva no primeiro quadrante e multiplicaremos o resultadopor 4. Derivando implicitamente a equao da astride
4
0
4
1
4 em relao a :
0 1
0
ento
3
0
4
1
Na ltima igualdade usamos o fato de que
4
0
4
1
4 ; logo,
1
$
1
$
1
9
9
1
!
'
[5] Calcule a rea limitada por #
1
3
, e pelas retas 1
e 1
.
.
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342 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS
21 3 4 5
1
21 3 4 5
1
Figura 8.9: Grfico de #
17
8
4
.
1
4
1
4
1
4
1
!
Numa integral imprpria com limite superior infinito e cuja funo integranda no definidano limite inferior, procedemos assim: Se
# integrvel em
ento
$
#
1
$
#
#
onde
'; analogamente nos outros casos.
Exemplo 8.5.
[1]
4
4
.
4
4
1
4
4
4
1
3
4
'
'
3
'
'
1
3
4
' '
' '
1
[2] Calcule a rea da regio limitada pelo grfico de0 1
3
3
e o eixo dos .
-
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8.4. EXERCCIOS 343
1 3 6 9
1
1 3 6 9
1
Figura 8.10: Grfico de #
17
8 8
7
.
Como
3
1
'
, ento:
3
1
7
3
7
3
1
'
7
'
7
1
'
'
1
!
8.4 Exerccios
1. Calcule as seguintes integrais imprprias, caso sejam convergentes:
(a)
7
(b)
4
(c)
3
(d)
8
9
(e)
8
9
(f)
4
(g)
'
3
(h)
8
9
(i)
'
(j)
7
(k)
4
3
(l)
(m)
7
4
(n)
4
3
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(o)
4
(p)
7
(q)
8
(r)
7
4
3
4
(s)
3
(t)
9
(u)
(v)
4
3
(w)
7
4
(x)
4
4
2. Calcule a rea das regies determinadas por:
0 1
8
8
7
0 1
4
0 1
4
8
e 3
'
0 17
8
7
e o eixo dos .
3. Calcule as seguintes integrais imprprias, caso sejam convergentes:
(a)
(b)
7
'
9
(c)
3
4
(d)
8
(e)
7
9
4
(f)
7
7
(g)
3
'
(h)
4
4
(i)
4
(j)
4
7
4
4
(k)
7
3
4
(l)
3
4
(m)
9
'
(n)
7
4
(o)
7
4
4
(p)
7
4
4
3
(q)
4
7
4
(r)
4
7
(s)
4
(t)
9
3
4
3
(u)
7
3
-
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8.4. EXERCCIOS 345
(v)
9
4. Determine o valor de tal que as seguintes integrais imprprias sejam convergentes:
(a)
(b)
(c)
(d)
4
(e)
(f)
'
(g)
9
3
'
(h)
5. Seja
1
8
7
,
; esta funo chamada funo gama. Verifique:
(a)
3
1
,
.
(b) Se
# ,
3
1
6. Seja #
1
4 se
"
se
. Determine
de modo que # seja funo de densidade
de probabilidade.
7. Determine para que #
1
seja funo de densidade de probabilidade.
8. Verifique que
8
9
4
7
1
;
# .
9. Se # funo de densidade de probabilidade, defina a probabilidade de um nmero sermaior que
, ser menor que
.
10. Numa fbrica de circuitos impressos, a vida til desses circuitos tem uma distribuio
descrita pela densidade de probabilidade#
1
4
8
se
, onde
medidoem horas.
(a) Qual a probabilidade dos circuitos funcionarem em menos de
horas?
(b) Qual a probabilidade dos circuitos continuarem funcionando aps
horas?
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346 CAPTULO 8. INTEGRAIS IMPRPRIAS