apostila irrf 2006

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ESTADO DE SANTA CATARINA TRIBUNAL DE JUSTIA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA

IMPOSTO DE RENDA NA FONTE CONDENAES JUDICIAIS

Edio (outubro/2005): Zenaide Teresinha Irber Compilao (maro/2006): Jos Luciano Terhorst Srgio Zitta

Florianpolis - SC

2 NDICE

1.

INCIDNCIA DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE .......... 51.1. Regra geral ....................................................................................................... 5 1.2. Uma previso legal especfica ......................................................................... 5 1.3. Demais casos .................................................................................................... 5

2. RESPONSABILIDADE PELA RETENO E MOMENTO EM QUE ESTA DEVE SER FEITA...................................................... 7 3. RENDIMENTOS PAGOS A PESSOAS FSICAS........................... 83.1. Aplicao da tabela progressiva ...................................................................... 8 3.2. Dedues permitidas na determinao da base de clculo do imposto ......... 8 3.3. Mais de um pagamento no ms ao mesmo beneficirio................................. 9

4. RENDIMENTOS PAGOS A PESSOAS JURDICAS................... 104.1 Alquotas.......................................................................................................... 10 4.2. Base de clculo............................................................................................... 10

5. RENDIMENTO RECEBIDO MEDIANTE LEVANTAMENTO DE DEPSITO JUDICIAL ................................................................. 11 6. ISENES, IMUNIDADES E NO-INCIDNCIA ................. 126.1. Rendimentos isentos ou imunes .................................................................... 12 6.2. Penses alimentcias ...................................................................................... 12 6.3. Condenaes judiciais em processos de desapropriao......................... 13

7. PAGAMENTO DO IMPOSTO........................................................ 147.1. Prazo............................................................................................................... 14 7.2. Preenchimento do DARF .............................................................................. 14 7.3. Pagamentos fora do prazo ............................................................................. 14

8. DISPENSA DE RETENES DE VALOR NO SUPERIOR A R$ 10,00.................................................................................................. 15 9. NORMAS PARA RETENO DO IRRF PELOS CARTRIOS169.1. Provimento n 03/91....................................................................................... 16 9.2. Acrdo CM 512/99 .................................................................................... 18

10. EXCERTOS DA LEGISLAO .................................................. 2410.1. Lei n 8.541, de 23 de dezembro de 1992 incidncia do IRRF em cumprimento de deciso judicial .......................................................................... 24 10.2. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Regulamenta a tributao, fiscalizao, arrecadao e administrao do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza....................................................................... 24 10.3. Art. 39 do Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) - no integram o rendimento bruto: .............................................................................. 25 10.4. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) so tambm tributveis:............................................................................................................. 35 10.5. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) determinao da base de clculo: ............................................................................................................. 39 10.6. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) valores pagos por pessoa jurdica prestao de servios profissionais.......................................... 41

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10.7. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Rendimentos Pagos a Pessoas Jurdicas por Sentena Judicial ............................................................. 44 10.8. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Responsabilidade no Caso de Deciso Judicial ...................................................................................... 45

11. PERGUNTAS FREQENTES...................................................... 6311.1. Indenizao por Danos Morais ................................................................... 63 11.2. Honorrios Advocatcios pessoa fsica..................................................... 64 11.3. Honorrios Advocatcios em favor de Pessoa Jurdica devidamente constituda (sociedade civil de advogados inscrita na OAB)............................... 65 11.4. Honorrios Advocatcios execuo fiscal ................................................ 65 11.5. Honorrios Advocatcios execuo fiscal - parcelamento ...................... 65 11.6. Honorrios Advocatcios fracionamento conforme o nmero de advogados na procurao ..................................................................................... 65 11.7. Execuo de Honorrios Advocatcios atuao em causa prpria......... 65 11.8. Honorrios Advocatcios aes plrimas................................................. 66 11.9. Ao de Cobrana de Honorrios de Profissional Liberal ........................ 66 11.10. Honorrios de Perito Judicial pessoa fsica .......................................... 66 11.11. Honorrios Periciais liberao de alvars em duas parcelas ............... 67 11.12. Honorrios Testamenteiro...................................................................... 67 11.13. Comisso de Leiloeiro................................................................................ 67 11.14. Sndico de Massa Falida e Crditos Trabalhistas .................................... 67 11.15. Instituies de Educao e de Assistncia Social sem fins lucrativos ..... 68 11.16. Indenizao por Dano Material ................................................................ 69 11.17. Indenizao por Dano Esttico ................................................................. 69 11.18. Penso Judicial .......................................................................................... 69 11.19. Alimentos Descontados em Folha de Pagamento..................................... 70 11.20. Beneficirio da Renda um Esplio......................................................... 71 11.21. Diferenas Salariais................................................................................... 71 11.22. Rendimentos de Caderneta de Poupana.................................................. 71 11.23. Ao de Reparao de Danos Materiais por Acidente de Veculo........... 71 11.24. Indenizao de Danos por Morte Decorrente de Acidente do Trabalho . 72 11.25. Indenizao por Ato Ilcito ........................................................................ 72 11.26. Seguro e Peclio ........................................................................................ 73 11.27. Seguro - sinistro ......................................................................................... 73 11.28. Juros de Indenizao de Seguro................................................................ 74 11.29. Juros acompanham o principal.............................................................. 74 11.30. Honorrios Advocatcios em nome de Sociedade de Advogados ............. 74

12. COMENTRIOS E ARTIGOS SOBRE IRRF ............................ 7912.1. Parecer nro. 16 de 12/07/2004 Dispes sobre a aplicao de multas entre pessoas jurdicas de direito pblico...................................................................... 79 12.2. Instruo Normativa nro. 197 de 10 /09 /2002 - Dispe sobre as multas aplicveis aos casos de atraso, falta de apresentao e irregularidades no preenchimento da Declarao do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf). ... 88 12.3. Responsabilidade Tributria dos Sucessores Hereditrios ........................ 91 12.4. Responsabilidade da Fonte........................................................................ 100 12.5. Responsabilidade no Caso de Deciso Judicial........................................ 103

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12.6. Imposto de Renda Pessoas fsicas/Fonte - Penso alimentcia - Deduo para quem paga - Rendimento tributvel de quem recebe ............................... 111 12.7. Consulta Receita Federal sobre a aplicao da legislao ................... 118 12.8. Circular nro. 61/2000 e Tabelas Progressivas .......................................... 124

13. CDIGOS DE RETENO, FATO GERADOR, BENEFICIRIO, ALQUOTA/BASE DE CLCULO, REGIME DE TRIBUTAO, RESPONSVEL E PRAZO PARA O RECOLHIMENTO .............................. 14913.1. Aluguis e Royalties Pagos Pessoa Fsica - 3208 .................................. 149 13.2. Aplicaes Financeiras de Renda Fixa, Exceto em Fundos de Investimento - Pessoa Fsica - 8053................................................................... 150 13.3. Aplicaes Financeiras de Renda Fixa, Exceto em Fundos de Investimento - Pessoa Jurdica - 3426 ............................................................... 153 13.4. Cobertura por Sobrevivncia em Seguro de Vida (VGBL)- 6891 ............ 156 13.5. Comisses e Corretagens Pagas Pessoa jurdica - 8045........................ 157 13.6. Indenizao por Danos Morais - 6904...................................................... 159 13.7. Jogos de Bingo Permanente ou Eventual - Prmios em Bens ou Servios 8673 ..................................................................................................................... 160 13.8. Jogos de Bingo Permanente ou Eventual - Prmios em Dinheiro - 8673161 13.9. Juros e Indenizaes por Lucros Cessantes - 5204 .................................. 162 13.10. Multas e Vantagens - 9385 ...................................................................... 163 13.11. Prmios de Proprietrios e Criadores de Cavalos de Corrida - 0916 .... 164 13.12. Prmios e Sorteios em Geral - 0916 ........................................................ 165 13.13 Prmios em Bens e Servios - 0916 .......................................................... 166 13.14 Remunerao de Servios Profissionais Prestados por Pessoa Jurdica 1708 ..................................................................................................................... 167 13.15. Rendimentos de Partes Beneficirias ou de Fundador - 3277............... 169 13.16 Rendimentos do Trabalho Sem Vnculo Empregatcio - 0588................ 170 13.17. Resgate de Previdncia Privada e Fapi - 3223 ....................................... 172 13.18. Servios de Propaganda Prestados Por Pessoa Jurdica - 8045 ............ 173 13.19. Servios Pessoais Prestados por Associados de Cooperativas de Trabalho - 3280 ................................................................................................................... 175 13.20. Trabalho Assalariado no Pas - 0561...................................................... 176 13.21. Multa do art. 18 do CPC - 5204............................................................... 179

14. TABELAS DE CDIGO DE RECEITA ................................................. 18014.1 IRRF Pessoa Fsica ................................................................................. 180 14.2. IRRF Pessoa Jurdica................................................................................ 182

15. OBSERVAES FINAIS .................................................................... 196

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1. INCIDNCIA DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE 1.1. Regra geralOs valores pagos em decorrncia de condenaes judiciais somente ficaro sujeitos ao Imposto de Renda na fonte quando tiverem a natureza de rendimentos (renda) para os quais haja previso de incidncia do imposto. Isso est bem claro no art. 718 do RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda Decreto Lei n 3000, de 26 de maro de 1999), o qual dispe: O imposto incidente sobre rendimentos tributveis pagos em cumprimento de deciso judicial ser retido na fonte, quando for o caso, pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio (Lei n 8.541, de 1992, art. 46). Observe-se ento que o referido dispositivo legal apenas cuida da responsabilidade pelo desconto do Imposto de Renda na fonte e do momento em que ocorre o seu fato gerador, quando for o caso, ou seja, quando se tratar de rendimentos tributveis na forma da legislao vigente. No cria hiptese especfica de incidncia sobre rendimentos pagos em decorrncia de deciso judicial.

1.2. Uma previso legal especficaH somente uma hiptese de incidncia do Imposto de Renda na fonte especificamente prevista para rendimentos decorrentes de condenaes judiciais, que a do art. 680 do RIR/99, que tributa na fonte, alquota de 5% (cinco por cento), os juros e indenizaes por lucros cessantes pagos a pessoas jurdicas em virtude de sentena judicial.

1.3. Demais casosAlm da hiptese especfica, referida no subitem anterior, sujeitam-se ao desconto do Imposto de Renda na fonte, quando pagos judicialmente, apenas os rendimentos que, de acordo com a legislao vigente, esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, independentemente de o pagamento decorrer ou no de sentena judicial, tais como, entre outros: I - rendimentos pagos a pessoas fsicas, a ttulo de: a) remunerao do trabalho assalariado, devida por pessoa fsica ou jurdica (art. 624 do RIR/99); b) remunerao do trabalho, sem vnculo empregatcio, aluguis ou royalties, direitos autorais etc. devidos por pessoas jurdicas (arts. 628 a 639 do RIR/99);

6 c) quaisquer outros ttulos, pagos por pessoas jurdicas, exceto os referidos no subitem 7.1 (art. 639 do RIR/99); II - rendimentos pagos ou creditados a pessoas jurdicas, a ttulo de: a) remunerao de servios profissionais prestados a outras pessoas jurdicas (art. 647 do RIR/99); b) remunerao de servios de limpeza, conservao, segurana, vigilncia e locao de mo-de-obra prestados por pessoas jurdicas a outras pessoas jurdicas (art. 649 do RIR/99); c) comisses, corretagens ou qualquer outra remunerao pela representao comercial ou pela mediao na realizao de negcios civis e comerciais entre pessoas jurdicas (art. 651 do RIR/99); III - multas ou quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por pessoas jurdicas a pessoas fsicas ou jurdicas, em virtude de resciso contratual, inclusive valores pagos a ttulo de indenizao, exceto indenizaes destinadas a reparar danos patrimoniais e indenizaes devidas em conformidade com a legislao trabalhista (art. 681 do RIR/99).

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2. RESPONSABILIDADE PELA RETENO E MOMENTO EM QUE ESTA DEVE SER FEITAConforme j foi dito, de acordo com o art. 718 do RlR/99, o Imposto de Renda incidente na fonte sobre os rendimentos pagos em cumprimento de deciso judicial deve ser retido pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio. Quando os rendimentos decorrentes de condenaes judiciais so depositados em Juzo, no momento do depsito no h obrigao de descontar o imposto porque os rendimentos somente se tornam disponveis ao beneficirio por ocasio do seu efetivo recebimento, o que ocorre com o levantamento do depsito mediante autorizao do Juiz. Deste modo, neste caso (levantamento de depsito), embora a responsabilidade pela reteno e pelo recolhimento do imposto seja da fonte pagadora, na prtica, ocorre que o prprio beneficirio do rendimento acaba tendo de providenciar o pagamento do imposto devido, como condio para lhe ser liberado o levantamento do depsito.

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3. RENDIMENTOS PAGOS A PESSOAS FSICAS 3.1. Aplicao da tabela progressivaExcetuadas as hipteses de rendimentos para os quais haja previso legal de tributao mediante aplicao de alquota fixa (como nos casos de multas ou vantagens decorrentes de resciso contratual e de rendimentos produzidos por aplicaes financeiras, por exemplo), nas demais hipteses de rendimentos tributveis pagos a pessoas fsicas residentes ou domiciliadas no Pas, o imposto deve ser descontado na fonte mediante aplicao da tabela progressiva vigente no ms do pagamento. Para o desconto do imposto sobre rendimentos pagos, a partir de fevereiro de 2006, a tabela a aplicar a seguinte: Base de clculo mensal em R$ At 1.257,12 Acima de 1.257,13 at 2.512,08 Acima de 2.512,08 Alquota (%) Isento 15,0 27,5 Parcela a deduzir do imposto em R$ 188,57 502,58

Aplica-se a tabela progressiva sobre o total dos rendimentos disponibilizados, inclusive atualizao monetria e juros, ainda que esse somatrio seja composto de parcelas devidas em pocas diferentes (art. 640 do RIR/99), mas, para a determinao da base de clculo do imposto, podem ser feitas as dedues informadas no subitem seguinte.

3.2. Dedues permitidas na determinao da base de clculo do impostoNo caso de rendimentos sujeitos ao desconto do imposto pela tabela progressiva, para efeito de determinao da base de clculo podero ser deduzidas do rendimento bruto (arts. 640 a 646 do RIR/99): I - a quantia de R$ 126,36 por dependente, desde que o beneficirio dos rendimentos entregue fonte pagadora a declarao dos seus dependentes); II - as contribuies pagas pelo beneficirio dos rendimentos: a) para a previdncia social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; b) para entidades de previdncia privada domiciliadas no Brasil, destinadas a custear benefcios complementares aos da previdncia social, exclusivamente nos casos

9 de rendimentos do trabalho com vnculo empregatcio, ou de administradores de pessoas jurdicas; III - as importncias pagas pelo contribuinte, em dinheiro, a ttulo de penso alimentcia, em cumprimento de acordo ou deciso judicial, inclusive a prestao de alimentos provisionais; IV - o valor das despesas com ao judicial necessrias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenizao. Nota: De acordo com instrues contidas no Manual de Imposto de Renda na Fonte - MAFON, da Receita Federal, editado em 2006 (pgs. 55, 56 e 75), a deduo informada no nmero IV no se restringe a rendimentos tributveis pela tabela progressiva.

3.3. Mais de um pagamento no ms ao mesmo beneficirioDe acordo com o 2 do art. 620 do RIR/99, no caso de rendimentos sujeitos incidncia do imposto na fonte pela tabela progressiva, caso haja mais de um pagamento no ms ao mesmo beneficirio, o imposto dever ser retido por ocasio de cada pagamento, mediante a aplicao da alquota correspondente soma dos rendimentos pagos no ms, compensando-se o imposto retido anteriormente no prprio ms. Entretanto, dispensada a soma dos rendimentos para aplicao da alquota correspondente, ou seja, procede-se ao desconto do imposto, por ocasio de cada pagamento, sem levar em considerao outros pagamentos feitos anteriormente, no ms, ao mesmo beneficirio, nos seguintes casos (art. 718, 1, do RIR/99): a) juros e indenizaes por lucros cessantes; b) honorrios advocatcios; c) remunerao pela prestao de servios no curso de processo judicial, tais como servios de engenheiro, mdico, contabilista, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro, liquidante etc. Nota: De acordo com o art. 13, 2, da IN SRF n 25/96, nas hipteses das letras b e c, a dispensa da soma dos rendimentos pagos no ms somente se aplica se o nus do imposto recair sobre a fonte pagadora.

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4. RENDIMENTOS PAGOS A PESSOAS JURDICAS 4.1 AlquotasNo caso de rendimentos pagos a pessoas jurdicas, o desconto do imposto na fonte deve ser feito mediante aplicao: I - da alquota de 5% (cinco por cento), quando se tratar de juros e indenizaes por lucros cessantes, decorrentes de sentena judicial (art. 680 do RIR/99); ou II - da alquota especfica prevista na legislao para a espcie de rendimento, como, por exemplo: a) 1,5% (um e meio por cento), no caso de rendimentos pagos por outras pessoas jurdicas, a ttulo de: a.1) honorrios advocatcios ou de remunerao pela prestao de outros servios profissionais (art. 647 do RIR/99); a.2) comisses, corretagens ou qualquer outra remunerao pela representao comercial ou pela intermediao na realizao de negcios civis ou mercantis (art. 651 do RIR/99); b) 1% (um por cento), nos casos de remunerao de servios de limpeza, conservao, segurana, vigilncia e locao de mo-de-obra, paga por outras pessoas jurdicas (art. 649 do RIR/99); III - da alquota de 15%, no caso de multas ou quaisquer outras vantagens pagas por pessoas jurdicas em virtude de resciso contratual (art. 681 do RIR/99).

4.2. Base de clculoA base de clculo do imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos a pessoas jurdicas o valor do rendimento pago ou creditado, ressalvada a hiptese mencionada no item 6.

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5. RENDIMENTO RECEBIDO MEDIANTE LEVANTAMENTO DE DEPSITO JUDICIALDe acordo com o 3 do art. 718 do RIR/99, no caso de o pagamento ser efetuado mediante levantamento de depsito judicial, o imposto devido na fonte incidir sobre o total dos rendimentos pagos, inclusive o rendimento abonado pela instituio financeira depositria (exceto aqueles que j foram tributados pela instituio financeira depositria).

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6. ISENES, IMUNIDADES E NO-INCIDNCIA 6.1. Rendimentos isentos ou imunesNo se sujeita ao desconto do imposto na fonte o pagamento de rendimentos para os quais haja previso legal de iseno ou no-incidncia, como, por exemplo: a) indenizaes decorrentes de acidente do trabalho ou de resciso de contrato de trabalho, aviso prvio indenizado (no trabalhado), importncias relativas ao FGTS (art. 623 do RIR/99); b) valores pagos a ttulo de incentivo adeso a programas de desligamento voluntrio (AD SRF n 3/99 e ADN COSIT n 7/99); c) indenizaes destinadas a reparar danos patrimoniais (art. 681, 5, do RIR/99). No h incidncia do imposto sobre rendimentos pagos a pessoa jurdica de direito pblico (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, e suas autarquias) ou a outras entidades que gozem de imunidade tributria. No esto sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte os rendimentos especificados no art. 39 do Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999.

6.2. Penses alimentciasNo se submetem incidncia do imposto as importncias descontadas em folha de pagamento, ou pagas, mensalmente, a pessoa fsica, a ttulo de penso alimentcia, em cumprimento de acordo ou deciso judicial, inclusive a prestao de alimentos provisionais (ADN COS1T n 11/93). Todavia, nesse caso, o beneficirio do rendimento fica sujeito ao pagamento do imposto mensal na modalidade do carn-leo. Entretanto os rendimentos recebidos acumuladamente em cumprimento de deciso judicial so tributados na fonte no momento em que se tornam disponveis para o beneficirio e na declarao de ajuste (Lei n 7.713, de 1988, art. 12; RIR/1999, art. 718). Todavia, o clculo deve ser mensal, isto , o valor acumulado deve ser convertido para ms considerando-se a tabela progressiva relativa ao ms do efetivo pagamento. (Ato Declarativo n. 1, de 27 de maro de 2009) Impende registrar que a jurisprudncia deste Tribunal se coaduna com o referido Ato Declaratrio: AGRAVO DE INSTRUMENTO AO DE EXECUO DE PRESTAO ALIMENTCIA PAGAMENTO DA DVIDA LIBERAO

13 DOS VALORES AO ALIMENTANDO RETENO DO IMPOSTO DE RENDA INCIDNCIA DAS ALQUOTAS DA POCA DO PENSIONAMENTO NO PAGO DECISO REFORMADA RECURSO PROVIDO. No clculo do imposto incidente sobre os rendimentos pagos acumuladamente em decorrncia de deciso judicial, devem ser aplicadas as alquotas vigentes poca em que eram devidos referidos rendimentos (STJ, REsp n. 759.183/SC, rel. Min. Joo Otvio de Noronha, Segunda Turma, j. em 1o3-07). (Agravo de Instrumento n. 2007.001647-5, de Itaja. Relator: Des. Fernando Carioni. Data Deciso: 08/05/2007).

6.3. Condenaes judiciais em processos de desapropriaoEm conformidade com a IN SRF n 112/87, na hiptese de condenao judicial em processo de desapropriao: I - incide imposto na fonte, como antecipao do que for devido pelo beneficirio na declarao de rendimentos, sobre as seguintes parcelas: a) juros compensatrios; b) juros de mora; c) indenizaes por lucro cessante; d) honorrios advocatcios, bem como remunerao pela prestao de quaisquer servios no curso do processo judicial, tais como servios de engenheiro, mdico, contabilista, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro e liquidante; II - no se sujeitam ao desconto do imposto na fonte os pagamentos efetuados ao expropriado, ou ao cessionrio dos direitos deste, pessoa fsica ou jurdica, que correspondam: a) ao valor da desapropriao, inclusive correo monetria; b) ao reembolso de despesas processuais e das despesas relativas aos servios referidos nas letras b e c do subitem 3.3.

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7. PAGAMENTO DO IMPOSTO 7.1. PrazoO Imposto de Renda devido na fonte sobre os rendimentos focalizados neste trabalho dever ser recolhido no prazo comum previsto para o IRRF de apurao semanal, ou seja, at o terceiro dia til da semana subsequente de ocorrncia do fato gerador (art. 865, II, do RIR/99).

7.2. Preenchimento do DARFO imposto retido na fonte sobre os rendimentos focalizados neste texto dever ser pago por meio de DARF preenchido em duas vias, utilizando-se no campo 04 os seguintes cdigos (Ato Declaratrio Executivo Corat n 9, de 16/01/2002): Os cdigos de reteno esto listados no anexo I (pgina xxx).

7.3. Pagamentos fora do prazoSe o pagamento do imposto for efetuado aps o prazo mencionado no subitem 7.1, haver incidncia de multa e juros de mora, de acordo com as tabelas publicadas pela Receita Federal.

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8. DISPENSA DE RETENES DE VALOR NO SUPERIOR A R$ 10,00 dispensada a reteno do Imposto de Renda na fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), nos casos de incidncia sobre (art. 724 do RIR/99): I - rendimentos pagos a pessoas fsicas, caso esses devam integrar a base de clculo do imposto devido na Declarao de Ajuste Anual do beneficirio (veja o subitem 10.1); II - rendimentos pagos ou creditados a pessoas jurdicas, caso esses devam integrar a base de clculo do imposto devido pela beneficiria, seja essa tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado (veja o subitem 10.2). Nota: No texto publicado no Bol. IOB n 30/2000, pg. 8, neste Caderno, identificamos todas as hipteses de dispensa de reteno do imposto na fonte de valor no superior a R$ 10,00. (Fonte do artigo: Boletim IOB-IR/LS-38/2000)

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9. NORMAS PARA RETENO DO IRRF PELOS CARTRIOS 9.1. Provimento n 03/91Consolida e atualiza normas referentes reteno do Imposto de Renda na Fonte pelos Cartrios. O Desembargador TYCHO BRAHE FERNANDES NETO, Corregedor Geral da Justia do Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuies, e considerando a Resoluo N CDM - 18.06.84/84: RESOLVE, para orientao dos senhores Contadores e Escrives consolidar e atualizar as normas referentes reteno do Imposto de Renda na Fonte pelos Cartrios, objeto dos Provimentos n 1/78, 46/78, 17/84, da Circular n 26/80 e Telex Circular n 47/88: 1 - A reteno do Imposto de Renda na Fonte, a que alude o art.7, pargrafo 2 da Lei n 7.713, de 22.12.88, ser calculada mediante a utilizao da tabela progressiva instituda pela Instruo Normativa - RF n 17 de 05 de maro de 1991, que incidir sobre os valores pagos ou creditados a pessoas fsicas ou jurdicas. 2 - Consoante o pargrafo 2 do art. 7 da Lei n 7.713, de 22.12.88, o imposto ser retido pelo cartrio do Juzo onde ocorrer a execuo da sentena no ato do pagamento do rendimento, ou no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio, dispensada a soma dos rendimentos pagos ou creditados, no ms, para a aplicao da alquota correspondente, nos casos de: a) juros e indenizaes por lucros cessantes, decorrentes de sentena judicial; b) honorrios advocatcios; c) remunerao pela prestao de servios no curso do processo judicial, tais como servios de engenheiro, mdico, contabilista, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro e liquidante. 3 - O imposto retido constitui antecipao do devido na declarao do beneficirio, classificando-se os rendimentos percebidos nas cdulas correspondentes natureza dos mesmos, no exerccio correspondente ao ano-base em que os rendimentos forem computados. 4 - Os cartrios responsveis pela reteno do imposto de renda devem escriturar livro "Caixa", o qual, desde que autenticado por autoridade judicial competente, fica dispensado de registro em unidade da Secretaria da Receita Federal (Inst. Norm. da SRF n 060, de 26.08. 81), onde devero lanar, diariamente, as retenes e recolhimentos que efetivarem, com expressa remisso ao n do processo, natureza do feito, data da liberao dos rendimentos, nome dos beneficirios e valor do recolhimento. 5 - O recolhimento dever ser efetivado com o uso do Documento de Arrecadao de Receitas Federais - DARF.

17 6 - Os comprovantes do recolhimento devem ser mantidos arquivados em pastas prprias em ordem cronolgica. 7 - A via adicional do DARF constituir comprovante hbil da reteno desde que esteja devidamente autenticada pelo estabelecimento bancrio recebedor e o nome do beneficirio, o respectivo nmero do CIC ou CGC e o cdigo de recolhimento constem do campo prprio. 8 - O DARF para recolhimento do imposto retido pelos cartrios deve ser preenchido pelo Escrivo, de acordo com as instrues anexas (Ato Declaratrio n 19, de 31 de agosto de 1988 - DOU de 02/09/88 - da Coordenadoria do Sistema de Arrecadao da Secretaria da Receita Federal). 9 - No ocorre a incidncia do imposto em indenizaes decorrentes de acidentes de trabalho, de rescises de contrato de trabalho ou de outros rendimentos considerados como no tributveis pela Legislao do Imposto de Renda, conforme disposto no artigo 6 da Lei n 7.713, bem como juros calculados sobre tais indenizaes. 10 - Tambm no ocorre a incidncia quando o beneficirio do rendimento for pessoa Jurdica de Direito Pblico, ou entidade que goze de imunidade tributria. 11 - Sendo o rendimento tributvel, o imposto incidir na fonte, a partir do limite de iseno estipulado na tabela progressiva a que se refere o art. 1 deste Provimento. 12 - Quando os honorrios advocatcios, consoante informao por escrito prestada nos respectivos autos, por seu advogado, beneficiar a pessoa jurdica exeqente, esta que o contribuinte econmico na relao obrigacional tributria, de sorte que a ela que o imposto retido aproveita. Em nome da pessoa jurdica, nesses casos, que deve ser feita a reteno (orientao em face do constante no item 5 do Parecer CST/SIPR n 1.646, de 30.05.78). 13 - Cabe ao Escrivo preencher o alvar em favor do banco detentor do depsito do Imposto de Renda na Fonte. 14 - Compete ao Escrivo encaminhar o DARF e o respectivo Alvar ao Banco, para quitao; efetuar os registros no livro Caixa e guardar cpia dos comprovantes do respectivo recolhimento. 15 - Compete tambm ao Escrivo, com base nas retenes efetivadas pelos DARFs, j lanadas no livro "Caixa", o preenchimento da DCTF (Declarao de Tributos Federais) instituda por Instruo Normativa da Receita Federal, sendo apresentados mensalmente no rgo da Receita Federal local para os devidos fins. 16 - O Contador Judicial dever apor o carimbo no verso da via da GRJ do processo e preencher os campos nela indicados. 17 - Quando houver mais de uma parte com imposto a reter, dever o Contador Judicial apor tantos carimbos quantos se fizerem necessrios. 18 - Ocorrendo falta de espao na via da GRJ do processo, o Contador dever juntar uma folha em branco e nela apor os carimbos. 19 - As Escrivanias Judiciais que no tiverem ainda o registro no Cadastro Geral dos Contribuintes (CGC) devero providenci-lo junto ao rgo da Receita Federal com a maior brevidade.

18 20 - Anualmente, o Escrivo dever, no prazo legal, preencher a DIRF (Declarao de Imposto de Renda na Fonte), (vide orientaes da Instituio Normativa n 13 de 15 de fevereiro de 1991, DOU de 14.03.91, anexa), e encaminh-la ao rgo da Receita Federal local (Uma cpia do DIRF dever ser remetida Corregedoria Geral da Justia). REGISTRE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE. Florianpolis, 12 de abril de 1991. Des. TYCHO BRAHE FERNANDES NETO Corregedor Geral da Justia

9.2. Acrdo CM 512/99Consulente: Assessoria de Custas da Corregedoria-Geral da Justia CONSULTA ACERCA DA IMPLEMENTAO DO MDULO DE CLCULO DE CUSTAS JUDICIAIS. VIABILIDADE. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Consulta n. 512/99, em que Consulente a Assessoria de Custas da Corregedoria-Geral da Justia, A C O R D A M, em Conselho da Magistratura, sem voto discrepante, responder afirmativamente consulta. Sem custas. A Assessoria de Custas, atravs de seu economista Antnio Francisco Duarte, formulou consulta perante o rgo Censrio do Tribunal, no sentido da viabilidade da implementao do mdulo de clculo de custas judiciais, em desenvolvimento pela Empresa Softplan, para o fim de reteno do imposto sobre a renda retido na fonte. Acolhendo o parecer emitido pelo Dr. Juiz Corregedor, o Exmo. Sr. Des. Corregedor determinou o encaminhamento dos autos ao Conselho da Magistratura. Remetidos os autos douta Procuradoria-Geral de Justia, esta opinou no sentido de ser a pessoa fsica e jurdica obrigada ao recolhimento do Imposto de Renda, caso responsvel pelo pagamento, sendo que o referido recolhimento dever ocorrer no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio, mediante aplicao da tabela progressiva vigente no ms do pagamento. Entende, ainda, a douta PGJ que, no caso do no recolhimento pelo contribuinte, dever o togado responsvel pela liberao do numerrio determinar o recolhimento antes da expedio de alvar ou liberao do precatrio.

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o Relatrio. Merece parcial acolhimento o parecer proferido pela douta Procuradoria-Geral de Justia. Com efeito, a pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento dever reter na fonte o imposto de renda incidente sobre os rendimentos pagos decorrentes de deciso judicial. o que estatui o artigo 46 da Lei n. 8.541, de 23 de dezembro de 1992: Art. 46. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de deciso judicial ser retido na fonte pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio. Estabelece o art. 46, 2o, que, quando se tratar de rendimento sujeito a aplicao da tabela progressiva, dever ser utilizada a tabela vigente no ms de pagamento. Em relao a tabela de progressividade, prescreve o Decreto n. 3.000, de 26 de maro de 1999: Art. 110. O imposto de renda incidente sobre os rendimentos de que trata este Ttulo ser calculado de acordo com as seguintes tabelas progressiva em Reais: I - relativamente aos fatos geradores que ocorrerem durante os anoscalendrio de 1998 e 1999 (Lei n 9.532, de 1997, artigo 21); BASE DE CLCULO ALQUOTA R$ % At 900,00 --Acima de 900,00 at 1.800,00 15 Acima de 1.800,00 27,5 PARCELA A DEDUZIR DO EM IMPOSTO EM R$ --135,00 360,00

II - relativamente aos fatos geradores que ocorrerem a partir de 1 de janeiro de 2000 (Lei n 9.250, de 1995, artigo 3, e Lei n 9.532, de 1997, artigo 21, pargrafo nico). BASE DE CLCULO ALQUOTA R$ % At 900,00 ---Acima de 900,00 at 1.800,00 15 Acima de 1.800,00 27,5 PARCELA A DEDUZIR DO EM IMPOSTO EM R$ --135,00 315,00

20 Pargrafo nico. O imposto ser calculado sobre os rendimentos recebidos em cada ms (Lei n 9.250, de 1995, artigo 3, pargrafo nico). Como bem explanou o Doutor Promotor de Justia, mister esclarecer que h valores isentos e no tributveis, bem como valores de tributao exclusiva na fonte, imunidades e fatores de no-incidncia. Salienta, ainda, o parecerista que, segundo o 1o do artigo 46 da Lei 8.541/92, fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no ms, para aplicao da alquota correspondente, nos casos de: I - juros e indenizaes por lucros cessantes; II honorrios advocatcios; III - remunerao pela prestao de servios de engenheiro, mdico, contador, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro e liquidante. Dessa forma, no se tributam quaisquer indenizaes, como as decorrentes de desapropriao em precatrio, por no se tratar de rendimentos. Essa proibio de tributos no se estende aos honorrios do patrono da causa, que sempre aufere rendimentos. De acordo com o art. 722 do Decreto 3.000, de 26/03/1999, a fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, ainda que no o tenha retido (Decreto-Lei n. 5.844, de 1943, art. 103). Consoante o pargrafo nico do artigo acima elencado, quando se tratar de imposto devido como antecipao e a fonte pagadora comprovar que o beneficirio j incluiu o rendimento em sua declarao, aplicar-se- a penalidade prevista no art. 957, alm dos juros de mora pelo atraso, calculados sobre o valor do imposto que deveria ter sido retido, sem obrigatoriedade do recolhimento deste. Todavia, equivoca-se o representante ministerial quando assevera que deva ser estabelecida responsabilidade solidria do Magistrado que determinar o levantamento do numerrio. Bernardo Ribeiro de Moraes ensina: Alm do contribuinte, o Cdigo Tributrio Nacional prev, tambm, a pessoa do responsvel, do sujeito passivo tributrio indireto. Lembra Achille Donato Giannini que, alm do contribuinte, a lei tributria muitas vezes declara obrigado ao pagamento do tributo uma pessoa diversa que pode denominar-se responsvel do imposto (Achille Donato Giannini, Instituizoni di Diritto Tributario, Milano, Giufr, 9a edio, 1968). A lei, assim, estende a obrigao tributria a pessoa que no seja contribuinte de tributo, isto , que no esteja ligada de forma direta e pessoal ao fato gerador da obrigao tributria. Em relao ao responsvel tributrio, o vnculo surge da lei especfica e no da lei que define o fato gerador da obrigao tributria. Sua vinculao no direta e pessoal em relao ao respectivo fato gerador, mas, sim, decorre da atribuio legal e de uma vinculao indireta ao fato gerador da obrigao tributria (...) Qualquer pessoa, que no seja contribuinte, guardadas as devidas

21 cautelas, pode ser colocada no plo negativo da relao jurdica tributria, como responsvel, como sujeito passivo tributrio (categoria de sujeito passivo tributrio diferente de contribuinte). Para tal qualificao, basta norma expressa de lei ordinria (grifou-se) (Bernardo Ribeiro de Moraes, Compndio de Direito Tributrio, vol. II, 2a ed., Forense, 1994, pp. 286/287). Prossegue o festejado jurista, dissertando acerca da solidariedade: Assim se expressa o Cdigo Tributrio Nacional: Art. 124 So solidariamente obrigadas: I as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal; II as pessoas expressamente designadas por lei. a) solidariedade de fato (CTN, art. 124, inciso I), quando h uma pluralidade de pessoas com interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal. Seria o caso, v.g., de trs pessoas importarem determinada mercadoria estrangeira ou de cinco pessoas co-proprietrias de um bem imvel. Todas elas ficaro responsveis, solidariamente, perante a Fazenda Pblica respectiva, pelo pagamento do imposto sobre a importao ou do imposto sobre a propriedade predial. A solidariedade nasce em razo da prpria natureza do fato gerador da respectiva obrigao, pela prpria natureza do imposto em causa. Se vrias pessoas participam de fato de determinada obrigao tributria, os efeitos jurdicos abrangero todas elas, que passam a ser solidrias diante do compromisso da prestao tributria. Isto, acrescenta Hugo de Brito Machado, mesmo que a lei especfica do tributo em questo no o diga (Hugo de Brito Machado, Curso de Direito Tributrio, So Paulo, Editora Resenha Tributria, 1a edio, 1979, p. 72); b) solidariedade de direito (CTN, art. 124, inciso II), quando resulta de determinao expressa de lei. A solidariedade passiva tributria resulta da expressa disposio da lei, seja com carter de sano ou para facilitar a cobrana da prestao tributria. So solidariamente obrigadas as pessoas expressamente designadas por lei. O Tabelio, v.g., responde solidariedade com o contribuinte pelo pagamento do imposto de transmisso imobiliria intervivos, tendo em vista a lei assim determinar em razo de uma situao especfica. Diante do carter necessariamente oneroso que se reveste para o sujeito passivo, a solidariedade de direito se d apenas para os casos expressos, em que a lei relaciona os responsveis solidrios (Bernardo Ribeiro de Moraes, Ob. Cit., pp. 304/305). Destarte, o Magistrado no poder, em hiptese alguma, ser considerado responsvel (solidariamente ou no) pelo recolhimento do imposto. A responsabilidade, vimos, decorre de lei ordinria, no podendo ser suprida por regulamentos, resolues etc. Somente a lei tem o condo de estabelecer responsabilidade tributria. Mutatis mutandis, o que dispe o pargrafo nico do art. 45 do Cdigo Tributrio Nacional, ao estatuir que a lei pode atribuir fonte pagadora da renda ou dos proventos tributveis a condio de responsvel pelo imposto cuja reteno e recolhimento lhe caibam (grifou-se).

22 Contudo, pode-se acatar, como sugesto, o estatudo no art. 1o e pargrafo nico da Resoluo 48, de 26 de outubro de 1998, quanto ao pagamentos mediante precatrio, salientando no se poder cobrar imposto da parte quando o precatrio disser respeito indenizao. Prescreve o art. 1o da Resoluo 48: Art. 1o Os pagamentos decorrentes de determinao judicial, a serem processados mediante precatrio, obedecero ao disposto no artigo 46 da Lei n. 8.541, de 23-12-92, e nos artigos 792 e 919 do Decreto n. 1.041, de 11-01-94, devendo as importncias sujeitas tributao serem depositadas com o Imposto de Renda j retido pela instituio pagadora. Pargrafo nico Em caso de no ter havido a reteno pela instituio pagadora, caber ao Juzo, que ordenar a liberao da importncia, determin-lo na expedio do alvar ou ordem de levantamento dos depsitos respectivos. Todavia, a aludida resoluo deve ser interpretada com parcimnia, pois, como vimos, em hiptese alguma pode haver responsabilidade tributria do Magistrado. A responsabilidade decorrente , pois, meramente administrativa, no sentido de suprir a desdia das instituies devedoras (fls. 21 Ofcio-Circular n. 058/98-CG, emitido pela Corregedoria-Geral da Justia da 4a Regio). Na verdade, a responsabilidade tributria ser sempre da fonte pagadora (segundo o art. 722 do Decreto 3.000, de 26/03/1999, a fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, ainda que no o tenha retido -Decreto-Lei n. 5.844, de 1943, art. 103). Em relao aos pagamentos decorrentes de deciso judicial, que no sejam objeto de precatrio, estabelece o art. 2o da Resoluo 48, do TRF da 4a Regio: Art. 2o Os pagamentos decorrentes de determinao judicial, que no forem realizados por meio de precatrio, observaro os termos da Resoluo n. 178, do CJF, de 22-10-96, devendo ser destacado, no alvar ou ordem de levantamento dos depsitos, a parcela do Imposto de Renda incidente na fonte. Registre-se que a Resoluo 178/96, do Conselho da Justia Federal, foi objeto de impetrao, perante o colendo Superior Tribunal de Justia, do Mandado de Segurana 4941/DF, tendo sido, por unanimidade, denegada a ordem. Ante ao exposto, entende este Conselho que a consulta formulada pela Assessoria de Custas da Corregedoria-Geral da Justia, acerca da reteno do Imposto de Renda na fonte decorrente de decises judiciais deve ser assim respondida: 1o) Est obrigado ao recolhimento do Imposto de Renda a pessoa fsica e jurdica responsvel pelo pagamento (instituies devedoras);

23 2o) Referido recolhimento dever ocorrer no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio, mediante aplicao da tabela progressiva vigente no ms do pagamento. 3o) No caso do no recolhimento pelo contribuinte, dever o togado responsvel pela liberao do numerrio, determinar que o recolhimento ocorra antes da expedio ou liberao do precatrio; 4o) Em relao as dvidas que no ensejam precatrio, cumpre ser acatada a Resoluo 178, do Conselho da Justia Federal, bem como o art. 2o da Resoluo 48, da Presidncia do Tribunal Regional Federal da 4a Regio. 5o) Aplicam-se, no que diz respeito ao recolhimento de Imposto de Renda na fonte em razo de decises judiciais, as isenes, imunidades e hipteses de noincidncia previstos na legislao. Desse modo, decide o Conselho da Magistratura responder afirmativamente consulta, nos termos acima expostos. Participaram do julgamento com votos vencedores, os Exmos. Srs. Des. Joo Jos Schaefer e Wilson Guarany e, lavrou parecer pela douta Procuradoria-Geral de Justia, o Dr. Tycho Brahe Fernandes. Florianpolis, 11 de abril de 2001. XAVIER VIEIRA Presidente e Relator

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10. EXCERTOS DA LEGISLAO 10.1. Lei n 8.541, de 23 de dezembro de 1992 incidncia do IRRF em cumprimento de deciso judicialArt. 46. O Imposto sobre a Renda incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de deciso judicial ser retido na fonte pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio. 1 Fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no ms, para aplicao da alquota correspondente, nos casos de: I juros e indenizaes por lucros cessantes; II honorrios advocatcios; III remunerao pela prestao de servios de engenheiro, mdico, contador, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro e liquidante. 2 Quando se tratar de rendimento sujeito a aplicao da tabela progressiva, dever ser utilizada a tabela vigente no ms de pagamento.

10.2. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Regulamenta a tributao, fiscalizao, arrecadao e administrao do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer NaturezaArt. 37. Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinao de ambos, os alimentos e penses percebidos em dinheiro, os proventos de qualquer natureza, assim tambm entendidos os acrscimos patrimoniais no correspondentes aos rendimentos declarados (Lei n 5.172, de 1966, art. 43, incisos I e II, e Lei n 7.713, de 1988, art. 3, 1). Pargrafo nico. Os que declararem rendimentos havidos de quaisquer bens em condomnio devero mencionar esta circunstncia (Decreto-Lei n 5.844, de 1943, art. 66). Art. 38. A tributao independe da denominao dos rendimentos, ttulos ou direitos, da localizao, condio jurdica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda e da forma de percepo das rendas ou proventos, bastando, para a incidncia do imposto, o benefcio do contribuinte por qualquer forma e a qualquer ttulo (Lei n 7.713, de 1988, art. 3, 4).

25 Pargrafo nico. Os rendimentos sero tributados no ms em que forem recebidos, considerado como tal o da entrega de recursos pela fonte pagadora, mesmo mediante depsito em instituio financeira em favor do beneficirio.

10.3. Art. 39 do Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) no integram o rendimento bruto:Art. 39. No entraro no cmputo do rendimento bruto:

10.3.1. Ajuda de CustoI - a ajuda de custo destinada a atender s despesas com transporte, frete e locomoo do beneficiado e seus familiares, em caso de remoo de um municpio para outro, sujeita comprovao posterior pelo contribuinte (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XX);

10.3.2. Alienao de Bens de Pequeno ValorII - o ganho de capital auferido na alienao de bens e direitos de pequeno valor, cujo preo unitrio de alienao, no ms em que esta se realizar, seja igual ou inferior a vinte mil reais (Lei n 9.250, de 1995, art. 22);

10.3.3. Alienao do nico ImvelIII - o ganho de capital auferido na alienao do nico imvel que o titular possua, cujo valor de alienao seja de at quatrocentos e quarenta mil reais, desde que no tenha sido realizada qualquer outra alienao nos ltimos cinco anos (Lei n 9.250, de 1995, art. 23);

10.3.4. Alimentao, Transporte e UniformesIV - a alimentao, o transporte e os uniformes ou vestimentas especiais de trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador a seus empregados, ou a diferena entre o preo cobrado e o valor de mercado (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso I); V - o auxlio-alimentao e o auxlio transporte pago em pecnia aos servidores pblicos federais ativos da Administrao Pblica Federal direta, autrquica e

26 fundacional (Lei n 8.460, de 17 de setembro de 1992, art. 22 e 1 e 3, alnea "b", e Lei n 9.527, de 1997, art. 3, e Medida Provisria no 1.783-3, de 11 de maro de 1999, art.1o, 2o).

10.3.5. Benefcios Percebidos por Deficientes MentaisVI - os valores recebidos por deficiente mental a ttulo de penso, peclio, montepio e auxlio, quando decorrentes de prestaes do regime de previdncia social ou de entidades de previdncia privada (Lei n 8.687, de 20 de julho de 1993, art. 1);

10.3.6. Bolsas de EstudoVII - as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doao, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades no representem vantagem para o doador, nem importem contraprestao de servios (Lei n 9.250, de 1995, art. 26);

10.3.7. Cadernetas de PoupanaVIII - os rendimentos auferidos em contas de depsitos de poupana (Lei n 8.981, de 1995, art. 68, inciso III);

10.3.8. Cesso Gratuita de ImvelIX - o valor locativo do prdio construdo, quando ocupado por seu proprietrio ou cedido gratuitamente para uso do cnjuge ou de parentes de primeiro grau (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso III);

10.3.9. Contribuies Empresariais para o PAITX - as contribuies empresariais ao Plano de Poupana e Investimento - PAIT (Decreto-Lei n 2.292, de 21 de novembro de 1986, art. 12, inciso III, e Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso X);

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10.3.10. Contribuies Patronais para Programa de Previdncia PrivadaXI - as contribuies pagas pelos empregadores relativas a programas de previdncia privada em favor de seus empregados e dirigentes (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso VIII);

10.3.11. Contribuies Patronais para o Plano de Incentivo Aposentadoria Programada IndividualXII - as contribuies pagas pelos empregadores relativas ao Plano de Incentivo Aposentadoria Programada Individual - FAPI, destinadas a seus empregados e administradores, a que se refere a Lei n 9.477, de 24 de julho de 1997;

10.3.12. DiriasXIII - as dirias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de alimentao e pousada, por servio eventual realizado em municpio diferente do da sede de trabalho, inclusive no exterior (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso II);

10.3.13. Dividendos do FNDXIV - o dividendo anual mnimo decorrente de quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento (Decreto-Lei n 2.288, de 23 de julho de 1986, art. 5, e Decreto-Lei n 2.383, de 17 de dezembro de 1987, art. 1);

10.3.14. Doaes e HeranasXV - o valor dos bens adquiridos por doao ou herana, observado o disposto no art. 119 (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XVI, e Lei n 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 23 e pargrafos);

10.3.15. Indenizao Decorrente de AcidenteXVI - a indenizao reparatria por danos fsicos, invalidez ou morte, ou por bem material danificado ou destrudo, em decorrncia de acidente, at o limite fixado em condenao judicial, exceto no caso de pagamento de prestaes continuadas;

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10.3.16. Indenizao por Acidente de TrabalhoXVII - a indenizao por acidente de trabalho (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso IV);

10.3.17. Indenizao por Danos PatrimoniaisXVIII - a indenizao destinada a reparar danos patrimoniais em virtude de resciso de contrato (Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 70, 5);

10.3.18. Indenizao por Desligamento Voluntrio de Servidores Pblicos CivisXIX - o pagamento efetuado por pessoas jurdicas de direito pblico a servidores pblicos civis, a ttulo de incentivo adeso a programas de desligamento voluntrio (Lei n 9.468, de 10 de julho de 1997, art. 14);

10.3.19. Indenizao por Resciso de Contrato de Trabalho e FGTSXX - a indenizao e o aviso prvio pagos por despedida ou resciso de contrato de trabalho, at o limite garantido pela lei trabalhista ou por dissdio coletivo e convenes trabalhistas homologados pela Justia do Trabalho, bem como o montante recebido pelos empregados e diretores e seus dependentes ou sucessores, referente aos depsitos, juros e correo monetria creditados em contas vinculadas, nos termos da legislao do Fundo de Garantia do Tempo de Servio FGTS (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso V, e Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990, art. 28);

10.3.20. Indenizao - Reforma AgrriaXXI - a indenizao em virtude de desapropriao para fins de reforma agrria, quando auferida pelo desapropriado (Lei n 7.713, de 1988, art. 22, pargrafo nico);

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10.3.21. Indenizao Relativa Objeto SeguradoXXII - a indenizao recebida por liquidao de sinistro, furto ou roubo, relativo ao objeto segurado (Lei n 7.713, de 1988, art. 22, pargrafo nico);

10.3.22. Indenizao Reparatria a Desaparecidos PolticosXXIII - a indenizao a ttulo reparatrio, de que trata o art. 11 da Lei n 9.140, de 5 de dezembro de 1995, paga a seus beneficirios diretos;

10.3.23. Indenizao de Transporte a Servidor Pblico da UnioXXIV - a indenizao de transporte a servidor pblico da Unio que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos por fora das atribuies prprias do cargo (Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, art. 60, Lei n 8.852, de 7 de fevereiro de 1994, art. 1, inciso III, alnea "b", e Lei n 9.003, de 16 de maro de 1995, art. 7);

10.3.24. Letras HipotecriasXXV - os juros produzidos pelas letras hipotecrias (Lei n 8.981, de 1995, art. 68, inciso III);

10.3.25. Lucros e Dividendos DistribudosXXVI - os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados no anocalendrio de 1993, pagos ou creditados pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, a pessoas fsicas residentes ou domiciliadas no Pas (Lei n 8.383, de 1991, art. 75); XXVII - os lucros efetivamente recebidos pelos scios, ou pelo titular de empresa individual, at o montante do lucro presumido, diminudo do imposto de renda da pessoa jurdica sobre ele incidente, proporcional sua participao no capital social, ou no resultado, se houver previso contratual, apurados nos anos-calendrio de 1993 e 1994 (Lei n 8.541, de 23 de dezembro de 1992, art. 20);

30 XXVIII - os lucros e dividendos efetivamente pagos a scios, acionistas ou titular de empresa individual, que no ultrapassem o valor que serviu de base de clculo do imposto de renda da pessoa jurdica tributada com base no lucro presumido, deduzido do imposto correspondente (Lei n 8.981, de 1995, art. 46); XXIX - os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do ms de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado (Lei n 9.249, de 1995, art. 10);

10.3.26. Peclio do Instituto Nacional do Seguro Social - INSSXXX - o peclio recebido pelos aposentados que tenham voltado a trabalhar at 15 de abril de 1994, em atividade sujeita ao regime previdencirio, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS ao segurado ou a seus dependentes, aps a sua morte, nos termos do art. 1 da Lei n 6.243, de 24 de setembro de 1975 (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XI, Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, art. 81, inciso II, e Lei n 8.870, de 15 de abril de 1994, art. 29);

10.3.27. Pensionistas com Doena GraveXXXI - os valores recebidos a ttulo de penso, quando o beneficirio desse rendimento for portador de doena relacionada no inciso XXXIII deste artigo, exceto a decorrente de molstia profissional, com base em concluso da medicina especializada, mesmo que a doena tenha sido contrada aps a concesso da penso (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XXI, e Lei n 8.541, de 1992, art. 47);

10.3.28. PIS e PASEPXXXII - o montante dos depsitos, juros, correo monetria e quotas-partes creditados em contas individuais pelo Programa de Integrao Social - PIS e pelo Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico - PASEP (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso VI);

10.3.29. Proventos de Aposentadoria por Doena GraveXXXIII - os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivadas por acidente em servio e os percebidos pelos portadores de molstia profissional, tuberculose ativa, alienao mental, esclerose mltipla, neoplasia maligna, cegueira, hansenase, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose

31 anquilosante, nefropatia grave, estados avanados de doena de Paget (ostete deformante), contaminao por radiao, sndrome de imunodeficincia adquirida, e fibrose cstica (mucoviscidose), com base em concluso da medicina especializada, mesmo que a doena tenha sido contrada depois da aposentadoria ou reforma (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XIV, Lei n 8.541, de 1992, art. 47, e Lei n 9.250, de 1995, art. 30, 2);

10.3.30. Proventos e Penses de Maiores de 65 AnosXXXIV - os rendimentos provenientes de aposentadoria e penso, transferncia para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdncia Social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por qualquer pessoa jurdica de direito pblico interno, ou por entidade de previdncia privada, at o valor de novecentos reais por ms, a partir do ms em que o contribuinte completar sessenta e cinco anos de idade, sem prejuzo da parcela isenta prevista na tabela de incidncia mensal do imposto (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XV, e Lei n 9.250, de 1995, art. 28);

10.3.31. Proventos e Penses da FEBXXXV - as penses e os proventos concedidos de acordo com o Decreto-Lei n 8.794 e o Decreto-Lei n 8.795, ambos de 23 de janeiro de 1946, e Lei n 2.579, de 23 de agosto de 1955, Lei n 4.242, de 17 de julho de 1963, art. 30, e Lei n 8.059, de 4 de julho de 1990, art. 17, em decorrncia de reforma ou falecimento de ex-combatente da Fora Expedicionria Brasileira (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XII);

10.3.32. Reduo do Ganho de CapitalXXXVI - o valor correspondente ao percentual anual fixo de reduo do ganho de capital na alienao de bem imvel adquirido at 31 de dezembro de 1988 a que se refere o art. 139 (Lei n 7.713, de 1988, art. 18);

10.3.33. Rendimentos Distribudos ao Titular ou a Scios de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Optantes pelo SIMPLESXXXVII - os valores pagos ao titular ou a scio da microempresa ou empresa de pequeno porte, que optarem pelo SIMPLES, salvo os que corresponderem a pro labore, aluguis ou servios prestados (Lei n 9.317, de 5 de dezembro de 1996, art. 25);

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10.3.34. Resgate de Contribuies de Previdncia PrivadaXXXVIII - o valor de resgate de contribuies de previdncia privada, cujo nus tenha sido da pessoa fsica, recebido por ocasio de seu desligamento do plano de benefcio da entidade, que corresponder s parcelas de contribuies efetuadas no perodo de 1 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995 (Medida Provisria n 1.749-37, de 11 de maro de 1999, art. 6);

10.3.35. Resgate do Fundo de Aposentadoria Programada Individual FAPIXXXIX - os valores dos resgates na carteira dos Fundos de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, para mudana das aplicaes entre Fundos institudos pela Lei n 9.477, de 1997, ou para a aquisio de renda junto s instituies privadas de previdncia e seguradoras que operam com esse produto (Lei n 9.477, de 1997, art. 12);

10.3.36. Resgate do PAITXL - os valores resgatados dos Planos de Poupana e Investimento - PAIT, relativamente parcela correspondente s contribuies efetuadas pelo participante (Decreto-Lei n 2.292, de 1986, art. 12, inciso IV, e Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso IX);

10.3.37. Salrio-famliaXLI - o valor do salrio-famlia (Lei n 8.112, de 1990, art. 200, e Lei n 8.218, de 1991, art. 25);

10.3.38. Seguro-desemprego e Auxlios DiversosXLII - os rendimentos percebidos pelas pessoas fsicas decorrentes de segurodesemprego, auxlio-natalidade, auxlio-doena, auxlio-funeral e auxlio-acidente, pagos pela previdncia oficial da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

33 Municpios e pelas entidades de previdncia privada (Lei n 8.541, de 1992, art. 48, e Lei n 9.250, de 1995, art. 27);

10.3.39. Seguro e PeclioXLIII - o capital das aplices de seguro ou peclio pago por morte do segurado, bem como os prmios de seguro restitudos em qualquer caso, inclusive no de renncia do contrato (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso XIII);

10.3.40. Seguros de Previdncia PrivadaXLIV - os seguros recebidos de entidades de previdncia privada decorrentes de morte ou invalidez permanente do participante (Lei n 7.713, de 1988, art. 6, inciso VII, e Lei n 9.250, de 1995, art. 32);

10.3.41. Servios Mdicos Pagos, Ressarcidos ou Mantidos pelo EmpregadorXLV - o valor dos servios mdicos, hospitalares e dentrios mantidos, ressarcidos ou pagos pelo empregador em benefcio de seus empregados;

10.3.42. Valor de Bens ou Direitos Recebidos em Devoluo do CapitalXLVI - a diferena a maior entre o valor de mercado de bens e direitos, recebidos em devoluo do capital social e o valor destes constantes da declarao de bens do titular, scio ou acionista, quando a devoluo for realizada pelo valor de mercado (Lei n 9.249, de 1995, art. 22, 4);

10.3.43. Venda de Aes e Ouro, Ativo FinanceiroXLVII - os ganhos lquidos auferidos por pessoa fsica em operaes no mercado vista de aes nas bolsas de valores e em operaes com ouro, ativo financeiro, cujo valor das alienaes realizadas em cada ms seja igual ou inferior a quatro mil, cento e quarenta e trs reais e cinqenta centavos para o conjunto de aes e para o ouro, ativo financeiro, respectivamente (Lei n 8.981, de 1995, art. 72, 8).

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10.3.44. Excees 1 Para os efeitos do inciso II, no caso de alienao de diversos bens ou direitos da mesma natureza, ser considerado o valor do conjunto dos bens alienados no ms (Lei n 9.250, de 1995, art. 22, pargrafo nico). 2 Para efeito da iseno de que trata o inciso VI, considera-se deficiente mental a pessoa que, independentemente da idade, apresenta funcionamento intelectual subnormal com origem durante o perodo de desenvolvimento e associado deteriorao do comportamento adaptativo (Lei n 8.687, de 1993, art. 1, pargrafo nico). 3 A iseno a que se refere o inciso VI no se comunica aos rendimentos de deficientes mentais originrios de outras fontes de receita, ainda que sob a mesma denominao dos benefcios referidos no inciso (Lei n 8.687, de 1993, art. 2). 4 Para o reconhecimento de novas isenes de que tratam os incisos XXXI e XXXIII, a partir de 1 de janeiro de 1996, a molstia dever ser comprovada mediante laudo pericial emitido por servio mdico oficial da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, devendo ser fixado o prazo de validade do laudo pericial, no caso de molstias passveis de controle (Lei n 9.250, de 1995, art. 30 e 1). 5 As isenes a que se referem os incisos XXXI e XXXIII aplicam-se aos rendimentos recebidos a partir: I - do ms da concesso da aposentadoria, reforma ou penso; II - do ms da emisso do laudo ou parecer que reconhecer a molstia, se esta for contrada aps a aposentadoria, reforma ou penso; III - da data em que a doena foi contrada, quando identificada no laudo pericial. 6 As isenes de que tratam os incisos XXXI e XXXIII tambm se aplicam complementao de aposentadoria, reforma ou penso. 7 No caso do inciso XXXIV, quando o contribuinte auferir rendimentos de mais de uma fonte, o limite de iseno ser considerado em relao soma desses rendimentos para fins de apurao do imposto na declarao (Lei n 9.250, de 1995, arts. 8, 1, e 28).

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8 Nos Programas de Alimentao do Trabalhador - PAT, previamente aprovados pelo Ministrio do Trabalho, a parcela paga in natura pela empresa no se configura como rendimento tributvel do trabalhador. 9 O disposto no inciso XIX extensivo s verbas indenizatrias, pagas por pessoas jurdicas, referentes a programas de demisso voluntria.

10.4. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) so tambm tributveis: 10.4.1 Juros compensatrios ou moratriosArt. 55. So tambm tributveis: (...) XIV os juros compensatrios ou moratrios de qualquer natureza, inclusive os que resultarem de sentena, e quaisquer outras indenizaes por atraso de pagamento, exceto aqueles correspondentes a rendimentos isentos ou no tributveis; (...)

10.4.2 Rendimentos recebidos acumuladamenteArt. 56. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidir no ms do recebimento, sobre o total dos rendimentos, inclusive juros e atualizao monetria (Lei n 7.713, de 1988, art. 12). Pargrafo nico. Para os efeitos deste artigo, poder ser deduzido o valor das despesas com ao judicial necessrias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenizao (Lei n 7.713, de 1988, art. 12). Obs.: O Ato Declaratrio, de 27 de maro de 2009, publicado no DOU em 14 de maio de 2009, desobriga o clculo sobre o valor global, isto , o valor do benefcio pago de forma acumulada deve ser convertido para valor mensal. Feita a converso aplica-se a tabela progressiva vigente no ms do efetivo pagamento (http://www.pgfn.gov.br/).

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Art. 87. Do imposto apurado na forma do artigo anterior, podero ser deduzidos (Lei n 9.250, de 1995, art. 12): I - as contribuies feitas aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente; II - as contribuies efetivamente realizadas em favor de projetos culturais, aprovados na forma da regulamentao do Programa Nacional de Apoio Cultura - PRONAC, de que trata o art. 90; III - os investimentos feitos a ttulo de incentivo s atividades audiovisuais de que tratam os arts. 97 a 99; IV - o imposto retido na fonte ou o pago, inclusive a ttulo de recolhimento complementar, correspondente aos rendimentos includos na base de clculo; V - o imposto pago no exterior de acordo com o previsto no art. 103. 1 A soma das dedues a que se referem os incisos I a III fica limitada a seis por cento do valor do imposto devido, no sendo aplicveis limites especficos a quaisquer dessas dedues (Lei n 9.250, de 1995, art. 12, 1, e Lei n 9.532, de 1997, art. 22). 2 O imposto retido na fonte somente poder ser deduzido na declarao de rendimentos se o contribuinte possuir comprovante de reteno emitido em seu nome pela fonte pagadora dos rendimentos, ressalvado o disposto nos arts. 7, 1 e 2, e 8, 1 (Lei n 7.450, de 23 de dezembro de 1985, art. 55).

10.4.3. Rendimentos do trabalho assalariadoArt. 624. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, os rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoas fsicas ou jurdicas (Lei n 7.713, de 1988, art. 7, inciso I).

10.4.4 Rendimentos do trabalho no-assalariadoArt. 628. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, os rendimentos do trabalho no-assalariado, pagos por pessoas jurdicas, inclusive por cooperativas e pessoas jurdicas de direito pblico, a pessoas fsicas (Lei n 7.713, de 1988, art.7, inciso II).

37 Art. 629. No caso de rendimentos pagos por pessoas jurdicas a pessoas fsicas pela prestao de servios de transporte, em veculo prprio, locado ou adquirido com reserva de domnio ou alienao fiduciria, o imposto na fonte previsto no art. 620 incidir sobre (Lei n 7.713, de 1988, art. 9): I - quarenta por cento do rendimento bruto, decorrente do transporte de carga; II - sessenta por cento do rendimento bruto, decorrente do transporte de passageiros. Pargrafo nico. O percentual referido no inciso I aplica-se tambm sobre o rendimento bruto da prestao de servios com trator, mquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados (Lei n 7.713, de 1988, art. 9, pargrafo nico).

10.4.5. Rendimentos percebidos por garimpeirosArt. 630. So tributveis dez por cento do rendimento total percebido por garimpeiros na venda, a empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas, por eles extrados (Lei n 7.713, de 1988, arts. 7, inciso II, e 10).

10.4.6. Rendimentos decorrentes de aluguis ou royaltiesArt. 631. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, os rendimentos decorrentes de aluguis ou royalties pagos por pessoas jurdicas a pessoas fsicas (Lei n 7.713, de 1988, art. 7, inciso II). Art. 632. No integraro a base de clculo para incidncia do imposto, no caso de aluguis de imveis (Lei n 7.739, de 1989, art. 14): I - o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o rendimento; II - o aluguel pago pela locao do imvel sublocado; III - as despesas para cobrana ou recebimento do rendimento; IV - as despesas de condomnio.

10.4.7. Rendimentos oriundos de previdncia privada

38 Art. 633. Os benefcios pagos a pessoas fsicas, pelas entidades de previdncia privada, inclusive as importncias correspondentes ao resgate de contribuies, esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, ressalvado o disposto nos incisos XXXVIII e XLIV do art. 39 (Lei n 9.250, de 1995, art. 33).

10.4.8. Resgates FAPIArt. 634. Os resgates efetuados pelos quotistas do Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, institudo pela Lei n 9.477, de 1997, esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620 (Lei n 9.250, de 1995, art. 33, e Lei n 9.532, de 1997, art. 11, 1).

10.4.9. Outros RendimentosArt. 635. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, os interesses e quaisquer outros rendimentos de partes beneficirias pagos a pessoas fsicas (Lei n 7.713, de 1988, art. 7, inciso II). Art. 636. Os rendimentos efetivamente pagos aos scios ou ao titular da microempresa e empresa de pequeno porte, correspondentes a pro labore, aluguis ou servios prestados sujeitam-se incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620 (Lei n 9.317, de 1996, art. 25). Art. 637. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma prevista no art. 620, os rendimentos pagos aos titulares, scios, dirigentes, administradores e conselheiros de pessoas jurdicas, a ttulo de remunerao mensal por prestao de servios, de gratificao ou participao no resultado (Decreto-Lei n 5.844, de 1943, art. 99, Decreto-Lei n 1.814, de 28 de novembro de 1980, arts. 1 e 2, pargrafo nico, e Lei n 7.713, de 1988, art. 7, inciso II). Art. 638. Os rendimentos pagos a ttulo de dcimo terceiro salrio (CF, art. 7, inciso VIII) esto sujeitos incidncia do imposto na fonte com base na tabela progressiva (art. 620), observadas as seguintes normas (Lei n 7.713, de 1988, art. 26, e Lei n 8.134, de 1990, art. 16): I - no haver reteno na fonte, pelo pagamento de antecipaes; II - ser devido, sobre o valor integral, no ms de sua quitao; III - a tributao ocorrer exclusivamente na fonte e separadamente dos demais rendimentos do beneficirio;

39 IV - sero admitidas as dedues previstas na Seo VI. Art. 639. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620, quaisquer outros rendimentos pagos por pessoa jurdica a pessoa fsica, para os quais no haja incidncia especfica e no estejam includos entre aqueles tributados exclusivamente na fonte (Lei n 7.713, de 1988, arts. 3, 4, e 7, inciso II). Art. 640. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto na fonte incidir sobre o total dos rendimentos pagos no ms, inclusive sua atualizao monetria e juros (Lei n 7.713, de 1988, art. 12, e Lei n 8.134, de 1990, art. 3). Pargrafo nico. Poder ser deduzido, para fins de determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto, o valor das despesas com ao judicial necessrias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenizao (Lei n 7.713, de 1988, art. 12).

10.5. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) determinao da base de clculo:Art. 641. Para determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto na fonte (art.620), sero permitidas as dedues previstas nesta Seo (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, incisos II a VI ). Art. 642. Na determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto, poder ser deduzida a quantia de noventa reais por dependente, observado o disposto nos pargrafos do art. 77 (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, inciso III). 1 Caber ao contribuinte, no caso de rendimentos do trabalho assalariado, informar fonte pagadora os dependentes que sero utilizados na determinao da base de clculo do imposto, devendo o documento comprobatrio ser mantido pela fonte, disposio da fiscalizao. 2 No caber ao empregador responsabilidade sobre as informaes prestadas pelos empregados, para efeito de desconto do imposto na fonte (Lei n 2.354, de 1954, art. 12).

40 3 Os dependentes comuns ao casal podero ser considerados na determinao da base de clculo do imposto relativa a um ou outro cnjuge, vedada a concomitncia da deduo correspondente a um mesmo dependente (Lei n 9.250, de 1995, art. 35, 2 e 4). 4 Na hiptese do pargrafo anterior, a declarao prevista no 1 dever ser subscrita por ambos os cnjuges. Art. 643. Na determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto, podero ser deduzidas as importncias pagas a ttulo de penso alimentcia em face das normas do Direito de Famlia, quando em cumprimento de deciso ou acordo judicial, inclusive a prestao de alimentos provisionais (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, inciso II). 1 A partir do ms em que se iniciar essa deduo vedada a dedutibilidade, relativa ao mesmo beneficirio, do valor correspondente a dependente. 2 O valor da penso alimentcia no utilizado, como deduo, no prprio ms de seu pagamento, poder ser deduzido nos meses subseqentes. 3 Caber ao prestador da penso fornecer o comprovante do pagamento fonte pagadora, quando esta no for responsvel pelo respectivo desconto. Art. 644. Na determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto, podero ser deduzidas (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, incisos IV e V): I - as contribuies para a Previdncia Social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; II - as contribuies para as entidades de previdncia privada domiciliadas no Pas, cujo nus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefcios complementares assemelhados aos da Previdncia Social. Pargrafo nico. A deduo permitida pelo inciso II aplica-se exclusivamente base de clculo relativa a rendimentos do trabalho com vnculo empregatcio, ou de administradores, assegurada, nos demais casos, a deduo dos valores pagos a esse ttulo, por ocasio da apurao da base de clculo do imposto devido no ano-calendrio (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, pargrafo nico).

41 Art. 645. Na determinao da base de clculo sujeita incidncia mensal do imposto, poder ser deduzida a quantia de novecentos reais, correspondente parcela isenta (art. 39, XXXIV) dos rendimentos provenientes de aposentadoria e penso, transferncia para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdncia Social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por qualquer pessoa jurdica de direito pblico interno, ou por entidade de previdncia privada, a partir do ms em que o contribuinte completar 65 anos de idade (Lei n 9.250, de 1995, art. 4, inciso VI). Art. 646. A base de clculo do imposto na fonte, para aplicao da tabela progressiva (art.620), ser a diferena entre (Lei n 9.250, de 1995, art. 4): I - o somatrio de todos os rendimentos pagos, no ms, pela mesma fonte pagadora, exceto os tributados exclusivamente na fonte e os isentos; e II - as dedues permitidas na Seo VI.

10.6. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) valores pagos por pessoa jurdica prestao de servios profissionaisArt. 647. Esto sujeitas incidncia do imposto na fonte, alquota de um e meio por cento, as importncias pagas ou creditadas por pessoas jurdicas a outras pessoas jurdicas, civis ou mercantis, pela prestao de servios caracterizadamente de natureza profissional (Decreto-Lei n 2.030, de 9 de junho de 1983, art. 2, Decreto-Lei n 2.065, de 1983, art. 1, inciso III, Lei n 7.450, de 1985, art. 52, e Lei n 9.064, de 1995, art. 6). 1 Compreendem-se nas disposies deste artigo os servios a seguir indicados: 1. administrao de bens ou negcios em geral (exceto consrcios ou fundos mtuos para aquisio de bens); 2. advocacia; 3. anlise clnica laboratorial; 4. anlises tcnicas; 5. arquitetura; 6. assessoria e consultoria tcnica (exceto o servio de assistncia tcnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indstria ou comrcio explorado pelo prestador do servio); 7. assistncia social;

42 8. auditoria; 9. avaliao e percia; 10. biologia e biomedicina; 10. clculo em geral; 12. consultoria; 13. contabilidade; 14. desenho tcnico; 15. economia; 16. elaborao de projetos; 17. engenharia (exceto construo de estradas, pontes, prdios e obras assemelhadas); 18. ensino e treinamento; 19. estatstica; 20. fisioterapia; 21. fonoaudiologia; 22. geologia; 23. leilo; 24. medicina (exceto a prestada por ambulatrio, banco de sangue, casa de sade, casa de recuperao ou repouso sob orientao mdica, hospital e pronto-socorro); 25. nutricionismo e diettica; 26. odontologia; 27. organizao de feiras de amostras, congressos, seminrios, simpsios e congneres; 28. pesquisa em geral; 29. planejamento; 30. programao; 31. prtese; 32. psicologia e psicanlise; 33. qumica; 34. radiologia e radioterapia; 35. relaes pblicas; 36. servio de despachante; 37. teraputica ocupacional; 38. traduo ou interpretao comercial; 39. urbanismo;

43 40. veterinria. 2 O imposto incide independentemente da qualificao profissional dos scios da beneficiria e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos servios em relao receita bruta. Art. 648. Aplicar-se- a tabela progressiva prevista no art. 620 aos rendimentos brutos referidos no artigo anterior, quando a beneficiria for sociedade civil prestadora de servios relativos a profisso legalmente regulamentada, controlada, direta ou indiretamente (Decreto-Lei n 2.067, de 9 de novembro de 1983, art. 3): I - por pessoas fsicas que sejam diretores, gerentes ou controladores da pessoa jurdica que pagar ou creditar os rendimentos; ou II - pelo cnjuge, ou parente de primeiro grau, das pessoas fsicas referidas no inciso anterior. Art. 649. Esto sujeitos incidncia do imposto na fonte alquota de um por cento os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurdicas a outras pessoas jurdicas civis ou mercantis pela prestao de servios de limpeza, conservao, segurana, vigilncia e por locao de mo-de-obra (Decreto-Lei n 2.462, de 30 de agosto de 1988, art. 3, e Lei n 7 .713, de 1988, art. 55). Art. 650. O imposto descontado na forma desta Seo ser considerado antecipao do devido pela beneficiria (Decreto-Lei n 2.030, de 1983, art. 2, 1). Art. 651. Esto sujeitas incidncia do imposto na fonte, alquota de um e meio por cento, as importncias pagas ou creditadas por pessoas jurdicas a outras pessoas jurdicas (Lei n 7.450, de 1985, art. 53, Decreto-Lei n 2.287, de 23 de julho de 1986, art. 8, e Lei n 9.064, de 1995, art. 6): I - a ttulo de comisses, corretagens ou qualquer outra remunerao pela representao comercial ou pela mediao na realizao de negcios civis e comerciais; II - por servios de propaganda e publicidade. 1 No caso do inciso II, excluem-se da base de clculo as importncias pagas diretamente ou repassadas a empresas de rdio e televiso, jornais e revistas, atribuda pessoa jurdica pagadora e beneficiria responsabilidade solidria pela comprovao da efetiva realizao dos servios (Lei n 7.450, de 1985, art. 53, pargrafo nico).

44 2 O imposto descontado na forma desta Seo ser considerado antecipao do devido pela pessoa jurdica. Art. 652. Esto sujeitas incidncia do imposto na fonte alquota de um e meio por cento as importncias pagas ou creditadas por pessoas jurdicas a cooperativas de trabalho, associaes de profissionais ou assemelhadas, relativas a servios pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados disposio (Lei n 8.541, de 1992, art. 45, e Lei n 8.981, de 1995, art. 64). 1 O imposto retido ser compensado pelas cooperativas de trabalho, associaes ou assemelhadas com o imposto retido por ocasio do pagamento dos rendimentos aos associados (Lei n 8.981, de 1995, art. 64, 1). 2 O imposto retido na forma deste artigo poder ser objeto de pedido de restituio, desde que a cooperativa, associao ou assemelhada comprove, relativamente a cada ano-calendrio, a impossibilidade de sua compensao, na forma e condies definidas em ato normativo do Ministro de Estado da Fazenda (Lei n 8.981, de 1995, art. 64, 2).

10.7. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Rendimentos Pagos a Pessoas Jurdicas por Sentena JudicialArt. 680. Esto sujeitas ao desconto do imposto na fonte, alquota de cinco por cento, as importncias pagas s pessoas jurdicas a ttulo de juros e de indenizaes por lucros cessantes, decorrentes de sentena judicial (Lei n 8.981, de 1995, art. 60, inciso I). Pargrafo nico. O imposto descontado na forma deste artigo ser deduzido do imposto devido no encerramento do perodo de apurao (Lei n 8.981, art. 60, pargrafo nico). Art. 681. Esto sujeitas ao imposto na fonte, alquota de quinze por cento, as multas ou quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por pessoa jurdica, ainda que a ttulo de indenizao, a beneficiria pessoa fsica ou jurdica, inclusive isenta, em virtude de resciso de contrato (Lei n 9.430, de 1996, art. 70). 1 A responsabilidade pela reteno e recolhimento do imposto da pessoa jurdica que efetuar o pagamento ou crdito da multa ou vantagem (Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 1). 2 O imposto dever ser retido na data do pagamento ou crdito da multa ou vantagem e ser recolhido no prazo a que se refere o inciso II do art. 865 (Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 2).

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3 O valor da multa ou vantagem ser (Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 3): I - computado na apurao da base de clculo do imposto devido na declarao de ajuste anual da pessoa fsica; II - computado como receita, na determinao do lucro real; III - acrescido ao lucro presumido ou arbitrado, para determinao da base de clculo do imposto devido pela pessoa jurdica. 4 O imposto retido na fonte ser considerado como antecipao do devido em cada perodo de apurao, nas hipteses referidas no pargrafo anterior, ou como tributao definitiva, no caso de pessoa jurdica isenta (Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 4). 5 O disposto neste artigo no se aplica s indenizaes pagas ou creditadas em conformidade com a legislao trabalhista e quelas destinadas a reparar danos patrimoniais (Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 5).

10.8. Decreto n 3.000, de 26 de maro de 1999 (RIR/99) Responsabilidade no Caso de Deciso JudicialArt. 718. O imposto incidente sobre os rendimentos tributveis pagos em cumprimento de deciso judicial ser retido na fonte, quando for o caso, pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento, no momento em que por qualquer forma, o rendimento se torne disponvel para o beneficirio (Lei n 8.541, de 1992, art. 46). 1 Fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no ms, para aplicao da alquota correspondente, nos casos de (Lei n 8.541, de 1992, art. 46, 1): I juros e indenizaes por lucros cessantes; II honorrios advocatcios; III remunerao pela prestao de servios no curso do processo judicial, tais como servios de engenheiro, mdico, contador, leiloeiro, perito, assistente tcnico, avaliador, sndico, testamenteiro e liquidante. 2 Quando se tratar de rendimento sujeito aplicao da tabela progressiva, dever ser utilizada a tabela vigente no ms do pagamento (Lei n 8.541, de 1992, art. 46, 2). 3 O imposto incidir sobre o total dos rendimentos pagos, inclusive o rendimento

46 abonado pela instituio financeira depositria, no caso de o pagamento ser efetuado mediante levantamento do depsito judicial. Art. 724. dispensada a reteno de imposto, de valor igual ou inferior a dez reais, incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar (Lei n 9.430, de 1996, art. 67): I - a base de clculo do imposto devido na declarao de ajuste anual das pessoas fsicas; II - a base de clculo do imposto devido pelas pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado. Art. 725. Quando a fonte pagadora assumir o nus do imposto devido pelo beneficirio, a importncia paga, creditada, empregada, remetida ou entregue, ser considerada lquida, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto, sobre o qual recair o imposto, ressalvadas as hipteses a que se referem os arts. 677 e 703, pargrafo nico (Lei n 4.154, de 1962, art. 5, e Lei n 8.981, de 1995, art. 63, 2). Art. 865. O recolhimento do imposto retido na fonte dever ser efetuado (Lei n 8.981, de 1995, arts. 63, 1, 82, 4, e 83, inciso I, alneas "b" e "d", e Lei n 9.430, de 1996, art. 70, 2): I - na data da ocorrncia do fato gerador, no caso de rendimentos atribudos a residente ou domiciliado no exterior; II - at o terceiro dia til da semana subseqente a de ocorrncia dos fatos geradores, nos demais casos.

10.8.1. Lei n 9.887, de 7 de dezembro de 1999.Art. 1o O art. 21 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redao: "Art. 21. Relativamente aos fatos geradores ocorridos durante os anoscalendrio de 1998 a 2002, a alquota de vinte e cinco por cento, constante das tabelas de que tratam os arts. 3o e 11 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e as correspondentes parcelas a deduzir, passam a ser, respectivamente, de vinte e sete inteiros e cinco dcimos por cento, trezentos e sessenta reais e quatro mil, trezentos e vinte reais." "Pargrafo nico. So restabelecidas, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1o de janeiro de 2003, a alquota de vinte e cinco por

47 cento e as respectivas parcelas a deduzir de trezentos e quinze reais e trs mil, setecentos e oitenta reais de que tratam os arts. 3o e 11 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995."

10.8.2. Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003.Art. 27. O imposto de renda sobre os rendimentos pagos, em cumprimento de deciso da Justia Federal, mediante precatrio ou requisio de pequeno valor, ser retido na fonte pela instituio financeira responsvel pelo pagamento e incidir alquota de 3% (trs por cento) sobre o montante pago, sem quaisquer dedues, no momento do pagamento ao beneficirio ou seu representante legal. 1o Fica dispensada a reteno do imposto quando o beneficirio declarar instituio financeira responsvel pelo pagamento que os rendimentos recebidos so isentos ou no tributveis, ou que, em se tratando de pessoa jurdica, esteja inscrita no SIMPLES. 2o O imposto retido na fonte de acordo com o caput ser: I - considerado antecipao do imposto apurado na declarao de ajuste anual das pessoas fsicas; ou II - deduzido do apurado no encerramento do perodo de apurao ou na data da extino, no caso de beneficirio pessoa jurdica. 3o A instituio financeira dever, na forma, prazo e condies estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal, fornecer pessoa fsica ou jurdica beneficiria o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Reteno do Imposto de Renda na Fonte, bem como apresentar Secretaria da Receita Federal declarao contendo informaes sobre: (Redao dada pela Lei n 10.865, de 2004) I - os pagamentos efetuados pessoa fsica ou jurdica beneficiria e o respectivo imposto de renda retido na fonte; (Includo pela Lei n 10.865, de 2004) II - os honorrios pagos a perito e o respectivo imposto de renda retido na fonte; (Includo pela Lei n 10.865, de 2004) III - a indicao do advogado da pessoa fsica ou jurdica beneficiria. (Includo pela Lei n 10.865, de 2004) 4o O disposto neste artigo no se aplica aos depsitos efetuados pelos Tribunais Regionais Federais antes de 1o de fevereiro de 2004 (Redao dada pela Lei n 10.865, de 2004) Art. 28. Cabe fonte pagadora, no prazo de 15 (quinze) dias da data da reteno de que trata o caput do art. 46 da Lei no 8.541, de 23 de dezembro de 1992, comprovar, nos respectivos autos, o recolhimento do imposto de renda na fonte incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decises da Justia do Trabalho.

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1o Na hiptese de omisso da fonte pagadora relativamente comprovao de que trata o caput, e nos pagamentos de honorrios periciais, competir ao Juzo do Trabalho calcular o imposto de renda na fonte e determinar o seu recolhimento instituio financeira depositria do crdito. 2o A no indicao pela fonte pagadora da natureza jurdica das parcelas objeto de acordo homologado perante a Justia do Trabalho acarretar a incidncia do imposto de renda na fonte sobre o valor total da avena. 3o A instituio financeira dever, na forma, prazo e condies estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal, fornecer pessoa fsica beneficiria o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Reteno do Imposto de Renda na Fonte, bem como apresentar Secretaria da Receita Federal declarao contendo informaes sobre: I - os pagamentos efetuados reclamante e o respectivo imposto de renda retido na fonte, na hiptese do 1o; II - os honorrios pagos a perito e o respectivo imposto de renda retido na fonte; III - as importncias pagas a ttulo de honorrios assistenciais de que trata o art. 16 da Lei no 5.584, de 26 de junho de 1970; IV - a indicao do advogado da reclamante.

10.8.3. Instruo Normativa SRF n 491, de 12 de janeiro de 2005DOU de 13.01.2005 Dispe sobre a incidncia do imposto de renda sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decises da Justia Federal e da Justia do Trabalho, de que tratam os arts. 27 e 28 da Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e d outras providncias. O SECRETRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuio que lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal,