aula apostila 4 - economia internacional 2006

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  • Relaes Econmicas Internacionais Fatores determinantes das trocas internacionais1. Diferenas na dotao de recursos naturais2. Assimetria de atributos nacionais construdos

  • Relaes Econmicas InternacionaisDiferenas na dotao de recursos naturaisrea e diversidade do fator terra. (o solo, o subsolo, a pluviosidade, o clima, a flora e a fauna)Ocorrncias localizadas. (dotao primria de recursos, como os lenis petrolferos, as reservas de gs natural e jazidas minerais metlicas e no-metlicas) Embora significativas excees a esta regra, os pases de menores dimenses territoriais tendem a apresentar coeficientes mais altos de transaes comerciais em relao ao PNB, comparativamente aos pases territoriais maiores.

  • Relaes Econmicas InternacionaisAssimetria de atributos nacionais construdosAssociadas a fatores histricos e culturais do que a elementos territoriais. As estruturas de produo capital-intensivas ou trabalho-intensivas definiram-se pela inventividade, pela propenso inovao e pelo esprito empreendedor revelados em graus variados pelas naes, ao curso de sua formao econmica. As vantagens competitivas definidas em anos mais recentes lastreiam-se, assim, muito mais nas assimetrias resultantes de atributos construdos do que em vocaes naturais vinculadas tipologia do fator terra.

  • Relaes Econmicas InternacionaisInterdependncia das naes

    As redes de interdependncia econmica das naes estabelecem-se sob a influncia cruzada da diversidade em dotaes naturais e dos diferenciais resultantes de atributos construdos.

    Outros fatores determinantes: Especializaes que conduzem a ganhos de escala e a custos de produo menos onerosos.Eficincia que resulta de maiores graus de abertura e de concorrncia,Qualidade nos padres vigentes de tecnologia e a acelerao do ritmo das inovaesDiversidade de produtos

  • Relaes Econmicas Internacionais Para a economia mundial como um todo, o crescimento dos fluxos de comrcio entre os pases tem sido superior ao crescimento real do produto agregado.

  • Relaes Econmicas InternacionaisTaxas mdias anuais de crescimento real do produto mundial bruto e do comrcio mundial, em perodos selecionados

    PerodosTaxas anuais mdias decrescimento (%)Produto mundial brutoComrcio mundial1965-735,69,11973-803,64,71980-863,43,51986-932,95,61994-20003,25,9Fonte: WORLD BANK. World development report. Washington: Oxford University Press, edies de 1975, 1980 e 1995/2000.

  • Relaes Econmicas InternacionaisAs diferenas entre o comrcio interno e o comrcio internacional :

    variao no grau de mobilidade dos fatores de produo. Embora a mobilidade dos fatores ocorra tanto no mercado interno quanto no internacional, ela se apresenta maior no primeiro, particularmente no que tange ao fator trabalho. natureza do mercado. No mercado interno predominam os fatores de coeso, enquanto no mercado internacional a predominncia dos fatores de disperso. Quando se considera um mercado interno, observa-se a unidade de idioma, costumes, gostos, hbitos comerciais, sistemas de pesos e medidas, etcNo mercado internacional, porm, as diferenas existentes quanto aos fatores acima apontados dificultam a padronizao. existncia de barreiras aduaneiras e outras restries. longas distncias. (frete) variaes de ordem monetria. variaes de ordem legal.

  • Relaes Econmicas Internacionais

    Alguns conceitos bsicos do comrcio internacionalImportao :Denomina-se importao a entrada de mercadorias em um pas, provenientes do exterior.

    A Europa necessita da borracha da sia, do petrleo do Oriente Mdio e, apesar de sua agricultura invejvel, para seu conforto importa caf, ch e cacau.

    O processo de compra no exterior propicia um intercmbio entre os pases, denominado mercado mundial

  • Relaes Econmicas InternacionaisExportao :Exportao vem a ser a remessa de bens de um pas para outro. Em um sentido amplo, poder compreender, alm dos bens propriamente ditos, tambm os servios ligados a essa exportao (fretes, seguros, servios bancrios, etc.). A exportao a principal forma de entrada de divisas, imprescindveis s importaes de mercadorias para suprir as necessidades bsicas de um pas, bem como para pagamento de seus compromissos externos.

  • Relaes Econmicas InternacionaisVantagens da atividade exportadora :

    maior produtividade: escala de produo,

    diminuio da carga tributria: a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportao. Alguns tributos no incidem sobre as exportaes (IPI e ICMS). Alguns outros encargos tambm (COFINS, PIS/PASEP). No cobrado IOF sobre operaes de cmbio vinculadas a exportaes.

  • Relaes Econmicas Internacionaisreduo da dependncia das vendas internas: a diversificao de mercados aumento da capacidade inovadora: costumam utilizar nmero maior de novos processos de fabricao, adotam programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com maior freqncia;aperfeioamento de recursos humanos: costumam oferecer melhores condies de trabalho a seus funcionrios;aperfeioamento dos processos industriais: melhoria da qualidade e apresentao dos seus produtos.imagem da empresa: mercados externos so, em geral mais exigentes

  • Relaes Econmicas InternacionaisGlobalizao: Estgio avanado das trocas internacionais intensificadas, em mltiplos campos. Da forma como tem sido conceituado, este processo no se limita ao campo econmico: alcana a cultura e as instituies, as redes de comunicao e de transmisso de dados, as polticas pblicas e a conscincia social sobre questes planetrias

  • Relaes Econmicas InternacionaisSo pr-requisitos desses processos:Integrao. A consolidao dos processos de integrao econmica e polticas das naes - a constituio de novas esferas de co-prosperidadeEmpresas transnacionais. O crescimento numrico e a maior expresso das empresas transnacionais na comunidade internacional de negcios. Estima-se que o estoque total de investimento direto externo atingiu, em 1994, US$ 2 trilhes, associado existncia de 38 mil empresas transnacionais, com suas 207 mil subsidirias. Isso representa um salto extraordinrio, se comparado com as 3.500 empresas estabelecidas no perodo compreendido entre 1946 e 1961.

  • Relaes Econmicas InternacionaisTecnologia em reas-chave. O avano tecnolgico e a queda vertiginosa dos custos em reas-chave para atuao global - transportes, comunicaes, processamento e transmisso de dados.Desregulamentao e liberalizao. As polticas pblicas de desregulamentao e de liberalizao. No Brasil, economia de forte tradio protecionista, as tarifas aduaneiras, entre 1989-2001, caram de uma mdia de 41,5% para 11,5%, segundo dados da CNI.

  • Relaes Econmicas InternacionaisO trao que caracteriza o fenmeno da globalizao um progressivo debilitamento do grau de territorialidade das atividades econmicas, no sentido de que indstrias, setores ou cadeias produtivas inteiras sejam elas pertencentes esfera real ou financeira passam a desenvolver suas atividades com crescente independncia dos recursos especficos de qualquer territrio econmico nacional.

  • Relaes Econmicas Internacionais De um lado, a referida desterritorializao das atividades econmicas resulta de causas vinculadas ao padro do progresso tcnico, organizao e forma de atuao de empresas transnacionais e s polticas pblicas de governos nacionais. De outro lado, a crescente intensificao de fluxos de comrcio, de investimento direto de fontes externas e de tecnologias, entre e intraempresas, completa a anlise da globalizao, que deve ser interpretada como acelerao de um processo histrico, cujas razes podem ser encontradas no sculo passado.

  • Relaes Econmicas InternacionaisConseqncias da globalizaoInstitucionais

    Macroeconmicas

    Microeconmicas

  • Relaes Econmicas Internacionais

    Institucionais: convergncia, homogeneidade e perda de atributos de soberania

    configurao dos sistemas nacionais.Influncia de agentes econmicos externos: organizaes multilaterais, governos e empresas transnacionais.Perda de atributos de soberania nacional:.Agenda poltica das naes de temas supranacionais

  • Relaes Econmicas InternacionaisConseqncias de mbito macroeconmicoI Sobre o setor real da economia

    II Sobre o setor monetrio da economia

    III Sobre a poltica econmica

  • Relaes Econmicas InternacionaisSetor real da economiafluxos de importao e de exportao homogeneidade das estruturas matriciais de insumo-produto.homogeneidade das estruturas setoriais de procura agregada.Equalizao de longo prazo na estrutura dos custosAtratividade para investimentos externos decorrente mais de atributos construdos do que de dotao de recursos naturais e de vocaes histricas.

  • Relaes Econmicas InternacionaisSetor monetrio da economiaGrandes fluxos de recursos autnomos interfronteiras nacionais para aplicao nos mercados financeiros e para investimentos no setor real.Maior velocidade e volatilidade das transferncias de recursos interfronteiras. Ampliao dos riscos de choques desestabilizantes.Interdependncia entre instituies financeiras

  • Relaes Econmicas InternacionaisPoltica econmicaConduo da poltica econmica sobredeterminada por condicionantes externos.Reduo da eficcia dos instrumentos fiscais e monetrios.Em resumo: perda de autonomia no campo econmico ou, como alternativa, isolamento e baixa insero mundial da economia nacional, impactando potencialidades de crescimento.

  • Relaes Econmicas InternacionaisConseqncias de mbito microeconmico - Esto centradas no trinmio escalas-custos-competio.

    Quebra de barreiras de entradaEconomias crescentes de escala, decorrentes de maiores volumes de transaes internacionais intra-empresas.Mudanas nas estruturas de custos das empresas. Custos em expanso: pesquisa e desenvolvimento. Custos em contrao: estrutura organizacional, suprimentos e processo de produo.

  • Relaes Econmicas InternacionaisConluios e cartis em baixa.Alianas estratgicas e fuses em alta, Mudana no eixo de competio das empresas: foco na tecnologia de processos e no encurtamento do ciclo de vida dos produtos.Estratgias empresariais centradas em diretrizes do tipo: especializao em linhas de produo; lanamento de produtos mundiais, com elementos de conformidade e de diferenciao ditados pelas exigncias de mercados nacionais.Eficincia, agilidade e competitividade subordinadas a padres mundiais