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Ano 5 • 15ª edição | Janeiro 2018 O DESAFIO DAS CONSTRUTORAS NA RETOMADA DA ECONOMIA A estruturação de um programa de seguros adequado para as obras de infraestrutura é algo cada vez mais desafiador para as empresas do segmento. Plano de Medicamentos em Modelo Pré-pago Benefício tem papel importante na qualidade de vida do colaborador e na gestão dos custos de saúde. Riscos e Seguros no Setor de Energia Elétrica Empresas precisam estar preparadas para a identificação e a adoção de métodos de mitigação de riscos. PÁG. 11 PÁG. 12

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Ano 5 • 15ª edição | Janeiro 2018

O DESAFIO DAS CONSTRUTORAS NA RETOMADA DA ECONOMIA

A estruturação de um programa de seguros adequado para as obras de infraestrutura é algo cada vez mais desafiador para as empresas do segmento.

Plano de Medicamentos em Modelo Pré-pago

Benefício tem papel importante na qualidade de vida do colaborador e na gestão dos custos de saúde.

Riscos e Seguros no Setor de Energia Elétrica

Empresas precisam estar preparadas para a identificação e a adoção de métodos de mitigação de riscos.

PÁG. 11 PÁG. 12

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Esta revista foi publicada em janeiro de 2018 e, embora tenham sido feitos todos os esforços para garantir que o conteúdo da revista estivesse preciso e atualizado no momento da publicação, isto não pode ser garantido. A revista contém artigos cujo conteúdo está sujeito a mudanças legais e regulatórias, assim eles não se destinam a substituir o conselho de um pro�ssional. Caso necessário, entre em contato com a Lockton para obter mais informações sobre os temas abordados.

SUMÁRIOPALAVRA DOPRESIDENTE O desa�o das construtoras na retomada da economia

A estruturação de um programa de seguros adequado para as obras de infraestrutura é algo cada vez mais desa�ador para as empresas do segmento.

A internet das coisas e o mercado de segurosEstão surgindo novas oportunidades na indústria de seguros com grande potencial de negócios.

Plano de medicamentos em modelo pré-pagoBenefício tem papel importante na qualidade de vida do colaborador e na gestão dos custos de saúde.

Riscos e seguros no setor de energia elétricaEmpresas precisam estar preparadas para a identi�cação e a adoção de métodos de mitigação de riscos.

Seguro Viagem InternacionalImprevistos acontecem o tempo todo e não é diferente em uma viagem ao exterior.

Designação de bene�ciários no seguro de vida deve estar na pauta de RH? O que acontece se não houver designação de bene�ciarios?

Planos Ciclo de Vida em Previdência ComplementarEntenda a proposta dessa estratégia de investimento.

O que está tremendo? Um olhar para a sismicidade induzida O US Geological Survey (USGS) estima que 3,5 milhões de pessoas, a maioria em Oklahoma e Kansas, estão em signi�cante risco de terremotos este ano devido à sismicidade induzida.

Per�l de Risco – Conhecer seus riscos para poder tratá-losNão importa o tamanho ou a localização, toda empresa está exposta a diversos tipos de risco.

On the ScalesArtigos exclusivos, selecionados especialmente para você.

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2429

Prezados(as) clientes,

Sejam muito bem-vindos a mais uma edição da Lockton News. Em primeiro lugar, gostaria de desejar um ótimo 2018 a todos. Apesar dos obstáculos que precisam ser superados, que esse seja um ano de prosperidade e de muitas conquistas.

Nesta edição, teremos a oportunidade de compartilhar informações importan-tes sobre os riscos enfrentados pelos setores de Construção e Energia Elétrica.

Outros assuntos relevantes que serão abordados nessa edição são as oportuni-dades criadas pela Internet das Coisas e o aumento dos terremotos induzidos no centro dos Estados Unidos. Além disso, nossos especialistas em benefícios compartilham diversos artigos interes-santes sobre o segmento.

Boa leitura!

Com mais de 20 anos de carreira internacio-nal, Tony geriu empresas na área de consulto-ria atuarial na África do Sul e Inglaterra. Assumiu a posição de CEO da Lockton Brasil em 2013 e atualmente faz parte de vários comitês globais da Lockton Internacional.

TONY GUSMÃ[email protected]

CEO LOCKTON BRASIL

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• Deterioração da saúde �nanceira de grande parte do setor;

• Necessidade de diversi�cação do portfólio de obras, exigindo uma importante curva de aprendizado;

• Empresas brasileiras focando em obras internacionais;

• Cultura de gestão de risco ainda muito incipiente.

A consolidação do mercado segurador com as recentes fusões de empresas brasileiras com grupos internacionais reduziu signi�-cativamente as opções de seguradores especializados em grandes riscos, tornando os guidelines de aceitação de risco no Brasil cada vez mais restritos.

Se por um lado, o mercado de seguro brasileiro está se tornando cada vez mais exigente, por outro, os empresários precisam evoluir com políticas sólidas de gestão de riscos para mitigação de suas exposições, uma vez que, em média, cerca de 70% dos riscos das empresas não são seguráveis.

Possui 18 anos de experiência em consultoria de riscos, seguros e benefícios, tendo exercido posições de liderança comercial em grandes corretoras multinacionais, se especializando em desenvolver soluções em gestão de risco (Risk Control/Risk Finance) para empresas locais e multinacionais das mais variadas indústrias. Parte de sua carreira foi desenvolvida nos Estados Unidos, onde coordenou programas de seguro de empresas, auxiliando gerentes de riscos globais a administrarem seus riscos segurados no mundo. Formado em Administração com MBA em Economia pela USP/Université Pierre Mendès France, ele atuará como Superintendente da recém-criada área de Vendas e Marketing de Ramos Elementares da Lockton Brasil.

O DESAFIO DAS CONSTRUTORASNA RETOMADA DA ECONOMIA A estruturação de um programa de seguros adequado para as obras de infraestrutura é algo cada vez mais desa�ador para as empresas do segmento, principalmente devido aos seguintes elementos:

INFRAESTRUTURALEONARDO BRUNETTI

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• Qual seria o impacto de perdas não cobertas em seus convenants?

• Quais métricas sua empresa usa para determinar o sucesso? EBITDA? Resultado líquido?

• Qual é sua atual tolerância a risco?

• Qual nível de perda seria considerado aceitável ou catastró�co?

O exemplo abaixo ilustra uma análise de impacto na margem Ebitda e uma alavancagem da empresa de acordo com o valor da perda não coberta pelo seguro.

ENTENDENDO OS IMPACTOS DE UMA PERDA NÃO COBERTA

A estruturação do programa de seguros deve levar em conta a capacidade �nancei-ra da construtora e os riscos envolvidos em suas atividades/projetos.

O que aconteceria se uma construtora sofresse uma perda não segurada superior a R$ 5 milhões? Para algumas empresas esta quantia pode ser algo irrelevante em sua margem EBITDA, porém para outras pode resultar em um possível pedido de recupe-ração judicial.

Entender qual é a capacidade de retenção de perdas da empresa é um primeiro e importante passo para de�nir as premissas do desenho do programa de seguros.

QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS

IMPACTO FINANCEIRO NA MARGEM EBITDA

Dado o cenário da hipótese uma perda de R$ 30M resultaria em uma quebra total do EBITDA

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20

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1

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3.5

3.0.

2.5.

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1.5

1.0

0.5

0.0

LTM Perda sem Cobertura Cenário IR$ 3 milhões em Perdas

Cenário IIR$ 7,5 milhões em Perdas

Perda EBITDA Margem

Cenário IIIR$ 15 milhões em Perdas

Cenário IVR$ 30 milhões em Perdas

LTM Perda sem Cobertura Cenário IR$ 3 milhões em Perdas

Cenário IIR$ 7,5 milhões em Perdas

Cenário IIIR$ 15 milhões em Perdas

Cenário IVR$ 30 milhões em Perdas

Perda EBITDA Margem

IMPACTO FINANCEIRO NO TOTAL DEBT/EBITDA

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INFRAESTRUTURA

A estruturação de um programa consistente de seguros exige que as empresas enxerguem além das exigências de um edital de licitação/-concorrência, que muitas vezes enfatiza a defesa do interesse do licitante. A estruturação de uma matriz de risco é uma prática que permite às empresas exercitarem a identi�cação, quanti�cação e a quali�cação dos riscos.

É importante destacar que um projeto pode ter características peculiares que requerem uma estruturação de progra-ma de seguros envolvendo uma imensa gama de negociações e acordos, não só entre os sócios e lenders, como também com fornecedo-res, clientes e entidades governamen-tais. Neste artigo, manteremos o foco na parte conceitual dessa estruturação. Conhecendo os principais riscos associados ao projeto, a empresa poderá de�nir a estrutura de seu programa de seguros com base em seu apetite de retenção de perdas.

É importante que as empresas recorram às experiências internas e externas de forma que os principais riscos sejam identi�cados e ranqueados. A seguir, um exemplo ilustrativo de Matriz de Risco que destaca riscos seguráveis, não seguráveis e parcialmente seguráveis.

ENTENDENDO OS RISCOS DA EMPRESA/PROJETO

DESENHANDO O PROGRAMA DE SEGUROS

Jacobs Engineering Group Inc. Likelihood & Severity

Likelihood

Seve

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0,00,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Viabilidade de Caixa para Aquisições

Risco Cibernético Tecnologia/LucrosCessantes

Downgrade de Rating

Práticas TrabalhistasDisponibilidade de Seguro Garantia

Danos Pessoais durantea Construção

Contas a Receber

Mudança no Preço das Ações Litigações

Performance doSubcontratado

Propriedade Intelectual

Falta de Cobertura parao Plano de Pensão

Risco Político

Sistema Legal

Dano Ambiental

JV/Parceira FinanceiraCancelamento do Contrato

Retenção de EmpregadosLeis e RegulamentaçõesEstrangeiras

Auditoria Governamental

Taxa de Câmbio Performance dos Mercados Finais

Flutuação do Preçoda Commodity

Goodwill Impairment

Piora do Cenário de CréditoCadeia Logística

Regulações e Compliance

Conversão do Backlogem Receita

Contrato com Preço Fixo

War/TerrorismCorte de Gastos do Governo Segurança Ocupacional

Integração em Fusõese Aquisições

Risco Pro�ssional

Risco da Construção

Probabilidadesde Perdas

Franquias Limites de Apólices

Perdas $Mercados nãoirão segurar ou

vão cobrarcusto excessivo

Estratégia de Retenção de Riscos Estratégia de Transferência de Riscos

Receitas e o capital de giro

suportam perdas dessa grandeza

Receitas e capital dos acionistas são sensíveis a perdas dessa grandeza

RETER

PODETRANSFERIR

DEVE TRANSFERIR

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Insured (Subject to Policy Terms & Conditions) Partially Insured Insurable, but nor Currently Insured Uninsurable

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As empresas cada vez mais precisam entender que não estão comprando um seguro, mas vendendo o seu risco ao mercado segurador e ressegurador, de uma forma alinhada com os objetivos estratégicos da organização. Abaixo uma demonstração de alguns seguros mais procurados pelas empresas de infraestrutura durante a fase de construção:

GARANTIASCONTRATUAIS

RISCOS DECONSTRUÇÃO

RISCOS DERESPONSABILIDADE

RISCOS DOGOVERNO

RISCOS DEPESSOAS

TEMPORÁRIOS

Garantia de ManutençãoBid Bond Performance Bond

Seguro TransporteDSU (Delay of Startup)

OCIP (Risco Engenharia)

ALOP (Adv. Loss of Pro�t)

Liquidated Damages

Paramétrico

Resp. Civil Obras/I.M.

Responsabilidade Civil Facultativa Automóvel

EPL (Práticas Trabalhistas Indevidas)

D&O (Directors & O�cers)

Riscos Políticos

Seguro Viagem para Expatriados

Seguro Empresarial (Instalações Temporárias)Seguro Resp. Civil (Instalações Temporárias)

Seguro Saúde

Seguro de Vida

Seguro para Frota de Veículos

Cobertura de Manutenção

Negociação Assinatura doContrato

Transportadora Entrega da Obra Entrega FinalPeríodo deManutenção

Construção

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O que é a Internet das Coisas?A de�nição de Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things, IoT) foi criada nos anos 1990 e se refere ao network de objetos físicos equipados com sensores que capturam a informação e a transmitem para um centro de armazenamento de dados, onde é processa-da e analisada.

A INTERNET DAS COISAS E OMERCADO DE SEGUROS

Iniciou a carreira há 22 anos na Itália, especializando-se na colocação de riscos especiais no mercado do Lloyd’s de Londres. Atuando no Brasil desde 2000, desenvolveu sua especialização na gestão de programas de seguros comple-xos de empresas multinacionais. Hoje, Patrizia é responsável pela divisão de Commercial Lines, oferecendo soluções na área de administração de seguros e gerenciamento de riscos das empresas clientes da Lockton.

Com o crescimento da Internet das Coisas, abrem-se oportunidades para o desenvolvimento das indústrias, inclusive a de seguros, tanto massi�cados quanto corporativos, com aplicações em várias fases da sua cadeia de valor.

PATRIZIA MASTRAPASQUA

NEGÓCIOS

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Estima-se que, até 2020, existirão 24 bilhões de equipamentos instalados em todo o mundo.

Melhoria da capacidade das tecnologias wireless suportando transmissão de dados a velocidades maiores, em tempo real e em qualquer lugar do mundo;

Diminuição dos custos dos sensores, Bluetooth, Wi-Fi e NFC;

Criação de protocolos e padronizações para geração, transmis-são e armazenamento de dados, em virtude de parcerias entre os fabricantes de equipamentos, provedores de plataformas e associações;

Alto potencial do mercado IoT para aplicativos voltados a negócios, em comparação ao consumidor;

Crescimento para o mercado de IoT nos segmentos de manufatura e saúde;

Especi�camente, o segmento de Oil & Gas está liderando a adoção do IoT no setor de energia, como também aplicações em mobilidade e transporte;

Em relação aos aplicativos para consumidores, a automação das casas deve dominar o mercado nos próximos anos (termostatos inteligen-tes, sistemas de segurança e geladeiras).

Dessa forma, as soluções IoT demandarão cerca de US$ 6 trilhões de investimentos nos próximos cinco anos, sendo mais de US$ 4 trilhões em desenvolvimento de aplicativos e equipamentos hardwa-re e o restante em integração de sistema, armazenamento de dados, segurança e conectividade.

Tal crescimento deve-se, principalmente, aos seguintes fatores:

Acesso Remoto

AnalyticsArmazenamento de Dados

Dispositivos daInternet das Coisas

GatewayRede de internet

Dados

Dados

Análise

Comando

Pedido de Informação

Aná

lise

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Dentro deste contexto, a IoT tem o potencial de aportar mudanças signi�cativas no mercado de seguros, que será fortemente desa�ado na forma em que está acostumado a conduzir os negócios.

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Internet das Coisas – Principais indústrias e casos de uso 2016-2020

Internet das Coisas – Segmentação de mercado por indústria/aplicação

Gasto global das principais indústrias da Internet das Coisas em 2016(crescimento contínuo no período até 2020)

Fonte: IDC Internet das Coisas estimativa de gastos em janeiro de 2017http://ow.ly/DDSM30864Tvhttp://www.idc.com/getdoc.jsp?containerld=IDC_P29475

A fabricação permanece na liderança, o consumidor ocupa o 3º lugar em 2020 (globalmente)

http://www.i-scoop.eu/iot-spending-2020/

Gasto das indústrias de rápido crescimento da Internet das Coisas em 2020 (com alguns de seus principais casos de uso)

123

Fabricação(US$ 178 bilhões)

Principal caso de uso: operações de fabricação(US$ 102,5 bilhões)

Principal caso de uso: monitoramento de frete(US$ 55,9 bilhões)

Principal caso de uso: rede inteligente para eletricidade/gás(US$ 57,8 bilhões)

Transporte(US$ 78 bilhões)

Utilidades(US$ 69 bilhões)

Fabricação permanece

na liderança global em 2020

Cons

umid

or

Cuidad

os

da saú

de

Seguro

Indúst

ria

cr

uzada

Varej

o

Casa inteligente Saúde remota Sinalização digital Telemática Veículo conectado

Nívelglobal

Tipo deconsumidor

Categoriaprincipal Casa Estilo de

vida Saúde Saúde EnergiaMobilidade Varejo Mobilidade Cidades Fabricação Público eServiços Outros

Indústrias/aplicações

• Automação residencial

• Melhoria domiciliária

• Eficiência energética

• Lojas• Shoppings• Conveniência

• Monitoramento• Mensuração• Diagnóstico• Cirurgia• Assistência ao

paciente

• Transmissão e distribuição

• Fóssil• Nuclear• Alternativa

• Aeroespacial e aeroportos

• Marinha• Trilhos e

estações• Automotiva• Tráfego

• Mineração• Óleo e gás• Produção

discreta• Produção

contínua• Gestão de

cadeia de suprimentos

• Infraestrutura• Água / Águas

residuais• Aquecimento,

ventilação e ar condicionado

• Iluminação• Segurança• Vida segura

• Escolas• Universidades• Governo• Atividade

bancária• Seguro• Administração• Serviços

comerciais

• Meio ambiente

• Militar• Agricultura• Hospitalidade

• Computação vestível

• Entretenimento e música

• Família• Lazer• Pets• Brinquedos• Drones

• Fitness• Monitoramento• Mensuração• Diagnóstico

• Carros conectados

• eBikes

Voltada para o consumidor(Internet das Coisas para o consumidor)

Voltada para empresas(Internet das Coisas para empresas)

Mercado mundial daInternet das Coisas

Top

3 In

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201

6

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Seguros Massi�cadosA indústria de seguros massi�cados está um passo a frente em relação aos seguros industriais. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existem várias seguradoras que oferecem o seguro baseado no uso (“Usage--based insurance”). Estima-se que dentro de cinco anos 20% do merca-do segurador oferecerá este tipo de seguro.

Mas como ele funciona? Ao contratar o seguro, será instalado um equipamento no seu veículo que monitora os seus hábitos de direção, quantidade de quilômetros percorridos, localizações, etc.. É um sistema que incentiva o segurado a adotar melhores hábitos na direção, proporcionando reduções na preci�cação do seguro. Em outras palavras, a relação entre seguradora e segurado passa a ser “ganha-ganha”, na qual todo mundo recebe benefícios.

Atualmente, no Brasil, só existe uma seguradora que pratica este tipo de seguro, e apenas para caminhões. Todavia, com a redução signi�cativa dos custos dos sensores, já existem seguradoras que estão interessadas na aplicação desse seguro em automóveis. Em relação ao seguro residencial, o mercado ainda está em desenvolvi-mento, mas já existem seguradoras nos Estados Unidos e Inglaterra oferecendo soluções. A Aviva, por exemplo, fechou parceria com duas empresas de tecnologia: a Cocoon, que produz um equipa-mento de segurança que, por meio de sensores, monitora atividades atípicas da residência para prevenção de roubos; e a LeakBot, que produz um equipamento que monitora e alerta sobre eventuais vazamentos de gás. Estas parcerias permitem à seguradora praticar preci�cação diferenciada.

Seguros Corporativos Se no segmento pessoa física já está se delineando uma tendência à inovação e investimento, nos seguros corporativos o mercado ainda está começando a explorar suas potencialidades.

O segmento corporativo é aquele que mais está investindo, tendo como objetivo melhorar a produtividade, monitoramento, segurança, entre outros fatores.

Como as grandes organizações já começaram a investir em IoT, as seguradoras também deveriam de�nir estratégias para aproveitar as informações disponíveis.

Os impactos deveriam atingir todas as áreas de negócio de uma seguradora (comercialização, subscrição, preci�cação, prevenção de risco e regulação de sinistros).

Imaginemos o cenário de ter sensores inteligentes instalados nos prédios, no sistema de climatização e caldeiras, podendo monitorar a temperatura, umidade, vazamentos de água e rupturas. A informação pode ser usada para alertar tempestivamente os funcionários para iniciar um diagnóstico remoto e fazer a manutenção, se necessário.

As seguradoras podem aproveitar a informação de várias fontes para obter um melhor entendimento das exposições de risco para subscrição e preci�cação, além de fornecer recomendações para a prevenção de risco. As informações de equipamentos inteligentes fornecem insights em tempo real para a prevenção de perdas ou a redução de impacto.

Não obstante as oportunidades, as seguradoras que decidirem investir na IoT irão encontrar alguns desa�os para operacionali-zar as soluções, como:

Reformulação de proposta de valor para o cliente, na qual a segurado-ra não é só uma empresa para transferir o risco, mas um parceiro para endereçar melhor os seus riscos;

A escolha das empresas parceiras de fabricação, prestação de serviço e provedores de integração de framework é a chave para que o projeto tenha sucesso;

A proteção dos dados, pois se vazarem podem causar grande exposi-ção a risco;

Capacidade de gerenciar e consolidar grande quantidade de informa-ção heterogênea em qualidade, formato e frequência.

Ao nosso ver, empresas capitalizadas que têm �exibilidade para investimentos que envolvam algumas apostas estratégicas deveriam colocar a IoT como pauta prioritária. Players com uma proposta de valor voltada para o foco em consultoria podem se posicionar de forma diferenciada no mercado e capitalizar em cima dessa mudança.

DESAFIOS

NEGÓCIOS

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MEDICAMENTOS

Especialista na área de Benefícios dos produtos Saúde, Vida, Odontológico, Medicamentos e Outsourcing, com mais de 20 anos de experiência no mercado de seguros. Atuou em grandes corretoras, como Marsh e Admix, com atendimento focado na gestão operacional e estratégica dos contratos corporativos. É formada em Administração de Empresas pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo), com diversas especializações em Benefícios.

DANIELLI ALTIERI

PLANO DE MEDICAMENTOS EM MODELO PRÉ-PAGO

Cada vez mais, as empresas têm consciência sobre a complexidade das necessidades de seus colaboradores, no que diz respeito à saúde. Embora grande parte das corporações forneçam assistência médica, ainda existem inúmeras situações em que um tratamento é interrompido, ou nem ao menos é iniciado, por falta de recurso �nanceiro para a aquisição de medicamentos. Isso gera consequências que levam a retornos desnecessários às consultas eletivas e ao pronto-socorro, absenteísmo e presenteísmo, re�etindo diretamente na qualidade de vida do colaborador e afetando os custos com assistência médica.

Pensando nisso, desde 2009 existe no mercado um produto voltado a esse tipo de necessidade: o Plano de Medicamentos em modalidade de pré-pagamento, que consiste em fornecer um subsídio para a compra de medicamentos com prescrição médica. O percentual de participação da empresa e colaborador pode ser desenhado de acordo com a necessidade e/ou política da empresa.

Algumas operadoras que oferecem o benefício: E-phama, Global Saúde, Funcional Card e Vidalink. Os custos de contratação podem variar entre as operadoras, levando em consideração os limites estipulados, número de vidas e nível de cobertura oferecido.

O produto oferece abrangência de cobertura nacional e acesso a uma ampla rede de farmácias convenia-das. Destacamos algumas vantagens na contratação desse benefício:

• Redução do absenteísmo pelo acesso real ao tratamento, com consequente melhora da saúde do colaborador;

• Por se tratar de um produto pré-pago, é possível ter previsibilidade �nanceira de quanto a empresa irá gastar no mês;

• Possibilidade de cruzar informações do Plano de Saúde com o Plano de Medicamentos, trazendo maior assertividade na identi�cação e tratamento dos casos crônicos;

• Benefício atrativo para a conquista e retenção de talentos.

Ter hábitos saudáveis, procurar o médico sempre que “necessário”, fazer a prevenção de forma consciente, aliada ao tratamento medicamentoso, podem garantir uma melhor qualidade de vida e melhores resultados à saúde.

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Atualmente, devido ao aquecimento global, o mundo tem sofrido com as alterações climáticas, que acabam impactando nas características locais, como secas, furacões e aumento da temperatura. Todos esses fatores afetam o setor de energia de várias formas: falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, pressão pela redução de emissão de CO2 das usinas termelétri-cas, interrupção de fornecimento de energia por danos nas linhas de transmissão, etc. Artigos publicados pela Swiss Re e revista Nature Climate Change dizem que o mundo enfrentará 40% de queda na água disponível até 2030, afetando 98% da geração mundial de eletricidade. No Brasil, enfrentamos diversos desa�os na produção de energia elétrica, que já provocaram situações de racionamento de água e energia e também a necessidade de

aumento na capacidade de geração para manter o controle e a estabilidade do sistema. Novas fontes de geração de energia têm surgido nos últimos anos, como as usinas solares, eólicas e undi-elétricas, que trazem desa�os na operação do sistema, contribuindo para uma alternativa de geração limpa e agredindo menos o meio ambiente. Os impactos gerados por essas mudan-ças climáticas, pelo avanço nas tecnologias em sistemas e opera-ções remotas e pela utilização cada vez maior da internet acabam trazendo novos riscos às empresas, que podem causar grandes perdas ao setor. Riscos como o cibernético já despontam como uma das principais preocupações das empresas, conforme estudo da Allianz Global Corporate & Specialty , estando em segundo lugar nas Américas e terceiro lugar no Brasil.

RISCOS E SEGUROS NO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA

GESTÃO DE RISCOS

Possui 15 anos de experiência em consultoria de Benefícios, tendo atuado em consultorias e corretoras de grande porte, nacionais e multinacionais. Com vasta vivência nas áreas Operacional, Relacionamento e Novos Negócios, hoje é responsável pela área Operacional de Benefícios da Lockton Brasil e Practice Leader de Energy em Benefícios.

Formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Há mais de 15 anos, tem atuado no mercado de seguros em empresas, como Itaú Seguradora, Zurich Seguradora, Odebrecht Corretora, Willis e JLT. Juntou-se à Lockton em 2016, assumindo a diretoria de Placement.

BÁRBARA BELLIENE JAMES KAWANO

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Top 10 business risks by region in 2017: Americas

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31%

28%

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19%

15%

15%

14%

12%

12%

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6 (25%)

8 (20%)

6 (25%)

NEW

9 (20%)

Business interruption (incl. supply chain disruption, and vulnerability

Cyber incidentes (cyber crime, IT failure, data breaches, etc.)

Natural catástrofes (e.g. storm, flood, earthquake)

Market developments (volatility, intensified competition/new entrants, M&A, market stagnation, market fluctuation)

Changes in legislation and regulation (goverment change, economic sanctions, protectionism, etc.)

Fire, explosion

Macroeconomic developments (austerity programs, commodity price increase, deflation, inflation)

Loss of reputation or brand value

New Technologies (e.g impact of increasing interconnectivity, nanotechnology, artificial intelligence, 3D printing, drones, etc.)

Theft, fraud, corruption

Top 10 business risks 2016 Rank Trend

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

The most important risks or businesses in Brazil

54%

30%

23%

21%

18%

18%

16%

16%

14%

13%

Business interruption (incl. supply chain disruption, and vulnerability

Macroeconomic developments (austerity programs, commodity price increase, deflation, inflation)

Cyber incidentes (cyber crime, IT failure, data breaches, etc.)

Market developments (volatility, intensified competition/new entrants, M&A, market stagnation, market fluctuation)

Changes in legislation and regulation (goverment change, economic sanctions, protectionism, etc.)

Theft, fraud, corruption

Fire, explosion

Natural catástrofes (e.g. storm, flood, earthquake)

Quality deficiencies, serial defects, product recall

Human error

Top 10 business risks for Brazil

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Acredita-se que haverá no Brasil um crescimento na demanda de energia elétrica ao redor de 150% até 2040, de acordo com o relatório “Visão 2030 – Cenários e diretrizes para o setor elétrico brasileiro – Relatório Técnico” , e o desenvolvimento da infraestrutura demandará obras e grandes investimentos em geração e distribuição de energia. Com todas essas mudanças , as empresas precisam estar preparadas para a identi�cação e aplicação de métodos de mitigação de riscos. Soluções de transferência de riscos para o mercado segurador são estudadas e ajustadas de acordo com cada tipo de operação, como geração hídrica, térmica, nuclear, eólica, solar, linhas de transmissão, subestações e demais operações. Tais estudos demandam especialistas e a Lockton possui know-how e centros de excelência que apoiam suas subsidiárias em diversos países, trazendo soluções sob medida para as empresas do setor.

• Seguro Garantia;

• Seguro de Riscos Patrimoniais/Lucros Cessantes;

• Seguro de Riscos de Engenharia;

• Seguro de Responsabilidade Civil;

• Seguros Paramétricos de Índices Climáticos para o Setor de Energia;

• Assistência Médica e Odontológica;

No âmbito da transferência ao mercado segurador, podemos citar alguns seguros e soluções que podem ser utilizados pelas empresas, como:

• Seguro de Vida e Acidentes Pessoais;

• Estudos de Viabilidade para Benefícios Flexíveis;

• D&O;

• Seguro de Riscos Cibernéticos – Cyber Risks;

• Consultoria (due dilligence, program review, inspeções de property and casualty loss control, gestão de risco de fornecedores, análise do impacto �nanceiro, entre outros).

1

2

3

4

5

Power & Utilities

56%

30%

28%

24%

23%

2 (42%)

3 (35%)

1 (48%)

NEW

5 (27%)

Business interruption (incl. supply chain disruption, and vulnerability

Natural catástrofes (e.g. storm, flood, earthquake)

Changes in legislation and regulation (goverment change, economic sanctions, protectionism, etc.)

Market developments (volatility, intensified competition/new entrants, M&A, market stagnation, market fluctuation)Cyber incidentes (cyber crime, IT failure, data breaches, etc.)

Top 10 business risks 2016 Rank Trend

No setor de Geração e Transmissão de Energia, interrupção de negócios tem sido a principal preocupação, seguida por catástrofes naturais.

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Graduada em Administração de Empresas e Comércio Exterior, atua no mercado segurador há nove anos. É especialista em Benefícios, com ênfase nos segmentos de Assistência Médica, Odontológica e Seguro de Vida em Grupo. Está na Lockton há três anos e, atualmente, lidera a célula internacional de Benefícios.

• Despesas médicas, hospitalares e odontológicas (DMHO): decor-rentes de acidentes pessoais ou enfermidade súbita e aguda;

• Traslado de corpo: em caso de falecimento, indenização das despe-sas com liberação do corpo do segurado até o domicílio ou local de sepultamento;

• Regresso sanitário: cobre despesas para o regresso do segurado ao local de origem da viagem ou ao seu domicílio, caso ele não se encontre em condições de retornar como passageiro regular, seja por motivo de acidente pessoal ou enfermidade;

• Traslado médico: atende despesas com a remoção ou transferência do segurado até o hospital ou clínica para atendimento;

• Morte em viagem: pagamento da indenização contratada aos bene�ciários do segurado em caso de morte natural ou acidental durante o período de viagem;

• Invalidez permanente por acidente: indenização em caso de invalidez decorrente de lesão física provocada por acidente e ocorrida durante a viagem;

• Despesas relacionadas com a viagem propriamente dita, como prorrogação de estadia, cancelamento de viagem, interrupção de viagem, atraso de voo, seguro, atraso de bagagem, danos à mala e localização de bagagem.

SEGURO VIAGEM

Mas o que é o seguro viagem internacional?O seguro viagem internacional garante ao segurado a indenização em caso de ocorrência de riscos cobertos durante o período da viagem, que inclui embarque, permanência e retorno do viajante.

Algumas das principais despesas cobertas durante a viagem são:

Outras coberturas poderão ser contratadas de forma facultativa, como indenização de bagagem, funeral, cancelamento de viagem, regresso antecipado, etc. É importante observar que a cobertura de assistência médica pode ter limites diferentes entre doença e acidente. Esteja sempre atento aos valores limites, pois eles variam de acordo com o produto contratado.

SANDRA SOUZA

SEGURO VIAGEM INTERNACIONAL

Imagine a seguinte situação: um executivo de alto nível hierárquico, durante uma viagem de negócios no exterior, sofre um acidente em seu trajeto até o escritório que está visitando e necessita de atendimento médico de urgência. Durante os primeiros socorros, os médicos chegaram à conclusão de que será preciso realizar uma cirurgia com internação de 5 dias. Todas as despesas relacionadas �caram em USD 90.000. É uma conta que realmente impac-ta qualquer budget de empresa, se não houver um seguro viagem internacional contratado.

O fato é que imprevistos acontecem a todo momento, e não é diferente em uma viagem ao exterior. É preciso estar preparado para tais situações e, para isso, se faz imprescin-dível a contratação de um seguro viagem internacional.

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MAS, COM TANTAS COBERTURAS, O PREÇO DEVE SER MUITO ELEVADO...Os preços para contratação desse seguro são relativamente baixos em relação à gama de coberturas, e variam de acordo com os limites de indenização contratados e a forma de contratação.

POR FALAR EM CONTRATAÇÃO, QUAIS AS FORMAS PRATICADAS?O seguro pode ser contratado da seguin-te forma:• Banco de dias;• Individual, por tempo pré-determinado;• Anual.

Para a contratação adequada, recomen-damos observar os seguintes fatores:• Frequência de viagem;• Destino;• Número de pessoas sujeitas à viagem;• Aviso prévio antes da viagem;• Per�l do viajante (executivos, técnicos, ambos)

E QUAIS AS INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA CONTRATAÇÃO DO SEGURO VIAGEM INTERNACIONAL?É preciso informar os dados pessoais do(s) segurado(s), incluindo passaporte, países a serem visitados, data de embarque e retorno. Importante: algumas seguradoras exigem um período mínimo para emissão do certi�cado do seguro – esteja atento às datas –, além das informações da empresa para a contratação de produtos corporativos.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES• As coberturas são somente para eventos de urgência e emergência;• Há limites máximos de idade para inclusão;• Não está elegível a adesão desse seguro, caso a viagem já tenha sido iniciada;• Em caso de morte acidental e invalidez permanente total por acidente, a elegibili-dade para estrangeiros será regulada conforme a legislação brasileira;

• O âmbito geográ�co da cobertura é todo o globo terrestre, geralmente com exceção de alguns países, como Cuba, Irã, Sudão, Síria, a região Crimeia da Ucrânia e a Coreia do Norte;• Nas contratações corporativas, as propos-tas apresentadas são válidas somente para os funcionários, não se estendendo aos dependentes;• Atenção aos limites cumulativos de algumas seguradoras!

TRATADO DE SCHENGENSchengen é uma pequena cidade localizada no sudeste de Luxemburgo (Europa). Nessa cidade, no dia 14 de junho de 1985, foi assinado o Acordo de Schengen, a bordo do navio Princesse Marie Astrid, no rio Mosela.

O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países que assinaram este acordo. Mais de 30 países assinaram este tratado, e a área criada em decorrência dele é conhecida como “espaço Schengen”, e não deve ser confundida com a União Europeia; são acordos diferentes, ambos envolvendo países da Europa.

Com o intuito de facilitar o turismo e controlar a imigração, �cou estabelecida a obrigatoriedade dos segurados que visitarem os países que assinaram o acordo comprovarem a contratação de um seguro viagem com valor mínimo de 30.000 euros, para garantir assistência médica por doença ou acidente.

EXCLUSÕESEm geral, as exclusões do seguro referem-se a eventos (lesão, perda ou dano) causados por terrorismo ou atos terroristas, condição preexistente ou eletiva (exceto episódios de crise), epidemias e envenenamento por absorção de substância tóxica (exceto escapamento acidental de gases e vapores), de caráter coletivo ou qualquer outra causa física que atinja a população.

LEGISLAÇÃOEstá em vigor a nova resolução da Susep (Superintendência de Seguros Privados), CNSP Nº 315/2014, que regula os novos critérios e regras para o seguro viagem.

Dentre as principais alterações, estão:• Despesas médicas, hospitalares e odonto-lógicas: a normativa prevê a opção de livre escolha de provedores de serviços médicos e odontológicos, desde que devidamente habilitados, sendo desnecessário o contato dentro das 24 horas – lembrando que, nestes casos, o segurado será responsável pelo pagamento dos serviços e a segurado-ra reembolsará as despesas em prazo acordado;

• Cobertura para preexistência: a nova redação assegura o atendimento à doença preexistente ou crônica desde que ocasio-nado por episódio de crise, quando gerar quadro de emergência e urgência, até a estabilidade do quadro clínico do segurado, limitado ao capital segurado contratado;

• Coberturas obrigatórias para viagens no exterior: passa a ser obrigatória a contrata-ção de coberturas como despesas médicas hospitalares e odontológicas, traslado de corpo, regresso sanitário e traslado médico;

• Seguros de acidentes pessoais contrata-dos como “seguro viagem”: não poderá ser denominado como “seguro viagem” o plano que ofereça apenas coberturas básicas, cujo evento gerador decorra exclusivamente de acidentes pessoais.

DICAS FINAIS LOCKTON• Pesquise os produtos oferecidos pelas seguradoras e também consulte e compare preços e benefícios dos planos oferecidos;

• As seguradoras devem colocar à disposi-ção dos clientes uma central de atendi-mento em português. Exija esse serviço;

• Antes de comprar um seguro para uma viagem fora do país, veri�que se o atendi-mento fornecido pelo seguro saúde é extensivo ao exterior. Caso não seja, informe-se sobre a possibilidade de ampliar essa cobertura e quais são os serviços médicos e hospitalares a que poderá ter direito;

• Alguns países exigem, no desembarque, a apresentação de comprovante de um seguro viagem com coberturas mínimas. Procure se informar a respeito para comprar um produto que atenda à legislação do país de destino.

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SEGURO DE VIDA

Graduado em Administração pela Faculdade Oswaldo Cruz e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Ricardo iniciou sua carreira em seguros em 1995, na área de Benefícios. Em 2013, juntou-se à equipe da Lockton Brasil para importantes desa�os operacionais e estratégicos. Atualmente, exerce liderança em algumas áreas especiais da empresa, dentre elas a operação da Lockton Bene�ts Consulting.

RICARDO SANT’ANA

DESIGNAÇÃO DE BENEFICIÁRIOSNO SEGURO DE VIDA DEVE ESTARNA PAUTA DE RH? O seguro de vida é um importante benefício oferecido por aproximadamente 91% das empresas, de acordo com a 2ª Pesquisa Lockton, realizada em 2017. É, sem sombra de dúvida, um programa que auxilia de forma signi�cativa, sob um contexto �nanceiro, os bene�ciários do segurado �nal, não respondendo

Na verdade, temos duas situações:

por dívidas ou mesmo entrando em inventário. E quando falamos de “bene�ciários” é que surgem alguns pontos impor-tantes no processo. Será que a vontade do segurado está devidamente representada? O que acontece se não houver designação de bene�ciários?

Com designação de bene�ciários

Prevalecerá a última vontade do segurado quanto aos bene�ciários indicados. Para tanto, algumas observações são fundamentais:

1. Mesmo que hajam inúmeras indicações feitas, a última indicação é que prevalecerá. Dessa forma, a assinatura e a data são itens de extrema importância;

2. A soma dos percentuais deverá totalizar 100%. Geralmente, quando não há uma de�nição percentu-al, a divisão da indenização será em partes iguais;

3. Estão inibidas de receber a indenização as pessoas ou casos que contrariem o Código Civil;

4. Menores de idade não podem dar ou receber quitações. Portanto, valores de indenização são geralmente destinados aos maiores responsáveis ou obedecem a alguma de�nição judicial especí�ca.

Sem designação de bene�ciários

Na ausência de indicação de bene�ciários, o seguro será pago de acordo com a ordem de sucessão hereditária, de�nida pelo Código Civil Brasileiro.

Veja abaixo o que diz o Código Civil.

Art. 1.829 - A sucessão legítima defere-se na seguinte ordem:

I - Aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único);

II - Aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - Ao cônjuge sobrevivente;

IV - Aos colaterais.

Veja que o cônjuge concorre com os demais bene�ciários.

Além dos pontos mencionados acima, existe uma condição de suma importância no seguro de vida em grupo quando a empresa troca de seguradora. O que acontece é que quase todas as seguradoras não aceitam as designa-ções feitas anteriormente. Dessa forma, existe a necessidade da realização de novas designações de bene�ciários em formulários apropriados da nova seguradora implantada.

O que a Lockton recomenda é que, antes da transição de seguradora, caso seja do interesse da empresa, seja negocia-da a aceitação das designações feitas junto à congênere anterior, com tudo sendo devidamente documentado.

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Uma outra pesquisa realizada pela Lockton demonstra que a dinâmica social, compreendendo status marital, �lhos e outras potenciais situações, tem sido acelerada, o que acaba por deixar cada vez mais importante a �gura de atualização dos bene�ciários ou mesmo dar ciência das condi-ções de “vocação hereditária” em caso de não indicação.

Nos últimos dois meses, a Lockton realizou um quizz em seu site (www.lockton.com.br) para avaliar qual foi o nível de atualização de bene�ciários do seguro de vida, e o resultado apurado foi o seguinte:

Com base nos resultados apresentados, é possível notar que uma proporção importante das pessoas não atualiza seus bene�ciários há mais de 1 ano, ou mesmo não se lembra de quando essa ação foi realizada.

Como podemos observar, uma situação de não atualização de bene�ciário poderá representar desconfortos em geral. A recomendação da Lockton é de realizar ações periódicas junto aos colaboradores quanto à atualização de seus bene�ciários.

É importante ressaltar que essa atualização pode ser realizada quantas vezes for necessário, bastando para tanto seguir as instruções da seguradora e não se esquecer de datar e assinar os formulários. O que parece ser simples, é na verdade uma situação extremamente estratégica, tanto para o RH, como para o segurado �nal.

ESTAMOS EM CONSTANTESMUDANÇAS EM NOSSA VIDA SOCIAL

43,75%

13,54%

15,63% 27,08%

Menos de 1 ano De 1 a 3 anos

Mais de 3 anos Não me lembro

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil 2016. Nota: A população utilizada para o cálculo da taxa geral de divórcio é divulgada pelo IBGE na Projeção da População por Sexo e Idade, revista em 2013.

TAXA GERALDE DIVÓRCIOSPOR REGIÃO

Brasil

NorteNordeste

SudesteSul

Centro-Oeste

2,38

2,141,86

2,692,42

2,60

43anos

15 anos

40anos

Idade dos cônjuges, em média, na data do divórcio

Tempo médio entre a data do casamento e o divórcio

A cada hora nascem

São 5,36

321 bebêsno Brasil.

por minuto ou um a cada

11,2 segundos

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Graduado em Estatística pela USP, ingressou no mercado �nanceiro em 2012, como Analista de Investimentos e Riscos, na Luz Soluções Financeiras, sendo responsável pela parte de modelagem de ALM para entidades fechadas de previdência complementar. Além da experiência em mercado �nanceiro, trabalhou com modelagem estatística de dados na Telefônica Brasil. Atualmente, trabalha na área atuarial da Lockton, como Analista de Investimento.

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

MARCOS ROBERTO KOMATSU

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Um dos benefícios ofertados pelas empresas é o da previdência complementar, que é estruturado em um Plano de Benefícios, cujo modelo pode ser de Contribuição De�nida (CD), Contribuição Variável (CV) ou de Benefício De�nido (BD). Os Planos CD ou CV podem contar com per�s de investimento para que o participante possa eleger aquele que melhor atende ao seu per�l de investidor. No entanto, nem sempre os participantes do plano têm o conhecimento necessário para eleger um per�l adequado e acabam permanecendo no per�l padrão ou elegendo um per�l mais conservador, induzido pelo nome do per�l.O conceito de “eleição induzida pelo nome” re�ete a questão emocio-nal do participante envolvida na escolha. Muitos planos oferecem um per�l chamado “conservador”, que remeteria, na cabeça do participan-te, a um sentimento de “segurança” e “estabilidade”; e um “agressivo”, que remeteria a um sentimento oposto, de “violência” e “instabilidade”. Porém, na verdade, o nome tem mais relação com os investimentos: per�s “conservadores” usualmente investem, em sua totalidade, em ativos de renda �xa de baixa volatilidade (por exemplo, CDI), enquanto per�s “agressivos” se utilizam mais de renda variável, ativos mais voláteis de renda �xa (por exemplo, NTN-B de longo prazo) e/ou estratégias de investimento mais arrojadas, dentro do que a legislação pertinente permite. Alguns planos, inclusive, preferem chamar o per�l “agressivo” de “arrojado” para evitar sua rejeição.Mesmo que o participante esteja em um per�l adequado, decisões emocionais podem impactar negativamente a sua poupança. O partici-

pante pode, por exemplo, sair de um per�l mais arrojado para um mais conservador por se sentir “assustado” ao ver uma rentabilidade negativa e acabar perdendo em termos de rentabilidade por conta dessa troca. Por outro lado, o per�l mais arrojado pode se recuperar nos meses seguintes e ter melhor performance que o per�l mais conservador.Com o intuito de reduzir o impacto dessas decisões emocionais e oferecer uma opção de per�l padrão para o plano que esteja adequado ao per�l �nanceiro do participante, surgem os Planos Ciclo de Vida. Tratam-se de soluções que fazem ajustes automáticos para a redução de risco nos investimentos dos participantes de planos do tipo Contri-buição De�nida (CD) ou Contribuição Variável (CV), a �m de reconhe-cer que a tolerância de risco das pessoas reduz com o passar do tempo e também para suportar as adversidades do mercado.O aspecto mais interessante dos Planos Ciclo de Vida, do ponto de vista do participante, é que ele não precisaria, a priori, se preocupar com a alocação de seus ativos, pois estes estarão sob gestão pro�ssional, que irá alocar sua riqueza da melhor maneira, evitando riscos desnecessá-rios. Em outras palavras, na visão do participante, os investimentos estariam em um per�l “modo automático”, que se ajusta conforme ele vai se aproximando de sua aposentadoria e de acordo com o humor do mercado. Se, por um lado, é interessante no sentido que os vieses comportamentais do investidor estariam mitigados, por outro, o fato de estar no “automático” na visão do participante poderia transmitir uma falsa sensação de segurança para o mesmo.

PLANOS CICLO DE VIDA

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Todavia, para pessoas mais letradas em �nanças e investimentos, o Plano Ciclo de Vida não é indicado, porque esses participantes possuem maior sensibilidade no que diz respeito à alocação de ativos e quanto eles podem tolerar de risco. Isso porque o Plano Ciclo de Vida é modelado em torno de um participante médio, ou “participante tipo”, que representa a média do público e, dependendo do modo que o gestor escolheu modelar, o “participante tipo” pode re�etir apenas parte do público. Por exemplo, em uma indústria, o “participante tipo” pode representar a média do colaborador que �ca no “chão de fábrica”, a média do colabora-dor administrativo ou ainda a média desses dois públicos.O ajuste do orçamento de risco das carteiras no modelo de Plano Ciclo de Vida é dado pelo Glide Path (doravante, GP). O GP pode ser de�nido de duas maneiras: um fator de redução do orçamento de risco em interva-

los prede�nidos de tempo, isto é, a velocidade e a forma que o risco de uma carteira de investimentos é reduzido ao longo do tempo; ou um algoritmo que de�ne a alocação dos ativos de uma carteira em um dado período de tempo, com base no número de anos até a aposentadoria. Nos dois casos, os recursos alocados em uma carteira correspondente a certa idade ou intervalo seriam realocados automaticamente para a próxima carteira, sendo que esta teria menor risco que a anterior.Como exemplo de GP, considere que o plano possa alocar em dois ativos, digamos, CDI e Bolsa, e que o orçamento de risco é constante e igual a 1% ao ano. Considere ainda um “participante tipo” que entra no plano aos 25 anos de idade e que vai se aposentar aos 60 anos. A Figura 1 mostra a proporção da alocação entre os dois ativos conforme a idade do participante.

Figura 1 Glide PathNote que, quanto mais próximo da aposentadoria, mais conservado-ra as alocações �cam, pois elas começam a se manter mais concen-tradas no CDI. Para entendermos o porquê desse comportamento, primeiramente devemos entender como a riqueza total do participan-te se comporta ao longo do tempo até sua aposentadoria. Nesse aspecto, os conceitos de Capital Humano e Capital Financeiro entram em questão, ajudando a entender e modelar o GP.

O risco que um participante pode tolerar não depende apenas da sua atitude ante o risco, mas também da sua situação �nancei-ra, ou seja, como e de onde os rendimentos são obtidos por ele. Pessoas com mais capacidade de obter rendimentos futuros são capazes de assumir mais risco, pois elas poderão se recuperar de perdas mais facilmente.

Consideremos um “participante tipo” qualquer. Ao observarmos a riqueza total dele, podemos decompor em três partes: a primeira são os ativos �nanceiros disponí-veis (Capital Financeiro); a segunda é a capacidade de acumular riqueza (Capital Humano); e a terceira são as dívidas. Matematicamente, podemos esquematizar esse paradigma da seguinte maneira:

As decisões de investimento devem maximizar a função utilidade de consumo ao longo da vida da pessoa.

A capacidade de acumular riqueza está diretamente ligada ao conceito de Capital Humano. O Capital Humano é toda a riqueza que uma pessoa cria ao longo de sua vida, que pode ser medido como o valor presente de todos os salários futuros. A capacidade de gerar renda futura, fora dos investimentos, é fator determinante na tolerância ao risco do indivíduo porque pessoas com maior Capital Humano podem gerar mais renda futura e assumir mais risco em seus investimentos, uma vez que possuem mais condições de se recupe-rarem de perdas. Nesse ponto, é importante ressaltar que o Capital Humano não está disponível (é um potencial), mas é o maior ativo que as pessoas mais jovens possuem.

O Capital Humano pode ser comparado a outros tipos de capitais e, para efeitos de

modelagem, deve ser tratado como tal, com risco, retorno e correlação. Supondo que o Capital Humano de um indivíduo possa ser comparado com um ativo conhe-cido de mercado, podemos pensar que o Capital Humano de funcionários públicos pode ser aproximado a um título de renda �xa do Tesouro, enquanto o de empresá-rios, a uma ação de empresas, e o de empregados de empresas privadas, a um título de crédito.

O Capital Financeiro é o valor total da carteira de ativos de um indivíduo menos suas dívidas de longo prazo, como �nancia-mentos imobiliários (dívidas de investimen-tos). Normalmente, à medida que o Capital Humano decresce, o Capital Financeiro cresce, porque conforme a capacidade de rendimentos futuros diminui, a poupança do participante aumenta – dependendo do percentual de contribuição e dos retornos nos investimentos.

CAPITAL HUMANO E CAPITAL FINANCEIRO

RiquezaTotal

Capital Humano+ Capital Financeiro– Dívidas

25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61

100%

80%

60%

40%

20%

0%

% d

e A

loca

ção

Idade

% Bolsa% CDI

=

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O Capital Total é a soma do valor presente do Capital Humano com o valor do Capital Financeiro acumulado até a data. Note que o Capital Total é diferente da riqueza total do participante porque desconsideramos as dívidas de consumo. Quando considera-mos o Capital Humano, a alocação de recursos em investimentos de risco (risco do Capital Financeiro) deve variar em função do valor do Capital Total.Para exempli�car, a Figura 2 mostra a evolução do Capital Total de um “participan-te tipo” que entrou no plano aos 25 anos.

Figura 2 – Capital Humano, Financeiro e Total

CONECTANDO OS PONTOS: CRIANDO BASES PARA O MODELO DE GPA alocação e�ciente do Capital Total depende da relação entre o Capital Financeiro e o Capital Humano, que, conforme a Figura 2 ilustra, não é linear ao longo do tempo. Na decisão de onde investir o Capital Financeiro, temos que considerar o Capital Humano que, durante uma boa parte da vida da pessoa, é o seu principal ativo. Ou seja, para chegarmos a uma ótima alocação do Capital Total, não bastaria modelar o Capital Financeiro, mas também o Capital Humano. O risco da riqueza de um indivíduo tem que respeitar, a todo momento, os limites de risco. A tolerância ao risco do participante decresce ao longo da vida na proporção de que o Capital Humano é convertido em Capital Financeiro – isto é, consumo e poupança. Cada carteira de investimentos, então, estará ligada a uma idade ou período de tempo. Dessa forma, carteiras ligadas a pessoas mais jovens serão mais voláteis do que de pessoas mais velhas. Nesse modelo proposto, os investido-res ajustam seu portfólio de ativos �nanceiros para considerar a exposi-ção a risco não diversi�cável do Capital Humano.

Em outras palavras, as características de retorno e risco do Capital Humano e a �exibilidade de geração de renda (quanto e por quanto tempo recebem salário/recompensa) são levados em conta. A veloci-dade e aceleração da redução de risco estão diretamente associadas ao crescimento do Capital Financeiro, que, por sua vez, depende direta-mente do cenário de mercado e da carteira de investimentos, além da evolução da tolerância ao risco. Em suma, a teoria da riqueza total é a base para o desenho do GP. Para implementarmos essa metodologia, necessitamos adicionalmente de

Nesse caso, temos quatro cenários:

1. Investidores jovens investem mais em ações do que investido-res maduros;

2. Investidores com estabilidade de emprego – por exemplo, funcionários públicos – investem mais em ações;

3. Investidores “empresários” investem mais em ativos de menor risco;

4. Trabalhadores autônomos ajustam seu risco em função da sua “capacidade utilizada” e podem assumir mais risco quando têm habilidade em aumentar a renda futura do trabalho.

um modelo de alocação de risco que faça a integração do conceito de GP com o conceito de Capital Total, características básicas de um “participante tipo”, tolerância a risco do mesmo e cenário de risco e retorno dos ativos da carteira.

DEFININDO O MODELO DE ALOCAÇÃO DE RISCONecessitamos de um modelo que integre o Capital Humano e o Capital Financeiro ao conceito de riqueza total e que otimize a alocação do risco ao longo da vida do indivíduo. Além disso, esse modelo deve trabalhar em conjunto com um modelo de otimização de alocação de risco em investimentos, considerar as mudanças ao longo do tempo nas relações entre o Capital Humano, Financeiro e Total, e incorporar alguma medida de orçamento (ou tolerância) de risco. Podemos descrever o modelo, de uma forma genérica, por meio do diagrama apresentado na Figura 3.

Posto esse modelo genérico, o passo seguinte é modelar cada um dos seis vértices e o GP, o que foge do escopo do presente artigo. Não obstante, assinalamos pontos importantes a serem considerados.

R$2.000R$ 1.800R$1.600R$1.400R$1.200R$1.000

R$800R$600R$400R$200

R$025 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61

Idade

Thou

sand

s

Capital Humano Capital Financeiro Capital Total

Figura 3 – Diagramado modelo dealocação de risco

Capital Total

Alocaçãoda Carteira

CapitalHumano

CapitalFinanceiro

Orçamentode Risco

Rentabilidade dosInvestimentos

Riscos & Correlações

entre os Ativos

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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Ao modelar o Capital Financeiro, é importante levar em consideração as restrições de alocação de ativos que o gestor e/ou plano se sujeitam, assim como a rentabilidade, o risco e as correlações existentes entre os ativos e o Capital Humano. Porém, é importante também deixar espaço nas alocações para a gestão ativa dos investimentos (rentabilidade acima dos indicadores). O Capital Humano deve respeitar o regulamen-to do plano, no que diz respeito aos benefícios de morte e invalidez, e a possibilidade de compra de renda vitalícia. Além disso, como o Capital Humano é inerente ao participante, ele irá variar conforme o crescimento salarial, a rotatividade e o tempo de recolocação, as probabilidades de morte e invalidez, a taxa de desconto dos �uxos futuros de salários, o saldo inicial e outras variáveis que o atuário julgar relevante para modelá-lo. O desenho do “participante tipo” depende diretamente de como o Capital Humano foi modelado e de todas as premissas que foram consideradas. Além disso, dependerá também-da massa de participantes utilizada para o cálculo da média.O orçamento de risco é de�nido como o risco máximo que o total da riqueza do indivíduo pode assumir em um determinado tempo, segundo sua tolerância a risco. Ter tolerância

não signi�ca que o risco será assumido (zero alavancagem). Todo modelo depende do orçamento de risco do participante, no entanto, no Brasil temos poucos estudos que descrevem o comportamento do brasileiro médio perante o risco nos investimentos, o que di�culta a determinação desse valor. Para projetar esse risco, no entanto, pode-se tomar como base estudos feitos pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) sobre a alocação média da carteira de investimentos das pessoas, que nos permite inferir o risco que o brasileiro está acostumado a assumir em seus investimentos.Por �m, em um modelo de GP, irá ocorrer a transferência de recursos de uma carteira para outra, quando o participante atingir uma certa idade. Ou seja, automaticamente, os recursos alocados em uma carteira serão transferidos para outra carteira com menor risco, mesmo se esta estiver com rentabilidade abaixo do que a de maior risco. Note que, nessa mudança, ocorre o risco de o participante ter uma perda �nanceira, dado que ele foi “obrigado” a mudar de carteira, ou seja, há um risco de switch – ou risco de troca. O risco de switch também deve ser ponderado, com o uso de contas virtuais para a transferência gradual dos recursos para a próxima carteira.

CONCLUSÃOO modelo de Plano Ciclo de Vida respeita o declínio da tolerância a risco, inerente a todos os investidores, facilitando a tomada de decisão de onde o participante deve investir suas reservas. A gestão é feita de forma mais pro�ssional, evitando os erros comportamen-tais dos investidores. No entanto, como se trata de um modelo “tamanho único”, essa opção pode não ser interessante para participantes com maior conhecimento em investimentos, mas sim para um per�l de adesão automática.

A teoria da riqueza total que sustenta o Plano Ciclo de Vida é uma abordagem arrojada que considera a dinâmica da evolução da vida �nanceira das pessoas e permite gerar um modelo de alocação que seja consistente com o potencial de renda (Capital Humano), com os investimentos (Capital Financeiro) e com a aversão ao risco do participante.

Esse artigo teve como propósito expor o conceito dos Planos Ciclo de Vida e os funda-mentos de modelagem �nanceira que os sustentam, não representando uma recomen-dação ou sugestão de investimento.

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O QUE ESTÁ TREMENDO?Um olhar para a sismicidade induzida

ELLE LITTLE

LOCKTON INTERNACIONAL

O QUE SISMICIDADE INDUZIDA SIGNIFICA?Sismicidade induzida é um terremoto causado por pessoas. A magnitude máxima para terremotos induzidos é menor que a de terremotos naturais, assim como mais terremotos induzidos causam tremores em profundidades mais rasas. Contudo, se terremotos induzidos ocorrerem com frequência su�ciente, eles podem provo-car um terremoto mais forte e causar grandes estragos.(1) Minera-ção, óleo, produção de gás e atividade de barragem são considera-dos os maiores contribuidores da sismicidade induzida. A atividade de terremoto induzido é altamente dependente de incentivos políticos e econômicos. Leis restringem injeção de águas residuais e o preço do óleo pode afetar esse risco. O USGS tem encontrado um notável aumento na atividade sísmica no centro e no leste dos Estados Unidos desde 2009.

Não é sua imaginação. O número de terremotos no centro dos Estados Unidos está aumentando. O US Geological Survey (USGS) estima que 3,5 milhões de pessoas, a maioria em Oklahoma e Kansas, estão em signi�cante risco de terremotos este ano devido à sismicidade induzida. Somente em Oklahoma, houveram 4,000 M2.7+ terremotos em 2015. 2016 experimentou 2,500 M2.7+ terremotos. Enquanto nós não podemos ver tantos terremotos como em 2015, em 2017 a previsão continuou elevada em relação à média histórica anual, de apenas 2 M2.7+ terremotos entre 1980 e 2000. (2)

Se terremotos induzidos ocorrerem com frequência su�ciente, eles podem provocar um terremoto mais forte e causar grandes estragos.

O USGS tem encontrado um notável aumento na atividade sísmica no centro e no leste dos Estados Unidos desde 2009.

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TERREMOTOS EM OKLAHOMA/ SUL DO KANSASMAIORES OU IGUAIS À MAGNITUDE 2.7 DESDE 1980

Gráfico fornecido pelo US Geological Surveyhttps://www.usgs.gov/media/images/earthquakes-greater-or-equal-magnitude-27-1980

COMO ISSO PODE AFETAR SUA COMPANHIA?As empresas em maior risco são aquelas que operam em áreas de alta sismicidade induzida, porque suas instalações provavelmente estão propensas a tremer. Companhias na região que não assumi-ram estar sujeitas a terremotos, agora estão experimentando grandes tremores, causando perdas inesperadas de propriedade. O maior terremoto já registrado em Oklahoma foi a M5.8, que ocorreu em 3 de setembro de 2016. A maioria das construções na região não foram desenvolvidas para suportar terremotos, incluin-do muitos edifícios com alvenaria não reforçada e fachadas que são suscetíveis a tremer. Códigos de construção tomam tempo para serem atualizados, ainda assim, em novas construções pode não ser necessário construir estruturas resistentes a terremotos.

U$$ 5.282.230 pagos

Média paga: U$$ 3.960

74% de reclamações fechadas sem pagamento ou negado

Oklahoma Insurance Claims2010 – 2016(3)

CATÁLOGO COMPLETO

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O QUE AS COMPANHIAS PODEM FAZER PARA REDUZIR O EFEITO DESSES TERREMOTOS?• Conteúdos de construções seguras que poderiam reduzir terremotos;

• Checar se as construções são resistentes a terremotos por códigos de construção locais; contudo, devido à variabilidade de curto prazo do risco de sismicidade induzida, muitos códigos de construção não têm sido atualizados – e talvez nunca foram atualizados – para proteger apropriadamente contra a sismicidade induzida;

• Se você acredita que o código de sua cidade está vencido, cheque o site https://www.fema.gov/building-codes para padrões mais rigoro-sos de revisão;

• Códigos de construção na Califórnia são vistos como o padrão de ouro para preparação contra terremotos; https://www.earthquakebracebolt.com

• Determinar se a sismicidade induzida está incluída na definição de terremoto em sua apólice de seguro e como esta impacta diretamente; quão dedutível a cobertura se aplica.

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ESTRAGOS POTENCIAIS POR TERREMOTOS EM 2016 EMOKLAHOMA E RATON BASIN

CONCLUSÃOO USGS tem determinado que terremotos provocados pelo homem existem, e nós temos visto um aumento dramático na sismicidade em Kansas e Oklahoma. Enquanto pesquisas indicam que a magnitude máxima para terremotos induzidos é menor que a dos terremotos naturais, a vulnerabilidade de construções no centro e leste dos Estados Unidos é signi�cativa. A Lockton licencia o modelo RMS de terremoto dos Estados Unidos, que foi atualizado em 2017 para incluir o impacto da sismicidade induzida. Este modelo ajuda companhias a estimar riscos de terremoto para garantir que elas estejam apropriada-mente preparadas.

(1) Induced Earthquakes Raise Chances of Damaging Shaking in 2016; Release Date: 3/28/16

https://www2.usgs.gov/blogs/features/usgs_top_story/induced-e-arthquakes-raise-chances-of-damaging-shaking-in-2016/

(2) New USGS Maps Identify Potential Ground-Shaking Hazard in 2017; release date 3/1/17

https://www.usgs.gov/news/new-usgs-maps-identify-potential-ground-shaking-hazards-2017

(3) Provided by “Earthquake Insurance: 3 in 20 Claims Approved in Oklahoma Since 2010,” by Corey Jones and Curtis Killman 3/5/17

http://www.tulsaworld.com/earthquakes/earthquake-insurance-in--claims-approved-in-oklahoma-since/article_de588725-1475-592c-9025-bdcfbf9b8bcd.html

EXISTE UMA FERRAMENTA PARA PREVER A PERDA ASSOCIADA À SISMICIDADE INDUZIDA?A Lockton licencia o RMS, uma ferramenta que pode estimar perdas por terremotos e tempestades nomeadas. Em 2017, o RMS introduziu a sismicidade no modelo de terremoto dos Estados Unidos, que pode ocorrer simultaneamente com o modelo de sismicidade natural. Analistas de propriedade da Lockton avaliam o modelo de saída para sua empresa e interpretam o impacto no seu negócio enquanto sugerem técnicas apropriadas de mitigação.

Danos do terremoto em Cushing, OK, 2016

Mapa fornecido pelo US Geological SurveyO Modelo RMS de Terremoto dos Estados Unidos agora inclui o impacto da sismicidade induzida.

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Formado em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e MBA em Gestão de Seguros pela FGV. Responsável pela área de Relacionamento na divisão Commercial Lines, gerenciando uma equipe de Gerentes e Assistentes de Contas nos escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro. Também é responsável pelo relacionamento internacional com os escritórios no exterior e com os Gerentes de Riscos dos principais clientes internacionais. Marcello trabalha no mercado de seguros desde 1988.

GESTÃO DE RISCOS

Marcello Nowaski

PERFIL DE RISCO – CONHECER SEUS RISCOS PARA PODER TRATÁ-LOSAntes de entrar na análise dos diversos tipos de seguros existentes, cabe registrar que, independentemente da política adotada pelas empresas na contratação de suas apólices, esta deve sempre estar alinhada com o per�l de risco que elas estão dispostas a assumir e a parcela de risco que desejam transferir. As apólices devem re�etir essa decisão, pois ela irá dirigir os riscos a serem segurados, as coberturas que serão incluídas, os valores segurados e as franquias que poderão ser absorvidas, impactando, em última instância, nos prêmios das respectivas apólices e podendo fazer uma grande diferença na apura-ção dos resultados da empresa ao �nal do ano �scal.É necessário reconhecer que qualquer empresa está exposta, em maior ou menor grau, a diversos tipos de risco. Riscos a ativos envolvem ocorrências que podem afetar os bens físicos da empresa – seus ativos, como prédios, equipamentos, estoques, veículos, etc.

Podemos também elencar em uma categoria à parte os riscos logísticos, que são aqueles que afetam a distribuição de seus produtos. Embora sejam, em última análise, ativos ou bens físicos, estes riscos têm um comportamento próprio, que justi�ca o tratamento separado. Há ainda os riscos de responsabilidade, que são aqueles que tratam dos terceiros potencialmente afetados pela atividade da empresa. Inclui-se a sociedade em geral, o meio ambiente e a responsabilidade que a empre-sa tem sobre seus colaboradores, entre outros. Também fazem parte dos riscos a que as empresas estão expostas os riscos �nanceiros, que podem afetar seus balanços patrimoniais, não necessaria-mente decorrentes dos outros tipos de riscos mencionados acima. Não menos importantes, estão os riscos humanos, que incluem a política que a empresa adota em relação a seus colaboradores, incluindo Seguro de Vida, Saúde, Odontológico, Previdência Privada, entre outros.

EMPRESA

Riscos a Ativos

Riscos Logísticos

Riscos Financeiros

Riscos deResponsabilidade

RC Geral

RC Ambiental

RC Práticas Trabalhistas

Transporte

Portuário

Patrimonial

Frota

Equipamentos

Engenharia

Garantia Crédito

Cyber • D&O • Crime

E&O • Fiança • Lucros

Cessantes

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RISCOS A ATIVOSRiscos a ativos são aqueles que podem afetar os bens físicos da empresa - seus ativos, como prédios, equipamentos, estoques, veículos, etc.

As principais linhas de seguro que tratam desse tipo de risco são:

• Seguro Patrimonial (aplicável a qualquer tipo de empresa);

• Seguro de Automóveis;

• Seguro de Riscos Diversos de Equipamentos;

• Seguro de Riscos de Engenharia (Executante ou Contratante da Obra).

Os seguros enquadrados nessa categoria visam permitir ao segurado repor seus bens tais como estavam no momento exatamente anterior à ocorrência de um sinistro. Assim, a correta avaliação dos ativos e a sua atualização sistemática podem fazer muita diferença.

Há jurisprudência e diversos artigos na legislação brasileira que preconi-zam que o segurado não pode fazer lucro de um sinistro, de modo que o seguro sempre se limitará ao valor de reposição ou reconstrução do bem. Fatores de depreciação como uso, idade, estado de conservação, manutenções preventivas e preditivas são considerados nesses tipos de seguro. Por outro lado, para evitar que o segurado tenha prejuízos decorrentes de um seguro inadequado, é extremamente importante manter os valores em risco sempre atualizados e su�cientes face aos riscos a que se está exposto.

SEGURO DE AUTOMÓVEISAs principais coberturas contratadas neste tipo de seguro são:

• Casco (dano ao próprio veículo);

• Resp. Civil Danos Materiais (danos a terceiros);

• Resp. Civil Danos Corporais (danos a terceiros);

• Resp. Civil Danos Morais (danos a terceiros);

Existem essencialmente dois tipos de Seguro Patrimonial: o de Riscos Nomeados e o de Riscos Operacionais. Pequenas empresas geralmente contratam o chamado Seguro Multirrisco, que, por de�nição, é um seguro de Riscos Nomeados.

Os Riscos Nomeados são aqueles em que nomeamos para a segurado-ra quais os riscos que desejamos segurar. Por sua vez, as apólices contra-tadas como Riscos Operacionais elencam quais riscos não serão cober-tos. Por serem mais caras, essas apólices são geralmente disponibiliza-das para empresas multinacionais, de grande ou médio porte .

Embora tenhamos categorizado o seguro de lucros cessantes como risco �nanceiro por sua característica de proteção de balanço, ele não pode ser contratado isoladamente, devendo sempre ser contratado junto com as apólices de Seguro Patrimonial.

Os seguros de automóveis cobrem danos decorrentes de colisão, incêndio ou roubo do veículo segurado. Existe a possibilidade de contratação de seguro apenas para incêndio ou roubo, mas isso não é mais tão praticado quanto já foi no passado. Os seguros de automóveis evoluíram e passaram a agregar diversos serviços que, muitas vezes, são mais valorizados do que o propósito que tinham em sua origem, quase provocando a extinção de entidades como o Touring Club ou o Automóvel Clube, empresas que ofereciam os serviços de guincho absorvidos pelas seguradoras.

Também com a evolução e consolidação das entidades de pesquisa, a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) passou a ser adota-da como fonte o�cial para determinação da importância segurada nos

seguros de automóveis, em substituição ao “Jornal do Carro” ou Tabela Molicar, de modo que hoje os segurados não precisam se preocupar em atualizar o valor segurado de seus automóveis.

Por outro lado, a mesma orientação dada quando tratamos dos seguros de responsabilidade vale para a contratação dos limites de Responsabilidade Civil Facultativa. Enquanto para os próprios ativos podemos determinar que nenhuma indenização poderá ser maior do que o valor real do bem, é impossível determinar o tamanho do dano que pode ser causado a terceiros. Vale registrar que o Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa é excedente ao Seguro DPVAT, que é de cunho compulsório.

• Blindagem;• Assistência 24 horas;• Vidros e Espelhos;• Acidentes Pessoais aos Passageiros.

Exemplos de coberturas mais comumente contratadas:

• Incêndio, Queda de Raio, Explosão, Queda de Aeronaves;

• Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo;

• Danos Elétricos;

• Alagamento;

• Roubo de Bens.

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RISCOS LOGÍSTICOSRiscos logísticos são aqueles que afetam a distribuição de seus produ-tos, bens, mercadorias e insumos. Embora sejam, em última análise, ativos da empresa ou bens físicos, eles têm um comportamento próprio, que justi�ca serem tratados como uma categoria de riscos à parte. São divididos entre os riscos do embarcador e os riscos do transportador. Embora o objeto de seguro seja o mesmo (o bem transportado), tratam-se de riscos distintos por de�nição, sendo que os riscos do transportador são considerados de Responsabilidade (seguro de dano causado ao bem), enquanto os riscos do embarcador são de natureza ampla de proteção a sua mercadoria (seguro de dano sofrido pelo bem).

As principais linhas de seguro que tratam dos riscos logísticos são:

Para o embarcador: Transportes Nacionais, Transportes Importação e Transportes Exportação.

Para o transportador: Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário – Carga (RCTR-C), Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em Viagem Internacional (RCTR-VI) e Responsabilidade Civil Facultativa – Desvio de Carga (RCF-DC).

Por essência, os seguros do embarcador são considerados contra “todos os riscos de causa externa”, enquanto os do transportador são sempre de Responsabilidade, ou seja, limitam-se a cobrir os danos pelos quais o mesmo seja civilmente responsável. Nesse contexto, situações em que haja dano aos bens ou mercadorias sem que tenha havido um acidente com o veículo transportador não são cobertas, assim como nos casos em que se pode alegar força maior ou ação da natureza, tais como alagamento ou danos provocados pela água de chuva, molhadura, etc. Roubo ou furto de bens ou mercadorias não são amparados pelas apólices de RCT, sendo necessária a contratação de apólice de RCF-DC.

Como as apólices do transportador limitam-se a situações em que a responsabilidade pelos danos pode lhe ser imputada, elas sempre serão inferiores ao seguro contratado pelo embarcador em termos de escopo de coberturas. É facultado ao embarcador estipular apólice de Responsa-bilidade Civil (RCT’s) contratada em nome do transportador para cobertu-ra exclusiva de seus bens e mercadorias, permitindo negociação para extinção ou redução do valor de Ad-Valorem cobrado pelo Transportador.

A partir de outubro de 2017, por determinação da ANTT, tornou--se obrigatório informar o número da apólice de seguro para emissão dos CTE’s, não sendo mais possível a concessão de Cartas de Dispensa do Direito de Regresso (DDR).

RISCOS DE RESPONSABILIDADERiscos de Responsabilidade são aqueles que tratam dos terceiros potencialmente afetados pela atividade da empresa. Incluem-se a sociedade civil em geral, o meio ambiente e a responsabilidade que a empresa tem sobre seus colaboradores, entre outros.

Os Seguros de Responsabilidade Civil visam arcar com as quantias que o segurado venha a ser condenado a indenizar pelos danos que ele tenha causado. Estes danos podem ser: materiais (danos a coisas), corpo-

rais (danos a pessoas), morais (danos à imagem) ou �nanceiros. A tarefa de maior complexidade nos Seguros de Responsabilidade Civil é determinar qual o limite adequado para as diversas exposições a riscos. Como se trata de um seguro para reparação de dano causado a terceiros, deve-se levar em consideração qual o potencial de dano que cada atividade pode provocar, o que envolve a quantidade de pessoas e de bens que podem ser atingidos em determinada ocorrência.

Existem diversas modalidades (40+) de Seguro de Responsabilidade Civil, e cada uma trata de sua especialidade.

• Responsabilidade Civil Geral (aplicável a qualquer tipo de empresa);

• Responsabilidade Civil Produtos (para atividades de produção ou distribui-ção de produtos);

• Responsabilidade Civil do Emprega-dor (qualquer tipo de empresa);

• Responsabilidade Civil da Guarda de Veículos de Terceiros;

• Responsabilidade Civil Ambiental (em essência, para atividades industriais);

• Responsabilidade Civil por Práticas Trabalhistas Indevidas (qualquer tipo de empresa);

• Responsabilidade Civil Prestação de Serviços em Locais de Terceiros;

• Responsabilidade Civil Obras (executante ou contratante da obra);

As principais linhas de seguro que tratam dos riscos de responsabilidade são:

• Responsabilidade Civil Eventos;

• Responsabilidade Civil Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT);

• Responsabilidade Civil Facultativa de Proprietários de Veículos Automotores (RCF).

Algumas modalidades de seguro de Responsabilidade Civil podem ser contratadas conjugadas com outras linhas de seguro, como, por exemplo, o seguro de RCTR-C ou o seguro de Responsabilidade Civil Facultativo, que contratamos junto com o seguro de automóveis.

Os seguros de Responsabilidade Civil, em sua maioria, não são obrigató-rios, o que faz com que não sejam muito difundidos ou contratados, especialmente por empresas nacionais de médio e pequeno porte.

É importante ter consciência de que o causador de um dano estará sempre sujeito a responder pelos danos causados, tendo seguro para tal ou não, conforme determina nosso Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor, as Leis Ambientais, entre outras legislações municipais, estaduais ou federais. Ao mesmo tempo, vale registrar que nem todo dano causado pode encontrar amparo no seguro. Uma eventual ausên-cia de cobertura no seguro não isenta o causador de responder pelo dano praticado.

GESTÃO DE RISCOS

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EXEMPLOS:

• Responsabilidade Civil Geral (dano causado a terceiros por explosão em local segurado);

• Responsabilidade Civil Produtos (danos resultantes de defeito do produto (erro de fórmula));

• Responsabilidade Civil do Empregador (morte de colabora-dor em acidente do trabalho);

• Responsabilidade Civil da Guarda de Veículos de Terceiros (roubo de veículo em estacionamento);

• Responsabilidade Civil Ambiental (contaminação de leito de rio por vazamento de produto químico decorrente de explosão);

• Seguro Garantia (existem diversas modalidades especí�cas em Seguro Garantia, tais como: Judicial; Trabalhista; do Executante de Obras; do Fornecedor; de Perfeito Funcionamento; Aduaneira);

• Seguro de Crédito: Doméstico e Crédito à Exportação (incluindo Risco Político);

• Riscos Cibernéticos (danos à própria empresa e danos causados a terceiros);

• Responsabilidade Civil por Práticas Trabalhistas Indevidas (falha na prevenção de assédio);

• Responsabilidade Civil Prestação de Serviços em Locais de Terceiros (empresas de limpeza);

• Responsabilidade Civil Obras (acidente em obra do metrô em São Paulo);

• Responsabilidade Civil Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT);

• Responsabilidade Civil Facultativa de Proprietários de Veículos Automotores (RCF).

EXEMPLOS

• Seguro Garantia (modo de �ança mais barato que a �ança bancária ou o depósito judicial; garantia de que a obra será concluída; garantia para a suspensão de imposto de importação);

• Seguro de Crédito (possibilidade de negocia-ção de carteira de recebíveis; cobertura em caso de inadimplência de cliente PJ; cobertura em caso de falência de cliente);

• Riscos Cibernéticos (casos recentes de sequestro de dados e vazamento de informações de clientes);

RISCOS FINANCEIROSRiscos �nanceiros são aqueles que podem afetar o balanço patrimonial das empresas, não necessariamente decorrentes dos outros tipos de riscos citados neste artigo.

As principais linhas de seguro que tratam dos riscos �nanceiros são:

• Seguro de Fraude Corporativa;

• Seguro Responsabilidade Civil de Diretores e Administradores;

• Seguro de Responsabilidade Civil Pro�ssional – Erros e Omissões;

• Seguro de Fiança Locatícia;

• Seguro de Lucros Cessantes.

Nessas modalidades, existem diversos interesses seguráveis e vários interessados na cobertura do seguro, podendo ser diretamente a própria empre-sa, agentes públicos, a sociedade civil, os gestores/administradores ou os acionistas. O potencial de dano ao balanço patrimonial da empresa pode variar conforme a modalidade ou a demanda especí�ca, mas tratamos estes riscos como �nanceiros por estarem diretamente ligados à capacidade �nanceira da empresa e à proteção de seu balanço patrimonial. Eles podem agir como mecanismos de proteção ou de alavancagem de resultados, proporcionando “savings” signi�cativos ou prevenindo perdas consideráveis que poderiam afetar a continuidade dos negócios.

• Seguro de Fraude Corporativa (fraude de boletos; desvio praticado por funcionários);

• Seguro Responsabilidade Civil de Diretores e Administradores (defesa de administradores em caso de erro de gestão);

• Responsabilidade Civil Pro�ssional ou de Erros e Omissões (erro na estimativa em campanha de vendas);

• Seguro de Lucros Cessantes (sinistros de incêndio que provocaram interrupção de atividades por meses).

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SINISTROSPrincipais procedimentos em casos de sinistro:

Seguro Patrimonial

• Fotografar e/ou �lmar o local;

• Preservar e separar as peças e/ou materiais dani�cados para a constatação dos danos;

• Não abandonar ou se desfazer dos remanescentes (salvados);

• Elaborar um relatório que evidencie causa provável, descrição dos fatos, estimativa de prejuízo, data e local, indicando pessoa a ser contatada para a realização de vistoria;

• Relacionar os bens dani�cados com tipos, modelos e especi�cações;

• Registrar sempre a ocorrência junto aos órgãos o�ciais (Polícia, Bombeiros, etc.);

• Registrar a ocorrência para a Lockton.

Seguros de Responsabilidade Civil

O direito a qualquer indenização nessa modalidade dependerá sempre da caracterização da responsabilidade (culpa) do segura-do na ocorrência do evento (acidente/falha cobertos pela apólice de seguros).

O QUE FAZER EM CASOS DE SINISTRO DE DANOS MATERIAIS CAUSADOS A TERCEIROS?

• Carta do segurado descrevendo detalhadamente a ocorrência do sinistro, com data e local – deve existir a caracterização da responsabi-lidade do segurado (culpa);

• Carta do reclamante responsabilizando o segurado pelo acontecimento;

• Nenhum compromisso ou acordo deverá ser �rmado com o reclamante sem a prévia anuência da seguradora, sob pena da perda de direito à indenização, com base nos termos do contrato de seguro;

• Despesas não emergenciais devem ser submetidas à prévia anuência da seguradora.

O QUE FAZER EM CASOS DE SINISTRO DE DANOS CORPORAIS CAUSADOS A TERCEIROS?

• Prestar socorro imediato à vítima;

• Não remover a vítima se o estado dela for grave. Chamar o Resgate do Corpo de Bombeiros;

• Quando efetuar o socorro às vítimas, encaminhá-las ao Hospital Público mais próximo;

• Carta do segurado descrevendo detalhadamente a ocorrência do sinistro, com data e local;

• Carta do reclamante responsabilizando o segurado pelo acontecimento;

• Laudo médico atestando diagnóstico, procedimentos adotados, tratamento recomendado e previsão de alta médica de�nitiva; atestado do grau de invalidez; comprovantes de despesas médicas hospitalares;

• Nenhum compromisso ou acordo deverá ser �rmado com o reclaman-te sem a prévia anuência da seguradora, sob pena da perda de direito à indenização, com base nos termos do contrato de seguro.

• Despesas não emergenciais devem ser submetidas à prévia anuência da seguradora.

O QUE FAZER EM CASO DE RECEBIMENTO DE AÇÕES JUDICIAIS?

• Recebida a ação judicial, comunicar imediatamente a corretora e a seguradora, enviando uma cópia da citação e da petição inicial;

• Acionar o Departamento Jurídico da empresa para cumprimento dos prazos legais determinados para defesa/resposta;

• Nenhum compromisso ou acordo deverá ser �rmado com o reclaman-te sem a prévia anuência da seguradora, sob pena da perda de direito à indenização, com base nos termos do contrato de seguro.

GESTÃO DE RISCOS

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Entrou em vigor, em 2 de janeiro de 2018, a nova cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde, estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Resolução Normativa com a atualiza-ção do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelece a inclusão de 18 novos procedimentos – entre exames, terapias e cirurgias que atendem diferentes especialidades – e a ampliação de cobertura para outros sete procedimentos, incluindo medicamentos orais contra o câncer. Pela primeira vez, foi incorporado um medica-mento para tratamento da esclerose múltipla. O rol é obrigatório para todos os planos de saúde contratados a partir da entrada em vigor da Lei nº 9.656/98, os chamados planos novos, ou aqueles que foram adaptados à lei. A lista de procedimentos é atualiza-da a cada dois anos para garantir o acesso ao diagnóstico, tratamento

e acompanhamento das doenças através de técnicas que possibilitem o melhor resultado em saúde, sempre obedecendo a critérios cientí�-cos comprovados de segurança, e�ciência e efetividade. A atualização do rol é um avanço importante para os bene�ciários de planos de saúde e os critérios de revisão devem estar em constante evolução. Os procedimentos incorporados são aqueles nos quais os ganhos coletivos e os resultados clínicos são mais relevantes para os pacientes. Todavia, a inclusão de tecnologias é sempre precedida de avaliação criteriosa, alinhada com a política nacional de saúde, e contempla, além das evidências cientí�cas, a necessidade social e a disponibilidade de recursos. A decisão pela inclusão também leva em consideração a prevalência de doenças na população. Con�ra no quadro abaixo um resumo das principais inclusões:

NOVO ROL DE COBERTURA DOS PLANOS DE SAÚDE ENTRA EM VIGOR

ON THE SCALESFo

nte:

AN

S (0

2/01

/201

8)

Medicamento imunobiológico para tratamento de esclerose múltipla (natalizumabe)

8 medicamentos orais para tratamentos de cânceres – pulmão, melanoma, próstata, tumores neuroendócrinos, mielofibrose e leucemia (afatinibe, crizotinibe, dabrafenibe, enzalutamida, everolimo, ruxolitinibe, ibrutinibe e tramatinibe)

1 exame PET-CT para diagnóstico de tumores neuroendócrinos

Quimioterapia com antiangiogênico e tomografia de coerência óptica para tratamen-to do edema macular secundário, retinopatia diabética, oclusão de veia central da retina e oclusão de ramo de veia central da retina

Radiação para tratamento do ceratocone

Cirurgia laparoscópica para tratamento de câncer de ovário (debulking)

Cirurgia laparoscópica para restaurar o suporte pélvico (prolapso de cúpula vaginal)

Cirurgia laparoscópica para desobstrução das tubas uterinas

Cirurgia laparoscópica para restaurar a permeabilidade das tubas uterinas

Endoscopia para tratamento do refluxo vesicoureteral, doença relacionada a infecções urinárias

Terapia imunoprofilática contra o vírus sincicial respiratório (palivizumabe)

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE 2018

Principais Incorporações

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Por meio da Circular nº 560, de 7 de novembro de 2017, publicada em 9 de novembro, no Diário O�cial da União (DOU), a Superintendência de Seguros Privados (Susep) determina novas regras e critérios para a operação das coberturas oferecidas nos planos de seguro de lucros cessantes. Essa circular substitui e altera outros dezessete normativos, inclusive a Portaria do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização (DNSPC) n.º 17/63, de 11 de junho de 1963, expedido antes mesmo da constituição da própria Susep. As disposições da circular passam a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2018 e os planos de seguro de lucros cessantes atualmente em comercialização deverão ser adaptados até a data prevista.A iniciativa, de acordo com o superintendente da Susep, Joaquim Mendanha de Ataídes, está norteada pelas atuais diretrizes básicas da autarquia. “Estimular um ambiente favorável ao desenvolvimento do mercado por meio da elaboração e aperfeiçoamento de produtos está entre as prioridades da Susep”, destacou. Joaquim Mendanha ressaltou que, desde o início da sua sugestão, o órgão já emitiu vinte circulares,

entre elas as que estabelecem novos critérios para os seguros de Riscos de Engenharia, RC D&O, Acidente Pessoal de Passageiros (APP) e RC de Hangares, além de resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que foram constituídas com propostas da Susep, como a do Seguro Popular de Automóvel, a do seguro RCTR-VI-GF, a do Seguro de Vida Universal e, mais recentemente, as das famílias PGBL e VGBL. A Circular nº 560 permite que as seguradoras estabeleçam seus próprios clausulados e, na estruturação de seus planos de seguro, elas poderão prever coberturas adicionais, desde que os riscos cobertos estejam diretamente relacionados com o ramo de lucros cessantes e não sejam típicos de outros ramos. O seguro de lucros cessantes deve ser contratado optando-se por pelo menos uma das seguintes cober-turas básicas: perda de lucro bruto, perda de lucro líquido, perda de receita bruta ou despesas �xas. A critério da seguradora, determinada cobertura adicional poderá ser oferecida em conjunto com uma das coberturas básicas descritas anteriormente, sob o mesmo limite máximo de indenização.

SUSEP: NOVA CIRCULAR SOBRE LUCROS CESSANTES PASSA A VIGORAR A PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2018Medida revoga outros dezessete normativos e permite que as seguradoras estabeleçam seus próprios clausulados na estruturação de seus planos de seguro.

A íntegra do normativo está disponível na seção “Atos Normativos” do portal da Susep (http://www.susep.gov.br)Fonte: SUSEP (09/11/2017)..

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