ano 13 - nº 57 - junho

32
INFORMATIVO DA ENGIE TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 57 . JUNHO DE 2016 ENGIE tem nova estrutura no Brasil Investimento em geração fotovoltaica distribuída Governador do RS visita UTE Pampa Sul Novo Presidente Mudanças em duas diretorias da companhia

Upload: buikhue

Post on 10-Jan-2017

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ano 13 - nº 57 - Junho

INFORMATIVO DA ENGIE TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 57 . juNhO DE 2016

ENGIE tem nova estrutura no Brasil

Investimento em geração fotovoltaica distribuída

Governador do RS visita UTE Pampa Sul

Novo Presidente

Mudanças em duas diretorias da companhia

Page 2: Ano 13 - nº 57 - Junho

2 ENGIE Tractebel Energia

SUMÁRIO

31 ALTA VOLTAGEM

31. ENGIE Tractebel Energia tem lucro líquido no 1TRI2016 de R$ 347,1 milhões

03 MEnSAGEM dO PRESidEnTE

03. Missão cumprida

04 360º

04. Usina Cogeração Lages

04. RH premiado pelo VAGAS

05. Parque Teixeira Soares

05. Workshop Cheias e Secas do Rio Uruguai

22 EnTREViSTA

22. Manoel Zaroni Torres liderança e visão estratégica na presidência

26 USinA

26. Obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) Avança em diferentes frentes de trabalho

30. Reflorestamento e melhorias em Salto Osório

06

18

10

06 EMPRESA

06. Sai o engenheiro Zaroni, entra o economista Sattamini

08. Laydner e Labanca assumem novas diretorias

10. ENGIE se reestrutura e Brasil ganha ainda mais importância dentro do Grupo

12. Dia da Inovação viabiliza sonhos

14. Construindo as Cidades do Amanhã

16. Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia

18. Tudo gira em torno do sol

21. Encontro com investidores

Page 3: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 3

MensageM do Presidente

Missão cumprida

Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia

Depois de 17 anos na Presidência da ENGIE Tractebel

Energia, chegou o momento de deixar essa posição

e passar o bastão para a pessoa que vai liderar a

Companhia neste contexto de transição do setor

elétrico. Foram três anos preparando esse momento,

tempo em que também pude me preparar para

assumir novos desafios.

Em quase 18 anos de ENGIE Tractebel Energia,

dos quais 17 como CEO, colecionei conquistas

importantes que elevaram a Empresa ao que ela é

hoje: a maior geradora privada de energia elétrica

do País e a empresa mais valiosa do setor na Bolsa

de Valores de São Paulo. Mais que dobramos

nossa capacidade instalada, ingressamos no ISE,

certificamos nosso parque gerador nas normas ISO

9001 e 14001 e OHSAS 18001, construímos o Parque

Ambiental Tractebel onde antes era um depósito de

carvão, diversificamos nossa matriz introduzindo

as fontes eólica, biomassa e solar, e fizemos outras

tantas coisas que trouxeram resultado e garantiram

a sustentabilidade da Empresa.

Mas, o que me orgulha mais é, ao longo desses

17 anos, ter feito amigos na Companhia. É ter

transformado a então Gerasul (braço da Eletrosul

privatizado em 1998), com sua trajetória, pessoas

e história no que hoje é a nossa Empresa. Me orgulho

de ver o desenvolvimento que as pessoas que

trabalham conosco atingiram, de ver a qualidade

de seu trabalho, o compromisso com o resultado e

a excelência, o respeito ao meio ambiente, o nosso

espírito de equipe e a ética com que nos relacionamos

dentro e fora da Companhia.

Sem dúvida, passamos por momentos difíceis e

desafiadores e, é claro, por momentos de muita alegria

e satisfação. Conto mais sobre eles na entrevista que

concedi para essa edição da Boas Novas. Ao passar

por cada uma dessas situações, fomos ganhando

força, experiência e nos transformando na Empresa

resiliente que somos.

Contudo, o futuro bate as nossas portas. E quem vai

liderar a ENGIE Tractebel Energia daqui para a frente

é o Eduardo Sattamini. Desde 2010, ele integra a

nossa Diretoria e conhece bem como funciona a

Empresa. Caberá a ele ser o timoneiro da Companhia

neste novo estágio do setor elétrico no Brasil,

com uma matriz ainda mais renovável, com soluções para clientes de todos os

portes e com a entrada forte em serviços. Ao Sattamini desejo muito sucesso e

e felicidades e externo minha certeza na sua plena condição de levar a ENGIE

Tractebel Energia adiante.

Por fim, manifesto minha gratidão pelo Conselho de Administração da ENGIE

Tractebel Energia, do qual continuarei membro, e meu especial agradecimento

ao Maurício Bähr, que sempre foi um grande parceiro em nosso Controlador para

sonhar os mesmos sonhos que sonhamos.

Muito obrigado a todos vocês e vamos em frente!

Edu Lyra

Page 4: Ano 13 - nº 57 - Junho

4 ENGIE Tractebel Energia

360o

O site vagas.com.br reconheceu a

ENGIE Tractebel Energia como uma

das 10 empresas melhor avaliadas em

2015 na qualidade de relacionamento

(employer branding) . A pesquisa

foi realizada com os candidatos

que participaram dos processos

de recrutamento e seleção da

Companhia durante o ano passado.

AMCHAM/SP

Rh premiado pelo VAGAS

A ENGIE Tractebel Energia ficou entre as dez empresas mais bem avaliadas no quesito qualidade de relacionamento

usina Cogeração Lages

Desde 2004, a ENGIE Tractebel Energia, por meio da UCLA (Usina

Cogeração Lages), gera Créditos de Carbono (RCEs), num total de

2, 5 milhões. Desse total, já foram comercializados com diferentes

organizações entre elas estão 105 mil RCEs doadas para emissões da

Copa do Mundo de 2014; 5 mil também doadas para compensação

das emissões da Conferência  Rio+20. Outras 35.881 RCEs  foram

entregues compulsoriamente no momento das emissões a um fundo

para atenuação dos efeitos climáticos gerido pela ONU e 289.865

RCEs continuam em estoque disponíveis para comercialização ou

compensação de emissões. A Empresa ainda terá, adicionalmente,

mais 720.270 RCEs para venda após a conclusão da verificação

dos créditos gerados no período entre 1 de janeiro de 2013 a 31 de

outubro de 2014.

A atividade da Usina, explica o gerente Mario Wilson Cusatis, contribui

na mitigação das emissões de gases de efeito estufa de duas formas:

gerando energia elétrica ao utilizar como combustível renovável

resíduo de madeira; e também reduzindo a geração de metano por

meio do consumo dos resíduos de madeira, que antes da Usina, eram

depositados em pilhas, causando a emissão de metano.

O gerente de Meio Ambiente da ENGIE Tractebel Energia, José Lourival

Magri, acrescenta ainda que “esse projeto é um marco, pois transforma

um resíduo em combustível e agrega valor à região”. Durante todos

esses anos, revela Magri, o projeto só utilizou resíduos de florestas

plantadas, em nenhum momento foram utilizados qualquer quantidade

de biomassa de floresta nativa, mesmo sendo resíduo.

Vale ressaltar que o Banco Mundial, por intermédio do Prototype

Carbon Fund, foi um dos fomentadores desse projeto e o primeiro a

comprar créditos de carbono gerados.Usina Cogeração Lages permite compensar as emissões de carbono de grandes eventos realizados no Brasil

Divulgação VAGAS

Plínio Bordin

Page 5: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 5

360o

Parque Teixeira SoaresEm 10 meses de existência, o Parque Natural Municipal Mata do

Rio Uruguai Teixeira Soares, localizado em Marcelino Ramos (RS),

recebeu 6 mil visitantes, confirmando a previsão dos administradores.

Construído como medida compensatória para implantação da Usina

Hidrelétrica Itá, o Parque possui uma área total de 423 hectares de

Floresta Estacional Decidual. Oferece aos visitantes e às comunidades

do entorno um local de proteção da natureza, pesquisa científica,

educação ambiental e turismo ecológico.

Criado pelo Consórcio Itá e Tractebel Energia, seu principal objetivo

é de ser um diferencial para a região. “Queremos contribuir com

entidades de pesquisa e também para aumentar o potencial turístico

da região”, diz Reginaldo de Oliveira, gerente do Consórcio Itá.

O Conselho Consultivo do Parque, formado por membros do poder

público, universidades, entidades do municípios e empresas se reuniu

no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, para apresentarem os

novos membros da equipe. Celebraram o final do dia, plantando uma

árvore na entrada da Unidade de Conservação.

Workshop Cheias e Secas do Rio uruguaiA ENGIE Tractebel Energia e a Foz do Chapecó Energia

proporcionaram no dia 9 de Junho, em Itá, o Workshop Cheias

e Secas do Rio Uruguai – O papel das usinas hidrelétricas e da Defesa

Civil. Cerca de 100 pessoas participaram do evento, que teve como

propósito repassar informações às entidades e municípios que são

diretamente afetados em casos extremos, como cheias e secas.

Palestras da ENGIE Tractebel Energia e Foz do Chapecó Energia,

ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, Defesas Civis de Santa

Catarina e do Rio Grande do Sul, além de Cases de Porto Mauá e

Itapiranga foram apresentados aos participantes, a fim de demonstrar

o funcionamento e o papel de cada um dos envolvidos no processo.

 Conforme Arthur Frota Ellwanger, Gerente do Departamento de

Geração Hidráulica da ENGIE Tractebel Energia, o evento buscou

demonstrar que os empreendimentos estão à disposição dos

municípios e da Defesa Civil para que os mesmos desenvolvam

trabalhos de prevenção. “Nós possuímos informações a respeito

dos reservatórios e do comportamento do rio Uruguai, os quais

podem contribuir para que a Defesa Civil e os municípios prepararem

um plano de ação para momentos de crise, como enchentes”,

explicou Ellwanger.O Workshop contou com a presença das Defesas Civis de SC e do RS

Belvedere GTC

Educação ambiental e turismo ecológico são dois dos pilares do Parque

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Page 6: Ano 13 - nº 57 - Junho

6 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

O clima era de cordialidade e sorrisos no 14º andar do prédio da

ENGIE Brasil, na Avenida Almirante Barroso, no Rio de Janeiro.

Na tarde quente de 31 de maio, depois da reunião de uma hora

do Conselho Administrativo da Empresa e de quase três anos

dedicados a encontrar o executivo certo, o economista Eduardo

Sattamini foi eleito, por unanimidade, presidente da ENGIE

Tractebel Energia. A partir de julho ele assume a posição do

engenheiro Manoel Zaroni Torres, há 17 anos no cargo e 18 na

Empresa. (Leia entrevista com Zaroni a partir da página 22)

Logo depois, Maurício Bähr, presidente da ENGIE Brasil,

Sattamini e Zaroni anunciaram, via videoconferência, aos mais

de mil empregados da Empresa o nome do novo presidente,

que já é bem conhecido na casa. Desde 2010 ele ocupa o cargo

de diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Na outra

ponta, em Florianópolis, os empregados davam as boas-vindas

ao economista.

Edu Lyra

Transição é resultado de um planejamento de três anos

No Rio, o trio concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico sobre

o passado e o futuro da Companhia. Zaroni agradeceu o apoio do

Conselho de Administração aos seus 17 anos na Presidência, a

parceria dos diretores e o trabalho e dedicação de toda a equipe, que

construiu, ao seu lado, a Empresa líder do setor elétrico privado do

Brasil. Já Sattamini se disse preparado e motivado para liderar a ENGIE

Tractebel Energia na nova fase da Companhia, que inicia em julho.

Para Maurício Bähr, CEO da ENGIE no Brasil e presidente do Conselho

de Administração da ENGIE Tractebel Energia, Zaroni representou,

nesses últimos anos, uma forte contribuição à Companhia e

também para o setor elétrico. “Antigo conhecido, Sattamini reúne

competência e motivação necessárias para continuar liderando a

Companhia nesta trajetória de sucesso, além de prepará-la para

os desafios e oportunidades que a descentralização da geração, a

descarbonização da matriz energética e a digitalização trarão ao setor

elétrico”, afirmou o presidente da ENGIE Brasil.

Sai o engenheiro Zaroni, Entra o economista Sattamini

Page 7: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 7

EMPRESA

Plinio Bordin

Diretoria da Tractebel Energia no ano de 2010 que tinha Zaroni como Presidente, Sattamini como Diretor Financeiro e Laydner como Diretor de Comercialização

diVERSiFiCAR FOnTES - Bähr reiterou a decisão em

diversificar fontes renováveis no País, além de investir na geração

distribuída, negócio da ENGIE em diferentes países. Outro assunto

que ganha atenção no Grupo é a passagem dos 40% da Usina

Hidrelétrica Jirau da ENGIE para a ENGIE Tractebel Energia. Até o final

do ano, segundo os executivos, terá início o processo de transferência

da hidrelétrica, que vai injetar 1,5 mil MW no parque gerador da

Companhia, que representa 40% da ENGIE no Consórcio da Energia

Sustentável do Brasil. Atualmente, o parque gerador da ENGIE

Tractebel Energia é de 7.044 MW próprios, com previsão de expansão

para 7.838 MW a partir de projetos em construção.

Para Sattamini, o desafio nesse momento é a queda da demanda da

energia provocada pela crise econômica no País. “O que assistimos a

um excesso de oferta”, alerta o executivo. Por outro lado, ele já garantiu

com o Grupo um investimento para os próximos três anos no valor de

R$ 6 bilhões para construção de novas usinas. A certeza é a de que,

depois que o Brasil se transformou em Unidade de Negócios do Grupo,

os desafios e oportunidades de crescimento são uma realidade.

QUEM é EdUARdO AnTOniO GORi SATTAMiniEconomista nascido em Vitória, Espírito Santo, em 08 de fevereiro

de 1965, e formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do

Rio de Janeiro, em 1985, Eduardo Antonio Gori Sattamini passou

pelos setores naval e de bancos antes de chegar ao Grupo ENGIE,

em 2000. Possui mestrado em Administração de Empresas com

especialização em Finanças, obteve o Grau de Mestre em Gestão

(Master in Management) pela University of London, com o curso

Sloan Fellowship Master Programme da London Business School.

Sattamini atuou como diretor Financeiro da Energia Sustentável

do Brasil S.A., diretor Superintendente da Metalnave S.A. e diretor

Financeiro das Indústrias Verolme-Ishibras S.A. Atualmente, é

membro do Comitê de Gás da ABIDB.

Casado pela segunda vez, com três filhos, Sattamini assumiu

como diretor Financeiro e de Relações com Investidores da

então Tractebel Energia, em maio de 2010. Já recebeu por

diversas vezes o prêmio de Melhor Executivo da área Financeira

pela revista Institutional Investor.

Page 8: Ano 13 - nº 57 - Junho

8 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Desde maio, a ENGIE Tractebel Energia apresenta nova estrutura

em sua Diretoria, com a aposentadoria do engenheiro José Carlos

Cauduro Minuzzo, que desde 1999 ocupava a diretoria de Produção

da Companhia. As Unidades Organizacionais da antiga Diretoria de

Produção, juntamente com as áreas responsáveis por atividades de

implantação da antiga Diretoria de Desenvolvimento e Implantação de

Laydner e Labanca assumem novas diretorias

Projetos formam agora a Diretoria de Geração, cujo titular é José Laydner.

Por sua vez, a Unidade Organizacional Desenvolvimento de Negócios

ficou vinculada à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, tendo

como diretor Gustavo Labanca, que anteriormente era o responsável

pela área na ENGIE Brasil.

Acompanhe a seguir a entrevista com os dois novos diretores:

O engenheiro mecânico José Luiz Jansson Laydner trabalha na companhia

desde março de 1984, quando ainda era Eletrosul. Em agosto do mesmo

ano, trocou o Rio Grande do Sul por Santa Catarina, onde desempenhou

várias funções. Pouco antes da privatização, em 1998, começou a trabalhar

na operação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, uma das integrantes do

Complexo. De lá pra cá foi gerente da Usina Termelétrica William Arjona; gerente

do DGT (Departamento de Geração Térmica); diretor de Comercialização e

Negócios, que logo se transformou em diretoria de Comercialização de Energia;

e diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos.

Boas novas – Qual foi seu melhor momento profissional?

José Luiz Jansson Laydner – Gostei muito das diversas atividades que

desempenhei e dos lugares por onde passei e tenho muito orgulho de tudo

o que fiz. Mas por filosofia de vida, o melhor momento é o atual.

Bn - Quais os desafios que você deve enfrentar nesse novo cargo?

JLJL - Continuo com o desafio de implantar as novas Usinas da ENGIE Tractebel

Energia, como Santa Mônica, Pampa Sul (Miroel Wolowski), Campo Largo I e

Assú. Além disso, passo a ser o responsável pelo parque gerador existente com

a responsabilidade de manter o excelente desempenho operacional que o mesmo

apresenta atualmente. Nesse sentido, além de manter a excelência nas atividades

de operação e manutenção, já estamos investindo em modernização destes

ativos e buscando aprovação para alguns novos investimentos.  Por outro lado,

o fechamento da Usina de Charqueadas, recentemente aprovado no Conselho

de Administração, é um desafio imediato que me é colocado.

Bn - Quais as primeiras medidas que deves tomar?

JLJL - A tendência imediata é de continuidade. Desta forma, não existe

nenhuma medida ou mudança de impacto. Temos equipes qualificadas e

gerentes experientes e capacitados, responsáveis pela continuidade das

atividades de implantação das novas Usinas e de produção de energia no

parque gerador existente. Estou me atualizando das principais atividades em

andamento relativas à produção de energia e acertando

a forma com que vou trabalhar com a nova equipe. Por

outro lado, entendo que devemos estudar algumas ações

de melhorias pontuais e adaptação ao contexto futuro de

transição energética. Entre essas ações estão o melhor

aproveitamento das sinergias existentes entre as atividades

de implantação e produção; ampliar as competências

técnicas de operação e manutenção para as tecnologias de

geração eólica e solar fotovoltaica, que se mostram como

o principal driver de crescimento, no curto e médio prazos.

No âmbito da gestão do parque gerador existente, temos

que, cada vez mais, alinhar as atividades de Operação &

Manutenção com os reflexos comerciais e financeiros.

Plinio Bordin

Page 9: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 9

EMPRESA

Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Gama

Filho, Gustavo Henrique Labanca Novo tem pós-graduação em

Avaliação de Empresas e Projetos pela Fundação Getúlio Vargas/

RJ; MBA Executivo no COPPEAD (UFRJ) e MBA em Engenharia

Nuclear na COPPE (UFRJ)/ABDAN/ABDIB. No Grupo desde

sua privatização em 1998, Labanca já foi gerente de projetos

e desenvolvimento de negócios (1998-2000) e, entre 2000 e

2010 foi analista financeiro, gerente de finanças sênior e AIFA

(Acquisitions, Investment & Financial Advisory). De 2010 até 2015

foi VP de Desenvolvimento de Negócios e, atualmente, além da

nova Diretoria, exerce o cargo de membro titular do Conselho

Deliberativo da Previg - entidade de previdência privada instituída

pela ENGIE Tractebe Energia; é membro suplente do Conselho de

Administração da Energia Sustentável do Brasil S.A; e membro

titular do Conselho de Administração da Usina Termelétrica

Pampa Sul (Miroel Wolowski).

Boas novas - Qual o momento que consideras mais

especial na tua vida profissional? Por quê?

Gustavo Henrique Labanca - Vários momentos foram

marcantes, mas três considero muito importantes para a

minha carreira e para as atividades do Grupo no Brasil. O

primeiro foi em 2001, com a vitória no leilão da Usina Hidrelétrica

São Salvador (241 MW) na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

Foi uma competição muito acirrada, com lances ao vivo, no

qual a adrenalina sobe e a satisfação pela realização de um

trabalho bem planejado e vitorioso. Outro bom momento foi a

migração da Tractebel Energia para o Novo Mercado e a oferta

secundária de ações no final de 2005, um marco importantíssimo

do Grupo no Brasil, com a adesão ao segmento com melhores

práticas de governança corporativa e abertura efetiva do capital

da Companhia, com aumento significativo da sua liquidez. E,

por último, cito a conclusão da venda de 20% de participação

no projeto da hidrelétrica Jirau para a Mitsui no início de 2014,

uma operação emblemática para o Grupo e na qual poucos

acreditavam no seu êxito.

Bn - Quais os desafios nesse novo cargo?

GHL - Manter o crescimento da Empresa com o desenvolvimento

de projetos rentáveis para o Grupo em um momento de mudanças

importantes em toda a organização.

Bn - Quais os negócios que sua diretoria está

desenvolvendo?

GHL - Geração de energia por meio de várias fontes - solar,

eólica, gás natural e hidroeletricidade. Além disso, estamos

com dois projetos de terminais de regaseificação, ou seja,

atuação integrada na cadeia do gás. Analisamos também algumas

oportunidades de compra de ativos no mercado (transações

de Merger & Acquisitions) e desinvestimento, além de fornecer

todo o suporte necessário para as atividades relacionadas com

serviços de eficiência energética e B2x, ou seja, soluções para

negócios; para residências e profissionais; e descentralizadas

para cidades e territórios.

Bn - na sua opinião qual a fonte de energia que a Empresa

deve se debruçar daqui para a frente?

GHL - Nenhuma fonte de geração de energia pode ser descartada

no País. Nosso foco será cada vez maior nos projetos renováveis -

eólica, solar, biomassa e hidrelétricas de pequeno/médio porte

e na cadeia do gás natural.

Qual o projeto que é sua menina dos olhos? Por quê?

GHL - Temos que estar atentos a todos os projetos que temos

na carteira. No curto prazo, estamos focados na aprovação da

expansão do Complexo Eólico de Campo Largo na Bahia, pois a

sua implantação imediata propiciaria a realização de uma série de

sinergias com a primeira fase, cuja construção se inicia em breve.

Divulgação ENGIE

Page 10: Ano 13 - nº 57 - Junho

10 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Divulgação ENGIE

Maurício Bähr, presidente da ENGIE Brasil

ENGIE se reestrutura e Brasil ganha ainda mais Importância dentro do GrupoEntrou em vigor oficialmente em janeiro deste

ano a reestruturação da ENGIE, intitulada de

Projeto Empresarial. O projeto começou a ser

implementado ainda em 2015, com a criação

de um novo nome global - ENGIE – e com a

inclusão de todas as atividades do Grupo sob

esta nova marca. Esta iniciativa tem três objetivos

principais: acelerar o desenvolvimento da ENGIE

para manter a sua posição de líder da transição

energética mundial; inventar as energias do

futuro, investindo recursos na inovação e

promovendo o acesso mais abrangente à

energia; e construir uma presença regional forte

para que as decisões sejam tomadas localmente,

o mais próximo possível dos clientes.

Essas mudanças pretendem ampliar a

percepção da ENGIE como referência mundial

em um mercado de energia em transição,

caracterizado pelo desenvolvimento de fontes

de energia renováveis, redução da dependência

de combustíveis fósseis, racionalização do

consumo de energia e revolução digital.

A ambição da ENGIE é se tornar, em cinco

anos, a líder mundial da transição energética e

das soluções descentralizadas para as cidades

e pessoas, através do oferecimento de uma

gama de soluções feitas sob medida e que vão

desde a produção descentralizada de energia

até a mobilidade urbana, segurança, iluminação,

entre muitos outros. Este ano, por exemplo, o

Grupo entrou no mercado brasileiro de geração

fotovoltaica distribuída e passou a ser, através

da ENGIE Solar, um dos líderes deste mercado

no país.

Esse projeto empresarial representa também

um marco para a atuação do Grupo no Brasil.

Com a alteração da estrutura da ENGIE, que

passou a contar com 24 unidades de negócios,

o país se fortaleceu, passando a ser uma unidade

geográfica independente. Além do Brasil, apenas

a China foi alçada a esta posição. O Grupo conta, portanto, agora com 10 unidades

geográficas: América do Norte; América Latina; África; China; Brasil; Ásia Pacífico;

Sul da Ásia e Oriente Médio; Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo); Europa

(do Sul, do Norte e Central) e Reino Unido. A elevação do Brasil a esse novo patamar

demonstra a confiança do Grupo no crescimento do país e nas atividades locais. Hoje,

a ENGIE conta com 3.150 colaboradores no Brasil.

Page 11: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 11

EMPRESA

Energia Sustentável do Brasil

Usina de Jirau, em Rondônia, tem 3.750 MW, dos quais 1,5 mil pertencem à ENGIE

“Alçar o Brasil ao nível de Unidade de Negócios e ampliar o escopo

de atividades locais são demonstrações de confiança da ENGIE

no Brasil e abrem uma enorme janela de oportunidades para o

negócio, para o cliente e para os colaboradores do Grupo”, afirma

Maurício Bähr, presidente da ENGIE no Brasil. “No Brasil, a nossa

posição de maior produtora privada de energia elétrica do País

somada a nossa liderança mundial em serviços de eficiência

energética, faz com que a ENGIE esteja em uma posição única

para ser a empresa de referência no País em energia e serviços

para cidades, empresas e pessoas”, completa Bähr.

O principal objetivo do Grupo, daqui para frente, será integrar

todas as suas atividades a fim de obter as melhores sinergias em

cada uma delas. Para assegurar que o Grupo funcione como uma

rede através das suas unidades de negócios, cinco novas áreas

de negócios que representam aspectos chaves da transição

energética estão sendo criadas: geração centralizada; soluções

decentralizadas para cidades e regiões; cadeia de valor do gás;

soluções para empresas, e soluções para residências. Essas áreas

irão trazer toda a expertise para dar suporte ao desenvolvimento

dos negócios do Grupo no Brasil.

Alçar o Brasil ao nível de Unidade de Negócios e ampliar o escopo de atividades locais são demonstrações de confiança da ENGIE no Brasil e abrem uma enorme janela de oportunidades para o negócio, para o cliente e para os colaboradores do Grupo

Page 12: Ano 13 - nº 57 - Junho

12 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Dia da Inovação

viabiliza sonhosEm maio de 2015, o estudante de ensino médio

Ygor Requenha Romano, natural de Rondônia

e morador de Araraquara (SP), começou a

trabalhar em um projeto tecnológico inédito:

o Easy Water, sistema para tratamento de

água em comunidades remotas, alimentado

por energia solar. No último dia 6 de junho,

seu sonho de viabilizar o invento ficou mais

próximo. O projeto de Romano foi um dos

cinco vencedores do Prêmio ENGIE Brasil

de Inovação 2016, anunciado no Museu do

Amanhã durante o ENGIE Brasil Innovation

Day, no Rio de Janeiro.

“Este prêmio me deu a oportunidade de

continuar trabalhando com energia e água”,

comentou o pesquisador de 18 anos de idade.

O evento está na segunda edição e faz parte

de um programa mundial da Companhia para

incentivar a criatividade empreendedora. Mais

de 50 projetos concorreram no concurso, que

abordou cinco temas: energia descentralizada,

green mobility e cidades inteligentes, smart

grids, armazenamento de energia e inclusão

social por meio da eficiência energética ou

acesso a energia.

PASSAPORTE PARA PARiS - Todos os

empreendedores premiados ganharam uma

viagem a Paris, onde puderam participar da

Innovation Week, evento mundial de inovação

do Grupo, e apresentar seus projetos aos

diretores de Inovação do Grupo e à CEO da

ENGIE, Isabelle Kocher. “Os vencedores

podem participar de um projeto de Pesquisa e

Desenvolvimento do Grupo e ser incubados no

nosso programa global de novos negócios, com

duração de 18 meses”, informou o diretor de

Estratégia, Comunicação e Responsabilidade

Social Corporativa da ENGIE, Gil Maranhão.

Ele disse ainda que os dois projetos premiados

em 2015 já estão trabalhando em parceria

com a Empresa: o Nanol, aditivo para óleos

lubrificantes baseado em nanotecnologia,

e o GreenAnt, medidor inteligente que calcula

o gasto de energia de cada equipamento em

uma residência.

OUTROS PREMiAdOSAlém do projeto Easy Water, os demais vencedores são a Máquina de Gelo Solar,

que já tem quatro unidades funcionando na Amazônia; o Soluz Energia, trocador

de calor de baixo custo para painéis fotovoltaicos; o i9Híbrido, tecnologia de

comunicação que faz uso do cabo de energia elétrica e do ar para a transmissão

de dados; e o aplicativo Smart Favela, que dá apoio a projetos comunitários de

desenvolvimento sustentável

O engenheiro mecânico Aurélio Souza contou que o desenvolvimento da

Máquina de Gelo Solar foi financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo

à Pesquisa do Estado de São Paulo) na tese de pós-doutorado do colega

pesquisador Carlos Driemeier, da USP. Com uma produção diária de até 30

Diretor de Estratégia, Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE Brasil, Gil Maranhão, na abertura do Innovation Day

Marlene Barreto

Page 13: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 13

EMPRESA

quilos, a máquina tem valor inestimável para

os ribeirinhos.

“Nosso trocador de calor refrigera as células

fotovoltaicas do painel solar e aquece a água,

podendo representar até 30% de economia

na conta de luz e aumentar em 25% a geração

de energia em centrais flutuantes”, explicou o

empreendedor Loïc Tachon, sócio da startup

Soluz Energia.

O sistema i9Híbrido foi desenvolvido pela

Smarti9, empresa de comunicações smart

grid e Internet das Coisas com sede em Juiz

de Fora (MG). “Ele combina os meios com e

sem fio para realizar a comunicação de dados

com mais confiabilidade”, disse o

sócio administrador Diogo Fernandes.

O Smart Favela é uma parceria entre a

ONG carioca Equilíbrio Sustentável e o

Toolz, estúdio criativo com sede em Paris.

Um protótipo está em testes no Morro dos

Prazeres, Rio de Janeiro. “Esperamos que se

torne uma ferramenta inovadora na tomada

de decisões coletivas para o desenvolvimento

urbano colaborativo”, disse um dos

desenvolvedores, David Laure.

Equipe organizadora do evento, equipe da ENGIE Brasil e os vencedores do Innovation Day no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro

Igor Requenha Romano, de apenas 18 anos, explica no evento seu projeto, um sistema para tratamento de água em comunidades remotas, alimentado por energia solar

Marlene Barreto

Marlene Barreto

Page 14: Ano 13 - nº 57 - Junho

14 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Construindo as

Cidades do AmanhãNo prazo de cinco anos, a ENGIE pretende se tornar líder

mundial na transição energética para matrizes sustentáveis,

por meio de soluções descentralizadas para cidades

e regiões. O Brasil tem papel-chave na estratégia de

construção das “Cidades do Amanhã”, por sua relevância

na geração de energias renováveis e suas grandes

demandas de infraestrutura. Em um primeiro momento,

a Companhia irá focar em quatro áreas de negócios

consideradas mais promissoras em termos de maturidade

do mercado local: mobilidade urbana, segurança,

iluminação pública e aeroportos.

Cidades inteligentes ou “Cidades do Amanhã” são,

resumidamente, núcleos urbanos que utilizam serviços

integrados de tecnologia para proporcionar bem-estar

social, ambiental e econômico aos seus cidadãos. Em

anos recentes, o conceito evoluiu para “cidade inteligente e

humana”, que inclui o cidadão como cocriador de soluções

e serviços. A experiência da ENGIE nesta área abrange duas

dezenas de projetos em diversos países. VLT da cidade de Dijon (França)

Estudo de mobilidade urbana 2040

Divulgação ENGIE

Divulgação ENGIE

Page 15: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 15

EMPRESA

Na França, destacam-se o sistema de segurança

pública de Paris; as duas linhas de VLT (Veículo

Leve sobre Trilhos) em Dijon; um bairro ecológico

em Montpellier, e os sistemas de iluminação

pública de Avignon e Lille. No Brasil, um grande

projeto é o centro de operações da Prefeitura

do Rio de Janeiro. Recentemente a ENGIE

ganhou edital para instalar um sistema integrado

de monitoramento de trânsito e de semáforos

inteligentes em Niterói (RJ). Equipados com

câmeras, os semáforos irão se autorregular

conforme o movimento.

“Nas áreas de mobilidade urbana e segurança,

já temos uma empresa do Grupo atuando no

país, a ENGIE Ineo”, diz o diretor comercial

Gabriel Mann, acrescentando que a ideia é

manter esses serviços e incrementar o portfólio:

“Entre as soluções que queremos trazer estão o

VLT e o sistema de compartilhamento de carros

elétricos”. Iluminação pública inteligente é outra

tendência para as cidades brasileiras. A ENGIE

oferece um sistema que regula automaticamente

a luminosidade, conforme o fluxo de pessoas que

transitam nas vias. Essa inovação possibilita uma

economia de 30% a 40% nos custos em relação a

sistemas convencionais.

Nas áreas de mobilidade urbana e segurança, já temos uma empresa do Grupo atuando no país, a ENGIE Ineo

Centro de Controle e Operações do Rio de Janeiro

Sistema de seguranca pública de Paris

Divulgação ENGIE

Divulgação ENGIE

Page 16: Ano 13 - nº 57 - Junho

16 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Jovem estudante Alícia Amâncio, de 19 anos, é ativista e uma das fundadoras da ONG Engajamundo,  que tem o objetivo de engajar a juventude como protagonista nas negociações internacionais sobre o clima

Diretor Administrativo, Júlio Lunardi, abriu o Seminário e chamou a atenção para a importância de ampliar conhecimento sobre a Agenda da ONU

Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia

As mudanças climáticas foram o foco da quinta edição do Seminário

Ética, Sustentabilidade e Energia, realizado nos dias 1º e 2 de junho em

Florianópolis, na sede da ENGIE Tractebel Energia. Com transmissão

por videoconferência ao vivo, o evento teve a participação dos

colaboradores das demais unidades da Companhia. Todos tiveram

a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a Agenda 2030

da ONU (Organização das Nações Unidas), um plano de ação global

composto de 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

“Os ODS só vão surtir efeito quando forem disseminados e contarem

com o engajamento da sociedade civil”, disse o diretor administrativo

da ENGIE Tractebel Energia, Júlio César Lunardi. Em seguida o

presidente da Companhia, Manoel Arlindo Zaroni Torres, fez um

balanço de seus 17 anos no cargo, destacando o plantio de mais

de meio milhão de árvores, a promoção do diálogo com os sindicatos

de trabalhadores e o aumento da participação das mulheres nos

cargos-chave.

 

JOVEnS EnGAJAdOSA palestrante seguinte foi a estudante Alícia Amâncio, ativista de 19 anos

que já participou de duas Conferências do Clima promovidas pela ONU.

Ela é uma das fundadoras da Engajamundo, ONG,  que visa engajar a

juventude como protagonista nas negociações internacionais. “A maioria

das decisões públicas não leva em conta as opiniões dos jovens e gente

Plinio Bordin

Plinio Bordin

Page 17: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 17

EMPRESA

Meteorologista Leandro Puchalski aborda o tema mudanças climáticas e relembra o Furacão Catarina

Mario Benevides, do comitê de sustentabilidade da ENGIE Tractebel Energia, explica ao público os temas a serem tratados durante o dia

Plinio Bordin

Plinio Bordin

quer ser parte da solução”, disse. Alícia lembrou que, enquanto

os negociadores discutem vírgulas nos acordos, existem

pessoas morrendo por causa das mudanças climáticas.

Meteorologia foi o tema da fala de Leandro Puchalski, que

faz a previsão do tempo no grupo de comunicação RBS.

Ele relatou as origens do seu campo de estudo e como

eventos históricos foram influenciados por mudanças no

tempo. Puchalski mencionou o Furacão Catarina, que

em 2004 provocou grandes danos no Estado, como um

evento extremo provocado pelas mudanças climáticas,

que precisam ser melhor compreendidas para que se possa

adotar ações preventivas eficazes.

O vice-presidente de Mercados de Carbono para a América

Latina da ENGIE Brasil, Philipp Hauser, falou sobre as

oportunidades para o Brasil e para a Companhia no contexto

das mudanças globais envolvendo descarbonização,

descentralização e digitalização. “A ENGIE é uma voz forte

no convite à precificação do carbono e quer ser a arquiteta

da transição energética”, disse. As metas da Companhia

incluem aumentar para 25% a geração por fontes

complementares; reduzir em 20%, até 2020, as emissões de

gases de efeito estufa e aumentar as receitas de serviços de

eficiência energética em 40% até 2018. Para isso, a ENGIE

lançou um Green Bond (título “verde”) de 2,5 bilhões de euros.

Mário Benevides, do Comitê de Sustentabilidade da ENGIE

Tractebel Energia, discorreu os projetos em andamento

para geração eólica e solar e as metas da Empresa para a

sustentabilidade em 2016. Outros palestrantes abordaram

ainda temas como ética e transparência, geração distribuída

fotovoltaica e crescimento sustentável com o uso de

soluções eficientes na cadeia de valor.

 

SEMináRiO EnERGiA+LiMPAOutro evento, promovido no dia 1º de junho, em Florianópolis, como apoio da

ENGIE Tractebel Energia, foi o Seminário Energia +Limpa. Mais de 200 estudantes,

pesquisadores e empresários se reuniram na sede do Sistema Fiesc (Federação

das Indústrias de Santa Catarina) para discutir sobre como popularizar o uso da

geração distribuída. A promoção foi do Instituto Ideal e da UFSC (Universidade

Federal de Santa Catarina).

“A expansão do nosso mercado passa pela conquista de maior escala que torne

o cenário mais competitivo”, disse o presidente do Instituto, Mauro Passos. O

secretário executivo da Olade (Organização Latino-Americana de Energia),

Fernando Ferreira, lembrou que há 30 milhões de pessoas sem acesso a energia

na região e que essa é uma oportunidade valiosa para a expansão

das energias alternativas.

Page 18: Ano 13 - nº 57 - Junho

18 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Uma nova empresa de geração de energia solar fotovoltaica foi criada

em abril com participação de 50% da ENGIE Brasil, por meio de sua

subsidiária ENGIE Tractebel Energia, e os outros 50% da GD Brasil

Energia Solar, braço da Araxá Solar. Denominada ENGIE Solar, ela já

surge como uma das líderes nacionais no setor, fortalecida pela parceria

com a Araxá Solar, que desenvolve projetos de geração distribuída desde

2011. De início, o objetivo do empreendimento é consolidar a posição nos

mercados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a Araxá Solar já atua, e

depois expandir para as outras regiões País.

O negócio receberá investimentos de até R$ 24,3 milhões, em

alinhamento com os objetivos estratégicos da ENGIE, que opera

620,8 MW de energia solar em 120 usinas no mundo. “No horizonte

de dez anos, nossa expectativa é que o Brasil tenha um milhão de

telhados solares em residências, indústrias e comércios, algo como

4,5 mil MW”, diz o presidente da nova empresa, Rodolfo Pinto. "Seria

um tanto prematuro estimar o nosso pedaço nesse mercado, mas

desejamos ter uma posição de liderança". Engenheiro civil formado

pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele é entusiasta da

tecnologia, pelo seu potencial revolucionário dos pontos de vista

econômico e ambiental.

“A energia solar é a fonte mais sustentável e talvez a que tem potencial

de utilização mais democrática”, explica Rodolfo Pinto. Ele ressalta

que a filosofia da geração solar distribuída é focar no consumidor final

e que esta será a estratégia da Empresa.

BOA OPçãO dE inVESTiMEnTOO investimento na instalação varia conforme o projeto e as

características da edificação. Em uma residência com quatro pessoas

que consomem R$ 400 mensais de eletricidade, o projeto sai entre R$

20 mil a R$ 25 mil. O prazo de retorno depende do nível de insolação

e do valor da tarifa local de energia. Neste exemplo, o sistema se

paga após seis anos. Como a vida útil do equipamento é de 25 anos,

a energia fica praticamente de graça a partir do sétimo ano – paga-se

apenas a taxa mínima de conexão à rede. Um relógio bidirecional

permite obter créditos com a geração excedente, que é “devolvida”

pela concessionária ao consumidor sempre que necessário.

Divulgação ENGIE

A geração de energia fotovoltaica é uma oportunidade para clientes da ENGIE Solar

Tudo gira, em torno do sol

Page 19: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 19

EMPRESA

Divulgação ENGIE

ENGIE tem experiência em geração fotovoltaica distribuída, que pode ser usada em residências, indústrias e prédios comerciais

Investir na geração solar distribuída é um ótimo negócio, com retorno

muito maior que, por exemplo, a caderneta de poupança. Entretanto,

a popularização da tecnologia ainda esbarra no alto desembolso

inicial. “Uma das nossas prioridades é buscar formas de financiar

o consumidor”, afirma o executivo, que tem percebido interesse de

bancos públicos e privados. “As questões de análise de risco de

crédito são absolutamente endereçáveis do ponto de vista prático”,

diz. Entre as alternativas em estudo estão a criação de contratos de

leasing, a liberação do Fundo de Garantia e a isenção ou redução

do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para quem investir na

energia fotovoltaica.

Atualmente, a ENGIE Solar tem 40 colaboradores em sua sede em

Florianópolis e nos escritórios do Rio de Janeiro, Goiânia e Campinas

(SP). Em quatro anos, a expectativa é chegar a 350 ou 400. Seu

perfil de clientes inclui desde pequenos consumidores residenciais

até escolas, indústrias e comércios de diversos portes. Apesar das

atuais dificuldades econômicas do Brasil, Rodolfo é otimista. “Nas

retomadas de crescimento, o setor de energia é o primeiro que

avança, porque tem projeções de longo prazo e é o único do qual não

se pode abrir mão”, comenta.

CLiEnTES SATiSFEiTOSO médico Daniel Campos Freire, morador de Campos dos

Goytacazes (RJ), apostou na viabilidade da energia limpa ao

projetar sua nova residência e não se arrepende. Em 2015, depois

de pesquisar os portfólios de várias empresas, decidiu contratar a

Araxá Solar, agora ENGIE Solar, e instalou em dezembro um sistema

fotovoltaico com geração média de 1.200 kWh mensais. O projeto foi

dimensionado para uma família de quatro pessoas com um consumo

de R$ 1.300 na conta de energia – a residência tem piscina aquecida,

sauna e ar-condicionado nos cômodos.

“Investi R$ 70 mil e, pelos meus cálculos, o sistema se paga em

quatro anos e meio”, conta. “Depois disso, são mais de 15 anos

de energia praticamente de graça”. Sua única despesa é a tarifa

mensal mínima de R$ 88 pela ligação trifásica para usar a energia da

concessionária à noite. Ele lembra que o rendimento é bem maior que

Page 20: Ano 13 - nº 57 - Junho

20 ENGIE Tractebel Energia

EMPRESA

Posto Golden (SC)

Casa do médico Daniel Freire (RJ)

Colégio Catarinense (SC)

uma aplicação em Fundo de Renda Fixa. Sua única ressalva é

quanto à cobrança de ICMS pelo estado do Rio de Janeiro sobre

a energia excedente. “No momento, busco manter o equilíbrio

e gerar o mesmo que consumo, para não pagar mais caro na

conta”. Freire acompanha os dados pelo relógio bidirecional e

por um aplicativo no celular.

Há dois meses, o microempresário Cláudio Bertoldi, de

Timbó (SC), instalou um sistema fotovoltaico em sua casa,

onde vive com a esposa e os filhos trigêmeos de seis anos de

idade. A decisão foi tomada depois de muita pesquisa. “Ter

independência energética era um sonho antigo e o estímulo que

faltava foi quando minha conta de energia passou dos R$ 500”,

diz. Bertoldi investiu R$ 45 mil e espera recuperar esse valor

em cinco anos. “Coloquei o sistema no seguro da casa, pois se

acontecer uma queda de granizo, posso trocar os painéis”.

O Colégio Catarinense, tradicional instituição jesuíta de

Florianópolis, foi a primeira escola do Estado a gerar energia

solar: desde 2013, mantém em operação um sistema

fotovoltaico com 22 kW de potência e 2.600 kWh de geração

média mensal. O projeto-piloto recebeu investimento de R$

200 mil e tem retorno previsto em 14 anos. “Essa opção auxilia

na compreensão da sustentabilidade e das formas de geração

de energia renovável”, destaca o supervisor do Patrimônio e

membro do Comitê Lixo Zero, José Ilto Bittencourt. “Nossos

alunos ganham ao refletir e comparar dados, quando aprendem

sobre os fenômenos físicos de transformação de energia solar

em energia elétrica”.

Divulgação ENGIE Solar

Divulgação ENGIE Solar

Divulgação ENGIE Solar

Page 21: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 21

EMPRESA

Encontro com investidoresRepresentantes de 21 bancos de investimentos, entre elas JP

Morgan, Santander, Itaú BBA, HSBC, Credit Suisse, Citigroup, BTG

Pactual, Haitong, estiveram presentes na sede da ENGIE Tractebel

Energia, em Florianópolis, no dia 2 de junho para o evento Por

Dentro da Tractebel.

Dois temas foram abordados, sendo um deles “Perspectivas para

o Mercado de Energia Elétrica”, escolhido pelos participantes,

e ministrado pelo engenheiro e gerente de Planejamento e

Regulação da Companhia, Marcos Keller Amboni. O outro assunto,

apresentado pelo presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel

Zaroni Torres, foi uma retrospectiva de sua gestão na Empresa, que

desde 1998 atua no setor elétrico brasileiro.

As perguntas dos participantes giraram, principalmente, em torno

da expectativa de preço e demanda futura por energia, perspectiva

da evolução do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e

possíveis alterações no ambiente regulatório.

Na apresentação de Keller ficou claro que, apesar da crise

econômica ter afetado o crescimento de carga, a hidrologia é o

componente com principal influência no nível de preços de energia

elétrica. Outra constatação feita é a forte volatilidade apresentada

pelo PLD, chegando a ser mais de oito vezes superior ao do Índice

Bovespa (Ibovespa), mais importante indicador do desempenho

médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores

de São Paulo.

inTEGRAçãO - Para o gerente de Relações com Investidores,

Rafael Bósio, o Por Dentro da Tractebel impulsiona a integração da

Companhia com o mercado de capitais. “Isso possibilita que analistas

de investimentos consigam dimensionar de maneira mais correta e

real a Empresa, seus ativos e estratégias”, explica. O encontro, ressalta

Bósio, também aproxima esses profissionais da administração da ENGIE

Tractebel Energia, sejam eles gerentes, diretores e presidente.

Já para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo

Sattamini, que a partir de julho é o novo presidente da Companhia, a

finalidade do evento “é promover a justa precificação das ações da

Companhia, por meio do alinhamento da percepção do mercado com

as estratégias da ENGIE.”

Investidores atentos às apresentações para melhor avaliarem investimentos na Companhia

Keller fala sobre mercado de energia

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Page 22: Ano 13 - nº 57 - Junho

22 ENGIE Tractebel Energia

ENTREVISTA

Manoel Zaroni Torres Liderança e visão estratégica

na PresidênciaFormado pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (MG)

– Unifei – e especialista em Administração Geral pelo Centro

Europeu de Educação Continuada (CEDEP/INSEAD), em

Fonntainebleau, na França, Manoel Arlindo Zaroni Torres está

desde 1973 no setor elétrico. Trabalhou em Furnas por 25 anos,

onde foi de engenheiro recém formado à Superintendente

de Operação.

Em setembro de 1998 aceitou o convite de Mauricio Bähr e Gil

Maranhão para trabalhar na recém criada Tractebel Brasil. Em

outubro já estava desempenhando o papel de diretor de Produção

da Empresa, que tinha acabado de adquirir a Gerasul, num dos

leilões de privatização. Daí para a Presidência da Gerasul foram

oito meses, já que assumiu o cargo em junho de 1999.

A Boas Novas conversou com o presidente, que fez um balanço dos

seus 17 anos como presidente da maior Empresa privada de geração

de energia do Brasil. Foram quatro horas de conversa, muitas vezes

interrompida por telefonemas e entradas de empregados e diretores

na sala. Com voz pausada e baixa, Zaroni relembrou os melhores e

piores momentos, analisou o setor elétrico e deixou sugestões para

Sattamini, que assume a presidência a partir de 1 de julho.

Acompanhe abaixo a entrevista.

Boas novas - O que o senhor considera ser seu diferencial

para ter sido considerado o quarto melhor executivo da

América Latina, o vigésimo nono do mundo e para ter

administrado uma Empresa que cresceu US$ 14 bilhões

na sua gestão, ou seja, em 17 anos?

Manoel Zaroni Torres, presidente da EnGiE Tractebel Energia

- Tenho certeza que o mérito não é só meu, o mérito é de toda a nossa

equipe, que trabalha afinada e é muito colaborativa. Mas posso dizer

que entre os diferenciais estão o conhecimento que tenho nos negócios

de energia, a visão estratégica, a liderança, o trabalho persistente

e focado no resultado e nas pessoas. Além disso, nos meus 43 anos

de trabalho – 25 em Furnas e 18 na Tractebel -  sempre tive muito

cuidado em escolher as pessoas para formar a minha equipe.

 

Bn - Quais as piores situações que o senhor enfrentou

como presidente?

M.Z. - Foram muitas. Logo no início, na virada do Século, por exemplo,

tivemos muitos problemas na Usina Hidrelétrica Itá, como a invasão

da Usina e as negociações; a decisão do septo do túnel para o

fechamento do reservatório; a inauguração; a quebra da turbina da

Unidade C do Complexo Jorge Lacerda em um momento de PLD alto;

o desprendimento da comporta de Salto Osório com o consequente

esvaziamento do reservatório. Outro momento tenso foi com a

inadimplência da CELESC e as relações com o então  governador

do Estado de Santa Catarina, Esperidião Amin. O Acordo Geral do

Setor e a Liquidação do MAE, a implantação da primeira usina a gás

no Mato Grosso do Sul; a decisão de deixar usinas a carvão sem

funcionar; algumas demissões e a primeira apresentação em inglês,

em Bruxelas, foram também momentos tensos. A morte de colegas e

amigos, momentos tristes.

Manoel Zaroni Torres encerra um ciclo de 17 anos como executivo da ENGIE Tractebel Energia, deixando a Presidência em 30 de junho

Plinio Bordin

Page 23: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 23

ENTREVISTA

Sempre pautei minha gestão no equilíbrio, entre criar valor para os acionistas de modo sustentável e também criar valor para os empregados, clientes, parceiros e fornecedores, governos, sindicatos e outros stakeholders - partes interessadas no negócio.

Mas é bom lembrar que, muitas vezes, das

crises é que se criam as oportunidades. No

pré-racionamento, por exemplo, a decisão de

adquirir a participação da OPP/Odebrecht na

Itasa, aumentando o percentual da Tractebel na

Hidrelétrica Itá, no momento de escassez de energia.

Bn - E quais os melhores momentos?

Por quê?

M.Z. - Em 17 anos, são muitos os melhores

momentos. Ser convidado para ser o executivo

da Tractebel, em 1999, foi motivo de grande

alegria; a regulamentação da CDE (Conta

de Desenvolvimento Energético); o primeiro

consumidor livre; o leilão de venda de energia

na Bovespa, em agosto de 2002; a participação

nas discussões do novo modelo regulatório do

setor elétrico com o Ministério de Minas e Energia,

em 2004, que fez com que usinas recentes em

operação pudessem participar de leilões de

energia nova, a conhecida energia botox;

o Parque Ambiental Tractebel.

Como todos sabem gosto muito de festa,

principalmente de dividir momentos de alegria.

Nos eventos da Empresa, sejam externos e

internos, sempre me senti muito feliz. O Gerakids

(encontro anual com as famílias dos empregados),

os encontros com clientes em São Paulo, os

shows, como da Ivete Sangalo e Roberto Carlos,

ou a peça Fantasma da Ópera, todos esses me

deixam muito orgulhosos.

Claro que ter sido escolhido como 4º melhor

executivo da América Latina e 29º do mundo

pela Harvard Business Review também me

enche de orgulho. Sempre é agradável receber

premiações, pois são reconhecimentos, mas

existem outras coisas que me dão prazer,

principalmente às ligadas a ajudar as pessoas,

como uma vez que intercedi no tratamento de

saúde de um filho de um empregado. Ele ficou

curado e eu feliz por tê-lo ajudado e por ver

a felicidade dos pais.

   

Bn - Qual herança/legado que o senhor deixa

para seu sucessor e que lhe dá orgulho?

M.Z. - Uma Empresa com uma estrutura de

eficiência para ser rentável, de modo sustentável,

no longo prazo, e com equipes renovadas e

preparadas, formadas por pessoas íntegras

e comprometidas. Outra ação importante foi

diversificar as fontes de geração, já que na

época em que assumi a presidência eram apenas

hidrelétricas e termelétricas movidas a carvão ou óleo. Hoje temos também usinas a

gás natural, eólicas, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e solar.

Também diversificamos os canais de comercialização de energia, inicialmente

com o desenvolvimento do mercado livre e, posteriormente, no desenvolvimento

do mercado de energia incentivada, posicionando a Empresa como importante player

nestes mercados.

Asseguramos também o crescimento sustentável da Empresa seja vencendo um leilão,

aprovando um projeto destinado ao mercado livre, adquirindo um ativo, concluindo a

Durante a entrevista, Zaroni abordou problemas e soluções da sua gestão

Duda Hamilton

Page 24: Ano 13 - nº 57 - Junho

24 ENGIE Tractebel Energia

ENTREVISTA

implantação de uma usina, como exemplos Itá, Machadinho, Cana

Brava, São Salvador, William Arjona, Lages, Imbitiúva, Trairi, Santa

Mônica, Estreito, Campo Largo, Assu, entre outras.

 

Bn - Qual a marca que o senhor deixa na relação com os

investidores e acionistas?

M.Z. - Sem dúvida, a transparência e o foco nos resultados no curto

e longo prazos.

 

Bn - E o que caracterizou sua relação com os empregados,

com os parceiros e terceirizados?

M.Z. - Desde o início da minha vida profissional eu acreditei que as

pessoas são na cadeia de valores o segmento mais importante para

o sucesso de uma organização, seja uma empresa, uma indústria.

Como líder sempre cuidei bem de todos.

 

Bn - Qual o foco de sua administração: recursos humanos ou

materiais? Por quê?

M.Z.- Sempre pautei minha gestão no equilíbrio, entre criar valor

para os acionistas de modo sustentável e também criar valor para os

empregados, clientes, parceiros e fornecedores, governos, sindicatos

e outros stakeholders - partes interessadas no negócio.

 

Bn - Foi esse foco que levou nesses últimos 17 anos a Tractebel

a obter bons lucros?

M.Z. - O lucro é decorrência dos investimentos corretos e prudentes,

do bom planejamento financeiro, da estratégia comercial e das Usinas

com alta disponibilidade e baixo custo, além, é claro, de uma equipe

afinada e com garra.

  

Bn - A EnGiE Tractebel Energia acaba de ser eleita a Empresa

mais Sustentável de Santa Catarina. O cuidado com o meio

ambiente é uma constante na sua gestão, por quê?

M.Z. - Isso vem de longa data, das aulas de Ciências do Ambiente

ministrada pelo professor engenheiro Fredmark Gonçalves Leão,

no início dos anos 1970, lá na Faculdade de Engenharia de Itajubá

(MG). Essa foi a disciplina precursora de Ecologia e naquela época

o professor já dava as primeiras noções do que é hoje uma questão

básica: a sustentabilidade.

Hoje, na Empresa, a sustentabilidade é um dos valores essenciais e

a filosofia na área ambiental é a melhoria contínua.  Já fizemos muita

coisa e fomos precursores em algumas situações. Temos, desde o

início desse século,  certificações importantes como a ISO 9001, a

ISO 14.000 e OHSAS 18001; o Selo Energia Sustentável do Instituto

Acende Brasil e o Parque Ambiental Tractebel, no Sul de Santa

Catarina, onde antes era o pátio de carvão das Usinas do Complexo

Jorge Lacerda.

Vale lembrar que, desde 2005, nossa Empresa faz parte do ISE (Índice

de Sustentabilidade), que é um indicador composto de ações emitidas

por empresas que apresentam alto grau de comprometimento com

sustentabilidade e responsabilidade social.

Tenho orgulho de dizer que introduzi, com a equipe, uma cultura

de sustentabilidade na Tractebel, baseada no tripé economia,

responsabilidade social e ambiental.

Zaroni junto aos empregados. Para ele, as pessoas são na cadeia de valor o segmento mais importante para o sucesso de uma organização

Plinio Bordin

Page 25: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 25

ENTREVISTA

Com o ex-diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo, vistoriando uma das Pequenas Centrais Hidrelétricas adquiridas em 2009

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

 

Bn - A aposta em energia renovável já é uma realidade no Brasil.

Como o senhor vê o setor nos próximos anos?

M.Z. - Nos próximos 15 anos devemos assistir a uma revolução no

setor elétrico. A descarbonização, a digitalização e a descentralização

serão as palavras que vão nortear o setor. A descentralização, por

exemplo, virá pela microgeração distribuída e possibilitará que painéis

solares, pequenos aerogeradores e caldeiras a gás sejam instalados

em casas, comércios e indústrias, que vão gerar energia para consumo

próprio e entregarão parte dessa energia ao sistema. A energia que hoje

flui num só sentido, da usina para a transmissão, da transmissão para a

distribuição e da distribuidora para o consumidor final, vai fluir nos dois

sentidos com esse consumidor injetando energia na rede.

Para nos antecipar a esse cenário energético, colocamos em

parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e

outras empresas, via Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da

ANEEL, a USCA (Usina Solar Cidade Azul) em funcionamento desde

agosto de 2014 em Tubarão (SC), com três diferentes tecnologias

fotovoltaicas. Simultaneamente aos testes da USCA, estão em

avaliação sete tecnologias de painéis solares em oito regiões do

Brasil. Com a USCA e os módulos estamos avaliando o potencial de

geração solar no País e a sua complementaridade com outras fontes

de energia - hidrelétrica, termelétrica e eólica. Nossa meta com a USCA

e esses módulos é desenvolver conhecimento nacional para aplicá-lo

em projetos futuros, em outras regiões brasileiras.

Bn - Qual a sugestão que o senhor deixa para o substituto?

M.Z. - Sattamini trabalha na equipe desde 2010, como diretor

Financeiro e de Relações com Investidores. Nesses seis anos

apresentamos a Empresa no exterior, em alguns países da Europa e

dos Estados Unidos, e em diferentes ocasiões no Brasil. Sattamini é um

economista e conhece muito bem toda a área financeira da Empresa,

justamente por isso, minha sugestão é que ele concentre esforços nas

áreas de implantação de novos projetos, na comercialização de energia

e, principalmente, no setor de produção, ou seja, no parque gerador da

Companhia. Nesse momento também vai ser importante cuidar bem do

corpo funcional, da governança e do clima da Empresa.

Bn - Quais os seus planos para depois do mês de julho?

M.Z. -  De alguma forma vou ficar ligado à Empresa, seja pela

participação no Conselho de Administração da ENGIE Tractebel

Energia e no Conselho da  ESBR (Energia Sustentável do Brasil). Fiz

alguns cursos no exterior que me prepararam para estar em Conselhos

Administrativos e talvez participe de outros, além dos citados acima.

Quero me dedicar à família, aos amigos que fiz, aos negócios que tenho

na região onde nasci, no Sul de Minas, e os que tenho em sociedade em

São Paulo. Além disso quero cuidar da saúde e viajar.

Nos próximos 15 anos devemos assistir a uma revolução no setor elétrico. A descarbonização, a digitalização e a descentralização serão as palavras que vão nortear o setor.

Page 26: Ano 13 - nº 57 - Junho

26 ENGIE Tractebel Energia

USINA

Obra da

uTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) avança em diferentes frentes de trabalho

Ao completar o primeiro ano da Licença de Instalação (LI), obtida

em junho de 2015 junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Renováveis (Ibama), a obra da UTE Pampa Sul (Miroel

Wolowski) em Candiota, avança em diversas frentes de serviço. Um

importante marco contratual, o término das fundações da caldeira, foi

celebrado com uma visita do governador do Rio Grande do Sul, José

Ivo Sartori, do presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni

Torres, e do presidente da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), José

Laydner, ao canteiro de obras.

O evento, que contou também com a presença de lideranças regionais,

marcou o início de uma nova etapa da construção da Usina, com o

descerramento de uma placa inaugural. O governador do Rio Grande do

Sul destacou a importância da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) para a

geração de oportunidades para todo o Estado.

início de nova etapa de construção da Usina foi celebrada com evento especial

“Um empreendimento grandioso como este, demonstra o potencial

de um Rio Grande do Sul que dá certo. E, quando nos deparamos

com dados que mostram que mais de 80% dos trabalhadores

envolvidos na obra são do Estado, percebemos o potencial da

nossa população, que sabe conquistar novas oportunidades

geradas através do carvão mineral, riqueza natural presente em

abundância na região.”, destacou Sartori, referindo-se ao dado que

aponta que dos 1.060 postos de trabalho diretos gerados na obra da

Usina, 825 são de trabalhadores gaúchos. Desses, 493 trabalhadores,

o que representa 47% do total, são de cidades como Candiota, Bagé,

Hulha Negra e Pinheiro Machado.

Para o presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres,

a obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) é emblemática por

sua complexidade e importância. “Quando iniciamos as primeiras

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (ao centro de camisa xadrez), o presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, e equipe da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), realizaram uma visita ao canteiro de obras

Simôni Costa

Page 27: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 27

USINA

Barragem que abastecerá a UTE Pampa Sul (Miroel Wolowki) deverá estar apta a operar em 2017

movimentações para construir essa Usina, o carvão mineral não fazia

parte do planejamento energético do país. Foi preciso muita luta para

desenvolver este projeto e, hoje, tê-lo em andamento, é a realização de

um sonho”, lembrou Zaroni.

Quando iniciamos as primeiras movimentações para construir essa Usina, o carvão mineral não fazia parte do planejamento energético do país. Foi preciso muita luta para desenvolver este projeto e, hoje, tê-lo em andamento, é a realização de um sonho

Atualmente, conforme conta o gerente geral da obra da UTE Pampa

Sul (Miroel Wolowski), Marcos Figueira da Silva, 85% do trabalho

de terraplenagem e nivelamento do local onde a Usina está sendo

construída já foi finalizado. Além disso, estão sendo abertas novas

frentes de serviço como, por exemplo, o arruamento interno do

canteiro de obras, estabilização de taludes e instalação de dispositivos

de drenagem. As obras civis na área de tratamento de efluentes

também foram iniciadas e os trabalhos na caldeira, nas fundações

dos ventiladores e sopradores, chaminé e torre de resfriamento,

continuam em andamento. Recentemente, foi finalizado o trabalho de

concretagem do pedestal do turbo gerador, que utilizou 1.480m³ de

concreto estrutural.

“Foram necessárias 42 horas de trabalho ininterrupto e a mobilização

de diversas equipes de colaboradores, empresas e equipamentos.

Foi uma grande operação e, por isso, todo o trabalho passou por um

planejamento complexo, sendo executado conforme previsto e com

sucesso graças ao comprometimento de todos”, destaca Figueira.

As obras da barragem que abastecerá a UTE Pampa Sul (Miroel

Wolowski) também continuam em andamento com a realização do

tratamento das fundações do vertedouro, trabalhos de injeção de

concreto para finalização do cut-off em ambas as margens (direita e

esquerda) e o reaterro das áreas.

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Page 28: Ano 13 - nº 57 - Junho

28 ENGIE Tractebel Energia

USINA

OPORTUnidAdES dE CAPACiTAçãOA celebração de formatura da turma do curso Básico Instalador

Hidráulico em Pinheiro Machado, na noite de 11 de maio, marcou

também a conclusão das 29 turmas em 16 diferentes cursos

ligados à construção civil, oferecidos por meio do convênio entre

ENGIE Tractebel Energia, SENAI/RS, FGTAS/SINE e prefeituras

da região. Foram 564 matrículas efetuadas, contemplando todas

as cidades das Áreas de Influência Direta e Indireta da implantação

da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski).

A iniciativa de oferecer cursos de capacitação/qualificação foi um

dos compromissos firmados pela ENGIE Tractebel Energia com a

comunidade regional e que também reforça o compromisso social

da Empresa ao se inserir em uma nova região. Somente nesta etapa

do convênio, o investimento realizado pela Companhia foi de mais

de R$ 500 mil.

“Realizamos um conjunto de esforços para chegar à celebração

deste convênio e, agora, estamos pensando e trabalhando para

o desenvolvimento de novas iniciativas, com a possibilidade de

realização de novos cursos. Plantamos uma semente na região e

esperamos que gere novos frutos, possibilitando que as pessoas

continuem estudando, se qualificando e, assim, conquistem novas

oportunidades de trabalho e melhores condições de vida”, destacou

o gerente socioambiental da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), Hugo

Roger Stamm.

Formaturas foram marcadas pela emoção e alegria dos envolvidos em concluir mais uma importante etapa de formação/capacitação profissional

Plantamos uma semente na região e esperamos que gere novos frutos, possibilitando que as pessoas continuem estudando, se qualificando e, assim, conquistem novas oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.

Simôni Costa

Page 29: Ano 13 - nº 57 - Junho

BoasNovas 29

USINA

AçõES SOCiOAMBiEnTAiS Cuidados com a preservação e recuperação do meio ambiente são

constantes e norteadores do trabalho que vem sendo realizado pela

ENGIE Tractebel Energia para a implantação da UTE Pampa Sul (Miroel

Wolowski). Assim, ainda na fase de viabilização do empreendimento,

com a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo

Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), os meios socioeconômico e

ambiental da região de inserção do empreendimento foram estudados

e detalhados e ações de preservação, mitigação e/ou compensação

dos impactos decorrentes da construção do empreendimento

foram propostas, resultando no Projeto Básico Ambiental (PBA),

que compreende 19 programas socioambientais que estão sendo

implantados, seguindo os cronogramas previstos. Em junho, por

exemplo, por ocasião da Semana do Meio Ambiente, uma série de

atividades, palestras e oficinas foram realizadas com as comunidades

da AID do empreendimento, visando sensibilizar os participantes para

questões ambientais e promovendo práticas sociais mais sustentáveis

e harmônicas, conforme previsto no Programa de Educação Ambiental.

“Precisamos pensar sempre na manutenção de cuidados com o meio

ambiente. Esta é uma questão de responsabilidade de todos e que

passa diretamente pela conscientização das comunidades. Além disso,

a realização do Programa de Educação Ambiental (PEA) que abrange

as atividades que foram realizadas nesta semana, é uma medida de

mitigação e compensação exigida pelo licenciamento ambiental federal

da Usina, conduzido pelo Ibama”, destaca Stamm.

Peças teatrais foram apresentadas em Candiota e Hulha Negra, reunindo os alunos da rede municipal de ensino durante a Semana do Meio Ambiente

Precisamos pensar sempre na manutenção de cuidados com o meio ambiente. Esta é uma questão de responsabilidade de todos e que passa diretamente pela conscientização das comunidades.

Simôni Costa

Page 30: Ano 13 - nº 57 - Junho

30 ENGIE Tractebel Energia

USINA

Reflorestamento e melhorias em Salto Osório

Uma área de 2,27 hectares do antigo canteiro de obras da Usina

Hidrelétrica Salto Osório, no rio Iguaçu (PR), está sendo reflorestada

com espécies nativas. Iniciado em março de 2015, o trabalho da

ENGIE Tractebel Energia, em parceria com a Prefeitura de São

Jorge do Oeste, deve prosseguir até o final de 2018. Os sedimentos

rochosos retirados do local são utilizados para recuperar estradas

rurais e, em contrapartida, a Prefeitura cede terra que servirá de base

para a fixação das plantas.

“Nosso objetivo é que a área se torne o mais próximo possível da sua

configuração original, por meio de parcerias sustentáveis”, informa

o coordenador de Processos de Meio Ambiente das Usinas Salto

Santiago e Salto Osório, Clóvis Tosin da Silva. "O projeto traz ganhos

ambiental de recuperação da área degradada

e socioeconômico com pavimentação de estradas rurais

beneficiando a comunidade do município de São Jorge d´Oeste",

destaca o gerente da Regional Rio Iguaçu, Leocir Marcos Scopel.

Até agora foram plantadas mais de 1,6 mil mudas de espécies nativas

no antigo canteiro, que tem tamanho aproximado de quatro campos

de futebol. As espécies reintroduzidas são aroeira-vermelha, angico

gurucaia, bracatinga, caraguatá, cerejeira-do-mato, feijão-guandu,

jabuticabeira, jurubeba, paineira, rabo-de-bugio e vacum - todas

produzidas no horto florestal da Usina. A empresa Verdes Lagos,

prestadora dos serviços de reflorestamento, colabora com o plantio,

acompanhamento técnico e vigilância ambiental.

A Usina Salto Osório, finalizada em meados da década de 1970,

pertencia à estatal Eletrosul até 1998, quando foi privatizada. Durante

a construção, o canteiro de obras passou por terraplanagens,

aterros e escavações para instalação de centrais de britagem e

concreto. A compactação do solo alterou o ecossistema local. Com

o reflorestamento, a comunidade está recuperando uma área verde

e ganhando estradas melhores. Já foram realizadas melhorias em 15

km de vias de cinco distritos no município.

Mais de 1,6 mil mudas de espécies nativas foram plantadas no antigo canteiro de obras da UHSO

ENGIE Tractebel Energia troca rochas por terra e a prefeitura usa as pedras para pavimentar estradas

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Divulgação ENGIE Tractebel Energia

Page 31: Ano 13 - nº 57 - Junho

Informativo da ENGIE Tractebel Energia, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa

RÉFÉRENCES COULEUR

24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com

ENGIE_tractebel_energiagradient_BLUE_CMYK22/10/2015

C100%

Coordenação e ediçãoLeandro Provedel Kunzler

Reportagem e textosDfato Comunicaçã[email protected] Colaboração de Simôni Costa e Karina Howlett

Jornalista responsávelDuda Hamilton

Concepção gráfica e editoraçãoDzigual Golinelli

Foto da capa Edu Lyra

Tiragem 2.750 exemplares

ALTA VOLTAGEM

ENGIE Tractebel Energia tem lucro líquido no 1TRI2016 de R$ 347,1 milhõesA ENGIE Tractebel Energia apresentou lucro líquido nos primeiros três

meses de 2016 de R$ 347,1 milhões, valor 0,7% acima do alcançado

no mesmo período do ano passado. O EBITDA foi de R$ 792,7 milhões

no período, aumento de 0,4% em comparação com o 1TRI2015. Já a

margem EBITDA foi de 49,5% no 1TRI2016, aumento de 0,7 pontos

percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Por

sua vez, a receita líquida de vendas no período analisado totalizou R$

1.602,7 milhões, representando redução de 0,9% em comparação

com o 1TRI2015.

O diretor-presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres, ressalta que

esses números refletem a melhoria nas condições de operação do setor

elétrico. Com a queda na demanda, resultado da crise econômica, e

volta das chuvas, com a consequente recuperação dos reservatórios,

o preço da energia spot baixou e neutralizou o impacto do GSF - déficit

de geração das hidrelétricas observado no 1TRI2016. “Isso fez com

que o GSF afetasse pouco o resultado desses três primeiros meses,

mas é bom lembrar que o escalonamento de preço pela inflação

também favoreceu o resultado desse trimestre, por isso os números

estão bastante em linha com o mesmo resultado do primeiro trimestre

de 2015, quando a companhia havia alocado uma boa quantidade de

energia”, explica Zaroni.

Neste primeiro trimestre, a quantidade de energia vendida foi de 4.060

MW médios, volume 4,4% menor do que o comercializado no mesmo

período do ano passado. “Essa queda tem relação com o fim de

contratos bilaterais, cujas quantidades foram liquidadas no mercado

de curto prazo", comenta o diretor-presidente. 

A queda na dívida da Companhia de quase 50%, se comparada

com o 1TRI2015 foi um dos destaques do trimestre. “O que explica

esta redução é que a Empresa vem de um processo prudente de

preservação de caixa, já que o mercado estava com taxas muito altas,

por causa da situação econômica do País”, afirma o diretor Financeiro

e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini. Ao mesmo

tempo, revela Sattamini, a ENGIE Tractebel Energia se preparou para

executar seu plano de crescimento, que inclui, além da construção dos

complexos eólicos de Campo Largo e Santa Mônica e da UTE Pampa

Plínio Bordin

A recuperação dos reservatórios provocou a queda no preço da energia spot

Sul (Miroel Wolowski), a potencial aquisição da participação da ENGIE

na UHE Jirau no futuro próximo.

“Nossa ideia foi preservar o caixa devido à incerteza do mercado de

nos conceder recursos de longo prazo com taxas razoáveis”, observa

o diretor, acrescentando que em 2015 a Companhia fez retenção

de dividendos. Como, aparentemente, o mercado está voltando à

normalidade, existe um indicativo, de acordo com Sattamini, de que

será possível obter taxas mais competitivas já em 2016.

dESTAQUE dO TRiMESTRE – Um dos destaques do 1TRI2016

foi o ingresso da ENGIE Tractebel Energia no segmento de geração

fotovoltaica distribuída por meio da ENGIE Solar, uma parceria com os

sócios da Araxá Energia Solar, uma das líderes no mercado brasileiro

de geração solar distribuída, que consiste em geração solar de forma

descentralizada, em residências e edifícios. A ENGIE detém agora 50%

da GD Brasil Energia Solar, que passou a se chamar ENGIE Solar. A

ambição da ENGIE Solar é consolidar-se como líder nos mercados B2B

e residencial de energia fotovoltaica.

Page 32: Ano 13 - nº 57 - Junho

Prêmio Brasil Ambiental – AmCham RioO projeto de Educação Ambiental desenvolvido no Complexo

Termelétrico Jorge Lacerda foi o vencedor, na categoria Responsabilidade

Socioambiental, do Prêmio Brasil Ambiental da AmCham Rio. A cerimônia de

premiação reuniu mais de 200 pessoas, entre empresários e autoridades, no

dia 6 de outubro, no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.

“Nossa ideia é conscientizar as comunidades dos 17 municípios do Sul de

Santa Catarina, na região Carbonífera e de Laguna, sobre a importância

da preservação e da recuperação do meio ambiente”, afirma o diretor de

Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo.

Desde a implantação do projeto, em 2002, já foram atendidas cerca de 100 mil

pessoas e transformou-se em referência para as regiões de Santa Catarina,

podendo ser usado como modelo para implantação em outras localidades.

Outubro rosaComposto por 20 empregados, ex-empregados e

dependentes, o Coral Geravida Encanto Tractebel Energia

participou mais uma vez do Outubro Rosa, realizando seis

apresentações, além da participação na gravação do CD

Grande Coro Outubro Rosa, com venda revertida para a

causa da luta contra o câncer de mama.

Com 13 anos de afinação e alegria, o Coral participa desde

2011 do Outubro Rosa, que reúne mais seis corais. “A gente

só percebe o bem que está fazendo estando lá e vendo a

energia das pessoas que já passaram pelo câncer ou que

ainda estão lutando contra ele. É uma energia contagiante

entre as pessoas, é uma grande troca”, diz Ivani Teloeken

Angeli, analista de Relações com Investidores.

Neste ano, a Tractebel patrocinou o Projeto para Iluminação

do evento com corais no Largo da Catedral e gravou, no

seu auditório durante uma semana, o álbum dos corais,

com músicas escolhidas pelo maestro Robson Medeiros

Vicente. Entre as canções que estão no álbum e foram

entoadas na Catedral, no TAC (Teatro Álvaro de Carvalho)

e nos shoppings de Florianópolis, por quase 300 vozes,

estão Nos bailes da vida, Chuva de Prata, Guantanamera,

Disparada e Tocando em frente.

MOViMEnTO MUndiALO Outubro Rosa é um movimento mundial criado nos Estados Unidos em 1997,

com o objetivo de dar visibilidade à luta contra o câncer de mama. Em Florianópolis,

o evento é realizado pela Associação Brasileira de Portadores de Câncer, criada

em 2000. Ao iluminar prédios e monumentos o movimento chama a atenção e

conscientiza as mulheres para que elas façam a mamografia. A missão desse

projeto é contribuir com o controle do câncer, reduzindo o impacto da doença,

além de empoderar o portador de câncer como indivíduo e ativista de causa.

Divulgação AmCham

Projeto do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda foi o vencedor do Prêmio da AmCham na Categoria Responsabilidade Socioambiental

Martinho Ghizo

Coral de empregados da Tractebel participou da programação do Outubro Rosa em Florianópolis

O nosso trabalho é muito mais do que gerar energia. Nosso compromisso é fazer isso de maneira sustentável, respeitando a natureza, as comunidades onde atuamos e as futuras

gerações. E isso só é possível porque, além de utilizar fontes limpas e renováveis em mais de 80% do que produzimos, estamos sempre investindo em projetos que promovem

a melhoria social, ambiental e econômica. Tudo porque acreditamos que a importância de uma empresa é maior quando todos ganham com ela.

Quando uma empresa pensa nos

próximos vinte anos, é planejamento.

Quando pensa nos próximos duzentos,é sustentabilidade.