ano 13 - nº 57 - junho
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INFORMATIVO DA ENGIE TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 57 . juNhO DE 2016
ENGIE tem nova estrutura no Brasil
Investimento em geração fotovoltaica distribuída
Governador do RS visita UTE Pampa Sul
Novo Presidente
Mudanças em duas diretorias da companhia
2 ENGIE Tractebel Energia
SUMÁRIO
31 ALTA VOLTAGEM
31. ENGIE Tractebel Energia tem lucro líquido no 1TRI2016 de R$ 347,1 milhões
03 MEnSAGEM dO PRESidEnTE
03. Missão cumprida
04 360º
04. Usina Cogeração Lages
04. RH premiado pelo VAGAS
05. Parque Teixeira Soares
05. Workshop Cheias e Secas do Rio Uruguai
22 EnTREViSTA
22. Manoel Zaroni Torres liderança e visão estratégica na presidência
26 USinA
26. Obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) Avança em diferentes frentes de trabalho
30. Reflorestamento e melhorias em Salto Osório
06
18
10
06 EMPRESA
06. Sai o engenheiro Zaroni, entra o economista Sattamini
08. Laydner e Labanca assumem novas diretorias
10. ENGIE se reestrutura e Brasil ganha ainda mais importância dentro do Grupo
12. Dia da Inovação viabiliza sonhos
14. Construindo as Cidades do Amanhã
16. Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia
18. Tudo gira em torno do sol
21. Encontro com investidores
BoasNovas 3
MensageM do Presidente
Missão cumprida
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
Depois de 17 anos na Presidência da ENGIE Tractebel
Energia, chegou o momento de deixar essa posição
e passar o bastão para a pessoa que vai liderar a
Companhia neste contexto de transição do setor
elétrico. Foram três anos preparando esse momento,
tempo em que também pude me preparar para
assumir novos desafios.
Em quase 18 anos de ENGIE Tractebel Energia,
dos quais 17 como CEO, colecionei conquistas
importantes que elevaram a Empresa ao que ela é
hoje: a maior geradora privada de energia elétrica
do País e a empresa mais valiosa do setor na Bolsa
de Valores de São Paulo. Mais que dobramos
nossa capacidade instalada, ingressamos no ISE,
certificamos nosso parque gerador nas normas ISO
9001 e 14001 e OHSAS 18001, construímos o Parque
Ambiental Tractebel onde antes era um depósito de
carvão, diversificamos nossa matriz introduzindo
as fontes eólica, biomassa e solar, e fizemos outras
tantas coisas que trouxeram resultado e garantiram
a sustentabilidade da Empresa.
Mas, o que me orgulha mais é, ao longo desses
17 anos, ter feito amigos na Companhia. É ter
transformado a então Gerasul (braço da Eletrosul
privatizado em 1998), com sua trajetória, pessoas
e história no que hoje é a nossa Empresa. Me orgulho
de ver o desenvolvimento que as pessoas que
trabalham conosco atingiram, de ver a qualidade
de seu trabalho, o compromisso com o resultado e
a excelência, o respeito ao meio ambiente, o nosso
espírito de equipe e a ética com que nos relacionamos
dentro e fora da Companhia.
Sem dúvida, passamos por momentos difíceis e
desafiadores e, é claro, por momentos de muita alegria
e satisfação. Conto mais sobre eles na entrevista que
concedi para essa edição da Boas Novas. Ao passar
por cada uma dessas situações, fomos ganhando
força, experiência e nos transformando na Empresa
resiliente que somos.
Contudo, o futuro bate as nossas portas. E quem vai
liderar a ENGIE Tractebel Energia daqui para a frente
é o Eduardo Sattamini. Desde 2010, ele integra a
nossa Diretoria e conhece bem como funciona a
Empresa. Caberá a ele ser o timoneiro da Companhia
neste novo estágio do setor elétrico no Brasil,
com uma matriz ainda mais renovável, com soluções para clientes de todos os
portes e com a entrada forte em serviços. Ao Sattamini desejo muito sucesso e
e felicidades e externo minha certeza na sua plena condição de levar a ENGIE
Tractebel Energia adiante.
Por fim, manifesto minha gratidão pelo Conselho de Administração da ENGIE
Tractebel Energia, do qual continuarei membro, e meu especial agradecimento
ao Maurício Bähr, que sempre foi um grande parceiro em nosso Controlador para
sonhar os mesmos sonhos que sonhamos.
Muito obrigado a todos vocês e vamos em frente!
Edu Lyra
4 ENGIE Tractebel Energia
360o
O site vagas.com.br reconheceu a
ENGIE Tractebel Energia como uma
das 10 empresas melhor avaliadas em
2015 na qualidade de relacionamento
(employer branding) . A pesquisa
foi realizada com os candidatos
que participaram dos processos
de recrutamento e seleção da
Companhia durante o ano passado.
AMCHAM/SP
Rh premiado pelo VAGAS
A ENGIE Tractebel Energia ficou entre as dez empresas mais bem avaliadas no quesito qualidade de relacionamento
usina Cogeração Lages
Desde 2004, a ENGIE Tractebel Energia, por meio da UCLA (Usina
Cogeração Lages), gera Créditos de Carbono (RCEs), num total de
2, 5 milhões. Desse total, já foram comercializados com diferentes
organizações entre elas estão 105 mil RCEs doadas para emissões da
Copa do Mundo de 2014; 5 mil também doadas para compensação
das emissões da Conferência Rio+20. Outras 35.881 RCEs foram
entregues compulsoriamente no momento das emissões a um fundo
para atenuação dos efeitos climáticos gerido pela ONU e 289.865
RCEs continuam em estoque disponíveis para comercialização ou
compensação de emissões. A Empresa ainda terá, adicionalmente,
mais 720.270 RCEs para venda após a conclusão da verificação
dos créditos gerados no período entre 1 de janeiro de 2013 a 31 de
outubro de 2014.
A atividade da Usina, explica o gerente Mario Wilson Cusatis, contribui
na mitigação das emissões de gases de efeito estufa de duas formas:
gerando energia elétrica ao utilizar como combustível renovável
resíduo de madeira; e também reduzindo a geração de metano por
meio do consumo dos resíduos de madeira, que antes da Usina, eram
depositados em pilhas, causando a emissão de metano.
O gerente de Meio Ambiente da ENGIE Tractebel Energia, José Lourival
Magri, acrescenta ainda que “esse projeto é um marco, pois transforma
um resíduo em combustível e agrega valor à região”. Durante todos
esses anos, revela Magri, o projeto só utilizou resíduos de florestas
plantadas, em nenhum momento foram utilizados qualquer quantidade
de biomassa de floresta nativa, mesmo sendo resíduo.
Vale ressaltar que o Banco Mundial, por intermédio do Prototype
Carbon Fund, foi um dos fomentadores desse projeto e o primeiro a
comprar créditos de carbono gerados.Usina Cogeração Lages permite compensar as emissões de carbono de grandes eventos realizados no Brasil
Divulgação VAGAS
Plínio Bordin
BoasNovas 5
360o
Parque Teixeira SoaresEm 10 meses de existência, o Parque Natural Municipal Mata do
Rio Uruguai Teixeira Soares, localizado em Marcelino Ramos (RS),
recebeu 6 mil visitantes, confirmando a previsão dos administradores.
Construído como medida compensatória para implantação da Usina
Hidrelétrica Itá, o Parque possui uma área total de 423 hectares de
Floresta Estacional Decidual. Oferece aos visitantes e às comunidades
do entorno um local de proteção da natureza, pesquisa científica,
educação ambiental e turismo ecológico.
Criado pelo Consórcio Itá e Tractebel Energia, seu principal objetivo
é de ser um diferencial para a região. “Queremos contribuir com
entidades de pesquisa e também para aumentar o potencial turístico
da região”, diz Reginaldo de Oliveira, gerente do Consórcio Itá.
O Conselho Consultivo do Parque, formado por membros do poder
público, universidades, entidades do municípios e empresas se reuniu
no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, para apresentarem os
novos membros da equipe. Celebraram o final do dia, plantando uma
árvore na entrada da Unidade de Conservação.
Workshop Cheias e Secas do Rio uruguaiA ENGIE Tractebel Energia e a Foz do Chapecó Energia
proporcionaram no dia 9 de Junho, em Itá, o Workshop Cheias
e Secas do Rio Uruguai – O papel das usinas hidrelétricas e da Defesa
Civil. Cerca de 100 pessoas participaram do evento, que teve como
propósito repassar informações às entidades e municípios que são
diretamente afetados em casos extremos, como cheias e secas.
Palestras da ENGIE Tractebel Energia e Foz do Chapecó Energia,
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, Defesas Civis de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul, além de Cases de Porto Mauá e
Itapiranga foram apresentados aos participantes, a fim de demonstrar
o funcionamento e o papel de cada um dos envolvidos no processo.
Conforme Arthur Frota Ellwanger, Gerente do Departamento de
Geração Hidráulica da ENGIE Tractebel Energia, o evento buscou
demonstrar que os empreendimentos estão à disposição dos
municípios e da Defesa Civil para que os mesmos desenvolvam
trabalhos de prevenção. “Nós possuímos informações a respeito
dos reservatórios e do comportamento do rio Uruguai, os quais
podem contribuir para que a Defesa Civil e os municípios prepararem
um plano de ação para momentos de crise, como enchentes”,
explicou Ellwanger.O Workshop contou com a presença das Defesas Civis de SC e do RS
Belvedere GTC
Educação ambiental e turismo ecológico são dois dos pilares do Parque
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
6 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
O clima era de cordialidade e sorrisos no 14º andar do prédio da
ENGIE Brasil, na Avenida Almirante Barroso, no Rio de Janeiro.
Na tarde quente de 31 de maio, depois da reunião de uma hora
do Conselho Administrativo da Empresa e de quase três anos
dedicados a encontrar o executivo certo, o economista Eduardo
Sattamini foi eleito, por unanimidade, presidente da ENGIE
Tractebel Energia. A partir de julho ele assume a posição do
engenheiro Manoel Zaroni Torres, há 17 anos no cargo e 18 na
Empresa. (Leia entrevista com Zaroni a partir da página 22)
Logo depois, Maurício Bähr, presidente da ENGIE Brasil,
Sattamini e Zaroni anunciaram, via videoconferência, aos mais
de mil empregados da Empresa o nome do novo presidente,
que já é bem conhecido na casa. Desde 2010 ele ocupa o cargo
de diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Na outra
ponta, em Florianópolis, os empregados davam as boas-vindas
ao economista.
Edu Lyra
Transição é resultado de um planejamento de três anos
No Rio, o trio concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico sobre
o passado e o futuro da Companhia. Zaroni agradeceu o apoio do
Conselho de Administração aos seus 17 anos na Presidência, a
parceria dos diretores e o trabalho e dedicação de toda a equipe, que
construiu, ao seu lado, a Empresa líder do setor elétrico privado do
Brasil. Já Sattamini se disse preparado e motivado para liderar a ENGIE
Tractebel Energia na nova fase da Companhia, que inicia em julho.
Para Maurício Bähr, CEO da ENGIE no Brasil e presidente do Conselho
de Administração da ENGIE Tractebel Energia, Zaroni representou,
nesses últimos anos, uma forte contribuição à Companhia e
também para o setor elétrico. “Antigo conhecido, Sattamini reúne
competência e motivação necessárias para continuar liderando a
Companhia nesta trajetória de sucesso, além de prepará-la para
os desafios e oportunidades que a descentralização da geração, a
descarbonização da matriz energética e a digitalização trarão ao setor
elétrico”, afirmou o presidente da ENGIE Brasil.
Sai o engenheiro Zaroni, Entra o economista Sattamini
BoasNovas 7
EMPRESA
Plinio Bordin
Diretoria da Tractebel Energia no ano de 2010 que tinha Zaroni como Presidente, Sattamini como Diretor Financeiro e Laydner como Diretor de Comercialização
diVERSiFiCAR FOnTES - Bähr reiterou a decisão em
diversificar fontes renováveis no País, além de investir na geração
distribuída, negócio da ENGIE em diferentes países. Outro assunto
que ganha atenção no Grupo é a passagem dos 40% da Usina
Hidrelétrica Jirau da ENGIE para a ENGIE Tractebel Energia. Até o final
do ano, segundo os executivos, terá início o processo de transferência
da hidrelétrica, que vai injetar 1,5 mil MW no parque gerador da
Companhia, que representa 40% da ENGIE no Consórcio da Energia
Sustentável do Brasil. Atualmente, o parque gerador da ENGIE
Tractebel Energia é de 7.044 MW próprios, com previsão de expansão
para 7.838 MW a partir de projetos em construção.
Para Sattamini, o desafio nesse momento é a queda da demanda da
energia provocada pela crise econômica no País. “O que assistimos a
um excesso de oferta”, alerta o executivo. Por outro lado, ele já garantiu
com o Grupo um investimento para os próximos três anos no valor de
R$ 6 bilhões para construção de novas usinas. A certeza é a de que,
depois que o Brasil se transformou em Unidade de Negócios do Grupo,
os desafios e oportunidades de crescimento são uma realidade.
QUEM é EdUARdO AnTOniO GORi SATTAMiniEconomista nascido em Vitória, Espírito Santo, em 08 de fevereiro
de 1965, e formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do
Rio de Janeiro, em 1985, Eduardo Antonio Gori Sattamini passou
pelos setores naval e de bancos antes de chegar ao Grupo ENGIE,
em 2000. Possui mestrado em Administração de Empresas com
especialização em Finanças, obteve o Grau de Mestre em Gestão
(Master in Management) pela University of London, com o curso
Sloan Fellowship Master Programme da London Business School.
Sattamini atuou como diretor Financeiro da Energia Sustentável
do Brasil S.A., diretor Superintendente da Metalnave S.A. e diretor
Financeiro das Indústrias Verolme-Ishibras S.A. Atualmente, é
membro do Comitê de Gás da ABIDB.
Casado pela segunda vez, com três filhos, Sattamini assumiu
como diretor Financeiro e de Relações com Investidores da
então Tractebel Energia, em maio de 2010. Já recebeu por
diversas vezes o prêmio de Melhor Executivo da área Financeira
pela revista Institutional Investor.
8 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Desde maio, a ENGIE Tractebel Energia apresenta nova estrutura
em sua Diretoria, com a aposentadoria do engenheiro José Carlos
Cauduro Minuzzo, que desde 1999 ocupava a diretoria de Produção
da Companhia. As Unidades Organizacionais da antiga Diretoria de
Produção, juntamente com as áreas responsáveis por atividades de
implantação da antiga Diretoria de Desenvolvimento e Implantação de
Laydner e Labanca assumem novas diretorias
Projetos formam agora a Diretoria de Geração, cujo titular é José Laydner.
Por sua vez, a Unidade Organizacional Desenvolvimento de Negócios
ficou vinculada à Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, tendo
como diretor Gustavo Labanca, que anteriormente era o responsável
pela área na ENGIE Brasil.
Acompanhe a seguir a entrevista com os dois novos diretores:
O engenheiro mecânico José Luiz Jansson Laydner trabalha na companhia
desde março de 1984, quando ainda era Eletrosul. Em agosto do mesmo
ano, trocou o Rio Grande do Sul por Santa Catarina, onde desempenhou
várias funções. Pouco antes da privatização, em 1998, começou a trabalhar
na operação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda A, uma das integrantes do
Complexo. De lá pra cá foi gerente da Usina Termelétrica William Arjona; gerente
do DGT (Departamento de Geração Térmica); diretor de Comercialização e
Negócios, que logo se transformou em diretoria de Comercialização de Energia;
e diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos.
Boas novas – Qual foi seu melhor momento profissional?
José Luiz Jansson Laydner – Gostei muito das diversas atividades que
desempenhei e dos lugares por onde passei e tenho muito orgulho de tudo
o que fiz. Mas por filosofia de vida, o melhor momento é o atual.
Bn - Quais os desafios que você deve enfrentar nesse novo cargo?
JLJL - Continuo com o desafio de implantar as novas Usinas da ENGIE Tractebel
Energia, como Santa Mônica, Pampa Sul (Miroel Wolowski), Campo Largo I e
Assú. Além disso, passo a ser o responsável pelo parque gerador existente com
a responsabilidade de manter o excelente desempenho operacional que o mesmo
apresenta atualmente. Nesse sentido, além de manter a excelência nas atividades
de operação e manutenção, já estamos investindo em modernização destes
ativos e buscando aprovação para alguns novos investimentos. Por outro lado,
o fechamento da Usina de Charqueadas, recentemente aprovado no Conselho
de Administração, é um desafio imediato que me é colocado.
Bn - Quais as primeiras medidas que deves tomar?
JLJL - A tendência imediata é de continuidade. Desta forma, não existe
nenhuma medida ou mudança de impacto. Temos equipes qualificadas e
gerentes experientes e capacitados, responsáveis pela continuidade das
atividades de implantação das novas Usinas e de produção de energia no
parque gerador existente. Estou me atualizando das principais atividades em
andamento relativas à produção de energia e acertando
a forma com que vou trabalhar com a nova equipe. Por
outro lado, entendo que devemos estudar algumas ações
de melhorias pontuais e adaptação ao contexto futuro de
transição energética. Entre essas ações estão o melhor
aproveitamento das sinergias existentes entre as atividades
de implantação e produção; ampliar as competências
técnicas de operação e manutenção para as tecnologias de
geração eólica e solar fotovoltaica, que se mostram como
o principal driver de crescimento, no curto e médio prazos.
No âmbito da gestão do parque gerador existente, temos
que, cada vez mais, alinhar as atividades de Operação &
Manutenção com os reflexos comerciais e financeiros.
Plinio Bordin
BoasNovas 9
EMPRESA
Formado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Gama
Filho, Gustavo Henrique Labanca Novo tem pós-graduação em
Avaliação de Empresas e Projetos pela Fundação Getúlio Vargas/
RJ; MBA Executivo no COPPEAD (UFRJ) e MBA em Engenharia
Nuclear na COPPE (UFRJ)/ABDAN/ABDIB. No Grupo desde
sua privatização em 1998, Labanca já foi gerente de projetos
e desenvolvimento de negócios (1998-2000) e, entre 2000 e
2010 foi analista financeiro, gerente de finanças sênior e AIFA
(Acquisitions, Investment & Financial Advisory). De 2010 até 2015
foi VP de Desenvolvimento de Negócios e, atualmente, além da
nova Diretoria, exerce o cargo de membro titular do Conselho
Deliberativo da Previg - entidade de previdência privada instituída
pela ENGIE Tractebe Energia; é membro suplente do Conselho de
Administração da Energia Sustentável do Brasil S.A; e membro
titular do Conselho de Administração da Usina Termelétrica
Pampa Sul (Miroel Wolowski).
Boas novas - Qual o momento que consideras mais
especial na tua vida profissional? Por quê?
Gustavo Henrique Labanca - Vários momentos foram
marcantes, mas três considero muito importantes para a
minha carreira e para as atividades do Grupo no Brasil. O
primeiro foi em 2001, com a vitória no leilão da Usina Hidrelétrica
São Salvador (241 MW) na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Foi uma competição muito acirrada, com lances ao vivo, no
qual a adrenalina sobe e a satisfação pela realização de um
trabalho bem planejado e vitorioso. Outro bom momento foi a
migração da Tractebel Energia para o Novo Mercado e a oferta
secundária de ações no final de 2005, um marco importantíssimo
do Grupo no Brasil, com a adesão ao segmento com melhores
práticas de governança corporativa e abertura efetiva do capital
da Companhia, com aumento significativo da sua liquidez. E,
por último, cito a conclusão da venda de 20% de participação
no projeto da hidrelétrica Jirau para a Mitsui no início de 2014,
uma operação emblemática para o Grupo e na qual poucos
acreditavam no seu êxito.
Bn - Quais os desafios nesse novo cargo?
GHL - Manter o crescimento da Empresa com o desenvolvimento
de projetos rentáveis para o Grupo em um momento de mudanças
importantes em toda a organização.
Bn - Quais os negócios que sua diretoria está
desenvolvendo?
GHL - Geração de energia por meio de várias fontes - solar,
eólica, gás natural e hidroeletricidade. Além disso, estamos
com dois projetos de terminais de regaseificação, ou seja,
atuação integrada na cadeia do gás. Analisamos também algumas
oportunidades de compra de ativos no mercado (transações
de Merger & Acquisitions) e desinvestimento, além de fornecer
todo o suporte necessário para as atividades relacionadas com
serviços de eficiência energética e B2x, ou seja, soluções para
negócios; para residências e profissionais; e descentralizadas
para cidades e territórios.
Bn - na sua opinião qual a fonte de energia que a Empresa
deve se debruçar daqui para a frente?
GHL - Nenhuma fonte de geração de energia pode ser descartada
no País. Nosso foco será cada vez maior nos projetos renováveis -
eólica, solar, biomassa e hidrelétricas de pequeno/médio porte
e na cadeia do gás natural.
Qual o projeto que é sua menina dos olhos? Por quê?
GHL - Temos que estar atentos a todos os projetos que temos
na carteira. No curto prazo, estamos focados na aprovação da
expansão do Complexo Eólico de Campo Largo na Bahia, pois a
sua implantação imediata propiciaria a realização de uma série de
sinergias com a primeira fase, cuja construção se inicia em breve.
Divulgação ENGIE
10 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Divulgação ENGIE
Maurício Bähr, presidente da ENGIE Brasil
ENGIE se reestrutura e Brasil ganha ainda mais Importância dentro do GrupoEntrou em vigor oficialmente em janeiro deste
ano a reestruturação da ENGIE, intitulada de
Projeto Empresarial. O projeto começou a ser
implementado ainda em 2015, com a criação
de um novo nome global - ENGIE – e com a
inclusão de todas as atividades do Grupo sob
esta nova marca. Esta iniciativa tem três objetivos
principais: acelerar o desenvolvimento da ENGIE
para manter a sua posição de líder da transição
energética mundial; inventar as energias do
futuro, investindo recursos na inovação e
promovendo o acesso mais abrangente à
energia; e construir uma presença regional forte
para que as decisões sejam tomadas localmente,
o mais próximo possível dos clientes.
Essas mudanças pretendem ampliar a
percepção da ENGIE como referência mundial
em um mercado de energia em transição,
caracterizado pelo desenvolvimento de fontes
de energia renováveis, redução da dependência
de combustíveis fósseis, racionalização do
consumo de energia e revolução digital.
A ambição da ENGIE é se tornar, em cinco
anos, a líder mundial da transição energética e
das soluções descentralizadas para as cidades
e pessoas, através do oferecimento de uma
gama de soluções feitas sob medida e que vão
desde a produção descentralizada de energia
até a mobilidade urbana, segurança, iluminação,
entre muitos outros. Este ano, por exemplo, o
Grupo entrou no mercado brasileiro de geração
fotovoltaica distribuída e passou a ser, através
da ENGIE Solar, um dos líderes deste mercado
no país.
Esse projeto empresarial representa também
um marco para a atuação do Grupo no Brasil.
Com a alteração da estrutura da ENGIE, que
passou a contar com 24 unidades de negócios,
o país se fortaleceu, passando a ser uma unidade
geográfica independente. Além do Brasil, apenas
a China foi alçada a esta posição. O Grupo conta, portanto, agora com 10 unidades
geográficas: América do Norte; América Latina; África; China; Brasil; Ásia Pacífico;
Sul da Ásia e Oriente Médio; Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo); Europa
(do Sul, do Norte e Central) e Reino Unido. A elevação do Brasil a esse novo patamar
demonstra a confiança do Grupo no crescimento do país e nas atividades locais. Hoje,
a ENGIE conta com 3.150 colaboradores no Brasil.
BoasNovas 11
EMPRESA
Energia Sustentável do Brasil
Usina de Jirau, em Rondônia, tem 3.750 MW, dos quais 1,5 mil pertencem à ENGIE
“Alçar o Brasil ao nível de Unidade de Negócios e ampliar o escopo
de atividades locais são demonstrações de confiança da ENGIE
no Brasil e abrem uma enorme janela de oportunidades para o
negócio, para o cliente e para os colaboradores do Grupo”, afirma
Maurício Bähr, presidente da ENGIE no Brasil. “No Brasil, a nossa
posição de maior produtora privada de energia elétrica do País
somada a nossa liderança mundial em serviços de eficiência
energética, faz com que a ENGIE esteja em uma posição única
para ser a empresa de referência no País em energia e serviços
para cidades, empresas e pessoas”, completa Bähr.
O principal objetivo do Grupo, daqui para frente, será integrar
todas as suas atividades a fim de obter as melhores sinergias em
cada uma delas. Para assegurar que o Grupo funcione como uma
rede através das suas unidades de negócios, cinco novas áreas
de negócios que representam aspectos chaves da transição
energética estão sendo criadas: geração centralizada; soluções
decentralizadas para cidades e regiões; cadeia de valor do gás;
soluções para empresas, e soluções para residências. Essas áreas
irão trazer toda a expertise para dar suporte ao desenvolvimento
dos negócios do Grupo no Brasil.
Alçar o Brasil ao nível de Unidade de Negócios e ampliar o escopo de atividades locais são demonstrações de confiança da ENGIE no Brasil e abrem uma enorme janela de oportunidades para o negócio, para o cliente e para os colaboradores do Grupo
12 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Dia da Inovação
viabiliza sonhosEm maio de 2015, o estudante de ensino médio
Ygor Requenha Romano, natural de Rondônia
e morador de Araraquara (SP), começou a
trabalhar em um projeto tecnológico inédito:
o Easy Water, sistema para tratamento de
água em comunidades remotas, alimentado
por energia solar. No último dia 6 de junho,
seu sonho de viabilizar o invento ficou mais
próximo. O projeto de Romano foi um dos
cinco vencedores do Prêmio ENGIE Brasil
de Inovação 2016, anunciado no Museu do
Amanhã durante o ENGIE Brasil Innovation
Day, no Rio de Janeiro.
“Este prêmio me deu a oportunidade de
continuar trabalhando com energia e água”,
comentou o pesquisador de 18 anos de idade.
O evento está na segunda edição e faz parte
de um programa mundial da Companhia para
incentivar a criatividade empreendedora. Mais
de 50 projetos concorreram no concurso, que
abordou cinco temas: energia descentralizada,
green mobility e cidades inteligentes, smart
grids, armazenamento de energia e inclusão
social por meio da eficiência energética ou
acesso a energia.
PASSAPORTE PARA PARiS - Todos os
empreendedores premiados ganharam uma
viagem a Paris, onde puderam participar da
Innovation Week, evento mundial de inovação
do Grupo, e apresentar seus projetos aos
diretores de Inovação do Grupo e à CEO da
ENGIE, Isabelle Kocher. “Os vencedores
podem participar de um projeto de Pesquisa e
Desenvolvimento do Grupo e ser incubados no
nosso programa global de novos negócios, com
duração de 18 meses”, informou o diretor de
Estratégia, Comunicação e Responsabilidade
Social Corporativa da ENGIE, Gil Maranhão.
Ele disse ainda que os dois projetos premiados
em 2015 já estão trabalhando em parceria
com a Empresa: o Nanol, aditivo para óleos
lubrificantes baseado em nanotecnologia,
e o GreenAnt, medidor inteligente que calcula
o gasto de energia de cada equipamento em
uma residência.
OUTROS PREMiAdOSAlém do projeto Easy Water, os demais vencedores são a Máquina de Gelo Solar,
que já tem quatro unidades funcionando na Amazônia; o Soluz Energia, trocador
de calor de baixo custo para painéis fotovoltaicos; o i9Híbrido, tecnologia de
comunicação que faz uso do cabo de energia elétrica e do ar para a transmissão
de dados; e o aplicativo Smart Favela, que dá apoio a projetos comunitários de
desenvolvimento sustentável
O engenheiro mecânico Aurélio Souza contou que o desenvolvimento da
Máquina de Gelo Solar foi financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo) na tese de pós-doutorado do colega
pesquisador Carlos Driemeier, da USP. Com uma produção diária de até 30
Diretor de Estratégia, Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE Brasil, Gil Maranhão, na abertura do Innovation Day
Marlene Barreto
BoasNovas 13
EMPRESA
quilos, a máquina tem valor inestimável para
os ribeirinhos.
“Nosso trocador de calor refrigera as células
fotovoltaicas do painel solar e aquece a água,
podendo representar até 30% de economia
na conta de luz e aumentar em 25% a geração
de energia em centrais flutuantes”, explicou o
empreendedor Loïc Tachon, sócio da startup
Soluz Energia.
O sistema i9Híbrido foi desenvolvido pela
Smarti9, empresa de comunicações smart
grid e Internet das Coisas com sede em Juiz
de Fora (MG). “Ele combina os meios com e
sem fio para realizar a comunicação de dados
com mais confiabilidade”, disse o
sócio administrador Diogo Fernandes.
O Smart Favela é uma parceria entre a
ONG carioca Equilíbrio Sustentável e o
Toolz, estúdio criativo com sede em Paris.
Um protótipo está em testes no Morro dos
Prazeres, Rio de Janeiro. “Esperamos que se
torne uma ferramenta inovadora na tomada
de decisões coletivas para o desenvolvimento
urbano colaborativo”, disse um dos
desenvolvedores, David Laure.
Equipe organizadora do evento, equipe da ENGIE Brasil e os vencedores do Innovation Day no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
Igor Requenha Romano, de apenas 18 anos, explica no evento seu projeto, um sistema para tratamento de água em comunidades remotas, alimentado por energia solar
Marlene Barreto
Marlene Barreto
14 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Construindo as
Cidades do AmanhãNo prazo de cinco anos, a ENGIE pretende se tornar líder
mundial na transição energética para matrizes sustentáveis,
por meio de soluções descentralizadas para cidades
e regiões. O Brasil tem papel-chave na estratégia de
construção das “Cidades do Amanhã”, por sua relevância
na geração de energias renováveis e suas grandes
demandas de infraestrutura. Em um primeiro momento,
a Companhia irá focar em quatro áreas de negócios
consideradas mais promissoras em termos de maturidade
do mercado local: mobilidade urbana, segurança,
iluminação pública e aeroportos.
Cidades inteligentes ou “Cidades do Amanhã” são,
resumidamente, núcleos urbanos que utilizam serviços
integrados de tecnologia para proporcionar bem-estar
social, ambiental e econômico aos seus cidadãos. Em
anos recentes, o conceito evoluiu para “cidade inteligente e
humana”, que inclui o cidadão como cocriador de soluções
e serviços. A experiência da ENGIE nesta área abrange duas
dezenas de projetos em diversos países. VLT da cidade de Dijon (França)
Estudo de mobilidade urbana 2040
Divulgação ENGIE
Divulgação ENGIE
BoasNovas 15
EMPRESA
Na França, destacam-se o sistema de segurança
pública de Paris; as duas linhas de VLT (Veículo
Leve sobre Trilhos) em Dijon; um bairro ecológico
em Montpellier, e os sistemas de iluminação
pública de Avignon e Lille. No Brasil, um grande
projeto é o centro de operações da Prefeitura
do Rio de Janeiro. Recentemente a ENGIE
ganhou edital para instalar um sistema integrado
de monitoramento de trânsito e de semáforos
inteligentes em Niterói (RJ). Equipados com
câmeras, os semáforos irão se autorregular
conforme o movimento.
“Nas áreas de mobilidade urbana e segurança,
já temos uma empresa do Grupo atuando no
país, a ENGIE Ineo”, diz o diretor comercial
Gabriel Mann, acrescentando que a ideia é
manter esses serviços e incrementar o portfólio:
“Entre as soluções que queremos trazer estão o
VLT e o sistema de compartilhamento de carros
elétricos”. Iluminação pública inteligente é outra
tendência para as cidades brasileiras. A ENGIE
oferece um sistema que regula automaticamente
a luminosidade, conforme o fluxo de pessoas que
transitam nas vias. Essa inovação possibilita uma
economia de 30% a 40% nos custos em relação a
sistemas convencionais.
Nas áreas de mobilidade urbana e segurança, já temos uma empresa do Grupo atuando no país, a ENGIE Ineo
Centro de Controle e Operações do Rio de Janeiro
Sistema de seguranca pública de Paris
Divulgação ENGIE
Divulgação ENGIE
16 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Jovem estudante Alícia Amâncio, de 19 anos, é ativista e uma das fundadoras da ONG Engajamundo, que tem o objetivo de engajar a juventude como protagonista nas negociações internacionais sobre o clima
Diretor Administrativo, Júlio Lunardi, abriu o Seminário e chamou a atenção para a importância de ampliar conhecimento sobre a Agenda da ONU
Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia
As mudanças climáticas foram o foco da quinta edição do Seminário
Ética, Sustentabilidade e Energia, realizado nos dias 1º e 2 de junho em
Florianópolis, na sede da ENGIE Tractebel Energia. Com transmissão
por videoconferência ao vivo, o evento teve a participação dos
colaboradores das demais unidades da Companhia. Todos tiveram
a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a Agenda 2030
da ONU (Organização das Nações Unidas), um plano de ação global
composto de 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
“Os ODS só vão surtir efeito quando forem disseminados e contarem
com o engajamento da sociedade civil”, disse o diretor administrativo
da ENGIE Tractebel Energia, Júlio César Lunardi. Em seguida o
presidente da Companhia, Manoel Arlindo Zaroni Torres, fez um
balanço de seus 17 anos no cargo, destacando o plantio de mais
de meio milhão de árvores, a promoção do diálogo com os sindicatos
de trabalhadores e o aumento da participação das mulheres nos
cargos-chave.
JOVEnS EnGAJAdOSA palestrante seguinte foi a estudante Alícia Amâncio, ativista de 19 anos
que já participou de duas Conferências do Clima promovidas pela ONU.
Ela é uma das fundadoras da Engajamundo, ONG, que visa engajar a
juventude como protagonista nas negociações internacionais. “A maioria
das decisões públicas não leva em conta as opiniões dos jovens e gente
Plinio Bordin
Plinio Bordin
BoasNovas 17
EMPRESA
Meteorologista Leandro Puchalski aborda o tema mudanças climáticas e relembra o Furacão Catarina
Mario Benevides, do comitê de sustentabilidade da ENGIE Tractebel Energia, explica ao público os temas a serem tratados durante o dia
Plinio Bordin
Plinio Bordin
quer ser parte da solução”, disse. Alícia lembrou que, enquanto
os negociadores discutem vírgulas nos acordos, existem
pessoas morrendo por causa das mudanças climáticas.
Meteorologia foi o tema da fala de Leandro Puchalski, que
faz a previsão do tempo no grupo de comunicação RBS.
Ele relatou as origens do seu campo de estudo e como
eventos históricos foram influenciados por mudanças no
tempo. Puchalski mencionou o Furacão Catarina, que
em 2004 provocou grandes danos no Estado, como um
evento extremo provocado pelas mudanças climáticas,
que precisam ser melhor compreendidas para que se possa
adotar ações preventivas eficazes.
O vice-presidente de Mercados de Carbono para a América
Latina da ENGIE Brasil, Philipp Hauser, falou sobre as
oportunidades para o Brasil e para a Companhia no contexto
das mudanças globais envolvendo descarbonização,
descentralização e digitalização. “A ENGIE é uma voz forte
no convite à precificação do carbono e quer ser a arquiteta
da transição energética”, disse. As metas da Companhia
incluem aumentar para 25% a geração por fontes
complementares; reduzir em 20%, até 2020, as emissões de
gases de efeito estufa e aumentar as receitas de serviços de
eficiência energética em 40% até 2018. Para isso, a ENGIE
lançou um Green Bond (título “verde”) de 2,5 bilhões de euros.
Mário Benevides, do Comitê de Sustentabilidade da ENGIE
Tractebel Energia, discorreu os projetos em andamento
para geração eólica e solar e as metas da Empresa para a
sustentabilidade em 2016. Outros palestrantes abordaram
ainda temas como ética e transparência, geração distribuída
fotovoltaica e crescimento sustentável com o uso de
soluções eficientes na cadeia de valor.
SEMináRiO EnERGiA+LiMPAOutro evento, promovido no dia 1º de junho, em Florianópolis, como apoio da
ENGIE Tractebel Energia, foi o Seminário Energia +Limpa. Mais de 200 estudantes,
pesquisadores e empresários se reuniram na sede do Sistema Fiesc (Federação
das Indústrias de Santa Catarina) para discutir sobre como popularizar o uso da
geração distribuída. A promoção foi do Instituto Ideal e da UFSC (Universidade
Federal de Santa Catarina).
“A expansão do nosso mercado passa pela conquista de maior escala que torne
o cenário mais competitivo”, disse o presidente do Instituto, Mauro Passos. O
secretário executivo da Olade (Organização Latino-Americana de Energia),
Fernando Ferreira, lembrou que há 30 milhões de pessoas sem acesso a energia
na região e que essa é uma oportunidade valiosa para a expansão
das energias alternativas.
18 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Uma nova empresa de geração de energia solar fotovoltaica foi criada
em abril com participação de 50% da ENGIE Brasil, por meio de sua
subsidiária ENGIE Tractebel Energia, e os outros 50% da GD Brasil
Energia Solar, braço da Araxá Solar. Denominada ENGIE Solar, ela já
surge como uma das líderes nacionais no setor, fortalecida pela parceria
com a Araxá Solar, que desenvolve projetos de geração distribuída desde
2011. De início, o objetivo do empreendimento é consolidar a posição nos
mercados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a Araxá Solar já atua, e
depois expandir para as outras regiões País.
O negócio receberá investimentos de até R$ 24,3 milhões, em
alinhamento com os objetivos estratégicos da ENGIE, que opera
620,8 MW de energia solar em 120 usinas no mundo. “No horizonte
de dez anos, nossa expectativa é que o Brasil tenha um milhão de
telhados solares em residências, indústrias e comércios, algo como
4,5 mil MW”, diz o presidente da nova empresa, Rodolfo Pinto. "Seria
um tanto prematuro estimar o nosso pedaço nesse mercado, mas
desejamos ter uma posição de liderança". Engenheiro civil formado
pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele é entusiasta da
tecnologia, pelo seu potencial revolucionário dos pontos de vista
econômico e ambiental.
“A energia solar é a fonte mais sustentável e talvez a que tem potencial
de utilização mais democrática”, explica Rodolfo Pinto. Ele ressalta
que a filosofia da geração solar distribuída é focar no consumidor final
e que esta será a estratégia da Empresa.
BOA OPçãO dE inVESTiMEnTOO investimento na instalação varia conforme o projeto e as
características da edificação. Em uma residência com quatro pessoas
que consomem R$ 400 mensais de eletricidade, o projeto sai entre R$
20 mil a R$ 25 mil. O prazo de retorno depende do nível de insolação
e do valor da tarifa local de energia. Neste exemplo, o sistema se
paga após seis anos. Como a vida útil do equipamento é de 25 anos,
a energia fica praticamente de graça a partir do sétimo ano – paga-se
apenas a taxa mínima de conexão à rede. Um relógio bidirecional
permite obter créditos com a geração excedente, que é “devolvida”
pela concessionária ao consumidor sempre que necessário.
Divulgação ENGIE
A geração de energia fotovoltaica é uma oportunidade para clientes da ENGIE Solar
Tudo gira, em torno do sol
BoasNovas 19
EMPRESA
Divulgação ENGIE
ENGIE tem experiência em geração fotovoltaica distribuída, que pode ser usada em residências, indústrias e prédios comerciais
Investir na geração solar distribuída é um ótimo negócio, com retorno
muito maior que, por exemplo, a caderneta de poupança. Entretanto,
a popularização da tecnologia ainda esbarra no alto desembolso
inicial. “Uma das nossas prioridades é buscar formas de financiar
o consumidor”, afirma o executivo, que tem percebido interesse de
bancos públicos e privados. “As questões de análise de risco de
crédito são absolutamente endereçáveis do ponto de vista prático”,
diz. Entre as alternativas em estudo estão a criação de contratos de
leasing, a liberação do Fundo de Garantia e a isenção ou redução
do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para quem investir na
energia fotovoltaica.
Atualmente, a ENGIE Solar tem 40 colaboradores em sua sede em
Florianópolis e nos escritórios do Rio de Janeiro, Goiânia e Campinas
(SP). Em quatro anos, a expectativa é chegar a 350 ou 400. Seu
perfil de clientes inclui desde pequenos consumidores residenciais
até escolas, indústrias e comércios de diversos portes. Apesar das
atuais dificuldades econômicas do Brasil, Rodolfo é otimista. “Nas
retomadas de crescimento, o setor de energia é o primeiro que
avança, porque tem projeções de longo prazo e é o único do qual não
se pode abrir mão”, comenta.
CLiEnTES SATiSFEiTOSO médico Daniel Campos Freire, morador de Campos dos
Goytacazes (RJ), apostou na viabilidade da energia limpa ao
projetar sua nova residência e não se arrepende. Em 2015, depois
de pesquisar os portfólios de várias empresas, decidiu contratar a
Araxá Solar, agora ENGIE Solar, e instalou em dezembro um sistema
fotovoltaico com geração média de 1.200 kWh mensais. O projeto foi
dimensionado para uma família de quatro pessoas com um consumo
de R$ 1.300 na conta de energia – a residência tem piscina aquecida,
sauna e ar-condicionado nos cômodos.
“Investi R$ 70 mil e, pelos meus cálculos, o sistema se paga em
quatro anos e meio”, conta. “Depois disso, são mais de 15 anos
de energia praticamente de graça”. Sua única despesa é a tarifa
mensal mínima de R$ 88 pela ligação trifásica para usar a energia da
concessionária à noite. Ele lembra que o rendimento é bem maior que
20 ENGIE Tractebel Energia
EMPRESA
Posto Golden (SC)
Casa do médico Daniel Freire (RJ)
Colégio Catarinense (SC)
uma aplicação em Fundo de Renda Fixa. Sua única ressalva é
quanto à cobrança de ICMS pelo estado do Rio de Janeiro sobre
a energia excedente. “No momento, busco manter o equilíbrio
e gerar o mesmo que consumo, para não pagar mais caro na
conta”. Freire acompanha os dados pelo relógio bidirecional e
por um aplicativo no celular.
Há dois meses, o microempresário Cláudio Bertoldi, de
Timbó (SC), instalou um sistema fotovoltaico em sua casa,
onde vive com a esposa e os filhos trigêmeos de seis anos de
idade. A decisão foi tomada depois de muita pesquisa. “Ter
independência energética era um sonho antigo e o estímulo que
faltava foi quando minha conta de energia passou dos R$ 500”,
diz. Bertoldi investiu R$ 45 mil e espera recuperar esse valor
em cinco anos. “Coloquei o sistema no seguro da casa, pois se
acontecer uma queda de granizo, posso trocar os painéis”.
O Colégio Catarinense, tradicional instituição jesuíta de
Florianópolis, foi a primeira escola do Estado a gerar energia
solar: desde 2013, mantém em operação um sistema
fotovoltaico com 22 kW de potência e 2.600 kWh de geração
média mensal. O projeto-piloto recebeu investimento de R$
200 mil e tem retorno previsto em 14 anos. “Essa opção auxilia
na compreensão da sustentabilidade e das formas de geração
de energia renovável”, destaca o supervisor do Patrimônio e
membro do Comitê Lixo Zero, José Ilto Bittencourt. “Nossos
alunos ganham ao refletir e comparar dados, quando aprendem
sobre os fenômenos físicos de transformação de energia solar
em energia elétrica”.
Divulgação ENGIE Solar
Divulgação ENGIE Solar
Divulgação ENGIE Solar
BoasNovas 21
EMPRESA
Encontro com investidoresRepresentantes de 21 bancos de investimentos, entre elas JP
Morgan, Santander, Itaú BBA, HSBC, Credit Suisse, Citigroup, BTG
Pactual, Haitong, estiveram presentes na sede da ENGIE Tractebel
Energia, em Florianópolis, no dia 2 de junho para o evento Por
Dentro da Tractebel.
Dois temas foram abordados, sendo um deles “Perspectivas para
o Mercado de Energia Elétrica”, escolhido pelos participantes,
e ministrado pelo engenheiro e gerente de Planejamento e
Regulação da Companhia, Marcos Keller Amboni. O outro assunto,
apresentado pelo presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel
Zaroni Torres, foi uma retrospectiva de sua gestão na Empresa, que
desde 1998 atua no setor elétrico brasileiro.
As perguntas dos participantes giraram, principalmente, em torno
da expectativa de preço e demanda futura por energia, perspectiva
da evolução do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e
possíveis alterações no ambiente regulatório.
Na apresentação de Keller ficou claro que, apesar da crise
econômica ter afetado o crescimento de carga, a hidrologia é o
componente com principal influência no nível de preços de energia
elétrica. Outra constatação feita é a forte volatilidade apresentada
pelo PLD, chegando a ser mais de oito vezes superior ao do Índice
Bovespa (Ibovespa), mais importante indicador do desempenho
médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores
de São Paulo.
inTEGRAçãO - Para o gerente de Relações com Investidores,
Rafael Bósio, o Por Dentro da Tractebel impulsiona a integração da
Companhia com o mercado de capitais. “Isso possibilita que analistas
de investimentos consigam dimensionar de maneira mais correta e
real a Empresa, seus ativos e estratégias”, explica. O encontro, ressalta
Bósio, também aproxima esses profissionais da administração da ENGIE
Tractebel Energia, sejam eles gerentes, diretores e presidente.
Já para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo
Sattamini, que a partir de julho é o novo presidente da Companhia, a
finalidade do evento “é promover a justa precificação das ações da
Companhia, por meio do alinhamento da percepção do mercado com
as estratégias da ENGIE.”
Investidores atentos às apresentações para melhor avaliarem investimentos na Companhia
Keller fala sobre mercado de energia
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
22 ENGIE Tractebel Energia
ENTREVISTA
Manoel Zaroni Torres Liderança e visão estratégica
na PresidênciaFormado pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (MG)
– Unifei – e especialista em Administração Geral pelo Centro
Europeu de Educação Continuada (CEDEP/INSEAD), em
Fonntainebleau, na França, Manoel Arlindo Zaroni Torres está
desde 1973 no setor elétrico. Trabalhou em Furnas por 25 anos,
onde foi de engenheiro recém formado à Superintendente
de Operação.
Em setembro de 1998 aceitou o convite de Mauricio Bähr e Gil
Maranhão para trabalhar na recém criada Tractebel Brasil. Em
outubro já estava desempenhando o papel de diretor de Produção
da Empresa, que tinha acabado de adquirir a Gerasul, num dos
leilões de privatização. Daí para a Presidência da Gerasul foram
oito meses, já que assumiu o cargo em junho de 1999.
A Boas Novas conversou com o presidente, que fez um balanço dos
seus 17 anos como presidente da maior Empresa privada de geração
de energia do Brasil. Foram quatro horas de conversa, muitas vezes
interrompida por telefonemas e entradas de empregados e diretores
na sala. Com voz pausada e baixa, Zaroni relembrou os melhores e
piores momentos, analisou o setor elétrico e deixou sugestões para
Sattamini, que assume a presidência a partir de 1 de julho.
Acompanhe abaixo a entrevista.
Boas novas - O que o senhor considera ser seu diferencial
para ter sido considerado o quarto melhor executivo da
América Latina, o vigésimo nono do mundo e para ter
administrado uma Empresa que cresceu US$ 14 bilhões
na sua gestão, ou seja, em 17 anos?
Manoel Zaroni Torres, presidente da EnGiE Tractebel Energia
- Tenho certeza que o mérito não é só meu, o mérito é de toda a nossa
equipe, que trabalha afinada e é muito colaborativa. Mas posso dizer
que entre os diferenciais estão o conhecimento que tenho nos negócios
de energia, a visão estratégica, a liderança, o trabalho persistente
e focado no resultado e nas pessoas. Além disso, nos meus 43 anos
de trabalho – 25 em Furnas e 18 na Tractebel - sempre tive muito
cuidado em escolher as pessoas para formar a minha equipe.
Bn - Quais as piores situações que o senhor enfrentou
como presidente?
M.Z. - Foram muitas. Logo no início, na virada do Século, por exemplo,
tivemos muitos problemas na Usina Hidrelétrica Itá, como a invasão
da Usina e as negociações; a decisão do septo do túnel para o
fechamento do reservatório; a inauguração; a quebra da turbina da
Unidade C do Complexo Jorge Lacerda em um momento de PLD alto;
o desprendimento da comporta de Salto Osório com o consequente
esvaziamento do reservatório. Outro momento tenso foi com a
inadimplência da CELESC e as relações com o então governador
do Estado de Santa Catarina, Esperidião Amin. O Acordo Geral do
Setor e a Liquidação do MAE, a implantação da primeira usina a gás
no Mato Grosso do Sul; a decisão de deixar usinas a carvão sem
funcionar; algumas demissões e a primeira apresentação em inglês,
em Bruxelas, foram também momentos tensos. A morte de colegas e
amigos, momentos tristes.
Manoel Zaroni Torres encerra um ciclo de 17 anos como executivo da ENGIE Tractebel Energia, deixando a Presidência em 30 de junho
Plinio Bordin
BoasNovas 23
ENTREVISTA
Sempre pautei minha gestão no equilíbrio, entre criar valor para os acionistas de modo sustentável e também criar valor para os empregados, clientes, parceiros e fornecedores, governos, sindicatos e outros stakeholders - partes interessadas no negócio.
Mas é bom lembrar que, muitas vezes, das
crises é que se criam as oportunidades. No
pré-racionamento, por exemplo, a decisão de
adquirir a participação da OPP/Odebrecht na
Itasa, aumentando o percentual da Tractebel na
Hidrelétrica Itá, no momento de escassez de energia.
Bn - E quais os melhores momentos?
Por quê?
M.Z. - Em 17 anos, são muitos os melhores
momentos. Ser convidado para ser o executivo
da Tractebel, em 1999, foi motivo de grande
alegria; a regulamentação da CDE (Conta
de Desenvolvimento Energético); o primeiro
consumidor livre; o leilão de venda de energia
na Bovespa, em agosto de 2002; a participação
nas discussões do novo modelo regulatório do
setor elétrico com o Ministério de Minas e Energia,
em 2004, que fez com que usinas recentes em
operação pudessem participar de leilões de
energia nova, a conhecida energia botox;
o Parque Ambiental Tractebel.
Como todos sabem gosto muito de festa,
principalmente de dividir momentos de alegria.
Nos eventos da Empresa, sejam externos e
internos, sempre me senti muito feliz. O Gerakids
(encontro anual com as famílias dos empregados),
os encontros com clientes em São Paulo, os
shows, como da Ivete Sangalo e Roberto Carlos,
ou a peça Fantasma da Ópera, todos esses me
deixam muito orgulhosos.
Claro que ter sido escolhido como 4º melhor
executivo da América Latina e 29º do mundo
pela Harvard Business Review também me
enche de orgulho. Sempre é agradável receber
premiações, pois são reconhecimentos, mas
existem outras coisas que me dão prazer,
principalmente às ligadas a ajudar as pessoas,
como uma vez que intercedi no tratamento de
saúde de um filho de um empregado. Ele ficou
curado e eu feliz por tê-lo ajudado e por ver
a felicidade dos pais.
Bn - Qual herança/legado que o senhor deixa
para seu sucessor e que lhe dá orgulho?
M.Z. - Uma Empresa com uma estrutura de
eficiência para ser rentável, de modo sustentável,
no longo prazo, e com equipes renovadas e
preparadas, formadas por pessoas íntegras
e comprometidas. Outra ação importante foi
diversificar as fontes de geração, já que na
época em que assumi a presidência eram apenas
hidrelétricas e termelétricas movidas a carvão ou óleo. Hoje temos também usinas a
gás natural, eólicas, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e solar.
Também diversificamos os canais de comercialização de energia, inicialmente
com o desenvolvimento do mercado livre e, posteriormente, no desenvolvimento
do mercado de energia incentivada, posicionando a Empresa como importante player
nestes mercados.
Asseguramos também o crescimento sustentável da Empresa seja vencendo um leilão,
aprovando um projeto destinado ao mercado livre, adquirindo um ativo, concluindo a
Durante a entrevista, Zaroni abordou problemas e soluções da sua gestão
Duda Hamilton
24 ENGIE Tractebel Energia
ENTREVISTA
implantação de uma usina, como exemplos Itá, Machadinho, Cana
Brava, São Salvador, William Arjona, Lages, Imbitiúva, Trairi, Santa
Mônica, Estreito, Campo Largo, Assu, entre outras.
Bn - Qual a marca que o senhor deixa na relação com os
investidores e acionistas?
M.Z. - Sem dúvida, a transparência e o foco nos resultados no curto
e longo prazos.
Bn - E o que caracterizou sua relação com os empregados,
com os parceiros e terceirizados?
M.Z. - Desde o início da minha vida profissional eu acreditei que as
pessoas são na cadeia de valores o segmento mais importante para
o sucesso de uma organização, seja uma empresa, uma indústria.
Como líder sempre cuidei bem de todos.
Bn - Qual o foco de sua administração: recursos humanos ou
materiais? Por quê?
M.Z.- Sempre pautei minha gestão no equilíbrio, entre criar valor
para os acionistas de modo sustentável e também criar valor para os
empregados, clientes, parceiros e fornecedores, governos, sindicatos
e outros stakeholders - partes interessadas no negócio.
Bn - Foi esse foco que levou nesses últimos 17 anos a Tractebel
a obter bons lucros?
M.Z. - O lucro é decorrência dos investimentos corretos e prudentes,
do bom planejamento financeiro, da estratégia comercial e das Usinas
com alta disponibilidade e baixo custo, além, é claro, de uma equipe
afinada e com garra.
Bn - A EnGiE Tractebel Energia acaba de ser eleita a Empresa
mais Sustentável de Santa Catarina. O cuidado com o meio
ambiente é uma constante na sua gestão, por quê?
M.Z. - Isso vem de longa data, das aulas de Ciências do Ambiente
ministrada pelo professor engenheiro Fredmark Gonçalves Leão,
no início dos anos 1970, lá na Faculdade de Engenharia de Itajubá
(MG). Essa foi a disciplina precursora de Ecologia e naquela época
o professor já dava as primeiras noções do que é hoje uma questão
básica: a sustentabilidade.
Hoje, na Empresa, a sustentabilidade é um dos valores essenciais e
a filosofia na área ambiental é a melhoria contínua. Já fizemos muita
coisa e fomos precursores em algumas situações. Temos, desde o
início desse século, certificações importantes como a ISO 9001, a
ISO 14.000 e OHSAS 18001; o Selo Energia Sustentável do Instituto
Acende Brasil e o Parque Ambiental Tractebel, no Sul de Santa
Catarina, onde antes era o pátio de carvão das Usinas do Complexo
Jorge Lacerda.
Vale lembrar que, desde 2005, nossa Empresa faz parte do ISE (Índice
de Sustentabilidade), que é um indicador composto de ações emitidas
por empresas que apresentam alto grau de comprometimento com
sustentabilidade e responsabilidade social.
Tenho orgulho de dizer que introduzi, com a equipe, uma cultura
de sustentabilidade na Tractebel, baseada no tripé economia,
responsabilidade social e ambiental.
Zaroni junto aos empregados. Para ele, as pessoas são na cadeia de valor o segmento mais importante para o sucesso de uma organização
Plinio Bordin
BoasNovas 25
ENTREVISTA
Com o ex-diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo, vistoriando uma das Pequenas Centrais Hidrelétricas adquiridas em 2009
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Bn - A aposta em energia renovável já é uma realidade no Brasil.
Como o senhor vê o setor nos próximos anos?
M.Z. - Nos próximos 15 anos devemos assistir a uma revolução no
setor elétrico. A descarbonização, a digitalização e a descentralização
serão as palavras que vão nortear o setor. A descentralização, por
exemplo, virá pela microgeração distribuída e possibilitará que painéis
solares, pequenos aerogeradores e caldeiras a gás sejam instalados
em casas, comércios e indústrias, que vão gerar energia para consumo
próprio e entregarão parte dessa energia ao sistema. A energia que hoje
flui num só sentido, da usina para a transmissão, da transmissão para a
distribuição e da distribuidora para o consumidor final, vai fluir nos dois
sentidos com esse consumidor injetando energia na rede.
Para nos antecipar a esse cenário energético, colocamos em
parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e
outras empresas, via Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da
ANEEL, a USCA (Usina Solar Cidade Azul) em funcionamento desde
agosto de 2014 em Tubarão (SC), com três diferentes tecnologias
fotovoltaicas. Simultaneamente aos testes da USCA, estão em
avaliação sete tecnologias de painéis solares em oito regiões do
Brasil. Com a USCA e os módulos estamos avaliando o potencial de
geração solar no País e a sua complementaridade com outras fontes
de energia - hidrelétrica, termelétrica e eólica. Nossa meta com a USCA
e esses módulos é desenvolver conhecimento nacional para aplicá-lo
em projetos futuros, em outras regiões brasileiras.
Bn - Qual a sugestão que o senhor deixa para o substituto?
M.Z. - Sattamini trabalha na equipe desde 2010, como diretor
Financeiro e de Relações com Investidores. Nesses seis anos
apresentamos a Empresa no exterior, em alguns países da Europa e
dos Estados Unidos, e em diferentes ocasiões no Brasil. Sattamini é um
economista e conhece muito bem toda a área financeira da Empresa,
justamente por isso, minha sugestão é que ele concentre esforços nas
áreas de implantação de novos projetos, na comercialização de energia
e, principalmente, no setor de produção, ou seja, no parque gerador da
Companhia. Nesse momento também vai ser importante cuidar bem do
corpo funcional, da governança e do clima da Empresa.
Bn - Quais os seus planos para depois do mês de julho?
M.Z. - De alguma forma vou ficar ligado à Empresa, seja pela
participação no Conselho de Administração da ENGIE Tractebel
Energia e no Conselho da ESBR (Energia Sustentável do Brasil). Fiz
alguns cursos no exterior que me prepararam para estar em Conselhos
Administrativos e talvez participe de outros, além dos citados acima.
Quero me dedicar à família, aos amigos que fiz, aos negócios que tenho
na região onde nasci, no Sul de Minas, e os que tenho em sociedade em
São Paulo. Além disso quero cuidar da saúde e viajar.
Nos próximos 15 anos devemos assistir a uma revolução no setor elétrico. A descarbonização, a digitalização e a descentralização serão as palavras que vão nortear o setor.
26 ENGIE Tractebel Energia
USINA
Obra da
uTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) avança em diferentes frentes de trabalho
Ao completar o primeiro ano da Licença de Instalação (LI), obtida
em junho de 2015 junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Renováveis (Ibama), a obra da UTE Pampa Sul (Miroel
Wolowski) em Candiota, avança em diversas frentes de serviço. Um
importante marco contratual, o término das fundações da caldeira, foi
celebrado com uma visita do governador do Rio Grande do Sul, José
Ivo Sartori, do presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni
Torres, e do presidente da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), José
Laydner, ao canteiro de obras.
O evento, que contou também com a presença de lideranças regionais,
marcou o início de uma nova etapa da construção da Usina, com o
descerramento de uma placa inaugural. O governador do Rio Grande do
Sul destacou a importância da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) para a
geração de oportunidades para todo o Estado.
início de nova etapa de construção da Usina foi celebrada com evento especial
“Um empreendimento grandioso como este, demonstra o potencial
de um Rio Grande do Sul que dá certo. E, quando nos deparamos
com dados que mostram que mais de 80% dos trabalhadores
envolvidos na obra são do Estado, percebemos o potencial da
nossa população, que sabe conquistar novas oportunidades
geradas através do carvão mineral, riqueza natural presente em
abundância na região.”, destacou Sartori, referindo-se ao dado que
aponta que dos 1.060 postos de trabalho diretos gerados na obra da
Usina, 825 são de trabalhadores gaúchos. Desses, 493 trabalhadores,
o que representa 47% do total, são de cidades como Candiota, Bagé,
Hulha Negra e Pinheiro Machado.
Para o presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres,
a obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) é emblemática por
sua complexidade e importância. “Quando iniciamos as primeiras
O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (ao centro de camisa xadrez), o presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, e equipe da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), realizaram uma visita ao canteiro de obras
Simôni Costa
BoasNovas 27
USINA
Barragem que abastecerá a UTE Pampa Sul (Miroel Wolowki) deverá estar apta a operar em 2017
movimentações para construir essa Usina, o carvão mineral não fazia
parte do planejamento energético do país. Foi preciso muita luta para
desenvolver este projeto e, hoje, tê-lo em andamento, é a realização de
um sonho”, lembrou Zaroni.
Quando iniciamos as primeiras movimentações para construir essa Usina, o carvão mineral não fazia parte do planejamento energético do país. Foi preciso muita luta para desenvolver este projeto e, hoje, tê-lo em andamento, é a realização de um sonho
Atualmente, conforme conta o gerente geral da obra da UTE Pampa
Sul (Miroel Wolowski), Marcos Figueira da Silva, 85% do trabalho
de terraplenagem e nivelamento do local onde a Usina está sendo
construída já foi finalizado. Além disso, estão sendo abertas novas
frentes de serviço como, por exemplo, o arruamento interno do
canteiro de obras, estabilização de taludes e instalação de dispositivos
de drenagem. As obras civis na área de tratamento de efluentes
também foram iniciadas e os trabalhos na caldeira, nas fundações
dos ventiladores e sopradores, chaminé e torre de resfriamento,
continuam em andamento. Recentemente, foi finalizado o trabalho de
concretagem do pedestal do turbo gerador, que utilizou 1.480m³ de
concreto estrutural.
“Foram necessárias 42 horas de trabalho ininterrupto e a mobilização
de diversas equipes de colaboradores, empresas e equipamentos.
Foi uma grande operação e, por isso, todo o trabalho passou por um
planejamento complexo, sendo executado conforme previsto e com
sucesso graças ao comprometimento de todos”, destaca Figueira.
As obras da barragem que abastecerá a UTE Pampa Sul (Miroel
Wolowski) também continuam em andamento com a realização do
tratamento das fundações do vertedouro, trabalhos de injeção de
concreto para finalização do cut-off em ambas as margens (direita e
esquerda) e o reaterro das áreas.
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
28 ENGIE Tractebel Energia
USINA
OPORTUnidAdES dE CAPACiTAçãOA celebração de formatura da turma do curso Básico Instalador
Hidráulico em Pinheiro Machado, na noite de 11 de maio, marcou
também a conclusão das 29 turmas em 16 diferentes cursos
ligados à construção civil, oferecidos por meio do convênio entre
ENGIE Tractebel Energia, SENAI/RS, FGTAS/SINE e prefeituras
da região. Foram 564 matrículas efetuadas, contemplando todas
as cidades das Áreas de Influência Direta e Indireta da implantação
da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski).
A iniciativa de oferecer cursos de capacitação/qualificação foi um
dos compromissos firmados pela ENGIE Tractebel Energia com a
comunidade regional e que também reforça o compromisso social
da Empresa ao se inserir em uma nova região. Somente nesta etapa
do convênio, o investimento realizado pela Companhia foi de mais
de R$ 500 mil.
“Realizamos um conjunto de esforços para chegar à celebração
deste convênio e, agora, estamos pensando e trabalhando para
o desenvolvimento de novas iniciativas, com a possibilidade de
realização de novos cursos. Plantamos uma semente na região e
esperamos que gere novos frutos, possibilitando que as pessoas
continuem estudando, se qualificando e, assim, conquistem novas
oportunidades de trabalho e melhores condições de vida”, destacou
o gerente socioambiental da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski), Hugo
Roger Stamm.
Formaturas foram marcadas pela emoção e alegria dos envolvidos em concluir mais uma importante etapa de formação/capacitação profissional
Plantamos uma semente na região e esperamos que gere novos frutos, possibilitando que as pessoas continuem estudando, se qualificando e, assim, conquistem novas oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.
Simôni Costa
BoasNovas 29
USINA
AçõES SOCiOAMBiEnTAiS Cuidados com a preservação e recuperação do meio ambiente são
constantes e norteadores do trabalho que vem sendo realizado pela
ENGIE Tractebel Energia para a implantação da UTE Pampa Sul (Miroel
Wolowski). Assim, ainda na fase de viabilização do empreendimento,
com a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), os meios socioeconômico e
ambiental da região de inserção do empreendimento foram estudados
e detalhados e ações de preservação, mitigação e/ou compensação
dos impactos decorrentes da construção do empreendimento
foram propostas, resultando no Projeto Básico Ambiental (PBA),
que compreende 19 programas socioambientais que estão sendo
implantados, seguindo os cronogramas previstos. Em junho, por
exemplo, por ocasião da Semana do Meio Ambiente, uma série de
atividades, palestras e oficinas foram realizadas com as comunidades
da AID do empreendimento, visando sensibilizar os participantes para
questões ambientais e promovendo práticas sociais mais sustentáveis
e harmônicas, conforme previsto no Programa de Educação Ambiental.
“Precisamos pensar sempre na manutenção de cuidados com o meio
ambiente. Esta é uma questão de responsabilidade de todos e que
passa diretamente pela conscientização das comunidades. Além disso,
a realização do Programa de Educação Ambiental (PEA) que abrange
as atividades que foram realizadas nesta semana, é uma medida de
mitigação e compensação exigida pelo licenciamento ambiental federal
da Usina, conduzido pelo Ibama”, destaca Stamm.
Peças teatrais foram apresentadas em Candiota e Hulha Negra, reunindo os alunos da rede municipal de ensino durante a Semana do Meio Ambiente
Precisamos pensar sempre na manutenção de cuidados com o meio ambiente. Esta é uma questão de responsabilidade de todos e que passa diretamente pela conscientização das comunidades.
Simôni Costa
30 ENGIE Tractebel Energia
USINA
Reflorestamento e melhorias em Salto Osório
Uma área de 2,27 hectares do antigo canteiro de obras da Usina
Hidrelétrica Salto Osório, no rio Iguaçu (PR), está sendo reflorestada
com espécies nativas. Iniciado em março de 2015, o trabalho da
ENGIE Tractebel Energia, em parceria com a Prefeitura de São
Jorge do Oeste, deve prosseguir até o final de 2018. Os sedimentos
rochosos retirados do local são utilizados para recuperar estradas
rurais e, em contrapartida, a Prefeitura cede terra que servirá de base
para a fixação das plantas.
“Nosso objetivo é que a área se torne o mais próximo possível da sua
configuração original, por meio de parcerias sustentáveis”, informa
o coordenador de Processos de Meio Ambiente das Usinas Salto
Santiago e Salto Osório, Clóvis Tosin da Silva. "O projeto traz ganhos
ambiental de recuperação da área degradada
e socioeconômico com pavimentação de estradas rurais
beneficiando a comunidade do município de São Jorge d´Oeste",
destaca o gerente da Regional Rio Iguaçu, Leocir Marcos Scopel.
Até agora foram plantadas mais de 1,6 mil mudas de espécies nativas
no antigo canteiro, que tem tamanho aproximado de quatro campos
de futebol. As espécies reintroduzidas são aroeira-vermelha, angico
gurucaia, bracatinga, caraguatá, cerejeira-do-mato, feijão-guandu,
jabuticabeira, jurubeba, paineira, rabo-de-bugio e vacum - todas
produzidas no horto florestal da Usina. A empresa Verdes Lagos,
prestadora dos serviços de reflorestamento, colabora com o plantio,
acompanhamento técnico e vigilância ambiental.
A Usina Salto Osório, finalizada em meados da década de 1970,
pertencia à estatal Eletrosul até 1998, quando foi privatizada. Durante
a construção, o canteiro de obras passou por terraplanagens,
aterros e escavações para instalação de centrais de britagem e
concreto. A compactação do solo alterou o ecossistema local. Com
o reflorestamento, a comunidade está recuperando uma área verde
e ganhando estradas melhores. Já foram realizadas melhorias em 15
km de vias de cinco distritos no município.
Mais de 1,6 mil mudas de espécies nativas foram plantadas no antigo canteiro de obras da UHSO
ENGIE Tractebel Energia troca rochas por terra e a prefeitura usa as pedras para pavimentar estradas
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Informativo da ENGIE Tractebel Energia, de responsabilidadeda Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
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24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com
ENGIE_tractebel_energiagradient_BLUE_CMYK22/10/2015
C100%
Coordenação e ediçãoLeandro Provedel Kunzler
Reportagem e textosDfato Comunicaçã[email protected] Colaboração de Simôni Costa e Karina Howlett
Jornalista responsávelDuda Hamilton
Concepção gráfica e editoraçãoDzigual Golinelli
Foto da capa Edu Lyra
Tiragem 2.750 exemplares
ALTA VOLTAGEM
ENGIE Tractebel Energia tem lucro líquido no 1TRI2016 de R$ 347,1 milhõesA ENGIE Tractebel Energia apresentou lucro líquido nos primeiros três
meses de 2016 de R$ 347,1 milhões, valor 0,7% acima do alcançado
no mesmo período do ano passado. O EBITDA foi de R$ 792,7 milhões
no período, aumento de 0,4% em comparação com o 1TRI2015. Já a
margem EBITDA foi de 49,5% no 1TRI2016, aumento de 0,7 pontos
percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Por
sua vez, a receita líquida de vendas no período analisado totalizou R$
1.602,7 milhões, representando redução de 0,9% em comparação
com o 1TRI2015.
O diretor-presidente da Companhia, Manoel Zaroni Torres, ressalta que
esses números refletem a melhoria nas condições de operação do setor
elétrico. Com a queda na demanda, resultado da crise econômica, e
volta das chuvas, com a consequente recuperação dos reservatórios,
o preço da energia spot baixou e neutralizou o impacto do GSF - déficit
de geração das hidrelétricas observado no 1TRI2016. “Isso fez com
que o GSF afetasse pouco o resultado desses três primeiros meses,
mas é bom lembrar que o escalonamento de preço pela inflação
também favoreceu o resultado desse trimestre, por isso os números
estão bastante em linha com o mesmo resultado do primeiro trimestre
de 2015, quando a companhia havia alocado uma boa quantidade de
energia”, explica Zaroni.
Neste primeiro trimestre, a quantidade de energia vendida foi de 4.060
MW médios, volume 4,4% menor do que o comercializado no mesmo
período do ano passado. “Essa queda tem relação com o fim de
contratos bilaterais, cujas quantidades foram liquidadas no mercado
de curto prazo", comenta o diretor-presidente.
A queda na dívida da Companhia de quase 50%, se comparada
com o 1TRI2015 foi um dos destaques do trimestre. “O que explica
esta redução é que a Empresa vem de um processo prudente de
preservação de caixa, já que o mercado estava com taxas muito altas,
por causa da situação econômica do País”, afirma o diretor Financeiro
e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini. Ao mesmo
tempo, revela Sattamini, a ENGIE Tractebel Energia se preparou para
executar seu plano de crescimento, que inclui, além da construção dos
complexos eólicos de Campo Largo e Santa Mônica e da UTE Pampa
Plínio Bordin
A recuperação dos reservatórios provocou a queda no preço da energia spot
Sul (Miroel Wolowski), a potencial aquisição da participação da ENGIE
na UHE Jirau no futuro próximo.
“Nossa ideia foi preservar o caixa devido à incerteza do mercado de
nos conceder recursos de longo prazo com taxas razoáveis”, observa
o diretor, acrescentando que em 2015 a Companhia fez retenção
de dividendos. Como, aparentemente, o mercado está voltando à
normalidade, existe um indicativo, de acordo com Sattamini, de que
será possível obter taxas mais competitivas já em 2016.
dESTAQUE dO TRiMESTRE – Um dos destaques do 1TRI2016
foi o ingresso da ENGIE Tractebel Energia no segmento de geração
fotovoltaica distribuída por meio da ENGIE Solar, uma parceria com os
sócios da Araxá Energia Solar, uma das líderes no mercado brasileiro
de geração solar distribuída, que consiste em geração solar de forma
descentralizada, em residências e edifícios. A ENGIE detém agora 50%
da GD Brasil Energia Solar, que passou a se chamar ENGIE Solar. A
ambição da ENGIE Solar é consolidar-se como líder nos mercados B2B
e residencial de energia fotovoltaica.
Prêmio Brasil Ambiental – AmCham RioO projeto de Educação Ambiental desenvolvido no Complexo
Termelétrico Jorge Lacerda foi o vencedor, na categoria Responsabilidade
Socioambiental, do Prêmio Brasil Ambiental da AmCham Rio. A cerimônia de
premiação reuniu mais de 200 pessoas, entre empresários e autoridades, no
dia 6 de outubro, no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
“Nossa ideia é conscientizar as comunidades dos 17 municípios do Sul de
Santa Catarina, na região Carbonífera e de Laguna, sobre a importância
da preservação e da recuperação do meio ambiente”, afirma o diretor de
Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo.
Desde a implantação do projeto, em 2002, já foram atendidas cerca de 100 mil
pessoas e transformou-se em referência para as regiões de Santa Catarina,
podendo ser usado como modelo para implantação em outras localidades.
Outubro rosaComposto por 20 empregados, ex-empregados e
dependentes, o Coral Geravida Encanto Tractebel Energia
participou mais uma vez do Outubro Rosa, realizando seis
apresentações, além da participação na gravação do CD
Grande Coro Outubro Rosa, com venda revertida para a
causa da luta contra o câncer de mama.
Com 13 anos de afinação e alegria, o Coral participa desde
2011 do Outubro Rosa, que reúne mais seis corais. “A gente
só percebe o bem que está fazendo estando lá e vendo a
energia das pessoas que já passaram pelo câncer ou que
ainda estão lutando contra ele. É uma energia contagiante
entre as pessoas, é uma grande troca”, diz Ivani Teloeken
Angeli, analista de Relações com Investidores.
Neste ano, a Tractebel patrocinou o Projeto para Iluminação
do evento com corais no Largo da Catedral e gravou, no
seu auditório durante uma semana, o álbum dos corais,
com músicas escolhidas pelo maestro Robson Medeiros
Vicente. Entre as canções que estão no álbum e foram
entoadas na Catedral, no TAC (Teatro Álvaro de Carvalho)
e nos shoppings de Florianópolis, por quase 300 vozes,
estão Nos bailes da vida, Chuva de Prata, Guantanamera,
Disparada e Tocando em frente.
MOViMEnTO MUndiALO Outubro Rosa é um movimento mundial criado nos Estados Unidos em 1997,
com o objetivo de dar visibilidade à luta contra o câncer de mama. Em Florianópolis,
o evento é realizado pela Associação Brasileira de Portadores de Câncer, criada
em 2000. Ao iluminar prédios e monumentos o movimento chama a atenção e
conscientiza as mulheres para que elas façam a mamografia. A missão desse
projeto é contribuir com o controle do câncer, reduzindo o impacto da doença,
além de empoderar o portador de câncer como indivíduo e ativista de causa.
Divulgação AmCham
Projeto do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda foi o vencedor do Prêmio da AmCham na Categoria Responsabilidade Socioambiental
Martinho Ghizo
Coral de empregados da Tractebel participou da programação do Outubro Rosa em Florianópolis
O nosso trabalho é muito mais do que gerar energia. Nosso compromisso é fazer isso de maneira sustentável, respeitando a natureza, as comunidades onde atuamos e as futuras
gerações. E isso só é possível porque, além de utilizar fontes limpas e renováveis em mais de 80% do que produzimos, estamos sempre investindo em projetos que promovem
a melhoria social, ambiental e econômica. Tudo porque acreditamos que a importância de uma empresa é maior quando todos ganham com ela.
Quando uma empresa pensa nos
próximos vinte anos, é planejamento.
Quando pensa nos próximos duzentos,é sustentabilidade.