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A...R...B...L...S... FÉ, ALEGRIA E TRIUNFO – 2.097 Federada ao GOB – Jurisdicionada ao GOB/PR Rito Adonhiramita – Sessões: quartas-feiras – 20h
À Glória do Grande Arquiteto do Universo
Peça de Arquitetura
Apresentação em 12 de agosto de 2015
A Sequência Finabonacci na Maçonaria
Alison Paulo Ferreira, A...M... (Giovanni di Pietro di Bernardone)
1. INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, o homem sempre buscou atingir o belo através da
harmonia, da profundidade e da estética, conforme podem ser observados nas
construções e edificações modernas e da antiguidade.
Visando alcançar essa beleza, os construtores utilizaram a proporção
áurea ou número áureo, que indiscutivelmente representa ao número da
beleza, da harmonia e da perfeição.
Já na antiguidade, o homem buscava a beleza perfeita. Os Gregos,
criaram o retângulo de ouro, que consistia na divisão do lado maior com o lado
menor, que resultava em uma dada proporção.
Essa proporção era utilizada em praticamente tudo que era construído
pelos Gregos, como por exemplo, o Templo em Atenas, chamado de
Pathernon, em que a profundidade dividida pelo comprimento ou altura,
gerava a uma proporção ideal de 1,6.
Os Egípcios utilizaram esse mesmo conceito na construção de várias
Pirâmides, em que cada pedra era 1,618 menor que a pedra que encontrava-
se abaixo, e a pedra de baixo, era 1,618 maior que a pedra superior.
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A geometria é um dos meios pelo qual a beleza da estrutura é expressa
naturalmente.
Desde a Antiguidade, o homem se deixou seduzir por padrões
geométricos amplamente explorados pelos gregos, na forma de mosaicos, na
decoração de suas mesquitas e palácios, e pelos romanos, na forma de
mosaicos, pinturas e vitrôs, na decoração de suas igrejas e capelas e,
especialmente, nas construções ao aplicar a proporção áurea.
Fibonacci, ou Leonardo de Pisa, foi um matemático italiano da Idade
Média (1170-1240) que descobriu uma sequência numérica em que o número
seguinte é sempre a soma dos dois anteriores, assim: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8... Na
música, essa sequência está presente nos intervalos musicais, ou seja, na
relação entre duas notas, formando as escalas que são a base para as
melodias e para os acordes (harmonia).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A SEQUÊNCIA FIBONACCI NA MAÇONARIA
Na Maçonaria podemos notar o vínculo entre o simbolismo e a
sequência de Fibonacci, através de uma dedução formal de seu valor
numérico.
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A sequência de Fibonacci é deduziada e conceituada, sendo
relacionada com a Razão de Áurea.
É traçado um paralelo entre a sequência de Fibonacci e diversos
aspectos simbólicos e mitológicos do Templo de Salomão na literatura
maçônica, como a caminhada do lado externo ao Templo passando pelo
pavimento térreo e subindo a escada até o segundo pavimento.
Observa-se toda a riqueza e perfeição do Grande Arquiteto do Universo
a partir da ordem natural presente em todo o Universo manifesto e oculta no
simbolismo acerca do mitológico Templo de Salomão.
Segundo Buchanan (2013) realiza uma busca arqueológica ao Templo
de Salomão contestando o senso comum de que ele ficava originalmente na
Cúpula da Rocha, afirmando que quando foi totalmente destruí- do pela
primeira vez em 516 A.C. ele ficava perto da fonte de Siloé. A importância
dessa busca reside no fato de que o Templo não é apenas simbólico e
mitológico, mas também uma realidade histórica inserida em um contexto
atual sócio-político bastante complexo.
A construção do Templo de Salomão começou no ano 480 após o
êxodo, segundo I Reis, cap. 6 vers. 1 e levou um período de 13 anos até o
término da obra.
Segundo Durão (2003), Salomão era um grande artista e um alquimista,
tendo desenhado a maior parte dos enfeites do Templo e também teria
manufaturado, por meios alquímicos, parte do ouro utilizado na sua
construção.
Ismail (2012) ressalta que a Maçonaria sempre teve uma relação com o
Templo de Salomão.
Adoum (1972) trata de aspectos simbólicos do Tabernáculo no deserto
que seria o símbolo do corpo físico no deserto da matéria. O Tabernáculo, ou
o corpo físico, foi dado ao homem para que ele encontre Deus.
Williams (2004) também destaca os mesmos aspectos relatados por
Adoum (1972) e ainda trata de relações com os sólidos platônicos e os
chakras.
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A Maçonaria revela aspectos simbólicos do Templo de Salomão que
são velados e segundo minha análise e inspiração tem uma relação direta
com a sequência de Fibonacci, e por contiguidade, à Razão Áurea.
Morrison (2008) revela a metáfora arquitetônica do Templo de Salomão
correlacionando sua geometria com o corpo humano e demais elementos
naturais a partir do estudo acerca de uma obra de Juan Battista Villalpando
publicada em 1604.
O início do ingresso no Templo de Salomão se faz pela antessala, que
pode ser simbolizada pelo número 1, é Princípio no sentido cosmogônico do
termo, portanto, o início da sequência de Fibonacci.
Queiroz(2010), Melchizedek (2009) e Lawor (1997) relacionam o
simbolismo do número 1 à unidade e ao princípio organizador do Universo.
Goswami (2007) afirma que a consciência necessária, segundo uma
interpretação idealista da Física Quântica, é única. Um referencial absoluto e
necessário para que todo o Universo se manifeste.
O Aprendiz Maçom está ainda no pavimento térreo do Templo do Rei
Salomão, segundo Adoum (1972). Este pavimento simboliza o próprio
Aprendiz e é o reflexo do princípio. Logo é o segundo termo da sequência de
Fibonacci, ou seja, o segundo 1. Na Bíblia Sagrada (2012), Livro da Gênesis,
cap. 1 vers. 26 está escrito: “Deus disse: Façamos o ser humano a nossa
imagem e segundo nossa semelhança,(...)” A consciência humana é um
reflexo da consciência cósmica. Este ponto do estudo é relevante porque se
do Princípio não surgisse a sua imagem ou reflexo não existiria a Criação.
Hurtak (1996) afirma que o Homem é feito na imagem e similitude, onde
o “na” indica que a evolução é um contínuo assimilar de Luz. Ubaldi (1999)
que cada fenômeno só existe porque há movimento de um ponto de partida
para um ponto de chegada. O surgimento do segundo número 1 da sequência
de Fibonacci mostra, portanto, o primeiro movimento da Criação.
O Aprendiz Maçom no início de seu movimento para o pavimento
superior do Templo de Salomão fica entre as duas colunas, B. e J., que juntas
elas dão a ideia da dualidade. Simbolizam o terceiro termo da sequência de
Fibonacci, ou seja, o número 2.
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Na Bíblia Sagrada (2012), Livro da Gênesis, cap. 1 vers. 27 está
escrito: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou,
macho e fêmea ele os criou.” Note que é só no cap. 2, vers. 21, 22 e 23 que
está escrito que Deus criou a mulher a partir da costela de Adão.
Parece ser uma referência ao princípio de Dualidade. Na Bíblia
Sagrada (2012), Livro I Reis , cap. 6 vers. 21 trata da construção do Templo
de Salomão, onde aparece a figura do artífice Hiram Abiff que teria construído
as colunas. Está escrito: “Em seguida ele ergueu as colunas na frente do
vestíbulo do templo: levantou a coluna do lado direito dando o nome de
Jaquin; em seguida levantou a coluna do lado esquerdo, chamando-a de
Booz.”
A seguir, vem a escada em forma de caracol. Note que o caracol, por si
só é uma referência a Pitágoras e o formato perfeito das conchas que tanto
inspiraram esse Venerável Mestre. Os três primeiros degraus aludem ao
princípio ternário, representado no altar pelas Três Grandes Luzes da
Maçonaria. Representam também as virtudes Sabedoria, Força e Beleza. É
cabível também uma relação com os pilares da Árvore da Vida, segundo
Marques (2011).
Segundo Adoum (1972), desde os mais antigos rituais a letra G
simboliza o Grande Arquiteto do Universo, merecendo, portanto, uma
deferência especial. Assim, os sete degraus (sete ciências) somadas ao
próprio Grande Arquiteto do Universo, simbolizam o número 8. Note que o
número 8 simboliza duas vezes quatro, a manifestação perfeita. O octanário é
o número da realização da Divindade no Homem.
3. CONCLUSÃO
A Maçonaria possui um simbolismo oculto, o qual o maçom deve
estudar e buscar desvendar o seu significado.
Ao analisar oTemplo Maçônico, notamos que nada foi criado por
acaso, e sim perfeitamente criado cada detalhe e buscando a perfeição das
formas.Cada símbolo presente no Templo Maçônico pode ter tantos
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significados quantos sejam aqueles que dedicam ao estudo e meditação
acerca do seu significado.
Arola (1986) considera que o Templo é a interseção entre o Céu e a
Terra, entre o Homem e Deus, porque um templo exterior e tangível é
simplesmente o reflexo de um templo interior e intangível.
Conclui-se que o simbolismo acerca da sequência de Fibonacci é muito
mais rico do que aparentava. O Grande Arquiteto do Universo transcende a
mente e a compreensão humanas, mas seria possível ousar supor que a
linguagem que está mais próxima da Mente Cósmica é a Matemática. Na
Matemática está contida tudo o que existe, mas também o que não existe.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Cultrix, São Paulo, 1972.
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DURÃO, João Ferreira. Pequeno Glossário de Filosofia, Esoterismo, História
Antiga e Medieval. Editora Madras, São Paulo, 28/10/2013.
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HURTAK, J.J.. As Chaves de Enoch. Academia para Ciência Futura, São
Paulo, 1996.
ISMAIL, Kennyo. Desmistificando a Maçonaria. Universo dos Livros, São
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Solomon’s Temple. Pietre-Stones Review of Freemasonry.
http://www.freemasons-freemasonry.com. Acesso em 11/08/2015.
LAWOR, Robert. Geometria Sagrada. Edições Del Prado, Rio de Janeiro,
1997.
MARQUES, Hélio de Moraes e (coordenação e supervisão). A Cabala
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MELCHIZEDEK, Drunvalo. O Antigo Segredo da Flor da Vida, vol. 1. Ed.
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MORRISON, Tessa. Juan Battista Villalpando: Solomon’s Temple and the Architectural Metaphor. The International Journal of the Humanities. Melbourne, vol. 6, number 1, p. 203-212, 2008.
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UBALDI, Pietro. A Grande Síntese. Editora Fraternidade Francisco de Assis,
Rio de Janeiro, 1999.
http://www.mundoeducacao.com/matematica/sequencia-fibonacci.htm
Acessado em 10/08/2015
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Solomon’s Temple. Pietre-Stones Review of Freemasonry.
http://www.freemasons-freemasonry.com. Acesso em 10/08/2015.
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