a hanseniase e sua implicações sociais na vida do paciente

29
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA PROGRAMA DARCY RIBEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS. CURSO: LETRAS DISCIPLINA: PRÁTICAS CURRICULARES DIMENSÃO POLÍTICO SOCIAL

Upload: manoel-junior

Post on 16-Dec-2015

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A Hanseniase e Sua Implicações Sociais Na Vida Do Paciente

TRANSCRIPT

Slide 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO-UEMAPROGRAMA DARCY RIBEIROCENTRO DE EDUCAO, CINCIAS EXATAS E NATURAIS.CURSO: LETRASDISCIPLINA: PRTICAS CURRICULARES DIMENSO POLTICO SOCIAL

1A HANSENASE E SUAS IMPLICAES NA VIDA SOCIAL DO PACIENTEADRIANA DA SILVA FERREIRALUZA MARIA MARINHO COSTAMANOEL LOPES SOARES JUNIORMNICA GOMES LINDOSO NEILA REGINA LINDOSO GOMESSIMONE GOMES DA SILVA PROBLEMATIZAO

PORQUE AINDA ACONTECEM DEFORMIDADES FSICAS E IMPLICAES SOCIAIS NA VIDA DE UM PACIENTE DE HANSENASE? OBJETIVOS GeralDivulgar informaes sobre a hansenase nas suas formas de transmisso e tratamento e suas implicaes sociais na vida do paciente. ESPECFICOS

Discutir a natureza da doena, seus sintomas, formas de transmisso e tratamentos.

Esclarecer que a hansenase tem cura.

Alertar para a necessidade do diagnstico precoce da doena.

Orientar sobre o direito ao tratamento e a preveno de incapacidades e deformidades.

Contribuir para a diminuio de casos e do preconceito.

JUSTIFICATIVA Segundo a Organizao Mundial da Sade, (OMS), o Brasil o segundo pas com maior numero de casos de hansenase no mundo, ficando atrs somente da ndia. Em 2008, 60% dos municpios brasileiros (3.521) tinham pelo menos um caso da doena. Estima-se que a cada ano surjam 49.000 novos casos no pas.

No municpio de Cajari a taxa de prevalncia da hansenase que o nmero de casos antigos acrescido com o numero de casos novos, de acordo com informaes do Sistema Nacional de Atendimento Mdico (SINAM) atravs do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) de 23,81, enquanto a do Maranho de 20,17 e a do Brasil de 6,75, o que significa que o ndice do municpio quase trs vezes a taxa nacional. O ndice de abandono do tratamento tambm corresponde a um numero elevado, cerca de 20% no concluem o perodo destinado a esse fim.9Resultado da Pesquisa Este estudo surgiu tambm da necessidade de uma mobilizao no sentido de fazer com que cada indivduo reconhea que parte fundamental para o sucesso no processo da erradicao da hansenase e que alm das polticas publicas do governo destinadas para esse fim, todos podem contribuir de acordo com as suas possibilidades e a informao o melhor caminho para evitar novos casos e tambm para o fim da discriminao to comum mas j to imprpria para o momento em que vivemos.

Os sinais e sintomas da hansenase esto localizados principalmente nas extremidades das mos e dos ps, na face, nas orelhas, nas costas, nas ndegas e nas pernas.Manchas esbranquiadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo.rea de pele seca e com falta de suor.rea da pele com queda de plos, mais especialmente nas sobrancelhas.rea da pele com perda ou ausncia de sensibilidade (dormncias, diminuio da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogo e nem perceber, indo verificar a leso avermelhada da queimadura na pele mais tarde.Dor e sensao de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braos e das pernas.Edema ou inchao de mos e ps.Diminuio da fora dos msculos das mos, ps e face devido inflamao de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.lceras de pernas e ps.Ndulo (caroos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

Os sinais e sintomas mais comuns nas formas mais graves da hansenase so:Febre, edemas e dor nas juntas.Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz e olhos.Mal estar geral, emagrecimento.A doena se desenvolve lentamente, mas pode causar reaes agudas (febre, caroos no corpo, inchaos) e neurites (dor e formigamento nos nervos, dormncia, diminuio da fora muscular das mos e dos ps, acarretando prejuzo de movimentos finos, a exemplo do movimento de pina com os dedos) e incapacidades fsicas que evoluem para deformidades.

FUNDAMENTAO TERICAConhecer e compreender as formas e as manifestaes de uma determinada doena fundamental para definies de procedimentos teraputicos que resultem de forma satisfatria. No caso da hansenase, doena de evoluo lenta, cujo perodo de incubao pode ultrapassar os cinco anos, tem suas manifestaes de muitas formas, porm classificada pela (OMS) em apenas duas formas distintas que so a paucibacilar (PB) e multibacilar (MB).

De acordo com Galvan (2003) Sendo uma doena muito antiga no se sabe ao certo seu surgimento, mas estudos mais antigos datam os primeiros casos 600 anos a.C na ndia. Sempre associada a pssimas condies de vida e higiene a hansenase ainda carrega consigo uma imagem histrica repleta de crenas populares e religiosidade que fazem com que apesar de muita informao a seu respeito muitos ainda tenham preconceitos psicolgicos e sociais contra portadores. A hansenase uma doena infecciosa que pode acometer qualquer pessoa independentemente de sexo, raa ou idade, porm existem alguns fatores que influenciam diretamente para uma maior disseminao do bacilo, levando em conta que as caractersticas biolgicas influenciam decisivamente no adoecimento do individuo, as condies scio-econmicas de um indivduo que determinaro seu adoecimento uma vez que seja susceptvel a contrair a doena.

necessrio que populao seja informada sobre os sinais e sintomas da doena, que tenha acesso fcil ao diagnstico e tratamento e que os portadores de hansenase possam ser orientados e amparados juntamente com a sua famlia durante todo o processo de cura. Exige, assim, profissionais de sade capacitados para lidar com todos esses aspectos (BRASIL, 2001).Como lembra Claro, 1995 Apud Figueiredo (2006, p. 23) h um descompasso entre os avanos tcnicos que tornaram disponveis tratamentos eficazes e as crenas populares ainda vigentes sobre a hansenase que variam de acordo com o grau de conhecimento de cada pessoa. METODOLOGIAEste estudo na forma de projeto de pesquisa de cunho qualitativo desenvolvido no municpio de Cajari-MA, localizada na microrregio da Baixada maranhense, distante 200 km da capital do Estado, So Luis, que conta com uma populao de 18.338 habitantes de acordo com o censo de 2010.

Primeiramente procurou-se entender atravs dos dados selecionados e analisados toda a natureza epidemiolgica da hansenase no municpio do ano de 2001 a 2011 e de que forma o sistema de sade do municpio atravs de profissionais capacitados para diagnstico e acompanhamento, intervieram nessa problemtica, se existiram campanhas contra a doena, eventos para esclarecimentos a comunidade sobre questes de contaminao, tratamento e cura.As palestras e reunies foram desenvolvidas com a ajuda de um profissional da rea possibilitando para aos participantes uma gama de informaes que culminar em pessoas mais preparadas para agir diante de um caso de hansenase.

REFERNCIAS

BASTOS, Raquel Patriota Costa. Hansenase: estudo epidemiolgico e clnico dos casos ocorridos em menores de 15 anos no estado de Alagoas no perodo de 1990 2007. Dissertao (Mestrado em Cincias da sade) Universidade Federal de Alagoas Macei 2010.BORENSTEIN, Miriam Sssking; et al. Hansenase: estigma e preconceito vivenciados por pacientes institucionalizados em Santa Catarina (1940-1960), Revista Brasileira de Enfermagem Braslia, 2008.BRASIL. Ministrio da Sade. Controle da hansenase na ateno bsica: guia prtico para profissionais de sade da famlia, elaborao de Maria Bernadete Moreira e Milton Menezes da Costa Neto. Braslia: 2001._______. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Ateno Bsica. Guia para o controle da hansenase. Braslia: 2002.

MACIEL, Juceli Maria. Microbiologia e parasitologia. 2 ed. Canoas, Ed ULBRA, 2003.MINUZZO, Dbora Alves. O homem paciente de hansenase (lepra) representao social, rede social familiar, experincia e imagem corporal. Dissertao (Mestrado) Universidade de vora, 2008.NASCIMENTO, Dilene Raimundo do; et al. Uma histria brasileira das doenas. Rio de Janeiro, Mauad, 2006.OMS. Guia Prtico para Eliminao da Hansenase. Monitoramento da Eliminao da Hansenase, 1 ed. 2000.PEREIRA, et. al. Perfil dos pacientes diagnosticados com hansenase. Petrolina, 2006. _______. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Guia de vigilncia epidemiolgica. 6. ed. - Braslia: Ministrio da Sade, 2005.FIGUEIREDO, Ivan Abreu. O plano de eliminao da hansenase no Brasil em questo: o entrecruzamento de diferentes olhares na analise da poltica pblica. Dissertao (Doutorado em Polticas pblicas) Universidade Federal do Maranho UFMA, So Luis, 2006.GALVAN, Alda Luiza. Hansenase (lepra): que representaes ainda se mantm? Canoas, Ed ULBRA, 2003.LOPES, Antonio Carlos. Diagnstico e Tratamento. Sociedade Brasileira de Clinica Mdica. Barueri SP: Manole, 2006.MANTELLINI, Glauca Gonalves. Incapacidades fsicas em hansenase e atividade fsica: problema do passado ou coisa do futuro? Tese (Doutorado) Faculdade de Educao Fsica, Universidade Estadual de Campinas. Campinas SP, 2005.

Obrigado!