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C A D E R N O D O P A R T I C I P A N T E
MINISTRIO DA SADE
Capacitao em Prevenode Incapacidades em
Hansenase
Braslia DF2010
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Srie F. Comunica o e Educa o em Sade
Bras lia DF2010
MINISTRIO DA SADESecretaria de Vigil ncia em Sade
Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica
Capacita o em Preven ode Incapacidades em Hansen ase
caderno do ParTIcIPanTe
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Impresso no Brasil / Printed in Brazil
2010 Ministrio da Sade.Todos os direitos reservados. permitida a reprodu o parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que n o seja paravenda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica.A cole o institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada na ntegra na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sade:http://www.saude.gov.br/bvs
Srie F. Comunica o e Educa o em Sade
Tiragem: 1 edi o 2010 6000 exemplares
Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADESecretaria de Vigil ncia em SadeDepartamento de Vigil ncia Epidemiol gicaCoordena o Geral do Programa Nacionalde Controle da Hansen aseSCS Quadra 4, Bloco A, Edif cio Principal, 3 AndarCEP: 70304-000, Bras lia DFTel.: 3213-8189
Instituies parceiras:ALM American Leprosy MissionsILEP Federa o Internacional de Luta contra a Hansen aseAdaptado do cat logo Sade para a Vida, produzido pelaILEP Brasil, baseado no original da ALM Train the TrainersManual for Preventing Disability in Hansens Disease, 1997.
Coordenao Tcnica do Projeto:CGPNCH/DEVEP/SVS/MS e ALM/ILEP BRASIL
Organizao:Coordena o-Geral do Programa Nacionalde Controle da Hansen ase e ALM/ILEP BRASIL
Coordenao geral:Maria Aparecida de Faria GrossiCarmelita Ribeiro de OliveiraDanusa Fernandes Benjamim
Coordenao de texto para editorao e publicao:Maria Rita Co lho Dantas
Produo Editorial:NUCOM
Autoras:Hannelore Vieth, Linda Lehman (Coordenadora), Lcia HelenaSoares Camargo Marciano, Mari ngela Pedroso Pioto, Maria BeatrizPenna Orsini, Priscila Leiko Fuzikawa, Ronise Costa Lima, RosemariBaccarelli, Selma R. Axcar Salotti e Soraya Diniz Gon alves.
Assessores de contedo:Coordena o da CGPNCH/DEVEP/SVS/MS, Coordena o deControle da Hansen ase/MG/SP, Eni da Silveira Batalha de Ma-galh es, Maria Ana Arajo Leboeuf, Maria Aparecida de Faria
Grossi, Maria da Concei o Cavalcanti Magalh es, Maria LeideW. de Oliveira, Sebasti o Alves de Sena Neto e Wagner Moreira.
Revisores de contedo:Cl udia Maria Escarabel, Dilma Maria Lima Rocha, HanneloreVieth, Linda Faye Lehman e Priscila Leiko Fuzikawa.
Projeto grfico e diagramao:Carlos Neri
Ilustraes:Alexandre Martins Soares
Reviso de texto:Denise Goulart
Editora MSCoordena o de Gest o EditorialSIA, trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040, Bras lia DFTels.: (61) 3233-1774 / 2020Fax: (61) 3233-9558E-mail : [email protected] page: http://www.saude.gov.br/editora
Equipe editorial:Normaliza o: Adenilson Flix
Ficha Catalogr fica
Cataloga o na fonte Coordena o-Geral de Documenta o e Informa o Editora MS OS 2010/0093
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigil ncia em Sade. Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica.Capacita o em preven o de incapacidades em hansen ase : caderno do participante / Ministrio da Sade,
Secretaria de Vigil ncia em Sade, Departamento de Vigil ncia Epidemiol gica. Bras lia : Ministrio da Sade, 2010.155 p. : il. (Srie F. Comunica o e Educa o em Sade)
ISBN 978-85-334-1690-1
1. Hansen ase. 2. Agravos sade. 3. Incapacidade. I. T tulo. II. Srie.
CDU 616-002.73
Ttulos para indexao:Em ingl s: Training on prevention of disability in Hansens disease: participant notebook Em espanhol: Capacitaci n en prevenci n de discapacidad en hanseniase: cuaderno del participante
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aGradecIMenToS
Sra. Terezinha Prud ncio da Silva, viva de Francisco Augusto VieiraNunes o Bacurau, pelo texto te rico 1;
Editora LTC Livros Tcnicos e Cient ficos Editora S/A, pela permiss o parapublica o do texto te rico 2 do Doutor Erving Goffman;
s autoras Linda Faye Lehman, Lcia Helena Soares Camargo Marciano,Maria Beatriz Penna Orsini e Rosemari Baccarelli, pelo texto te rico 3;
Ao Dr. David Schollar, pela permiss o para a publica o do texto te rico 4do Doutor Charles K. Job;
s autoras Lcia Cristofonili e Eliana Fonseca Ogusku, pela permiss o parapublica o do texto te rico 5 pela Revista Salusvita;
American Leprosy Missions ALM, pela autoriza o para a publica oconjunta do texto.
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Sum rio
ap s t .................................................................................................................................. 9
I t u ..................................................................................................................................... 11
P ti ip t s: s b i -s p m i um i mi qu b -g ...................................... 13
Din mica Quem voc ? ............................................................................................................ 13
H bi i s b si s m p v i p i s PI (p p i i i ) ............................. 15
Autoavalia o inicial ..................................................................................................................... 15Estudo de caso D. Juracy (conhecimento inicial) ........................................................................ 21
T mi gi s it s ............................................................................................................. 25
Classifica o Internacional de Funcionalidade (CIF) ...................................................................... 25Conceitos de preven o e reabilita o ......................................................................................... 26
d s pi mi gi s m h s s ........................................................................................ 29Casos novos de hansen ase, total e em menores de 15 anos, grau 2 de incapacidade,nmero e percentual nos 17 pa ses com maior nmero de casos em 2008 .................................. 29Nmero de casos novos de hansen ase e coeficiente de detec o na popula o gerale em menores de 15 anos Brasil 2008 .................................................................................... 30Nmero e percentual de casos novos de hansen ase avaliados quanto ao graude incapacidade f sica, segundo unidade federada Brasil 2008 .............................................. 31Exemplo comparativo: casos novos x GI 2 .................................................................................... 32
Mapa dosclusters de hansen ase no Brasil ................................................................................... 32
estigm .......................................................................................................................................... 33
Texto te rico 1 .............................................................................................................................. 33Texto te rico 2 .............................................................................................................................. 36
SalSa s p ti ip ..................................................................................................... 39
Introdu o SALSA e escala de participa o ............................................................................. 39SALSA ........................................................................................................................................... 41Escala de participa o .................................................................................................................. 47
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a t mi ....................................................................................................................................... 57
Desenhos de anatomia: identificando estruturas .......................................................................... 57
av i p i t d fi i s ............................................................................................... 65
Avalia o neurol gica simplificada ............................................................................................... 65Bula sobre o estesimetro (monofilamento) ................................................................................. 69
Pr tica com o teste de sensibilidade: utilizando o estesimetro ................................................... 71
For a muscular e indica o dos exerc cios .................................................................................... 72
Texto te rico 3 .............................................................................................................................. 72
r gist g u i p i ............................................................................................ 83
Grau de incapacidade (OMS) ........................................................................................................ 83
Defini es ..................................................................................................................................... 84Formul rio para registrar o grau de incapacidade ........................................................................ 86
Pr tica com o registro do grau ..................................................................................................... 87
Diferen a entre avalia o neurol gica, grau de incapacidade e escore OMP ................................ 92
Fu u r s ............................................................................................................... 95
Fun es e les es das fibras neurais .............................................................................................. 95
Critrios para suspeitar e/ou confirmar altera es na fun o neural ............................................ 96
Neurites ........................................................................................................................................ 96Rea es ........................................................................................................................................ 97
Rea es e neurites: altera es e condutas .................................................................................... 98
Texto te rico 4 .............................................................................................................................. 99
P im t s ui s .......................................................................................................... 107
Nariz: altera es e condutas ....................................................................................................... 107
Texto te rico 5 ............................................................................................................................ 108
Pele ............................................................................................................................................. 113Ps ............................................................................................................................................. 114
Autocuidados Resumo ............................................................................................................. 118
Critrio para interven o/encaminhamento ................................................................................ 120
s ......................................................................................................................................... 123
Tipos e caracter sticas das lceras .............................................................................................. 123
Avalia o da lcera Caracter sticas .......................................................................................... 124
Fatores que retardam ou impedem a cicatriza o ...................................................................... 124Cuidados com lceras ................................................................................................................ 125
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M it m t p j m t s tivi s PI ................................................................ 127Exerc cio 1: consolida o da coorte de casos novos em 2006 .................................................... 127Consolida o e an lise dos dados .............................................................................................. 129Exerc cio 2: dados de pacientes avaliados na capacita o ou dados de prontu rios .................. 130
Preven o de danos ................................................................................................................... 134Lista de materiais usados na preven o de incapacidades .......................................................... 135
H bi i s b si s m p v i p i s PI (p p fi ) .............................. 137Autoavalia o final ..................................................................................................................... 137Estudo de caso D. Juracy (conhecimento final) ........................................................................ 144
r f i s .................................................................................................................................. 149
a x a M t i p i p p it m PI .............................................................. 151
Avalia o dos sentimentos no final do dia ................................................................................. 151
Avalia o final da capacita o pelo participante ........................................................................ 153
Ficha de inscri o do participante .............................................................................................. 155
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APRESENTAO 9
Este Manual de Capacita o em Preven o de Incapacidades expressa a imensa preocupa o doMinistrio da Sade com as defici ncias e deformidades que podem ocorrer com as pessoasatingidas pela hansen ase.A hansen ase end mica no Brasil. Registram-se em mdia, a cada ano, quarenta mil casos novos, dosquais 18,1% com grau de incapacidade 1 e 5,7% com grau de incapacidade 2. Esta situa o afeta a vidade milhares de pessoas, que podem perder a sensibilidade, o tato e a vis o, tornando-as mais vulner veisaos riscos de acidentes, queimaduras, feridas, infec es, amputa es, entre outros.
O diagn stico precoce, o tratamento e a preven o s o a es priorit rias para quebrar a cadeia de trans-miss o da doen a, reduzir incapacidades e deformidades, desconstruindo o medo e o preconceito quecausam discrimina o e danos ps quicos, morais e sociais aos doentes, seus familiares e sociedade.
Essas a es dependem da qualifica o de todos os profissionais de sade para identificar sinais e sin-tomas suspeitos; do di logo com o paciente; do encaminhamento para a realiza o de exames e dotratamento adequado; e da reabilita o, quando necess ria. Elas dependem ainda da gest o da rede decuidados necess rios assist ncia integral e igualit ria s pessoas acometidas pela hansen ase.O Ministrio da Sade, por meio da Coordena o-Geral do Programa Nacional de Controle da Hansen ase(CGPNCH) publicou recentemente, com o prop sito de subsidiar estados e munic pios, um conjunto demanuais revistos e atualizados: preven o de incapacidades; condutas para tratamento de lceras emhansen ase e diabetes; condutas para altera es oculares em hansen ase; reabilita o e cirurgia em han-sen ase e adapta es de palmilhas e cal ados.
Assim, de posse desses materiais, h a necessidade de que os profissionais sejam capacitados na preven-o e tratamento das incapacidades geradas e no autocuidado. O Manual de Capacita o em Preven o
de Incapacidades vem atender esta necessidade, integrando teoria e pr tica. Ele o resultado do esfor o
conjunto de tcnicos especializados da CGPNCH/SVS/MS, de especialistas da ALM/ILEP e da contribui-o valiosa de autores/editores que cederam os direitos de publica o para esta obra dos cinco textoste ricos que aqui v o reproduzidos, de acordo com os originais. Alm disso, recebeu a contribui o detcnicos regionais e locais, que foram os primeiros participantes dessas oficinas. A todos esses nossosparceiros, os nossos agradecimentos.
Coordenadora da CGPNCH Secret rio de Vigil ncia em Sade
Apresenta o
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INTRODUO 11
A primeira vers o do catalogadorSade para a Vida foi desenvolvida e utilizada em todas as27 unidades federadas do Brasil, durante dois anos, de 1997 a 1999. O uso continuado dessemanual de capacita o nos diferentes estados, bem como a demanda para que o mesmo fosseatualizado, estimulou a ILEP a apoiar a atualiza o do mesmo, a fim de que pudesse ser incorporadoao conjunto de materiais educativos da Coordena o-Geral do Programa Nacional de Controle daHansen ase do Ministrio da Sade.
Para que se pudesse ter um instrumento que facilitasse a organiza o de capacita o em PI, levou-se emconta as experi ncias e as demandas dos profissionais do campo.
A organiza o do contedo por m dulos facilita o uso do material para atender a uma variedade denecessidades da capacita o e permite flexibilidade no agendamento do mesmo. O manual ajuda osmonitores a focarem os conhecimentos e as habilidades b sicas necess rios para se prevenir e/ou mi-nimizar as incapacidades, e padroniza os mtodos de avalia o, documenta o e tratamento. Essesconhecimentos e habilidades b sicas desenvolvem uma base s lida para se acrescentar atividades dereabilita o mais complexas.
Essa edi o atualiza os m dulos existentes e acrescenta outros sobre como avaliar as realiza es dasatividades di rias e participa o social. Dessa forma, a preven o de incapacidades pode ser abordadade forma mais hol stica, incluindo defici ncias, limita es de atividades, restri es de participa o sociale aspectos do ambiente que afetam as incapacidades. Um m dulo diferente sobre o monitoramento dasatividades de PI foi inclu do para ajudar os servi os de sade a:
identificar as necessidades de PI;planejar e organizar interven es em PI;monitorar e avaliar os resultados das interven es;integrar as atividades de PI nas a es de controle da hansen ase;reunir e agrupar os contedos m nimos necess rios ao conhecimento e pr tica com as atividades de PI;permitir a atua o de profissionais de diferentes categorias (auxiliares, agentes de sade, mdicos,
enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas etc.);facilitar a uniformiza o e organiza o no repasse do contedo;acompanhar, avaliar e expandir as atividades de PI de acordo com as habilidades, conhecimentos,recursos dispon veis e necessidades encontradas.
Padronizar e uniformizar procedimentos s o necess rios para a constru o de um roteiro-guia de traba-lho, mas fundamental observar e respeitar as individualidades e as diversidades, estimulando a criativi-dade de cada indiv duo, unidade federada e munic pio.
importante que durante todo o processo de capacita o se utilize de uma metodologia partici-pativa, na qual os monitores facilitam o aprendizado oferecendo oportunidades para a pr tica de
habilidades, o que d aos participantes a autoconfian a necess ria para que possam implementar asatividades de PI em seus respectivos servi os. necess rio esfor o continuado para se desenvolver
Introdu o
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE12
equipes estaduais e municipais de consultores tcnicos que possam colaborar no desenvolvimentoe expans o das atividades de PI.
A colabora o entre organiza es governamentais e n o governamentais e consultores tcnicos temdemonstrado a import ncia das parcerias para que se possa alcan ar o objetivo da preven o de incapa-cidades em hansen ase.
Vale ressaltar a voz de uma parceria fundamental para que esse manual pudesse se tornar realidade:a ONG ALM Internacional (American Leprosy Missions).
Nos ltimos 15 anos estivemos observando a mudan a no conceito de preven o.Anteriormente, procur vamos evitar as complica es dos problemas j existentes(deformidades, lceras, isolamento social etc.). Hoje, buscamos evitar a instala o dequalquer problema, desde o momento do diagn stico.
Paralelamente, tambm observamos algumas mudan as nas metodologias de capa-cita o em PI. A princ pio, observ vamos que havia muita informa o, deixando osparticipantes confusos, assustados, inseguros e sem saber onde e como come ar. A pr tica era pouca, os locais, bem diferentes da realidade das Unidades B sicas de Sa-de, dificultando a adapta o de cada participante sua realidade local. Outro aspectoera a exist ncia de uma grande diversidade de profissionais especializados atuandonas atividades de PI. Isto fazia com que as unidades pequenas e com pouco nmero deprofissionais achassem que n o podiam fazer nada. Isto tambm gerava a impress o
de que PI era uma atividade separada das a es b sicas de controle da hansen ase.Observando as capacita es e as supervis es, percebemos que as pessoas tinham co-nhecimento, mas lhes faltava habilidade e confian a para realizar as tcnicas.
A experi ncia com diferentes metodologias mostrou ser importante desenvolver comos participantes a autoconfian a, para que possam implantar e/ou implementar asatividades b sicas de PI junto s a es de controle da hansen ase (ACH). As teoriasconfirmam que o indiv duo faz aquilo que acredita saber fazer. Sabemos que, me-lhorando as habilidades, aumentaremos a possibilidade de as pessoas, realmente, sesentirem confiantes com o que aprenderam.
Foi tambm observando as mudan as que, a pedido da Coordena o-Geral do Pro-grama Nacional de Controle da Hansen ase (CGPNCH), do Departamento de Vigil nciaem Sade (DEVEP), da Secretaria de Vigil ncia em Sade (SVS), do Ministrio da Sade(MS), surgiu o Projeto Nacional de Preven o de Incapacidades F sicas em Hansen ase,um projeto conjunto da CGPNCH com a nossa ONG e que conta com a experi nciade diversos tcnicos de todo o Brasil. Ele busca, atravs da procura, padroniza o euniformiza o, facilitar a implanta o e/ou implementa o das atividades b sicas dePI. Procura, ainda, incentivar unidades federadas e munic pios, uma vez capacitados,a multiplicar as capacita es e realizar as necess rias supervis es.
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PARTICIPANTES: DESCOBRINDO-SE POR MEIO DE UMA DINMICA QUEBRA-GEL13
Participantes: descobrindo-se pormeio de uma din mica quebra-gelo
di mi Qu m v ?Objetivo
Quebra-gelo.
Instru o
Encontrar pessoas no grupo que tenham uma das caracter sticas listadas abaixo, escrevendo o nome na coluna nome. Quantas voc conseguir , em 5 minutos?
Observa oO nome de cada participante s pode ser utilizado uma vez.
Dura o5 minutos.
c t sti s n m1. Assiste novela das oito horas2. Usa lentes de contato3. av/av4. Tem mais de 4 filhos5. Anda de bicicleta6. Dirige algum ve culo7. Mora sozinho8. N o come feij o e arroz todos os dias9. J andou de trem
10. A cor preferida verde11. N o come carne12. Pinta o cabelo13. Gosta de ouvir msica cl ssica14. Costuma dan ar15. Tem olhos azuis16. N o mora no estado em que nasceu17. Assiste ao jogo de futebol toda semana18. N o gosta de caf
19. J viajou para outro estado20. Toma caf sem a car
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HABILIDADES BSICAS EM PREVENO DE INCAPACIDADES PI (PERCEPO INICIA15
aut v i i i iNome: ____________________________________________ Profiss o: _____________________________
Local de trabalho: __________________________________ Cidade: ___________________ Estado: _____
Local da capacita o: _______________________________ Cidade: ___________________ Estado: _____
1PERCEPO INICIAL
(Data: _____ / _____ / _____ )
Marque com um X a coluna que responde como est a sua habilidade em rela o tcnica listada. Coloque um asterisco (*) ao lado de cada tcnica, caso queira ser capacitado(a) no assunto.
aValIaoSIM
sei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
V s b i tifi :
Limita es nas atividadesda vida di ria (AVD) 1
Restri es de participa o social 2
V s b x mi s h s:
Ouvindo o paciente 3
Fazendo a inspe o 4
Fazendo a pesquisa dasensibilidade da c rnea 5
Testando a for a muscular 6
Testando a acuidade visual 7
Habilidades b sicas em preven o deincapacidades PI (percep o inicial)
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE16
aValIaoSIM
sei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
Registrando dados no prontu rio 8
Preenchendo a ficha dograu de incapacidade (OMS) 9
V s b x mi iz:
Ouvindo o paciente 10
Fazendo a inspe o 11
Registrando dados no prontu rio 12
V s b x mi s m mb s sup i s:Ouvindo o paciente 13
Fazendo a inspe o 14
Fazendo a palpa o dos nervos 15
Fazendo a pesquisa da sensibilidade 16
Testando a for a muscular 17
Examinando a mobilidade articular 18Registrando dados no prontu rio 19
Preenchendo a ficha dograu de incapacidade (OMS) 20
V s b x mi s m mb s i f i s:
Ouvindo o paciente 21
Fazendo a inspe o 22
Observando o modo de andar 23
Fazendo a palpa o dos nervos 24
Fazendo a pesquisa da sensibilidade 25
Testando a for a muscular 26
Examinando a mobilidade articular 27
Fazendo a inspe o do cal ado 28
Registrando dados no prontu rio 29
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HABILIDADES BSICAS EM PREVENO DE INCAPACIDADES PI (PERCEPO INICIA17
aValIaoSIM
sei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
Preenchendo a ficha do
grau de incapacidade (OMS)30
SUBToTal a (30)
TraTaMenTo SIMsei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
V s b :
Buscar solu es para as limita esde atividades da vida di ria (AVD) 1
Buscar solu es para asrestri es de participa o social 2
Identificar a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 3
Fazer o encaminhamento 4
Registrar procedimentose agendar o retorno 5
Fazer o acompanhamento 6
V s b t t st s i is u it s:
Fazendo monitoramento da fun o neural:
Fazendo a palpa o do nervo 7
Fazendo a pesquisa de sensibilidade 8
Testando a for a muscular 9
Fazendo imobiliza es 10
Dando orienta es 11
Encaminhando ao mdico 12
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 13
Fazendo o encaminhamento 14
Registrando procedimentose agendando o retorno 15
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE18
TraTaMenTo SIMsei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
Fazendo acompanhamento
do processo inflamat rio16
V s b t t s h s:
Fazendo a limpeza 17
Fazendo a lubrifica o com col rios 18
Ensinando os exerc cios 19
Orientando o uso deprote o diurna e noturna 20
Ensinando autocuidados econviv ncia com olhos insens veis 21
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 22
Fazendo o encaminhamento 23
Registrando os procedimentose agendando o retorno 24
Fazendo o acompanhamento 25V s b t t iz:
Fazendo limpeza com gua 26
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 27
Fazendo o encaminhamento 28
Registrando os procedimentos
e agendando o retorno29
Fazendo o acompanhamento 30
V s b t t s m s:
Fazendo a hidrata o e lubrifica o 31
Ensinando os exerc cios 32
Ensinando autocuidados econviv ncia com m os insens veis 33
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 34
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HABILIDADES BSICAS EM PREVENO DE INCAPACIDADES PI (PERCEPO INICIA19
TraTaMenTo SIMsei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
Fazendo o encaminhamento 35
Registrando os procedimentose agendando o retorno 36
Fazendo o acompanhamento 37
V s b t t s ps:
Fazendo a hidrata o e lubrifica o 38
Ensinando os exerc cios 39
Ensinando autocuidados econviv ncia com ps insens veis 40
Ensinando a escolher o cal ado adequado 41
Ensinando o uso de palmilhas 42
Ensinando o uso do aparelhodorsiflexor para p ca do 43
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 44
Fazendo o encaminhamento 45
Registrando os procedimentose agendando o retorno 46
Fazendo o acompanhamento 47
V s b t t s:
Fazendo a limpeza 48
Fazendo a hidrata o 49
Fazendo desbridamento 50
Cobrindo o ferimento 51
Orientando o repouso 52
Ensinando autocuidados econviv ncia com ps insens veis 53
Ensinando o uso de cal ado adequado 54
Identificando a necessidade derefer ncia e contrarrefer ncia 55
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE20
TraTaMenTo SIMsei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
Fazendo o encaminhamento 56
Registrando os procedimentose agendando o retorno 57
Fazendo o acompanhamento 58
SUBToTal B (58)
orGanIZao de SerVIo SIMsei faz -loSIM
sei faz -lo, porm tenhodvidas ou dificuldades
non o sei
V s b p g m m t i b si p tivi s p v i p i s m h s s :
Fazendo o levantamento das necessidades 1
Planejando e justificandoos materiais solicitados 2
Encaminhando a solicita o do material 3
Recebendo e armazenando o material 4
Acompanhando a utiliza o do material 5
Fazendo avalia o das habilidadese atividades feitas para prevenirincapacidades em hansen ase
6
SUBToTal c (6)
PERCEPO INICIAL(Data: _____ / _____ / _____ )
Total A+B+C: _____________
Porcentagem: N absoluto (total) x 100 = _____188
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HABILIDADES BSICAS EM PREVENO DE INCAPACIDADES PI (PERCEPO INICIA21
estu s d. Ju y ( h im t i i i )
Data da capacita o: ____ / ____ / ____ Local: ___________________________________________________
Nome: ___________________________________________________________________________________Profiss o: _________________________ Local de trabalho: _______________________________________
H quanto tempo trabalha com hansen ase? ____________________________________________________
H quanto tempo trabalha com PI em hansen ase? ______________________________________________
1. Voc deve realizar as avalia es de olho, nariz, m o e p para identificar, prevenir e acompanharas incapacidades.
a) Quais pacientes devem ser avaliados?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Nessas avalia es, quais dados devem ser documentados?
Olhos: ______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Nariz: ______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
M os (membros superiores): _____________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Ps (membros inferiores): ______________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
c) Com que frequ ncia se deve realizar essas avalia es?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d) O que se deve fazer para garantir que voc ou outro profissional possa verificar melhora, ou piora,em uma pr xima avalia o?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE22
2. Estamos recebendo D. Juracy em nosso servi o pela primeira vez. Hoje foi confirmado o diagn sticode hansen ase. Durante a entrevista, D. Juracy relata que algumas vezes os objetos caem de suas m osfacilmente e que os ps est o como se fossem pesados.
a) Qual a sua suspeita?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Como confirmar ou descartar sua suspeita?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Confirmada a suspeita, que conduta voc adotar ?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. No exame, foi observado que D. Juracy tem perda de sensibilidade protetora na rea plantar do pdireito, com uma bolha na cabe a do primeiro metatarsiano e uma rea com hipertermia na cabe a
do quinto metatarsiano.a) Voc verificou a necessidade de ensinar paciente as tcnicas de autocuidados. Quais as orienta-
es que voc daria D. Juracy?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) O que voc faria para aliviar a press o sobre o primeiro e quinto metatarsianos?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Ap s 30 dias, nossa cliente retornar para a dose supervisionada com outro profissional.
a) Como voc pode garantir que ver D. Juracy nesse mesmo dia?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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HABILIDADES BSICAS EM PREVENO DE INCAPACIDADES PI (PERCEPO INICIA23
b) Como voc verifica se D. Juracy assimilou, ou n o, as orienta es e os cuidados ensinados?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Qual ser a sua atitude diante da queixa de diminui o da vis o apresentada por D. Juracy?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. D. Juracy evoluiu bem. Os ps est o sem les es, mas ainda h falta de sensibilidade protetora nos ps(os ps poder o ter lceras, feridas). Inicia-se um feriado prolongado e D. Juracy observa que h umferimento, provocado por uma tampinha de garrafa que estava dentro de seu sapato.
a) O que voc espera que D. Juracy fa a?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Nesse caso, quando D. Juracy deve procurar o posto de sade?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. Neste momento, a institui o solicita de voc um planejamento, com o objetivo de conseguir recur-sos. Os recursos da prefeitura s o limitados. Voc ter que priorizar suas atividades, justificar a sele ode materiais, bem como apresentar os resultados, ao final do ano. Esses resultados ser o utilizadospara determinar a continuidade, ou n o, do fornecimento de recursos.
a) Que dados voc utilizar , para determinar suas prioridades nas atividades de PI e no pedidode materiais?
______________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. Voc sabe que importante determinar o grau de incapacidade (OMS), bem como realizar avalia esperi dicas e sistem ticas de olhos, nariz, m os e ps. Para que cada um desses dados utilizado?
a) Para que o grau de incapacidade (OMS) utilizado?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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b) Para que os resultados do conjunto de avalia es, olho, nariz, m o e p s o utilizados?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
9. No programa de a es de controle da hansen ase, quais s o as a es priorit rias, para prevenirincapacidades? Cite as cinco que voc considera mais importantes._________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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TERMINOLOGIAS E CONCEITOS25
c ssifi I t i Fu i i (cIF)A Classifica o Internacional de Funcionalidade (CIF) faz parte da fam lia de classifica es desenvolvi-das pela Organiza o Mundial da Sade (OMS), sendo complementar Classifica o Internacional deDoen as (CID-10). Representa uma mudan a de paradigma para se pensar e trabalhar a defici ncia e aincapacidade, ampliando a vis o do homem para incluir n o apenas a dimens o biol gica, mas tambmsuas atividades, rela es sociais e condi es de vida.
A funcionalidade inclui as fun es e estruturas do corpo, atividades e participa o e condicionada porfatores pessoais e ambientais. Dependendo da condi o de sade do indiv duo e dos fatores pessoais ouambientais, pode haver comprometimento da funcionalidade, gerando incapacidades que se apresen-tam como defici ncias, limita o de atividades ou restri o de participa o social.
d fi i s s mp t s t xt s (oMS/cIF, 2001)
Fu i i
Fun es do corpo Fun es fisiol gicas dos sistemas corporais(incluindo fun es psicol gicas).
Estruturas do corpo Partes anatmicas do corpo, como rg os,membros e seus componentes.
Atividade A execu o de uma tarefa ou a o por um indiv duo.
Participa o O envolvimento numa situa o da vida.
I p i
Defici ncia Problemas no funcionamento ou na estruturado corpo, como desvios ou perdas significativos.
Limita es da atividadeDificuldades que algum pode terao executar atividades.
Restri es de participa o Problemas que um indiv duo pode experimentarao se envolver em situa es da vida.
F t st xtu is
Fatores ambientais O ambiente f sico, social e comportamentalno qual as pessoas vivem e conduzem sua vida.
Fatores pessoais
O hist rico particular da vida e do estilo de vidade um indiv duo que n o parte de uma condi ode sade. Atributos como idade, etnia, sexo,antecedentes sociais, condi o f sica, estilo de vida,h bitos, n vel de instru o, profiss o, padr o geral decomportamento e car ter ou outras caracter sticas.
Terminologias e conceitos
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE26
I t s t s c mp t s c ssifi I t i Fu i i cIF (WHo/IcF/2001)
Condi es da sade (distrbio ou doen a)
Fun es e estruturasdo corpo Atividade Participa o
Fatores ambientais Fatores pessoais
c it s p v bi it
PreVeno de IncaPacIdadeS eM HanSenaSeA preven o de incapacidades em hansen ase inclui um conjunto de medidas visando evitar a ocor-r ncia de danos f sicos, emocionais, espirituais e socioeconmicos. No caso de danos j existentes,a preven o significa medidas visando evitar as complica es. Sendo assim, o objetivo geral de PIem hansen ase proporcionar ao paciente, durante o tratamento, e ap s alta, a manuten o, oumelhora, de sua condi o f sica, socioeconmica, emocional e espiritual, presente no momento dodiagn stico da hansen ase.
reaBIlITao eM HanSenaSeReabilita o em hansen ase um processo que visa corrigir e/ou compensar danos f sicos, emocio-nais, espirituais e socioeconmicos, considerando a capacidade e necessidade de cada indiv duo,adaptando-o sua realidade.
coMPonenTeS da PreVeno de IncaPacIdadeS eM HanSenaSe (TreVo)Educa o em sade.Diagn stico precoce da doen a, tratamento regular com PQT e aplica o de BCG em contatos.Detec o precoce e tratamento adequado das rea es e neurites.Apoio manuten o da condi o emocional e integra o social (fam lia, estudo, trabalho,grupos sociais).Realiza o de autocuidados.
A preven o de incapacidades (PI) parte integrada das a es de controle da hansen ase (ACH) e devefazer parte de todas as capacita es, supervis es e atividades educativas, evitando assim a cria o deprogramas de PI isolados.
A preven o de incapacidades (PI) uma atividade que precisa ser realizada por todos os profissionaisrespons veis pelo atendimento ao paciente, pelo pr prio paciente e pela comunidade, em parceria comoutros profissionais e entidades de ajuda sociais, intelectuais e religiosas.
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TERMINOLOGIAS E CONCEITOS27
T v p v i p i s
Diagn sticoprecoce da doen a
Tratamentoregular com PQT
Exame doscontatos e BCG
Identifica odas rea es e neurites
Tratamento adequadodas rea es e neurites
Monitoramento daacuidade visual e da
fun o neural
Inclus o eintegra o social(fam lia, trabalho,
educa o etc.)
Apoio emocional
Identifica o daspessoas em risco
(rea es, neurites, graus1 e 2 de incapacidades)
Realiza o dosautocuidados
Preven o deincapacidades
E d u c a
o e m
s a
d e
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE30
P m t s p v i s fi i t s t p pu g
P m t s p v i s fi i t s t p pu m 15 s
Hiperend mico 40 casos/100.000 hab. Hiperend mico 10 casos/100.000 hab.Muito alto 20 a 39 casos/100.000 hab. Muito alto 5 a 9 casos/100.000 hab.Alto 10 a 19 casos/100.000 hab. Alto 2,50 a 4,9 casos/100.000 hab.Mdio 2 a 9,9 casos/100.000 hab. Mdio 0,50 a 2,49 casos/100.000 hab.Baixo < 2 casos/100.000 hab. Baixo < 0,50 caso/100.000 hab.
nm s s v s h s s fi i t t p pu g m m s 15 s B si 2008
UF d t g d t m m s 15 snm c f./100.000 h b. nm c f./100.000 h b.BRASIL 39.047 20,59 2.913 2,06norTe 8.281 54,69 822 16,58RO 1.052 70,44 86 19,29AC 267 39,26 30 12,37AM 702 21,01 60 5,28RR 189 45,79 19 13,03PA 4.552 62,17 483 20,40AP 191 31,15 22 9,60
TO 1.328 103,71 122 31,37nordeSTe 15.946 30,04 1.339 8,71MA 4.246 67,34 386 18,66PI 1.800 57,70 152 16,42CE 2.503 29,62 167 6,82RN 258 8,31 26 3,07PB 736 19,67 62 6,11PE 2.791 31,95 292 12,24AL 393 12,57 16 1,57SE 446 22,31 45 7,57BA 2.773 19,12 193 4,74SUdeSTe 7.041 8,78 367 1,93MG 1.924 9,69 79 1,61ES 1.076 31,16 107 12,34RJ 1.893 11,93 100 2,71SP 2.148 5,24 81 0,84SUl 1.665 6,05 33 0,51PR 1.280 12,09 28 1,08SC 205 3,39 3 0,21RS 180 1,66 2 0,08cenTro-oeSTe 6.114 44,64 352 9,72
MS 629 26,93 31 4,98MT 2.602 87,97 168 20,51GO 2.626 44,93 137 9,07DF 257 10,05 16 2,39
FONTE: SINAN/SVS-MS. Observa o: dados dispon veis em 27/07/2009.
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DADOS EPIDEMIOLGICOS EM HANSENASE31
nm p tu s s v s h s sv i s qu t g u i p i f si ,s gu u i f B si 2008
UFc s sv s
g
av i s G u i p i
n % G u 0 % G u 1 % G u 2 %
BRASIL 39.047 34.458 88,2 23.725 68,9 8.095 23,5 2.638 7,7norTe 8.281 7.500 90,6 5.407 72,1 1.621 21,6 472 6,3RO 1.052 988 93,9 716 72,5 192 19,4 80 8,1AC 267 256 95,9 179 69,9 60 23,4 17 6,6AM 702 674 96,0 468 69,4 154 22,8 52 7,7RR 189 163 86,2 110 67,5 38 23,3 15 9,2PA 4.552 4.076 89,5 3.014 73,9 821 20,1 241 5,9
AP 191 168 88,0 95 56,5 60 35,7 13 7,7TO 1.328 1.175 88,5 825 70,2 296 25,2 54 4,6nordeSTe 15.946 13.556 85,0 9.588 70,7 2.973 21,9 995 7,3MA 4.246 3.376 79,5 2.249 66,6 858 25,4 269 8,0PI 1.800 1.654 91,9 1.267 76,6 289 17,5 98 5,9CE 2.503 2.173 86,8 1.512 69,6 490 22,5 171 7,9RN 258 228 88,4 157 68,9 51 22,4 20 8,8PB 736 560 76,1 388 69,3 119 21,3 53 9,5PE 2.791 2.502 89,6 1.830 73,1 510 20,4 162 6,5AL 393 333 84,7 211 63,4 82 24,6 40 12,0SE 446 375 84,1 256 68,3 88 23,5 31 8,3BA 2.773 2.355 84,9 1.718 73,0 486 20,6 151 6,4SUdeSTe 7.041 6.399 90,9 3.974 62,1 1.794 28,0 631 9,9MG 1.924 1.841 95,7 1.072 58,2 567 30,8 202 11,0ES 1.076 972 90,3 724 74,5 201 20,7 47 4,8RJ 1.893 1.726 91,2 1.135 65,8 447 25,9 144 8,3SP 2.148 1.860 86,6 1.043 56,1 579 31,1 238 12,8SUl 1.665 1.552 93,2 868 55,9 491 31,6 193 12,4PR 1.280 1.188 92,8 674 56,7 379 31,9 135 11,4SC 205 197 96,1 104 52,8 62 31,5 31 15,7RS 180 167 92,8 90 53,9 50 29,9 27 16,2cenTro-oeSTe 6.114 5.451 89,2 3.888 71,3 1.216 22,3 347 6,4MS 629 522 83,0 335 64,2 147 28,2 40 7,7MT 2.602 2.257 86,7 1.655 73,3 509 22,6 93 4,1GO 2.626 2.434 92,7 1.784 73,3 478 19,6 172 7,1DF 257 238 92,6 114 47,9 82 34,5 42 17,6
FONTE: SINAN/SVS-MS. Observa o: dados dispon veis em 27/07/2009.
P m t s av i s G u 2
Prec rio < 75,0% Alto 10,0%Mdio 75,0 a 89,9% Mdio 5,0 a 9,9%Bom 90,0% Baixo < 5,0%
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE32
ex mp mp tiv : s s v s x GI 2
M p s clusters h s s B si10 p im i s clusters s s h s s , i tifi s p m i fi i t t s s v s p 2005 2007, B si *
*Ocluster 10 tem efeito de borda,
isto , n o existem dados para o outrolado da fronteira; por isso irregular.
Fonte: Penna, MLF MS, 2008.
Fonte: Sinan/SVS-MS. Dados dispon veis em 27/07/2009.
ACAL
AMAPBACEDFES
GOMAMGMS
MTPAPBPEPI
PRRJ
RNRORRRSSCSESPTO
70,44
87,97
11,93
22,31
39,26
8,31
19,67
29,62
62,17
12,57
26,93
44,93
9,69
19,12
31,16
57,70
1,663,39
5,24
12,09
31,15
45,79
10,05
21,01
31,95
67,34
103,71
20,0040,0060,0080,00100,00120,00 0
4,6
15,716,2
4,1
6,4
8,1
9,55,9
7,7
8,8
11,4
6,6
7,7
9,2
5,9
7,9
8,3
12,0
4,87,1
8,011,0
6,5
7,7
8,312,8
2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0
17,6
c fi i t t s s s v s h s s p tu g u 2 i p i v i s i g sti , s gu UF si i , B si , 2008
Detec o por 100.000 habitantes % de deformidade
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ESTIGMA 33
T xt t i 1Neste texto apresentado no CongressoInternacional de Hansen ase em 1993,
na Fl rida, EUA, o hanseniano Bacurau(FRANCISCO AUGUSTO VIEIRA NUNES),
deixa um legado de import ncia paraquebra do estigma na hansen ase - a queele chama de identidade perversa.1
N s, pessoas humanas, somos o que de mais valioso e perfeito existe na Terra e, at mesmo, em todo ouniverso que conhecemos. N s somos capazes de andar, de falar, de cantar, de pensar, de amar... e tantasoutras coisas maravilhosas, sem que seja preciso usar pilhas ou computador. E todos esses predicadoss o encontrados tanto no rico quanto no pobre; no milion rio, quanto no mendigo; no nosso filho e nomenino que vive na rua.
Nada se compara em valor, em beleza, em complexidade, em perfei o com o b bado que dorme debai-xo de jornais nos bancos da pra a. Nem o nosso carro, nem a nossa casa, nem a nossa obra de arte, nema nossa conta banc ria... a n o ser n s mesmos.
Por outro lado, n s, pessoas humanas, somos, ao mesmo tempo, um ser f sico, um ser social, um serpsicol gico, um ser cultural. Cada uma dessas dimens es s o complementares da outra, e a vida decada uma alimentada pelas demais. O que atinge uma, afeta a todas.
Perder uma perna, por exemplo, n o afeta apenas a dimens o f sica. Na cultura do perfeito, seguindopadr es estabelecidos, a vida social de uma pessoa de uma perna s tem barreiras que s o quase in-transpon veis: na dan a, no esporte, no simples caminhar num parque. O impacto psicol gico, ent o,
ainda mais dif cil de ser absorvido. Culturalmente, a pessoa passa a ser vista e tratada de forma diferentee at ganha um novo nome: perneta. Nosso referencial passa a ser a nossa defici ncia f sica: ...aque-le doutor que tem s uma perna..., por exemplo. Dependendo da situa o, ora somos tratados compreconceitos, ora com piedade; outras vezes, com a constante exig ncia de autossupera o para sermosaceitos como normais etc.
Um outro aspecto que podemos perder um dedo, um bra o, uma m o, um p, de v rias formas: aci-dentes, guerras, brigas corporais, doen as etc. Curioso que essas causas de danos f sicos podem sermais ou menos danosas s outras partes: perder um dedo da m o numa guerra, por exemplo, podeat trazer orgulho; mas se for por causa de hansen ase, marginaliza. Apertar a m o que perdeu o dedo
Estigma
1 Nota do Editor: este texto est reproduzido conforme original salvo o t tulo que foi omitido para atender Lei Federal n. 9.010, de 29 demar o de 1995.
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE34
numa guerra uma coisa; apertar a m o que perdeu um dedo por causa de uma doen a contagiosa outra. A m o de um guerreiro diferente da m o de um... (as retic ncias s o do editor), mesmo queo trauma f sico seja igual.
Algumas dessas agress es f sicas atingem tanto as outras dimens es que, em alguns casos, causam maisdanos a estas.
Assim sendo, contrair a hansen ase, por exemplo, n o apenas, mesmo que afirmemos o contr rio, con-trair uma doen a que agride os nossos nervos perifricos; mas, contra mos tambm uma nova identi-dade que, n o raro, muito pior do que a doen a em si; at porque, identidade n o tem cura.
Ser tuberculoso, ser hanseniano..., ser aidtico , com certeza, muito pior do que estar com tuberculose,com hansen ase ou com AIDS, at mesmo porque quando se diz: fulano ..., est se atribuindo a eleum estado permanente ele ; n o se compara com: fulano est com hansen ase, que atribui um es-tado passageiro ele est .
Essas identidades, cujos cart rios de registro s o, muitas vezes, o pr prio consult rio mdico ou os even-
tos de sade, n o atingem apenas a nossa parte f sica, claro, mas a totalidade do nosso ser.Diante do que agora expomos, temos que concluir que, o tratamento de uma pessoa que EST COMHANSENASE n o pode ser resumido numa simples ca a ao bacilo de Hansen.
Nunca podemos esquecer, mesmo que seja pelos mais honrados motivos, que o bacilo de Hansen n o mais importante que o seu habitat. Mesmo que n o possamos colher rosas sem, de alguma forma, mu-tilar a roseira, n o inteligente matar uma mosca pousada em algum com um tiro de rev lver.
Passei vinte e um anos da minha vida internado em tr s hospitais-colnias, em pontos diversos doBrasil: Rondnia, Acre, S o Paulo. Conheci e conhe o dezenas de tcnicos em sade. Com raras e ricasexce es, fiquei com a impress o de que esses profissionais, h alguns anos, dividiam o paciente dehansen ase em 3 partes: bacilos, bacilos e bacilos. Era muito dif cil sermos procurados, se n o fossepara pesquisarem se ainda t nhamos o precioso bichinho, como se fssemos apenas o viveiro dealguma coisa mais importante do que n s. Para eles, n o t nhamos olhos, nem ouvidos, nem crebro,nem cora o... (Quantas coisas ouvi e compreendi, mesmo que eles achassem que eu n o era capazdisso!). Mas eles, gra as a Deus, evolu ram: com o tempo, passaram a nos dividir em: bacilo, ps, m os.Passando mais uns anos e, pela ajuda de uns poucos (pouqu ssimos), deram mais um passo: bacilo,ps, m os e olhos. (Ufa! Chegam nos olhos.) At hoje, n o evolu ram mais... Nas reas psicossociais,tenho que reverenciar algumas pessoas pela sua luta, pelo seu sonho, pelo seu querer fazer algumacoisa mesmo remando contra a mar.
Cada um de n s, com certeza, tem algo de que gosta muito: um m vel antigo, um livro, um quadro (n oimporta de qual autor) etc. Vamos supor que a nossa paix o seja um quadro. Um dia, n s olhamospara o quadro e vemos que ele est sendo atacado por cupins. J tem at uma parte estragada. O quefazemos? Simplesmente jogamos inseticida no quadro para matar os cupins? Vamos ficar apenas fes-tejando a morte dos cupins? Vamos achar que j cumprimos o nosso dever? Claro que n o. N s vamosmatar os cupins, sim, mas de uma forma que n o danifique ainda mais o quadro. E depois? Depois, comcerteza vamos fazer todo o esfor o para achar algum que recupere a obra. Tcnico competente e, natu-ralmente, que goste e que conhe a o valor do seu trabalho e o valor da obra.
Ora, n s, como j enfatizamos, somos infinitamente mais valiosos do que qualquer obra de arte. E mui-to mais complexos, como tambm j falamos. Por isso, achamos que qualquer programa de combate
hansen ase que seja implantado que n o busque a cura do doente como um todo ser apenas uma de-detiza o. O combate hansen ase tem que ser acompanhado pela cura do doente, pela restaura ocompleta da obra.
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ESTIGMA 35
admir vel como as pessoas que nos atendem menosprezam o nosso crebro. Sempre confundem faltade escolaridade com burrice. Por falar nisso, acho que o paciente tem que participar de forma ativa doseu tratamento. Ele deve fazer parte de forma consciente da equipe que o trata. Seu crebro tem que serusado! Afinal, ao paciente cabem as tarefas mais importantes para a sua cura. Vejamos: tomar o rem-dio; se ele n o tomar, n o importa se o medicamento e o resto da equipe sejam os melhores do mundo,
ele n o vai ficar curado; o observar e cuidar do pr prio corpo, evitando o processo de mutila o; lutarpara n o perder ou reaver o seu espa o na sociedade; acreditar, pois, sem acreditar n o conseguimosnada, e tantas outras tarefas importantes.
Como membro da equipe que o trata, tem os mesmos direitos que os outros: confian a, ao respeito e,se poss vel, amizade.
A hansen ase uma doen a que ataca pessoas humanas que se sentir o muito felizes em poder con-tribuir para eliminar da Terra essa grande mancha. Mas n o acredito na elimina o dessa mancha se odoente n o for conscientizado de que, ao tomar um comprimido para matar o bacilo de Hansen, ele n oest apenas procurando eliminar algo que est agredindo seu corpo, mas, sim, tambm uma doen a quemata, que mutila, que marginaliza e envergonha a humanidade h mil nios.
N s vivemos o sculo das grandes vit rias da medicina sobre v rias doen as que acompanham a humani-dade h v rios sculos. A tuberculose, as doen as venreas, a hansen ase s o exemplos. Porm, a desco-berta da cura dessas doen as n o significou a elimina o das mesmas; pelo contr rio: elas recrudescem,proliferam e continuam tripudiando sobre todos n s, principalmente os mais pobres. Onde tem misriatem hansen ase e tuberculose em abund ncia, como se fossem irm s g meas.
Se olharmos para a trajet ria da hansen ase no mundo, temos a impress o de que ela tem pavor da ri-queza. Parece que o fato mais eficaz o desfrutar de uma vida digna. Por outro lado, a grande maioriados doentes de hansen ase n o t m acesso ao tratamento, mesmo porque n o foram diagnosticados.
Existe uma grande massa de doentes ocultos, imersos na multid o, que v m tona quase que por aca-so. N o toa que a grande maioria dos doentes conhecidos s foram diagnosticados com a doen a jpolarizada. O que significa que j estavam doentes h v rios anos. E o mais grave que deixaram paratr s uma multid o contaminada, alimentando assim a endemia. Nada ou pouco se faz para provocara demanda espont nea, o diagn stico precoce, sem o que n o chegaremos nunca elimina o dadoen a. Do jeito que est , n s estamos apenas podando, aparando os seus galhos, deixando o tron-co gerador, que s o os doentes n o diagnosticados e n o tratados, ocultos na multid o. O que fazerpara arrancar esse tronco que gera vida t o danosa? Temos que seguir o bvio: em primeiro lugar,temos que admitir que quem pega a hansen ase s o pessoas humanas iguaizinhas a n s. Se n s, umdia, descobrirmos que estamos com uma mancha dormente, n s vamos pensar em hansen ase e buscartratamento. Por qu ? Porque n s conhecemos os primeiros sinais cl nicos da doen a. Por que, ent o,n o fazemos com que todas as pessoas, de pa ses end micos, conhe am tambm esses sinais? Por quen o temos a humildade e a sabedoria de admitirmos o bvio? A campanha de informa o de massasobre a hansen ase nos pa ses end micos t o imprescind vel para a elimina o da doen a quanto pr pria poliquimioterapia. As duas se completam.
Qualquer programa de combate hansen ase que n o inclua campanha informativa popula o pa-liativa e incompleta, ineficaz, a n o ser que a gente queira viver de hansen ase. J que a mercadoria altamente vend vel e lucrativa. A , n o seria mesmo inteligente arrancar o tronco que gera lucro.Seria o mesmo que matar a galinha de ovos de ouro. Mas eu me recuso a acreditar nessa perversidade.Acredito, porm, que a arrog ncia nos deixa t o m opes que n o somos capazes de ver o bvio.
A HANSENASE TEM CURA!!! Esta uma das mais importantes e espetaculares manchetes do sculo XX. uma pena que t o poucas pessoas saibam disso. Inclusive a grande maioria dos doentes, porque nemsabem que est o doentes.
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Eu sei que muito dif cil eliminar a hansen ase. Mas temos que sonhar (s os seres humanos sonham!).At porque, se fosse f cil, outros j teriam conseguido. Temos, porm, que sonhar, que acreditar, porquetudo que existe de concreto feito pela humanidade nasceu do sonho de algum e, com certeza, essesonho j foi sonhado por milh es de pessoas...
N s, da nossa gera o, temos o dever de realizar esse sonho, porque temos a felicidade de contarmoscom os meios necess rios. Se a gente n o fizer isso, tenho a impress o de que seremos culpados dianteda hist ria. N s n o podemos deixar para gera es futuras, essa heran a t o vergonhosa e t o cruel.
A hansen ase tem cura, mas os medicamentos n o curam sozinhos. Se n o adicionarmos a cada com-primido uma dosezinha da nossa vontade, do nosso compromisso, do nosso amor, eles s o in cuos ouvenenosos. Ali s, o amor ainda continua sendo o melhor remdio para todos os males do mundo, desdeque seja traduzido em trabalho, em humildade, em tica, em compromisso, em justi a... A hansen asetambm se cura com amor. Com muito, muito amor.
T xt t i 2eSTIGMa e IdenTIdade SocIal 1
Os gregos, que tinham bastante conhecimento de recursos visuais, criaram o termoestigma para sereferirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordin rio oumau sobre o status moral de quem os apresentava. Os sinais eram feitos com cortes ou fogo no corpo eavisavam que o portador era um escravo, um criminoso ou traidor uma pessoa marcada, ritualmentepolu da, que devia ser evitada, especialmente em lugares pblicos. Mais tarde, na Era Crist , dois n veisde met fora foram acrescentados ao termo: o primeiro deles referia-se a sinais corporais de gra a divinaque tomavam a forma de flores em erup o sobre a pele; o segundo, uma alus o mdica a essa alus oreligiosa, referia-se a sinais corporais de distrbio f sico. Atualmente, o termo amplamente usado demaneira um tanto semelhante ao sentido literal original, porm, mais aplicado pr pria desgra a doque sua evid ncia corporal. Alm disso, houve altera es nos tipos de desgra as que causam preocu-pa o. Os estudiosos, entretanto, n o fizeram muito esfor o para descrever as precondi es estruturaisdo estigma, ou mesmo para fornecer uma defini o do pr prio conceito. Parece necess rio, portanto,tentar inicialmente resumir algumas afirmativas e defini es muito gerais.
No es preliminaresA sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como co-muns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias. Os ambientes sociais estabelecem ascategorias de pessoas que t m probabilidade de serem neles encontradas. As rotinas de rela o social emambientes estabelecidos nos permitem um relacionamento com outras pessoas previstas sem aten oou reflex o particular. Ent o, quando um estranho nos apresentado, os primeiros aspectos nos permi-tem prever a sua categoria e os seus atributos, a sua identidade social para usar um termo melhor doque status social, j que nele se incluem atributos como honestidade, da mesma forma que atributosestruturais, como ocupa o.
1 Trecho extra do do livro de Goffman, Erving. Estigma: notas sobre a manipula o da identidade deteriorada. 4 ed. Rio de Janeiro. Publicado porLCT Livros Tcnicos e Cient ficos Editora S/A , 1988, p. 11-13. Reproduzido com permiss o da editora.
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SALSA e escala de participa o
I t u SalSa s p ti ip
Existem instrumentos que medem limita o de atividade, qualidade de vida ou mesmo restri ode participa o social. Entretanto, muitos deles foram elaborados em pa ses desenvolvidos, eramespec ficos para outras doen as e n o contemplavam a quest o do risco de se piorar as defici nciasexistentes durante a realiza o das atividades. Assim sendo, realizou-se esfor o internacional paraelabora o de dois instrumentos: a SALSA ( Screening Activity Limitation and Safety Awareness ) paramedir limita o de atividade e consci ncia de risco e a escala de participa o para medir restri o departicipa o. As duas escalas s o baseadas em question rios. Para saber detalhes sobre a elabora odas mesmas, e suas propriedades psicomtricas, consulte os manuais de cada escala e os artigossugeridos na bibliografia.
PrIncPIoSAlguns princ pios foram estabelecidos para a elabora o dessas escalas. Elas deveriam ser:
transculturais, e por isso foram elaboradas simultaneamente em diversos pa ses;
breves e simples o suficiente para utiliza o na aten o b sica, sem exigir equipamento ou habilida-des especiais;
baseadas na percep o que o cliente tem de sua limita o ou restri o de participa o, e n o na ava-lia o que o profissional de sade faz da situa o;
utilizadas tambm para outras patologias (diabetes, no caso da SALSA, e defici ncias em geral, nocaso da escala de participa o).
UTIlIZaoAs escalas podem ser utilizadas com as seguintes finalidades:
triagem;
comparar um indiv duo com um grupo;
comparar grupos entre si;
comparar um indiv duo consigo mesmo em diferentes momentos (e.g. pr e p s-cirurgia);
estabelecer interven es individuais;
realizar planejamento de projetos;
avaliar interven es ou projetos;
pesquisa.
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SalSa SALSA significa Screening of Activity Limitation and Safety Awareness (Triagem de Limita o de Atividadee Consci ncia de Risco). Tem como objetivo avaliar a extens o da limita o de atividade e o risco de seaumentar as defici ncias durante a realiza o de atividades.
aSPecToS IMPorTanTeS a oBSerVarTrata-se de um question rio que visa avaliar a percep odo PacIenTe quanto sua limita o de ati-vidade. Assim sendo, o entrevistador n o deve fazer qualquer julgamento ou pressuposi o quanto adequa o da resposta baseado, por exemplo, nas deformidades apresentadas pelo entrevistado. Damesma forma, n o se deve pedir ao entrevistado que demonstre ou realize qualquer uma das atividadesno momento da entrevista.
A filosofia da escala SALSA que se quer obter uma medida da limita o de atividades, isto , do grauem que uma pessoa consegue realizar as atividades da vida di ria. Se o cliente incorporou o uso deadapta es/ rteses em seu modo de vida, de interesse saber seu desempenho com o aux lio dessesequipamentos.
ForMUlrIo coM InForMaeS SoBre o clIenTeEsse formul rio foi desenvolvido para registrar informa o b sica sobre os entrevistados, j que na pr ti-ca cl nica qualquer decis o em rela o a uma interven o deve basear-se nas respostas obtidas no ques-tion rio, complementadas por outras informa es, como idade, sexo, ocupa o, defici ncias existentes,adapta es/ rteses utilizadas etc.
Aplica o do question rio e pontua o das respostasAs perguntas devem ser apresentadas da maneira como est o escritas. Se a pergunta n o estiversuficientemente clara, devem ser usadas somente as explica es contidas no guia P/P. s vezes, podeser necess rio usar termos diferentes para explicar uma pergunta, mas n o se deve sair do escopodefinido pelo P/P.
Se o entrevistado responder SIM, fa a a pergunta seguinte, apresentando as op es de resposta:
O quanto isso f cil para voc ? f cil, um pouco dif cil, ou muito dif cil. Marque a op o corres-pondente resposta do entrevistado.
Se o entrevistado responder NO, fa a a pergunta seguinte, apresentando as op es de resposta:Por que n o? Porque voc n o precisa, porque voc fisicamente n o consegue, ou porque voc evitapor causa do risco. Marque a op o correspondente resposta do entrevistado.
Aplica o da escalaAntes de iniciar as perguntas, esclare a o entrevistado quanto aos objetivos da aplica o desta escala. importante dizer que as perguntas referem-se s atividades que ele realiza no dia a dia. Se houver algumaatividade que ele n o realiza com frequ ncia, deve responder n o.
Tempo para aplica oAproximadamente 15 minutos.
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Escore SALSA Durante a entrevista, o entrevistador deve marcar uma op o de resposta para cada uma das perguntasfeitas. Para calcular o escore SALSA, some os escores que est o nas op es marcadas. Isso pode ser feitocoluna por coluna, como sugerido no formul rio, mas isso n o estritamente necess rio.
Um escore SALSA baixo indica pouca dificuldade na realiza o das atividades da vida di ria, enquantoescores mais altos indicam n veis crescentes de limita o de atividade. Teoricamente, o escore pode va-riar de 0 a 80, mas entre 568 entrevistados em cinco pa ses, os resultados variaram de 10 a 80 entre ospacientes com hansen ase ou diabetes.
Foram estabelecidas categorias que classificam o n vel de limita o de atividade. Essas categorias foramestabelecidas com base no banco de dados original, conforme descrito abaixo.
G us imit tivi
s m imit imit v imit m imit s v imit muit s v
0-24 25-39 40-49 50-59 60-80
Escore de consci ncia de riscoPara calcular o escore de consci ncia de risco, volte s respostas j marcadas e conte o nmero de4 marca-dos. O resultado ser um escore entre 0 e 11. Escores mais altos indicam uma consci ncia crescente dos riscosenvolvidos em certas atividades, mas tambm indicam que h uma limita o de atividade devido a isso.
anlISe doS eScoreS SalSa 1
An lise univariadaA primeira tarefa apresentar a distribui o do escore SALSA no grupo de entrevistados estudados. Issopode ser feito apresentando a mdia e o desvio padr o, mas isso pressup e que o escore SALSA possuidistribui o normal. Sabe-se, no entanto, que a distribui o do escore SALSA geralmente n o normal,com uma concentra o de valores em torno de 20 e uma cauda de valores mais altos direita. Assim, mais correto apresentar os percentis de distribui o. Uma forma simples de fazer isso apresentar ovalor m nimo, o percentil 5, o percentil 25, a mediana, o percentil 75, o percentil 95 e o valor m ximo. Narealidade, o percentil 5 n o ser t o interessante, j que o valor m nimo e o percentil 25 j est o bastantepr ximos devido ao desvio na distribui o.
As categorias padronizadas de valores da SALSA permitem distinguir entre nenhuma limita o de ativi-dade, limita o leve, moderada, severa e muito severa. Dos dados do artigo original da SALSA poss velobter tais pontos de corte.
Seguindo a l gica da escala de participa o, define-se o limite entre nenhuma limita o e limita o levecomo sendo o percentil 95 dos normais (sujeitos n o afetados) 24 para a SALSA. Ent o escolhe-se umapontua o de 39 como o limite entre leve e moderado; isso corresponde ao percentil 75 da distribui ode escores SALSA no estudo original em cinco pa ses. Procura-se ent o um valor pr ximo ao percentil 95e encontra-se 59. Um escore de 49 corresponde aproximadamente ao percentil 85. Devido cauda longade distribui o e da import ncia maior em se distinguir escores mais altos do que mais baixos, til teruma categoriza o mais refinada acima da mediana do que abaixo da mediana. Assim, as categorias s o:10-24 (sem limita o); 25-39 (leve); 40-49 (moderada); 50-59 (severa); 60-80 (muito severa).
1 Texto elaborado pelo Dr. Johan P. Velema, TLMI especificamente para este manual.
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Observa o para estat sticos: a transforma o logar tmica dos escores SALSA pode ser usada em situa-es nas quais a distribui o normal tem que ser pressuposta (e.g. em an lises de regress o).
An lise bivariadaO pr ximo passo analisar a associa o entre SALSA e outras vari veis importantes.
Como j se sabe que o escore SALSA aumenta com a idade, importante apresentar a distribui o dosescores para diferentes grupos de idade. O mais simples utilizar grupos de 10 anos. Como as dcadasinteiras tendem a ser superestimadas (em outras palavras, os entrevistados tendem a arredondar suapr pria idade para a dcada mais pr xima), aconselh vel usar categorias que comecem no meio dadcada: 25-34; 35-44; 45-54 etc.
Portanto, uma tabela padronizada para apresentar os escores SALSA pode ser como a mostrada abaixo.
G up sI
es s SalSa 10-24 25-39 40-49 50-59 60-80
15-2425-3435-4445-5455-6465-7475+
Outra vari vel com a qual a SALSA correlacionada uma medida de impedimento (e.g. o escore OMPou o grau de incapacidades). Na diabetes, outras medidas de impedimento podem ser mais comuns (e.g.nmero de lceras ou acuidade visual).Os escores SALSA e de participa o est o frequentemente associados, mas a rela o n o de equival n-cia. Algumas pessoas t m pouca limita o, mas podem ter muita restri o e vice-versa.
uma conscientiza o crescente que os escores SALSA e de participa o s o aumentados na presen ade depress o. Portanto, se uma medida de estado mental estiver dispon vel, aconselh vel consideraressa associa o. Pode-se considerar excluir sujeitos extremamente deprimidos da an lise, j que essesgeralmente seriam poucos.
Caracter sticas
interessante coletar dados sobre outras caracter sticas dos entrevistados, tais como escolaridade, autocui-dado, consumo de lcool, ocupa o, n vel socioeconmico etc., dependendo das hip teses que se queirainvestigar. Frequentemente, os escores s o reduzidos a duas categorias (com ou sem limita o de ativida-de). O ponto de corte utilizado pode ser 20, 25, 30 etc. A partir de agora, recomenda-se classificar todos osentrevistados que tiverem escore menor ou igual a 24 como n o tendo limita o de atividade e aqueles quetiverem escore maior ou igual a 25 como tendo limita o de atividade. Outra alternativa utilizar o limiteentre limita o leve e moderada (menor ou igual a 39 e maior ou igual a 40). Tambm poss vel utilizarmais do que duas categorias e usar um teste chi quadrado com mais de 2 graus de liberdade.
Uma vez identificadas todas as vari veis que mostraram uma associa o estatisticamente significativa, recomend vel que se fa a uma an lise multivariada. Isso mostrar quais dos fatores identificados est oassociados e que vari veis contribuem de forma independente para explicar a varia o de escores SALSA.
Fazendo-se esse tipo de an lise, aprende-se mais como a limita o de atividade varia devido a outrasvari veis importantes e quais s o os fatores de confus o em rela o limita o de atividade.
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SalSa GUIa PerGUnTa Por PerGUnTa 1. Enxergar significa perceber com seus olhos (possivelmente com o aux lio de culos etc.) o ambiente
sua volta, perto ou longe, o suficiente para realizar suas atividades di rias.2. Sentar-se significa colocar suas n degas no ch o ou pr ximo dele voc pode sentar-se sobre uma
almofada, tapete ou plataforma baixa. Voc pode tambm sentar-se com as pernas cruzadas.Agachar sentar-se de c coras, com seus joelhos dobrados, com o peso de seu corpo apoiado nosps e n o em suas n degas.
3. Andar descal o significa andar sem qualquer tipo de cal ado ou prote o em seus ps.4. Andar sobre ch o ou superf cies irregulares significa andar sobre ch o com pedras, ou onde a terra
esteja rachada qualquer superf cie irregular.5. Andar dist ncias mais longas significa que voc anda por 30 minutos ou mais.6. Lavar seu corpo todo significa lavar ou esfregar seu pesco o, peito, barriga, costas, bra os e pernas,
geralmente com gua e sab o (se dispon vel) at que seu corpo esteja limpo, e ent o enxaguar-se,retirando o sab o.
7. Cortar suas unhas significa aparar ou cortar o excesso de unha de seus dedos das m os ou dos ps.Registre dificuldade ou evito por causa do risco se houver problemas com as unhas das m os oucom as unhas dos ps, ou ambos.
8. Segurar copo ou tigela com contedo quente significa apanhar ou colocar em sua m o ou m os umavasilha com ou sem asa.
9. Trabalhar com ferramentas significa usar v rias ferramentas, segurando-as com as m os, para lheajudar no trabalho.
10. Objetos pesados s o os que pesam mais do que 10-20 quilos, e podem ser carregados na cabe a, nascostas, sobre os ombros, nas m os ou bra os. Podem ou n o ser carregados em uma sacola, caixaou cesto.
11. Levantar objetos acima de sua cabe a significa levantar um objeto com suas m os e bra os acima don vel de sua cabe a e coloc -lo em uma prateleira alta, gancho, viga do telhado, corda ou em cimade sua cabe a, por exemplo.
12. Cozinhar significa preparar comida, tanto quente quanto fria.13. Despejar l quidos quentes significa despejar l quidos quentes de uma panela, vaso, jarra ou concha,
geralmente colocando-o em outra vasilha.14. Abrir ou fechar garrafas com tampa de rosca significa torcer ou girar a tampa para abrir a garrafa,
e gir -la em sentido oposto para fech -la. Essas tampas de rosca s o pequenas e usam-se os dedospara gir -las.
15. Um vidro com tampa de rosca geralmente significa que a tampa tem di metro maior do que a tampade uma garrafa. Deve-se torcer ou girar a tampa em uma dire o para abrir e na dire o oposta para
fech -la. Essas tampas s o relativamente grandes e usa-se toda a m o para gir -las.16. Mexer ou manipular objetos pequenos significa apanhar, segurar e virar objetos pequenos em suas
m os, tais como moedas, pregos, pedras pequenas, gr os e sementes, por exemplo.17. Um bot o um disco ou bolinha geralmente preso a uma roupa ou bolsa, que usado para man-
ter duas superf cies ou peda os juntos, passando-o por uma la ada ou casa de bot o. Abotoar oudesabotoar significa abrir e fechar suas roupas ou objetos usando bot es.
18. Colocar linha na agulha significa passar um peda o de linha, l ou fio pelo buraco ou olho de umaagulha de costura.
19. Apanhar peda os de papel, mexer com papel, colocar papel em ordem significa que voc apanhapeda os ou folhas soltas de papel para organizar, arrumar, dobrar ou rasg -los; mexer com dinheiro(notas de papel); voc pode tambm usar o papel para embrulhar.
20. Apanhar objetos do ch o significa dobrar-se, ajoelhar-se ou agachar-se para que voc possa alcan aro ch o com seu bra o e pegar algo com sua m o.
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SALSA E ESCALA DE PARTICIPAO45
SalSa TrIaGeM de lIMITao de aTIVIdade e conScIncIa de rISco
Formul rio de informa es sobre o cliente
Nome: ___________________________________________________________________________________
Prontu rio: ____________________________________________________ Idade: ________ Sexo: ______
Data da entrevista : _____ / _____ / _____ Entrevistador: __________________________________________
Diagn stico principal: hansen ase/diabetes/outro (especifique): ____________________________________
Outras condi es mdicas que afetam as atividades di rias: _______________________________________(e.g. diminui o de ADM de quadril, dor nas costas, problemas em ombro ou joelho, trauma em m o...)
Ocupa o: ________________________________________________________________________________
Uso de adapta o/ rtese: ______________________________________________________________________
(e.g. culos, cadeira de rodas, bengala ou andador, muletas, tutor, splints, talheres adaptados, instru-mentos de trabalho adaptados, luvas ou panos, cal ado especial etc.)
r gist fi i i s d e
Acuidade visualPertoLonge
Diminui o defor a muscular
OlhoM oPOutro
Perda de sensibilidade(insensibilidade)
OlhoM oPOutro
Contagem de lceras
M o (palma e costas da m o)P (sola e dorso do p)PernaOutro
GI (oMS) d e
OlhoM oPGI m ximes oMP
O GI m ximo refere-se ao maior valor de GI encontrado em qualquer uma das partes do corpo (0, 1 ou
2). O escore OMP (olho, mo e p ) uma alternativa ao grau de incapacidade (OMS) m ximo para seresumir dados sobre defici ncias na hansen ase. Para obter esse escore, some o grau de incapacidade decada um dos olhos, m os e ps. Assim, o escore OMP pode variar de 0 a 12.
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MINISTRIO DA SADE CAPACITAO EM PREVENO DE INCAPACIDADES EM HANSENASE CADERNO DO PARTICIPANTE46
G us imit tivi
S m imit limit v limit m limit s v limit muit s v0-24 25-39 40-49 50-59 60-80
eScala SalSa
Nome: ________________________________________________________ Idade: ________ Sexo: _______
Prontu rio: ____________________ Entrevistador: _________________ Data: _____ / ______ / _______
Escala SALSAScreening of Activity Limitation & Safety Awareness
(Triagem de Limitao de Atividade e Conscincia de Risco)Se SIM, o quanto isso
fcil para voc?Se NO,
por que no?
Marque uma resposta em cada linha F c i l
U m
p o u c o
d i f c i l
M u i t o d i f c i l
E u n o p r e c i s o
f a z e r i s s o
E u f i s i c a m e n t e
n o c o n s i g o
E u e v i t o p o r
c a u s a d o r i s c o
1. Voc consegue enxergar (o suficiente para realizar suas atividades dirias)? 1 2 3 4
2. Voc se senta ou agacha no cho? 1 2 3 0 4 4
3. Voc anda descalo? (i.e. a maior parte do tempo.) 1 2 3 0 4 4
4. Voc anda sobre cho irregular? 1 2 3 0 4 4
5. Voc anda distncias mais longas? (i.e. mais que 30 minutos.) 1 2 3 0 4 4
6. Voc lava seu corpo todo? (usando sabo, esponja, jarra; de p ou sentado.) 1 2 3 0 4 4
7. Voc corta as unhas das mos ou dos ps? (e.g. usando tesoura ou cortador.) 1 2 3 0 4 4
8. Voc segura um copo/tigela com contedo quente? (e.g. bebida, comida.) 1 2 3 0 4 4
9. Voc trabalha com ferramentas?(i.e. ferramentas que voc segura com as mos para ajudar a trabalhar.) 1 2 3 0
4 4
10. Voc carrega objetos ou sacolas pesadas? (e.g. compras, comida, gua, lenha.) 1 2 3 0 4 4
11. Voc levanta objetos acima de sua cabea? (e.g. para colocar em uma prateleira,em cima de sua cabea, para estender roupa para secar.) 1 2 3 0
4 4
12. Voc cozinha? (i.e. preparar comida quente ou fria.) 1 2 3 0 4 4
13. Voc despeja/serve lquidos quentes? 1 2 3 0 4 4
14. Voc abre/fecha garrafas com tampa de rosca? e.g. leo, gua.) 1 2 3 0 4 4
15. Voc abre vidros com tampa de rosca? (e.g. maionese.) 1 2 3 0 4 4
16. Voc mexe/manipula objetos pequenos?(e.g. moedas, pregos, parafusos pequenos, gros, sementes.) 1 2 3 0 4 4
17. Voc usa botes? (e.g. botes em roupas, bolsas.) 1 2 3 0 4 4
18. Voc coloca linha na agulha? (i.e. passa a linha pelo olho da agulha.) 1 2 3 0 4 4
19. Voc apanha pedaos de papel, mexe com papel, coloca papel em ordem? 1 2 3 0 4 4
20. Voc apanha coisas do cho? 1 2 3 0 4 4
Escores parciais (S1) (S2) (S3) (S4) (S5) (S6)
Escore SALSA (some todos os escores parciais: S1+S2+S3+S4+S5+S6)
Escore de conscincia de risco (Conte o n de4 marcados em cada coluna)
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7/22/2019 Web Participante Capacitacao Pi Hanseniase
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SALSA E ESCALA DE PARTICIPAO47
es p ti ip conceITo de ParApesar de ser um termo ainda pouco conhecido e utilizado pela popula o em geral, a escala de par-ticipa o utiliza o conceito de PAR com o intuito de eliminar diferen as na participa o resultantes deg nero, classe social etc. Solicita-se que o entrevistado pense em algum semelhante a ele em todos osaspectos (e.g. sexo, idade, n vel socioeconmico e