a c Órgão de divulgação do sindsaúde/pr • número 40...

16
Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 • Junho de 2010 Rua Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba, PR A categoria fez e A categoria fez e aconteceu aconteceu aconteceu Assembleia geral da categoria Dia 10 de julho - 8h30 - Curitiba Pág. 10 Maio e junho foram meses de muita pressão junto ao governo. A cada momento e a cada 'deixa', lá estavam as bandeiras de luta da brava gente da saúde. Pág. 8 Leia ainda nesta edição: Terceirização avança no Paraná Reenquadramento só para 16 servidores Pág. 12

Upload: vuongdieu

Post on 02-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 • Junho de 2010 Rua Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba, PR

A categoria fez e A categoria fez e aconteceuaconteceuaconteceu

Assembleia geral da categoriaDia 10 de julho - 8h30 - Curitiba

Pág. 10

Maio e junho foram meses de muita pressão junto ao governo. A cada momento e a cada 'deixa', lá estavam as bandeiras de luta da brava gente da saúde. Pág. 8

Leia ainda nesta edição:Terceirização avança no ParanáReenquadramento só para 16 servidores

Pág. 12

Page 2: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

2 21anos

SindSaúde/PR - Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Estado do ParanáSede própria à Rua Mal. Deodoro, 314, 8º andar, cj.801, Ed. Tibagi, Curitiba, PR, CEP 80.010-010. Fone (041) 3322-0921, fax (041) 3324-7386 • www.sindsaudepr.org.br • [email protected] • Fotos: Julio Cézar da Cruz • Textos: Lys Cordeiro • Jornalista responsável: Lea Okseanberg cobrindo férias de Alessandro Andreola • Edição: Lea Okseanberg • Diagramação: Excelência Comunicação. Fone: (41) 8802-4450 • Impressão: O Estado do Paraná • Tiragem de 7 mil exemplares. É permitida a reprodução com a citação da fonte.

CUT notifica SindSaúde

O SindSaúde/PR sempre se fez presente nas atividades de 1º

de maio. Neste ano não será diferente. O sindicato acompanhou

as reuniões de organização da atividade e confirmou sua presen-

ça na “Tenda da Saúde”, levando materiais informativos aos

trabalhadores.

No entanto, um episódio ocorrido em meio à organização do

evento merece esclarecimento. Nesta quinta-feira, 29 de

abril, foi realizada uma reunião sobre o ato do dia 1º de maio.

Esta reunião foi chamada na última terça feira, dia 27/04, durante

o encontro da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

A diretora do SindSaúde, Eloísa Helena de Souza, compare-

ceu à reunião desta quinta, mas foi proibida de permanecer. A

alegação, feita pela secretária-geral da CUT-PR Marisa

Stédile, foi de que a reunião era restrita aos sindicatos cutis-

tas e, por isso, a diretora de um sindicato que não faz parte da

Central não poderia participar. Eloísa esclareceu que foi à

reunião porque esta foi chamada na CMS e, nessa ocasião,

nenhuma orientação foi dada sobre a proibição da presença de

entidades não cutistas.

Infelizmente, o argumento dado por Marisa se mostrou

falso. Outras entidades não cutistas estiveram presentes na

reunião e, nem por isso, foram convidadas a se retirar. O

objetivo da reunião era organizar o 1º de maio, atividade em

que o SindSaúde sempre se fez presente – e assim continuará.

Por isso, o sindicato encara a situação como de retaliação por

conta da desfiliação da Central.

O SindSaúde lamenta a truculência do episódio. Mas não

desistimos da luta. Nossa convicção é de que o 1º de maio é da

classe trabalhadora. Não vamos agir com espírito de discórdia ou

de revanche. O SindSaúde vai participar do ato de 1º de maio. A

classe trabalhadora é maior do que diferenças entre entidades e

a organização e luta são mais importantes do que atitudes de

desrespeito.

História

Em 21 anos de história, o SindSaúde participou dos fóruns

ampliados de debate, de temas e de mobilizações que são de

interesse da classe trabalhadora. Nossa prática e teoria é de real

solidariedade com as lutas da classe trabalhadora. Por isso, o

sindicato estará, como sempre esteve, presente nas mobiliza-

ções de 1º de maio.

Em carta de notificação extrajudicial, a direção da

Central requer retirada de matéria publicada no site (veja

Box ao lado, acima abaixo).

O SindSaúde foi 20 anos filiado à CUT. 20 anos se passa-

ram. Em diversos momentos, o sindicato pediu o apoio e a

intervenção da Central. Ainda está fresco na memória da

brava gente a omissão da CUT na questão das 30 horas, do

nefasto assédio moral, da tortura que é cumprir jornada

maior que trinta horas e dos inesquecíveis dias trabalhados,

porém com desconto.

O silêncio foi a arte desenvolvida pela Central durante

estes 20 anos. Mesmo diante dos vários ataques do governo

contra os trabalhadores da saúde. E de repente, o silêncio

transforma-se em chiadeira.

Por conta de matéria no site, que tratava da expulsão da

dirigente Eloísa Helena de Souza de uma reunião preparató-

ria para o ato de 1º de Maio, ecoou a voz da CUT no sindicato.

A Central emitiu uma notificação extrajudicial para que o

sindicato retirasse da página o texto da expulsão, sob amea-

ça de entrar com ação judicial.

- Como todo o ano a direção do sindicato participa do 1º

de maio, em 2010 não foi diferente.

- O 1º de maio é organizado pela CMS – Coordenação de

Movimentos Sociais – espaço em que há uma enorme plurali-

dade de entidades, inclui-se aí sindicatos cutistas e não

cutistas.

- No incío de abril, a CUT publica panfleto em que afirma

que, na data, estaria participando a Oposição cutista ao

SindSaúde.

- Em resposta a isso, a direção do sindicato reafirmou à

Central que estava na organização do ato.

- De acordo com Eloísa, uma das conclusões possíveis

sobre as atitudes da CUT é que “o que está ocorrendo é uma

campanha de difamação e uma disputa porque o SindSaúde

se desfiliou da CUT em assembléia da categoria”.

Maioria da categoria votou pela desfiliação à Central

Matéria publicada no sitedo SindSaúde, em 29 de abril último

A direção do sindicato reafirma que a desfiliação

da CUT, deliberada por maioria dos presentes na

assembléia, significa não participar de reuniões,

plenárias e outras atividades da central. A desfilia-

ção é, por si só, uma demonstração de que não há

interesse nestes espaços, visto que não representam

mais as lutas da categoria. No entanto, o SindSaúde

participa de atividades que defendam os interesses

da classe trabalhadora, independente da presença

ou não da central.

O compromisso écom os trabalhadoresO compromisso écom os trabalhadores

Veja o desenrolar dos fatos

Page 3: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

3 21anos

Um servidor que mantém vínculo trabalhista para dois órgãos públicos possui duplo vínculo.

Tem servidor que é funcionário federal e estadual, ou estadual e municipal. E essa duplicida-

de de trabalho é permitida pela Constituição desde que atenda a dois critérios:

O primeiro é que haja compatibilidade de horário. O segundo é que o funcionário possua cargo

de profissão regulamentada na saúde ou que em um vínculo ele seja professor.

Isso significa dizer que se você exerce função de uma profissão regulamentada na saúde em

dois cargos públicos (técnico de Enfermagem, raio-x, laboratório ou auxiliar de Enfermagem, ou

técnico de saúde bucal, ou profissões de terceiro grau da área da saúde) você está dentro da lei e

não há qualquer problema a temer.

Também é possível ter um cargo de professor num vínculo e no outro ter um cargo de profissão

regulamentada na saúde. Nesse caso, também a CF permite.

Formulário emitido pela Sesa

Há um termo de declaração em que muitos servidores têm recebido e ficado em dúvida.

Nossa orientação é que o servidor declare a verdade. Omitir informação pode trazer mais dor

de cabeça e complicações. Por isso, declare o que é real.

Reposição de 5% em junho é retroativa a maio Data base cumprida

O Fórum das Entidades

Sindicais, sob a coordenação do

SindSaúde, conquistou mais

uma vitória ao reivindicar que o

governo cumprisse a lei da data-

base, pagando a reposição de 5%

nos salários e nas gratificações

na folha de junho, mais o retro-

ativo a maio. O índice proposto

foi aprovado pela Assembleia

Legislativa em março, mas,

durante todo o mês de maio, o

governo do Estado deu indícios

de que poderia dar o calote nos

servidores.

Esta questão foi levantada

em reuniões entre a Secretaria

de Administração e Previdência

– Seap – e os sindicatos que

compõem o Fórum, entre eles

o SindSaúde. Por conta das

respostas evasivas do governo,

o Fórum intensificou a pressão

e deixou claro que considera

inadmissível qualquer tentati-

va de calote no funcionalismo.

Os representantes dos sindica-

tos 'colaram' no governador

Orlando Pessuti e na secretária

Maria Marta Lunardon até que

conseguiram.

O episódio dá mostras que

apenas por meio da mobilização

os trabalhadores garantem seus

direitos.

Em cada data base, o sindica-

to não esquece de 'lembrar' ao

governo que muitos servidores

se aposentaram sem a garantia

da paridade com os servidores-

da ativa. Para que esse segmen-

to, também pertencente ao

grupo da brava gente, receba o

mesmo percentual dos funcio-

nários da ativa, a direção sindi-

cal avisa ao governo da necessi-

dade de incluir na lei que prevê

o reajuste artigo estendendo a

reposição salarial também para

os aposentados que, pela lei,

não teriam esse direito.

SindSaúde na defesa dos aposentados

A luta do sindicato faz com que o governo reconheça o direito do servidor

Ainda não há uma resposta

definitiva da Seap se o reajuste

de 14,89% na GAS sai. O aumen-

to foi dado como certo pela

secretária Maria Marta em

fevereiro, mas logo o governo

recuou. No entanto, o assunto

está na pauta conjunta de

Duplo vínculo

Servidores de 14 sindicatos se unem pra reivindicar cumprimento da data base

reivindicações do Fórum. Para

os sindicatos, o compromisso

assumido por Maria Marta tem

de ser cumprido.

Fórum ainda luta pelos 14,89% nas gratificações

Page 4: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

4 21anos

O abono permanência é um '

brinde", um incentivo aos

servidores que já têm direito a

se aposentar e que decidem

permanecer na ativa. Ter abono

permanência é não pagar a

Previdência.

Ocorre que o Estado aplica o

abono permanência com dois

graves erros:

1- ao pedir a aposentadoria, o

servidor perde o abono até que

seja emitida a portaria da apo-

sentadoria solicitada. Ou seja, ao

decidir e assinar a aposentadoria,

o Estado tira o abono e o servidor

volta a pagar a Previdência.

O SindSaúde avalia que a atitu-

de do governo é absolutamente

errada e contraia normas vigen-

tes já publicadas.

2- Tal como o adicional de

tempo de serviço que é automa-

ticamente implantado no

contra cheque do servidor, o

abono permanência deveria

Abono Permanência

seguir a mesma lógica. Mas não

é assim que funciona. E como as

regras da aposentadoria são

muitas e bastante complexas,

muitos servidores adquirem o

direito ao abono e não sabem.

Tempos depois de ter adquirido

o direito e que é orientado a

pedir, em geral pelo sindicato, o

servidor requer e o Estado não

paga o retroativo desde a data

em que adquiriu o direito. Ou

seja, é a administração pública

retirando mais direitos do

funcionalismo.

Esses dois temas foram pauta

de reunião com o chefe de

recursos humanos da Sesa e da

Seap. Após ouvir as argumenta-

ções e reivindicações do sindi-

cato, o Estado solicitou que a

assessoria jurídica do sindicato

Se você quer tentar a mudança de cargo é preciso entregar um

requerimento com o pedido, anexando os documentos que

comprovem que você atende aos critérios exigidos pela PGE.

O SindSaúde fez um modelo de requerimento e você pode encon-

trá-los na página do sindicato. Se quiser, podemos lhe enviar por

email ou correio.

Requerimentos

elaborasse um parecer sobre o

tema. O documento já foi

elaborado e protocolado, mas

até agora nada de mudança.

Absurdo

Na reunião, o Estado alegou

que não há como alterar o

sistema e incluir a data na qual

o servidor adquire direito ao

abono permanência. O sindicato

disse que a tecnologia está avança-

da e com certeza teria como. Com a

insistência do governo em dizer que

não há meio de estabelecer a data e

implantar automaticamente, o

sindicato afirmou então que se

pague após o pedido do servidor de

maneira retroativa desde a data em

que o mesmo adquiriu o direito.

Lógico, que é isso que o Estado

evita, pois mantém a lógica de

economizar sobre o direito do

funcionalismo.

Este tema continuará em nossa

pauta até que haja solução!

Saber é poder!O estatuto do servidor, artigo

202, garante ao servidor que

"após cada período de vinte e

quatro meses consecutivos da

licença para tratamento de

saúde, o funcionário terá direito

a um mês de vencimento, a

título de auxílio doença."

E mais no parágrafo único do

mesmo artigo garante:

"Quando se tratar de licença

concedida por motivo de aci-

dente no trabalho ou doença

profissional assim o funcionário

fará jus ao auxílio doença, após

cada período de doze meses

consecutivos de licença."

Para receber o que é de

direito o servidor terá de

protocolar um requerimento

solicitando o auxílio doença. O

pagamento é feito no contra-

cheque. Lembre-se: o requeri-

mento deve ter duas vias. Uma

fica na instituição pública e a

cópia fica em poder do servi-

dor, como prova de que apre-

sentou o pedido. Se o Estado

fizer "corpo mole", a cópia é

prova da solicitação.

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores

Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do

Paraná – SINDSAÚDE/PR, no uso de suas atribuições legais e

estatutárias, convoca todos (as) os (as) associados (as) para

participar da ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA a realizar-se,

no dia 10 de julho de 2010, no auditório do Hotel Condor,

sito a Rua Sete de Setembro, 1886, Curitiba, Paraná; às 8

horas, em 1ª convocação e às 8 horas e 30 minutos, em 2ª

convocação, com a seguinte ordem do dia:

a) Discussão e deliberação do adiantamento do processo

eleitoral sindical, inclusive com definição de datas;

b) Discussão e aprovação da instalação do processo eleitoral;

c) Eleição da Comissão Eleitoral;

d) Eleição da Comissão de Ética do processo eleitoral;

e) Avaliação e encaminhamentos das lutas da categoria;

f) Prestação de contas de junho de 2009 a abril de 2010; e

g) Assuntos gerais.

Curitiba, 29 de junho de 2010

MARI ELAINE RODELLA

Coordenadora Geral

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº02/2010

Page 5: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

5 21anos

O SindSaúde foi o primeiro

sindicato de servidores estaduais

a ingressar com ação judicial no

Supremo Tribunal Federal

reclamando o direito à aposen-

tadoria especial.

A decisão que garante a

vitória aos servidores foi publi-

cada justo no dia 7 de abril, Dia

Mundial de Luta pela Saúde.

A decisão assegura aos servido-

res que trabalharam perma-

nentemente em ambiente

insalubre o direito à aposenta-

doria aos 25 anos de contribui-

ção, desde que tenha 20 anos de

serviço público. Ou seja, por

essa decisão, o critério de idade

não é valido. A regra é: 25 anos

de trabalho insalubre e 20 de

serviço público.

Cabe dizer que a decisão é

válida para os servidores filia-

dos ao sindicato até 6 de junho

de 2009. Lembramos que quan-

do o sindicato ingressa com uma

ação na Justiça, é obrigatória a

apresentação da lista de filiados

detalhada com RG, CPF e ende-

reço de cada filiado.

Só para sindicalizados

Aposentadoria especial já é realidade

O SindSaúde entende que a

aposentadoria especial dá

direito à aposentadoria inte-

gral. No entanto, a assessoria

jurídica da ParanaPrevidência

faz uma interpretação absurda

e entende que a aposentadoria

Em reunião no último dia 14 de junho, o governo disse que

está adotando as primeiras medidas com vistas a cumprir a

decisão.

Um grupo onde há integrantes da Seap, da Sesa e da

ParanaPrevidência organiza procedimento padrão para dar

encaminhamentos aos pedidos de aposentadoria especial. A

direção sindical está acompanhando os encaminhamentos e já

pediu agilidade na orientação a todos os setores.

Governo se prepara para cumprir decisão

Como comprovar a insalubridade Cabe à gestão declarar que você trabalha num

local insalubre. Portanto, agora, se você já preen-

che os requisitos para se aposentar e se benefi-

ciar com a decisão judicial, basta protocolar o

requerimento.

Para facilitar, o sindicato elaborou um requeri-

mento para solicitação da aposentadoria especial.

Você encontra o requerimento em nossa página da internet

www.sindsaudepr.org.br e na cartilha do jurídico que trata

dessa vitória obtida pelo Mandado de Injunção.

Problema a ser enfrentado é pela média aritmética. Isso

significa dizer que, no entendi-

mento do Estado, o servidor não

terá salário integral ao se

aposentar por essa modalidade.

A direção sindical quer

reverter essa situação, e a

pressão do sindicato deve se

voltar ao presidente da

ParanaPrevidência, ao Conselho

Administrativo e ao governador

Pessuti.

A intenção é evitar que o

equívoco aconteça.

Assessoria PrevidenciáriaAssessoria Previdenciária

Há muitos anos, o SindSaúde mantém uma equipe de asses-

sores na área previdenciária. É toda sexta-feira, no período da

manhã. Qualquer dúvida sobre a aposentadoria, não hesite,

procure os advogados do sindicato. Esse é um assunto comple-

xo, com vasta legislação.

A maioria dos advogados entende do regime geral (INSS), e a

legislação de aposentadoria dos servidores é específica.

Page 6: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

6 21anos

O SindSaúde faz parte da

comissão do Fórum das Entidades

Sindicais designada para debater,

junto ao governo, a implantação

de uma política de Saúde do

Trabalhador. Até o momento, duas

reuniões já foram realizadas.

A proposta apresentada pelo

Fórum se apoia em quatro eixos:

Fórum propõe projeto de leiassistência à saúde; vigilância

dos ambientes e processos de

trabalho; implantação de um

sistema de informação; e

participação dos funcionários

por meio de comissões de saúde

em cada local de trabalho.

A análise dos sindicatos é de

que grande parte dos afasta-

mentos por motivo de doença

apresenta as mesmas causas, em

todas as secretarias de Estado. O que

muda é a incidência dos casos. Na

Saúde, por exemplo, as doenças

relacionadas ao sistema osteomus-

cular e ao tecido conjuntivo lideram

o ranking de afastamentos, seguidas

por casos de transtorno mental.

Todo ambiente de trabalho

tem de oferecer condições para

os funcionários. E, para isso, as

chefias têm de conhecer e

praticar a Norma Operacional

de Recursos Humanos do SUS.

Esta norma estabelece que a

relação com os trabalhadores

deve se pautar pela democracia

no trabalho. Infelizmente, não é

o que vem acontecendo em

Chega de chefias autoritárias! Desmandos passam dos limites. É hora de dar um basta!

algumas unidades, tomadas por

chefias que abusam do poder.

O problema existe e é de

conhecimento da Sesa. A

Secretaria não atua de forma

satisfatória para combater o

problema – que é urgente, uma

vez que a qualidade do trabalho

está diretamente relacionada

com a satisfação e a valorização

das pessoas.

De acordo com a secretária

da Administração e Previdência,

Maria Marta Lunardon, o projeto

do governo acerca do tema é

bastante semelhante à proposta

do Fórum. A Seap se comprome-

teu a apresentar ao Fórum

proposta com a junção entre os

dois projetos.

Uma das situações mais

emblemáticas ocorre no

Hospital Regional São Sebastião

– HRSS, na Lapa. Muito se divul-

ga sobre as melhorias no

Hospital, mas graves problemas

são ignorados.

O sindicato já fez várias

denúncias sobre irregularidades

no HRSS. A tisiologia funciona

em instalações precárias, o que

causa riscos para pacientes e

funcionários. Na pediatria, as

crianças internadas não têm

acompanhamento diário de

médico pediatra, pois há apenas

um médico desta especialidade

que atua no HRSS. O setor de

odontologia poderia ter atendi-

mento ampliado. O raio-x não

está em condições adequadas.E

o centro cirúrgico, há muito

tempo tão propagandeado, até

hoje aguarda reforma. Apesar

das belas palavras e promessas,

a reforma do centro cirúrgico

sequer teve a obra iniciada.

O desejo do SindSaúde é de

que o Hospital São Sebastião

cumpra sua missão de ser

referência no atendimento

regional. Mas, para isso, é

preciso deixar de lado o medo

de falar abertamente sobre o

que realmente acontece. É

preciso dar atenção a esses

problemas.

O SindSaúde quer um hospi-

tal com mais atendimento e

com bom ambiente para a

recuperação da saúde. Que a

humanização deixe de ser uma

bela palavra e seja realmente

praticada com os usuários e

familiares e com os funcionários

que lá atuam. É bom pra

todos, e o governo ainda sai

bem na foto.

Problemas comprometematendimento na Lapa

Uma das situações mais graves no HRSS é a pratica da alta

hospitalar por indisciplina. Pacientes em tratamento e sem

condições de receber alta foram impedidos de continuar o

tratamento por determinação da direção. O resultado é a

possibilidade de se disseminar a doença entre familiares e

sociedade, sem contar as graves sequelas que podem acarretar

ao paciente.

A maior prova de que denunciar o abuso de autoridade dá

resultados aconteceu em Jacarezinho. Após anos de desman-

dos, a diretora da 19º Regional de Saúde foi afastada do cargo. A

exoneração aconteceu dias depois de o sindicato denunciar à

imprensa local a prática de assédio moral e outras irregularida-

des em Jacarezinho e região.

Por isso, não fique de braços cruzados. Se você é vítima de

assédio moral ou presencia irregularidades de qualquer nature-

za em seu local de trabalho, denuncie e organize-se com seus

colegas! É botando a boca no trombone que se consegue melho-

rar as condições de trabalho.

Pressão dá resultadosem Jacarezinho

Alta por indisciplinarevela caráter autoritário

Page 7: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

7 21anos

Todos querem. Poucos terão.Pagamento sem previsão.

Promoção e progressão

As resoluções da promoção e

progressão, publicadas em 6 de

abril deste ano, trouxeram

poucas novidades em relação

aos critérios exigidos. E o que

prometia ser uma forma de

corrigir erros dos processos

passados, acabou frustrando a

categoria.

Poucos servidores serão

beneficiados. Além dos critérios

de sempre, o governo definiu

que apenas os servidores que

não tiveram a última promoção

(2009 para agentes de execução

e de apoio e 2007 para agentes

profissionais) é que poderão

apresentar certificados e ser

beneficiado agora. O restante

terá de esperar.

É um absurdo

O governo, desde a publica-

ção da Lei 13666/02, atrasou o

pagamento da promoção e da

progressão. E perdeu mais esta

chance de fazer o processo do

jeito certo. Isto significa cum-

prir a lei que estabelece que a

promoção deve ser de quatro

em quatro anos. No cálculo do

tempo certo, a sequência dos

anos é a seguinte: 2003 - 2007 -

2011 - 2015...e assim por dian-

te. Se as promoções de 2003 e

2007 foram feitas em anos

diferentes, que agora o governo

"zere" o processo e faça tudo

corretamente.

O que vai acontecer?

Os servidores que tiveram a

promoção, nos anos citados

anteriormente, terão de espe-

rar quatro anos. Ou seja, os

servidores de cargos de agente

de apoio e agente de execução

em 2013. Os servidores de cargo

de agente profissional em 2011.

Os servidores de qualquer

cargo que não atinjam os crité-

rios, a partir do momento em

que tenham estas condições

atendidas, poderão, a qualquer

tempo, solicitar a promoção.

Deixados de lado

Outro grupo de servidores

que está fora desta promoção é

quem está em estágio probató-

rio. Isso porque a Lei 13.666, de

2002, diz que os avanços na

carreira somente podem ocor-

rer após o término do estágio

probatório. E para a promoção,

a exigência é ter, no mínimo,

dez anos de serviço público.

Para os novos, somente progressão

O servidor que já tem mais de

três anos de Estado pode obter a

progressão e, para isso, deve

apresentar seus certificados.

Veja os exemplos:

1) O agente de apoio que está na

classe III, referência 1, precisa

de curso de 40 horas para avan-

çar para a referência 2. Com 80

horas de curso é possível avan-

çar para a referência 3.

2) O agente de execução que

está na classe III, referência 1,

precisa de curso de 80 horas

para avançar para a referência

2. Com 160 horas de curso é possível

avançar para a referência 3.

3) O agente profissional que

está na classe II, referência 1,

precisa de curso de 160 horas

para avançar para a referência

2. Com 320 horas de curso é

possível avançar para a referên-

cia 3.

Ainda falta...

O sindicato lembra aos servi-

dores que uma nova resolução

será editada pelo governo com

mais informações sobre os

processos de promoção e pro-

gressão. A nova resolução ainda

está em elaboração e vai definir:

1) A comissão que vai avaliar os

documentos entregues para a

promoção e a progressão (certi-

ficados, históricos escolares e

ficha funcional).

2) Os prazos de entrega de certifi-

cados de conclusão de cursos.

3) Se serão aceitos cursos fora

da área de atuação e a somató-

ria da carga horária dos cursos

será válida.

Se você está dúvida se pode ou não ser contemplado com a

promoção ou a progressão, não se acanhe. Preencha o formulário

mesmo assim. O máximo que pode acontecer é que o pedido seja

indeferido. Além disso, depois ainda é possível fazer pedido de

reconsideração. Quem não tenta depois se arrepende!

A solução

Infelizmente, a Lei 13666 não atende as necessidades da catego-

ria. Muito pelo contrário: tem prejudicado em muito os servidores.

Para sair deste vai não vai, para que decretos, regras e

critérios parem de cair dos gabinetes nas cabeças da categoria,

para sair da insegurança de que curso fazer, do que vai valer, de

quanto tempo de serviço público será exigido, a única solução é

o PCCV próprio da saúde.

Por isso, a luta que os servidores estão travando e com a

organização e a força da brava gente da saúde será vitoriosa.

Não tenha dúvida. Tente.

Page 8: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

8 21anos

Luta pelo PCCV

O governador Orlando Pessuti tem até o dia 3

de julho para sancionar o Plano de Cargos,

Carreira e Vencimentos – PCCV – próprio da

saúde. Para que o Plano de Carreira saia do papel

e se torne (retirei o 'uma') realidade, o SindSaúde

vem intensificando a pressão junto ao governo.

A legislação estabelece que o período máximo

para que novas leis entrem em vigor antes das

eleições é de três meses antes do primeiro turno.

O governador precisa enviar nos próximos dias

um projeto de lei para ser votado na Assembleia

Legislativa para que o Plano seja aprovado em

tempo hábil.

Cena 1

PCCV entra na reta final

Prazo que permite a

implantação do

Plano de Carreira em 2010

está perto de expirar

O SindSaúde intensificou a pressão para que

Pessuti assinasse o PCCV. No dia 21 de maio, o

sindicato deu início a uma vigília em frente ao

Palácio das Araucárias, sede do governo estadual,

reunindo servidores que vieram de todos os cantos

do Estado para reivindicar o PCCV.

No mesmo local foi instalado um painel com a

contagem regressiva do PCCV, marcando os dias

restantes para que o Plano de Carreira da saúde

possa ser aprovado. Durante semanas, no perío-

do entre maio e junho, a brava gente da saúde

resistiu ao frio e à chuva para lutar por seus

direitos. Animados com apitos, bandeiras e

cornetas a brava gente deu o recado: PCCV JÁ!

Cena 2

PCCV entra na reta final

Servidores mantêm

vigília em frente à

sede do governo

A vigília pelo PCCV preparou o terreno para o

ato do dia 2 de junho quando a brava gente da

saúde tomou conta das imediações do Palácio

Araucária. Mesmo com a garoa, os servidores não

fugiram da raia e cobraram do governo mais

agilidade no processo de implantação do Plano

de Carreira.

Uma comissão do SindSaúde foi recebida por

integrantes da governadoria e das secretarias da

Saúde e da Administração. O discurso do governo é

de que há disposição para negociar o PCCV no curto

espaço de tempo restante. Esse compromisso será

cobrado diariamente pelo sindicato.

Cena 3

PCCV entra na reta final

Mais um dia de luta

reúne a brava gente

da saúde

Page 9: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

9 21anos

Após longo impasse, a comissão do governo,

que vai negociar o Plano de Carreira junto ao

sindicato, foi definida. A primeira reunião

envolvendo os órgãos que têm papel ativo para a

implantação do PCCV foi marcada para o dia 11

de junho.

Por isso mesmo o seu envolvimento é funda-

mental. O sindicato vem mobilizando a brava

gente da saúde para enviar diariamente mensa-

gens ao governador pedindo a implantação do

PCCV. Com a participação de todos, a reivindica-

ção tem mais chances de ser atendida.

Cena 4

PCCV entra na reta final

O cenário para

que isso aconteça

já está montado.

Um grande grupo de servidores esteve dia

15/06, na Escolinha, programa semanal do gover-

no. O objetivo era falar com o governador para

que ele dê prioridade e encaminhe o PCCV à

Assembleia Legislativa.

Ao final da reunião, Pessuti que cumprimentava

a todos foi conversar com a brava gente da saúde.

Neste momento, o sindicato entregou o abaixo-

assinado, com cerca de três mil assinaturas, vindo

de todos os locais de trabalho da Sesa.

Os trabalhadores gostaram da atitude do

governador, pois mostra disposição para a negoci-

ação. E os servidores reivindicaram que o Plano

tivesse o aval do governador para que vá imediata-

mente à Assembléia Legislativa. O alerta geral foi

sobre o pequeno tempo que resta para que o PCCV

próprio da saúde seja aprovado, cumprindo assim os

prazos estabelecidos pela lei eleitoral.

Cena 5

PCCV entra na reta final

Pessuti vai até a

brava gente da saúde

Prossegue na página 10

Resposta do governador

Gol de placa

Aos pedidos da categoria, Pessuti afir-

mou que teria uma reunião, no dia seguin-

te, com a equipe de governo para tratar do

assunto. Segundo o governador, participa-

riam a secretária Maria Marta, da

Administração, e Alan Jones, secretário do

Planejamento.

Se não houver impedimentos legais, na

opinião desses secretários, o PCCV vai para

a Assembleia. A direção sindical garantiu

que, ao escrever o Plano, teve todo cuida-

do com os aspectos jurídicos, para afastar

qualquer elemento dificultador do proces-

so negocial.

Pessuti disse, ainda, que um interlocu-

tor do governo procuraria a direção do

sindicato para repassar os resultados da

reunião entre o governador e secretariado.

A conversa foi curta, objetiva e promis-

sora. A brava gente da saúde de várias

regiões do Estado marcou presença.

Mesmo sendo dia de jogo do Brasil na Copa

do Mundo, muita gente priorizou a luta e

fez o corpo-a-corpo com o governador.

Gente que sabe o que quer, que sabe que

para conquistar é preciso mostrar a cara e

que neste ato fez gol de placa.

Page 10: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

10 21anos

Três secretários de Estado es-

tiveram reunidos com a direção

do SindSaúde, dia 28 de junho,

na Sesa. São eles: Carlos

Augusto Moreira Junior (Saúde),

Maria Marta Lunardon (Seap) e

Alan Jones dos Santos (Planeja-

mento). Na pauta, a proposta do

PCCV que foi construída, em

2008, pelo sindicato com a par-

ticipação da Sesa.

Os pontos foram debatidos

um a um, mas o governo afirmou

ser contra criar um quadro pró-

prio da saúde, mesmo que isso

signifique descumprir a Lei

Orgânica da Saúde e o Plano

Estadual de Saúde do Paraná. A

concepção da secretária de

Administração é que a Lei

13.666 seja(deve ser?) melhora-

da e que a categoria permaneça

do QPPE - Quadro Próprio do

Poder Executivo.

Segundo os secretários, vári-

os pontos da proposta apresen-

tada pelo sindicato serão con-

templados, por meio de norma-

tivas específicas do governo. Os

pontos seriam os seguintes:

- Promoção e progressão – a pro-

posta do governo é melhorar a

Lei 13.666, modificando os arti-

gos que tratam da promoção e

progressão. Segundo Moreira, o

que o governo fará é a criar cri-

Governo acena apenas com pontos do PCCVEm reunião, dia 28 de junho, secretários respondem reivindicação do PCCV

térios e mecanismos de ascen-

são na carreira melhor do que os

existentes na educação. Maria

Marta afirmou que a Seap está

estudando o QPPE e proporá as

modificações através de projeto

de lei. A secretária reconhece

que 10 anos no serviço público é

muito tempo para um servidor

ser promovido. E este é um dos

itens a ser alterado.

- GAS na aposentadoria – a pro-

posta do governo é editar um de-

creto que permitirá que a grati-

ficação seja transformada em

adicional para ser recebida inte-

gralmente na aposentadoria.

Não há prazo para a publicação

do decreto.

- Jornada de trabalho – O secre-

tário de saúde é bem objetivo

nesta questão. Afirma que a car-

ga horária será “normatizada

com o que já existe em lei fede-

ral”. Maria Marta diz que “30 ho-

ras indiscriminadamente não é

uma medida adequada.”

- Vale transporte – Os represen-

tantes do governo não se pro-

nunciaram sobre o auxilio trans-

porte proposto no PCCV. A dire-

ção sindical questionou, e Alan

Jones diz que é impossível pagar

o VT para todos os servidores.

Esta despesa, segundo o secre-

tário de planejamento, quebra-

ria o Estado.

A certeza que a direção do sin-

dicato tem é que a força da cate-

goria foi sentida. Mas os acenos

do governo não são suficientes

para atender as necessidades

dos servidores da saúde, apesar

de Maria Marta reconhecer que

o SindSaúde é “poderoso e gran-

de”. A justificativa de que o

PCCV da saúde causa fragmen-

Avaliação

Para avaliar junto à categoria as propostas do governo, a di-

reção do SindSaúde marcou Assembleia Geral para o dia 10 de

julho, sábado, às 8 horas, no auditório do Hotel Condor, em

Curitiba. Confirme sua presença pelo telefone 41-3322-0921

ou pelo email [email protected].

tação no serviço público não con-

venceu a direção do sindicato,

pois se sabe que outras catego-

rias têm planos próprios.

“Esperávamos que o governo

não desmembrasse a proposta

do plano de carreira e que aten-

desse de forma ampla as reivin-

dicações.”, diz o diretor Amauri

Nogueira, “A contraproposta do

governo não corrige erros histó-

ricos nem dá conta de colocar os

servidores da saúde no lugar que

merecem estar os trabalhadores

que fazem o SUS funcionar.”

Assembleia

A direção do sindicato constata que muitos são os servidores que

se mudam de casa, que trocam o local de trabalho, mas esquecem

de alterar o cadastro no sindicato. O problema é que esses funcio-

nários ficam sem acesso à informação.

Outro fator é que as eleições para troca de direção estão chegan-

do e, para que a lista com os votantes não deixe ninguém de fora, é

preciso que todos estejam corretamente cadastrados.

Como fazer para mudar o endereço:

1 – Envie email com todos os dados para

[email protected]

2 – Ligue para o sindicato no 41-3322-0921 e fale com o Julio,

das 9h às 17h30.

Trocou de endereço? De local de trabalho? Avisou?

Page 11: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

11 21anos

Soterrando a saúde públicaA terceirização dos serviços públicos é sinônimo de entregar a responsabili-

dade do Estado a interesses particulares. Leia sobre as ilegalidades e irregula-

ridades que existem nessa política de entrega do serviço de saúde aos interes-

ses do comércio.

Nos municípios

Em Curitiba, a Secretaria Municipal não mantém atendimento em raio-x público. Para fazer um

raio-x tem de recorrer as clinicas conveniadas. O atendimento nas unidades básicas é eficiente,

mas quando o usuário necessita de melhor investigação do caso, como o citológico, por exemplo,

ou de médico especialista, o município não dispõe de serviço e transfere o atendimento para o se-

tor privado-conveniado.

O único aparelho de mamografia que pertence ao patrimônio público da capital está cedi-

do para o Hospital Erasto Gaetner. Nem é preciso dizer que o usuário paga um alto preço, po-

is a demora para atendimento é imensa. Em média, o curitibano espera 40 dias para um sim-

ples raio-x. A gestão municipal ainda alega que a compra de serviço garante maior agilidade

e qualidade. Só no verbo.

A investigação do Ministério Público Federal (MPF) já resultou em algumas conclusões: de-

nunciou 21 pessoas envolvidas no esquema de desvios de recursos públicos através do CIAP.

Representantes e dirigentes desta Organização da Sociedade Civil de Interesse Público –

OSCIP – foram denunciados pela prática de crimes de quadrilha, peculato e lavagem de di-

nheiro. A ação penal é resultado das investigações na chamada “Operação Parceria”, reali-

zada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal. A prá-

tica de entregar a execução das ações em saúde é generalizada.

Como é possível perceber, pelo simples exame dos fatos, a idoneidade não é necessária no

cardápio das OSCIPS e Organizações Sociais que se apropriam com voracidade do serviço pú-

blico de saúde.

Proposta pelo Partido dos

Trabalhadores (PT) e pelo

Partido Democrático Trabalhista

(PDT) ainda no governo Fernando

Henrique Cardoso, uma Ação

Direta de Inconstitucionalidade

(Ad in ) ques t i ona se a s

Organizações Sociais – OS – são

compatíveis com a Constituição

brasileira. A Adin pode ser julga-

da ainda neste semestre no

Supremo Tribunal Federal (STF).

Pela lei 9.637/1998 , que insti-

tui as Organizações Sociais, po-

dem ser declaradas OS pessoas

jurídicas sem fins lucrativos que

atuam em diversas áreas de inte-

resse público, entre elas, a área

da saúde. Desde então, este mo-

delo de gestão passou a ser mais

fortemente vislumbrado como

uma possibilidade para resolver

alguns problemas enfrentados

na saúde pública.

Os fóruns populares de saúde

do Paraná, Alagoas, Rio de

Fóruns populares de saúde popular e em defesa do SUSse articulam para pressionar STF a barrar o modelo das OS

Campanha contra a privatização da saúde

Janeiro, São Paulo e Londrina ini-

ciaram uma campanha pela pro-

cedência da Adin. Circula pela

internet um abaixo-assinado

contra as Organizações Sociais.

Lucas Rodrigues, do Fórum

Popular de Saúde do Paraná, afi-

ma que a articulação tem o obje-

tivo de mostrar ao Supremo o

descontentamento da socieda-

de civil organizada com o mode-

lo de gestão das OS. “A descul-

pa era que as OS trariam eco-

nomia de recursos, facilitariam

a gestão, só que o que temos

visto na prática é uma precari-

zação tanto das condições de

trabalho quanto dos serviços de

saúde nos locais em que elas fo-

ram implantadas”, diz. Lucas de-

nuncia que as Organizações

Sociais que passaram a gerenci-

ar os serviços de saúde estão vi-

sando ao lucro, ao invés de prio-

rizarem um atendimento efici-

ente à população. Ele cita o

exemplo do estado de São

Paulo. “No serviço de ambulân-

cia do Estado de São Paulo, a OS

que o administra ganha por qui-

lômetro rodado, então, mesmo

podendo carregar duas pessoas,

eles carregam uma só porque,

com isso, lucram mais. Na ver-

dade, o lucro acabou sendo colo-

cado acima da política pública”,

critica.

Se você quer assinar entre no

blog do FOPS:

http://fopspr.wordpress.com

Esse sindicato de servidores da saúde do

PR me deixou decabelos brancos

não é só esse sindicato não. Ele se junta com fóruns populares e

ainda fica cobrando

Pior:

Page 12: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

12 21anos

Muitas reivindicações perma-

necem na pauta anos e anos. É o

caso da alteração do vale trans-

porte e do auxilio alimentação,

por exemplo. Uma outra ques-

tão que aguarda solução há

muito tempo é a situação dos

servidores que atuam num cargo

e recebem por outro de menor

salário. Ou seja, todos sabem

que o desvio de função é uma

prática corriqueira, que afeta

um número imenso de servido-

res. Chefias sabem e nada

fazem para coibir, pelo contrá-

rio muitas incentivam.

É preciso que todos saibam

que até março, o governo dizia

que sobre esse assunto não

havia negociação. Numa reu-

nião, o governo foi enfático e

disse que não se fala mais nisso.

Cerca de 50 dias depois, o

sindicato recebe denúncias de

que o reenquadramento era

realidade para alguns poucos

servidores. A direção do

SindSaúde foi investigar e

descobriu o despacho da PGE.

Mais um pouco de pesquisa e foi

encontrado o diário oficial com

os despachos para reenquadrar

10 servidores. Além do reenqua-

dramento, esses servidores

tiveram todas as promoções e

progressões, ou seja, o pacote

foi completo para eles.

Muitos pedidos

Sabemos que mais de mil

processos requerendo o reenqua-

dramento se acumulam na Seap

para análise. Mais seis servidores

foram reenquadrados.

O que a direção do sindicato quer

O Fórum das Entidades

Sindicais, do qual o SindSaúde

faz parte, continua a debater o

tema com o governo, e é inad-

missível que a medida atinja

somente quem tem padrinho

forte no governo. E que, inclusi-

ve, para esses os atos jurídicos

Reenquadramento exige cautela

Sindicato quer que regras valham paratodos, e que servidores tenham garantias

Apesar de ser uma pauta de grande interesse para muitos, é papel do sindicato alertar que a forma

encontrada para reenquadrar é bastante frágil juridicamente. E já está em exame pelo Tribunal de

Contas do Estado.

Para obter o reenquadramento, a PGE estabeleceu os seguintes critérios:

1- Para as duas situações de injustiça, o SindSaúde orienta ao servidor que preencha o requerimen-

to com o pedido de enquadramento e anexe a história funcional. Ou seja:

2- Como ingressou no Estado, com cópia da portaria ou da carteira de trabalho ou do contrato.

3- Descreva a funções que exercia da forma mais detalhada possível.

4- Anexe cópia do Plano de Cargos vigente na época da Fundação Caetano Munhoz da Rocha, quando

for o caso de o servidor ter feito parte da antiga FMCR. Naquele plano, havia o descritivo de funções,

com o detalhamento de cada atividade que o servidor realizava ao ocupar o cargo. Se você não tem

esse documento, peça no setor de pessoal.

5- Descreva qual foi a situação que ocorreu: se você hoje é auxiliar de enfermagem e entrou no

Estado como atendente de enfermagem, descreva detalhadamente que, em 1988, uma lei federal

extinguiu a função de atendente e, para continuar no trabalho de assistência aos usuários da saúde,

era obrigatório fazer o curso de auxiliar de enfermagem. Relate também as funções que você exer-

ce, os cuidados aos pacientes, sempre colocando a data do início da função e a continuidade até a

presente data.

6- Se você fez outros cursos na área como, por exemplo, técnico de enfermagem, descreva o fato. Se

você faz procedimentos de técnico de enfermagem, relate isso de modo completo.

7- Seu histórico de trabalho tem de ser o mais completo possível, sempre anexando cópias de certifi-

cados de cursos, de escalas de plantão, de laudos assinados. Ou seja, de toda a documentação que

tiver disponível e que comprove as atividades para além do cargo para o qual foi contratado.

8- Lembre-se de que um dos comprovantes necessários é uma declaração da chefia confirmando que

você executa trabalho além do que foi contratado e que o serviço precisa do seu trabalho na área.

Apesar de o sindicato ter preocupação com a decisão do

governo por não oferecer aos servidores qualquer segurança

jurídica, a direção do SindSaúde defende que se dez servidores

foram reenquadrados, outros na mesma situação têm o mesmo

direito e devem também ser reenquadrados. Mas o sindicato luta

para que o Estado tenha responsabilidade com o futuro dos

servidores e com a aposentadoria de cada um. O sindicato tam-

bém quer que a medida de hoje não seja um problema amanhã.

emitidos pelo Estado estão

longe de serem adequados para

dar garantias jurídicas de que a

medida será para sempre.

Lembramos que a questão

ex ige caute la porque a

Constituição Federal define

claramente que a única maneira

de mudança de função do servidor

é por meio de concurso público.

Medida polêmica

O despacho da PGE

Page 13: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

13 21anos

A direção sindical quer muito que os convocados para o exame

médico sejam logo nomeados.(Só) Pois assim, muitos trabalhadores

que hoje são temporários e, que passaram no concurso, serão servi-

dores de carreira como o restante.os demais. Merecidamente.

Bom para quem entra com perspectiva de futuro. Bom para quem

já está, pois diminui a sobrecarga de trabalho e porque tem para

quem repassar os conhecimentos e a experiência no serviço público.

Queremos o fim da terceirização. Chega de medidas paliativas:

basta de testes seletivos, de pagamentos por RPA. Estes modos de

contratação perduraram durante muito tempo no Paraná e se torna-

ram uma prática do Estado, contrariando a Lei, que afirma ser por

meio de concurso a única porta de entrada no serviço público.

Veja como ficou a distribuição dos nomeados:

- Hospital Regional do Litoral – 620 servidores

- Hospital Zona Sul – 431 servidores

- Hospital Zona Norte – 460 servidores

- Hospital de Guaraqueçaba – 135 servidores

- Hospital Regional São Sebastião – 334 servidores

O SindSaúde ainda aguarda o chamamento para as demais unida-

des da SESA. A necessidade de pessoal é urgente – ainda mais nesse

momento, com a vitória do Mandado de Injunção que concede a apo-

sentadoria especial para quem trabalhou 25 anos em ambiente insalu-

bre. Com isso, a projeção é que centenas de servidores se aposentem

nos próximos meses, aumentando a demanda por mais pessoal.

E a luta foi vitoriosa! O SindSaúde lutou pela realização do concurso

A Secretaria Estadual de

Saúde – SESA– divulgou edital em

que torna pública a decisão

judicial que põe fim às contra-

tações por testes seletivos no

Paraná. O edital informa que

estão “cancelados o Edital nº

143/2010 e o 147/2010, para o

Hospital Infantil de Campo

Largo e o Edital nº 146/2010

para o Hospital Regional de

Francisco Beltrão”. Até o

momento, a medida se estende

às duas unidades citadas. No

entanto, a decisão judicial

abrange o Estado inteiro e espe-

ra-se para breve que o mesmo

expediente seja utilizado para

todos os locais de trabalho.

Luta incansável

Cerca de dois mil novos servidores aprovados no concurso público,

realizado no ano passado, foram chamados. As nomeações são para o

Hospital Regional do Litoral, hospitais Zona Sul e Zona Norte (Londri-

na), Hospital de Guaraqueçaba e o Hospital Regional São Sebastião, na

Lapa. A SESA também anunciou que os contratos dos trabalhadores

terceirizados que se encerram em junho não serão renovados.

Dois mil novos servidoresingressam na saúde

- a sindicalização é livre

- a sindicalização é um direito

- no seu dia a dia, você terá necessidade de apoio e de um

lugar seguro para buscar informações. No SindSaúde, você

terá esse respeito e espaço

- queremos um serviço público fortalecido e o servidor reco-

nhecido.

Só fazemos uma grande luta com a sua participação. Venha

ajudar a defender os seus direitos.

Por isso, solicite uma reunião do sindicato em seu local de

trabalho. Queremos nos apresentar. Ligue ou envie um email e

faça sua solicitação. A gente vai até você!

Para se filiar, entre no site e pegue sua ficha de filiação,

preencha e envie para a nossa sede.

Você que chegouagora na SESA, saiba:

w w w. s i n d s a u d e p r. o r g . b r

A erradicação do trabalho

terceirizado no serviço público

é uma luta que levou anos.

Neste processo, muitos servido-

res sofreram com a sobrecarga

de trabalho. Alguns dos fatores

mais importantes que levaram à

vitória desta batalha foram as

ações jurídicas e políticas

adotadas pelo SindSaúde nesse

período. Em cada negociação e

manifestação, o sindicato

reiterou a necessidade de

realização de concurso público.

Apesar desse cenário promissor,

não dá para vacilar. Temos de

continuar alertas! Que venham

os concursados. Viva a legalida-

de! Sejam todos bem vindos!

Page 14: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

14 21anos

Numa das reuniões recentes

com o governo, o assunto da

injustiça histórica com a

situação dos atendentes de

enfermagem foi tratado. O

Estado mantém, há mais de 20

anos, servidores trabalhando

nas funções exclusivas de

auxiliares de enfermagem, mas

recebendo salários de aten-

dentes.

Extinção

Todos se lembram que, em

1988, foi aprovada uma lei que

extinguia a função de atenden-

te. Para atuar na enfermagem

era obrigatório ter por o curso

de auxiliar.

Quase a totalidade dos

funcionários voltou aos bancos

escolares e adquiriu o título de

auxiliar. Enquanto os servidores

buscaram regularizar a situa-

ção, o Estado nada fez. Ou

melhor, constatou que os servi-

dores estavam mais qualifica-

dos, que havia um desvio de

Atendentes de enfermagemfunção, mas era conveniente

nada fazer. O pessoal trabalha-

va com mais qualificação e

recebia salário por função mais

simples.

Nesse sentido, o sindicato

reivindicou o reenquadramento

de todos, pois neste caso, há um

diferencial importante. Uma lei

federal impõe o fim da função e

esse é um importante argumen-

to para reenquadrar todo o

conjunto de pessoas na mesma

situação.

De auxiliar para técnico

O Estado lançou um termo de

opção de mudança de função de

auxiliar para técnico de enfer-

magem. Essa é outra situação.

Não é reenquadramento, pois

não haverá mudança de tabela.

Todos permanecerão com o

mesmo salário, só há mudança

na função descrita no contra-

cheque. Onde hoje consta

auxiliar de enfermagem será

mudado para técnico.

Atenção para duas situações:

1- se você ocupa o cargo de agente de apoio e a função de auxiliar

de saúde, mesmo tendo feito o curso de técnico de enfermagem,

você não poderá assinar o termo de opção.

2- Este termo somente poderá ser feito quando a pessoa apresen-

tar a conclusão do curso de técnico

Reivindicação do sindicato

1- Mesmo para quem já fez a opção, o curso de técnico poder ser

contado para a promoção.

2- Que haja um avanço no salário do técnico de enfermagem já

que suas funções são de mais responsabilidade e risco.

Não há conclusões e o sindicato vai solicitar nova reunião para

tentar encaminhar a situação.

A jornada de 40 horas ator-

menta a vida profissional de

parte dos servidores da saúde.

A publicação do decreto

4345/2005, com suas inúmeras

ilegalidades, retirou o direito à

jornada de 30 horas semanais

para a saúde.

Essa medida adotada pelo

governador Requião é lembrada

como a que mais prejudicou os

servidores. Essa atitude autoritária

do Requião jamais será esquecida.

Esse assunto é tema de nossas

discussões e reivindicações. Por

isso, o PCCV tem um capítulo

estabelecendo a jornada máxi-

ma de 30 horas, respeitando as

leis federais que também

estabelecem jornada de 20 e 24

horas para alguns profissionais.

Além disso, outras ações para

por fim à vigência do decreto

4345 estão sendo adotadas pelo

sindicato. Entre elas há o pedi-

Jornada

Ainda há tempo para resolver o problema das 30 horas

do de novo decreto específico

para a saúde, estabelecendo a

jornada de trabalho. Outro

pedido é que o governador

Pessuti edite um decreto anu-

lando as faltas anotadas indevi-

damente no registro cadastral

e, com isso, ficam liberadas as

licenças especias de 2007.

Apoio

O deputado estadual Luiz

Eduardo Cheida, do PMDB,

promoveu uma audiência

pública sobre o PCCV da saúde,

onde muitos servidores reforça-

ram o pedido de anistia destas

"falsas faltas" e o retorno da

jornada de 30 horas.

Cheida levou a reivindicação ao

p l ená r i o da A s semb le i a

Legislativa, com requerimentos

pedindo a anistia aos servidores

que levaram as faltas e solicitou a

revogação do decreto 4345, que

puniu os servidores. Diz o requeri-

mento que o decreto “criou uma

situação injusta aos servidores

públicos da saúde” e que “fere

direitos adquiridos e a legislação

em vigor ao instituir jornada de

trabalho superior à máxima

estipulada a diversas carreiras”.

Ainda há tempo para corrigir

essa injustiça. A jornada de 30

horas é direito da brava gente

da saúde e está contemplada na

proposta do PCCV, que será

analisada pelo governo.

Mu i t o s s e r v i d o r e s

foram punidos por não

aceitar o aumento da

jornada para 40 horas. Em

represália, o governo deu

falta a esses servidores,

mesmo com a comprova-

ção de presença. Apesar

de a medida ser uma

aberração, o governo

implantou descontos.

Alguns chegaram a rece-

ber hum real de salário no

mes. E como muitos

tiveram mais de cinco

faltas perderam o direito à

licença especial.

Refrescandoa memória

Refrescandoa memória

horas20

SindSaúde

O sindicato da brava gente da Saúde

30horas

20horas

30horas

Debate sobre o reenquadramento das atendentes

Page 15: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

15 21anos

Terceirização do setor saúde é tema de seminárioUm dos maiores especialistas em Direito Administrativo do país participou do evento

Na quinta, 24/06, o SindSaúde

trouxe a Curitiba Dalmo de Abreu

Dallari. Doutor e professor da

USP – Universidade de São Paulo –

Dallari fez um breve resgate da

história do Estado a serviço dos

interesses da burguesia até chegar às

Organizações Sociais e Fundações

Estatais de Direito privado.

Para Dalmo, ao longo da

história os legisladores criaram

formas de beneficiar os deten-

tores dos meios de produção,

que há séculos acumulam a

riqueza que vem do trabalho

produzido pela classe trabalha-

dora. Assim, o Estado perma-

nentemente arruma formas de

criar espaços para que a burgue-

sia se beneficie com o dinheiro

público. Desta maneira, nascem

as Organizações Sociais(OS), as

Organizações Socia is de

Interesse Público(OSCIPS), as

Parcerias Público-Privada(PPP),

a Fundação Estatal de Direito

Privado. Muitos nomes com um

único objetivo: manter benefí-

cios a classe dominante.

Dallari afirmou que a mais

recente tentativa de o governo

privatizar importantes áreas do

serviço público, entre elas, a

saúde, é a criação da Fundação

Estatal de Direito Privado. O

jurista falou que a farsa já está

embutida no nome. É uma ação

entre amigos. “O jurista explica

que a palavra fundação, do

ponto de vista jurídico, significa

um fundo vinculado a algum

direito e que tem rendimento.”

Ocorre que essas fundações não

têm fundo financeiro, não tem

patrimônio. "Está claro que

essas Fundações dependem de

dotação orçamentária do

Estado", constata Dallari. “Se

essas instituições não têm fundo

e ainda dependem de dotação

orçamentária, só têm de ser

uma farsa”, completa.

O assessor jurídico do

SindSaúde, Ludimar Rafagnin,

explicou que as OS, Osicps e

Fundações são primeiro criadas,

aí o governo baixa um decreto e

as declara de 'interesse público'.

Por conta disso, elas não têm de

cumprir a lei que prevê a reali-

zação de licitação para compras

e concurso público para ingresso

no Estado. Ludimar deu inúmeros

exemplos de utilização do espaço

e de mão de obra públicos.

Ele considera inconstitucional,

pois, para o advogado, “não é

dado ao gestor público fazer este

tipo de opção porque não atende

ao princípio da legalidade.”

Paulo Perna, enfermeiro e

professor da Universidade Federal

do Paraná – UFPR, ressaltou que a

origem dos problemas sociais são

decorrente do sistema capita-

lista. Para isso, demonstrou

que os países periféricos são

submetidos aos interesses dos

países dominantes. Afirmou

que três quartos da riqueza

existente no Brasil estão

concentrados nas mãos de

apenas 10% da população.

Apresentou estudo que demons-

tra que quem é pobre no Brasil

está condenado a pagar mais

imposto. O estudo ainda aponta

que, desde 1996, tirando-se

apenas o ano de 2003, vem

ocorrendo aumento na carga

tributária. O peso dos impostos

disparou de 26,74% para, 10

anos depois, chegar a 34,23%. O

professor passou dos números

mais gerais e demonstrou que o

capital também fala alto na

saúde. É por isso que a alta

tecnologia em saúde (equipa-

mentos) são de propriedade dos

empresários da saúde. Com isso,

eles vendem serviço ao SUS e o

lucro é para lá de grande.

Somente no setor de hemodiáli-

se é que o SUS mantém a maior

estrutura, isso porque são

pacientes crônicos e o lucro não

é atrativo para o setor privado,

que entende saúde como sinôni-

mo de dinheiro em caixa. Perna,

para finalizar, demonstrou que

esse sistema colabora para

adoecer os trabalhadores. Um

dos motivos é a terceirização. Os

trabalhadores convivem cada vez

mais num mesmo local com

diferenciação de vínculos traba-

lhistas e, com isso, com discrimi-

nação de direitos.

A classe trabalhadora tem de fazer coro para defender a

saúde pública das garras do setor privado. E o trabalhador de

saúde tem um importante papel de alertar a população dos

riscos de ver deturpado o que diz a Constituição Federal:

“Saúde direito de todos, dever do Estado”. É preciso ter

clareza de que: aos empresários da saúde interessa que o

SUS não melhore. Assim, continuarão a vender planos de

saúde e comercializar a doença. Já a classe trabalhadora

tem de lutar pela ampliação e melhoria do SUS, pois saúde,

educação e segurança são direitos duramente conquistados.

Saída

Page 16: A c Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • número 40 ...mediaenterprise.dohmsweb.com.br/mediafiles.sindsaudepr.org.br/... · Em carta de notificação extrajudicial, ... contra

Junho de 2010

16 21anos

O ano de 2010 será marcado por mais uma eleição para a escolha

do presidente, governadores, senadores e deputados. A pouco

mais de três meses do primeiro turno, é possível assistir a um

vaivém de alianças, de resultados de pesquisa pré-eleitorais. Os

interesses se movimentam e sequer conseguimos saber concreta-

mente que acordos estão sendo fechados e quais são os objetivos. A

sensação é de uma verdadeira trama em que o interesse pelo bem

público passa longe.

Apesar disso tudo, a política é mais do que necessária. Está

no cotidiano de cada um. É orgânica. Mas também é evidente

que, do jeito que as coisas andam, existem muitas dúvidas

sobre a capacidade e seriedade de nossos políticos.

Independente de quem seja eleito, uma coisa é certa: é

preciso manter a união dos trabalhadores para que os

direitos sejam respeitados.

Mudanças são necessárias,manter a união também

A Assembleia Legislativa do Paraná passa por uma crise desde a

revelação da existência dos Diários secretos, mantidos para contra-

tações irregulares e desvio de dinheiro público. Diante do maior

escândalo da história da Casa, a população e os movimentos sociais

não aceitaram cruzar os braços. O SindSaúde apoia e participa

ativamente de movimentos contra a corrupção, como o Caça-

Fantasmas, organizado pela União Paranaense dos Estudantes – UPE-

e 'O Paraná que Queremos', da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

O escândalo trouxe à tona a prática nefasta de uso do que é

público para ganhos e enriquecimento de alguns detentores de altos

cargos. O caso é muito grave e é preciso, mais que denunciar, apurar

e responsabilizar as pessoas que um dia agiram de má fé, acreditan-

do na impunidade que reina nesse país. E isso somente vai ocorrer se

a sociedade pressionar, não se omitir, não se calar.

Diários secretos

Sindicato repudia corrupçãona Assembleia Legislativa

A Constituição Federal

determina que pelo menos 12%

da arrecadação total de cada

Estado têm de ser investidos

em saúde. No Paraná, isso não

vem acontecendo. O governo

estadual fornece diversas

desculpas e põe na conta da

Saúde investimentos para

outros tipos de ações. Agora,

ação civil pública do Ministério

Público Estadual, pedindo o

ressarcimento dos valores que

não foram investidos de 2000 a

2002, foi julgada procedente.

Outras duas decisões judiciais

Estado terá de repor mais deR$ 1,3 bilhão não investido em saúde

condenam o Estado a repor os

percentuais não aplicados em

2003 e 2004. O total dos recur-

sos que terão de ser aplicados

n a S a ú d e é d e R $

1.383.388.808,14.

A origem das ações partiu de

uma representação dos movi-

mentos sindical e social, apre-

sentada ao Ministério Público

em 2001. Após muita espera

finalmente esse trabalho dá

resultados.

A situação não é nova. O

SindSaúde, ao lado de outros

movimentos, tem pautado a

questão ao longo dos anos junto

ao Tribunal de Contas, à

Assembleia Legislativa e à

população, sempre ressaltando

que o Estado do Paraná não

investe o mínimo exigido na

Saúde, como determina a lei.

Nesse período, o gestor sempre

apresentou as mais variadas

justificativas.

O sindicato, porém, se

manteve firme na defesa do

que determina a Constituição.

O SindSaúde continuará a

acompanhar o andamento da

Saúde no Paraná e quer ver o

dinheiro aplicado no SUS, 100%

publico. Mais investimentos

significam melhor saúde para a

população e mais dignidade aos

trabalhadores do setor.

A decisão judicial é uma

grande vitória, tanto do

Ministério Público como dos

movimentos que ousaram

denunciar as irregularidades, e

terá um impacto benéfico na

saúde da população.

Confira no quadro abaixo

quanto o governo do Estado

aplicou em saúde de 2000 até

2007, e quanto faltou investir.

Fonte do quadro: Centro de Apoio Operacional

das Promotorias de Proteção à Saúde Pública