trabalhadores do hrs exigem providências da...

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Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Agosto de 2014 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR ESPECIAL HRS Bactéria multirresistente, mudança de chefia, ação do Ministério Público, falta de equipe em vários setores.Os trabalhadores do Hospital Regional do Sudoeste sabem muito bem tudo o que está errado. O discurso do Estado e de seus representantes é que tudo está sobre controle. Mas vamos falar da realidade e não de versões. Leia mais na página 2, 3 e 4 O HOSPITAL NÃO É DO GOVERNADOR, NÃO É DO DIRETOR! POR UM HOSPITAL 100% EM FUNCIONAMENTO COM MAIS VAGAS PARA A POPULAÇÃO! POR UM HOSPITAL QUE NÃO ADOEÇA SEUS FUNCIONÁRIOS! POR UM HOSPITAL 100% PÚBLICO, COM EQUIPE COMPLETA E COM SERVIDORES CONCURSADOS! TRABALHADORES DO HRS EXIGEM PROVIDÊNCIAS DA SESA

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Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Agosto de 2014 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR

EspEcial HRs

Bactéria multirresistente, mudança de chefia, ação do Ministério Público, falta de equipe em

vários setores.Os trabalhadores do Hospital Regional do Sudoeste sabem muito bem tudo o que está errado. O discurso do Estado e de seus representantes é que tudo está sobre controle. Mas vamos falar da realidade e não de versões.

leia mais na página 2, 3 e 4

O HOspital nãO é dO gOvERnadOR,

nãO é dO diREtOR!

pOR um HOspital 100% Em

funciOnamEntO cOm mais vagas

paRa a pOpulaçãO!

pOR um HOspital quE nãO adOEça

sEus funciOnáRiOs!

pOR um HOspital 100% públicO,

cOm EquipE cOmplEta E cOm

sERvidOREs cOncuRsadOs!

tRabalHadOREs dO HRs ExigEm pROvidências da sEsa

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Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Agosto de 2014

KPC, a baCtériaO fato é que a bactéria multirresistente KPC está afe-tando pacientes da UTI adulto. O sindicato perguntou por escrito à direção do HRS como tem sido o controle da bactéria a partir da ação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH. Veja as perguntas sem resposta até agora no destaque nessa página.

Enquanto faltam respostas, os trabalhadores torcem para não serem as próximas vítimas da KPC. E querem saber a verdade!

Sem reSPoStaS da direçãoNo dia 30 de julho, a direção do SindSaúde enviou ofí-cio ao diretor do HRS para saber se os trabalhadores e os pacientes estão seguros dentro do hospital. Veja as perguntas sem resposta que o sindicato fez:

Quais orientações foram dadas aos trabalhadores para que todos saibam como proceder para evitar a disseminação da bactéria? e a servidora contamina-da teve orientação?

o HrS e o setor de medicina do trabalho adotaram que medidas para estabelecer o nexo entre o traba-lho e a contaminação com a bactéria?

Com base em que informações a direção afirma que a servidora não adquiriu a KPC no trabalho dentro do HrS? a preocupação do sindicato é com a falta de segurança do conjunto dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho.

Acesse o sindsaudepr.org.br e leia os ofícios na íntegra, na matéria Superbactéria põe atuação da Sesa à prova.

Kpc segue sem o enfrentamento

necessário

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leitos fechados, falta de funcionários e sobrecarga de trabalho

EssE é o trio doEntio da sEsa

A população teria muitos motivos para protestar contra os setores fe-chados ou pouco aproveitados do HRS. O Hospital Regional do Su-doeste, afinal, foi construído com dinheiro do povo. Como pode ter fechamento de leitos após mais de três anos de funcionamento? Essa lógica está invertida.

Os leitos são fechados exatamente por falta de pessoal. Problema que não vem sendo enfrentado de forma adequada pelos gestores.

a baCtéria da falta de PeSSoal ContaminaSeja no HRS ou em outras unidades da Sesa, a bactéria da falta de pes-soal atinge toda a estrutura da Se-cretaria. Com o agravante que atuar em equipe reduzida tem perigosas consequências: a sobrecarga, o adoecimento dos trabalhadores por estresse ou outras doenças. Sem contar com o prejuízo na qualidade do atendimento, do cuidado dispen-sado ao paciente e familiares. E se o profissional cometer algum erro, ainda arrisca ser punido por isso.

falta de PeSSoal na enfermagemNo HRS há plantões que não tem en-fermeiro assistencial responsável pela supervisão dos técnicos. A responsa-bilidade técnica de um enfermeiro acaba por não existir, e essa função recai para o técnico que fica com a bomba no colo pronta para explodir.

Não raras vezes, os plantões contam apenas com os enfermeiros das UTI´s e um ou dois para os demais setores do hospital. Mesmo que os enfermei-

ros se desloquem, não dão conta.

A falta de pessoal também impede que a norma técnica que determina o nú-mero de pacientes para cada membro da equipe da enfermagem não seja cumprida. Muitas vezes apenas cinco técnicos de enfermagem assumem o plantão com mais de 30 pacientes, em situações que a norma exige um número muito maior, dada a complexi-dade de atenção que o paciente preci-sa (e merece!). E sem supervisão! Ou-tra bomba que não pode explodir no colo da equipe de enfermagem.

não aceite trabalhar em condi-ções que desrespeitam a ética profissional. não aceite a negli-gência dessa gestão!

ação do miniStério PúbliCo do trabalHo QueStiona Contrato doS médiCoSUma saída que muitos gestores de-fendem é a contratação sem con-curso. No caso do HRS e de outros hospitais próprios da Sesa esse mo-delo tem sido usado. O sindicato denuncia sistematicamente e, com coragem, defende a Constituição Fe-deral. O Ministério Público do Traba-lho – MPT – entrou em ação. Só que é hora de dizer novamente ao MPT que essa anomalia de contrato sem concurso atinge outras áreas do ser-viço público da saúde no HRS.

Cobre um Santo - O contrato por plantão é outra bactéria da gestão. O médico é contratado via Associa-ção Regional de Saúde do Sudoes-te – ARSS – sem maior vínculo com a equipe de trabalho, com a missão do hospital. O plantão representa só mais um emprego.

Outra doença são as empresas ter-ceirizadas. Isso porque toda sorte de pressão é feita na cabeça dos funcio-nários. Se reclamar, a resposta é rua. Além disso, parte dos profissionais é contratada para a área de higieniza-ção do hospital e acaba por trabalhar em outra função, em outros setores. Tem terceirizado na cozinha, na copa, na recepção. Tudo para tapar buraco que o Estado deixa por não ter cha-mado os concursados para preencher as vagas existentes no HRS.

O SindSaúde já denunciou ao Mi-nistério Público que o problema não está só na contratação de médicos. E que muitos setores também preci-sam de maior número de funcioná-rios. Enquanto os trabalhadores se organizam para melhorar o atendi-mento, tem chefia diminuindo o nú-mero de trabalhadores na escala em dias de feriados. Mesmo quando o serviço não é menor!

Chega de bactéria de contratação que não respeita a Constituição!

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RAIO-X é um Boletim Informativo do SindSaúde/PR - Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Estado do Paraná. Sede própria à Rua Mal. Deodoro, 314, 8º andar, cj.801, Ed. Tibagi, Curitiba, PR, CEP 80.010-010. Fone (041) 3322-0921, fax (041) 3324-7386 • www.sindsaudepr.org.br • [email protected] • Textos: Elaine Rodella, Renata Almeida e Marcio Mittelbach • Jornalista Responsável: Lea Okseanberg • Diagramação: Excelência Comunicação. Tiragem: 400 exemplares • Fone: (41) 8802-4450 • É permitida a reprodução com a citação da fonte.

O diretor engana?Ou não sabe de nada mesmo?No meio da insegurança criada pela presença da KPC no hospital, o dire-tor geral do HRS se deu ao trabalho de falar em uma rádio local que uma servidora, que trabalhava na UTI, tem uma infecção que adquiriu an-tes de entrar no Estado, por meio de concurso.

Será que o diretor sabe que, para ser nomeado, o aprovado em concurso tem de fazer exames médicos? Será que o diretor sabe que se os exa-mes apontarem alguma infecção, o aprovado não toma posse até estar curado? E, se a servidora tinha, há três anos, uma infecção, o que ela fez esse tempo todo na UTI? Exames periódicos? Afinal, o que sabe o dire-tor sobre isso? Os trabalhadores pre-cisam é de orientação no exercício de suas funções e não de discursos vazios.

trabalHar em HoSPital adoeCeTrabalhar adoece. De várias formas. Mas o que o sindicato tem visto, nos diversos hospitais da Sesa, são trabalhadores adoecendo cada vez mais rápido.

As doenças mais frequentes são de dois tipos: as lesões por esforço re-petitivo, muito comum na cozinha, na lavanderia, na costura e na enfer-magem dos hospitais. Entre os sin-tomas dessa doença, estão as dores constantes e a perda de movimento nos locais afetados. Trabalhar assim não é nada fácil, não é?

E outra, muito mais complicada de se diagnosticar, é a depressão. Mui-to pela pressão das chefias, pelas ameaças veladas, pelo favorecimen-to de alguns servidores. Muita gente confunde depressão com desânimo, com aquela tristeza e não toma ne-nhuma providência para melhorar.

Uma coisa é certa: a sobrecarga de trabalho é uma das grandes respon-sáveis pelo adoecimento dos traba-lhadores. Fique atento!

Sai Pra lá! – Mudam as chefias. A influência política partidária aumen-ta nesse momento de disputa eleito-ral. Quando um governo despreza a competência técnica e escolhe suas chefias apenas pelo critério “amigo do rei”, “filiado ao partido do gover-nador”, quando um diretor permite

Coordenador Regional - marcio rocha da Silva / Suplente Coordenador Regional - luiz Carlinho Cosma / Secretaria Geral - lilia menger / Suplente Secretaria Geral - adriana de fatima mazetto - Secretaria de Finanças - merlane de Souza / Suplente Secretaria de Finanças - everaldo moreno / Secretaria de Formação e Organização Sindical - Cleonilda marques da Silva / Secretaria de Formação e Organização Sindical - antonio dos Santos Suplente / Secretaria de Políticas Sindicais e Sociais - ademir ariati / Suplente Secretaria de Políticas Sindicais e Sociais - fernando thiago Scappini acosta / Secretaria dos Aposentados - nelson derlam / Suplente da Secretaria de Aposentados - nerci da Silva agostinetto

que isso aconteça dentro do hospital que gerencia, a mensagem que fica é que o que menos importa são os trabalhadores, os pacientes, a saúde pública. O compromisso com a po-pulação não existe. Diga não a esse tipo de coisa! essa bactéria tem de desgrudar do HrS!

falta vergonHa – O lixo não foi recolhido durante semanas. Copos descartáveis são objetos raros. Ca-deiras quebram, são soldadas, mas nada de reposição. Carne para ali-mentação de pacientes e funcioná-rios, dizem, acabou! Tudo por falta de pagamento do governo Beto Ri-cha aos fornecedores. Pilhou o Es-tado, mas os privilégios continuam!

lixo e maiS lixo – Ao redor do hospital, o terreno ainda tem restos da construção do prédio. Mas ma-terial descartável do próprio hospital também tem sido jogado no local. Esse lixo todo faz com que insetos e roedores surjam. Questão de saúde pública que a direção do HRS não consegue resolver!

Boletim Informativo do SindSaúde/PR • Agosto de 2014

se não souber, eu explico!

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