a bíblia e a administração de conflitos

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A Bíblia e a administração de conflitos – Uma análise profunda de cada tipo de conflito buscando encontrar soluções a partir de cases bíblicos. Uma ferramenta para as relações interpessoais no ambiente familiar e profissional.

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Page 1: A Bíblia e a Administração de Conflitos
Page 2: A Bíblia e a Administração de Conflitos

Copyright 2013 porPaulo Roberto de Araújo

Publicado no Brasil com a devidaautorização e com todos os direitosreservados pela

A. D. Santos EditoraAl. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil+55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

ARAÚJO, Paulo Roberto de

A Bíblia e a Administração de Conflitos – Uma ferramenta para as relaçõesinterpessoais a partir de cases bíblicos – Paulo Roberto de Araújo, Curitiba:A.D. Santos Editora, 2012 – 136 páginas

ISBN – 978.85.7459-313-5

1. Teologia Social Cristã (Atitudes do Cristianismo frente aos assuntosseculares e às outras religiões)

2. Teocracia

CDD – 261

1ª edição: Maio/2013 – 3.000 exemplares.

Proibida a reprodução total ou parcial,

por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

CapaIgor Braga

Editoração:Manoel Menezes

Revisão ortográfica:Roberto Carlos de C. Gomes

Acompanhamento Editorial:Priscila Laranjeira

Impressão e acabamento:Gráfica Betânia

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Dedicatória

Aos meus colegas de trabalho nas empresas onde atuei.Às Igrejas que se constituíram e ainda se constituem meu

grande centro de aprendizagem; locais onde pude crescer eme desenvolver em termos de relações interpessoais.

Às instituições de ensino onde atualmente atuo e que meproporcionam a aquisição de novas competências em termosde gestão de pessoas.

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Agradecimentos

Agradeço a Deus por poder servi-lo com minhas habilida-des.

Agradeço à Editora e toda a sua equipe que acreditou emmeu trabalho e me proporcionou o privilégio de editar umsegundo livro; em especial às livrarias e os mais diversos pon-tos de venda que permitem o acesso às minhas obras; aos ges-tores de pessoas que têm se utilizado de minhas reflexõescomo ferramenta de treinamento e capacitação em suasações; às diversas organizações, desde empresarias, prestado-ras de serviços, ONGs, igrejas e outras que fazem de materiaiscomo este, que agora chega às suas mãos, um instrumento dedesenvolvimento pessoal e profissional.

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Sobre o livro

Trata-se de um tema e um objetivo pensado para atenderum dos aspectos mais recorrentes da vida em sociedade: asrelações interpessoais. Ao tratar sobre conflitos, visa desper-tar o interesse em compreender melhor os diversos fatoresque geram embates, disputas, desentendimentos e acirradascompetições nas relações entre pessoas.

As abordagens, feitas a partir de cases bíblicos, buscamprovocar a reflexão sobre temas cotidianos que envolvemdiferentes formas e motivos de conflitos. Evidentemente, nãoé possível esgotar em um único livro um assunto tão relevantecomo este. O objetivo é criar condições de análises, analogiase aplicações dos tópicos abordados proporcionando umaleitura reflexiva e construtiva.

Ao final de cada capítulo você encontrará um espaço paraanotações pessoais. Encontrará, também, atividades pedagó-gicas que o ajudarão a fixar o assunto estudado respondendo aperguntas ou preenchendo formulários e gráficos com o obje-tivo de levá-lo a fazer autoanálises.

Antecipadamente agradeço por dar-me a honra de ser umde meus leitores.

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Prefácio

É um privilégio poder ter acesso antecipado a esta obraliterária, que trata de um tema que é um fato da vida e peloqual todos vamos passar em algum momento.

Ainda não me dei conta dos motivos que levaram o PauloRoberto de Araújo – ou simplesmente Paulinho – a esco-lher-me para prefaciar o seu livro. Imagino que esta distinçãose deva ao fato da proximidade que temos como conhecedo-res de temas de gestão que envolvem pessoas em ambientesprivados ou profissionais. Ou seria pela consideração quetenho por ele como pastor, professor e amigo? Bem de qual-quer maneira, tenho muito a falar do Paulinho e, principal-mente, do dom que Deus lhe deu como escritor e comunica-dor.

O prezado leitor, já num primeiro contato, poderá identi-ficar a forma detalhada e ao mesmo tempo simples como otema conflito está sendo abordado. A sua observação sutilnão deixará também de perceber a habilidade didáticademonstrada no decorrer dos capítulos, o que permite ummelhor entendimento dos conceitos sobre o tema.

Mas que assunto tão interessante e desafiador é este quenos faz refletir após o simples ato de mencionar a palavra queo define? A resposta está nas páginas seguintes.

Cada pessoa na face da Terra deveria experimentar umavida de alegria e paz. Mas não podemos! Estamos cheios demachucados emocionais, ressentimentos, melindres, estresse

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e questões não resolvidas em nossos relacionamentos inter-pessoais. Como resultado ficam marcas positivas ou negati-vas, às vezes por toda uma carreira ou até mesmo, uma vida.

Há poucos dias recebi os resultados de uma pesquisa quemostra que os conflitos entre chefe e subordinado são asegunda maior causa de demissões nas empresas. A gestão deconflitos é um tema sempre atual, porém é necessário que osgestores melhorem sua habilidade de identificar e diferenciaros diversos tipos de conflitos. Aqui estão as ferramentas paraa melhoria desta habilidade fundamental para um bom ges-tor.

Em “A Bíblia e a administração de conflitos” você encon-trará os recursos para melhor gerenciar os conflitos no seuambiente pessoal ou organizacional.

Por fim, me parece muito oportuna nesta obra a analogiabaseada nos textos bíblicos, porque eles descrevem em situa-ções pontuais e riqueza de detalhes, as diversas facetas doconflito e o seu impacto nas relações interpessoais.

Boa leitura e que esta obra não ocupe espaço na sua biblio-teca, mas sirva como um manual sempre ao alcance da mão.

Amauri DutraGerente de Treinamento e DesenvolvimentoJohnson & Johnson América Latina

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Índice

Introdução – Por que este assunto é importante? ________1

Abertura – O conflito e suas naturezas ________________5

Tipos de conflitos ________________________________7

Caso 1 - Conflito de interesses _____________________15

Caso 2 – Conflito de valores _______________________25

Caso 3 – Conflito: frustração de expectativas __________41

Caso 4 – Conflito social: racismo e preconceito religioso _53

Caso 5 – Conflito familiar _________________________67

Caso 6 – Conflito por falhas comunicação ____________83

Caso 7 – Conflito: regra não obedecida _______________93

Caso 8 – Conflito com opositores declarados _________107

Considerações finais ____________________________117

Referências bibliográficas ________________________119

Sobre o autor _________________________________121

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Introdução

POR QUE ESTE ASSUNTO É IMPORTANTE?

Os conflitos são uma realidade nas diversas dimensões dasrelações humanas. Podemos afirmar que o conflito é um sin-toma típico das diferenças intrínsecas existentes entre as pes-soas e que se exteriorizam a partir de situações incompatíveisque pressupõem escolhas. Naturalmente, nem todo o conflitoé essencialmente negativo, porém sempre gera uma determi-nada intensidade de tensão.

O verbo discordar é o mais conjugado nos momentos deconflito. As diferenças individuais ganham espaço de expres-são quando ocorre a disputa pela razão. A ansiedade, compa-nheira fiel dos confrontos, atua como uma espécie de forçaemocional que impulsiona os envolvidos na busca pelosargumentos mais eficazes.

Não se pode ignorar que a competitividade é um dos ele-mentos responsáveis pelo desencadeamento dos conflitos eque os energiza. As expectativas individuais, o desejo de seestabelecer conquistando seu próprio espaço, e até mesmo abusca pelo poder, tornam o conflito não um fim, mas um meiode se atingir determinado objetivo.

A maneira como cada pessoa vê e interpreta os fatos estáassociada a aspectos subjetivos. Estes aspectos são os valores,

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as crenças individuais, a visão de mundo, as dimensões dapersonalidade, o temperamento e outros que, atuando de for-ma conjunta darão o tom de importância ao ponto conflitan-te.

Os tipos e as causas de conflitos são muitos. Abordaremosalguns a partir de estudo de caso. O objetivo não é fazer juízode valor sobre esta ou aquela pessoa, mas sim, aprofundar aanálise de cada caso buscando encontrar a natureza de cadaconflito. Quando diante de conflitos com contornos negati-vos, ou seja, que levam a confrontos inclinados a medições depoder, diferenças de personalidade, inabilidades sociais eoutros, pretende-se não apenas levantar problemas, mas tam-bém propor soluções.

O assunto está dividido em duas partes. A primeira partetraz uma abordagem a respeito de sete tipos de conflitos, quaissejam: eventual, frequente, generalizado, localizado, social,de tarefa e ignorância organizada. Nesta introdução, porassim dizer, você encontrará uma exposição didática que ofe-rece elementos para análise e aplicação no dia a dia das rela-ções interpessoais no ambiente de trabalho, principalmente.

Na segunda parte aparecem os cases, a partir dos quais sãotratados mais oito tipos de conflitos: conflito de interesses,conflito de valores, frustração de expectativa, racismo epreconceito religioso, familiar, por falhas na comunicação,regra não obedecida e opositores declarados. Os textosbíblicos selecionados para este estudo foram escolhidos comcritério. As abordagens não são de cunho teológico, aindaque em algumas situações, para que as analogias pudessemproporcionar aplicações mais consistentes, um ou outrocomentário se fez necessário.

Nesta obra especificamente não há a preocupação de dis-cutir doutrinas religiosas nem denominacionais. O objetivo évaler-se da riqueza dos textos bíblicos que narram situaçõesdidáticas no que se refere às relações interpessoais. Acima detudo, a proposta é incorporar os valores morais, comporta-

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mentais e espirituais das Sagradas Escrituras, a fim de queconstruamos relacionamentos saudáveis, fraternos, sólidos eprodutivos.

Após concluir a leitura, esperamos que você tenha enri-quecido seus conhecimentos sobre este tema e tenha feitoautoanálises a fim de identificar seu próprio perfil. Para os queatuam na gestão de pessoas, espera-se que a abordagem tenhaagregado novas e importantes informações que melhoremsuas competências. A Bíblia e a administração de conflitos– Uma ferramenta para as relações interpessoais poderá serútil desde o ambiente familiar até o universo do trabalho nasmais diversas formas de organização.

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Abertura

O CONFLITO E SUAS NATUREZAS

Conflitos têm começo e meio, porém fim, nem sempre.Saber administrar conflitos através de habilidades de media-ção é uma das competências mais exigidas de um líder. Con-tudo, para o exercício do gerenciamento em termos de confli-to é indispensável saber identificar suas naturezas. Normal-mente, a situação que aparenta ser a razão pela qual o conflitoestá se dando, tem uma natureza bem diferente daquela queos envolvidos alegam ser sua causa. Os conflitos, de formageral, podem ser comparados a um iceberg, a parte que se vê éa que flutuou durante o embate, porém, suas causas são maisprofundas e maiores do que aquela que está exposta.

A palavra conflito lembra disputa, desentendimento,embates e até guerra. Porém, necessariamente um conflitonão precisa ter uma conotação negativa. Há situações em queele é saudável na medida em que promove o crescimento e odesenvolvimento de pessoas e projetos.

Um conflito pode ser construtivo quando as pessoas deba-tem ideias e não se prendem a questões de personalidade oude relacionamento. Quando isto ocorre ele é de naturezaintelectual porque permite a argumentação inteligente daspartes, liberando a criatividade e a organização racional de

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propostas que atenderão a interesses coletivos. Um conflitoconstrutivo cultiva um dos valores mais importantes dasrelações interpessoais: o respeito.

Um conflito torna-se destrutivo quando os objetivos sãomeramente pessoais. Neste caso, entra em cena as vaidadesindividuais. Há pessoas que não se satisfazem em dar opiniõesapenas, mas insistem em tentar convencer aos demais de quesão donos da verdade em determinadas questões. Se suas ideiasnão forem aceitas por todos e colocadas em execução, prefe-rem não se envolver no processo. Comportam-se como crian-ças mimadas; tentam obrigar os outros a fazerem sua vontade.

A seguir relacionarei algumas naturezas e tipos de confli-tos. É uma rápida exposição didática que tem por objetivo serum disparador de análises. Espero que a partir desta você pos-sa identificar outras naturezas de conflitos, fazer diagnósticose encontrar soluções criativas.

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Tipos de Conflitos

Conflito Eventual

Conforme o próprio termo designa, eventual é o fenôme-no que não se repete de forma cíclica. Sua manifestação estáassociada a ações não premeditadas pelas partes, não possuium histórico frequente de ocorrência. Os fatos geradores des-te tipo de conflito são imprevisíveis e sua origem, necessaria-mente, não tem ligação direta com desentendimentos nasrelações interpessoais. Por exemplo: a pessoa sai de casa parao trabalho num dia chuvoso; veste-se e se produz para compa-recer adequadamente para suas atividades. Enquanto aguar-da o transporte que a levará ao local de trabalho, um veículopassa por uma poça d’água e espirra sobre ela, o que, semdúvida, provoca forte irritação. Diante do ocorrido ela neces-sita voltar para casa a fim de trocar de roupa, isto faz com queela chegue 30 minutos atrasada para trabalhar. Ao entrar, umdos colegas impensadamente lhe pergunta em tom jocoso:– Então, resolveu dormir um pouco mais hoje? A pessoa, quechegou com uma carga de irritabilidade, reage respondendode forma agressiva e isto acaba por gerar um conflito entre oscolegas.

Este é um exemplo de conflito eventual, gerado por umasituação absolutamente imprevisível, não premeditada. Cer-tamente não chove todos os dias; mesmo quando chove nemsempre algum carro, passando por uma poça d’água, espirrasobre alguém. Chegar atrasado não é um fato que se repetecom esta pessoa. Sendo assim, temos um conflito eventual,não cíclico. É preciso tomar os devidos cuidados para não

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potencializar este tipo de conflito. Não se deve torná-lo maiordo que de fato é. Cabe, neste caso, ao gestor de pessoal noambiente de trabalho entender a situação e procurar acalmaros ânimos exaltados. Conflitos eventuais são passageiros, sãocasos isolados, são situações que não exigem fortes medidasde intervenção.

Conflito Frequente

Conforme o próprio nome sugere, este tipo de conflito écíclico, frequente e, em assim sendo, necessita de mediaçãoou gerenciamento. A frequência denuncia que há um históri-co de desentendimento nestas relações interpessoais. Há situa-ções mal resolvidas, há pendências emocionais arquivadasque emperram o andamento dos processos relacionais.É importante considerar que este tipo de conflito pode estarassociado a problemas de ordem comportamental. Há pessoasque não possuem habilidades sociais bem desenvolvidas; hávárias razões que explicam isto. O temperamento pode seruma delas, a forma como foi educado pode ser outra, as expe-riências pregressas negativas também podem estar relaciona-das; enfim, há fatores estreitamente ligados à complexidadedo ser humano.

O conflito frequente exige tratamento. Cabe ao media-dor, ou ao gerenciador do conflito descobrir sua natureza, suaorigem, seu ponto de partida. É preciso saber investigar, fazeras perguntas certas, ser um acompanhador dos acontecimen-tos, possuir as competências necessárias para atuar sobre elee, principalmente, conhecer bem as pessoas envolvidas.

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Conflito Generalizado

Segundo alguns analistas, este tipo de conflito tem sua ori-gem nas instâncias diretivas da organização. Quando os ato-res organizacionais, que atuam nos níveis mais altos da pirâ-mide hierárquica, estão em conflito há uma tendência de queeste se espalhe por toda a empresa. Não é difícil de entender oporquê disto. Quanto mais “empodeirado” alguém estivermais forte poderá ser sua percepção de poder. O que modificao comportamento do sujeito não é a ascenção hierárquica,mas sim a maneira como ele percebe, entende e se posicionafrente à condição de exercer autoridade sobre outros.

O problema do conflito generalizado é que ele se espalha,se difunde e afeta toda a estrutura organizacional. Podemoscompará-lo a uma doença infecto-contagiosa. Sua dissemina-ção compromete a saúde da corporação atingindo, sobretudo,as células das relações interpessoais provocando queda norendimento do corpo de colaboradores e, por conseguinte,gerando prejuízo nos resultados planejados pela corporação.

Este tipo de conflito desvia as energias que deveriam estarcanalizadas para os atos administrativos, com foco em umacultura de competências e resultados, para os atos de conten-ção e apaziguamento dos conflitos. A questão é que grandeparte das horas laborais são consumidas em ações que, efeti-vamente, não rendem para a organização, apenas gastamtempo e energia.

A solução deste tipo de conflito passa indubitavelmentepela reestruturação do corpo diretivo. Se a origem do proble-ma, conforme aqui considerado, está na direitoria da institui-ção, então é por ela que se deve iniciar o processo de “cura”.Isto pede que os gestores do topo da pirâmide administrativase sentem à mesa para se resolverem. A partir disto se criaráum clima saudável que contagiará os demais atores da organi-zação. Diálogo é, sem dúvida, a palavra de ordem. Pessoaseducadas, civilizadas, emocionalmente inteligentes e espiri-

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tualizadas resolvem seus problemas fundamentados num altopadrão ético e humano.

Conflito Localizado

O conflito localizado, por razões descritivas, se diferenciado anterior, justamente porque não está afetando todos ossetores da organização. Seu foco está concentrado num deter-minado setor e ali, uma vez estabelecido, cria seus própriosproblemas e pede soluções específicas.

Os conflitos se instalam, na maioria dos casos, de formasutil. É como ocorre com determinados tipos de enfermidadesque assolam nosso organismo, onde demoram para apareceros sintomas. Por vezes, quando percebemos os primeiros sina-is de que algo não está bem, o mal já se alastrou. No que dizrespeito às relações interpessoais, principalmente no ambien-te de trabalho, cabe ao gestor do departamento fazer constan-tes observações e diagnósticos. Quem lidera pessoas não podese descuidar. O ser humano é complexo.

O fato de um conflito ser localizado e não generalizado,não significa que seja mais simples e portanto, mais fácil deresolver; significa, apenas, que necessita de uma forma dife-renciada de tratamento. Dependendo do setor em que eleesteja instalado pode comprometer de forma generalizada aorganização. Por exemplo: imaginemos que um conflito insta-lou-se no setor financeiro da empresa. Os responsáveis poreste setor foram envolvidos em sérias disputas, gerando displi-cências por parte de seus colaboradores e estas os desviaramda atenção devida a recebimentos, pagamentos ou investimen-tos de grande importância da corporação. Quais as conse-quências disto?

Cabe ao gestor reunir sua equipe, colocar o problemasobre a mesa, conscientizar os envolvidos da importânciadeles e de seu trabalho para a organização, mostrar os abalos

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