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83 Caderno de Atividades / Livro do Professor . Série COLONIZAÇÃO EUROPEIA NAS AMÉRICAS 1. Gabarito: e No contexto mercantilista europeu do início da Idade Mo- derna a busca por colônias era essencial para um Estado obter matérias-primas e riquezas inexistentes no conti- nente europeu. Portanto, as colônias estabelecidas tinham como finalidade gerar lucros para as suas metrópoles. 2. Nas Treze Colônias inglesas, as relações entre colonos e in- dígenas apresentaram características distintas dependendo da região. Nas Colônias do Centro-Norte, onde a pequena propriedade predominou, as relações chegaram a ser de par- ceria e amistosas. Em alguns casos, os indígenas tiveram a oportunidade de vender suas terras para os colonizadores. Já no Sul, marcado pelos latifúndios e pela monocultura do algodão, as relações foram violentas. No caso do Brasil, os indígenas foram utilizados como mão de obra no extrativismo do pau-brasil e das drogas do Sertão e ainda como mão de obra escrava na produção de açúcar e nas fazendas de cria- ção de gado. Ocorreram muitos conflitos entre indígenas e colonizadores portugueses pela posse das terras brasileiras. 3. Gabarito: e A colonização espanhola se deu de forma rápida em virtude da descoberta de metais preciosos entre os maias, astecas e incas. As autoridades espanholas desejavam controlar a extração dos metais e o transporte até a Espanha. Para a administração colonial, foram enviados espanhóis que re- cebiam do rei propriedades e escravizados nas colônias em troca da administração dessas terras. 4. Gabarito: d As Treze Colônias inglesas podem ser divididas em dois grupos: Colônias do Centro-Norte e Colônias do Sul. As do Centro-Norte tinham como características a pequena pro- priedade, a mão de obra familiar, a sociedade urbana, a economia voltada para a subsistência e o comércio interno. As Colônias do Sul eram caracterizadas pela plantation (la- tifúndios, monocultura e mão de obra escrava), pela socie- dade rural e economia voltada à exportação. 5. Gabarito: c Os espanhóis usaram a escravidão africana em algumas de suas colônias na América. Entretanto, aproveitaram-se das culturas indígenas que tinham como característica a escra- vidão e fizeram uso em larga escala da mão de obra escra- va indígena. No Brasil, os indígenas foram utilizados como mão de obra escravizada em alguns lugares da Colônia e quando faltavam escravizados africanos. Essa situação de- correu dos lucros que a Metrópole obtinha com o comércio atlântico de escravizados africanos. COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA 6. Gabarito: b De acordo com o autor do texto e em comparação às características da sociedade europeia no século XVI, os tupinambás não tinham fé (para os europeus fé estava relacionada ao cristianismo), não tinham leis escritas e organizadas em um conjunto jurídico (as leis indígenas se baseavam na tradição e eram orais) e ainda não apresen- tavam um poder político centralizado como o absolutismo europeu. 7. Gabarito: a A visão eurocêntrica dos colonizadores não permitia que fossem observadas as diferentes formas de organiza- ção social, política, econômica e religiosa dos povos da HISTÓRIA

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83Caderno de Atividades / Livro do Professor

2ª. Série

COLONIZAÇÃO EUROPEIA NAS AMÉRICAS

1. Gabarito: e

No contexto mercantilista europeu do início da Idade Mo-derna a busca por colônias era essencial para um Estado obter matérias-primas e riquezas inexistentes no conti-nente europeu. Portanto, as colônias estabelecidas tinham como finalidade gerar lucros para as suas metrópoles.

2. Nas Treze Colônias inglesas, as relações entre colonos e in-dígenas apresentaram características distintas dependendo da região. Nas Colônias do Centro-Norte, onde a pequena propriedade predominou, as relações chegaram a ser de par-ceria e amistosas. Em alguns casos, os indígenas tiveram a oportunidade de vender suas terras para os colonizadores. Já no Sul, marcado pelos latifúndios e pela monocultura do algodão, as relações foram violentas. No caso do Brasil, os indígenas foram utilizados como mão de obra no extrativismo do pau-brasil e das drogas do Sertão e ainda como mão de obra escrava na produção de açúcar e nas fazendas de cria-ção de gado. Ocorreram muitos conflitos entre indígenas e colonizadores portugueses pela posse das terras brasileiras.

3. Gabarito: e

A colonização espanhola se deu de forma rápida em virtude da descoberta de metais preciosos entre os maias, astecas e incas. As autoridades espanholas desejavam controlar a

extração dos metais e o transporte até a Espanha. Para a administração colonial, foram enviados espanhóis que re-cebiam do rei propriedades e escravizados nas colônias em troca da administração dessas terras.

4. Gabarito: d

As Treze Colônias inglesas podem ser divididas em dois grupos: Colônias do Centro-Norte e Colônias do Sul. As do Centro-Norte tinham como características a pequena pro-priedade, a mão de obra familiar, a sociedade urbana, a economia voltada para a subsistência e o comércio interno. As Colônias do Sul eram caracterizadas pela plantation (la-tifúndios, monocultura e mão de obra escrava), pela socie-dade rural e economia voltada à exportação.

5. Gabarito: c

Os espanhóis usaram a escravidão africana em algumas de suas colônias na América. Entretanto, aproveitaram-se das culturas indígenas que tinham como característica a escra-vidão e fizeram uso em larga escala da mão de obra escra-va indígena. No Brasil, os indígenas foram utilizados como mão de obra escravizada em alguns lugares da Colônia e quando faltavam escravizados africanos. Essa situação de-correu dos lucros que a Metrópole obtinha com o comércio atlântico de escravizados africanos.

COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMÉRICA

6. Gabarito: b

De acordo com o autor do texto e em comparação às características da sociedade europeia no século XVI, os tupinambás não tinham fé (para os europeus fé estava relacionada ao cristianismo), não tinham leis escritas e organizadas em um conjunto jurídico (as leis indígenas se baseavam na tradição e eram orais) e ainda não apresen-

tavam um poder político centralizado como o absolutismo europeu.

7. Gabarito: a

A visão eurocêntrica dos colonizadores não permitia que fossem observadas as diferentes formas de organiza-ção social, política, econômica e religiosa dos povos da

HISTÓRIA

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América. Tal observação decorria sempre de uma compara-ção entre os indígenas e os europeus.

8. Gabarito: a

É preciso lembrar que o pensamento do Marquês de Pombal tinha uma aproximação com as ideias iluministas. Nesse sentido, suas ideias de modernização do reino português, por vezes, conflitavam-se com a atuação jesuítica, espe-cialmente no âmbito educacional, visto os currículos con-siderados excessivamente ligados à teologia. Além disso, Pombal acreditava que os homens da Companhia de Jesus detinham um poder excessivo no reino, sujeitando-se pou-co à Coroa, o que os levou a serem expulsos dos territórios portugueses em 1759. A Companhia de Jesus não tinha o monopólio do comércio de escravos africanos, ao contrário do que afirma a alternativa b.

Os jesuítas participaram da colonização do Estado do Grão--Pará e Maranhão. A atuação jesuítica iniciou na região em meados do século XVII; a localidade era tida como uma das mais difíceis, até mesmo pelos religiosos, em decorrência da propensão a doenças e da hostilidade dos indígenas. A Companhia de Jesus, de maneira geral, não se colocou contra o tráfico negreiro ou condenou a escravização de indivíduos africanos. É fato que homens como o padre Bal-tazar Barreira e o padre Antônio Vieira defendiam a prática vendo-a como uma oportunidade de catequizar esses indi-víduos e tirá-los da vida pagã. Ainda que houvesse ressal-vas ao uso da mão de obra indígena, tal ponderação não se estendeu aos africanos aos olhos dos religiosos.

9. Gabarito: d

Como o próprio texto denota, há significativa diferença en-tre os grandes engenhos e aqueles de menor produção. Os grandes responsabilizavam-se por todas as etapas da produção do açúcar; tinham uma organização produtiva complexa, um grande volume de equipamentos e se valiam de uso técnico-manufatureiro. Os engenhos de produção de açúcar estavam localizados no litoral e não no interior (neste local, foram estabelecidas as fazendas de criação de gado). Os engenhos estabelecidos no Brasil utilizaram mão de obra escrava africana.

10. Gabarito: a

A União Ibérica, isto é, a união das coroas portuguesa e espanhola, deu-se após a crise sucessória do trono por-tuguês. Com a morte de D. Sebastião (morto na Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, em 1578) e do cardeal D. Henrique (tio-avô de D. Sebastião que o substituiu no trono e morreu em 1580), o rei da Espanha, Felipe II, invadiu e tomou o poder do país vizinho, juntando as duas coroas. A Holanda, inimiga da Espanha, tornou-se também inimiga de Portugal e investiu contra a Colônia portuguesa. Cabe lem-brar que, nesse período, as Províncias Unidas do Império

Habsburgo, lutavam pela emancipação da coroa espanhola (a Revolta dos Oitenta Anos, de 1568 a 1648).

11.

a) Os alunos devem explicar que Portugal apresentava, em sua política, o despotismo esclarecido (forma de orga-nização política em que os governantes adotavam al-gumas das ideias iluministas, porém, sem abrir mão do poder absoluto). O despotismo esclarecido é represen-tado na obra pela figura de Sebastião José de Carva-lho e Mello, Marquês de Pombal, primeiro-ministro que exercia o poder executivo em decorrência do estado de saúde da rainha D. Maria I. Na representação, as em-barcações presentes no porto e prontas para iniciar via-gem, atestam o expansionismo marítimo e a formação de um vasto império português. As anotações, os planos e os mapas dispostos ao redor da figura de Pombal po-dem comprovar os projetos de administração política e econômica voltada para o desenvolvimento de Portugal, além de indicarem os estudos difundidos pelos filóso-fos iluministas. Os edifícios ilustrados ao longo do porto comprovam a reconstrução de Lisboa após o violento terremoto que arrasou a capital do reino português em 1º. de novembro de 1755.

b) O Brasil, Colônia portuguesa, sofreu com as políticas ex-pansionistas portuguesas. O primeiro-ministro Pombal estabeleceu uma série de medidas que objetivavam arre-cadar mais impostos para a Metrópole. Como principais medidas estabelecidas, é possível citar: a decretação da derrama (cobrança dos impostos atrasados); a proibição do estabelecimento de indústrias manufatureiras na Co-lônia; a expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias lusitanas; a extinção das Capitanias Hereditárias; a cria-ção de companhias de comércio que teriam exclusivida-de em abastecer algumas regiões da Colônia.

12. Gabarito: b

De modo geral, o autor aponta que o contato do indígena com o europeu não pode ser visto necessariamente como uma “sentença de morte” para os grupos nativos do Brasil. Esse tipo de visão elimina qualquer forma de protagonismo ou ação dos indígenas sobre as próprias histórias, colocan-do-os apenas como vítimas dos fatos, como pessoas que viam e recebiam a mudança de maneira passiva. A pas-sagem exemplifica justamente o quanto essa visão está longe da verdade, pois denota como, mesmo com todas as dificuldades decorrentes do contato com o colonizador, os grupos indígenas conseguiram manter-se e constituir, mesmo que com mudanças, suas formas de viver e de se manifestar. O autor não afirma que o processo colonizador europeu não foi violento, mas, sim, que, apesar dessa vio-lência, ainda foi possível aos povos indígenas buscar novas formas de representação e ressignificação cultural. A cultu-ra indígena não foi extinta pelo processo de colonização eu-

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85Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

ropeu, mas um grande número de grupos indígenas foram dizimados pelo contato com o colonizador. O autor destaca o fato de que os indígenas não tiveram seus valores cultu-rais extirpados e suas vidas exterminadas simplesmente, eles também tiveram espaço para, como atores históricos, reagir a esse processo, remodelando sua história. O autor ainda chama a atenção para a cultura xinguana justamente para mostrar que a perenidade do grupo, de seus valores e de suas manifestações culturais é, na verdade, fruto de um longo processo de mudanças e de transformações iniciado a partir do contato com o outro. Não há um total isolamento, mas a ressignificação com a inclusão de novos elementos, que produzem um resultado novo e, ainda assim, legítimo desse grupo. Há, sim, uma relação direta entre o contato com os colonizadores europeus e a mortalidade indígena. O texto enfatiza que essa relação não significa o fim dos gru-pos indígenas e de suas expressões culturais propriamente.

13. Gabarito: e

Apesar de muitos economistas tratarem a economia colo-nial como cíclica, é importante salientar que mesmo com a predominância de um produto sobre os demais (cana- -de-açúcar, ouro, etc.) a produção de outros produtos era necessária para a manutenção do mercado interno e para possibilitar a exportação do produto principal ou a impor-tação de elementos igualmente necessários (por exemplo, a criação de gado, que fornecia couro, leite, carne e tração aos engenhos produtores de açúcar. O tabaco, citado no texto de Antonil, passou a ser comercializado para a Europa e Oriente porque o hábito de fumar ou mascar fumo havia se tornado aceitável e elegante nas sociedades. O tabaco forneceu a Portugal muito lucro por ter se tornado uma das principais moedas de troca por escravizados na África.

14. Gabarito: c

A Igreja Católica ganhava com o comércio de escravizados africanos e, por esse motivo, fazia vistas grossas ao em-prego de tal tipo de mão de obra. No texto do Padre Antô-nio Vieira, há uma comparação entre os padecimentos dos escravizados e o padecimento de Cristo. É evidente que a comparação com Cristo pretende fornecer uma justificativa bíblica para essa situação.

15. Gabarito: c

Com o início da colonização portuguesa em 1532, as rela-ções amistosas entre lusitanos e indígenas acabou por se transformar em conflitos armados, dominação, escraviza-ção e dizimação. Os povos indígenas habitantes das terras próximas ao litoral, para evitar a escravização ou a morte, embrenhavam-se pelo sertão buscando proteção no inte-rior da Colônia.

Cabe salientar que os jesuítas não permitiam o sincretismo religioso.

16. Gabarito: b

A colonização do Brasil ocorreu durante o período absolu-tista de Portugal. A Metrópole adotou como prática conce-der terras na Colônia mediante o cumprimento de certas obrigações pelo donatário. As alianças com a burguesia também se tornaram necessárias, pois a colonização da América exigia grande investimento financeiro.

17. Gabarito: c

O Sistema de Capitanias Hereditárias consistia em o rei de Portugal conceder lotes na Colônia mediante o cumpri-mento de determinadas obrigações pelos donatários: co-lonização da terra, proteção do litoral, desenvolvimento de atividades produtivas e busca por metais preciosos. O lote será vitalício e hereditário desde que o donatário cumprisse o acordado. Em caso de não cumprimento, o rei poderia reaver as terras.

18. Gabarito: d

A Companhia de Jesus, criada por Inácio de Loyola, foi a ordem utilizada como um dos instrumentos da Igreja Ca-tólica no movimento de Contrarreforma. A catequização de pagãos, transformando-os em cristãos católicos, era uma das medidas aplicadas pela Igreja como forma de lutar con-tra o protestantismo. Os jesuítas desembarcaram no Brasil visando converter e pacificar indígenas.

19. Gabarito: e

Marquês de Pombal travou uma luta contra a Companhia de Jesus e com isso ocasionou a expulsão de seus membros de Portugal, do Brasil e das demais colônias portuguesas. A Companhia acabou por ser extinta, sendo restabelecida anos mais tarde.

A explicação mais recorrente nos livros de História para tal expulsão é a de que os jesuítas tramavam um plano para assassinar o monarca português. Entretanto, é mais corrente na historiografia a explicação que o primeiro-ministro Pombal desejava acabar com a influência dos jesuítas no reino. Ele acusava os membros da ordem religiosa de desviar o ouro extraído nas minas gerais, além de gozar de forte influência sobre os indígenas e sobre as famílias colonas em função da orientação espiritual que estes forneciam.

20. Gabarito: a

A questão foi selecionada por permitir uma retomada do contexto europeu do século XVI, período em que ocorria a Reforma e a Contrarreforma, além de estabelecer relação desse período com a História do Brasil.

A Companhia de Jesus surgiu em um período de grande efervescência e disputas religiosas entre católicos e protes-tantes. A ordem foi um dos instrumentos da Igreja Católica para lutar contra o protestantismo. Martinho Lutero, assim como outros membros do clero católico nos séculos XV e

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XVI, protestava contra os abusos do clero católico no cum-primento dos dogmas e também na venda de indulgências. Obedientes à autoridade papal, os jesuítas se destacaram na catequese e conversão dos povos pagãos e na condução de colégios e seminários.

No Brasil, os jesuítas atuaram catequizando os povos indí-genas. Muitos os bendizem pela proteção que concederam aos indígenas contra a escravidão imposta pelo coloniza-dor. Outros, entretanto, acusam os jesuítas de impor outra cultura aos povos americanos, fato que os tornou fracos e desunidos diante do colonizador.

21. Gabarito: d

De acordo com o padre André João Antonil, que percorreu o Brasil em 1681 e 1716, os “negros eram os braços e os pés do Brasil”, ou seja, todo o trabalho na Colônia tinha como lastro o trabalho escravo. O trabalho doméstico, na

lavoura, no transporte de bens ou no comércio estava fun-damentado no escravo africano. A escravidão foi o traço que marcou a sociedade colonial brasileira, o que também ocorreu no período do império, após a emancipação política em relação a Portugal. Os escritos de Antonil deram origem à obra Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Mi-nas, publicada em 1711.

É importante acrescentar que a mão de obra indígena foi utilizada em menor escala que a africana, especialmente porque o comércio atlântico de escravizados africados ge-rava altos lucros para os portugueses e seus parceiros.

22. Gabarito: e

Ao donatário, cabia a colonização da terra, a proteção do litoral, o desenvolvimento de atividades produtivas, a busca por metais preciosos e a pacificação dos indígenas.

ANTIGO REGIME

23. Gabarito: c

Antigo Regime (Ancién Regime) foi a denominação atri-buída ao período de absolutismo na Europa durante a Idade Moderna. A denominação Antigo Regime foi dada após o início do processo revolucionário francês, inicia-do em 1789, como forma de marcar um período que já havia findo. O Antigo Regime foi marcado pelo absolu-tismo, pelo mercantilismo e pela sociedade estamental.

24. Gabarito: b

O Antigo Regime marcou a Europa Ocidental durante a Ida-de Moderna, o qual teve o absolutismo e a economia mer-cantilista como características fundamentais. Na França, o Antigo Regime findou com a eclosão da Revolução France-sa em 1789; na Inglaterra, em 1688, com a implantação do

Parlamentarismo.

25.

a) De acordo com o fragmento, o Antigo Regime se situa entre as guerras da Itália e o início da Revolução Fran-cesa em 1789.

b) O Antigo Regime tinha como características políticas o absolutismo de caráter divino (um de seus principais aspectos), o mercantilismo e a burocratização da admi-nistração. Entre as suas características sociais, estava a organização hierarquizada da sociedade, a qual tam-bém era católica, corporativa e voltada à tradição. Tal sociedade foi fortemente marcada pela separação em estamentos determinados pelo nascimento.

ILUMINISMO

26. Gabarito: c

O Iluminismo foi caracterizado pela luta por liberdade em todos os setores da sociedade. Lutavam contra as tradi-ções, o absolutismo, o mercantilismo, as superstições e a ignorância. Apesar de lutar contra os privilégios da nobreza e contra o absolutismo, o Iluminismo contou com a adesão de nobres como Montesquieu.

27. Gabarito: d

O Iluminismo foi a ideologia que serviu de base para a Revolução Francesa, iniciada em 1789. Muitos estudio-sos afirmam que é impossível encontrar uma base co-

mum nas teorias formuladas pelos denominados filóso-fos iluministas em razão da diversidade de causas pelas quais lutavam. Entretanto, é possível afirmar que a luta por uma sociedade mais liberal era a tônica de todos os filósofos. Liberdade política, religiosa, de expressão e para protestar contra os elementos que oprimiam a po-pulação ou parte dela.

28. Gabarito: a

As três afirmativas estão corretas e é possível perceber que cada um dos filósofos, à própria maneira, lutava por liber-dade em relação àquilo que considerava o mais importante,

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História

isto é, essencial para que a sociedade atingisse um maior equilíbrio e se tornasse mais justa.

29. Gabarito: c

O Iluminismo foi um movimento que se difundiu na Eu-ropa durante os séculos XVII e XVIII. A França foi o cen-tro de irradiação das ideias iluministas que atingiram outras regiões europeias, gerando mudanças em todos os setores da sociedade. Produziu processos revolucio-nários, possibilitou a formação de sociedades mais vol-tadas à diminuição das desigualdades e deu origem ao despotismo esclarecido. É importante salientar que as mudanças geradas pela aplicação das ideias iluministas não foram sentidas em todas as regiões com a mesma intensidade.

30.

a) O despotismo esclarecido foi uma forma de organização política em que o rei, sem abrir mão do poder absoluto, passou a implantar algumas medidas liberais. Foi ca-racterístico do século XVIII na Europa.

b) José II, da Áustria, Catarina II, da Rússia, Frederico II, da Prússia e o primeiro-ministro Sebastião José Carvalho

e Melo, Marquês de Pombal, de Portugal, são exemplos de déspotas esclarecidos.

c) O despotismo esclarecido baseava-se nas ideias libe-rais pregadas pelo iluminismo. É importante salientar que os déspotas esclarecidos apenas colocaram em práticas ideias liberais que não comprometeriam os seus poderes absolutos.

31. Gabarito: c

Séguier afirma em seu texto que os filósofos desejavam “abalar os tronos”. Com tal afirmação, ele desejava reafirmar o desejo de um governo mais liberal e longe do absolutismo. Quando afirmou que os filósofos desejavam “derrubar os al-tares”, Séguier deixou evidenciado o desejo de diminuir ou acabar com o poder da instituição Igreja Católica.

32. Gabarito: d

O objetivo da Enciclopédia era reunir toda a experiência hu-mana e os conhecimentos acumulados pela humanidade para que não se perdessem com o tempo e com as adversi-dades pelas quais passavam as sociedades. A Enciclopédia das Ciências, das Artes e dos Ofícios tornou-se o grande veículo de difusão dos ideais burgueses e das novas con-cepções da ciência contemporânea.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

33. Gabarito: b

Fragmentos como “O telégrafo estava ligado bem de perto à ciência acadêmica. As tintas artificiais da indústria, um triunfo de síntese de massa química, nasceram de um la-boratório de uma fábrica” evidenciam a mudança ocorrida no século XIX na relação entre desenvolvimento industrial e conhecimento. Nesse contexto, a figura do professor, do acadêmico, do cientista, ou seja, daquele que domina o sa-ber técnico era determinante para o avanço de invenções, produções e desenvolvimento de técnicas e de maquinário.

É preciso lembrar que na segunda metade do século XIX houve um destacado desenvolvimento das comunicações, dos trans-portes, da metalurgia e da química, áreas que afetam profun-damente o modo de vida, a organização das sociedades, a estrutura das cidades e as relações comerciais. Assim, pensar no desenvolvimento desses elementos é também pensar em um conhecimento cada vez mais específico e especializado.

34. Gabarito: e

O contexto que se apresenta nos séculos XVIII e XIX na Inglaterra (e, depois, em outros lugares da Europa e fora dela) leva a uma mudança social e econômica de grande impacto: há uma clara distinção entre aqueles que detêm os meios de produção e os que apenas “executam tarefas predeterminadas”, sem ter o conhecimento técnico de todo

o processo de produção, como acontecia anteriormente. Tal distinção extrapola o ambiente fabril e pode ser verificada nas ruas, na disposição das casas, na formação de bair-ros de elite e de bairros proletários (estes marginalizados, carentes de higiene e de estruturas mínimas de vida com qualidade), em Londres, por exemplo.

35. Gabarito: a

O período faz referência à Era Meiji, iniciada em 1868, no Japão, com a ascensão ao trono do Imperador Mutsuhito (o Imperador Iluminado). Permanecendo no poder por 45 anos, ele operou uma verdadeira transformação na sociedade ja-ponesa, modernizando-a a abrindo-a ao capital estrangeiro.

Na prática, a Era Meiji refere-se ao momento em que o Ja-pão não só se abre ao Ocidente, mas assumiram alguns as-pectos ocidentais – a constituição que adotaram em 1889 teve por modelo o documento germânico. Vários estudantes foram enviados para os Estados Unidos e para a Europa para obter formação técnica e profissional. A industrializa-ção foi outro grande foco do governo japonês. A reforma agrária e o declínio do poder dos samurais ajudaram o país a romper com as antigas estruturas agrárias e deram novo foco a ele, transformando-o em uma potência industrial ca-paz de concorrer com países ocidentais, por exemplo, na corrida imperialista na Ásia.

ANTIGO REGIME

ILUMINISMO

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88 2ª. Série

O reinado de Mutsuhito deu fim ao xogunato, período da história japonesa em que o poder estava concentrado nas mãos do xogum, um chefe militar com poderes muitas ve-zes superiores ao do próprio imperador. O xogunato teve início no século XVII.

36. A Revolução Industrial foi de grande importância, pois con-solidou a economia capitalista, estabeleceu novas formas de produção e deu origem ao proletariado. Os avanços técnicos produzidos e difundidos pela Revolução Industrial possibilitaram meios de comunicação e de transporte mais rápidos, além de gerar uma produção de bens em velocida-de nunca experimentada pela humanidade. O pioneirismo da Inglaterra no processo de industrialização decorreu do estabelecimento de governos com maior participação de segmentos da sociedade, das grandes reservas de carvão mineral (fonte de energia para as fábricas) e da Lei dos Cercamentos (Enclousers Acts), cuja implantação gerou o êxodo rural e a disponibilidade de mão de obra barata para trabalhar nas fábricas.

37. Gabarito: d

A Inglaterra havia desenvolvido uma grande indústria pro-dutora de tecidos de algodão e de lã. Para abastecer suas fábricas com matérias-primas, os ingleses passaram a beneficiar a lã de carneiro (havia rebanhos se proliferando pelas terras inglesas). Também buscavam matérias-pri-mas inexistentes em solo europeu, como algodão, tintu-ra para tecido, cola, óleos vegetais, graxas, etc. Por esse motivo, a Inglaterra, seguida por outros países que desen-volveram atividades industriais, passou a formar impérios coloniais.

38. Gabarito: c

A Revolução Industrial foi o evento histórico responsável pela criação do operariado. Essa classe trabalhadora sofreu com a grande desigualdade material que marcou a sociedade in-glesa e todas as outras cuja economia passou a ser marca-da pela industrialização. A desigualdade, que já existia, foi bastante ampliada; as condições de vida e de trabalho eram desumanas. O trabalho fabril alijou o trabalhador dos meios de produção e estabeleceu o período de trabalho, indepen-dentemente da capacidade física ou da saúde do trabalhador.

39. Gabarito: d

O Movimento Ludista ou Ludita surgiu do descontentamen-to dos operários com as péssimas condições de trabalho e com o desemprego. Nas fábricas, o ambiente era insalubre e os acidentes eram comuns. Amputações eram causadas pelas engrenagens das máquinas ou queimaduras decor-riam do vapor quente, energia que movimentava as engre-nagens. De acordo com algumas fontes historiográficas, Ned Ludd foi o operário que passou a reunir seus colegas e a invadir fábricas durante a noite para quebrar as máqui-nas. Enquanto as máquinas estavam paradas, os acidentes não ocorriam e o burguês era obrigado a contratar mais operários para que a produção se mantivesse.

40. Gabarito: b

A partir da Revolução Industrial o tempo passou a ser contado pelo relógio e as horas trabalhadas eram definidas pelo ca-pataz. Estas aumentavam à medida que a produção neces-sitava ser aumentada. Os operários despossuídos de bens, passaram a vender a sua força de trabalho e o seu tempo para os proprietários dos meios de produção. A partir daí, a humanidade nunca mais parou de correr atrás do tempo.

REVOLUÇÕES BURGUESAS

41. Gabarito: c

É possível afirmar que, historicamente, a Revolução Glo-riosa representou um compromisso entre os grupos domi-nantes ingleses, seja do campo, seja da cidade, garantindo a estabilidade política necessária ao desenvolvimento do capitalismo no país.

42. Gabarito: e

O Ato de Navegação objetivava garantir o poder inglês sobre o comércio marítimo. Na época, os Países Baixos se desta-cavam na atividade, com a cidade de Amsterdã centralizando a grande atividade financeira desses países. O Ato de Na-vegação não previa a livre circulação de mercadorias pelo continente europeu, ao contrário, restringia essa circulação, que deveria ficar a cargo unicamente dos ingleses. Seriam eles os responsáveis pelo transporte entre a metrópole e as

colônias de onde os bens seriam obtidos, quebrando, assim, o poderio dos Países Baixos no comércio marítimo.

43. Gabarito: d

Os anglicanos e os puritanos eram os seguidores do protes-tantismo. O anglicanismo foi introduzido na Inglaterra por Henrique VIII, que desejava a anulação de seu casamento com a Rainha Catarina de Aragão. Como o papa Clemente VII não concedeu o divórcio, o monarca aproveitou os movimentos re-formistas que ocorriam na Europa e rompeu com a Igreja Ca-tólica. O puritanismo era mais radical e desejava adotar todas as práticas e preceitos pregados por Jean Calvino.

Na Inglaterra, após a introdução do anglicanismo e do puri-tanismo, catolicismo teve um número reduzido de seguido-res; apesar disso, os católicos permaneceram fiéis ao papa e aos dogmas da Igreja.

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História

44. É possível notar que a Bastilha, na representação de Hubert Robert, é uma construção de grande imponência e auste-ridade. A construção monopoliza a cena e suas muralhas parecem isolar os que ocupam o seu interior do resto do mundo, além de causar medo naqueles que a conheciam como a prisão para os inimigos políticos do reino. A Basti-lha, prisão de inimigos políticos do rei, foi um dos símbo-los do poder político durante o Antigo Regime. A tomada da Bastilha pela multidão liderada por Camile Desmoulins, em 14 de julho de 1789, representou a ameaça ao poder absoluto da dinastia Bourbon.

45. Gabarito: c

A burguesia era a classe urbana que se dedicava ao comér-cio e à produção manufatureira. Muitos burgueses ainda mantinham relações de negócios com a pequena nobreza. Os camponeses formavam a classe dos yomen e estavam sujei-tos a trabalhar nas terras dos grandes proprietários rurais.

46. Gabarito: a

A etiqueta era um código que determinava os indivíduos que pertenciam a determinado grupo social e excluía aque-les que não compartilhavam desse código.

47. Gabarito: c

No centro do quadro, a bandeira levada pela mulher (que representa a Liberdade) é retomada nessa representação. Desde a Batalha de Waterloo (1815), em que Napoleão Bo-naparte perdeu o confronto, essa bandeira francesa não era mais suscitada, sendo retomada nos eventos de 1830 para resgatar o orgulho francês. A obra de Delacroix é erronea-mente relacionada com a Revolução Francesa; é importante ressaltar que ela ilustra o movimento revolucionário de 1830.

48. Gabarito: e

O fragmento chama a atenção para a miséria presente na França, especialmente em Paris, às vésperas da Revolução Francesa. Também é reforçado o grande número de mendi-gos e de integrados (pessoas que migraram de outras regi-ões para Paris) e a impossibilidade de se realizar qualquer atividade sem se deparar com essa realidade.

49. Gabarito: a

Ainda que o rei continuasse a ser o chefe do Executivo, ago-ra, estava subordinado ou limitado pelos poderes Legisla-tivo e Judiciário.

É preciso lembrar que, nesse momento da história da Revo-lução Francesa, não havia um efetivo interesse em eliminar a monarquia, por isso a Constituição de 1791 estabeleceu uma Monarquia Constitucional na França. Os rumos do processo revolucionário se tornaram mais radicais apenas depois de o rei Luís XVI tentar fugir para a Áustria e se mobilizar com outros reinos europeus para acabar com a Revolução.

50. Durante o Antigo Regime, a sociedade francesa era forma-da por três ordens: o Primeiro Estado era composto pelos integrantes do clero católico; o Segundo Estado era integra-do pela nobreza; e o Terceiro Estado pela maioria da popu-lação (burgueses, população urbana pobre e camponeses).

A charge representa a desigualdade presente na sociedade francesa do Antigo Regime. Os membros do Primeiro e do Segundo Estados não trabalhavam, não pagavam impostos e ainda recebiam pensões reais. Cabia ao Terceiro Estado sustentar os integrantes dos dois grupos privilegiados. Na imagem, há um representante do Terceiro Estado, vestido com trapos, enfraquecido e envelhecido, carregando um padre e um nobre nas costas. A mensagem é clara: os membros do Terceiro Estado já não aguentavam mais car-regar os privilegiados em suas costas.

51. Gabarito: d

Graco Babeuf afirmava que a violência aplicada pelos revo-lucionários inspirava-se nas ações dos reis do Antigo Regi-me. Os governos desse período utilizaram os mais variados tipos de prisões arbitrárias e de torturas.

52.

a) No Leste europeu, a Rússia, que participou das decisões do Congresso de Viena (1814), iniciou uma campanha expansionista e ocupou territórios da Finlândia, da Polô-nia e alguns territórios pertencentes ao Império Otomano.

b) Na América, o Brasil foi o mais afetado pelas campa-nhas napoleônicas. As tropas francesas invadiram Por-tugal, fato que obrigou a Família Real e a sua Corte a fu-girem para a Colônia. Aproximadamente 15 mil nobres portugueses chegaram ao Brasil em janeiro de 1808. A Colônia foi obrigada a se adaptar à presença e às necessidades dos nobres portugueses.

53.

a) O gráfico indica as duras condições de vida dos campo-neses franceses durante o Antigo Regime. Das colhei-tas, apenas 35% era destinado ao camponês e à sua família. O restante era direcionado ao pagamento de sementes, ferramentas de trabalho e impostos devidos ao Primeiro e Segundo Estados.

b) A maioria dos integrantes do Terceiro Estado, especial-mente os camponeses, vivia em grande penúria por conta da baixa produtividade da terra e dos impostos devidos ao Primeiro e Segundo Estados. O processo revolucionário lutava pelo fim da exploração promovi-da pela política mercantilista e pelo fim dos privilégios concedidos aos dois outros Estados.

54. Gabarito: b

O Congresso de Viena tinha por objetivo reordenar a Eu-ropa, que havia sido profundamente alterada pelas cam-

REVOLUÇÕES BURGUESAS

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90 2ª. Série

panhas napoleônicas, e definir o mapa político do con-tinente. O Princípio da Restauração também definiu que as dinastias retiradas do poder por Bonaparte deveriam retornar ao seu posto. Para evitar que novas revoluções ou líderes – movimentos populares a até campanhas imperialistas como as realizadas por Bonaparte – amea-çassem a ordem estabelecida, foi criada a Santa Aliança, organização inicialmente formada pela Rússia, Áustria e Prússia.

55. Gabarito: a

A chegada do Partido Jacobino ao poder durante o processo revolucionário francês foi marcado pelo extremismo e pela perseguição aos contrarrevolucionários. Com o objetivo de eliminar os inimigos da Revolução foi criado o Tribunal Re-volucionário e a Junta de Salvação Pública. Outra marca do poder jacobino foi a adoção de medidas para favorecer as classes menos favorecidas. O tabelamento do preço do pão foi uma dessas medidas.

PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA

56. Gabarito: b

O Congresso de Viena visava ordenar a Europa, profunda-mente alterada pelas campanhas napoleônicas, definindo o novo mapa político do continente. O Princípio da Restau-ração também determinou que as dinastias retiradas do poder por Napoleão Bonaparte deveriam voltar a governar. Para evitar que novas revoluções ou líderes ameaçassem a ordem estabelecida, foi criada a Santa Aliança (organização inicialmente formada pela Rússia, Áustria e Prússia) para evitar a ação de movimentos populares ou campanhas im-perialistas como as realizadas por Bonaparte.

57. Gabarito: d

A Constituição dos Estados Unidos afirma que todos os ci-dadãos nascem livres e iguais e que todos têm o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirma ainda que o povo tem o direito de destituir um governo que esteja to-mando medidas que vão contra esses direitos inalienáveis.

58. Gabarito: e

O principal sonho de Simon Bolívar era a formação de uma América Latina forte e unida. Para justificar tal projeto, Bolí-var se apegou aos traços comuns entre as diversas colônias espanholas da América. Entretanto, os interesses regionais, o desejo dos criollos em manter seus poderes políticos e econômicos e a diversidade geográfica do imenso território impossibilitaram a concretização do projeto.

59. Gabarito: a

A independência da América Espanhola não provocou as mudanças que grande parte das populações coloniais es-

perava. No âmbito social, as elites locais substituíram as elites estrangeiras no controle político e econômico e man-tiveram os grupos populares excluídos da atuação política. As sociedades se mantiveram com as estruturas conserva-doras do período colonial. As elites americanas adotaram o livre comércio em benefício da Inglaterra e de si próprias, como fica evidente no seguinte trecho de Galeano: “tudo se transformou em capital estrangeiro”. Os movimentos pela independência da América espanhola não promoveram a reforma agrária. De fato, qualquer movimento de caráter popular e a favor do povo foi exemplarmente massacrado em prol das elites locais.

60. Gabarito: d

A alternativa d reproduz o trecho final do texto e se torna a alternativa correta por exclusão das demais. A igualdade jurídica presente na Declaração de Independência dos Esta-dos Unidos não foi adotada nos demais países da América. A lei inglesa visava acabar com os privilégios da nobreza. O processo revolucionário francês acabou com os privilégios da nobreza e do alto clero.

61. Gabarito: e

Os criollos, brancos nascidos na América, lideraram os movimentos pela emancipação política. Apesar da par-ticipação popular, os criollos, após os processos eman-cipatórios, mantiveram a concentração de terras e a exploração do trabalho das classes menos favorecidas. Não ocorreram mudanças significativas na economia e na sociedade após a emancipação das colônias espa-nholas da América.

BRASIL IMPÉRIO

62. Gabarito: e

O Poder Moderador colocava o Imperador acima dos três poderes do Estado, interferindo no Senado, nas Câmaras e nas províncias. Tal poder, de fato, não foi usado de maneira

irrestrita pelo Imperador, sendo criado o cargo de Presiden-te do Conselho dos Ministros, em 1847, uma espécie de primeiro-ministro que, ainda que subordinado ao Impera-dor, era uma autoridade parlamentar.

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91Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

63. Gabarito: b

Logo após a emancipação política do Brasil várias revoltas ocorreram em nosso território. Muitos portugueses residen-tes no Brasil e muitos brasileiros que não desejavam perder seus negócios com a antiga metrópole passaram a promo-ver movimentos objetivando reconduzir o Brasil à condição de colônia de Portugal. D. Pedro I, no início de seu reinado, enfrentou problemas econômicos bastante sérios e não contava com um exército nacional que pudesse fazer frente aos revoltosos. A solução foi contratar tropas mercenárias que auxiliaram no desmantelamento das revoltas.

64.

a) Como diferenças notáveis entre o processo de inde-pendência da América portuguesa e o processo de independência da América espanhola, pode-se citar: a forma de organização política (monarquia no Brasil; repúblicas na América espanhola); a questão territorial (fragmentação das ex-colônias hispânicas, formando diversos países em contraponto à unidade brasileira); e a questão da escravidão (mantida no Brasil indepen-dente e abolida nas áreas que se libertaram do domínio espanhol). Outras práticas, como a participação popular e o uso da violência, têm intensidades distintas, mas são comuns aos dois processos.

b) A importância dos luso-brasileiros no governo de Pedro I pode ser identificada no apoio oferecido ao monarca e na sua lógica centralizadora, sistematizada na Cons-tituição de 1824. Os luso-brasileiros (“partido portu-guês”) representavam a elite política e tinham um ca-ráter conservador. A aproximação de D. Pedro I com os portugueses desagradava aos brasileiros, despertando o sentimento antilusitano, e, em meio a diferentes con-flitos, como a Noite das Garrafadas, provocou o isola-mento do Imperador.

65. Gabarito: c

A obra Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, conta a história de Leonardo e sua tra-jetória, do início do namoro dos pais até a união do protago-nista com seu amor. Publicada originalmente em folhetins, a partir de 1852, a obra se insere no Romantismo brasileiro, embora fuja do tradicionalismo dessa corrente por conta das pinceladas de humor.

A narrativa começa quando os pais de Leonardo, Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, conhecem-se no navio que os trazia de Portugal para o Brasil. A primeira linha do livro é bastante emblemática para situá-lo historicamente: “Era no tempo do rei”. Com base nessa informação, é possível entender que a história tem início (a partir do romance dos pais do protagonista) no período em que o Príncipe D. João e a Família Real portuguesa fugiram de Portugal em direção ao Brasil, desembarcando em janeiro de 1808. Como dito,

a publicação do material começa na década de 1850, em pleno Segundo Reinado, com D. Pedro II no poder. Assim, é seguro afirmar que o período em que transcorre a narrati-va até a sua publicação engloba a Independência do Brasil (Reinado de D. Pedro I) e a formação do Estado Nacional (Reinado de D. Pedro II).

66.

a) Revolta dos Malês (1835): Os africanos muçulmanos, chamados malês, iniciaram o movimento contra a fal-ta de liberdade religiosa – embora o fim da escravidão também estivesse entre as reivindicações. Os integran-tes do movimento, que contava com escravizados e li-bertos, combinaram um levante para o dia 25 de janeiro de 1835. Entretanto, foram delatados às autoridades e, ao saírem às ruas, foram presos pelas autoridades. Quatro pessoas foram condenadas à morte. Balaiada (1838-1841): o movimento se iniciou no Ma-ranhão, envolvendo a disputa dos cargos de prefeito, subprefeito e comissários de polícia nomeados pelo presidente da província. Os cabanos conseguiram a maioria dos cargos em detrimento dos liberais (bem-te- -vis), que tinham o apoio de grandes proprietários rurais e das classes médias, originando o conflito, que reuniu desfavorecidos e escravizados.

Farroupilha (1835-1845): esse conflito durou 10 anos e envolveu proprietários rurais e grandes criadores de gado do Rio Grande do Sul contra o governo central. A concorrência com argentinos e uruguaios na produção de charque foi a principal causa do embate. Os produ-tores do Sul desejavam políticas protecionistas ao char-que fabricado no Brasil. Eles também se queixavam do centralismo do governo, da preferência dada ao Rio de Janeiro, a São Paulo e Minas Gerais (em detrimento das províncias do Sul) e das medidas alfandegárias toma-das, que favoreciam as províncias do Sudeste. Todos esses motivos impeliram a reação dos estancieiros.

b) A Revolução Farroupilha não apresentava propostas de mudanças sociais. Ainda que contasse com a participa-ção popular e defendesse o ideal republicano, era diri-gida pela elite estancieira, interessada, primeiramente, nos próprios negócios. A Balaiada, entre suas propostas, lutava contra o recru-tamento forçado de pequenos agricultores para as tro-pas oficiais e, em outro momento, houve a insurreição de escravizados, liderada por Cosme Bento das Chagas, um ex-escravizado. A abrangência desse movimento foi responsável pela adesão de pessoas de diferentes gru-pos sociais e pela perda do controle pelas lideranças iniciais. Com a adesão de lavradores, escravizados e libertos ao movimento, a abolição da escravidão e a er-radicação da pobreza foram incluídas às reivindicações iniciais.

PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA

BRASIL IMPÉRIO

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92 2ª. Série

c) Os três movimentos fazem parte das chamadas Re-voltas Regenciais, que aconteceram durante o Período Regencial no Brasil (1831-1840). Nesse momento, a história do país foi marcada pela tensão. A regência una de Diogo Feijó, que assumiu em 1835, não foi aceita por todas as províncias, que questionavam o centralismo do governo. Algumas rebeliões apontavam tendência repu-blicana, outras eram separatistas ou já questionavam a escravidão no Brasil e as desigualdades sociais vigen-tes. No Segundo Reinado, as tendências à autonomia das províncias foram contornadas ou suprimidas.

67.

a) A Confederação do Equador almejava mais autonomia para Pernambuco e para as demais províncias que aderiram ao movimento. O desejo dos integrantes do movimento por mudanças aumentou com a outorga da Constituição de 1824 pelo Imperador D. Pedro I e com a adoção do Poder Moderador, que concentrava ainda mais poderes na figura do monarca e na capital, Rio de Janeiro.

b) Em Pernambuco, ocorreram movimentos anteriores à Confederação do Equador (1824) e que visavam lutar contra a exploração da Colônia realizada pela Metrópo-le. A Revolta dos Mascates, ocorrida entre 1710 e 1712, tinha o nativismo e a oposição às vantagens obtidas pelos portugueses na região como principais caracte-rísticas. A Revolução Pernambucana de 1817 desejava a implantação de uma república federativa, o fim dos

privilégios dos portugueses e a implantação de uma política mais liberal.

68. Gabarito: b

A economia do Brasil no início do Primeiro Reinado (1822-1831) estava em crise. A agricultura era de subsistência com exceção dos latifúndios onde se produziam açúcar e café. Entretanto, o açúcar não encontrava lugar no mercado internacional. A produção de couro e de charque tinha di-ficuldades em competir com a da Região do Rio da Prata. Os metais preciosos estavam em esgotamento e ainda era necessário povoar o território brasileiro que fazia fronteira com os outros países latino-americanos. A imigração foi estimulada para colonizar o país e promover o desenvolvi-mento da agricultura.

69. Gabarito: a

A Província de Rio Grande de São Pedro desejava maior autonomia para gerir a sua política e economia. Desde o período em que o Brasil era um Reino Unido a Portugal, os habitantes do sul reclamavam das políticas em relação às mercadorias produzidas na Região do Prata. Durante o Im-pério, os preços e a qualidade do charque sul-rio-granden-se não conseguiram fazer frente aos produtos argentinos. Além disso, as alíquotas dos impostos brasileiros faziam a importação do charque argentino ser mais lucrativa. Por to-dos esses motivos, os habitantes da Província localizada mais ao Sul do Brasil passaram a lutar contra o governo central.

SEGUNDO IMPÉRIO

70. Gabarito: b

Tomando por base o texto do enunciado da questão, a alternativa correta é a que reafirma a opinião de que as oligarquias locais exerciam poder também no governo cen-tral. Entretanto, de modo geral, a historiografia reafirma o caráter unitário do Império Brasileiro, ficando as oligarquias apenas com o poder local.

71. Gabarito: d

As afirmativas I e II são as corretas. O período de 1831 a 1840 – entre a abdicação de D. Pedro I e o Golpe da Maiori-dade – é chamado de Período Regencial, uma fase contur-bada na história brasileira. Durante tal período, eclodiram diversas revoltas regionais que questionavam o governo central e exigiam mais autonomia para as províncias. No caso da Revolução Farroupilha, chegou-se a proclamar a separação do Sul do restante do país. As revoltas do Período Regencial marcaram a elite agrária do país com o medo de que a revolução se instalaria permanentemente no Brasil. Diante desse temor, a única opção viável parecia ser o for-

talecimento do governo central, até então fragilizado pelos governos regenciais que, de fato, não tiveram a força polí-tica necessária para unir as províncias. Araújo Lima, eleito regente em 1837, deu início ao fortalecimento do poder central recebendo apoio das elites.

72. Gabarito: e

A emancipação política do Brasil não solucionou quase nenhum dos problemas enfrentados pelos brasileiros. Os latifúndios se mantiveram nas mãos dos grandes senhores, e a população continuou a ser explorada e a viver misérias sem fim, especialmente no Nordeste, onde a produção do açúcar há muito tempo estava em declínio. Os revoltosos de Pernambuco desejavam o voto universal, a liberdade de expressão, a anulação dos monopólios comerciais dos portugueses residentes no Brasil e o fim do Poder Mode-rador, dos latifúndios, da carestia e do alistamento militar obrigatório.

A Revolução Praieira foi contida pelas tropas imperiais.

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93Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

73. Gabarito: a

O Tratado de Comércio de 1827 era um acordo, de manei-ra geral, desfavorável para o Brasil, pois atendia aos inte-resses ingleses de exportar produtos industrializados com taxas reduzidas. Com isso, o mercado brasileiro sofria uma invasão de produtos ingleses que, pelas tarifas alfandegá-rias praticadas, pouco contribuía para os cofres nacionais. Para reverter essa situação, em 1844, foi decretada a nova política alfandegária, conhecida como Tarifa Alves Branco. Essa medida reajustava as taxas de artigos importados entre 20% e 60% (os produtos estrangeiros que poderiam concorrer com os produtos nacionais recebiam as maiores taxas). A tarifa, ainda que tivesse o objetivo de equilibrar o orçamento do governo, no fim, favoreceu o surgimento de novas atividades econômicas do país.

74. Gabarito: c

O Vale do Paraíba já passava por uma queda de produção em decorrência da baixa produtividade do solo. Esse fato oportunizou a ascensão da produção do Oeste Paulista, que também lançava mão de novas técnicas de cultivo para sua produção cafeeira – e contava ainda com a grande fertilida-de do solo (terra roxa). Assim, já havia um quadro de crise no Vale do Paraíba, que foi intensificado com a Abolição da Escravatura. Esse fato levou os cafeicultores a romper de-finitivamente com a Monarquia, uma vez que se sentiam prejudicados pela Lei Áurea (1888) e pela ausência de qualquer indenização por perda dos investimentos feitos na compra dos escravizados posteriormente libertos.

75. Gabarito: a

O texto de Feijó aponta para uma situação ambígua: ao mesmo tempo que descreve a escravidão como um mal social (“A escravatura, que realmente tantos males acarreta para a civilização e para a moral”), destaca também algo de positivo que se origina dela. A existência de escravizados cria outra situação política, no caso, a identificação daque-les que se reconhecem por serem livres; brasileiros que permanecem iguais em sua condição social e forjam, com isso, uma identidade própria (“o sentimento de igualdade profundamente arraigado no coração dos brasileiros”). Fei-jó, em seu texto, parece antagonizar a sociedade entre es-cravizados e não escravizados, inserindo os brasileiros no segundo grupo.

76. A tensão apresentada na imagem de Ângelo Agostini diz respeito à situação do escravizado na sociedade brasileira durante o Segundo Reinado. Muitos participaram da Guerra do Paraguai (1864-1870) no lugar de seus senhores, em troca de liberdade; outros tantos foram libertos após inde-nização paga pelo governo a seus antigos donos. Ainda as-sim, mesmo livres, voltaram da Guerra e encontravam uma sociedade escravocrata, que podia gerar situações como a retratada na imagem, em que um homem negro, livre, ex-

combatente (notam-se medalhas em seu peito) encontra sua mãe ainda tratada como escravizada, sofrendo maus-tratos físicos. Após o conflito, muitos militares passaram a apoiar abertamente a libertação dos escravizados (alguns foram punidos por isso; houve quem também se recusasse a perseguir escravizados fugidos) e o questionamento so-bre a manutenção da escravidão se tornou cada vez mais latente.

É possível afirmar que a Guerra do Paraguai foi de grande importância para a luta pela abolição da escravidão no Bra-sil, pois esse evento ajudou a disseminar os ideais abolicio-nistas entre as tropas e evidenciar a importância do negro na sociedade brasileira.

77. Gabarito: a

A obra de Cândido Portinari representa a maior riqueza de exportação do Brasil durante o século XIX e início do século XX. As lavouras cafeeiras se localizavam, basicamente, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. A utilização da mão de obra escrava foi uma das características da econo-mia cafeeira até a metade do século XIX. A partir daí passou a ser substituída pela mão de obra imigrante em decorrência das leis antiescravistas e também do desejo dos cafeiculto-res de diminuir os investimentos em mão de obra.

78. Gabarito: c

A Lei dos Sexagenários (ou Saraiva-Cotegipe) foi aprovada em 28 de setembro de 1885, liberando todos os escraviza-dos com mais de 60 anos, com previsão de compensações financeiras aos senhores. A Lei Eusébio de Queirós, de 1850, extinguia o tráfico de africanos para o Brasil. A Lei do Ventre Livre (1871) determinou livres todos os filhos de escraviza-das nascidos a partir desta data. As crianças eram entregues ao governo para serem cuidadas (uma vez que as mães ain-da eram mantidas escravas) ou ficavam com a mãe, sob a supervisão do senhor. Neste último caso, o filho de escravi-zado nascido liberto deveria trabalhar para o senhor até os 21 anos de idade. A Lei dos Sexagenários passou a vigorar ainda no ano 1885. Os senhores não eram responsáveis por manter ou sustentar os escravizados idosos libertos até a morte deles. O Bill Aberdeen, de 1845, permitia os britânicos patrulhar os mares e oceanos para apreenderem navios que estivessem realizando o tráfico de escravizados. Os ingleses poderiam apreender esses navios em qualquer lugar, não apenas nos portos brasileiros. Tal lei causou extrema reação no Brasil, pois instituía intervenção da Inglaterra em “as-suntos nacionais”, uma vez que os traficantes apreendidos seriam julgados pela Justiça britânica e não pela brasileira.

79.

a) A crítica se refere ao descompasso entre os problemas existentes no fim do Império e a gestão de Pedro II. O imperador é retratado como um monarca idoso, sem

SEGUNDO IMPÉRIO

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94 2ª. Série

energia, sonolento, fatigado pela leitura dos jornais que, provavelmente, apresentavam notícias sobre a crise social, política e econômica pela qual passava o Brasil. Diante de tal situação de crise, os brasileiros deseja-vam um governante ativo e com energia para resolver os problemas.

b) A campanha abolicionista, o crescimento do movimento republicano, as questões Militar e Religiosa e a Guerra do Paraguai (1864-1970), que representaram a perda de apoio de importantes grupos ao Imperador, desen-cadearam um processo de crise que provocou a procla-mação da República.

80. Gabarito: d

A Guerra do Paraguai envolveu a Região do Rio da Prata e os atuais países, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. A guer-ra envolvia disputas pela região e as pretensões expansio-nistas de Solano Lopez, que visava obter uma saída para o mar. O conflito e sua violência causaram sérios danos para as economias de todos os envolvidos. A Inglaterra forneceu materiais bélicos e auxílio financeiro para os integrantes da Tríplice Aliança, porém, ao fim do embate, cobrou o que lhe era devido, fato que levou os países, já prejudicados pela destruição e perda de muitas vidas, a recorrer a emprésti-mos para o pagamento das dívidas.

81. Gabarito: a

Desde o período colonial, as autoridades portuguesas e, depois, brasileiras promoveram ações militares e coloniza-doras na Região do Prata com o objetivo de manter a posse

da região, de grande importância estratégica. A colonização das terras atualmente argentinas, uruguaias e paraguaias foi realizada pelos espanhóis. O próprio Tratado de Torde-silhas, estabelecido em 1494, garantia esse território para os espanhóis. Entretanto, em diversos períodos distintos, as autoridades portuguesas invadiram a Colônia do Sacramen-to e, mais tarde, a Província Cisplatina. Durante o período monárquico, D. Pedro I tentou manter a província integrada ao Brasil e durante o reinado de D. Pedro II ocorreu a Guerra do Paraguai (1864-1870)

82. Gabarito: e

O poema aborda o período de transição entre a suprema-cia da lavoura cafeeira e o advento da industrialização de São Paulo. A chegada da estrada de ferro e das rodovias se cruza com caminhos onde ainda circulavam carroças. O imperialismo inglês também é registrado.

83. Gabarito: c

A sociedade imperial brasileira tinha praticamente as mes-mas características da sociedade colonial. A presença da escravidão e a concentração de poderes nas mãos dos grandes proprietários criaram uma sociedade em que a maioria da população ficou alijada das decisões políticas. Apenas os grandes senhores tinham acesso ao poder polí-tico e econômico. Os escravizados, pela própria condição, não participavam das decisões. A população pobre, em ra-zão da Constituição de 1824 que estabelecia o voto censitá-rio determinado pela renda de cada indivíduo, também não participava efetivamente das decisões políticas.

IDEOLOGIAS DO SÉCULO XIX

84. Gabarito: c

Durante o século XIX surgiram e se difundiram ideologias que lutavam por uma sociedade mais igualitária. Os moti-vos que levaram muitos filósofos a defender uma sociedade mais justa decorriam do grande aumento da desigualdade na sociedade europeia do período. A Revolução Industrial aprofundou a miséria, as péssimas condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora, especialmente da classe operária. Os movimentos socialista e anarquista, salien-tando suas divergências e diferenças ideológicas, lutavam pela implantação de uma sociedade sem o predomínio da burguesia.

85. O texto 1, de Karl Marx, reafirma a união do proletariado na luta contra a burguesia e a sociedade marcada pela desigualdade material. De acordo com o filósofo somen-te a união dos proletários seria capaz de implantar uma sociedade mais igualitária. Le Bon, no texto 2, defende o contrário. Os seres humanos, quando agem na coletividade,

fazem por impulso e as suas ações, geralmente, vão contra os interesses da coletividade. Segundo o texto 1, a ação coletiva gera desenvolvimento, mas, conforme o texto 2, é responsável por retrocesso.

86. Gabarito: d

De acordo com Hobsbawm, o conceito de nação deve incluir as estruturas de poder e as organizações sociais, políticas e econômicas para que se tenha uma visão da superestru-tura. Entretanto, é importante analisar a conformação do povo que compõem essa nação para que sejam percebíveis as aspirações, os desejos e os sonhos que impulsionarão a direção a ser tomada pela nação.

87. Gabarito: a

O anarquismo é uma ideologia que defende a derrubada do poder da burguesia e a implantação de uma sociedade igualitária. Contudo, difere do socialismo porque os anar-quistas não acreditam em um governo proletário que se

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95Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

mantenha fiel aos princípios igualitários: “que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário

de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a Natureza Humana.”

IMPERIALISMO

88. Gabarito: c

O Imperialismo foi promovido pelas potências europeias com o objetivo de obter matérias-primas escassas ou ine-xistentes na Europa. Também visava à ampliação dos mer-cados consumidores, pois os países europeus foram ade-rindo à produção industrial e concorrência por mercados consumidores era imensa na Europa.

89. Gabarito: a

Os cipaios eram soldados rasos indianos que trabalhavam para o exército britânico na Índia. A distribuição de cartu-chos engordurados com sebo bovino (bois e vacas são sa-grados para os hindus) foi o estopim que gerou a revolta, visto o desrespeito dos ingleses com a cultura e as tradi-ções indianas.

Os ingleses plantavam papoula na Índia e extraiam o ópio que era levado em estado bruto para a China. Em territó-rio chinês, os ingleses refinavam e vendiam o ópio, obtendo grandes lucros. O conflito ocorreu quando o imperador chinês resolveu proibir a comercialização e o consumo de ópio em todo o território do Império do Centro. Após a derrota do im-perador na Guerra do Ópio, o território chinês abriu-se para a exploração dos estrangeiros. Os boxers eram jovens naciona-listas chineses que praticavam atentados contra estrangeiros visando à saída deles da China. A expulsão dos estrangeiros só ocorreu com a Revolução Chinesa iniciada em 1949.

90. Gabarito: b

Darwinismo social foi a denominação dada à ideologia cria-da pelos europeus para justificar as suas ações durante o Imperialismo. Segundo ela, os europeus, superiores aos demais povos da Terra, receberam o direito de colonizar outros territórios. Em troca, tinham a missão de levar os próprios costumes, fé, valores, enfim, a civilização europeia até os povos menos desenvolvidos. Essa ideologia acabou angariando muitos seguidores nos regimes nazifascistas.

91. Gabarito: a

A colonização dos territórios africanos e asiáticos respondia a um duplo interesse: de um lado, permitia aos países colo-nizadores a extração de matérias-primas e de outros bens que atendiam à crescente demanda industrial europeia (além de permitir também a revenda de produtos industrializados a um novo mercado consumidor); por outro lado, justificava-se ideologicamente com a ideia de que os povos africanos e asiáticos eram “inferiores” e precisavam ser “guiados para

a civilidade”. Por isso, o movimento colonizador foi acom-panhado de inúmeras missões religiosas, por exemplo, que visavam levar fé e cultura para povos que, até então, viviam em “pecado” e na “escuridão”, “ignorância”. A exploração e a completa subjugação de povos, tribos e grupos inteiros aos interesses capitalistas e mercadológicos europeus eram realizadas sob o discurso bondoso da promoção do desen-volvimento – que, de fato, nunca ocorreu.

92.

a) A industrialização e urbanização crescentes na Europa do século XIX geraram demandas por alimentos produ-zidos em outras áreas. Com o deslocamento da mão de obra do campo para as áreas urbanas industriais, a população já não produzia o próprio alimento, fazendo com que as economias periféricas passassem a ser for-necedoras de matérias-primas básicas para abastecer a população urbana industrial.

b) O maior poder econômico da Europa industrial permitiu o acesso a novos produtos para alimentar a população. Os avanços tecnológicos da época permitiram o trans-porte e o armazenamento de novos alimentos vindos de áreas distantes, como África, América e Ásia. Tal processo melhorou a dieta da população europeia por permitir a superação das condições precárias do início da industrialização.

93.

a) O texto I defende o darwinismo social, ideologia difundi-da pelos europeus que procuravam justificar suas ações imperialistas como um dever, pois os mais civilizados e superiores, em termos raciais, teriam a missão de levar até os povos “menos desenvolvidos” (selvagens) a cul-tura e o progresso europeus.

b) O texto II, produção da corrente historiográfica orienta-lista, afirma que os europeus conheceram no Oriente muito da ciência e dos avanços técnicos que, posterior-mente, difundiram como fruto da civilização europeia.

94. O movimento histórico descrito no texto é o Imperialismo. De caráter expansionista, foi promovido pelas potências in-dustrializadas europeias durante o fim do século XIX e do XX. Os alvos foram as terras da África, o sul da Ásia e a Oceania. As potências imperialistas europeias visavam ob-ter matérias-primas, ampliar mercados consumidores e lo-cais para onde deslocar a população excedente na Europa.

IDEOLOGIAS DO SÉCULO XIX

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96 2ª. Série

95. Gabarito: a

Em 1824, o presidente James Monroe, em seu discur-so de posse, defendeu o fim das ações imperialistas de países europeus sobre o continente americano. Ele fa-zia referência especialmente aos ingleses. O slogan “A América para os americanos” correu a América Latina como se fosse um grito de defesa às novas nações que se emancipavam, entretanto, o interesse estadunidense era tão somente afastar os imperialistas europeus para que os próprios estadunidenses pudessem expandir suas áreas de influência política, econômica e territorial. São exemplos disso as políticas Big Stick, da Boa Vizinhança e do Dólar.

96.

a) A Marcha para o Oeste foi o movimento de expansão territorial promovido pelos colonos em direção ao Pa-cífico. O avanço territorial acabou por dizimar povos indígenas, além de incorporar territórios, por meio da compra ou da conquista dessas áreas do México, da França, da Espanha e da Rússia.

b) Difundida no século XIX, o Destino Manifesto era uma ideologia que pregava a missão dos colonos de difundir os ideais de liberdade e progresso em todos os territó-rios ocupados. Esse foi um dos argumentos utilizados

para justificar a anexação de territórios e a dominação de povos considerados inferiores.

97. Gabarito: a

A doutrina do Destino Manifesto defendia que os estaduniden-ses eram o “povo eleito” para tomar posse da “terra prometi-da” e levar o progresso a outras regiões, além de expandir ter-ritorialmente a nação. Thomas Jefferson, presidente dos EUA no começo do século XIX, defendeu o Destino Manifesto e, com base nele, a expansão dos colonos para o Oeste. Pode-se dizer que a doutrina era uma forma exacerbada de nacionalismo, que justificava a suposta soberania dos Estados Unidos.

98. Gabarito: b

A Guerra Civil estadunidense, também conhecida como Guerra de Secessão, foi causada em decorrência dos di-ferentes tipos de colonização e de sociedades formadas no Norte e no Sul. Enquanto o Norte era marcado pela vida urbana, pela utilização de mão de obra livre e pela econo-mia voltada à indústria e ao comércio interno, o Sul tinha uma sociedade rural e escravocrata, voltada à monocultura e ao latifúndio. A eclosão do conflito ocorreu com a vitória de Abraham Lincoln, representante do Partido Republica-no, cuja plataforma política foi a abolição da escravatura. A expansão para o Oeste em direção ao Pacífico também causou atritos entre os estados do Norte e os do Sul.

LA BELLE ÉPOQUE

99. Gabarito: a

As exposições universais que ocorreram no fim do sécu-lo XIX e início do século XX na Europa tinham por objetivo mostrar o desenvolvimento e a riquezas dos países repre-sentados. Os avanços científicos, as artes, os elementos exóticos adquiridos nas colônias eram os principais ele-mentos utilizados para demonstrar a pujança dos países industrializados e imperialistas europeus.

100. Gabarito: c

A Bela Época corresponde a um período, entre 1870 e 1914, marcado na Europa pela paz e pelo desenvolvimen-to. A Revolução Industrial possibilitou uma vida confortável para os que dispunham de meios para adquirir as novas invenções. Nesse período, estava ocorrendo o Imperialismo e grandes quantidades de riquezas afluíam para as metró-poles europeias.

101. Gabarito: c

A eletricidade foi um dos principais símbolos do progres-so trazido pela Revolução Industrial no fim do século XIX e

início do século XX. Os meios de comunicação e os trans-portes revolucionaram a vida das populações urbanas eu-ropeias. A burguesia foi beneficiada com todos os lucros proporcionados pelos frutos da produção industrial.

102. Gabarito: a

A Torre Eiffel foi construída para demonstrar ao mundo a capacidade da engenharia, especialmente da francesa. Com o tempo acabou por se transformar em um monumen-to da Bela Época e do progresso industrial das potências europeias.

103. Gabarito: b

A Torre Eiffel deveria ser desmontada, entretanto, isso não aconteceu, pois se tornou um símbolo do progresso técni-co-científico e também prova do desenvolvimento industrial francês. Surgiram grupos que passaram a lutar pela con-servação da Torre e ainda outros que queriam sua retirada. O escritor Guy de Maupassant almoçava todos os dias no restaurante localizado na Torre porque, segundo ele, era o único lugar de onde era possível avistar Paris sem avistar aquela construção horrível.

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97Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

REPÚBLICA NO BRASIL

104. Gabarito: b

A proclamação da República foi a consequência de toda a crise pela qual passavam o Império durante a segunda metade do século XIX. Os militares exigiam mais participa-ção na política, especialmente após a Guerra do Paraguai. A questão do trabalho escravo havia dividido opiniões: os fazendeiros do Rio de Janeiro não queriam a abolição para que não perdessem os seus investimentos e a mão de obra que movimentava as fazendas; os fazendeiros de São Paulo que queriam o incremento da mão de obra imigrante espe-ravam o fim da escravidão e consideravam que o imperador já havia demorado muito para deliberar sobre o assunto. A população, de modo geral, estava descontente com o alto custo de vida e ansiava por uma sociedade mais dinâmica e que atendesse às suas necessidades.

105. Gabarito: b

A data em que a letra da música foi escrita (1905) e a re-ferência a Osvaldo Cruz denotam se tratar do movimento popular ocorrido em 1904, no Rio de Janeiro, quando a po-pulação saiu às ruas contra a vacinação obrigatória.

Uma série de fatores gerou confrontos entre a população e os policiais nas ruas da capital do país: a obrigatoriedade da vacina, sem que fossem explicados às pessoas o objetivo e a importância da campanha e os seus benefícios; a realiza-ção brutal da campanha, em que sanitaristas praticamente invadiam muitas casas e obrigavam mulheres a se vacinar (a exposição feminina diante de homens desconhecidos não era tolerada na época); a destruição de cortiços e casas de cômodos para acabar com a proliferação de doenças; e as reformas urbanas promovidas pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, que modernizava a capital do país às custas da população residente nos cortiços do centro da cidade (os moradores eram trabalhadores de baixa renda). Com tais motivações, a população mais pobre do Rio foi às ruas entre 10 e 13 de novembro de 1904 contra a vacinação.

106. Gabarito: a

“O que é ser brasileiro”? Esse tipo de questionamento esta-va em pauta na década de 1920, quando artistas e intelec-tuais se voltavam para a origem do brasileiro. O que o defi-nia, quais eram suas raízes? O que compunha sua memória enquanto nação? Com base nessas indagações, a arte vol-tou-se para o resgate de elementos entendidos como for-madores da identidade nacional, usando, para isso, várias expressões da vanguarda artística europeia adaptadas à realidade brasileira. A arte modernista não visava favo-recer as classes trabalhadoras e a busca pela expressão nacional não se dissociou das expressões artísticas estran-geiras. A grande novidade desse período, começo do século

XX, é que tais influências foram questionadas, revisitadas e filtradas – e não mais apenas aceitas passivamente. É o Antropofagismo, representado, por exemplo, pelo quadro de Tarsila do Amaral, Abaporu (1928), que mostra “o homem que come”, simbolizando a apreensão e adaptação das in-fluências estrangeiras à realidade brasileira.

O verde-amarelismo foi um movimento criado por Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, em 1924, e que ia de encontro com as ideias do movimento antropo-fágico. Diferentemente deste, os verde-amarelistas eram mais conservadores e rechaçavam a influência estrangeira no país, idealizando um passado nacional.

107.

a) É possível citar o crescimento desordenado da cidade, que tinha em seu núcleo a presença de velhos casarões coloniais, em demasiado estado de deterioração, que serviam como cortiços. Muitas famílias superlotavam essas construções sem saneamento básico, que se tornavam também foco de epidemias de varíola, febre amarela e peste bubônica – bastante comuns na época e causadoras de um grande número de mortes.

b) Como capital da República, o Rio de Janeiro passou por grandes mudanças nas primeiras décadas do século XX. Economicamente, tornou-se um grande centro in-dustrial; seu porto, uma das principais entradas e saí-das de mercadorias. O prefeito Pereira Passos, no exer-cício da função entre 1902 e 1906, liderou a demolição dos cortiços do centro da cidade e a abertura de largas avenidas. O sanitarista Osvaldo Cruz liderou campa-nhas para a erradicação de algumas doenças como a febre amarela. A população expulsa do centro da cidade se acomodou nos morros próximos, causando a faveli-zação das encostas no perímetro do centro da cidade.

108. Gabarito: b

A produção cafeeira no Brasil, especialmente a praticada no estado de São Paulo, passou a fazer uso da mão de obra imi-grante por causa das leis antiescravagistas aprovadas a par-tir de 1845. O tráfico de escravizados africanos passou a ser mais escasso e a falta de mão de obra levou os fazendeiros a solicitar às autoridades campanhas de incentivo a vinda de famílias imigrantes para o Brasil. É importante salientar que a mão de obra imigrante era considerada mais especializada, além de exigir pouco investimento dos fazendeiros quando comparada aos investimentos necessários em escravizados.

109. Gabarito: b

Após a Proclamação da República, ocorreu um grande in-teresse por parte dos novos governos de trazer luz à histó-

LA BELLE ÉPOQUE

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98 2ª. Série

ria do Brasil, valorizando episódios e personagens. Como exemplo, pode ser citada a figura de Tiradentes, que passou a ser o mártir da Independência. Vitor Meirelles e outros pintores foram encarregados de produzir obras grandiosas cujos temas eram os episódios históricos de nossa terra. Na obra Moema é dado um caráter romântico ao contato entre indígenas e colonizadores.

110.

a) A escravidão foi relacionada ao Império, pois os republi-canos apoiavam a abolição da escravatura. Os republi-canos contribuíram nas relações entre a escravidão e o Império como forma de depreciar este último e valorizar a República como um período de “ordem e progresso”.

b) Questão militar é a denominação atribuída às diver-gências entre os militares e o imperador D. Pedro II. Os militares integrantes do Exército brasileiro eram repu-blicanos e desejavam a queda da monarquia.

111.

a) Durante os governos dos primeiros presidentes militares ocorreram as Revoltas da Armada, movimentos promo-vidos por integrantes da Marinha que desejavam impor a própria vontade. Na primeira Revolta, ocorrida em no-vembro de 1891, o objetivo era protestar contra o fecha-mento do congresso pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Na Segunda Revolta da Armada (1892), visava-se forçar Floriano Peixoto a convocar eleições para a presidência. A Revolução Federalista (1893-1895) ocorreu no sul do país e foi travada entre os que defendiam o governo autoritário de Floriano e os que desejavam mais auto-nomia para as unidades federativas. A Guerra de Canu-dos (1896-1897), no sertão da Bahia, foi causada pela fome e penúria que assolavam várias partes do territó-rio brasileiro. A criação do Arraial do Belo Monte causou temor nos proprietários de terras e nas autoridades que viam na figura de Antônio Conselheiro um inimigo da República.

b) Às Forças Armadas coube o papel de guardiãs da Repú-blica brasileira. Entretanto, é importante salientar que o Exército brasileiro era positivista e adepto da República, ao passo que os altos postos da Marinha eram monar-quistas.

112. Gabarito: d

O texto de Emília Viotti derruba a ideia muito presente em livros de História do Brasil de que a República foi um mo-vimento que ocorreu no calor do momento, sem nenhum planejamento. Os militares eram adeptos do positivismo e difundiam a ideia de que o progresso da nação ocorreria com o estabelecimento de uma forma de organização polí-tica mais democrática e representativa. A Guerra do Para-guai (1864-1870) aumentou ainda mais as pretensões re-publicanas quando os militares brasileiros travaram maior contato com países latino-americanos republicanos.

113. Gabarito: a

No fim do século XIX, a República era pensada pelos seus apoiadores como a solução para todos os problemas estru-turais que se arrastavam no Brasil desde o Período Colonial. Os republicanos acreditavam que as velhas estruturas vi-ciadas do Império não conseguiam lidar com questões bá-sicas, como a crise econômica, o problema da mão de obra, etc. A República era vista como uma solução mais “mo-derna”, que iria promover as mudanças necessárias para o progresso do país. Entretanto, os primeiros presidentes, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, causaram grande descontentamento quando tomaram medidas autoritárias, e os problemas pareciam não ter fim.

114. Gabarito: e

O “Movimento do pau-brasil”, apoiado pelos escritores, pelo poeta e pela pintora citados no texto, defendia uma reestruturação e uma tomada de novos rumos no Moder-nismo com adesão mais intensa ao nacionalismo.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

115. Gabarito: c

O Plano Schlieffen, desenvolvido pelos alemães, previa a invasão rápida da França pelo norte, contando com a maior parte de seu efetivo em tal investida. Em seguida, os ale-mães poderiam voltar sua atenção contra outro inimigo de peso, a Rússia. A tentativa, entretanto, não deu certo, uma vez que os alemães foram derrotados e não conseguiram mais avançar. A Guerra de Trincheiras fez parte da Grande Guerra, porém é incorreto afirmar que ela dominou todo o curso desse conflito. Na verdade, inicialmente desenvol-

veu-se a chamada guerra de movimento, para, em uma se-gunda etapa (mais longa), a guerra se tornar mais estática, com as trincheiras. O primeiro uso em larga escala de gás letal durante um conflito bélico ocorreu em Yprés, na Bél-gica, em 1915. Na ocasião, no dia 22 de abril, os alemães lançaram 160 toneladas de gás de cloro contra franceses e canadenses. Em poucos minutos, mais de cinco mil ho-mens foram mortos pelos efeitos do gás, que asfixiava as vítimas. Ainda que em janeiro do mesmo ano os alemães já tivessem tentado usar gases no front, Yprés destaca-se pela sua ocorrência “bem-sucedida”.

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99Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

116. Gabarito: d

As doenças endêmicas foram marcas dos dois conflitos mundiais, apesar de todo o avanço tecnológico e científico que ocorreu a partir da Revolução Industrial e, especial-mente, a partir do século XIX, e afetaram as aglomerações humanas provenientes da formação de exércitos e do des-locamento de populações civis. As péssimas condições sanitárias, a falta de alimentação e a presença de vetores levaram populações inteiras a contrair tifo e outras doenças contagiosas. Durante a Segunda Guerra Mundial, as doen-ças contagiosas mataram em larga escala principalmente nos campos de concentração e de prisioneiros.

117. Gabarito: d

O imperialismo promovido pelas potências industrializa-das no fim do século XIX e início do XX foi uma verdadeira corrida entre os países europeus que buscavam matérias--primas e mercados consumidores em continentes como a África, a Ásia e a Oceania. Essa disputa gerou uma séria crise política no continente e implicou o estabelecimento de alianças entre potências que tinham interesses em comum. Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, por exemplo, uniram forças porque almejavam ampliar seus territórios na Euro-pa e obter mais colônias. França e Inglaterra se uniram para fazer frente ao poderio bélico alemão.

118. Gabarito: c

O nacionalismo foi uma das ideologias que se difundiu na Europa durante o século XIX. Esse sentimento esteve pre-sente nas disputas por colônias e também nas trincheiras da Grande Guerra. Foi esse mesmo sentimento que levou os alemães a atender os apelos de Adolf Hitler por revanche.

119. Gabarito: b

Com o esforço de guerra, a Inglaterra – principal fornecedor

de importações para o Brasil –, foi obrigada a diminuir a venda de produtos para os países periféricos. O governo brasileiro viu-se então impelido a incentivar a instalação de indústrias que suprissem as principais necessidades do mercado interno brasileiro. Cabe salientar que ocorreu um surto de industrialização no Brasil durante o governo de Wenceslau Braz, porém, após o fim do conflito, a Inglaterra (com os Estados Unidos) voltou a ser o nosso maior for-necedor de produtos industrializados, fato que provocou a falência de muitas indústrias brasileiras.

120. Gabarito: d

A destruição causada pelo conflito superou as expectativas até mesmo dos mais pessimistas. Os novos meios de trans-porte deslocaram para as frentes de batalhas um número recorde de soldados. As novas armas possibilitaram o aba-timento de adversários por exércitos posicionados a distân-cias consideráveis. Por outro lado, entre os economistas, a recuperação dos países envolvidos no conflito chamou igualmente a atenção. Em menos de uma década, vários países conseguiram recuperar seus territórios, reconstruir as cidades e sanar a crise econômica. Cabe esclarecer que a Alemanha, sujeita às cláusulas do Tratado de Versalhes, exigiu mais tempo para alcançar sua plena recuperação.

121. Gabarito: d

A produção agrícola mundial caiu para menos de 1/3 da produção anterior ao conflito. Os dados oficiais apontam a morte de 20 milhões de civis. Os danos causados ao territó-rio e à infraestrutura dos países envolvidos foram imensos e nunca imaginados em tais proporções. Os Estados Unidos saíram enriquecidos, beneficiando-se de três fatores: não sofreram ataques no próprio território, realizaram comércio com os dois lados da guerra e receberam indenização pelos danos sofridos.

REVOLUÇÃO RUSSA

122. Gabarito: b

Os sovietes surgiram das associações de trabalhadores que formaram comitês para a luta por melhores condições de vida e de trabalho. “Todo o poder aos sovietes” era o discurso de Lenin a respeito do movimento socialista que chegou ao poder na Rússia em outubro de 1917. Entretanto, de acordo com o texto, ao tomar o poder, a cúpula do Partido Comunista passou a alijar as lideranças populares como forma de con-centrar poderes nas mãos dos líderes da revolução.

123. Gabarito: d

Ao tomar o poder em outubro de 1917, os bolcheviques im-plantaram o comunismo de guerra – política que objetivava

implantar medidas socialistas na economia russa e promo-ver a igualdade social. A Guerra Civil (1918-1921), travada entre os exércitos Branco e Vermelho, além da crise econô-mica em que se encontrava a Rússia, gerou o colapso das estruturas produtivas. Com o objetivo de “dar um passos atrás para dar dois à frente”, os bolcheviques implantaram a Nova Política Econômica (NEP) com o restabelecimento de algumas medidas capitalistas que, posteriormente, seriam eliminadas gradativamente.

124. O ano de 1917 na Rússia foi marcado por duas revoluções. Os dois movimentos foram promovidos por antigos inte-grantes do Partido Social Democrata Russo (POSDR), que, em 1903, dividiu-se em Bolcheviques e Mencheviques. A

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

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100 2ª. Série

revolução de fevereiro foi realizada pelos mencheviques (desejavam a passagem moderada para o socialismo), que assumiram o poder após a renúncia do czar Nicolau II, da dinastia Romanov. Instalou-se um Governo Provisório sob a condução de um primeiro-ministro que compartilhava po-deres com o Parlamento russo (Duma). Os mencheviques permaneceram no poder de fevereiro a outubro de 1917, sendo então retirados pela Revolução Bolchevique. O novo governo, de caráter revolucionário, realizou diversas ações para que o socialismo fosse implantado no país, entre elas, a execução da família imperial – como forma de evitar uma restauração monarquista; a retirada da Rússia da Grande Guerra; a nacionalização das propriedades agrícolas; o es-tabelecimento do fim da propriedade privada dos meios de produção; e a organização de comitês para o gerenciamen-to das fábricas.

125. Gabarito: d

Karl Marx e Engels propuseram o fim da propriedade priva-da e dos meios de produção. De acordo com a ideologia so-cialista, deveria ocorrer uma reforma agrária e a formação de propriedades comunais compostas de famílias campo-nesas. As fábricas e as atividades comerciais deveriam ser confiscadas pelo Estado, que criaria comitês de trabalhado-res para gerir os negócios.

126. Lenin denunciava os mencheviques de compactuar com os burgueses e de não realizar nenhuma mudança em prol da classe proletária. De acordo com Lenin, os mencheviques haviam se afastado dos princípios socialistas. Para acabar

com tal estado de impotência diante da crise econômica que grassava pela Rússia, Lenin propôs a realização de uma grande reforma agrária, a retirada da Rússia da Gran-de Guerra (conflito imperialista sem qualquer relação direta com a Rússia) e a distribuição de alimentos básicos para a população, que passava fome e frio. Os bolcheviques dese-javam ainda a nacionalização de toda a economia, a adoção de um governo gerido pelos sovietes e a difusão dos prin-cípios socialistas.

127.

a) Stalin desejava consolidar o socialismo na União Sovi-ética, resolvendo todos os problemas que ainda impe-diam a adoção de uma sociedade igualitária. Somente após a consolidação do socialismo da URSS, os bolche-viques deveriam oferecer apoio aos demais países que desejavam implantar o regime socialista.

b) Trotski, Comissário Geral do Partido Comunista, dese-java que a expansão do socialismo ocorresse de forma imediata para que a União Soviética não ficasse isolada.

c) Stalin e Trotski disputaram o poder após a morte de Lenin em 1924. A divergência quanto à expansão do socialismo foi o argumento utilizado para a disputa. Entretanto, o motivo principal eram as disputas pelo poder. Stalin levou a melhor e permaneceu como líder da URSS até 1953, quando faleceu. Trotski foi banido da União Soviética e passou por diversos países, sempre perseguido pela KGB. Morreu assassinado na Cidade do México em 1940.

O MUNDO ENTREGUERRAS

128.

a) Essa questão exige o estabelecimento de uma relação entre os dois indicadores: taxa de desemprego e produ-ção industrial. O gráfico indica a oscilação entre esses indicadores, sendo possível observar que o desempre-go aumenta quando há queda na produção industrial e vice-versa.

b) Entre os motivos para a Crise de 1929, ocorrida nos EUA e com alcance mundial, os candidatos poderiam enumerar: a superprodução agrícola e industrial sem o correspondente aumento no consumo; a recuperação econômica da Europa após a Grande Guerra e, conse-quentemente, a diminuição da dependência daquela região em relação aos produtos estadunidenses; a es-peculação na Bolsa de Valores, que, sem o devido lastro produtivo, resultou em sua quebra; o endividamento de empresas e proprietários rurais, que, diante do excesso de oferta, não puderam honrar seus compromissos.

129. Gabarito: d

Benito Mussolini chegou ao poder em 1922, após realizar a Marcha sobre Roma, obrigando o rei Vitor Emanuel a no-meá-lo chanceler. Pouco tempo depois, Mussolini passou a governar sozinho e implantou o Fascismo, um governo de extrema direita, autoritário e expansionista. A revanche contra as perdas sofridas na Grande Guerra, o retorno à grandiosidade do Império Romano e o expansionismo terri-torial eram os principais pontos defendidos pelo duce.

130. Gabarito: d

O fragmento oferece informações que não deixam dúvidas em relação à Crise de 1929: grande número de desempre-gados; escassa remuneração; menção ao nome do presi-dente Franklin Delano Roosevelt; referência aos Estados Unidos.

131. Os Estados Unidos, que não foram tão afetados pela Gran-de Guerra, passaram a superproduzir em todos os setores

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101Caderno de Atividades / Livro do Professor

História

da economia para vender aos países enfraquecidos pelo conflito e permaneceram neutros durante a maior parte da guerra. Contudo, em 1917, o governo estadunidense decla-rou guerra aos países da Tríplice Aliança. Lutaram poucos meses e venceram o conflito ao lado da França e da Ingla-terra. Receberam indenizações de guerra e, como não ha-viam sofrido ataques no próprio território, passaram a pro-duzir para vender aos países que tiveram suas economias afetadas pelo confronto. Durante a década de 1920, os países europeus começaram a reconstruir suas estruturas e a recuperar suas economias. Os estadunidenses, no en-tanto, permaneceram com suas superproduções voltadas às vendas para Europa. Mesmo com as advertências das autoridades (a legislação estadunidense era muito liberal e não permitia a intervenção do governo na economia), a produção continuou em altos níveis. Essa situação, aliada à especulação financeira, acabou gerando a mais séria crise da história dos Estados Unidos.

132. Gabarito: a

As décadas de 1920 e de 1930 foram marcantes para o sé-culo XX por conta das grandes mudanças e transformações políticas e sociais que ocorreram. Com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 24 de outubro de 1929, o liberalismo e o capitalismo foram postos em xeque, pois vários países en-traram em uma séria crise econômica a partir desse evento (o que reforçou os movimentos políticos já existentes na Itália e na Alemanha, por exemplo, mas também vistos em menor escala na Espanha e em Portugal nos anos seguin-tes). Assim, o panorama europeu, que estava sensibilizado no começo da década de 1920 em decorrência das conse-quências da Grande Guerra (1914-1918), enfrentou nova-mente um contexto de crise e desvalorização econômica, engrandecendo a causa dos partidos de extrema direita.

133. Gabarito: e

Juan Carlos assumiu o trono espanhol em 1975. A Espanha vivia, desde 1939, sob o controle do General Franco, que venceu a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e instaurou um governo ditatorial no país. No fim da década de 1960, já enfraquecido, Franco indicou Juan Carlos como seu su-cessor oficial (ignorando a linha sucessória que indicaria o pai de Juan Carlos, Juan de Bourbon, ao trono). Juan de Bourbon rompeu com o filho. Este, por sua vez, ganhou o tí-

tulo de Príncipe da Espanha e aproximou-se, cada vez mais, de Franco. Para o General Franco, Juan Carlos promoveria uma transição suave à democracia no país, ainda que, na verdade, fosse um verdadeiro seguidor do franquismo. Logo após a morte do general, Juan Carlos percebeu que manter os moldes franquistas na Espanha era tarefa insustentável e, gradativamente, assumiu, de fato, uma postura mais de-mocrática, permitindo, por exemplo, a atuação de partidos políticos no país ainda na década de 1970. Era o início da redemocratização espanhola.

134. Os Tratados de Versalhes e de Saint-Germain foram cria-dos em 1919, ao fim da Grande Guerra, com imposições aos países derrotados. O Tratado de Versalhes foi imposto à Alemanha, e o Tratado de Saint-Germain-en-Laye, à Áustria. Com a anexação da Áustria pela Alemanha nazista, Hitler passou a exigir a revogação dos dois tratados. Os nazis-tas impuseram o arianismo, ou seja, a teoria que pregava a superioridade da raça ariana. Baseados nessa premissa, determinaram que todos os não arianos não seriam consi-derados cidadãos alemães e que, para permanecer em ter-ritório alemão, deveriam se sujeitar às ordens do III Reich.

135.

a) Os cartazes referentes à Guerra Civil Espanhola (1936--1939) permitem verificar os dois grupos que lutaram no conflito e os países que auxiliaram esses grupos. O primeiro cartaz apresenta o General Francisco Franco, integrante da Falange, grupo de extrema direita que ha-via perdido às eleições de 1936 para a Frente Popular de esquerda. No cartaz a suástica nazista comprova o apoio fornecido por Hitler a Franco. Além da Alemanha nazista, também a Itália fascista apoiou as falanges. O exército popular que defendia a legalidade das eleições foi apoiado pela União Soviética, fato comprovado pela foice e o martelo destacados no capacete do soldado. Vários países enviaram homens e material bélico para a formação das brigadas internacionais, visando defen-der o governo de esquerda de Manoel Azaña.

b) Francisco Franco era partidário da extrema direita e de-sejava implantar um governo totalitário e expansionista na Espanha. A Frente Popular, por sua vez, almejava im-plantar um governo de esquerda e a realização de uma ampla reforma agrária.

O MUNDO ENTREGUERRAS

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