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NÚMERO 63 DATA 27/09/2012 ANO I

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NÚMERO63

DATA27/09/2012

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Faltava pouco para Felipe alcançar o meio-fio naquela noite de julho de 2004. Diante de dois amigos já na calçada, o moço, de 21 anos, sucumbiu, atingido pelo carro de passeio. Recorte triste, mancha no asfalto da Avenida Cristiano Machado, na Região Norte de Belo Horizonte. Hoje, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, não é data qualquer para Rose Mary Guira-do, de 58, doadora e mãe de Felipe, doador, que sonhava ser professor de educação fí-sica. “É duro… a ausência dói muito. Mas tenho o conforto de saber que a vida dele não foi jogada fora”, emociona-se. Rose conta que o filho, garoto, aos 14, já havia decidido ser doador. “Na época falava-se muito pouco no assunto e ele chegou para mim e disse que queria ser doador e que queria que isso estivesse escrito na carteira de identidade dele. Apesar de toda a triste-za, alegra-me ter feito a vontade dele”, sorri em arco miúdo, saudade de quem ama.

Da vida nova com o infortúnio de Feli-pe para cá muitas mudanças. O crescimento em número de doações, segundo dados do MG Transplantes, chegou a 347% – de 3,6 doações por milhão de população (pmp) registrados no fim do primeiro semestre de 2006, o MG Transplantes saltou para 12,5 captações pmp no primeiro trimestre de 2012. Resultado celebrado pelo governo do estado de Minas Gerais, que promove encontro hoje no Canal Minas Saúde, na Rua Sapucaí, 429, no Bairro Floresta. Em Brasília, às 10h, o Ministério da Saúde apresenta balanço anual e lança campanha publicitária para estímulo à doação. Para o transplantado Adolpho Von Randow Neto, de 58, o grande entrave ainda é a cultura da família brasileira, que trata o assunto como tabu. “De um lado temos o sucesso, a evo-lução da medicina, com tecnologias que fa-vorecem o transplante. De outro, a dificul-dade dos familiares em lidar com a decisão da doação”, avalia.

Em 2007, depois de três anos na fila de espera e muito sufoco provocado por cirro-se hepática, Adolpho recebeu novo fígado. Diz ter presenciado, ainda no CTI do Hos-pital das Clínicas, um dia depois do trans-

plante, cena que despertou a sua atenção: “Havia uma mulher com morte encefálica declarada pelos médicos, ao meu lado, e a família dizendo que o pastor iria salvá-la. Que não autorizava a doação”. Pronto para recomeçar a vida depois de período sofrido de internações, sangramentos, limitações e regras, recuperado, o aposentado, presiden-te da Transvida MG, passou a se dedicar ainda mais a trabalhos sociais voltados para a conscientização da sociedade. Em 2010, o técnico em telecomunicações criou a figura do “transplantador social” – um agente vo-luntário, que atua como propagador da im-portância da doação de órgãos. Já são mais de 100 em rede, espalhados pelo Brasil.

Adolpho, também integrante do Con-selho Municipal de Saúde, diz “emocionan-te” o encontro do último sábado no Parque Municipal, quando dezenas de transplan-tados celebraram a nova oportunidade de vida e protestaram contra a fila de espera em Minas Gerais, com 2.418 inscritos (nú-meros do dia 21). “Muito comoventes os depoimentos das pessoas. Fica a mensagem de que a morte pode não significar o fim. A linha da vida pode não ser interrompida. E isso, por meio da doação de órgãos”, de-fende. Ana Paula Tomaselli, de 27, doado-ra, considera de grande importância poder contribuir para a expectativa de vida do ou-tro. Conta que desde que passou a conviver com transplantados por meio do Transvida MG ganhou um novo olhar sobre o assun-to.

FALTA DE INFORMAÇÃO Outra doadora, Luciane Marazzi, de

34, conta que desde muito cedo, em família, tomou consciência da importância da doa-ção de órgãos. “Tinha uns 13 anos. Fui fazer a minha identidade e minha mãe colocou no documento que eu não era doadora. E aquilo mexeu comigo. Em casa, falei para a minha família que eu queria sim ser doado-ra”, relembra. Recentemente, em campanha do Ministério da Saúde nas redes sociais da internet, Luciane conta com orgulho ter se inscrito doadora “no primeiro dia”. “O pre-conceito com a doação de órgãos vem da falta de informação”, considera.

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Ato nobre, que perpetua a vida Hoje, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, Minas

celebra o aumento das captações em 347% desde 2006

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eRRo FAtAl

Idosa recebe glicerina na veiaLuana Cruz e João Henrique do ValeUma mulher de 80 anos morreu na Santa Casa de Misericórdia São Vi-

cente de Paula de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, vítima do erro de uma técnica de enfermagem, que aplicou glicerina na veia da paciente. Vicentina Martins Leal deu entrada no pronto-atendimento da ci-dade no dia 15, com problemas intestinais, e foi transferida para a Santa Casa no dia seguinte. A Polícia Civil já abriu um inquérito para investigar o caso.

De acordo com o filho da vítima, o publicitário Itamar dos Reis Leal, a mãe ficou sob cuidados médicos na enfermaria, acompanhada de outro filho. No dia 20, por volta das 11h, o acompanhante notou que havia sido incluído um frasco diferente no lugar do soro. O filho pensou que fosse vitamina, por-que a mãe estava muito debilitada. Por volta das 14h30, Itamar foi chamado ao hospital pelo irmão, após receber a informação de que a mãe havia sido transferida para a UTI.

Ao chegar à Santa Casa, o publicitário ficou surpreso com a movimen-tação de enfermeiros, médicos e diretores do hospital no quarto onde estava a mãe. “Fui procurado pelo médico da UTI informando que minha mãe teve parada cardiorrespiratória e que estavam tentando reverter o quadro. Pedi-ram para eu ficar no local para falarem comigo”. Segundo Itamar, por volta das 16h30, a equipe saiu do quarto e informou que Vicentina havia morrido. “Pedi para ver o corpo, ela estava entubada na maca e me despedi. Então, o médico informou que a minha mãe havia morrido pelo erro de uma técnica de enfermagem, que havia administrado um medicamento indevido. Ele disse ainda que a funcionária estava afastada e iriam investigar o caso”, contou.

Dois dias depois, a família procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência. De acordo com Itamar, segunda-feira o hospital repassou todos os documentos sobre o caso, com relatório de prontuário, onde está descrito o procedimento da técnica de enfermagem. Segundo o filho, a solução de glicerina a 12% administrada na veia deveria ter sido aplicada por sonda retal para ajudar na lavagem intestinal.

A coordenadora de Enfermagem da Santa Casa, Lúcia Helena Rosa San-tos, confirmou o erro da funcionária e disse que ela foi afastada imediatamen-te. Segundo Lúcia Helena, a profissional tem cerca de dois anos de experiên-cia e nunca teve problemas. Conforme a coordenadora, não foram omitidas informações para a família. “Infelizmente, o medicamento foi junto com o soro. Esse caso deixou todo mundo muito triste aqui”, disse. Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. O delegado Edson de Senna aguarda o resultado da necropsia e já solicitou todo o prontuário do atendimento do hospital. Após a chegada dos documentos, as testemunhas serão convocadas para prestar depoimento. O Estado de Minas tentou contato com o diretor do hospital, mas foi informado de que ele estava viajando e não poderia falar do assunto ontem.oUtRoS cASoS

Em abril, Alan Breno, de 2, ingeriu ácido em vez de sedativo e o bebê Davi Emanuel de Souza Lopes, de 4 meses, recebeu de leite de vaca na veia. Os dois casos ocorreram em BH. Dados do Conselho Regional de Enferma-gem de Minas Gerais (Coren/MG) mostram que denúncias de má conduta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem estão aumentando. Em 2010, foram 127 denúncias, contra 153 de 2011, um aumento de 20,4%. O Coren ainda está levantando os dados deste ano.

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MINAS GERAIS , 27 3SAÚDE

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MOBILIZAÇÃO - -

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Minas é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos

Nos últimos cinco anos, número de doações mais do que triplicou no Estado

Secretaria promove em Valadares oficina do Programa Mães de Minas

VIVA VIDA -

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Participaram membros do Comitê em Defesa da Vida, do Centro Viva Vida e do Conselho Municipal de Saúde