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XX 167 03/09/2012 * A escalada da violência eleitoral - p.06 * JUSTIÇA FAZ FILA NO BANCO DOS RÉUS - p.13 * A Lei de Acesso à Informação pegou - p.34

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Clipping Geral Eletrônico

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XX 167 03/09/2012

* A escalada da violência eleitoral - p.06

* JUSTIÇA FAZ FILA NO BANCO DOS RÉUS - p.13

* A Lei de Acesso à Informação pegou - p.34

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JOrNAl DA MANhã - Mg cONAMp - 03.09.2012

Promotor orienta população a

fiscalizar conduta de candidatos

Depois que diligências do Minis-tério Público Eleitoral encontraram ca-valetes e placas com propaganda elei-toral colocadas em rotatórias e ilhas em cruzamentos nas ruas de Uberaba, oferecendo risco e transtorno a pe-destres e motoristas, o promotor José Carlos Fernandes Júnior orienta que a população tem o direito e o dever de fiscalizar a conduta de candidatos nesta eleição, bem como de denunciar desrespeitos e abusos.

O promotor ressalta que a comu-nidade tem dois caminhos para forma-lizar a sua denúncia. “Pode compare-cer a um dos Cartórios Eleitorais ou à própria Promotoria Eleitoral, que fica no pátio da igreja São Domingos. Ou também pode fazer a denúncia através da internet. É importante a sociedade saber que nós temos um site do Mi-nistério Público que é o www.mp.mg.gov.br”, revela. Ele explica que no canto esquerdo inferior da página se vê o ícone “Denúncia”, clicando nes-se ícone abre-se uma outra página que oferece diversas opções, entre elas “Denúncia Eleitoral”.

“Neste link, é possível a popula-ção, do conforto de sua residência ou do trabalho, fazer uma reclamação ou sugestão de trabalho. A sociedade tem criatividade e é importante que pas-se suas ideias à Promotoria Eleitoral. Essa reclamação, ideia ou denúncia será encaminhada ao promotor com esta atribuição, mas é importante de-talhar o máximo possível a infração para facilitar aos promotores a possi-bilidade de tomar providências, iden-tificando o local e os autores. Este é um dos caminhos mais rápidos para se repassar as denúncias ao Ministério Público”, frisa José Carlos Fernandes Júnior.

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pauta

Volta ao trabalho é promessa

Especiais

Homenagens ocupam plenário

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A Justiça de Minas Gerais quer driblar a histórica morosida-de no julgamento dos processos de crimes dolosos contra a vida e vai levar ao banco dos réus do tribunal do júri 201 pessoas acu-sadas de homicídios e tentativas de homicídio praticados em Belo Horizonte. Os casos são referen-tes a processos que tiveram início em 31 de dezembro de 2008 e são considerados atrasados pela Es-tratégia Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. Eles serão julgados em um mu-tirão que terá início no próximo dia 10 e se estenderá até 14 de dezembro, paralelamente às cer-ca de 130 pronúncias de sentença esperadas para serem feitas nor-malmente pelos dois tribunais do júri da capital até o fim do ano.

Com os julgamentos, o Tri-bunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) espera tirar da fila pelo menos 50% dos inquéritos por homicídio fora do prazo, número que hoje chega a 400 processos em tramitação. Dos 130 que se-rão julgados na pauta normal dos dois tribunais do júri, somente parte poderá ajudar a reduzir esse déficit, já que casos de presos provisórios e preventivos tam-bém são levados a júri na pauta normal.

A força-tarefa terá duas se-des. Entre 10 de setembro e 14 de dezembro, um júri será marcado por dia no salão nobre na unidade Centro do Tribunal de Justiça, na Rua Goiás. No período entre 29 de outubro e 30 de novembro, a iniciativa terá reforço, com a re-alização de seis júris diários na sede da Universidade Fumec, na Rua Cobre, Bairro Cruzeiro, Re-gião Centro-Sul da capital. Ao

todo, a instituição de ensino rece-berá 132 dos 201 julgamentos. Já a partir deste mês, os juízes das duas varas do Tribunal do Júri da capital começam a analisar os cerca de 200 processos do saldo remanescente distribuídos até 31 de dezembro de 2008, para ava-liar a necessidade de marcar um novo mutirão já no primeiro se-mestre de 2013.

A estratégia de apressar o jul-gamento dos processos, conforme o coordenador do programa No-vos Rumos do TJMG, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, busca dar efetividade ao tribunal do júri de Belo Horizonte. “Não trata de fazer perseguição, absolver ou condenar, mas sim de dar respos-ta ao andamento processual”, diz. Os crime de homicídio, frisa, en-volve casos que geralmente cho-cam a sociedade, abalam famílias, que ficam anos à espera da data para marcação do julgamento, as-sim como os acusados. “As pes-soas ficam com a expectativa de uma solução e a incerteza quan-to ao júri é um sofrimento. Gera sensação de impunidade. Quere-mos dar uma resposta a esses cri-mes. Dar efetividade ao processo. E ao acusado, dar a chance de se defender”, ressalta o juiz, dizen-do que o critério de escolha foi objetivo e justo, levando em con-sideração o tempo do processo.

Atualmente, a maior parte dos réus que serão levados ao mutirão está solta nas ruas, como explica Santos. “A estimativa é de que apenas uma pequena par-cela deles esteja na prisão, mas detidos por outro motivo que não o crime pelo qual serão julgados no mutirão.”

A situação de liberdade em

que se encontram responsáveis por homicídios é considerada fator importante para acelerar os julgamentos, como avalia o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz. Segundo ele, soltos, os assassinos exercem interferência direta nos índices de criminalidade. “Precisamos obter as condenações devidas e recolher os indivíduos senten-ciados, tanto para resolver esse passivo de julgamentos em Belo Horizonte quanto para obter o caráter pedagógico da medida, que tem efeito direto na redução da ocorrência de crimes”, afirma o secretário. A aceleração nos júris, avalia Ferraz, desencadeia um efeito cascata: “Desse modo, poderemos acelerar o julgamento dos homicídios mais recentes e evitar atrasos na pauta”.

Ele diz ainda que a falta de condenações, tanto na capital quanto no interior, prejudica a contenção do número de homicí-dios. Citando cidades como Mon-tes Claros (Norte), Ipatinga (Vale do Aço), Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e Uberlândia (Triângulo Mineiro), o secretário argumenta que a falta de recolhi-mento dos criminosos afetou as estatísticas da criminalidade nos últimos meses.

Chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil, o delegado Wagner Pinto destaca ainda a participação de assassi-nos não condenados no tráfico de drogas. “A prisão de pessoas que cometeram homicídios e que têm envolvimento articulador em gangues do tráfico surte um efeito muito grande, já que, sem elas, o grupo fica enfraquecido”, afirma o delegado.

Justiça faz fila no banco dos réus Mutirão tenta levar a júri mais de 200 acusados de homicídios e tentativas em BH. Expectativa é botar atrás

das grades assassinos que estão soltos

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Valquiria LopesOs processos de crimes

dolosos contra a vida em tra-mitação no Tribunal de Jus-tiça de Minas Gerais enfren-tam um longo caminho até serem concluídos. Os julga-mentos em Belo Horizonte têm hoje pauta de marcações para até 2015 e pelo menos 400 processos em atraso. A lentidão é provocada, de acordo com o promotor Francisco Santiago, do 2º Tribunal do Júri, pela discre-pância entre a quantidade de assassinatos e de tentativas de homicídios na capital na comparação com a estrutura para julgar esses crimes. En-quanto a cada mês Belo Ho-rizonte registra média de 60 homicídios – sem contar os tentados –, a Justiça é capaz de pronunciar as sentenças de apenas 30 processos por mês.

Vista como estratégica para aliviar a fila de pro-cessos de homicídios que aguardam julgamento, o mu-tirão para 201 júris marcado para este semestre é alvo de críticas de quem atua no dia a dia com os inquéritos. Na avaliação do promotor Fran-cisco Santiago, a medida soa como paliativa para uma de-manda urgente: a ampliação das varas de júri em Belo Horizonte. Atualmente, a ca-pital conta com duas cortes que julgam crimes dolosos contra a vida, número que deveria chegar a pelo menos cinco, na avaliação do pro-

motor.“Sou contra a realização

de mutirões, porque o que o deveria ser feito é a cria-ção de pelo menos mais um tribunal do júri, com estru-tura própria, funcionários, promotores, juízes, jurados, varas e secretarias”, cobra Santiago, explicando que paliativos não vão resolver um problema que se tornou histórico. Ele diz que a es-trutura de Belo Horizonte está bem aquém da realida-de de outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo. “Não adianta usar a estrutu-ra que temos para dar uma mão”, frisa.

Ele sugere ainda que a estrutura física do 1º Tribu-nal do Júri seja dividida para implantação da terceira cor-te. A medida, segundo o pro-motor, já aliviaria a sensação de impunidade que fica após os crimes. “As pessoas ma-tam e parece que nada acon-tece, porque os julgamen-tos demoram 10, 12 anos, e ninguém é condenado pelo crime. Temos que ter mais celeridade nas sentenças”, ressalta.

Pouco otimista com o efeito prático do julgamento coletivo, o promotor afirma que o resultado da medida terá pouco tempo de dura-ção. “Já fizemos mutirão antes e tivemos um retorno positivo, mas meses depois a fila de processos estava do mesmo jeito. Agora será a mesma coisa e em seis

ou sete meses a rotina será a mesma e aí o tribunal vai fazer um novo mutirão”, cri-tica.rEgIONAIS

O chefe do Departamen-to de Investigações da Polí-cia Civil, delegado Wagner Pinto, diz que, além de serem ampliados, os tribunais de-veriam ser descentralizados na cidade. “O ideal é que te-nhamos um tribunal em cada região da cidade. Assim, promotores e juízes iriam conhecer de perto quem são os assassinos de cada área, como atuam e qual é a pe-riculosidade de cada um”, ressalta. Com apenas duas cortes, o delegado afirma ser impossível dar conta do vo-lume de crimes contra a vida praticados na capital.

A demanda por novas varas do júri não é novidade e, de acordo com a assesso-ria de imprensa do TJMG, a implantação de novos tri-bunais já consta no planeja-mento estratégico previsto para ser executado até 2015. De acordo com o coorde-nador do programa Novos Rumos do TJMG, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, um relatório sobre a atual si-tuação dos julgamentos será feito ao fim do mutirão para avaliar a necessidade de am-pliação das varas. O estudo será analisado pelo tribunal e apresentado à Assembleia Legislativa, responsável pela elaboração e aprovação de novos equipamentos.

rEpOrTAgEM DE cApA

Lentidão leva à impunidade Pauta de julgamentos na capital já se estende a 2015, com pelo menos 400 processos em atraso. Ministério Público defende a ampliação, de dois para cinco, dos tribunais do júri

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Guilherme Paranaiba e Cristiane SilvaPelo menos quatro pessoas morreram ontem em acidentes nas

estradas que cortam Minas, o que elevou para 18 o número de vítimas do trânsito apenas nos dois primeiros dias de setembro. No primeiro desastre de ontem, duas carretas bateram de frente no Km 154 da BR-153, em Prata, no Triângulo. De acordo com os Bombeiros, relatos de testemunhas dão conta de que o motorista de um dos veículos trafe-gava pela contramão. Com o acidente, as carretas pegaram fogo e o condutor de uma delas, Luiz Carlos de Carvalho, de 47 anos, morreu carbonizado.

No Sul de Minas, no Km 394 da MG-050, em São Sebastião do

Paraíso, o passageiro de um carro de passeio morreu depois de ser lan-çado para fora do veículo que capotou, de madrugada. Já na parte da manhã, às 8h, um Ecosport e um Gol bateram de frente na MGC-135, em Mirabela, Norte de Minas, e o condutor do primeiro carro morreu.

Em Neves, Grande BH, uma pessoa morreu e outras duas se feri-ram em dois acidentes envolvendo motocicletas. Segundo PM, o pri-meiro deles ocorreu no Bairro Veneza. Maria Aparecida Costa Parreira, de 52, passava pela Rua Dionísio Gomes quando foi atropelada pela Honda conduzida por Ricardo Nunes dos Santos, de 19, que sofreu traumatismo craniano. O outro acidente aconteceu no Bairro Fazenda Lages e vitimou o motociclista José Flávio Salgado, de 46.

TrâNSITO

Setembro começa violento

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Vizinhos poderão se proteger pela internet

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DE SÃO PAULO - O MPD (Movimento do Ministé-rio Público Democrático), associação que reúne promotores e procuradores de 22 Estados, realiza amanhã o seminário “Controle da Corrupção”, em São Paulo.

O evento faz parte da campanha Não Aceito Corrupção, lançada pelo MPD em junho.

Segundo o promotor de Justiça Roberto Livianu, dire-tor-executivo da entidade, as ações têm como objetivo “res-gatar a capacidade de indignação da sociedade sobre o efeito

devastador da corrupção”.Os debates terão a participação de magistrados, pesqui-

sadores, advogados e jornalistas. O primeiro -Papel das Ins-tituições no Controle da Corrupção- será coordenado pelo corregedor-geral do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini. O segundo painel, chamado Transparência e Cultura da Corrupção, será liderado por Livianu.

A programação completa do encontro está disponível no site www.mpd.org.br.

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Promotores e procuradores organizam seminário sobre combate à corrupção

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JULIANA GONTIJOUma prática comum entre as administradoras de condomí-

nio em Belo Horizonte, que é a cobrança da 13ª parcela pelos ser-viços prestados, é condenada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “A lógica de qualquer negócio é que a re-muneração é devida com base no serviço prestado. Se não existe 13º mês de serviço feito por uma empresa, não há porque pagar. A empresa só tem direito de receber pelo serviço que prestou”, ressalta a gerente jurídica da entidade, Maria Elisa Novais.

Ela observa que o pagamento do abono natalino, mais co-nhecido como 13º salário, é diferente, pois é regido pelas leis trabalhistas. “Não é uma prestação de serviço, como acontece entre a administradora e o condomínio”, frisa.

Nilza da Costa Campos Marcondes critica a postura da em-presa que administra o seu condomínio, a DNK Administradora e Serviços Ltda, que cobra 13 meses em um ano. “Não concordo com a cobrança de mais uma parcela. Afinal, administradora não é funcionária, ela presta serviço”, reclama. O condomínio Jardins do Ipiranga, onde Nilza mora e que é administrado pela DNK, tem cinco funcionários, sendo quatro porteiros e uma faxineira. Nilza conta que não sabia da cobrança, que não vinha discrimi-nada na prestação de contas. “Foi a minha filha que descobriu ao ter acesso ao contrato. Eu paguei o condomínio durante anos sem saber”, diz.

Para a dona de casa, é importante que as pessoas saibam o que estão pagando. “Acredito que muita gente, assim como eu, não sabe disso. Conversei com a síndica, que disse que isso é uma prática comum no mercado”, ressalta.DIvErgENTE

A questão é polêmica e não há um consenso sobre o assunto. Há especialistas que defendem que a prestação de serviço da ad-ministradora ao condomínio é puramente contratual, e, portanto, a cobrança é legal; outros acreditam que esta relação é de con-sumo, logo, deveria ser regida pelo Código de Defesa do Consu-midor (CDC), que proíbe cobrança em meses em que o serviço não foi prestado.

A gerente jurídica do Idec, Maria Elisa, acredita que não é possível eliminar a aplicação do CDC. “A relação entre adminis-tradora e condôminos é de consumo. Já entre administradora e condomínio é possível questionar. De toda forma, sendo relação de consumo ou cível, defendo que deva prevalecer a lealdade da prestação, ou seja, não se pode cobrar por um serviço que não está sendo oferecido”, frisa.

O presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Kênio Pereira, também defende que a empresa só deve cobrar e, logo, receber pelo ser-viço prestado. Ele ressalta que ficou espantado com a postura da administradora, que considera abusiva. “A questão envolve um serviço prestado mensalmente, não é um produto que pode ser financiado em diversas prestações”, diz.

O sócio da Laktim Predicon Ary Resende afirma que a em-presa cobra seus serviços para os 67 condomínios que administra na capital mineira em 12 parcelas. “Não posso cobrar do condo-mínio uma mensalidade extra. Afinal, o ano não possui 13 meses. As administradoras que fazem isto, na verdade, estão transferin-do parte dos seus custos para os seus clientes”, ressalta.

Ele afirma que a cobrança é comum entre muitas adminis-tradoras no mercado. Para o empresário, a prática pode não ser ilegal, mas pode ser considerada imoral.

Belo HorizontePrática é comum no mercado, apesar das reclamaçõesÉ disseminada a adoção da 13ª parcela pelas administrado-

ras de condomínio, segundo o sócio da GW Administração de Condomínio, Gilberto Vespúcio. “A cobrança é legal, prevista em contrato. Isso se deve ao aumento de serviço que, no final do ano, chega a dobrar”, diz.

Ele explica que a última parcela cobrada dos condomínios é baseada em 30% do valor do contrato, o que não é comum no mercado. “A maioria das administradoras cobra 100% do valor do contrato”, frisa.

O vice-presidente do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG), Leonardo Mota, con-firma a prática, que é amparada pelo Conselho Regional de Con-tabilidade (CRC). “Isso é fruto do acúmulo de trabalho no fim do ano. Legalmente pode ter a 13ª parcela, desde que prevista no contrato”, diz.

Ele ressalta que boa parte do trabalho das administradoras, em torno de 80%, é basicamente serviços contábeis. “E para pres-tar tal serviço é necessário ter registro no CRC”, observa.

Já a assessora jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Maria Elisa Novais defende que a cobrança é indevida e pode ser questionada na Justiça, inclusive com o pedi-do de ressarcimento pelos pagamentos já feitos. “É um absurdo você pensar que custeou um mês a mais que não existe”, diz.

Ela aconselha aos condôminos que procurem se informar sobre a prática da administradora e, se confirmada, devem recla-mar dela. O primeiro passo, conforme Maria Elisa, é procurar o síndico e pedir para que ele tome alguma providência. Caso ele não faça nada, o condômino pode pedir uma assembleia para abordar o assunto. (JG

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Ano dura 13 meses para administradora de condomínioNão há consenso sobre o assunto e cobrança, na prática, pode ser feita

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