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XX 172 07/09/2012 * Juízes acumulam ações e erros - p.05 * STJ condena banqueiros pela primeira vez - p.09 * TCU acusa rombo de R$ 26 milhões - p.17

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Clipping Geral Eletrônico

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XX 172 07/09/2012

* Juízes acumulam ações e erros - p.05

* STJ condena banqueiros pela primeira vez - p.09

* TCU acusa rombo de R$ 26 milhões - p.17

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Uma velha prática adotada pelos vereadores mineiros está com os dias contados: a aprovação de normas reajustando o salário deles depois das eleições. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE) encaminhou ontem pela manhã aos 853 presidentes de câmaras municipais ofício comunicando a aprovação pelo órgão de um docu-mento com 14 regras para os vencimentos e verbas pagas aos parla-mentares na legislatura de 2013 a 2016, incluindo uma que determina a fixação do salário até 7 de outubro deste ano – data das eleições. Quem não cumprir a regra corre o risco de ter a legislação suspensa, responder a ação judicial e ainda pagar multa.

A Constituição federal diz que os reajustes de salários devem ser feitos numa legislatura e só passar a valer na seguinte. Isso para evi-tar que os vereadores beneficiem a si próprios. No entanto, ao deixar para discutir o assunto no final do mandato, os parlamentares, muitos deles já reeleitos, acabam evitando o desgaste de aumentar os venci-mentos em plena campanha. “Com essa regra que já foi estabelecida em uma consulta ao TCE, acreditamos que vamos realmente evitar que eles legislem em causa própria”, explica Micheli Ribeiro Massi Dorella, diretora em exercício da Diretoria de Controle Externo dos Municípios.

De fato, ao analisar uma consulta apresentada pela Câmara Mu-nicipal de Lagoa da Prata, Centro-Oeste de Minas, os conselheiros entenderam que os subsídios podem ser fixados por lei ou resolução, “desde que respeitados os comandos da anterioridade e da fixação até as eleições municipais”, defendeu em novembro de 2010 o relator da consulta, conselheiro Sebastião Helvécio. Quatro anos antes, o hoje presidente do TCE, Wanderley Ávila, determinou o ressarcimento aos cofres públicos de valores recebidos a título de subsídios porque os

vereadores de Lagoa da Prata haviam aprovado aumento salarial de-pois do pleito.

“Na hipótese de todos ou de a maioria dos vereadores serem re-eleitos, a fixação após as eleições implicaria em legislar em causa própria e, caso fosse reeleita apenas a minoria, ou nenhum dos então vereadores, poderia haver fixação de subsídios em valor baixo, por ra-zões políticas”, argumentou Ávila. Outra prática que se tornou vedada foi o estabelecimento de percentuais para a determinação do valor. Como a Constituição federal determina que os vereadores podem re-ceber entre 20% e 75% do que é pago aos deputados estaduais – índice que varia de acordo com a população –, muitas câmaras adotavam esse critério para garantir reajuste automático em caso de variação salarial na Assembleia Legislativa.

“O percentual sobre o subsídio dos deputados estaduais é, ao lado de outros critérios, limite para a remuneração dos vereadores e não forma de fixação pura e simples do valor devido ao parlamentar municipal em razão do mandato eletivo”, diz trecho do documento elaborado pelo TCE, baseado em decisão do órgão de fevereiro de 2010. O documento libera o pagamento do 13º salário e adicional de férias, mas veda o chamado “auxílio-paletó”, duas parcelas extras pa-gas no início e final do ano a título de ajuda de custo para comprar terno.

Qualquer tipo de ajuda terá que ser em caráter eventual e indeni-zatório (ou seja, o parlamentar deverá apresentar nota comprovando o gasto para receber o dinheiro). Também ficam proibidas leis que autorizem concessão de reajuste acima da inflação durante o mandato, remuneração por reuniões extraordinárias e diferenciação salarial para vereadores que integram a Mesa Diretora da Câmara. Para o TCE, a

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regra vai garantir que haja impessoalidade e moralidade administrati-va na discussão dos contracheques.

Mas mais que isso, na avaliação de Micheli Dorella, o documen-to tem um caráter pedagógico e preventivo. Isso porque tramitam hoje no TCE vários processos envolvendo irregularidades na remuneração dos vereadores. As três principais são a diferenciação no salário dos integrantes da Mesa Diretora, inobservância do teto previsto na Cons-tituição e pagamento de 14º e 15º aos parlamentares. Para a diretora, no entanto, a maior parte dos erros diz respeito a desinformação, e não má-fé.

Farra nas fériasA farra com o dinheiro público descrita na reportagem “Câmara

de BH banca gasolina de vereadores até nas férias”, publicada na edi-ção de ontem do Estado de Minas e no portal EM.com.br, provocou forte reação dos leitores. Entre as muitas manifestações pelo site, o leitor José Pessoa defendeu o fim do salário para os vereadores em cidades com até 50 mil habitantes. “No resto do mundo vereador não recebe salário. Até lá não vamos votar em ninguém. O programa elei-toral dá até medo”. Já Fábio Ernesto Martins publicou: “Isso é uma vergonha”. A matéria mostrou que os parlamentares gastaram R$ 79,7 mil com gasolina durante o recesso de julho. Eles justificaram que continuam a trabalhar mesmo durante as férias e, por isso, usam a verba.

Como fica em BH

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Operação. Policiais carregam materiais apreendidos, como armas e documentos, com milícia que atua na zona Nor-te do Rio de Janeiro

Brasília. Em uma votação-relâmpago, a Câmara aprovou, anteontem, projeto de lei do deputado Luiz Couto (PT-PB) que modifica o Código Penal para incluir os crimes cometidos por grupos de extermínio ou por milícias privadas.

A proposta vai à sanção presidencial, depois de passar pela Câmara, duas vezes, e pelo Senado. Na sessão, os deputa-dos analisaram as emendas apresentadas pelos senadores.

O texto aprovado prevê, por exemplo, pena de reclusão de quatro a oito anos para quem “constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no Código Penal”.

O projeto prevê que a pena para homicídios é aumenta-da de um terço para a metade “se o crime é praticado com a intenção de fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão própria ou de outrem ou pratica-se o crime sob o pretexto de oferecer serviços de segurança”.

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) ressaltou a impor-tância do tema. “Trata-se de matéria penal de grande repercus-são. Penso que está se inovando, de certa maneira, a definição de tipos penais”, disse.

“O projeto tipifica o crime de extermínio. Na realidade, quando alguém é executado, na chamada execução sumária,

extrajudicial ou arbitrária, apenas vamos cumprir aquilo que está na Convenção da ONU sobre crime da chamada execução sumária, extrajudicial ou arbitrária. Nesse aspecto, nós esta-mos apenas tomando como elemento importante a Convenção da ONU, para que possamos tipificar esse crime, uma vez que hoje, quando alguém é executado, trata-se apenas de crime de homicídio. Nós estamos tipificando o crime de extermínio”, acrescentou Luiz Couto.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) destacou o fato de penalizar as milícias. “O crime de formação de milícias e dos seus efeitos nefastos é uma novidade no Brasil, até porque esse fenômeno degenerado também é mais ou menos recente. Então, é mais um elemento de combate a essa degeneração social, que são as milícias”, afirmou.

A Câmara dos Deputados aprovou ontem três das quatro emendas do Senado ao projeto de lei que tipifica o crime de formação de quadrilha, milícia ou grupo de extermínio. De autoria do deputado Luiz Couto (PT-PB), o projeto segue ago-ra à sanção presidencial.

O plenário também aprovou emenda que excluiu do pro-jeto um artigo que considera os crimes cometidos por milícias uma ofensa ao Estado democrático de Direito e remeteria, portanto, seu julgamento à Justiça federal. Essa emenda tinha parecer contrário das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

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Código Penal. Homicídio praticado por organizações ganha agravante que aumenta a pena de reclusãoTexto será votado duas vezes na Casa e uma no Senado antes de ir para sanção

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Karla CorreiaBrasília – O novo corregedor do Conselho Nacional de

Justiça (CNJ), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão, assegurou ontem ao assumir o cargo que vai manter a linha dura que caracterizou o mandato da sua anteces-sora, a também ministra do STJ Eliana Calmon. “Meu trabalho será todo direcionado para resgatar a boa imagem do Judici-ário. Tirar as maçãs podres que existem no Poder Judiciário. A maioria dos juízes é de pessoas boas, mas temos uma meia dúzia de vagabundos que precisamos tirar”, disparou Falcão, na entrevista coletiva que antecedeu a solenidade de posse.

O tom escolhido por Falcão para sua primeira fala como corregedor do CNJ se assemelha às declarações que fizeram de Eliana Calmon um dos principais alvos da atenção da mí-dia. Em setembro do ano passado, a ministra irritou colegas de magistratura ao dizer que há “bandidos escondidos atrás da toga”. No início deste ano, ela afirmou, em audiência pública no Senado, que juízes decentes não poderiam ser confundidos com “meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na ma-gistratura”.

Apesar da semelhança de vocabulário, o novo corregedor fez questão de marcar “diferenças de estilo” que o distingui-riam de Eliana. Conhecida pela mão de ferro que adotou no comando da corregedoria, a ministra enfrentou dura oposição de entidades classistas, como a associações dos Magistrados Brasileiros (AMB), dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e dos Magistrados do Trabalho (Anamatra). Falcão anuncia uma pos-

tura mais conciliadora. “Eu vou procurar trabalhar em harmo-nia com as instituições, com o Supremo. Evidentemente que essa harmonia e esse trabalho de parceira não tirarão a indepen-dência do corregedor”, salientou.

O atrito entre Eliana Calmon e as associações de magistra-dos teve origem nas investigações do CNJ sobre o patrimônio de juízes suspeitos de irregularidades. As entidades a acusaram de quebrar sigilos fiscais e bancários de forma irregular e divul-gar dados de 200 mil magistrados e servidores do Judiciário. Eliana negou a quebra dos sigilos, mas chegou a dizer que seria importante o CNJ ter esse tipo de competência. “O que não vou é quebrar o sigilo de ninguém. Quebrar sigilo é crime. Eu não cometerei crime quebrando sigilo sem autorização judicial”, disse Falcão.

O novo corregedor ainda assegurou não ver espaço para tentativas de reduzir os poderes do conselho. “Essa batalha está ganha, a ministra Eliana é a grande vitoriosa. Esse papel do CNJ é irreversível. Tenha certeza: quem estiver pensando que, com a saída de Eliana, vai modificar (a atuação do CNJ), está muito enganado. Vai continuar tudo do mesmo jeito.”

O novo corregedor-geral da Conselho Nacional de Justi-ça (CNJ), Francisco Cândido de Melo Falcão Neto, é recifen-se e ocupa, desde 1999, uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Politicamente, tem um perfil mais conservador que a antecessora, Eliana Calmon, e é ligado ao ex-vice-presidente da República Marco Maciel. (Colaborou Diego Abre

estado de minas – on line – 07.09.2012 JUstiÇa

Entre embate e conciliação Novo corregedor-geral do CNJ diz que é preciso tirar os maus magistrados para resgatar a boa

imagem do Judiciário, mas afirma que buscará harmonia com as instituições do poder

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BRASÍLIAO novo corregedor do Conselho Nacional de Justi-

ça (CNJ), o pernambucano Francisco Cândido de Melo Falcão, reforçou, ao tomar posse ontem, o discurso de sua antecessora Eliana Calmon. Ele disse que vai com-bater “meia dúzia de vagabundos” que precisam ser re-tirados do Judiciário.

O ministro, no entanto, prometeu um estilo diferen-te de Calmon, atuando com mais discrição, mas com o mesmo rigor. “Tenha certeza que, quem estiver pensan-do que com a saída de Eliana vai modificar, está muito enganado, vai continuar tudo do mesmo jeito”, disse Falcão.

Ele prometeu atuar com “mão de ferro” para en-frentar a corrupção na Justiça. “A maioria dos juí-zes é de pessoas boas, mas temos uma meia dúzia de <CS9.1>vagabundos que precisamos tirar do Judiciá-rio”, disse.

Falcão fez elogios à ministra Eliana Calmon, que protagonizou diversos embates com as entidades repre-sentativas dos juízes por prometer investigar os patri-mônios dos magistrados, mas não a livrou de alfineta-das.

“O que não vou é quebrar o sigilo de ninguém. Que-brar sigilo é crime. Eu não cometerei crime quebrando sigilo sem autorização judicial. Quando tiver (indício de crime), eu pedirei para o juiz”, afirmou.

Reajuste. Sem dar detalhes das negociações, Fal-cão prevê que, nos próximos dias, seja anunciado um reajuste salarial para os ministros do Supremo Tribu-nal Federal (STF). “Existe uma defasagem dos últimos seis, sete anos, mas parece que há negociações entre o presidente do STF (Carlos Ayres Britto) e a presidente (Dilma), e acho que, nos próximos dias, será anunciada uma reposição para a magistratura”, disse. Ayres Britto pede um aumento de 7,12%.

o tempo – on line – 07.09.2012stJ

Pena de procuradora que torturou criança será revisada

Rio de Janeiro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deter-minou que a Justiça do Rio terá de fixar nova pena contra a pro-curadora aposentada Vera Lúcia de Sant’anna Gomes, condenada por torturar uma criança de 2 anos que estava sob sua guarda em 2010.

Vera Lúcia foi condenada a 8 anos e 2 meses de prisão. O STJ, por maioria, considerou que a fixação da pena-base acima do mínimo - seis anos - levou em consideração elementos próprios do crime de tortura, como a crueldade e a intolerância, que não deveriam ser considerados como agravantes.

Para o ministro Gilson Dipp, relator do habeas corpus, a Justi-ça do Rio deverá esclarecer quais os fatos que venham a estipular condenação acima da pena-base. “Além de motivar as razões que foram seguidas, deverá demonstrá-las concretamente, com os da-dos coletados ao longo da instrução processual”.

Ainda que o recálculo tenha sido pedido pela defesa, a con-dição de procuradora e a conduta social reprovável poderão pesar desfavoravelmente.

otempo-on line -07.09.2012Posse no CNJ. Falcão vai atuar no combate à corrupção no Judiciário

Novo corregedor promete tirar `juízes vagabundos´Ministro disse que, nos próximos dias, será anunciado um aumento para o STF

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Autor(es): » LORENA PACHECOComissão da Câmara aprova criação de 1.437 posições no

Ministério Público, das quais 687 para procuradoresO ritmo de tramitação de projetos para concursos está acele-

rado no Congresso Nacional. Após os pedidos de criação de 3.029 vagas para a Polícia Civil do DF e do projeto de lei que visa a abrir 2.190 vagas para analistas executivos, agora foi aprovado pela Co-missão de Trabalho, Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 2.202/11, que cria 1.437 novos cargos para o Ministério Público Federal (MPF).

A proposta será encaminhada às comissões da Câmara: de Finanças e Tributação e de Constituição, Justiça e Cidadania. De-pois, deverá ser votada no plenário da Casa.

Dos 1.437 novos cargos que se pretende criar, 687 serão oportunidades para bacharéis em direito se tornarem procurado-res por meio de concurso público. Dessas vagas, 12 serão para subprocuradores-gerais, 15 para procuradores regionais e 660 para procuradores da República. As 750 vagas restantes referem-se a cargos em comissão do Ministério Público.

DefasagemComo justificativa para a proposta de criação das vagas, o

Ministério Público ressaltou que hoje é evidente a defasagem do número de procuradores da República no país se comparado ao número de juízes federais. Há atualmente 1.649 juízes em exercí-cio e 824 procuradores — uma relação de dois para um.

Para tentar equilibrar essa conta, a previsão é que, até o fi-nal de 2020, todos os postos de procuradores criados por meio da lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional sejam preenchidos.O período prolongado para esses profissionais se integrarem ao Mi-nistério Púbico tem por objetivo reduzir o impacto das nomeações aos cofres públicos.

Outra causa apontada na justificativa da proposta é o aumento do número de processos a ser analisado. Segundo dados da Procu-radoria Geral da República (PGR), de 2009 a 2011, os processos passaram de 95.799 para 138.793, crescimento de 44,87%. Os da-dos incluem tudo o que tramitou pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Superior Tri-bunal de Justiça (STJ).

correio braziliense - on line - 07/09/2012

Cargos para MP avançam

Gastos federais com salários e encargos subirão 11%Previsão para 2013 calcula despesa de R$ 225,98 bilhões aumento já contabiliza acordos para fim de greves

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Leandro KleberBrasília – A Controladoria-Geral da União (CGU) divul-

gou ontem a lista completa dos servidores públicos expulsos da administração federal por terem cometido infrações graves no exercício do cargo. Desde 2005, segundo o órgão de controle do governo, mais de 2,5 mil servidores foram penalizados com demissão, cassação de aposentadoria ou destituição do cargo em comissão. Há casos de expulsão de delegados e agentes da Polícia Federal, procuradores federais e do Banco Central, mé-dicos, peritos, professores, auditores fiscais da Receita, cozi-nheiros, copeiras, vigilantes, policiais militares, entre outros. A própria CGU demitiu três funcionários dos seus quadros no ano passado. Motivo: frequência irregular e abandono de car-go. O INSS é o órgão do Poder Executivo que registra o maior número de exonerações.

Há registros de uma única pessoa ter sido demitida mais de uma vez. Um mesmo funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por exemplo, que ocupava uma função DAS de coordenador-geral de recursos logísticos, foi destituído do cargo noves vezes nos últimos quatro anos. Isso acontece por-que um servidor pode ser punido mais de uma vez, em conse-quência de diversos processos a que responde. Eventualmente, um funcionário também consegue uma decisão favorável na Justiça, que o reintegra ao serviço público, antes de ser exone-rado de novo. No caso da Funasa, o empregado foi acusado de improbidade administrativa, entre outros irregularidades.Uma técnica do seguro social do INSS também chegou a ser demi-tida oito vezes desde 2010. A sua última exoneração foi em junho deste ano. Ela valeu-se do cargo para ter proveito pessoal em detrimento da função pública, diz a justificativa publicada no Diário Oficial da União. No total, foram registradas até 30

de agosto pouco mais de 3 mil demissões aplicadas aos 2.552 servidores.

O Cadastro de Expulsões da Administração Federal (Ceaf), que será atualizado mensalmente, é semelhante ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis), banco de dados já mantido pela CGU que traz a relação das empresas que sofreram sanções por instituições da União das diversas esferas federativas. Para o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, a divulgação do cadastro de expulsões é mais um passo dado pelo governo em cumprimento à Lei de Acesso à Informação. Desde a sua regulamentação, em maio.estÍmUlo

O diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio We-ber Abramo, considera a divulgação dos nomes dos expulsos na internet muito saudável para o controle social. Segundo ele, é importante que a sociedade conheça as pessoas que foram de-mitidas por corrupção. “É uma medida importante para que as pessoas que cometeram as irregularidades não fiquem ocultas. A publicação dos nomes serve de desestímulo para os demais servidores, que eventualmente pensam em cometer algo ilíci-to”, afirma.Ele acredita que as punições administrativas trami-tam de forma muito mais veloz do que os processos judiciais e que quantidade de servidores punidos aumentou muito nos últimos anos. Abramo critica as entidades de classe que, se-gundo ele, reclamam que os nomes dos funcionários demitidos não deveriam ser expostos. “Essas entidades estão trabalhando contra os interesses de seus próprios associados. Por que eles reclamaram disso? Onde é que esse pessoal acha que está o seu dever? Eles deveriam, pelo contrário, apoiar a medida por lealdade aos seus associados e ao resto da sociedade. A atitude delas é incompreensível”, diz.

goVerno

Sai lista de servidores corruptos Desde 2005, mais de 2,5 mil funcionários públicos federais foram demitidos, perderam cargo comissionado ou tiveram a aposentadoria cassada. Agora, o nome deles passa a ser divulgado

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Alice MacielO Tribunal de Contas

da União (TCU) estima em R$ 26 milhões os pre-juízos aos cofres públicos referentes a contratos para a execução do Projovem em Minas Gerais que não teriam sido cumpridos pelo Instituto Mineiro de Desenvolvimento e Cida-dania (IMDC) em 2008 e 2009. A organização da sociedade civil de interes-se público (Oscip), contra-tada pelo Instituto de De-senvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) para implantar o programa no estado, terá de justificar a movimenta-ção dos recursos oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego. Caso con-trário, terá de devolver o dinheiro ao Tesouro Na-cional, conforme acór-dão publicado no Diário Oficial da União (DOU). A entidade, presidida por Deivson Oliveira Vidal está na mira também da Advocacia Geral do Esta-do de Minas Gerais.

De acordo com relató-rio da auditoria feita pelo TCU, o IMDC não apre-sentou documentação su-ficiente para comprovar a aplicação dos recursos no programa em nove repas-ses milionários à entidade, referentes aos contratos de números 18/2009 e 3/2010. O tribunal ainda detectou indícios de frau-des nos documentos que

respaldaram a movimen-tação da verba e apontou que não houve fiscaliza-ção in loco da implantação do programa, por meio da Secretaria de Políticas Pú-blicas de Emprego, vincu-lada ao MTE.

Conforme reportagem do Estado de Minas pu-blicada em janeiro do ano passado, o IMDC recebeu cerca de R$ 100 milhões, somente no período entre 2007 e 2010, de acordo com estimativa de publi-cações oficiais. A entida-de teve um providencial reforço de caixa do Pro-jovem, do qual detinha praticamente o monopólio em Minas Gerais.

O instituto vende ser-viços que vão desde cons-trução de cisternas, proje-tos arquitetônicos, planos de comunicação e marke-ting, a eventos de axé mu-sic e moda. No entanto, os serviços nem sempre são entregues e os contratos cumpridos, conforme de-monstrado em auditoria do Ministério do Desen-volvimento Social e Com-bate à Fome, de 2009, e do Tribunal de Contas da União.aÇÃo

A Advocacia Geral do Estado ajuizou uma ação de cobrança contra o IMDC para o ressarcimen-to aos cofres do estado dos valores relativos aos contratos que não foram cumpridos corretamente.

A assessoria de imprensa do governo de Minas não informou ontem o valor cobrado. Em 2011, uma auditoria da Controladoria Geral do Estado apontou irregularidades no cum-primento de alguns dos contratos firmados com o Instituto.

Um processo admi-nistrativo instaurado pelo Idene confirmou que o IMDC não cumpriu todos os termos acordados para o programa Projovem Tra-balhador. Em novembro de 2011, o Idene declarou o IMDC inidôneo para fir-mar novos contratos com o estado.

A execução do Projo-vem teve também outros problemas. Em Brasília de Minas, no Norte do estado, por exemplo, participantes do programa reclamaram do atraso no pagamento da bolsa e de materiais di-dáticos, conforme o EM mostrou em reportagem em maio do ano passado.defesa

A entidade, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não foi notificada sobre a ação da AGU e que o Projovem foi executado em confor-midade com a legislação, o contrato devidamente assinado, aprovado pelo governo de Minas, audita-do pela Auditoria Geral do Estado e fiscalizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

proJoVem

TCU acusa rombo de R$ 26 milhões Responsável pela execução do programa, o Instituto Mineiro de Desenvolvimento e Cidadania terá de justificar uso dos recursos

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Aprovada no Senado, a extinção do privilégio é

evitada na Câmara

Outra vez, deputados federais empurraram com a barriga a votação do proje-to de lei que coloca o ponto final em uma das regalias mais constrangedoras dos congressistas. Aprovada por unanimidade há quatro meses pelo Senado, a pro-posta que acaba com os 14º e 15º salários não encon-trou a mesma receptividade na Câmara dos Deputados. Em meio a muita enrolação e faz de conta com o pro-pósito de evitar a votação do texto, dois adiamentos inaceitáveis prenunciam o jogo de esconde-esconde que se esboça.

O relator, Afonso Flo-rence (PT-BA), manifes-tou-se favoravelmente ao fim do privilégio. Mas não consegue apresentá-lo aos membros da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) — etapa necessá-ria para que o texto trami-te até chegar ao plenário. A razão: falta de quórum. Na primeira sessão, mar-cada para 22 de agosto, o número regimental não foi alcançado. Na de quarta-feira, ocorreu o mesmo.

É lamentável. O Con-gresso Nacional, uma das

instituições mais criticadas da República, precisa re-cuperar a credibilidade e o respeito da população. Pas-so importante, sem dúvida, é não pôr-se acima dos ci-dadãos que lhes pagam os subsídios. O trabalhador brasileiro, que é quem paga, por meio dos impostos que recolhe, os cobiçados ven-cimentos e vantagens dos parlamentares, recebe 13 salários anuais. Nada mais razoável e coerente que seus representantes se po-nham no mesmo patamar.

A vantagem, institu-ída em 1946, tornou-se obsoleta num país demo-crático, em que todos de-vem ser iguais perante a lei. Manter casta de mais iguais, além de inaceitável, é contagioso. Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores introduziram o penduricalho no contrache-que, algumas com o nome de auxílio-paletó.

Diante das denúncias feitas pelo Estado de Mi-nas e da reação da cidada-nia nas redes sociais, os de-putados mineiros abriram mão do privilégio, levando com eles esse ganho extra dos vereadores de Belo Horizonte, já que as duas liberalidades com o dinhei-ro do povo eram relaciona-das nas leis que as criaram.

Outros estados e a Câmara Legislativa do Distrito Fe-deral também já se curva-ram ao desejo da sociedade e aboliram esse injustificá-vel e execrável privilégio.

Destino semelhante se desenha para a Câmara dos Deputados. A ONG inter-nacional Mundo em Ação (Avaaz, na sigla em inglês), que atua em mobilizações pela internet em 19 países, entrou na luta.

Na terça-feira, come-çou a coleta de assinaturas na página da entidade na internet (www.avaaz.org) para pressionar os mem-bros da CFT da Câmara a aprovar o projeto que eli-mina a excrescência. O re-sultado mostra palidamente a dimensão da intolerância popular relativa ao privilé-gio: 40 mil assinaturas vir-tuais em 24 horas.

As eleições municipais têm servido de desculpa para a ausência às sessões da comissão. Pura e inútil perda de tempo. Passado o pleito, será difícil justificar a gazeta e o corpo mole. Conscientes de que o elei-tor, atento, se mobiliza, os deputados terão de trocar a estratégia malandra de não aprovar nem rejeitar. Ape-nas adiar uma decisão que os redima ou que os ridicu-larize de vez

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