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O ESTADO DE SP - P. A9 - 27.01.2011

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ESTADO DE minAS - 1ª P. E P. 5 - 27.01.2011

O Ministério Público Estadual abriu inquérito para in-vestigar o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores, pediu esclarecimentos sobre o benefício ao governo estadu-

al e vai ajuizar ação para extingui-lo. Recebem o pagamento de R$ 10, 5 mil por mês Rondom Pacheco, Francelino Perei-ra, Helio Garcia e Eduardo Azeredo.

Ezequiel Fagundes O Ministério Público Estadual (MPE) de Minas abriu in-

quérito para investigar o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores e seus herdeiros no estado. O procedimento foi instaurado na segunda-feira pela Promotoria de Defesa do Pa-trimônio Público. À frente da investigação, o promotor de Jus-tiça de Belo Horizonte, João Medeiros Neto, já encaminhou um requerimento à Secretária de Planejamento e Gestão (Seplag) cobrando informações sobre a existência de benefícios que es-tão sendo pagos com base na Lei 1.654 tanto para ex-governa-dores como para viúvas ou outros parentes. Em caso de resposta positiva, o MPE adiantou que vai ajuizar uma ação buscando a anulação dos atos que autorizaram os pagamentos.

Em Minas, a aposentadoria foi criada pela Lei 1.654, de 1957, durante o governo de Bias Fortes, e virou uma verdadeira caixa-preta. O argumento do MPE é que a lei que criou o bene-fício não foi “recepcionada” pela Constituição Federal e fere os princípios previstos no artigo 37, de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência na administração pública direta e indireta.

O governo estadual não divulga quem fez o requerimento e os gastos com os ex-governadores e eventuais parentes, alegan-do que a legislação estadual proíbe. O argumento é que os salá-rios de pensionistas não podem ser divulgados sem a autoriza-ção expressa dos beneficiados. “A obrigação do poder público é dar publicidade dos seus atos a qualquer cidadão comum, senão vira ato secreto”, considera o promotor João Medeiros.

Os ex-governadores têm direito a salário integral, que atu-almente é de R$ 10,5 mil. As viúvas e filhos têm direito a 50% da remuneração do chefe do Executivo. Além do salário inte-gral, os ex-governadores têm direito a outros benefícios como manter um militar da ativa como ajudante de ordens após o tér-mino do mandato.

Para o promotor, não é o caso de ajuizamento de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), tendo em vista que a legislação estadual foi feita anteriormente à promulgação da Constituição Federal de 1988.

Desde a promulgação da lei, Minas teve 14 governadores. Dos sete ex-governadores mineiros vivos, três – Itamar Franco (PPS), Aécio Neves (PSDB) e Newton Cardoso (PMDB) – já afirmaram que não requereram o benefício. Recebem a pensão no estado o tucano Eduardo Azeredo (1995-1999), Hélio Gar-cia (1984-1987 e 1991-1995), Francelino Pereira (1979-1983) e Rondon Pacheco (1971-1975).

Extinção nas mãos dos estados O fim do benefício em Minas Gerais depende da revogação

da lei, que só poderia ser feita pelo governador, hoje Antonio

Anastasia (PSDB), que enviaria à Assembleia nesse sentido, e contar com a aprovação de maioria simples dos parlamentares da Casa, ou seja, 20 de um total de 39 necessários para abertura da sessão. A extinção, no entanto, valeria apenas para pensões a serem concedidas. Benefícios em andamento só poderiam ser cancelados por decisão judicial. Também por força de legisla-ção o estado não pode revelar os nomes dos ex-governadores que recebem a aposentadoria.

Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os estados podem se antecipar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e acabar com as leis que concedem as aposentadorias vitalícias para ex-governadores. Segundo Gurgel, já há precedente no STF que considerou esse tipo de benefício inconstitucional, em 2007, quando foi analisado o caso do ex-governador Zeca do PT (MS).

“Os estados podem se antecipar e adotar medidas para fazer cessar esses benefícios, mas como salientei a decisão do STF diz respeito a um determinado estado, os outros não esta-riam obrigados a isso, embora pudessem se antecipar.” Gurgel disse que o Ministério Público Federal ainda avalia se tomará alguma medida contra essas aposentadorias porque a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já indicou que entrará com ações de inconstitucionalidade no STF contra as leis estaduais que permitem esses pagamentos.

Os estados gastam por ano pelo menos R$ 31,5 milhões com essas pensões. Existem casos polêmicos, como de manda-tos-relâmpago de 10 dias que garantiram aposentadorias vitalí-cias a políticos do Mato Grosso. O procurador-geral disse que o Ministério Público vai analisar, por exemplo, se há uniformi-dade nas leis. “Há estados que impõem maior rigor. Quando a aposentadoria é um único mandato não me parece razoável.” (Com agências)

Promotor João Medeiros encaminhou requerimento ao governo do estado solicitando informações

na mira

Pensão de governadores ameaçadaInquérito aberto pelo Ministério Público Estadual investiga pagamento da aposentadoria vitalícia a ex-chefes do Executivo mineiro. Benefício foi criado por lei há mais de 50 anos

PRiViLÉGiO

MP quer fim de pensão para ex-governador

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Auremar de Castro/EM/D.A press - 25/5/04

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O TEmPO - 1ª P. E P. 3 - 27.01.2011Benefício. Estado poderá ser criminalizado se não informar os dados sobre as aposentadorias

Promotoria exige fim de pensão a ex-governadoresMinistério Público Estadual instaurou inquérito pedindo que o

governo de Minas disponibilize a documentação sobre os gastos

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cOnT... O TEmPO - 1ª P. E P. 3 - 27.01.2011

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PGR

Procurador sugere que Estados acabem com os benefícios

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fOLhA DE SP - P. A5 - 27.01.2011

O GLObO - P. 4 - 27.01.2011Procurador-geral também prepara ações contra pensões de ex-governadores

Roberto Gurgel lembra que Supremo já julgou ilegal o pagamento

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O TEmPO - P.31 - 27.01.2011congonhas

Mineradora vai sanar impactos ambientais

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REViSTA EcOLóGicA - P. 20 - 19.01.2011

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ESTADO DE minAS - P. 7 - 27.01.2011

Homenagem Cármen Lúcia An-

tunes Rocha, a ministra mineira do Supremo Tribunal Federal, virá a BH, em 4 de fevereiro, especialmente para ser homenageada pela As-sociação Mineira do Mi-

nistério Público. Na sede da entidade, ela receberá a Medalha Ozanam Co-elho por sua atividade no Supremo. A honra-ria foi batizada com o nome do ex-governador de Minas, que iniciou a carreira como promotor de Justiça. Às 17h.

ESTADO DE minAS - P. 3 - cAD. cULTURA - 27.01.2011mÁRiO fOnTAnA

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Idoso morre por falta de vaga em UTI

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Gustavo Werneck Mais visibilidade para a histórica Ouro Preto, reconhe-

cida desde 1980 como patrimônio da humanidade pela Or-ganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ao lado de 10 municípios com o mesmo título, importância arquitetônica e acervo artístico, a ex-Vila Rica tem lugar marcado, hoje e amanhã, em Puebla, no Mé-xico, no encontro da Rede das Cidades Barrocas da América Latina. O objetivo é juntar forças num trabalho conjunto em áreas como intercâmbio de atividades e eventos culturais, difusão do barroco, organização de debates universitários e promoção turística. Ouro Preto, que comemora neste anos os 300 anos de Vila Rica, é a única cidade brasileira convi-dada para a reunião.

O encontro tem a proposta de formalizar a Rede das Cidades Barrocas da América Latina e vai tornar Puebla a sede da entidade no primeiro ano e lançar critérios para que outras cidades sejam incorporadas ao grupo. Desta vez, vão participar, além de Ouro Preto, Quito, no Equador, decla-rada Patrimônio da Humanidade em 1978; Antígua, Guate-mala (1979); Cuzco, Peru (1983); e as mexicanas Puebla de Zaragoza (1987); Cidade do México e Xochimilco (1987); Oaxaca de Juárez (1987); Morelia (1991); Zacatecas (1993) e Santiago de Querétaro (1997).

Segundo o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PMDB), trata-se de uma grande oportunidade para fortale-cer a preservação dos bens culturais e o turismo, com mais

visibilidade e projeção internacional. “A maior parte dos nossos visitantes vem da França. Os franceses são fascina-dos pelo barroco, já que não têm um acervo nesse estilo, como na Itália e Espanha. Por isso, queremos atrair outros povos para conhecer a cidade”, diz o chefe do Executivo local, que embarcou ontem para o México. Na reunião, os prefeitos das 11 cidades vão firmar acordos visando futuros projetos.

Angelo Oswaldo relembra que barroco é o estilo de arte que balizou a produção cultural do Brasil no período colo-nial. “Mais do que padrão estético, foi também um estilo de vida, pois plasmou a mentalidade e o comportamento do brasileiro, entre meados do século 16 e início do 19. O bar-roco é contemporâneo das primeiras iniciativas de coloniza-ção do território atribuído a Portugal.”

O prefeito observa ainda que ele surgiu na Europa qui-nhentista como reação ao classicismo do Renascimento e consagrou a exuberância da construção verbal, a opulência das formas e a dramaticidade da luz, buscando enfatizar a onipotência de Deus e de seus monarcas à frente do des-tino da humanidade.” O barroco, ele destaca, se tornou a expressão estética da reação católica à reforma protestante desencadeada por Martinho Lutero (1483-1546). “Emblema do absolutismo político, foi transplantado para a América pelos portugueses e espanhóis como instrumento perfeito da conquista e da colonização”, afirma.

ESTADO DE minAS - P. 29 - 27.01.2011PATRimÔniO mUnDiAL

Ouro Preto mira mais estrangeiros

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de janeiro, apurado entre os dias 14 de dezembro de 2010 e 14 de janeiro deste ano, acelerou em Belo Horizonte e fechou a 0,87% contra 0,6% no mês anterior. O resultado da capital é o segundo maior entre as 11 regiões pesquisadas, ficando atrás somente de Recife (PE), onde o índice deu um salto, passando de 0,59 em dezembro para 1,23%, em janeiro. No balanço das capitais pesquisadas, o indicador também fechou em alta de 0,76% no país. A alta no mês é a maior desde 2003.

O resultado foi puxado principalmente pelas tarifas de ônibus urbanos, que tiveram variação de 1,77%. Na Região Metropolitana de BH, as passagens mais caras refletiram na elevação de 3,48% do índice, mesmo percentual de Salvador. Os serviços de transporte coletivo intermunicipal e interesta-dual também sofreram reajuste e contribuíram positivamente para a expansão da taxa em 1,3% e 1,34%, respectivamente. Além dos ônibus, a alta dos preços dos combustíveis nas bom-bas também teve reflexos no resultado do IPCA-15. O litro do etanol apresentou aumento de 4,31% , levando a gasolina a ficar, em média, 0,55% mais cara. Com o resultado, o grupo transporte pulou de uma taxa de 0,17% em dezembro para os atuais 0,89%.

O grupo habitação (de 0,51% para 0,60%) também ficou mais alto de um mês para o outro com os resultados dos alu-

ESTADO DE minAS - P. 20 - 27.01.2011 cUSTO DE ViDA

Inflação acelera e sobe mais em BHguéis (de 0,73% para 1,23%) e condomínio (de 1,04% para 1,28%), assim como os artigos de residência (de -0,34% para 0,58%), com destaque para mobiliário (de 0,21% para 1,07%) e eletrodomésticos (de -0,96% para 0,56%). Desta forma, os produtos não alimentícios registraram variação de 0,62% em janeiro, bem superior à taxa de dezembro (0,34%).

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DiÁRiO DO cOmÉRciO - P. 10 - 27.01.2011

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O TEmPO - P. 6 - 27.01.2011Ausências. Seis dos dez réus não compareceram ao Fórum Lafayette

Depoimentos do mensalão mineiro são adiados em BH

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Igor Guimarães e Carolina Coutinho

Sete anos depois da chacina de Unaí, no Noroeste de Minas, a Justiça brasileira ainda não tem previsão de quando será o julga-mento dos nove acusados de en-volvimento no assassinato de três fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e de um mo-torista.

Após mais de 30 recursos im-petrados ao longo do processo, os advogados de defesa ainda po-dem acionar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, e solicitar o desenrolar do caso na Justiça comum para escapar do júri popular. O último recurso da defesa, com esse mesmo fim, foi negado pelo STJ em dezembro.

No dia 28 de janeiro de 2004, os auditores Nelson José da Silva, João Batista Lages e Erastótenes de Almeida Gonçalves, além do motorista Aílton Pereira de Oli-veira, foram assassinados em uma emboscada durante uma fiscali-zação de rotina em fazendas de Unaí. Os irmãos Antério e Nor-berto Mânica, fazendeiros que estão entre os maiores produtores de feijão do país, são acusados de planejar o crime. Na época, eles eram fiscalizados por exploração indevida do trabalho, com multas que ultrapassaram R$ 2 milhões.

Ao longo dos últimos anos, a morosidade do processo motivou protestos de familiares, amigos e servidores federais. Nesta quin-ta-feira (27) está prevista uma manifestação na Avenida Álvares Cabral, em Belo Horizonte, em frente ao prédio do Tribunal Re-gional Federal.

Sindicalistas querem pressio-nar pela realização do júri popular em Belo Horizonte e não em Patos

de Minas, cidade próxima a Unaí, onde a família Mânica poderia usar de seu poder para influenciar os jurados. Prefeito desde 2004, Antério foi eleito em Unaí quan-do ainda estava na cadeia. Pela le-gislação, a inelegibilidade ocorre apenas para quem tem processo transitado em julgado. Em 2008, quando ele foi reeleito, ainda não havia a restrição da Ficha Limpa.

Além de Antério, respondem ao processo em liberdade o irmão Norberto e os empresários Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro, todos beneficiados por habeas corpus. Os quatro acusa-dos de executar as vítimas estão detidos à espera de decisão da Justiça. São eles Francisco Elder Pinheiro, Erinaldo de Vasconce-los Silva, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miran-da. Humberto Ribeiro dos Santos teria apagado uma das provas do crime e também está detido desde 2004.

Todos também podem ganhar as ruas a qualquer momento. Na avaliação do conselheiro da Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB) e advogado criminalista Adilson Rocha, a Justiça Federal não teria mais embasamento para sustentar a detenção por tantos anos sem julgamento. “Há grande chance de o STJ soltá-los. Exis-te um prazo máximo de 121 dias para manter a prisão, mas, pelo princípio da razoabilidade, pode chegar a um, dois anos, mas sete é demais”.

Para especialistas, as normas jurídicas do país beneficiam quem tem poder econômico e bons ad-vogados à disposição. “É sempre triste e deprimente testemunhar casos de impunidade como esse. É uma manifestação explícita de

que no Brasil raramente ricos vão para a cadeia”, diz o coordenador do Instituto Minas Pela Paz, o so-ciólogo Luis Flávio Sapori. Ele defende reformas na lei processu-al, com a redução do número de recursos. “O pressuposto uso do direito de defesa se torna um me-canismo de impunidade”.

Adilson Rocha diz que o pro-blema não está na lei, mas na es-trutura deficiente. Ele toma como exemplo os dois únicos tribunais de BH que julgam crimes de ho-micídio. “Temos dois júris, no máximo, por dia, enquanto a ci-dade registra cinco, seis assassi-natos diários”. O conselheiro da OAB defende a contratação de mais juízes, promotores e pessoal de apoio.

Crimes de homicídio podem prescrever se não forem analisa-dos pela Justiça em um prazo de até 20 anos. Porém, conforme interpretação da Justiça, esse pra-zo pode ser estendido por até 70 anos. “Não acredito que a chaci-na de Unaí chegue a esse ponto”, afirmou Rocha.

Até o prefeito Antério Mâni-ca se diz insatisfeito com a lenti-dão da Justiça, embora seus advo-gados tenham entrado com vários recursos. “Não encontraram ne-nhum indício da minha partici-pação nesse crime. Estou com a consciência tranquila. Quero ser julgado”.

Para a presidente do Sindica-to Nacional dos Auditores Fiscais, Rosângela Rassy, é inadmissível que o julgamento ainda não te-nha acontecido. No Pará, lembra, o caso Irmã Dorothy, missioná-ria norte-americana assassinada em 2005 por contrariar interesses de madeireiros, foi a júri em um ano.

Chacina de Unaí completa sete anos sem data de julgamentoAcusados de matar auditores fiscais podem entrar com mais um recurso no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília

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Crime provocou insegurança nos auditores fiscais

O presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais, João Coelho Frasão de Barros, disse que depois do crime, os fiscais ganharam mais prote-ção. Desde então, sempre que vão fiscalizar propriedades em áreas rurais do estado são acompanhados por policiais mili-tares ou federais. “Achávamos que o auditor fiscal era im-batível, uma autoridade que impunha respeito, mas depois destas mortes, percebemos que somos frágeis e impotentes frente a esses assassinos”.

Além disso, a chacina e sua até então impunidade provo-cou um desestímulo à categoria. Frasão afirmou que muitos fiscais se sentem angustiados e amedrontados por exercer tal função, temendo serem as próximas vítimas. “Nos sentimos desamparados vendo um crime tão bárbaro e cruel ainda sem conclusão. Nossa categoria não é mais a mesma”.

Viúva diz que só terá paz com o julgamentoViúva do auditor fiscal Nelson José da Silva, morto aos

52 anos, a comerciante Helba Soares da Silva, de 47, disse

que acorda todos os dias pensando no crime, que até hoje não a deixa em paz. “Sinto que eu ainda não enterrei meu marido. Minha vida tem sido buscar punição para os assas-sinos. E só poderei descansar no dia em que os culpados forem julgados e condenados. Rezo para que isso aconteça o mais rápido possível. Já não aguento mais essa demora”.

Helba é a única das quatro viúvas da chacina que ainda vive em Unaí, Noroeste de Minas. As outras mudaram-se para Belo Horizonte. Por causa disso, ela ainda paga o preço de não poder andar livremente pela cidade, cujo prefeito, Antério Mânica, é um dos nove acusados pelo crime. “Não tenho a liberdade de ir em qualquer lugar nesta cidade. Logo após o crime, quando me encontrava com ele, eu o xingava. Mas o melhor é não encontrá-lo”.

Pelas ruas da cidade, Helba conta que ainda são feitos muitos comentários sobre a chacina. “Nesses sete anos, o pessoal da cidade abriu muito a boca, o que gerou novas provas, novas testemunhas, pessoas que viram os acusados no dia do crime, fortalecendo a acusação. Pelo menos para isso, essa demora serviu”, desabafou.

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DOUGLAS COUTOO exame que iria avaliar a sanidade mental do publicitário

Frederico Flores, chefe do grupo acusado de torturar e decapitar dois empresários no bairro Sion, região Centro-Sul da capital, foi adiado. A perícia seria feita ontem no Instituto Médico Legal (IML), mas não aconteceu por falta de escolta do acusado, que está na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.

A defesa quer remarcar o exame para o mês que vem, mas

acredita que a Justiça pode demorar até três meses para definir a nova data.

O advogado Luiz Alberto Oliveira disse que seu cliente havia sido intimado, mas a Subsecretaria de Administração Prisional não teria recebido o ofício determinando a escolta. Na Secretaria de Estado de Defesa Social, a informação é que nenhum pedido foi feito. A estratégia da defesa de Flores é alegar insanidade - o advo-gado diz que seu cliente não tem consciência sobre seus atos.

O TEmPO - P. 31 - 27.01.2011 caso Sion

Exame psicológico de Flores é adiado

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VICTOR HUGO FONSECAUm soldado da Polícia Militar é o prin-

cipal suspeito de ter liderado a “festa do pó” interrompida no fim da noite de anteontem em um sítio invadido em Santa Luzia, na região metropolitana da capital. Ao todo, 29 pessoas, dentre homens, mulheres e adolescentes que participavam do baile funk regado a drogas e bebidas alcoólicas, foram conduzidas para a Delegacia Regional da cidade.

Cinco dos envolvidos, entre eles o sol-dado, foram detidos em flagrante por suspeita de tráfico, associação para o crime, corrupção de menores e invasão de domicílio. Segundo o delegado regional Cristian Nunes Andrade, os depoimentos de participantes apontaram o mi-litar Leonardo Eustáquio Vieira, 32, lotado no 22º batalhão da PM, como organizador da fes-ta. O soldado foi ouvido e encaminhado para um quartel, onde ficará detido. Foram presos ainda os suspeitos Harley Davidson Rezende, 26, Leandro Sena da Silva, 28, o “Dico”, e Valdomiro Pereira, 38, o “Pará” - eles foram levados para o presídio da cidade.

Segundo o delegado, os demais maiores de idade foram ouvidos e liberados, mas po-derão ser indiciados pelos mesmos crimes. A participação dos menores será investigada pela Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente.fLAGRAnTE

Segundo o delegado Andrade, os policias

chegaram ao local após receberem uma de-núncia referente à invasão do sítio. “O caseiro alugou o imóvel sem o dono saber. Quando os convidados chegaram, a mulher dele pediu que fossem embora, mas ninguém obedeceu”, contou. Antes, o grupo havia passado por outro sítio, que pertence à família do soldado, mas não ficaram no local, pois a piscina estaria suja.Chegando ao sítio invadido, militares se depararam com participantes que já estavam deixando a festa. Alguns deles já estavam em seus carros e tentaram fugir, mas foram cap-turados.

Menores. Na manhã de ontem, parentes dos envolvidos foram à delegacia em busca de notícias. Segundo os pais de uma jovem de 18 anos, a filha disse que iria a um shopping. “Ela mentiu e vai ganhar um puxão de orelha”, dis-se o pai. Os adolescentes poderão ser punidos, de acordo com o delegado responsável, com prestação de serviços à comunidade ou até com internação.

Tradição - Eventos são promovidos toda semanaUma jovem de 22 anos, que não quis ser

identificada, contou que já esteve em uma das festas organizadas pelo grupo. Segundo ela, os eventos acontecem duas vezes por semana, sempre embalados por funk e regados a álco-ol e entorpecentes. “Hoje é assim. Que festa não tem droga?”, destacou. Os eventos reali-

zados às terças-feiras, segundo a jovem, reú-nem entre 20 e 30 pessoas e vão até o início da madrugada. “Homens não são convidados, só mulheres. Quem não quer beber de graça?”, in-daga. Já os bailes promovidos às quintas-feiras acontecem de madrugada e vão até as 6h, em média, de acordo com a jovem. “Os homens pagam R$ 50, e as mulheres entram de graça”, relata a moça.

Classe média. Há pouco mais de um mês, a Polícia Militar já havia acabado com uma festa semelhante, no bairro Monte Car-melo, também em Santa Luzia. Na ocasião, foram detidas 19 pessoas de classe média, en-tre 18 e 31 anos de idade, moradores de Belo Horizonte,Santa Luzia e Vespasiano. (VHF)

DetalhesApreensão - Os militares encontraram

11 papelotes de cocaína, uma porção de ma-conha e vários frascos de loló, além de garra-fas de bebidas alcoólicas. Foram apreendidos ainda quatro carros e uma moto. Vários celu-lares, quase R$ 1.000 em dinheiro e um che-que também foram achados.Conduta. O major Wanderley Wilsom Amaro classificou como grave a suspeita de envolvimento do soldado. “Nenhum militar deveria estar em um lugar daqueles, numa situação como essa”.

A PM vai abrir procedimento para inves-tigar o caso.

O TEmPO - P.29 - 27.01.2011Santa Luzia.Cinco suspeitos foram detidos em flagrante por tráfico, invasão e corrupção de menores

Policial liderava “festa do pó”Ao todo, 29 pessoas participavam do baile funk regado a drogas e bebidas

Bandido em penitenciário chefiava quadrilha

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fOLhA DE SP - P. A5 - 27.011.2011

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nEGóciOS S.A.

Lixo de Belo HorizonteNairo Alméri

Nunca o lixo foi tão disputado. Tanto é que grandes grupos de empreiteiras do país entram nos processos da coleta. A dispu-ta é tal que escândalos e crimes políticos envolveram interesses em prefeituras do ABC paulista e de grandes centros do interior de São Paulo. Um dos crimes, em 2002, custou a vida do então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT). No episódio se usou, pela primeira vez, a expressão “máfia do lixo”.

Em Minas Gerais, até o presente, não se tem relação de fatos como os paulistas. Mas o interesse pela prestação do ser-viço se equipara. Por isso, os olhos do Ministério Público estão direcionados para o processo licitatório da varrição e coleta de lixo das ruas de Belo Horizonte, onde o serviço é terceirizado pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) - com lim-peza manual. O processo não foi inviabilizado no ano passado e, em novembro, a Prefeitura prorrogou os contratos das três companhias, pelo chamado regime emergencial, por mais seis meses.

Até aí, nada demais, não fosse pela inclusão da “varrição mecanizada”. Novidade para a capital mineira, a modalidade surgiu dentro de um parecer de empresa de consultoria de São Paulo. Esta teria assegurado a “excelência” nos resultados ope-racionais e financeiros na conjugação da modalidade com a var-rição manual. No geral, as consultorias olham para as máquinas e os resultados, sem priorizar o enorme contingente humano que não continuará ocupado.

Quando fechou 2010, a SLU-BH abriu a nova licitação, com a exigência das empresas concorrentes de comprovação da capacitação técnica em varrição mecanizada. É nesse detalhe que os olhos de quem fiscaliza contratos públicos busca pos-sível favorecimento às três empresas que cumprem o contrato tampão: estariam construindo agora tal capacitação que será atestada pela própria Prefeitura. Isto, claro, cria vantagens para elas no processo, se retirarem o edital e apresentarem propos-tas.

Varrição de até 10 km por hora Um funcionário da Viassolo confirmou que a empreiteira

faz o “teste” com as máquinas na varrição de canteiros. Só não comentou se a máquina foi cedida pela própria SLU-BH.

Por e-mail, a coluna solicitou ontem (às 11h06, e reforçou às 17h10) informações à Prefeitura de Belo Horizonte sobre o processo licitatório da SLU e detalhes para a adoção da modali-dade da varrição mecanizada. Não houve retorno.

O impacto da varrição mecaniza sobre a mão de obra ocu-pada com o serviço manual pode ser medido na implantação do serviço em Salvador (BA), pela Limpurb. A máquina varredeira pelo sistema de aspiração cobre de 5 a 6 km por hora. A que opera por “alto vácuo” (varre e remove a sujeira compactada), limpa, em média, 10 km por hora. Na capital baiana, os garis que perderam espaços para as máquinas foram deslocados para outros bairros

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