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O preço do abandonoProibida de exterminar sem justificativa cães soltos pela cidade, PBH gasta R$ 5 mi ao ano para capturar animais, examiná-los, castrar os sadios e devolver o problema às ruas. Com as entidades protetoras superlotadas, desafio não tem solução à vista

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Luciane Evans Sem um abrigo municipal que possa acolher quase

30 mil cães abandonados em Belo Horizonte, os ditos “melhores amigos” do homem transformaram-se em um desafio que queima recursos públicos, deixa milhares de animais entregues à própria sorte e não tem solução à vista. A prefeitura não dispõe de lugar para receber os cachorros, tampouco planeja criar um; a Sociedade Mineira Protetora dos Animais, organização não gover-namental que é referência para o acolhimento, já conta com quase 700 indivíduos à espera de adoção e não tem mais vaga. Proibida de sacrificar injustificadamente os bichos capturados, a administração municipal adotou uma política que, embora custe R$ 5 milhões ao ano, devolve o problema para as ruas. Os cães são recolhidos e examinados. Os contaminados por leishmaniose vão para o sacrifício; os sadios recebem vacina contra a rai-va e um chip. Depois, são soltos.

“Antes eles matavam; agora, abandonam”, critica a promotora de Meio Ambiente de BH, Lilian Marotta, lembrando que, até 2006, a prefeitura recolhia e sacrifi-cava os cães de rua. Depois de uma briga judicial, que envolveu entidades de defesa dos animais e o Ministério Público, o extermínio foi proibido, mas outro problema surgiu: “O poder público está concentrado na saúde hu-mana, no controle de leishmaniose. Não há uma política pública que tente solucionar o abandono. Não há uma promoção da prefeitura para a adoção nem sequer um abrigo para acolher esses bichos” aponta.

Para piorar, quem quer entregar um cão ou gato para adoção esbarra em outro entrave: lotada, a Socie-dade Mineira Protetora dos Animais tem cobrado R$ 200 dos donos que optam por entregar seus bichos. O impasse tem deixado muitos belo-horizontinos de mãos atadas. Douglas da Silva está nessa situação há um ano. Dono de um cocker há seis anos, Douglas se viu obriga-do a doar o cão depois que descobriu que seu filho, de 2 anos, era alérgico. “A prefeitura não tem um espaço e não tenho condições de pagar R$ 200 para uma ONG. As outras organizações também dizem que não há va-gas. Não tenho coragem nem vou abandoná-lo na rua, muito menos sacrificá-lo”, relata. Por motivo diferente, a família de Pablo Gabriel Viana enfrenta problema se-melhante: há cinco meses tenta entregar a vira-lata Preta a algum órgão que possa cuidar dela, que está muito do-ente. “Nosso medo é de que a doença possa contaminar os outros cães da casa ou até mesmo a própria família”, diz Pablo. DESpESA

Desde que foi proibido de sacrificar cães abando-nados, o Centro de Zoonoses de BH os recolhe de áre-

as com alto índice de casos de leishmaniose. Eles são levados para o centro, no Bairro São Bernardo, na Re-gião Norte, e submetidos ao teste para a doença. “Caso o resultado seja positivo, fazemos a eutanásia”, conta o secretário municipal-adjunto de Saúde, Fabiano Pimen-ta. Caso dê negativo, é implantado em cada indivíduo um microchip contendo informações sobre sua saúde. Depois, ele é vacinado contra raiva e castrado. “Em se-guida, fica para a adoção, no Centro de Zoonoses, duran-te 15 dias. Se não aparecer um dono, volta para a rua”, conta Pimenta. A manutenção do centro custa aos cofres públicos R$ 5 milhões por ano, sem contar os salários dos funcionários. “Só para a implantação do chip são R$ 250 mil anuais.”

O índice de retorno de cães e gatos para as vias da cidade é bem maior do que a possibilidade de eles en-contrarem um lar. São atualmente, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), 288,7 mil cães e 38,7 mil gatos em BH. Destes, estima-se que 10% estejam nas ruas. No ano passado, 10.568 cães sadios fo-ram recolhidos, castrados e entregues à adoção. Destes, 3.170 conseguiram um lar e 7.398 voltaram para as ruas. Os doentes, que foram sacrificados, representam 40% do total de 17.613 cachorros recebidos no Centro. Ou seja, mais de 7 mil foram mortos.

Os R$ 200 cobrados pela Sociedade Mineira Prote-tora dos Animais para donos que queiram entregar seus companheiros, segundo conta a presidente da ONG, Leilane Lopes, destinam-se a manter o abrigo funcio-nando. “Não recebemos nenhum recurso da prefeitura”, diz. Quando cães ou gatos de rua estão machucados ou doentes e não têm dono, a ONG os recolhe. Por sema-na, segundo ela, são recebidos cerca de 30 animais, dos quais oito são adotados. “Nossa despesa é alta. Apesar da ajuda de voluntários, temos funcionários para pagar. Contamos com o trabalho de veterinários. Recebemos doações de comida, mas já estamos no limite”, afirma. Para a promotora Lilian Marotta, esse tipo de problema não pode ser um ônus para as entidades: é responsabili-dade do poder público.

A única solução prevista para o desafio – que en-volve também a consciência de quem decide criar um animal, além de representar uma ameaça à saúde pública – é um convênio entre a prefeitura e uma ONG (cujo nome ainda não foi divulgado), no valor de R$ 200 mil, a ser formalizado neste semestre. “O objetivo do acordo é realizar ações de mobilização e feiras de adoção. Além disso, vamos criar centros de zoonoses na cidade. Hoje, temos nas regiões Oeste e Noroeste e uma unidade mó-vel. Queremos implantar nas regiões Leste e Nordeste”, diz o secretário-adjunto Fabiano Pimenta.

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MARIA FERNANDA CININI

Depois de 20 anos de batalhas judiciais, cerca de 1.500 vítimas de danos causados pela mineração conquistaram o direito de receber indenização. O fim da ação civil pública, impetrada em 1991 con-tra a antiga Mineração Morro Velho - atual Anglo Gold -, foi possível com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Cada vítima vai receber R$ 50 mil.

A ação foi impetrada por trabalhadores da mi-neradora que desenvolveram silicose. A doença se manifesta pela exposição ao pó de sílica (quartzo) durante muitos anos. Quando inalado, o pó entra nos pulmões e dificulta a respiração.

O TAC foi assinado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público do Trabalho, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extra-ção do Ouro e Metais Preciosos de Nova Lima e Região e a Anglo Gold. O acordo foi firmado em dezembro.

Segundo o promotor responsável pelo caso, Fernando Ferreira Abreu, o acordo também prevê que a mineradora custeie as perícias para os casos

que demandarem mais provas. “Hoje, começo o atendimento aos doentes ou familiares daqueles que já morreram para que sejam elaboradas as propostas de indenização”, afirmou.

Tramitação. Com relação à demora para a con-clusão do processo, o promotor explicou que so-mente em 1999 o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o MPE poderia assumir a causa. “Des-de então, foram inúmeras idas e vindas, descumpri-mentos de acordos e ações particulares, que dificul-taram o andamento da ação”, disse.

Ainda segundo Abreu, o grande número de pes-soas cadastradas no processo foi outro complicador. “Negociar, levantar nomes e endereços não é fácil”, concluiu. O acordo não impede que as vítimas acio-nem a Justiça caso discordem dos valores.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Ouro e Metais Precio-sos de Nova Lima e Região, o acordo vai beneficiar cerca de cem ex-funcionários da empresa. “Muitos desses 1.500 cadastrados já conquistaram algum di-reito na Justiça. Os que ainda não tinham celebrado nenhum tipo de acordo são cerca de cem”, confir-mou a advogada do sindicato, Delma Andrade.

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O Ministério Público Estadual (MPE), juntamen-te com o Ministério Público do Trabalho, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Ouro e Me-tais Preciosos de Nova Lima e Região e representantes da Anglogold Ashanti, proprietária da antiga Mineração Morro Velho, assinaram termo de ajustamento de conduta (TAC) para encerrar em definitivo a ação civil pública, proposta em 1991, que pleiteava indenizações às vítimas de silicose.

O acordo resolverá a situação daqueles que ainda não receberam a reparação. Cerca de 1,5 mil pessoas foram cadastradas no processo, mas muitas já fizeram acordos individuais na Justiça do Trabalho. Segundo o promotor de Justiça Fernando Ferreira Abreu, responsável pelo trabalho, o acordo proposto em 2000 previa pagamento de R$ 20 mil para cada pessoa. Agora, o valor atualizado pelo IGP-M está em torno de R$ 50 mil.

A empresa só vai oferecer essa quantia para aqueles que tiverem a doença devidamente comprovada. Se o diagnóstico for duvidoso, a Anglogold vai arcar com os custos de uma perícia a ser feita pela Justiça. No caso dos trabalhadores que morreram vítimas de silicose e a cer-

tidão de óbito comprove a morte pela doença, a quantia será oferecida aos seus parentes. O MPE informou que 50 famílias se encontram nesta situação e estão prontas para receber a indenização.

De acordo com o promotor, há casos de trabalhadores que morreram por outras causas, como afogamento. “Aí teremos de colher provas para saber se realmente as pes-soas tinham quadro de silicose. Vou pedir ajuda ao INSS para ver se já havia alguma perícia que comprovasse a doença”, afirma Abreu.

DOENÇA A silicose é uma doença que pode se desenvolver em

pessoas que inalam pó de sílica (quartzo) durante muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia. Por isso, a doença é frequente em trabalhadores como mineiros, cortadores de arenito e de granito, operá-rios de fundições e oleiros. Quando inalado, o pó de sílica entra nos pulmões e causa a formação de um tecido cica-tricial. As áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigênio para o sangue, os pulmões perdem elasticidade, obrigando a pessoa a fazer mais esforço para respirar.

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Nova Lima.Trabalhadores contraíram silicose por contato com quartzo

Após 20 anos, mineiros ganham R$ 50 mil

Indenização

Acordo para vítima de silicose

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hOjE EM DIA - p. 31 - 20.01.2011Sem laudos, 4 estádios de Minas podem ser vetados

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DOUGLAS COUTOMinas Gerais registrou, no ano passado,

um aumento de 76% no número de motoristas que perderam a Carteira Nacional de Habili-tação (CNH) por dirigirem embriagados. Em 2010, 30 condutores sofreram a punição, en-quanto, no ano anterior, 17 haviam perdido o direito. O dado pode até parecer um avanço, entretanto, o número representa menos de 1% dos 4.827 mineiros que foram impossibilita-dos de dirigir.

Os maiores vilões do trânsito em Minas Gerais foram os motoristas que acumularam infrações ao longo de um ano. É o que afir-ma a coordenadora de infrações e controle do condutor do Departamento Estadual de Trân-sito (Detran/MG), Cristiane Lima. “O excesso de pontos na carteira de habilitação é o que motivou a mai<CW-23>oria das suspensões”, afirmou. De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), um condutor pode atingir, no máximo, 20 pontos ao longo de um interva-lo de 12 meses.

Segundo informações do (Detran/MG), a falta do uso de capacete pelos motociclis-tas aparece como a segunda maior causa de suspensões e cancelamentos. Em seguida, de acordo com o ranking do órgão, vem o trans-porte de passageiros sem o uso de equipamen-to de segurança obrigatório.

Para o condutor que tem a CNH suspen-sa, a punição prevista é a perda do direito de dirigir por um período que varia de um mês a um ano, de acordo com a pontuação. O prazo começa a ser contado a partir do momento em que o motorista entrega a habilitação - cerca de 10% dos punidos durante o ano passado, ou seja, 482 infratores, ainda não apresentaram a carteira suspensa ao Detran.

Nos casos em que o condutor infrator é flagrado dirigindo com habilitação suspensa, a punição é maior: cassação da carteira por dois anos e uma multa de R$ 574.

Apesar de estarem com a CNH suspen-sa, na prática, os infratores conseguem a re-novação da carteira. Segundo o Detran-MG, a perda da habilitação não é automática e o motorista tem direito a recorrer da decisão. Enquanto correr o processo administrativo, a carreira não é cassada.

Para especialista em transporte e tráfego urbano Ronaldo Guimarães Gouvêa, profes-sor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o volume de motoristas que perde-ram a CNH é um reflexo da falta de critério na concessão da habilitação. “Boa parte do pro-blema das multas e infrações nas ruas se deve às pessoas com algum problema psicológico ao volante. Não é preciso ser especialista para perceber o motorista que não sabe conviver no trânsito”, destacou.

Gouvêa classifica como “fraca” a avalia-ção psicológica aplicada pelos Detrans como

Balanço.827 mineiros que tiveram a carteira apreendida, 30 foram reprovados pelo bafômetro

Lei Seca pune menos de 1% dos motoristas infratoresPontuação na CNH foi a principal causa das perdas do direito de dirigir

Além de ficar proibido de dirigir du-rante o período, o motorista que tiver sua a habilitação suspensa é obrigado a fazer um curso de reciclagem, composto por aulas ministradas em um Centro de Formação de Condutores (CFC) credenciado pelo De-tran-MG.

Embora a capital concentre mais de 80% dos casos de condutores punidos no Estado, não é fácil encontrar um CFC que ofereça aulas de reciclagem na cidade. A re-portagem de O TEMPO procurou 15 auto-escolas ontem e apenas uma delas oferecia o curso.

A principal reclamação dos empresá-rios é a baixa procura pelos serviço. “Não tem como abrir uma turma só para a reci-clagem. Falta aluno. Aparece um ou outro por mês. O que a gente faz é oferecer a ele as aulas individuais”, explicou o empresário Marco Antônio Bahia, sócio de uma auto-escola.

Exemplo. Com a carteira suspensa desde agosto de 2010 por excesso de pon-tos, o comerciante Raul Mourão, 36, iniciou ontem o curso de reciclagem. Para ele, é im-portante voltar à sala de aula e rever concei-tos que, às vezes, são esquecidos. “Os mo-toristas ficam rebeldes, esquecem das regras e acabam sendo punidos. Essa é a chance de focar nas leis de trânsito e recordar a direção defensiva”, declarou o comerciante.

Após ter sido flagrado diversas vezes falando ao celular enquanto dirigia e ser multado também por excesso de velocidade, o motorista José Carlos da Fonseca Diniz, 44, teve a CNH suspensa e passou pelas 30 aulas de reciclagem. Agora, se prepara para voltar a rua. “Acho que aprendi. Não quero mais correr o risco de perder a carteira. Ela me fez muita falta. Foi um período difícil, no qual perdi muitas oportunidades de tra-balho”, relatou o motorista. (DC)

curso de reciclagem

Baixa demanda reduz oferta

critério para a concessão das habilitações a fu-turos condutores. “A consequên-cia é esse alto

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O TEMpO - p. 32 - 20.01.2011DEMORA. Maria Islaine foi morta com nove tiros; câmeras de segurança registraram crime

Assassino de cabelereira ainda não foi julgado, um ano depois

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Polícia Federal investiga crime financeiro em BHOs suspeitos estariam envolvidos na venda de Letras do Tesouro falsificadas

Policiais são presos por homícídiohOjE EM DIA - p. 25 20.01.2011

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Mutirão irá mapear áreas de risco no país

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