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CoNt... o estado de sp- p. a9 - 28.01.2011

Pensão Leitores da coluna enviaram e-mails co-

mentando a campanha contra as pensões re-cebidas por ex-governadores, comandada pela Procuradoria Geral da República e pelo Minis-tério Público de vários estados. Acham muito justo o movimento, pois o cidadão não pode se aposentar com pensão integral depois de exer-cer função pública por poucos anos. É incons-titucional. Por outro lado, acham que, em meio a bafafá, estão deixando de lado os salários de marajá recebidos por parlamentares, que recen-temente elevaram absurdamente em 61% seus vencimentos. Também chamam a atenção para os régios salários dos membros do Ministério

Público – que pleiteiam reajuste de seus con-tracheques. Acrescentam que o mesmo ocorre com os salários de juízes, desembargadores, ministros e demais membros da magistratura, que recebem os mais altos estipêndios da nação. Tudo devido às liberalidades da Constituição de 1988, diz um deles.

A conclusão dos leitores é que, no caso dos governadores, embora a campanha seja justa, estão fazendo tempestade em copo d’água. O grosso do dinheiro do povo vai para disparata-dos salários do Executivo, Judiciário e Legisla-tivo, não para o grupo de gatos pingados de ex-governadores. Tudo bem. Estamos em uma de-mocracia e cada um tem direito à sua opinião.

estado de MINas - p. 3 - Cad. Cultura - 28.01.2011MÁrIo FoNtaNa

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eX-GoVerNadores

Governo de MG estuda acabar com pensõesEstudo deve enviar à Assembleia um projeto de lei que acabe com as aposentadorias

vitalícias pagas a ex-governadores e herdeiros. Intenção é se adiantar a uma eventual ação judicial que pode ser movida pelo Ministério Público. Página 7

O procurador geral da República, Roberto Gurgel, provocou os Executivos estaduais ao lembrar que eles podem se antecipar ao Supremo Tribunal Federal e aca-bar com as leis que concedem as pensões para ex-gover-nadores. No Palácio Tiradentes fala-se também em um “meio-termo”, que não confronte direitos adquiridos. Por isso, uma hipótese aventada é a de que uma proposta de lei barre apenas a concessão de novos benefícios.

Em licença para uma viagem particular, o governa-

dor Antonio Anastasia (PSDB) volta ao trabalho no dia 2 de fevereiro. Nada deve ser decidido até lá. A Promoto-ria de Defesa do Patrimônio Público instaurou inqué-rito e solicitou informações à Secretaria de Planejamen-to e Gestão. O promotor João Medeiros não pretende questionar os pagamentos já realizados, argumentando que, a princípio, os beneficiários não agiram com “má-fé”. A secretaria alega que não recebeu o requerimento. (Da Redação)

Ex-governadores. Primeiros processos acontecem no Paraná e Sergipe

OAB entra com ação contra o pagamento de benefícios

Executivo vai analisar hipótese de “meio-termo”

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Nayara Menezes e Luiz Ribeiro Vitória para o meio ambiente em Minas. A Lei Esta-

dual 19.096, de 2010, que retirava a mata seca do Norte de Minas da área de preservação da mata atlântica, foi declarada inconstitucional. A Corte Superior do Tri-bunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou, quarta-feira, liminar expedida em dezembro pelo de-sembargador José Antonino Baía Borges, que acolheu a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), proposta pela Procuradoria-Geral de Justiça de Minas, depois de pedido do Centro de Apoio das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente. Para o promo-tor Luciano Badini, um dos autores do procedimento administrativo, a decisão é uma importante conquista. “Não podíamos aceitar uma lei estadual que tirasse a proteção desse bioma, equiparado por lei federal à mata atlântica”, explicou.

De autoria do então deputado Gil Pereira (PP), o projeto de lei foi aprovado em sessão extraordinária na Assembleia Legislativa em junho e promulgado no início de agosto pelo Legislativo, depois de devolvido pelo Executivo. A alegação do autor foi a expansão da agropecuária, com a criação de pelo menos 250 mil em-pregos. Ambientalistas contestaram e acusaram latifun-diários como beneficiados pela extinção da mata.

A decisão do TJMG foi baseada em dois dispositi-vos que a tornaram inconstitucional. Segundo a corte, cabe à União editar normas para o meio ambiente e o estado só pode legislar nesses casos se for para impor medidas mais restritivas e protecionistas, o que não ocorria a nova lei. Outro ponto que fere a Constituição é o fato de a mata atlântica ser patrimônio nacional, protegido por lei federal.

Com uma área de 16,1 mil quilômetros quadrados, de acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a mata seca foi incluída na área de preservação da mata atlântica pelo Decreto Federal 6.660, de 2008. O docu-mento proíbe o desmatamento de florestas nativas do bioma a não ser por utilidade pública e interesse social. A lei declarada inconstitucional pelo TJ permitia o des-matamento de até 70% da área coberta pela vegetação. A decisão só poderá ser questionada no Superior Tri-bunal de Justiça, mas o promotor Badini acredita que isso não ocorrerá. “Dificilmente, o STJ questionará a decisão, pois a lei estadual é menos restritiva que a a federal”, disse.

Matas secas são extensões da mata atlântica no in-

terior do país, que perdem menos de 50% das folhas nos períodos de estiagem. Ficam em zona de transição com o cerrado e caatinga e é influenciada pela vegeta-ção dos dois biomas. De 1986 a 2006, foram desmata-dos cerca de 2 mil quilômetros quadrados de mata seca no Norte de Minas.

recuperação do rio são Francisco A recuperação da bacia do rio de integração nacio-

nal, que corta cinco estados do país, vai ganhar atenção especial e apoio internacional em Minas. Vai ser im-plantado em Pirapora, no Norte do estado, o Polo de Revitalização do Rio São Francisco, mediante parceria entre o governo estadual, por meio do Centro Interna-cional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Instituto Hidroex), e a Fundação Jacques Cousteau. A iniciativa contará com apoio da Organi-zação das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).

O secretário de estado de Ciência, Tecnologia e En-sino Superior, Nárcio Rodrigues, esteve ontem na ci-dade para discutir a implantação do projeto e anunciou que o polo ficará no câmpus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) em Pirapora. A institui-ção mantém na cidade ribeirinha o curso de geografia e desenvolve vários estudos sobre a bacia.

A previsão é de que o projeto seja concluído neste primeiro semestre, com atividades práticas na segunda metade do ano. Além da recuperação de matas ciliares, proteção de bacias e combate ao assoreamento, o polo terá programa de educação ambiental para moradores das comunidades ribeirinhas.

Metade das reservas de transição da mata atlântica já foi derrubada

MeIo aMBIeNte

Mata seca protegidaTribunal de Justiça declara inconstitucional lei estadual que permitia desmate de áreas verdes no Norte de Minas

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Renato Lopes/Esp.EM - 31/8/04

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Federação não dá bola para o MPEntidade não cumpre recomendação do Ministério Público para sorteio de árbitros e vai sofrer ação civil pública

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TJ nega pedido para fechar Galoucura

Por não ser objeto de mandado de segurança e, sim, ação civil pública, e pelo fato de a solicitante, M.C.F., não ter legi-timidade para propor a ação, o relator da 2ª Câmara Criminal, desembargador Nelson Missias de Morais, indeferiu o pedido para fechamento da torcida organizada “Galoucura” e o res-tabelecimento das prisões dos acusados de envolvimento na morte de um adolescente. Dessa forma o processo foi extinto sem julgamento do mérito.

A impetrante requereu o fechamento temporário da “Ga-loucura” até que o Ministério Público verifique se a instituição se adequou às normas legais para a qual foi formada. Foi pe-

dido que fosse apreendido todo o material lá existente, reali-zando busca e apreensão, bloqueio de eventuais bens móveis e imóveis e contas bancárias, garantindo-se, ainda, o direito a ações indenizatórias as vítimas.

De acordo com o desembargador, o pedido que visava ao fechamento da Galoucura é matéria de direito público, de competência da Justiça Estadual Cível e não Criminal. “A ação própria para obtenção do ora pleiteado é ação civil pú-blica, possuindo legitimidade para sua propositura os entes fixados no art. 5º da Lei 7.347/85”, explica.

Em relação ao pedido de decretação da prisão preventi-va dos denunciados, o magistrado esclarece que só possuem legitimidade para requerê-loo órgão ministerial e a autoridade policial, via requerimento, ou até mesmo o magistrado que tenha recebido a denúncia.

MINas GeraIs - oN lINe - 28.01.2011

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THIAGO PRATAO diretor de futebol do Cruzeiro, Dimas Fonseca, anun-

ciou novidades sobre os bastidores do clube celeste. E uma delas já antecipa o clima de rivalidade do primeiro clássico do ano, contra o Atlético, no dia 12 de fevereiro, único da primeira fase do Campeonato Mineiro. O dirigente deixou claro que a Raposa, mandante da partida, não aceitará a pre-sença da torcida do rival no confronto a ser realizado na Are-na do Jacaré, em Sete Lagoas.

“É um assunto que discutimos. O Cruzeiro não abre mão da torcida única. O Maluf (diretor de futebol do Atléti-co) contestou, porque ano passado o Atlético era mandante e tinha as duas torcidas, mas era no Mineirão. E não temos o Mineirão (que está em reforma). Somos mandantes e a Pro-motoria de Justiça entende que a Arena não suporta as duas torcidas. Por isso o Cruzeiro não abre mão. Já deixamos no arbitral que queremos torcida única”, declarou Dimas.

O diretor da Raposa disse também que fez uma solici-tação para que a Federação Mineira de Futebol (FMF) an-tecipe para 19 de fevereiro o jogo diante do Ipatinga, que está marcado para o dia 20 do mesmo mês. O motivo é que, apenas dois dias depois desse jogo, o time mineiro enfrenta-rá o Guarani, do Paraguai, pela Copa Libertadores. Os dois embates estão marcados para Sete Lagoas.

“Fizemos um contato com a Federação Mineira. Liguei para o Paulo Schettino (presidente da FMF) e falei da nossa preocupação quanto a esse espaço de 48 horas (entre as duas partidas), destacando a importância do jogo contra o Gua-rani para o futebol mineiro e brasileiro na Libertadores. É preciso que a FMF tome as providências”, afirmou o diretor de futebol.

Victorino. Com relação à negociação do zagueiro uru-guaio Mauricio Victorino, Dimas Fonseca está otimista de que o atleta seja contratado pela Raposa, mas criticou a pos-tura do procurador do jogador, Sérgio Irigoitia. “Ele (Irigoi-tia) tem que parar de falar com a imprensa e conversar com o Cruzeiro. Ele tem que definir. Não vamos pagar mais do que podemos ao Universidad”, disparou Dimas.eMpréstIMos

O Cruzeiro anunciou o empréstimo de nove jogadores a vários clubes do país. O volante Everton (Grêmio), o meia Bernardo (Vasco) e os atacantes Kieza (Náutico), Eliandro (América) e Thiaguinho (Goiás), serão emprestados até o fim do ano.

Foram repassados até o término dos estaduais o goleiro Douglas Borges (Guarani de Divinópolis), o meia Camilo (Mirassol-SP), e os avantes Reinaldo Alagoano (Mirassol-SP) e Anselmo Ramon (Oeste-SP)

o teMpo - p. 43 - esportes - 28.01.2011Cruzeiro.Como mandante do jogo com Galo, Raposa não permitirá torcedores do rival na Arena do Jacaré

Torcida única no 1º clássicoDimas Fonseca, diretor de futebol celeste, diz estar respaldado pelo Ministério Público

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Comércio critica apagões em Ipatinga

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RENATA MATTA MACHADOEstá sendo esperada para o fim da semana que vem

a definição do restante do segundo escalão do governo Antonio Anastasia (PSDB). De acordo com uma fonte próxima ao governador, que preferiu não se identificar, Fábio Avelar deve ser nomeado para a presidência da Prev-Minas.

Já Gláucia Brandão (PPS) está cotada para a para assumir a Secretaria Adjunta de Desenvolvimento So-cial (Sedese). Outros nomes dados como certos na nova gestão são os do ex-deputado estadual, Fahin Sawan (PSDB), para a presidência da Fundação Hemominas, e do ex-prefeito de Contagem Ademir Lucas (PSDB) para a Administração de Estádios de Minas Gerais (Ademg).

“As nomeações devem sair após a posse dos dois deputados na Assembleia Legislativa. Acredito que até a segunda semana de fevereiro o governo já esteja comple-to”, comentou a fonte. O deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) disse que o partido continua aguardando com paciência a definição dos nomes, mas lamentou que o Estado esteja parado. “Quem perde com a indefinição e o paradeiro é própria democracia. Vários projetos pode-riam estar caminhando”, afirmou o deputado pedetista.

Fevereiro. De acordo com o parlamentar, com a pos-

se dos deputados estaduais, em 2 de fevereiro - e, conse-quente, com o funcionamento das comissões na Casa -, as “coisas começam a acontecer”. “Janeiro é realmente um mês parado. Minas ainda está muito bem porque co-meça a funcionar em fevereiro. Pior é o resto do país que só funciona após o Carnaval ou, quem sabe, da Semana Santa”, comentou Alencar da Silveira.

Já o deputado estadual Gustavo Valadares (DEM) vê com mais tranquilidade a espera para a composição do segundo escalão. Segundo Valadares, todo início de governo é assim e as coisas vão se definindo aos poucos. O deputado lembrou que as reuniões para a definição dos nomes estão acontecendo nas sedes dos partidos e até mesmo na Assembleia, só que a portas fechadas. “Tenho certeza que todos aqueles nomes que merecem vão ser contemplados. Acredito no governador Antonio Anasta-sia e na equipe capacitada que ele está formando”, ga-rantiu.

O líder do governo na Assembleia até a próxima ter-ça-feira, deputado estadual Maury Torres (PSDB) obser-va que é natural que os cargos sejam preenchidos aos poucos. De acordo com ele, a paciência solicitada pelo senador eleito, Aécio Neves (PSDB) é justa. “As defini-ções vão acontecer em breve”, finalizou.

o teMpo - p. 06 - 28.01.2011Cargos.Nomeações devem sair depois da posse dos dois deputados

Anastasia indica os últimos nomes do segundo escalão

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Maira Monteiro - Carlos RhienckUma força-tarefa contra a pirataria co-

meça a atuar em Belo Horizonte a partir de março. A informação foi confirmada pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP). O grupo será montado por meio de uma parceria entre a prefeitura e o Minis-tério da Justiça para implantar os projetos Cidade Livre de Pirataria e Feira Legal. Eles já são desenvolvidos em São Paulo, Curitiba e Brasília.

A medida visa diminuir o índice da ven-da de produtos falsificados na capital mi-neira. Um levantamento divulgado pela As-sociação Antipirataria de Cinema e Música (APCM) aponta que Minas Gerais ocupa o quarto lugar no ranking dos estados com o maior número pessoas condenadas, no ano passado, por infringir leis de direitos auto-rais.

A previsão é de que o contrato seja as-sinado no final de fevereiro para que a for-ça-tarefa entre em ação. Primeiro, a prefei-tura vai definir os integrantes do grupo e a estrutura que o órgão terá disponível. Em seguida, será elaborado o Plano Municipal de Combate à Pirataria, que leva em consi-deração as necessidades e características da cidade para definir as ações contra as vendas ilegais. A terceira etapa é a capacitação dos agentes públicos, que serão treinados para, por exemplo, poder reconhecer produtos pi-ratas.

O projeto Cidade Livre de Pirataria prevê a municipalização das ações para di-minuir os índices da venda de mercadorias falsificadas por meio de medidas educativas, econômicas e repressivas. A iniciativa en-globa o reforço da fiscalização em shoppin-gs populares, onde também será desenvolvi-do o projeto Feira Legal. O plano concentra esforços para convencer comerciantes que vendem produtos piratas a optar pela legali-zação no trabalho.

Segundo a secretária-executiva do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), Ana Lúcia Moraes Gomes Soares, essas ações só são possíveis por meio de

parcerias com a iniciativa privada que possi-bilitam a produção de mercadorias com pre-ços mais baixos. “Sabemos que o consumi-dor escolhe comprar os piratas por motivos econômicos. Por isso, é importante termos, por exemplo, vários CDs vendidos a preços acessíveis por não possuírem uma capa tra-dicionalmente mais trabalhada, com letras e fotos. O consumidor tem a certeza de que existem músicas gravadas com qualidade, por cerca de R$ 15”, explica Ana Lúcia.

O grupo que será montado em Belo Ho-rizonte também vai promover ações educa-tivas sobre os riscos que as pessoas correm ao comprar produtos falsificados. “Em São Paulo, Brasília e Curitiba tivemos resultados positivos, incluindo a redução de mercado-rias ilegais apreendidas. Ainda vamos im-plantar os projetos no Rio de Janeiro e em Ribeirão Preto. Belo Horizonte não estava na lista de cidades-teste, mas a prefeitura nos procurou com interesse e decidimos ampliar a iniciativa”, conta a secretária-executiva do CNCP. Segundo a assessoria de Comunica-ção da Prefeitura de Belo Horizonte, a im-plantação dos projetos ainda não é oficial.

O diretor-executivo da Associação An-tipirataria de Cinema e Música (APCM), Antônio Borges Filho, acredita que a im-plantação dos projetos na capital mineira pode diminuir os problemas enfrentados nos shoppings populares. “Nas cidades onde já existe a municipalização, a prefeitura inten-sificou a fiscalização dos alvarás dos comer-ciantes, verificando, por exemplo, se sublo-cam os pontos e até se estão vendendo os produtos previstos no contrato. Isso inibe a pirataria”.

Para o proprietário do Shopping Oia-poque, Mário Valadares, os projetos podem ajudar no processo de legalização que já está sendo desenvolvido no estabelecimento. “Hoje, o comerciante sabe a importância de se regularizar. Como a maioria das empresas é familiar, é possível a adaptação devido à agilidade nas compras e a negociação direta com fornecedores no exterior”.

BH cria força-tarefa para combate à piratariaParceria com Ministério Público vai possibilitar a adoção de um plano municipal de ação na capital

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RAFAEL ROCHAFoi no meio da tarde, em uma

das avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte, que a reportagem de O TEMPO confirmou um esquema de venda de diplomas. Para a quadrilha de estelionatários que atua na capital, o aprendizado adquirido na escola ao longo de 12 anos é facilmente substitu-ído por um falso comprovante de con-clusão de curso após o pagamento de R$ 200.

Todos os passos da negociação fei-ta com os criminosos e também a com-pra do diploma, que ocorreu na aveni-da Santos Dumont, a poucos metros de uma delegacia de polícia, foram grava-dos pela reportagem. Por telefone, na tarde do dia 19, o comerciante, que fez a denúncia a O TEMPO, forjou interes-se no diploma e encomendou o falso documento - entregue seis dias depois.

Como justificativa, ele disse aos estelionatários que precisava do certi-ficado para conseguir emprego em um supermercado. O comprovante do ensi-no médio vendido pelos falsificadores possui carimbo da Secretaria de Estado da Educação (SEE) e da Escola Sesi Alvimar Carneiro de Resende, no bair-ro Cinco, em Contagem, região metro-politana da capital.

O colégio é vinculado à Federação das Indústrias do Estado de Minas Ge-rais (Fiemg). Por meio de sua assesso-ria de imprensa, a entidade informou que, há poucos dias, recebeu denúncia sobre o esquema, acionou a polícia e realiza auditoria interna. A Fiemg irá criar diplomas com marca-d’água para evitar esses tipos de falsificações.

O crime não é novo no Estado. A Polícia Federal já fez operações para desarticular quadrilhas similares. A maior parte delas anuncia a “facilida-de de formação” nos classificados de jornais e na internet. Os falsificadores atuam em grupo para não chamar aten-ção. Um deles, que atende pelo nome de Marcelo - responsável pela negocia-ção pelo telefone -, demonstrou bastan-te tranquilidade e poder de convenci-mento sobre o esquema irregular. “É um documento que vai resolver seus problemas”.

Outro homem - um aposentado de cabelo grisalho - teve como tarefa en-tregar o diploma, que foi recebido pela reportagem. O estelionatário escolheu como ponto de encontro a entrada de uma pequena loja. Os criminosos agem como se estivessem esperando alguém. O aposentado tentou fazer a venda den-tro da loja, alegando ter receio de ser flagrado por uma câmera de segurança do imóvel vizinho. Ainda na rua, ele mostrou o envelope, dentro da bolsa, cheia de outros idênticos.

Diante da movimentação no inte-rior da loja, o homem decidiu usar a mesa de um bar ao lado, onde já esta-vam duas pessoas - uma mulher e uma criança. Ele bebia cerveja enquanto relatava detalhes do esquema. “Vendo diplomas há seis anos e nunca deu pro-blema, é garantido. Já vendi até para gente que entrou na PM e na BHTrans”. Ele disse, ainda, que consegue também certificados para cursos técnicos.

Segundo a delegada Adriana Bian-chini, da 4ª Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações, o crime

é comum. “Só na minha delegacia, a média é de dez indiciados por mês”. Ela explica que a fraude é difícil de ser combatida. “Eles mudam o local em que atuam. Alguns mandam motoboy entregar os diplomas falsos”.

promessa

Secretaria vai denunciar o

caso ao MPApesar das imagens e da falsifica-

ção grosseira, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que há apenas indícios de irregularidades no diploma apresentado pela reportagem.

O órgão solicitou à Superintendên-cia Regional de Ensino (SRE) Metro-politana B, a qual a escola está subor-dinada, a apuração da veracidade das informações contidas no documento.

Caso seja confirmada a irregulari-dade, a SEE irá encaminhar o caso ao Ministério Público. Diante da fraude, a SEE recomenda às empresas que, ao receberem diplomas de candidatos a vagas de emprego, solicitem autentica-ção junto à Superintendência Regional de Ensino. (RR)

Um esquema de venda de diplomas funciona livremente no centro de Belo Horizonte. A reportagem de O TEMPO forjou interesse na compra de um certificado do ensino mé-dio e registrou a irregularidade. O documento foi vendido por R$ 200 e possui carimbos da Secretaria de Estado da Educação e da Escola Sesi Alvimar Carneiro de Resende,

que fica em Contagem e é vinculado à Fiemg. Segundo os fraudadores, o diploma é “quente” e já seviu para pessoas conseguirem participarem de concursos públicos da PM e da BHTrans. A Polícia Civil admite que tem dificuldades para combater esse tipo de crime. A Secretaria de Educação avalia encaminhar o caso para o Ministério Público.

Estelionato. Documento irregular é usado para comprovar escolaridade e possibilitar acesso a concursos públicos

Diploma do ensino médio é vendido a R$ 200 em BHO TEMPO negociou a compra de certificado falso em uma das principais avenidas da capital

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Página 24Fraude.Estelionatários recebem dinheiro por comprovante de escolaridade a poucos metros de delegacia

Quadrilha vende diplomas falsos no centro da capitalCertificado custou R$ 200; o esquema foi flagrado por O TEMPO

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o estado de sp - p. a-17 - 28.01.2011Pais enfrentam a Justiça pelo direito de educar filhas em casa, como nos EUA

Fernanda BassetteAs irmãs Vitória, de 11 anos, e Hannah, de 9, terão uma longa

batalha pela frente para provar à Justiça de Serra Negra, no interior de São Paulo, que podem continuar estudando em casa, apenas com a ajuda dos pais. Carlos Valentino/AEEnsino caseiro. Philip John Ferrara e Leila Brum Ferrara educam as filhas Vitoria e Hannah

Filhas de um americano com uma brasileira, as meninas foram tiradas da escola há três anos. Agora, os pais são alvo do Conselho Tutelar e do Ministério Público Estadual da cidade, que querem que eles cumpram o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), matriculando as meninas em uma escola regular.Philip Ferrara, de 48, e Leila Brum Ferrara, de 44, são adeptos do movimento homeschooling (“ensino domiciliar”, em in-glês), prática de ensino amplamente difundida nos EUA - onde reúne mais de 1 milhão de adeptos -, mas proibida no Brasil.

As duas nasceram e viveram nos EUA por seis anos. No Brasil, os pais chegaram a matricular as meninas em uma escola regular particular, mas não gostaram da qualidade do ensino. Daí veio a de-cisão de oferecer a educação domiciliar para elas.

O problema é que o casal foi denunciado ao Conselho Tutelar, que constatou a ocorrência do que eles chamam de “evasão escolar” e pediu que o Ministério Público tome providências. “Esses pais es-tão descumprindo o estatuto e precisam rematricular essas crianças na escola”, afirmou uma conselheira que não quis se identificar.

No final do ano passado, o juiz Carlos Eduardo Cilos de Araú-jo, da Infância e Juventude, instaurou um procedimento para analisar o caso e determinou que uma assistente social visitasse a família. Na primeira audiência, pediu aos pais um documento que comprovasse que esse tipo de formação garantiria às meninas condições de terem

um diploma.“Vou mandar esses documentos ao Ministério da Educação

para me certificar se esse procedimento é válido ou não no Brasil”, disse Araújo, que afirma nunca ter trabalhado em um caso semelhan-te na cidade.

Com apoio da Aliança Nacional de Proteção à Liberdade de Instruir e Aprender (Anplia), entidade criada pelo autônomo mineiro Cleber Nunes - que também tirou os filhos da escola e foi condenado pelo crime de abandono intelectual -, os pais de Serra Negra não querem entregar documento nenhum à Justiça.

“O Estado é que tem de provar que a escola é segura e o ensino é bom, não o contrário”, diz Nunes. Leila, a mãe, endossa a afirma-ção e diz que não sabia que educar os filhos em casa era considerado crime no Brasil.“Esse é um procedimento que faz parte da cultura americana. Minhas filhas fazem natação, balé, piano e treinam tênis. Estudam quatro horas por dia no período da tarde. São bilíngues em português e inglês. Nossa luta é para que as famílias brasileiras te-nham liberdade para escolher como preferem educar seus filhos. Nós não vamos colocá-las de volta na escola”, afirma.

Silvia Colello, professora de psicologia da educação da USP, critica a decisão dos pais. “A educação é muito mais que assimilar conteúdo e conhecimento. É conviver com pessoas, lidar com as di-ferenças, defender pontos de vista, ouvir opiniões contrárias. São coisas que não dá para aprender em um ambiente privado, particu-larizado”, avalia.

Para Nunes, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é clara ao dizer que cabe aos pais o direito de escolher o gênero de educação para dar a seus filhos. “É um tratado internacional, ratifica-do pelo Brasil, que está acima do ECA e de outras leis”, diz.

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dIÁrIo do CoMérCIo - p. 10 - 28.01.2011

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RAPHAEL RAMOSBelo Horizonte registrou 1.747 ocorrências de furto de carros

em 2010 - uma média de 4,7 veículos levados por dia. Os números, divulgados pela Secretaria de Estado de Defesa Social, mostram da-dos preocupantes, em especial porque apontam para um crescimento de 80% nos casos em relação a 2009, quando a polícia registrou 970 ocorrências de furto.

Quando o foco é a região metropolitana da capital, a situação é ainda mais grave, e o crescimento é de 120%. Em 2009, 415 veículos foram furtados. Segundo o chefe da seção de prevenção da Polícia Militar de Minas, capitão Alexandre Magno, a polícia tem feito o tra-balho preventivo em regiões onde são constatados índices da crimi-nalidade maiores. Por isso, para o capitão, grande parte dos furtos é cometida por causa do descuido dos motoristas, que muitas vezes se arriscam em deixar os veículos em locais perigosos.

“A polícia faz, constantemente, estudos do comportamento dos

infratores e as localidades onde eles estão agindo. Com base nisso, o policiamento é distribuído, e, no caso da identificação de um grupo, os dados são repassados à Polícia Civil, que realiza o trabalho de in-vestigação”, afirmou.

Cuidados. Para evitar os criminosos, o capitão Magno aconselha medidas simples, como deixar o carro em locais movimentados e usar equipamentos de segurança, como travas e alarmes.A balconista Ja-queline Vasconcelos Nunes, 47, afirma que os cuidados podem ajudar, mas não foram suficientes em seu caso. Desde dezembro, ela guarda as chaves do Chevette, única lembrança do veículo que foi furtado em uma rua do bairro Eldorado, em Contagem, na região metropolitana. “Até hoje, quando vejo um carro parecido, acho que é o meu”, lamen-ta.Jaqueline conta que o veículo foi levado quando sua filha foi a uma consulta médica. “Ela não ficou nem dez minutos. Quando voltou, o carro já não estava mais lá”, disse. O carro não tinha seguro.

o teMpo - p. 22 - 28.01.2011Criminalidade.O crescimento na região metropolitana da capital é ainda mais preocupante: 120%

Roubo de carros cresce 80% em Belo Horizonte

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Paraíba lidera valor tomado

Violência impõe toque de recolher em Patrocínio

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Peças sacras históricas são roubadas em igreja de PassosLadrão levou duas coroas folheadas a ouro, mas deixou brinco de diamante, mais valioso

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Descuido com lixo hospitalarEm 15 de setembro, a coluna advertiu: “Minas pode importar lixo

hospitalar do Rio”. Na época, a capital mineira presenciava, na mídia, outro problema na mesma área, com a Serquip Tratamento de Resídu-os Ltda, junto ao Ministério Público Estadual (MPE). A empresa é especializada em coleta, transporte e incineração de resíduos sólidos perigosos e faz a queima de lixo hospitalar em Santa Luzia. Moradores vizinhos denunciavam que a Serquip estava utilizando equipamento licenciado em maio, mas que tivera aquela autorização cassada em 30 de agosto. A fumaça preta lançada na atmosfera pela chaminé da empresa causava cheiro muito forte, ardências e irritação nasal e na garganta.

Pois bem. Os descuidos da Serquip com a saúde pública come-çam bem antes das suas instalações (“usinas”). Na quarta-feira, às 9h50, no 2º andar do prédio 893, da Rua São Paulo, onde funciona

uma unidade do Laboratório Hermes Pardini, e é feita a coleta e recepção de material humano para exames de toda natureza, um funcionário da Serquip praticou uma imprudência grave. Feita a coleta do lixo em “contêiner” apropriado, eles simples retirou os sacos e jogou no piso do elevador de uso comum do prédio. Uma funcionária do Pardini viu e o obrigou a retornar com todo material para o “contêiner”, o que fez contrariado.

Na rua, o lixo foi colado em caminhão de coleta especial da Serquip, matrícula de licença “606/2814”. Após devolver o “contêiner”, o funcionário (vestindo uniforme branco e luvas, mas sem usar máscara), retor-nou à rua e embarcou em outro veículo da empresa - uti-litário marca Fiat placa HOV-9032.

Em setembro, conforme apurou a reportagem do HOJE EM DIA, junto à Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), da Prefeitura, na capital eram coletadas 40 t/dia em lixo hospitalar - 12.395 t/ano. A Serquip re-cebia 2,5 t/dia, em Santa Luzia, e destinava outro tanto à planta de Montes Claros, 417 km ao Norte. O Ministério Público Estadual exigia que o Conselho Estadual de Po-lítica Ambiental (Copam) obrigasse a empresa a atender às regulamentações existentes e à Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

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