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XIII Congresso da Sociedade Brasileira de Coluna 01. Parafusos pediculares: estruturas anatômicas em risco no tratamento da escoliose idiopática Carlos Fernando Pereira da Silva Herrero, Carlos Fernando Pereira da Silva Herrero (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Helton Defino (Santa Casa), Marcello Henrique Nogueira-barbosa (Santa Casa de Vitoria), Herton Rodrigo Tavares Costa (Santa Casa de Vitoria), Joao Batista Manzoli Torres (Santa Casa) O sistema de fixação pedicular no segmento torácico da coluna vertebral tem sido utilizado para o tratamento cirúrgico de diversas patologias como tumores, fraturas, deformidades hipercifóticas e escoliose idiopática do adolescente. Apesar de atualmente ser muito difundida, a fixação da coluna torácica por meio de parafusos pediculares tem o potencial de evoluir com complicações graves. O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre o parafuso pedicular utilizado no tratamento de pacientes com diagnóstico de escoliose idiopática do adolescente e a medula espinhal, pleura e aorta torácica e analisar o valor do ângulo de segurança para inserção do parafuso utilizando imagens obtidas por RNM. A avaliação radiográfica compreendeu a medida do ângulo da curvatu- ra por meio do método de Cobb na incidência antero-posterior da coluna vertebral. Com relação ao exame de ressonância nuclear magnética, foram analisados os cortes axiais das cinco vértebras apicais de cada paciente. Foi analisada a posição anatômica dos pedículos torácicos em relação à medula espinhal medialmente e a cavidade pleural late- ralmente em ambos os lados da curva. Correlacionando-se a média dos valores obtidos para o ângulo de Cobb com os ângulos de segurança, obteve-se diferença estatística significante apenas para as vértebras da convexidade (p<0,05), havendo assim maior risco de lesão à medula espinhal e pleura no lado da convexidade. Da mesma forma, para a aorta, obteve-se diferença estatística significante, mostrando que quanto maior o ângulo de Cobb, menor a distância do corpo vertebral à aorta e, portanto, maior será o risco de lesão. A ressonância nuclear magnética se mostrou método eficaz na avaliação de estruturas anatômicas em risco com a inserção de parafusos pediculares utilizados no tratamento da escoliose idiopática do adolescente. Os resultados apresentados sugerem um maior risco de lesão da artéria aorta com o aumento do ângulo de Cobb e aumento do risco na inserção de parafusos pediculares no lado convexo da curvatura quando levado em consideração o ângulo de segurança. Palavras-chave: coluna vertebral, ressonância nuclear magnética 02. Baixo peso corporal em portadores de escoliose idiopática do adolescente Rodrigo Rezende, Rodrigo Rezende (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Alexandre de Oliveira Zam (Santa Casa), Igor Machado Cardoso (Santa Casa de Vitoria), Marcus Alexandre Novo Brazolino (Santa Casa de Vitoria), Priscila Rossi de Baptista (Santa Casa) A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA), forma mais comum de escoliose, caracteri- za-se pela curvatura lateral da coluna vertebral de 10º ou mais, de etiologia desconheci- da, com maior prevalência em indivíduos entre 10 e 16 anos. Sendo assim, a busca pela definição da etiologia da EIA envolve várias investigações, podendo envolver também a avaliação do estado nutricional do paciente com EIA, obtida através da análise de dados antropométricos, do qual se obtém o Índice de Massa Corporal (IMC). Considerando algumas pesquisas prévias que relacionam o baixo IMC com a presença de EIA, objeti- vamos investigar o perfil nutricional avaliado pelo IMC em pacientes portadores de EIA, comparando com indivíduos saudáveis. Estudo prospectivo, descritivo e comparativo, em que foram avaliados pacientes saudáveis, caracterizados como grupo controle (n=30) e pacientes no período pré-operatório de correção cirúrgica de EIA (n=30), dos quais foram mensurados peso e altura, sendo estabelecido o IMC. Teste t de Student não-pareado foi realizado para comparação entre os grupos. Significância dada por p< 0,05. Ambos os grupos eram semelhantes em relação ao sexo e à idade (23 meninas e 7 meninos, com média de idade de 14,3 anos). A média de peso foi diferente entre os grupos (EIA: 46,2 vs. CT: 55,6 Kg, p<0,05), e a altura foi semelhante (EIA: 1,60 vs. CT: 1,64, p>0,05). Portadores de EIA apresentaram IMC de 18,0 +/- 2,9, inferior ao limite de normalidade, caracterizando baixo peso, o que não foi observado no grupo CT, que apresentaram IMC de 20,6 +/- 2,9. A realização deste estudo demonstra que existe um fator nutricional que deve ser melhor pesquisado no desenvolvimento da EIA. Em nosso estudo, a EIA esteve relacionada com valores de IMC inferiores ao limite da normalidade, caracterizando pacientes de baixo peso. Sugerimos que estes pacientes devem ser submetidos à avaliação nutricional antes da cirurgia, evitando-se complicações pós- -operatórias decorrentes do baixo peso encontrados nesses pacientes Palavras-chave: escoliose, IMC, avaliação pré-operatoria 03. Evolução pós operatória da fusão seletiva na escoliose idiopática Daniel de Abreu Oliveira, Daniel de Abreu Oliveira (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Roberto Sakamoto Falcon (Santa Casa), Cristiano Magalhães Menezes (Santa Casa de Vitoria), Marcos Antônio Ferreira Junior (Santa Casa de Vitoria), Fernando Luiz Guedes Lauda (Santa Casa), Christiano Cruz de Andrade Lima, Manuel de Araujo Porto Filho, Leonardo Fernandes Aguiar Não há na literatura nacional artigos que relatem a história natural pós fusão seletiva da escoliose idiopática em nossa população, tão pouco sobre o grau de perda das correções cirúrgicas e das compensatórias com o tempo. Analisar as correções obtidas através da instrumentação segmentar seletiva torácica, utilizando parafusos pedicu- lares, em pacientes portadores de Escoliose Idiopática com modificador lombar B ou C; Verificar a segurança da técnica e descompensação das curvas compensatórias não instrumentadas; Observar a perda de correção das curvas instrumentadas e não instrumentadas com o tempo. Estudo retrospectivo de pacientes portadores de EIA com curvas 1B, 1C, 2B e 2C submetidos a tratamento cirúrgico seletivo toracico. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, níveis acometidos, níveis instrumentados, número de parafusos pediculares utilizados, ângulos de Cobb pré operatório, pós ope- ratório imediato e pós operatório tardio, perda da correção das curvas com o tempo. Dezoito pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico seletivo de agosto/2004 a outubro/2007. A média do ângulo de Cobb pré operatório foi de 52,61º, pós operatório imediato foi de 17,89º e pós operatório tardio 22,15º, com uma média de correção de imediata de 34,72° e perda de correção média 4,26º em 39,78 meses. Obteve- -se uma correção espontânea média imediata de 22,62° nas curvas compensatórias não instrumentadas e perda média de 2,72º dessa correção em 39,78 meses. Não ocorreram complicações neurológicas, infecciosas ou descompensações das curvas lombares. Todos os pacientes apresentaram uma melhora importante do aspecto estético, clínico e radiológico. Ocorreram perdas parciais da correção com o tempo porém sem culminarem em descompensação das curvas não instrumentadas. Esse trabalho mostra indícios de eficácia e segurança do tratamento cirúrgico seletivo da escoliose idiopática utilizando-se parafusos pediculares a médio/longo prazo. Palavras-chave: escoliose 04. Comparação entre a osteotomia de subtração pedicular e a osteotomia de Smith-Petersen em 2 niveis para correção do desequilíbrio sagital fixo da coluna Emiliano Neves Vialle, Emiliano Neves Vialle (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Vialle, Lr (Santa Casa), Rocha, Lg (Santa Casa de Vitoria), Krieger, Abq (Santa Casa de Vitoria), Giraldo, G (Santa Casa) O equilíbrio sagital é o preditor radiológico mais importante de qualidade de vida em pacientes adultos com deformidade da coluna vertebral. Várias técnicas cirúrgicas podem ser aplicadas na correção de deformidades sagitais da coluna e sua escolha deve ser baseada no tipo de patologia e no grau da deformidade. Portanto, é impor- tante escolher o método mais adequado e considerar suas possíveis complicações no momento de indicar a correção cirúrgica destas deformidades. Comparar a capacidade de correção da Osteotomia de Subtração Pedicular (OSP) em comparação com a técnica de Smith-Petersen (SP) na correção do desequilíbrio sagital em pacientes com deformidades rígidas da coluna. Entre o período de 2003 a 2009, 30 pacientes que necessitavam de correção superior a 30 graus, segundo o método de Kim, foram submetidos a cirurgia.18 pacientes foram submetidos à Osteotomia de Subtração Pedicular e 12 pacientes foram submetidos à osteotomia de Smith-Petersen para cor- reção de deformidade vertebral do adulto. O seguimento pós-operatório variou de 6 a 84 meses. A correção média da deformidade no segmento operado foi de 28,4°± 9,0° para o grupo OSP e 9,6°± 3° por nível para o grupo SP. Ambos os métodos realizados alcançaram uma restauração significativa do equilíbrio sagital, apesar das diferenças no grau de correção - que está associado a uma adequada seleção da técnica cirúrgica para cada tipo de patologia. A morbi-mortalidade geral de todos os pacientes foi de 16%, sendo 22% no grupo OSP e 16% no grupo SP. Ambas as técnicas apresentaram boa correção da deformidade espinhal, corrgindo o equilíbrio sagital dos pacientes. Apesar do maior grau de correção oferecido pela OSP, quando se faz uma boa seleção dos pacientes e, principalmente, da patologia a ser operada, a osteotomia de SP tam- bém proporciona um bom perfil sagital, associada a uma menor taxa de complicações Palavras-chave: osteotomia, balanço sagita 28 a 30 de Abril de 2011 Campos de Jordão - SP - Brasil SESSEÃO ORAL Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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XIII Congresso da SociedadeB r a s i l e i r a d e C o l u n a

01. Parafusos pediculares: estruturas anatômicas em risco no tratamento da escoliose idiopáticaCarlos Fernando Pereira da Silva Herrero, Carlos Fernando Pereira da Silva Herrero (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Helton Defino (Santa Casa), Marcello Henrique Nogueira-barbosa (Santa Casa de Vitoria), Herton Rodrigo Tavares Costa (Santa Casa de Vitoria), Joao Batista Manzoli Torres (Santa Casa)

O sistema de fixação pedicular no segmento torácico da coluna vertebral tem sido utilizado para o tratamento cirúrgico de diversas patologias como tumores, fraturas, deformidades hipercifóticas e escoliose idiopática do adolescente. Apesar de atualmente ser muito difundida, a fixação da coluna torácica por meio de parafusos pediculares tem o potencial de evoluir com complicações graves. O objetivo deste estudo foi determinar a relação entre o parafuso pedicular utilizado no tratamento de pacientes com diagnóstico de escoliose idiopática do adolescente e a medula espinhal, pleura e aorta torácica e analisar o valor do ângulo de segurança para inserção do parafuso utilizando imagens obtidas por RNM. A avaliação radiográfica compreendeu a medida do ângulo da curvatu-ra por meio do método de Cobb na incidência antero-posterior da coluna vertebral. Com relação ao exame de ressonância nuclear magnética, foram analisados os cortes axiais das cinco vértebras apicais de cada paciente. Foi analisada a posição anatômica dos pedículos torácicos em relação à medula espinhal medialmente e a cavidade pleural late-ralmente em ambos os lados da curva. Correlacionando-se a média dos valores obtidos para o ângulo de Cobb com os ângulos de segurança, obteve-se diferença estatística significante apenas para as vértebras da convexidade (p<0,05), havendo assim maior risco de lesão à medula espinhal e pleura no lado da convexidade. Da mesma forma, para a aorta, obteve-se diferença estatística significante, mostrando que quanto maior o ângulo de Cobb, menor a distância do corpo vertebral à aorta e, portanto, maior será o risco de lesão. A ressonância nuclear magnética se mostrou método eficaz na avaliação de estruturas anatômicas em risco com a inserção de parafusos pediculares utilizados no tratamento da escoliose idiopática do adolescente. Os resultados apresentados sugerem um maior risco de lesão da artéria aorta com o aumento do ângulo de Cobb e aumento do risco na inserção de parafusos pediculares no lado convexo da curvatura quando levado em consideração o ângulo de segurança.

Palavras-chave: coluna vertebral, ressonância nuclear magnética

02. Baixo peso corporal em portadores de escoliose idiopática do adolescente

Rodrigo Rezende, Rodrigo Rezende (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Alexandre de Oliveira Zam (Santa Casa), Igor Machado Cardoso (Santa Casa de Vitoria), Marcus Alexandre Novo Brazolino (Santa Casa de Vitoria), Priscila Rossi de Baptista (Santa Casa)

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA), forma mais comum de escoliose, caracteri-za-se pela curvatura lateral da coluna vertebral de 10º ou mais, de etiologia desconheci-da, com maior prevalência em indivíduos entre 10 e 16 anos. Sendo assim, a busca pela definição da etiologia da EIA envolve várias investigações, podendo envolver também a avaliação do estado nutricional do paciente com EIA, obtida através da análise de dados antropométricos, do qual se obtém o Índice de Massa Corporal (IMC). Considerando algumas pesquisas prévias que relacionam o baixo IMC com a presença de EIA, objeti-vamos investigar o perfil nutricional avaliado pelo IMC em pacientes portadores de EIA, comparando com indivíduos saudáveis. Estudo prospectivo, descritivo e comparativo, em que foram avaliados pacientes saudáveis, caracterizados como grupo controle (n=30) e pacientes no período pré-operatório de correção cirúrgica de EIA (n=30), dos quais foram mensurados peso e altura, sendo estabelecido o IMC. Teste t de Student não-pareado foi realizado para comparação entre os grupos. Significância dada por p< 0,05. Ambos os grupos eram semelhantes em relação ao sexo e à idade (23 meninas e 7 meninos, com média de idade de 14,3 anos). A média de peso foi diferente entre os grupos (EIA: 46,2 vs. CT: 55,6 Kg, p<0,05), e a altura foi semelhante (EIA: 1,60 vs. CT: 1,64, p>0,05). Portadores de EIA apresentaram IMC de 18,0 +/- 2,9, inferior ao limite de normalidade, caracterizando baixo peso, o que não foi observado no grupo CT, que apresentaram IMC de 20,6 +/- 2,9. A realização deste estudo demonstra que existe um fator nutricional que deve ser melhor pesquisado no desenvolvimento da EIA. Em nosso estudo, a EIA esteve relacionada com valores de IMC inferiores ao limite da normalidade, caracterizando pacientes de baixo peso. Sugerimos que estes pacientes devem ser submetidos à avaliação nutricional antes da cirurgia, evitando-se complicações pós--operatórias decorrentes do baixo peso encontrados nesses pacientes

Palavras-chave: escoliose, IMC, avaliação pré-operatoria

03. Evolução pós operatória da fusão seletiva na escoliose idiopáticaDaniel de Abreu Oliveira, Daniel de Abreu Oliveira (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Roberto Sakamoto Falcon (Santa Casa), Cristiano Magalhães Menezes (Santa Casa de Vitoria), Marcos Antônio Ferreira Junior (Santa Casa de Vitoria), Fernando Luiz Guedes Lauda (Santa Casa), Christiano Cruz de Andrade Lima, Manuel de Araujo Porto Filho, Leonardo Fernandes Aguiar

Não há na literatura nacional artigos que relatem a história natural pós fusão seletiva da escoliose idiopática em nossa população, tão pouco sobre o grau de perda das correções cirúrgicas e das compensatórias com o tempo. Analisar as correções obtidas através da instrumentação segmentar seletiva torácica, utilizando parafusos pedicu-lares, em pacientes portadores de Escoliose Idiopática com modificador lombar B ou C; Verificar a segurança da técnica e descompensação das curvas compensatórias não instrumentadas; Observar a perda de correção das curvas instrumentadas e não instrumentadas com o tempo. Estudo retrospectivo de pacientes portadores de EIA com curvas 1B, 1C, 2B e 2C submetidos a tratamento cirúrgico seletivo toracico. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, níveis acometidos, níveis instrumentados, número de parafusos pediculares utilizados, ângulos de Cobb pré operatório, pós ope-ratório imediato e pós operatório tardio, perda da correção das curvas com o tempo. Dezoito pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico seletivo de agosto/2004 a outubro/2007. A média do ângulo de Cobb pré operatório foi de 52,61º, pós operatório imediato foi de 17,89º e pós operatório tardio 22,15º, com uma média de correção de imediata de 34,72° e perda de correção média 4,26º em 39,78 meses. Obteve--se uma correção espontânea média imediata de 22,62° nas curvas compensatórias não instrumentadas e perda média de 2,72º dessa correção em 39,78 meses. Não ocorreram complicações neurológicas, infecciosas ou descompensações das curvas lombares. Todos os pacientes apresentaram uma melhora importante do aspecto estético, clínico e radiológico. Ocorreram perdas parciais da correção com o tempo porém sem culminarem em descompensação das curvas não instrumentadas. Esse trabalho mostra indícios de eficácia e segurança do tratamento cirúrgico seletivo da escoliose idiopática utilizando-se parafusos pediculares a médio/longo prazo.

Palavras-chave: escoliose

04. Comparação entre a osteotomia de subtração pedicular e a osteotomia de Smith-Petersen em 2 niveis para correção do desequilíbrio sagital fixo da coluna

Emiliano Neves Vialle, Emiliano Neves Vialle (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Vialle, Lr (Santa Casa), Rocha, Lg (Santa Casa de Vitoria), Krieger, Abq (Santa Casa de Vitoria), Giraldo, G (Santa Casa)

O equilíbrio sagital é o preditor radiológico mais importante de qualidade de vida em pacientes adultos com deformidade da coluna vertebral. Várias técnicas cirúrgicas podem ser aplicadas na correção de deformidades sagitais da coluna e sua escolha deve ser baseada no tipo de patologia e no grau da deformidade. Portanto, é impor-tante escolher o método mais adequado e considerar suas possíveis complicações no momento de indicar a correção cirúrgica destas deformidades. Comparar a capacidade de correção da Osteotomia de Subtração Pedicular (OSP) em comparação com a técnica de Smith-Petersen (SP) na correção do desequilíbrio sagital em pacientes com deformidades rígidas da coluna. Entre o período de 2003 a 2009, 30 pacientes que necessitavam de correção superior a 30 graus, segundo o método de Kim, foram submetidos a cirurgia.18 pacientes foram submetidos à Osteotomia de Subtração Pedicular e 12 pacientes foram submetidos à osteotomia de Smith-Petersen para cor-reção de deformidade vertebral do adulto. O seguimento pós-operatório variou de 6 a 84 meses. A correção média da deformidade no segmento operado foi de 28,4°± 9,0° para o grupo OSP e 9,6°± 3° por nível para o grupo SP. Ambos os métodos realizados alcançaram uma restauração significativa do equilíbrio sagital, apesar das diferenças no grau de correção - que está associado a uma adequada seleção da técnica cirúrgica para cada tipo de patologia. A morbi-mortalidade geral de todos os pacientes foi de 16%, sendo 22% no grupo OSP e 16% no grupo SP. Ambas as técnicas apresentaram boa correção da deformidade espinhal, corrgindo o equilíbrio sagital dos pacientes. Apesar do maior grau de correção oferecido pela OSP, quando se faz uma boa seleção dos pacientes e, principalmente, da patologia a ser operada, a osteotomia de SP tam-bém proporciona um bom perfil sagital, associada a uma menor taxa de complicações

Palavras-chave: osteotomia, balanço sagita

28 a 30 de Abril de 2011Campos de Jordão - SP - Brasil

SESSEÃO ORAL

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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04. Comparação entre a osteotomia de subtração pedicular e a osteotomia de Smith-Petersen em 2 niveis para correção do desequilíbrio sagital fixo da coluna

Emiliano Neves Vialle, Emiliano Neves Vialle (Santa Casa de Misericordia de Vitoria), Vialle, Lr (Santa Casa), Rocha, Lg (Santa Casa de Vitoria), Krieger, Abq (Santa Casa de Vitoria), Giraldo, G (Santa Casa)

O equilíbrio sagital é o preditor radiológico mais importante de qualidade de vida em pa-cientes adultos com deformidade da coluna vertebral. Várias técnicas cirúrgicas podem ser aplicadas na correção de deformidades sagitais da coluna e sua escolha deve ser baseada no tipo de patologia e no grau da deformidade. Portanto, é importante escolher o método mais adequado e considerar suas possíveis complicações no momento de indicar a correção cirúrgica destas deformidades. Comparar a capacidade de correção da Osteotomia de Subtração Pedicular (OSP) em comparação com a técnica de Smith--Petersen (SP) na correção do desequilíbrio sagital em pacientes com deformidades rígidas da coluna. Entre o período de 2003 a 2009, 30 pacientes que necessitavam de correção superior a 30 graus, segundo o método de Kim, foram submetidos a cirurgia.18 pacientes foram submetidos à Osteotomia de Subtração Pedicular e 12 pacientes foram submetidos à osteotomia de Smith-Petersen para correção de deformidade vertebral do adulto. O seguimento pós-operatório variou de 6 a 84 meses. A correção média da deformidade no segmento operado foi de 28,4°± 9,0° para o grupo OSP e 9,6°± 3° por nível para o grupo SP. Ambos os métodos realizados alcançaram uma restauração significativa do equilíbrio sagital, apesar das diferenças no grau de correção - que está associado a uma adequada seleção da técnica cirúrgica para cada tipo de patologia. A morbi-mortalidade geral de todos os pacientes foi de 16%, sendo 22% no grupo OSP e 16% no grupo SP. Ambas as técnicas apresentaram boa correção da deformidade espinhal, corrgindo o equilíbrio sagital dos pacientes. Apesar do maior grau de correção oferecido pela OSP, quando se faz uma boa seleção dos pacientes e, principalmente, da patologia a ser operada, a osteotomia de SP também proporciona um bom perfil sagital, associada a uma menor taxa de complicações

Palavras-chave: osteotomia, balanço sagital

05. Efetividade da intervenção cirúrgica na qualidade e na sobrevida dos pacientes com lesões metastáticas na coluna vertebral

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues, Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Felício Rocho), Adalberto Bortoletto

O acometimento metastático da coluna vertebral pode apresentar de varias maneiras, sendo dor o principal sintoma , estando virtualmente presente em todos os casos, muitas vezes de forte intensidade,levando o paciente a uma diminuição das suas atividades e observando-se em muitos casos uma restrição da Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com lesões metastáticas na coluna vertebral, observando: dor, quadro neu-rológico e sobrevida Pacientes com lesão única ou dupla na coluna vertebral, com ou sem diagnóstico primário, que avaliados pelo ASIA, eram classificados pelos critérios de instabilidade de Kostuik, independente da presença de fratura patológia ou não; eram submetidos a um estadiamento com TC de tórax, abdome, pelve e o seguimento da coluna acometido, Ressonância magnética e cintilografia óssea. O status neurológico foi baseado na escala de Frankel, a avaliação das limitações diárias e resposta ao tratamento. Foram incluídos no estudo 67 pacientes, 34 homens e 33 mulheres, com a seguinte incidência conforme a região acometida primariamente; mama 23 casos, próstata 11 casos, gastro-intestinais 7 casos; pulmão 6 casos, rins 5 casos, tireóide 3 casos, hematopoiéticos 4 casos, útero 3 casos, sem sitio primário localizado 4 casos, osteossarcoma 1 caso. A idade variou de 13 a 88 anos, com media de 53 anos. O local mais acometido foi a coluna lombar, sendo L2 e L3 as mais freqüentes. A cirurgia não influencia na sobrevida do paciente , exceto nos pacientes com déficit neurológico que apresentam pior prognostico. O tratamento da lesão metastática é muitas vezes paliativo, mas neste período os pacientes apresentam melhora neurológica e poucas complicações, justificando a intervenção cirúrgica.

Palavras-chave: metastase

06. Ressecção em bloco de tumores primários da coluna: experiência com 103 casos de um único centro

Christiano Esteves Simões ; Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

Os mesmos princípios de tratamento das patologias oncológicas músculo-esqueléticas dos ossos longos desenvolvidos por Enneking devem ser aplicados também ao trata-mento de tumores da coluna em casos selecionados. Tumores benignos agressivos (estágio três de Enneking) e malignos (estágio I e II de Enneking-Capanacci) estão entre as melhores indicações para ressecção tumoral em bloco. Se tratando de tumores primários o principal objetivo é a preservação da vida do paciente. O objetivo deste trabalho é descrever os resultados do tratamento de 103 casos de tumores primários através de ressecção em bloco, e definir os principais fatores que podem influenciar nos resultados finais deste tipo de procedimento. Entre Agosto de 1990 e Março de 2010, 103 pacientes (52 homens, 51 mulheres) foram submetidos à ressecção em bloco de tumores primários da coluna pelo mesmo grupo de cirurgiões. A média de idade foi de 42 anos. Segundo Ennekingig, 33% foram classificados como estágio 3, 32% IA-IB, 35 IIa-IIB, 3% IIIB. 73 pacientes foram submetidos a vertebrectomia, 14 a ressecção sagital e 16 a ressecção em bloco dos elementos posteriores. Os diagnósticos mais comuns foram cordoma (25%) e condrossarcoma (20%). O tempo médio de seguimento foi de 82 meses (0 a 223 meses). 69 pacientes foram considerados curados com seguimento médio de 87.7 meses (2-223 meses). 10 pacientes considerados “vivos com a doença” (média de 77.3 meses, variando de 0-212 meses). 22 pacientes faleceram após tempo

médio de seguimento de 72 meses (12.7-185.7 meses). Dois pacientes evoluíram a óbito no per-operatório. 75 complicações ocorreram em 43 pacientes. 22 recidivas (21%) entre 2 e 160 meses (média de 39.4 meses). Apesar da grande possibilidade de complicações, a análise estatística em longo prazo dos 103 pacientes portadores de tumores primários da coluna, mostra que ressecção em bloco com margens amplas ou marginais resultam em um baixo risco de mortalidade associada ao tumor e recidiva local.

Palavras-chave: tumor, vertebrectomia, tratamento

07. Estudo in vitro comparativo avaliando a resistência à compressão axial do segmento lombar de suínos simulando metástases vertebrais

Marcio Fernando Aparecido de Moura, Marcio Fernando Aparecido de Moura (Hospital Felício Rocho), Fabiano Rogerio Palauro

A cada ano, mais 1 milhão de casos de câncer são diagnosticados. Com as novas te-rapias, esta se obtendo um aumento da sobrevida, aumentando, por sua vez, o número de lesões ósseas metastáticas. Assim se faz necessário o entendimento mecânico da vértebra acometida por metástase. Simular a metástase do corpo vertebral através do defeito ósseo avaliando o comportamento das diferentes simulações de metástase em coluna lombar de suínos, submetidos a compressão axial avaliando resistência mecâ-nica das vértebras acometidas. 64 segmentos lombares suínos, divididos em 5 grupos e subtipos: 1-lesão vertebral anterior, 2- associada a um lesão pedicular,3- associada a lesão bipedicular: grupo A:controle; B1,B2,B3: 2 vertebrais contiguas. C1,C2,C3: 2 vertebras descontínuos. D1,D2,D3: 3 vértebras contiguas. E1,E2,E3: 6 vertebrais conti-guas. submetidos à compressão axial constante a 5 mm/min, (Instron 3382). Estatística: T. Mann-Whitney, e t. Kruskal-Wallis, programa computacional Statistica v.8.0. Todos os grupos apresentaram uma taxas compressiva menor ao comparar com o grupo integro, com relevância estatística. A comparação entre grupos não se mostrou estatisticamente significante. A deformação em cifose foi a mais comum em 83,3% dos corpos de pro-va. O estudo foi adequado para simular lesões metastáticas em suas diversas formas de apresentação. O ensaio mecânico mostrou similaridade do comportamento clínico que tende à deformidade em cifose após a fratura, porém os dados estatísticos não permitiram concluir que o maior comprometimento vertebral se comportasse com maior fragilidade à compressão axial com fratura.

Palavras-chave: coluna lombar, suínos, compressão axial, metástase

08. Influência do estadiamento segundo enneking no tratamento de osteoblastoma na coluna vertebral

Christiano Esteves Simões, Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

Apesar de se tratar de um tumor benigno,osteoblastoma pode apresentar comportamen-to clínico imprevisível e sua capacidade de malignização (12-25%) deve ser considerados quando na programação do tratamento destas lesões. Se por um lado osteoblastoma deve ser diferenciado de osteoma osteóide, em alguns casos é preciso diferenciá-los de sarcoma osteogênico. A falta de consenso sobre a melhor opção de tratamento demonstra como os resultados dos mesmos são controversos. Validar a importância do estadiamento (St.) proposto por Enneking como ferramenta prognóstica em uma série homogênea de pacientes seguida em longo prazo. 51 pacientes foram estadiados retrospectivamente segundo Enneking. 10 St.2 e 41 St.3. Todos St.2 foram submetidos à excisão intralesional (IL). Pacientes St.3 foram submetidos aos seguintes tratamentos: 23 pacientes tratados por IL, seis por excisão intralesional + radioterapia (IL+RT), dois por ressecção em bloco com margem intralesional (En Bloc IL) e 10 com margens amplas ou marginais (En Bloc W/M). Os resultados foram avaliados por tipo de tratamento e presença ou não de tratamento prévio. Nenhuma recidiva ocorreu no grupo St.2. No grupo tratado com ressecção em bloco, 3 apresentaram recidiva (23%), porém quando subdivididos em “intactos” e “não intactos” a porcentagem de recidiva foi 0% e 67% respectivamente (p< 0,005). Pacientes tratados com IL St.3, nenhuma recidiva ocorreu no grupo IL+RT, 6 recidivas ocorreram em 22 pacientes (27%). Considerando os subgrupos intactos e não intactos tratados com IL, as porcentagens de recidivas foram respectiva-mente, 7% e 75% (p<0.005). Ressecção intralesional provou ser efetiva no tratamento de lesões estágio dois, enquanto ressecção em bloco mostrou ser a melhor opção para lesões estágio três. A escolha correta do primeiro tratamento é crucial e deve levar em consideração o estadiamento proposto por Enneking. Seu planejamento e execução correta podem definir o futuro do paciente com osteoblastoma.

Palavras-chave: tumor, tratamento, osteoblastoma da coluna

09. Importância da mensuração da distância interpedicular nas fraturas toracolombares do tipo explosão

Caffaro, M.f.s., Caffaro, M.f.s. (Hospital Felício Rocho), Avanzi, O.

No atendimento inicial ao paciente com fratura toracolombar do tipo explosão, impõe--se reconhecer quando encaminhar o paciente com exame neurológico normal para realização de tomografia computadorizada para avaliação do canal vertebral e como proceder diante de radiografias simples somente, já que muitas vezes são as únicas

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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informações disponíveis para a decisão de tratamento nos pacientes sem condições para realização de um exame neurológico objetivo. estudamos a importância da mensuração da distância interpedicular na investigação diagnóstica e na orientação terapêutica das fraturas toracolombares do tipo explosão. estudo retrospectivo envolvendo dados de 260 pacientes que se apresentaram com esse tipo de fratura em nosso serviço entre 1989 e 2009. Foram avaliados: estenose traumática do canal vertebral, distância interpedicular e exame neurológico de cada paciente e averiguadas correlações entre estas variáveis e sua associação co a presença de fratura das lâminas do arco vertebral posterior. Estatís-tica analítica revelou correlação positiva significativa entre a porcentagem de aumento da distância interpedicular e a porcentagem de estenose traumática do canal vertebral, bem como evidenciou associação importante entre esse aumento e a ocorrência de déficit neurológico e de fratura laminar. Esses achados permitem concluir que a mensuração da distância interpedicular nas fraturas toracolombares do tipo explosão em radiografias simples na incidência anteroposterior fornece informações relevantes sobre estenose traumática do canal vertebral, presença de déficit neurológico e ocorrência de fraturas das lâminas dos arcos vertebrais, contribuindo na investigação diagnóstica e na conduta terapêutica desses pacientes.

Palavras-chave: fraturas da coluna vertebral

10. Avaliação tomográfica do diâmetro do colo do processo odontóide relacionado com sua fixação interna com parafusos

Murilo Tavares Daher, Murilo Tavares Daher (Hospital Felício Rocho), Sérgio Daher, Marcello Henrique Nogueira-barbosa, Helton Luíz Aparecido Defino

A fixação interna por meio de parafuso de tração pela via anterior é o método de escolha no tratamento cirúrgico de algumas fraturas tipo II e III. No entanto, existe controvérsia sobre o número ideal de implantes a ser utilizado. Além das características biomecânicas, algumas características anatômicas do processo odontóide devem ser consideradas nessa decisão. Avaliar por meio da tomografia computadorizada as medidas do colo do processo odontóide e avaliar a porcentagem da população brasileira que comporta dois parafusos em sua fixação interna. 88 exames de TC da coluna cervical foram analisados. Destes, 40 (45%) eram do sexo masculino. A média de idade foi de 40 anos. Foram ava-liados os seguintes parâmetros do colo do dente: 1–Diâmetro transverso externo mínimo (DTEMín), 2–Diâmetro transverso interno mínimo (DTImín), 3–Diâmetro antero-posterior externo mínimo (DAPEmín) e 4–Diâmetro ântero-posterior interno mínimo (DAPImín). Foi utilizado o teste T de Student para comparar os resultados. O valor médio DTEmín do colo do odontóide foi de 9.19±0.91mm para a população geral do estudo. O valor médio DTImín foi de 6.07±1.08mm. O DAPEmín foi de 10.83±1.08 mm e o DAPImín foi de 7.53±1.10mm . Os valores no plano sagital foram significativamente maiores do que no plano coronal. 57 (65%) indivíduos apresentaram DTEmín > 9 mm, o que permite a fixação do processo odontóide com a utilização de dois parafusos de 3.5 mm com marcheamento. Aproximadamente um terço dos pacientes apresentaram diâmetro do colo do odontoíde menor do que 9 mm, o que impossibilitaria sua fixação utilizando dois parafusos de 3,5 mm com marcheamento. Não houve diferenças entre os sexo.

Palavras-chave: processo odontóide, tomografia computadorizada es

11. Comparação entre a artrodese longa e curta para as fraturas da coluna toracolombar

Andre Rafael Hübner (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_usp), Azevedo, V.g., Martins, M., Suárez, A.d.h., Carneiro, M.f., Spinelli, L.f

A região tóracolombar é o sitio mais comum de fraturas da coluna vertebral, principal-mente no nível T12–L1, resultando de mecanismos de alta energia com maior freqüência. Acomete principalmente pacientes jovens, com idades entre 15 a 29 anos do sexo masculino. Atualmente existem varias técnicas descritas para a realização da artrodese posterior para o tratamento da fratura toracolombar. Estudar os pacientes acometidos por fraturas toracolombares e tratados por instrumentação e artrodese via posterior dos tipos longa e curta. Foi realizada uma analise comparativa de duas técnicas de fixação utilizando parafusos pediculares associados à fixação curta e longa. A avaliação dos pacientes foi realizada através de critérios de dor, utilizando a escala VAS e a funcional pela tabela de Owestry, e por critérios clínicos e radiográficos. 71,4% dos pacientes eram do sexo masculino e 28,6% do sexo feminino, com média de idade de 42 anos. A maioria apresentou Frankel E na coleta de dados (82,9%) com fraturas em T12-L1 (68,5%), maio-ria (63,6%) do tipo A3. Em 60,0% dos pacientes foi realizada artrodese curta e em 40,0% artrodese longa. Observou-se uma média de 2,6 na escala de dor e 5,2 para escala de Owestry. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as duas técnicas. A comparação entre as técnicas de fixação longa e curta demonstrou que não há diferença estatisticamente significativa entre as técnicas, justificando a utilização de um procedimento menos invasivo para fixação.

Palavras-chave: artrodese, coluna toracolombar, técnica cirúrgica

12. Avaliação motora de ratos submetidos a trauma medular e submetidos a transplante de células- tronco humanas

Emiliano Neves Vialle ; Emiliano Neves Vialle (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_usp) ; Brofman, Pr (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-usp) ; Rebe-latto, Cl (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-usp) ; Torres, R (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-usp) ; Nascimento, V. ; Higa, H ; Jamur, Vr ; Fracaro, L

O insucesso das diversas terapias para lesão medular abre espaço para variações e combinações de terapias. Apesar da grande variação nos resultados de pesquisas

com células tronco, muitas possibilidades ainda podem ser exploradas nesta área. Este estudo dá sequencia a uma linha de pesquisa sobre terapia celular como opção terapêutica no trauma raquimedular. O objetivo é avaliar o efeito de células-tronco humanas obtidas através de adipócitos, sobre a lesão medular experimental aguda e subaguda, em ratos. Neste estudo foram considerados 4 grupos de ratos de acordo com o tratamento (com células ou controle) e o tipo de lesão (aguda ou crônica): Grupo A: controle, aguda; Grupo B: com células, aguda; Grupo C: controle, crônica; Grupo D: com células, crônica. A variável de interesse no estudo foi o escore total de avaliação motora. nos 4 grupos houve melhora gradual no decorrer das avaliações, sem diferença final entre eles. Entretanto, se compararmos a velocidade de recupera-ção, houve diferença significativa favorecendo o grupo que recebeu a terapia celular na fase aguda (p<0,01). Ainda, houve diferença significativa entre o score motor inicial e o final, favorecendo o grupo que recebeu a terapia celular (p<0,01). não houve efeito adverso relacionado ao xenotransplante celular, na lesão medular experimental, entretanto o score motor final não diferiu do grupo controle.

Palavras-chave: lesão medular, células tronco, cirurgia experiment

13. Artroplastia total de disco cervical pelo método de Bryan, resultados clínicos e funcionais

Eduardo Machado de Menezes, (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_uSP)

A artrodese anterior cervical é hoje considerada a técnica padrão ouro para tratamento cirúrgico da mielopatia, radiculopatia e dor axial cervical. No entando há a sobrecarga dos níveis adjacentes o que favorece a degeneração discal. A artroplastia total disco surgiu como método alternativo de tratamento que preserva o movimento, mantém a altura discal e a estabilidade da coluna vertebral. Avaliar resultados da artroplastia total disco cervical pela técnica Bryan para tratamento da cervicalgia, braquialgia e mielopatia cervical. Foram operados 65 pacientes por uma única equipe no período 2002 à 2007. Somente 28 foram localizados em 2010 para uma nova coleta de dados. Foram feitas avaliações pré e pós-operatoria utilizando CSOQ (Cervical Spine Outco-mes Questionarie). Os critérios Odom foram utilizados somente no pós-operatório. Ambos traduzidos e adaptados para cultura local. Houve grande melhora na função e nos sintomas da maioria dos pacientes. A melhora na dor cervical (axial) e braquial (radiculopatia) foi semelhante. Critérios Odom indicaram 82,1% de bons e ótimos resultados, 10% de resultados satisfatórios e 7% ruins. Houve apenas uma complica-ção (3%) que foi revertida com a artrodese anterior. A artroplatia total disco cervical demonstrou ser um método seguro e eficaz para tratamento de casos selecionados de discopatia degenerativa e hérnia discal cervical a curto e médio prazo. No entanto ainda há a necessidade de estudos com seguimento de longo prazo.

Palavras-chave: artroplastia cervical

14. Avaliação do uso de imobilização externa após descompressão e fusão cervical por via anterior: Revisão sistemática da literatura

Alberto Gotfryd (Hospital das Clínicas de Teresópolis), El Dib, R., Poletto, P.r.

Apesar de amplamente utilizados, não existem critérios definidos para a aplicação de colares cervicais e sua relevância na artrodese cervical. Persiste a controvérsia sobre suas indicações e seus benefícios clínicos e radiográficos, especialmente se utilizado concomitantemente aos dispositivos internos de fixação da coluna cervical. Avaliar a efetividade e a segurança do uso de órteses no pós-operatório de afecções degene-rativas da coluna cervical. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre a imobilização cervical no pós-operatório de afecções degenerativas da coluna cervical. Foram considerados adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico de hérnia discal cervical ou estenose da coluna cervical, em um único ou múltiplos níveis anatômicos. Os pacientes foram tratados por meio de discectomia e artrodese por via anterior. Foi considerado a inclusão de ensaios clínicos randomizados, quase-randomizados ou controlados. um estudo multicêntrico controlado, composto por 32 serviços, com um total de 257 pacientes, preencheu os critérios de inclusão da revisão. Foram comparados desfechos clínicos e radiográficos de pacientes operados em um único nível anatômico que fizeram, ou não, uso de colar cervical rígido por 6 a 12 semanas após a cirurgia. As evidências disponíveis na literatura, apesar de fracas, sugerem que o uso do colar cervical diminui os escores clínicos nas primeiras semanas após o procedimento cirúrgico. Além disto, não altera a taxa de fusão quando utilizado concomitantemente à placa e parafusos pela via anterior, em doenças degenerativas cervicais em um único nível anatômico.

Palavras-chave: imobilização, literatura de revisão como assunto

15. Papel da videoendoscopia da laringe no diagnóstico de lesão do nervo laringeo recorrente da abordagem cervical anterior

Erasmo de Abreu Zardo (Hospital universitário Cajuru Puc-pr)

O reconhecimento da lesão do nervo laríngeo recorrente (NLR) após tratamento cirúr-gico de hérnia discal cervical via anterior é importante na evolução clínica do paciente e, principalmente, nos casos de reintervenção. O real papel da videoendoscopia da laringe (VEL) de rotina no pós-operatório não tem sido completamente estudado. Identificar a prevalência de lesões do NLR em pacientes sintomáticos ou não através da VEL após cirurgia de hérnia cervical anterior. No período de junho/2009 a junho/2010

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selecionamos 30 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de hérnia discal no Hospi-tal São Lucas da PuC-RS. Realizou-se avaliação por VEL no pré-operatório e no décimo dia após a cirurgia. Pacientes que apresentaram um resultado anormal da VEL foram considerados com lesão do NLR e foram reavaliados mensalmente até a recuperação espontânea ou no período máximo de 6 meses quando a lesão foi considerada defi-nitiva. Encontramos evidência de lesão do NLR em 3/30(10,0%) dos pacientes, sendo que todos se apresentavam assintomático no momento do exame. Desses, 2/30(66,6%) das lesões ocorreram após abordagem cirúrgica pelo lado direito e 1/30(33,3%) pelo lado esquerdo. Não encontramos nenhuma lesão definitiva, sendo o período máximo de recuperação de 120 dias. A avaliação por VEL no período pré e pós-operatório pode ser útil para diagnosticar lesões do NLR, principalmente em pacientes assintmáticos. A ausência de sintomas não exclui a possibilidade de lesão do nervo laríngeo recorrente.

Palavras-chave: nervo laringeo

16. Correlação clínica entre mielopatia e índice de torgRodrigo Rezende (Hospital universitário Cajuru Puc-pr), Alexandre de Oliveira Zam (Huc, Puc-pr), Igor Machado Cardoso (Huc, Puc-pr), Jose Lucas Batista (Huc, Puc-pr), Priscila Rossi Baptista (Huc, Puc-pr)

O índice de torg consiste no método mais utilizado para aferição do diâmetro do canal vertebral cervical através da radiografia. Novos estudos utilizando RM cervical demons-traram que este método consiste em um excelente método de mensuração mesmo nos dias atuais. Torg em sua mensuração descreve que valores abaixo de 0,8 devem ser considerados como estenose absoluta, porém não encontramos nenhum estudo que cor-relacione se quanto maior a estenose pior seria o comprometimento clínico do paciente. Correlacionar o grau de estenose cervical de pacientes portadores de mielopatia cervical mensurado por Torg com o quadro clínico neurológico analisado pela escala de JOA. Avaliamos 20 pacientes com índice de torg menor de 0,8, mensurado na radiografia, com mielopatia evidenciada na RM cervical e em período pré-operatório. utilizamos a escala de JOA (Japanese Orthopaedic Association) adaptada para o ocidente, para avaliar o grau de comprometimento neurológico. Comparamos 2 grupos sendo, um grupo onde o índice de Torg encontra-se < ou = a 0,6 e outro grupo, também com estenose de canal absoluta, porém com índice de Torg entre 0,6 e 0,8. Foram encontrados no grupo com índice de Torg entre 0,8 e 0,6 uma média do Torg de 7,1, com o comprometimento neurológico avaliado através do JOA de 11,1 (desvio padrão de 3,2). No grupo onde o índice de Torg era mais grave, ou seja, < ou = a 0,6 com uma média de 0,5, o compro-metimento neurológico avaliado através do JOA foi exatamente igual ao outro grupo, com 11,1 (desvio padrão de 3,2). Apesar de todos os pacientes se encontrarem com estenose de canal absoluta segundo o índice de Torg e com sinais clínicos de mielopatia, não foi encontrado significância estatística entre a gravidade da estenose do canal cervical e o comprometimento do quadro neurológico. Indicando que qualquer estenose com índice de Torg abaixo de 0,8 pode desenvolver quadro neurológico de mielopatia grave independente do grau de estenose do canal cervical.

Palavras-chave: mielopatia, ìndice torg, avaliação clínica

17. Avaliação do equilibrio espino-pélvico em pacientes portadores de espondilolistese degenerativas

Jose Lucas Batista Junior, (Hospital universitário Cajuru Puc-pr), Rodrigo Rezende (Huc, Puc-pr), Alexandre de Oliveira Zam (Huc, Puc-pr) ; Igor Machado Cardoso (Huc, Puc-pr), Charbel Jacob (Huc, Puc-pr)

Para o equilíbrio do corpo no eixo sagital, a pelve e a coluna são fatores estabilizadores entre a cabeça e os membros inferiores. A alteração destes segmentos pode alterar o comportamento de segmentos adjacentes na manutenção do equilíbrio levando a alterações degenerativas precoces e a um maior gasto energético. A posição da pelve e da coluna, através da lordose lombar e morfologia pélvica, têm sido correlacionadas com a presença de espondilolistese degenerativa. Avaliar o equilíbrio espino-pélvico em pacientes portadores de espondilolistese degenerativa, no período pré e pós-operatório. Foi realizado estudo prospectivo, avaliado o equilíbrio espino-pélvico de paciente por-tadores de espondilolistese degenerativa tratados cirurgicamente, com radiografias convencionais em perfil e analisado o slope sacral, tilt pélvico e incidência pélvica. Análise estatística através do teste t de Student pareado, sendo p < 0,05 significante . Foram avaliado 34 pacientes, com espondilolistese grau I, II e III, e com média pré operatória de 50,1° de incidencia pélvica, 12,6 de tilt pélvico de 40,3 de slope sacral. Nos últimos anos a alteração do equilíbrio espino-pélvico vem sendo relacionado com a gênese da espondilolistese degenerativa, porém em nossa casuística encontramos que os pacientes apresentavam um equilíbrio espino-pélvico dentro da normalidade, discordando da literatura estudada.

Palavras-chave: espondilolistese, equilíbrio espino-pelvico

18. Avaliação clínica pós-operatória de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de hérnia de disco lombar

Orlando Righesso Neto (Hospital universitário Cajuru Puc-pr), Osmar Avanzi (Huc, Puc-pr), Asdrubal Falavigna (Huc, Puc-pr)

Em 1934, Mixter e Barr, em seu clássico artigo sobre a fisiopatogenia da hérnia de disco, concluíram que o tratamento da hérnia de disco era cirúrgico, com resultados muito satis-fatórios, “”desde que o tempo de compressão não fosse muito prolongado”. Entretanto, poucos estudos descrevem a incidência de quadro neurológico no pré-operatório e sua evolução após o tratamento cirúrgico da hérnia de disco lombar. O objetivo deste estudo prospectivo é avaliar a evolução neurológica de pacientes submetidos ao tratamento

cirúrgico da hérnia de disco lombar, determinando o percentual de persistência de déficit neurológico e se esta está relacionada ao resultado clínico. Este estudo descreve a intervenção cirúrgica e seus resultados em uma coorte de 150 pacientes acompanha-dos por 24 meses. Os pacientes foram avaliados no pré e pós-operatório através do exame neurológico, escala análogo visual de dor e pelo questionário de incapacidade de Oswestry. Para avaliação da capacidade discriminatória das escalas VAS e Oswestry, na identificação de alterações neurológicas, utilizamos o cálculo da área da curva ROC (Receiver Operator Characteristics curve). 25% dos pacientes persistiram com déficit mo-tor, 40% persistiram com déficit de sensibilidade e 48% permaneceram com alteração do reflexo. Ao calcularmos a capacidade discriminatória do VAS e Oswestry entre alteração neurológica presente e alteração neurológica ausente, obtivemos as seguintes áreas de curva ROC respectivamente: 0,73/0,64 (alterações motoras), 0,62/0,55 (alterações sensi-tivas) e 0,55/0,52 (alterações reflexas). Apesar de ter ocorrido diferenças estatisticamente significativas entre os grupos com e sem alterações neurológicas, não foi observado um poder discriminatório apropriado tanto para VAS quanto para OSW na detecção de alterações motoras, sensitivas ou reflexas. Portanto, neste estudo, a persistência do déficit neurológico não está relacionada ao resultado clínico, uma vez que pacientes com e sem déficit presente apresentavam valores semelhantes de VAS e de Oswestry.

Palavras-chave: hernia de disco, microdiscectomia

19. Avaliação clínico radiológica da artrodese lombar transforaminal aberta versus minimamente invasiva

Cristiano Magalhães Menezes, (Ortopedia Centro), Falcon, R.S., Ferreira Jr, M.A., Oliveira, D.A., Alencar, J.

A técnica de artrodese transforaminal (TLIF) é amplamente utilizada por promover altos índices de fusão, restaurar a altura foraminal e manter o alinhamento vertebral. O TLIF aberto vem sendo realizado por vários anos com bons resultados. Comparativamente às outras técnicas de artrodese intersomática, apresenta as vantagens de não necessitar de uma retração e exposição extensas do saco dural e das raízes nervosas, bem como evitar as estruturas vasculares anteriores. A proposta deste trabalho é comparar os resultados clínicos e radiológicos dos pacientes submetidos à artrodese transforaminal aberta e minimamente invasiva. Quarenta e cinco pacientes foram submetidos à um TLIF no período de dezembro de 2005 a maio de 2007, sendo 15 no grupo aberto e 30 no grupo minimamente invasiva (MIS). As indicações foram: doença degenerativa do disco, associada ou não a hérnia de disco ou estenose do canal;espondilolistese de baixo grau e síndrome pós-laminectomia. As variáveis analisadas foram: tempo de cirurgia, tempo de internação, hemotransfusão, escala analógica visual de dor, Oswestry, índice fusão e retorno ao trabalho. O seguimento mínimo foi de 24 meses. Havia oito homens e sete mulheres no grupo aberto e dezessete homens e treze mulheres no grupo MIS. O tempo cirúrgico médio foi de 222 minutos e 221 minutos respectivamente. Houve melhora significativa do VAS e Osw em ambos os grupos. O tempo de internação variou de 3,3 e 1,8 dias. O índice de fusão foi de 93,3% em ambos os grupos. Hemotransfusão em três pacientes no grupo aberto (20%) e nenhum caso MIS. O TLIF minimamente invasivo apresenta resultados similares em longo prazo quando comparado ao TLIF aberto, com os benefícios adicionais de menor morbidade pós-operatória, menor período de internação e reabilitação precoce.

Palavras-chave: artrodese, tlif, minimamente invasiva

20. Estudo de associação entre o polimorfismo do gene do agrecan e a doença degenerativa do disco intervertebral

Edilson Silva Machado, (Hospital Mãe de Deus)

O disco intervertebral possui uma variedade de proteoglicanos em sua matriz extra-celular, sendo o agrecan o mais abundante deles. Alterações nos proteoglicanos e conseqüente diminuição do conteúdo aquoso do disco estão fortemente relacionadas com a degeneração discal. Estudos anteriores indicam que um polimorfismo de número variável de repetições em tandem no gene do agrecan pode estar relacionado com a doença degenerativa nos discos lombares. O presente estudo tem como objetivo ana-lisar o polimorfismo de número variavel de repetições em tandem do gene do agrecan em um grupo de indivíduos brasileiros com degeneração discal. O presente estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas. Foram incluídos no estudo indivíduos adultos, com queixa de dor lombar. Os indiví-duos foram genotipados através da reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida de eletroforese em gel de poliacrilamida. A imagem de RNM foi classificada em cinco graus de degeneração. Desvios do equilíbrio de Hardy-Weinberg foram calculados e foi feita comparação das freqüências alélicas com outras populações. Foram incluídos 54 indivíduos sintomáticos e 100 indivíduos normais como grupo controle. Foi observada uma diferença significativa nas freqüências alélicas entre os pacientes e o grupo controle (p=0,038). A freqüência de alelos menores que 26 na amostra de pacientes (16,7%) é significativamente maior que no grupo controle (8,5%) (p=0,031). As freqüências alélicas estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg nos dois grupos amostrais estudados. O presente estudo encontrou uma freqüência significativamente maior de alelos com menos de 26 repetições na amostra de pacientes com degeneração do disco intervertebral do que no grupo controle, indicando que o polimorfismo VNTR do gene do agrecan pode ser um fator de risco para a doença degenerativa do disco intervertebral.

Palavras-chave: agrecan, genetica, dor lombar

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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01. Simulação em lombalgia: diagnóstico e prevalênciaIgor Machado Cardoso (Santa Casa de Misericordia de Vitoria) ; Diogo Miranda Barbosa (Santa Casa) ; Jose Lucas Batista (Santa Casa de Vitoria) ; Priscila Rossi de Batista (Santa Casa de Vitoria) ; Rodrigo Rezende (Santa Casa)

Nas últimas décadas o estado de saúde geral da população melhorou, apesar disso o número de afastamentos por motivos médicos aumentou, sendo lombalgia a causa mais comum. Há muito se sabe que a simulação é uma prática comum em pacientes na qual sua doença envolve algum ganho secundário. No Brasil, onde um trabalhador afastado costuma receber salário maior que receberia se estivesse na ativa, não há nenhum estu-do que avalie a presença de simuladores naqueles que pleiteiam beneficio por lombalgia Fazer uma revisão da literatura para diagnóstico de simulação em lombalgia e avaliar sua prevalência nos pacientes que pleiteiam auxilio benefício do INSS Foram avaliados 100 pacientes com lombalgia referida, divididos em dois grupos de 50; no grupo I os pacientes requisitaram o relatório médico a fim de obter auxilio benefício, no grupo II os pacientes visavam apenas tratamento. Foram considerados simuladores os pacientes que apresentavam dois sinais positivos, dos três avaliados: dor lombar à compressão axial crânio, dor lombar à rotação em bloco do tronco e diferença em sintomatologia na elevação da perna em posição sentado e supina No grupo I a porcentagem de simula-dores foi 72%, no grupo II 18%, não houve diferença significativa com relação a idade ou sexo dos pacientes Há uma elevada incidência de simuladores entre os pacientes que requerem relatório médico a fim de conseguir auxílio beneficio.

Palavras-chave: lombalgia, simulação, compensação e reparação

02. Avaliação do uso de dreno em cirurgias de hérnia discal cervical por via anterior

Alberto Gotfryd (Santa Casa da Misericórdia de Santos) ; Franzin, F.j. (Scms) ; Poletto, P.r. (unifesp) ; Nogueira Jr., R. C. (unimes)

A tendência mundial é minimizar os tratamentos cirúrgicos proporcionando menores traumas, incisão, tempo de hospitalização e complicações, tendo melhor eficiência do que procedimentos já consagrados. utilizamos dreno nos pós-operatórios de cirurgias de hérnia discal cervical para avaliar os resultados de minimizar as coleções cervicais, ocasionando menor sintomatologia no pós-operatório como: dificuldade na deglutição, dor e edemas locais, e assim diminuir o tempo de internação hospitalar. Avaliar a eficácia do uso de dreno em pacientes submetidos a artrodese cervical via anterior. Avaliamos, em trinta pacientes submetidos à artrodese cervical por via anterior de um ou mais seg-mentos, após hemostasia rigorosa, a utilização de um dreno de sucção do tipo “Porto Vac” de 2,7 mm por 24 horas, período que após a cirurgia os pacientes receberam alta hospitalar. Foram avaliados: débito do dreno nos diferentes segmentos abordados, condições da ferida operatória (presença ou não de abaulamentos) e sintomatologia pós-operatória (deglutição e dor local). A média do volume drenado de seis pacientes submetidos à cirurgia de um segmento discal cervical foi de 13 ml. A média do volume drenado de oito pacientes submetidos à cirurgia de dois segmentos discais cervicais foi de 20 ml. A média do volume drenado de quinze pacientes submetidos à cirurgia de três segmentos discais cervicais foi de 27 ml. Em um único paciente submetido a cirurgia de quatro segmentos discais cervicais o volume drenado foi de 110 ml. A utilização do dreno na cirurgia da hérnia discal cervical por via anterior com artrodese reduziu as coleções cervicais, independentemente do número de segmentos abordados, ocasionado menor sintomatologia no pós-operatória com conseqüente diminuição do tempo de internação e da recuperação dos pacientes.

Palavras-chave: hérnia discal cervical, dreno

03. Fraturas por ““Explosão da coluna tóraco-lombar- formas de tratamentos””

Igor Machado Cardoso (Santa Casa de Misericordia de Vitoria) ; Diogo Miranda Barbosa (Santa Casa) ; Charbel Jacob Junuior (Santa Casa de Vitoria) ; Jose Lucas Batista (Santa Casa de Vitoria) ; Rodrigo Rezende (Santa Casa)

01 - Conceituamento de fratura por ““Explosão 02 - Biomecânica 03 - Classificações utilizada - lesâo óssea: Frank-Denis lesão neurológica: Frank. 04 - Tipos de tratamentos a serem utilizados, de acordo com a instabilidade e lesão neurológica: índo da órtese ou gesso, via única posterior ou dupla via. 01 - Redução 02 - Descompressão do canal medular 03 - Estabilizão 04 - Possibilidade de recuperação neurológica nas lesões in-completas 04 - Reabilitação trabalho retrospectivo o trabalho tem a finalidade de mostrar método de tratamento. Boas.

Palavras-chave: fraturas por ““Explosão””

04. Doença do nível adjacente. Mito ou realidade?Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

Desde a década de 50, vários tipos de implantes para coluna foram desenvolvidos com o objetivo de preservar a mobilidade da coluna, com a filosofia principal de se evitar a doença do nível adjacente. Apartir da década de 80, tivemos um boom de produtos como os discos artificiais, espaçadores interespinhosos e fixações dinâmicas posteriores, mantendo ainda o mesmo discurso de tratar a doença da coluna, preservando a sua mobilidade e evitando a sobrecarga do nível adjacente. O objetivo deste trabalho é de apresentar uma revisão da literatura científica para especificar a relação da doença do nível adjacente com a artrodese lombar e a capacidade dos sistemas ditos dinâmicos

SESSEÃO POSTER

em evitá-la, proporcionando uma melhor visão para indicação, planejamento e trata-mento dos pacientes com doença degenerativa da coluna lombar. Revisão sistemática da literatura do assunto nas principais publicações científicas, em revistas indexadas, dos últimos 20 anos, num total de 62 artigos. Serão apresentados estudos clínicos e biomecânicos sobre artrodese lombar e técnicas de preservação de movimento como espaçadores interespinhosos e sistemas de fixação dinâmica posterior. A artrodese lombar considerada a causa principal da degeneração do nível adjacente, é mal in-terpretada, pois depende da forma com que é realizada, com ou sem intrumentação, tipo de instrumentação, grau de descompressão, abordagem cirúrgica mediana ou paramediana e correção dos balanços coronal e principalmente sagital. O único sistema dinâmico com relato de reduzir a degeneração adjacente a artrodese foi o espaçador interespinhoso Wallis. Baseado neste estudo a doença do nível adjacente relacionada a artrodese lombar, é uma realidade, podendo ser de causa genética ou iatrogênica. Mito é achar que as técnicas ditas de preservação de movimento são eficazes em reduzir ou evitar a doença do nível adjacente, ou mesmo em melhorar os resultados clínicos. A artrodese lombar bem planejada e realizada continua sendo a melhor opção para tratar a doença degenerativa lombar.

Palavras-chave: artrodese

05. Decisão no tratamento das fraturas do odontóideChristiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

As fraturas do processo odontóide correspondem de 5% a 15% das fraturas da coluna cervical e 25% estão associadas a déficit neurológico com taxa de mortalidade estimada em 5% a 10%. A real prevalência é controversa pois muitas vezes, tais fraturas estão associadas a trauma seguido de óbito. Outras vezes as fraturas do processo odontóide apresentam diagnóstico tardio por não apresentarem sintomatologia importante. O tratamento muitas vezes é inadequado devido à falha no diagnóstico inicial. Avaliar e determinar critérios que possam nortear o tratamento das fraturas do odontóide Estudo retrospectivo e comparativo entre o tratamento conservador e o cirúrgico do odontóide em 24 pacientes. Os mesmos foram avaliados através de exame clínico e radiológico e o tratamento efetuado foi avaliado por meio de testes descritivos, distribuição de freqüên-cias e estatísticos comparativos. Classificou-se segundo Anderson e D’Alonzo. A decisão pelo tratamento cirúrgico ou conservador ocorreu em função de critérios de redução e instabilidade. Foram observados dezessete pacientes do sexo masculino (70,8%) e sete do sexo feminino (29,2%), com idade média de 39 anos e seguimento pós-tratamento de 12 a 110 meses. Não foram observadas fraturas do tipo I, dezessete casos apre-sentaram fratura do tipo II (70,8%) e sete do tipo III (29,2%). Independentemente do tipo da fratura, a consolidação ocorreu em média em 3 meses para os pacientes tratados cirurgicamente, enquanto que as fraturas tratadas conservadoramente consolidaram em 5 meses. Apesar de haver uma tendência à consolidação mais rapidamente quando é realizado o tratamento cirúrgico, o tratamento conservador deve ser considerado, observados critérios de redução e instabilidade.

Palavras-chave: odontóide, tratamento cirúrgico, fraturas

06. Técnica cirúrgica via anterior para as luxações facetárias da coluna cervical

Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

O trabalho descreve uma técnica cirúrgica para as luxações facetárias da coluna cervical e discute as indicações para a cirurgia por via anterior para as luxações da coluna cervical baixa. Descrever uma técnica cirúrgica para as luxações facetárias e discutir indicações Não será abordada a apresentação de resultados neste trabalho, apenas a descrição e discussão da técnica aberta por via anterior. Observações de quarenta e um pacientes tratados nos últimos dez anos por esta técnica demonstram bons resultados quanto a um pós-operatório menos doloroso, recuperação funcional extremamente rápida e complicações pouco freqüentes. A técnica descrita neste artigo oferece excelentes resultados, sendo aplicada em até 95% dos casos de fraturas-luxações em nosso centro.

Palavras-chave: técnica cirúrgica, luxações facetárias

07. Análise numérica da artrodese toracolombar curta e longa

Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

A região toracolombar é o sitio mais comum de fraturas da coluna vertebral, principal-mente no nível T12–L1. Diferentes métodos de tratamento foram desenvolvidos e não existe até o momento um consenso acerca do método ideal para fixação da fratura. Considerando-se a abordagem posterior, alguns autores propõem a artrodese curta envolvendo a vétebra fraturada e outros propõem a artrodese longa utilizando níveis sadios acima e abaixo da vértebra fraturada. Analisar sob o ponto de vista numérico a resistência do implante metálico na artrodese de coluna toracolombar para tratamento das fraturas, considerando a fixação longa e curta Foram obtidas inicialmente imagens de tomografias computadorizadas de pacientes com fraturas toracolombares. As imagens foram trabalhadas sequencialmente e convertidas para posterior análise numérica com o programa ANSYS. As duas técnicas de tratamento foram analisadas quanto às tensões

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e deformações geradas no pós-cirúrgico imediato e seus resultados foram comparados com trabalhos encontrados na literatura. As tensões geradas nos parafusos da artrodese longa têm valores em torno de 35% menores que a da artrodese curta. Nas hastes, a técnica longa também apresenta menores tensões, em torno de 13% menor. Como ambos os materiais são compostos de liga de titânio e os valores encontrados estão na faixa de 200 MPa para a teoria de Von Mises e o Limite de escoamento da liga de titânio é 950MPa, ambas as técnicas atendem um bom coeficiente de segurança. Tanto a artrodese curta quanto a longa tem-se mostrado uma boa opção para o tratamento das fraturas toracolombares. O fato pôde ser explicado numericamente através da presente pesquisa.

Palavras-chave: artrodese, fratura toracolombar, análise numérica

08. Epidemiologia da lesões metastáticas cirúrgicas que acometem a coluna vertebral. Experiência em um único hospital

Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

O diagnóstico e tratamento das lesões da coluna vertebral apresentaram uma evolução considerável nos últimos anos. As possibilidades terapêuticas, muitas vezes cirúrgicas, tem contribuído com a melhora da qualidade e eventualmente com a sobrevida dos pacientes; Devido a sobrevida aumentada pelo tratamento oncológico, o índice de lesões observadas na coluna aumentou exponencialmente. Avaliar estatisticamente quais lesões acometem a coluna, sítios preferenciais, estadiamento, idade e sexo. Foram incluídos neste estudo os pacientes com lesão metastática na coluna vertebral, que apresentas-sem sítios únicos ou duplos, e que pudessem ser submetidos ao tratamento cirúrgico; foram avaliados 67 casos, em um estudo prospectivo, de julho de 2007 a dezembro de 2009, atendidos no ambulatório de ortopedia do Hospital Santa Marcelina-Itaquera. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, local da lesão, número de lesões, status neurológico, tipo de tumor e presença de fraturas. Da analise dos casos encontramos 34 homens e 33 mulheres. O local mais acometido foi a coluna lombar, com predomínio de L2, seguido por L3 e L1. O tumor primário que mais apresentou implantes secun-dários na coluna foi o câncer de mama seguido pelas patologias prostáticas. A media de idade foi de 53 anos. Localizamos 45 pacientes com fratura do corpo vertebral, Na avaliação neurológica encontramos alteração em 18 pacientes sendo apenas 01 Frankel A Todos os pacientes em tratamento de tumores primários, que apresentem dor axial ou quadro de fratura de vértebra, necessitam ser bem estudados, inclusive com exames de imagem de toda a coluna, haja vista que 40 a 50% de lesões metastáticas a distancia acometem a coluna vertebral.

Palavras-chave: epidemiologia

09. Epidemiologia das fraturas toracolombares cirurgicas na zona leste de São Paulo

Christiano Esteves Simões (Hospital Felício Rocho)

A Zona Leste se São Paulo e a área situada a leste do Rio Tamanduatei,com uma po-pulação de 3.620.494 segundo dados da prefeitura . Nosso trabalho visa descrever a incidência, etiologia e evolução das fraturas toracolombares tratadas no hospital terciário da região. Fazer uma analise prospectiva de 100 pacientes com fratura da coluna toraco-lombar submetidos a tratamento cirúrgico em um hospital terciário da zona leste de São Paulo Estudo prospectivo com inicio em janeiro de 2006 ate julho de 2009, onde foram incluídos um total de 100 pacientes com fratura da coluna toracolombar submetidos a tratamento cirúrgico, onde foi avaliado dados como sexo, idade, mecanismo de trauma, déficit neurológico e tipo de fratura. Foi observado que queda de laje foi o principal fator causador deste tipo de fratura seguido de acidentes com veículos automotores , o sexo masculino foi responsável por 66% dos casos, porem não foi observado diferença entre o mecanismo de trauma e o sexo. Observamos também que a lesão neurológica apresenta relação direta com a gravidade de fratura e que a junção toracolombar é a região ,mais acometida Concluímos que a incidência de fraturas na zona leste de são Paulo e elevada, associadas a queda acidental, que estes dados são importantes para que medidas de prevenção possam ser realizados, para diminuir a morbidade deste grave tipo de trauma.

Palavras-chave: epidemiologia

10. Avaliação do tratamento cirúrgico das fraturas da coluna toracolombar com material de 3ª geração

Helton L A Defino (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_uSP)

A conduta em pacientes com fratura da coluna toracolombar é motivo de controvérsia, motivando nas ultimas décadas estudos e pesquisas em diversos centros especia-lizados, permitindo novos conceitos e procedimentos mais eficientes na reabilitação precoce dos pacientes, porem existem diferentes opiniões a respeito da melhor con-duta Avaliar o resultado funcional dos pacientes com fratura da coluna toracolombar submetidos a tratamento cirúrgico com material de terceira geração. Realizado estudo prospectivo incluindo 100 pacientes portadores de fratura da coluna vertebral nos segmentos torácico e lombar. As lesões foram classificadas conforme a sistemática da AO e os pacientes foram tratados com cirurgia. Avaliou-se a presença de cifose inicial e sua evolução apos a intervenção cirúrgica, a presença de dor pós-operatório e sua evolução ate 24 semanas do ato cirúrgico. Comparando nossos dados com a literatura. Analisados 100 pacientes cirúrgicos sendo 37 Tipo A, 46 TIPO B e 17 Tipo C, observamos que os pacientes que se apresentavam com Frankel A mantiveram o quadro, porem os pacientes com Frankel B ou mais evoluíram com alguma melhora

do quadro; a media da melhora da dor baseado na escala visual analógica (EVA) foi acima de 4 pontos e o retorno as atividades de rotina diária constatada em todos os pacientes, sendo que o retorno ao trabalho não foi considerado por nós com critério de avaliação. Apesar da controvérsia quanto a indicação da cirurgia nas fraturas da coluna, consideramos o método por nós utilizado como satisfatório, CPM bons resultados e baixo índice de complicações, porem mais estudos prospectivos e randomizados, com um seguimento mais longo são necessários, para uma avaliação deste tipo de fixação.

Palavras-chave: trauma toraco-lombar

11. Tuberculose na coluna vertebral. Avaliação clínica, radiológica e seguimento de 31 pacientes

Helton L A Defino (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_uSP) ; Anderson Marin (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP) ; Carlos Fernando da Silva Herrero (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP) ; Marcello Henrique Nogueira Barbosa (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP)

Infecção da coluna vertebral pelo bacilo da tuberculose é uma doença incomum, porém devastadora quando presente sendo necessário seu diagnostico e tratamento precoce. Avaliar o tratamento clinico e sua correlação com a biópsia, evolução do paciente e seu desfecho final avaliando dor e presença de cifose residual e comparando a relação da cifose com presença de coleção na Ressonância Magnética Estudo retrospectivo onde avaliamos 31 pacientes com diagnóstico de tuberculose na coluna vertebral fazendo uma analise estatística e estudando seus dados descritivos e sua correlações clinicas importantes comparando nossos casos com a literatura e correlacionado seus dados. Nosso estudo mostrou que é uma doença muito mais comum em homens que mulheres; a presença de coleção esteve presente em uma minoria dos pacientes; os pacientes que apresentavam-na tinham uma pior evolução na deformidade final: a biopsia foi realizada, 19 pacientes apresentando a positividade em apenas 5, não in-fluenciando o tratamento do paciente; a dor pos tratamento clinico apresentou melhora importante com esquema tríplice por 1 ano. O tratamento clinico da tuberculose deve ser iniciado assim que a doença for suspeitada, e a presença de imagens compatíveis. Na possibilidade de cifose o uso de um colete rígido deve ser ponderado. A avaliação neurológica deve ser acompanhada com um intervalo pequeno, pois se o tratamento clinico for ineficaz e o paciente apresentar déficit neurológico o tratamento cirúrgico deve ser considerado.

Palavras-chave: tuberculose

12. Influência da idade e da mobilidade do segmento vertebral nas separações entre a placa vertebral terminal e o corpo vertebral

Helton L A Defino (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto_uSP) ; Patrícia Silva (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP) ; Rodrigo César. Rosa (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP) ; Antonio Carlos Shimano (Fa-culdade de Medicina de Ribeirão Preto-uSP) ; José Batista Volpon (Medicina de Ribeirão Preto-uSP)

A placa vertebral terminal separa o núcleo pulposo e o ânulo fibroso do corpo vertebral adjacente e está localizada na interface cranial e caudal da vértebra. A placa vertebral terminal parece ser a estrutura do disco mais suscetível a falha mecânica de acordo com observações microscópicas e análises de elementos finitos. Avaliar por meio de histomorfometria, as separações entre a placa vertebral terminal e o corpo vertebral e sua correlação com a faixa etária e a mobilidade do segmento estudado Foram avaliados os segmentos T7-T8 e L4-L5 de 41 cadáveres humanos, divididos em 2 grupos etários (17 cadáveres com idade entre 20 e 40 anos e 24 cadáveres entre 41 e 80 anos). Em cortes de 3 a 5µm de espessura no eixo sagital das peças anatômicas, que incluía parte dos corpos vertebrais adjacentes e o disco intervertebral interposto foram avaliados o comprimento da superfície estudada, a quantidade e a extensão das separações entre a placa vertebral terminal e o corpo vertebral. O número de separações e o número de separações pela distância avaliada apresentaram diferença estatística significativa (p<0,05) ao compararmos os grupos etários e os diferentes segmentos. Este estudo demonstrou que as separações entre a placa vertebral terminal e o corpo vertebral, não só possuem incidência diretamente proporcional com a faixa etária, como também apre-sentam relação direta com a mobilidade do segmento vertebral estudado. Enfatizando a importância dos fatores idade e biomecânica na degeneração do disco intervertebral.

Palavras-chave: placa vertebral terminal, coluna vertebral

13. redução anatômica via posterior e artrodese l4-s1 nas espondilolisteses de alto grau

José Guilherme de P. V. Wanderley (Hospital das Clínicas de Teresópolis)

Ainda existem muitas controvérsias acerca do tratamento das espondilolisteses L5-S1 de alto grau. Artrodese in situ e redução parcial com artrodese L4-S1 ou L5-S1 via diferentes acessos foram descritos na literatura. Espondilolisteses displásicas de alto grau estão associadas a altas taxas de falha e complicações independente da técnica utilizada. Avaliar a melhora do balanço sagital após redução via posterior nas espondilolisteses displásicas de alto grau (graus III a V de Meyerding). Foram avaliados sete pacientes operados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia com Diagnóstico de Es-pondilolistese Displásica L5-S1 de alto grau (>50% de escorregamento de L5 sobre S1), sendo deste total quatro espondiloptoses, submetidos a osteotomia sacral, redução via posterior e artrodese L4-S1. A idade média dos paciente foi de 33,57 anos, seis eram do sexo feminino. Todos os pacientes apresentaram uma melhora importante no balan-ço sagital global. uma vez que L5 se torna a base da coluna flexível após a fusão de

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L5-S1, o angulo de incidência de l5 toma a função da incidência pélvica. Os pacientes apresentaram um angulo de incidência de L5 médio de 64,8% antes e 47,8% após a cirurgia. uma paciente evoluiu com infecção superficial da ferida operatória e dois casos apresentaram paresia da raíz de L5 unilateral, sendo uma definitiva e outra temporária. A técnica de redução via posterior após osteotomia sacral, liberação ampla do trajeto da raíz de L5 e artrodese L4-S1 apresentou melhora significativa do escorregamento de L5 sobre S1, com melhora satisfatória do balanço sagital.

Palavras-chave: placa vertebral terminal, coluna vertebral

14. O que eu não faço mais na cirurgia da coluna vertebral

Luiz Gustavo Dal Oglio da Rocha (Hospital universitário Cajuru Puc-pr); Vialle, L.r. (Huc, Puc-PR); Vialle, E.n. (Huc, Puc-PR); Jacob, C. (Huc, Puc-PR); Krieger, A.b.q. (Huc, Puc-PR)

Nas últimas décadas muitas novas tecnologias foram desenvolvidas no âmbito da cirurgia da coluna vertebral e muitas técnicas e procedimentos classicamente utilizados ou conemporanemente desenvolvidos foram abandonados. Apresentar o resultado de pesquisa realizada entre 257 cirurgiões de coluna sobre os principais procedimentos ci-rúrgicos que não utiliza mais para o tratamento das doenças traumáticas, degenerativas e deformidades da coluna vertebral Método: os participantes da pesquisa responderam a um questionário abrangendo o tratamento de diferentes doenças traumáticas, dege-nerativas e deformidades dos segmentos cervical, torácico e lombar, sendo que cada quesito apresentava três opções de resposta: não faço mais, nunca utilizei e ainda utilizo Os cirurgiões entrevistados eram oriundos de 22 estados brasileiros, 97% eram do sexo masculino com idade variando de 28 a 72 anos de idade ( média 43,16 anos ±11,54 anos), e com 0 a 23 anos de atuação na área da cirurgia da coluna vertebral. A formação básica era Ortopedia em 78,2% dos cirurgiões de coluna entrevistados e Neurocirurgia em 20,2%. A avaliação das respostas dos questionários evidencia a mudança de atitude terapêutica e abandono de técnicas classicamente utilizadas no tratamento das doenças da coluna vertebral, influência da formação básica do cirur-gião na escolha do tratamento das doenças da coluna vertebral e grande espectro de opções terapêuticas entre os cirurgiões entrevistados considerando o tempo de experiência na área de atuação, idade e formação básica.

Palavras-chave: coluna vertebral

15. Classificação de roussouly sobre a variação entre o alinhamento da coluna lombar e a pelve: Avaliação inter e intra-observador da reprodutibilidade da classif

Luiz Gustavo Dal Oglio da Rocha (Hospital universitário Cajuru Puc-PR); Vialle, L.r. (Huc, Puc-PR); Vialle, E.n. (Huc, Puc-PR); Jacob, C. (Huc, Puc-PR); Krieger, A.b.q. (Huc, Puc-PR)

Roussouly criou uma classificação que versa sobre a variação normal do alinhamento sagital da coluna lombar humana e a pelve na posição ortostática, com o objetivo de quantificar e classificar as variações comuns no alinhamento sagital da coluna, do sacro e da pelve. Desta forma acredita-se que a melhor compreensão das variações anatômicas do alinhamento sagital da coluna pode contribuir para o melhor entendi-mento das patologias degenerativas da coluna lombar. O presente estudo visa avaliar a reprodutibilidade da classificação de Roussouly. Desta forma, poderemos observar a confiabilidade de tal classificação para futuramente estudar a relação entre os diferentes tipos da classificação e a incidência das diversas patologias degenerativas da coluna lombar. Consequentemente, a avaliação dos resultados do tratamento cirúrgico de tais patologias também será melhor compreendido. Foram avaliadas, por 9 cirurgiões de coluna, 52 radiografias pré-operatórias de pacientes operados por patologias degene-rativas da coluna lombar. Apenas radiografias que incluiam toda a coluna lombar até o sacro foram selecionadas. Avaliação da reprodutibilidade intra e inter-observadores foi realizada segundo os parâmetros da classificação de Roussouly. A classificação identifica diversos parâmetros espinopélvicos dentro de 4 grupos. A avaliaçao inter-observadores teve na 1ª avaliação Kappa geral = 0.486 (concordância moderada) e 2ª avaliação: Ka-ppa geral = 0.423 (concordância moderada). A avaliação intra-observadores teve Kappa que variou entre 0,437 (concordância moderada) e 0,735 (concordância substancial). Todas as avaliações obtiveram concordância positiva entre moderada e substancial. Observamos que houve concordância positiva moderada na avaliação inter-observadores e concordância positiva que variou entre moderada e substancial na avaliação intra--observadores. Nenhum avaliação, seja inter ou intra-observador, teve o padrão mais alto de concordância. O padrão mais alto atingido foi o de concordância substancial. Em relação aos 4 subgrupos da classificação de Roussouly, foi Observado que houve maior concordância para os subgrupos 3 e 4.

Palavras-chave: balanço sagital, classificação, Roussouly

16. Correlação entre o tipo de lordose lombar, diagnóstico e tratamento em pacientes submetidos a cirurgia para patologias degenerativas da coluna lombar

Luiz Gustavo Dal Oglio da Rocha (Hospital universitário Cajuru Puc-PR); Vialle, L.r. (Huc, Puc-PR); Vialle, E.n. (Huc, Puc-PR); Jacob, C. (Huc, Puc-PR); Krieger, A.b.q. (Huc, Puc-PR)

A análise do balanço sagital vem surgindo como foco essencial no manejo das patolo-gias degenerativas da coluna lombar, principalmente quando procedimentos de fusão são necessários. O balanço sagital é avaliado tanto por parâmetros espinhais como

pélvicos. Baseado nestes conceitos Roussouly criou uma classificação da lordose lombar em 4 tipos. Analisamos o padrão de curva, segundo Roussouly, e tentamos relacionar com a incidência das diferentes patologias da coluna lombar e seu tratamento. O objetivo do nosso trabalho é avaliar um grupo de pacientes tratado por patologias degenerativas da coluna lombar tentando relacionar o padrão de lordose, segundo a classificação de Roussouly, com os diferentes tipos de doença degenerativa: hérnia discal, degenera-ção discal sintomática, espondilolistese degenerativa e estenose lombar. Assim como identificar a relação com o devido tratamento utilizado para tais patologias. Estudados, de maneira retrospectiva, 51 casos de pacientes tratados por patologias degenerativas da coluna lombar. Os casos selecionados foram de hérnia discal, degeneração discal sintomática, espondilolistese degenerativa e estenose lombar. Os casos foram avaliados por 9 cirurgiões de coluna e classificados segundo Roussouly. Após avaliação estatística da reprodutibilidade da classificação, os casos foram identificados quanto ao padrão da curva, o diagnóstico e relação com o tipo de tratamento. Analise estatística dos casos em relação aos padrões de curva segundo Roussouly foi realizado e os resultados sugerem que a hérnia discal e a degeneração discal sintomática tem mais íntima relação com a curvas tipo I e II de Roussouly. Estes casos podem evoluir para estenose foraminal secundário ao colapso discal. Os casos de espondilolistese degenerativa apresentam maior relação com as curvas tipo III e IV. Nestes pacientes também foi maior a incidên-cia de artrose facetária e estenose. O padrão de curvatura lombar segundo Roussouly apresenta relação com a incidência das patologias degenerativas da coluna lombar. Estes achados são condizentes com a literatura. Os processos de degeneração discal sintomática e hérnia discal apresentam mais íntima relação com a os padrões de curva tipo I e II de Roussoly. Os casos de espondilolistese, onde a estenose é mais frequente, tem mais relação com as curvas mais lordóticas tipo III e IV da classificação.

Palavras-chave: lordose, diagnóstico, degenerativa

17. Monitoração intraoperatória com teste de estimulação eletromiográfica dos instrumentais de pacientes submetidos à correção CIR&uACu

Luiz Gustavo Dal Oglio da Rocha (Hospital universitário Cajuru Puc-PR); Vialle, L.r. (Huc, Puc-PR); Vialle, E.n. (Huc, Puc-PR); Jacob, C. (Huc, Puc-PR); Krieger, A.b.q. (Huc, Puc-PR)

A cirurgia para correção da escoliose idiopática tem se tornado tratamento de escolha.A monitorização eletrofisiológica é atualmente um cuidado primário que permite a detecção precoce e a reversão de muitas complicações neurológicas. O uso do potencial evocado somatossensitivo (PESS) é de particular interesse nos casos de escoliose neuromuscular e com a presença de seringomielia associada, mas tem sido comprovada sua valia nas cirurgias de escoliose idiopática Apresentar a metodologia empregada na monitorização neurofisiológica de pacientes submetidos a tratamento para correção de escoliose idio-pática com instrumentação cirúrgica, utilizando parafusos pediculares e lombares Foram estudados, retrospectivamente, 32 prontuários de pacientes operados neste serviço, entre os anos de 2004 e 2008. A idade variou de 11 a 18 anos e a maioria era do sexo feminino. A monitoração do posicionamento de parafuso transpedicular foi realizada por EMG, posicionados nos músculos representativos dos miótomos a serem monitorados na colocação dos parafusos. O resultado foi baseado na presença ou ausência de alterações neurológicas. Não houve a ocorrência de falso-negativo e de falso-positivo no grupo de 32 pacientes estudados; todos foram classificados como Frankel E no pós-operatório. Em seis pacientes houve relação entre a incidência de positividade no teste com estimulação eletromiográfica dos instrumentais e mau posicionamento dos parafusos pediculares, sem evidências de complicaçôes após correção dos mesmos A monitorização intraoperatória com EMG estimulada mostrou-se útil e realizável quando aplicada a pacientes submetidos à correção cirúrgica de escoliose idiopática por instru-mentação com parafusos pediculares torácicos e lombares, o que permite verificar se o parafuso encontra-se muito próximo da raiz nervosa, possibilitando, caso necessário, a correção da distância entre parafuso e raiz.

Palavras-chave: potencial evocado motor, escoliose, parafuso ósse

18. Acesso anterior a junção cérvico-torácica: Como predizer a vialbilidade do acesso e a necessidade de manubriotomia

Romulo Moura Jorge (Ortopedia Centro)

Lesões da junção cérvico-torácica têm alta tendência de instabilidade, sendo um gran-de desafio ao tratamento cirúrgico. No período pré-operatório é importante a equipe cirúrgica saber se os objetivos da cirurgia, descompressão e estabilização, podem ser obtidos pelo acesso anterior. uma vez definida a possibilidade da via anterior, a segunda definição a saber é a da necessidade da manubriotomia, sabendo que sua realização aumenta a morbidade. Demonstrar o método simples e eficaz para definir, no período pré-operatório, a viabilidade da cirurgia anterior da junção cérvicotorácica C7 a T4 e como predizer a necessidade da manubriotomia. Estudo de coorte prospectivo de 19 consecutivos pacientes que realizaram o acesso anterior a junção cérvico-torácica. A avaliação radiológica foi feita através da ressonância magnética e tomografia computa-dorizada da região em corte sagital incluindo o manúbrio. Definida a “”linha de visão do cirurgião”” que é a linha paralela ao plato inferior da vértebra normal superior. A relação desta linha com o manúbrio e os grandes vasos preditivos da viabilidade do acesso e da manubriotomia. O planejamento pré-operatório foi correto em todos os casos. A

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idade média foi de 63 anos, sendo a grande maioria dos pacientes com lesão de ori-gem metastática (13 casos). A manubriotomia não foi necessária em lesões da sétima vértebra cervical ou do espaço discal C7-T1. A manubriotomia foi necessária em 50% dos casos com lesões na vértebra de T1. O fato de realizar a manubriotomia aumenta o tempo cirúrgico, sangramento, tempo de hospitalização, intensidade da dor e morbidade. A utilização da “”linha de visão do cirurgião”” e sua correlação com o manúbrio e os grandes vasos permite identificar a possibilidade do acesso anterior e a necessidade da manubriotomia sem comprometer a descompressão e a estabilização.

Palavras-chave: junção cérvico-torácica, manubriotomia

19. Tratamento da espondilolistese de baixo/alto grau com parafuso transvertebral (Go-Lif)-relato da técnica e resultados preliminares

Pedro Henrique Lacombe Antoneli (Hospital Mãe de Deus); Sérgio Afonso Hen-nemann (Hospital Mãe de Deus); Leandro Medeiros da Costa (Hospital Regional de São José); Marcelo Rodrigues de Abreu (Hospital Mãe de Deus)

A espondilolistese é caracterizada por um deslizamento anterior da vértebra superior em relação a uma vértebra inferior adjacente. Existem várias técnicas para proporcionar uma fusão adequada nestes casos. Em 1994 Grob descreveu a técnica do parafuso transvertebral (guided oblique lumbar interbody fusion, GO-LIF) guiado de maneira oblí-qua como uma técnica simples, resistente e com mesmo índice de fusão das técnicas convencionais. Nosso objetivo é apresentar a técnica de fusão através do parafuso trans-vertebral (GO-LIF) demonstrando suas peculiaridades e seus resultados preliminares. Foram avaliados oito pacientes com espondilolistese entre os graus II e III de Meyerding. Todos haviam falhado ao tratamento conservador usual. Operados pela técnica descrita por Grob, através do parafuso transvertebral( GO-LIF), parafusos colocados de maneira bilateral em sentido oblíquo de S1 e direção a porção ântero-superior do plato vertebral de L5, passando pelo espaço discal L5-S1. Todos os pacientes foram avaliados pelo questionário de Oswestry no pré e pós operatório. Todos os pacientes apresentaram redução do padrão de dor na avaliação através do questionário de Oswestry. A média no pré operatório foi de 40,25 pontos e no pós operatório diminuiu para 20 pontos. Os resultados do ponto de vista clínico e as taxas de complicações são semelhantes as outras técnicas descritas. A técnica se mostra mais fácil de ser executada e apresenta menor tempo cirurgico além de poder ser associada aos procedimentos de descom-pressão. Apesar de ser um procedimento mais simples e menos invasivo, tem os mes-mos resultados clínicos e similar taxa de complicações em relação as diversas outras técnicas de artrodese . uma excelente técnica para fusão lombar, nas espondilolisteses de moderado e alto grau de deslizamento. Restrição deve ser feita a necessidade de estudos com melhor evidência científica. Apresenta ainda a vantagem do custo uma vez que são utilizados apenas 2 parafusos.

Palavras-chave: espondilolistese, parafuso, transvertebral

20. Influência da extensão da Artrodese Lombossacra nos resultados clínicos e funcionais

Cristiano Magalhães Menezes (Hospital Lifecenter/ Ortopédico Belo Horizo); Fal-con, R.s. (Hospital Lifecenter); Ferreira Jr, M.a. (Hospital Lifecenter); Oliveira, D.a. (Hospital Lifecenter); Alencar, J. (Hospital Lifecenter)

No tratamento cirúrgico da estenose degenerativa lombossacra associada à instabilidade mecânica, a qualidade da fusão óssa é um fator determinante para os resultados clínicos. Entretanto, existe controvérsia sobre a relação entre o número de vértebras incluídas na fusão e a qualidade de vida dos pacientes. Verificar a influência da extensão da fusão póstero-lateral lombossacra e seu impacto nos resultados clínicos e funcionais. Foram avaliados 22 pacientes portadores de estenose central, foraminal ou hérnia de disco lombar, associadas a instabilidade segmentar, submetidos ao tratamento cirúrgico para descompressão neural e artrodese póstero-lateral. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com quantidade de níveis artrodesados (único ou múltiplos). Foram aplicados os questionários Oswestry e SF-36 para avaliação da qualidade de vida e a escala visual da dor. Os resultados do SF-36 mostraram bons níveis de qualidade de vida em ambos os grupos, com exceção do domínio Aspectos Físicos. Não houve correlação significativa entre a extensão da artrodese e os desfechos clínicos. Os pacientes sub-metidos à artrodese póstero-lateral apresentaram qualidade de vida satisfatória, exceto pela diminuição da aptidão física. Entretanto, o maior número de níveis incluídos na fusão não teve impacto negativo sobre os aspectos clínicos e funcionais.

Palavras-chave: coluna vertebral, artrodese, qualidade de vida

21. Radiografias em inclinação lateral como fator preditivo da correção cirúrgica na escoliose idiopática do adolescente

Cristiano Magalhães Menezes (Hospital Lifecenter/ Ortopédico Belo Horizo); Andrade, L.m. (Axial Centro de Imagem); Falcon. R.s (Hospital Lifecenter); Filho, M.a.p. (Hospital Lifecenter); Ferreira Jr, M.a. (Hospital Lifecenter)

Na Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) a determinação pré-operatória da flexibi-lidade das curvas é uma etapa fundamental no planejamento cirúrgico, por orientar a seleção dos níveis a serem fundidos. Apesar de outros autores avaliarem previamente a utilização de radiografias com fulcro para tal finalidade, não existem dados disponí-veis na literatura sobre a efetividade de radiografias em inclinação lateral em pacientes operados exclusivamente com parafusos pediculares. Avaliar a utilização de radiografias em inclinação lateral em decúbito dorsal como fator preditivo da correção cirúrgica da

curva torácica em pacientes portadores de escoliose idiopática do adolescente. Foram avaliados, clínica e radiograficamente, 20 pacientes portadores de EIA tipo Lenke 1A e 1B que foram operados com a técnica de parafusos pediculares por via posterior. A flexibilidade das curvas foi calculada através de radiografias em inclinação lateral supina ativa. Os valores obtidos no pré-operatório para a curva torácica principal foram incluídos em uma equação matemática proposta por Cheung et al. com a finalidade de predizer o resultado angular esperado após a correção cirúrgica. Houve significância estatística para todos os casos estudados, em relação ao valor predito pré-operatóriamente e os achados radiográficos do pós-operatório imediato (p<0,005). É possível prever a porcentagem de correção cirúrgica da curva torácica principal em pacientes portadores de Escoliose Idiopática do Adolescente tipo Lenke 1A e 1B, utilizando radiografias pré--operatórias em inclinação supina.

Palavras-chave: escoliose, cirurgia, adolescentes

22. Fratura luxação da coluna torácica durante o segundo trimestre da gestação – Relato de caso e revisão da literatura

Rodrigo Castello Branco Manhães Boechat (Hospital XV); Décio de Conti (Hospital XV)

Fraturas da coluna vertebral que causam lesão medular raramente ocorrem em pacientes gestantes. Aproximadamente 1000 novos casos de lesão medular são registrados por ano em mulheres com idade entre 16 e 30 anos, causados principalmente por acidentes de trânsito. Em geral, as fraturas que geram lesão medular ocorrem em mulheres não gestantes ou levam à interrupção precoce da gestação, com concepto inviável. Apresen-taremos o relato do caso de uma gestante que sofreu fratura-luxação da coluna torácica (T4-T5) e foi submetida a descompressão, redução e artrodese por via posterior com a utilização de parafusos pediculares. Apesar de apresentar lesão medular completa, a gestação evoluiu sem intercorrências e culminou com o nascimento por parto normal de um recém-nascido saudável a termo. Paciente de 20 anos de idade com gestação tópica de 20 semanas foi vítima de atropelamento por carro enquanto andava de bi-cicleta. Apresentava quadro compatível com choque medular, mostrando ausência de sensibilidade, motricidade e reflexos abaixo do nível de T6. Foram realizadas radiografias da coluna vertebral (imagens 1 e 2) e tomografia computadorizada (imagens 3 e 4) que evidenciaram fratura-luxação da coluna torácia e destruição dos elementos posteriores de T4. A paciente foi submetida ao tratamento operatório da fratura-luxação vertebral T4-T5 em caráter de urgência. No momento da alta, mantinha ausência de sensibili-dade e motricidade abaixo de T6, com lesão neurológica classificada pela escala de FRANKEL como tipo A. Manteve acompanhamento pré-natal ambulatorialmente e com 39 semanas de gestação entrou em trabalho de parto, gerando uma criança do sexo feminino por parto normal, sem intercorrências. No tratamento de gestantes com lesão medular aguda, deve-se levar em conta o reconhecimento e o tratamento ortopédico da lesão vertebral e nervosa, do choque neurogênico, cuidado com o uso da radiação ionizante, prevenção e manejo da hiperreflexia autonômica e infecções, treinamento para reconhecimento do trabalho de parto, analgesia e decisão da via de parto.

Palavras-chave: gestação, trauma raquimedular, artrodese

23. Estudo radiológico morfométrico comparativo de coluna vertebral lombar de suínos e humano

Luciano Antonio Nassar Pellegrino (Santa Casa de São Paulo); Hans Grohs (Santa Casa de São Paulo); Robert Meves (Santa Casa de São Paulo); Elcio Landim (Santa Casa de São Paulo); Osmar Avanzi (Santa Casa de São Paulo); Ricardo umeta (Santa Casa de São Paulo); Maria Fernanda Caffaro (Santa Casa de São Paulo)

Estudos mecânicos em espécimens humanos tem sido difícil de reproduzir devido dificul-dade de obtenção de espécimens entao o estudo morfometrico de espécimens animais como suínos sao relevantes para comprovar similaridades anatômicas par estudos mecâ-nicos controlados O objetivo do estudo foi realizar a avaliação tomográfica morfométrica comparativa entre colunas de espécimes suínos e humanas, e suas correlações com mensurações reais. Cinco grupos de colunas lombares de suínos e quatro grupos de colunas lombares de humanos foram utilizados. A análise compreendeu 19 parâmetros morfométricos mensurados com o programa DICON® e sua correlação com a medição real previamente realizada: Ao se analisar comparativamente as vértebras humanas e as dos suínos observamos vários parâmetros com semelhança, e mesmo quando isso não é observado o padrão de evolução das vértebras se mostra semelhante através da aná-lise gráfica. Já quando analisamos a comparação da mensuração direta com a indireta, observamos que todos os parâmetros não apresentaram diferença estatística entre as medições. O uso da vértebra suína como modelo de estudos anatômicos e mecânicos da coluna lombar é possível devido as semelhanças apresentadas. Os resultados tomo-gráficos obtidos se mostraram em concordância com a mensuração direta, colocando a tomografia como ferramenta importante no estudo morfométrico da coluna lombar.

Palavras-chave: morfometria, tomografia, coluna lombar, humano

24. Avaliação das lesões induzidas por ácido e por brocagem na simulação de metástase em colunas suínas

Luciano Antonio Nassar Pellegrino (Santa Casa de São Paulo); Cesar Macedo (Santa Casa de São Paulo); Ricardo umeta (Santa Casa de São Paulo); Maria Fernanda Caffaro (Santa Casa de São Paulo) ; Robert Meves (Santa Casa de São Paulo); Elcio Landim (Santa Casa de São Paulo); Osmar Avanzi (Santa Casa de São Paulo)

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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Estudos experimentais com vértebras animais têm sido cada vez mais difundidos na literatura. Porém, poucos estudos têm demonstrado uma padronização na produção de defeito ósseo, simulando lesão metastática, para estudar a resistência e a biomecância de vértebras acometidas. avaliação tomográfica de vértebras lombares de espécimes suínos, após a simulação de lesão metastática que comprometa de cerca de 50% do corpo ver-tebral. 5 métodos: 1 – gotejamento e injeção de ácido (nítrico e sulfúrico); 2 – Embebição solução com ácido nítrico e ácido sulfúrico, e tomográfica após 15, 30, 45, 60, 75 e 90 min. 3 –defeito ósseo de 2,5 mm. 4 –defeito ósseo de 8 mm, injeção de ácido sulfúrico por 24 h. 5 - defeito ósseo de 12 mm, injeção de ácido sulfúrico por 24 horas, Todos os espécimes foram submetidos a TAC, para medição DMO e do defeito ósseo criado. Tanto as vértebras submetidas à injeção e gotejamento de ácido, quanto às embebidas em so-lução, não apresentaram lesão óssea satisfatória. O defeito ósseo provocado com broca de 8 mm mais injeção de ácido e preenchimento com gel agarose mostrou-se eficaz na simulação de metástase; porém, com tamanho aquém do esperado. O defeito ósseo com broca 12 mm foi o que se mostrou mais eficaz na produção do defeito de cerca de 50% ou mais do corpo vertebral. A simulação de defeito ósseo metastático foi mais eficaz com a utilização de broca 12 mm, injeção de ácido sulfúrico e posterior preenchimento com gel agarose. Este método é de suma importância em estudos biomecânicos posteriores.

Palavras-chave: suínos, metástase, coluna lombar, morfometria

25. Avaliação biomecânica da compressão axial nas lesões de corpo e pedículo vertebral induzidas por ácido sulfúrico e por defeito mecânico

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Santa Marcelina); Adalberto Bortoletto (Hospital Santa Marcelina)

Estudos experimentais com vértebras animais têm sido cada vez mais difundidos na lite-ratura. Porém, poucos estudos têm demonstrado uma padronização na compressão axial de vértebras, simulando lesão metastática, para estudar a resistência e a biomecânica de vértebras acometidas. Avaliação biomecânica e comparativa da compressão axial de vértebras lombares de espécimes suínos, após a simulação de lesão metastática em pedículo e corpo vertebral, por indução de defeito ósseo mecânico e ácido. 28 corpos de prova , divididos em 5 grupos: 1- controle 2 –lesão corpo de 12mm ;3 - lesão corpo vertebral 12mm + lesão de 1 pedículo de 6mm; 4 –lesão do corpo vertebral de 12mm lesão 2 pedículos de 6mm; 5 - lesão em 2 pedículos de 6mm com 15mm/profundidade. ação de ácido sulfúrico por 24 h. Analise por TAC, confirmando similaridade dos defeitos ósseos. Compressão axial maquina Instron 3382/ 100KN/ 5 mm/min. Os ensaios de compressão axial demonstraram a necessidade de menores forças ou cargas para se produzir o colapso vertebral nas vértebras que simulavam diferentes lesões metastáticas em relação ao grupo controle. No grupo de lesão de pedículos e corpo vertebral houve uma extensão maior, porém uma deformidade compressiva e carga axial menores para produzir as fraturas O pedículo e o arco posterior se configuram como estruturas fun-damentais na sustentação vertebral.

Palavras-chave: coluna lombar, biomecanica, metastase, suínos

26. Técnicas de artrodese da coluna lombossacral para o tratamento da espondilose: revisão sistemática da literatura e metanálise de ensaios clínicos randomizados

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Santa Marcelina); Adalberto Bortoletto (Hospital Santa Marcelina)

A artrodese da coluna vertebral pode ser aplicada, quando indicada, à inúmeras pato-logias da coluna vertebral. Apesar das diversas técnicas atualmente empregadas, não existe consenso sobre qual a melhor para cada uma delas. Realizar revisão sistemática da literatura e metanálise buscando avaliar a eficácia e as complicações das diferentes técnicas de artrodese no tratamento da espondilose lombar . À partir das bases de dados Pubmed (1966-2009), Colaboração Cochrane, EMBASE (1980-2009) e LILACS (1982-2009) foi realizada revisão sistemática visando identificar ensaios clínicos rando-mizados comparando as principais técnicas de artrodese bem como seus resultados no tratamento da espodilose lombar. Foram selecionados oito estudos que atenderam aos critérios da revisão, totalizando 1136 pacientes .A técnica de artrodese interssomática mostrou menor sangramento e maior taxa de fusão ao passo que a artrodese postero--lateral apresentou menor tempo cirúrgico emenos complicações. Nos demais desfechos analisados (dor, comprometimento funcional, retorno ao trabalho) não encontramos diferença entre os grupos. Quando analisados os desfechos tempo cirúrgico e taxa de complicacões identificamos que o grupo submetido à técnica póstero-lateral apresentou melhores resultados. Os pacientes submetidos à técnica interssomática apresentaram menor volume de sangramento e maior taxa de artrodese.

Palavras-chave: espondilose, região lombossacral, fusão vertebral

27. Avaliação do uso de embolização arterial seletiva como método único no tratamento de cistos ósseos aneurismáticos da coluna vertebral – estudo P

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Santa Marcelina) ; Adalberto Bortoletto (Hospital Santa Marcelina)

Apesar de se tratar de uma lesão óssea benigna rara (15 % de todos os tumores ós-seos primários localizados na coluna), algumas lesões podem apresentar crescimento rápido e comportamento agressivo local. Várias formas de tratamento já foram descri-tas, abrangendo desde tratamentos cirúrgicos agressivos como curetagem, ressecção

completa, embolização arterial seletiva (EAS), radioterapia ou alguma associação entre as mesmas. Recidiva local não pode ser prevista a não ser após ressecção em bloco. Avaliar os resultados e complicações associados à embolização arterial seletiva como única forma de tratamento de cisto ósseo aneurismático localizado na coluna vertebral. A partir de 2004, 7 pacientes com cisto ósseo anurismático na coluna foram tratados ape-nas com embolização arterial seletiva e seguidos prospectivamete. Critérios de inclusão foram ausência de tratamento prévio e/ou instabilidade. Presença de déficit neurológico progressivo, sinais de compressão medular ou dor incapacitante foram considerados critérios de exclusão. Controle tomográfico foi realizado para identificar sinais de regres-são tumoral e nova embolização realizada quando nescessária. O tempo de seguimento médio variou de 6 a 50 meses (média de 29 meses). O número de embolizações variou entre um procedimento (lesão localizada em T11) a sete embolizações (lesão em L3). Nenhum paciente foi submetido a tratamento cirúrgico ou apresentou qualquer piora do quadro durante o seguimento. Todos os pacientes apresentaram sinais de regressão do tumor, melhora completa do quadro álgico, e foram classificados como NED (sem evidências da doença) no último controle clínico e tomográfico. Embolização arterial seletiva é um método seguro e eficaz de tratamento de cisto ósseo aneurismático da coluna vertebral. Mesmo na presença de déficit neurológico leve a moderado, embo-lização arterial seletiva deve ser considerada como a primeira opção de tratamento levando-se em conta sua baixa taxa de complicação, melhor custo-benefício para o paciente e resultados clínicos satisfatórios.

Palavras-chave: tumor, cisto ósseo, tratamento, resultados

28. Análise radiográfica do tratamento cirúrgico da fratura cervical baixa por via posterior

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Santa Marcelina); Adalberto Bortoletto (Hospital Santa Marcelina)

O tratamento cirúrgico definitivo das lesões da coluna cervical pode ser realizado pela abordagem por via anterior ou posterior. Ambas, quando fornecem síntese rígida, es-tabilizam de maneira suficiente a coluna cervical a ponto de levar à consolidação ós-sea. O objetivo desse estudo foi analisar radiograficamente o resultado do tratamento cirúrgico de pacientes portadores de fraturas cervicais baixas pela abordagem isolada por via posterior. De 2000 a 2008 foram selecionados 23 pacientes que atenderam aos critérios de inclusão do estudo. Eram masculinos 91,3% e a idade média foi de 34 anos e 4 meses. O tempo de seguimento médio foi de 82 meses. Foi avaliado no exame de imagem pré-operatório, pós-operatório imediato e após 6 meses de evolução o tipo de implante, a consolidação da artrodese, se houve soltura do implante, perda de redução, cifose segmentar, degeneração de nível adjacente e pseudartrose. Em relação ao método de síntese, 60,8% dos pacientes foram submetidos ao amarrilho interespinhoso, 26% a placa com parafusos de massa lateral e 13% a barra com parafusos de massa lateral. Dos pacientes submetidos a fixação com parafusos, nenhum apresentou complicações radiográficas e 35,7% dos pacientes submetidos a artrodese com amarrilho interespi-nhoso tiveram complicação, sendo a mais frequente a cifose segmentar. As lesões da coluna cervical submetidas a artrodese com parafuso de massa lateral parecem ter uma evolução radiográfica melhor do que as submetidas a fixação com amarrilho interespi-nhoso, tendo este último apresentado maior incidência de complicações na artrodese.

Palavras-chave: fraturas da coluna vertebral, tratamento

29. Correlação da aferição manual e digital da distância interespinhosa pelo método de newmann em fraturas toracolombares do tipo explosão

Luiz Claudio Lacerda Rodrigues (Hospital Santa Marcelina); Adalberto Bortoletto (hsm)

Com o advento da tecnologia, o uso de programas digitais para visualização radio-gráfica aumentou. Cada vez mais, a radiografia digital ocupa o espaço da radiografia convencional na prática médica. Entretanto, a preocupação da mudança das dimensões alterarem os parâmetros radiográficos e mensurações nas radiografias digitais também é uma realidade. O objetivo desse estudo é analisar a correlação entre a aferição manual e digital da distância interespinhosa pelo método de Neumann em fraturas toracolombares do tipo explosão, bem como a reprodutibilidade das duas técnicas. Foram avaliadas 212 radiografias de pacientes com fratura toracolombar do tipo explosão, sendo 160 do sexo masculino e 52 do sexo feminino.A mensuração da distância interespinhosa foi realizada segundo o método de Neumann. A mensuração manual foi realizada com a radiografia (incidência ântero-posterior) posicionada em um negatoscópio de mesa, utilizando lápis e régua milimétrica.Para a realização da mensuração digital da distância interespinhosa foi utilizado o programa AuTOCAD 2011. O coeficiente de Pearson, quando comparados os valores percentuais manuais e digitais da relação da distância interespinhosa do nível da vértebra fraturada e dos níveis adjacentes, foi de 0,95 (p<0,01). O coeficiente de concordância das mensurações manuais e digitais do método de Neumann foi de 0,97 e 0,93, respectivamente. A aferição manual e digital da distância interespinhosa pelo método de Newman em fraturas toracolombares do tipo explosão apresentaram alta correlação e alta reprodutibilidade nesta série de casos.

Palavras-chave: fratura toracolombar, coluna vertebral

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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30. Relato de caso de granuloma eosinofílico em coluna cervical infantil

Daniel de Abreu Oliveira (Núcleo de Ortopedia e Traumatologia); Roberto Sakamoto Falcon (Hospital Lifecenter / Ortopédico); Cristiano Magalhães Menezes (Hospital Lifecenter / Ortopédico); Marcos Antônio Ferreira Junior (Hospital Lifecenter / Ortopédico); Fernando Luiz Guedes Lauda (Hospital Lifecenter / Ortopédico); Christiano Cruz de Andrade Lima (Hospital Lifecenter / Ortopédico); Manuel de Araujo Porto Filho (Hospital Lifecenter); Leonardo Fernandes Aguiar

O granuloma eosinofílico, uma variante da histiocitose X, é uma lesão destrutiva e lo-calizada no corpo vertebral, com rara incidência na coluna cervical infantil. O colapso do corpo vertebral (vértebra plana), é o achado patológico mais comum da doença. Caracteriza-se como uma doença de curso autolimitado, sendo o tratamento conserva-dor, com uso de órtese e controle radiográfico seriado, a medida terapêutica preferencial. Raramente pode causar mielopatia, devido a compressão medular. Este trabalho obje-tiva relatar caso de paciente masc., 04 anos, que apresentava queixa de cervicalgia e torcicolo, com limitação da mobilidade cervical. Exame neurológico e laboratoriais sem alterações. Radiografias cervicais apresentavam colapso do corpo vertebral da terceira vértebra cervical (C3). À ressonância, evidenciou-se destruição do corpo vertebral de C3, sem haver o envolvimento das placas vertebrais terminais e discos intervertebrais, tendo sido realizado biópsia cirúrgica. Foi avaliado com acompanhamento clínico mensal e uso de órtese craniotorácica, o paciente. Radiografias, de controle evolutivo da lesão, foram realizadas no primeiro, segundo, terceiro, quarto e sexto meses de acompanhamento, respectivamente. Após este período, observou-se ,radiograficamente, a anquilose entre a segunda e terceira vértebras cervicais, sendo o paciente liberado do uso da órtese. Após seis meses de acompanhamento clínico, controle radiográfico seriado e uso contínuo da órtese, observou-se a anquilose entre a segunda e terceira vértebras cervicais, por meio da radiografia cervical. Ao fim do período de tratamento, o paciente não referia cervicalgia, não apresentava queixa de torcicolo e a mobilidade cervical se encontrava dentro dos parâmetros de normalidade, podendo retornar as suas atividades habituais. O granuloma eosinofílico em coluna cervical infantil é uma patologia de rara incidência. Devido ao seu curso autolimitado, mostrou-se satisfatória a evolução do tratamento clínico instituído, com o uso da órtese e acompanhamento radiográfico seriado.

Palavras-chave: Granuloma Eosinofílico

31. Avaliação pré e pós operatória do joa em pacientes portadores de mielopatia cervical submetidos à descompressão medular por via anterior

Jose Lucas Batista Junior (Hospital Santa Casa de Vitória)

O tratamento cirúrgico da mielopatia cervical secundária a estenose de canal persiste de difícil resolução, muitos autores preconizam a descompressão por via anterior, outros a posterior e mais recentemente a descompressão 360 graus. A conduta mais agressiva deve ao fato de muitas vezes o fator causador do quadro neurológico ser múltiplo como uma hérnia discal, fatores mecânicos; e também a hipertrofia facetaria associado ao espessamento do ligamento amarelo, devendo ambas serem descomprimidas. Nosso trabalho visa avaliar a melhora neurológica após a descompressão via anterior em pa-cientes com mielopatia cervical já com quadro neurológico estabelecido. utilizamos a escala de JOA (Japanese Orthopaedic Association) adaptada para o ocidente, no pré e pós operatório como método de mensuração do grau comprometimento neurológico na mielopatia e aplicado o teste t de student com significância p < 0,05. Participaram 21 pacientes com Mielopatia Cervical que foram submetidos a tratamento cirúrgico. A média do JOA pré-operatório foi de 11 (desvio padrão de 3,2), no pós-operatório a média foi de 14 (desvio padrão 3,5). Concluímos que segundo o JOA os pacientes apresentavam no pré-operatório mielopatia e após descompressão cirúrgica, no pós-operatório, se encon-travam fora do diagnóstico de Mielopatia, com melhora na avaliação neurológica. Este trabalho avalia apenas a descompressão via anterior onde houve melhora significativa, porém concordamos com a literatura em realizar a descompressão 360 graus, onde se tem maior possibilidade de descompressão e conseqüentemente maior possibilidade de melhora clínica.

Palavras-chave: mielopatia cervical, tratamento cirurgico, joa

32. Avaliação do índice de torg através de radiografia e ressonância magnética em pacientes com mielopatia cervical

Jose Lucas Batista Junior (Hospital Santa Casa de Vitoria); Rodrigo Rezende (Hospital Santa Casa Vitoria); Igor Machado Cardoso (Hospital Santa Casa Vitoria); Charbel Jacob Junior (Hospital Santa Casa Vitoria); Priscila Rossi Batista (Hospital Santa Casa Vitoria)

A Mielopatia Cervical Espondilolítica é uma disfunção da medula espinhal causada por uma estenose do canal vertebral. No exame radiográfico mensuramos o índice de Torg, que nos mostra o tamanho do canal vertebral. Alguns autores acreditam que o índice de Torg minimiza a real estenose do canal. Considerando a realização de RM em todos os pacientes com Mielopatia atualmente, a aferição da estenose do canal através da RM poderia proporcionar uma medida mais fidedigna do estreitamento. Medir o índice de Torg através da RM e da radiografia, verificando possíveis discrepâncias entre os métodos de medida. Avaliados pacientes com Mielopatia Cervical sendo documentados a idade, sexo, altura e peso. Foi realizada a mensuração do índice de Torg na radiogra-fia e na RM, o qual foi obtido através da relação entre a superfície posterior do corpo vertebral e o ponto mais próximo à linha laminar correspondente, dividido pelo diâmetro sagital do corpo vertebral. Teste t de Student não-pareado foi realizado para comparação entre os grupos. Significância dada por p< 0,05. Participaram 29 pacientes, sendo 10

mulheres e 19 homens, com médias de idade 48,1 ± 11 anos, de peso 68,7 ± 5 Kg e de altura 1,68 ± 0,6 m. Houve diferença significativa entre o índice de Torg calculado através da radiografia e RM, sendo menores os índices observados na RM (radiografia: 0,73 ± 0,17 vs. RM: 0,48 ± 0,14, p< 0,05). Sugerimos em nosso estudo que a RM nos permite melhor estimativa do grau de estenose do canal, apesar de ambas as aferições traduzirem o mesmo resultado: estenose cervical absoluta (índice de Torg < 0,8). O índice de Torg foi menor ao ser obtido através da RM, permitindo uma medida mais fidedigna da estenose do canal cervical.

Palavras-chave: mielopatia cervical, índice de torg

33. Análise bacterioscópica e microbiologica da ferida operatória de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de escoliose

Jose Lucas Batista Junior (Santa Casa de Misericordia de Vitoria); Rodrigo Rezende (Hscmv); Alexandre de Oliveira Zam (Hscmv); Igor Machado Cardoso (Hscmv); Charbel Jacob (Hscmv)

A escoliose é a mais frequente das deformidades da coluna vertebral, sendo o tratamento cirúrgico imperativo diante de curvatura lateral maior que 40º. A principal complicação cirúrgica é a infecção da ferida operatória, influenciada por fatores como tempo cirúrgico e esterilização dos materiais. Este estudo objetiva analisar se há contaminação da ferida ope-ratória, através de bacterioscopia e cultura, no sítio operatório de portadores de escoliose, durante o procedimento cirúrgico na primeira, segunda e terceira horas de cirurgia. Estudo descritivo, em que foram avaliados portadores de Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) submetidos ao tratamento cirúrgico. Colhidos tecido ósseo e muscular após a primeira, segunda e terceira hora de cirurgia, e encaminhados ao laboratório, sendo posteriormente analisada a ocorrência de crescimento bacteriano dentro das primeiras 24, 48 e 72 horas, através de bacterioscopia e cultura. Dados expressos em porcentagem. Participaram do estudo 30 pacientes. Durante a primeira hora, 24 resultados de bacterioscopia foram negativos 80% e 6 positivos 20%, sendo 100% das culturas negativas. Na segunda hora, a bacterioscopia apresentou 17 resultados negativos 56,6% e 13 positivos 43,4%, com somente um caso positivo de cultura 3,3%. Apenas 10 pacientes apresentaram tempo cirúrgico maior que 2 horas, sendo 7 resultados negativos e 3 positivos de bacterioscopia, dos quais todos confirmaram também cultura positiva. Diante do maior crescimento da flora bacteriana na segunda e terceira horas de cirurgia, podemos sugerir que o tempo cirúrgico está relacionado com o crescimento da flora bacteriana, que por sua vez relaciona-se com a taxa de infecção, corroborando estudos prévios. Isso demonstra a importância do menor tempo cirúrgico, que está associado à maior curva de aprendizado dos médicos e também à maior habilidade e preparo da equipe, na tentativa de se evitar infecções.

Palavras-chave: escoliose

34. Analise de fatores associados a lesão do nervo laringeo recorrente em cirurgias de dissectomia cervical via anterior

Ricardo de Souza Portes Meirelles (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia); André Luiz Loyelo Barcellos (Into); Luis Eduardo Carelli (Into); Luiz Claudio Villela Schettino (Into); Luis Claudio Velleca (Into)

A lesão do nervo laríngeo recorrente (NLR) é uma complicação temida na abordagem cervical, principalmente pelo lado direito. Além do lado da abordagem, outros fatores associados com esta complicação não têm sido completamente estabelecidos. Estudar os possíveis fatores associados com lesão do LNR após cirurgia de hernia discal cervical com abordagem anterior. De jun/09 a jun/2010, avaliamos 30pacientessubmetidos a tratamento cirúrgico de hérnia discal viaanterior no HSLPuCRS.No pré-op, foi realizada a medida da circunferência cervical e da altura cervical.No perioperatório, avaliamos o tempo de entubação e cirúrgico,o lado da abordagem,o número de níveis operados,bem como o tipo de incisão e o uso de halo craniano.Realizou-se uma avaliação videoen-doscópica da laringe, em busca de lesão do NLR,no pré-op e no pré-operatório e no 10o. dia após a cirurg. Encontramos 10% casos de lesões não definitivas do NLR que recuperaram em até 120 dias pós-op.Os pacientes com lesão do NLR apresentavam uma maior circunferência do pescoço, tempo cirúrgico e número de níveis operados em relação aos pacientes sem lesão do NLR.Também,pacientes com lesão do NLR apresentavam um menor comprimento do pescoço.Duas lesões ocorreram na aborda-gem pelo lado direito e uma pelo lado esquerdo.Todos os pacientes com lesão tiveram incisão transversa e não fizeram uso de halo. A abordagem pelo lado direito apresentou maior índice lesões do NLR.Apesar de o número limitado de pacientes não permitir conclusões estatisticamente significativas,fatores anatômicos intrínsecos do paciente como pescoço curto e diâmetro do pescoço aumentado, bem como tempo cirúrgico,e dificuldades técnicas que possam aumentar o tempo cirúrgico podem estar associados com lesão do NLR.Novos estudos com uma amostra maior,analizando as variáveis acima estudadas, deverão ser considerados.

Palavras-chave: abordagem cervical anterior, lesãlarigeorecorrent

35. Grau de correção da curva lombar em pacientes submetidos à artrodese seletiva torácica Lenke I

Thiago da Cunha Casas (Hospital Clinicas universidade Federal do Parana); Xavier Soler I Graells (Hc/ht-ufpr); Ed Marcelo Zaninelli (Hc/ht-ufpr); Marcel Luiz Benato (Hc/ht-ufpr); Daniel Kyubin Cho (Hc/ht-ufpr); Álynson Larocca Kulcheski (Hc/ht-ufpr)

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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O tratamento cirúrgico da Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) consiste em realizar correção da deformidade associada à artrodese. Embora este seja um método eficaz, leva a uma série de complicações como sobrecarga mecânica dos níveis acima e abaixo da artrodese e restrição do arco de movimento, o que pode resultar em prejuízo da funcionalidade e da qualidade de vida do adolescente. Para se evitar tais complicações faz-se necessária a realização de uma artrodese o mais restrita possível, co Nosso trabalho visa avaliar o grau de correção da curva secundária lombar em pacientes por-tadores de EIA Lenke I submetidos ao tratamento cirúrgico através de artrodese seletiva torácica. Estudo prospectivo, de caráter descritivo, em que foi comparado o grau de angulação da curvatura lombar no período pré e pós-operatório através de radiografias na incidência em póstero-anterior, de pacientes portadores de EIA Lenke I submetidos à artrodese seletiva torácica. utilizado teste t de Student pareado, com significância dada para valores de p < 0,05. Foram avaliados 21 pacientes, sendo 76% do sexo feminino, com média de idade de 14,3 ± 2 anos. A média da curvatura lombar no pré-operatório foi de 37 ± 8 graus, com modificador lombar A em 52% dos pacientes, modificador lombar B em 29% e C em 19%. Houve redução significativa da curvatura lombar no período pós-operatório da artrodese seletiva torácica, com média observada de 19 ± 12 graus. Essa redução da curva lombar sugere que o tratamento cirúrgico da EIA Lenke I através da artrodese torácica seletiva, possibilita uma boa correção e manutenção da correção das curvas torácica e lombar com balanço coronal final satisfatório, assim como menores complicações ao paciente.

Palavras-chave: escoliose, artrodese seletiva, lombar

36. Avaliação do equilíbrio sagital pré e pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de escoliose

Thiago da Cunha Casas (Hospital Clinicas universidade Federal do Parana); Ed Marcelo Zaninelli (Hc/ht-ufpr); Xavier Soler I Graells (Hc/ht-ufpr); Marcel Luiz Benato (Hc/ht-ufpr); Daniel Kyubin Cho (Hc/ht-ufpr)

Diversas alterações no equilíbrio sagital são observadas em pacientes portadores de EIA, sendo que a hipocifose pode ser citada como a mais frequente. As alterações no plano sagital podem resultar desde desabores estéticos até um grave comprometi-mento funcional para o paciente. Sendo assim, consideramos importante a abordagem não somente do plano frontal, mas também do plano sagital, buscando otimizar os resultados cirurgicos. Objetivamos avaliar o equilíbrio sagital no período pré e pós--operatório de correção da escoliose de portadores de EIA do tipo Lenke I. Estudo prospectivo, em que foi comparado o equilíbrio sagital no período pré e pós-operatório através da linha de prumo, de pacientes portadores de EIA do tipo Lenke I submetidos à correção cirúrgica. Consideramos anormal a variação da distância da linha de prumo maior de 2 cm em relação ao promontório sacral para anterior (balanço sagital positivo) ou posterior (balanço sagital negativo). Análise estatística através do teste t de Student pareado, sendo p < 0,05 significante. Foi avaliado o equilíbrio sagital de 27 pacientes portadores de EIA do tipo Lenke I no período pré e pós-operatório, com idade média de 14,8 ± 2 anos, sendo 74% do sexo feminino. Sete pacientes (26%) encontravam--se com equilíbrio sagital normal, apenas um paciente apresentava linha de prumo anteriorizada e 18 pacientes (67%) demonstraram o balanço sagital negativo, sendo a média da linha de prumo 2,6 cm posterior ao equilíbrio sagital fisiológico. No pós--operatório a média da linha de prumo foi para 0,98 cm posterior ao equilíbrio sagital fisiológico, o que sugere melhora do equilíbrio sagital com a intervenção cirúrgica. Observamos que a maioria dos pacientes estudados apresentava desequilíbrio do plano sagital para posterior, o que pode ser justificado pela hipocifose pré-operatória geralmente encontrada nestes pacientes, que ainda pode cursar com inversão da lordose cervical e lombar.

Palavras-chave: equilibrio sagital,escoliose,tratamento cirurgico

37. Análise da angulação pedicular vértebral em pacientes portadores de escolise Lenke I

Felipe Gomes de Souza E Silva (Instituto da Coluna Vertebral do rio de Janeiro); Luis Eduardo Carelli (Incol); Antônio Eulálio Júnior (Incol); Renato Henriques Tavares (Incol)

A Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é caracterizada pelo desvio lateral e ro-tacional da coluna vertebral. O tratamento cirúrgico através da fixação da coluna com parafusos pediculares encontre-se bem definido, devido à angulação dos pedículos vertebrais, esta técnica não é isenta de riscos . Até o momento não há na literatura relato sobre a utilização da tomografia computadorizada no auxílio do planejamento cirúrgico em relação à angulação dos pedículos de pacientes com (EIA). Descrever uma técnica de planejamento pré-operatório com o auxílio da TC para a instrumentação da coluna em pacientes com EIA, especificando a angulação dos pedículos vertebrais Estudo prospectivo, de caráter descritivo, baseado na angulação dos pedículos das vértebras de T3 até L2, que foi obtida entre o cruzamento da linha no plano horizontal e da linha do eixo pedicular. A este ângulo foi adicionado um sinal de positivo quando o eixo do pedículo converge, e negativo quando diverge. Após o cálculo da angulação do pedículo das vértebras, foi então determinada à vértebra apical, torácica superior e torácica inferior e definido a média de angulação de cada pedículo. Fizeram parte do estudo 27 pacientes com EIA Lenke I, com média de idade de 14,8 ± 2 anos, sendo 74% do sexo feminino todas as curvas torácicas à direita. O resultado, foi uma média de angulação para cada pedículo analisado, vértebra torácica superior 17.8 graus pedículo direito e 10,9 graus pedículo esquerdo , vértebra apical pedículo direito 5,4 graus e esquerdo 23,89 graus e vértebra torácica inferior pedículo direito 14,7 graus e esquerdo 12,35 graus . O planejamento pré-operatório através de TC fornece me-didas precisas das angulações dos pedículos, sendo uma importante ferramenta na programação cirúrgica, visando reduzir o tempo intra-operatório e as complicações

advindas da passagem e posicionamento inadequados dos parafusos pediculares. A TC consiste em um adequado e preciso método de planejamento pré-operatório para pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de EIA, por permitir a análise da angulação dos pedículos vertebrais.

Palavras-chave: escoliose pediculo angulacao

38. Tratamento cirúrgico da escoliose idiopática do adolescente utilizando parafusos pediculares: Análise dos resultados clínicos e radiográficos

Chárbel Jacob Junior (Hospital da Santa Casa de Vitória) ; Rodrigo Rezende (Hospital da Santa Casa de Misericórdia de V) ; Igor Cardoso (Hospital da Santa Casa de Misericórdia de V) ; Priscila Rossi de Batista (Hospital da Santa Casa de Misericórdia de V) ; Diogo Miranda Barbosa (Hospital da Santa Casa de Misericórdia de V)

A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral, com desvios nos planos coronal, sagital e axial. O tratamento desta doença depende da magnitude e da localização da curva, assim como do grau de maturação esquelética do paciente. Geralmente curvas com angulação maior que 45 graus, medidas pelo método de Cobb, têm indicação de tratamento cirúrgico nos pacientes com poten-cial de crescimento ósseo. O objetivo deste estudo foi avaliar clínica e radiograficamente os pacientes portadores de escoliose idiopática do adolescente submetidos a artrode-se por via posterior utilizando apenas parafusos pediculares, além de correlacionar o resultado radiográfico com os escores obtidos através do questionário SRS-24. Foram avaliados 25 pacientes portadores de escoliose idiopática do adolescente, submetidos a artrodese da coluna por via posterior com parafusos pediculares. O seguimento médio foi de 23,7 meses, variando entre 12 e 35. Analisamos critérios radiográficos referentes à correção das deformidades e aplicamos o questionário SRS-24, específico para esta doença, padronizado pela Scoliosis Research Society. A amostra foi composta por 92% de pacientes do gênero feminino e a média de idade foi 14,2 anos. A média do índice de Cobb na radiografia ântero-posterior pré-operatória foi de 24,4° para curva torácica proximal, 54,9° para torácica principal e 38,5° para curva lombar. Os valores angulares médios no pós-operatório foram 11,0°; 16,7° e 12,2° respectivamente, com correção média da curva torácica principal de 69,9%. O valor médio final do questionário SRS-24 foi 98,1 pontos. A técnica se mostrou eficaz para tratamento cirúrgico da EIA, proporcio-nando alto percentual de correção das deformidades, com baixo risco de complicações e resultado clínico satisfatório. Não foi encontrada relação estatisticamente significante entre a porcentagem de correção da curva (torácica principal ou lombar) ou seu valor angular pós-operatório com o valor final do questionário SRS-24 nem com os domínios “satisfação” e “auto-imagem pós-operatória”.

Palavras-chave: escoliose

39. Complicações tromboembólicas após cirurgias de coluna lombar

Chárbel Jacob Junior (Hospital da Santa Casa de Vitória); Rodrigo Rezende (Hospital da Santa Casa de Vitória); Igor M. Cardoso (Hospital da Santa Casa de Vitória); Priscila R. de Batista (Hospital da Santa Casa de Vitória); José Lucas de Batista (Hospital da Santa Casa de Vitória)

Introdução: Doenças tromboembólicas são complicações graves e de alta morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos ortopédicos. Existe pouco consenso na literatura a respeito do uso profilático de anticoagulantes nas cirur-gias de coluna vertebral, ao contrário do que é estabelecido nas cirurgias de recons-trução articular do quadril e joelho. Na literatura, existe a discussão sobre os riscos e benefícios da profilaxia de fenômenos tromboembólicos com anticoagulantes O objetivo do estudo é demonstrar a prevalência de complicações tromboembólicas em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de coluna lombar com e sem instrumentação associada à quimioprofilaxia de eventos tromboembólicos. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de série de casos operados pelo mesmo cirurgião entre abril de 2007 e abril de 2010 com diagnóstico de hérnia de disco lombar e estenose de canal, totalizando 84 pacientes. Em todos os pacientes era utilizado CLEXANE® - Enoxaparina sódica, 40 mg subcutâneo uma vez ao dia até a alta hospitalar. Resultados: Dos 84 pacientes operados 47 eram do sexo masculino e 37 eram do sexo feminino, a média de idade foi de 44,08 anos com mínima de 25 e máxima de 77 anos. A incidência de complicações tromboembólicas foi de 3,57%. Houve um único caso de tromboembolismo pulmonar confirmado por angiotomografia e não houve mortalidade devido a essas complicações. A trombose venosa profunda ou embolia pulmonar não estiveram associados com piores resultados cirúrgicos. A prevalência de complicações tromboembólicas neste estudo foi maior que a descrita na literatura.

Palavras-chave: trombose venosa, cirurgia de coluna

40. Estabilização dinâmica pedicular posterior da coluna e seu baixo índice de complicações: Avaliação de 81 pacientes em quatro anos de estudo

Chárbel Jacob Junior (Hospital da Santa Casa de Vitória); Igor M Cardoso (Hospital da Santa Casa de Vitória); Priscila R de Batista (Hospital da Santa Casa de Vitória); José Lucas Batisra Jr (Hospital da Santa Casa de Vitória); Rodrigo Rezende (Hospital da Santa Casa de Vitória)

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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A artrodese vertebral é o tratamento de escolha para a instabilidade lombar, mas ela acarreta estresse mecânico aos níveis adjacentes à fusão. A fixação dinâmica posterior através do pedículo preserva a mobilidade evitando as conseqüências da artrodese vertebral. A estabilização dinâmica permite movimento restrito através da unidade funcional da coluna, restringindo a zona de movimento, para uma faixa pró-xima da normalidade na qual a zona de carga da coluna lombar possa ser melhor distribuída. Avaliar resultados, complicações, tempo de internação, tempo de cirur-gia, necessidade de transfusão sanguínea, e a curva de aprendizado cirúrgica em pacientes submetidos a um novo método de fixação lombar transpedicular dinâmica posterior semi-restricta. Nesse estudo retrospectivo, foram selecionados 81 pacientes submetidos à cirurgia no período de janeiro de 2006 a julho de 2010. Divididos em três patologias de acordo com sua indicação cirúrgica: Espondilolistese (Grau I de Mayerding), Doença Degenerativa Discal e Instabilidade segmentar. Foi utilizada a via de acesso mediana posterior com preservação dos elementos posteriores. Todos foram submetidos a intenso tratamento conservador sem resposta clínica antes da cirurgia. Foram submetidos 81 pacientes à cirurgia, um total de 382 parafusos trans-pediculares, sendo 64,2% em 01 nível e 35,8% dos pacientes submetidos à cirurgia de dois níveis. Não se observou quebra de nenhum parafuso, o tempo médio de internação foi de dois dias, nenhum paciente necessitou de transfusão sanguínea e não houve nenhum caso de infecção. Três casos necessitaram de revisão sendo dois para reposicionamento do(s) parafuso(s) e 01 por seroma, todos relatados no início da curva de aprendizado. O método de estabilização dinâmica transpedicular demonstrou ser uma boa opção de tratamento quando se é respeitado rigorosamente os critérios de indicação cirúrgica. Observou-se um tempo de internação hospitalar baixo e um baixo índice de complicação relacionada à técnica, sendo uma boa escolha na cirurgia de preservação do movimento.

Palavras-chave: cirurgia lombar, dinamico, artrodese.

41. Correlação entre a prevalência de raízes redundantes na cauda eqüina e a área seccional do saco dural avaliada por meio da ressonância magnética

Chárbel Jacob Junior (Hospital da Santa Casa de Vitória); Igor M Cardoso (Hospital da Santa Casa de Vitória); Ronaldo Roncetti Jr (Hospital da Santa Casa de Vitória); Rafael Rezende (Hospital da Santa Casa de Vitória); Rodrigo Rezende (Hospital da Santa Casa de Vitória)

A redundância das raízes nervosas da cauda eqüina é caracterizada nas imagens de Ressonância Magnética da coluna vertebral lombossacra pela presença de raízes nervosas alongadas e tortuosas com disposição serpiginosa ou enovelada junto a uma área de estenose do canal vertebral.A literatura descreve esta entidade em associação com estenose do canal vertebral degenerativa ou relacionada à espondilolistese. Cor-relacionar o grau de estenose do canal vertebral com a prevalência da redundância das raízes nervosas da cauda eqüina (RRNCE) em pacientes com diagnóstico de estenose do canal. Retrospectivamente, após aprovação do comitê de ética foram selecionados 87 pacientes consecutivos. As mensurações de área seccional foram realizadas em imagens axiais de RM ponderadas em T2 em L2/L3, L3/L4 e L4/L5. A presença ou não de RRNCE foi analisada de forma independente por um radiologista e por um cirurgião de coluna, às cegas em relação aos demais resultados. Foi calcu-lado um índice de estenose (IE): razão entre a mínima área obtida dentre as quatro mensurações pela máxima área obtida. Nos pacientes em que a área seccional na estenose máxima mediu acima de 50mm2 há 6,47 vezes a chance desses pacientes não apresentarem RRNCE quando comparados com a amostra de indivíduos com a máxima estenose menor que 50mm2. Nos pacientes com IE >50 há 3,62 vezes a chance desses pacientes não apresentarem RRNCE quando comparados com a amostra de indivíduos com IE <50. Houve correlação substancial inter-observadores na classificação da presença de RRNCE. Houve correlação entre a prevalência de RRNCE e o grau de estenose do saco dural lombar.

Palavras-chave: coluna vertebral, ressonância nuclear magnética

42. Modificação da técnica de vertebrectomia por única abordagem posterior, com a utilização de um protetor medular autoestático. Comparação

René Kusabara (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); Ibere Ribeiro (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); José Olympio Catão Bastos Jr (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); Clóvis Yamazato (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); Fábio Mastromauro de Oliveira (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor) ; Felipe de Albuquerque Luyten (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); Fabiano de Mendonça Grandese (Hospital Municipal do Tatuapé e Ifor); Yoshinobu Nagasse

Vertebrectomia por abordagem posterior tem se tornado a cada dia uma ferramen-ta fundamental no tratamento de tumores da coluna. A utilização de serra de Gigli apresenta uma melhor superfície para reconstrução da coluna anterior, menor san-gramento e menor tempo cirúrgico. Alto risco de lesão medular está associado a esse procedimento. Espátulas para proteção medular já foram idealizadas, porém são operador-dependentes e podem causar lesões por si só. Comparar os resulta-dos per-operatórios entre os pacientes submetidos a vertebrectomia por abordagem posterior utilizando a técnica convencional e pacientes onde o uso de um protetor medular auto estático foi empregado. Avaliação retrospectiva de 25 pacientes sub-metidos a vertebrectomia por via posterior realizada pelo mesmo grupo de cirurgiões. 11 pacientes foram operados com auxílio de um protetor medular auto estático (G1), e 14 por método convencional utilizando formão, tesoura e bisturi (G2). Não houve diferença entre os grupos considerando o diagnóstico, idade e sexo dos pacientes. O tempo cirúrgico, complicações per – operatórias e volume de sangue transfundido

foram comparados entre os grupos. O tempo de seguimento médio foi de 13 meses para G1 e 45 meses para G2. Níveis de hemoglobina e quadro neurológico foram estatisticamente semelhante em ambos os grupos. Nenhuma complicação maior ocorreu no per-operatório. 2 complicações menores ocorreram no G2; um hematoma torácico e uma infecção superficial, ambos tratados sem intercorrências. O tempo cirúrgico e volume de transfusão foram respectivamente, em média, 294 minutos e 37mL/Kg para o G1, e 388 minutos e 53mL/kg para o G2. O uso de protetor medular auto – estático diminuiu o tempo cirúrgico e sangramento per-operatório. Embora nenhuma complicação tenha ocorrido em ambos os grupos avaliados, a experiência do grupo de cirurgiões com mais de 100 casos operados deve ser considerada. O uso de instrumentais que possam tornar procedimentos complexos mais seguros devem ser sempre que possíveis empregados.

Palavras-chave: vertebrectomia; tratamento; complicações

43. Cifoplastia unipedicular nas fraturas patológicas e osteoporóticas da coluna vertebral

Figueiredo, F. J. V. (Clinica da Coluna Vertebral de Petropólis); Tavares, R. H. (Clinica da Coluna Vertebral de Petropólis); Brum, P. R. (Clinica da Coluna Vertebral de Petropólis)

Tem aumentado a freqüência com que nos deparamos com fraturas osteoporó-ticas em decorrência do envelhecimento da população. A cifoplastia tradicional provou-se um procedimento efetivo no tratamento das dores e retorno precoce às atividades diárias, evitando a falha do tratamento conservador e suas complicações. Demonstrar que a cifoplastia unipedicular é uma forma eficaz de tratamento para fraturas osteoporóticas. Foram avaliadas no pré e pós operatório: melhora da dor, pela escala visual analógica; grau de correção da cifose local; correção de altura da parede anterior e do centro do corpo vertebral. A análise estatística foi realizada com o programa Medcalc versão 11.5.1.0. Os dados foram comparados com teste t de Student pareado, exceto para escala de dor, cujos valores não tiveram distribuição normal, onde foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras pareadas. Com nível de confiança de 95%. Tivemo uma complicação e oito casos de extravasamento de cimento (22,22%), todos assintomáticos. O volume de cimento injetado médio foi de 2,64 ml. Todas as variáveis estudadas mostraram melhora significativa no pós-operatório (p<0,0001). O ganho médio de altura da parede anterior da vértebra foi de 7,74% (IC95% 4,78;10,71); e da altura da parte central do corpo vertebral foi de 9,24% (IC95% 6,63;11,85). A correção da cifose foi 3,22° em média (IC95% 1,93;4,51). A cifoplastia unipedicular se mostrou uma alternativa segura e eficaz para o tratamento de fraturas osteoporóticas da coluna vertebral, possivelmente com menor custo, pouca exposição da equipe cirúrgica à radiação e rapidez de execução do procedimento.

Palavras-chave: cifoplastia, unipedicular, fraturas osteoporótica

44. Apresentação tardia de lesão aortica causada por parafuso pedicular após tratamento de fratura vertebral torácica: Relato de caso

Rodrigo Rezende (Hospital Santa Casa de Vitória); Alexandre de Oliveira Zam (Hscvitória); Igor Cardoso Machado (Hscvitória); José Lucas Batista Jr (Hscvitória); Fernando Junqueira (Hscvitória)

Lesões vasculares associadas ao uso de parafusos pediculares são raras, porém podem apresentar resultados catastróficos. Perfuração dos grandes vasos podem surgir imediatamente ou mesmo após meses, resultando em pseudoaneurismas. Ro-tura dos mesmos apresenta alta taxa de mortalidade. Poucos casos foram relatados na literatura com apresentação tardia da lesão e a melhor forma de tratamento ainda é motivo de constante debate, variando desde observação a diversas formas de tratamento cirúrgico. Relatar um caso de perfuração da aorta torácica após 3 meses de tratamento cirúrgico de fratura de T6 e T7. Discutir as formas de tratamento dispo-níveis e suas complicações associadas. Vítima de acidente com fratura de T6 (A.2) e T7 (A.3), hemotórax e fratura de múltiplos arcos costais. Submetido a artrodese T3 a T9. TC e RX no pós-op imediato mostrando mal posicionamento lateral dos parafusos de T4 e T5, porém sem contato com a aorta. Paciente manteve dor torácica difusa no pós-op. Após 3 meses nova TC evedenciou ausência de consolidação da fratura, cifotização discreta e penetração do vaso pelo parafuso de T4. Abordagem vascular e da coluna foi realizada simultaneamente. Acesso anterior e posterior simultâneo foi realizado. Após clampagem do segmento aótico foi retirado o parafuso e a lesão aórtica suturada. Corpectomia parcial de T6 e T7 com recostrução da coluna anterior com segmento do arco costal ressecado. Revisão da artrodese posterior. Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-op, sendo liberado a casa após 6 dias. 3 meses de seguimento o mesmo encontra-se sem sinais clínicos de instabilidade e sem alterações do ponto de vista vascular. Embora raras, lesões vasculares podem ter cosequências catastróficas e seu tratamento deve sempre avaliar o custo/benefício de cada opção. Acompanhamento contante deve ser realizado quando tratamento não cirúrigco for a escolha. Em casos onde tratamento cirúrgico de faz nescessário, abordagem em conjunto com cirugião vascular é fundamental, e a via de abordagem anterior e pos-terior simultânea permite o reparo da lesão vascular, reconstrução da coluna anterior e revisão da artrodese posterior.

Palavras-chave: trauma, complicações, tratamento

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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45. Indicações e limites do tratamento invasivo de plasmocitoma vertebral. Experiência com 84 casos

Rodrigo Rezende (Santa Casa de Misericordia de Vitoria); Alexandre de Oliveira Zam (Hscmv); Igor Machado Cardoso (Hscmv); José Lucas Batista Júnior (Hscmv); Priscila Rossi de Baptista (Hscmv)

Plasmocitoma, ou mieloma múltiplo, é o tumor primário ósseo mais comum. Seu acome-timento sitêmico e variações no acometimento ósseo limitam as indicações de tratamento cirúrgico. Tratamento com quimioterapia e radioterapia são os mais utilizados, porém cirurgia pode estar indicada em casos de fratura patógica, compressão medular ou istabilidade com risco de fratura. Nos casos de tratamento cirúrgico deve-se considerar que o objetivo não é tratamento da patologia em si, mas o seu controle local. Definir as indicações e os tipos de tratamento cirúrgico no manejo de plasmocitomas vertebrais. Descrever os resultados de uma série de 84 casos. 84 pacientes com diagnóstico de mieloma múltiplo, sendo 54 pacientes com lesão única ao diagnóstico (plasmocitoma), foram tratados pelo mesmo grupo de cirugiões. Critérios para o tratamento cirúrgico foram déficti neurológico progressivo, instabilidade da coluna, fratura patológica, dor não controlada com analgésicos e ausência de resposta com tratamento oncológico (quimioterapia e radioterapia). Os diferentes tipos de ratamentos foram divididos em 2 grupos: funcional/paleativo e excisional. Todos os pacientes queixavam-se de dor óssea, sendo que 41 (48.8%) apresentavam fratura patológica e 29 (34.5%) algum tipo de déficit neurológico antes do tratameto. 48 pacientes receberam tratamento funcional ou paleativo, enquanto 31 foram submetidos a cirurgia excisional (todos considerados com margens contaminadas). 10 complicações ocorreram (2 deiscências, 1 hematoma com paraplegia completa, 1 IRA, 3 falência de implante com cifose segmentar e outras 3 complicações menores transitórias). O objetivo dos tratamentos intervencionistas são a integridade neurológica, estabilidade da coluna e balanço sagital adequado. Raramente é realizado com finalidade de “”tratamento oncológico”” da patologia. Alta morbidade deve ser sempre considerada quando optando por estes tratamentos, e se possível, radioterapia deve ser realizada somente após o tratamento cirúrgico.

Palavras-chave: tumor, plasmocitoma, tratamento

46. Conduta na lesão dural intraoperatória em artrodese da coluna lombar

Rodrigo Rezende (Hospital Santa Casa de Vitória); Alexandre de Oliveira Zam (Hscmv); Igor Machado Cardoso (Hscmv); Marcus Alexandre Novo Brazolino (Hscmv); Priscila Rossi de Baptista (Hscmv)

Hoje em dia ocorre um incremento no número de procedimentos cirúrgicos na coluna, aumentando e favorecendo a incidência e prevalência da lesões durais. A lesão intra--operatória da dura-máter é causa de vários transtornos intra e pós-operatórios, como aumento do tempo de cirurgia, fístula liquórica, meningite, infecção, etc. O objetivo deste trabalho é mostrar um protocolo nos casos deste tipo de lesão, independente da extensão da mesma, realizando um estudo retropectivo de pacientes com lesão dural intra-operatória, utilizando um tratamento que não depende de materiais externos aos que frequentemente contamos na rotina hospitalar, sem necessidade de autorizações prévias. Foram selecionados 10 pacientes entre janeiro de 2007 e 2009, submetidos a artrodese por doença degenerativa discal, com uso de parafusos pediculares, que apresentaram lesão dural acidental intraoperatória. Estes eram submetidos a sutura da lesão e utilização de cola de fibrina. Era passado um cateter intra-dural em nível proximal à cirurgia conectado a uma bolsa de transferência. Dois drenos aspirativos eram colocados no plano sub-cutâneo e sub-fascial, com repouso no leito por três dias. Não houve sinal de fístula liquórica em nenhum dos pacientes, com retornos con-trolados até pelo menos um ano de pós-operatório. Três deles desenvolveram cefaléia postural leve durante a internação, que persistiu em um paciente por uma semana. Nenhum dos pacientes desenvolveu infecção superficial ou profunda, ou ainda seuqela neurológica. Dois apresentaram parestesia temporária, regredindo após seis semanas, sem necessidade de outra intervenção cirúrgica. Embora nossa casuística não tenha significância estatística e apesar do procedimento ser mais invasivo, com uso de cateter subaracnóideo, nosso protocolo de manejo intra e pós-operatório do paciente com lesão dural não apresentou aumento de risco infeccioso ou neurológico e foi eficaz em 100% dos casos, sem a necessidade de reexploração cirúrgica, demostrano-se promissor no tratamento das lesões durais intra-operatórias.

Palavras-chave: dura-máter

47. Avaliação tomográfica de parâmetros morfométricos do processo odontoide relacionados à fixação interna com parafusos

Rodrigo Rezende (Hospital Santa Casa de Vitória); Alexandre de Oliveira Zam (Hscmv); Igor Machado Cardoso (Hscmv); Jose Lucas Batista (Hscmv); Priscila Rossi Baptista (Hscmv)

A osteossíntese do processo odontóide é realizada por meio da colocação de parafusos no interior do processo odontóide, cuja função é realizar a compressão na interface da superfície da fratura, proporcionando suficiente estabilidade para a não utilização da imobilização externa. A técnica de fixação do processo odontóide está diretamente relacionada com as dimensões do mesmo. Estudar, por meio de tomografia computa-dorizada (TC), os parâmetros morfométricos do processo odontóide relacionados com a sua fixação interna. 55 exames de TC da coluna cervical que permitissem o estudo do axis foram utilizados para o estudo. Destes, 24 (47%) pertenciam a pacientes do sexo masculino. A média de idade foi de 42 anos. Foram avaliados os seguintes parâmetros: 1 – Comprimento estimado do implante (CEI), 2 – Angulação do parafuso (αP), 3 – Diâ-metro transverso mínimo (DTmín) e 4 – Diâmetro antero-posterior mínimo (DAPmín). Foi

utilizado o teste T de Student. A média do CEI foi de 37,95 mm +/- 3,44 para a população geral. O valor médio da αP foi de 60,91 graus +/- 4,06. O DTmín foi de 9,05 mm +/- 0,88 e o DAPmín foi de 10,35 mm +/- 1,04. Os valores de CEI e do DAPmín na população masculina foram significativamente maiores do que aqueles encontrados na feminina, enquanto os outros parâmetros não apresentaram diferenças entre os dois sexos. Dos 55 pacientes, 39% apresentaram DTmín < 9 mm, valor mínimo para a colocação de 2 parafusos de 3,5 mm Em nossa população, o sexo masculino apresentou valores significativamente maiores de CEI e DAPmín do que os encontrados no sexo feminino.

Palavras-chave: processo odontóide, tomografia computadorizada es

48. Avaliação clínica e radiográfica da cifoplastia no tratamento das fraturas vertebrais por osteoporose

Rodrigo Rezende (Hospital Santa Casa de Vitória); Igor Machado Cardoso (Hospital Santa Casa Vitória); Diogo Miranda Barbosa (Centro Diagnóstico por Imagem); Charbel Jacob (Hscmv); José Lucas Batista (Hscmv)

As fraturas vertebrais osteoporóticas são prevalentes na população idosa e sua inci-dência vem aumentando com o envelhecimento da população. Para aqueles casos refratários ao tratamento conservador uma opção é a cimentação vertebral. A cifoplastia é uma evolução da técnica da vertebroplastia, por possuir uma etapa inicial que consiste em insuflar um balão dentro do corpo vertebral, criando uma cavidade para o preenchi-mento do cimento. Analisar os resultados clínicos, radiológico e possíveis complicações de pacientes submetidos à cifoplastia no tratamento das fraturas por osteoporose do-lorosas que não respondem ao tratamento conservador. Foram avaliados 24 pacientes com fraturas osteoporóticas tratados através da cifoplastia. Desses, 19 (76%) eram do sexo feminino. A média de idade foi de 71,3 anos. A média de seguimento foi de 19 meses. A dor foi avaliada através da escala visual analógica (EVA) no pré-operatório e no ultimo dia de seguimento. Também foi realizado uma análise radiográfica na qual se comparou o ganho de altura do muro anterior (A), terço médio do corpo (M), muro posterior (P) e ganho de cifose local (C). 24 pacientes com 34 fraturas. Desses 15 (62,5%) apresentavam fratura única e 9 (37,5%) múltiplas. Dessas, 20 (58,8%) eram torácica e 14 (42,2%) lombares. A media do EVA no pré era de 9,3 e 3,2 no ultimo seguimento. O ganho de altura foi de 0,73 mm na porção anterior, 1,3 mm na porção média e 0,5 mm na posterior. A melhora da cifose foi, em média, de 1,32°. Houve um caso de extravasamento do cimento para o espaço discal superior e um caso de fratura do nível adjacente. A cifoplastia se mostrou uma técnica cirúrgica segura e efetiva para o tratamento da dor. Não foi observado ganho significativo da altura vertebral e da cifose vertebral.

Palavras-chave: coluna vertebral/fratura; vertebroplastia

49. Vertebroplastia percutanea transpedicularEduardo Machado de Menezes (Centro da Coluna Vertebral)

A vertebroplastia percutânea é utilizada no tratamento de fraturas por osteoporose e tumores com o objetivo de tratar a dor originária da perda de sustentação mecânica ou para evitar acunhamentos vertebrais através de estabilização, e ainda para realização de biopsias. Avaliar a eficácia do efeito analgésico da vertebroplastia com polimetilmetacri-lato e da estabilização vertebral obtida nos pacientes com fraturas vertebrais patológicas e realizar uma revisão detalhada da técnica da vertebroplastia percutânea, analisando suas indicações. Foram avaliados 64 procedimentos de vertebroplastia percutânea em 46 pacientes através dos prontuários e de radiografias pré e pós-operatórias. 37 (80,4%) pacientes eram do sexo feminino e 9 (19,6%) do sexo masculino, com média de idade de 71 anos. Foram operados 64 níveis, sendo a maioria em T12. Trinta e um pacientes (67,4%) apresentaram apenas um nível fraturado, 12 (26,1%) apresentaram 02 níveis operados e três pacientes (6,5%) apresentaram 3 ou mais níveis operados. O diagnóstico de osteoporose foi o mais comum (33 casos, 71,7%). Quanto ao alivio da dor no pós-operatório, houve índice de satisfação de 90 a 100% em 80% dos pacientes A vertebroplastia tem demonstrando ser um procedimento eficaz no tratamento da dor por fratura patológica de coluna, sendo também utilizada em investigação diagnóstica (biopsia óssea). É um procedimento seguro com baixas taxas de complicações.

Palavras-chave: vertebroplastia, técnica cirúrgica

50. Hipoplasia da artéria vertebral: Relato de casoErasmo de Abreu Zardo (Hospital São Lucas da Puc-RS)

Hong descreveu o trajeto anatômico e as características da artéria vertebral nos casos em que havia entrada anômala de V2 no forame transverso. Normalmente a artéria vertebral inicia no processo transverso de C6 em 94,9%, mas pode apresentar entrada anormal em 5,1% dos casos O trabalho apresenta uma paciente feminina com 60 anos de idade, com queixas de tonturas há vários anos, cervicalgia, dorsalgia sem irradiações e artralgia de ombros. O quadro álgico melhorava com o uso de antiinflamatórios, mas as tonturas se mantinham. No exame físico, apresentava assimetria cervical e de ombros, dor leve a palpação de musculatura paravertebral, arco de movimento com limitação leve, força cervical preservada, Spurling e teste da compressão e distração cervical negativos e o teste da artéria vertebral positivo. Radiografias, tomografia, angiotomografia e resso-nância nuclear magnética foram realizadas. Ao se confirmar o diagnóstico de hipoplasia da artéria vertebral esquerda, a paciente foi encaminhada ao cirurgião vascular, que prosseguiu o acompanhamento e manteve tratamento conservador. O tratamento clínico pode reduzir a mortalidade de 43% para 14% através de terapia com anticoagulante de

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longo prazo, e a incidência de acidente vascular cerebral diminui de 35% para 15% em quatro anos. No caso do tratamento cirúrgico, as indicações são para doença severa da artéria vertebral bilateral.

Palavras-chave: hipoplasia, artéria vertebral, relato caso

51. Fraturas lombares causadas por compressão axialCaffaro, M.f.s. (Santa Casa de São Paulo) ; Avanzi, O. (Santa Casa de São Paulo)

A região tóracolombar é o sitio mais comum de fraturas da coluna vertebral, principalmente no nível T12–L1, resultando de mecanismos de alta energia com maior freqüência. Acomete principalmente pacientes jovens, com idades entre 15 a 29 anos do sexo masculino. o trabalho apresenta e discute os resultados obtidos de uma análise biomecânica de colunas lombares íntegras em modelo animal, submetidos a esforços de compressão axial em ensaios de laboratório. 12 colunas íntegras de suínos contendo os seguimentos L3L4L5 foram ensaiadas. Procurou-se estabelecer os padrões de fratura mais freqüentes, de forma a se obter um modelo experimental para futuros ensaios de materiais. Os ensaios de compressão axial foram realizados em uma Máquina universal de Ensaios. A falha me-cânica das amostras ensaiadas foi considerada no ponto de fratura dos corpos de prova. os corpos de prova apresentaram ruptura (fratura) na faixa entre 6000 e 8000N de força aplicada. Em torno de 2000N foram observados alguns pontos de descontinuidade que foram relacionados à ruptura do disco vertebral, caracterizada pelo achatamento do mes-mo. A maioria dos corpos de prova apresentou fratura do tipo A2 e A3. Alguns corpos de prova apresentaram mais de um nível fraturado. através das informações obtidas, pode-se caracterizar o comportamento e a resistência da coluna lombar em modelo suíno, quando esta era submetida à compressão axial, obtendo-se um método de ensaio específico.

Palavras-chave: fraturas lombares, compressão axial

52. Estudo comparativo da artrodese cervical via anterior com placa e Cages versus Cage em Peek isoladamente

umeta, R.s.g (Santa Casa de São Paulo); Avanzi, O. (Santa Casa de São Paulo)

Existem poucos estudos que mostram os resultados com a utilização de “cage” cervical isolado, seja em PEEK ou titânio, nas discectomias e artrodeses de três ou mais níveis. avaliar comparativamente o tratamento da discopatia degenerativa cervical por discectomia e artrodese cervical via anterior utilizando placas associadas a cages com os dispositivos em PEEK isoladamente A pesquisa consta de um estudo retrospectivo. Foram selecio-nados 70 pacientes, 35 operados com o método de fixação com placas associadas a cages – Grupo I – e 35 com o cage em PEEK isoladamente – Grupo II. Foram coletadas anamnese, exame físico, escores de dor (escala visual e analógica da dor) e função (cri-térios de Odom’s, SF-36, Indice de incapacidade do pescoço) do pré e pós-operatórios e exames de imagem houve uma predominância de pacientes do sexo feminino em ambos os grupos, com idade média de 50 anos. Houve uma distribuição semelhante no número de níveis operados, assim como para as complicações encontradas e para os escores de dor, cervicalgia e SF36 no pré e pós-operatório. Houve 97.1% de fusão com 94.3% de bons resultados no Grupo I e 100% de fusão, com 97 % de bons resultados no Grupo II. foram encontrados resultados semelhantes e satisfatórios para os grupos estudados, não apresentando superioridade ou inferioridade de um grupo em relação ao outro.

Palavras-chave: artrodese cervical, técnica cirúrgica, comparação

53. Análise histológica da influência do espaçador interespinhoso na terapia celular com células-tronco mononucleares sobre a doença degenerativa discal em modelo

Caffaro, M.f.s. (Santa Casa de São Paulo); Neto, N.a.n (Santa Casa de São Paulo); Meves, R. (Santa Casa de São Paulo); Landim, E. (Santa Casa de São Paulo); Avanzi, O. (Santa Casa de São Paulo)

A doença degenerativa discal (DDD) – afecção caracterizada por alterações estruturais e bioquímicas do disco intervertebral (DIV) – tem grande importância epidemiológica, uma vez que atua desencadeando dor lombar crônica, figurando como problema de saúde pública devido aos seus altos graus de incidência e morbidade. Diferentes estratégias terapêuticas vêm sendo utilizadas, entretanto, nenhuma apresenta resultados clínicos satisfatórios. O objetivo desse trabalho é avaliar através da histologia a interferência dos dispositivos interespinhosos (DIE) em animais submetidos à degeneração discal experi-mental e tratados com células-tronco. Realizou-se cirurgia para a indução da DDD em 26 coelhos divididos em três grupos. Após o procedimento de degeneração, foram injetadas, com uma agulha 26G, células-tronco autólogas retiradas através de uma punção-aspirativa da crista ilíaca do animal. No mesmo procedimento, realizadas as etapas anteriores, reposicionou-se os animais para a alocação de um espaçador inter-espinhoso no mesmo nível da punção. Após oito semanas os coelhos foram sacrificados. O grupo I apresen-tou alto grau de degeneração discal, 75% dos discos puncionados, com um padrão de neovascularização importante, 50% dos animais com discos puncionados considerados degenerados, quando comparados ao grupo II que obteve 72,7% dos discos puncionados degenerados, sem no entanto evidenciar algum vaso nos DIVs avaliados. Concluímos que o DIE não apresenta influência em modelo experimental animal como forma terapêutica para DDD, porém, é possível que apresente significância importante quanto ao processo de neovascularização discal, para a devida afirmação são necessários mais estudos.

Palavras-chave: degeneração discal, cirurgia experimental

54. Influência da corticoterapia em bolo sobre a recuperação motora de ratos submetidos a trauma medular e transplante de células- tronco humanas

Meves, R. (Santa Casa de São Paulo); Bergamaschi, J.p (Santa Casa de São Paulo); Caffaro, M.f.s (Santa Casa de São Paulo); Landim, E. (Santa Casa de São Paulo); Avanzi, O. (Santa Casa de São Paulo)

O uso de corticoterapia em bolo, apesar de controverso, é utilizado em larga escala para reduzir os efeitos secundários do trauma raquimedular. Este estudo dá se-quencia a uma linha de pesquisa sobre terapia celular como opção terapêutica no trauma raquimedular,com o objetivo de avaliar a influência da corticoterapia em bolo sobre o transplante de células-tronco humanas obtidas através de adipócitos, sobre a lesão medular experimental aguda e subaguda, em ratos. 10 animais sofreram trauma medular padronizado (impactor NYu) e receberam transplante de placebo ;10 animais receberam terapia celular após a lesão medular;10 animais recebe-ram terapia celular após a lesão medular e foram submetidos a corticoterapia com Metilprednisolona.A variável de interesse no estudo foi o escore total de avaliação motora. Para a comparação de dois grupos em relação ao escore, foi considerado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney. nos 3 grupos houve melhora gradual no decorrer das avaliações, sem diferença final entre eles.A corticoterapia não influenciou a recuperação motora dos animais, em relação ao grupo controle. não houve efeito adverso relacionado à corticoterapia em bolo sobre o xenotransplante celular, na lesão medular experimental.

Palavras-chave: lesão medular; corticoterapia; células tronco

55. Ressecção em bloco de tumor de células gigantes da coluna dorsal e parede torácica com auxílio de toracoscopia - Descrição da técnica Cirú

William Gemio Jacobsen Teixeira; William Gemio Jacobsen Teixeira (Instituto do Câncer do Estado de São); Douglas Kenji Narazaki (Icesp); Ricardo Terra (Icesp); Letícia Lauricella (Icesp); Pedro Nabuco (Icesp); Alexandre Fogaça Cristante (Icesp); Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho

O tratamento cirúrgico para ressecção em bloco de tumores que envolvem a caixa torácica e a coluna trás desafios técnicos pelo risco de lesão de estruturas nobres como a medula espinal e grandes vasos. O uso de afastadores auto estáticos para a toracotomia convencional pode provocar a fratura da costela comprometida e contaminar o campo operatório. Descrição do uso de toracoscopia para ligadura das artérias segmentares para possibilitar a osteotomia vertebral com segurança nos tumores da coluna dorsal com extensão para a caixa torácica Relato de caso de um tumor de células gigantes da coluna dorsal e parede torácica e descrição da técnica cirúrgica para ressecção combinada em bloco com auxílio da toracoscopia. 33 anos, masculino, com dor dorsal progressiva há um ano. Teve diagnóstico de tumor de células gigantes, confirmado por biópsia, que envolvia o 8º e 9º costelas e as vértebras de T8 e T9. Foi realizada uma laminectomia de T8 e T9 com ligadura das raízes destes níveis. A toracoscopia permitiu a ligadura das artérias segmentares de T8 e T9 que estariam no trajeto da osteotomia do corpo vertebral. A osteotomia vertebral e as costectomias foram realizadas e o tumor retirado com margens livres. A toracoscopia é um método auxiliar que facilita a realização das osteotomias do corpo vertebral para ressecção em bloco de tumores de coluna com extensão para a parede torácica por permitir a ligadura das artérias segmentares de forma a reduzir o risco de dano vascular acidental.

Palavras-chave: tumor de células gigantes, tumor primário, benigno

56. Vertebrectomia total em bloco da coluna torácica por via posterior exclusiva: Série de 4 casos e descrição da técnica cirúrgica

Thiago Leonardi Azuaga (unicamp)

A vertebrectomia total em bloco possibilita a ressecção dos tumores primários malignos, benignos agressivos ou metástases isoladas com margem ampla ou marginal com o objetivo de controle local da doença. A vertebrectomia total em bloco da coluna torácica pode ser realizada através de uma via posterior seguida por uma via anterior por toracotomia ou pela via posterior exclusiva com dissecção da porção anterior do corpo vertebral por via extra-cavitária. Descrição da técnica para vertebrectomia da coluna torácica em bloco por via posterior exclusiva e dos resultados de 4 casos consecutivos Revisão retrospectiva da evolução de quatro doentes submetidos a vertebrectomia total em bloco por via posterior exclusiva 4 doentes com média de idade de 26,34 anos foram submetidos a vertebrectomia em bloco por via posterior. Os diagnósticos foram: 1 condrossarcoma , 1 hemangiope-ricitoma, 1 hemangioendotelioma e 1 tumor de células gigantes. Dos 4 doentes, 2 foram operados para tratamento de recidiva local após cirurgia intralesional. O tempo médio de segmento pós-operatório é de 6,69 meses (1,07 a 10,03 meses). Até o momento, não há sinais de recorrência em nenhum dos casos. A vertebrectomia em bloco por via posterior exclusiva permite que tumores da coluna vertebral na região torácica sejam ressecados com margem oncológica adequada e manutenção da função neurológica, sem a necessidade de uma dupla via combinada, mesmo em casos de revisão.

Palavras-chave: vertectomia em bloco, tumor primário, metástase

Coluna/Columna. 2011; 10(3): 244-59

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58. Osteotomias de encurtamento e artrodese posterior no tratamento das deformidades graves e rígidas da coluna vertebral

Allan Hiroshi de Araujo Ono (Faculdade de Medicina de São José do); Chueire, A.g. (Famerp); Nogueira, F. (Famerp); Volpi, M. S. (unesp)

Técnicas de encurtamento da coluna vertebral, como a osteotomia de subtração de pedículo (PSO) e a ressecção da coluna vertebral (VCR) já são conhecidas desde o início do século XX. Com a utilização dos parafusos pediculares, na última década estes procedimentos tem sido utilizados no tratamento das deformidades graves e/ou rígidas da coluna vertebral somente pela via posterior, permitindo maior correção e evitando a morbidade inerente a via anterior. O objetivo do trabalho é apresentar nossa experiência na correção de deformidades graves e/ou rígidas da coluna vertebral com a utilização de técnicas de encurtamento da coluna vertebral (PSO e VCR) exclusivamente pela via posterior, suas taxas de correção e suas complicações. Entre agosto de 2007 e agosto de 2010, 16 pacientes com deformidades graves ou rígidas na coluna vertebral, foram submetidos a correção através de artrodese via posterior com técnicas de encurtamento da coluna vertebral (PSO ou VCR). Os critérios de inclusão foram: escoliose acima de 80º ou curvas rígidas (<30% de correção pré-op), uso de PSO ou VCR e abordagem somente por via posterior. Os pacientes foram divididos em 3 grupos: escoliose pura (GE), cifose angular (GC) e cifoescoliose (GCE) GE(n=5) Pré-op 74º (48-113) PO 29º (17-46) correção 61,1% GC (n=2) Pré-op 74º (70-78) PO 39º (38-40) correção 47,3% GCE(n=9)* Pré-op 202º (152-259) PO 71º (50-94) correção 64,6% (*média total cifose+escoliose) Diagnósticos: congênita(5), neurofibromatose(2), EIJ(1), EIA(3), AME(2) síndrome(1). VCR em 9 pctes e PSO em 7. Complicações: 2 infecções, 2 hemotórax e 2 paresias MMII (1 recuperação completa e 1 déficit residual de L5 (M=3) com 6 meses PO, em recuperação) A correção das deformidades graves e rígidas da coluna vertebral através de osteotomias de encurtamento (PSO e VCR) exclusivamente por via posterior é um procedimento seguro e efetivo, porém desafiador, permitindo elevado grau de correção. O uso de monitoração neurológica intra-operatória é mandatório para evitar complicações neurológicas.

Palavras-chave: deformidade, osteotomia, VCR, PSO

59. Influência da depressão no prognóstico de cirurgia da coluna lombar devido a doença degenerativa

Santos Neto, P.r. (Hospital Madrecor)

Sintomas depressivos são comuns em pacientes submetidos à cirurgia de coluna por doença degenerativa. Alguns trabalhos demonstram que apresentar depressão no pré--operatório é um fator preditivo de piores resultados com o tratamento cirúrgico. En-tretanto, sabe-se que muitos pacientes com depressão melhoram destes sintomas no pós-operatório. Os objetivos deste estudo foram (1) demonstrar a evolução dos sintomas de depressão nos pacientes submetidos à cirurgia de coluna lombar por doença dege-nerativa no primeiro ano pós-operatório, (2) identificar fatores associados à evolução da depressão no pós-operatório destes pacientes, e (3) avaliar a influência da depressão nos resultados funcionais dos pacientes no pós-operatório. 91 pacientes foram avaliados no pré-operatório, em 30 dias e em 1 ano pós-operatório. Os instrumentos utilizados para avaliação foram: numerical rating scale, ODI, SF-36, FABq. Depressão foi definida como BDI ≥ 15 (Beck Depression Inventory). Os pacientes foram divididos nos seguintes gru-pos: D1 = sem depressão, D2 = normal no pré-operatório e depressão em 1 ano, D3 = depressão no pré-operatório e normal em 1 ano, D4 = depressão no pré-operatório e em 1 ano. Observou-se que o paciente que desenvolve depressão em 1 ano pós-operatório apresenta pior evolução funcional que o paciente que não desenvolve depressão, assim como o paciente que melhora da depressão apresenta melhor evolução funcional com-parado com o paciente que não melhora. Insatisfação em 1 ano pós-operatório maior nos pacientes que desenvolveram depressão e nos que não melhoraram dos sintomas com a cirurgia (D1 = 8,8%; D2 = 42,9%; D3 = 17,6%; D4 = 44,4%; P = 0,012). Os pacientes que apresentam depressão no pré-operatório e que melhoram dos sintomas após a cirurgia apresentam resultados semelhantes aos pacientes sem depressão. Por outro lado, pacientes que não melhoram da depressão e os que desenvolvem depressão no pós-operatório são os que apresentam piores resultados.

Palavras-chave: depressão, doença degenerativa, cirurgia da coluna

60. Avaliação tomográfica da inserção de parafusos pediculares em pacientes portadores de escoliose idiopática do adolescente: Dados preliminares

William Gemio Jacobsen Teixeira (Instituto do Câncer do Estado de São); Douglas Kenji Narazaki (Instituto do Câncer do Estado de São); Ricardo Terra (Instituto do Câncer do Estado de São); Letícia Lauricella (Instituto do Câncer do Estado de São); Pedro Nabuco (Instituto do Câncer do Estado de São); Alexandre Fogaça Cristante (Instituto de Ortopedia e Traumatologia - Hcfmusp); Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho (Instituto de Ortopedia e Traumatologia - Hcfmusp)

Escoliose Idiopática do Adolescente É a deformidade mais comum da coluna vertebral, acometendo aproximadamente 0,5% a 3% da população na idade escolar, ocorre em ambos os sexos, com prevalência maior no sexo feminino na proporção de 1:2.O uso de parafusos pediculares para correção de deformidades da coluna apresentam uma incidência de mal posicionamento quando avaliadas por tomografia pós operatória de 9,8 a 43%. O presente estudo tem o objetivo de determinar através de cortes tomográficos e reconstrução tridimensional a incidência de mal posicionamento de parafusos em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da Escoliose Idiopática do Adolescente e correlacionar possíveis fatores de risco para o mal posicionamento assim como com-plicações potenciais. No presente estudo foram analisados exames tomográficos de 8

pacientes portadores. Com idade variando 12 a 18 anos, sendo 1 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, com a maior curva variando de 50 a 70 pelo método de Cobb. Tratados Cirurgicamente. Realizada instrumentação posterior com parafusos pedícula-res de titanium e artrodese partindo de T2 /T4 a L4/L5 Totalizando 164 parafusos. :Dos parafusos colocados ,32,9% (n=54) apresentavam posicionamento com risco potencial, desvio acima de 2 milímetros, sendo 20,1% (n=33) com invasão lateral, 9,1% (n=15) com invasão medial, 3,6 %(n=6) com invasão anterior.Dos parafusos que ofereciam risco potencial a relação com aspecto da curva foi de 46% (n=25) na concavidade, 35% (n=19) na convexidade e 19% (n=10) em vértebras adjacentes a curva. Os limites de penetração aceitáveis, assim como os métodos de mensuração ainda não foram padronizados para pacientes portadores de deformidades escolióticas, podendo causar vieses na determinação de risco potencial. O trabalho apresenta dados preliminares, faltando ainda incluir novos casos operados e análise de outros fatores ,como tipo de pedículos , rotação vertebral e sua correlação com o mal posicionamento.

Palavras-chave: escoliose idiopática do adolescente

61. Metaloproteinases da matriz e sua influência na degeneração do disco intervertebral

Alberto Gotfryd (Santa Casa da Misericórdia de Santos); Henriques, G.g. (Scms) Poletto, P.r. (unifesp)

As enzimas conhecidas como metaloproteinases da matriz (MMP) estão envolvidas na degradação da matriz extracelular e na degeneração discal. A MMP-1 possui a capacidade de clivar a tripla hélice das fibras de colágeno tipo I, II e III e, também, clivar os sítios entre os domínios G1 e G2 da molécula de agrecan. um polimorfismo de um único nucleotídeo (SNP) de inserção/deleção uma guanina foi demonstrado na posição -1607 da região pro-motora do gene da MMP-1. O presente estudo teve como objetivo investigar a influência do polimorfismo -1607 1G/2G do promotor da metaloproteinase 1 e a degeneração do disco intervertebral em um grupo populacional brasileiro (geneticamente heterogêneo). Após aprovação do estudo no Comitê de Ética em Pesquisa, foram selecionados indivíduos sintomáticos e realizada coleta de amostra de sangue. O DNA foi amplificado, por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR), gerando um fragmento de 119 pb da região promotora. Este fragmento foi clivado com a enzima XmnI, que gera fragmentos de 91 e 28 pb quando o alelo 1G está presente. O alelo 2G não é clivado. Os fragmentos da reação de clivagem foram analisados com eletroforese em gel de poliacrilamida. Foram incluídos no estudo 54 indivíduos sintomáticos, com degeneração discal em pelo menos um nível, comprovado através de imagem de RNM, através da classificação de Pfirrmann. Como grupo controle foi utilizado grupo de 100 indivíduos assintomáticos. A comparação das freqüências genotípicas entre indivíduos sintomáticos e o grupo controle não mostrou diferenças significativas (1g-1g casos 18,5% x controles 19% e 2g-2g casos 42,59% X 33% controles – p > 0,15). A degeneração discal é uma doença complexa e multifatorial, com forte influência genética. Polimorfismos das enzimas responsáveis pela degradação da matriz podem ser elementos chave na degeneração. Em nosso meio é escasso o número de publicações que investiguem o perfil genético populacional. Nosso estudo não mostrou diferenças significativas entre indivíduos sintomáticos e o grupo controle com relação ao polimorfismo 1607 1G/2G do gene da MMP-1. Amostras maiores devem ser estudadas.

Palavras-chave: metaloproteinases, degeneração discal

63. Análise do nível de fixação e epidemiologia das patologias da coluna vertebral que necessitam de cirurgias com instrumentação, atendidas em um hospital de ref

Alberto Gotfryd (Santa Casa da Misericórdia de Santos); Spolidoro, D.r. (Scms); Poletto, P.r. (unifesp)

As patologias da coluna vertebral vêm se tornando cada vez mais prevalente em nossa população sendo causa freqüente de morbidade e incapacidade. A maioria das pato-logias degenerativas é de tratamento conservador, porém se falha nesse tratamento a cirurgia está indicada. Acidentes de trânsito tornaram-se rotina nos grandes centros, e com maior freqüência lidamos com traumas de alta energia que acabam por afetar também a coluna vertebral, sendo as fraturas toraco-lombares de grande prevalência Nosso objetivo no presente estudo foi avaliar o nível envolvido na fixação e a etiologia de pacientes que necessitaram de procedimento cirúrgico com instrumentação em um hospital de referência de Curitiba tendo como base a análise de prontuários. Estudo retrospectivo, com base em análise de prontuários de 47 pacientes atendidos em um hospital de referência de Curitiba que se submeteram à cirurgia de coluna torácica e lombo-sacra com instrumentação entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010. Avaliamos no presente estudo dados como: sexo, idade, motivo da cirurgia e nível vertebral envolvido no ato cirúrgico. Prontuários incompletos foram excluídos assim como cirurgias em outro segmento se não naquele em estudo. Avaliamos 47 pacientes, sendo 33 patologias (70,2%) degenerativas, 13 (27,7%) fraturas e 1 (2,1%) escoliose. Foram fixados 296 parafusos pediculares ao total. Destes, 71 (24%) estavam em L5, 68 (23%) em L4, 52 (17,6%) ao nível de S1, 30 parafusos (10,1%) em L3. Vinte e dois (7,4%) estavam fixado em L2, 18 (6,1%) em L1, 20 (6,8%) ao nível de T12, 11 (3,7%) em T11 e 4 parafusos (1,3%) em T10. Vinte e sete pacientes eram do sexo masculino e 20 do sexo feminino. A idade variou entre 21-60 anos. Alterações degenerativas foram à causa mais prevalente de cirurgias da coluna torácica e lombo-sacra em nosso serviço, sendo o nível da quinta e quarta vértebra lombar os níveis mais comuns de fixação pedicular.

Palavras-chave: fixacao coluna toraco-lombar

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64. Revisão sitematica da literatura sobre medidas objetivas de alterações degenerativas da coluna

Alberto Gotfryd (Santa Casa da Misericórdia de Santos) ; Poletto, P.r. (unifesp); Franzin, F.j. (Santa Casa da Misericórdia de Santos); Laura, A.s. (Santa Casa da Misericórdia de Santos); Silva, L.c. (Santa Casa da Misericórdia de Santos)

Alterações degenerativas da coluna vertebral são freqüentemente encontradas nos exa-mes de imagem, independentemente de variações morfológicas e clínicas entre indivíduos do mesmo sexo, idade e ocupação profissional. As alterações morfológicas que ocorrem principalmente nos discos intervertebrais e nas facetas articulares têm sido objeto de várias descrições.Os sistemas utilizados apresentam formas diferentes de graduação das alterações e sua correlação com gravidade das lesões. Revisar a literatura, em busca de avaliações objetivas de degeneração discal e facetária, comparando suas vantagens e desvantagens. Avaliar uma possível aplicação destas avaliações na indicação de trata-mento cirúrgico das alterações degenerativas da coluna. O levantamento bibliográfico foi realizado através do PuBMED, utilizando os termos “Degenerative Spine, Degenera-tive Spine Classifications, Aging spine, Cervical degenerative changes, Image findings in degenerative spinal disorders”. Foram selecionados os resumos dos trabalhos que apresentavam descrição de alterações degenerativas da coluna vertebral, identificadas e quantificadas por métodos de imagem, assim como os trabalhos que associaram estas alterações a algum sistema de pontuação. Foram selecionados 31 artigos, sendo seis sobre medidas cervicais, 13 lombares e 12 relacionados a alterações não específicas a um determinado segmento da coluna, assim como a medidas relacionadas à região sacro--pélvica que interferem diretamente na degeneração dos segmentos da coluna. Vários sistemas de graduações envolvendo medidas geométricas ou descritivas de alterações relacionadas a degeneração discal e facetária tem sido descritos na literatura. Embora essas alterações sejam fontes conhecidas de dor não foi possível definir uma relação direta entre a gravidade da degeneração com o quadro clínico dos pacientes. Não se identificou um sistema isolado que pudesse definir prognóstico e tratamento.

Palavras-chave: degeneração discal, classificação, imagem

65. Correlação entre instabilidade radiográfica e presença de Modic

Alberto Gotfryd (Santa Casa da Misericórdia de Santos) ; El Dib, R. (unesp) ; Poletto, P.r. (unifesp)

A instabilidade vertebral é reconhecida como possível fator causal mecânico da dor lombar, sendo de grande interesse e importância. O segmento vertebral existe como uma unidade funcional na qual o disco intervertebral e as articulações facetárias trabalham juntos para promover a estabilidade. Vários métodos e critérios principalmente de ima-gens tem sido propostos para o diagnóstico de instabilidade contudo ainda não existe um consenso sobre quais parâmetros traduzem melhor os segmentos instáveis Este artigo tem por objetivo avaliar a presença de alterações do platô vertebral (Modic) e a sua associação com a instabilidade demonstrada nas radiografias em flexo-extensão e neutra no plano sagital. Análise seccional dos estudos de imagens realizado no serviço de radiologia entre o período de julho de 2008 e fevereiro de 2010 de 115 pacientes. Foram analisados os segmentos de L1 a S1, num total de 575 segmentos nos exames radiográficos e de ressonância nuclear magnética. Analisou-se 115 pacientes sendo 59 (51,30%) do sexo feminino e 56 (48,70%) do sexo masculino. A idade variou de 13 anos e 06 meses a 81 anos e 02 meses com uma média de 43 anos e 08 meses. Com os critérios utilizados, observou-se 224 segmentos instáveis e 351 segmentos estáveis. O Modic I apresentou-se em sete segmentos instáveis e em 22 segmentos estáveis. Quanto à prevalência o segmento L4-L5 foi o mais instável, correspondendo por 32,58% de todos os segmentos instáveis. Este artigo refuta a idéia de que as alterações de Modic Tipo I estejam associadas a segmentos instáveis.

Palavras-chave: instabilidade, instabilidade segmentar, radiografi

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