201605 jornal da golpilheira 227 - maio de 2016

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Caixa da Batalha O Banco da (nossa) terra. CA Seguros | CA Consult | CA Gest R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279 PUB Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 227 | Maio de 2016 facebook.com/jgolpilheira google.com/+JornaldaGolpilheira twitter.com/jgolpilheira Preço: € 1,00 www.jornaldagolpilheira.pt Email: [email protected] PUB D. António Marto preside à reinauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima P. 9 a 20 | Altar do Santuário de Fátima veio para a Golpilheira LMFerraz P. 4 | Street Dance Awards Upgrade: grupo do CRG conquista o 1.º lugar P. 8 | Imagem Peregrina Bela experiência de e devoção P. 7 | Artesanato e gastronomia FIABA anima a Batalha nos dias 2 a 5 de Junho P. 3 | Oferta nesta edição Postal com a Imagem de N.ª Sr.ª de Fátima da Golpilheira P. 3 CAMPANHA 200 . telhas ! Centro Hospitalar N.ª Senhora da Conceição R. Principal, 26 • Brancas • 2440-090 Batalha 244 769 430 • www.centrohospitalarbatalha.com Ao serviço da comunidade... Especial 12 páginas A Missa será às 11h00 e incluirá a bênção do espaço totalmente renovado e do seu novo Altar, uma das peças litúrgicas que foram cedidas pelo Santuário de Fátima, retiradas da também recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário. O almoço será oferecido a todos e a tarde será de convívio. A propósito desta festa, o Jornal da Golpilheira inclui nesta edição um especial de 12 páginas dedicado à igreja e à obra nela efectuada.

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Edição de Maio de 2016 do Jornal da Golpilheira - publicação mensal da freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha, distrito de Leiria. Fundador e Director: Luís Miguel Ferraz.

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Page 1: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Caixa da Batalha

O Banco da (nossa) terra.

CA Seguros | CA Consult | CA Gest

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHATel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

PUB

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XX | Edição 227 | Maio de 2016

facebook.com/jgolpilheiragoogle.com/+JornaldaGolpilheira

twitter.com/jgolpilheira

Preço:€ 1,00

www.jornaldagolpilheira.pt

Email:[email protected]

PUB

D. António Marto presideà reinauguraçãoda Igreja de NossaSenhora de Fátima

P. 9 a 20 | Altar do Santuário de Fátima veio para a Golpilheira

LMFerraz

P. 4 | Street Dance AwardsUpgrade: grupo do CRG conquista o 1.º lugar

P. 8 | Imagem PeregrinaBela experiênciade fé e devoção

P. 7 | Artesanato e gastronomiaFIABA anima a Batalha nos dias 2 a 5 de Junho

P. 3 | Oferta nesta ediçãoPostal com a Imagem de N.ª Sr.ª de Fátima da Golpilheira

P. 3CAMPANHA200 . telhas!

Centro Hospitalar N.ª Senhora da ConceiçãoR. Principal, 26 • Brancas • 2440-090 Batalha244 769 430 • www.centrohospitalarbatalha.com

Ao serviço da comunidade...

Especial12 páginas

A Missa será às 11h00 e incluirá a bênção do espaço totalmente renovado e do seu novo Altar, uma das peças litúrgicas que foram cedidas pelo Santuário de Fátima, retiradas da também recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário. O almoço será oferecido a todos e a tarde será de convívio.A propósito desta festa, o Jornal da Golpilheira inclui nesta edição um especial de 12 páginas dedicado à igreja e à obra nela efectuada.

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira2 . abertura . história .

.editorial. .história.

Luís Miguel FerrazDirector

divulgação/apoio

Um projecto para Portugal7

Os sindicatos são essenciais às Democracias e à realização da justiça social e só nas verda-deiras Democracias os sindicatos têm liberdade para agir em pleno.

Mas para cumprirem a função de representar os trabalhadores e de defender os seus legítimos interesses, têm de estar livres de qualquer tutela político/partidária. Caso contrário, serão apenas joguetes na mão dessas tutelas que, evidente-mente, se servem dos sindicatos para alcançar o Poder, provocando uma agitação, tantas vezes sem fundamento profissional ou social, que de-sestabiliza gravemente os regimes.

Os sindicatos, além de representarem e de-fenderem os trabalhadores, têm de ser guias da sua emancipação e não há melhor sistema para a alcançar senão o Cooperativismo, de que já aqui se falou, embora sucintamente.

E não apenas o bem particular duma classe deve ocupar os sindicatos, mas o bem geral, tarefa que deve preocupar toda e qualquer organização sindical. A este propósito disse o Papa Paulo VI na Encíclica “Populorum Progressio” (Março de 1967) no sub-capítulo 38 “Organizações Pro-fissionais”: “Na obra do desenvolvimento, o homem, que na família encontra o seu modo de vida primordial, é muitas vezes ajudado por or-ganizações profissionais. Se a razão de ser destas organizações é promover os interesses dos seus membros, torna-se grande a sua responsabilida-de perante a tarefa educativa que elas podem e devem realizar. Através das informações dadas e da formação que propõem, têm o poder de transmitir a todos o sentido do bem comum e das obrigações que ele impõe a cada homem”.

8Miguel Torga é, sem dúvida, um dos nossos

maiores homens de Letras e de Pensamento de todos os tempos. Nos dezasseis volumes do seu

“Diário” deixou-nos reflexões que, não só são ex-tremamente sagazes e sensatas, como continuam plenamente actuais. Recordar-se-á o leitor, se se deu ao trabalho de o ler, do meu breve aponta-mento do mês passado sobre a regionalização. Pois agora verá o que sobre o mesmo assunto es-creveu Miguel Torga, no XVI volume do “Diário”:

“Coimbra, 30 de Setembro de 1991 – Des-mereceu hoje, como voz da nação, o aval que lhe dei ontem para o ser. Quer esquartejá-la, e pediu-me que o ajude na peregrina cruzada. Confunde a descentralização, o regresso ao nosso municipalismo administrativo tradicional, o povo realmente soberano, a governar-se em vez de ser governado, que sempre defendi, com a regiona-lização que advoga. E ouviu das boas. Mas de nada valeu. Quem não sente a unidade da pátria na própria carne, está predisposto para a ver aos bocados. Por mim, que sou de todas as terras de Portugal, e só me compreendo tão transmontano como beirão ou alentejano, não consigo imagi-nar-me estrangeiro em Viana, Tomar ou Silves. Sempre pensei que certos países, como a Espanha ou a Jugoslávia, se desmembrariam mais cedo ou mais tarde naturalmente (como já aconteceu na Jusgolávia e está a acontecer na Espanha). Eram aglomerados compulsivos de nações, sem ligação umas às outras, estranhas na língua, na religião e nos costumes. Mas nós somos uma família unida a viver em harmonia há oitocentos anos dentro do mesmo agro patrimonial, sem contradições de nenhuma ordem e sem nenhum dos herdei-ros pensar sequer em partilhas. Eu, pelo menos. E cada dia menos, até porque, mais cedo do que era de prever, os factos se encarregam de, tragi-camente, me dar razão”.

9A Santíssima Trindade é a festa maior da

nossa paróquia, que engloba as freguesias civis da Batalha e da Golpilheira.

Com manifestações marcantes, várias herda-

das do Espírito Santo da cidade de Leiria, entre elas as já desaparecidas corridas de touros na sexta-feira que antecedia o Domingo litúrgico, o bodo com a carne das rezes abatidas na corrida e com o pão, primeiro distribuído nas casas dos pobres, no hospital e na cadeia, para no Domin-go ser servido a toda a gente na praça pública, e o direito que o “imperador” tinha de libertar um preso à sua escolha quando o desfile das “ofer-tas” passava junto à cadeia da vila, prática das virtudes cristãs da caridade, da fraternidade e da solidariedade, estas Festas cinco vezes seculares, embora perdidas tradições como as descritas, continuam no nosso tempo manifestação intensa da Fé do nosso Povo e manifestação da sensibili-dade da alma popular que se traduz na beleza das “ofertas”, singulares pelo bom gosto, variedade e verdadeira arte com que são confeccionadas.

Muitos destes aspectos estiveram em evidên-cia na exposição na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, “O Museu desceu à Vila - II”, de que reproduzimos uma imagem, organizada pelo Museu Etnográfico da Alta Estremadura, do Rancho Rosas do Lena da Rebolaria.

José Travaços Santos

Prendas de festa

Realizou-se no dia 21 de Maio, dia de fecho da nossa edição, no Centro Recreativo da Golpilheira, um convívio de

antigos alunos em homenagem à sua professora Cândida. Cer-ca de uma centenas de pessoas marcou presença numa tarde

muito animada, de que falaremos com mais pormenor na próxima edição.

MCR

Cerca de uma centena de “alunos” presentes

Homenagem à professora Cândida

DR

DR

Cá estamos, uma vez mais, a dar conta da festa. Mais do que isso, de mais um momento histórico para esta comunidade da Golpilheira. Depois de alguns anos de prepara-ção ponderada e de alguns meses de trabalho árduo, é chegada a hora de usufruir de uma igreja totalmente recuperada e “como nova”, como já ouvimos alguns comentar.

Esta obra representa muito do que é a comunidade: inovadora, trabalhadora e capaz de vencer os maiores desafios, quando se une em torno de uma causa comum. Já o fez noutras obras e noutros âmbitos e este é só mais um exemplo.

Como sempre, o Jornal da Gol-pilheira associa-se à festa e publica nesta edição um especial de 12 pá-ginas dedicado à igreja e às obras de que foi alvo. Além disso, oferece aos leitores uma pequena prenda: um postal com a imagem que se venera nesta Igreja de Nossa Senhora de Fá-tima, que é uma das que compõem uma colecção que o jornal da Diocese está a editar.

Fazemos votos de que sirva para uma oração para que este dinamismo continue a animar-nos.

Page 3: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Já vendemos cerca de quatro dezenas de telhas.

Garanta já a sua!

3Maio de 2016Jornal da Golpilheira . campanha .

Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca...

Ainda precisamos de cerca de 100 mil euros. Temos telhas que sairam do velho

telhado para trocar por donativos de 1.000 euros.Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio

século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram...Cada telha será emoldurada e levará uma

dedicatória desta campanha.Como é óbvio, além desta campanha,

aceitamos donativos ou empréstimos dequalquer valor. Será passado o respectivo recibo, que poderá deduzir nos impostos.

A sua ajuda será bem-vinda!

CAMPANHA200 telhas!

Contactos:[email protected] Ferraz - 910 280 820

José Carlos Ferraz - 914 961 543Carlos Agostinho - 924 106 521

Cesário Santos - 962 343 232

Transferência Bancária - NIB:0045 5080 4015 2316 6922 2(enviar comprovativo de transferência)

Donativos e empréstimos recebidos(objectivo: 200 mil euros)

NOMEDonativos

EmpréstimoCampanha Telhas OUTROS

Saldo 2015 24.000,00 € 885,00 € 2.000,00 €Saldo Janeiro 2016 2.000,00 € 6.347,87 €Saldo Fevereiro 2016 2.000,00 € 285,00 € 1.000,00 €Saldo Março 2016 2.000,00 € 1.180,00 € 60.000,00 €Saldo Abril 2016 4.000,00 € 24.080,00 €Maria Arminda Bagagem 500,00 €Joaquim Monteiro / Ter. Bagagem 1.000,00 €José Monteiro de Sousa 1.000,00 €Anónimo 100,00 €Armando Vieira Fernandes 150,00 €Anónimo 1.500,00 €Anónimo 100,00 €Anónimo 600,00 €Anónimo 100,00 €Pe. Dr. Luciano Guerra 500,00 €Anónimo 20,00 €Afonso Sousa Marto 1.000,00 €Caixa Credito Agrícola Batalha 10.000,00 €Marco Paulo Ribeiro Ferraz 1.000,00 €

Totais 37.000,00 € 46.347,87 € 64.000,00 €

TOTal glObal - 147.347,87 €

Agora que a obra está pronta...

O seu donativo é mais necessário do que nunca

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece

a intenção e o coraçãode cada um!

Oferta exclusiva aos assinantes!Imagem de Nossa Senhora de Fátima da Comunidade Cristã da Golpilheira

Nesta edição do Jornal da Gol-pilheira, temos o gosto de ofere-cer aos assinan-tes um postal com a imagem que se venera na Igreja de Nos-sa Senhora de Fátima, cen-tro de culto da Comunidade Cristã da Gol-pilheira.

Trata-se de um dos postais da c o l e c ç ã o q u e e s t á ser editada pelo jornal diocesano Presente Leiria-Fátima.

Jornal Presente oferece colecçãode imagens marianas da Diocese de Leiria-Fátima

O jornal diocesano Presente Leiria-Fátima está a oferecer, semanalmente, aos seus assinantes, desde o passado dia 12 de Maio, uma colecção de cerca de 90 postais com as imagens de Nossa Senhora que fazem parte do património de todas as paróquias da Diocese. A primeira foi a imagem da Capelinha das Aparições, a segunda foi a Senhora da Saúde, do Vale do Horto, e a terceira a imagem de Nossa Senhora de Fátima da Comunidade Cristã da Golpilheira, que adquirimos para oferecer nesta edição do Jornal da Golpilheira.

“Nomes e rostos da Virgem Maria”No âmbito do biénio pastoral dedicado pela Diocese a “Ma-

ria, mãe de ternura e de misericórdia”, esta colecção de ima-gens marianas irá ser publicada ao ritmo de uma por semana, com o título “Nomes e rostos da Virgem Maria na Diocese de Leiria-Fátima”. Cobrirá todas as paróquias e santuários, pelo que se prolonga por quase dois anos. Cada postal tem na fren-te a imagem mariana com o seu título e pertença; no verso, há uma oração, na maioria dos casos original, e uma descrição histórico-artística da peça.

A iniciativa tem a colaboração do Departamento Diocesano do Património Cultural, que fornece a descrição histórico-artís-tica, e da redacção do Presente, que edita o postal e administra a sua distribuição, bem como dos santuários marianos e das paróquias, que suportam parte dos custos com a aquisição da respectiva imagem.

Segundo os promotores, são vários os objectivos que se pretendem atingir: honrar Nossa Senhora, fazendo como que uma ladainha com os seus muitos nomes e rostos (são mais de 40 invocações diferentes); dar a conhecer todo este rico patri-mónio espiritual e cultural (promovendo o apreço e o cuidado por ele); ajudar as pessoas e as comunidades a identificarem-se com a sua padroeira (e a encontrarem nela inspiração e amparo para o seu progresso na vida cristã e nas relações fraternas); dar a conhecer o jornal Presente como instrumento de formação e informação a um maior número de pessoas (e assim aumentar os assinantes).

Os interessados em ter toda a colecção destas imagens deve-rão contactar para 244 821 100 ou [email protected].

Colabore para a construção desta obra comumda Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

Page 4: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira4 . actualidade . >> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

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Realizou-se no dia 29 de Abril mais uma mostra das turmas de dança das escolas do CRG. O Dan-çarte é sempre uma festa divertida e que deixa “ba-bados” os pais e amigos que enchem o salão. Desde as

turmas mais novinhas até às artistas já consagradas, todos enchem o palco de talento, de música, cor e energia. Estão de para-béns todos os dançarinos, os professores Liliana e David e todas as pessoas

que acompanham mais de perto este trabalho.

No final, houve espaço para o público dar tam-bém um pezinho de dança, numa divertida coreografia orquestrada pela professo-ra Liliana.

A Junta de Fregue-sia de São Mamede está a comemorar este ano o centenário da sua cria-ção. Os dias 15 a 19 de Junho serão os de maior festa, prometendo muita animação e ofertas cultu-rais aos locais e aos que queiram visitar a vila por aqueles dias.

Assim, na quarta-fei-ra, dia 15 de Junho, o dia próprio da fundação da freguesia, haverá Missa às 11h00, seguindo-se a cerimónia de comemo-ração da efeméride. À noite, pelas 21h30, será exibido o filme “100 Anos de História”, com uma sessão de cinema ao ar livre a terminar em fogo de artifício.

N o d i a 1 6 , p e -las 18h00, abrem as tasquinhas que irão fun-cionar durante o certame, e pelas 22h00 actua a ar-tista Linda.

Também no dia 17 abrem as taquinhas às 18h00 e a animação a partir das 19h30, com demonstração de dan-ça, grupo HI-FI e banda Apartirtudo.

O programa de sábado 18 começa pelas 09h00, com concentração de auto-caravanas e com o início de uma caminhada “À Descoberta da Mo-eda”. Às 10h30, haverá demonstração de cães de parar, às 11h00 abrem as tasquinhas, às 14h00 co-meça o torneio de matra-quilhos, às 15h00 ficam disponíveis os insuflá-veis e jogos tradicionais, às 16h00 apresenta-se o “freestyle” de Humber-to Ribeiro, às 18h00 há uma aula de ginástica e às 20h00 transmite-se em directo o jogo Portu-gal/Áustria. A animação nocturna está a cargo dos grupos The Peorth e

Quinta do Bill, seguindo a noite com os DJ Phili-ppe Kemp e Slim Cris.

No domingo, também às 09h00, haverá concen-tração de bicicletas anti-gas, com a abertura das tasquinhas marcada para as 11h00. Pelas 11h30 far-se-á um encontro de au-tomóveis antigos e, meia hora depois, um encontro de motas Harley Davi-dson. Às 12h00 sobe ao palco David & Rafa e, às 14h00, Jorge Miguel. Às 14h30 haverá um Festival da Criança e, às 16h00, uma demonstração de pára-quedistas.

A Junta de Freguesia de São Mamede convi-da todas as pessoas que queiram vir festejar com a população esta impor-tante data da sua história. Todos os pormenores em www.jf-saomamede.pt.

Freguesia em festaSão Mamede festeja primeiro centenário

Escola de Dança do CRGDançarte cheio de talentos

Mais um importante prémio conquistado pelo grupo mais velho da Es-cola de Dança do CRG. Entre muitos outros con-correntes já com nome no panorama do hip-hop na-cional, as Upgrade Crew não fizeram a coisa por menos e arrecadaram o

primeiro prémio das mãos do juri.

Esta conquista vem rechear o palmarés des-te grupo, que conta com diversas idas ao pódio em competições nacio-nais realizadas na região. O sonho é partir para outros destinos, mas as

deslocações obrigam a despesas e, como sabe-mos, os apoios não são fáceis de garantir.

Resta esperar que sur-ja um mecenas, porque as meninas e o seu pro-fessore David Brás bem o merecem...

Street Dance AwardsUpgrade conquistam 1.º lugar

DR Após o prémio

LMFe

rraz

Todos dançaram!

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5Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .. actualidade .

“Anjos sobre Rodas”Organização do TT em convívio

No passado dia 22 de Abril, a organização e cola-boradores do passeio de todo-o-terreno “Anjos sobre Rodas”, do CRG, esteve reunida num jantar de con-fraternização. Além do agradecimento a estes colabo-radores, que contribuíram para o sucesso do evento, esta noite serviu para partilhar peripécias vividas na-quele dia 10 de Abril e reforçar a amizade entre todos.

Novo visualCafé São Bento renovado

Após alguns dias encerrado para obras, o Café São Bento reabriu no dia 6 de Maio, totalmente remo-delado, com muito bom gosto. Para comemorar esta data, foi colocado à disposição dos seus clientes um porco no espeto, regado com muita cerveja. Muitos parabéns aos seus gerentes, extensivos também ao pessoal que ali trabalha. MCR

Festival regressa em Junho“Música em Leiria” na Batalha

A 34.ª edição do festival “Música em Leiria” de-corre entre 2 de junho e 2 de Julho, com muitas es-treias anunciadas, entre as quais, uma ópera cómica, um espectáculo de rua, a presença de três orquestras juntas e a participação dos alunos do Orfeão de Leiria em diversos espectáculos. Organizado pelo Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL|CA), este ano a comemorar o seu 70.º aniversário, o evento vai per-correr várias salas em Leiria, na Batalha, na Marinha Grande e em Castanheira de Pera.

O cartaz aposta na diversidade musical – clássi-ca, jazz e contemporânea – e terá direcção artística de António Vassalo Lourenço. eio, sendo ainda de destacar nesta edição o trabalho que se desenvolve no próprio Orfeão de Leiria e o seu 70.º aniversário”.

Na Batalha, o Mosteiro acolherá o concerto “Poesia & Jazz”, no dia 24 de Junho, às 21h30, pelo Quarteto Jazz Manuel Lourenço com Cláudia Franco e Nicolau Santos.

Info no Teatro José Lúcio da Silva e online em www.teatrojlsilva.pt e www.musicaemleiria.com.

Em primeiro lugar, que-ria agradecer a todos os amigos e às entidades que, de alguma forma, con-tribuíram para o sucesso “Festival de Sopas Solidá-rio”, realizado no Centro Recreativo da Golpilheira, no passado dia 30 de Abril.

Agradeço também à Refood Leiria, não só por ter recolhido os excedentes alimentares, como tam-bém por todo o trabalho que têm feito. Esta asso-ciação recolhe as sobras de restaurantes e eventos gastronómicos, cujo desti-no provável seria o lixo, e distribui-os pelas famílias carenciadas da região de Leiria.

Quanto ao resultado

do festival, angariámos 880 euros, tendo já sido entregues 800 para o pro-jecto “Há ir e voltar”, cujo objectivo será ajudar na re-construção de uma escola em Mathare, no Quénia, para 78 meninas com ida-

des entre os 3 e os 12 anos.Com restante dinheiro,

decidimos comprar bens alimentares para distribuir por algumas famílias ca-renciadas da freguesia da Golpilheira.

Mais uma vez, obrigada

a todos os que tornaram possível esta ideia, que acreditaram, apoiaram e contribuíram para estas causas!

Jéssica Rito

Juntos conseguimos 880 euros!

“Sopas solidárias” foram um sucessoLM

Ferra

z

Salão do CRG encheu

MCR

MCR

Page 6: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira6 . sociedade . cultura .

Comércio Grossista de Flores e Artigos de DecoraçãoFabrico de Artigos em Vime

IC2 - Santo Antão2440-053 BATALHATel. 244 765 523 / 244 767 754Fax. 244 767 754E-mail. [email protected]

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Aluno da Golpilheira premiadoTorneio de xadrez

Os jogadores de xadrez da Associa-ção Cultural e Desportiva do Rio Seco ( ACDRS) não faltaram à V Etapa Jovem – Leiria, Torneio A e B, realizada no dia 7 de Maio, tendo conquistado o 1.º Lu-gar, Torneio B, Tomás Gomes Cunha, de S. Mamede (ao centro na foto), e o 3.º Lugar, Afonso Gabriel Carvalho Rente, da Golpilheira, aluno do Agrupamento de Escolas da Batalha (à direita na foto).

O grupo integrou alunos do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Batalha (Escola Sede, Centro Escolar e Escola da Golpilheira), sendo que alguns estiveram pela primeira vez num torneio desta na-tureza.

Perante adversários mais traquejados e com mais anos de frequência destes torneios e de prática da modalidade, as crianças portaram-se muito bem e todas “inauguraram o marcador”, resistindo à pressão que um torneio deste cariz sem-pre carrega.

O projecto de remodelação e requalificação dos edifícios da Escola Básica e Secundária da Batalha, sede do Agrupa-mento de Escolas da Batalha, está concluído e em fase final de aprovação pela Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. Com um investi-mento estimado nos 3,5 mi-lhões de euros, dos quais 2,4 milhões são financiados por fundos comunitários, esta é uma obra há muito reclamada pela comunidade educativa, dado que o edifício, edificado na década de 80 do século pas-sado, apresenta inúmeras insu-ficiências ao nível dos espaços lectivos, laboratórios, zonas de desporto e lazer para os alunos.

O projecto prevê a requa-lificação de edifícios e espa-ços existentes (14.657 m2), novas edificações (9.985 m2) para substituição de volumes construtivos desajustados das actuais necessidades, assim como as correspondentes de-molições (2.957 m2), promo-vendo ainda novos espaços verdes e de lazer no espaço interior da escola. Além dis-so, irá responder à necessida-

de de unificação das escolas do 1.º ao 3.º ciclo, de modo a optimizar os espaços, recur-sos físicos e meios humanos existentes, respeitando-se, no entanto, a separação dos cir-cuitos efectuados pelos alunos dos primeiros dois ciclos e os da escola secundária.

Como principais altera-ções, a intervenção prevê a construção de um pórtico con-temporâneo, junto à entrada principal, na rua da Freiria, que promove a ligação entre os dois edifícios administrativos existentes, conferindo ao con-junto a necessária unicidade, bem como a construção de um novo edifício principal com as principais valências que se pretendem optimizar. Dos ac-tuais blocos administrativos “F” e “G” saem as estruturas

autónomas de apoio, passando a situar-se no novo bloco, ao nível do rés-do-chão, o bar/ca-fetaria, a cozinha, o refeitório e a biblioteca.

Outra área privilegiada nesta intervenção é a zona desportiva, onde se propõem intervenções em cinco níveis: requalificação dos espaços ex-teriores, com a criação de uma pista de atletismo no campo exterior situado mais a Sul, cobertura e remodelação do campo exterior situado mais a Norte, transformando este es-paço num polidesportivo de ar livre de utilização permanente e não sazonal, construção de uma zona de saltos e uma zona de lançamentos com aprovei-tando das condições naturais existentes.

Em paralelo, serão abertos

novos acessos viários e pedo-nais, que permitirão interligar os vários arruamentos que circundam o recinto escolar e melhorar as acessibilidades em caso de emergência. Quanto aos arranjos exteriores, pro-põe-se a criação de uma rede de acessos compatível com a deslocação de pessoas com mobilidade condicionada pela generalidade dos espaços.

O presidente do Município da Batalha, entidade que gere a obra, considera que “esta será uma grande remodelação da Escola, trabalhada com a Direcção do Agrupamento, para melhorar os espaços fun-cionais utilizados pelos alunos e as condições de aprendi-zagem, mas também toda a zona desportiva e envolvente, num claro benefício de toda a comunidade”. Paulo Batista Santos sublinha ainda que se trata de “mais um grande in-vestimento na Educação, res-pondendo a uma necessidade com mais de duas décadas, a realizar numa área que desde o início do mandato atribuímos a maior prioridade política e social”.

O Município da Batalha di-rigiu ao ministro da Educação, à secretária de Estado adjunta e da Educação e aos deputados eleitos pelo círculo eleitoral do distrito de Leiria uma comuni-cação escrita expressando a sua preocupação pela manutenção da estabilidade e da oferta edu-cativa no Concelho. Em causa está o teor do despacho normati-vo publicado a 14 de Abril, “que altera profundamente as regras

de funcionamento dos estabele-cimentos particulares de ensino com contratos de associação, nomeadamente obrigando a que só possam receber alunos que residam na área geográfica de implantação da oferta abrangida pelo respectivo contrato.

No caso do concelho da Ba-talha, a medida afecta o Colégio de São Mamede que “representa uma parcela muito pequena no contexto da realidade nacional

do ensino particular e coopera-tivo, sendo a presença no terri-tório concelhio indispensável e complementar ao nível da oferta educativa”, considera Paulo Ba-tista Santos, presidente da autar-quia. E sublinha que “este colégio apresenta um projecto educativo de qualidade, alicerçado em ob-jectivos de desenvolvimento do aluno, envolvimento da família e de grande proximidade com o meio envolvente, bem como ao

longo dos anos de funcionamen-to registou elevados níveis de sucesso educativo, afirmando-se como um espaço de educação de excelência e um factor central para a redução das assimetrias re-gionais e formação dos cidadãos da comunidade local”.

A comunicação do Muni-cípio da Batalha refere ainda a “proibição de abertura de turmas em início de ciclos (5.º, 7.º e 10.º anos) sempre que possa haver

oferta nas escolas públicas”, o que poderá gerar “incerteza na continuidade da oferta educativa e na estabilidade do ensino para os alunos, pais e encarregados de educação do Colégio”. Para o evitar, a autarquia “entende que deve exortar o Governo, através do titular da pasta da Educação, para que seja assegurado o cum-primento dos contratos pluria-nuais assinados anteriormente”.

Investimento de 3,5 milhões de euros na Batalha

Nova escola básica e secundária

Município da Batalha manifesta preocupação

Estabilidade educativa comprometida

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7Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt . cultura . sociedade .

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O Mosteiro da Batalha e a Câmara Municipal es-tão a promover um ciclo de conferências sobre his-tória e cultura portuguesas, visando “contribuir para a afirmação da nossa iden-tidade e riqueza cultural”.

As conferências têm flexibilidade temática, mas são enquadradas por uma reflexão sobre Portugal e os portugueses, partindo de questões como: Num

“mundo globalizado”, como e com quê podemos afirmar a nossa identidade? Qual o papel da nossa his-tória e cultura nessa afir-mação? Qual a imagem de Portugal e dos portugueses no mundo actual?

O primeiro convidado, no passado dia 14 de Maio, foi Guilherme d’Oliveira Martins, que abordou o tema “Na senda de Fernão Mendes: percursos portu-

gueses no Mundo”.Estão já agendadas as

próximas três conferên-cias, sempre às 16h00: a 28 de Maio, Diogo Freitas do Amaral fará “Reflexões so-bre a História de Portugal à luz da História da Europa”; a 11 de Junho, Laborinho Lúcio falará de “Portugal e as suas gentes: crise e fu-turo”; e a 2 de Julho, Ma-nuel Antunes abordará “O coração dos portugueses”.

Ainda sem data mar-cada, está prevista para os meses de Setembro e Ou-tubro a participação de Ba-gão Félix, com o tema “A emergência da ética e o fu-turo de Portugal”, António Barreto, sobre “Portugal, Europa, Democracia e Mudança” e Pilar del Río, falando de “Saramago e a literatura portuguesa no mundo”.

Câmara retribui com atribuição de medalha ao ParlamentoMosteiro da Batalha é Panteão Nacional

A Assembleia da República aprovou por unani-midade, este mês, o reconhecimento do estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

Recorde-se que o Mosteiro da Batalha, monu-mento nacional e património da Humanidade clas-sificado pela UNESCO, é já hoje uma referência mundial como Panteão Real, uma vez que para além da Dinastia de Avis (Capela do Fundador), acolhe o Panteão de D. Duarte (Capelas Imperfeitas). Além disso, a Sala do Capítulo foi o local escolhido para a guarda do Soldado Desconhecido, estatuto da maior relevância nacional, como recordou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no passado dia 9 de Abril, na Batalha, no âmbito das comemora-ções do Dia do Combatente, cerimónia militar que envolveu os três ramos das Forças Armadas e a Liga dos Combatentes.

A alteração deste estatuto decorreu da discussão no Parlamento da atribuição do mesmo ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no âmbito da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto (CCCJD). Na ocasião, a sugestão foi apresentada pelo Município da Batalha aos diferentes grupos parlamentares com representação na Assembleia da República, ao Governo e à Presidência da Repúbli-ca. E dela resultou a aprovação do alargamento da classificação de Panteão Nacional a estes dois monu-mento e ainda à Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.

“Esta distinção nacional conferida pela Assembleia da República ao Mosteiro Batalha é uma enorme hon-ra e um motivo de orgulho para a Batalha e para todos os portugueses”, considera o presidente da câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, que enviou uma nota de felicitação e agradecimento pelo “trabalho dos deputados da Comissão de Cultura, porque a sua decisão é antes de mais uma homenagem à his-tória de Portugal e um reconhecimento nacional ao Soldado Desconhecido, que simboliza os mortos que desfaleceram em defesa da Pátria, bem como pres-tam um justo tributo aos antigos e actuais militares portugueses”.

Entretanto, o executivo camarário decidiu por unanimidade propor a atribuição da Medalha de Honra do Concelho à Assembleia da República, “pelos serviços relevantes prestados ao Município, na sequência da decisão unânime em reconhecer o Estatuto de Panteão Nacional ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, juntando um voto de congratula-ção aos deputados da CCCJD.

A 26 . ª ed ição da FIABA – Feira de Arte-sanato e Gastronomia da Batalha realiza-se de 2 a 5 de Junho, no Largo Cóne-go Simões Inácio, na Ba-talha. A inauguração será na quinta-feira, às 18h30, numa cerimónia que con-templará a outorga dos Protocolos de Apoio ao Associativismo.

Marcam presença no evento mais de 60 artesãos de todo o País, que traba-lharão ao vivo e demons-trarão artes e ofícios tradi-cionais como a trapologia, a filigrana, o trabalho com tear e couro e a produção

de brinquedos artesanais.A oferta da gastronomia

recai sobre 16 associações concelhias que assegurarão as refeições e os petiscos deliciosos aos visitantes do certame, com desta-que para os pratos típicos da região da estremadura. Mais uma vez, aí estará presente o Centro Recre-ativo da Golpilheira, cuja tasquinha será assegurada pela equipa de Veteranos de futebol de 11 da colec-tividade.

A FIABA congregará ainda, no espaço “Mostra do Mundo Rural”, os prin-cipais produtores conce-

lhios de mel, azeite, vinhos e doçaria, divulgando o que melhor se produz no Concelho .

Destaque ainda para a componente da animação, com diversos motivos de interesse, destacando-se a participação de agrupa-mentos como Banda Kroll, Apartirtudo, Banda Cyklo-ne, Tocándar e, a encerrar o evento, os Minhotos Marotos.

Para os miúdos e graú-dos voltam a instalar-se no antigo campo de futebol diversos equipamentos de diversões, com carrosséis e carros de choque.

O presidente do Muni-cípio está confiante de que o certame será mais um su-cesso e reforça a sua apos-ta num evento “de grande importância para a pro-moção da Batalha e da sua dinâmica associativa, pro-jectando o Concelho, as suas gentes e os produtos locais”. Paulo Batista San-tos reforça que a FIABA “está perfeitamente con-solidada na região, aten-dendo à qualidade do ar-tesanato e da gastronomia, das proposta de animação que compõem o cartaz e do próprio recinto que a acolhe”.

FIABA de 2016 promete muita animação

Gastronomia e artesanato na Batalha

Conferências do Mosteiro

Grande nomes da cultura na Batalha

No dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, decor-reu a apresentação da obra “Viagem ao passado”, de Ana Cristina Luz, no auditório do Mosteiro da Batalha. Apresentada por Luís Mourão como “uma outra forma de visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, a obra tem a particularidade de ser ilustrada por 18 crianças.

Ana Cristina Luz apresentou livro“Viagem ao passado” ilustrada por crianças

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira8 >> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt. eclesial .

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima percorreu as dioceses de Portugal, desde Maio de 2015 até Maio deste ano. Esta “peregrinação” terminou com a passagem pela Diocese de Leiria-Fátima, nos dias 1 a 13 de maio, data em que regressou ao seu Santuário. “Recebida em apote-

ose por toda a parte”, também não foi excepção a nossa diocese, nem a nossa vigararia da Batalha. A Imagem chegou à Batalha pelas 21h30 do dia 9 de Maio, junto à capela da Jardoeira, seguindo em procissão de velas para o Mostei-ro da Batalha, onde se fez uma vigília de oração pela noite. No

dia 10, o Mosteiro voltou a abrir às 09h00 e foram as crianças as principais protagonistas da ora-ção e da homenagem a Nossa Senhora. Às 10h30, foi celebrada a Eucaristia com participação dos idosos do Concelho e a Imagem seguiu então para uma passagem pelas várias paróquias: Calvaria,

Juncal, Aljubarrota, Pedreiras e Reguengo do Fetal. Nesta última, depois da procissão da igreja paro-quial para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal e da Missa, fez-se a despedida, com a Imagem a seguir para o Alqueidão da Serra, já na vigararia de Porto de Mós.

Para memória futura, publi-

camos o testemunho de alguém que participou no momento do acolhimento na Batalha. E para um resumo do que significou esta visita, publicamos um belo texto do Bispo de Leiria-Fátima sobre o que sentiu e viveu com esta iniciativa.

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a BatalhaUma bela experiência de fé e devoção

Foi lindo, foi sublime, foi absolutamente extraordinário... que surpresa, que alegria, que estrondosa comoção acolher a Virgem Mãe naquela gigantesca multidão, que para ser mais ver-dadeiro, na minha pobre opinião, senti-me mais acolhido pela sua bondade, pelo seu aconchego, pela sua misericórdia no taber-náculo do seu coração.

Senti-me esmagado peran-te a majestosa manifestação de apreço, de amor, de abandono, de entrega à Senhora do Céu e da Terra, à Rainha dos Anjos e de nós, homens, singular mãe. Não me foi possível conter as lágrimas, embora tentasse amar-rar a todo o custo esta profunda comoção. Mas que bela surpre-sa, ao voltar-me, vi que muitos, nesta imensa aglomeração, se tornaram solidários e deixavam também pingar de seus olhos a mesma alegria, a mesma prece, a mesma oração. Até o tempo ajudou a compor esta harmoni-zação, este belo hino de louvor e de veneração.

Era o desfile das forças milita-res, motas a fazer de sapadores, bombeiros e escuteiros a auxiliar. Depois de a acolher, pusemo-nos a andar descendo a encosta altaneira, partindo da capela da Jardoeira, em direcção ao Mostei-ro, tão importante na nossa his-tória, curiosamente, também ele dedicado à Imaculada Mãe, sob o títulos de Santa Maria da Vitória. Vi, diante dos meus olhos, um rio de luz em salpicos cintilantes, que dançavam ao sabor do vento nas mãos do povo deambulante. Este povo que vos é tão querido, este povo que vos aclama, este povo que vos canta, com profunda ve-neração, a sua prece humilde, a sua singela oração. Cada passo daquela caminhada era fantásti-co… Bem me queria concentrar para mais devotamente rezar, mas o meu pensamento espraiava-se no brilho de tanta luz pequenina, a minha mente teimava em va-

guear ao sabor da brisa que nos acompanhava a cada passo do nosso caminhar.

Chegados ao Mosteiro, outro momento espectacular. Não me vou perder em devaneios, apenas vos digo: valeu a pena lá estar! É sempre bom ter a companhia desta maravilhosa Mãe, digo mais, neste mundo tão atribu-lado, desejamos muito que esta Mãe esteja sempre a nosso lado. É a fé no seu Filho o que nos move e a alegria de a ter por Mãe o que nos comove.

Pela minha mente vagueavam tantas formas de “chamar” por esta Mãe: Virgem do Rosário, Maria do Sagrado Coração, Se-nhora de Fátima e de Nazaré e de todos os que a invocam. Mãe de Cristo Jesus e do discípulo João, Mãe da nova humanidade e de todos os que por ela a Deus ro-gam. Há tantos que através des-ta ternurenta Mãe se abrigam ao aconchego do Coração de Jesus, fonte eterna de misericórdia e perene salvação. Mãe dos San-tos, dos fortes, dos robustos e dos pobres pecadores também, Mãe doce, Mãe carinhosa, Mãe de Deus e Mãe de todas as mães. Tem tantos nomes tem esta Mãe querida, tantas invocações, tan-tas quantas as nossas alegrias, tantas como as nossas aflições. É a Senhora do Ó, do bom ca-minho, da ponte, do Rocio, dos campos, do trigo e das colheitas. Da ajuda e de Almudena e tan-tas outros nomes poéticos que gostamos de lhe dar. Os mari-nheiros e pescadores chamam-lhe Estrela-do-Mar, Senhora da Bonança, Mãe do Bom Porto e outros nomes carinhosos com que a costumam apodar. Por sua vez, os aviadores a veneram como Senhora do Bom Vento ou Nossa Senhora do Ar. Eu gosto mais dos epítetos tradicionais, como Cheia de Graça, Mãe do Salvador, Nossa Senhora da Ter-nura, Mãe do Eterno Amor.

Agostinho David

A visita da Imagem Peregrina encerrou na Diocese de Leiria-Fátima a sua peregrinação pelas dioceses de Portugal. Apesar de o Santuário se situar no território da nossa Diocese e existir uma ligação muito próxima com Nossa Senho-ra de Fátima, foi com imensa ale-gria que verifiquei como este povo compreendeu o significado parti-cular desta visita e saiu das suas casas para acolher com especial carinho, entusiasmo e emoção a Imagem, vendo nela o sinal da Mãe que vem visitar os filhos nos seus lugares e nas suas comunidades.

Acompanhei a visita da Imagem aos grandes centros da diocese e fui recebendo notícias de como ia sendo acolhida nas vilas e aldeias. Pude ver multidões significativas com a presença de crianças, jo-vens, muitos homens e mulheres, doentes e idosos, autoridades lo-cais, que nem sequer as condições adversas do tempo, por vezes, demoveram de marcar presença. Quero sublinhar apenas alguns momentos emocionantes: a che-gada a Leiria com o ato de entrega da Diocese a Nossa Senhora na Sé

repleta de fiéis; a visita à prisão e os jovens reclusos com lenços bran-cos a acenar; a visita ao hospital com a imagem presente na capela por onde foram passando doentes, profissionais da saúde e funcioná-rios e a transmissão da Eucaristia por canal interno.

Emocionantes foram também os dois momentos finais. O pri-meiro foi a entrega da Imagem Pe-regrina ao Santuário, acompanhada pelo pároco de Santa Catarina da Serra (última paróquia a receber a visita), no dia 13 de maio, e a recepção “em sua casa” com a aclamação vibrante da multidão imensa de peregrinos, de todo o episcopado e com a saudação que tive a felicidade de dirigir à Virgem Peregrina: “Tu és a honra do nos-so Povo e a glória dos nossos co-rações”! O último momento foi o ato de consagração das dioceses e de Portugal ao Imaculado Coração de Maria feita pelo Presidente da Conferência Episcopal Portugue-sa, D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, precisamente 85 anos depois da primeira pere-grinação dos bispos portugueses a

Fátima e do primeiro ato de consa-gração de Portugal a Nossa Senho-ra de Fátima, em 1931. Também eu me comovi!...

A melhor leitura que se pode-rá fazer do significado desta visita é a que fazemos nos rostos dos fiéis. Vimos expressões de alegria e festa, de sorrisos abertos acom-panhados por flores, fitas, balões e frequentes aplausos à passagem da Imagem. Vimos faces mareja-das e doridas, entregando a Maria pedidos de conforto e ajuda para suportar as agruras da vida. Vimos olhos elevados ao céu ou postos no chão, em contemplação serena dos mistérios da Mãe de Deus.

Foram dias de festa, oração e expressão pública de fé que fi-carão para sempre marcados nas memórias dos muitos milhares de pessoas que os viveram. Uma ver-dadeira bênção de Deus, através de Maria, para a renovação da fé e da vida espiritual deste povo de Leiria-Fátima. A Imagem partiu; a mensagem e a ternura da Mãe ficou e certamente dará frutos!

† António Marto,Bispo de Leiria-Fátima

Rostos de fé e alegria

Testemunho de um participanteLM

Ferra

z

Procissão em descida para o Mosteiro

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Jornal da Golpilheira

A Comunidade Cristã da Golpilheira estará em festa, no próximo domingo 29 de Maio, com a reinauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima a ser presidida pelo Bispo diocesano, D. António Marto. A Missa será às 11h00 e incluirá a bênção do espaço totalmente renovado e do seu novo altar, uma das peças litúrgicas que fo-ram cedidas pelo Santuário de Fátima, retiradas da também recentemente restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Continuará com o almoço oferecido a todos e tarde de convívio.

A propósito desta festa, o Jornal da Golpi-lheira inclui nesta edição um caderno especial

dedicado à igreja e à obra nela efectuada. Publi-camos um texto da Comissão da Igreja sobre o processo que conduziu a esta data festiva, um texto da equipa projectista sobre os concei-tos que nortearam a intervenção, um texto da empresa construtora sobre o decurso da obra, um texto do director do Museu do Santuário de Fátima sobre o mobiliário litúrgico vindo da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, um texto da Junta de Freguesia sobre alguns tra-balhos conexos e ainda um texto com algumas curiosidades históricas sobre as nossas igrejas.

E publicamos também várias fotos, a docu-

mentar todo o processo.Neste caderno inclui-se ainda a participação

publicitária de muitas das empresas e entida-des que executaram, forneceram, ofereceram materiais ou apoiaram de qualquer outra forma esta empreitada. Desde já agradecemos às que aceitaram o nosso convite e possibilitaram a publicação deste caderno especial.

O director

Comunidade Cristã em festa no dia 29 de Maio

D. António Marto presideà reinauguração da Igreja

de Nossa Senhora de Fátima

Especial12 páginas

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira10 . especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, principal centro de culto da Comunidade Cristã da Golpilheira (CCG), na paróquia da Batalha, entrou em obras no passado mês de Setembro de 2015. Construído na década de 1950, este templo evidenciava alguns sinais de degradação, so-bretudo na estrutura do telhado, o que levou esta Comissão a pon-derar uma intervenção, que foi preparada ao longo dos últimos cinco anos.

Contratado o gabinete HDPG Arquitectos, quis apro-veitar-se esta oportunidade para a elaboração de um projecto que dotasse o espaço de melhores condições de conforto, ilumi-nação, estética e adequação às normas litúrgicas actuais. Esta remodelação acabaria por vir a transformar por completo o seu interior, com algumas implica-ções no exterior, visando torná-lo um lugar aprazível e convidativo

à celebração da fé. E a escolha dos projectistas revelou-se acer-tada, tal foi a qualidade do tra-balho e a cordialidade, correcção e permanente colaboração para que todos os problemas se con-vertessem em oportunidades.

A obra foi sujeita a concur-so, para o qual convidámos as empresas da freguesia e outras de fora. Com um orçamento a rondar os 300 mil euros, foi ad-judicada ao empreiteiro Arlindo Lopes Dias, do Olival. Também esta foi uma escolha acertada. Com um profissionalismo e uma disponibilidade a toda a prova, sempre dispostos a ouvir, a su-gerir soluções e a trabalhar para que tudo correspondesse a um elevado padrão de qualidade, tanto os empreiteiros como os seus colaboradores merecem o nosso agradecimento e a nossa maior estima.

Muitas empresas participantes

O mesmo poderemos dizer de outras empresas que parti-ciparam no processo, algumas sub-contratadas, outras a nosso convite. Em todas verificámos o interesse em que a qualidade dos materiais e do serviço correspon-desse ao espaço sagrado a que se dedicavam. Desde a estrutura do telhado aos alumínios, das alvenarias e forras de paredes ao chão, da electrificação e redes técnicas até cada pormenor de iluminação, revestimentos térmi-cos, carpintaria ou pintura, cada escolha foi criteriosamente feita, equilibrando um orçamento pos-sível com a qualidade desejável. Referimos, como exemplo, o pa-vimento de madeira flutuante, um topo-de-gama da conceitu-ada empresa Pavimentos Silvas, Lda., que a certo momento não julgámos ser possível adquirir. Os arquitectos queriam o melhor, o empreiteiro desejava todas as garantias e foi possível chegar

a bom porto, após uma árdua mas muito profícua negociação entre todos e com a empresa. Outro exemplo poderia ser o das luminárias, de qualidade tam-bém inicialmente considerada inatingível, mas que foi possível garantir com muita persistência e colaboração de todas as partes.

Não podemos deixar de re-ferir a empresa Calcidrata, que ofereceu todo o cimento-cola, a empresa Sousa & Catarino, Lda., que disponibilizou os dois blocos de pedra necessários, e a empresa Ruipedra, SA., que fez o respectivo corte e preparação para aplicação em paredes e chão e para diversas peças de pedra feitas de raiz.

Referimos ainda algumas empresas locais que ofereceram serviços, materiais ou descon-tos consideráveis na produção: Caixifer, Construções Cesário Batista, Construções Joaquim Almeida Cardoso, Fernando

Frazão, Ferragens do Lena, Gol-pifer, Isaflores, Joaquim da Cruz Bagagem, Metalmonteiro, Puff e TopBanho.

População generosaMas a gratidão é extensiva a

toda a população, que tem cola-borado de forma surpreendente. Os fundos existentes inicialmen-te garantiam cerca de um terço da verba necessária e, nestes sete meses decorridos, já garantimos outro tanto em donativos e em-préstimos particulares, estando por liquidar neste momento cer-ca de 100 mil euros.

Uma das campanhas em cur-so é a da “venda” das antigas te-lhas do edifício pela quantia de mil euros cada, entregue emoldu-rada num quadro, como forma de agradecimento e para memória futura. A originalidade da pro-posta já convenceu quase qua-tro dezenas de “compradores”. E estamos certos que outros irão

Templo restaurado recebe altar da Basílica de Nossa Senhora de FátimaTal como a obra da igreja, a festa é de (para) toda a

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Jornal da Golpilheira

ainda aderir, agora que podem ver o resultado final.

Mas muitas outras ofertas têm surgido e todas merecem o agradecimento com o mesmo ca-rinho, sejam os 10 mil euros ofe-recidos por um anónimo ou os 60 mil emprestados por outro, até à nota de 5 euros dada por outro ainda – quem sabe com quanto custo. E também as pessoas que têm oferecido paramentos e ob-jectos litúrgicos para a festa da inauguração.

Não podemos esquecer o tra-balho precioso de todos os mem-bros do Conselho Administrati-vo e Pastoral da CCG, em espe-cial das equipas de eventos, em cujos pequenos-almoços e outras iniciativas promovidas já se an-gariaram quase 10 mil euros.

Ainda neste campo, cumpre-nos sublinhar o apoio de 15 mil euros da Câmara Municipal da Batalha para a mudança do te-lhado, a oferta de 10 mil euros

pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, o testamen-to de 5 mil euros na extinção do Coro Infantil e Juvenil da Golpi-lheira, a vinda de 5 mil euros da conta da Comissão da Igreja de S. Bento, fruto da união conso-lidada entre as duas comissões.

Oferta do Santuário de FátimaUma referência especial é

merecida ao Santuário de Fáti-ma. Além dos 7.500 euros em dinheiro, cedeu-nos um impor-tante património material e es-piritual, vindo da recentemen-te restaurada Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, também reinaugurada em Feve-reiro passado.

Em boa hora o vigário-geral da Diocese, padre Jorge Guarda, nos deu a “dica” que levou ao pe-dido, prontamente acedido pela reitoria e administração do San-tuário. A peça mais importante é o altar, mas também a coluna para

a imagem de Nossa Senhora, as três cadeiras do presbitério, três vasos, duas mesas e uma estante, tudo na mesma pedra. Até 3 belas toalhas do mesmo altar nos foram oferecidas. É um valor simbólico e espiritual inestimável para a nos-sa igreja, também ela dedicada a Nossa Senhora de Fátima.

Igreja vivaLembramos que este processo

tem, entretanto, sido acompa-nhado por um outro, também de renovação e revitalização, mas da igreja viva. Sem isso, a igreja de pedra de pouco valeria. Nesse sentido, esta parcela da paróquia da Batalha constituiu-se com uma identidade reforça-da como Comunidade Cristã da Golpilheira.

O seu primeiro Conselho Administrativo e Pastoral to-mou posse em Outubro passado, com mais de meia centena de pessoas directamente envolvi-

das, distribuídas por comissões e equipas de trabalho, em sectores como as celebrações litúrgicas, a catequese, a acção social e outros eventos religiosos. Entretanto, foi reforçado com a tomada de posse das duas novas comissões da Golpilheira e de S. Bento, no passado mês de Abril.

Meio ano depois, o balanço é muito positivo, sobretudo no dinamismo criado e na maior co-munhão que se tornou evidente entre os fiéis desta freguesia civil.

Missa e almoço de festaEstá, portanto, tudo a postos

para uma grande festa, no próxi-mo dia 29 de maio, com o centro na Missa das 11h00, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e concelebrada pelo pároco, padre José Ferrei-ra Gonçalves, e pelos reitor e administrador do Santuário de Fátima, respectivamente, padres Carlos Cabecinhas e Cristiano

Saraiva. Nesta celebração será feita a bênção do novo espaço e do altar, e será nela incluída uma cerimónia protocolar com a pre-sença das pessoas e empresas en-volvidas na obra, bem como das entidades civis que a apoiaram. No final, será descerrada a lápide evocativa deste dia.

Como de festa se trata, o almoço será oferecido a todos os presentes, servido na rua em frente da igreja, assim o clima o permita. Senão, passará para o salão. Pede-se apenas, a quem quiser, que traga alguma sobre-mesa ou fruta para partilha com todos.

Contamos com a animação do rancho folclórico As Lavadei-ras do Vale do Lena, do Centro Recreativo da Golpilheira, e mú-sica ambiente, para que a tarde seja de convívio e confraterni-zação, enquanto gente houver.

Comissão da Igreja da Golpilheira

. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

25-12-2015

13-04-2016

04-05-2016

22-05-2016

comunidade cristã

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira12 . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

A partir do “Livro de receita e despeza da Capella da Golpilheira – 1897-1949”, do livro “Escrituração das contas da capela da Golpilheira – 1949-1970” e de outros registos avulsos do espólio da Comissão da Igreja da Golpilheira, é possível encontrar algumas datas de referência para a história da nossa comunidade cristã. Há ainda livros de actas e outra documentação, que pode-rão fornecer informações preciosas, mas que estão dispersos e terão de ser devidamente analisados. É um estudo que está por fazer e que iremos tentar, aos poucos, levar a cabo e divulgar.

Para esta edição histórica, fomos procu-rar apenas encontrar alguns desses registos, sobretudo nos referidos livros de contas, en-tre 1897 e 1970.

O primeiro registo de que há memória, nesse ano de 1897, refere que “havia em cofre 64$810”. Depois, aparece a primei-ra compra: “Um sino de 50 kilos, badalo, cainoto (?) - 29$100”. Será o sino que está ainda na Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Ainda nesse ano, aparecem várias compras (cabeçalho e carreto para o sino, um jogo de sacras, um vaso para água...) e várias despesas com materiais e mão de obra, o que indica que houve restauro naquela igreja. Há também registo de despesas e re-ceitas de uma festa (em fogo, por exemplo, gastaram-se 10$180 e em músicos 8$500).

Mas fomos sobretudo aos anos finais, à procura de sinais do início e decurso das obras da igreja nova. Dessa pesquisa adian-tamos algumas datas curiosas:

1945-11-19 – Compra de uma nova ima-gem de Santo António

1947-04-19 – Licença para instituição do Santíssimo Sacramento

1948-07-25 – Compra da imagem de Nos-sa Senhora de Fátima e grande festa em sua honra.

1948-09-05 – Compra de uma aparelha-gem sonora

1949 – Compra de carradas de pedra para a igreja nova

1950 – Os documentos indicam que have-ria já, pelo menos, um esboço do projecto e teriam sido abertas as fundações. A pe-dra seria para enchimento de caboucos.

1951-1954 – Vários registos de que a obra avança, mas ainda não com grande ve-locidade.

1955-09-04 – Despesas escritura da com-pra do terreno para capela nova . É es-tranho este registo de pagamento, já que

muitas testemunhas actuais asseguram que o terreno foi oferecido e nunca che-gou a ser registado.

1956-12-31 – Pagamento ao arquitecto Fernando Santa Rita do projecto da igreja nova - 8.600$00

1957-07-05 – Camioneta de pedra1960-07-16 – Entrega ao pedreiro António

Cerejo, encarregado da construção da Igreja – 2.000$00. Será o início da fase mas acelerada da obra, aparecendo a par-tir daí muitas folhas de horas e pagamen-tos a pedreiros e serventes. Poderá ter ha-vido muita mão de obra oferecida, mas é certo que houve muitos trabalhos pagos.

1961-04-01 – Pagamento cofragem da igreja

1961 – Vários peditórios em ovos1961-04 e 05 – Ofertórios das missas para

obras da igreja renderam 8.953$001961-05-28 – Quermesse na festa da

Santíssima Trindade rendeu 1.254$001961-10 – Cortejo rendeu 17.567$701962 – Instalação do telhado. Segundo

alguns testemunhos, a partir desta data já se começou a celebrar Missa na igreja nova, quando ainda nem tinha chão, a luz era trazida por um cabo da casa do senhor Bagagem e o altar era uma mesa provisória.

1962-12-13 – Compra do sacrário de metal, baldaquino, jogo de sacras, pí-xide, seis velas automatizadas e pintu-ra de Nossa Senhora da Conceição (?) (7.000$00)

1962-07-05 – Entrega pelo Seminário de Leiria de uma herança de Maria Cândi-da da Silva (10.000$00). Aparecem em anos anteriores muitos donativos desta senhora.

1962 – Vários ofertórios “temáticos”: che-fes de famílias, raparigas, rapazes, mulhe-res, homens...

1962-11-25 – Cortejo rendeu 6.729$501964-10-31 – Assentamento de tacos de

madeira1965-10-03 – Fundações para muro da

escadaria1966-05-03 – Reparação e pintura da

imagem de Nossa Senhora de Fátima, por José da Silva França e Filhos, Lda., empresa do Porto. Supõe-se, por isso, que a imagem tenha sido feita nesta casa, no ano de 1948, em que surge a data da compra.

1966-10-03 – Construção da escadaria1968-12-13 – Baixada eléctrica para “Ca-

pela de Nossa Senhora de Fátima” – pri-meira referência que se encontra nestes livros ao nome da dedicação da igreja.

1969 – Primeiras facturas de energia eléc-trica. Nesta data estaria, portanto, con-solidada a principal fase construtiva da igreja.

Procuraremos em próximas ocasiões revelar mais dados da história da nossa Co-munidade Cristã da Golpilheira.

Luís Miguel Ferraz

Algumas datas importantesA história das nossas igrejas

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A igreja primitiva, dedicado ao Senhor Bom Jesus dos Aflitos

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A nova igreja, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, foi construída numa zona mais elevada

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13Maio de 2016

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Em 1995, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Cova da Iria, estava em obras para remo-delação do seu presbitério e para abertura da sepultura onde viria a ser tumulada, passados 11 anos, a viden-te Lúcia de Jesus, junto ao túmulo de sua prima, Jacin-ta Marto.

Com o intuito de reor-ganizar a estruturação dos lugares litúrgicos, o Santuá-rio de Fátima confiou ao seu arquiteto residente, Erich Corsepius (1929-2009), o projeto de remodelação da capela-mor, a fim de a tornar mais digna, porquanto o mo-biliário em uso se mostrava provisório. Para além da ca-deira presidencial, foram, assim, substituídos o altar de madeira e as duas estru-

turas, muito próximas, que serviam para a proclamação da palavra e para a condu-ção da assembleia, seja no que respeita aos comentá-rios seja no que respeita ao canto.

Embora o presbitério funcionasse já segundo a forma de celebrar do Con-cílio Vaticano II, é nesta al-tura que, do ponto de vista estético, as normas que dele dimanaram são materializa-das, sobretudo pela aplica-ção de materiais nobres para fixação das peças litúrgicas e, bem assim, pela qualidade artística emprestada a esses dispositivos ao mesmo tem-po cénicos e funcionais.

Perfeitamente conhece-dor da evolução da planta dos espaços litúrgicos que deriva da reflexão operada

pela Igreja ao longo do sé-culo XX, Corsepius sabe que quer fazer um altar robusto, que tenha relação clara com o lugar da proclamação da Palavra, razão pela qual o autor faz derivar, nos ma-teriais, nas formas e nas proporções, a mesa da Pa-lavra da mesa do Sacrifício e vice-versa.

O projeto não esquece-ria, obviamente, dois outros aspetos, de suma importân-cia para a estruturação or-gânica do lugar: hierarquia entre as peças desenhadas e a sua integração naquele espaço concreto. De fac-to, não tem a estante do condutor da assembleia o mesmo peso que as peças principais e a peanha para colocação da imagem da Virgem de Fátima também

não se mostra intrusiva. Também a integração das peças num espaço já cons-truído com uma linguagem muito marcada fez com que o arquiteto usasse de uma medida de proporcionalidade muito apurada. No altar que desenhou, encastoou, ainda, uma peça antiga, lavrada de prata, trazida do primitivo altar da basílica e assinada em 1953 pelo escultor Mar-tinho de Brito, estabelecen-do estreita ligação à história daquele presbitério.

Talvez sejam estas duas características – que se re-velam, de facto, qualidades – a levarem a que as peças possam continuar a viver, ainda que num espaço di-ferente, depuradamente li-gado a uma arquitetura do essencial, como é aquela que agora se desenha na igreja da Golpilheira.

Em 2016, estas obras, agora num outro lugar, con-tinuam a falar do essencial, desse ‘convivium’ dos dis-cípulos de Cristo à mesma mesa, também naquele lugar congregados sob a proteção da Virgem Maria que, vesti-da da cor batismal, traz nas suas mãos as contas pelas quais se meditam os misté-rios da vida de Cristo.

Marco Daniel DuarteDiretor do Museu

do Santuário de Fátima

O autor escrevesegundo o acordo ortográfico

. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

Da basílica da Cova da Iria para a igreja da Golpilheira:

O mobiliário litúrgicodesenhado por Erich Corsepius

Luís

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Antigo presbitério da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

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Novo presbitério da Igreja da Golpilheira

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira14 . especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

1. Motivação da intervençãoA igreja não paroquial da Gol-

pilheira, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, foi construída na déca-da de 50 em terreno doado para o efeito. Em posição sobranceira da Golpilheira, situa-se a pouca dis-tância da primitiva capela quinhen-tista do Bom Jesus dos Aflitos. O templo agora objecto de interven-ção, construído depois da reforma litúrgica pós-Concílio Vaticano II, reflectia já alguns princípios da, então, nova orientação litúrgica. O edifício apresentava original-mente planta rectangular, de nave única, com capela-mor a Nascente. Desde a sua construção original, foram sendo feitas algumas inter-venções, nomeadamente, a cons-trução do anfiteatro do coro-alto e os espaços de apoio pastoral, a Nascente e a Sul. Em 2011, face às condições em que se encontrava o telhado, onde se identificavam di-versos apontamentos no interior que indiciavam já patologias gra-ves de infiltração, surge a vontade manifestada pela actual Comissão da Igreja, de proceder a uma inter-venção mais ambiciosa para além da mera substituição do telhado.

O espaço existente apresen-tava desde logo alguns aspectos estruturais que importava corrigir, face à incompatibilidade do espaço existente, em contraponto com o princípio basilar da desejada orga-nização pós-conciliar, na promoção de uma “participação mais activa dos fiéis na celebração da Sagrada Liturgia”, nomeadamente, no di-ferencial acentuado de cotas que existia entre o nível da assembleia e o presbitério, com mais de um metro de altura. O altar, situado ao centro da capela-mor, encontrava-se afastado da primeira linha da assembleia cerca de cinco metros. O sacrário, por sua vez, estava lo-calizado no fundo da capela-mor, em posição lateral, quase “oculto” do campo de visão de boa parte da assembleia, numa relação com os fiéis que se consideraria quase ina-tingível. O ambiente lumínico geral do espaço era bastante precário e a luz que provinha das escassas e exíguas janelas rasgadas no alçado Norte e Poente era ainda filtrado pelos vidros coloridos, conferindo ao ambiente interior uma atmos-fera dominantemente sombria. O pé-direito excessivamente alto estabelecia uma relação despro-

porcionada e desconfortável, face à largura da nave, acentuada pelas chapas de “platex” pintadas de castanho que revestiam o tecto com carácter, no início, certamente de forma provisória, mas que foram perdurando. Os materiais aplicados no revestimento de paredes e pa-vimentos eram, de forma geral, de qualidade, cor e formas dissonan-tes entre si, conferindo ao espaço pouca qualidade estética.

Em contraponto, desde muito cedo, na relação que se estabeleceu entre a equipa projectista e a Co-missão da Igreja e o pároco, pres-sentimos junto desta Comunidade Cristã da Golpilheira uma vivaci-dade e dinâmica surpreendentes, nomeadamente, na animação da dinâmica litúrgica desejada para esta igreja, bem como na forma como pretendeu ajudar a cons-truir este projecto e a consequente obra, de forma coerente, rigorosa e empenhada, envolvendo sempre toda a comunidade em cada nova etapa do processo. A intervenção que agora se conclui só foi possível realizar porque todos os interve-nientes, desde a equipa projectista, à equipa de construção e à Comis-são da Igreja, estiveram sempre em permanente diálogo e, com mútuo respeito, encontraram sempre em conjunto as soluções que mate-rializaram esta obra, tornando-a coerente e porventura bela.

2. Conceito do projectoA “Senhora Cheia de Graça”

anuncia-se em Fátima aos Pasto-rinhos transbordando a “Luz de Deus”, “uma luz” que emanava das mãos de Nossa Senhora… a Mensagem de Fátima convida-nos a contemplar a imagem de Nossa Senhora como portadora da “pre-

sença” de Deus que se grava inde-levelmente no íntimo de cada um.

Maria foi escolhida por Deus para acolher no seu ventre o “Seu Filho muito amado”, por ser pura e imaculada, ela que é o próprio reflexo do Sol, espelho digno que reflecte a sua luz. Um espaço dedi-cado à Mãe de Deus só poderia ser, por isso, “branco” e profuso de luz.

Quando começámos este pro-jecto, foi bastante claro para nós o desejo de definir um espaço inte-rior luminoso, até por contraponto ao que existia, que era claramente sombrio. Foi uma tónica que sem-pre nos orientou neste projecto, procurando inventar a forma para a luz natural penetrar, testando as suas diversas formas, quer di-rectamente quer de modo mais ou menos misterioso, como no fundo do presbitério ou na escada que dá acesso ao coro-alto.

O espaço interior foi assim desenhado, esculpindo de algum modo uma “massa” imaginária que se traduziu no espessamento das paredes e do tecto, orientando a luz, criando efeitos de sombra projectada noutros, fazendo des-

lizar a luz nas superfícies curvas e brancas.

Dedicado a Maria, desejámos um ambiente, de certo modo, qua-se feminino, na procura das formas mais orgânicas, curvas, superfícies concordantes e arestas. Quisemos materializar um lugar digno su-ficiente para acolher o “Coração Imaculado de Maria”, esse lugar de encontro em que se enraizará a nossa e a sua intimidade com Deus, um coração que é “refúgio” e que Nossa Senhora revela aos Pastorinhos como “o caminho” que conduz até Deus.

3. Intervenção realizadaA intervenção proposta foi mo-

tivada pela vontade de remodelar os interiores da Igreja, sobretudo reorganizando o espaço litúrgi-co, de modo a introduzir novas qualidades estéticas e espaciais ao espaço, nomeadamente, uma iluminação natural mais eficiente e profusa.

Pretendemos ainda ampliar parcialmente a nave da Igreja, para configurar um espaço de apoio à celebração, destinado a acomo-dar o coro litúrgico. A intervenção actuou ainda na cobertura e tecto interior, procurando conferir-lhe nobreza e integrar simultaneamen-te as necessárias infra-estruturas técnicas de iluminação, acústica e controlo térmico.

Todo o espaço interior da igreja foi pensado e projectado para se orientar para o principal foco li-túrgico, que é a mesa do Sacrifício Eucarístico.

A ideia de fundo foi aproximar o presbitério da assembleia, fazen-do avançar o Altar e o Ambão na direcção da assembleia, e transfe-rir o Sacrário para a ala lateral do

Notas sobre o projecto de arquitecturaUm espaço dedicado à Mãe de Deussó poderia ser “branco” e profuso de luz

Memórias da Irmã Lúcia

«– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.»

Foi ao pronunciar estas últimas pala-vras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no pei-to e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impul-so íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

– Ó Santíssima Trindade, eu vos ado-ro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.” (Do relato da 1.ª Aparição de N.ª Senhora)

«Não desanimes. Eu nunca te deixa-rei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.» Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa.”(Do relato da 2.ª Aparição de N.ª Senhora)

E, abrindo as mãos, fê-las reflectir no Sol. E enquanto que se elevava, continu-ava o reflexo da sua própria luz a projec-tar no Sol.”(Do relato da 6.ª Aparição de N.ª Senhora

Fonte: “Memórias da Irmã Lúcia”, 14.ª ed. Fátima, Secretariado dos Pastorinhos, 2010.

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Imagem da Golpilheira

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Pormenor de entrada de luz

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Vista a partir do altar

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15Maio de 2016Jornal da Golpilheira

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presbitério, de modo a permitir a oração pessoal dos fiéis de forma mais directa do que anteriormente se verificava. Nesta zona, o tecto foi rebaixado, para configurar um espaço mais íntimo e próprio para a oração e adoração ao Santíssimo Sacramento.

O nível do presbitério foi igual-mente rebaixado para dois degraus apenas, relativamente à nave, que foi entendida como um espaço único e revestido de forma distin-ta do presbitério. A presidência foi colocada em posição axial atrás do altar, assente numa plataforma sobrelevada, por forma a garan-tir a visibilidade do presidente da assembleia litúrgica.

O presbitério foi transforma-do num espaço menos profundo e mais amplo, desenhado para acolher os diversos componentes litúrgicos em linha, acentuando a presença do “novo” altar, que foi colocado sob um lanternim zenital que ilumina de forma profusa todo o “corpo litúrgico” composto por Ambão, Altar e Sacrário.

O fundo do presbitério, onde se situa agora a presidência, resul-ta num plano curvo, iluminado de forma indirecta por um novo vão “rasgado” na fachada Norte e que se projecta para a nave, unificando todo o espaço interior num movi-mento envolvente e congregando toda a assembleia que se distribui quer pela nave quer pelo coro-alto.

A iluminação natural no inte-rior da igreja foi conseguida promo-vendo a abertura de novos vãos nas fachadas disponíveis e ampliando as janelas existentes, maximizan-do a entrada de luz natural pro-veniente das diversas posições do zénite solar.

No espaço sob o coro-alto, a luminância foi amplificada substi-tuindo o guarda-vento opaco exis-tente por um corta-vento translú-cido em vidro, recuperando para o interior a luz proveniente da porta de entrada.

A iluminação natural foi ainda potenciada pelo uso criterioso de materiais, circunscrita a tonalida-des claras próximas do branco ou neutras, nomeadamente, no uso de pedras calcárias claras, paredes pintadas de branco ou madeiras pintadas de branco.

As imagens sagradas existentes na igreja foram ainda reposiciona-das, estabelecendo uma dialéctica relacional entre si, de acordo com a sua dimensão iconográfica. No caso da imagem de Nossa Senhora de Fátima, figura central da dedi-cação da igreja, estará doravante situada no presbitério, no lado oposto ao Santíssimo, numa po-sição mais próxima dos fiéis como figura de intercessão e devoção. A imagem do Sagrado Coração de Jesus passará a situar-se na pare-de Norte, enquadrada com a jane-la que se espera um dia vir a ser guarnecida de um vitral alusivo à invocação. Finalmente, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, que é de Cristo crucificado, figu-rará como cruz de altar, colocada ao fundo do presbitério, junto à presidência.

4. Projecto de luminotecnia4.1. ObjectivosO projecto de luminotecnia da

Igreja de Nossa Senhora de Fátima – Golpilheira, procura garantir a leitura coerente do espaço arqui-tectónico, sublinhando as caracte-rísticas particulares deste, as suas massas e os seus vazios, pontu-ando os silêncios e valorizando a nobreza e o carácter dos materiais utilizados, em particular a pedra e

a madeira, num contexto de depu-ração do desenho e de grande sim-plicidade e despojamento formais que se traduzem nas superfícies brancas dos paramentos de parede. Procura, ainda, simultaneamente, dar resposta às premissas essen-ciais da iluminação de um espaço litúrgico. Assim, procurou garantir uma diversidade de ambientes lu-minosos que permitam a correcta iluminação do espaço, de acordo com as suas funções específicas ou os diversos momentos de uti-lização, sejam eles de celebração colectiva ou de recolhimento e introspecção individual.

Também o destaque, pela ilu-minação, dos diversos elementos iconográficos, litúrgicos ou das obras de arte presentes no espaço deve ser procurado em função do seu valor simbólico ou estético, mas acima de tudo pelo seu valor programático e litúrgico.

Há a considerar outros aspec-tos fundamentais, como o con-forto visual; a adequação do fluxo luminoso, da óptica das luminá-rias ou da temperatura da cor à função de cada área específica; a necessidade de recentrar da aten-ção da assembleia nos elementos do presbitério que são o centro da celebração litúrgica; a definição e o sublinhar da hierarquia espacial através da utilização de diversos tipos de iluminação; a redução do “ruído visual” envolvente que promove a dispersão da atenção; a possibilidade de simultaneidade e/ou de adição de diversos cenários sem que as estratégias de ilumina-ção se anulem entre si; para além

do carácter cénico e discreto da intervenção.

4.2 EstratégiaA intervenção alicerçou-se na

definição de três áreas funcionais di-ferenciadas, a iluminar segundo es-tratégias distintas. De certo modo, procurou-se uma gradação quali-tativa da natureza da iluminação.

A área do presbitério recebe iluminação directa e orientada dos elementos litúrgicos mais signifi-cativos: Sacrário, Ambão, imagem de Nossa Senhora de Fátima, Cruz e Altar, criando e reforçando, pelo contraste na intensidade da ilu-minação entre estes elementos e a assembleia, o verdadeiro centro do espaço e da liturgia. Também a iluminação da parede curva no tar-doz da presidência, no que se pode entender por uma reinterpretação da abside medieval, através de uma iluminação indirecta, discreta e “misteriosa”, permite conferir ao espaço uma maior profundidade, assim contribuindo para o refor-çar da axialidade da nave e para o recentrar do altar no espaço, apro-ximando-o da assembleia.

Toda a área “central” da nave é iluminada num primeiro momen-to através de uma estratégia de iluminação indirecta, através da colocação de luminárias que pro-curam incidir sobre as superfícies de parede de um modo rasante, sugerindo uma maior verticalidade do espaço e ampliando a dimensão das superfícies, libertando o volu-me do tecto e contribuindo para uma leitura do espaço que resulta da natureza distinta da iluminação

da nave com a nova escala introdu-zida pelo desenho. O forte efeito cénico e a temperatura/cor da luz permitem reforçar a intenção da intervenção arquitectónica, que se pretende serena e reorganizadora do espaço e das suas hierarquias e ligações. Está também prevista a instalação de luminárias para iluminação directa da nave cen-tral, para que se possa reforçar a iluminação na assembleia sempre que tal se justifique. Esta estraté-gia também é seguida na área do coro-alto, coro novo, Capela do Santíssimo, área técnica e na zona central sob o coro alto (junto da entrada principal).

Na á rea envo l ven te da assembleia, podemos identificar quatro locais distintos: a Capela do Santíssimo, o coro novo, a zona da entrada e a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Promoveu-se uma estratégia de iluminação in-directa e/ou difusa do espaço, ins-talada essencialmente nas paredes envolventes, que, aproveitando as características da arquitectura, permite a definição de uma ilumi-nação “volumétrica” que constitui um primeiro cenário, contribuindo para a iluminação da nave principal sem anular a estratégia adoptada para a iluminação das restantes áreas. Todos os elementos notá-veis, como o Sacrário e a imagem do Sagrado Coração de Jesus, são iluminados de um modo directo, que promove a sua valorização no espaço e o destaque da envolvente.

Humberto Dias e Pedro GândaraMarinha Grande, 23-05-2016

Notas sobre o projecto de arquitecturaUm espaço dedicado à Mãe de Deussó poderia ser “branco” e profuso de luz

HDPG, arquitectosHumberto Dias e Pedro Gândara são dois arquitectos associados que

desenvolvem a sua actividade profissional em conjunto desde 2005. Li-cenciados em Arquitectura e Arquitectura de Interiores pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, desenvolvem em co-autoria, e parcerias com outros projectistas, projectos de arquitectura, urbanismo, arquitectura de interiores, design de mobiliário e projectos de luminotecnia, com especial vocação na área da reabilitação de edifícios históricos, da arquitectura de igrejas e espaços litúrgicos. Com projectos realizados em território nacional e no estrangeiro, foram recentemente responsáveis pelo projecto de Reabilitação da Torre da Sé de Leiria e de-senvolvem actualmente o projecto de Ampliação e Recuperação da Igreja de Nossa Senhora da Luz, da Maceira, ambos monumentos classificados de interesse público. Foram também os projectistas da restauração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Golpilheira.

. especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Teste à iluminação

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira16 . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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17Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .

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. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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A remodelação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima foi, des-de o início, um desafio aliciante. Não se trata de um cliente, mas sim de toda uma comunidade que faz também deste espaço a sua assembleia. A sua vitalidade está nas pessoas que a frequentam, que colaboram e contribuem para o su-cesso desta obra. E desde o primei-ro momento que acolhemos com entusiasmo todos os contributos que foram dados durante o decor-

rer dos trabalhos.Apostamos na qualidade de

construção, na confiança do servi-ço prestado e no acompanhamento aos nossos clientes em todo o pro-cesso construtivo. Estamos sedia-dos no concelho de Ourém, onde somos reconhecidos como uma empresa sólida, competitiva e em constante adaptação às exigências do mercado. Não nos limitamos à mera execução e assumimos o compromisso de contribuir para

que o resultado final corresponda às expectativas dos nossos clien-tes. Esperamos mesmo superar as expectativas, para que não seja só a execução de um projecto, mas o realizar de um sonho. Do vos-so sonho!

Empresa de vocação pessoalEsta empresa tem um nome

próprio, porque queremos que nos tratem por “tu”. Porque te-mos um rosto e uma palavra para com todos os que nos procuram. Tratamos todos os nossos clientes como amigos, pois sabemos o quão importante são os seus sonhos e ambições. E cada trabalho realiza-do tem a mesma dedicação e em-penho, quer seja a construção de um passeio, de uma vivenda ou de um edifício industrial. A obra da Igreja da Golpilheira reflectiu esta postura e esperamos que fiquem tão satisfeitos com o resultado fi-nal como nós.

O que fazemos, procuramos fazer bem feito. E isso traduz-se na fidelidade que os nossos clien-

tes demonstram para connosco. São eles as melhores referências do nosso trabalho e trabalhamos continuamente para a sua satisfa-ção, colaborando activamente para a construção dos seus projectos, partilhando o nosso conhecimento e experiência.

Feito por pessoas, para pessoas. Para si!

Não existem duas obras iguais e na sua execução é necessário garantir que se encontrem as me-lhores opções construtivas, ali-nhando as especificações técnicas projectadas com as expectativas do resultado final. É fundamental

ter os parceiros certos e o sucesso desta intervenção também se deve a eles! Nas mais diversas áreas téc-nicas, trabalhamos com empresas e profissionais experientes e que também contribuem activamente para encontrar as melhores solu-ções, que se enquadrem nas orien-tações definidas pelos autores de projecto e donos de obra.

Os nossos clientes não preci-sam de ser especialistas na cons-trução para saberem que terão ao seu dispor as melhores opções em todas as áreas. Essa é a base de todo o trabalho: confiança.

Obrigado por confiarem em nós!

Mensagem da empresa de construçãoUm projecto, uma missão

Arlindo Lopes Dias, Unipessoal, Lda. Esta é uma empresa de construção civil e obras públicas liderada

por Arlindo Dias, com actividade própria há 30 anos. Caracterizada pela versatilidade de execução de trabalhos, realiza obras desde re-modelações e reconstruções até construção de edifícios desde a sua raiz. Detém um capital social de 270.000 euros e possui um alvará que lhe permite realizar obras superiores a 2,5 milhões de euros. No seu portefólio de trabalhos executados podemos encontrar, não só reabilitações de outras igrejas, mas também construção, reconstru-ção e reabilitação de moradias, prédios habitacionais, edifícios ho-teleiros, comerciais e industriais, centros de apoio social, creches, lares de idosos, entre outros. Foi a empresa que ganhou o concurso de adjudicação e executou a empreitada de reabilitação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Golpilheira.

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Arquitectos Pedro e Humberto com o empreiteiro Arlindo (dir.)

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira18 . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Parabéns à Comunidade Cristã da GolpilheiraA Junta de Freguesia da Golpilheira quer assinalar este momento festivo, começando por lembrar a Comissão da Igreja, que teve a ini-ciativa de promover esta obra na Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Aquilo que começou por ser um alerta para a mudança do telhado, acabou, e bem, por ser uma renovação profunda no interior do tem-plo e em todos os elementos de suporte ao culto, como a sacristia, as instalações sanitárias e outros.

O que mais nos impressiona é o ambiente que agora se respira den-tro da igreja. A luz, os tons, a orgânica do espaço e, acima de tudo, os materiais usados auferem o conforto necessário para que o culto seja vivido de uma forma mais participativa.

Está de parabéns a população da nossa Freguesia e todos aqueles que o tornaram possível, em particular, os elementos do Conselho Adminis-trativo e Pastoral da Comunidade Cristã da Golpilheira.

De acordo com a Constituição da República, o Estado e as suas instituições são de carácter laico, não podendo dar primazia nos in-vestimentos a uma ou a outra reli-gião. Mas também é certo que, no caso da nossa Freguesia, o papel da religião católica sempre foi de relevo, quer no sentido formativo da sociedade local, quer na dina-mização de diversas actividades de carácter geral e lúdico. Pese-se ainda a certeza de que é na religião católica que a esmagadora maioria da população se revê, indepen-dentemente de a prática habitual dominical regular ser de apenas algumas centenas, num universo de mais de 1500 habitantes.

Foi por isso que o executivo da Junta de Freguesia deliberou realizar um conjunto de obras de melhoramento e embelezamento em redor das agora findas obras da igreja central da Freguesia.

São elas a recuperação e pin-tura dos muros de suporte da própria igreja, do largo 31 de De-zembro e ainda do largo Afonso

Maria Coelho Pereira, mais co-nhecido por confinar com a fonte e respectivo tanque.

Procedemos ainda à reposição de calçadas, com vista a melhorar a mobilidade e drenagem de águas na zona, nomeadamente, junto ao alpendre na entrada das salas de catequese, que precisava há muito de uma intervenção.

Também a lápide que será evo-cativa das obras realizadas ficará ao nosso encargo, para que fique perpetuada a data desta reinau-guração e a bênção da igreja pelo Bispo diocesano.

Todas estas intervenções avul-sas rondarão um investimento global de cerca de 5.500 euros, inscrito na rubrica orçamental de arranjos diversos em espaço público. Será um esforço extraor-dinário, mas que a bem da comu-nidade local e da mobilidade esta-mos dispostos a fazer, transmitin-do ao Município a sua justificação.

O presidente,Carlos Monteiro Santos

Junta de Freguesia apoia as obras da IgrejaObras em espaços junto à igreja

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Os muros também precisaram de uma reparação

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19Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .. caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

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Page 20: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira20 . caderno especial “Igreja de Nossa Senhora de Fátima” .

Temos todo o gosto em apoiar a requalificação da Igreja da Golpilheira e todos os projectos que resultam no crescimento e melhoria da qualidade de vida das pessoas deste Concelho!

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a população da Golpilheira nesta importante data da

reinauguração da sua igreja.

Page 21: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

21Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .. cultura .

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A eleição da Miss Portugal de 2016 e 2017 terá lugar na Batalha, terra histórica e de grande beleza. O anúncio foi feito numa sessão que decorreu no passado dia 6 de Maio, no Hotel Villa Batalha, com a pre-sença de Rafael Freitas, estilista, Pedro Machado, representante do Turismo do Centro, Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, e Isidro de Brito, da organização da Miss Portugal.

Este último começou por di-zer que, normalmente, a eleição da Miss Portugal era efectuada em Lisboa, mas nos passados dois anos teve lugar na Região Centro e Região Oeste. Este ano, houve disponibilidade do Município da Batalha em rece-ber o concurso e, “dada a expe-riência dos dois anos anteriores terem sido bastante positivas”, ficou acordada a sua realização na Batalha nos próximos 2 anos.

O concurso deste ano terá lugar no dia 30 de Julho. Rafael Freitas congratulou-se por ter sido o estilista escolhido para este concurso, uma vez que é um dos grandes objectivos da sua profissão. Espera corresponder às expectativas. Informou ainda que a Batalha é o sítio ideal para apresentar as suas colecções.

Já Pedro Machado enalteceu a disponibilidade do Município da Batalha para ter mais um evento de grande projecção a

seu cargo. “Vai ser uma grande propaganda para o turismo local e regional, sendo um concurso que, para além de outras finali-dades, visa valorizar a mulher nos seus diversos aspectos”.

O presidente da autarquia começou por afirmar que a Batalha “está associada ao tu-rismo, património e beleza e é uma porta de entrada na nossa região”. Assim, “esta é uma área estratégica que temos de apro-veitar, tirando assim o maior

rendimento dela, com uma nova dinâmica, difundindo a ima-gem de qualidade, organizando novos eventos, para captar no-vos públicos”, defendeu Paulo Batista Santos. O Mosteiro da Batalha é o terceiro monumen-to mais visitado em Portugal, com cerca de 500 mil turistas anuais e “neste momento, já há uma certa qualidade de oferta turística”. Mas “esta ainda pode ser potenciada, aproveitando a nossa diáspora, fazendo passar a matriz da Batalha como mo-derna, bonita e muito disponível para acolher novos projectos”. Deixando como mote “fazer da Batalha um farol internacional, para que possam conhecer me-lhor o nosso país”, o presidente anunciou que o concurso Miss Portugal deste ano, tendo como pano de fundo o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, termi-nará com um grande festival de pirotecnia, luz e som. | MCR

Município sonha fazer da Batalha um “farol internacional”Miss Portugal eleita na Batalha em 2016 e 2017

Pia do Urso é o projectoBatalha está nos Prémios Município do Ano

O Município da Batalha está no lote dos finalistas aos Prémios Município do Ano, iniciativa da Universidade do Minho que visa reconhecer as boas práticas dos municípios portugueses com im-pactos assinaláveis no território, na economia e na sociedade.

O projecto de recuperação da Aldeia da Pia do Urso e a instala-ção do Centro de BTT constitui a candidatura apresentada pela autarquia da Batalha, eviden-ciando o carácter estrutural que estes projectos assumiram para a promoção do crescimento tu-rístico e económico da aldeia da Pia do Urso, da freguesia de São Mamede e do próprio Concelho.

Nesta edição dos Prémios Município do Ano foram regis-tadas 93 candidaturas, sendo que só da região centro foram subme-tidos 31 projectos. Os finalistas estão agrupados em 9 categorias, de acordo com a localização geo-gráfica e a população concelhia.

MCR

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Maio de 2016

Jornal da Golpilheira22 . desporto .

Equipas do CRGFutebol 11 Veteranos30-04 – Penela – 2/Golpilheira – 207-05 – Tremês – 2/Golpilheira – 614-05 – Tó Mané – Braga - 4/Golpilheira – 1Próximos JogosVII Torneio Amizade -11-06 – 10h00 – Campo de Jogos Municipal da Batalha com a participação das seguintes equipas: C. R. Golpilheira, AD Pontassolense – Madeira, Tó Mané – Braga, Outras Actividades2 a 5-06 - Participação na FIABA (Tasquinhas – Batalha)26-06 – Convívio de final da época 2015/2016, com uma sardinhada no Parque de Merendas das Paredes.

FutSAlCampeonato Nacional de Seniores Femininos30-04 - Novasemente – 3/Golpilheira – 114-05 – Golpilheira – 5/Sporting – 321-05 – Vermoim – 11/Golpilheira – 3Próximos Jogos28-05 – 16h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica04-06 - 16h00 – (Quinta dos Lombos) – Quinta Lombos/Golpilheira

Taça Nacional de Juniores Femininos08-05 – Golpilheira – 3/Sporting – 215-05 – Rio de Moinhos – 0/Golpilheira – 222-05 – Benfica – 3/Golpilheira – 0Próximos Jogos29-05 – 16h00 – (São João da Talha) – Sporting/Golpilheira05-06 – 18h00 – (Golpilheira) – Golpilheira /Rio de Moinhos12-06 – 18h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Benfica

Torneio Complementar de Juvenis Masculinos – Série B01-05 – Olho Marinho – 5/Golpilheira – 207-05 – Golpilheira – 1/Ribeira do Sirol – 014-05 – Amarense – 2/Golpilheira – 121-05 – Concha Azul – 0/Golpilheira – 10Próximos Jogos28-05 – 15h00 – (Golpilheira) – Golpilheira/Casal Velho

Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos08-05 – Golpilheira – 2/Telheiro – 017-05 – Atlético de Leiria - 0/Golpilheira - 7

Realizou-se no passado dia 15 de maio a X edição da Maratona do Centro, que contou com mais de 300 participantes. Orga-nizada pela Airbike, com o apoio das entidades locais, a prova apresentou duas distâncias, de 65 km e de 40 km, procurando ofere-cer a todos a possibilidade de participação e satisfa-ção, conforme o grau de exigência escolhido. E as-sim se cumpriu o objectivo.

Com os campeonatos a chega-rem ao fim, é altura de se apalpar o pulso às nossas equipas. Os Vetera-nos, única equipa que não tem como prioridade os resultados desportivos, mesmo assim portou-se à altura. Já na “terceira parte”, foram imbatíveis. Terminam a época desportiva, no dia 11 de Junho, com a organização do VII Torneio Amizade.

A equipa de Futsal Sénior Femi-nino, a disputar o Campeonato Na-cional, teve uma primeira fase onde atingiu os objectivos. Classificou-se para a segunda fase e garantiu a pre-sença neste Campeonato Nacional, para a época 2016/2017. O desem-penho na segunda fase tem estado aquém das expectativas, muito por causa das lesões que afligiram algu-

mas atletas. Uma vitória na última jornada com o Sporting veio mora-lizar as tropas. Terminam o Campe-onato no dia 4 de Junho, na Quinta dos Lombos.

A Equipa de Futsal Júnior Fe-minino está a fazer um brilharete. Conquistou a Taça e o Campeonato Distritais com toda a justiça. Está a participar na Taça Nacional. Superou a primeira fase, baqueando apenas frente ao Benfica. Na segunda fase, venceu os dois primeiros jogos, um dos quais frente ao Sporting.

A Equipa de Iniciados Femini-nos participou na Taça Promoção, e a sua participação foi agradável. É uma equipa que está numa fase de construção, cujos frutos com certe-za vão aparecer muito em breve. Já

terminaram esta Taça.A Equipa de Juvenis Masculinos

está a participar no Torneio Com-plementar de Juvenis Masculinos, Série B. O seu desempenho está a ter alguma regularidade. O último jogo realiza-se no dia 28 este mês, em casa, contra a equipa do Casal Velho.

A Equipa de Iniciados Masculi-nos disputou o Campeonato Distri-tal, com excelentes resultados.

Parabéns a todos os atletas, bem como aos treinadores: Miguel, Paulo e Jorge Rito nos Veteranos; Sandra e Nuno Bagagem nos Juvenis Masculi-nos, e Teresa Jordão nas equipas de Seniores, Juniores e Iniciados Femi-ninos e na de Iniciados Masculinos.

MCR

Maior evento de Kart Endurance na Península24 Horas da Batalha em Karting

O parque Euroindy, na Batalha, vai promover a 20.ª edição das 24 Horas da Batalha em Karting, com entradas grátis, nos dias 4 e 5 de Junho. São mais de 30 equipas e cerca de 300 pilotos e convidados, portu-gueses e estrangeiros, que transformarão o kartódro-mo da Batalha num palco desportivo internacional.

Afirmando-se como o “maior evento de Kart En-durance na Península Ibérica”, esta é uma competi-ção preparada para a era digital, onde o visitante tem a possibilidade de aceder via wireless ao sistema de controlo e assim verificar como se consegue ganhar aquele segundo ou fracção de segundo nas trocas de piloto, bem como a velocidade da “box”.

Mas as 24 Horas da Batalha abordam muito mais do que apenas o Karting. O poder da tecnologia no evento fornece conteúdo para todas as linhas de ne-gócio. As equipas participantes poderão trazer espe-cialistas das aéreas de recursos humanos, compras, “marketing” e venda, que poderão trocar informa-ções, contactos e conferir os conteúdos durante os dois dias de evento.

Pela primeira vez, o carro “Izzi-Flex” irá aparecer com um novo visual, bem como na versão eléctrica, resultado do protocolo do Instituto Politécnico de Leiria com a equipa técnica do Euroindy. Tendo em conta a autonomia das baterias, a equipa será com-posta por figuras públicas.

O grupo Batalhabikers irá organizar, no dia 5 de Junho, a 5.º edição do passeio “FIABA BTT – Pelos Trilhos do Centro”, integrado na Feira Inter-nacional de Artesanato e Gastronomia da Batalha, que se realiza entre os dias 2 e 5 de Junho.

Contando com o apoio da Câmara Municipal da Batalha, da GNR, dos Bombeiros Voluntários, do Centro de BTT da Bata-lha/Pia do Urso e de outras

entidades ligadas à prática do ciclismo, o passeio vai ter dois tipos de percur-sos, para que todos possam participar com família, fi-lhos ou avós. Ambas as distâncias, uma de 45 km e dificuldade média/alta e outra de 20 km e dificul-dade baixa, estarão devi-damente sinalizadas com as devidas placas e fitas in-formativas e inseridas nos trilhos do Centro de BTT Pia do Urso. Todos os par-ticipantes estarão cobertos

por um seguro de acidentes pessoais e responsabilida-de civil.

As inscrições estão a decorrer e têm um limite de 300 participantes, por motivos de segurança. Se-gundo nota da organiza-ção, em 2012, na primeira edição da prova, as inscri-ções estavam limitadas a 200 participantes mas vie-ram 260; em 2013 limitou-se a 300 e inscreveram-se 350, mas razões de segu-rança levaram a não ul-

trapassar muito os 300 ci-clistas nos anos seguintes.

Refira-se que o gru-po Batalhabikers, criado oficialmente em 2010, é uma associação desportiva sem fins lucrativos, sedia-da na Batalha, e que tem como objectivo principal a participação em eventos ligados à prática do BTT, representando assim a vila da Batalha, fomentando e divulgando os mesmos no concelho, na região e, por vezes, a nível nacional.

Desporto do CRG

Resumo das actividades desportivas

BTT une desporto, natureza e convívio

300 na Maratona do Centro

Mais uma organização Batalhabikers

FIABA BTT 2016

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Page 23: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

23Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .. desporto .>> Galerias fotográficas em www.jornaldagolpilheira.pt

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Penela – 2/Golpilheira – 2Este encontro foi dis-

putado no dia 30 do passa-do mês de Abril, no Campo de Jogos de Penela. Foi o primeiro encontro entre estas duas equipas, que nos visitarão no dia 25 de Mar-ço de 2017. O jogo foi mui-to equilibrado, disputado com correcção, aliás, como é apanágio entre equipas de Veteranos. Marcou pri-meiro a equipa da casa. A nossa equipa reagiu bem e, passados alguns minutos, Calhau empatou o jogo, colocando assim justiça no marcador. Ambas as equipas procuraram obter o segundo golo. Foi mais feliz o Penela, que passou para a frente. Os nossos abnegados e lutadores ve-teranos não desistiram e o inevitável Calhau obteve o golo do empate. Até final do encontro não houve mais golos.

Resultado certo, por aquilo que ambos os gru-pos fizeram ao longo dos 80 minutos de jogo. O jantar convívio realizou-se num restaurante local. Também decorreu muito bem. A refeição muito boa e bem confeccionada e as bebidas à altura. No final e após al-gumas horas de convívio, foi efectuada pela equipa da casa a habitual entrega de uma lembrança. Altura aproveitada para dirigir al-gumas palavras de incenti-vo a estas iniciativas, onde um dos grandes objectivos é angariar novas amizades.

Tremês – 2/Golpilheira – 6Este jogo foi disputado

numa localidade perto de Tremês, no passado dia 7 de Maio. A nossa equipa, em termo de resultados desportivos, tem estado um pouco abaixo das ex-

pectativas. Não é que te-nhamos um plantel fraco. Fomos constituídos no ano de 2009, e daí até cá, poucas entradas de novos atletas se verificaram. É fácil depreender que esta-mos todos mais velhos sete anos. E se ainda este factor não bastasse, são os mais novos que menos partici-pam nos nossos jogos. Para este desafio fomos com um plantel mais equilibrado. Após o apito inicial, e de-pois de algum tempo de es-tudo da equipa adversária, começámos a mandar no jogo. Não tardou muito a obtenção do primeiro golo, por Bruno, aliás muito fes-tejado, pois era o primeiro jogo da época em que este atleta participava. O nosso domínio intensificava-se e Miguel obteve o segundo golo. Não tinha sido nor-mal a nossa equipa marcar em tão pouco tempo dois golos. Mas o melhor ainda estava para vir. O terceiro golo surgiu com natura-lidade, uma vez mais por Miguel. A equipa da casa tentava obter o seu primei-ro golo, vindo a consegui-lo. No entanto, ainda antes do intervalo, o nosso ponta de lança, João Lelo, obteve um golo de belo efeito. Fo-mos para intervalo a ven-

cer por 4-1.No segundo tempo, o

Tremês reagiu, obtendo o segundo golo. No entan-to, Bruno estava endiabra-do, querendo recuperar o tempo perdido, e obteve mais dois golos, com desta-que para o sexto, com um grande chapéu ao guarda-redes. Jogo muito correcto por parte de ambas as equi-pas. A terceira parte rea-lizou-se num restaurante da zona, muito acolhedor. A refeição estava óptima, bem confeccionada e mui-to bem servida. As bebidas também estiveram à altura dos veteranos. Como está-vamos na região Ribateja-na, o restaurante estava decorado com alguns ob-jectos relacionados com o campino. O nosso amigo Cunha, sempre bem dis-posto e muito brincalhão, foi o primeiro a dar nas vistas, enfiando o barrete, agarrando o “aguilhão”, ao lado do cavalo, para a fo-tografia. Outros seguiram o seu exemplo. O jantar convívio decorreu em fa-mília, com muito diálogo, donde a amizade saiu mui-to reforçada.

Tó Mané – Braga – 4Golpilheira – 1

Esta foi a terceira des-

locação consecutiva a Bra-ga. Realizou-se nos dias 14 e 15 de Maio. Fomos no sábado de manhã e regres-sámos depois de almoço de domingo. Os preparativos decorreram durante o dia de sexta-feira. Era neces-sário levar a “bucha” e as bebidas fresquinhas, para além de outras entradas. Comprámos três galos e o nosso veterano Zezinho guisou-os em sua casa. Partimos da sede do CR da Golpilheira por volta das oito da manhã. A primeira paragem, para trabalho de “corta feno”, realizou-se na área de serviço de Antuã. Cada qual apresentou os seus petiscos. Não faltou chouriço, queijo, atum à “Zé Liréu”, muita cebola e pouco atum, omelete com ovos de gança, e outras. As minis e o vinho bran-co fresquinho ajudaram a matar a sede e a aconche-gar o estômago. O almoço estava inicialmente mar-cado para o espaço verde do Santuário da Senhora do Sameiro. Devido às condições atmosféricas, foi transferido para as insta-lações do nosso amigo Tó Mané. Bem instalados, lá se foi o galo e mais umas minis e outras bebidas.

O jogo estava marcado

para as 15h00, em Tibães. Tínhamos de cumprir ho-rários, uma vez que após o nosso encontro se realizava outro das camadas jovens da equipa local. A nossa equipa estava, uma vez mais um pouco desfalcada. No entanto, conseguimos fornecer dois elementos à equipa de arbitragem. Mesmo assim, não valeu de nada, porque fomos uma equipa séria. A equipa da casa, formada por atletas traquejados, uns no futebol e outros no futsal, não nos deram qualquer hipótese. Bem nos esforçámos, mas não conseguimos. O de-safio foi disputado sempre com muita correcção. Os locais chegaram a estar a vencer por 4-0. No entan-to, perto do final, o nosso jovem Ruben, que substi-tuiu o pai (Álvaro Rito), foi travado dentro da área. Grande penalidade, assi-nalada pelo fiscal de linha e arbitro em simultâneo (ambos da Golpilheira). Penalidade superiormente cobrada por Ruben, com guarda-redes para um lado e a bola para o outro. Fim de jogo com os cumpri-mentos habituais.

Depois do merecido e retemperado banho e como ainda faltava muito

tempo para o jantar, es-tacionámos perto de um lavadouro, onde se en-contravam algumas mesas. Convidámos os nossos co-legas de Braga, que se jun-taram a nós. Havia ainda muitas minis e vinho para beber. O petisco era aquele que tinha sobrado da pri-meira paragem, mas onde a chouriça foi rainha. O Luís José não se esqueceu de trazer um grelhador. Ele bem grelhava, não sei é se chegou a comer algum pe-daço. Assim que era colo-cada no prato, desaparecia. Estivemos neste convívio algumas horas. Próximos da hora do jantar, fomos guiados para o restaurante, novamente dar ao dente e à goela. A refeição delicio-sa e as bebidas a não fica-rem atrás. Aqui estivemos durante algumas horas em são convívio.

Antes de terminar esta confraternização, um ele-mento do Tó Mané agra-deceu a nossa presença, afirmando que estava com a sua gente e, sensibilizado, aconselhou-nos a conti-nuar com a nossa postura. Entregou, como lembran-ça para recordar este dia, ao director dos Veteranos, Manuel Rito, um troféu. Este registou e agradeceu as palavras do Tó Mané, aproveitando para infor-mar que este convívio vai continuar no dia 11 de Junho, na Golpilheira, com a participação no VII TORNEIO AMIZADE. O dia já ia longo. Regresso ao hotel para descansar. No domingo, regresso a casa, com paragem na Mealha-da. Tudo decorreu muito bem para contentamento de todos os participantes.

Manuel Carreira Rito

Futebol 11 | Veteranos do CRG muito activosM

CR Com a equipa de Penela

Page 24: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

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Primeira ComunhãoAs crianças do 3.º ano da catequese da Comunidade Cristã da Golpilheira fizeram a sua Primeira Comu-nhão no passado dia 8 de Maio. Foi um passo muito importante na sua caminhada cristã e eles estiveram à altura, participando muito activamente na Eucaristia.

Santíssima Trindade Realizou-se no fim-de-semana de 21 e 22 de Maio a festa paroquial da Santíssima Trindade. A Golpilheira fez-se representar com as bandeiras das igrejas e com um andor. Além disso, são vários os golpilheirenses que cumpriram a tradição de levar uma oferta. O 1.º prémio foi para uma delas, a família do Artur Monteiro.

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Jardim-de-Infância da GolpilheiraEstão quase a chegar as férias, mas nós trabalhamos com toda a força. Olhem só as nossas obras de arte dedicadas às mães!

Olá a todos!

25Maio de 2016Jornal da Golpilheira . entrevista .. página infantil .

Page 26: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira26 . temas .

. combatentes . Coluna da responsabilidade doNúcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

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Junta-te a nós, no grupo coral da comunidade da Golpilheira!

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Outros eventos

CONSTRUÇÕES

Peça do mês: Telefone móvel - Radio Batalha 104.8fm, 1989

Um dos aspectos que mais caracteriza a so-ciedade actual é o empenho no desenvolvimento dos instrumentos e métodos de comunicação. Os Ipads, os smartphones e outros equipamen-tos são uma realidade nesta era da comunicação em tempo real.

Até à última geração de equipamentos, um longo percurso se efectuou na história das tele-comunicações que, curiosamente, dá os primei-ros passos na deficiência auditiva. O cientista e inventor escocês Alexander Graham Bell (1847-1922), fundador da companhia telefónica Bell, criou um aparelho que reproduzia transmissão eléctrica da fala humana. Filho de mãe surda, Bell nascera num ambiente em que comunicação tinha um aspecto particularmente relevante. Ensinou linguística e comunicação para surdos-mudos e foi ele quem patenteou o telefone, em 1876.

Tendo por base as temáticas da inclusão e da comunicação, apresentamos, este mês, o telefo-ne móvel modelo Porty da marca Philips, datado de 1989. Este pesado aparelho, que muitas ve-zes adopta a designação popular de “tijolo”, foi utilizado pela Radio Batalha 104.8fm, conforme evidencia o autocolante aposto na peça. Terá servido de meio de comunicação aos repórteres e jornalistas daquela rádio, extinta em 2014, após 26 anos de actividade.

A peça encontra-se exposta na vitrina que o MCCB dedica à comunicação, juntando-se a ou-tros objectos relacionados com o mesmo tema (máquina fotográfica, gravador de rádio, compo-nedor tipográfico, entre outros).

Para os mais jovens, a descoberta de que se trata de um dos primeiros telemóveis utilizado no nosso Concelho é motivo de grande surpresa. Repetem-se, em cada visita guiada neste museu, as mesmas perguntas: “como era transportado?”; “não se enviava sms?”; “só dava mesmo para fazer telefonemas?”; entre outras questões que se apre-

sentam como sinais de uma sociedade cada vez mais desenvolvida no que respeita à tecnologia.

Com esta “chamada”, reforçamos o convite aos leitores do Jornal da Golpilheira a conhecer o telefone móvel e outras peças que contam a história da Batalha e da região. Recorda-mos que nos primeiros domingos do mês a entrada é gratuita a naturais e residentes no Concelho da Batalha (mediante apresentação de comprovati-vo de residência) e que às 11h30 há visita guiada para todos os interessados em conhecer melhor o nosso Museu.

Fontes: Biblioteca Digital Mundial - https://www.wdl.org/pt In fopedia .pt - http: / /www.infopedia .pt/$alexander-graham-bell Explicatorium.com - http://www.explicatorium.com/sobre-explicatorium.html

Vencido Abril, de boa memória, em parti-cular para os associados do Núcleo de Com-batentes, pelos 4 eventos em que fomos pro-tagonistas, mas também para os Batalhenses em geral, dada a presença do Sr. Presidente da República na Batalha, nas cerimónias nacio-nais do dia 9, o nosso percurso continua a ser trilhado serenamente e, assim, já em 28 deste mês de Maio, voltaremos a ser intervenientes num outro acontecimento invulgar, pois irá de-correr, em Fátima, o 1.º Convívio Nacional de Combatentes, sob a égide da nossa Liga Central.

Este evento tem ainda um outro significa-do especialíssimo para os Combatentes e As-sociados no Núcleo da Batalha, dado que, na cerimónia religiosa que irá decorrer na Basílica da Santíssima Trindade, será o nosso Coral que irá animar a liturgia! Os membros deste nosso Coral merecem esta honra, pois têm sido per-sistentes e incansáveis no seu ensaio semanal, mesmo em condições espaciais e temporais di-fíceis e sem qualquer aliciante em perspectiva, fazendo-o apenas pelo prazer do convívio e da execução dos diversos cânticos, e até agora não mais do que isso. Parabéns a todos eles.

Voltando aos eventos que vamos realizan-do, para Junho temos mais 2 já confirmados (50 elementos irão visitar 4 ilhas dos Açores, de 1 a 6, e de 2 a 5 voltaremos a participar na FIABA). Há ainda um 3.º em perspectiva (Lis-boa, 10 de Junho), enquanto para os meses se-guintes temos já outros em “carteira”, os quais divulgaremos a seu tempo.

Mas como “nem só do pão vive o homem”, também nos apetece falar de coisas mais abran-gentes e que até possam não ter a ver direc-tamente connosco, por exemplo, da UBER...

UBER?... – Afinal o que significa esta palavra “UBER”, até há pouco nossa desconhecida, mas que há quase 2 anos anda para aí nas “bocas do mundo” e não pelas melhores razões?

– Pois ao que vamos sabendo, a Uber “é uma empresa tecnológica, com sede nos Esta-dos Unidos da América. Entrou em Portugal em Julho de 2014, com o serviço UberBlack, ape-nas na cidade de Lisboa. Cinco meses depois, estreou-se com o serviço UberX, em Lisboa e no Porto, simultaneamente”.

Como verificam, a frase explicativa está entre aspas, o que significa que não é da nos-sa autoria. Em boa verdade, nós também não tínhamos uma ideia concreta acerca do que é e o que realmente representava esta palavra, de origem americana (inglesa, portanto), mas significará algo de super, excepcional e outros predicados semelhantes.

O que é facto é que se trata de uma organi-zação que, além de ter começado a operar em Lisboa em Julho de 2014, entretanto, também já chegou ao Porto e a Faro e faz uma concor-rência tremenda às empresas de táxis.

Segundo os taxistas portugueses, o proble-ma principal é que essa concorrência é desleal e ilegal; desleal, porque alegadamente não há as exigências para esta organização que existem para os taxistas nacionais, designadamente em termos de pagamentos de impostos, e ilegal, porque já houve um tribunal que ilegalizou a UBER, mas a empresa continuou sempre a ope-rar, como se nada fosse consigo!

Ora, isto parece-nos um bocado surreal, na medida em que, além das autoridades não conseguirem fazer cumprir a lei, os governos (anterior e actual) têm-se limitado a titubear, como se estivessem de mãos atadas; como se outros valores mais altos se alevantassem…

E se calhar assim é, visto que, enfim e até em defesa dos nossos governantes, sabe-se que esta organização está a enraizar-se, rápida e tenazmente, em vários países do mundo, com predominância na Europa; mesmo em países teoricamente bem mais poderosos do que Por-tugal, e a verdade é que, apesar dos protestos e greves dos taxistas locais, os respectivos go-vernos também nada têm feito para resolver o problema, seja através da ilegalização da Uber, seja através da regularização da sua actividade, equiparando-os aos taxistas ou algo afim, ao menos pondo a organização a operar sem van-tagens perante as empresas de táxis.

Será caso para perguntarmos: porquê tanta passividade (para não lhe chamarmos subser-viência) dos governos, perante algo que, no mínimo, parece estar à margem da lei?

O tema daria “pano para mangas”, mas por agora teremos de ficar por aqui.

Ana Moderno e Emilie Baptista

Equipa do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

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Page 27: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

27Maio de 2016Jornal da Golpilheira . temas .

. combatentes . Coluna da responsabilidade doNúcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

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Ana Maria HenriquesMédica Interna

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Farmacêuticos e técnicos de farmácia

. suspiros . Por Luísa M. Monteiro

. saúde infantil .

José Jordão CruzEngenheiro Téc. Agrário

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Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

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Dr. Luís Alvelos Dias Gomes

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A fotografiaAndo há muito para fotografar um barracão em ruínas junto à casa dos meus pais, é hoje, pensei.

trouxe à hora de almoço a máquina fotográfica a tiracolo para não me esquecer do dever e, findas as favas que comi entre conversas com minha mãe, desci a calçada, aproximei-me do muro, das pedras a cair, das heras a treparem por ali acima. Tenho pena se a parede cair num destes invernos, ela que faz parte das geografias da minha infância. Por ali, pelo tronco — nunca percebi porque se chamava tronco àquele barracão — brincávamos à apanhada, às escondidas aos sábados, aos domingos, até durante a semana porque os dias dantes eram maiores. Hoje faltou-me porém o tempo, foi de fugida que lá fui fotografá-lo, o tronco. Ao fazê-lo vejo de súbito uma lagartixa a subir pelas pedras acima, ainda me aproximo para a captar mas o bicho foge. As lagartixas fazem também parte da minha infância. Hei de vir com calma por um destes dias, com um olhar desacelerado, e fotografar todos os pedaços que foram meus antes que desapareçam de vez, e eu me arrependa um dia de nunca o ter feito.

Apesar de estas palavras nos direccionaram imediata-mente para as farmácias, estes são grupos profissionais fun-damentais ao funcionamento de um hospital, das empre-sas farmacêuticas e até para o desenvolvimento de novos medicamentos. Além deste facto, estes profissionais estão muitos visíveis nas farmácias, quando nos atendem sempre que queremos comprar algum medicamento ou outro produ-to aqui vendido.

Estes dois profissionais possuem uma licenciatura, cada um com exigências cien-tíficas e conhecimentos ad-quiridos diferentes, sendo que as funções desempenhadas também são diferentes. Numa farmácia, o atendimento pode ser efectuado por ambos, a responsabilidade da direcção clínica é sempre de um far-macêutico e todo o trabalho deve ser supervisionado por um farmacêutico experiente. Nas farmácias, além de forne-cer medicamentos prescritos por médicos, os farmacêu-ticos também aconselham a administração de alguns me-dicamentos e acompanham e colaboram no cumprimento da medicação de algumas pesso-as. Estes profissionais são um elo fundamental na manuten-ção da saúde da comunidade.

Nos hospitais, os farma-cêuticos e técnicos de farmácia desempenham o árduo traba-lho de fornecer a medicação individualizada a todos os do-entes internados no hospital inteiro. Segundo a prescrição médica diária, os medicamen-tos são preparados, acondicio-

nados e distribuídos por todo o hospital, para por fim serem administrados ao doente. A preparação de doses especiais (muito pequenas ou muito grandes), o manuseamento de alguns medicamentos es-peciais, como a quimioterapia e a vigilância da medicação escolhida e da duração do tra-tamento são também funções desempenhadas por este gru-po profissional. Deste modo, a presença destes dois grupos profissionais é fundamental e cada vez mais necessária, ten-do em conta a individualização cada vez maior da terapêutica prescrita a cada doente.

Principalmente os licen-ciados em farmácia têm pre-sente uma grande componente de investigação e uma grande parte da sua formação é desen-volvida no laboratório. Assim, não é de estranhar o seu papel fundamental no desenvolvi-mento de novos fármacos, em colaboração com a indústria farmacêutica. O surgimento de novas doenças e novas in-fecções (etc.) faz com que os tratamentos disponíveis este-jam sempre a evoluir e torna imprescindível estes dois gru-pos profissionais para a manu-tenção da saúde.

Apesar da sua face mais visível ser nas farmácias, es-tes técnicos de saúde desem-penham um elo muito impor-tante na promoção da saúde e no tratamento da doença. Como está escrito na bula de todos os medicamentos, sempre que surgirem dúvidas, estas devem ser esclarecidas pelo seu médico, enfermeiro ou farmacêutico.

No dia 15 de Maio, ce-lebra-se o Dia Internacio-nal da Família, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1993, destacando a importância da família como célula-base da sociedade. O Dia Interna-cional da Família promove a reflexão e a discussão acer-ca da importância da família nas sociedades do mundo inteiro.

Nos dias de hoje, em que a família é atacada de tantos lados e de tantas maneiras, reforçamos a ne-cessidade de reflectir sobre o que é ser família. O indi-vidualismo e o materialismo abundam e esquecemo-nos do essencial. O essencial é construir a nossa família em harmonia, reconhecendo a bênção que é ter e ser família nos dias de hoje.

É por isso que a Associa-ção Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) quer, uma vez mais, deixar uma mensagem muito clara: ser família é bom! E ser família numerosa é bom a multipli-car por 3, por 4, por 5, por 6, por 7 e por aí fora! Apesar das dificuldades, dos sacrifí-cios, das penalizações fiscais

que sofremos, escolher ter uma família grande é algo que supera largamente todas as contrariedades. Exige que nos dediquemos a ela com mais afinco do que a qual-quer outro projecto da nossa vida. Exige que acreditemos no caminho que vamos tri-lhando para os nossos filhos. É renunciar ao fácil e ao ime-diato, privilegiar as pessoas em vez das coisas, ver os fi-lhos como um investimento e não como uma despesa.

Enquanto associação de família, a APFN preocupa-se com as suas famílias, os seus problemas, as suas expec-tativas e as suas necessida-des. Queremos dar-lhes voz, apoiá-las para que possam continuar a crescer e a rea-lizar o seu projecto de vida. Não exigimos benefícios nem tratamento especial, mas apenas um tratamento justo e digno. E a realidade das famílias numerosas em Portugal é que, embora re-presentem uma minoria de 4% das famílias, têm cerca de 16% das crianças e jovens em Portugal a seu cargo.

Rita Mendes Correia,presidente da APFN

No seguimento do assunto das duas edições anteriores, va-mos hoje abordar o incremento do sector dos vinhos rosé.

Em 2014, a produção mun-dial de vinhos rosé (excluindo os espumantes) estima-se em 24,3 Mhl, o que representa 9,6% da produção mundial de vinhos tranquilos. A produção de vinhos rosé desenvolveu-se nos últimos anos graças ao impulso de um aumento do consumo.

Quatro países represen-tam 75% da produção (2014): França (7,6 Mhl), Espanha (5,5 Mhl), Estados Unidos (3,5 Mhl) e Itália (2,5 Mhl). O consumo mundial alcançou 22,7 Mhl, o que representa um aumento de 20% desde 2002.

França e Estados Unidos são os principais consumido-res, com 8,1 e 3,2 Mhl con-sumidos respectivamente em 2014. Somente poucos países experimentaram uma redução no seu consumo e são preci-samente aqueles com maior relevância histórica no consu-mo deste tipo de vinho: Itália,

Espanha e Portugal. O consumo de rosé globaliza-se e o núme-ro de novos países aumenta, especialmente da Europa do Norte (desde 2002): Reino Uni-do (+250%), Suécia (+750%), mas também Canadá (+120%) e Hong Kong (+250%).

França regista a subida mais expressiva nos últimos anos: + 2,5 Mhl entre 2002 e 2014. Os vinhos rosé passam de 17% em 2002 para 30% em 2014, do consumo total de vinhos tranquilos.

Desde 2002, que as expor-tações mundiais de vinhos rosé (9,8 Mhl em 2014) experimen-tam um crescimento regular, es-timulado por uma forte procura procedente dos grandes países consumidores, em primeiro lugar, nações não produtoras, como o Reino Unido, os Países Baixos e a Bélgica. Actualmen-te, mais de uma garrafa de vinho rosé em cada três atravessa uma fronteira.

O crescimento do consumo está muito impulsionado por franjas etárias mais jovens da população.

. mensagem .

Dia Internacional da Família

Darsangueé darVIDA

Page 28: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira28 . livros .

Paulus Editora . Espiritualidade .

Summa Angelorum- Unidos com os anjose os santosFerdinand HolböckOs anjos não estão apenas unidos com os santos no Céu para a liturgia celestial; já o estavam aqui na Terra com muitos santos a quem apareceram, às vezes, visivelmente; e vice-versa, muitos viveram unidos com os anjos, sobretudo com o seu anjo da guarda, de uma maneira especial, com uma devoção e um amor extraordinários e uma relação fa-miliar única, dando assim testemunho desta verdade revelada sobre a sua existência. Neste livro, depois de umas breves páginas sobre a angelologia eclesiástica, queremos indicar em primeiro lugar os santos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são para nós cristãos testemunhas da existência dos anjos. Posteriormente serão citados santos de todos os séculos da História da Igreja, para quem a existência e actuação dos anjos não somente era uma realidade consoladora, mas também um estímulo contínuo para que um dia, em comunhão com eles, pudessem elogiar e agradecer a Deus em perpétua feli-cidade. Trata-se de uma obra completa sobre angelologia cristã, por isso lhe demos o título de Summa Angelorum.

Irmã FaustinaA santa da Miseri-córdiaMarcin KornasPodemos pensar no Diário da Irmã Faustina como um blogue contemporâneo. É desta forma original que se estrutura este livro, com perguntas e respostas em forma de “posts”, que apre-sentam a vida e a mensagem da santa da Divina Misericórdia.

Teresa de JesusAtualidade da santa de ÁvilaCarlos RosEste livro apresenta uma biografia da Santa Teresa de Ávila numa forma acessível a todos. A comemoração do V centenário do nas-cimento de Teresa de Jesus, celebrado em 2015, é o melhor anúncio da actualidade da figura da santa de Ávila, dos seus escritos e da sua mensagem. Pioneira em várias áre-as, Teresa foi-o também ao ser declarada a primeira Doutora da Igreja. Foi uma mulher apaixonante, que redefiniu os padrões da sua época para se converter no arquétipo de mulher, de mística, de escritora, de tudo. Subiu à sétima morada enquanto se distraía na cozinha, porque também «entre os tachos anda o Senhor». Mulher alegre, que pedia que o Senhor a livrasse de santos encapotados, cheia de ternura, discrição, mãe e santa num corpo enfermiço de vida, exclamou jubilosa antes de morrer: «Enfim, Senhor, sou filha da Igreja.»

Guia Espiritualde FátimaJosé CarvalhoPrime BooksNeste mês de Nossa Senhora de Fátima, surge no mercado uma obra que é um excelente contri-buto para a preparação de todos a viver mais piedosamente estes tempos dedicados à preparação do solene Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima. Num volume profusamente ilus-trado, onde se revelam as orações ensinadas e mandadas rezar pelo Anjo e por Nossa Senhora, este guia apresenta ainda todas as indicações importantes do ponto de vista turístico - incluindo ma-pas, ilustrações e fotografias, mas também com todas as necessárias indicações de carácter religioso.

Escondi a minha Voz Parinoush Saniee Bertrand EditoraEste segundo romance da autora do célebre O Livro do Destino, é baseado em factos verídicos. Esta é uma história que faz um retrato do Irão actual, terra natural de Parinous Saniee, através do olhar de um menino e das suas relações familiares, no qual é realçada a di-mensão humana e social daquele país do Médio Oriente. Porém, o drama das emoções vividas pelas personagens ultrapassa as barrei-ras geográficas. Uma história em que as vozes narrativas alternam entre o menino, Shahab Jun, e a sua mãe. A importância de educar, dar amor e atenção às crianças desde os seus primeiros anos de vida, de modo a minimizar as cicatrizes que estas transportarão ao longo da sua vida, a falta de compreensão de saber lidar com uma criança diferente e as expec-tativas depositadas pelos pais nos seus filhos são temas presentes neste livro.

Veni, Vidi, ViciPeter JonesTexto | LeyaO subtítulo é grande e explica bem o que poderá encontrar neste livro: “Tudo o que sempre quis saber sobre os Romanos mas teve medo de perguntar”. O legado que os Romanos deixaram, assim como a sua influência, podem ain-da ser sentidos à nossa volta – do nosso calendário às moedas, da nossa língua às leis – mas o que sabemos ao certo sobre eles? Este livro conta a fantástica, e muitas vezes surpreendente, história dos Romanos e do Império de maior duração da História. Peter Jones formou-se na Universidade de Cambridge e leccionou Cultura Clássica em Cambridge e na Universidade de Newcastle, até se aposentar, em 1997. Publicou durante muitos anos uma coluna regular na revista The Spectator, «Antigo & Moderno», e é autor de diversos livros na área da Cultura Clássica, incluindo as obras de grande sucesso Learn Latin e Learn Ancient Greek, bem como Vote for Caesar, Reading Virgil’s Aeneid I and II.

O JornalismoPortuguês e a Guerra ColonialSílvia TorresGuerra e Paz EditoresArmor Pires Mota conseguiu relatar a guerra da Guiné, com pormenores manchados de san-gue e lágrimas, através de um jornal regional ao qual a censura não deu importância. Fernando Gonçalves criou o «Zé Povinho da Guerra Colonial» em Angola e pintou humoristicamente o conflito. Em Moçambique, Jorge Ribeiro gravou as mensagens de Natal dos soldados, que, por ve-zes, desejavam «Boas Festas para a esposa e para a noiva» ou «um Ano Novo cheio de propriedades». Fernando Correia, ao serviço da Emissora Nacional, não contou a verdade sobre a guerra porque não o deixaram. Estas e outras memórias das décadas de 60 e 70 do século XX, sobre Portugal, Angola, Guiné e Moçambique, preenchem este livro, «um ex-terminador implacável de lugares comuns e de ideias feitas sobre a Guerra Colonial e também, por arrastamento, sobre o jornalismo em geral e o jornalismo de guerra em particular», na opinião do ex-combatente Carlos de Matos Gomes.

O Que Nunca Um Adulto te DisseAna Amorim DiasGuerra e Paz EditoresAdvogada, empresária, escritora e barmaid, Ana Amorim Dias puxa para si a hercúlea missão de aproximar jovens e adultos neste livro. Aos 40 anos, mãe de dois rapazes, a autora rapidamente percebeu a dificuldade que existe na comunicação entre pais e filhos, adultos e adolescentes, crianças e crescidos. E percebeu que tem uma missão: aproximar as duas partes. De igual para igual, fala com os jovens em discurso directo sobre o amor, o sexo, a escola, os comportamentos de risco, os pais, as drogas, o bullying e as redes sociais. Este é um livro com uma linguagem franca e inte-ligente. Escrito a pensar nos filhos e escrito a pensar nos pais. É uma conversa simples e descomplexa-da que a autora tem directamente com os jovens. Estes vão descobrir como conquistar os pais e fazer com que passem de «carrascos» a cúmplices. Vão ler sobre a importância do amor, da escola e de todos os relacionamentos humanos. Vão descobrir como manter a segurança nas redes sociais e nas festas. E também vão perceber como devem reagir quan-do se sentirem desintegrados ou tiverem que enfrentar processos de divórcio dos pais, ausências, bullying e outros problemas. E mais: É que se emprestarem este livro aos pais, eles vão finalmente entendê-los!

O Retrato de Dorian GrayOscar WildeGuerra e Paz EditoresEste romance foi publicado, pela primeira vez, em Julho de 1890, numa revista mensal americana, a Lippincott’s. O editor, temendo acusações de indecência, expur-gou-o, no entanto, de palavras e passagens que considerava ofensi-vas ou chocantes. Um ano depois, o autor publicaria o romance, agora na forma de livro, revendo a versão anterior, acrescentando-a substancialmente e transforman-do-a num manifesto filosófico: a beleza é a única coisa que interessa perseguir e conquistar na vida. Dorian Gray é um jovem belíssimo. Basil, encantado com a sua beleza, pinta-lhe o retrato. Apaixonado pela sua própria imagem na tela, Dorian deseja que esses traços imutáveis de beleza fiquem para sempre no seu rosto e que seja o retrato a envelhecer. É este o parti-pris narcisista, ou fáustico, do romance de Oscar Wilde. Romance filosófico, sobre a sua tese de fundo, Jorge Luis Borges disse: «Lendo e relendo Wilde ao longo dos anos, reparei numa coisa que os seus panegiris-tas não parecem sequer suspeitar: a saber, o facto mais elementar que, em boa verdade, Wilde tem sempre razão.»

À Esperade BojanglesOlivier BourdeautGuerra e Paz EditoresSob o olhar maravilhado e infantil do filho, um casal dança o Mr. Bojangles de Nina Simone. O seu amor é mágico, vertiginoso, uma festa perpétua. Em casa deles só há lugar para o prazer, para a fantasia, para os amigos. Quem dá o tom, quem conduz o baile é a mãe, chama tremeluzente, fugidia e extravagante. Foi ela que adop-tou o quarto membro da família, a Menina Sem Préstimo, uma grande ave exótica que deambula no apartamento da família. É ela que não pára de os arrastar, a todos, para um turbilhão de poesia e de quimeras. Mas um dia ela vai longe demais. O pai e o filho farão tudo para evitar o inelutável. Eles querem que a festa continue, custe o que custar. Nunca a expressão «amor louco» foi usada com tanta propriedade. O optimismo das comédias de Frank Capra, aliado à fantasia da Espuma dos Dias, de Boris Vian.

António-Pedro Vasconcelos: Um cineasta condena-do a Ser livreDiálogo com José Jorge LetriaGuerra e Paz Editores | o fio da memóriaAntónio-Pedro Vasconcelos sem-pre esteve no centro do furacão que é o cinema português. Foi um dos mais jovens fundadores do cinema novo, esse movimento de ruptura e de utopia estética dos anos 60, que procurou apro-ximar das vanguardas estéticas europeias e americanas o cinema português sufocado pela dita-dura do Estado Novo. António-Pedro filmou, escreveu crítica, criou uma das mais dinâmicas e culturalmente abertas revistas portuguesas de cinema, o Cinéfilo dos anos 70. E António-Pedro foi sempre à procura do público, ciente de que sem público a arte não cria imaginário. Neste livro, da infância a Sartre, da Sorbonne ao cineclubismo, António-Pedro revela o leitor de Sade, Marx, Hemingway e Chandler que é, mostra a sua admiração por Rossellini, bate-se por uma po-lítica cultural de transparência. Confessa, e não se importa, que se sente condenado a ser livre.

O Pequeno Livro VermelhoMao Tsé-tungGuerra e Paz EditoresEste livro andou nas mãos de mi-lhões de seres humanos: da China à Europa, de acontecimentos histórico míticos como o Maio de 68 a filmes de Jean-Luc Godard, das mãos dos operários e militares chineses, em Pequim, às mãos do estudantes de Direito do MRPP, em Lisboa. Visto como um livro libertador, que poria em causa todo o poder – «Bombar-deiem o Quartel-General» era o apelo de Mao – o que na sua construção aforística se esconde é o mais exa-cerbado culto da personalidade. Fa-natismo, tortura, repressão da mais ínfima liberdade de pensamento, e um milhão de mortos, é o balanço que a China faz da influência deste livro. Nele vem desaguar toda a história do comunismo chinês, um comunismo que foi, desde o seu começo, furiosamente estatal e impiedosamente repressivo. Esta edição profusamente ilustrada é pre-cedida pelo estudo “Violência, fome e reeducação na China de Mao”, de Manuel S. Fonseca.

Mein KampfAdolf HitlerGuerra e Paz EditoresUm dos livros mais nefastos da história. O fim do livro proibido. Este livro, mal escrito, de teses abomi-náveis, foi a bíblia de um movimento, o nazismo, que dilacerou a Europa, primeiro, e o mundo a seguir. Um do-cumento com esta natureza deve ser conhecido e deve ser publicado: a democracia deve conhecer os seus inimi-gos. Esta edição da Guerra e Paz inclui a versão integral do texto. Mas antes, o leitor vai encontrar 90 páginas de análise da barbárie nazi e da história da ascensão, poder e crime do nazismo, por Manuel S. Fonseca: a violência da eliminação das forças democráticas alemãs; a emergência do ódio rácico de que um ultra-exacerbado anti-semitismo é o cume; a estarrecedora criação da solução final, com os cam-pos de concentração e dos crematórios do Holocausto.

ManifestoComunistaKarl Marxe Friedrich EngelsGuerra e Paz EditoresEste é, duplamente, um livro de intervenção. Por ter o texto integral, em nova tradução, de O Manifesto Comunista, que Marx e Engels escreveram em 1848, para oferecerem um corpo teórico, um guia, às fogueiras da revolta que ardiam por todas as nações da Europa. Mas é também um livro de intervenção por apresentar, a preceder o Manifesto, 56 páginas que revisitam a história do comunismo europeu. O co-munismo nasceu nas bocas da fome e no peito da revolta: era o sonho de um homem novo. Mas a utopia acabou num mar de tortura, gulags e sangue. Com um grafismo ousado, é esse périplo que se esboça na primeira parte deste livro. Na segunda, o histórico texto de Marx e Engels.

Uma colecção de luxo da Guerra & PazLivros que mudaram a história, numa edição de grande qualidade literária e estética!

Page 29: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

29Maio de 2016

Jornal da Golpilheira . história .

Miguel PortelaInvestigador

Em 1913, um quadro que o pintor José Malhoa havia executado retratando o poeta Artur Cruz Magalhães e o seu cão de estima-ção, havia despertado o interesse do redator do jornal A Capital que publicou a 12 de junho de 1913, em primeira página, um artigo cujo con-teúdo aqui transcrevemos: «Os “Dois amigos” de Malhôa serão legados ao Museu Nacional - affirma-o o seu proprietario. A proposito do artigo de Silva Passos sobre as obras de pastel e aguarella da exposição de Bellas Artes, recebeu aquelle nosso collaborador uma carta do Sr. Cruz Magalhães proprie-tario do quadro de Malhôa, Os dois amigos, cujo interesse os leitores apreciarão pelas partes que transcrevemos. O nosso collaborador, abusando talvez um pouco da inconfidencia de que aos jornalistas é permitti-do usar, communicou-nos os seguintes trechos: “Diz v. no seu impressionante artigo de 8, que o quadro Dois amigos, do insigne pintor Malhôa, tem o seu logar no Museu. Como sincero amigo do Grande Mestre, deram-me grande prazer as palavras de justi-ça, que sublinhei, e suggeriram-me o desejo de tranquilisar o espírito de v. evitando tambem possíveis trabalhos ao Museu. Desde que pude conjecturar o valor inestimavel quadro Dois amigos até ao convencimento firme de que elle é indubitavelmente uma fragrante obra prima, resolvi que por minha morte elle pertencerá ao Estado, ao meu muito amado paiz. Esta resolu-ção soube-a desde logo, há mais de dois mezes, o supremo Artista e alguns raros amigos meus. É claro que tenho de fazer de novo testamento; emquanto o não faço, digne-se v. dar-me a hon-ra e o prazer de ficar depositário d’esta minha cathegorica declaração, que poderá tornar effec-tiva, visto eu não ter herdeiros forçados, caso eu falleça antes de poder cumprir tão imperioso dever”. O sr. Cruz Magalhães não offerece já esse quadro ao Museu porque deseja guardar junto de si essa obra que constitue para elle um tesouro e para a sua saudade o lenitivo de contemplar o seu fiel amigo de cinco annos.

Ora Silva Passos entendeu em sua conscien-cia, que correspondendo á confiança com que o sr. Magalhães o institue depositario da sua declaração, deveria tornal-a extensiva a todos os portuguezes que são susceptíveis de pela Arte elevar-se acima de todas as mesquinhas coisas que esta existencia encerra. E, em nome d’elles, agradece a resolução patriótica do sr. Cruz Magalhães».

A amizade entre o pintor José Malhoa e o poeta Artur Cruz Magalhães cultivada na cida-de de Lisboa, motivou nesse ano, uma visita do poeta ao seu amigo pintor que passava grandes temporadas na sua terra adoptiva, Figueiró dos

Vinhos, entre a primavera e o fim do outono.A 9 de outubro de 1913, o jornal União

Figueiroense, noticiava que Cruz Magalhães havia passado alguns dias na vila de Figueiró dos Vinhos, de visita ao Mestre José Malhoa (Jornal União Figueiroense, órgão do Centro Democrático Dr. Afonso Costa, ano 3.º, edição n.º 152, de 9 de outubro de 1913).

Artur Cruz Magalhães ficou hospedado no Hotel Comercial desta vila, tendo sido cum-

primentado pelo administrador do concelho, por comissões políticas locais, assim como pela filarmónica União Democrática. Eis o que ficou grafado na edição desse periódico: «Ar-thur Cruz Magalhães. Esteve alguns dias nesta villa, de visita ao laureado pintor Malhôa, o nosso illustre correligionário e mavioso poeta

Cruz Magalhães, que antehontem retirou para Lisboa, por se achar incommodado de saúde. S. Ex.ª, que para solemnisar o anniversario da Republica enviou ao sr. dr. Affonso Costa o importante donativo de cem escudos, destina-dos a qualquer casa de beneficência á escolha do eminente estadista, hospedou-se no Hotel Commercial, onde foi cumprimentado pelo sr.

administrador do concelho, commissões politi-cas locaes e philarmonica União Democratica».

Cruz Magalhães participou nas comemo-rações e festejos locais do terceiro aniversário da proclamação da República. A imprensa local noticiou esse acontecimento da seguinte ma-neira: «Também em Figueiró a velha philarmo-nica Figueiroense, percorreu á noute as ruas da villa, executando o hymno da Maria da Fonte, queimando-se bastantes foguetes que o illustre democrata Cruz Magalhães gentilmente com-prou para esse effeito».

Neste opúsculo assina Cruz Magalhães uma abreviada nota biográfica sobre a vida do homenageado, que se resume ao seguin-te texto: “José Malhôa nasceu nas Caldas da Rainha, em 28 de abril de 1855. Matriculou-se na Academia de Belas Artes, de Lisboa, aos 12 anos, tencionando seguir o ofício de entalhador. Teve como professores no curso de desenho: Jo-aquim Prieto, Vitor Bastos e Simões d’Almeida; no curso de pintura, Tomaz José da Anunciação.

Obteve as seguintes recompensas: Medalhas de Honra: na Sociedade de Belas Artes de Lisboa, e na do Rio de Janeiro, Medalhas de 2.ª classe: em Madrid, Berlim e Paris (1900).

Menção honrosa: no «Sa-lon» (Société des Artistes Fran-çais) etc., etc. É comendador de Isabel a Católica e Cavaleiro da Legião de Honra”.

Por motivos de saúde, Cruz Magalhães regressava das ter-mas de Pedras Salgadas e tra-zia com ele a prova tipográfica de um artístico opúsculo da coleção Pro Arte com o propó-sito de o apresentar ao laure-ado pintor e alcançar, assim, a sua anuência para a edição

do mesmo. Rumo à capital, e dias depois, noticiava a

imprensa nacional, sobretudo o jornal A Capi-tal de 14 de outubro a publicação do opúsculo que homenageava o Mestre: «PRÓ ARTE. Home-nagem a Malhôa. Já com o devido louvor nos referimos á homenagem prestada por «Fabri», ou antes o sr. Francisco Arthur de Brito, do Porto, ao illustre pintor que é José Malhôa, quando fallámos da exposição das Artes graphicas. A reprodução do opusculo em que é prestada essa homenagem e que é um primor typographico foi agora accrescentada com a reprodução do retrato do pintor e de seu quadro «O Fado» em dois bilhetes postaes, d’uma execução primo-rosa» (A Capital, edição n.º 1152, de 14 de outubro de 1913).

Sabemos que Malhoa estimou e prezou esta homenagem, tendo até ofertado alguns exemplares autografados aos seus mais che-gados amigos figueiroenses.

Em sinal de gratidão por tão ilustre visita a Figueiró dos Vinhos, a imprensa local, no periódico União Figueiroense, dava início, em 1914, à publicação de um folheto desse poeta dedicado às crianças.

Ficarão para sempre marcadas no coração dos Figueiroenses, povo tão hábil na arte de bem receber, a amizade e a gratidão ao poeta Cruz Magalhães.

.história.

Figuras e Factos - José Malhoa e Cruz Magalhães. Ilustração Portugueza, edição semanal do jornal: O Seculo, 2.ª série, edição n.º 403 de 10 de novembro de 1913, p. 549.

José Malhoa e Cruz Magalhães em outubro de 1913 na vila de Figueiró dos Vinhos

“O Casulo”, de José Malhoa. Postal ilustrado de Figueiró dos Vinhos.

Opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa. Origi-nal da prova tipográfica. Coleção Miguel Portela.

Prova tipográfica do opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa autografado por Cruz Magalhães. Coleção Miguel Portela.

Fotografia do pintor José Malhoa com dedicatória ao Sr. António de Vasconcelos de Figueiró dos Vinhos. Opúsculo de homenagem ao pintor José Malhoa. Co-leção Miguel Portela.

Page 30: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira30 . solidariedade . poesia . obituário .

Agência Funerária Santos & Matias, L.da

Brancas (Residência e Armazém) – 244 765764 Batalha (Escritório) - 244 768685

[email protected] • 96 702 7733

S E R V I Ç O S F Ú N E B R E S

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ObituáriOInformamos que a publica-ção dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e resi-dentes na Golpilheira. Publi-caremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Campanha de solidariedadeO padre João Monteiro da Felícia, missionário da Consolata natural da Golpilheira, está em missão no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo no serviço aos mais desfavorecidos. Aqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. Desde 2006, o Jornal da Golpilheira tem uma campanha permanente. Quem desejar telefonar ao padre João, o número é o 00 55 074 36192696.Em Maio recebemos:- Vítor Martins - 150 euros

• Total deste ano: 570 euros.

Colabore! Seja solidário...Contacte:• CRG - R. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA• Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha)• António Mont. Rosa (Casal Mil Homens)

...e poupe nos impostos!Os Missionários passam recibo, que poderá deduzir no IRS. Basta que junte o seu nome, morada e o n.º de contribuinte.

Pão para ascrianças do padre João

. solidariedade . .poesia.A união e a fé Brilham os olhares, De quem trabalha Numa dura missão É sabor de fé E de muita união.

Em cada semente recebida, É o sentir a ternura e o valor Só assim pode ser reconstruída Algo que merece todo o amor.

A igreja é confissão, Nos convida a oração Transmite o seu perdão E ao receber é com gratidão.

Em cada canto uma paixão, Que a população agradece É o sentir de cada geração Que a Golpilheira enriquece.

As boas e más acções, Deus de certo não as esquece E ajuda a dar força aos corações A cada um que merece.

Nota: Parabéns ao povo da Golpilhei-ra pela reinauguração da sua igreja, a 29-05-2016. A todos um bem-haja!

José António Carreira SantosMarinha Grande

Maria, Maria, MariaO que dizer?!…Sobre ti MariaQue palavras hei-de escrever?!Amor e alegria

Compaixão e sofrimentoLágrimas, raiva e dor Na cruz; não caiu o esquecimentoTua presença, teu clamor

Mãe, Mãe de Deus Patamar inalcançadoNesse último adeus«Gólgota» teu calvário

«Eis a tua mãe», João Nossa Mãe; Mãe de PedroImaculada ConceiçãoDai rumo, nestas almas de alpedro

Dedicado a todos os cristãos marianos e à minha filha Mariana Pereira Vaz Machado. - Vaz Pessoa

A Câmara Municipal da Batalha deliberou, por unanimidade, aprovar um voto de profundo pesar pelo falecimento de Nuno Miguel Abegão Repolho da Conceição, de 41 anos, que desempenhou as funções de vereador do Município da Batalha no mandato de 2002 a 2006, eleito pelo CDS/PP, natural do lugar de Alcaidaria, Reguengo do Fetal.

Nuno Repolho, como era conhecido, iniciou cedo o seu percurso político, ten-do sido dos mais jovens ve-readores que passaram pelo executivo municipal, mar-cando a sua postura por um grande sentido de respon-sabilidade, afabilidade no trato, sempre colaborante, interessado e empenhado, revelando-se posteriormen-te com um elevado sentido de empreendedorismo, o

que o levou a partir para Angola, onde se dedicou à actividade empresarial.

A sua partida prematura e inesperada, no passado dia 2 de maio, deixa profunda consternação junto de todos os que o conheceram e com ele tiveram oportunidade de privar.

A Câmara Municipal da Batalha reconhece ao ex-autarca Nuno Miguel Abe-gão Repolho da Conceição

a entrega e a perseverança com que se dedicou ao ser-viço autárquico, tornando-se uma personalidade com relevantes contributos para o desenvolvimento do Mu-nicípio da Batalha, e apre-senta a toda a sua família e amigos as suas sentidas condolências, juntando-se assim a todos os que lamen-tam a perda deste ilustre batalhense.

Não ter, a importância do ser Não ter nada, ser tudo; Não ter poder mas poder serPoder dizer que sou felizNão que tenha algo, que não é meuNão estar agarrado a créditos terrenos,Mas ter Deus como credor;Não invocarmos «Senhor»Mas pedirmos humildade e amor.Será esse o credor doutrinalNão há juros para tal,Esse sim é o tribunal divinal,No espaço universal

Vaz Pessoa

O homem tira, Deus dáNos momentos de revoltaLembram sempre amargurasMágoas, humilhações de voltaVicissitudes, loucuras e agruras

O chão que se descai As bases que não o sãoTudo em mim retraiNão controlo a emoção

Peço a Deus respostasDeste «monstro» que querem criarOpiniões diversas dispostasFuturo, que me querem tirar

Deus; desce daíVem sofrer comigo jáDesse armário saíO homem tira, Deus dá

Vaz Pessoa

Município atribui Voto de PesarFalecimento de Nuno Repolho

LMF

DR

Page 31: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

31Maio de 2016Jornal da Golpilheira . a fechar .

.fotos do mês. MCR / LMF

Número europeu de emergência 112Número de emergência para fogos florestais 117Bombeiros Voluntários da Batalha 244 768 500G.N.R. Batalha 244 769 120Junta de Freguesia Golpilheira 244 767 018Câmara Municipal Batalha 244 769 110Centro de Saúde da Batalha 244 769 920Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas 244 769 430Hospital de Santo André 244 817 000Farmácia Padrão – Golpilheira 244 767 856Farmácia Padrão (Batalha) 244 765 449Farmácia Ferraz (Batalha) 244 765 124Escola Primária da Golpilheira 244 766 744Jardim-de-Infância da Golpilheira 244 767 178Agrupamento Escolas Batalha 244 769 290Segurança Social (Geral) 808 266 266Conservatória R. C. P. C. Batalha 244 764 120Finanças da Batalha 244 765 167Misericórdia da Batalha 244 766 366Correios (CTT) - Batalha 244 769 101Biblioteca Municipal Batalha 244 769 871Cinema/Auditório Municipal 244 769 870Museu Comunidade Concelhia Batalha 244 769 878Mosteiro de Santa Maria da Vitória 244 765 497Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) 244 764 080Rodoviária – Agência Batalha 244 765 505Táxis da Batalha 244 765 410Centro Recreativo da Golpilheira 244 768 568Linha de Saúde Pública 808 211 311Linha de emergência Gás 808 200 157EDP - Avarias (24 horas) 800 506 506

Turismo

Nome ________________________________________Rua _________________________________________________________________________ Nº ___________Localidade ____________________________________CP _ _ _ _ - _ _ _ ______________________________Tel. _________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____Email: ________________________________________

Entregar ou enviar para: Centro RecreativoEst. Baçairo, 856 • 2440-234 GOLPILHEIRA

Assinatura anualPortugal: 10 euros • Europa: 15 euros • Resto Mundo: 20 euros

Então já sabes que o altar que estava na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima veio para a igreja da Golpilheira?

Sei pois. E estou muito feliz por termos ganho essa “prenda” de Nossa Senhora de Fátima!

Bem, vou indo, que devem estar a chegar os turistas do novo eixo Fátima-Batalha-Golpilheira!

Imagem PeregrinaA devoção mariana é forte no nosso povo e nem os mais pequenos ficam indiferentes à Mãe carinhosa que esta imagem representa. Estas foram apenas algumas das formas de demonstrar esse amor a Nossa Senhora. Poderá encontrar outras nas centenas de fotos que colocámos em www.jornaldagolpilheira.pt.

Festa de encerramento do ano lectivo dos alunos da Escola do Ensino Básico da Golpilheira, ano 1996/1997. A festa foi muito alegre e divertida, como demonstra a foto. Hoje, com mais 19 anos, os meninos e meninas têm a sua vida organizada. MCR

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96Contribuinte . 501 101 829Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023)Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395)Composição . Paginação . Luís Miguel FerrazColaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rui Gouveia, Sofia Ferraz.Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira(Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10)Presidente: Belarmino Videira dos Santos AlmeidaSede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 GolpilheiraTel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 GolpilheiraImpressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1500 exemplaresSítio: www.jornaldagolpilheira.ptGoogle+: www.google.com/+jornaldagolpilheiraFacebook: www.facebook.com/jgolpilheiraTwitter: www.twitter.com/jgolpilheiraEmail: [email protected] Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Ficha Técnica

Recordaré viver…

Page 32: 201605 Jornal da Golpilheira 227 - Maio de 2016

Maio de 2016

Jornal da Golpilheira32 . pub .