1011 jornal da golpilheira novembro 2010

24
Rua Forno da Telha, 1385 Quinta do Retiro Barreira 2410-251 LEIRIA Tlf. 244 834 445 • Tlm. 919 701 359 • Fax 244 892 250 • [email protected] Petro FM Também com venda de Rações para animais Desconto 5 CENT/LITRO! em todos os combustíveis --------------------- HORÁRIO 07h30 às 22h00 --------------------- Combustíveis --------------------- Lubrificantes --------------------- Produtos Auto ---------------------- Gás (BP/REPSOL/GALP) --------------------- Lavagem/Aspiração ---------------------- PUB Nº DE27042006MPC Caixa da Batalha O Banco da (nossa) terra. CA Seguros | CA Consult | CA Gest R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279 PUB DE00752009SNC|GSCCS ECONOMY Quer ter ? Preço 0,70 (IVA inc.) Jornal da Golpilheira Estrada do Baçairo, 856 2440-234 GOLPILHEIRA Tel. 965 022 333 Fax 244 766 396 [email protected] G OLPILHEIRA MEDIEVAL DOCUMENTOS HISTÓRICOS À venda no CENTRO RECREATIVO DA GOLPILHEIRA de Saul António Gomes Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XV | Edição 162 | Novembro de 2010 SEMANA DE ESTRELAS Páginas 2 a 8 e 13 | Grande reportagem da Semana Cultural LMF AA AA LMF MCR LMF LMF LMF

Upload: jornal-da-golpilheira

Post on 10-Mar-2016

240 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Edição de Novembro de 2010 do Jornal da Golpilheira - publicação mensal da freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha, distrito de Leiria. Notícias, opinião, personalidades, tradição, cultura, desporto... as gentes da Golpilheira. Fundador e Director: Luís Miguel Ferraz.

TRANSCRIPT

Page 1: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Rua Forno da Telha, 1385 • Quinta do Retiro • Barreira • 2410-251 LEIRIATlf. 244 834 445 • Tlm. 919 701 359 • Fax 244 892 250 • [email protected]

PetroFM

Também com venda deRações para animais

Desconto

5 CENT/LITRO!

em todos os combustíveis

---------------------HORÁRIO07h30 às 22h00---------------------Combustíveis---------------------Lubrificantes---------------------Produtos Auto----------------------Gás (BP/REPSOL/GALP)---------------------Lavagem/Aspiração----------------------

PUB

Nº DE27042006MPC

Caixa da Batalha

O Banco da (nossa) terra.

CA Seguros | CA Consult | CA Gest

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHATel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

PUB

DE00752009SNC|GSCCSECONOMY

Querter?

Preço 0,70 € (IVA inc.)

Jornal da GolpilheiraEstrada do Baçairo, 8562440-234 GOLPILHEIRA

Tel. 965 022 333Fax 244 766 [email protected]

GOLPILHEIRAMEDIEVAL

DOCUMENTOS HISTÓRICOS

À venda noCENTRO RECREATIVO DA GOLPILHEIRA

de Saul António Gomes

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XV | Edição 162 | Novembro de 2010

SEMANA DEESTRELAS

Páginas 2 a 8 e 13 | Grande reportagem da Semana Cultural

LMF

AA

AA

LMF

MCR

LMF

LMF

LMF

Page 2: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Jornal da Golpilheira2 . abertura .Novembro de 2010

.editorial.

Luís Miguel FerrazDirector

Fantástico! Festas de Natal Semana Cultural

A 17.ª Semana Cultural da Golpilheira decorreu de 6 a 14 de Novembro. O programa foi variado, com propostas muito diversas. Uns dias foram mais partici-pados, outros menos. Fomos à rua ouvir algumas pes-soas, para saber a sua opinião:1 – Participou nesta Semana Cultural? 2 – Que achou do cartaz, o que gostou mais e menos?3 – Sugestões para a próxima edição?

. voz de vós .

Conceição Guerra58 anos, Doméstica1 – Participei um pouco.2 – Gostei do arraial no Car-valhal (as danças do Rancho Folclórico), do colóquio sobre a saúde e do passeio pedestre.3 – Penso que devem continuar a existir iniciativas como estas, nomeadamente os rastreios à população e as caminhadas, que contribuem para o nosso bem-estar e para o convívio entre a população.

Conceição Fernandes53 anos, Agricultora1 – Participei.2 – Gostei do arraial no Carva-lhal, do colóquio sobre a saú-de, é sempre bom aprendermos mais alguma coisa, e do passeio pedestre. No que não participei não me posso pronunciar. 3 – Penso que deve continuar a haver a Semana Cultural, gosta-va que houvesse também um al-moço dos jovens de meia-idade, à semelhança do que acontece com os idosos, para o convívio com a população.

Francisco Brogueira38 anos, Encarregado de Limpezas1 – Sim.2 – Razoável. Gostei da festa dos anos 80 e da sessão de esclare-cimento da Junta de Freguesia. Negativamente, talvez a execu-ção do TT nocturno, que não se adequa muito a uma semana cultural. 3 – Para a próxima, poderia abordar aspectos mais relacio-nados com a cultura da fre-guesia, nomeadamente a sua história.

Carlos Nazário52 anos, Metalúrgico1 – Participei.2 – O cartaz foi bom. Gostei da noite do arraial popular de São Martinho e tenho pena que o cartaz da semana cultural não fosse divulgado com mais ante-cedência.3 – Divulgação com maior an-tecedência do cartaz.

Golpilheira... acorda!

Carlos SantosPresidente Junta de Freguesia

Por J

oana

Valé

rio e

David

Luca

s

Durante o final de Ou-tubro e nestes primeiros dias de Novembro, aconteceram coisas extraordinárias para a nossa freguesia. Pareceu-me que, finalmente, a pa-catez dos últimos anos dos golpilheirenses deu lugar a uma efervescência, quase saudosista, para voltarmos a viver o que fomos e o que conseguimos fazer no passa-do. Senão reparem:

Uma Semana Cultural……como há muito tempo

não se via. Apesar da orga-nização ter sido sempre do Centro Recreativo, este ano contou com uma comissão própria que colaborou com a direcção na agenda e or-ganização da mesma. Não vou focar pormenores dos momentos altíssimos des-te evento, deixo essa ta-refa para os "jornalistas e

comentadores", mas vou centrar o meu comentário apenas na forma como foi organizada. Foi excelente. Pessoas ligadas ao clube e outras que, embora não estando directamente liga-das, conseguiram congre-gar energias e criatividade para uma realização como há muito não se via.

No entanto, fico triste por ter ouvido demasiadas vezes a frase "eu até tinha conhecimento, mas se eu soubesse que era assim, tam-bém tinha lá estado". Pois é! Numa próxima oportunida-de, seria bom deixarmos os comentários supérfluos e que mais pessoas se juntas-sem à direcção para voltar a surpreender a comunidade local, com eventos idênticos e que são o pilar cultural de uma freguesia.

De 0 a 20, dou clara-mente 18 valores.

Um grupo coral renovado……para que a participa-

ção no rito dominical possa ser um pouco mais motiva-dora. Desde que me lembro, o Sr. Mário Costa, cidadão ilustre da nossa freguesia, que sempre mostrou dedica-ção e um esforço inegável na regência do Grupo Coral da Igreja, tentou congregar a si novos métodos e até novas caras para o gradual rejuve-nescimento no grupo.

Quase sem nos aperce-bermos, os anos foram pas-sando, e nos últimos tempos

a ajuda veio finalmente da Marta Frazão, que assumiu primeiramente a função de organista e depois foi gradu-al e naturalmente fazendo a regência de quando em vez, trazendo uma lufada de ar fresco, novas interpretações, aplicando todo o seu brilho e reconhecidos conheci-mentos musicais.

Em meados de Outubro passado e no seguimento da vontade de alterar gradual-mente o sentido de comuni-dade cristã na nossa fregue-sia, o Luís Miguel Ferraz to-mou a si a responsabilidade de contribuir também para um refrescar das celebrações de domingo.

Esta decisão era inevitá-vel acontecer, só não sabía-mos quando aconteceria. É publico que, quer pela sua formação teológica, quer pela sua sensibilidade mu-sical, é de longe a pessoa da freguesia mais bem prepara-da para o cargo.

Em articulação com a Marta, não tenho dúvidas de que conseguirá levar as vozes do actual coro para um patamar diferente, den-tro de alguns meses, poden-do ambicionar até outro tipo de espectáculos, que não só as participações de canto litúrgico.

Já agora, um voto de confiança, também, ao gru-po de instrumentos com-posto pela Ana Rito, Car-los Agostinho, José Carlos Ferraz e outros, onde eu me

incluo também, que acom-panham na medida do pos-sível esta paciente transfor-mação.

Resta agora que outros se juntem, para darem o seu contributo na renova-ção que se pretende.

De 0 a 20, 16 valores.

Conclusão... ...são as pessoas que fa-

zem acontecer coisas.Não posso deixar de

comentar com o meu olhar habitual, por vezes acusati-vo, aos que por fora pouco contribuem para que esta comunidade tenha vida própria, mas mesmo assim maldizem e opinam sobre quem ainda tem coragem de por mãos à obra.

Temos que entender de uma vez por todas que já lá vai o tempo em que outros faziam tudo, ou quase tudo por nós. A percepção que tenho, neste momento, so-bre a nossa comunidade é que ela está a reconstruir-se, com novas pessoas, mais interventivas, mais capazes, com competência necessária fazer coisas novas. Saibamos neste momento difícil valo-rizar o que só com pessoas pode ser valorizado.

Não adianta falar de cri-se financeira ou económica, se não resolvermos primeiro a crise social que vai dentro de cada um de nós ou que vive ao nosso lado. Acor-dem! Façam acontecer!

Pavilhão Desportivoda Batalha

12 de Dezembro, 15h00Festa para todos os alunos do Agru-

pamento de Escolas da Batalha

Centro Recreativoda Golpilheira

17 de Dezembro, 20h00Festa do Jardim-de-infância e Escola

do 1.º Ciclo da Golpilheira

Centro Recreativoda Golpilheira

18 de Dezembro, 20h30Festa do Centro Recreativo para todas

as crianças da Golpilheira

Era para não haver, mas “haveu”. De facto, houve Semana Cultural e muita gente considerou que foi uma das melhores dos últimos anos. Não nos cansamos de dizer que é a prova do ditado “a união faz a força”. Teve momentos fraquinhos, é verdade. Teve momentos medianos, também. Mas teve momentos altos, vários. E pela análise geral, seja pelos eventos realizados, pelo grupo numeroso que se mobilizou para a organização, pelos convi-dados ilustres que tivemos, ou pelas centenas de pessoas que mobilizou, um adjectivo nos parece adequado: fantástico!

Neste jornal, há ainda outra prova dessa “união que faz a força”. É uma das edições com mais nomes de autores de textos dos últimos anos. O Clube de Jor-nalismo do CRG ressuscitou em força e os voluntários que se juntaram vieram trazer riqueza de estilos e pontos de vista às páginas do Jornal da Golpilheira. Não vale a pena dizer obrigado, porque o Jornal é deles, é dos que fazem e co-laboram. Quem ganha e agradece é a freguesia e a sua população. Faço apenas votos de que não desistam e, se possível, outros se ofereçam para o grupo.

Nota acessória: Apesar de o Centro ter enviado informação para os meios de comu-nicação da região, só a Rádio Batalha apareceu e (imagine-se!) uma rádio de Pombal veio um dia! De resto, mais ninguém teve a “tentação” de nos visitar. Uma freguesia em acção durante uma semana não é notícia. Para o ano, vamos organizar o “dia da formiga que caiu na sopa do Restaurante”... até as televisões cá vêm! Vão ver...

Page 3: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

3Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . grande reportagem .

pub

Telf. 244767337Tlm. 914116511

Palmeiros2440 BATALHA

Comércio Grossista de Flores e Artigos de DecoraçãoFabrico de Artigos em Vime

IC2 - Santo Antão2440-053 BATALHATel. 244 765 523 / 244 767 754Fax. 244 767 754E-mail. [email protected]

O primeiro dia da Se-mana Cultural, sábado 6 de Novembro, foi este ano marcado por uma viagem no tempo, com o convite a um passeio até aos "loucos anos 80"!

Cerca de 120 pessoas embarcaram nesta viagem, para através da música re-cordarem tempos de juven-tude! Os que mais se diver-tiram foram, sem dúvida, os que na década de 80 eram jovens e puderam assim re-cordar entre eles, animada-mente, estes tempos. Até às duas da manhã, foi vê-los a dançar: desde o "rock" ao "slow", todos mostraram os seus dotes! Mas também muitos outros, mais novos e mais velhos, marcaram pre-sença, transformando este

serão num convívio fantásti-co de diversão e bom humor. Mas houve uma pessoa que se destacou pelo seu vestu-ário, sendo o único a levar

o tema mesmo a sério: o Cunha foi a verdadeira per-sonagem dos anos 80!

O DJ de serviço foi o André da "A Karaoke", empresa que ofereceu os seus serviços de som e ima-gem, pois nem só de música se encheu a pista do salão de festas do CRG. As re-cordações desses anos fo-ram também feitas através de imagens, desenhos ani-mados, carros, videoclips e vários outros símbolos da-quela época projectados em ecrã gigante. A organização contou ainda com a colabo-

ração de alguns voluntários na montagem dos cenários e no serviço de bar, com espe-cial empenho para o grupo de jovens que costuma or-ganizar festas de dança na colectividade.

Uma nota também para a colaboração de todos os resistentes até ao final da festa, pois nessa altura ain-da aceitaram o convite para ajudarem a arrumar o salão, que ficou pronto para o al-moço dos idosos que iria de-correu no dia seguinte.

Texto: Vanessa SilvaFotos: LMF

apoio / pub interna

Semana Cultural - dia 6Festa dos anos 80: uma noite fantástica

AGENTE PRINCIPAL

RUA DO OUTERINHO Nº 20GOLPILHEIRA (JUNTO CAFÉ FIDALGO)

Telef./Fax 244 767 863Telm. 914 961 543 / 918 757 536

E-mail: [email protected]

Faça hoje os melhores Planos para amanhã!> PPR com taxa garantida de 3%> Solicite simulação ao seu seguro de vida

DJ André de A Karaoke

Ambiente 5 estrelas

Descontração total

Casal + garrafa 1 LMF Casal + garrafa 2

Juventude voluntária em acção

Page 4: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira4 . grande reportagem .

O primeiro domingo da Semana Cultural foi reservado a um animado almoço ofere-cido aos "jovens maiores de 60". Cerca de duas centenas de pessoas participaram nes-te convívio, que contou com a animação do rancho folclórico da colectividade, "As Lavadeiras do Vale do Lena".

Houve ainda um momento de formação para a prevenção da criminalidade, com a colaboração dos guardas Ferreira e Cons-tantino, da GNR da Batalha. Foram pres-tadas informações sobre os cuidados a ter com a protecção das habitações e o evitar das burlas, sobretudo junto dos mais idosos, nos famosos "contos do vigário". Em resumo, nunca confiar em estranhos, normalmente bem parecidos e bem falantes, que pedem informações pessoais e prometem dinheiro fácil ou soluções financeiras. Uma das solu-ções é evitar a solidão e estabelecer contac-tos frequentes com familiares e vizinhos. Em caso de abordagem, dizer sempre que está mais alguém em casa e, logo que possível, alertar as autoridades (112).

Artur AgostinhoEste ano contámos com um convidado

muito especial, que aceitou graciosamente o convite para partilhar um pouco da sua vida numa conversa à sobremesa deste almoço. Dispensa muitas apresentações: Artur Fer-nandes Agostinho, nascido a 25 de Dezem-bro de 1920, em Lisboa, tem sido jornalista desportivo, locutor de rádio, apresentador de televisão, actor, escritor, etc.

A sua vida profissional tem sido caracte-rizada pela multiplicidade, como ele próprio afirma, dizendo que o importante é fazer o que se gosta, seja rádio, cinema ou televi-são. "Este desafio mais recente de fazer teleno-velas foi muito divertido, foi sentir que estou a fazer coisas úteis para os outros e também para mim, porque até me esquecia das dores de costas...".

Perguntou a idade aos presentes na sala. Só havia um ou dois mais velhos do que os seus quase 90 anos. O segredo é manter-se activo, de corpo e mente. As dificuldades da vida, compara-as com o momento em que foi preso no Montijo quando era jovem e que diz ter valido a pena: "Porque depois do mal passar é que damos valor às coisas boas; a força interior, mesmo nos maus momentos, é que nos salva".

Depois de uma breve apresentação, dispôs-se a responder às perguntas da au-diência, o que levou a "conversas" diversas. Conversas sérias sobre a arte da vida, mas também com muito humor à mistura, a ar-rancar algumas gargalhadas, como se pode perceber pelo desenrolar do diálogo.

- Lembra-se de ter vindo à Golpilheira há muitos anos, gravar uma cena de um filme?

Costumo gabar-me da minha boa memória, mas agora apanhou-me... não estou a recordar...

- Foi na eira do sr. Afonso Pereira...Ah! Exactamente, já recordo! Pois foi... não

estava a associar à Golpilheira, afinal foi mesmo aqui! Olhe que engraçado... isso foi mesmo há muitos anos e foi uma coisa muito gira.

- Nos relatos desportivos, por que é que gritava os golos do Sporting mais alto?

Acha? Eu também vibrava muito com os golos do Benfica e em especial do Eusébio. Tal-vez houvesse alguns mais animados, mas isso dependia era das jogadas: quando uma equipa está a fazer uma avançada o locutor vai-se en-tusiasmando e quando chega o momento grita o golo com muito entusiasmo. Se for um golo inesperado o grito sai com menos tempo. Mas é verdade, no tempo dos Violinos gozei muito com os golos do Travassos!

- Nós os menos jovens queixamo-nos muito de falta de memória e das dores no corpo. Se não quisermos ser tão velhos, não podemos deixar ganhar bafio e devemos sair à rua. Que lhe parece?

Claro que sim. Eu já fui operado e o mé-dico recomendou-me que continuasse a andar. O corpo, tal como a memória, precisa de ser exercitado. A propósito, relembro a minha ami-ga Palmira Bastos: antes de adormecer lia um soneto e decorava-o. A sua melhor alegria era no dia seguinte conseguir lembrar-se. É óptimo para a memória o exercício. Temos de arranjar truques. Vou contar-vos um segredo. Eu tenho grande dificuldade em recordar o nome das pes-soas que vou conhecendo, então arranjei um truque: pergunto "qual é o seu primeiro nome?"; elas respondem sempre o primeiro e o último e então posso dizer "sim, o último eu sabia"!

- Lembro-me muitas vezes de si a apre-sentar o programa do totobola, mas nunca ganhei nada com as suas sugestões. Pode dar-me um palpite para o euromilhões?

Claro que posso. E se ganhar quero uma parte. Cá vai: números 8, 11, 23, 27 e 30 e estrelas 4 e 5.

- O senhor faz novelas... o que achou desta novela com a actual Selecção Nacio-nal de Futebol?

Eu sou sempre pelo treinador, mas concordo que às vezes as coisas não correm bem. A dada altura eu achei que o professor Carlos Queiroz já não tinha conserto: deixou de ter a confiança dos jogadores e do público. O treinador actual até está a fazer um bom trabalho.

- Depois de tantas actividades na vida, é normal escreverem-se memórias. Mas o senhor está a escrever romances. Usa o ro-mance como espelho das suas memórias ou

é mesmo um género que lhe surgiu natu-ralmente?

Eu já escrevi as minhas memórias. A va-riedade é o prazer da vida, gosto de histórias, ficção personagens… Comecei o primeiro ro-mance sem saber como iria terminar. Achei que queria falar da corrupção, depois criei perso-nagens fictícias. Eu escrevo de madrugada e a dada altura parece que as personagens apare-ciam e falavam comigo… "ó Artur, o senhor está a dar um rumo à minha personagem que eu não gosto!" O romance é uma evasão, para dar asas à criação das personagens.

- Ler é uma das melhores actividades da vida, até como exercício para a memó-ria, como dizia. Dê-nos algumas razões para motivar os presentes a lerem este seu últi-mo romance "Bela, riquíssima e além dis-so... viúva".

Eu quis escrever sobre uma jovem bonita, loura, mas logo percebi que só era realmente atractiva se ela fosse rica e, melhor ainda, vi-úva. Quis abordar o tema dos jovens que que-rem muito ser actores, um sonho que nem todos conseguem. Em cada 10 que aparecem, só 2 é que se aproveitam… Alguns chegam e já se acham os maiores, por vezes até desrespeitam os grandes actores… Eu não consigo entender isso, porque sempre respeitei os que me ajudaram, grandes nomes como o António Silva.

Bom, a minha ideia era essa, mas depois desviei-me e criei uma república para os jovens que vinham da província. E aparece também uma viúva rica que vinha do Brasil e cujo ma-rido tinha morrido de forma misteriosa, e um suspeito envolvimento como o motorista, e … não digo mais nada. Vão ler e descubram.

- E os beijos nas novelas, o chamado "beijo técnico"... o que é isso?

O beijo técnico é uma invenção dos pro-dutores para não causar problemas aos casais. Colocamo-nos numa posição em que a câmara não apanha a boca e parece mesmo real. Mas a verdade é que alguns entusiasmam-se e aquilo de "técnico" não tem nada!

- Falou dos relatos de futebol. Num tem-po em que não havia telemóveis, nem saté-lites, nem o suporte tecnológico que existe hoje, como era fazer um relato do estrangei-ro, de jogos na Roménia ou na Bulgária?

A falta de meios tecnológicos provocava várias dificuldades, até mesmo em estabelecer contactos telefónicos com Lisboa. Havia algu-ma abertura em relação à Rádio, mas as coisas eram complicadas. Mas fui criando grupos de amizades com jugoslavos, checoslovacos, brasi-leiros, franceses, ingleses... essa amizade colma-tava as necessidades técnicas. Não havia som de retorno, fazia o relato sem saber se estavam a ouvir, sem saber se o som estava a chegar. Mas hoje tenho um computador, que uso sem deixar

que ele mande em mim. É preciso manter a alma acesa. Não há jornalismo sem alma.

(Alguém contou um pequeno segredo: Ar-tur Agostinho escreve todos os seus artigos e livros no computador, manda-os pela in-ternet, nunca achou tarde para aprender a adaptar-se às novas tecnologias.)

O Pedro Rodrigues, jovem deficiente nosso conterrâneo, aproveitou a presença de tão mediático amigo e pediu:

- "Quero uma cadeira eléctrica"!Vamos pedir aqui ao senhor vereador. Vou

meter uma cunha. Mas toma cuidado com a cadeira eléctrica que te vão dar...

- Nós temos a ilusão de que as figuras pú-blicas ganham muito dinheiro, é verdade?

Há artistas muito bem pagos, mas há tam-bém artistas que ganham muito pouco. Fazem muito trabalho gratuito, como entrevistas e pro-gramas de encher a grelha televisiva.

O jovem Telmo Monteiro dirigiu-se ao convidado em forma de verso:

Nasci, cresci e vou crescendoe do seu nome ouvi falar, mas hoje veio à Golpilheirapara as suas histórias nos contar.

Se todos como ele fossemtalvez o mundo pudesse melhorar,todos sabem que ser gentilnão é só levantar o braço e acenar.

Por todas as histórias das quais sempre ouvi falarnada melhor que ser eu próprioa ir ter com ele e o cumprimentar.Depois do cumprimento, Artur Agosti-

nho agradeceu e despediu-se também com uma quadra:

Gostei muito de aqui estar Esta vez foi a primeiraEspero de novo voltar Aqui à Golpilheira.Aproveitando a onda poética, a Cremil-

de Monteiro leu também um poema, como costuma fazer todos os anos nestes encon-tros (ver pag. 22).

Claro que isto é só um resumo muito breve da animada e familiar conversa com Artur Agostinho. Só quem esteve lá pôde apreciar devidamente a simpatia e bom hu-mor deste grande vulto da nossa cultura. Nós gostámos muito e ele confessou o mes-mo na despedida:

Tive muito prazer em estar convosco e teria todo o gosto em cá voltar. Mas agora tenho de ir. Vou assistir ao jogo do Porto-Benfica, para poder completar a minha crónica. Foi uma ale-gria estar com tanta gente de idade próxima da minha. Fica um conselho: contem anedotas, pois rir dá saúde e faz bem às pessoas. Desejo-vos muita saúde, dinheiro e amor!

Cristina Agostinho

Almoço de idosos e conversas com Artur Agostinho

Semana Cultural - dia 7

LMF

Page 5: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

5Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . grande reportagem .

pub

O dia 8 de Novembro foi destacado na Semana Cultural para o tema da Saúde. Pelas 17h00, uma equipa médica acolheu no Centro Recreativo várias dezenas de pessoas que ali se deslocaram para fazerem rastreios gratuitos ao coles-terol, diabetes, tensão arte-rial e outras maleitas que podem atacar a qualquer hora. Uns confirmaram com alegria que "está tudo bem". Outros foram aconse-lhados a verificar com mais atenção alguns "níveis" e a seguir algum tratamento mais específico.

Pelas 21h00, realizou-se um debate, numa mesa com médicos e enfermei-ras, moderada por Carlos

Agostinho, director do Centro Hospitalar de Nos-sa Senhora da Conceição (CHNSC) da batalha, cujo tema foi "dicas para uma vida saudável".

Começou por falar o Dr. José Leite, director clínico do CHNSC, frisando que, para se conseguir ter com sucesso um estilo de vida saudável, têm de se mu-dar duas atitudes: primeiro, cada um deve aceitar que é o principal responsável pela sua saúde; depois, que essa responsabilidade se exer-cita no comportamento e na escolha de hábitos de vida saudáveis, de forma a prevenir a doença, em vez de esperar e ter de "gerir a doença".

Sublinhou também que "se alguém morrer antes da sua esperança natural de vida, isso deve-se ao esti-lo de vida que levou". Um estilo de vida saudável não significa deixar de fazer to-das as coisas de que gosta e submeter-se a coisas que ninguém no seu juízo cer-to se submeteria. Tem de apreciar as coisas boas da vida, suportando alguns requisitos saudáveis, mas com moderação. Tem que mudar aquilo que come ou bebe e não necessita de fa-zer exercícios forçosos e in-desejáveis.

Cada um colhe aqui-lo que semeia. Os hábitos indesejáveis são criados na infância e começam na ju-

ventude. Hábitos indesejá-veis como o uso do tabaco, falta de exercício e os maus hábitos alimentares levam a altos níveis de colesterol e a excesso de peso. A nossa saúde reflecte o nosso estilo de vida.

Seguiu-se a enfermei-ra Irene, responsável pela Consulta de Diabetes na área de enfermagem do Hospital de Santo André (HSA), de Leiria, que deu ênfase às doenças cardíacas, neoplásica e diabetes que aparecem quando se come e bebe em excesso, nome-adamente gorduras, açúcar, álcool e sal, não esquecen-do o tabaco. O benefício ao adoptar uma vida saudável é o de reduzir as doenças rela-

cionadas com a idade e o de-clínio, para que mais pessoas possam atingir a esperança máxima de vida e gozar de uma boa saúde.

Por fim, a Dra. Sónia Salgueiro, diabetologista do HSA e também colaborado-ra do CHNSC, foi eloquente a explicar como se diagnos-tica a terrível doença de dia-betes e o respectivo quadro clínico e tratamento.

Todos focaram a aten-ção no exercício físico, que pode retardar alguns declínios das funções que acompanha o envelheci-mento, nomeadamente, a perda do tecido muscular, a capacidade para o esforço físico, podendo normalizar a tensão arterial, a glicemia e

o colesterol. Não vale pena fazer exercício físico de for-ma exagerada, "não fazen-do desporto para ficar apto, mas estar apto para praticar desporto".

Concluindo, as princi-pais "dicas para uma vida saudável" que nos deixa-ram foram a mudança de hábitos de vida: praticar exercício físico para reduzir o stress; restringir a inges-tão de bebidas alcoólicas e de cafeína; evitar comer em excesso gorduras, açúcar e sal, lembrando que o que para uns é alimento, para outros poderá ser um vene-no violento.

Dr. José Leite

O Orçamento do Estado "versus" orçamento familiar constituiu o pon-to de partida da apresentação de pro-jectos da Junta de Freguesia da Golpi-lheira, no dia 9 de Novembro, na 17.ª Semana Cultural.

A sessão, assistida por cerca de 20 pessoas, nunca perdeu de vista o actual aperto financeiro. Carlos San-tos, presidente da Junta de Freguesia, sublinhou o corte de 8 por cento no orçamento para 2011. "Quando nos pedirem alguma coisa, a resposta não é ‘vamos fazer’, mas ´vamos pensar´, pois as limitações de orçamento são enormes, afirmou, considerando que a solução passa por "gerir bem" os di-nheiros públicos.

O autarca traçou as linhas gerais do Plano Estratégico definido até 2013. Revisão do PDM, infra-estruturas de lazer e desporto, ambiente e Rio Lena, arranjos do Largo "As Lavadeiras do Vale do Lena"; são alguns dos pontos que constam do programa.

Um dos projectos mais aguardados pela população refere-se à construção do Polidesportivo. "Está a decorrer o

concurso de adjudicação. Se tudo cor-rer bem, a obra pode começar em De-zembro", adiantou Carlos Santos.

O autarca sublinhou o papel da Junta de Freguesia na progressão da infra-estrutura, uma prioridade em de-trimento de uma antiga promessa elei-toral: a construção de piscinas. "Este equipamento tem outro tipo de utili-dade, já está em falta há alguns anos no concelho. Facilmente chegamos à conclusão de que os clubes não têm mais jogadores porque não há pavilhão para desenvolver as equipas".

A obra, a construir nas traseiras do Centro Recreativo da Golpilheira, até peca por excesso, considerou o presi-dente da Junta de Freguesia, acrescen-tando que o decreto lei 63/2006 levou à introdução de "inutilidades" no pro-

jecto, com uma multiplicação de salas para equipas, ginásios, arrumos, ou sa-las para árbitros.

Carlos Santos alertou ainda os pro-prietários de terrenos nas margens do Rio Lena para procederem à limpeza dos mesmos. "O Rio foi limpo há dois anos e os proprietários não prossegui-ram com a limpeza." O autarca defen-deu a necessidade de um inquérito para efectuar um levantamento exaustivo do tipo de despejos ilegais para o ramal de águas pluviais. "Há dificuldade de denunciar e fiscalizar despejos suiníco-las", justificou.

Num quadro de atropelos ao meio ambiente, revelou, a "Junta não tem autoridade para pedir a construção de um açude no Rio".

Aline Duarte (Rádio Batalha)

Pela sua saúde

Aberto das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h30Telefone 244 768 256 | Telemóvel 917 861 577

de Franclim Sousa

Estrada dos Forneiros, 4 • Rebolaria • 2440-075 BATALHA

Comérciode Mobiliárioe Carpintaria

Tel./Fax: 244 768 353Telm.: 918 700 998

R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRATel/Fax 244767839Tlm. [email protected]

Reciclageme comercializaçãode consumíveis informáticos

Joaquim Vieira

Rua do Depósito de ÁguaTojeira • 2460-619 ALJUBARROTA

Tel. 262 596 [email protected]

www.caixifer.com

Profissionais de Caixilharia

Semana Cultural - dia 8

Semana Cultural - dia 9

Fórum Golpilheira

LMF Manuel Rito, presidente do Centro, agradece aos convidadosLMF

Poucos interessados no futuro da freguesia?...LMF

Page 6: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira6 . grande reportagem .

A noite de quarta-feira da Se-mana Cultural estava destinada a ser especial. A sala compôs-se e, por volta das 22h00, iniciou-se a sessão dedicada a "livros e música", com cerca de uma centena de par-ticipantes. No centro da mesa, um convidado muito especial: Antó-nio Manuel Ribeiro, vocalista de uma das mais carismáticas bandas portuguesas, os UHF. Mas outros autores locais tinham sido chama-dos a falar do seu trabalho.

O primeiro deles, Joaquim Santos, natural dos Pousos, co-meçou a escrever muito novo como jornalista, sendo actual-mente colaborador do jornal O Mensageiro e director do jornal Notícias de Colmeias. Os livros surgiram por um motivo triste: o atropelamento mortal da sua fi-lha Eduarda, com 6 anos, levou-o a escrever em 2006 sobre o tema dos pais em luto. Depois, ganhou esse gosto e voltou a publicar livros de poesia, conto, infantis e roman-ces. O mais recente, apresentado na semana anterior, "Ancorar o Amor". Neste momento, dedica-

se à investigação histórica para a sua tese de mestrado.

Seguiu-se a professora Ma-ria da Purificação Bagagem, que dispensa apresentações. Filha da terra, saiu cedo da Golpilheira para seguir uma vida de estudo. A escrita foi uma actividade que abraçou por acaso, quando lhe foi pedido que publicasse a sua tese de mestrado sobre jovens toxico-dependentes. Se no primeiro livro o assunto foi abordado de uma for-ma académica, no segundo, sobre a importância da família para o desenvolvimento da criança, foi decisiva a experiência vivida pela autora na sua própria família.

Também Adélio Amaro co-meçou a sua carreira no jornal o

Mensageiro. Passou pelo Notícias de Leiria, publicou alguns livros de poesia e prosa, e há oito anos fun-dou a empresa Folheto Edições e Design. Pode dizer-se que foi uma aposta ganha e, com cerca de 200 livros publicados, a Folheto orgulha-se de ter dado um novo fôlego à literatura regional. Mais recentemente este autor fundou uma associação cultural que liga os Açores, sua terra natal, a Leiria, onde reside. Nesse contexto publi-cou já vários cadernos histórico-culturais e álbuns fotográficos de sua autoria.

Quanto a António Manuel Ribeiro, a sua vida está cheia de letras e músicas, em muitos CD gravados e quatro livros editados.

Falou sobretudo do seu último trabalho, o álbum "Porquê?", que definiu como sendo "um disco po-lítico", o que serviu de mote para uma interessante conversa sobre o actual panorama social e eco-nómico do país. Com voz calma e ponderada, defendeu que "é preci-so tomarmos consciência do esta-do grave a que a nossa sociedade chegou e encarar o futuro como um desafio a construir".

Revelando uma faceta pouco conhecida do público, mais habi-tuado a vê-lo como a "fera de pal-co", António Ribeiro falou com conhecimento de causa de livros e autores, de ideais políticos e de projectos sociais, que resumiu num convite a descruzar os braços: "sa-bemos que muitos dos nossos di-rigentes são maus e têm culpa do estado a que chegámos. E nós, não temos também responsabilidades? Não estará na hora de assumir o nosso papel de cidadania mais ac-tiva e fazermos o que nos compete para sairmos da crise?".

Em diálogo familiar e descon-traído com a assistência, o músico foi revelando alguns momentos mais importantes da sua carreira e o segredo do sucesso: "algum ta-lento, muita determinação na von-tade de ser fiel ao próprio estilo de ser e de fazer música, e muito trabalho", porque "o sucesso não cai do céu, o que cai do céu é a chuva, a neve e os raios de sol que nos guiam todos os dias".

Claro que a noite não foi só de palavras feita. O som estava mon-tado e era de excelente qualidade, graças ao patrocínio da Sinfonia, loja de instrumentos musicais lei-

riense. Assim, na companhia da sua guitarra e das palmas do públi-co animado, o músico foi tocando alguns dos temas mais conhecidos dos UHF, como "Rua do Carmo", "Cavalos de Corrida", "Menina Estás à Janela" ou "Toca-me", e deu um "cheirinho" dos temas que enchem o novo álbum, com destaque para o excelente tema "Porquê?"que lhe dá o nome. Para surpresa de todos, no final ainda aceitou o desafio para um due-to, cantando "Um copo contigo" acompanhado à guitarra pelo Carlos Santos, nosso presidente da Junta de Freguesia.

O saldo do evento foi mui-to positivo. Em clima de "sim-plicidade, comunhão, amizade e responsabilidade", houve espaço para temas diversos, como políti-ca, família, jornalismo e literatura regional, sempre bem acompanha-dos de música. No final, todos di-ziam: "quem não veio nem sabe o que perdeu!"

Foi também a prova de que é possível trazer ilustres convidados à nossa freguesia, simplesmente em troca de "hospitalidade, simpatia e um jantar"!

Texto: Ana RitoFotos: LMF

No dia 11 de Novembro, mais uma vez, no Carvalhal, foi festejado o São Martinho. Integrado na senda da Sema-na Cultural, juntaram-se as gentes da Golpilheira naque-le lugar tão característico, ou diria mesmo, pitoresco. E para

festejar esta data, o que é que não pode faltar? Responden-do, a bela da água-pé e a cas-tanha assada, numa união com as pessoas e o dançar típico do rancho da Golpilheira.

Foi, na verdade, uma noite bem passada, onde as conver-

sas terminaram noite dentro. Agradece-se o esforço dos lo-cais, que mais uma vez foram hospitaleiros.

Concluindo: realmente, são as pessoas que fazem os lugares ou os locais, que os moldam à sua forma de ser

e que atraem os seus amigos, fazendo com que sintam bem e em comunidade. Daí até ao sucesso destas iniciativas vai um fósforo.

David Lucas

Semana Cultural - dia 11Castanhadade S. Martinhono Carvalhal

Semana Cultural - dia 10Música e livros com António Manuel Ribeiro

MesaDueto com o presidente...

Só quem veio é que sabe como foi bom

LMF Bons petiscos

LMF Rancho animou

MCR Mas todos dançaram

Page 7: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

7Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . grande reportagem .

pub

Um parceiro nos passeios TT da Golpilheira

Mudar o dia do cinema infantil para um sábado foi uma boa aposta. O salão do CRG ficou a abarrotar com a criançada e muitos pais que também gostam de um bom filme de ani-mação. A escolha recaiu em "Alvim e os Esquilos 2", uma animada comédia que

motivou por vezes sonoras gargalhadas. No final, ain-da houve a oferta de ba-lões, com o patrocínio da empresa golpilheirense de animação A Karaoke. No final, alguns sugeriram que a iniciativa deveria repetir-se mais vezes no ano, dado o sucesso registado. Vamos

pensar nisso...Ao mesmo tempo, os

cerca de 80 participantes no TT Nocturno jantavam no Restaurante Etnográfico, ali ao lado. Após a refeição, di-vididos nos cerca de 30 jipes inscritos, partiram à desco-berta da noite fria e chuvo-sa, onde o calor da amizade

e da boa disposição circulou a todo o vapor. O rumo foi a Senhora do Monte, passan-do por diversas outras pai-sagens pitorescas da região, onde à noite nem todos os gatos são pardos.

Já chovia a cântaros quando chegaram para o trial na Canoeira, pas-

sava da meia-noite, pelo que poucos se atreveram a enterrar as máquinas na lama, nem as sequer as fo-tográficas. Não há registos, portanto, mas há memórias: uma noite de convívio, com boa comida e farta bebida, e um passeio inundado de emoções. Resumindo: caía

a água do céu, corria a cer-veja nos copos, soltavam-se sorrisos à mesma, apertando as roupas nos corpos.

E pronto. Se tudo correr bem, no TT diurno "Anjos sobre Rodas", a realizar lá para Fevereiro ou Março, há-de chover menos.

Texto e fotos: LMF

Cinema...

Semana Cultural - dia 12 >>> ver pág. 13

Semana Cultural - dia 13

...e Todo-o-Terreno

Dueto com o presidente...

Mas todos dançaram

Page 8: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira8 . grande reportagem .

Como dissemos no mês passado, esta edição da Se-mana Cultural estava em risco de não se realizar. Graças à união de esforços, como podemos verificar pelas páginas deste jornal, o programa foi possível e com muitos momentos altos de cultura, diversão e parti-cipação das pessoas. Ficou provado, que quando quere-mos e nos unimos em torno de um projecto comum as coisas acontecem.

No último domingo, o convite era para o convívio entre a população como for-ma de encerrar o evento.

Primeiro a missa, depois um passeio pedestre, a terminar com o almoço de Sopa da Pedra e a tarde recreativa. Não sabíamos qual iria ser a resposta, pois não eram pe-didas inscrições. Mas cerca das 11h00, as mais de meia centena de pessoas que se juntavam sede da colecti-vidade para o passeio supe-raram as expectativas. E o panelão do almoço, prepa-rado a contar com 60 ou 70 pessoas, foi mesmo à justa para as mais de 100 que ali se juntaram. Muitos saíram logo para suas casas, mas ainda foram duas ou três

dezenas que ali permanece-ram até final da tarde, diver-tindo-se a jogar à sueca ou em jogos mais tradicionais como o pião, saltar à corda, andar em andolas, com ro-deiros, etc.

Não podemos dizer que tudo foi fantástico. Poderia ter havido muito maior par-ticipação da população, pelo menos nalgumas das propos-tas. Mas foi melhor do que em anteriores edições, o que nos deve animar a fazer ain-da melhor no próximo ano.

Luís Miguel Ferraz

pub

Telefone244 815 818

Edifício Arcadas - Piso 0 - Loja 1Av. Marquês de Pombal - 2440 Leiria

CONSTRUÇÕES

Filipa SilvaSolicitadoraTelf./Fax. 244 765 466 | Telm. 910 865 979

E-mail: [email protected]

Estrada de Fá�ma, n.º 16 - B, R/C Esq., 2440-100 Batalha(Junto à escola de condução Espírito Santo e Reis, Lda)

Mais uma recolha na GolpilheiraDar sangue é dar vida

Os golpilheirenses levam bem à letra o slogan "dar sangue é dar vida" e respondem sempre em massa ao convite para as recolhas que se fazem duas vezes por ano na nossa colectividade. A última foi no dia 7 de No-vembro, com cerca de 120 colheitas efectuadas durante a manhã, um número muito bom, segundo os técnicos do Centro Regional de Sangue de Coimbra que aqui se deslocaram.

Semana Cultural - dia 14Convívio foi a "chave-de-ouro"

Âng

ela

Ago

stin

ho

Caminhada muito bem disposta

Âng

ela

Ago

stin

ho

Um grupo bem numeroso

LMF Não houve torneio, mas houve “sueca”LMF Mais de cem apareceram para o almoço LMF Andolas, pião... muita diversão

Foto

s: L

MF

Page 9: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

9Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . sociedade .

Foi uma despedida da casa dos "30", pois no pró-ximo ano entrarão no grupo dos quarentões. Para assina-lar o facto, os naturais e re-sidentes na Golpilheira nas-cidos em 1971 juntaram-se num jantar de convívio, no passado dia 20 de Novem-bro, no Restaurante Etno-gráfico do CRG.

Nem todos se inscre-veram, dos que podem ser identificados numa fotogra-fia tirada na 1.ª classe, em 1977, mas alguns outros que vieram de outras pa-

ragens se juntaram a eles. Ao todo, foram 16 os que marcaram presença e pude-ram conviver com as duas professoras primárias que os acompanharam, Maria dos Anjos Cardoso e Madalena Almeida.

As professoras agrade-ceram o convite e dirigiram algumas palavras aos seus antigos alunos, lembrando alguns dos bons momen-tos passados nos bancos da escola do Paço e sobretudo partilhando a alegria de os ver "crescidos", felizes e...

todos vivos. Numa peque-na prenda que distribuíram, deixaram a seguinte quadra: "Recordar tempos da escola / Revivê-los com o coração / Não é processo de esmola / Mas uma mútua gratidão".

De facto, é mútua a gra-tidão, pois aquilo que somos hoje deve-se também à aju-da que as nossas professoras nos prestaram no início da vida escolar.

O convívio foi animado, com muitas histórias dos ve-lhos tempos de escola e ou-tras memórias reavivadas.

Mas também se falou do presente, do que cada um faz neste momento a nível pessoal e profissional. E de futuro: o grupo pretende realizar algumas activida-des conjuntas, a começar pela organização da festa em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, no pri-meiro fim-de-semana de Agosto.

Portanto, iremos voltar a ouvir falar deles...

LMF

No passado dia 3 de Novembro propunha-se na Assembleia da República a votação do Orçamento de Estado para 2011. Foi um momento emblemático para a economia portuguesa, ca-racterizado por forte turbu-lência político-partidária.

Aceitando o convite do deputado Paulo Baptista, a Assembleia da Junta de Fre-guesia da Golpilheira esteve presente. Da parte da ma-nhã, pudemos assistir aos discursos e argumentações dos diversos blocos partidá-rios, centrados na escolha do melhor caminho glo-bal. Em seguida ao almoço e a uma breve visita pelo edifício com o nosso anfi-trião, pudemos reunir-nos

e conhecer melhor algumas das funções parlamentares e alguns projectos em cur-so. Pela tarde, voltámos de novo à Assembleia propria-mente dita, onde após apre-sentação das considerações finais assistimos à votação

do Orçamento de Estado.O Orçamento do Esta-

do foi então aprovado na generalidade: com os votos favoráveis do PS, a absten-ção do PSD e o voto contra do CDS-PP, BE, PCP e PEV. A proposta orçamental foi

viabilizada pela abstenção do PSD, na sequência de um acordo com o Governo, já que o PS não dispõe de maioria absoluta no Parla-mento.

Cristina Agostinho

Escola Secundária de olhos no CéuNa noite de 15 de Novembro, na Escola Secundária

da Batalha, os alunos do 7.º ano puderam observar o céu com outro olhar…

A experiência foi realizada ao ar livre, a partir das 20h00. Apesar do frio que se fazia sentir, as condições meteorológicas tornaram a noite favorável à observação. Através de dois telescópios, observámos a Lua, na sua fase de quarto crescente, as suas crateras e em particular a cratera de Arquimedes. Observámos também Júpiter, conseguindo ver três dos seus satélites naturais.

A olho nu, seguindo os mapas celestes fornecidos e explicados pelos professores, observámos a Estrela Polar que nos orienta para o Norte e a constelação de Cassio-peia. Estas experiências são muito importantes e contri-buem para o interesse dos alunos pela disciplina.

Ângela Agostinho Monteiro (7.º B)

Alunos da Batalhavisitam o berço de Afrodite

Os alunos do Curso de Técnico de Gestão e Progra-mação de Sistemas Informáticos da Escola da Batalha tiveram a oportunidade de realizar uma visita ao Chipre, ao abrigo do Programa Comenius, intitulado "Steps to Improve the Environment", no âmbito do programa de aprendizagem ao longo da vida. A actividade foi realiza-da no período compreendido entre o dia 7 e 15 de Outu-bro, registando-se a sua passagem pela cidade de Milão, em virtude da inexistência de voo directo e atendendo ao facto dessa passagem ser vantajosa no que respeitava a custos de deslocação.

Este intercâmbio visa essencialmente sensibilizar a comunidade escolar para as questões ambientais, perce-ber de que forma os diferentes países desenvolvem acti-vidades que promovam a qualidade ambiental. Os países participantes são: Portugal, Espanha, Finlândia e Chipre. Pretende-se, ainda, medir a qualidade atmosférica, reali-zando a geo-referenciação de dados ambientais, através de dispositivos adequados, sensores disponibilizados pelo Centro de Competência "Entre Mar e Serra".

Durante essa semana, os alunos e professores parti-cipantes tiveram a oportunidade de conhecerem alguns monumentos da cidade de Milão, tais como a Catedral de Milão (Duomo), as Galerias Vittorio Emanuele, o Te-atro La Scala e o Castelo Sforzesco. No Chipre, visitaram cidades como Larnaka, Nicósia e Paphos.

Os alunos portugueses ficaram, durante a primeira parte do programa, alojados em hotel e, posteriormente, já na zona de implantação da escola Makarios III Tech-nical School, com a qual se realizou o intercâmbio, com famílias de acolhimento.

A participação dos alunos neste projecto constituiu uma oportunidade única no que concerne à sua for-mação enquanto cidadãos europeus, fomentando a sua abertura e tolerância no que respeita a outras culturas, facilitando, assim, a aproximação e cooperação entre os vários países europeus.

Grupos dos nascidos em 1971 em convívioReavivar memórias e partilhar gratidão

Comitiva da Junta da GolpilheiraAutarcas foram ao Parlamento

DR Pose no Parlamento

DR Para mais tarde recordar...

DR

Page 10: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira10 . sociedade .

pub

No passado dia 10 de Outubro foram apresenta-das à comunidade da Igreja da Golpilheira algumas al-terações na celebração da eucaristia. Trata-se de um programa que está a ser de-senvolvido com vista a uma maior comunhão na comu-nidade cristã da nossa Fre-guesia, nomeadamente na dignificação e maior parti-cipação das pessoas na Eu-caristia dominical e outros actos de pastoral litúrgica, catequética e social.

O primeiro sinal simbóli-co foi dado com a alteração da disposição dos bancos, ligeiramente virados ao centro, permitindo uma melhor visualização en-tre as pessoas e orientação para o altar. A breve prazo, pretende-se criar outras condições de comodidade, iluminação, climatização e qualidade acústica, o que está a ser preparado no âm-bito de um projecto global de intervenções necessárias no templo, visando a dig-nificação e o conforto do espaço celebrativo. Sobre isso, iremos dando novas informações.

Mas essas melhorias só farão sentido se forem acompanhadas por uma aposta na animação litúr-gica e na qualidade da ce-lebração, em todos os seus aspectos e envolvendo to-dos os intervenientes, des-de o sacerdote aos leitores, cantores, acólitos e outros colaboradores ocasionais. Assim, decidiu-se avançar desde logo para a reestru-turação do grupo coral, de acordo com o seu ante-rior maestro Mário Costa, com novos dinamizadores e colaboradores, tanto nas vozes como nos instrumen-tos. É um trabalho que está a começar agora e que se pretende vir a melhorar

com o tempo, estando o convite aberto a todos os que queiram integrar o gru-po (ensaios à quinta-feira, às 20h00).

Paralelamente, está a ser agendada uma acção de formação para leitores, uma outra acção junto dos alunos do 7.º ano de catequese para acólitos, e uma programação para a participação de todos os grupos de catequese na celebração, juntamente com os pais, devidamente distri-buídos pelos vários domin-gos do ano.

De referir que este trabalho está a ser desen-volvido pela Comissão da Igreja da Golpilheira, com a colaboração permanente da Comissão da Igreja de S. Bento, numa integração gradual das duas equipas de trabalho. Este é mais um sinal da união que se pretende incentivar a para a qual todos os cristãos da comunidade são convidados a contribuir. Porque este é um trabalho que terá tanto mais sucesso quanto maior for o envolvimento de cada um, na partilha dos seus dons com todos.

O convite fica feito.Luís Miguel Ferraz

Eventos a favor do Seminário

Festa da Imaculada Conceiçãoe Concerto “Canções de Esperança”

O Seminário de Leiria convida todos os diocesanos, em especial os que se ocupam das vocações sacerdotais pela oração, testemunho e partilha e quantos ajudaram a executar a 1.ª fase das obras no edifício do Seminário, para a festa da sua Padroeira – a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria –, que se vai realizar na tarde do dia 8 de Dezembro, com início às 15h30, na igreja do Seminário.

Do programa consta: - Eucaristia, presidida por D. António Marto, na

qual farão a admissão às Ordens Sacras quatro alunos do nosso Seminário: Patrício Oliveira, Miguel Alves, Fábio Bernardino e Tiago Silva;

- Bênção e visita aos espaços renovados do edifício do Seminário – mandado construir por D. João Pereira Venâncio, entre os anos 1962 e 1965 –, e que se destinam à Comunidade do Seminário e à Casa de Retiros;

- Inauguração de uma exposição de Presépios, evoca-tiva do Natal do Senhor e da missão específica de uma casa de retiros: ser espaço de escuta e meditação da Pa-lavra de Deus para que, como em Maria, também ela possa incarnar em nossas vidas e dar muito fruto.

"Canções de Esperança" para angariar fundosPor iniciativa de

João Junqueira, antigo aluno do Seminário de Leiria, apoiada e assu-mida pela Associação de Antigos Alunos do Seminário, irão re-alizar-se, no Centro Pastoral Paulo VI, em

Fátima, nos dias 11 e 12 de Dezembro, dois espectáculos a favor das obras no edifício do Seminário Diocesano.

É uma forma generosa e ousada de mostrar o quanto estão agradecidos pelo muito que receberam do Seminá-rio. Mas esta gratidão não é, não deve, nem pode ser só deles: é antes de toda a Diocese, pois ali se formaram e continuam a formar os que a servem a tempo inteiro, e ali estão alojados os serviços que dinamizam a comunidade diocesana, nos seus diferentes níveis de acção.

Com este espectáculo, a apresentar no sábado, às 21h00, e no domingo, às 17h00, João Junqueira, acom-panhado por 25 músicos profissionais, mais alguns ami-gos, oferece duas horas de música de mensagem cristã, "provocadora e inquietante (…), e com sabor a um Na-tal de Jesus, tão arredado das preocupações dos homens de hoje".

Vamos, pois, encher a sala no sábado e no domingo. Não será difícil, se em todas as comunidades houver in-teresse em ajudar esta Instituição que tanto tem dado e continua a dar à vida da Diocese.

A divulgação deste evento está a ser feita nas paró-quias, movimentos e serviços diocesanos, e pela imprensa escrita e radiofónica; os bilhetes, ao preço de 12,50 euros, podem também adquirir-se na portaria do Seminário.

Padre Manuel Armindo Janeiro (Reitor)

CLÍNICA VETERINÁRIA DA BATALHADR. EUSÉBIO

Est. de Fátima, 11 r/c A • 2440-100 BatalhaTel. 244 767 721 • Tlm. 917 521 116 (atend. permanente)

• consultas • vacinações • análises • Raios X • ecografias •• tosquias • internamentos • identificação electrónica •

• consultas de refrência • todos os artigos para o seu animal •

Para uma comunidade mais unidaNovidades na Missa da Golpilheira

Mensagem de agradecimentoA propósito da

minha substituição na regência do gru-po coral, no passado dia 10 de Outubro, gostaria de publica-mente agradecer a Deus o dom que me deu do canto e que desenvolvi a pedido do Sr. Prior e respon-sáveis de então. Servi a Golpilheira durante 56 anos, quase sem in-terrupções. Agradeço ao Sr. Prior, que desde que veio para a Bata-lha sempre colaborou

comigo nos programas litúrgicos de cada domingo e pela confiança que sempre depositou em mim.

É com muita alegria que vejo a substituição por dois elementos da nossa terra: o Dr. Luís Miguel e a Dra. Mar-ta Frazão, por quem tenho muito carinho (e segundo diz, aprendeu muito comigo). É uma alegria reforçada, por-que os dois foram elementos do Coro Infantil e Juvenil da Golpilheira, que eu fundei há muitos anos.

Ao coro litúrgico da Golpilheira quero pedir desculpa por alguma coisa que tivesse corrido menos bem e agrade-cer as prendas que me ofereciam no meu aniversário.

Por fim, agradeço de uma maneira geral a toda a co-munidade da Golpilheira, pelo carinho e respeito que sempre tiveram para comigo, incluindo os meninos a meninas da catequese, que quando passam por mim me cumprimentam com um simpático "olá".

A todos o meu muito obrigado!Mário Monteiro Costa

LMF Exemplo de participação dos meninos do 1.º ano

LMF

Page 11: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

11Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . sociedade .

pub

EMISSÃO ONLINEwww.radiobatalha.com

Tel. 244 769 720

Novembro é o mês dos finados e dos crisântemos, ou seja, faz-se o culto da família e daqueles que já partiram.

Neste mês, em espe-cial, visita-se o cemitério, elevam-se preces a Deus, acendem-se velas, ofere-cem-se flores como forma de expressar carinho e amor por eles. É a celebração da ausência sem regresso que a lembrança aviva, contor-nando a morte.

É um tempo especial para recordar e ninguém escapa a isso, mesmo que não o mostre com uma ida ao cemitério.

A comemoração dos fiéis defuntos oferece-nos uma excelente oportunida-de para meditar sobre o sig-nificado da morte e as lições daí decorrentes.

Em cada sepultura es-tão os restos mortais dos que percorreram, como nós o fazemos nestes dias, os ca-minhos da vida.

Agências FuneráriasAnterior a este processo

está outro bastante comple-xo e também importante: o funeral. Este consiste numa cerimónia, tradicionalmen-te adoptada para a despedi-da de um ente querido logo após a morte, preparada por uma agência especializada.

O concelho da Bata-lha conta há 30 anos com a Agência Funerária San-tos & Matias. Esta agên-cia surgiu para preencher uma lacuna deste tipo de serviços na zona, uma vez que até essa data os faleci-dos eram transportados em "carretas", passando depois a ser conduzidos em auto-fúnebres.

"A empresa é reconhe-cida pelos princípios pelos quais se rege: discrição, profissionalismo e honesti-dade", afirma o seu respon-sável, José António Matias. Para que possam correspon-der a todas as necessidades que se apresentam hoje em dia, têm frequentado di-

versos cursos de formação profissional: psicologia do luto, tanatopraxia (método de conservação do corpo), tanoestética (maquilha-gem de cadáveres), gestão de agências funerárias, en-tre outros. Presta serviço a nível nacional e internacio-nal, abrangendo no entanto, com maior predominância, a zona do distrito de Leiria.

Este ano, os batalhenses passaram a ter mais uma especialista no concelho, a Agência Funerária Espírito Santo, que nasceu em Abril com o objectivo de ser uma nova opção para os clientes deste concelho, mobilizada a "humanizar cada vez mais a perda do ente querido". A sua política centra-se nos "princípios de trabalho, no respeito pelos falecidos e suas famílias, independente-mente das suas crenças reli-giosas ou estatuto social", e embora respeitando as tra-dições milenares, dirige a sua aposta para a oferta de novos serviços no sector fu-

nerário, como por exemplo música ambiente, serviço de catering no velório, reporta-gem vídeo/fotografia, apoio psicológico, urnas ecológi-cas, cremação, etc.

O gerente é André Es-pírito Santo, com 7 anos de experiência no ramo funerário, formado em Ta-natopraxia e Tanatoestéti-ca. Segundo ele, "a família em sofrimento é a razão da nossa existência, com a preocupação de a tratar-mos com um respeito subli-me, pois cada cliente tem a sua maneira de viver luto, pelo que a nossa psicóloga faz um primeiro contacto gratuitamente".

O balanço nos primeiros meses tem sido satisfatório, pois apesar da "meninez" do negócio, as pessoas têm no-tado a sua presença. "Este negócio é muito complica-do e muito competitivo e temos de apostar na publi-cidade para chegar à popu-lação, pelo que o concelho da Batalha ainda necessitará de alguma maturação, que só se consegue com o tempo, para as pessoas se apercebe-rem de que têm mais uma opção de escolha", afirma o empresário.

Para os cristãos, este é um momento especial, que significa a passagem para a vida eterna. É nor-mal experimentar-se a dor e o sentimento de perda de quem se ama, mas deve ser vivido com a dignidade e a esperança de que não é ali que termina tudo: "Aquele que crê em Mim, mesmo que morra, viverá eterna-mente" (Jo 11, 25).

Ângela Susano

CPCJ do distrito em videoconferênciaCriança tem interesse público superior

Realizou-se, no passado dia 16 de Novembro, na Câmara Municipal, uma reunião da Comissão Alargada da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Batalha, que esteve ligada em videoconferência com todas as CPCJ dos distritos de Leiria e Castelo Branco, tendo ainda as CPCJ do distrito do Porto como assisten-tes, num total de 38 equipas ligadas em rede.

O momento inicial foi a comunicação do presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jo-vens em Risco, Armando Leandro. Defendendo um cada vez maior empenho dos colaboradores destas comissões, este responsável lembrou que "tudo o que diz respeito à criança deve ter um interesse público superior", sen-do necessário insistir na "interiorização de todos os di-reitos das crianças nas várias legislações e convenções internacionais".

A primeira linha de acção corresponde às famílias e à comunidade em geral, competindo às CPCJ intervir em casos de risco, sendo "a sua prioridade fundamental a prevenção". Para tal, exige-se o trabalho solidário entre os vários actores sociais, desde as autarquias e serviços sociais até às autoridades de saúde, polícias e tribunais. "A CPCJ é mais do que uma parceria, é uma represen-tação da comunidade e das suas várias instituições, pelo que nela ganha especial ênfase a necessidade de colabo-ração e plurifuncionalidade entre os seus membros, que devem ser escolhidos como representantes de qualida-de", defendeu Armando Leandro.

No final, foi aberto o debate às várias CPCJ, que co-locaram ao seu presidente nacional algumas das ques-tões com que se debatem no seu trabalho diário. No entanto, algumas dificuldades técnicas não permitiram que a conversa decorresse com a participação de todos, como foi o caso da Batalha. Esta foi a primeira vez que se usou a videoconferência para este trabalho, uma so-lução que poupa recursos e viagens e que, com a prática e a resolução desses entraves, poderá vir a agilizar a tro-ca de informações e optimizar os resultados do serviço feito no terreno.

LMF

Batalha já conta com duas agências funeráriasNovembro, “mês dos finados”

LMF Na noite de fiéis defuntos, o cemitério ilumina-se

LMF

Page 12: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira12 . pub .

Visite-nos!na GOLPILHEIRA

Rua do Choupico, 129Casal de Mil Homens

244765498 / [email protected] toque de arte na decoração da sua casa...

Telas • Esculturas • AzulejosMóveis • Peças Decorativas

Sempre exclusivo e original!

• Electricidade • Sistema de Alarmes • Telecomunicações • Canalização Água • Aspiração Central • Climatização • Ar Condicionado • Painéis Solares• Aquecimento Central

Hélio Videira

Rua da Freiria - Lt 7 - r/c • 2440-046 BATALHA • Telm. 919 327 418

A Soluçãona Habitação...Procura a casa dos seus sonhos?Quer trocar de casa? Quer reduzir a prestação do empréstimo?Fale connosco......nós temos a solução!

Pç. Município, Lt.5-r/c D.2440-107 BATALHA Telf. 244 766 202Tlm. 912 230 888

SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA, LDA.Licença AMI n.º 7416 Urbanização

Aldeia de Santa MartaZona calma na Calvaria de Cima

Vivendas individuais • 140.000 euros

Pesquise na Internet as nossaspromoções a nível nacional:

www.leninveste.pt

Rua D. Filipa de Lencastre, N.º 7 A • 2440 BATALHA • Tel. e Fax 244766569

Representante das marcas

Adelino Bastos

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010

SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHAFILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRATELS: 244 768 766 • 917 504 646

(Ref.371) Apartamento T3, situado a 2 min. do centro da Batalha, perto do Centro de Saúde e escolas. Vista para o rio e campo de Golf. Boas áreas. • 120.000 euros

(Ref. 375) Apartamento T3 na Rua dos Bombeiros, Batalha, com garagem e arrecadação individual. Boas áreas, a 1 minuto do Mosteiro. • 79.500 euros

• Oficina de reparações gerais

• Testes computorizados a motores

• Serviços de ar condicionado

(Ref. 309/7245 Apartamento localizado no centro da vila da Batalha (Célula B), perto de escolas, bancos, cinema, GNR, comércio e jardim.• 68.100 euros

Financiamento garantido!

Page 13: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

13Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . grande reportagem .

Não podia faltar no programa da 17.ª Semana Cultural da Golpilheira o habitual desfile de moda "Golpilheira Fashion". As-sim, no dia 12 de Novembro, com a casa bem composta por pessoas de todas as ida-des, apresentaram-se as colecções de Fátima Cruz, Street Fashion e FC...In.

Mais uma vez, a estilista conterrânea Fá-tima Cruz foi convidada para exibir as suas marcas no desfile. "Aceito sempre o convite com um carinho enorme, é um prazer servir esta casa", disse-nos a criadora.

Fátima Cruz considera a sua colecção "extremamente activa, onde sobressaem os tons animais". A roupa conta com "um toque

casual e confortável" e foi vestida por jovens golpilheirenses. Oito modelos femininos e um masculino desfilaram na passerelle do Centro Recreativo da Golpilheira, maqui-lhados por "O Boticário".

Quanto ao calçado, o "Golpilheira Fashion’10" voltou a contar com a colecção das "Sapatarias Inês Ferreira", do empresário também golpilheirense Carlos Ferreira.

A noite decorreu em clima descontraído e familiar, mas com muito charme e elegân-cia, e boas propostas para quem quer acom-panhar as últimas tendências da moda.

Texto: Ângela SusanoFotos: LMFerraz

No passado dia 30 de Outubro, o salão nobre da Junta de Freguesia da Golpilheira recebeu o espectáculo "ISHIZUKA - O Afinador de Sonhos". Foi um evento destinado a bebés e que consistiu em fazer despertar para novas sensibilidades aos bebés, convidando-os a ouvirem e a participarem na sessão de forma activa e respondendo aos estímu-los sonoros.

Uma hora para bebés e pais, que os despertou para momentos com alguma ternura e interacção com sonoridades

desconhecidas, enquadradas numa his-tória com carácter teatral.

A registar fica a promessa de breve-mente podermos assistir a uma segunda sessão, para quem não teve oportunidade de assistir desta vez.

A nós, cabe agradecer o empenho da SAMP (Sociedade Artística e Musical dos Pousos), autora do projecto, e ao Mu-nicípio da Batalha por trazer às freguesias do concelho este tipo de eventos.

Carlos Santos,Presidente da Junta de Freguesia

Semana Cultural - dia 12

Golpilheira Fashion’10

“Música para Bebés” veio à Golpilheira

Page 14: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira14 . sociedade . cultura .

O Campo da Batalha de Aljubarrota e a sua área envolvente, no concelho de Porto de Mós, estão desde o dia 4 de Novembro clas-sificados como monumen-to nacional, uma decisão tomada em Conselho de Ministros.

A decisão foi justificada com o facto de se tratar de "património que representa um valor cultural de sig-nificado para o País e que deve ser objecto de especial protecção e valorização, no quadro da obrigação do Es-tado de proteger e valorizar o património cultural".

Recorde-se que o espaço em causa foi palco da Bata-

lha de Aljubarrota, ocorrida entre os exércitos português e castelhano num planalto entre a Ponte da Boutaca, no concelho da Batalha, a Norte, e o Chão da Feira, concelho de Porto de Mós,

a Sul, no dia 14 de Agos-to de 1385, representando, como realça o comunicado do Conselho de Ministros, "um momento decisivo de afirmação de Portugal como reino independente,

marcando o imaginário de muitas gerações".

"Para além da sua im-portância histórica, a bata-lha foi igualmente pretexto para o desenvolvimento de uma táctica militar inédita, apurada na Guerra dos 100 Anos e posta em prática por D. Nuno Álvares Perei-ra, de que é testemunho o complexo sistema defensivo, constituído por cerca de 800 covas de lobo e dezenas de fossos, posto a descoberto nas campanhas arqueoló-gicas que decorrem desde 1958", acrescenta o referi-do comunicado.

Com o objectivo de dar continuidade ao debate em torno da temática do asso-ciativismo, o Município da Batalha, através do Museu

da Comunidade Conce-lhia, e o Centro Recreativa da Rebolaria, que comemo-ra em 2010 meio século de existência, organizam o V Fórum do Associativismo do Concelho da Batalha, subordinado ao tema "As associações e o seu espaço na sociedade". A iniciativa decorre no dia 27 de No-vembro, sábado, a partir das 14h00, nas instalações daquela colectividade.

A importância das asso-ciações no desenvolvimen-to territorial como espaços de cidadania, de formação, de convívio e de preserva-

ção de memórias constitui o cerne de um fórum que pretende, uma vez mais, preencher-se de experiên-cias motivadores e de re-conhecido sucesso, dando lugar à partilha de ideias.

Para tal, o Painel I abordará o tema “Movi-mento Associativo - que espaço a ocupar na socie-dade actual?”, partindo de dois exemplos práticos: Luís Ferreira, da Organização do Festival "Bons Sons", falará do Sport Club Operário de Cem Soldos - Tomar; Luís Leitão, presidente da As-sembleia Geral do Atlético

Clube de Vermoil falará da sua associação. No Painel II, José Travaços dos Santos fa-lará do “Centro Recreativo da Rebolaria – 50 Anos de Associativismo ao Serviço da População”.

No evento serão ainda assinados os protocolos de Apoio Municipal ao Asso-ciativismo, em áreas como o Desporto, as Actividades Regulares e os projectos de Investimento.

O encontro contará com animação musical pelo Gru-po "Sons do Lena", da Ba-talha.

A Casa-Museu Cen-tro Cultural João Soares,

nas Cortes, tem patente a exposição "Os Grafitos Medievais do Mosteiro da Batalha".

A mostra aborda um as-sunto até hoje ignorado: o gesticular anónimo de quem esteve no Mosteiro durante a sua construção. Esculto-res, pedreiros, carpinteiros, arquitectos e monges fixa-ram nas paredes uma lin-guagem paralela, não a dos alicerces, das abóbadas e de um imaginário que iriam legar à posteridade, mas

as dúvidas, as conversas, as ironias, as crenças de um quotidiano forjado numa das épocas mais criativas do viver português.

Graças a circunstâncias casuais – as características do calcário das pedreiras do Reguengo do Fetal –, as linhas espontâneas que traçaram ficaram gravadas através dos séculos na face rugosa das pedras. São esses registos ténues que são aqui ressuscitados numa aparição imprevista: a cegonha, sím-

bolo da vigilância ascética dos frades que ficou inscri-ta à porta do seu dormitório; os barcos dos carpinteiros navais que levantaram os cimbres, ou seja, as estrutu-ras de madeira para supor-te das abóbadas; as volutas dos escultores de capitéis; os jogos riscados de improviso nas horas de descanso.

É uma outra Idade Mé-dia, que cruza os alvores do renascimento e nasce num sussurro íntimo, após 500 anos de silêncio.

Campo da Batalha de Aljubarrota....Elevado a Monumento Nacional

V edição do Fórum do Associativismo As associações e o seu espaço na sociedade

Exposição na Casa-Museu João SoaresOs Grafitos Medievais do Mosteiro da Batalha

Jantar de Natal da CERCILEIA CERCILEI é uma instituição com 30 anos que

apoia actualmente cerca de 370 deficientes entre os 0 e os 50 anos. Vai organizar um jantar de Natal, para angariação de fundos, no dia 4 de Dezembro, pelas 19h00, na Quinta dos Castanheiros, na Boa Vista.

Info: 244850970/965

Jantar da APPC “Aprender a Crescer”A APPC – Associação Portuguesa de Paralisia

Cerebral de Leiria realiza o seu 8.º Jantar de Natal, no sábado 4 de Dezembro, pelas 20h00, com o tema "Aprender a Crescer", no restaurante "Tromba Rija" - Quinta do Fidalgo, na Batalha.

Info: 244833983, 919940299, 967747517

Banco Alimentar contra a FomeNos dias 28 e 29 de Novembro, o Banco Alimentar

Contra a Fome irá promover uma campanha de recolha de alimentos nos concelhos de Leiria, Batalha, Marinha Grande, Porto de Mós, Ourém, Pombal, Ansião e Figueiró dos Vinhos. Esta campanha decorrerá junto de 57 superfícies comerciais do País, com a colaboração de 1400 voluntários. Em Maio passado foram recolhidas 69 toneladas de alimentos, distribuídos por 53 instituições que apoiam cerca de 5300 pessoas carenciadas.

Concurso de Presépios em P. de MósDurante o mês de Dezembro e Janeiro, o Município

de Porto de Mós irá organizar o 20.º Concurso de Presépios, com 4 categorias: Adultos; 3.º Ciclo; 1.º e 2.º Ciclos; Jardim-de-infância. Os trabalhos devem ser entregues até dia 16 de Dezembro, no edifício do Espaço Jovem, no Jardim Municipal. Os premiados ficarão expostos no mesmo local de 18 de Dezembro a 22 de Janeiro.

“Shop On” regressa a leiriaVai voltar a organizar-se em Leiria o "Shop On", no

dia 4 de Dezembro, projecto que pretende valorizar o comércio de rua local e atrair novos públicos à cidade, através da abertura das lojas até à meia-noite. Já com 108 lojas aderentes, esta edição vai contar com algumas surpresas dos comerciantes, como montras-vivas, tapetes vermelhos, decoração natalícia, lojistas com indumentária natalísica, pinturas faciais, DJ, oferta de brindes, descontos, promoção de produtos, degustações, Pai-Natal da loja, etc. Terá ainda um desfile de Pais-Natal em bicicleta, a partir do Largo do Papa, pelas 18h30, e variada animação: coros natalícios, dança, charrete, modelagem de balões, cuspidores de fogo...

FAG 2010 na Marinha GrandeA FAG 2010 – XXI Feira Nacional de Artesanato

e Gastronomia da Marinha Grande decorre de 26 de Novembro a 5 de Dezembro, no Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande. O evento conta com os artesãos a trabalhar ao vivo e com diversos restau-rantes a mostrar a melhor gastronomia tradicional, bem como pontos de venda de produtos regionais como queijos, doces, enchidos, a tradicional poncha da madeira, entre outros. A diversão e o convívio também estão garantidos, com um rico programa de animação, baseado nas mais tradicionais e populares sonoridades locais e nacionais.

PELA REGIÃO

LMF A campo militar é palco habitual de comemorações da batalha

Page 15: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

15Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . cultura . desporto .

Depois dos actos evo-cativos do Infante D. Hen-rique em Aljezur, Vila do Bispo e Lagos, nas Terras do Infante, designação feliz para a associação destes três municípios algarvios, con-cluíram-se na Batalha, em 14 do corrente, as homena-gens à memória do iniciador e impulsionador de uma das maiores epopeias da história da Humanidade: os Desco-brimentos Portugueses.

Após a Missa, no Mos-teiro de Santa Maria da Vi-tória, presidida pelo Bispo emérito de Leiria-Fátima D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, e concelebrada por Monsenhor Luciano Gomes Paulo Guerra e Padre José Ferreira Gonçalves, proce-deu-se à deposição de flo-res no túmulo do Infante e realizou-se, no auditório do Mosteiro, a conferência do Professor Doutor Saul An-tónio Gomes, subordinada ao título "O Infante, a Ba-talha e os Destinos de Por-tugal", notável lição de his-tória e declaração de fé nos destinos do Povo português (ver págs. 16 e 17).

À mesa da sessão pre-sidiu um ilustre batalhen-se, o professor doutor Rui Manuel Gens de Moura Ramos, presidente do Tri-bunal Constitucional. Cons-tituíram-na, ainda, o presi-dente da Câmara Municipal da Batalha, António José Martins de Sousa Lucas, alma destas comemorações na histórica vila, e o presi-dente do IGESPAR, Gon-çalo Couceiro. No claustro

houve a agradável surpresa de um magnífico quarteto de sopro da SAMP – Socie-dade Artística Musical dos Pousos brindar os presentes com algumas peças de mú-sica clássica.

A terminar, no vasto terreiro a leste do Mostei-ro (que no próximo ano vai finalmente beneficiar de obras), terreiro que tem o nome do Infante, foi inau-gurado o seu busto, esplên-

dida escultura dos artistas batalhenses António José Moreira e Alzira Antunes, que se inspiraram na cabeça da estátua jacente do túmu-lo da Capela do Fundador. Trabalho inteiramente mol-dado e assente no calcário regional, do mesmo calcário de que é feito o Mosteiro. O Infante, à semelhança da ja-cente batalhina, tem a coroa ducal a invocar a sua condi-ção de duque de Viseu.

O novo monumento é muito expressivo e muito belo e reveste-se de verda-deira espiritualidade. Está ali o Infante das prodigio-sas navegações e da expan-são dum povo que, apesar da sua pequenez numérica, correu as partidas do mundo e deixou marcas indeléveis em quatro continentes.

José Travaços Santos

Exposição de pintura

"Aguarelas" de Artur FrancoArtur Franco, natural de Leiria, nasceu em 1950 e

desde muito novo revelou uma especial apetência para as artes, especialmente para a pintura. Apresenta-se cada vez mais realista, com um traço genuíno na técnica da

aguarela que mar-ca a sua pintura. Nesta exposição, pretende mostrar ao público, para além de monu-mentos, figuras do mercado an-tigo, mas no séc. XXI. Patente na galeria Mouzinho de Albuquerque, de 4 a 18 de De-zembro, das 14h00 às 18h00.

Isto faz-me lembrar a história de certo padre que, para atrair mais crianças à cate-quese, avisou que tal dia ia haver "cinema". Cinema era apenas a projecção de algumas imagens fixas, mas para a pequenada, na-quele tempo, aquilo era "cinema". A sala encheu-se, mas o padre, ou por não poder ou por esquecimento, de "cinema", nada. Ao sair, um dos miúdos, cabisbaixo, diz para os colegas: "Sacana do padre, disse qu‘abia e na abeu!".

E assim foi agora. Estava tudo combi-nado para a transmissão das cerimónias de homenagem ao Infante D. Henrique, no passado dia 14 de Novembro. No dia 5, estiveram cá alguns responsáveis e téc-nicos da RTP a examinar todo o local onde iam decorrer as cerimónias, tiraram medidas, combinaram locais de estaciona-mento, tudo a correr bem. Mas, no final desse encontro, quando pediram a lista das "personalidades" que iriam estar presentes, houve, logo ali, um engelhar de narizes. Não havia "figuras mediáticas". Pensei logo comigo: temos o caldo entornado. E, se bem o pensei, pior aconteceu. Dias depois, vem a comunicação do cancelamento da transmissão, porque a RTP não tinha di-nheiro para a iluminação. Ficava muito cara. Certamente temeram ficar sem di-nheiro para os "ordenaditos" de adminis-

tradores e directores de programas.Será que, se as tais "figuras mediáticas"

que foram convidadas tivessem vindo, não haveria mesmo dinheiro para a ilumina-ção? Fico na dúvida, se a RTP vinha para apresentar aos seus telespectadores a figu-ra heróica do Infante D. Henrique, ou as caras dos nossos políticos.

Lamento que a figura do Infante, que escreveu uma das mais belas páginas da nossa história, tenha ficado para segundo plano, perante as figuras da nossa política, que têm levado Portugal ao estado em que se encontra. Se não vinham aquelas caras, o mosteiro da Batalha é Património Mun-dial, é uma das Sete Maravilhas de Portu-gal. Qualquer repórter, mesmo de "meia tigela", conseguia, sem dificuldade, encon-trar neste monumento imagens muito aci-ma da beldade de Suas Excelências (com isto, não quero dizer que sejam feios).

Diz-se que o nível cultural dos por-tugueses é pobre. É pena que quem tem meios e condições para lhes dar a co-nhecer importantes valores históricos e culturais prefira apresentar-lhes "figuras mediáticas".

A cerimónia fez-se. Foi homenageado o Infante. A RTP falhou.

In Ecos do Domingo,boletim paroquial da Batalha

Equipas do CRGFUTSALJuniores Femininos – Campeonato Distrital19-11 – Louriçal – 2/Golpilheira – 6Próximos Jogos28-11 – 18h00 – (Batalha) – Golpilheira/G. Alegre e Unido05-12 – 17h00 – (Pousos) – União de Leiria/Golpilheira12-12 – 18h00 – (Batalha) - Golpilheira/Portomosense18-12 – 21h00 – (Segodim) – Segodim/Golpilheira

Seniores Femininos – Campeonato Distrital da Divisão de Honra23-10 – Academia da Caranguejeira – 5/Golpilheira – 130-10 – Golpilheira – 2/Vidais – 106-11 – Golpilheira – 5/Pocariça – 2Próximos Jogos27-11 – 20h30 – (Escola Correia Mateus – Leiria) – Núcleo do Sporting/Golpilheira04-12 – 19h00 – (Batalha) – Golpilheira/Amigos da Ribeira do Sirol10-12 – 21h00 – (Parceiros) – União de Leiria/Golpilheira18-12 – 19h00 – (Batalha) – Golpilheira/Clube o Abelha

FUTEBOLBenjamins "A" – 1º. Torneio Distrital Fut. 713-11 – Golpilheira – 0/Academia Sport. Mª. Grande – 620-11 – Lisboa e Marinha – 3/Golpilheira – 6Próximos Jogos27-11 – 09h30 – (Barrocas) – Golpilheira/Alcobaça "B"04-12 – 09h30 – (Porto Mós) – Portomosense/Golpilheira11-12 – 09h30 – (Barrocas) – Golpilheira/UDB – Batalha18-12 – 11h00 – (Cruz da Légua) – Andorinhas/Golpilheira

Infantis Sub/13 – Campeonato Distrital Fut. 730-10 – Golpilheira – 0/UDB – Batalha – 406-11 – Esc. Sport. Mª. Grande – 6/Golpilheira – 313-11 – Golpilheira – 1/Marinhanse – 520-11 – Nazareno – 5/Golpilheira – 1Próximos Jogos27-11 – 11h00 – (Barrocas) – Golpilheira/Marrazes "B"04-12 – 11h00 – (Cruz da Légua) – Andorinhas/Golpilheira11-12 – 11h00 – (Barrocas) – Golpilheira/Lisboa e Marinha "A"18-12 – 11h00 – (Maceirinha) – Maceirinha/Golpilheira

Veteranos Futebol 1130-10 – Golpilheira – 3/Fátima – 213-11 – Golpilheira/União de Tomar (Adiado)Próximos Jogos27-11 – Ansião/Golpilheira15-01 – Golpilheira/Pinhal Novo

Comemorações na BatalhaEstátua do Infante inaugurada

A televisão vinha e depois não veio. Porquê?

LMF

Page 16: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira16 . história .

Saul António GomesUniversidade de Coimbra

1 - O monumento em que nos encontramos, antigo mosteiro de frades dedicados à pregação da palavra evangélica mas também ao vigilante culto do silêncio que permite ouvir a voz do sagrado, dedicado ao título de Santa Maria da Vitória, é um dos lugares mais simbólicos da identidade pátria.

Rima esta palavra pátria, tão peque-na nas letras com que se escreve, mas tão grande na memória que em nós acorda, com aquela outra que pronunciamos “vitória”, a vitória das armas dos leais portugueses que, no desfavor do número e em circunstâncias militares difíceis e muito desfavoráveis, ainda assim, ani-mados de uma fé a Deus e à ideia da legitimidade da sua luta pela liberdade daqueles que eram o seu reino e o seu novo rei, na distante tarde de 14 de Agosto de 1385, triunfaram sobre os injustos invasores, consagrando a independência nacional.

Para comemorar tão “maravilhosa vitória”, palavras de D. João I, ordenou, aquele que foi o décimo rei de Portugal, que se edificasse neste sítio uma “casa de oraçom”. Um templo que, desejava o Rei da Boa Memória, fosse o maior que até então se levantara em toda a Hispania. Depois de Ceuta, em 1415, a Batalha viu acrescidas as suas respon-sabilidades já não apenas como “casa de Deus” mas também como panteão da nova dinastia.

Deste modo, o majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória tornava-se arca de uma memória permanente em torno da ideia de Portugal e daquelas gerações de homens ilustres que condu-ziram os destinos pátrios ao longo desse tão rico século XV em que as portas do mundo novo se abriram, no mapa que as descobertas marítimas portuguesas construíram, definitivamente para toda a Humanidade. Comemora o triunfo português, a entronização de uma nova dinastia real, a vitória da fidelidade a Roma num tempo em que a Igreja do Ocidente se cindia entre a Cidade Eterna e Avinhão.

Este é, sobre todos, o templo maior da memória pátria. Foi essa a razão da sua edificação e tem sido essa, nestes últimos mais de seis centos de anos, a lógica da sua preservação, da sua exal-tação e valorização utópica, política e cultural, princípios, estes, reiterados em todas as épocas, por todos os governos, por todos os “Estados”, que se sucede-ram em Portugal.

Não queria, de modo algum, deixar aqui a visão de que a ideia de pátria que este monumento comemora é uma representação estática e imóvel. Bem sabemos que as pátrias se renovam na mudança das gerações a que são berço, enriquecem-se no encontro de culturas, na partilha multicultural dos povos. E este monumento testemunha muito bem esse encontro de culturas que, desde os tempos medievais e sobretudo nessa centúria de ouro dos Descobrimentos marítimos. Nele trabalharam homens de diferentes proveniências e nações. A sua linguagem estética demonstra a eu-ropeidade portuguesa nos finais da Idade Média e nos alvores de Quinhentos. A sua história mostra-nos a evolução dos

tempos, das ideias, dos sentimentos e das expressões religiosas.

Mas reconhecermos que essa mudança permanente do tempo e dos homens é o motor da própria História, não anula o necessário assentimento de que, para lá de todas as transformações, mutações e mudanças, permanece, na História, em geral, como neste monumento, em particular, o vínculo durável do sentido de Portugal ou da pátria portuguesa.

Tão grande como este monumento é, numa escala humana, o legado histórico do Infante D. Henrique. Não poderá nenhum historiador reticenciar, por mais que a sua biografia seja escrita e reescrita, que, aquele que foi consagrado como Infante de Sagres, influiu de modo determinante nos destinos históricos de Portugal, como também nos de toda a Humanidade.

A sua determinação e a sua ca-pacidade de acção e de realização de projectos e vontades, o seu desejo de descoberta, de procurar toda a certeza das realidades geográficas e humanas mal conhecidas no seu tempo, estão na base do que é o Portugal moderno e contemporâneo. D. Henrique, criado por um destino português afirmado nesta Batalha, seria fautor de um novo destino para Portugal.

Não podem, efectivamente, as discussões historiográficas, mais ou menos favoráveis ao papel do Infante na História, ou sequer as “utilizações políticas” que dele se fizeram, apagar as pegadas com que D. Henrique marcou os destinos de Portugal.

No início do século XVI, Duarte Pacheco Pereira escreveu, na sua obra Esmeraldo de situ orbis, avaliando o lega-do henriquino, as seguintes palavras:

“Tantos sam os beneficios que o vir-tuoso Infante Dom Anrique teem feytos nestes Reynos, que os Rex e povoos d’elles lhe sam em muita obriguaçam, porque na terra que elle descobrio, grande parte de jente de Portugual ganha de comer, e os Rex d’este comercio grandes proveytos ham.”2

Não poderia haver síntese mais adequada, neste momento, do que esta que acabámos de ler. O legado henriqui-no resumia-se a um destino português, pois que, pelos Descobrimentos, “grande parte da jente de Portugal ganha de comer”. E os Descobrimentos não só mataram a fome a muitos portugueses, mas também trouxeram riqueza aos reis de Portugal, tornando-os grandes e respeitados em todo o orbe e, por eles, Portugal no mundo.

2 - Em data indeterminada, mas próxima da morte do ilustre Infante D. Henrique, cuja memória aqui celebra-mos, um frade dominicano, de seu nome Fr. Afonso de Alfama, recolhido em cela do Convento de S. Domingos de Lisboa, anotou, no Livro de Aniversários, desse antigo claustro, a seguinte informação:

“Em a era de Nosso Senhor Jehsu Christo de iiijc lx anos xiij dias andados do mes de Novembro no Algarve mor-reo ho ilustrissimo Senhor Ifante Dom Henrrique filho do dicto senhor rey Dom Joham e da raynha Dona Philipa. E morreo em honrra de velhice de hydade de Lx e vij annos, na sua villa do Ifante, aas dez horras da noute. Boo morrer de christãao em tal modo que todos aqueles que presentes foram teem esperança e fe de seer em gloria e salvaçom.

E na era de iiijc lxj, vº dias andados do mes de Julho foy traladado ho seu corpo no seu muymento na capella delle … do dicto Mosteiro da Batalha e visto por nosso senhor el Rey Dom Afomso seu sobrinho … fazendo-lhe muito solempnes exequias etc.”3

Não se alonga mais o apontamento deste informado frade dominicano de Lisboa. Mas mau grado a brevidade da notícia, ainda que notícia primeira porque redigida em momento muito próximo dos factos que narra, há que sublinhar que nela ressalta já a visão elogiosa e comemorativa da sociedade portuguesa em torno do Infante de Sagres. “Ilustrissimo Senhor” lhe chama o quase desconhecido cronista pregador, sublinhando que o passamento do filho dos reis fundadores da nova dinastia acontecera nesse ainda distante reino do Algarve, para, de seguida, sublinhar que a boa morte do Infante se revestira de indícios de virtudes cristãs prenun-ciadoras de santidade: um bom morrer, de cristão, de tal modo que todos quanto lhe assistiram ao passamento tinham “esperança e fé de ele ser em glória e salvação”.

A sociedade portuguesa no entorno de 1460 mostrava-se reconhecida para com o Infante que morrera no Algarve. E não deixará de comemorar, com magnificência lusitana, a trasladação dos restos mortais do Infante para este Mosteiro da Batalha, onde foi definiti-vamente tumulado a 5 de Julho de 1461, no meio de exéquias solenes presididas pelo monarca reinante, D. Afonso V, sobrinho do Infante.

Anos mais tarde, o cronista Rui de Pina, enaltecendo este “infante Dom Anrryque” que, palavras suas, “foy em tudo princepe tam perfeito”, e acrescen-tado interpretação histórica à memória

da morte do Infante, escreveu, sobre o momento da sua morte, o seguinte:

“Faleceo em Sagres ho jfante Dom Anrrique, com synaaes e comprimento de fiell christãao, em hidade de sesenta e sete annos, cujo corpo foy logo soterrado na igreja da villa de Laagos. E hy, no anno que vinha de mjl e quatrocentos e sesenta e huum, foram seus ossos levados ao moesteiro da Batalha per o jfante dom Fernando, que tinha adoptado por filho, que foy por elles e os trouxe, com gran-de honrra e mujta cerimonia, ao dicto moesteiro. Onde elrrey, acompanhado de toda a nobre gente de Portugal e mujtos prellados, saio a os rreceber, com sollempne procissam, e lhe fezeram honradas exequjas.”4

3 - A história da vida do Infante D. Henrique encontra-se muito inter-ligada com a memória plural que se respira neste templo pátrio. Na verdade, o Infante de Lagos, admirado e elogiado pela Cristandade do seu tempo, foi uma das personalidades da Dinastia de Avis que mais se interessou por este Mosteiro. Se para seu pai, D. João I, a Batalha co-memorava a vitória da Batalha Real de Aljubarrota, para D. Henrique este lugar assumiria, como passarei a expor, uma vocação ainda mais sensível no campo da memória de si e dos seus familiares.

O Infante D. Henrique foi, efectiva-mente, dentre a “Ínclita Geração, Altos Infantes”, como a caracterizou com feliz inspiração Luís de Camões5, depois dos reis de Portugal, um dos promotores que mais se interessou pela edificação deste Mosteiro e panteão dinástico.

Não há dúvida alguma acerca do facto de o Infante ter visitado por várias vezes, ao longo da sua vida, este Mosteiro. Esteve aqui nas exéquias sole-nes por sua mãe, D. Filipa de Lencastre, em 1416, como regressaria, ainda, para acompanhar a deposição junto do altar-mor do féretro de seu pai, em 1433 e, um Agosto de 1434, a trasladação de ambos os progenitores para a Capela do Fundador. Acompanharia pessoalmen-te, também, a deposição das primeiras relíquias de seu irmão, o Infante D. Fernando, trazidas de Marrocos, em 1458, no mausoléu fúnebre deste.

O interesse do Infante D. Henrique pelo Mosteiro da Batalha, enquanto lugar de memória dinástica e pátria, e, nisso, de distinção e honra para os que nele se tumulavam, é atestado, de forma extremamente singular, em carta régia de D. Duarte, promulgada a 24 de Agosto de 1436, em Óbidos, na qual o monarca Eloquente concedia, a seu irmão, autorização para que ele:

“Posa mandar lançar na capella do noso Moesteiro da Vitoria que esta junto com a samchristia aqueles seus criados que lhe a ell prover porque a nos praz que seja pera jazygoo delles.”6

Esta importante carta atesta a elevada importância simbólica que o Infante dava a este Mosteiro. Como a concedia, ainda, ao celebrado Conven-to de Tomar, no qual fez levantar novo claustro e desenvolveu obra artística de dignificação desse mesmo cenóbio, sede da Ordem que governava, no qual se tumulavam os religiosos cavaleiros que serviam debaixo do pendão com a celebrada cruz de Cristo.

Tenhamos presente, todavia, que, em 1436, D. Henrique se empenhava fortemente na preparação da armada militar com que pretendia conquistar Tânger. É possível que o privilégio de poder vir a sepultar aqueles que o servissem, nessa nova conquista marro-quina que se avizinhava, em jazigos da Capela de Santa Bárbara, constituísse um factor psicológico para alguns desses seus criados e servidores, sendo, como era, um sinal de evidente prestígio e honra sociais.

Tenhamos presente, todavia, que o Mosteiro acolhia, por privilégio real, capelas funerárias de servidores da Casa Real. É assim que o vedor-mor da casa da rainha D. Filipa de Lencastre, D. Fr. Lopo de Sousa, mestre da Ordem de Cristo até 1418, recebeu a capela de S. Miguel ou dos Mártires, no absídiolo sul da cabeceira da igreja. Também nas capelas de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Piedade foram enterrados servidores da rainha D. Isabel, mulher de D. Afonso V, e de D. João II, respectivamente. O próprio Infante D. Pedro, duque de Coimbra, conseguiu que o vedor da sua casa, Diogo Gonçalves de Travassos, parente de Gonçalo Velho Cabral, um dos des-cobridores dos Açores, recebesse uma nobre sepultura no estremo poente desta igreja dominicana, bem ao lado da capela do Fundador.

Não era, como se sabe, inédito, o facto de os Infantes procurarem galardoar os seus mais fiéis ou directos servidores com a honra de poderem receber sepultura junto ou perto das dos seus senhores. A Casa de Avis, como bem reflectiu o Infante D. Pedro, no seu Tratado da Virtuosa Benfeitoria, premiava com benefícios relevantes o mérito dos seus súbditos e sujeitos, vivificando uma cadeia de lealdades e de repartição de responsabilidades, de sentido de comando e de disciplina, que, em boa parte, ajuda a explicar a capa-cidade de acção e de união que marcou os portugueses que embarcaram nas caravelas dos Descobrimentos.

A súbita morte de seu irmão, el-rei D. Duarte, na vila de Tomar, em 1438, não pode ter deixado de perturbar fortemente o Infante das Descobertas. Nota-se, desde então, uma preocupa-ção mais acentuada, por parte dele, em relação ao espaço que viria a ser o seu túmulo e às celebrações religiosas que deveriam ser asseguradas pelos frades dominicanos por sua alma.

Certo é que, já no testamento de seu pai, lavrado em Sintra, a 2 de Outubro de 1426, ficava expressa a vontade do rei da Boa Memória de que, neste cenóbio e capela ou panteão que aqui fazia erguer,

O Infante D. Henrique, a Batalha e os Destinos de Portugal1

LMF Momento da alocução histórica

Page 17: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

17Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . história .

citamos: “pellos jazyguos das paredes da capela todas em quadra, asy como sam feytas, se possam lamçar filhos e netos de rreix e outros nom”7.

D. Henrique sempre gozou de uma especial proximidade com seu pai. Não estranha que, reflectindo no inevitável fim da sua vida, também, depois de morto, desejasse ficar junto dos seus progenitores. A primeira manifestação documentada desse desiderato chega-nos em carta de 1 de Junho de 1439, pela qual os regentes do Reino, a rainha viúva D. Leonor e o Infante D. Pedro, concedem ao Infante e Duque de Viseu e senhor da Covilhã, licença:

“Que elle possa aver huum altar e huum jazigoo pera sseu corpo na capeella delrrey meu avoo, cuja alma Deus ajam que ho no moesteyro da Vitoria, junto com ho outro do jfante dom Pedro, duque de Cojnbra e ssenhor de Montemoor, meu muyto amado e prezado tyo, a saber, ho altar junto com ho outro altar sseu he jazigoo per esta guissa.”8

Em 1444, o regente D. Pedro reconhecia a seu irmão o estabele-cimento que este promovera de uma feira franca em Viseu, autorizando-o a apropriar, à capela que ele tinha no Mosteiro da Batalha, o rendimento dos alugueres das barracas aos feirantes9. A 8 de Março de 1449, nas vésperas da fatídica batalha de Alfarrobeira, onde viria a morrer o ex-regente do reino, D. Afonso V renovou esta concessão, nos mesmos e exactos termos, a seu tio10.

Lembremos, por fim, que, por car-ta régia de 14 de Junho de 1474, foi acrescentada ao sustento da capela do Infante D. Henrique, neste Mosteiro, a tença de quatro mil reais para um anal de missas, os quais seriam pagos na Casa da Guiné11.

4 - Junto de seu pai, como referimos, quis o Infante dos Des-cobrimentos marítimos portugueses receber sepultura, como declarou rei-teradamente no seu segundo e último testamento, por ele subscrito a 28 de Outubro de 1460:

“Item mando que ho meu corpo seja lançado no muimento que estaa pera mym onde jaz elrrej meu ssenhor e padre, no mosteiro de Sancta Maria da Ujtoria. E, se morrer fora, que seja leuado chãamente e assy seja soterrado e ssem doo, que mando que por mym nom façam; mas, chãamente e hones-tamente, seja encomendado a Deus com oras e mjssas acustumadas e oferta e dalhas que o meu testamenteiro ouuer por bem, o que faram conpridamente paguar, desencarreguando mjnha con-çiençia.”12

Neste Mosteiro, em que o Navega-dor “a Deus prazendo, entendia de jazer”13 foi, pois, solenemente sepultado.

Acautelara previamente o Infante que queria que aqui se cantassem para sempre “tres capellas”, cuja liturgia determinara minuciosamente em cartas que deixava à guarda do seu testamenteiro. Para custear estas cape-lanias de missas e ofícios por sua alma, o Infante contratara-se, havia anos, com os padres conventuais deste Mosteiro, determinando que as celebrações em causa seriam pagas, anualmente, no montante de 16 marcos de prata, pa-gos, generosamente, reconheçamos, em prata pelos rendimentos das suas terras de Tarouca e de Valdigem14.

Nos três anos seguintes à sua morte, todos os encargos e dívidas que

deixava, bem assim as despesas com as celebrações por “descarreguamento de minha conciençia” e com sua se-pultura, deveriam ser pagos dos seus bens, a saber, o assentamento que lhe estava consignado na fazenda régia, as saboarias do Reino, as Ilhas da Madeira e Porto Santo e a Deserta, a Guiné com suas ilhas e toda a sua renda, e o quinto das enxavegas e das pescas de atuns e corvinas e Lagos e Alvor15.

É bem possível que uma parte dos códices litúrgicos da capela palatina do Infante tenham vindo enriquecer, depois da sua morte, o espólio da sua capela funerária. A 17 de Novembro de 1461, regista-se a entrega, por um exe-cutor testamentário de D. Henrique, a Fr. João Martins, provedor das obras do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, de “huma estante de ferro pera a capeella” do Infante16.

5 – Em Santa Maria da Vitória se cultuou, desde então, a memória deste Infante.

Uma memória diferenciada da dos irmãos. Basta verificar que o seu túmulo tem uma estátua jazente em que o Infante é apresentado na solenidade dos trajes principescos e de fundador da casa ducal de Viseu. As fontes históricas coevas do Infante sugerem que lhe foi devotada a aura de santidade.

Narra Diogo Gomes de Sintra, seu criado e panegirista, como Zurara, que, por mandado do rei D. Afonso V, em Julho de 1461, se dirigiu a Lagos, citamos, “junto do corpo do Infante a dar o que era necessário aos sacerdotes que se entregavam a continuas vigílias no ofício divino.”

Refere Diogo Gomes que o monar-ca lhe mandara:

“Que visse com cuidado se o corpo do Infante estava decomposto, porque queria trasladar os seus ossos para o mosteiro que se chama Santa Maria da Batalha, obra muito bela que o rei Dom João, seu pai, edificara com os Frades da Ordem dos Pregadores.

Eu, pela minha parte, chegando junto ao cadáver, descobri-o e encon-trei-o seco e íntegro, com excepção da ponta do nariz. Achei-o revestido de um cilício áspero de cerdas de cavalo. Bem canta a Igreja: “Não consentirás que o teu santo veja a corrupção”.

Este senhor Infante permaneceu virgem até à morte e em sua vida praticou muitas boas obras que seria muito longo enumerar.

Então o rei mandou que o seu irmão, o Infante Dom Fernando, Du-que de Beja, com os bispos e os condes fossem buscar o corpo até ao mosteiro da Batalha, acabado de referir, onde o rei o esperava. Foi deposto o corpo do Infante numa grande e belíssima capela que fez o pai dele, o rei Dom João; aí jaz esse mesmo rei e a sua esposa Dona Filipa, mão do Infante, e os seus cinco irmãos, todos eles de memória digna de louvor para sempre. Descansem na paz dos santos; amen.”17

Um corpo incorrupto que ainda hoje podemos entrever admirando a sua estátua jacente, deposta sobre a pe-dra do seu túmulo, manifesto definitivo da sua imagem de homem que o seu principal biógrafo e panegirista, Gomes Eanes de Zurara, referiu ter tido:

“A estatura do corpo em boa gran-deza e foe homem de carnadura grossa e de largos e fortes membros. A cabella-dura avya algum tanto alevantada. A

coor de natureza branca, mais polla continuaçom do trabalho, por tempo, tornou doutra forma. Sua presença, do primeyro esguardo, aos nom husados era temeroso, arrebatado em sanha, empero poucas vezes, com a qual avya muy esquivo sembrante.”

O Infante revelava muito bem a sua identidade genética na sua fisionomia, tão discutida nos últimos anos, não escondendo o sangue in-glês, que herdara por linha materna, aparentando claras parecenças com seu pai D. João I. É esse rosto que se gravou na estátua do seu túmulo e que, neste momento, pelo cinzel de novas gerações de canteiros batalhenses se volta a reproduzir em busto público, para mais larga admiração de todos, em praça contígua a este monumento.

Neste Mosteiro, pois, em que se ilumina o sentimento da alma pátria, repousam os restos mortais daquele cuja memória hoje, uma vez mais e num gesto repetido pelos séculos, ce-lebramos. O Infante que impulsionou e sonhou os Descobrimentos, aquele que, na velha Europa, usando palavras do cronista Rui de Pina, “mandou pri-meiramente navegar e descobrir pello mar oceano.” Dessa verdadeira gesta e ma-nifesto civilizacional recebeu Portugal, recorrendo a palavras do mencionado memorialista dos príncipes de Avis, “muyto bem e proveito”.

6 - Não cumpre, aqui e agora, estabelecer uma outra biografia deste príncipe e grande de Portugal. O momento é de celebração e traduz a importância que, entre nós portugueses dos alvores de uma nova centúria e de um novo milénio, se reconhece ao legado histórico de uma vida e de uma obra de todo invulgares nos destinos de Portugal e da Humanidade. O his-toriador deve também ser cidadão e partilhar com os seus contemporâneos o preito de homenagem e de memória que agora se tributa.

Se procurarmos uma lição de sínte-se, no que nos chegou de mais ideal na memória do Infante de Sagres, encon-trá-la-emos na sua divisa heráldica. Por empresa, o Infante escolheu a azinheira carregada de glandes, símbolo da força e da sabedoria, símbolo de uma firmeza e de uma tenacidade bem portuguesas.

Por moto, D. Henrique elegeu a expres-são “Talent de bien faire.” Uma divisa feliz para um príncipe sem coroa desta grandeza.

O Infante teve, de facto, a capaci-dade e a inclinação para a realização do bem, de um bem-fazer que se traduzia e associava, naquele seu tempo tão dis-tante de nós, na ideia de “bem comum”, de comunidade. “Bien faire” significava, sobremodo, fazer o “bem comum”. Este foi um ideal político muito presente nas primeiras gerações da Dinastia de Avis, esse “talant de bien faire”, de lealdade a um Portugal renovado, de serviço à causa pública.

Mau grado todas as leituras e todos os debates que se teçam em torno desta egrégia figura da história de Portugal e do Mundo, mais críticos ou mais elo-giosos, não poderemos nunca deixar de lhe atribuir a importância ímpar que ele assumiu, no contexto e nas circuns-tâncias do seu tempo e do seu espaço civilizacional, nos destinos históricos daquele Portugal das Descobertas que “matavam a fome a muita gente”.

Por mais que se reescreva a sua biografia, e hoje, tenhamos noção disso, este acto de comemoração rei-tera, também ele e de vários modos, a continuidade de uma reescrita cívica dessa vida de um “filho ditoso” de Portugal, encontraremos sempre na margem cimeira, de qualquer texto que se lhe dedique, o reconhecimento do seu legado maior. O reconhecimento de um grande homem de Estado, do construtor de uma obra que se inscreve nos trilhos de todos aqueles homens da História Universal dotados desse insondável dom e incrível mistério do “talento de bem-fazer”.

Desse escol de grandes homens faz parte o Infante D. Henrique. Na sua vida abriram-se os seus destinos de um Portugal moderno. Um Portugal con-gregado em torno de um projecto de renovação, de grandeza, de expansão dos horizontes “por mares nunca de antes navegados”, assim se construin-do a maravilhosa epopeia pátria na sua interminável viagem pelo tempo. Desse mesmo tempo que se suspende quando entramos, pequenos, neste magnífico templo gótico em que se contemplam os mistérios do mundo português de Quatrocentos.

TÁBUA BIBLIOGRÁFICADOCUMENTAÇÃO Henriquina. Introd. E

org. José Manuel Garcia. Maia: Castoliva Editora, 1995.

FONTES Históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha (Séculos XIV a XVII). Ed. Saul António Gomes. Lisboa: Ippar, 2002-2004.

MONUMENTA HENRICINA (Dir. Antó-nio Joaquim Dias Dinis), 15 vols. Coimbra: Atlântida, 1960-1974.

PEREIRA, Duarte Pacheco – Esmeraldo de Situ Orbis. Lisboa: Sociedade de Geografia de Lisboa, 1975.

PINA, Rui de – Crónicas de… Introdução e revisão de M. Lopes de Almeida. Porto: Lello & Irmão – Editores, 1977.

PRADO, Fr. André do – Horologium Fidei. Diálogo com o Infante D. Henrique. In-trodução, tradução e notas de Aires A. Nascimento. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses – Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1994.

SINTRA, Diogo Gomes de - Descobrimento primeiro da Guiné. Edição crítica de Aires A. Nascimento. Introdução de Henrique Pinto Rema. Lisboa: Colibri, 2002.

ZURARA, Gomes Eanes de – Crónica dos feitos notáveis que se passaram na conquista da Guiné por mandado do Infante D. Henri-que. Ed. Torquato de Sousa Soares. 2 vols. Lisboa: Academia Portuguesa da História, 1978-1981.

ACTAS dos Congresso “Infante D. Henrique, Viseu e os Descobrimentos”. Viseu: Câmara Municipal de Viseu, 1995.1

COSTA, João Paulo Oliveira e – Henrique, o Infante. Lisboa. A Esfera dos Livros, 2009.

GOMES, S. A – O Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XV. Coimbra; Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1990.

IDEM – Vésperas Batalhinas. Estudos de Histó-ria e Arte. Leiria: Edições Magno, 1997.

IRIA, Alberto – O Infante D. Henrique no Algarve. Estudos Inéditos. Lagos: Centro de Estudos Gil Eanes, 1997.

NEMÉSIO, Vitorino – Vida e obra do Infante D. Henrique. Lisboa: Leya, 2010.

RUSSEL, Peter – Henrique, o Navegador. Lisboa: Livros Horizonte, 2004.

SOUSA, João Silva de – A Casa Senhorial do Infante D. Henrique. Lisboa: Livros Horizonte, 1991.

THOMAZ, Luís Filipe – De Ceuta a Timor. Carnaxide: Difel, 1994.

Notas1 Alocução proferida no dia 14 de Novembro

de 2010, no Auditório do Mosteiro da Bata-lha, integrada nas Celebrações dos 550 Anos da Morte do Infante D. Henrique: 1460-2010, organizadas pela Associação de Municípios Terras do Infante e Câmara Municipal da Batalha.

2 Livro I, Capº 33.3 Citado por S. A. Gomes – O Mosteiro de San-

ta Maria da Vitória no Século XV. Coimbra: Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1990, p. 355, nota 4.

4 Rui de Pina, Crónica de el-Rei D. Afonso V, Capº 144; MH, Vol. XIV, Doc. 19, p. 84.

5 Os Lusíadas, IV, 50.6 Fontes Documentais e Artísticas... I, Doc.

78, p. 197.7 MH, Vol. III, Doc. 70.8 MH, VI, Doc. 133.9 MH, Vol. VIII, Doc. 84.10 MH, Vol. X, Doc. 15.11 S. A. Gomes – O Mosteiro de Santa Maria

da Vitória…, p. 355.12 MH, Vol. XIV, Doc. 11, p. 27.13 MH, XIV, Doc. 11, p. 27.14 MH, Vol. XIV, Docs. 7, 9, 11 e 19.15 MH, Vol. XIV, Doc. 11, pp. 27-29.16 MH, Vol. XIV, Doc. 127, p. 29917 Diogo Gomes de Sintra, Descobrimento pri-

meiro da Guiné. Edição crítica de Aires A. Nascimento. Introdução de Henrique Pinto Rema. Lisboa: Colibri, 2002, pp. 67-69.

LMF A nova estátua do Infante e respectivos autores

Page 18: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira18 . temas .

Cristina AgostinhoDocente Ens. Superior

Anabela LopesTOC

. finanças .. economia .

As energias renováveis estão cada vez mais em voga. São inúmeras as soluções que nos apresentam para que deixemos de usar os combustíveis fósseis, ditos não renováveis. Existem três tipos de fontes consideráveis: terrestre, gravitacional e solar. Cada uma destas pode derivar em diferentes fontes, nas seguin-tes variações de energia: geotérmica, marés, biomassa, radiação solar, hidráulica, térmica oceânica, cinética do vento (eólica) e das ondas. Há ainda outros tipos de renováveis ao nível de resíduos agrícolas, urbanos e industriais – estes provenientes da mão humana. O conceito renovável pode trazer dúvidas sobre o seu significado. No essencial, e aplicado à produção de energia, entende-se como algo que pode sofrer ciclos de transformação ou aproveitamento indeterminadamente. Compreendem a im-portância disto? São fontes de energia inesgotáveis!

Reportando agora para a energia eólica (produzida a partir do vento), pode referir-se que o aproveitamento do vento já é feito há umas centenas, senão milhares de anos, onde as em-barcações à vela ou a própria moagem de cereais são um bom exemplo de como o homem já delineou esta estratégia há algum tempo. Na actualidade, verificamos nos cumes das montanhas do nosso país a quantidade de aerogeradores (aquelas ventoi-nhas gigantes) que parece proliferar e romper algumas zonas que até há pouco tempo eram paisagem.

Mas como é que acontece a produção de energia?A energia surge devido ao aproveitamento das correntes de

ar, ou da energia cinética (movimento) contida no vento. Esta energia é transformada em energia mecânica (rotação das pás), que posteriormente é transformada em energia eléctrica, através de um gerador eléctrico. Por curiosidade, sabem como é que o vento se forma? R: Se analisarmos a superfície terrestre, verifi-camos que existem diferentes temperaturas nos diversos pontos do globo, e esta diferença causa o movimento de massas de ar que originam aquilo a que chamamos vento – é fácil!

Rentabilidade da energia eólica?Posso enunciar alguns custos de investimento, nomeada-

mente a compra de terrenos, custo da turbina, construção civil (apoio à montagem da estrutura), ligação à rede e tem um custo de operação e manutenção reduzidos (comparativamente a ou-tras). O investimento inicial avultado deste tipo de aparelhos foi, ao longo dos anos, um entrave na sua proliferação enquanto energia sustentável, já que os seus benefícios não se observavam a curto prazo. Este investimento começou em Portugal no ano de 1986, na Ilha de Porto Santo (Madeira).

O nível de rentabilidade deste tipo de sistemas depende grandemente do factor de utilização das turbinas. A intermi-tência dos ventos gera algumas vezes períodos mortos que lhe retiram a eficácia. Poderão achar estranho, mas um dos períodos com maior aproveitamento é o Verão, quando as correntes de ar quente passam para o litoral do país (em Portugal).

Em opinião própria, acho bem o investimento neste tipo de estruturas, mas há que ser consciente e verificar se o investimen-to feito é compensatório comparativamente a outras energias renováveis. Temos de compreender o porquê do investimento e a sua finalidade. Ver, por exemplo, se este tipo de estruturas (eólicas) não fazem parte de uma operação de marketing, já que têm um impacto visual enorme. Esse impacto já deu frutos internacionalmente, com o jornal "New York Times" a afirmar que 45% da energia consumida em Portugal é proveniente de renováveis (há dois anos eram 17%). Mas analisemos: qual foi o custo para o consumidor? E qual o benefício?

Ultimamente, temos sido assombrados com notícias da possível intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) na política económico-financeira. Contudo, ainda não tivemos espaço para percebermos se essa intervenção seria prejudicial ou benéfica para nós, comuns cidadãos.

O FMI é uma organização internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial. As principais funções que lhe estão cometidas pelos seus estatutos e pelas orientações do seu Conselho de Governadores resultam do objectivo fundamental para que ele foi criado no final da II Grande Guerra. Através de assistência técnica e financeira, garante: a supervisão do sistema financeiro internacional, de modo a evitar crises graves da economia internacional, em geral, e nas economias dos seus países-membros, em particular; e a monitorização das taxas de câmbio e da balança de pagamentos.

O que mudaria nas nossas vidas se o FMI viesse auxiliar Portugal? Isto não deveria ser novidade, pois já esteve cá duas vezes, em 1977 e em 1983. Para tentar perceber quais as implicações que tal intervenção poderia trazer, escutámos, com base numa entrevista da Agência Lusa, a opinião de alguns especialistas.

Silva Lopes, ex-ministro das finanças, lembra: “Impôs-nos uma desvalorização da moeda, porque nós tínhamos na altura uma moeda própria, que era o escudo, coisa que ago-ra não pode impor. Impôs-nos subidas das taxas de juro e limites à expansão do crédito. Também neste momento não se pode fazer isso, porque quem manda é o Banco Central Europeu. Os salários reais caíram muito, mesmo muito, houve salários em atraso, aumento do desemprego em 1983 e até fome nalgumas zonas do país”. Mas este antigo governador do Banco de Portu-gal não tem dúvidas de que o FMI salvou a economia portuguesa: “Se não fosse o FMI, nós tínhamos tido uma desgraça na economia e assim, ao fim de dois anos, estava a progredir bastante bem em qualquer dos casos. Agora o contexto mudou, pelo que a entrada do FMI, pela terceira vez em Portugal não quer dizer que vá conseguir endireitar a economia do país”. O economista João César das Neves acrescenta: “O cidadão comum vai ter de pagar mais impos-tos, vai receber menos subsídios do Estado, menos salários para quem trabalha para o Estado. É, aliás, o tipo de coisas que vamos ter, com FMI ou sem FMI”.

Então, como ficamos? Não estamos já nesta situação? Se poderíamos viver com o FMI?!... Podíamos, e provavelmente era a mesma coisa…

São várias as definições que existem de Orçamento de Esta-do (em anos anteriores também designado de Plano Orçamen-tal). Podemos porém resumir que se trata de um documento que contém a previsão e autorização das receitas e despesas a efectuar pelo Estado no ano civil seguinte. A elaboração des-te importante instrumento de gestão é da responsabilidade do Ministério das Finanças, sendo aprovado pelo Governo e poste-riormente apresentado à Assembleia da República, para discus-são e aprovação final. Desta forma, a Assembleia da República concede autorização ao Governo para a execução orçamental. É apresentado sob a forma de Proposta de Lei, até ao dia 15 de Outubro de cada ano.

Todo este processo inicia-se habitualmente no mês de Ou-tubro, devendo as primeiras medidas do novo Orçamento de Estado, regra geral, entrar em vigor no dia 1 de Janeiro do cor-respondente ano, levando a que a apresentação pública no Par-lamento e primeira discussão na generalidade aconteça poucos dias após a tomada de conhecimento do documento por parte dos diversos deputados. No debate inicial, e tratando-se de uma Proposta de Lei elaborada pelo Governo, já transformada em documento da Assembleia da República, possa ser alvo de diversas propostas.

De forma mais específica, a Proposta de Lei desce à res-pectiva Comissão (Educação, Saúde, Finanças, etc.), onde é discutida em pormenor e sujeita às mais diversas propostas dos deputados e esclarecimentos por parte dos respectivos ministros. O documento é posteriormente fechado em sede de Comissão de Finanças e sobe ao Parlamento, onde é discutido pela última vez na sua generalidade e votado pelos deputados.

Entre as várias funcionalidades do Orçamento, destacam-se a adaptação das despesas às receitas, limitando estas últimas, e a definição de políticas financeiras, económicas e sociais, como forma de alcançar uma gestão eficiente e racional dos dinhei-ros públicos.

Se poderíamos viver com FMI?!...

O que é ecomo funciona o Orçamento de Estado?

David LucasEngenheiro Civil

. energias renováveis .

Eólica

. folclore .Rosas do Lena apresentou espectáculo etnográfico em Viana

O rancho folclórico Rosas do Lena apresentou no dia 21 de No-vembro, em Viana do Castelo, o es-pectáculo etnográfico "Alta Estre-madura", composto pelos quadros etnográficos "Um Serão na Alta Estremadura" (enfeite de ofertas da Santíssima Trindade, cantigas de se-rão, romances, curas e benzeduras e o fandango bailado em cima de um alqueire) e "A Batalha a Cantar e a Dançar, da Quaresma a Santo An-

tónio" (cânticos da Quaresma, desfile das ofertas da Santíssima Trindade, "Encamisada" – círio a Santo António com as loas deitadas pelos "anjos", e casamento tradicional).

Este espectáculo foi integrado numa expressiva manifestação etnográfica, com representantes doutros pontos do nosso país, promovida pelas Cantadeiras do Vale do Neiva.

MCR

Page 19: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

19Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . temas .

pub

Ana Maria HenriquesEnfermeira

. saúde .

- Medicina Dentária Geral

- Higiene Oral

- Implantologia

- Ortodontia

- Próteses

ANA FREITASMédica DentistaLic. p/ Fac. Medicina Dentária de Lisboa

Acordos com: SAMS, Multicare, SSCGD, Associados do Montepio, Advance Care,WDA (Axa, BES-seg., Tranquilidade, Allianz, Lusitânea e Future Healthcare)

BATALHAPoliclínica D. NunoTel. 244 765 700

Marcaçãode consultas

911 089 187Todos os dias!

. vinha .

José Jordão Cruz | Eng. Técnico Agrário

Casta de Uva CaladocO planeamento familiar é uma forma de assegurar o acesso à in-formação sobre métodos de contracepção eficazes e seguros e a servi-ços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma saudável. A prática do planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como progra-mem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.

As consultas são realizadas no Centro de Saúde e dirigidas a toda a população, podendo ser frequentadas por homens, mulheres ou ca-sais. Têm por objectivo promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura, regular a fecundidade segundo o desejo do casal, preparar para uma maternidade e paternidade responsáveis, reduzir a morbilidade materna e infantil e a incidência das doenças sexualmente transmissíveis e suas consequências.

Numa fase inicial da consulta, serão explicados os procedimentos a realizar, o preenchimento do Boletim de Planeamento Familiar e a avaliação geral do estado de saúde. Avalia-se a tensão arterial, o peso, a altura, determina-se o Índice de Massa Corporal, questionam-se os estilos de vida (alimentação, hábitos tóxicos, exercício físico, etc.) e verifica-se a actualização do boletim de vacinas.

Ainda nesta fase da consulta, prestam-se importantes esclareci-mentos em relação à anatomia e fisiologia dos aparelhos reprodutivos (feminino e masculino), em relação ao ciclo menstrual, ao período fértil, à fecundação e a qualquer outra questão formulada pelo utente.

Em relação a métodos contraceptivos, serão abordados temas como a sua escolha e adequação, forma e cuidados de utilização e outros métodos associados. Sobre a higiene íntima, serão referenciadas téc-nicas, adequação da roupa, etc. Serão também abordados temas como a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, a contracepção, a prevenção do aborto, o espaçamento de gravidezes e a infertilidade. É também o espaço adequado para a identificação precoce de sinais/sintomas anómalos.

Prosseguindo com a consulta, será efectuado o exame da mamã e realizado o ensino sobre o mesmo. Será executado a Citologia do Colo do útero (Exame citológico / Papa Nicolau) na primeira e se-gunda consultas, para depois, se o resultado for normal, ser realizado de três em três anos.

Esta consulta funciona também como rastreio de patologias que são depois encaminhadas para outras especialidades da saúde, como são os casos de infecções sexualmente transmissíveis, como VIH, he-patites B e C, sífilis ou herpes genital, e de outras doenças como o cancro da mama, do colo do útero e dos testículos. Poderão também ser feitos outros rastreios, como o da osteoporose, caso o médico achar necessário.

Uma vida saudável e feliz também depende de uma sexualidade saudável e segura, por isso ser acompanhado por consultas anuais nes-ta vertente é muito importante. Não deve faltar às consultas de se-guimento e, se ainda não iniciou estas consultas, pondere no assunto, dirigindo-lhe toda a importância que merece.

A massagem é uma técnica muito antiga e muito utilizada em quase todas as culturas. Os chineses, os egípcios e os indianos há muito tempo que conheciam os benefícios terapêuticos da massagem. Já no século II, no Império Romano, as massagens eram bem conhecidas entre os gladiadores e até o Imperador recebia tratamentos de relaxamento através de massagens. Muitos livros foram escritos nesta altura sobre as massagens de rela-xamento.

As massagens relaxantes têm como objectivo aliviar a rigidez, a tensão e a dor nos músculos, para dar conforto e ajudar a dominar o stress. Muitos treinadores de atletas recomendam-na para relaxamento dos músculos antes das competições ou para aliviar as dores pós-competição.

A massagem pode também aliviar as cãibras. Se acorda frequentemente com cãibras nas pernas, experimente massa-já-las antes de se deitar. As massagens nas costas e nos ombros podem ajudar a aliviar as dores do trabalho de parto, e massagens suaves são uma forma de acal-mar as cólicas dos bebés. As enxaquecas e as dores de cabeça podem melhorar com massagens, e o mesmo acontece com do-res na região lombar devido a espasmos musculares. A técnica da massagem au-menta o fluxo de sangue nas áreas que estão a ser massajadas, acelerando a cura. Usar óleos aromáticos durante a massa-gem (aromaterapia) pode ajudar a apro-fundar o relaxamento.

As massagens com fins terapêuticos têm como objectivo produzir o relaxa-mento e a descontracção dos músculos, promovendo assim a qualidade de vida. As massagens terapêuticas são usadas muitas vezes como complemento de ou-tras técnicas, como a electroterapia e a hidroterapia.

Existem muitos tipos de massagens, mas todos eles englobam movimentos de deslizamento, fricção, pressão, amassa-mento e batimento dos músculos.

. opinião .Associativismo

Em bons tempos pratiquei desporto no CRG. Foram al-guns dos meus melhores momentos enquanto pré-adoles-cente. Havia um espírito saudável que me mantinha ligado à prática desportiva e tudo funcionava, mesmo passando nós por alguns tempos mais difíceis.

Esses tempos de prática desportiva acabaram, e de algu-ma forma afastei-me da colectividade, numa altura em que tudo começou a crescer. Não acompanhei de forma muito atenta esse crescimento, mas, no meu entender, essa evolu-ção não foi totalmente benéfica. Compreendi a necessidade de fazer mais e melhor, e a obra está feita, mas agora sinto que há um vazio nos corredores da colectividade. O asso-ciativismo, na verdadeira essência da palavra, dispersou-se, ou seja, já não o é. Privatizou-se com a própria evolução e com a obra feita.

Era saudável para a colectividade mudar este "estado de alma", ou não tendo ela vontade própria, que nós a mu-dássemos. Contra mim falo, que não tive o discernimento de compreender isso mesmo atempadamente, mas nunca é tarde. Não precisamos de lhe dar aquilo que não temos ou dar demasiado, basta o suficiente para sentir que con-tribuímos.

David Lucas

Carina PereiraTerapeuta de Massagem

.beleza e bem-estar .

Consultas de planeamento familiar Massagem

Esta casta de uva tinta, muito cultivada na região Oeste de Portugal, região de Torres Vedras, é muito recente, sendo um híbrido resultante do cruzamento da Uva Grenache e a Uva Malbec.

Cruzamento desenvolvido em França, pelo instituto de investigação INRA, é cultivada no Sul daquele país.

A ideia de criar esta casta híbrida resultou do objectivo de obter o vigor híbrido, com características de uvas seme-lhantes ao Grenache, mas mais resistente a doenças, como também evitando a queda das flores, o chamado desavinho. E assim aconteceu. Os viticultores de Torres Vedras têm aproveitado, e bem, esta casta Caladoc, com sucesso nas exportações deste vinho, nomeadamente para Angola.

Esta casta é muito produtiva, resistente a doenças, com folhas largas e bagos de médio tamanho. É um vinho aro-mático e complexo, bem estruturado, frutado, com taninos macios e persistente. Com óptimo potencial de envelhe-cimento.

Page 20: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira20 . sugestões de leitura .

. livros .

RubiKerstin GierContrapontoO que fazer quando alguém se dá conta de que subitamente está no passado – num pas-sado longínquo, não de déca-das, mas de séculos? Bem, em primeiro lugar há que manter a calma – é o que Gwendolyn pensa. E vai-lhe ser necessária muita calma, quando desco-bre ter herdado da família um invulgar gene que lhe permite viajar no tempo… Com o ar-rogante (mas muito giro!) Gideon como companheiro de viagem, daqui em diante as surpresas não param. Por ser a mais jovem portadora do gene, Gwendolyn é escol-hida para uma missão muito importante: viajar por várias épocas para impedir alguns erros e, basicamente, pôr o passado em ordem! E desco-brir que o passado já não é o que era, mas, seja em que século for, os opostos con-tinuam a atrair-se...

Liberdadepara o TibeteDalai LamaPergaminhoO olhar do mundo recai hoje sobre a China e a situação do Tibete. Imagens de manifesta-ções pacíficas em Lhasa, da repressão do governo chinês e das prisões em massa comovem o mundo. Dalai Lama, líder espiritual do povo tibetano, tem um papel decisivo nas relações com a China. E, do seu ponto de vista, a resolução para este conflito só pode advir da paz e da confiança. Este livro reúne, pela primeira vez, todos os seus discursos e escritos acerca da situação política do Tibete – incluindo apelos a instituições internacionais e um plano específico de paz e reconciliação. Trata-se de uma abordagem espiritual de um conflito considerado político, que nos revela o verdadeiro poder dos ensinamentos budistas.

Linha Avançada - Nos bastidoresdo futebolJosé Nunes (Antena 3)Bertrand EditoraDa rádio para o livro, a “Linha Avançada” de José Nunes aventura-se nos bastidores do futebol, mostra como tudo se processa, faz o ponto de situação e desvenda os mis-térios e histórias para lá das quatro linhas. Toni, Manuel José, Octávio Machado, Car-los Manuel ou Jorge Coroado são apenas alguns dos nomes que contam, na primeira pessoa, tudo aquilo que não sabemos sobre o futebol. E mais ainda: dos títulos de jornais mais criativos, às histórias rocambolescas do Mundial e do mundo da bola em geral, às figuras, ícones e cromos da Linha Avançada nada falta neste compêndio futebolístico. O público pediu e José Nunes rematou para golo!

José Saramago - Da Cegueira à LucidezAntónio José BorgesZéfiro EdiçõesEsta obra é um convite a um verdadeiro percurso ideológico e literário, através de visão muito própria da obra de José Saramago. Uma obra literária através da qual o autor procura revelar os verdadeiros objectivos da obra deste Prémio Nobel da Literatura, nos limites do per-curso entre o “Ensaio sobre a Cegueira” e o “Ensaio sobre a Lucidez”, passando por “To-dos os Nomes”, “A Caverna” e “O Homem Duplicado”. Nesse caminho, analisa três aspectos relevantes: o tratamento da religião e o papel de Deus; o discurso aforístico; e o papel do cão nos seus romances. Editado pela Zéfiro e inserido na colecção Nova Águia, este livro tem prefácio do escritor Miguel Real e posfácio de Elsa Rodrigues dos Santos.

365 Piadas Inéditas Vários autoresCivilização Editora Este é já o quarto volume desta colecção “365 Piadas”, destinada a leitores a partir dos 7 anos, mas até os de 107 irão rir da primeira à última página com as suas cujas anedotas, lengalengas, adivinhas e outras graças. Sendo já uma dos grandes bestsellers da Civilização Editora, promete animação do primeiro ao último dia do ano, sendo todas os textos inéditos em relação a outros volumes. Para uma ideia, aqui fica a piada de 28 de Abril:- O meu cão é extraordi-

nário.- Ah sim?- Sim. Todas as manhãs me

traz o jornal.- Oh! Mas isso não tem nada

de extraordinário.- Tem, tem: não sou as-

sinante!.A leitura adequada para bons serões entre pais e filhos!

Os MágicosLev GrossmanPlanetaQuentin Coldwater, um aluno do liceu intelectu-almente precoce, foge ao tédio da vida diária lendo e relendo uma série de livros de fantasia passados num país encantado chamado Fillory. Como toda a gente, o jovem parte do princípio de que a magia não é real, até que se vê de repente admitido num colégio de magia muito secreto e muito exclusivo, a norte de Nova Iorque. Inicia um complicado e rigoroso curso de feitiçaria moderna, ao mesmo tempo que desco-bre as alegrias da vida escolar: amizade, amor, sexo e bebida. Porém, falta-lhe qualquer coi-sa para atingir a felicidade e a aventura com que sonhava... Um livro para os apaixonados por Harry Potter ou o mundo mágico de Nárnia.

LennoxCraig RussellGuerra & Paz EditoresCraig Russell, autor tra-duzido para mais de 20 línguas, regressa às livrarias portuguesas com mais um bestseller mundial. O detec-tive privado Lennox, que dá o nome ao primeiro livro desta série policial, encontra-se na cidade errada à hora errada: Glasgow. Em 1953, a guerra terminou mas a luta nas ruas está apenas a começar, e ele está no centro das atenções. Entre o crime e a legalidade, entre a honra e a ganância, Lennox tem apenas uma certeza: este é um sítio onde só os mais duros e implacáveis sobrevivem. Sem esperar, os papéis invertem-se: o detective dá por si no local do crime e tudo aponta para que ele próprio seja o criminoso. Uma história que reúne suspense, mistério, acção e um apurado sentido de humor.

As Aventuras do GuiClara CamposLeonor NoronhaIlustrações: J. Cintra CostaWord Ink / Coisas de LerCom 12 livros já editados, esta é uma colecção infantil que narra as aventuras do Gui e dos seus dois amiguinhos, a Madalena e o Joca, com os quais as crianças se vão facilmente identificar. As narrativas simples e diverti-das transmitem às crianças valores de família, amizade, companheirismo e respeito pelo próximo, enaltecendo em simultâneo a mística benfiquista. A beleza das ilustrações, de traço cuidado e apelativo, é outro dos pon-tos que enriquece e torna única esta colecção, que vai conquistar não só os mais novos como também os adultos. Este é um Produto Oficial do Sport Lisboa e Benfica. Na imagem, duas dessas histórias: “A Visita de Estudo do Gui” e “O Natal do Gui”. Vê mais histórias e muitos jogos divertidos em: www.asaventurasdogui.pt.

Ernesto – O Menino com GaguezMónica GaiolasIlustrações: Zeca CintraPrefácio: Pedro StrechtCoisas de LerA gaguez é uma patologia da comunicação que afecta não só a criança que gagueja mas também todo o seu meio envolvente: a criança sente-se triste, os pais e familiares não sabem como ajudá-la e a sociedade nem sempre reage da melhor maneira. Este livro infantil visa colmatar essas la-cunas, introduzindo o tema da gaguez, de forma lúdica e aprazível, permitindo que a criança não se sinta sozinha, vá desmistificando os seus medos e desenvolva compor-tamentos comunicativos que promovam a fluência da fala. É igualmente um importante e único, até à data, material de apoio na intervenção terapêu-tica de psicólogos, terapeutas e outros profissionais saúde e educação.

As mais belashistórias de NatalDisneyPublicações D. QuixoteA magia do Natal é cel-ebrada neste maravilhoso livro de histórias dos teus personagens favoritos da Disney e da Disney/Pixar. Vais poder celebrar o Na-tal com a Pequena Sereia Ariel numa festa no mar. Ou então ajudar a enfeitar uma árvore de natal com o Buzz e com o Woody no mundo de Toy Story. Ou ainda passar algum tempo com a família e com os amigos do Nemo, do Marlin e da Dori. Enfim... em dez histórias cheias de espírito natalício, podes jun-tar-te também à Cinderela, ao Mickey Mouse, à Branca de Neve, ao Winnie The Pooh, aos Monstros & Companhia, à Bela e o Monstro e aos 101 Dálmatas. O melhor mesmo é ler todas as aventuras e divertires-te a valer!

Deixa-me entrarJohn Ajvide LindqvistContrapontoOskar e Eli, de formas dife-rentes, são ambos vítimas. É por isso que, contra todas as probabilidades, se tornam amigos. Oskar tem 12 anos e vive com a mãe num bairro social em Balckeberg, um subúrbio cinzento e pacato de Estocolmo. O pai desapa-receu das suas vidas e ele é vítima de violência na escola. Eli é a rapariga que vai viver para o apartamento ao lado. Eli não vai à escola e só sai de casa à noite. Presos cada um na sua solidão, Oskar e Eli encontram um no outro a compreensão que o mundo lhes nega. E quando o lado mais obscuro de Eli se revela, Oskar descobre o verdadeiro preço da amizade…

Einstein – BiografiaLaurent SeksikBertrand EditoraEste livro revela a grandiosa vida do génio Albert Einstein (1879-1955). Alemão de nas-cimento depois naturalizado americano, escreveu ao presi-dente Roosevelt para impedir que os nazis conseguissem a bomba atómica, recebeu o Nobel da Física pela auda-ciosa hipótese da natureza corpuscular da luz e era um pai carinhoso de dois filhos. Dedicou-se plenamente ao sionismo, foi ameaçado pelo regime nazi, mas recusou a presidência do Estado de Israel e chegou a ser consid-erado por McCarthy como “inimigo da América”. Foi um homem fora do comum, profundamente pacifista e humano, cuja vida mudou quando aos 5 anos descobriu a bússola e que, vinte anos mais tarde, mudou a maneira como vemos o Universo.

Monster High – Uma escola diferenteLisi HarrisonContrapontoFrankie Stein fica em pulgas quando os seus pais lhe di-zem que está pronta para ir para a escola. Ela tem muitas expectativas para o liceu – fazer amigos, fazer brilhar o seu espectacular guarda-roupa em público... Frankie passara toda a sua vida (os seus 15 dias de existência) no laboratório do pai, e os seus únicos amigos são os Glitte-rati (os seus ratos de estima-ção) e os pais. Para além da pele verde, dos parafusos no pescoço e das costuras que lhe seguram os membros, não há nada de estranho nela. Mas Frankie fica muito preo-cupada quando descobre que ela e os outros monstros vão ter que se misturar com os normais. Monstrifica-te! Não vais querer ficar out! Vê mais em www.monsterhigh.com.

História de Portugal e do Império Português A. R. DisneyGuerra & PazSegundo Sir John Elliott, professor de Oxford, “nesta impressionante obra em dois volumes sobre a história de Portugal e do seu império ul-tramarino até ao início do sé-culo XIX, Disney produziu um trabalho de síntese que era há muito esperado. Actualizada em termos académicos, com uma exposição lúcida e coer-ente, a obra – que habilmente combina a narrativa com a análise – será o ponto de partida essencial para todos os interessados nas origens e carácter do primeiro ver-dadeiro império global na história mundial.” O Times Literary Supplement não poupa adjectivos: “Um feito notável, que combina rigor e lucidez, oferecendo ao leitor uma orientação especializada num terreno histórico com-plexo e variado”.

Page 21: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

21Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . sugestões de leitura e música .

. CD .. CD . . CD .. CD .

A Famíliae a Saúde Mentalde Purificação Bagagem

“Resultado de mais de cinquenta anos de uma vida de trabalho, de estudo, análise e reflexão, visa contribuir para ajudar os pais, em especial os jovens pais, a prepararem-se para enca-rar com responsabilidade e empenho a educação dos filhos”.O livro desta autora gol-pilheirense aborda temas como “a importância da família na vida humana”, “a família e a saúde men-tal”, “o papel dos pais na criação e formação dos fi-lhos” e “a caracterização da família onde nasci e cresci”.

À venda noCENTRO

RECREATIVO

DA GOLPILHEIRA!

A minha gravidez – DiárioAlison MackonochieIlustração: Claire GarlandArtepluralO dia em que a gravidez é confirmada marca o início de uma incrível jornada de 9 meses. É entusiasmante, mas pode também ser as-sustadora, pelo que é im-portante saber o que esperar e preparar-se devidamente. Este diário irá acompanhá-la ao longo de cada etapa, lem-brando exames, consultas médicas, aulas de prepa-ração para o parto, listas úteis de preparativos, etc., podendo ainda registar nele os resultados dos testes e os pensamentos e experiências pessoais, bem como guardar fotografias e lembranças em envelopes dedicados. No fundo, será um companheiro de viagem e uma recordação detalhada, prática e pessoal desta altura tão especial da sua vida.

As rãs que pensavam que eram peixesCristiano GhibaudoIlustr.: Elisabetta StoinichGestãoplusClima óptimo, comida abundante, ausência de predadores: o Charco Tran-quilo parece ser o sítio ideal para viver. As rãs vivem tão bem que chegam ao ponto de acreditar que são peixes! Mas a jovem Lara não se de-ixa convencer pela filosofia de «gozar e deixar andar»; uma inquietação interior leva-a a questionar o sentido da vida. Decide então fazer algo inédito: abandonar o charco e partir à descoberta do mun-do. Assim, inicia uma viagem que a levará ao encontro de aliados e também inimigos; descobre coisas novas, comete erros e, sobretudo, aprende – a dar saltos cada vez maiores, a ultrapassar as fronteiras das suas limitações e a não renunciar aos sonhos, aconteça o que acontecer…

Ancorar o AmorJoaquim SantosIlustração: Ricardina SilvaFolheto Edições & DesignO conteúdo desta obra é uma viagem profunda aos vários tipos de Amor que o ser humano pode experi-mentar. Toca fundo nas sen-sibilidades de cada um, numa perspectiva de afectos, de introspecção, de análise in-dividual e colectiva. Promove o realismo, mas também o sonho, numa utopia possível de concretizar. Remete-nos para os tempos ancestrais, para a vivência tradicional, os valores aliados aos costumes e a educação no respeito, numa viagem em perfeita sintonia com o verbo Amar. Mas também demonstra os seus exemplos. No final, o au-tor presenteia os leitores com um conto de Amor entre dois seres que, despidos de inter-esses secundários, se unem de uma forma absolutamente deslumbrante.

Diz Sempreque Sim…Miguel Portela“Diz sempre que sim...” é o sugestivo título do novo livro de poesia de Miguel Portela. Já com diversas publicações editadas, o autor lança pe-los versos os seus estados de alma, numa partilha “de uma simplicidade e beleza contagiante”. As dúvidas existenciais surgem nos seus poemas como inquietação, como pergunta que tem, muitas vezes, respostas contraditórias. Um sim e um não que se cruzam nas relações entre si e os outros, normalmente mediadas pela natureza, em especial o mar. O mar que é cenário fre-quente, com o vento, a noite, a relva do chão, espaços onde o sonho voa acordado. As pa-lavras de Miguel Portela são breves, mas mais profundas do que um primeiro olhar possa julgar.

O NovíssimoTestamentoMário Lúcio SousaPublicações D. QuixoteO escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa é também líder do grupo “Simentera”. No passado dia 12, apresen-tou em Coimbra o seu quarto disco a solo, “Kreol”, e o seu novo romance “O Novíssimo Testamento”. Nesta obra, galardoada com o Prémio Literário Carlos de Oliveira 2009, atribuído pela Câmara de Cantanhede, reinventa as Escrituras Sagradas e coloca a hipótese de Jesus ter sido mulher, recorrendo a um discurso humorístico muito próprio da realidade cabo-verdiana. Esta reencarnação imaginária transpõe para o contexto actual, no corpo de uma mulher africana, o embate eterno do “Messias” com os preconceitos sociais, religiosos e políticos.

Nuvens Cinzentasde MaioÁlvaro GóisPapiro EditoraA vida passa e as memórias ficam, como tentativas de eternizarem as verdades nunca plenas e finais. Assu-mindo a missão de espelhar essa realidade, este romance conduz-nos num interes-sante percurso temporal e transversal à vida portuguesa nos conturbados anos de profunda transição política, em que se vivia procurando libertar as últimas amarras da ditadura e ensaiar os primei-ros passos em democracia. Terá valido a pena? A dúvida persiste nos que são cépticos, até perante a maior evidência, porém, não poderão ignorar que o bem-estar do presente – se é que ele existe – é, também, fruto das terríveis dores e angústias já sofri-das por uma sociedade que avança corajosa sobre o chão movediço que percorre.

Panda Biggs – Vol. 2ColectâneaUniversal Music PortugalQuase a comemorar 1 ano de existência, o Panda Biggs volta a associar-se à Universal Music para o lançamento do Vol. 2 da com-pilação do canal, que é dirigido a um pú-blico na faixa etária dos 8 aos 14 anos e que transmite as séries juvenis que integravam a programação do Canal Panda. O disco reúne temas bem conhecidos de artistas nacionais e internacionais, tais como: The Black Eyed Peas (Imma Be), Lady Gaga (Bad Romance), Aggro Santos feat. Kimberly Wyatt (Candy), T.T. (La Fiesta), Taio Cruz (Break Your Heart), Nu Soul Family (This Is For My People), Justin Bieber feat. Ludacris (Baby), David Fonseca (A Cry 4 Love), Owl City (Fireflies), Tiago Bettencourt & Man-tha (Chocámos Tu E Eu), Virgem Suta com Manuela Azevedo (Linhas Cruzadas), Amy Macdonald (This Pretty Face), Os Pontos Negros (Duro de Ouvido), Kate Nash (Kiss That Grrrl), Anaquim (As Vidas dos Outros) e Parangolé (Rebolation). A fechar, o hino de Panda Biggs (Sempre Mais Biggs).

LoudRihannaUniversal Music Portugal“Loud” é o novo disco de Rihanna, que além de músicas novas inclui alguns dos maiores sucessos de “Rated R” com no-vas versões – Rude Boy e Te Amo. “Only Girl (In The World)” é o primeiro single deste novo disco e já toca na rádio por-tuguesa. 2010 tem sido um ano histórico para Rihanna: chegou ao primeiro lugar do Top norte-americano de singles (Hot 100) com “Rude Boy”, o que lhe valeu ser a primeira artista feminina do Séc. XXI a conseguir seis 1.ºs lugares neste Top até a ultrapassar Madonna no “Hot Dance Airplay Chart”, com sete primei-ros lugares. Este novo single foi editado este mês pela Def Jam/Universal Music. “Only Girl (In the World)” tem produção da equipa norueguesa Stargate, que co-laborou várias vezes com Rihanna desde 2006, inclusive nos temas “Unfaithful”, “Don’t Stop the Music”, “Hate That I Love You” (com Ne-Yo), “Take a Bow” e no seu recente êxito global “Rude Boy”.

HomeJane MonheitUniversal Music PortugalA cantora Jane Monheit, aclamada pela crítica, está de regresso a “casa” com o seu novo álbum “Home”. Trata-se de uma ode à idade dourada dos standards de jazz – o género com que Jane se identifica mais – e uma celeb-ração dos maiores tesouros saídos de compositores e letristas como Rodgers & Hart e Schwartz & Dietz. São dozes as canções que se podem ouvir neste décimo álbum da artista, que promete acompanhar o sucesso dos anteriores. Jane Monheit editou o seu álbum de estreia, “Never Never Land,” em 2000, que foi considerado o “Melhor Álbum de Estreia” pelos membros da Jazz Journalists Association. “In The Sun,” de 2003, foi nomeado para um Grammy – “Best Instrumental Ar-rangement Accompanying Vocals” – pelos arranjos de Vince Mendoza. “Surrender”, de 2007, entrou directa-mente para o primeiro lugar do Top de Jazz da Billboard.

Strambolic circusThe Gilbert’s Feed BandRoots and Rhythms / OvaçãoEsta é uma banda que tem resistido ao tempo. Após 20 anos de carreira, com algumas evoluções de sonoridade e de composição, apresentam agora este “Strambolic Circus” com ritmos de festa e de dança verdadeiramente contagiantes. Partindo de uma base de inspiração na música cigana romena, as músicas aparecem retemperadas com um “ska” adocicado, muito melo-dioso, que se juntam num disco limpo, bem delineado e com intenções bem marcadas. Este é um registo sincero, feito com honestidade, retrato de mui-tos anos de maturação pelos palcos e pela vida musical dos seus elementos. Para quem procura divertimento puro, este “Strambolic Circus” é uma compra obrigatória, com a promessa de vir a rodar muitas vezes seguidas no leitor de CD. Existem muitos circos e circos para todos os gostos. Este é mais um. Dons bons. Portanto, é fazer o favor de entrar, que o espectáculo vai começar…

Virgem Suta (reedição)Virgem SutaUniversal Music PortugalNinguém fica indiferente aos Virgem Suta, e que atire a primeira pedra quem ainda não brindou e cantaro-lou ao som de “Dança de Balcão”. A banda revelação de Beja conquistou definitivamente o coração dos por-tugueses, e por isso preparou uma re-edição do seu álbum homónimo, com 3 novos motivos para celebrar. Para além dos 12 temas originais, podemos encontrar nesta re-edição os inéditos “Tanto por Dizer” e “Menina Princesa”, e ainda uma nova e belíssima versão do tema “Linhas Cruzadas” que conta com a participação especial de Manuela Azevedo dos Clã. Assim, mesmo quem adquiriu a primeira edição deste álbum vai encontrar bons motivos para voltar à loja, já que terá nestes “bónus” a alegria da confirmação da solidez do projecto Virgem Suta.

. CD .

Page 22: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira22 . diversas .

. obituário .Agradecimento

Isaura de JesusN. 02-09-1917F. 28-09-2010

. poesia .

. mãos na massa .Bacalhau com broa de milhoPor Sofia Ferraz

Para: 5/6 pessoasCusto total: 14 eurosTempo de preparação: 50 min.

Ingredientes4 Postas de bacalhau demolhadas800g de batatas0,5 dl de leite1 dl de azeite1 Cebola picada2 Dentes de alho picados1 Folha de louro1 Ramo de orégãos2dl de molho de tomate1dl de vinho branco100g de broa de milho60g de bacon1 Ramo de coentrosÁgua, sal e pimenta q.b.

Agradecimento

Maria Alice Vieira de SousaN. 27-12-1927F. 02-10-2010

Seus irmãos, sobrinhos e restantes familiares, na impossi-bilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu dese-jo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as mani-festações de carinho neste momento de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última mo-rada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, bem-hajam.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, Lda – Batalha

O Jornal da Golpilheira apresenta os pêsames a todos os seus fami-liares e pede aos leitores uma oração para que descanse em paz.

Agradecimento

Augusto Piedade RodriguesNatural da Golpilheira e residente em LondresN. 24-11-1958F. 13-10-2010

Sua esposa, filhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho neste momento de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, bem-hajam.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, Lda – Batalha

O Jornal da Golpilheira apresenta os pêsames a todos os seus fami-liares e pede aos leitores uma oração para que descanse em paz.

Os golpilheirensesgostaram da sua visitaNo Centro Recreativo da Golpilheira O Sr. Artur Agostinho estava a chegar,Cumprimentou o povo da GolpilheiraTodos o esperavam para o saudar.

Ao ouvirem a sua voz Todos prestavam atenção,Falou dos tempos passados Em relação aos tempos modernosEra preciso haver mais convívio e união.

Pelo público era aplaudidoÉ um senhor com bastante cultura,Quando relatava a bolaEra ouvido com muita doçura.

História, cinema ou teatroIsso não podia faltar,Locutor da rádioFoi até poder trabalhar.

Na sua vinda à GolpilheiraPensamos que tenha ficado contente,Foi uma tarde bem passadaO povo da Golpilheira é alegre e convivente.

O que quis cá deixarSua história fica a recordar,O seu livro faz a saudadePara tornar a voltar.

Cremilde Monteiro

Os velhinhos de outros temposEram sinal de sabedoria,Respeitados pelos inventosNão é como hoje em dia.

A vida agora modernaEstá cheia de ambição,O amor já não imperaJá morreu a compaixão.

O velho é como a batataSó na terra dá semente,É a ambição que mataPonham isto bem na mente.

Se é rico deve abalarPara alguma coisa deixar,Se é pobre pode embarcarPois já está a empatar.

Os velhinhos deviam serTratados com mais atenção,Por a eles se deverO progresso da nação.

Tratem bem o ser velhinhoNão o olhem com desdém,Que passando algum tempinhoFicarão velhos também.

Nunca te rias dos tristesComo alguns que eu já vi,E vê lá bem se resistesSe um dia rirem de ti.

Ser velhinho não se compraE não se pode vender,Levem isto bem em contaMais tarde vão perceber.

Novo, velho, rico ou pobreTudo o que nasceu vai embora,Não escapa nem o nobreQuando chega a sua hora.

A vida humana é ingrata Quanto ao meu parecer,Pois há gente que se mataE outros não querem morrer.

Há muitos velhinhos no mundoQue sofrem muito caladosÉ esse um sofrimento profundoDos tristes…abandonados.

A noite dos mais velhos é tristePelo seu... isolamento,Mas desde que o mundo existeSempre foi esse o tormento.

Acreditem por favorNa verdade nua e crua,Onde é que mora o amorSe há tristes a dormir na rua.

O velhinho também é genteE merece ser felizPonham isto bem na menteÉ um idoso que o diz.

Não os acompanham na vida Na morte põem floresMuito obrigadaObrigadinha aos favores.

E por fim quero agradecerA todos os mais novinhosÉ assim que deve ser Tratem bem os velhinhos.

E sem mais vou terminarCom esta minha lembrançaUm abraço vos vou darE nunca percam a esperança.

Cremilde Monteiro

Sofrimento dos velhinhos nos tempos modernos(poema lido no almoço dos idosos na Semana Cultural)

Hoje sei quem souHoje sei quem sou!Para onde vou?Quem eu fui? Já não o sei.Se errei? Não. Acreditei.

Hoje sei quem sou!Para onde vou?Se o serei? Já não o sei.Já nem sei quem fui…Se fico? Fico porque acredito,Mas voltarei…

Miguel Portela

A ti BetoPedaços de saudadeFoi numa imensa multidão,Sobre um olhar moribundoQue ficou marcada toda a emoçãoDo quanto eras desejado neste mundo.Nesse teu olhar azul do mar,Quase parou uma cidadeTanto rosto a chorarUma digna homenagem de saudade.Este meu duro sentimento,Esta minha pobre mensagemPor ti a saudade é um alimentoRecordar-te é a minha homenagem.Quantas lágrimas foram caídas,No rosto de quem queria ser forteTenho a certeza não foram fingidasQuando se chora de dor pela morte.Num autêntico mar de gente,

Ficou o adeus numa grandiosa salva de palmasO colorido de tantas flores fora a sementeO desgosto carinhoso de tantas almas.No pensamento apenas ponho,Esta tão dura surpresaBeto será um sonhoPorque a tua passagem foi riqueza.Filho, irmão amigo e muito mais,Resta a todos a coragem e calmaÉ a liberdade de muitos aisPensando em ti Beto, paz à tua alma.

José António Carreira Santos

Preparação:Coza o bacalhau em água durante 10 minu-tos. Retire a pele e as espinhas e parta-o em lascas pequenas. Reserve. Coza as batatas em água temperada com sal. Reduza-as a puré e misture leite, tempere com sal e pimenta e reserve. Guarde um pouco do azeite e, no restante, refogue a cebola e o alho. Junte o louro e os orégãos ao preparado anterior e deixe o preparado apurar. De seguida adicio-ne-lhe o molho de tomate, quando ferver, regue com o vinho branco e deixe cozinhar mais alguns minutos. Na picadora eléctri-ca, triture a broa, o bacon e os coentros (tudo junto). Tempere de sal e pimenta e regue com o azeite reservado. Disponha o puré numa travessa e sobreponha-lhe o ba-calhau. Regue-o com o molho de tomate e cubra com a broa. Leve ao forno a 160ºC e deixe cozer por 10 minutos. Retire-o do forno e sirva quente acompanhado com uma salada de alface. Bom apetite!

Seus filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho neste momento de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, bem-hajam.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, Lda – Batalha

O Jornal da Golpilheira apresenta os pêsames a todos os seus fami-liares e pede aos leitores uma oração para que descanse em paz.

Page 23: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

23Novembro de 2010Jornal da Golpilheira . últi . lazer .

Nome _____________________________________________ Rua _______________________________________________ Nº ___________Localidade _______________________________________________________________Código Postal __ __ __ __ - __ __ __ ________________________________________Tel. _____________ Email: _________________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____

Entregar ou enviar para: Centro Recreativo - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA

Assinatura anual PT : 7 eurosEuropa: 10 euros

Resto Mundo: 12 euros

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96Contribuinte . 501 101 829Director .Luís Miguel Ferraz (CP 5023) <[email protected]>Director-adjunto .Manuel Carreira Rito (TE-395) <[email protected]>Composição . Paginação .Luís Miguel FerrazClube de Jornalismo do CRG . Ana Rito, Anabela Lopes, André Rosa, Ângela Susano, Carlos Meneses, Catarina Bagagem, Cristina Agostinho, David Lucas, Joana Valério, Nuno Rosa, Vanessa Silva.Outros colaboradores . Ana Vala, Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carlos Santos, Carolina Carva-lho (secretária), Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publi-cidade), Pedro Jerónimo, Rui Gouveia.Propriedade/Editor .Centro Recreativo da Golpilheira(Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10)Presidente: Manuel Almeida Carreira RitoSede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 GolpilheiraTel. 965022333 / 244 768 568 . Fax 244 766 710Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 GolpilheiraImpressão . CIC - CORAZE . Ed. Rainha, 4º Piso .3720-232 Oliveira de Azeméis . Tel: 256661460Fax: 256673861 . E-mail: [email protected] desta edição . 1700 exemplares

www.jornaldagolpilheira.comBlog: http://jgolpilheira.blogspot.comTwitter: http://twitter.com/jgolpilheiraEmail: [email protected]

.fotos do mês. CS

Se eu soubesse...

Bombeiros Voluntários da Batalha 244 768 500G.N.R. Batalha 244 769 120Junta de Freguesia Golpilheira 244 767 018Câmara Municipal Batalha 244 769 110Extensão de Saúde da Golpilheira 244 766 836Centro de Saúde da Batalha 244 769 920Hospital de Santo André 244 817 000Farmácia Padrão – Golpilheira 244 767 856Farmácia Ferraz (Batalha) 244 765 124Farmácia Padrão (Batalha) 244 765 449Escola Primária da Golpilheira 244 766 744Jardim-de-Infância da Golpilheira 244 767 178Escola EB 1+2 Batalha 244 769 290Escola Secundária Batalha 244 769 180Escola Artes e Ofícios Tradicionais 244 767 595Segurança Social - Batalha 244 765 269Conservatória R. C. P. Batalha 244 765 264Tesouraria Faz. Pública da Batalha 244 764 120Misericórdia da Batalha 244 766 366Correios (CTT) - Batalha 244 769 100Posto de Turismo da Batalha 244 765 180Biblioteca Municipal Batalha 244 769 871Cinema/Auditório Municipal 244 769 870EDP -Informações (Grátis) 800 232 425Águas do Lena 244 764 080Rodoviária – Agência Batalha 244 765 505Táxis da Batalha 244 765 410Rádio Batalha 244 769 720Centro Recreativo da Golpilheira 244 768 568

Adorei esta Semana Cultural... logo a abrir aquela festa dos anos 80 foi super-divertida, depois a conversa com o Artur Agostinho foi muito interessante...

Ficha Técnica

. pas

sate

mp

o .

Sudo

ku 17

(Dific

uldad

e: mé

dia)

Solu

ções

do Su

doku

17

4 2 69 5 6 8

2 49 4 1

4 8 7 37 2 9

7 59 2 6 4

7 3 6

548721639

713956248

269483751

395678412

486192573

172345896

634817925

951264387

827539164

Bem... este mês, foi uma fartura. Só na Festa dos Anos 80, havia cromos para encher o jornal. Mas a chegada desta foto bateu o recorde. Com que então os meninos da nossa Assembleia de Freguesia andam com ideias de mandar no Parlamento!!! Uns belos cromos...

Campanha de solidariedadeO padre João Monteiro da Felícia, um missionário da Consolata natural da Golpilheira, paróquia da Batalha, está há já al-guns anos no Brasil, onde oferece o seu amor a Jesus Cristo, no serviço aos mais desfavorecidos. Daqueles que, ainda antes da fé, precisam de pão para a boca. O Jornal da Golpilheira tem em curso uma campanha para a oferta de uma “cesta de alimentos”, no valor de 10 euros, que é a ajuda que o padre João tenta entregar todos os meses às famílias que têm crianças a morrer à fome. Desde Janeiro de 2006, enviámos um total de 3220 euros, o que deu para 322 cestas...Este mês recebemos:- Francisco Freitas - 120 euros (12 cestas)- Vítor Martins - 100 euros (10 cestas)

Colabore! Seja solidário...Contacte:• CRG - R. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA• Pe. José Gonçalves (Pároco da Batalha)• António Monteiro Rosa (Casal de Mil Homens)

...e poupe nos impostos!Os Missionários passam recibo da sua oferta, que po-derá deduzir no IRS. Basta que junte ao donativo o seu nome, morada completa e o n.º de contribuinte.

Pão para as criançasdo padre João

E falámos de vida saudável, e dos projectos para a Freguesia... e o António Ribeiro dos UHF foi um espectáculo! Já para não falar no desfile de moda... lindo!

Uma mão cheia...

Ah! Mas também houvecastanhas e vinho no arraial de S. Martinho e Sopa da Pedra barata no domingo!Já sei... se tu soubesses...

Em situações de perigo, alegria ou raiva, o cérebro leva sinais até às glândulas supra-renais para produzi-rem adrenalina. Com isso, os vasos sanguíneos dilatam-se e o sangue passa em maior quantidade.Em regiões onde há mais vasos, como o estômago, rosto e coração, há mais sangue a circular.Por isso coramos: ficamos vermelhos.

. curiosidade . Anabela Lopes

Porque é que nóscoramos?

Campanha de Natal!Ofereça o seu donativo e habilite-se a receber um destes sacos de pano, decorados pelas crianças do Jardim Peri, enviados do Brasil pelo padre João.Será atribuido um número para o sorteio, por cada donativo de 10 euros (1 cesta).Temos 5 para sortear!

Bolas... se eu soubesse tinha ido!...

Gaita... se eu soubesse tinha ido!...

Não, não!A isso eu fui!...

Page 24: 1011 Jornal da Golpilheira Novembro 2010

Jardim-de-Infância da Golpilheira

. página infantil .Novembro de 2010

Jornal da Golpilheira24

Olá a todos…Cá estamos mais uma vez, para vos dar conta do que temos feito!Nesta altura do ano, muitas são as festas e tradições; por isso, fizemos o Bolinho, que o sr. João cozeu na sua pastelaria, fizemos o Magusto no recreio da escola, e aprendemos a Lenda de S. Martinho.Como é nesta altura que se apanha a azeitona, e porque ela é um produto da terra (tema do nosso projecto), também fomos apanhar azeitonas que o sr. Adriano varejou.Apanhámos muitas e aprendemos a retalhá-las; agora falta ver como se faz o azeite, pois vamos visitar o lagar do Alqueidão.Este mês, também fomos à bi-blioteca do Agrupamento ouvir a história da “Lagartinha Comilona” e comemorámos os anos dos nossos amiguinhos Duarte, Rafael e João, que já têm 5 anos.Temos trabalhado e aprendido mui-to, mas tem sido muito divertido!As educadoras Dora e Sandra

LEGENDAS1. Escrevemos a receita do bolinho2. Cortámos a batata para a massa3. Raspámos os limões4. Georgina amassou, por ter muita força5. Tendemos os bolinhos6. Os nossos bolinhos prontos a cozer7. Fomos apanhar azeitona8. O sr. Adriano varejou9. Apanhámos muita azeitona10. Retalhámos11. ...e retalhámos12. Preparámos o magusto13. Dançámos e cantámos à volta da fogueira14. Anos do Duarte15. Anos do João16. Anos do Rafael17. Na biblioteca do Agrupamento

1 2

3

4

5

6

7 8

9

10

1112

13

14

15

16

17