1108 jornal da golpilheira agosto 2011

24
PUB Nº DE27042006MPC Caixa da Batalha O Banco da (nossa) terra. CA Seguros | CA Consult | CA Gest R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • Fax 244 769 279 PUB DE00992011SNC|GSCCS ECONOMY Preço 0,80 (IVA inc.) Jornal da Golpilheira Estrada do Baçairo, 856 2440-234 GOLPILHEIRA Tel. 965 022 333 Fax 244 766 710 [email protected] Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XV | Edição 170 | Agosto de 2011 MCR P. 3 | Pavilhão da Golpilheira Obra vai começar a 16 de Agosto! P. 4, 5, 24 | Cartaz de luxo Batalha em festa de 12 a 15 de Agosto P. 7 | Terra vizinha e do coração S. Antão festejou Sr.ª dos Remédios P. 8 | USF deixou-nos de fora Extensão de Saúde da Golpilheira fecha P. 9 | “Anunciamos Cristo crucificado” Ordenação do Bispo D. Virgílio Antunes P. 14 | Nossa Senhora da Esperança S. Bento em festa de 20 a 22 de Agosto --------------------- DAS 07h30 às 22h00 --------------------- Combustíveis --------------------- Lubrificantes --------------------- Produtos Auto ---------------------- Gás (BP/REPSOL/GALP) --------------------- Lavagem/Aspiração ---------------------- Também com RAÇÕES para animais Desconto 5 CENT/LITRO! em todos os combustíveis Petro FM Rua Forno da Telha, 1385 Quinta do Retiro Barreira 2410-251 LEIRIA Tlf. 244834445 • Tlm. 919701359 • Fax 244892250 • [email protected] AMBIENTE DE REQUINTE NO CENTRO DA VILA DA BATALHA! ENCOMENDE: TEL. 244 766 106 • 919 903 666 VISITE-NOS: R. ANTÓNIO CÂNDIDO ENCARNAÇÃO, 4 • BATALHA > PIZZAS > PASTAS > RESTAURANTE < TAKE AWAY • As férias • O fim último da vida não é a excelência! • “Geração à Rasca” ou “Geração Coragem” • Poder descansar • As setas, os asteriscos e a maldição dos quadros explicativos • In Memoriam: Maria Hercília Zúquet • Bispos portugueses falam do actual momento da sociedade: A prioridade do “bem-comum” • História: Uma campanha de obras no Mosteiro da Batalha em 1750-1751 P. 11, 12, 13 | Foto-reportagem da festa SENHOR BOM JESUS DOS AFLITOS LEITURAS DE FÉRIAS Especial P. 15, 16, 17, 18

Upload: jornal-da-golpilheira

Post on 30-Mar-2016

243 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Edição de Agosto de 2011 do Jornal da Golpilheira - publicação mensal da freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha, distrito de Leiria. Notícias, opinião, personalidades, tradição, cultura, desporto... as gentes da Golpilheira. Fundador e Director: Luís Miguel Ferraz.

TRANSCRIPT

Page 1: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

PUB

Nº DE27042006MPC

Caixa da Batalha

O Banco da (nossa) terra.

CA Seguros | CA Consult | CA Gest

R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHATel. 244 769 270 • Fax 244 769 279

PUB

DE00992011SNC|GSCCSECONOMY

Preço 0,80 € (IVA inc.)

Jornal da GolpilheiraEstrada do Baçairo, 8562440-234 GOLPILHEIRA

Tel. 965 022 333Fax 244 766 [email protected]

Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XV | Edição 170 | Agosto de 2011

MCR

P. 3 | Pavilhão da Golpilheira

Obra vai começar a 16 de Agosto!

P. 4, 5, 24 | Cartaz de luxo

Batalha em festa de 12 a 15 de Agosto

P. 7 | Terra vizinha e do coração

S. Antão festejou Sr.ª dos Remédios

P. 8 | USF deixou-nos de fora

Extensão de Saúde da Golpilheira fecha

P. 9 | “Anunciamos Cristo crucificado”

Ordenação do Bispo D. Virgílio Antunes

P. 14 | Nossa Senhora da Esperança

S. Bento em festa de 20 a 22 de Agosto

---------------------DAS 07h30 às 22h00---------------------Combustíveis---------------------Lubrificantes---------------------Produtos Auto----------------------Gás (BP/REPSOL/GALP)---------------------Lavagem/Aspiração----------------------Também comRAÇÕESpara animais

Desconto

5 CENT/LITRO!em todos os

combustíveisPetroFM

Rua Forno da Telha, 1385 • Quinta do Retiro • Barreira • 2410-251 LEIRIATlf. 244834445 • Tlm. 919701359 • Fax 244892250 • [email protected]

AMBIENTE DE REQUINTE

NO CENTRO DA VILA DA BATALHA!

ENCOMENDE: TEL. 244 766 106 • 919 903 666VISITE-NOS: R. ANTÓNIO CÂNDIDO ENCARNAÇÃO, 4 • BATALHA

> PIZZAS> PASTAS> RESTAURANTE< TAKE AWAY

• As férias • O fim último da vida não é a excelência! • “Geração à Rasca” ou “Geração Coragem” • Poder descansar• As setas, os asteriscos e a maldição dos quadros explicativos • In Memoriam: Maria Hercília Zúquet

• Bispos portugueses falam do actual momento da sociedade: A prioridade do “bem-comum”• História: Uma campanha de obras no Mosteiro da Batalha em 1750-1751

P. 11, 12, 13 | Foto-reportagem da festa

SENHOR BOM JESUSDOS AFLITOS

LEITURASDE FÉRIASEspecialP. 15, 16, 17, 18

Page 2: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira2 . abertura .

.editorial.

Luís Miguel FerrazDirector

Centro Recreativo

Novo anode actividades

Depois das tão merecidas férias, é altura de começarmos a preparar a próxima época desportiva e ano lectivo 2011/2012 no Centro Recreativo.

No que diz respeito ao futebol, temos duas novidades. A primeira é que vamos ter uma equipa "Petizes" (futebol de cinco) com jovens nascidos nos anos de 2005 e 2006, para além de mantermos os escalões de Escolas (fu-tebol de sete) com jovens nascidos em 2001, 2002, 2003 e 2004 e dos Sub-13 com jovens nascidos nos anos de 1999 e 2000. A outra novidade é que vamos passar a treinar e a jogar no Campo Sintético Municipal da Batalha.

Quanto à Escola de Música, fun-cionará mais ou menos nos moldes do ano anterior: começa com a Iniciação Musical (solfejo), seguindo-se a fase de aprendizagem dos instrumentos que os alunos pretenderem ou estiverem mais vocacionados para utilizar. Quem esti-ver interessado em frequentar a nossa Escola de Música, poderá inscrever-se na nossa colectividade. Antes do início das aulas, far-se-á uma reunião para ajustamento de horários. O início deve coincidir com o do Ano Escolar.

Estão abertas também inscrições para as aulas de Ginástica Localizada, Step e Aeróbica, bem como na Escola de Dança, organizada em cinco níveis. Também aqui haverá uma novidade, caso haja 12 ou mais inscrições: pela primeira vez, queremos ter uma turma de Ginástica para Homens. A monitora Liliana espera pelos corajosos…

Manuel Carreira Rito

Tel. 244 768 568

Tel. 244 768 568

Tel. 244 768 568

divulgação / apoio

“Quem quer festa, sua-lhe a testa” deve ser um dos ditados mais repetidos entre nós. Não sei se, quando o dizemos, sentimos essa verdade em todo seu alcance.

Este ano, tive oportunidade de o expe-rimentar na pele, bem como outros colegas “quarentões” de 71. De facto, organizar uma festa é o cabo dos trabalhos. E a testa sua mesmo, de várias maneiras. Seja na comple-xidade do planeamento, dos contactos, dos licenciamentos, da logística. Seja na azáfama da recolha de patrocínios, ofertas, festeiros, andores, etc., que garantam alguma liquidez financeira ao evento. Seja no esforço para levantar o arraial, construir espaços, encher as ruas de arcos e cordões, preparar refeições, atender às imensas solicitações do povo, en-fim, fazer a festa propriamente dita.

Mas, com o suor, surge também uma enorme compensação: ver a felicidade no rosto dos que usufruem desse trabalho, ver a doação e disponibilidade de dezenas de pes-soas que se juntam para ajudar, ver o decorrer da festa em harmonia e com sucesso.

Garanto que, de hoje em diante, vou a encarar uma festa com outros olhos. E saberei dar mais valor a cada pormenor. Aliás, é o desafio que lanço a cada um dos leitores: se querem mesmo saber o que é uma festa, vão lá um ano agarrar a bandeira.

Quem quer festa...

Page 3: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

3Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . actualidade .

COTAS / ASSINATURASCaro Sócio do Centro Recreativo

Assinante do Jornal da GolpilheiraLembre-se que poderá pagar as suas cotasou assinatura em qualquer altura do ano,

ao balcão do CRG. Ajude a sua associação!

Assembleia-Geral Ordinária(Continuação do dia 9 de Julho)

ConvocatóriaNo dia 24 de Setembro de

2011, pelas 20h30, reúne-se a Assembleia-Geral Ordinária, pelo que convoco todos os só-cios a assistirem à reunião com

a seguinte ordem de trabalhos:1 - Eleição dos novos Corpos Gerentes para o

próximo biénio2 - Outros assuntos de interesse para a Colectividade.Nos termos dos estatutos, não comparecendo a

maioria dos associados à hora marcada, será a reunião efectuada às 21h30 do mesmo dia, com qualquer número de sócios, não podendo os restantes discordar daquilo que foi deliberado. Dada a importância da reunião, agradecemos a comparência de V/ Ex.as.

O Presidente da Mesa da AssembleiaPedro José Meneses Monteiro

Comunicado da DirecçãoInformamos a todos os sócios que queiram apresentar

listas para os novos Corpos Gerentes da Direcção da colectividade para o próximo biénio, que as deverão entregar na secretaria. As mesmas deverão ser entre-gues até ao dia da Assembleia-Geral, que se realizará no próximo dia 24 de Setembro de 2011.

O Presidente da DirecçãoManuel Carreira de Almeida Rito

pub

Este ano, a participação nas tasquinhas da FIABA esteve a cargo da nossa equipa de Veteranos de Futebol de 11. Os lucros obtidos neste evento, à partida, eram todos para esta jovem secção da nossa associação, para fazerem face às despesas com o 2.º Torneio de Veteranos,

realizado no dia 2 de Julho passado, com a participação de duas equipas insulares (Nacional da Madeira e Terra Chã dos Açores) e o nosso "padrinho" Alqueidão da Serra.

No entanto, numa reunião entre os atletas e directores desta secção de Veteranos foi decidido, por

maioria, que o resultado obtido na exploração da tasquinha, no valor de 2.231,77 euros, fosse dis-tribuído, em partes iguais, para os Veteranos e para o CRG. Como presidente da direcção, agradeço esta generosidade e enalteço o espírito de colaboração das várias secções do CRG com

Informação aos sócios do CRG

Tasquinha da FIABA

Passados alguns anos do nascimento da primeira ideia e após alguns avanços e recuos e até incertezas provocadas pela actual situ-ação económico-financeira do nosso país, finalmente vão iniciar-se as obras do pavilhão desportivo da Golpilheira. Cumpridos todos os requisitos legais, a data do arranque está marcada para o próximo dia 16 de Agosto!

A sua construção está programada para um pe-ríodo de 18 meses, prazo que o empreiteiro terá de cumprir.

Esperamos que tudo cor-ra bem e que lá para o final do ano de 2012 estejamos a proceder à sua inauguração. Será um acontecimento inolvidável, grandioso, mas merecido para todos os golpilheirenses, em especial para as nossas atletas, trei-nadora, directores e equipa técnica.

Para aqueles que repre-sentam e defendem com muita dignidade as cores ao nosso Clube, há alguns anos, alguns deles há mais

de uma década, com mui-tas conquistas alcançadas até esta data, é um prémio muito justo.

Desejamos ao seu cons-trutor as maiores venturas, para que a obra decorra num bom ritmo, para bem de todos nós.

À Câmara da Batalha e à Junta de Freguesia da

Golpilheira, resta-nos agra-decer todo o empenho que mantiveram para que este projecto fosse avante, ape-sar de todos os obstáculos que foram aparecendo no caminho.

Para os incrédulos, especialmente para os da Golpilheira, a resposta está dada, mas será consolidada

no dia da inauguração des-ta grandiosa obra. O ditado assenta que nem uma luva: "saber esperar é uma virtu-de". E para os perseverantes, "nunca desistam dos seus so-nhos". E para todos nós: "O homem sonha, Deus quer e a obra nasce".

Manuel Carreira Rito

Pavilhão Desportivo da Golpilheira

Obra vai começar a 16 de Agosto!

A placa da obraMCR

Diversão na cozinha da tascaMCR

Page 4: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira4 . festas da Batalha .

A edição de 2011 das Festas da Batalha volta a contar no seu programa com alguns dos nomes mais sonantes do panorama mu-sical do nosso país, para além de um vasto conjunto de actividades lúdicas, cul-turais e desportivas.

Inseridas nas come-morações dos 626 anos da Batalha de Aljubarrota, o programa poderá ainda ser complementado com outras ofertas pela região, nomea-damente em Alcobaça, Por-to de Mós e S. Jorge, como poderá conferir no sítio www.626aljubarrota.com.

Refira-se ainda que junto ao recinto funciona-rá a habitual Mostra das Actividades Económicas do Concelho, que envolve a participação de mais de uma dezenas de empresas de diversos sectores de ac-tividade. E claro, lá estarão as diversas tasquinhas tradi-cionais, com petiscos e be-bidas a servir por algumas associações concelhias.

Dia 12A animação na Batalha

começará pelas 20h30 do dia 12, com o grupo Ter-ranova (Maceira) a tocar pelas ruas. Duas horas mais tarde, o palco será inaugura-do pelos GNR, a carismática banda nortenha de Rui Rei-ninho, que comemora agora os 30 anos de carreira.

É em 1981 que os GNR editam o seu primeiro regis-to em vinil – “Portugal Na CEE”. Desde então, não mais pararam de nos ofe-recer algumas das melhores canções de sempre da músi-ca Pop/Rock Nacional.

Em 2011 comemoram 30 anos de uma extraordi-nária carreira, com a ree-dição de toda a sua disco-grafia, o novo álbum “Voos Domésticos”, que entrou directamente para o 1.º lugar do top de vendas, e dois concertos de aniversá-rio nos Coliseus de Lisboa e Porto, agendados para No-vembro.

Na Batalha, os fãs terão oportunidade de antecipar a festa, que ainda por cima é de entrada gratuita.

Dia 13No dia seguinte, decorre

na praça Mouzinho de Al-buquerque, das 14h30 às 19h30, um torneio aberto de xadrez, bem como diversos apontamentos de anima-ção de rua com o Grupo de Bombos do Paço (Canas de Senhorim).

Às 18h30, decorre na sala de sessões do Municí-pio a cerimónia de recep-ção aos grupos folclóricos que participam, a partir das 21h30, na XXVI Gala Inter-nacional de Folclore da Ba-talha e que reúne os seguin-tes agrupamentos: Rancho Folclórico Rosas do Lena, Grupo de Canto e Dança ZAMOJSZCZYZNA (Po-lónia), Rancho Folclórico de Paranhos da Beira, Gru-po Folclórico IZVORU SO-MESULUI (Roménia), Gru-po Folclórico Lavradeiras de Parada de Gatim (Minho) e Estampas Méxicas Ballet Folklórico (México).

A terminar a noite, o palco principal dos festejos recebe “Virgem Suta”, ban-da de Beja constituída por Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda. Para quem não conhece, espere-se uma lu-fada de ar fresco, com tra-dição e portugalidade mis-turada em sons contempo-râneos, com alguma ironia e bom humor.

Dia 14No feriado concelhio, 14

de Agosto, o Museu da Co-munidade Concelhia abre as suas portas gratuitamen-te, das 10h00 às 21h00, com visitas guiadas, decorrendo às 12h00, na Capela do Fun-dador, as habituais Cerimó-nias Civis e Militares.

O programa continua pelas 16h00, no auditório municipal, com o lançamen-to de duas obras. A primeira é “Portal de Santa Maria da Vitória e a Arte Europeia do seu Tempo – Circulação dos Artistas e das Formas na Eu-ropa Gótica”, da autoria de Jean-Marie Guillouët, com apresentação de Saul An-tónio Gomes. A segunda é “José Batista de Matos: Uma Vida de Militância Cívica e Cultural”, uma autobiogra-

fia que será apresentada por Moisés Espírito Santo.

Segue-se a sessão solene do Dia do Município, presi-dida pelo secretário de Esta-do da Administração Local e da Reforma Administra-tiva, Paulo Júlio, onde será apresentado o “Passaporte Cultural Batalha” e será inaugurada a Zona Despor-tiva da Vila.

Às 18h00, as ruas aco-lhem um desfile com a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Batalha, de-correndo às 18h30, no pavi-lhão multiusos, mais um En-contro Anual de Emigrantes do Concelho.

Entretanto, no campo sintético decorre mais uma edição do Torneio de Fute-bol Inter-Freguesias “São Nuno de Santa Maria”, este ano aberto à participação de equipas femininas.

Às 21h00, o Rancho Folclórico do Penedo irá aquecer o público para a ac-tuação das bandas Anakin e Deolinda. A primeira é um projecto de José Rebo-la, que com alguns amigos de Coimbra explora uma sonoridade folk e popular com um toque de inovação que não esconde o sabor do nosso som tradicional, rapi-damente visível na empatia que cria com o público. A segunda anda pelas mesmas tónicas, ainda mais próximo do popular, sobretudo da canção de Lisboa. Com o nome já consagrado no mer-cado, Deolinda é na voz de Ana Bacalhau uma das re-frescantes novidades apare-cidas nos últimos anos, con-tagiante, alegre, imaginativa e muito “nossa”.

Dia 15O último dia das festas

reserva diversas actividades, com o desporto e o atletis-mo, em concreto, a ter lugar na Batalha, com mais uma prova de atletismo “Mestre de Aviz”. Aponte-se que no ano em curso a prova vai atribuir prémios mone-tários os atletas vencedores nos escalões principais.

Às 18h00, as praças Mouzinho de Albuquerque e D. João I acolhem um Desfile de Cabeçudos, se-guindo-se a animação pela Filarmónica das Cortes.

Às 21h30, tem lugar uma representação etno-gráfica por um dos grupos estrangeiros da Gala, pre-parando o concerto final, a cargo de José Cid, um da-queles artistas cuja carreira dispensa apresentações.

Com uma enorme capa-cidade de se reinventar ao longo do tempo, é dos pou-cos da sua geração que pode gabar-se de estar sempre à tona da popularidade, algu-mas vezes controversa, mas sempre com um carisma que mantém e cativa fãs.

Espera-se uma noite bem animada e divertida, que tem fecho marcado a fogo de artifício.

Conferir cartaz na última página ou em www.festasda batalha.com.

GNR, Virgem Suta, Deolinda, Anakin, José Cid e folclore internacional

Batalha em festa de 12 a 15 de Agosto

José CidFoto

s: D

R

Deolinda

Anakin

Virgem Suta

GNR

Folclore mexicano

Page 5: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

5Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . festas da Batalha .

Vila da Batalha

Feira Anual - Festas PopularesOcorria o ano de 1948 e sentia-se ainda a euforia

do final da II Grande Guerra. A Vila da Batalha, assim como o concelho, não fugiu à regra.

Uma vez que existia uma Feira Franca, no dia 14 de Agosto, instituída pelo rei D. João I em 1389, por-que não criar umas festas na mesma ocasião? Seriam as Festas da Vila.

Foi por isso que um grupo de batalhenses de então resolveu criar as Festas da Vila da Batalha, nos dias 14 e 15 de Agosto, com o apoio da Câmara Municipal, então presidida por António de Almeida Monteiro, da Comis-são Municipal de Turismo e dos comerciantes locais.

De 1948 até ao ano de 1960, as Festas da Batalha foram organizadas pelos batalhenses, com o apoio das entidades referidas.

Os batalhenses que compunham a comissão de Fes-tas do Concelho da Batalha assumiam, através de docu-mento escrito e assinado por todos, “a responsabilidade no pagamento de quaisquer débitos que porventura ve-nham a haver com a realização das festas, entretanto com a quota parte”.

Sentiu-se então necessidade de criar um suporte ins-titucional e jurídico, com vista à realização das Festas da Batalha, pelo que se integrou a Comissão de Festas como secção da Associação de Propaganda e Defesa da Região da Batalha, que, a partir do ano de 1961, assu-miu a sua organização.

As Festas da Batalha eram conhecidas em toda a re-gião Centro e muitos forasteiros aqui acorriam para ver “ao vivo” os artistas que gostavam de ouvir na rádio e, mais tarde, de ver na televisão.

Era aqui que se “tiravam dúvidas” quanto aos ídolos. “É mais alto do que parece na televisão!” ou então “É mais gordo do que eu imaginava!”, e como estes, muitos outros comentários se ouviam.

O espaço por detrás do Mosteiro, nas proximidades das Capelas Imperfeitas, era vedado e toda a gente tinha de pagar um bilhete de ingresso no recinto.

As festas eram anunciadas por toda a região por gigantones e gaiteiros, que se faziam transportar em pequenas camionetas dos comerciantes ou industriais da Batalha.

Ocupavam, habitualmente, três ou quatro noites, em torno dos dias 14 e 15 de Agosto – o dia 14 é Fe-riado Municipal e dia de Comemorações da Batalha de Aljubarrota.

O modelo destas festas manteve-se durante anos, até que, na década de 80, com as mudanças sociais então verificadas, o seu formato ficou ultrapassado, dando lu-gar ao modelo actual, dinamizado pela autarquia.

Texto do Postal editado para a exposição de 2010

Aproxima-se a data comemorativa dos 626 anos da Batalha de Aljubarro-ta, decorrida a 14 de Agosto de 1385 no planalto de São Jorge, perto da vila da Batalha. Este ano, à semelhança de outros anos, o Centro de Interpreta-ção (CIBA) promove um evento com o nome de “Quadros Vivos da Ba-talha Real”, que consiste em recriar momentos importantes da batalha, e

toda a sua envolvência, em pequenos “quadros vivos”. Para tal contará com a colaboração da companhia residente do centro, a Companhia Livre, associa-ção que se dedica à recriação histórica, especialmente ao séc XIV.

D. João I, o mestre de Avis, Leo-nor Teles e o conde Andeiro, D. Nuno Álvares Pereira, serão alguns dos per-sonagens desta história aberta a todos

os visitantes do centro no dia 14 de Agosto pelas 17h15.

Este evento contará com a partici-pação de cerca de 50 homens de armas daquela companhia, bem como outros tantos voluntários que se queiram ins-crever e participar nos “Quadros Vi-vos”, num total de 100 participantes.

Torneio: Futebol masculino e feminino

“São Nuno Santa Maria”Está a realizar-se no Campo Sintético Mu-

nicipal da Batalha a terceira edição do Tor-neio de Futebol 11 “São Nuno Santa Maria”. Foram chamadas a participar, como sempre, as quatro freguesias do concelho da Batalha (Ba-talha, Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede).

O sorteio ditou que os dois primeiros jogos colocassem em confronto as seguintes fregue-sias: Reguengo do Fetal / Golpilheira e Batalha / São Mamede, com jogos marcados para o dia 6 de Agosto. Por razões que desconhecemos, a freguesia do Reguengo do Fetal não se inscre-veu, pelo que a Golpilheira não jogou e passou de imediato à final da prova, que será jogada no próximo domingo, dia 14 de Agosto, às 20h30, contra a equipa de São Mamede, que venceu a sua congénere da Batalha por 2-1.

Este ano, pela primeira vez, há também um Torneio de Futebol de Cinco Feminino, com o mesmo nome. Os encontros a disputar no Par-que de Jogos da Batalha são os seguintes: dia 12 de Agosto, às 19h00, Reguengo do Fetal / Golpilheira, e às 20h00, Batalha / São Mamede. No dia 13 de Agosto será o apuramento do 3.º e 4.º lugares, entre os vencidos dos dois primeiros jogos. No domingo, dia 14, às 19h00, será a final entre os vencedores dos mesmo jogos.

MCR

Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e Companhia Livre

Batalha de Albujarrota “ao vivo”

Pela região…• Dias 12 a 15 – Feira medieval

da vila de ALJUBARROTA.• Dia 13, 21h30 – Sessão de ci-

nema ao ar livre com evoca-ção da Batalha de Aljubarro-ta, seguida da actuação musi-cal e lúdica do grupo medieval “Strella do Dia”, no castelo de PORTO DE MÓS.

• Dia 14, 10h00 – Comemora-ções e missa campal no campo de SÃO JORGE. No mesmo local, pelas 17h15, mostras de armas e recriação de algumas cenas do período medieval (1385).

Recriação histórica

Page 6: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira6 . cultura .

30.ª digressão internacional

Rosas do Lena vai à UcrâniaA fim de participar em festivais internacionais no

centro da Ucrânia, na zona de Poltava, organizados com a chancela do CIOFF, o Rancho Folclórico Rosas do Lena desloca-se àquele grande país do Leste Europeu, de 20 a 25 de Agosto.

Constituindo sempre uma representação muito digna da Alta Estremadura e de Portugal e sempre recebido com as maiores deferências – recorde-se que no ano passado encerrou todos os espectáculos do BALTICA 2010, na Estónia, tendo o último sido efectuado no Te-atro Nacional de Talin – é esta a sua 30.ª deslocação ao estrangeiro. Já actuou, nalguns países por diversas vezes, na Alemanha, Áustria, Croácia, Eslováquia, Espanha, Estónia, França, Holanda, Hungria, Itália (Sicília e Sar-denha), Lituânia, Polónia e Sérvia.

Desejamos aos membros da comitiva os maiores su-cessos e uma boa representação da nossa cultura.

Em Ourém

1.º Congresso de História e Património da Alta Estremadura

Conscientes da importância do conhecimento da História e do Património para a identidade local e para o desenvolvimento regional, o Centro do Património da Estremadura (CEPAE) e a Câmara Municipal de Ou-rém vão coordenar a organização do 1.º Congresso de História e Património da Alta Estremadura.

A área geográfica abrangida pelas comunicações é o distrito de Leiria e o concelho de Ourém. Em termos temáticos, comporta as seguintes secções: Arqueologia, História, História da Arte, Património Cultural e Patri-mónio Natural.

Para assistir ao congresso ou participar através da apresentação de uma comunicação ligada a estas temá-ticas, consulte www.alta-estremadura.net.

Jacinta, Llibert Fortuny (Catalunha) e Mário Lagi-nha são os três grandes no-mes da música internacio-nal que compõem o Ciclo de Jazz da Batalha. A iniciativa, organizada pelo Município da Batalha e apoiada pela Rota dos Mosteiros Patri-mónio Mundial da Huma-nidade, realiza-se nos últi-mos sábados dos meses de Agosto, Setembro e Outu-bro e promete atrair à vila todos os amantes deste má-gico género musical.

Com percursos e sonori-dades diferentes, todos eles são grandes nomes do jazz, a prometer três grandes noi-tes, de entrada gratuita.

27 de Agosto, 22h00, na praça Mouzinho de Albuquerque: JA-CINTA – "Songs Of Freedom".

24 de Setembro, 22h00, no auditório municipal: Llibert Fortuny – "Triphasic", com Lli-bert Fortuny no saxofone, Gary Willis no baixo e David Gomez na bateria.

29 de Outubro, 22h00, no auditório municipal: Mário Laginha Trio – "Mongrel", com Mário Laginha no piano, Ber-nardo Moreira no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria.

As Capelas Imperfeitas do Mosteiro de Santa Ma-ria da Vitória, na Batalha, foram o palco do concerto que se realizou no passado dia 30 de Julho, no âmbito do 8.º Estágio Internacio-nal de Orquestra da Re-gião de Leiria/Fátima e do ciclo Música nos Mosteiros Portugueses Património da Humanidade. Protagoniza-do pelos cerca de 100 jovens músicos e maestros oriundos de vários países que se reu-niram em Leiria para o Es-tágio entre 18 e 31 de Ju-lho, este espectáculo contou

com uma plateia de mais de três centenas de pessoas

Entre os convidados estiveram Gonçalo Cou-ceiro, director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arque-ológico (IGESPAR), Rui Cunha, chefe de divisão da Câmara Municipal da Batalha, e Pedro Redol, em representação do Mosteiro, e muitas outras personali-dades, que assistiram a um momento muito especial, com alguns dos mais pro-missores talentos musicais da actualidade.

Jean-Sébastien Béreau, director artístico deste Es-tágio, seleccionou seis dos 35 maestros que participa-ram na Master Class de Di-recção, para dirigirem uma orquestra composta por 76 jovens instrumentistas, que interpretaram obras de Beethoven e Borodin. O concerto contou ainda com as actuações do vio-linista Manuel Doutrelant e do violoncelista Pierre Joseph, que, também sob a orientação dos alunos da Master Class de Direcção de Orquestra, interpreta-

ram obras do compositor Johannes Brahms.

A iniciativa Música nos Mosteiros Portugueses Patri-mónio da Humanidade re-sulta de uma parceria entre o Orfeão de Leiria Conser-vatório de Artes (OL CA), o IGESPAR e o Centro Na-cional de Cultura (CNC), com o intuito de dinamizar os Mosteiros Portugueses Património da Humanida-de através da realização de concertos entre os dias 11 de Junho e 24 de Setembro de 2011.

Jacinta, Llibert Fortuny e Mário Laginha

Batalha recebe grandes do jazz

Mais de 300 pessoas assistiram ao espectáculo

Grande concerto no Mosteiro

pub

Comércio Grossista de Flores e Artigos de DecoraçãoFabrico de Artigos em Vime

IC2 - Santo Antão2440-053 BATALHATel. 244 765 523 / 244 767 754Fax. 244 767 754E-mail. [email protected]

MCR

DR

DR

Page 7: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

7Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . cultura . sociedade .

pub

EMISSÃO ONLINEwww.radiobatalha.com

Tel. 244 769 720

CLÍNICA VETERINÁRIA DA BATALHADR. EUSÉBIO

Est. de Fátima, 11 r/c A • 2440-100 BatalhaTel. 244 767 721 • Tlm. 917 521 116 (atend. permanente)

• consultas • vacinações • análises • Raios X • ecografias •• tosquias • internamentos • identificação electrónica •

• consultas de refrência • todos os artigos para o seu animal •

Praia da Vieira apela: “vote e prove que gosta”

Arroz de Marisco candidato a “Maravilha da Gastronomia”

Termina no dia 7 de Setembro a votação para a elei-ção das "7 Maravilhas da Gastronomia", da qual o Arroz de Marisco da Praia da Vieira, concelho de Marinha Grande, é finalista. O cantor João Portugal e o actor e humorista Marco Horário apadrinham a candidatura deste prato.

A selecção do Arroz de Marisco para a fase final do concurso "7 Maravilhas da Gastronomia" resulta de uma candidatura conjunta apresentada pela Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura (ADAE); pe-los Municípios de Marinha Grande, Batalha e Leiria; e pelo Entidade Regional de Turismo Leiria/Fátima. É um projecto co-financiado pelo PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural / LEADER.

A candidatura pretendeu divulgar e promover "as artes culinárias" da nossa região, através do vasto pa-trimónio culinário existente e que importa preservar, valorizar e divulgar.

Este prato diferencia-se dos restantes por ser servi-do directamente do lume num tacho de barro, ainda a fervilhar. A lagosta, os camarões grandes e as amêijoas conferem-lhe um sabor único a mar, muito bem acolita-dos com pimento, coentros e arroz carolino.

O Arroz de Marisco da Praia da Vieira concorre na categoria de Marisco, com as Amêijoas à Bulhão Pato, da região de Lisboa e Setúbal, e com Xarém com Con-quilhas, do Algarve.

Para que o Arroz de Marisco seja o vencedor na ca-tegoria de Marisco das "7 Maravilhas da Gastronomia" é necessária a votação do público, através das seguintes plataformas: tel. 760 302 708 (custo: 0,60E + IVA), SMS para 68933, com o conteúdo 708 (custo 0,50E IVA incluído), no site www.7maravilhas.sapo.pt (gratuito) ou em www.facebook.com/7MGastronomia (gratuito).

A votação pública decorre até 7 de Setembro de 2011. As "7 Maravilhas da Gastronomia" serão reve-ladas no mesmo mês em Santarém, numa cerimónia a transmitir em directo pela RTP.

Os festejos em Santo Antão, em honra de Nossa Senhora dos Remédios, decorreram nos dias 5 a 8 de Agosto. Com o arraial preparado atempadamente, como não se vê em qualquer outra festa, esta decorreu muito bem, conforme tive oportunidade de verificar, sempre com a presença de muita gente e em especial de emi-grantes. Desde a parte litúrgica, à diversão, à música, ao "comes e bebes", tudo estava muito bem dirigido e funcional. A sua organização esteve a cargo dos jovens nascidos em 1961. Parabéns a todos eles, extensivos à Comissão da Capela, e ainda a todos aqueles que de algu-ma forma contribuíram para que estes festejos fossem um sucesso.

Para o ano vamos ter novamente festa, pois é disto que o "meu povo" gosta. Os jovens que para o ano vão completar 25 e 50 anos não conseguiram resistir aos apelos do pragmático "Chico" Carvalho. É bom que seja assim. Já que nos tiram tantas coisas, às quais não po-demos resistir, que não percamos pelo menos as nossas tradições, que nos identificam como um povo trabalhador, generoso e hospitaleiro. Para o ano, se Deus quiser, cá estaremos para nova reportagem.

Texto e fotos: Manuel Carreira Rito

Em Honra de Nossa Senhora dos Remédios

Festejos de Santo Antão

Terra vizinhae do coração

Para além da terra onde nascemos, a qual muito amamos, como provam aqueles que optaram por ganhar a sua vida bastante longe, por esse mundo fora, e que gostam de visitar sempre que podem, especialmente no Verão, há outras que por qualquer motivo também têm um cantinho no nosso coração.

Santo Antão é para mim um des-ses exemplos. Vou contar-vos a razão desta estima pessoal. Estávamos no ano de 1973, tinha acabado o meu curso de Administração Geral do Co-mércio, então com 15 anos de idade. Como não havia possibilidades de continuar os estudos, por dificuldades

financeiras, o mundo do abundante trabalho, naquela altura, esperava-me. No dia 27 de Agosto, quando andava a ajudar o meu pai a abrir um poço, abeirou-se de mim o Joaquim Paulo e disse-me: "Queres ir trabalhar para os escritórios de uma empresa de Santo Antão (J. Silva & Irmãos, Lda – Fábrica de Refrigerantes)?" Respon-di-lhe logo que sim, pois trabalhar nos poços é muito duro, duríssimo, e eu fi-los diversos anos seguidos durante as minhas férias de Verão.

Assim, no dia 28 de Agosto da-quele ano, assentei praça naquela empresa. Foi o meu primeiro empre-go, o meu primeiro ganha-pão. Como em tudo na vida, as primeiras coisas nunca se esquecem. Foi ali, durante seis anos, com os meus colegas de tra-balho, mestres Coelho e Oliveira, que

comecei a adquiri a minha primeira experiência profissional. Mas o meu trabalho não era só no escritório. Era recrutado, com frequência, para a linha de enchimento, para ajudante de motorista ou carregar os carros. Nunca disse que não. A gerência da empresa, para aquela altura, era ex-celente: Armando Silva na produção; Júlio Silva na distribuição e José Silva o cérebro da empresa, na área finan-ceira, nas opções estratégicas e na par-te comercial. Com todos eles apren-di muito e por isso aqui lhes rendo a minha pequena e singela homenagem. Dois deles, infelizmente, já não se en-contram entre nós (Júlio e José Silva). É esta a pequena história que justifica a razão pela qual gosto muito de Santo Antão e das suas gentes.

MCR

DR

Page 8: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira8

Aberto das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h30Telefone 244 768 256 | Telemóvel 917 861 577

de Franclim Sousa

Estrada dos Forneiros, 4 • Rebolaria • 2440-075 BATALHA

Comérciode Mobiliárioe Carpintaria

Tel./Fax: 244 768 353Telm.: 918 700 998 Rua do Depósito de Água

Tojeira • 2460-619 ALJUBARROTATel. 262 596 896

[email protected]

Profissionais de Caixilharia

pub

. cultura . sociedade .

Quiosque volta a “fazer milionários”

Totobola saiu na BatalhaO Quiosque da Batalha

tem como slogan "a casa que faz milionários", por ter já en-tregue alguns prémios de va-lor elevado aos seus clientes. Foi o que voltou a acontecer no passado dia 17 de Julho, com a notícia de um apostador batalhense que ali regis-tou o Totobola Super 14, a arrecadar os mais de 24 mil euros do 1.º prémio.

Não é uma daquelas somas de "milhões", mas com certeza terá sido uma excelente surpresa para o aposta-dor que rapidamente se dirigiu ao Quiosque para saber como fazer para receber o montante.

Orgulhoso ficou também José Guerra, proprietário do estabelecimento, que sem revelar a identidade do ganhador não escondia a sua satisfação em ter entre os clientes mais um premiado. "Já não é a primeira vez, mas a nossa alegria é sempre grande quando temos primeiros prémios para entregar", comentou ao nosso Jornal.

Exposição fotográfica na Batalha

“Sensibilidades 25”Organizada pelo Centro de Património da Estrema-

dura (CEPAE) e coordenada por José Luís Jorge, a Ga-leria Mouzinho de Albuquerque tem patente ao público até ao dia 21 de Agosto (14h00-18h00), a exposição de fotografia "Sensibilidades 25". A mostra reúne traba-lhos fotográficos inéditos de 25 fotógrafos do distrito de Leiria, sendo possível observar diversas estéticas e ten-dências artísticas. Com nomes bastante conhecidos no domínio da fotografia, "Sensibilidades 25" transporta-nos para uma viagem ao mundo do fotojornalismo e do seu instantâneo característico, percorrendo também a área da fotografia de autor. O resultado final revela-se muito interessante, com uma visão abrangente sobre o universo da fotografia e seus actores na região de Leiria.

A exposição reúne trabalhos de Ana David, Antó-nio Palmeira, Carlos Barroso, Dias dos Reis, Elisabete Maisão, Francisco Pedro, Gonçalo Lemos, Joaquim Dâ-maso, Joaquim Pesqueira, Joca Faria, José Luís Jorge, Luís Lobo Henriques, Margarida Araújo, Maria Adeli-na Sousa, Maria Kowalski, Mário Caldeira, Nuno Bri-tes, Paulo Cunha, Ricardo Graça, Rui Gouveia, Rute Violante, Sandra Costa, Sérgio Claro, Valter Vinagre e Victor Oliveira.

Memória Futura: 1.º concurso fotográfico

“Janelas de Alcaria”É até dia 31 de Dezembro que poderá entregar os

trabalhos para o primeiro concurso fotográfico "Janelas de Alcaria". Os premiados serão conhecidos no dia 15 de Abril de 2012 na sede da Junta de Freguesia com a atribuição de prémios e certificados. Durante a festa anual da Pascoela decorrerá uma exposição com as fo-tografias a concurso.

Decorreu no dia 24 de Julho, nas imediações da praia do Vale Furado, um convívio entre os volun-tários do Centro Hospital de Nossa Senhora da Con-ceição, da Santa Casa da Misericórdia da Batalha. Estiveram presentes alguns voluntários e também fun-cionários desta Unidade de Cuidados Continuados. Foi, por assim dizer, o co-memorar mais um ano de "missão cumprida", desta nobre disponibilidade para ajudar aqueles que por di-versos motivos precisam de ser internados nesta eficaz

e organizada unidade hos-pitalar.

É comum a todos estes

voluntários e voluntárias a boa disposição e a alegria com que contagiam quem

está à sua volta. Quanto ao seu serviço neste hospital, ele é meritório e reconhe-cido, não só pelos interna-dos, como também pela di-recção. É um complemento ao trabalho profissional dos funcionários, com a expe-riência de muitos anos de convivência destes homens e mulheres que, desinteres-sadamente, como Cristo nos ensinou, servem o seu próxi-mo, ajudando a minimizar a solidão dos doentes e o seu sofrimento.

Continuem e bem ha-jam!

MCR

Tal como tínhamos vin-do a alertar, o encerramen-to definitivo da Extensão de Saúde da Golpilheira está previsto para a segun-da quinzena de Setembro. A fonte que nos informou é segura. As decisões já estão tomadas e são irreversíveis. O acto está consumado. Uma prova disso mesmo é a colocação de placas com a indicação da USF – Uni-dade de Saúde Familiar no Centro de Saúde da Batalha e nas extensões do Reguen-go do Fetal e de S. Mamede, não tendo sido colocada ne-nhuma na Golpilheira.

Chego à conclusão de que não vale a pena lutar mais pela continuação do funcionamento da nossa Ex-tensão de Saúde. Por muito que me custe, tenho de me conformar. É uma luta mui-to desigual.

Agora, ou entramos nes-te comboio, ou ficamos a pé. Que é como quem diz, ou

aderimos à USF da Batalha, ou ficamos sem assistência médica. Aderindo a esta, ficamos com os serviços médicos centralizados na Batalha, 6 dias por semana, das 08h00 às 20h00.

Gostaria de saber mais pormenores e a confirma-ção oficial por parte da di-recção do Centro de Saúde da Batalha, mas devido ao período de férias da direc-tora, tal não foi possível. Na

próxima edição, esperamos ter mais esclarecimentos e informações úteis para todos os utentes da Golpilheira.

Manuel Carreira Rito

Unidade de Saúde Familiar deixou-nos de fora

Extensão da Golpilheira vai fechar

Centro Hospital de Nossa Senhora da Conceição

Convívio do Voluntariado

LMF

MCR Refeição animada

Page 9: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

9Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . eclesial .

pub

R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRATel/Fax 244767839Tlm. [email protected]

Reciclageme comercializaçãode consumíveis informáticos

Joaquim Vieira

Três anos e meio depois da sua consagração, a Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, aco-lheu a primeira ordenação de um bispo. O padre Vir-gílio Antunes, natural de S. Mamede, reitor deste Santuário nos últimos dois anos e meio, foi nomeado Bispo de Coimbra por Sua Santidade o Papa Bento XVI a 28 de Abril deste ano, celebrou a sua orde-nação episcopal no passa-do dia 3 de Julho e entrou na sua nova diocese no dia 10.

As cerca de 10 mil pessoas que quiseram tes-temunhar este momento encheram por completo o maior templo coberto do País, juntando-se às deze-nas de sacerdotes e bispos que concelebraram a Eu-caristia, presidida por D. António Marto, prelado de Leiria-Fátima. Uma ce-lebração de três horas que, pela sua riqueza, simbolis-mo e solenidade, pareceu leve e foi vivida com in-tensidade e participação pelos fiéis, vindos sobretu-do das duas dioceses que se ligam agora na pessoa do novo bispo.

Servidor da IgrejaOs gestos, as palavras,

os cânticos foram expres-são litúrgica de um acto que ultrapassa a realidade humana e só se compreen-de verdadeiramente com o coração. A entrega do homem a Deus faz-se em pequenos gestos diários, quotidianos, simples. Mas há momentos em que essa entrega se torna especial, sem deixar de ser simples e humilde, porque só assim podemos relacionar-nos com Ele. "Procuro elevar até à Santíssima Trindade a minha oração de louvor

e acção de graças, porque nos seus pobres servos continua a realizar as suas grandes coisas", afirmava D. Virgílio no final da cele-bração. Confessando que se interrogou "se era uma boa ou má opção", o novo bispo afirmou ter aceite esta mis-são por ser "a voz da Igreja que (…) precisa de prover às suas necessidades".

Na mensagem que di-rigiu aos fiéis, D. Virgílio Antunes confirmou a sua "comunhão com a Igreja de Cristo" e "disponibilidade para cooperar com ela na realização da sua missão de sacramento de salva-ção universal", explicando o lema escolhido para o seu bispado «Anunciamos Cristo crucificado, sabe-doria de Deus». Uma frase que significa "centrar-me na pessoa de Jesus Cristo", que "a linguagem da cruz continua a ser o grande si-nal do amor de Deus", que "o anúncio evangelizador precisa de continuar a fa-zer-se aos quatro ventos,

com uma linguagem nova e acessível, mas sempre centrada no acontecimen-to fundante da nossa fé" e que "quero exercer o minis-tério na Igreja com a ale-gria proveniente da glorio-sa ressurreição de Cristo e com a humildade e espírito de entrega e serviço prove-nientes da sua paixão".

Pastor, Pai, IrmãoPartindo do exemplo

de Santo Agostinho, que sonhava viver em contem-plação e foi surpreendido pelo chamamento de Deus para ser Bispo de Hipona, D. António Marto subli-nhou na homilia a dispo-nibilidade que caracteriza o múnus episcopal, com a "beleza" e a "responsabili-dade" de quem "perdendo a sua vida, dando-se a si mesmo por Cristo e pela sua Igreja, encontrava a verdadeira Vida para a le-var aos outros".

Dirigindo a D. Virgílio, o Bispo de Leiria-Fátima pediu--lhe que seja "con-

templativo do mistério da intimidade do Deus San-to", levando "no coração, nos olhos e nos lábios a beleza de Deus", para se tornar "evangelizador fiel do teu povo (…) palavra generosa e fecunda que bate à porta dos cora-ções". Pediu-lhe ainda que seja "bispo com coração de pai, muito humano e compreensivo, de coração universal, aberto a todos de dentro e fora da Igreja, santos e pecadores, grandes e pequenos, elevados e hu-mildes". Finalmente, pediu ao novo bispo que seja um "irmão que infunde em to-dos um grande sentido de fraternidade e desperta a esperança: que vive a co-municação e a proximidade com os sacerdotes e os fiéis, que valoriza as suas inicia-tivas, que integra as suas esperanças, que promove a sua corresponsabilidade, que conta com os carismas e as realizações que flores-cem no povo de Deus, que aceita um ritmo por vezes mais lento nos projectos pastorais mas que conta com mais probabilidades de adesão e persuasão para fazer caminho juntos".

Como que em respos-ta, dirigindo à sua nova diocese, D. Virgílio afir-mou-se "disponível para ir ao vosso encontro com a confiança e a esperança fundadas em Cristo que me chamou e me envia" e formulou um voto: "Gos-taria de chegar ao meio de vós como um amigo e como um irmão que co-munga das vossas alegrias e tristezas, que acolhe e é acolhido na simplicidade, e que vos confirma na fé enquanto porção do Povo de Deus".

Luís Miguel Ferraz

Diocese de Leiria-Fátima enviou

Dois contentores para o GungoA diocese de Leiria-Fátima acaba de enviar para Angola,

através do Grupo Missionário Ondjoyetu, dois contentores de 40 pés com um total de cerca de 42 toneladas de bens diversos, concluindo assim um processo que já se tinha iniciado há alguns meses atrás.

Após a revisão do projecto da segunda fase da casa da missão que a diocese de Leiria-Fátima tem no Sumbe, foi necessário fazer o levantamento de todos os materiais de construção necessários à sua edificação e passíveis de serem transportados em contentor.

A fase seguinte passou pela recolha desses materiais: uns adquiridos, outros oferecidos. Bens como portas, janelas, sanitários, entre outros, foram aproveitados de remodelações de outras obras. A recolha foi de tal modo exaustiva que para a construção da segunda fase da casa da missão no Sumbe só será necessário adquirir o tijolo, cimento, areia, brita e água.

Além do já referido, também seguem nos contentores pneus e consumíveis para as viaturas, uma betoneira, um cilindro de condução manual, moldes para manilhas de poços e de estrada, uma estrutura para um telhado de uma igreja, diversas ferramentas para apoio às obras e aos projectos de desenvolvimento na área das construções e agricultura.

Tendo em conta as grandes carências que existem no Gungo, também foram enviados duas centenas de sacos de roupa, muitos outros de calçado e ainda cadeiras, beliches, bancos corridos, livros e material escolar, "jerricans" para transporte de água e combustíevis, bolas de praia e de futebol, artigos religiosos e de apoio espiritual e à formação, entre muitas outras coisas.

Tudo isto só foi possível graças à generosidade de uma verdadeira multidão de pessoas individuais, mas também de empresas, paróquias e instituições que das mais diversas formas colaboraram com a oferta de bens diversos, em descontos significativos, trabalho voluntário de recolha, transporte, selecção e embalamento de todos estes artigos.

O carregamento teve lugar sexta e sábado últimos com uma bela equipa de voluntários que demoraram praticamente 24 horas a encher os dois contentores, praticamente tudo à mão. A diversidade da carga e o desejo de aproveitar todos os espaços levou a tão demorado processo que valeu a pena pois conseguimos enviar tudo o que estava nas listas.

Os contentores seguiram já para Lisboa em camião, donde seguirão de barco para Luanda e daí para o Sumbe, de novo em camião.

Um grande bem-haja a todas as pessoas que tornaram possível mais este importante passo na caminhada que a nossa missão no Gungo está a dar.

P. Vítor Mira

Ordenação Episcopal de D. Virgílio Antunes

“Anunciamos Cristo crucificado”

DR

LMF Momento final de saudação aos fiéis

Page 10: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira10 . desporto .

Este é o nosso terceiro atleta entrevistado: Eduardo José Mo-reira da Silva, nascido no dia 28-03-1993, mais conhecido no meio futebolístico por "Ratinho", nasceu na Golpilheira, concelho da Bata-lha. Representou na época passa-da o A. C. Marinhense, mas saiu do C.R. Golpilheira para a U.D. de Leiria.

Entrevista deManuel Carreira Rito

Com quantos anos começaste a tua formação?

Com seis anos. Lembro-me que, devido à minha idade, não pude ser inscrito, mas a minha vontade de aprender a jogar fute-bol era tão grande, que não faltava a um treino.

Quem foi o teu primeiro treinador?Foi o Luís Rito.

O que mais te marcou no teu primeiro clube de formação?

Foi a amizade que criámos en-tre todos, não só com os meus cole-gas, mas também com os técnicos, directores, outros colaboradores e o público que muito nos apoiava. Criámos uma autêntica família.

Depois do C.R. Golpilheira, qual foi o clube onde ingressaste?

Foi na U. D. Leiria. Tinha en-tão catorze anos. Entrei para os Iniciados de segundo ano. Estive lá três épocas. Para além desta, nos Iniciados estive duas nos Juvenis. Saí quando iria integrar a primeira época de Júnior.

O que te levou a sair do Leiria?Como o mister Fredy nos

transmitia com toda a sincerida-de, até uma certa idade, as coi-sas são sãs, isentas de maldade, naturais, diferentes daquelas que vamos encontrar quando a idade avança, porque joga-se à bola sem influências externas ao grupo de trabalho. Apesar de nos últimos anos ter promovido alguns Junio-res a Seniores, o Leiria nunca irá muito longe, porque quem manda

nas equipas de formação, muitas vezes, não são os treinadores mas outras pessoas.

Quem foi o teu primeiro treinador na U.D. de Leiria?

Foi o mister Fredy. Foi espec-tacular, exemplo do bem. Não ti-nha medo de enfrentar quem quer que fosse, ou a posição que tivesse dentro da estrutura do Leiria, em defesa dos seus atletas. Um verda-deiro campeão.

Como foi a tua integração na primeira equipa da U. D. de Leiria, já que en-contraste uma equipa de Iniciados de segundo ano, e tu integraste a da Golpilheira no primeiro ano?

A integração foi boa e rápida. Mais rápida do que aquilo que eu pensava. Tínhamos um excelente grupo de trabalho. A coesão e a amizade no balneário era muito grande, o que proporcionou uma fácil e rápida adaptação.

Sei que na Golpilheira, embora no futebol de sete, os posicionamentos não sejam rígidos, como aconselham os entendidos. Gostavas de ser um jo-gador ofensivo, marcar golos, muitos golos. No Leiria, como foi?

No primeiro ano, joguei a ponta de lança, avançado cen-tro. Confesso que não é a posição em que mais gosto de jogar. No primeiro ano de Juvenil, com o mister Bruno Roda, joguei a meio campo, tanto do lado direito como

do lado esquerdo. É onde me sinto melhor (nesta época conquistámos a Taça Distrital de Juvenis). Gosto de sair de traz, com a bola con-trolada, para cima do adversário e criar situações de ruptura nas de-fesas contrárias, proporcionando aos meus colegas boas assistên-cias. As posições de médio ala ou médio interior, penso que são os lugares aos quais me adapto e rendo mais. Na segunda época de Juvenil, com o mister Vitinha e de-pois com o mister Ricardo, joguei a médio centro.

E no Marinhense, em que posição jogavas?

No meu primeiro ano de Júnior, a disputar o Campeonato Nacional da Segunda Divisão, com o mister Tiago, joguei sempre em posições ofensivas. Treinava três vezes por semana, assim como no União de Leiria. Só que a distância entre Golpilheira e Leiria e Golpilheira e Marinha Grande não é a mesma. A deslocação, para poder aproveitar mais tempo para estudar, era feita em carro próprio. Foi a situação do transporte que originou o meu abandono da competição, mais ou menos a meio da época. A minha integração não foi difícil, até por-que a linguagem futebolística é universal. Já na parte social pode-rá haver aqui e ali pequenos atri-tos, mas que se ultrapassam com o decorrer do tempo. Ao princípio até comecei por ser titular, tendo

depois por diversos motivos ter perdido esta titularidade. No en-tanto, jogava, ou pouco ou muito, em quase todos os jogos.

Desde que ingressaste na U. D. de Leiria e A. C. Marinhense, como avalias a tua progressão, até este momento?

Tive uma boa evolução, já que trabalho sempre muito nos treinos com o objectivo de aprender e ser cada vez mais forte. Aprendi sem-pre com cada um dos treinadores que tive, apesar de cada um ter o seu método de trabalho, o que também é normal e natural.

Como te defines como jogador?Boa visão de jogo, boa técnica

e rápido. Bom remate com o pé direito, e estou a aperfeiçoar o re-mate com o pé esquerdo. Apesar de ter uma baixa estatura, penso que tenho um bom jogo de cabeça. Sou um batalhador nato, que nun-ca vira a cara à luta. Dou sempre tudo dentro do campo.

Apesar de teres abandonado a equipa Júnior do A.C. Marinhense na época passada, o que pensas fazer para a próxima, até porque ainda és um atleta Júnior?

Sinceramente ainda não sei. O factor que mais vai pesar na minha decisão é o meu percurso escolar. Vou para o 12.º ano e que-ro seguir para o Ensino Superior. Tenho objectivos já delineados e quero atingi-los. A informática é o meu sonho.

Pensas enveredar pelo profissionalismo, quando chegares à idade de sénior?

Não penso nisso agora, apesar de gostar muito de futebol, mas quero encontrar o meu futuro num curso superior.

Se conseguires um dia conciliar o fute-bol com os estudos, continuas a pensar tirar um curso superior?

Claro. É essencial ter mais de uma alternativa para trabalhar e ganhar o pão de cada dia, até porque a profissão de futebolista é efémera.

Qual o Clube onde foste mais feliz?Foi na Golpilheira. Construí-

mos ao longo dos anos uma famí-lia que ainda hoje perdura. Gostei também muito do meu primeiro ano no Leiria, especialmente pelo treinador que tive. Nos outros dois anos não fui tão feliz.

Qual o treinador, ou treinadores que mais te marcaram?

Foram três: Na Golpilheira, o Luís Rito e o Chalana. O Luís Rito, com o qual aprendi a dar os primeiro passos no mundo do fu-tebol. O Chalana, que para mim e para todos os meus colegas não era apenas um treinador atento, mas também um amigo, com quem po-díamos conversar. Ele ajudou-me a crescer como atleta e como ho-mem. Sabia ouvir, compreender e aconselhar. No Leiria, sem dúvida, o Fredy. Apesar de ter tido com ele algumas salutares "picardias", pois as nossas personalidades são muito idênticas, gostei muito do seu mé-todo de trabalho, a força e a con-fiança que transmitia para dentro do campo, a intensidade com que vive qualquer jogo. Conversava muito comigo, dando-me muitos e bons conselhos. Não se deixava influenciar por ninguém. Um ídolo para mim.

Para terminar, queres enviar alguma mensagem para os atletas dos escalões de formação do C. R. da Golpilheira?

A primeira coisa que tenho para vos transmitir é que dá sem-pre para conciliar o desporto com os estudos. Que se apliquem nos treinos, desfrutem destes anos únicos na vossa vida, que jamais vão esquecer. Nestas idades em que predomina a ausência de maldade, a simplicidade e a na-turalidade, desfrutem bem dela. Oiçam com atenção os conselhos dos vossos treinadores. E não se esqueçam: no final dos jogos no mítico Campo das Barrocas, há bifanas para todos.

pub

Entrevista a um futebolista que iniciou a sua formação no CRG

Eduardo Silva (Ratinho), atleta do A. C. Marinhense

•WWW.JORNALDAGOLPILHEIRA.COM•JGOLPILHEIRA.BLOGSPOT.COM•TWITTER.COM/JGOLPILHEIRA

t ambém na i n t e r ne t

Page 11: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

11Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . foto-reportagem .

Tel. 244 765 183 • Rua do Outeirinho • GOLPILHEIRA

CAFÉ FIDALGONOVA GERÊNCIA!

Um espaço renovado... para si!

Quinta da Fonte Velha2440-234 GOLPILHEIRA

Tel. 244767375 • Tlm. 919854478

pub

FESTA EM HONRA DOSENHOR BOM JESUS DOS AFLITOS

GOLPILHEIRA F

otoReportagem

O Padroeiro da comunidade cristã da Golpilheira, Se-nhor Bom Jesus dos Aflitos, foi comemorado a preceito numa grandiosa festa, nos passados dias 30, 31 de Julho e 1 de Agosto.

A organização esteve a cargo dos naturais e residentes na freguesia nascidos em 1971, mas podemos dizer que o segredo do sucesso se deve à colaboração de cerca de uma centena de voluntários que não mediram esforços para que tudo corresse da melhor maneira. Desde os preparativos da ida à murta, da elaboração do cordão e da montagem de todo o arraial, até ao assegurar dos vários bares, restaurante, café da avó, tendas de jogos, etc., muitas foram as pessoas que deram uma cor muito especial a este evento.

É por isso que damos cor também a esta foto-reportagem, porque mais importante do que relatar como foi, é mostrar algumas imagens. Elas servem também para dar um “mui-to obrigado” a todos os que contribuíram para a festa, seja com mão-de-obra, seja com materiais, seja em patrocínios e ofertas monetárias.

Poderá, entretanto, conferir muitas outras fotos no site do jornal, em www.jornaldagolpilheira.com.

Fotos: Luís Miguel Ferraz e Manuel Carreira RitoProcissão

Apanhar a murta de madrugada A “turma” da murta Fazer o cordão com a murta à noite

“Pousosom” tocou pelas ruas da freguesia “Bar da Árvore” é ponto de animação constante Rancho da Golpilheira é presença assídua

Page 12: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira12 . foto-reportagem .

Imagem do Padroeiro Bandeiras Bandeiras

Andores Andores Andores

Andores Andores Andores

Insuflável e animação infantil Jogos tradicionais Este ano a novidade do jogo do galo

Arraial encheu A divertida e “húmida” corrida de cântaros

Page 13: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

13Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . foto-reportagem .

pub

Dia 30: Banda Kroll Dia 31: Trio Manuel Brás Dia 1: DualBand

A “tropa” deste ano: nascidos em 1971 A “tropa” do ano que vem: nascidos em 1972

Page 14: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira14 . sociedade .

No dia 9 de Agosto, o Jornal da Golpilheira participou na campanha de prevenção rodoviária "Noite Especial Sécur’été 2011", na discoteca Palace Kiay, em Pombal. O jornal, parceiro desta campanha, acompanhou o trabalho dos voluntários na sensibi-lização à entrada e à saída da discoteca.

À chegada, os con-dutores foram alertados e era-lhes entregue uma pul-seira verde com o "rótulo de responsabilidade". Estas pessoas comprometiam-se, assim, a não exceder o limi-te de álcool autorizado por lei. À saída, fizeram o teste de alcoolemia e, caso cum-prissem o prometido, ganha-vam um saco de brindes: fo-lhetos, porta-chaves, bolsas,

agendas, coletes reflectores e outros mimos.

A ideia passaria por aler-tar os jovens para os perigos da condução sob efeito do consumo de álcool ou dro-gas, nomeadamente, aquan-

do das saídas nocturnas.Esta acção foi desen-

volvida pela associação Cap Magellan que, desde 1991, promove a cultura portuguesa e intervém na comunidade lusófona, em

França. Todos os anos são desenvolvidas pela associa-ção actividades culturais e informativas. Neste con-texto surgiu a campanha de prevenção e segurança rodoviária, que está activa desde 2003 e tem como ob-jectivo informar os conduto-res portugueses e luso-des-cendentes que se deslocam de carro a Portugal durante as férias de Verão. Informa

ainda sobre as precauções a ter durante longas viagens de carro e inclui também a distribuição de material de sensibilização aos perigos do consumo de álcool e drogas ao volante em áreas de ser-viço e discotecas. Este ano, a campanha "Sécur’été 2011" contou com a colaboração de cerca uma centena de voluntários.Texto e Fotos: Ângela Susano

PREVINA OS RISCOSOs acidentes na estrada são a princi-pal causa de internamento de pesso-as com menos de 55 anos e de morte de jovens entre os 15 e os 24 anos. Todos os cuidados são poucos:- Antes da partida, verifique todo

o veículo- Pare pelo menos de 2 em 2 horas,

faça uma pequena sesta, estique o corpo, passeie. A fadiga provoca uma diminuição da vigilância e aumenta o tempo de reacção do condutor. Um acidente em cada 3 é causado pela sonolência.

- É obrigatório manter uma distância de segurança, que equivalha a pelo menos dois segundos, em relação ao veículo da frente, de modo a ter tempo reagir em caso de perigo.

- O álcool e a droga têm conse-quências negativas e imediatas na condução. Em França, Espanha e Portugal, o limite legal de álcool no sangue é de 0,5g/l.

- Não conduza segurando o telemó-vel com a mão. Utilize um kit de mãos-livres ou auricular.

- O uso do cinto é obrigatório. A taxa de mortalidade é cinco a seis vezes maior nos passageiros que não apertam o cinto de segurança.

- A velocidade é limitada em toda a rede rodoviária, variando de país para país.

Campanha “Sécur’été 2011” na discoteca Palace Kiay

“Chegue inteiro, não em primeiro!”

divulgação / apoio

Page 15: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

15Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . temas .

LEITURASDE FÉRIASEspecia

l

Entrámos no Verão, que, para quase todos, é um período de férias. Numa era em que os Go-vernos cortam salários e subsídios e prometem au-mentar a idade de refor-ma, vale a pena lembrar que há pelo menos um direito até agora intoca-do por esta tendência: o tempo das férias. Deverá também ser mudado?

Na Europa o tempo das férias é, como sa-bemos, generoso. Mais nuns países do que nou-tros. Em Portugal são 22 dias úteis, na Alemanha 20, em França os números chegam aos 30. Acrescen-tem-se os feriados e vere-mos que o período em que somos pagos sem tra-balhar pode mesmo ultra-passar os 30 dias.

Angela Merkel provo-cou meio mundo quando há tempos, para criticar os portugueses, sugeriu que as férias deveriam ser uniformizadas na Eu-ropa. Mas, como se vê, elas já estão em grande medida uniformizadas. A surpresa é essa.

Estes números euro-peus costumam ser con-trastados com a duração das férias nos Estados Unidos. Um relatório de 2007 do Center for Economic and Policy Re-search, ao fazer o levan-tamento das leis de fé-rias nas economias mais desenvolvidas, concluiu que um em cada quatro trabalhadores america-nos não tem férias pagas. Holandeses, italianos ou alemães têm duas vezes mais férias do que os americanos.

A diferença é marcan-te. E, para alguns, é preci-samente isso que explica a maior produtividade dos americanos em relação aos europeus. Os ameri-canos são mais produti-vos por trabalharem mais. Para outros, é a cultura, sempre a cultura. Há uns anos o historiador inglês Nial Ferguson escreveu um ensaio cáustico inti-tulado The Atheist Sloth Ethic, Or Why Europeans Don"t Believe in Work [A

ética ateia da preguiça, ou por que os europeus não acreditam no trabalho]. Os europeus e, em par-ticular, os europeus do Sul acabam sempre mal tratados por comentários deste género.

É preciso, no entanto, alguma cautela quando se analisa a relação entre a produtividade dos traba-lhadores e o maior ou me-nor tempo de férias.

Aqui há tempos, quando os suicídios de trabalhadores da Fran-ce Telecom se tornaram notícia, alguém obser-vou com razão que a infelicidade no trabalho está a crescer nas eco-nomias ocidentais. Os números confirmam-no e a depressão económi-ca só agravou esse facto. A epidemia de mal-estar atinge hoje qualquer tra-balhador do Ocidente, mas não é absurdo dizer que é mais nociva na Eu-ropa do que na América. Confesso, pensando no caso português, que nun-ca conheci muita gente que se sentisse feliz no trabalho. Em geral, qua-se todos se queixam: do salário, do superior hie-rárquico ou dos colegas de refeitório. Ou do país que não ata nem desata. A vida laboral corres-ponde, salvo excepções,

a uma longa habituação ao queixume.

Forçados a rever os in-centivos à produtividade, os Governos podem cair no erro de pensar exclu-sivamente nas férias e feriados ou no tempo de trabalho. Podem ou não ter razão. Mas não devem esquecer que muitas vezes a condição para termos ou não trabalhadores mais produtivos encontra-se não nas férias mas no grau de satisfação do tra-balhador. E essa satisfação resulta de uma realidade mais complexa em que a organização do trabalho, a gestão, o próprio tempo de férias, as relações com as chefias, os sentimentos de lealdade, confiança e cooperação constituem aspectos decisivos.

Já sei o que estão a di-zer: as pessoas queixam-se em demasia, desejam sempre mais, vivem do protesto e da exigência, querem entrar no Face-book durante o expedien-te e não as deixam. Sim, mas não caricaturem. A insatisfação no trabalho está a crescer no Oci-dente e os portugueses, já de si macambúzios, não passam ilesos.

* Público (06/07/11)

As férias

Pedro LombaJurista*

Na celebração litúrgica da Bênção da Fitas dos Uni-versitários de Lisboa tive a oportunidade de ouvir o Senhor Cardeal Patriarca pôr em alternativa à “gera-ção à rasca” uma desejável “Geração Coragem”. Que feliz contraposição!

Ali perguntei-me, o que desejo para os meus filhos, para os meus sobrinhos, para os amigos deles ou mesmo para todos os jovens? – “Que

sejam a geração coragem”. É a resposta que rebenta den-tro do peito de qualquer das mães que ali estava.

“Coragem” é uma pala-vra que provém (seguindo uma busca breve que fiz) do latim “cor” que significa “coração”. E, no dizer do dicionário – coragem é “fir-meza de espírito, ânimo, val-entia e perseverança”. Mas também a palavra “cor” tem no dicionário o sentido “coração, coragem, afecto, desejo”. Aliás, a antiga ex-pressão popular “saber de cor” significa que o coração era tido como o centro da capacidade de saber e de memória. Em latim “cor” também significa “ ânimo, qualidade espiritual de bra-vura e tenacidade”. Daí a

palavra coragem ter vindo do latim “coratium” de cora-tum (em francês “courage” de coração, “coeur”).

Quando ouvi aquela expressão “geração cora-gem” não resisti a perguntar – serão estes jovens aqueles que agem com o coração? Estes os jovens que ouvem o que lhes diz o coração? Que desejam para a vida? Nesta fase tão marcante como é o final da licenciatura, quais as perguntas que se formu-lam no coração de cada um? Por baixo da capa negra que envergam, o que palpita?

Há uns anos atrás fui convidada para intervir num ciclo de conferências de uma juventude par-tidária. Mandaram-me o programa das conferências

cujos temas eram – 1. Abor-to (este era o “meu” tema); 2. Casamento Gay; 3. Eu-tanásia; 4. Prostituição; 5. Drogas – Legalizar Sim ou Não? – Nessa altura ques-tionei-me dos objectivos de vida daqueles jovens. Que temas tão cinzentos? São estas as preocupações dos nossos jovens?

Seis anos volvidos, talvez apenas alguns deles tenham estado na mani-festação da “geração à ras-ca”… ou talvez não!

E os “Jovens Coragem” (que agem com o coração) como ocupam o seu pensar? Com a sua formação pesso-al e profissional, o trabalho onde vão servir, o resultado no desporto que praticam, a família que vão constituir,

a casa e o bairro onde vão viver, a educação dos filhos que vão ter, a prestação cívi-ca que vão dar, como con-stroem os tempos lúdicos e de diversão…?

Naquele dia o Senhor Cardeal Patriarca deu-nos o mote.

A mim cabe-me a difícil e gratificante respon-sabilidade de olhar para os que me estão confiados e indicar-lhes aquela fasquia de uma geração que “age com o coração”. Com esta imensa liberdade de ouvir o que o coração lhes pede para fazer. Dizer sim a uma Ver-dade maior, realista, alegre, exigente e até mesmo con-tra-corrente mas que faz caminhar para a Felicidade. E não uma vida dominada

pela “escravidão” dos temas que são impostos, que nos fazem “dobrar” perante um poder que não tem rosto e onde em última instância se vive na amargura, na triste-za e no desespero.

As gerações não se fa-zem sozinhas. São fruto das circunstâncias que as rode-iam, e das opções que cada “eu” vai tomando.

As especiais dificuldades de uma ou outra época têm ditado fibra, génio e capa-cidades imprevisíveis. Não temos medo.

Naquele sábado de Maio, na majestosa Alam-eda da Universidade, ouvi o meu Cardeal Patriarca, o Pastor daqueles milhares de jovens, chamar pela Ge-ração Coragem…

“Geração à Rasca” ou “Geração Coragem”

Isilda PegadoPresidente da Federação

Portuguesa pela Vida

O fim últimoda vida não éa excelência!

Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em vol-ta não aconselham temeridades.

Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benes-se, não levam vidas descansadas.

Pelo contrário: estão invariavel-mente mergulhados numa angústia e

numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia

do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas constru-ída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insa-tisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Mon-taigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

João Pereira CoutinhoJornalista

Page 16: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira16 . temas .

LEITURASDE FÉRIASEspecia

l

Bento XVIPapa Estive a ver nos manuais

da antiga 4.ª classe ao actual 12.º ano os nomes das discipli-nas de Português e História. É assustador

Alinhei-os todos numa mesa. Vão desde a antiga 4.ª classe ao actual 12.º ano. São várias dezenas de manuais es-colares das disciplinas de Por-tuguês e História, ou melhor dizendo, dos vários nomes que essas duas disciplinas têm tido ao longo dos últimos 40 anos. O resultado é assustador.

1.Crianças grandes. Ao arrumá-los por data de pu-blicação o que imediatamen-te sobressai é a infantilização patente nos actuais manuais. Por exemplo, um manual de Português de 1972, usado no equivalente ao actual 7.º unificado, só tem paralelo no trato adulto daqueles a quem se dirige nos manuais actual-mente destinados ao 10.º ano (e mesmo assim o 10.º ano está aqui com muita benevolência). Hoje dificilmente encontramos nos manuais de Português uma página em que só haja texto. Que não tenha uma caixinha com linhas de leitura, um qua-drinho explicativo, um aste-risco a indicar os significados das palavras tidas como difí-ceis, uma fotografia daquelas de banco de imagem que dão bem com tudo, umas ilustra-ções quase invariavelmente a remeterem para os livrinhos do jardim-de-infância, o crucigra-ma (vulgo palavras cruzadas) e o inevitável quadro das corres-pondências.

Na fantasia barroca consti-tuída pelas páginas destes ma-nuais detecta-se uma espécie de horror ao vazio, ou seja, à possibilidade de alunos e pro-fessores ficarem sós perante um texto. É como se alunos e professores tivessem como ob-jectivo não aprender e ensinar mas sim a execução de umas actividades comuns. De pre-ferência envoltas numa para-frenália lúdico-desconstrutiva

que os tornará “giros”. Como já escrevi várias

vezes, tenho inúmeras reser-vas quanto ao desperdício de dinheiro e papel representado pelo facto de em Portugal não se reutilizarem os manuais es-colares. Contudo, no que ao conteúdo dos manuais respei-ta, creio que os editores se limi-tam a seguir o ar do tempo. E o ar do tempo das últimas dé-cadas levou a que se tratassem os jovens como adultos no que respeita à sua sexualidade, la-zer, poder de compra, e como crianças no que toca aos seus deveres e à sua condição de alunos. É tempo de nos inter-rogarmos como pode ser possí-vel que os alunos dos anos 70 resolvessem no equivalente ao actual 9.º ano testes que agora fazem vacilar os seus colegas do 12.º ano.

Os alunos de hoje não são menos inteligentes que os do passado, as escolas estão ac-tualmente muito melhor ape-trechadas, por pouco alfabe-tizados que sejam os pais de muitos alunos certamente que têm muito mais habilitações que os pais das gerações an-teriores. Mas creio que se há 40 anos nos tivessem tratados como criancinhas o resultado não teria sido nada diferente do actual. Provavelmente, te-ria sido até bem pior.

2.O horror à literatura e aos livros. Se alguma coisa emana dos manuais de Língua Portu-guesa ou Português do 9.º, 10.º, 11.º e 12.º anos é um profundo fastio aos livros em si mesmos. Obras como O Auto da Barca do Inferno, Os Lusíadas, A Aia, Folhas Caídas, O Primo Basílio ou Os Maias são devidamente esquartejados em capítulos, excertos e parágrafos selec-cionados. O critério para esta segmentação está longe de ser claro - num dos manuais mais populares em vigor no 9.º ano não consta o episódio do Velho do Restelo - e basicamente as obras são desconjuntadas de molde a ilustrarem as teses que constam nas fichas de leitura e quadros interpretativos. Creio que muitos alunos terminam o 12.º ano sem terem consciên-cia de que aqueles pedaços de texto constituem livros e que esses livros têm muitas outras páginas que mereciam ser li-

das. Por fim, esta apresentação “mastigada” de alguns dos nos-sos melhores autores contribui para aquela nefanda ideia de que existem livros fáceis e li-vros difíceis.

Seria um extraordinário contributo para o gosto pela literatura que em vez desses grossos volumes de literatura às postas que são os manuais do 10.º ao 12.º anos, os alunos pas-sassem a usar as edições ano-tadas destas obras, cujo valor monetário todo somado é mais ou menos o do manual.

3. Sem rei nem roque. A tabuada e os reis foram duran-te anos os símbolos da pérfida memorização. As crianças me-morizam canções, dezenas de nomes de actores, jogadores, cantores, jogos, etc., mas me-morizar o nome dos sucessores de D. Afonso Henriques e a ta-buada dos nove eram exercícios vistos como desumanos, além de inúteis.

O paradigma da total inu-tilidade ia para os exames cuja extinção era tida como certa. Se procurarem nas edições do Diário de Lisboa e do Diário Popular dos anos 80 encontra-rão vozes tidas como profunda-mente informadas na matéria desenhando um futuro onde os exames não constariam. Como se percebe, a profecia sobre os exames transformou-se numa maldição e agora vivemos as-sombrados pelo peso dos exa-mes escolares.

A tabuada também já foi recuperada. Já os reis, enten-dendo por reis a sequência cronológica da História de Portugal, continuam arreda-dos. Porque o ensino cronoló-gico da História, sobretudo ten-do essa cronologia como mar-co a figura de cada rei, foi vista como uma opção reaccionária perante a modernidade repre-sentada pela apresentação da História como os movimentos da burguesia e do povo contra a aristocracia, depois do povo contra a burguesia... enfim, tudo sempre no colectivo. Com o passar dos anos foram-se incluindo uns rostos no meio dessas movimentações sociais mas não se percebe qual a con-tinuidade entre os factos. No 8.º ano de escolaridade pula-se do desenvolvimento do ilumi-nismo para as invasões france-

sas e posteriores revoltas libe-rais. Como praticamente não se refere o reinado de Dona Maria I, e a transferência da corte por-tuguesa para o Brasil é resolvi-da em duas linhas, o mínimo que se pode concluir é que os alunos das escolas portuguesas sabem tão pouco que nem per-cebem que nesta narrativa falta qualquer coisa.

É certo que os alunos quan-do chegam ao 8.º ano já ultra-passaram aquela que deve ser a mais espantosa súmula da História de Portugal. A saber, o programa do 5.º ano, que começa com os povos reco-lectores na Península Ibérica e vai até ao absolutismo do século XVIII. Pelo meio, de-vidamente arrumados em uni-dades, ficaram, e passo a citar o índice de um manual em vigor: os povos agro-pastoris, os povos visitantes, os romanos, os mu-çulmanos, o reino de Portugal, os grupos sociais e actividades económicas no século XIII, as terras senhoriais no século XIII, os mosteiros no século XIII, os concelhos no século XIII, a crise de 1383-1385, as desco-bertas do século XV, o impé-rio português nos século XV e XVI, o encontro dos mundos, Lisboa quinhentista, o tempo dos Filipes e a Restauração, o açúcar e o ouro do Brasil.

A não ser que os infantes de dez e onze anos que frequentam o 5.º ano tivessem uma prepa-ração de excelência a História no ensino primário - e não têm e provavelmente nem deverão ter -. só podem sair completa-mente desnorteados destas au-las, destes programas e destes manuais.

4.Será que é desta? Pen-so que com uma crise desta dimensão fica óbvio que não se pode continuar a impor às famílias que gastem em média cem euros por cada filho em idade escolar em manuais. E também não se deve consi-derar que o Estado pagará por aquelas que têm menos recursos. A partir do 5.º ano, os manuais escolares podem e devem ser utilizados mais do que num ano lectivo. Deitá-los fora como hoje acontece é um desperdício intolerável que agora se tornou também insustentável.

* Público (2011-06-23)

As setas, os asteriscose a maldição dos quadros explicativos

Helena MatosEnsaísta*

Os discípulos regressavam da primeira mis-são, muito entusiasmados com a experiência e com os resultados obtidos. Não paravam de falar sobre os êxitos conseguidos. Com efeito, o mo-vimento era tanto que nem tinham tempo para comer, com muitas pessoas à sua volta.

Talvez esperassem ouvir algum elogio por tanto zelo apostólico. Mas Jesus, em vez disso, convida-os a um lugar deserto, para estarem a sós e descansarem um pouco.

Creio que nos faz bem observar neste acon-tecimento a humanidade de Jesus. A sua acção não dizia só palavras de grandeza sublime, nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vinham ao seu encontro. Consigo ima-ginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e importância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar!

Sente-se um humor silencioso, uma ironia amigável, com que Jesus os traz para terra firme. Justamente nesta humanidade de Jesus torna-se visível a divindade, torna-se perceptível como Deus é.

A agitação de qualquer espécie, mesmo a agi-tação religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos.

Ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar como é próprio da criatura humana.

Não desejo tecer louvores à preguiça, mas contribuir para a revisão do catálogo de virtudes, tal como se desenvolveu no mundo ocidental, onde trabalhar parece ser a única atitude digna. Olhar, contemplar, o recolhimento, o silêncio parecem inadmissíveis, ou pelo menos precisam de uma explicação. Assim se atrofiam algumas faculdades essenciais do ser humano.

O nosso frenesim à volta dos tempos livres, mostra que é assim. Muitas vezes isso significa apenas uma mudança de palco. Muitos não se sentiriam bem se não se envolvessem de novo num ambiente massificado e agitado, do qual, supostamente, desejavam fugir.

Seria bom para nós, que continuamente vi-vemos num mundo artificial fabricado por nós, deixar tudo isso e procurarmos o contacto com a natureza em estado puro.

Voltamos a afirmar que no mundo artificial fabricado por nós, Deus não aparece. Por isso, temos necessidade de sair da nossa agitação e procurar o ar da criação, para O podermos con-tactar e nos encontrarmos a nós mesmos.

* In Esplendor da Glória de Deus.

Poder descansar

Page 17: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Também à nossa volta, entre os conhecidos, na nossa família ou comunidade, na nossa paróquia e diocese, encontramos gente que viveu de modo admirável a cari-dade para com o próximo. Fê-lo naturalmente segundo as suas ca-pacidades e meios, na atenção e resposta às necessidades descober-tas e aos apelos recebidos. São pes-soas movidas pela fé cristã e pelo amor que o Espírito Santo derra-mou nos seus corações. É o caso de uma mulher que faleceu recente-mente, Maria Hercília Zúquet, que conheci pessoalmente somente na fase final da sua vida.

Nascida em Lisboa numa famí-lia abastada no ano de 1924, Ma-ria Hercília de Sales D’Oliveira Zúquet, era filha de António de Oliveira Zúquet e de Maria Júlia Sales d’Oliveira Zúquet. Residiu

na Batalha e em Leiria, acaban-do por falecer em Fátima a 28 de Junho de 2011. Desde cedo assu-miu a vida cristã com convicção e empenhou-se no apostolado em movimentos como os noelistas e a Acção Católica. Na paróquia da Batalha trabalhou na cateque-se e na formação apostólica. Mais tarde viria também a ser nomeada ministra extraordinária da comu-nhão, exercendo este serviço em favor dos fiéis nas celebrações ou na visita aos doentes.

Foi sobretudo na acção social que se distinguiu. Em 1948, a pedi-do do bispo de Leiria de então, D. José Alves Correia da Silva, come-çou a organizar o trabalho de apoio educativo, lúdico e social às crian-ças que frequentavam o ensino pri-mário, ocupando-as após a saída da escola. Pouco tempo de depois, esse serviço foi alargado às crian-ças antes da idade escolar e ainda aos bebés. Daí surgiram uma cre-che (Beato Nuno), um Jardim in-fantil (Mouzinho de Albuquerque) e as Actividades de Tempos Livres (ATL). Mantinham-se com a con-tribuição das famílias das crianças e a as dádivas pessoais de Maria Hercília. Esse contributo durou

praticamente até à sua morte, in-vestindo nessa obra social quantias avultadas do seu património. Des-de 1983, estas valências passaram a contar também com o apoio da Segurança Social mediante subsí-dios acordados. Actualmente, a instituição, nas suas três valên-cias, tem a frequência de cerca de 100 crianças, educadas por cerca de 20 pessoas.

Desde 1952, esta iniciativa in-tegrou-se na Junta de Acção Social da Diocese de Leiria, entretanto criada pelo Cónego José Galamba de Oliveira com a colaboração de outros homens e mulheres cristãos. Visava, entre outros, os seguintes objectivos: "promover a fundação

e organização de obras de assistên-cia moral e material e de serviço social que se considerem necessá-rias em cada meio; amparar e aju-dar essas e outras obras católicas similares que o desejem, a realizar os seus fins caritativos; fomentar a preparação de pessoal directivo e administrativo que sirva de ga-rantia ao bom funcionamento das obras; procurar unidade de acção e de orientação e um entendimento perfeito entre as obras já existentes e as que vierem a fundar-se".

No desta acção social dioce-sana dinamizada e orientada pelo Cónego José Galamba, nos anos 50 do século passado, a Maria Hercília colaborou em campa-nhas de alfabetização e formação doméstica para raparigas na Cova da Iria, Moita, Lomba d’Égua, Al-justrel e outros lugares vizinhos de Fátima, nas colónias de férias para crianças no Foz do Arelho, centros materno-infantis assistidos por en-fermeiras, na Batalha, Alqueidão da Serra, S. Mamede, Reguengo do Fetal, Freixianda e Marinha Grande. Neste mesmo sentido, foi criada a Escola de Formação Social, em Leiria, ainda existente, e a Casa do Trabalho, que subsistiu

até há pouco tempo.Além das obras sociais e edu-

cativas que orientava e mantinha, a Maria Hercília, que dispunha de consideráveis bens materiais her-dados da família, contribuiu com generosas ofertas para instituições públicas e particulares de solidarie-dade ou de utilidade comunitária como os bombeiros, a Santa Casa da Misericórdia e a paróquia da Batalha. Deu também considerá-veis ofertas ao Seminário, à dio-cese de Leiria-Fátima e a outras instituições eclesiais. Não esque-ceu também os familiares, a quem agraciou com boas dádivas, e os pobres, especialmente as famílias das crianças que frequentavam por vezes gratuitamente as obras edu-cativas e sociais por ela orientadas. Foi portanto uma mulher que se sentiu chamada ao apostolado e à caridade. E soube corresponder com a dedicação total da sua pes-soa e com uma generosa aplicação dos seus bens. Pela sua pessoa e obra, louvamos e agradecemos a Deus!

17Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . temas .

LEITURASDE FÉRIASEspecia

l

Os cristãos e todos os portu-gueses sabem que nós, Bispos e sacerdotes, evitamos tomar posi-ção sobre as questões da política directa, preservando o nosso mi-nistério espiritual, da polémica que naturalmente acompanha o debate partidário. Foi por isso que não respondemos às diversas solicitações que nos foram feitas para que falássemos no período que antecedeu as últimas eleições legislativas.

E se o fazemos hoje, depois do Povo Português ter indicado, pelo seu voto, o rumo que deseja para Portugal, não é para comentarmos politicamente os resultados, mas porque achamos que a Palavra da Igreja pode ajudar a discer-nir o caminho da salvaguarda do "bem-comum" de toda a socieda-de, no momento difícil que Portu-gal atravessa.

Verificámos que alguns líde-res políticos, no calor da disputa eleitoral, referiram a Doutrina Social da Igreja para secundar as suas propostas políticas. Tinham

o direito de o fazer, pois a vastís-sima doutrina da Igreja sobre a sociedade pode, realmente, ins-pirar programas de governação. É nessa perspectiva que ousamos, neste momento particularmente delicado do nosso País, sublinhar os seguintes aspectos:

1. A prioridade do "bem-co-mum" de toda a sociedade sobre interesses individuais e grupais é um dos pilares da doutrina da Igreja sobre a sociedade e que pode, neste momento, inspirar as opções governativas. Vamos pôr o bem da sociedade em primeiro lugar. Isso exige generosidade de todos na colaboração e aceitação dos caminhos necessários, na par-tilha de energias e bens, na mo-deração das opções ideológicas e estratégicas. Partidos, sobretudo os seus representantes que o Povo elegeu, as associações laborais, em-presariais e outras, são chamados à generosidade de defenderem os seus direitos e interesses, dando prioridade total ao bem de toda a sociedade.

2. Além de generosidade, este momento exige, de todos os por-tugueses, grande realismo. A situa-ção diminui a margem, legítima em democracia, para utopias. É este sentido de realismo que nos indi-ca que devemos procurar soluções para Portugal no quadro social, po-lítico-económico em que está inse-rido: União Europeia, zona da mo-eda única, conjunto de países que se estruturam na base do respeito pela pessoa humana e pela sua li-berdade, concretamente da liber-dade de iniciativa económica.

Isto não pode resignar-se ao inevitável. Portugal tem de dar o seu contributo à evolução po-sitiva, concretamente da União Europeia e da zona Euro, e só o fará se resolver positivamente, reconquistando a credibilidade, o momento que passa. Deve fazê-lo procurando que o esforço de equi-líbrio financeiro não prejudique a economia, e que não se relativize a importância da saúde, da cultura e da educação.

3. A Doutrina Social da Igreja

baseia a prioridade do "bem-co-mum" na vocação comunitária da sociedade. Esta não é um agrega-do de "indivíduos", mas tende a ser comunidade, onde cada um se sente corresponsável pelo bem de todos, onde cada homem e mulher é nosso irmão.

Esta dimensão comunitária é prioritária na visão da Igreja. O amor fraterno, com a capacidade de dom, é o valor primordial na construção da sociedade. Sem-pre, mas de modo especial neste momento que atravessamos, os pobres, os desempregados, os do-entes, as pessoas de idade, devem estar na primeira linha do amor dos cristãos. Este é um dever prioritário da Igreja, que ela quer realizar pelos seus meios próprios, mas em colaboração com todos os que procuram o "bem-comum". Esta atitude exige generosidade e capacidade de dom, de que o voluntariado é uma expressão nobre. Os próximos tempos vão exigir partilha de bens. Mas não é a mesma coisa partilhar generosa-

mente, e ser obrigado a distribuir. Temos de criar um dinamismo co-lectivo de generosidade e de par-tilha voluntária, fundamentada no amor à pessoa humana.

4. Há ainda na nossa sociedade muitas expressões de egoísmo, que vão desde a corrupção ao enrique-cimento ilícito, a uma visão ego-cêntrica do lucro, etc. Uma ética da generosidade, da honestidade e da verdade tem de fazer parte da cultura a valorizar. O próprio sistema de justiça tem de ser um serviço que combata os atropelos à generosidade, à honestidade e à verdade. Sem um bom sistema de justiça, nenhuma sociedade será verdadeiramente justa.

Este momento de crise pode le-var-nos a todos a lançar os dina-mismos para a construção de uma sociedade mais fraterna e solidária. A Igreja quer, não apenas pela sua palavra, mas pelo seu compromis-so na acção, ser a afirmação da esperança.

Fátima, 14 de Junho de 2011Conferência Episcopal Portuguesa

Pe. Jorge GuardaVigário-Geral da Diocese

In Memoriam: Maria Hercília Zúquet

Bispos portugueses falam do actual momento da sociedadeA prioridade do “bem-comum”

Page 18: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira18 . história .

Saul António Gomes

Conhece-se de uma forma bastante razoável a evolução das obras de cons-trução do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, da Bata-lha. Iniciadas as fundações por volta de 1386-1387, o complexo monástico mos-trava os primeiros sinais de edificação consolidada no ano de 1388, momento que o rei D. João I, por aconse-lhamento de Fr. Lourenço Lampreia e do Dr. João das Regras, o doou à Ordem de S. Domingos. Como os pa-dres dominicanos, naquele tempo, não se mostravam particularmente devotos do mistério da Imaculada Conceição, o monarca he-sitou algum tempo em for-mular-lhes a doação. Bons e convincentes argumentos manifestou, seguramente, o hábil Dr. João das Regras, para conseguir do rei tão grandes mercê e favor aos irmãos seguidores do hábito de Domingos de Gusmão.

O Mosteiro cresceu com a consolidação da nova dinastia. Depois de 1415 tornou-se panteão régio. Acrescentaram-se novas construções ao projecto inicial. Foi o caso da Capela do Fundador, em construção em 1426, das chamadas Capelas Imperfei-tas, projectadas por Mestre Huguet, ao serviço do rei D. Duarte, do conhecido claustro de D. Afonso V, da conclusão do difícil aboba-damento da sala do capítulo e de algumas outras obras e dependências com funções domésticas e culturais. Por 1509, o Mestre Mateus Fernandes I concluía a re-forma do magnífico portal das Capelas Imperfeitas e avançava-se no preenchi-mento das bandeiras das arcadas do claustro real ou de D. João I.

Com D. João III, as obras na estrutura mais monumental e religiosa do monumento descon-tinuaram-se. Mas, em contrapartida, deu-se azo ao levantamento de novos corpos arquitectónicos mais funcionais para a vida da co-munidade religiosa. Amplia-ram-se a hospedaria e as alas dos dormitórios dos frades.

O estudo desse processo de obras de acrescentamento do cenóbio mereceu com-petente aprofundamento, recentemente, ao Dr. Pedro Redol (Batalha. Viagem a um Mosteiro desaparecido com James Murphy e William Beckford, Cepae e Folheto, Batalha, 2011). Levavam-se a cabo, ainda, obras de vulto no edifício monástico nos finais do Século XVI, como, de novo, por 1690, conforme pudemos revelar em artigos publicados nas páginas deste jornal.

Obras quase constantes, diremos; umas de renovação ou de reparação, outras de remodelação e outras, finalmente, de ampliação do complexo conventual dominicano. Sabemos, como se pode comprovar pelos documentos que agora editamos, que se levavam a cabo empreitadas de obras neste instituto pelos anos de 1750 e 1751. Foi ainda o rei D. João V que, por intermédio do seu ministro, o Marquês de Abrantes, e pouco tempo antes de morrer (o monarca faleceu, recorde-se, em 31 de Julho de 1750), patrocinou uma campanha de “reedificação” dentro do Mosteiro.

Não dispomos de muitos elementos para identificar que obras foram essas. Sabemos, todavia e pelas fontes que aqui deixamos publicadas, que implicaram uma intensa utilização de madeiras. Madeiras extra-ídas dos Pinhais de Leiria, por benevolência real, e no admirado Engenho de Serração, montado por engenheiros holandeses naquele lugar, devidamente aparadas. Pelas relações que nos chegam dessa matéria-prima, podemos deduzir que a madeira de pinho se destinava a coberturas, pavimentos e forros de algumas instalações con-ventuais. Numa campanha de obras que se abria em 1750 e continuava no ano seguinte. Obras, portanto, morosas quanto ao tempo de execução e naturalmen-te dispendiosas do ponto de vista financeiro.

Quais fossem elas, e por que motivos se leva-vam a cabo, todavia, não

o podemos afirmar, mas localizar-se-iam, de seguro, nas áreas habitacionais ou de serviço da comunidade religiosa. Os documentos falam em “reedificação”. Por arruinamento de alguma construção? Por calamidade natural ou algum incêndio que tenha danificado algum sector do monumento? Só uma investigação mais aprofundada nos permitirá responder a estas dúvidas.

DocumentosDoc. 1

1750 JUNHO, 26, Lisboa — O Marquês de Abrantes, por determinação régia, manda ao Guarda-Mor dos Pinhais de Lei-ria que entregue aos Religiosos do Convento da Batalha, para ree-dificação do mesmo, determinada quantidade de madeira.

[A e A’ (fl. 7)] Direcção Geral de Arquivos – Torre do Tombo — Mosteiro da Batalha, 2º Compartimento, E. 18, P. 7, Mº 5 (documentos avulsos não numerados).

Nº 148º [‘] Nº 150ºRubricado: (Ass. Saraiva)

O Marques de Abrantes do Conselho de El Rey meu Senhor, gentil homem de sua Camara e vedor da sua Real Fa-zenda etcª. Mando a vos Guar-da mor dos Pinhais de Leyria façaes entregar aos Religiozos do Convento de Nossa Senhora da Victoria da vila da Batalha as madeiras contheudas na relação incluza e assignada pello official mayor da Secre-taria de Estado João de Leira, de que Sua Magestade lhe fez esmolla para reedificação do mesmo Convento, por avizo do Secretario de Estado dos Negocios do Reino Pedro da Mota e Silva, o que comprireis e fareis cumprir promptamente. Theotonio Ferreira dos Santos a fez, em Lisboa, a vinte e seis de Junho de mil setecentos e sincoenta annos.

(Ass.)Joze Felis Rebello o fez

escrever.Marques de Abrantes. //

[Fl. 1v]Por avizo do Secretario de

Estado dos Negocios do Reino Pedro da Mota e Silva de 29 de Mayo de 1750.

[Fl. 7][A’]Cumpra-se e registeçe na

forma costumada conforme

Sua Magestade ordena.Quinta do Senhor dos Mi-

lagres, em 18 de 7bro de 1750(Ass.)Leyra.

[Fl. 7v]Por avizo do Secretario de

Estado dos Negocios do Reino, Pedro de Motta e Silva de 29 de Mayo de 1750.

Doc. 21750 MAIO, 27, [Lisboa]

— Relação da madeira a en-tregar pela administração dos Pinhais de Leiria ao Mosteiro da Batalha para as obras que nele decorriam.

Direcção Geral de Arquivos – Torre do Tombo — Mosteiro da Batalha, 2º Compartimento, E. 18, P. 7, Mº 5 (documentos avulsos não numerados).

Nº 149º [A’- Nº 151º, fl. 9]

Rubricados: (Ass.) Sa-raiva.

Relaçam da madeira que Sua Magestade faz esmolla ao Convento de Nossa Senhora da Victoria da vila da Batalha para empregar nos concertos do mesmo Convento que se entregará a ordem do Padre Prior delle no Engenho da Serra do mesmo Senhor.

07 vigas de 35 palmos de comprimento.

24 ditas de 18 palmos de comprimento.

18 barrotes de 30 palmos de comprimento.

68 ditos de 25 palmos de comprimento.

12 ditos de 20 palmos de comprimento.

516 ditos de 15 palmos de comprimento.

10 frexaes de 15 palmos de

comprimento.34 duzias de taboado de

moldura ordinária.4 1⁄2 do dito de 20 palmos

de comprimento.264 duzias de taboado de

solho.204 duzias de taboado de

forro.210 duzias de ripas ordi-

nárias.20 duzias de ripas de meio

palmo de largo e grossura de moldura.

4 planchões de 24 palmos de comprimento e 2 palmos de largura.

9 duzias de couçoeiras ordinárias.

2 duzias ditas de 21 e 22 palmos de comprimento.

4 duzias e meia de 20 e de 18 palmos de comprimento.

5 duzias ditas de 15 e de 14 palmos de comprimento.

3 duzias ditas de 12 palmos de comprimento.

1 duzia e duas ditas de 18 palmos de comprimento e 2 palmos de grosso.

2 duzias ditas de 12 palmos de comprimento e meio palmo de grosso.

Paço 27 de Mayo de 1750.

[A’] (Ass.) João de Leyra.

Doc. 31751 ABRIL, 26, Lisboa

— O Marquês de Abrantes, em nome de el-rei, manda ao Guarda-Mor dos Pinhais de Leiria que entregue ao Convento do Mosteiro da Batalha a madei-ra que lhe fosse necessária para obras de reedifição que decorriam no mesmo.

Direcção Geral de Arquivos – Torre do Tombo — Mosteiro da Batalha, 2º Compartimento, E. 18, P. 7, Mº 5 (documentos avulsos não numerados).

Nº 147ºRubricado: (Ass.) Saraiva.

O Marques de Abrantes do Conselho de El Rey meu Senhor, gentil homem de sua Camara e vedor da sua Real Fazenda etcª. Mando a vos Guarda mor dos Pinhaes de Leyria, façais complectar aos Religiosos do Convento de Nossa Senhora da Victoria da villa da Batalha a mercê que consta do mandado incluzo da madeira contheuda na relação junta assignada pello official mayor que foy da Secretaria de Estado, João de Leyra, de que Sua Magestade lhes fez mercê para reedificação do seu Con-vento, com declaração porem que esta madeira será serrada dentro no Engenho da Serraria, a tempo que se não impida o lavor da madeira para o real serviço, e não em outra alguma serraria, sendo toda a despeza de lavor e condução á custa das partes, não se lavrando mais madeira que a que faltar para preencher o numero da so-breditta relação junta, por Sua Magestade assim o ordenar por avizo do Secretario de Estado dos Negocios da Marinha Dio-go de Mendonça Corte Real, de doze de Março passado. O qual cumprireis promptamente mandando fazer toda a arreca-dação necessária. Manoel de Mattos Felgueiras do Lago a fez, em Lisboa, a vinte e seis de Abril de mil e settecentos sincoenta e hum annos.

(Ass.)Sebastiam Xavier da Gama

Lobo a fez escrever.Marques de Abrantes. //

[Fl. 1vº]Por avizo do Secretario

de Estado de 12 de Março e despacho do Concelho de 24 de Abril de 1751.

Uma campanha de obras no Mosteiro da Batalha em 1750-1751

Perspectiva da fachada ocidental da igreja e da Capela do Fundador, do Mosteiro da Batalha,cerca de 1750 (segundo desenho de reconstituição de James Murphy, c. 1780)

LEITURASDE FÉRIASEspecia

l

Page 19: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

19Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . sugestões de leitura e música .

. livros .

. disco .

Mitos e MistériosTempláriosPedro SilvaEditora Inverso“Abordar o tema dos Tem-plários não se resume a dar palpites sem nexo. Por detrás da muita fantasia que pode-mos observar, e que pulula sobretudo no maior veículo de comunicação global da atualidade, a Internet, é que a extrapolação de factos à partida menos fáceis de expli-car não tem sido o caminho seguido por qualquer dos au-tores que temos lido e, desse modo, julgamos que esse é o melhor caminho quando se fala de uma obra no campo do ensaio”. Assim apresenta Pedro Silva, autor português da cidade de Tomar, este seu trabalho editorial – Mitos e Mistérios Templários –, com um convite aos leitores a “viajar comigo na maravilhosa história templária”.

À rasca – retratode uma geraçãoAna Filipa PintoBooket / Editorial PlanetaO primeiro livro em Portugal que dá voz a pessoas da chamada “Geração à Rasca” – a que promoveu a manifes-tação a 12 de Março e que reuniu 500 mil portugueses em protesto nas ruas. A notável investigação desta jovem jornalista, também ela «precária» e «à rasca», leva-nos à intimidade de dezenas de membros forçados desta geração, e desvenda uma realidade comum a tantos, feita de sonhos esmagados, oportunidades eliminadas e vazios contínuos, criados pela incapacidade de agir e pelo desconhecimento total do que vai acontecer. Um livro extremamente actual, que mostra a indignação e revolta adesta geração, que já ultrapassa as fronteiras de Portugal.

Primórdios Místicosde PortugalPedro SilvaMinistério dos Livros EditoresEsta é uma obra fascinante sobre Pré-história e Pré-Por-tugal, sobre um Portugal ine-quivocamente belo, repleto de influências judaicas e árabes, onde o misticismo impera e o leitor é envolvido na busca da origem do património cultural, nomeadamente da arquelogia portuguesa. A vi-são de um país é apresentada aos olhos do leitor, dando a conhecer toda uma série de factos que nem sempre obtêm o devido realce nas obras tradicionais que narram a História portuguesa. Pedro Silva presenteia-nos com um ensaio empolgante, escrito de forma ritmada e acessível, so-bre o passado do nosso país e um outro lado da História. E sobre o fascínio da ances-tralidade remanescente na realidade que nos rodeia.

Leiria-Fátima - Órgão Oficial da DioceseEdição 47 • Jan.-Jun 2009Embora com algum atraso, como se justifica no edito-rial, esta edição da revista “Leiria-Fátima” compendia a documentação oficial e pastoral diocesana relativa ao período de Janeiro e Junho de 2009. Constitui assim um precioso arqui-vo documental, que ficará disponível em todos os cartórios paroquiais e al-gumas outras instituições eclesiais. Além do resumo noticioso do mesmo semes-tre, este número publica ainda um trabalho especial sobre a canonização de São Nuno Álvares Pereira. E ter-mina com um valioso artigo histórico de Saul António Gomes, intitulado “D. Frei Brás de Barros: elementos documentais sobre o seu episcopado leiriense”. À venda na Gráfica de Leiria e no Seminário Diocesano, por 6 euros.

Empenhai-vos!Stéphane HesselPlaneta EditoraNeste livro se condensa um diálogo de gerações entre Stéphane Hessel, de 93 anos, nomeado para o prémio No-bel da Paz, e Gilles Vander-pooten, de 25 anos. Hessel intensifica as suas exigências morais, porque, diz ele, não basta indignarmo-nos. Cada um de nós deve empenhar-se em todas as frentes de com-bate da nossa época: os direi-tos do homem, a luta contra as desigualdades, a defesa dos sem-abrigo e ilegais, a ecologia… Eterno optimista, Hessel acredita que a Nature-za é rica em ardis e convida as gerações jovens a indignar-se e a resistir às coisas escanda-losas que as rodeiam. O livro inclui a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, e o Programa do Con-selho Nacional da Resistên-cia, de 1944, duas referências frequentes do autor.

O Guerreiro HighlanderMonica McCartyPlaneta EditoraUm romance histórico, in-tenso e vibrante, passado na Escócia medieval, escrito com ritmo e mestria, o que o torna altamente viciante. Uma via-gem única pelas magníficas paisagens das Terras Altas. Uma história de paixão entre duas pessoas de clãs rivais. Uma teia de jogos de traição, enganos e segredos. Uma lição de justiça, lealdade e amor. O minucioso trabalho de pesquisa histórica e a paixão da autora pela Escócia é revelado ao virar de cada página. Em resumo, um ro-mance poderoso de uma au-tora de culto que conta com uma legião de fãs em todo o mundo e que é best-seller do New York Times. É também o primeiro de uma trilogia, pelo que a aventura está apenas a começar…

Um Homem ImoralEmma WildesPlaneta EditoraEmma Wildes é uma escri-tora premiada com mais de 20 livros publicados, com destaque para o best-seller “Lições de Sedução”. “Um Homem Imoral” é o seu novo romance, acabado de chegar a Portugal, numa combinação perfeita entre sensualidade e erotismo. Lady Amelia Patton é a bela filha de Lorde Hatha-way. Alexander St. James é o filho do seu pior inimigo e um ladrão de corações. O primeiro encontro entre ambos dá-se quando Alexander entra fur-tivamente em casa de Amelia e a encontra numa sedutora camisa de renda… Desde aí, ela fica sem fôlego sempre que o vê e ele está fascinado com a beleza e a inteligência dela. São estes os protagonistas de uma história de amor e paixão avassaladores, num romance sem pudores.

Um casamentosem gritosHal Edward RunkelJenny RunkelPergaminho EditoraEste livro não lhe ensina truques para melhorar a compatibilidade com o seu par, nem novas formas de comunicar, nem estratégias para eliminar os defeitos do seu cônjuge. Também não lhe oferece uma receita simples para um relacionamento sem conflitos. Não, o casamento é demasiado importante para se usar esses truques. O ca-samento é a relação central da vida, e merece que seja abordado com honestidade. A verdade é que o casamento é difícil e vai naturalmente gerar conflitos. O que pode ajudar não é um programa que o ensine a evitar conflitos; o que pode ajudar é apenas aprender a discutir menos e comunicar mais. Este é um método já ajudou milhões de pessoas a viver relacionamen-tos mais felizes.

Fartos de tudoaos 30 & tal Kasey EdwardsPergaminho EditoraEsta é uma memória irre-verente e cheia de ironia, escrita por uma mulher ambiciosa, com uma ex-celente formação e uma carreira de sucesso – até ao dia em que acordou e se apercebeu de que não tinha vontade de ir trabalhar; nem nesse dia, nem nunca mais! Neste livro, Kasey Edwards narra o seu percurso de autodescoberta e a busca pelas razões de fundo da sua desmotivação e do seu descontentamento. Com um estilo acessível e cheio de humor, a autora aborda questões de relevo, tais como a descriminação se-xual e a questão da geração «opt-out», o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e a forma como o trabalho define a nossa identidade.

HuckJanet ElderPergaminho EditoraDepois de lhe ser diag-nosticado um cancro da mama, Janet Elder teve de passar pelo desgaste físico e emocional de um longo período de tratamento. Ultrapassado este desafio, ela e o marido, Richard, decidem ceder aos inter-mináveis pedidos do filho, Michael, que sempre quis ter um cachorrinho. Nada melhor, pensam todos, para assinalar um novo começo de vida. Huck, um simpá-tico poodle anão, passa a fazer parte da família. Um dia o cachorro fugiu e ini-cia-se então um processo de busca que acaba por envolver a pequena cidade de Ramsey, desde o chefe da polícia até às crianças da primária. Huck é uma história comovente que faz lembrar que a esperança é sempre recompensada e que os finais felizes exis-tem mesmo.

O Dia em Que Mateio Cúpido Jennifer Love HewittArtePlural EdiçõesJennifer Love Hewitt é uma viciada no amor e uma romântica irremediável. Tem tido sorte e azar no amor, porém, o mais im-portante é que sobreviveu para contar. Além do mais, conseguiu fazê-lo na ribal-ta. Muito se escreveu sobre a sua vida amorosa (grande parte apenas para vender revistas), mas, agora, a actriz partilha a verdadeira história do que aprendeu ao percorrer os sinuosos caminhos do amor. Neste livro, apresenta a sabedo-ria que conquistou com algum custo e mostra-nos como viver o amor com os pés bem assentes na terra. Para isso, temos de começar por matar o Cupido. Temos de acreditar que “e viveram felizes para sempre” exige trabalho árduo e que nem tudo é um mar de rosas, se-renatas e corações pelo ar.

In Your FaceREDLIZZARDOs Bon Jovi delegaram na Rádio Comercial, no HardRock Café e na Everything Is New a tarefa de es-colher uma banda para a primeira parte do concerto em Lisboa, dia 31 de Julho no Parque da Bela Vista. O concurso foi renhido e os vencedores foram os REDLIZZARD, banda Rock oriunda de Almada, composta por Mauro Carmo (voz), Elvis Batista (guitarra), Patrick Elmer (guitarra), David Smith (baixo) e Ri-cardo Gonçalves (bateria). Este é um projecto que abrange vários estilos e correntes musicais, propondo um rock-pop com influências de “clas-sic-rock”. Apoiados numa atitude positiva, num olhar curioso e críti-co do “habitat” que os rodeia, bem como na força das suas mensagens, os REDLIZZARD procuram afirmar o seu estilo próprio no panorama do Rock feito em Portugal. Com ape-nas 3 anos de existência a banda já leva mais de 50 concertos por bares, clubes e pavilhões, com vários pré-mios conquistados pelo meio. Neste momento, a banda têm o primeiro EP (edição de autor), “In Your Face”, gravado mas ainda não editado. Um nome a seguir de perto…

Page 20: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira20 . temas .

. vinha .

José Jordão Cruz | Eng. Técnico Agrário

Vindimas

. combatentes .Coluna da responsabilidade doNúcleo da Batalhada Liga dos Combatentes

Vantagensde ser sócio

. mãosnamassa

Sofia Ferraz

Ingredientes:1 kg de amêijoas frescas e de boa qualidade 2 cebolas 3 dentes de alho 2 dl de nataspimenta q.b. paprica q.b. 3 colheres de sopa de coentros picados 2 colheres de sopa de manteiga

PreparaçãoColocam-se as amêijoas, cerca de 2 horas, em água

fria e um pouco de sal para retirar a areia. Após as 2 horas, lavam-se muito bem as amêijoas e abrem-se ao lume numa frigideira grande, aproveitando todo o lí-quido que largarem. Aloura-se na manteiga, a cebola e os dentes de alho muito bem picadinhos. Tempera-se com a pimenta e a paprica. Ao refogado, junta-se o líquido das amêijoas, as natas e as 2 gemas de ovo bati-das. Quando levantar fervura, adicionam-se as amêijo-as. Sirva de imediato polvilhado com coentros.

Como estamos neste mês de Agosto, um mês especial para os viticultores, que se preparam para as colheitas da maior parte das castas de que vos tenho falado, vou abordar esse assunto.

Como tem sido um ano atípico no que diz res-peito à inconstância climatérica, há casos em que as produções vitícolas de determinadas castas estão irremediavelmente perdidas, mas há outras muito boas. O ataque de míldios e oídios, nalguns casos, é de dor, mas noutros estas doenças nunca tiveram sorte para se desenvolver, pois os tratamentos fitos-sanitários preventivos foram feitos atempadamen-te. Salvaram-se assim algumas produções, que são boas e excepcionais nalguns casos.

Assim, as vindimas já começaram no dia 1 de Agosto, por exemplo, na Adega Cooperativa do Redondo, no coração alentejano. Começaram por colher algumas brancas, como o Chardonnay. O grau é bom, nalguns casos, noutros nem tanto. Mas como os enólogos acham que se deve começar a vindimar nesta altura, para apresentar um néctar (vinho) com determinadas características. Por isso, se neste momento não for atingido o grau estabele-cido para a zona e para a casta, a adega paga pelo grau estabelecido, não prejudicando a agricultor nesta altura em que estão a vindimar.

Como neste mundo cada vez mais globalizado o consumidor tem primazia, a ciência tem de estar atenta às tendências de mercado. Logo, a agricultu-ra e, no caso da nossa área de trabalho, a produção de plantas vitícolas, tem de corresponder ao que os enólogos pretendem. E eles, por sua vez, têm de estar atentos ao consumidor final deste néctar dos tempos remotos, que está a conquistar novos consumidores, mais exigentes. Por isso há vindimas mais cedo e vindimas mais tarde, dando por isso vinhos distintos.

Neste mês por aqui me fico, desejando a todos um reforço de energias para Setembro.

Meu PaiGosto de revera imagem forte do meu pai,tremendo o assoalhoao caminhar.É doce me lembrarcomo se temiaquando ele perdiaa abotoadura,o guarda-chuva,a chave de fenda!Hoje é lendaa figura enigmática,a disciplina dura,a rotina sistemática.O pai não morre,ele corre na frentepra levantar o segredo do véue guardar pra genteo lugar mais estrelado do céu.

Ivone Boechat

“O que é que eu ganho em ser sócio? Quais são as minhas re-galias? O que é que eu beneficio com isso?” Estes são exemplos das interrogações que quase sempre são dirigidas a quem propõe a outro cidadão a adesão deste, como sócio, a uma qualquer agremiação, associação, colectividade ou instituição social sem fins lucrativos.

Ou seja: à partida, a primeira reacção da maioria dos abordados é considerarem uma proposta destas uma espécie de negócio, que só farão se ficarem a ganhar com este.

É claro que, logo a seguir, a maioria cai em si e acaba por com-preender que ser sócio de uma instituição deste género não é um mero negócio mas, sim, uma forma de ser solidário com uma causa, na sua génese altruísta e desinteressada. Isto sem embargo de, não raro, os seus associados, que são o pilar da sua sustentação, pode-rem vir a ter, para além da satisfação pessoal de estarem a ajudar algo ou alguém, também alguns benefícios materiais.

A Liga dos Combatentes é uma instituição equiparada a IPSS que, prioritariamente, visa exactamente tentar ajudar os comba-tentes com maiores carências e a quem a sociedade, em geral, vo-tou ao ostracismo, olvidando os sacrifícios que estes fizeram pela Pátria. Sacrifícios que, em tantas e tantas situações, culminaram com sequelas físicas e mentais que os vão acompanhando até ao fim dos seus dias, isto sem falar nas dezenas de milhares que per-deram a vida nos teatros de guerra, recaindo as consequências de tão infausto desenlace sobre os familiares.

Ora, a principal fonte de rendimentos de que a Liga dispõe para procurar atingir tais objectivos advém das quotizações dos seus só-cios que, paulatinamente, se vão inscrevendo como tal, nos já mais de 80 Núcleos, implantados no território nacional.

Sabendo, pois, os sócios e dirigentes dos Núcleos que, em qual-quer destas condições, estamos a ser solidários para com os nossos camaradas que vivem em pior situação económica e social do que nós, não devemos ter qualquer prurido em tentarmos ir ainda um pouco mais além, designadamente procurando trazer até nós novos associados, sejam ex-combatentes ou não.

Para dar exemplo público desse empenhamento, a actual Di-recção do Núcleo da Batalha aproveita a oportunidade de dispor deste privilegiado espaço no Jornal da Golpilheira para exortar os golpilheirenses, em particular, e os batalhenses, em geral, a torna-rem-se sócio da Liga dos Combatentes. Acreditem: se o fizerem, irão colaborar numa causa justa e altruísta!

P.S. – Parabéns à Junta de Freguesia do Reguengo de Fetal por ter mandado restaurar o monumento de homenagem aos seus combatentes e tê-lo reinstalado em local mais acessível, visível e arejado.

pub

Telefone244 815 818

Edifício Arcadas - Piso 0 - Loja 1Av. Marquês de Pombal - 2440 Leiria

CONSTRUÇÕES

Filipa SilvaSolicitadoraTelf./Fax. 244 765 466 | Telm. 910 865 979

E-mail: [email protected]

Estrada de Fá�ma, n.º 16 - B, R/C Esq., 2440-100 Batalha(Junto à escola de condução Espírito Santo e Reis, Lda)

Ameijoas com natas

. poe

sia

.

Page 21: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

21Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . temas .

Ana Maria HenriquesEnfermeira

. saúde .

Dias Úteis – das 15h às 21hAos Sábados – das 9h às 13hServiço de Atendimento Permanente:

� Serviço de Ambulatório � Consulta Médica � Apoio da Equipa de Enfermagem

Centro Hospitalar Nossa Senhora da ConceiçãoRua Principal, 26 I Brancas I 2440-090 Batalha

T. 244 769 430 | F. 244 769 439

CONSULTAS EXTERNASDE CLÍNICA GERAL

www.misericordiabatalha.com

CENTRO HOSPITALAR Nª SRª DA CONCEIÇÃO

pub

Direcção Clínica: Dr.ª ANA FREITAS

CLÍNICA DENTÁRIA E OSTEOPÁTICA DA BATALHA

Acordos: SSCGD, SAMS, Multicare, Advance Care, Associados do Montepio, WDA e outros

Contactos: 911 089 187 • 964 108 979R. dos Bombeiros Voluntários, Loja D - BATALHA

CONSULTASde Segunda-Feira a Sábado

• Medicina Dentária Geral• Osteopatia• Terapia da Fala

• Acunpuntura Médica, Estética e Tratamento da Dor

• Psicoterapia e Hipnose Clinica• Psicologia de Crianças e Adolescentes

• Aulas de Preparação para o Parto

Carina PereiraTerapeuta de Massagem

.• beleza&bem-estar .

DrenagemLinfática Manuale o Pós-Operatório

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o conjun-to de instituições e serviços que têm como missão garantir o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde. O SNS oferece aos seus beneficiários um conjunto de instituições e serviços, designadamente Centros de Saúde e Hospitais, que prestam cuidados de prevenção e tratamento da doença, reabilitação e apoio na reinserção familiar e social do doente. Este serviço é tendencialmente gratuito.

A porta de entrada por excelência no SNS é o Centro de Saúde, útil para vigiar a saúde ou tratar alguma doença. A utilização indevida do Serviço de Urgências para consultas que poderiam ser realiza-das no Centro de Saúde cria um congestio-namento e uma grande dificuldade em gerir os meios neste serviço tão importante para os verdadeiros casos de urgências e emer-gências médicas. A marcação com antece-dência e a utilização de consultas de vigi-lância quando necessário são fundamentais para optimizar os recursos, quer do Centro de Saúde, quer hospitalares.

É importante ter disponíveis documen-tos necessários, quer no Centro de Saúde, quer no Serviço de Urgência. Possibilita um melhor diagnóstico e seguimento ao utente se este estiver acompanhado pelo cartão de utente, pelas últimas análises e outros exa-mes complementares, pelo nome dos me-dicamentos que foram prescritos e por uma lista sintética de problemas e sintomas.

No Centro de Saúde estão disponíveis várias consultas médicas: consultas de saú-de infantil e juvenil, consultas de saúde ma-terna, consultas de planeamento familiar e consultas de vigilância em doenças crónicas (como hipertensão ou diabetes). Nestas ins-tituições estão também disponíveis outros serviços, como o de vacinação, realização de tratamentos/pensos e sessões de educação para a saúde. Em alguns Centros de Saú-de estão também disponíveis apoio por um técnico de serviço social, exames auxiliares de diagnóstico, unidades de internamento, serviço de atendimento alargado ou perma-nente, consultas e apoio domiciliário.

A inscrição deve ser realizada no Centro de Saúde da área de residência e preferen-cialmente toda a família deve estar inscrita

no mesmo médico de família. Este pode ser escolhi-do, mas depende das vagas na lista de doentes.

As consultas externas são realizadas em meio hospitalar por médicos especialistas em determina-das áreas. O encaminhamento para estas consultas é realizado pelo médico de família ou no seguimento de um atendimento no Serviço de Urgência.

O internamento hospitalar acontece quando o médico da consulta externa o decide, aquando de uma entrada no serviço de urgência que o justifi-que ou a pedido do médico de família ou de médico particular. Para o internamento, o utente deve estar acompanhado dos documentos acima referidos, de objectos de higiene pessoal, pijama e chinelos (se o serviço de internamento o permitir).

Existe ainda outra modalidade dos cuidados de saúde que consiste na realização de tratamentos durante o dia e o retorno a casa durante a noite, chamado o hospital de dia.

Por fim, e porque existem as taxas moderadoras, é importante pagar as devidas taxas no final dos procedimentos, caso se apliquem. Existem grupos de utentes que são isentos das taxas moderadoras, para isso é necessário estar informado e ter os do-cumentos comprovativos. Caso não pague na altura devida a conta será enviada para casa ou paga no próximo serviço.

O nosso corpo, como as árvores, as folhas e os animais, é percorrido por um líquido incolor e transparente que, contido nos vasos linfáticos, tem a função de filtrar as impurezas do sangue.

Quando a circulação linfática diminui ou se interrompe, o material a ser descartado fica estagnado em algumas zonas do corpo, causando inchaços dolorosos e inflamações, como a celulite e os edemas pós-ope-ratórios.

Nestes e noutros casos, a Drenagem Linfática Manual actua como descongestionante, com quatro funções básicas: além de desintoxicar, contribui para a eliminação de líquidos, activa o sistema imunológico e funciona também como analgésico. Após cirurgias plásticas, alivia he-matomas e inchaços. Auxilia no tratamento da celulite, cujo acumulo se deve à falta de movimentos locais, que provoca a estagnação da linfa nas células de gordura.

Para realizar a Drenagem Linfática, o profissional percorre todo o corpo (por inteiro ou áreas específicas) com as palmas das mãos e pontas de dedos em toques bastante suaves, movimentando a linfa em direcção aos gânglios. As toxinas são libertadas através dos rins.

A verdadeira Drenagem Linfática Manual consegue acelerar as re-acções próprias do organismo sem alterá-las. Isto é possível graças a uma técnica especial, que consiste em manobras manuais próprias, que são movimentos precisos e monótonos e que têm pressões graduadas e constantemente alteradas, imitando as contracções da musculatura lisa dos vasos linfáticos e acompanhando o ritmo dos mesmos.

Há que se diferenciar a Drenagem Linfática Manual da Massagem Estética. Esta última é realizada com pressões muito fortes, o que acar-reta a interrupção da circulação linfática, pois os vasos linfáticos não suportam tamanha pressão.

A importância da Drenagem Linfática no Pós-OperatórioA drenagem linfática no pós-operatório é uma massagem específi-

ca realizada com movimentos suaves e lentos por todo o corpo, dando prioridade à área cirúrgica. São usados movimentos de compressão e descompressão, executando movimentos leves e lentos, o que direccio-na e melhora o fluxo linfático.

A drenagem linfática pós-operatória é completamente indolor, pro-move relaxamento muscular, melhora a circulação sanguínea eliminan-do toxinas e diminuindo a retenção hídrica (inchaço), além de activar a oxigenação celular e a nutrição dos tecidos. Os movimentos suaves e rítmicos da drenagem ajudam a eliminar o edema e hematomas que se instalam no pós-operatório, auxiliando na restauração dos tecidos, eli-minando aderências, diminuindo dor, aliviando desconfortos e outras consequências cirúrgicas.

Por funcionar e por ser indolor a drenagem linfática, está indicada e medicamente aconselhada em pós-operatório de cirurgias plásticas fa-ciais e corporais, reconstruções mamárias, escleroterapias (secagem de derrames), entre outros.

Aconselhamento terapêutico: no mínimo 10 sessões, com frequência de duas a três vezes por semana.

Fonte: www.informacaonutricional.net

Serviço Nacional de Saúde

Page 22: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

Agosto de 2011

Jornal da Golpilheira22 . útil . lazer .

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96Contribuinte . 501 101 829Director .Luís Miguel Ferraz (CP 5023) <[email protected]>Director-adjunto .Manuel Carreira Rito (TE-395) <[email protected]>Composição . Paginação .Luís Miguel FerrazClube de Jornalismo do CRG . Ana Rito, Anabela Lopes, André Rosa, Ângela Susano, Carlos Meneses, Catarina Bagagem, Cristina Agostinho, David Lucas, Joana Valério, Nuno Rosa, Vanessa Silva.Outros colaboradores . Ana Vala, Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carlos Santos, Carolina Carva-lho (secretária), Célia Capitão, Cremilde Monteiro, Filomena Meneses (assinaturas), Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publi-cidade), Pedro Jerónimo, Rui Gouveia.Propriedade/Editor .Centro Recreativo da Golpilheira(Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10)Presidente: Manuel Carreira Almeida RitoSede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 GolpilheiraTel. 965022333 / 244 768 568 . Fax 244 766 710Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 GolpilheiraImpressão . Empresa Diário do Minho, LdaTel. 253303170. - Fax. 253303171Tiragem desta edição . 1500 exemplaresFechada a 10 de Agosto de 2011.

www.jornaldagolpilheira.comBlog: http://jgolpilheira.blogspot.comTwitter: http://twitter.com/jgolpilheiraEmail: [email protected]

. fotos do mês. LMFerraz

Festivais

Bombeiros Voluntários da Batalha 244 768 500G.N.R. Batalha 244 769 120Junta de Freguesia Golpilheira 244 767 018Câmara Municipal Batalha 244 769 110Extensão de Saúde da Golpilheira 244 766 836Centro de Saúde da Batalha 244 769 920Hospital de Santo André 244 817 000Farmácia Padrão – Golpilheira 244 767 856Farmácia Ferraz (Batalha) 244 765 124Farmácia Padrão (Batalha) 244 765 449Escola Primária da Golpilheira 244 766 744Jardim-de-Infância da Golpilheira 244 767 178Escola EB 1+2 Batalha 244 769 290Escola Secundária Batalha 244 769 180Escola Artes e Ofícios Tradicionais 244 767 595Segurança Social - Batalha 244 765 269Conservatória R. C. P. Batalha 244 765 264Tesouraria Faz. Pública da Batalha 244 764 120Misericórdia da Batalha 244 766 366Correios (CTT) - Batalha 244 769 100Posto de Turismo da Batalha 244 765 180Biblioteca Municipal Batalha 244 769 871Cinema/Auditório Municipal 244 769 870EDP -Informações (Grátis) 800 232 425Águas do Lena 244 764 080Rodoviária – Agência Batalha 244 765 505Táxis da Batalha 244 765 410Rádio Batalha 244 769 720Centro Recreativo da Golpilheira 244 768 568

O nosso país deve ter o recorde de festivais de Verão por metro quadrado...não há um canto onde não se façaum festival!

Ficha Técnica

Coluna em parceria com a associação Cap Magellan. Segurança rodoviária .

Nome _____________________________________________ Rua _______________________________________________ Nº ___________Localidade _______________________________________________________________Código Postal __ __ __ __ - __ __ __ ________________________________________Tel. _____________ Email: _________________________ Data Nasc. ___ / ___ / _____

Entregar ou enviar para: Centro Recreativo - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA

Assinatura anual PT : 8 eurosEuropa: 12 euros

Resto Mundo: 15 euros

. pas

sate

mp

o .

Sudo

ku 22

(Dific

uldad

e: mé

dia)

Solu

ções

do Su

doku

22

7 99 1 8

2 8 6 51 5 7 3

4 87 2 4 9

6 1 8 71 4 5

6 5

318759642

659412837

427836951

185964723

946327185

732581469

563198274

871243596

294675318

Quantos são precisos para içar o mastro?Dizem os antigos que dantes é que era a valer. Eram precisos 20 ou 30 homens para içar o mastro, à força de braços, cordas, varapaus, forcados e outros instrumentos rudimentares do género.Talvez para cumprir a tradição, eles continuam a juntar-se em magote, mas agora o trabalho é feito ao ritmo dos funcionários públicos das anedotas: um manobra a máquina, outro controla as operações, e há sempre mais 10 ou 20 a olhar para o ar a ver se o trabalho se faz.Seja como for, a verdade é que ainda há homens na Golpilheira capazes de içar o mastro às 7 da manhã de um domingo (foi dia 17 de Julho)!Nesta foto estão os que baixaram o mastro às 7 da tarde de terça-feira, o último momento de limpeza do arraial. Não vale a pena pôr as duas, porque a cena é mesma... apenas muda o sentido de orientação.

E o mais impressionante é que todos têm dezenas de artistas internacionais de topo, com bilhetes a 50, 70, 100 euros...e alguns até esgotam!

Sim, também já ouvi dizer.Parece que a “geração à rasca”está lá em peso!

Page 23: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

23Agosto de 2011Jornal da Golpilheira . pub .

• Electricidade • Sistema de Alarmes • Telecomunicações • Canalização Água • Aspiração Central • Climatização • Ar Condicionado • Painéis Solares• Aquecimento Central

Hélio Videira

Rua da Freiria - Lt 7 - r/c • 2440-046 BATALHA • Telm. 919 327 418

Rua do Choupico, 129Casal de Mil Homens

244765498 / [email protected] toque de arte na decoração da sua casa...

Telas • Esculturas • AzulejosMóveis • Peças Decorativas

Sempre exclusivo e original!

Visite-nos!na GOLPILHEIRA

Adelino Bastos

Licença de Exploração Industrial N.º 50/2010

SEDE: TRV. DO AREEIRO, 225 • ZONA IND. JARDOEIRA • 2440-373BATALHAFILIAL: CASAL DE MIL HOMENS • 2440-231 GOLPILHEIRATELS: 244 768 766 • 917 504 646

• Oficina de reparações gerais

• Testes computorizados a motores

• Serviços de ar condicionado

Rua D. Filipa de Lencastre, N.º 7 A • 2440 BATALHA • Tel. e Fax 244766569

Representante das marcas

A Soluçãona Habitação...Procura a casa dos seus sonhos?Quer trocar de casa? Quer reduzir a prestação do empréstimo?Fale connosco......nós temos a solução!

Pç. Município, Lt.5-r/c D.2440-107 BATALHA Telf. 244 766 202Tlm. 912 230 888

SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA, LDA.Licença AMI n.º 7416 Urbanização

Aldeia de Santa MartaZona calma na Calvaria de Cima

Vivendas individuais • 140.000 euros

Pesquise na Internet as nossaspromoções a nível nacional:

www.leninveste.pt

(Ref. 388) Moradia de tipologia V5 comgaragem. Bons acessos. Localização: Fani-queira - Batalha, perto da vila da Batalha e do IC2. Preço: 115.000 euros. Negociável.

(Ref. 385) Terreno com projecto de arquitectura aprovado. Local sossegado e com óptimas vistas sobre a Vila histó-rica da Batalha. Área: 1.172 m2.Preço: 60.000 euros. Negociável.

(Ref. 389) Moradia situada nas Brancas, perto da vila da Batalha, com 680 m2 de terreno. Preço: 99.500 euros.

Financiamento garantido!

Page 24: 1108 Jornal da Golpilheira Agosto 2011

. pub

.24

. Jor

nal d

a G

olp

ilhei

ra .

Ago

sto

de

2011

.