2014 guia de estudos

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    INSTITUTO RIO BRANCO

    MINISTRIO DAS RELAES EXTERIORES

    Concurso de Admisso

    Crreir de Di!"om#

    $ui de Es#udos

    %&'(

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    GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSO CARREIRA DE DIPLOMATA

    Ministro das Relaes Exteriores

    Em)i*dor Lui+ A")er#o ,i-ueiredo Mc.do

    Seret!rio"Geral das Relaes Exteriores

    Em)i*dor Edurdo dos Sn#os

    Diretor"Geral do Instit#to Rio $rano

    Em)i*dor $on/"o de Brros Cr0".o e Me""o Mouro

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    GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSO CARREIRA DE DIPLOMATA

    A1RESENTA2O

    O $ui de Es#udos do Con#rso de Ad%iss&o ' Carreira Di(lo%!tia) *ers&o +,-. *isa orientar ea#xiliar o andidato /#e (retende in0ressar na arreira di(lo%!tia (or %eio do re0istro das /#estes

    a1ordadas no exa%e de +,-2 ao%(an3adas de res(ostas /#e %ereera% a*alia&o (ositi*a (or (arte dasres(eti*as $anas Exa%inadoras) %antidos os textos ori0inais dos andidatos) o% e*ent#ais inorreese4o# de5ii6nias7

    $ras8lia) e% - de a1ril de +,-.7

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    GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSO CARREIRA DE DIPLOMATA

    Orien#/o !r es#udo

    9Inl#i (ro0ra%as (ara as (ro*as do Con#rsoe exe%(los de (ro*as do Con#rso anterior:

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    GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSO CARREIRA DE DIPLOMATA

    1RO3A OB4ETI3A

    A (ro*a o1;eti*a) de ar!ter eli%inat

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    GUIA DE ESTUDOS PARA O CONCURSO DE ADMISSO CARREIRA DE DIPLOMATA

    1ORTU$U6S

    A (ro*a de Port#0#6s) de ar!ter eli%inat?, (ala*ras 9*alor >, (ontos:) e de dois exer8ios de inter(reta&o)de an!lise o# de o%ent!rio de textos) o% a extens&o de -+, a -?, (ala*ras ada #% 9*alor de adaexer8io +, (ontos:7

    1ro-rm 9Pri%eira e Se0#nda Bases:-7 L8n0#a Port#0#esa %odalidade #lta #sada onte%(oranea%ente no $rasil7

    -7- Siste%a 0r!5io orto0ra5ia) aent#a&o e (ont#a&o le0i1ilidade7-7+ Mor5ossintaxe7-72 Se%ntia7-7. oa1#l!rio7

    +7 Leit#ra e (rod#&o de textos7+7- Co%(reens&o) inter(reta&o e an!lise r8tia de textos e% l8n0#a (ort#0#esa7

    +7+ Con3ei%entos de Lin0#8stia) Literat#ra e Estil8stia 5#nes da lin0#a0e%n8*eis de lin0#a0e% *aria&o lin0#8stia 06neros e estilos text#ais textos liter!rios en&o liter!rios denota&o e onota&o 5i0#ras de lin0#a0e% estr#t#ra text#al7+72 Reda&o de textos dissertati*os dotados de 5#nda%enta&o oneit#al e 5at#al)onsist6nia ar0#%entati*a) (ro0ress&o te%!tia e re5erenial) oer6nia)o1;eti*idade) (reis&o) lareFa) onis&o) oes&o text#al e orre&o 0ra%atial7+727- De5eitos de onte@do desontext#aliFa&o) 0eneraliFa&o) si%(lis%o)o1*iedade) (ar!5rase) , (ontos:so1re te%a s#sitado (elos textos e (ara dois exer8ios de inter(reta&o 9o% o *alor de +, (ontos ada

    #%:7Prod#to do o%(lexo (roesso de do%8nio da l8n0#a esrita) no n8*el exi0ido (elo on#rso) a red/o

    de*e re*elar a %at#ridade intelet#al do andidato7 Este de*er! de%onstrar (ensa%ento r8tio) (ro*enienteda a(aidade de inor(orar e inter"relaionar leit#ras (r*ias) se% a5astar"se do te%a (ro(osto7 Ser!a*aliada a 3a1ilidade do andidato de redi0ir disserta&o oerente e oesa) /#e ex(on3a " o% 5l#6nia eade/#a&o "in5or%aes e ar0#%entos 5#nda%entados e lo0ia%ente enadeados7 A a(lia&o de5

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    1ro0 de %&':

    1ARTE I ; REDA2O

    Te*#o I

    H #% la%ent!*el 5ato da *ida /#e o o%rio internaional ten3a) a(esar de s#as i%ensas

    (otenialidades) ontri1#8do t&o (o#o (ara o desen*ol*i%ento eon%io dos (a8ses de 1aixa renda per

    capita, so1ret#do nos @lti%os te%(os da 3ist27

    Te*#o II

    Ao seleionar o e%1aixador Ro1erto AFe*6do) a Or0aniFa&o M#ndial do Co%rio reno*a o

    o%(ro%isso o% #%a *is&o de %#ltilateralis%o /#e (ri*ile0ia o di!lo0o) o res(eito ' di*ersidade e a 1#sa

    de onsenso) on5or%e as nossas %el3ores tradies di(lo%!tias #%a *is&o /#e inor(ora as (ers(eti*as

    de todos os %e%1ros) o% (arti#lar aten&o 's dos (a8ses e% desen*ol*i%ento e de %enor

    desen*ol*i%ento relati*o #%a *is&o se0#ndo a /#al o o%rio n&o #% 5i% e% si %es%o) %as #%a

    5erra%enta (ara o desen*ol*i%ento e (ara a %el3or distri1#i&o da (ros(eridade entre as naes) e dentro

    delas) e% 1ene58io de todos7

    Bra0%ento de ir#lar tele0r!5ia do Ministro de Estado

    das Relaes Exteriores trans%itida e% ++4?4+,-27

    Discuta e emita opino sobre os fragmentos de texto acima apresentados, com ateno s semelhanas e s diferenas depercepo relativas ao comrcio internacional.

    Extens&o do texto >,, a >?, (ala*ras

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    ALEXANDRE 1IANA LEMOS @%>&

    Os fragmentos de texto apresentados tm como tema o sistema multilateral decomrcio. Os autores de ambos os textos reconhecem que o comrcio deve servir parapromover o desenvolvimento das naes menos favorecidas, mas analisam essanecessidade de perspectivas distintas. Apesar das evidentes divergncias entre os doistextos, pode-se afirmar que ambos so representativos da tradicional defesa da diplomaciabrasileira de um sistema multilateral de comrcio mais !usto e democr"tico. A diferena que, atualmente, o #rasil est" em melhores condies de promover essa defesa.

    A posio tradicional da diplomacia brasileira a de que o comrcio no um fim emsi mesmo, porquanto ele deve contribuir para o desenvolvimento de todos os pa$ses,especialmente o dos mais pobres. %sse ponto de vista no se alterou entre &'() e *+&),anos em que foram redigidos os textos referidos. A diferena que, em &'(), o #rasil erapa$s relativamente pouco desenvolvido, que era pre!udicado pelo que os economistas

    cepalinos denominaram deteriorao dos termos de troca, realidade que afetava asexportaes brasileiras de forma negativa. Atualmente, dificuldades persistem, mas o #rasil uma das maiores economias mundiais. Os contextos histricos diferentes, portanto,explicam o relativo otimismo do pronunciamento de *+&), quando comparado ao discursoproferido em &'().

    O contexto atual mais favor"vel ao #rasil, mas isso no significa que no existamdificuldades a serem enfrentadas. O #rasil superou muitas das restries comerciais que lheeram impostas na dcada de &'(+/ seu status de potncia econ0mica, contudo, fe1 quesurgissem novos desafios, como as barreiras impostas a seus produtos industriais e aoposio que iniciativas brasileiras enfrentam, no 2mbito da Organi1ao 3undial do4omrcio, por parte das potncias tradicionais, preocupadas em conservar o status quo. O

    #rasil, todavia, est", atualmente, em condies de contribuir para a reforma e ademocrati1ao do sistema multilateral de comrcio, 5 diferena do que ocorria na dcadade &'(+.

    A maior influncia do #rasil, no 2mbito do sistema multilateral de comrcio, atestada pela eleio do brasileiro 6oberto A1evdo para a direo da Organi1ao 3undialdo 4omrcio 7O348. 9e, na dcada de &'(+, a diplomacia brasileira visava 5 modificaode um sistema multilateral de comrcio desigual, atualmente, ela est" em condies decondu1ir esse processo de reforma, e tal realidade explica a perspectiva otimista dopronunciamento de *+&), quando comparado ao discurso de &'().

    As diferenas no modo de compreender o sistema multilateral de comrcio, portanto,

    distinguem os textos de &'() e de *+&). Apesar das divergncias evidentes, importanteressaltar, contudo, que os ob!etivos defendidos pelo #rasil, em *+&), so,fundamentalmente, os mesmos defendidos na dcada de &'(+, e, nesse sentido, h"evidente continuidade entre as duas perspectivas. O #rasil, em *+&), pretende reformar osistema multilateral de comrcio, a fim de atingir ob!etivos que orientam a diplomaciabrasileira historicamente. O compromisso com um sistema multilateral de comrciodemocr"tico, que represente as posies no apenas dos pa$ses desenvolvidos, comotambm as dos pa$ses em desenvolvimento, sempre caracteri1ou a diplomacia brasileira.:o mesmo modo, o entendimento de que o comrcio no um fim em si mesmo, mas ummeio de promover a prosperidade das naes, no constitui nova orientao da diplomaciabrasileira. %m &'(), quando o 3inistro de %stado das 6elaes %xteriores proferiu seudiscurso, essa posio orientou sua apresentao.

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    :esse modo, pode-se afirmar que o #rasil no modificou sua tradicional defesa deum sistema multilateral de comrcio mais !usto e democr"tico. A busca de uma ordemecon0mica mais !usta era ob!etivo vislumbrado em &'() e continua a s-lo em *+&). O3inistrio das 6elaes %xteriores, todavia, pode agir, atualmente, com mais desenvoltura e

    demonstrar maior otimismo, porquanto a nova ordem internacional possibilita que o #rasilinfluencie o sistema multilateral de comrcio com os valores que tradicionalmente defende.

    PARTE II " EJERCCIO -

    As fbulas indgenas tm uma participao intensa na literatura oral brasileira, massempre atravs da interpretao mestia, mudados os termos, substitudo o her!i, trocadas s ve"esas finalidades do conto por efeito da influncia cate#uista. $ mestio transmite a fbula indgenaaproveitando #uanto no contrarie sua maneira pessoal de viver, agir e compreender. As gidesindgenas no satisfa"em a mentalidade do mameluco e do caboclo. %ransfere, para a est!ria, os

    valores #ue o impulsionam e &ustificam, aos seus olhos, a conduta. 'uis da (amara (ascudo. Literatura oralno Brasil. ).aed., *io de +aneiro -os$lmpio/01', 2345, p. 34 6comadapta7es8.

    (om base no fragmento acima apresentado, discuta como a ideia de 9interpretao mestia9 repercutiunos movimentos sociais e culturais do :rasil no sculo ;;.

    = palavras

    [valor: 20 pontos]

    3INICIUS ,OX DRUMMOND CANCADO TRINDADE @'F>%&

    :urante o sculo ;ina 6odrigues, conferiram significado negativo 5 miscigenao do povo brasileiro. O3odernismo representou uma inflexo em relao a esse pensamento. Os estudosetnolgicos e folclricos de 3"rio de Andrade ressaltaram a interpretao mestia dobrasileiro, como se depreende da obra 3acuna$ma. %sse entendimento influencioucientistas sociais de dcadas seguintes, como ?ilberto @rere e :arc 6ibeiro.

    A constatao da matri1 multitnica do povo brasileiro repercutiu nos movimentossociais do sculo ;;. A excluso do negro na sociedade, conforme demonstrada por@lorestan @ernandes, motivou a adoo de pol$ticas de afirmao social em universidades eem concursos para cargos pBblicos. 3edidas significativas foram adotadas, igualmente, no2mbito de proteo das culturas ind$genas, como a demarcao de terras tradicionais e acriao de instituies pBblicas de representao pol$tica.

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    PARTE II " EJERCCIO +

    @

    Por/#e os 3o%ens n&o %e es#ta% Por /#e os 0o*ernadoresN&o %e es#ta% Por /#e n&o %e es#ta%

    Os (l#toratas e todos os /#e s&o 3e5es e s&o 5eFes

    Todos os donos da *ida

    E# I3es daria o i%(oss8*el e I3es daria o se0redo)

    E# I3es da*a t#do a/#ilo /#e 5ia (ra ! do 0rito

    Met!lio dos n@%eros) e t#do

    O /#e est! al% da insin#a&o r#enta da (osse7

    E se aaso eles (rotestasse%) /#e n&o /#e n&o dese;a%

    A 1or1oleta transl@ida da 3#%ana *ida) (or/#e (re5ere%

    O retrato a

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    GISTHRIA DO BRASIL

    A (ro*a de =ist, lin3as7

    1ro-rm 9Pri%eira e Tereira Bases: - O (er8odo olonial7 A Con5i0#ra&o Territorial daA%ria Port#0#esa7 O Tratado de Madri e Alexandre de G#s%&o7 + O (roesso deinde(end6nia7 Mo*i%entos e%ani(aionistas7 A sit#a&o (ol8tia e eon%ia e#ro(ia7 O$rasil sede do Estado %on!r/#io (ort#0#6s7 A in5l#6nia das idias li1erais e s#a ree(&ono $rasil7 A (ol8tia externa7 O Constit#ionalis%o (ort#0#6s e a Inde(end6nia do $rasil7 2O Pri%eiro Reinado 9-++"-2-:7 A Constit#i&o de -+.7 Q#adro (ol8tio interno7 Pol8tiaexterior do Pri%eiro Reinado7 . A Re06nia 9-2-"-.,:7 CentraliFa&o *ers#s

    DesentraliFa&o re5or%as instit#ionais7 9o Ato Adiional de -2.: e re*oltas (ro*iniais7 ADi%ens&o Externa7 ? O Se0#ndo Reinado 9-.,"-:7 O Estado entraliFado %#danasinstit#ionais os (artidos (ol8tios e o siste%a eleitoral a /#est&o da #nidade territorial7Pol8tia externa as relaes o% a E#ro(a e Estados Unidos /#estes o% a In0laterra aG#erra do Para0#ai7 A /#est&o da esra*id&o7 Crise do Estado Mon!r/#io7 As /#estesreli0iosa) %ilitar e a1oliionista7 Soiedade e C#lt#ra (o(#la&o) estr#t#ra soial) *idaaad6%ia) ient85ia e liter!ria7 Eono%ia a a0roex(orta&o a ex(ans&o eon%ia e otra1al3o assalariado as (ol8tias eon%io"5inaneiras a (ol8tia al5ande0!ria e s#asonse/#6nias7 > A Pri%eira Re(@1lia 9-"-2,:7 A (rola%a&o da Re(@1lia e os0o*ernos %ilitares7 A Constit#i&o de --7 O re0i%e oli0!r/#io a (ol8tia dos estadosoronelis%o siste%a eleitoral siste%a (artid!rio a 3e0e%onia de S&o Pa#lo e MinasGerais7 A eono%ia a0ro"ex(ortadora7 A rise dos anos -+, tenentis%o e re*oltas7 ARe*ol#&o de -2,7 A (ol8tia externa a o1ra de Rio $rano o (ana%erianis%o a IICon5er6nia de PaF da =aia 9-,K: o $rasil e a Grande G#erra de --. o $rasil na Li0adas Naes7 Soiedade e #lt#ra o Modernis%o7 K A Era ar0as 9-2,"-.?:7 O (roesso(ol8tio e o /#adro eon%io 5inaneiro7 A Constit#i&o de -2.7 A Constit#i&o de -2K oEstado No*o7 O ontexto internaional dos anos -2, e -., o $rasil e a Se0#nda G#erraM#ndial7 Ind#strialiFa&o e le0isla&o tra1al3ista7 Soiedade e #lt#ra7 A Re(@1lia Li1eral9-.?"->.:7 A no*a orde% (ol8tia os (artidos (ol8tios e eleies a Constit#i&o de -.>7Ind#strialiFa&o e #r1aniFa&o7 Pol8tia externa relaes o% os Estados Unidos a G#erraBria a O(era&o Pana%eriana a (ol8tia externa inde(endente o $rasil na ONU7Soiedade e #lt#ra7 O Re0i%e Militar 9->."-?:7 A Constit#i&o de ->K e as%odi5iaes de ->7 O (roesso de transi&o (ol8tia7 A eono%ia7 Pol8tia externa

    relaes o% os Estados Unidos o (ra0%atis%o res(ons!*el relaes o% a A%riaLatina) relaes o% a 5ria o $rasil na ONU7 Soiedade e #lt#ra7 -, O (roessode%or!tio a (artir de -?7 A Constit#i&o de -7 Partidos (ol8tios e eleies7Trans5or%aes eon%ias7 I%(atos da 0lo1aliFa&o7 M#danas soiais7 Mani5estaes#lt#rais7 E*ol#&o da (ol8tia externa7 Meros#l7 O $rasil na ONU7

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    1ro0 de %&':

    UEST2O '

    Disserte acerca das rela7es entre a 0nglaterra e o :rasil no perodo compreendido entre 25=5 e 25C2.

    E*#enso mJ*im= K& "in.s[valor: 30 pontos]

    CAIO $ROTTONE TEIXEIRA DA MOTA @:&:&

    As relaes entre #rasil e apoleo para declarar guerra 5 apoleo ser derrotado e Gortugal ter seu territrioeuropeu restaurado, foi firmado o compromisso de limitar o tr"fico de escravos ao sul do%quador. %m &E&L, foram estabelecidos tribunais mistos para !ulgar os casos de tr"ficoil$cito, no 6io de Haneiro e em 9erra Meoa. A

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    %mbora tendo conquistado a

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    UEST2O %

    $ :rasil manteve, na rimeira *ep?blica, a poltica econmica da defesa das exporta7es, bem como a de

    atrao de imigrantes e capitais. A respeito desse momento hist!rico, analise os seguintes aspectos

    E iniciativas voltadas para as exporta7es de produtos brasileiros para a

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    n$vel governamental com as pol$ticas iniciadas pelo 4onvnio de Iaubat e que se expandiuao longo do per$odo. O uso de poder de mercado para aumentar os lucros leva a protestos,mas no resulta em punies efetivas. Os maiores preos relativos do produto noimpedem a expanso do consumo, sobretudo na %uropa, alvo da promoo comercial

    brasileira, conforme demonstra 4lodoaldo #ueno.

    Outros produtos da pauta de exportao comercial tambm so promovidos.%xemplo disso a borracha, principalmente antes do in$cio do plantio no 9udeste Asi"tico.4om a expanso do processo de urbani1ao, produ1ir borracha torna-se economicamentebenfico. O #rasil exporta em grande quantidade esse produto, inclusive para as f"bricas debicicleta inglesas no norte da ilha. A promoo consular de novos produtos tropicais tambm presente, em menor escala, no caso do cacau, considerando-se o potencialenergtico e calrico do chocolate, Btil em tempos industriais. Outros produtos tm sortemenor, como o aBcar, que sofre a concorrncia de diversos produtores e do aBcar debeterraba e o algodo que passa sofrer a concorrncia no apenas dos %CA, mas tambmda insero do %gito como exportador desse produto 5 %uropa.

    A legislao aduaneira brasileira passa por relevantes mudanas no per$odo. Oprimeiro deles a alterao da base tribut"ria de um modelo centrado em receitasaduaneiras para um que se sustenta em tributao domstica. %xemplos disso a criaodo

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    =argas a partir do ano seguinte, a alterar as bases da insero nacional, ao valori1ar aindustriali1ao por substituio de importaes e a consolidao de um modelo de ummodelo de povo brasileiro menos aberto 5 imigrao do que o da Grimeira 6epBblica.

    UEST2O:

    Disserte acerca da relevHncia do 0nstituto Iuperior de & "in.s

    @0"or= %& !on#os

    TAIN2 LEITE NO3AES @'%&

    O pensamento social progressista brasileiro da segunda metade do sculo ;; teveno

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    era o Meste-Oeste, mas o >orte-9ul. >esse sentido, o #rasil deveria articular-se com asemergentes naes afro-asi"ticas que compartilhavam consigo a saga pelodesenvolvimento socioecon0mico. A pol$tica externa brasileira, portanto, deveria seruniversalista, desideologi1ada e pragm"tica, tendo sempre como norte o desenvolvimento

    nacional.

    As formulaes isebianas so, conforme mencionado, flagrantes no nacional-desenvolvimentismo econ0mico do segundo governo =argas, por exemplo, bem como nopro!eto das 6eformas de #ase do governo Hoo ?oulart. %m pol$tica externa, o auge dasideias isebianas encontra-se na Gol$tica %xterna

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    essa dependncia, o governo investe na Getrobras, que passa a fa1er a prospeco depetrleo em "guas profundas, com a descoberta da #acia de 4ampos. 3onopoli1adora deimportante parte do sistema do petrleo, a estatal passa a desempenhar um papel relevantena pol$tica de subs$dios e de taxao do modelo adotado pelo regime de &'(K a &'EF. A

    valori1ao da Getrobras foi tambm percebida pela pol$tica de aprimoramento dascondies e do n$vel, tanto qualitativo como quantitativo, de seus empregados, em umaempresa com o prest$gio elevado.

    O choque do petrleo conferiu mais nfase a algumas das premissas da pol$ticaexterna brasileira. Cm exemplo disso a valori1ao do pleito, !" muito forte no governo3dici, de expanso do mar territorial brasileiro at o limite de *++ milhas n"uticas. %ssepleito viu-se reforado pela necessidade de colocar os novos campos de petrleo a seremexplorados sob a !urisdio brasileira e gerou atritos com pa$ses como os %CA. O discursoem prol do desenvolvimento tambm valori1ado, na medida em que as dificuldadesnacionais tambm so percebidas por pa$ses em situao semelhante 5 brasileira.

    A nova situao brasileira levou o pa$s a buscar, na diversificao de parcerias, umamaneira de redu1ir sua dependncia. H" detentor de capacidade de refino, o #rasil alme!aampliar o rol de parceiros comerciais exportadores. :ata desse per$odo acordos com pa$sesafricanos exportadores de petrleo. Herr :"vila descreve, em Rotel Iropico, os acordos do#rasil com a >igria, nos quais a Getrobras trocava petrleo por manufaturas tropicais soba marca IA3A. O #rasil tambm aproximava-se de pa$ses do Oriente 3dio, com o fito detrocar manufaturas por petrleo, como ocorreu, com sucesso, no caso do o 2mbito interno, houve avanos significativos na capacidadetcnica e no tamanho da Getrobras, atualmente uma das maiores empresas do ramo nomundo. a nfase na prospeco marinha foi muito positiva, na medida em que possibilitou adescoberta e a extrao de petrleo em "reas de "guas profundas, com destaque ao pr-sal contempor2neo.

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    GISTHRIA MUNDIAL @1ro0 O)e#i0

    1ro-rm 9Pri%eira Base: - Estr#t#ras e idias eon%ias7 Da Re*ol#&o Ind#strial aoa(italis%o or0aniFado s#los JIII a JJ7 Carater8stias 0erais e (rini(ais 5ases dodesen*ol*i%ento a(italista 9desde a(roxi%ada%ente -K,:7 Prini(ais idias eon%iasda 5isioraia ao li1eralis%o7 Marxis%o7 As rises e os %eanis%os anti"rise a Crise de-+ e o NeV Deal7 A (ros(eridade no se0#ndo ( Idias e re0i%es (ol8tios7 Grandes orrentes ideol

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    $EO$RA,IA

    A (ro*a de Geo0ra5ia onsistir! de 8u#ro/#estes dis#rsi*as) d#as das /#ais o%o *alor de 2, 9trinta: (ontos ada #%a e d#as o% o *alor de +, 9*inte: (ontos ada #%a7 As

    res(ostas 's /#estes o% o *alor de 2, 9trinta: (ontos ter&o) ada #%a) a extens&o%!xi%a de , lin3as as res(ostas 's /#estes o% o *alor de +, 9*inte: (ontos ter&o) ada#%a) a extens&o %!xi%a de >, lin3as7

    1ro-rm 9Pri%eira e Tereira Bases: - =ist

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    ainda valori1ados pela geopol$tica atual. O acordo 9Tes-Gicot, negociado durante aGrimeira ?uerra 3undial entre @rana e

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    independncia das "reas sob o dom$nio franco-brit2nico coincide, aps a 9egunda ?uerra3undial, com o per$odo em que o Oriente 3dio passa a ser visto como um hotspotgeopol$tico no apenas devido a seus recursos, mas tambm devido ao surgimento deanimosidades e de conflitos. As fronteiras artificiais do acordo 9Tes-Gicot ignoraram as

    diferenas religiosas e tnicas existentes na regio. :e modo similar ao acordo deMausanne, que definiu as fronteiras da Iurquia, o acordo 9Tes-Gicot no se preocupou, porexemplo, com as populaes curdas no

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    produtor mundial de g"s natural 7superando a 6Bssia por volta de *+&F8 e mesmo depetrleo 7superando a 6Bssia e a Ar"bia 9audita por volta de *+&L8. Os %CA, ademais,possuem essas reservas perto de grandes centros industriais, o que poupar" gastos deinfraestrutura, como oleodutos e gasodutos.

    As consequncias da revoluo do xisto so inBmeras. A oferta de g"snatural barato dever" atrair para o territrio estadunidense investimentos de indBstriaseletrointensivas, gerando empregos locais, mas pre!udicando pa$ses emergentes. O dficitna balana comercial, que agrava a dependncia de financiamento externo no atualcontexto de discusso sobre o teto da d$vida pBblica, ser" mitigado. O impacto ambiental,por sua ve1, tem dividido a opinio pBblica. :e um lado, o aumento da participao do g"snatural na matri1 energtica, ao substituir o carvo mineral pelo g"s natural, contribui para areduo da emisso de gases-estufa, coadunando-se com os esforos de reduo dapoluio do ar e do aquecimento global. :e outro lado, a tecnologia do fraturamento emiteg"s metano, mais nocivo para o efeito estufa do que o g"s carb0nico, e pode contaminar,com produtos qu$micos, lenis fre"ticos e aqu$feros. O a!uste da nova estratgia energtica

    estadunidense ao desenvolvimento sustent"vel depender", portanto, dos avanos datecnologia do fraturamento em evitar impactos ambientais.

    Outra consequncia da produo estadunidense do g"s de xisto tem sido aexportao de carvo mineral a preos mais baixos para a %uropa Ocidental. %mbora issocontrarie esforos da C% de combate 5 mudana clim"tica, o al$vio financeiro no contexto decrise ineg"vel. %sse movimento pode ser capa1 de redu1ir a dependncia energtica da%uropa em relao ao g"s russo, que envolve a Qgeopol$tica dos dutosQ. Os %CA, pararedu1ir o poder de barganha russo diante dos europeus, haviam apoiado a construo dogasoduto >abucco, que levaria o g"s natural dos pa$ses do 3ar 4"spio 5 %uropa passandopela Iurquia 7membro histrico da OIA>8. %sse pro!eto foi sobrepu!ado por iniciativasrussas mais bem-sucedidas, como o 9outh 9tream e o >ord 9tream, que consolidaramgrande participao do g"s russo nas matri1es energticas do leste europeu, da Alemanhae da

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    descuidou dos hidrocarbonetos. 9uas petrol$feras estatais lanaram, nos Bltimos anos,agressiva pol$tica de investimentos no mundo. Alguns temem que a ideia se!a suprir ademanda chinesa crescente por petrleo. 4ontudo, essas empresas tm vendido petrleono mercado internacional, mostrando maior interesse na aquisio de tecnologia. :isso

    decorre sua participao no recente no leilo de Mibra no #rasilD acesso 5 tecnologia daGetrobr"s sobre explorao em "guas profundas.

    6ecentes desdobramentos sobre pol$tica energtica oferecem prs e contraspara o desenvolvimento sustent"vel. W importante ressaltar que o foco recente naQrevoluo do xistoQ no deve ofuscar os avanos tecnolgicos experimentados por fontesalternativas. O #rasil, que, ao lado dos %CA e do 4anad", ser" um dos maiorescontribuidores para o aumento da produo mundial de petrleo, tem uma matri1 energticarelativamente limpa, est" na vanguarda dos biocombust$veis e apresentou, em *+&*,crescimento de ELJ na gerao de energia elica. Ainda assim, os hidrocarbonetos,tradicionalmente apontados como Qviles ambientaisQ, podem fortalecer os trs pilares dodesenvolvimento sustent"vel 7econ0mico, social e ambiental8, desde que pol$ticas pBblicas

    adequadas acompanhem sua explorao. 9e %CA, 4hina e 6Bssia se pautarem peloequil$brio que caracteri1a as pol$ticas brasileiras, o desenvolvimento sustent"vel poder" serfortalecido.

    QUESTO2

    $ avano da cafeicultura em territ!rio paulista foi marcado por um novo padro geogrfico deocupao do solo, #ue contrariava alguns elementos bsicos do modelo de organi"ao territorial

    estabelecido desde os tempos coloniais. Aponte a inovao bsica introdu"ida, fa"endo uma

    explanao comparativa entre os modelos.

    E*#enso mJ*im= >& "in.s

    @0"or= %& !on#os

    ALEXANDRE 1IANA LEMOS @%&%&

    O avano da cafeicultura em territrio paulista deu in$cio a um novo padro deocupao do solo, que se diferenciou tanto do modelo de organi1ao territorial consolidadodesde os tempos coloniais quanto do modelo adotado inicialmente pelos cafeicultores das"reas mais antigas do =ale do Gara$ba. O novo Oeste paulista distinguiu-se pela maiordensidade tcnica de seu modelo, assim como pelo uso que fe1 da mo-de-obra imigrantee, finalmente, por seu car"ter menos aut"rquico, que favoreceu a maior integrao doterritrio nacional, aluindo as bases do modelo de arquiplagos que ento vigorava.

    O modelo vigente desde os tempos coloniais era de uma ocupao extensivada terra, com baixo n$vel de produtividade e com pouca preocupao com o desgaste dosolo. Ao esgotar-se a produtividade de certas pores do territrio, passava-se a outras,

    sem a preocupao com a recuperao do solo. O avano da cafeicultura paulista no novoOeste deu-se em outras bases.

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    roxa do planalto paulista , assentado em maior densidade tcnica. Os capitais inglesespermitiram o incremento tecnolgico da produo e, assim, maior produtividade.

    A maior produtividade, evidentemente, tambm est" relacionada 5 qualidade

    da mo-de-obra. %nquanto o modelo territorial tradicional baseou-se no intenso uso da mo-obra escrava, o novo modelo paulista, !" prevendo a escasse1 de mo-de-obra servil desdea lei %usbio de Nueirs 7de &EF+8, incentivou a vinda de imigrantes, que, trabalhandocrescentemente sob o regime de colonato, contribu$ram com seu cabedal de conhecimentostcnicos para o incremento da produtividade e, ao mesmo tempo, foram fundamentais,como mo-de-obra livre, para fomentar um mercado interno.

    Ao fomentar um mercado interno, por sua ve1, o novo modelo paulistacomeou a romper com o modelo de produo aut"rquico que vigeu durante a maior partede nossa histria. A cafeicultura paulista incentivou o investimento em ferrovias, silos dearma1enamento, portos, alm de fomentar a crescente urbani1ao e industriali1ao doterritrio brasileiro. Os cafeicultores, em grande parte, passaram a habitar em cidades, ao

    passo que o processo produtivo concentrava-se no campo. %ssa separao entre local deproduo e as cidades foi possibilitada pela maior fluide1 que os investimentos em infra-estrutura conferiram ao territrio brasileiro.

    O novo modelo paulista, desse modo, constituiu modelo de transio entrecomplexos agr"rios e complexos agroindustriais, sendo que estes viriam a consolidar-se aolongo do sculo ;;. O complexo cafeicultor paulista, assim, contribuiria para acabar com omodelo territorial de arquiplagos, vigente desde a 4ol0nia, e para integrar, aos poucos, oterritrio brasileiro, processo de integrao que seria liderado por 9o Gaulo e que levaria 5conformao da regio concentrada 7a que se referia 3ilton 9antos8 e a um modeloterritorial extremamente concentrado no 9udeste.

    QUESTO.

    Depois de dcadas em declnio, a populao rural de alguns pases comea a se estabili"ar e at a

    apresentar leve crescimento. & "in.s@0"or= %& !on#os

    ,ELI1E NE3ES CAETANO RIBEIRO @%&%&

    A terra um planeta urbani1ado. :esde *++E, a populao urbana supera apopulao rural, o que no implica a inexistncia de mobilidade humana em sentido inverso.A estabili1ao e o leve crescimento da populao rural em alguns pa$ses desafiam umadas leis da migrao de %. 6avenstein e mesmo a tendncia atual de associar ocrescimento demogr"fico aos centros urbanos, que, de acordo com Z. Ihompson,configuram um espao favor"vel ao aumento populacional. >esse contexto, os motivos

    )>

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    atribu$dos por demgrafos para a estabili1ao e para o crescimento da populao rural emalguns pa$ses envolvem a saturao do meio urbano, a disseminao de atividades deservios no meio rural, alm de greenfields, que implicam possibilidades econ0micas paraa populao no campo.

    O primeiro motivo que explica a estabili1ao e at o aumento da populao rural emalguns pa$ses est" relacionado 5 saturao do meio urbano. %sse elemento refere-se 5perda de qualidade de vida, englobando servios e facilidades, como transporte pBblico esaBde dos cidados, afetados pelo stress e pela poluio, por exemplo. Ial fen0meno est"ligado, em alguns casos, 5 involuo metropolitana, referindo-se 5 perda da qualidade deservios nas metrpoles, e tambm ao esgotamento da fronteira urbana, relacionado, porsua ve1, 5 periferi1ao e 5 especulao imobili"ria. Alm disso, h" o processo dedetroiti1ao de algumas cidades, que tambm leva diversos cidados a procurarem ocampo e nele permanecer.

    Cm segundo motivo que explica a estabili1ao e o crescimento da populao rural

    relaciona-se a novas oportunidades que emergem nas "reas rurais, como o oferecimento deservios e de outras atividades econ0micas. 3aximilien 9orre afirma que o fato capital aubiquidade do homem, capa1 de explicar suas tendncias de ocupao de mobilidade.>esse sentido, servios relacionados aos setores a montante e a !usante da atividadeagr$cola condu1em indBstrias ao campo, o que favorece a permanncia no meio rural, emque surgem greefields industriais, demandando mo-de-obra. A disseminao doecoturismo ou agroturismo, existentes no interior da @rana e dos %stados Cnidos,constituem outro elemento usado por demgrafos para explicar a permanncia dapopulao no campo. 4umpre ressaltar, ainda, os incentivos conferidos por governos para apermanncia no meio rural e mesmo para a migrao, conforme verificado na %uropa, o que fortalecido por programas de concesso de subs$dios, como a GA4 europeia, ou osest$mulos ao algodo nos %stados Cnidos, tornando a cotonicultura um elemento deatrao.

    Nuanto 5s potencialidades para os prximos anos, relevante destacar aperspectiva de um maior equil$brio entre a populao urbana e a populao rural em algunspa$ses desenvolvidos, onde a tendncia em comento merece destaque. %mbora no se!aposs$vel falar na reduo do ritmo de urbani1ao global, capitaneado atualmente pelaPfrica e pela Psia, poss$vel referir-se a um maior equil$brio nos pa$ses desenvolvidos e atem alguns pa$ses emergentes, o que configura uma perspectiva de longo pra1o. Outratendncia que deve ser acentuada o potencial de aumento da renda da populao rural eda atratividade do campo, em que se verifica uma melhor difuso do meio tcnico-cient$fico-informacional, em espaos outrora caracteri1ados pela opacidade, viscosidade e lentido. Aemergncia crescente do fato capital no campo, somada a um adensamento tcnico,configura uma !anela de oportunidade para a disseminao de pr"ticas sustent"veis,conforme !" se verifica em servios comerciais e tur$sticos oferecidos no campo, bem comoem indBstrias, que compreendem a import2ncia da preservao para sua renda esustentabilidade.

    A estabili1ao e o aumento da populao rural de alguns pa$ses so, em suma,explicados por fatores que incluem a saturao urbana, surgimento de um mercado lucrativode servios 7como o turismo8 e at o fator industrial em "reas rurais, alm de est$mulosdiretos e indiretos oferecidos por governos, potenciali1ando a atratividade do campo, oequil$brio e a sustentabilidade.

    )J

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    1OLTICA INTERNACIONAL

    A (ro*a de Pol8tia Internaional onsistir! de 8u#ro/#estes dis#rsi*as) d#as das/#ais o% o *alor de 2, 9trinta: (ontos ada #%a e d#as o% o *alor de +, 9*inte: (ontosada #%a7 As res(ostas 's /#estes o% o *alor de 2, 9trinta: (ontos ter&o) ada #%a) aextens&o %!xi%a de , lin3as as res(ostas 's /#estes o% o *alor de +, 9*inte: (ontoster&o) ada #%a) a extens&o %!xi%a de >, lin3as7

    1OLTICA INTERNACIONAL 9Pri%eira e Tereira Bases: - Relaes internaionaisoneitos 1!sios) atores) (roessos) instit#ies e (rini(ais (aradi0%as te7Terroris%o7 ->7-, Narotr!5io7 ->7-- A re5or%a das Naes Unidas7 -K O $rasil e o siste%aintera%eriano7 - O $rasil e a 5or%a&o dos 1loos eon%ios7 - A di%ens&o dase0#rana na (ol8tia exterior do $rasil7 +, O $rasil e as oaliFes internaionais o G"+,) oI$AS e o $RIC7 +- O $rasil e a oo(era&o s#l"s#l7

    1ro0 de %&':

    UEST2O '

    'eia os seguintes trechos.

    I ZOs desdo1ra%entos (reo#(antes no a%(o da (aF e da se0#rana

    internaional de%onstra% a neessidade de *aloriFa&o ada *eF %aior

    da di(lo%aia e dos %eios (a85ios de sol#&o de ontro*Grsias7 Neste)assi% o%o e% o#tros asos) estare%os atentos (ara a ontri1#i&o /#e o

    $rasil (ode e de*e dar) es(eial%ente n#% ontexto de #%a ;! inadi!*el

    trans5or%a&o da 0o*ernana internaional) /#e inl#i a re5or%a do

    Consel3o de Se0#ranaZ

    Dis#rso de Posse do E%1aixadorL#iF Al1erto Bi0#eiredo Ma3ado noar0o de Ministro de Estado dasRelaes Exteriores) + de a0osto

    )4

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    de +,-27

    II ZO trao de5inidor do %#ltilateralis%o G n&o a(enas /#e ele oordena as

    (ol8tias naionais entre 0r#(os de tr6s o# %ais Estados 9777:) %asadiional%ente /#e o 5aF o% 1ase e% ertos (rin8(ios de

    ordena%ento das relaes entre os EstadosZ7

    Yo3n R#00ie7 Mu"#i"#er"ism= T.e An#om onInstitution. 0n 0nternational $rgani"ation, GJ, verode 233).

    (onsiderando os trechos acima como motivadores, elabore o conceito de multilateralismo, examine as

    fun7es do (onselho de Iegurana e, com base nisso, analise o tratamento internacional do conflito na

    Iria.

    E*#enso mJ*im= K& "in.s@0"or= :& !on#os

    3ITOR AU$USTO CAR3ALGO SAL$ADO DA CRUP @%F:&

    O fato de a Ar"bia 9audita ter sido recentemente eleita para o 4onselho de9egurana das >aes Cnidas e ter renunciado ao posto logo em seguida soma-se 5let"rgica ao desse rgo em relao 5 crise na 9$ria e 5 situao do povo palestino paraevidenciar os problemas que perpassam a atual governana global, em especial no queconcerne o tema da pa1 e da segurana internacional. %m face desses desafios, o #rasil,pa$s historicamente vinculado 5 defesa do multilateralismo, prope a reforma da governanaglobal com base em par2metros de legitimidade e efic"cia.

    O conceito de multilateralismo elaborado por Hohn 6uggie di1 respeito 5 cooperaonas relaes internacionais em conson2ncia com princ$pios compartilhados. %m um mundocaracteri1ado por desafios que afetam todos os %stados, nos 2mbitos da segurana, daeconomia e do meio-ambiente, o multilateralismo a melhor forma de se alcanar soluesconcertadas. 9egundo Sofi Annan, o multilateralismo, por si s, no garante o sucesso, noentanto, o unilateralismo representa a certe1a do fracasso. >esse sentido, as aesunilaterais devem ser evitadas, o que corroborado pelos recentes fracassos de pa$ses queoptaram por empreender iniciativas de forma unilateral. As mudanas que perpassam aatualidade determinam o surgimento de novos polos de poder, o que estimulou HochenGrantl a formular a ideia de que o mundo atual caracteri1ado por uma multipolaridadesem multilateralismo. %sse cen"rio ense!a instabilidades recorrentes, na medida em que omultilateralismo deve ser entendido como a expresso !ur$dica de uma ordem multipolar.Ademais, pode-se ressaltar que a multipolaridade no representar" uma ordem mundialmais !usta e equilibrada caso no se!a acompanhada por regras claras que se!am aplic"veisa todos os pa$ses em igual medida. Assim, para se evitar uma multipolaridade deconfrontao, fa1-se necess"rio trabalhar por uma multipolaridade benigna, capa1 deorgani1ar e fomentar a cooperao entre os povos.

    A 4arta da O>C representa um dos mais significativos compromissos assumidos

    pela sociedade internacional em relao ao multilateralismo. A O>C foi criada para evitarque os %stados incorressem em aes unilaterais, como aquelas que condu1iram o mundoa duas ?uerras 3undiais. O 4onselho de 9egurana o principal rgo da O>C para

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    questes relativas 5 manuteno da pa1 e da segurana internacional, cabendo a ele adotarmedidas soluo de controvrsias de car"ter pac$fico 74ap$tulo =

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    UEST2O%

    A cooperao para o desenvolvimento internacional tem sido componente importante da poltica

    externa brasileira, com ramifica7es em reas como cooperao tcnica e humanitria.

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    dessa noo dialgica de cooperao, que respeita a identidade e as particularidades dasdiferentes sociedades.

    orte. Assim como busca a

    triangulao de iniciativas em um contexto 9ul-9ul, a partir de grupos como o orte tambm reali1ada.O Hapo um parceiro importante nesse tipo de empreitada, auxiliando iniciativas como odesenvolvimento agr$cola em 3oambique. %ssas parcerias so, usualmente, reali1adassegundo as concepes brasileiras, sem as t$picas exigncias de condicionalidades feitaspelos pa$ses centrais. 6ecentemente, o #>:%9, por exemplo, aprovou recursos para aimplantao de sistemas de monitoramento florestas na Amrica Andina via o @undoAma10nia. Os recursos do @undo Ama10nia so integrali1adas, especialmente, por %stadosescandinavos, mas a administrao dos financiamentos feita pelo #>:%9 e, nesse caso,a execuo do pro!eto ser" reali1ada pela Organi1ao do Iratado de 4ooperaoAma10nica 7OI4A8.

    A Amrica Matina e os pa$ses africanos da 4omunidade dos Ga$ses de M$nguaGortuguesa 74GMG8 foram, tradicionalmente, os espaos de atuao da cooperaobrasileira. %ntretanto, na Bltima dcada, ocorreu uma expanso desse espectro de atuao,sob a lgica da autonomia pela diversificao descrita na obra de Iullo =igevani. Ga$sesda Pfrica, Psia e Oceania, importantes parceiros na lgica de uma insero internacionalampla do #rasil como global plaer, tm estabelecido pro!etos de cooperao para odesenvolvimento com o #rasil. A instalao de um escritrio da %mbrapa em ?ana umexemplo desse aprofundamento em novos eixos.

    O caso da %mbrapa, assim como o do escritrio da @iocru1 em 3oambique,ressalta a relev2ncia do aspecto tcnico sobre o financeiro na pol$tica de cooperaobrasileira. O desenvolvimento de solues para a realidade brasileira extremamente

    compat$vel com as necessidades de outras regies tropicais e em desenvolvimento.Adicionalmente, o #rasil no tem a mesma disponibilidade de recursos econ0micos queoutros %stados, mas apresenta essa vantagem comparativa tcnica, demonstradarepetidamente no continente africano.

    %m termos de princ$pios, essa concepo desenvolvimentista pode acarretar,inclusive, em disputas com os pa$ses centrais. A perspectiva brasileira de que a fabricaode produtos farmacuticos para pa$ses de menor desenvolvimento relativo admite aflexibili1ao dos acordos de propriedade intelectual 7I6orte.

    Apesar desses relativos constrangimentos, a implementao de uma estratgia decooperao internacional ocasiona diversos benef$cios para o #rasil. %m um momento deafirmao como %stado emergente, pronto para assumir responsabilidades no sistemainternacional, o #rasil demonstrou seu enga!amento na soluo dos desafios encontradospara a promoo do desenvolvimento sustent"vel. A comprovao da efetividade do eixo9ul-9ul nas relaes internacionais sustenta a defesa da atual multipolaridade do sistema ea perspectiva de que essa multiplicao de plos pode ser benigna para a comunidadeinternacional, fomentando a estabilidade, o multilateralismo e o desenvolvimento.

    Gara a perspectiva das relaes bilaterais, essa pol$tica ocasiona uma aproximaocom novos espaos geogr"ficos, incentivando o estabelecimento de novas parceriasestratgicas. A ascenso de novos espaos econ0micos, pela cooperao para odesenvolvimento, propicia um incentivo para a retomada do crescimento econ0mico em um

    C2

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    per$odo de crise internacional, abrindo novos mercados para a expanso do comrcioexterior brasileiro e para a internacionali1ao das empresas brasileiras.

    O %stado e a sociedade brasileira no simplesmente reali1am pro!etos de

    cooperao. %les implementam estratgias estruturadas, de longo pra1o, com grandeefetividade. %ssas iniciativas so tradicionais e, simultaneamente, so necess"rias para aredefinio da insero internacional brasileira no contexto internacional moderno. Aescasse1 de recursos e a relativa menor capacidade de potncia do #rasil no sistemainternacional ocasionam a necessidade, para a diplomacia brasileira, de fa1er uma alocaode esforos eficiente no cen"rio externo. A cooperao para o desenvolvimento umapol$tica na qual o #rasil, historicamente, demonstra sua capacidade.

    UEST2O:

    Discorra sobre a experincia recente do :rasil em opera7es de pa" auspiciadas pela $rgani"ao das

    1a7es Onidas. Discuta os riscos e as oportunidades #ue esses compromissos aportam para a

    conduo da poltica externa brasileira no futuro pr!ximo.

    E*#enso mJ*im= >& "in.s@0"or= %& !on#os

    LEONARDO ROCGA BENTO @'>%&

    >os Bltimos vinte e cinco anos, o #rasil tem reforado seu enga!amento multilateral,5 lu1 da renovao de credenciais 7?elson @onseca Hr.8, promovida com aredemocrati1ao interna. >esse per$odo, o pa$s tem sido mais ativo na participao emoperaes de pa1 das >aes Cnidas. :as cinco operaes de pa1 para as quais o #rasilefetivamente enviou tropas, quatro delas em Angola, 3oambique, Iimor Meste e Raiti ocorreram desde o fim da ?uerra @ria. O enga!amento brasileiro pode ser explicado peloconceito de reciprocidade difusa, que deriva de sua insero internacional contempor2nea,e est" acompanhado de riscos a serem enfrentados.

    O per$odo ps-?uerra @ria caracteri1ado por uma ampliao do nBmero deoperaes de pa1, principalmente pelo incremento tanto do escopo de temas tratados pelo

    4onselho de 9egurana quanto de sua produtividade. Aps anos de afastamento nasparticipaes em operaes de pa1, com tropas ou observadores, o #rasil vemincrementando seu envolvimento concomitantemenete ao maior volume de atividades do4onselho. A liderana da 3C9IAR, misso de estabili1ao no Raiti, o corol"rio doenga!amento brasileiro e do enfoque voltado 5 tem"tica do desenvolvimento. >esse sentido, importante ressaltar que esse enfoque acompanhou a renovao de credenciaisbrasileiras, por exemplo, com a proposio de uma Agenda para o :esenvolvimento,complementarmente 5 Agenda para a Ga1, do ex-secret"rio-geral da O>C #outros #outros-?hali, em &''*.

    A atuao brasileira na 3C9IAR, desde *++K, revela o interesse do pa$sem agir em prol da consolidao da pa1 7peacebuilding8, um dos pilares das operaes

    previsto na Agenda para a Ga1. >o interessa ao pa$s que apenas um cessar-fogo entre aspartes em conflito se!a alcanado. A pa1, no longo pra1o, depende de iniciativas

    C)

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    duradouras, que lidem com as condicionantes que provocaram a ecloso das hostilidades.>o Raiti, uma companhia de engenharia do %xrcito #rasileiro construiu poos artesianospara que a populao tivesse acesso a "gua limpa/ h" um pro!eto para a coleta de res$duosslidos, financiado pelo @undo acional de :efesa,permite novas oportunidades de ganhos difusos, como o reconhecimento de que o pa$s capa1 de assumir responsabilidades no cen"rio internacional, as quais no esto maislimitadas 5 sua regio tradicional, mas tm alcance global.

    W natural que, dado o incremento da ao externa brasileira, novos riscossur!am, mas o pa$s est" consciente de que eles precisam ser enfrentados corretamente. %mprimeiro lugar, poss$vel apontar que o enga!amento brasileiro, se for implementado comtropas, demandar" a moderni1ao das @oras Armadas do pa$s. %sse risco !" est" sendoenfrentado por meio das iniciativas de reestruturao presentes na %stratgia >acional de:efesa. %m segundo lugar, a ampliao do escopo de atuao no pode afastar o #rasil daregio privilegiada de sua pol$tica externa. Gara tanto, o pa$s deve continuar empenhado emmecanismos regionais, como o 4onselho de :efesa da Cnasul, a 4%MA4 e a O%A, demaneira a participar ativamente da soluo dos problemas e dos desafios da regio emmatria de segurana.

    Os compromissos recentes assumidos pelo #rasil no que tange aoenga!amento em operaes de pa1 tra1em grandes oportunidades para o pa$s,principalmente na forma de ganhos difusos, como o reconhecimento de que est" apto aassumir maiores responsabilidades globais. R" riscos inerentes ao aprofundamento dainsero internacional na matria, mas o pa$s !" dispe de estratgias para redu1i-los e paramaximi1ar os benef$cios.

    UEST2O (

    1o h d?vida sobre o interesse brasileiro a respeito da normati"ao internacional sobre a

    delimitao dos espaos martimos.

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    #uestionameno em #ue medida a P$A(AI um instrumento de promoo e defesa dos interesses

    brasileiros no AtlHntico IulB

    E*#enso mJ*im= >& "in.s@0"or= %& !on#os

    ALEXANDRE 1IANA LEMOS @%&%&

    A Uopacas, estabelecida em &'E( por resoluo da Assembleia ?eral da O>C, temganhado cada ve1 mais import2ncia para o #rasil como espao de promoo e de defesade nossos interesses no Atl2ntico 9ul. O fortalecimento da Uopacas, conforme sedepreende da Bltima reunio ocorrida 7em 3ontevidu, *+&)8, importante para o #rasil por

    questes de segurana, assim como instrumento para promover interesses econ0micos epara fortalecer a cooperao 9ul-9ul.

    Gelo Atl2ntico 9ul passa mais de '+J do comrcio brasileiro. ?arantir asegurana dessa importante rota comercial, portanto, de fundamental import2ncia para o#rasil, ainda mais em um contexto de recrudescimento da pirataria no ?olfo da ?uin,regio por onde a >igria exporta L+J de seu petrleo petrleo, em grande parte,importado pelo #rasil.

    A dimenso econ0mica e de segurana, desse modo, esto interligadas, e aUopacas pode contribuir para estabili1ar o Atl2ntico 9ul e, assim, promover os interessesecon0micos dos pa$ses membros. W nesse sentido que deve ser entendida a declarao da

    4Bpula de 3ontevidu, em *+&), que reforou a deciso de manter o Atl2ntico 9ul como1ona livre de armas nucleares e de armas de destruio em massa, em geral. Gara o #rasil, importante reforar a 1ona de pa1 no Atl2ntico 9ul, em um momento em que a OIA>, sobliderana dos %stados Cnidos, estuda estender seu raio de influncia para a poro sul doAtl2ntico.

    A Uopacas importante, nesse contexto, pelo potencial de configurar umacomunidade de segurana que gerencie seu prprio espao, afastando ingernciasexternas, lgica que pode ser comparada, cum granus salis, 5 que presidiu a formao do4onselho de :efesa da Cnasul. A import2ncia de configurar uma comunidade de defesa evidenciada quando se consideram as enormes rique1as minerais existentes no substratomar$timo do Atl2ntico 9ul, rique1as levadas em considerao pelo #rasil ao pleitear a

    extenso de sua plataforma continental.

    %stabelecer uma comunidade de segurana, por sua ve1, significa superarrivalidades por meio da cooperao, lgica que preside a pol$tica de segurana do #rasil. Acooperao no Atl2ntico 9ul fundamental para a explorao da biodiversidade da regio,sobretudo para explorar sustentavelmente a pesca, !" ameaada por aes ilegais e depirataria. >esse sentido, o #rasil tem unido a lgica da cooperao para reforar adimenso 9ul-9ul de sua pol$tica, ao oferecer capacitao tcnica aos pa$ses africanosmembros da Uopacas para o melhor aproveitamento de seus recursos naturais, capacitaoque se estende, igualmente, 5 dimenso de seguranaD cabe lembrar que o #rasil reali1aexerc$cios navais con!untos com membros da Uopacas, e que a 3arinha do #rasil cooperapara a consolidao da marinha da >am$bia.

    CG

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    :esse modo, pode-se afirmar que a Uopacas instrumento importante para apro!eo dos interesses brasileiros no Atl2ntico 9ul.

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    +73erso ; Trns"#ionQ 1r# B @' !on#osA *ers&o do Port#0#6s (ara o In0l6s de*e ser 5eita de 5or%a 5idedi0na) res(eitando a

    /#alidade e o re0istro do texto ori0inal7 S#1trai"se - 9#%: (onto (ara ada #% dos se0#intes

    erros 5alta de orres(ond6nia ao9s: texto9s:"5onte) erros 0ra%atiais) esol3as errneas de(ala*ras e estilo inade/#ado7 Erros de (ont#a&o o# de orto0ra5ia ser&o a(enados e% ,)?9%eio: (onto7

    27 Resumo ; Summr @' !on#osO andidato de*e a(resentar a(aidade de reela1orar) de 5or%a onisa e oerente) otexto (ro(osto7 S&o ritrios de a*alia&o a o1;eti*idade) a (reis&o) a lareFa e a onis&odo texto) al% nat#ral%ente da orre&o e (ro(riedade no #so da l8n0#a in0lesa7

    .7 Red/o ; Com!os#i#ion @& !on#osOs andidatos de*e% de%onstrar on3ei%ento a*anado de In0l6s e a(aidade

    de #s!"lo e% reda&o 1e% estr#t#rada7 A distri1#i&o dos ?, (ontos 5aF"se da se0#inte%aneira

    Corre&o 0ra%atial 9+, (ontos:A*alia%"se a orre&o e a (ro(riedade no e%(re0o da lin0#a0e%7 Ded#F"se - 9#%:

    (onto (ara ada erro) o% exe&o das 5al3as de (ont#a&o o# de orto0ra5ia) 's /#aisorres(onde ded#&o de ,)? 9%eio: (onto (or oorr6nia7 A atri1#i&o de nota Fero no/#esito orre&o 0ra%atial i%(lia) a#to%atia%ente) nota Fero (ara a reda&o o%o #%todo7 Do %es%o %odo) ser! atri1#8da nota Fero 's redaes /#e de%onstrare% 1aixo(adr&o de on3ei%ento da l8n0#a in0lesa7

    Or0aniFa&o e desen*ol*i%ento de idias 9+, (ontos:Ser&o onsiderados) (rini(al%ente) os itens a se0#ira: a(aidade de raio8nio e de ex(ress&o lara e% In0l6s1: (ertin6nia das idias e da e*ent#al exe%(li5ia&o e% rela&o ao te%a: ade/#ada or0aniFa&o 5or%al da reda&o) o% ade/#ada (ara0ra5a&o7Os andidatos de*e% es5orar"se (ara a(resentar reda&o interessante7 A

    ori0inalidade n&o ser! exi0ida) %as ser! a*aliada (ositi*a%ente) da %es%a 5or%a /#e o #soade/#ado de exe%(los7 Ser&o se*era%ente (#nidas as redaes deoradas e

    si%(les%ente ada(tadas ao te%a (ro(osto7 A reda&o /#e 5#0ir a esse te%a ser! (#nidao% nota Fero7

    Q#alidade de lin0#a0e% 9-, (ontos:Atri1#e%"se (ontos ao andidato (elo orreto #so de In0l6s idio%!tio) (or

    onstr#es *ariadas e (elo e%(re0o de *oa1#l!rio a%(lo e (reiso7Os andidatos /#e #sare% onstr#es de #n3o %era%ente ele%entar na reda&o

    ree1er&o nota Fero no /#esito) e% es(eial /#ando esse re#rso 5or #tiliFado (ara e*itarerros7

    CJ

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    1ro0 de %&':

    TRANSLATION

    @To#"= : mrs

    1ART A @%& mrs

    I/#itos) one a 1oo% toVn) lies %ore t3an +),,, %iles 5ro% t3e %o#t3 o5 t3e

    A%aFon) [et 3ere t3e ri*er is still %ore t3an 3al5 a %ile Vide7 \o# are dee( in t3e

    stea%in0 ;#n0le7 On 1ot3 1anXs) rain5orest o%es ti((in0 doVn to t3e Vater in a ro#03

    and t#%1le o5 *e0etation s(ortin0 a %illion s3ades o5 0reen7 Piran3as tee% in t3e

    s3alloVs V3ile alli0ators idle on t3e 1anXs7 $irds o5 iridesent olo#rs aXle and roaX)

    V3istle and s/#aVX7 T3ree"toed slot3s lo#n0e leis#rel[ in t3e 1ran3es and %onXe[s

    areer 3eadlon0 t3ro#03 t3e treeto(s7

    Into t3e %idst o5 all t3is #n1ridled Vildness t3ere loo%s a 5loatin0 inon0r#it[ in

    t3e disordant 0#ise o5 a neV t3ree"store[ l#x#r[ r#ise 1oat7 Aria) a -?,"5oot lon0

    0lass3o#se) is (l[in0 t3e Vaters aro#nd I/#itos at a (oint on t3e A%aFon V3ere $raFilian

    and Per#*ian na*al 1ases 5la#nt t3e ar%ed 5lotillas 5art3est inland an[V3ere in t3e Vorld7

    L#x#r[ 3ere s(ells e*er[t3in0 t3e ;#n0le is not air onditioned) 1#0") %#d" and snaXe"

    5ree) o%5orta1le and lean7

    Internet ]VVV7s(etator7o7#X4s#((le%ents4t3e"s(etator"0#ide"to"r#ises4K+2,-24its"a";#n0le"o#t"t3ere4^ Retrie*ed on -244+,-27

    %ranslate into ortuguese the previous excerpt adapted from eter QughesR article 90tRs a &ungle out

    there9, published in %he Ipectator on 24th Ieptember )=22.

    I$OR ANDRADE 3IDAL BARBOSA @'F%&

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    >o meio dessa nature1a sem limites, aparece uma incongruncia flutuante noformato discordante de um novo navio de luxo de trs andares. Aria, uma casa de vidro com&F+ ps de comprimento, est" navegando nas "guas ao redor de

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    1e5ore rea3in0 t3e a(ital Q#ito on ++ Mar3 +,-+7 It e3oes (re*io#s %ar3es in

    1ot3 Per# and $oli*ia a0ainst (oliies t3at (ose a t3reat to indi0eno#s o%%#nities7

    T3e 0o*ern%ents o5 all t3ree Andean o#ntries 5ae ritiis% 5or (oliies

    desi0ned to 1oost in*est%ent 1#t t3at 5ail ade/#atel[ to address t3e onerns o5 loal(eo(le) V3o lai% t3ese (ro;ets t3reaten t3eir (3[sial and soial en*iron%ent7

    Earlier in +,-+) (rotesters 5ro% t3e nort3ern Ca;a%ara re0ion in Per# %ar3ed

    on Li%a) re(#diatin0 (lans to 1#ild a 0iant neV o((er and 0old"%inin0 (lant at Con0a)

    a (ro;et t3e[ sa[ Vill a55et Vater s#((lies to loal o%%#nities7

    T3ese e*ents are set a0ainst a 1aX0ro#nd V3ere) in all t3ree o#ntries)

    0o*ern%ents eleted Vit3 t3e s#((ort o5 indi0eno#s (o(#lations 3a*e taXen ste(s to

    ens3rine indi0eno#s ri03ts in t3eir res(eti*e le0al odes7

    In Per#) t3ese ri03ts 3a*e reentl[ 1een (assed into laV7 Soon a5ter 3is

    ina#0#ration as (resident in Y#l[ +,--) Ollanta =#%ala (assed a laV %aXin0 (rior

    ons#ltation a le0al o1li0ation7 Eleted on a le5tVin0 tiXet t3at s#((orted indi0eno#sri03ts) =#%ala Vas o1li0ed to enat a laV *etoed 1[ 3is (redeessor) Alan Gar8a

    PereF7 In +,,) Gar8a 3ad 5aed doVn (rotests in t3e nort3ern toVn o5 $a0#a as

    indi0eno#s 0ro#(s (rotested a0ainst (lans to 5ailitate 3[droar1ons ex(loration and

    ex(loitation in t3e A%aFon ;#n0le7 So%e t3irt[ (eo(le) inl#din0 (olie) Vere Xilled in

    t3e 5ra[7

    T3e 0o*ern%ents o5 $oli*ia) Per# and E#ador re5let as(ets o5 V3at 3as 1een

    alled t3e Z(inX Va*eZ in Latin A%eria) a re*ersion o5 t3e 5ree"V3eelin0 neo"li1eral

    (oliies in *o0#e #( #ntil t3e earl[ [ears o5 t3e neV %illenni#% _ al1eit to *ar[in0

    de0rees7 $oli*ia and E#ador 1elon0 to t3e $oli*arian Alternati*e 5or t3e A%erias

    9Al1a:) s(ear3eaded 1[ President =#0o C3!*eF o5 eneF#ela7 $ot3 o#ntries 3a*e(#rs#ed (oliies 3i03l[ ritial o5 t3e United States and its (oliies toVards Latin

    A%eria7 Bor 3is (art) Per#`s =#%ala a%e to (oVer 3a*in0 (re*io#sl[ esta1lis3ed and

    led a 3i03l[ nationalisti (art[ V3i3) in t3e eletions o5 +,--) %ade o%%on a#se

    Vit3 t3e (arties o5 t3e Per#*ian le5t7 Sine taXin0 o55ie) 3oVe*er) =#%ala 3as

    a1andoned %#3 o5 3is earlier le5tist r3etori7

    In Per# traditional (art[ elites 3ad 5ailed ons(i#o#sl[ to resol*e t3e o#ntr[`s

    3roni eono%i and (olitial (ro1le%s) and Vere lar0el[ sVe(t aside #nder t3e

    0o*ern%ents o5 Al1erto B#;i%ori 9-,"+,,,:7 $#t B#;i%ori`s de(art#re 5ro% t3e sene

    did not lead to t3e res#r0ene o5 (artisan or0anisation7 E*en t3e AlianFa Po(#lar

    Re*ol#ionaria A%eriana 9A(ra:) V3i3 dates 5ro% t3e -2,s and Vas one Per#`slar0est %ass (art[) re%ained 1#t a s3adoV o5 its 5or%er sel5 in t3e +,-- eletions it

    Von onl[ 5o#r seats in t3e -2,"seat #nia%eral le0islat#re7

    All t3ree (residents 3a*e 3ad so(e) t3ere5ore) to re5as3ion t3eir o#ntr[`s

    eletoral (olitis sine taXin0 (oVer7 In $oli*ia) des(ite so%e de5etions) t3e MAS 3as a

    lear %a;orit[ in 1ot3 3o#ses o5 t3e le0islat#re) noV XnoVn as t3e Z(l#rinational

    le0islati*e asse%1l[Z7 Wit3 onl[ a %odest (resene) t3e o((osition (arties are

    e55eti*el[ (oVerless to sto( le0islation7

    Ra5ael Correa`s (art[) AlianFa Pais 9AP:) 3as liXeVise en;o[ed a VorXin0 %a;orit[

    in E#ador`s national asse%1l[) alt3o#03 it 3as s#55ered so%e da%a0in0 de5etions in

    reent ti%es7 T3e sit#ation is di55erent in Per#) V3ere =#%ala`s Gana Per# 0ro#(in0 didnot Vin a %a;orit[ in t3e +,-- eletions) 1#t 3as sine entered into allianes Vit3

    C3

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    entrist and entre"ri03t 0ro#(in0s V3i3 3a*e 9at least so 5ar: a55orded 3i%

    (arlia%entar[ %a;orities7

    All t3ree (residents 3a*e %ana0ed to 5as3ion 0ood VorXin0 relations3i(s Vit3

    t3eir ar%ed 5ores) still an i%(ortant 5ator o5 (oVer in t3is (art o5 Latin A%eria7 Inea3 ase) t3e[ 3a*e #sed t3eir eletoral (roVess to (#s3 t3ro#03 3an0es at senior

    le*els to 0arner s#((ort in t3e 1arraXs7

    O(inion"(olls s#00est s#((ort 5or =#%ala 3as risen stron0l[ sine 3is eletion in

    +,-- ad%iration 5or 3is [o#n0 and attrati*e Vi5e) Nadine) V3o 3as dis(la[ed so%e

    ons#%%ate (olitial sXills sine 1eo%in0 t3e 5irst lad[) %aXes 3er a (olitial 5ator7 It

    is too soon to sa[ V3at Vill 3a((en V3en t3e (residents ter% ends in +,->7 =#%ala

    3as said 3e Vill not stand) and 3e laXs t3e (arlia%entar[ stren0t3 to 3an0e t3e

    onstit#tion to 1e a1le to do so 1#t t3ere are %an[ V3o ar0#e t3at 3e Vill seeX to

    (er(et#ate 3is (oVer 1[ s#((ortin0 t3e andida[ o5 3is Vi5e7 T3is Vo#ld 1e to e%#late

    t3e Ar0entine %odel) V3ere1[ Nstor bir3ner Vas re(laed as (resident 1[ 3is Vi5e)Cristina7T3e 5#t#re o5 %inin0 and extrati*e ind#stries %ore 0enerall[ in Per# 3as

    1eo%e a %a;or so#re o5 (olitial disord) o5 V3i3 t3e Con0as dis(#te is 1#t t3e

    latest o5 a series o5 1itter on5rontations7 T3e Con0as (ro;et in*ol*es t3e ex(ansion o5

    ati*ities 1[ \anao3a) Latin A%eria`s lar0est 0old (rod#er7 It is 5or%ed 1[ a

    onsorti#% o5 NeV%ont Minin0 9o5 t3e United States:) $#ena*ent#ra 9a lar0e Per#*ian

    %iner: and t3e International Binane Cor(oration 9IBC:) (art o5 t3e World $anX7 T3ere

    3as 1een a 3istor[ o5 on5lit 1etVeen \anao3a and loal o%%#nit[ 0ro#(s and

    5ar%ers stret3in0 1aX o*er %ost o5 t3e (ast deade7 T3e latter lai% t3eir li*eli3oods

    Vill 1e irretrie*a1le da%a0ed 1[ t3e (ro;et7

    En*iron%ental i%(ats 3a*e 1een a %a;or so#re o5 on5lit 1etVeen %inin0

    o%(anies and o%%#nities t3ro#03o#t t3e Per#*ian 3i03lands7 Se*eral i%(ortant

    (ro;ets 3a*e 1een 3alted oVin0 to loal (ress#re) inl#din0 \anao3a`s Cerro Q#ilis3

    s3e%e near Ca;a%ara it[7 Per# 3as seen an #n(reedented ex(ansion in %inin0

    and 3[droar1ons (ro;ets in reent [ears) attratin0 %ore in*est%ent t3an %ost ot3er

    Andean o#ntries7 O5ten t3ese in*est%ents taXe (lae in re%ote areas V3ere t3e state

    is *irt#all[ a1sent and V3ere no ot3er le0iti%ate entities are on 3and to %ediate

    dis(#tes7

    T3e (resident (re*io#sl[ sided Vit3 loal o%%#nities a0ainst extrati*e

    ind#stries7 $#t =#%ala 3as 5o#nd 3i%sel5 #nder 3#0e (ress#re 5ro% (ro"%inin0 lo11[

    0ro#(s and ot3er interested (arties to s3i5t 3is 0ro#nd7 Sine 3is eletion *itor[) 3e

    3as (#1liall[ aXnoVled0ed t3e need to ontin#e to s#((ort %inin0 in*est%ents 1#tar0#ed t3at t3e reso#res 0enerated t3ere1[ s3o#ld 1e #sed to i%(ro*e t3e li*in0

    onditions o5 t3e (oorest) inl#din0 t3ose li*in0 in t3e areas s#rro#ndin0 %inin0 a%(s7

    In Dee%1er +,--) 3e dis%issed %an[ o5 t3e %ore le5tVin0 *oies in 3is a1inet7

    =oVe*er) traditionall[) t3e Per#*ian state 3as (ro*ed #na1le to res(ond

    e55eti*el[ to s#3 soial needs) laXin0 t3e ad%inistrati*e %a3iner[ to a3ie*e its

    ends7 W3ile soial s(endin0 3as inreased in reent [ears) t3e onditions o5 (o*ert[ in

    Per#`s interior 3a*e not i%(ro*ed s#1stantiall[7 Considera1le do#1t t3#s re%ains as to

    V3et3er =#%ala Vill s#eed V3ere 3is (redeessors 5ailed7

    +ohn (rabtree. !he ne" #ndean politics: Bolivia. Peru Ecuador. openDemocrac, )>Narch )=2). 0nternet STTT.opendemocrac.net/&ohn@crabtree/neT@andean@politics@bolivia@peru@ecuadorU. *etrieved on 25/3/)=2C. +ohn (rabtree is a research associate at the'atin American (entre, It. AnthonRs (ollege, $xford Oniversit.

    G=

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    Vrite a summar, in our oTn Tords, in no more than )== Tords, of the previous excerpt adapted

    from +ohn (rabtreeRs )=2) openDemocrac paper !he ne" #ndean politics: Bolivia Peru

    Ecuador.

    1EDRO MEIRELLES REIS SOTERO DE MENEPES @':'

    Geru, #olivia and, most recentl, %cuador have faced protests b indigenouspopulations against policies and pro!ects, such as mining facilities, that ma endanger theircommunities or environments.

    All three countries, hoVever, have governments Vhich Vere elected Vith the support

    of indigenous groups and have sought to promote their rights. Ihese governments are partof an abandonment, in Matin America, of neo-liberal policies in favor of left-Ving ones.

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    o(en #( K, (erent o5 t3e A%aFon to oil and 0as ex(loration) t3o#03 %an[ o5 t3ese

    onessions 3a*en`t 1een 0i*en o#t [et7

    %oni +ohnson. Peru$s %ineral "ealth and "oes (ouncil on Loreign *elations,

    2=th Lebruar )=2=. 0nternet STTT.cfr.org/peru/perus@mineral@Tealth@Toes/p)2G=5WpGU. *etrieved on 23/3/)=2C.

    Veigh up the potential benefits and draTbacKs of eru opening up and developing its Ama"on region.

    @Len-#.= (&&;(& ords

    1EDRO MEIRELLES REIS SOTERO DE MENEPES @(&

    9ustainable development is one of the most popular, perhaps even overused

    catchphrases of current environmental, political and diplomatic !argon. 9ocial, economic andenvironmental balance, pursued Vith respect for the needs of future generationsD behind thisdeceivingl simple definition lie lie the complex, and often divisive, realities faced bdeveloping countries in their quest for social Vell-being. Geru exemplifies man of thedilemmas faced b such societies, especiall in relation to its large Ama1onian portion. Ihislargel untouched region stands in the crossfire betVeen indigenous, business,governmental and social interests, and the communit as a Vhole must ponder ver carefullits next steps, so as to not sacrifice or overindulge an of the groups involved.

    Zithin this intricate Vevb of interests, one of the most vocal contenders is the factionadvocating uncompromising economic use of the rainforest\s resources. %x-president Alan?arc$a, part of the ruling coalition and most Geruvian business leaders advocate immediateexploration of the region\s vast mineral Vealth. Ihe argument sustained is quitestraightforVardD in a countr riddled Vith povert and inequalit, to leave a potential source of!obs, investment, government revenue and overall prosperit untouched is an unaffordableluxur. Grinciples of equalit and Velfare are doVnright useless if there is no Vealth todistribute in the first place. Ihis is a clear and forceful argument, that holds no small amountof truth.

    Opponents of this vieV, hoVever, are no less articulate and Vell-reasoned. CnderGeruvian laV, indigenous peoples have rights protecting their traditional lands, rights Vhichcannot be set aside for the saTe of economic convenience. Io the indigenous point of vieV,environmentalists add the long-term interests of societ, Vhich Vill suffer if the ecologicalbalance in the countr is compromised. Another little-explored angle is the economic value ofthe forest itself, not as a logging camp but as a living, breathing source of biotechnologicalassets and touristic Vealth. Zhile the economic boost provided b simple extraction ofresources is non-reneVable and ma be overshadoVed b a future economic doVnturnresulting from environmental damage, research and development in medicine or nutrition, forexample, maTe for sustainable economic practices of higher aggeegate value than the saleof primar resources.

    Ihus, one must recogni1e the imperative ofeconomic groVth, but simultaneouslreali1e that Geru\s options in this pursuit are not limited to ransacTing its Ama1on region.

    @urthermore, short-term mining gains, if obtained in a limited, laVful and responsiblemanner, can be reconciled Vith long-term investments in education and the development of

    G)

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    cutting-edge biotechnological industries. 7 Siste%a 5inaneiro internaional7 Padr&o"o#ro7 Padr&odK7 A desaelera&o no resi%ento7 Re5or%as no siste%a 5isal e5inaneiro7 Pol8tias antiin5laion!rias7 Pol8tia salarial7 .7>7 O (er8odo do %ila0re eon%io9->"-K2: e o se0#ndo PND7 .7K7 Os anos oitenta7 Crise da d8*ida7 A interr#(&o do5inania%ento externo e as (ol8tias de a;#ste7 Aelera&o in5laion!ria e os (lanos deo%1ate ' in5la&o7 ?7 Eono%ia $rasileira7 ?7-7 Os anos no*enta7 A1ert#ra o%erial e

    GC

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    5inaneira7 A ind@stria) a in5la&o e o 1alano de (a0a%entos7 A esta1ilidade eon%ia7?7+7 A eono%ia 1rasileira na @lti%a dada7 A*anos e desa5ios7 ?727 Pensa%entoeon%io e desen*ol*i%entis%o no $rasil7 A *is&o de Celso B#rtado7

    1ro0 de %&':

    UEST2O '

    (onsidere o seguinte texto de aul Xrugman, divulgado em 2>/2=/)=2=.

    ZOs re(resentantes do 0o*erno a%eriano ost#%a*a% dar lies aos o#tros

    (a8ses a res(eito dos (ro1le%as eon%ios /#e estes en5renta*a%) diFendo"l3es /#e

    (reisa*a% e%#lar o %odelo dos Estados Unidos7 A rise 5inaneira asi!tia do 5i% da

    dada de ,) e% (arti#lar) le*o# os satis5eitos a%erianos a distri1#ir %#itas liesde %oral7 Assi%) e% +,,,) o ent&o seret!rio do Teso#ro dos EUA) LaVrene

    S#%%ers) delaro# /#e as 3a*es (ara se e*itar #%a rise 5inaneira era% Z1anos

    ade/#ada%ente a(italiFados e s#(er*isionados)

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    asi"ticos levaram 5 formao de bolhas financeiras e imobili"rias, que, ao estourarem,deixaram patente a fragilidade sobre a qual se assentava o crescimento daqueles pa$ses 5poca.

    O #rasil tambm sofreu por seguir diretivas do 4onsenso de Zashington.%m um regime de maior flexibili1ao da 4onta 4apital e @inanceira 74S@8, o sistema debandas cambiais que vigorou no governo @ernando Renrique 4ardoso at &''' foi sendodesgastado por recorrentes ataques especulativos que acabaram levando ao esgotamentode nossas reservas internacionais 7!" que o #anco 4entral era obrigado a us"-las paraintervir no mercado de c2mbio8, ao pedido de a!uda ao @3< e, finalmente, 5 adoo denosso trip de pol$tica econ0mica atual 7c2mbio flutuante, metas de inflao e meta desuper"vit prim"rio8.

    %ssas crises dos anos &''+ fi1eram aluir o mito dos mercados auto-regul"veis pregado por Zashington. O #rasil, como exposto acima, reviu sua pol$ticaecon0mica. A crise de *++E, por sua ve1, mostrou que as fragilidades do modelo do

    4onsenso de Zashington afetavam at mesmo os %stados Cnidos 7%CA8.

    %ssa realidade mostrou a necessidade de mudana do paradigma vigente.Gassou-se a pregar a urgncia de maior superviso governamental sobre os bancos e demaior controle sobre os capitais vol"teis. As crises tambm moldaram a percepo de queera necess"ria liderana compartilhada na governana econ0mica mundial. %ssa novapercepo derivou do fortalecimento dos pa$ses emergentes, que, a exemplo do #rasil,passaram a ostentar taxas de crescimento significativas, e o fi1eram ao abandonar os mitosdo 4onsenso. Iaxas de c2mbio flutuante, grandes volumes de reservas 7houve a decisopol$tica de acumul"-las8 e incentivo 5 demanda agregada com estabilidade fi1eram do #rasilum exemplo de crescimento.

    A emergncia econ0mica do #rasil e dos #6

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    Ocorre que os pa$ses em desenvolvimento, conforme ressaltado pelas delegaesbrasileiras no ?*+ financeiro e na O34, so os maiores afetados pela guerra cambial.%sses pa$ses de economia emergente esto mais expostos, porque, no raro, mantmtaxas de !uros elevadas, a fim de compensar eventuais inseguranas associadas a suas

    economias. %ssa situao atrai o excesso de liquide1 internacional, acarretando umavalori1ao da moeda nacional e o encarecimento de seus produtos. Alm disso, deve-seressaltar que a indBstria dos pa$ses em desenvolvimento costuma ser menos competitiva.>esse cen"rio, uma valori1ao da moeda nacional e uma desvalori1ao do c2mbio,entendido como o preo do dlar, resultam em uma perda ainda maior de competividade, aqual se refle no comrcio internacional em benef$cio dos pa$ses que praticamdesvalori1aes competitivas.

    A guerra cambial relaciona-se com o comrcio internacional por meio das taxas dec2mbio e do protecionismo resultante. Ao promover distores nos termos de troca,desvalori1ando algumas moedas e valori1ando outras, a guerra cambial desequilibra ocomrcio, porquanto os produtos dos pa$ses que praticam pol$tica monet"ria expansionista

    7desvalori1ando sua moeda8 tornam-se comparativamente mais baratos. 9imultaneamente,os pa$ses que recebem o excesso de liquide1 ou que no intervm no mercado cambialperdem competividade e vendem produtos comparativamente mais caros 7devido 5valori1ao de sua moeda8. %sse cen"rio indu1 ao aumento do protecionismo, contrariandoos ob!etivos da Organi1ao 3undial do 4omrcio, que visa 5 liberali1ao comercial e aodesenvolvimento equilibrado.

    O protecionismo, nesse aspecto, pode manifestar-se tanto por meio dadesvalori1ao competitiva, que torna incuas tarifas consolidadas por pa$ses emdesenvolvimento, quanto por intermdio da elevao tarif"ria, visando a minimi1arimportaes e a perda de competividade. >o cen"rio da guerra cambial, beneficiam-sepredominantemente pa$ses desenvolvidos, em detrimento das economias emergentes. Amaior competividade dos primeiros intensificada, ao passo que se redu1 a competividadedos Bltimos, sobretudo quanto a bens industriais, cu!a produo intensiva em capital ,tradicionalmente, mais competitiva em pa$ses desenvolvidos.

    A guerra cambial consiste em desvalori1aes competitivas das moedas nacionais,visando a estimular exportaes. >esse cen"rio, pa$ses em desenvolvimento e economiasemergentes encontram-se mais expostos, pois se caracteri1am por !uros elevados 7o queatrai liquide18 e por menor competividade industrial. A guerra cambial distorce os termos detrocas comerciais em desfavor dos emergentes, ra1o pela qual o #rasil defende um debatemultilateral aprofundado acerca dessa tema.

    G4

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    UEST2O:

    A tabela abaixo apresenta dados relativos populao brasileira entre os anos )===e)=2=e pro& e7espara os anos de)=2>a)=J=. (omo se v, a populao ainda continuar aumentando no [turo pr!ximo,mas a taxas de crescimento cada ve" menores. A parcela da populao de J= anos ou mais aumentar,en#uanto a parcela de & ovens diminuir. De acordo com o 0:M.4C2

    )==> 25>.2>=.5=J J5.53C.J5J 2J.CJ4.552

    )=2= 23>.G34.434 J4.2=J.C45 23.J=2.5>G

    )=2> )=G.G>=.JG3 JG.>G3.)3) )C.3G=.55>

    )=)= )2).=44.C4> J2.2>J.CC> )3.)3=.JJ)

    )=)> )25.CC=.=2G >4.C2C.)J2 C>.G)4.)53

    )=C= ))C.2)J.324 >C.32C.>32 G2.>G2.4JC

    )=C> ))J.GC5.32J >2.=)).J5= G4.>35.CJ4

    )=G= ))5.2>C.)=G G5.GJ=.J)) >G.)=G.53G

    )=G> ))5.22J.)43 GJ.=2J.2)C J2.2J2.32C

    )=>= ))J.CG4.J55 GC.JC=.GGG JJ.G>4.>4=

    )=>> ))).34>.>C) G2.)G).4>4 4=.G5>.G4>

    )=J= )25.24C.555 C5.324.5C4 4C.>>2.=2=

    0ntemet Sibge.gov.brU

    (onsiderando os dados apresentados, responda, de forma fundamentada, os #uestionamentosseguintes.

    a. $uve@se cada ve" mais fre#uentemente #ue 9o :rasil precisa se apressar paraaproveitar o bnus demogrfico9. $ #ue se #uer di"ercom issoB

    b. or #ue o aumento da produtividade do trabalho ser elemento fundamental para semitigar os efeitos econmicos deletrios dofm do bnus demogrficoB

    E*#enso mJ*im= (& "in.s@0"or= %& !on#os

    G5

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    ,L3IA CRISTINA DE LIMA ,ERREIRA MA$RINI@'F%&

    :e acordo com o

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    n$veis do produto. 4ontribui, ainda, para o equil$brio da situao fiscal do governo, cu!aarrecadao depende do ritmo de crescimento da economia.

    UEST2O(

    =

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    aquece a demanda agregada. Gor outro lado, o financiamento via emprstimos, ao elevar ataxa de !uros, pode resultar no efeito deslocamento 7croVding out8. >esse caso, a taxa de!uros mais elevada desincentiva o consumo e o investimento, visto que se torna maisrent"vel aplicar o dinheiro. Assim, a diminuio de consumo e investimento redu1 o efeito

    multiplicador inicial.

    %m uma situao distinta, caso o governo optasse por uma pol$tica monet"riaexpansionista em ve1 de pol$tica fiscal expansionista, no haveria aumento da taxa de !uros.Gelo contr"rio, a expanso da oferta monet"ria levaria 5 queda da taxa de !uros,estimulando o consumo e o investimento por parte dos agentes privados. O resultado queno haveria o efeito deslocamento, mas a taxa de inflao se tornaria mais elevada. :essamaneira, percebe-se que uma pol$tica monet"ria expansionista poderia ser mais efetiva parao crescimento do produto, mas poderia levar a um maior $ndice de preos.

    Gor fim, cabe ressaltar que a an"lise acima difere um pouco em regimes de c2mbiofixo, nos quais a pol$tica fiscal tem efic"cia plena. >esses regimes, uma pol$tica fiscal

    expansionista tambm leva ao aumento dos !uros, o que incentiva a entrada de capitalexterno. 4om isso, a autoridade monet"ria tem de comprar divisas e colocar moedanacional no mercado. %ssa expanso monet"ria, por sua ve1, gera uma reduo da taxa de!uros, anulando a elevao inicialmente causada pelos gastos do governo e redu1indo oefeito deslocamento.

    555

    >2

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    NOES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL 1VBLICO

    A (ro*a de Noes de Direito e Direito Internaional P@1lio onsistir! de 8u#ro/#estes dis#rsi*as) d#as das /#ais o% o *alor de 2, 9trinta: (ontos ada #%a e d#aso% o *alor de +, 9*inte: (ontos ada #%a7 As res(ostas 's /#estes o% o *alor de 2,9trinta: (ontos ter&o) ada #%a) a extens&o %!xi%a de >, lin3as as res(ostas 's /#esteso% o *alor de +, 9*inte: (ontos ter&o) ada #%a) a extens&o %!xi%a de ., lin3as7

    A 1ana exa%inadora le*ar! e% onta) so1ret#do) o (oder de ar0#%enta&o do9a:andidato9a:7 Assi%) e*ent#al ita&o de tal o# /#al a#tor de*e ser e*itada7 O interesse dosexa%inadores a*aliar o entendi%ento do9a: andidato9a: so1re o (ro1le%a 5or%#lado7Ele9a: de*e (a#tar s#a res(osta (ela o1;eti*idade) lareFa e (reis&o7

    1ro-rm @'W e :W ,ses

    NOES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL 1VBLICO 9Pri%eira e

    Tereira Bases: I ;No/9es de direi#o e ordenmen#o urdico )rsi"eiro - Nor%as;#r8dias7 Carater8stias 1!sias7 =ierar/#ia7 + Constit#i&o oneito) lassi5iaes)(ri%ado da Constit#i&o) ontrole de onstit#ionalidade das leis e dos atos nor%ati*os7 2Batos e atos ;#r8dios ele%entos) lassi5ia&o e *8ios do ato e do ne0 Proesso le0islati*o 1rasileiro7 K Prin8(ios) direitos e0arantias 5#nda%entais da Constit#i&o Bederal de - 9CB4:7 Noes de or0aniFa&odo Estado na CB4 o%(et6nias da Uni&o) dos Estados"%e%1ros e dos %#ni8(ios

    arater8stias do Distrito Bederal7 Ati*idade ad%inistrati*a do Estado 1rasileiro (rin8(iosonstit#ionais da ad%inistra&o (@1lia e dos ser*idores (@1lios) ontrole de le0alidadedos atos da Ad%inistra&o7 -, Res(onsa1ilidade i*il do Estado no direito 1rasileiro7 II ;Direi#o in#erncion" !Y)"ico7 - Car!ter ;#r8dio do direito internaional (@1lio 9DIP:5#nda%ento de *alidade da nor%a ;#r8dia internaional DIP e direito interno DIP e direitointernaional (ri*ado 9Lei de Introd#&o ao C

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    (ri*il0ios e i%#nidades or0aniFaes internaionais 9de5ini&o) ele%entos onstit#ti*os)lassi5ia&o) (ersonalidade ;#r8dia:) Or0aniFa&o das Naes Unidas 9ONU: Santa S eEstado da Cidade do atiano Indi*8d#o7 . Sol#&o (a85ia de ontro*rsias internaionais

    9arti0o 22 da Carta da ONU: %eios di(lo%!tios) (ol8tios e ;#risdiionais 9ar1itra0e% etri1#nais internaionais:7 ? Direito internaional dos direitos 3#%anos (rote&o 9%1itointernaional e re0ional: tri1#nais internaionais direito internaional 3#%anit!rio direito dore5#0iado7 > Direito da inte0ra&o noes 0erais MERCOSUL e Uni&o E#ro(eia 906nese)estr#t#ra instit#ional) sol#&o de ontro*rsias:7 K Direito do o%rio internaionalon3ei%entos ele%entares Or0aniFa&o M#ndial do Co%rio 906nese) estr#t#rainstit#ional) sol#&o de ontro*rsias:7 Coo(era&o ;#r8dia internaional e% %atria(enal7

    1ro0 de %&':

    UEST2O '

    (omente o trecho seguinte, adaptado da obra de Ierge Iur

    9Q certamente um vocabulrio &urdico nas rela7es internacionais, toda uma coleo de acordos ecompromissos, mas isso no seria apenas a aparncia dissimulada da realidade nua das rela7es defora e, para citar :ismarcK, o poder normativo dos fatos.9

    E*#enso mJ*im= >& "in.s@0"or= :& !on#os

    ALEXANDRE 1IANA LEMOS @:&:&

    Os estudiosos do :ireito

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    interestatais no 2mbito externo. >o :

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    mediante uso da fora. 4onquanto no acatada 5 poca pelo #rasil e por outros pa$ses, adoutrina :rago teria repercusses importantes. %la afimou, muito antes do surgimento daO>C, o princ$pio de que as controvrsias internacionais deveriam ser solucionadas pormeios pac$ficos. >o :C, o uso da fora !ustifica-seapenas em leg$tima defesa ou com a autori1ao do 4onselho de 9egurana das >aesCnidas 749>C8, em casos que envolvam a defesa da pa1 internacional.

    A doutrina Iobar, por sua ve1, refere-se ao instituto do reconhecimento de governos.%la foi elaborada por 4arlos Iobar no contexto dos recorrentes golpes de %stado queassolavam a Amrica Matina no in$cio do sculo ;;. A doutrina Iobar defende que ospa$ses devem negar reconhecimento a governos que tenham acedido ao poder por meiosil$citos, como os golpes militares. A doutrina Iobar , nesse sentido, importante contribuiodoutrin"ria para o fortalecimento do :o caberia a outros pa$ses aferir reconhecimento a governos estrangeiros/ o !u$1ode reconhecimento ou de no reconhecimento constituiria interferncia indevida nosassuntos internos de cada nao e atentaria, pois, contra a soberania dos %stados. O pa$sque repudiasse novo governo instaurado no poder deveria simplesmente romper relaesdiplom"ticas com este.

    A doutrina %strada foi importante por reforar, perante a ordem !ur$dica internacional,o princ$pio da soberania estatal. >o fundo, contudo, ela difere da doutrina Iobar, sobretudo,quanto 5 forma, !" que a manuteno ou o rompimento de relaes diplom"ticas implicam

    reconhecimento impl$cito da legitimidade de um governo.

    _ guisa de concluso, cabe ressaltar que as doutrinas :rago, Iobar e %stradaconstituem, cada qual a seu modo, contribuies legitimamente latino-americanas para oesclarecimento e a consolidao de institutos universais de :

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    %m uma ordem mundial cada ve1 mais interdependente, a cooperao !ur$dicainternacional em matria penal afigura-se essencial para coibir aes il$citas praticadaspelos indiv$duos. >esse contexto, importa indagar acerca da possibilidade de brasileiro serprocessado e !ulgado por crime praticado no exterior.

    Grimeiramente, deve-se destacar a competncia dos tribunais brasileiros para !ulgaro crime praticado no exterior. >o se especificou qual o crime cometido, nem se seu!ulgamento h" de ocorrer em tribunal estrangeiro, contudo, resta pac$fico que o #rasil tem!urisdio para !ulgar crimes cometidos por seus nacionais no exterior.

    %m que pese o !ulgamento ocorrer em tribunal estrangeiro, mister analisar tal caso5 lu1 das garantias fundamentais estabelecidas na 4onstituio @ederal. >esse sentido, a4@[EE veda a extradio de brasileiro nato e permite a extradio de brasileiro naturali1adoapenas em crimes comuns ocorridos antes da naturali1ao e em crimes de tr"fico il$cito deentorpecentes. >ovamente, o enunciado no deixa claro nem qual o crime praticado nem sese trata de brasileiro nato ou naturali1ado, o que dificulta posicionar-se de forma mais

    assertiva na an"lise do caso concreto.

    ota-se, nos dois casos, que o fato de o #rasil porventura abster-se de entregar o

    brasileiro para ser !ulgado por crime cometido no exterior de forma alguma configuraimpunidade. Ianto no caso de o #rasil, 5 lu1 da 4@[EE, vedar a extradio de brasileiro paraser !ulgado por tribunal estrangeiro, quanto optar por no entregar o brasileiro 5 !urisdiodo IGoprimeiro caso, a 4onstituio @ederal garante que brasileiros no podem ser extraditados,salvo os naturali1ados conforme hipteses supramencionadas. >o segundo caso, adistino entre brasileiro nato e naturali1ado irrelevante, mas a competncia do IG