A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página

19 de junho de 2002Ano XLI • Nº 13 email: jornal@avozdeportugal.com WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 2 de Abril de 2003

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Apontamento

“Olho por olho,dente por dente”

*A. Barqueiro

Mário Soares, antigo Presidente daRepública e actual deputado noParlamento Europeu, disse há diasque George W. Bush é um fanático,por ter precipitado a guerra contra oIraque, antes de extinguir todas aspossibilidades da via diplomática eobrigar Saddam Hussein a eliminar oarmamento de destruição maciça quepossuía - e certamente ainda possui -no território iraquiano.

O Presidente norte-americano querdesesperadamente marcar pontos noconceito internacional, depois dosataques terroristas que surgem devários lados e, com essa ideia fixa,sacrifica a vida de milhares decompatriotas.

A guerra que está em curso noMédio Oriente é disso um exemplo.Enquanto Bush pensava e dizia queseria uma campanha militar de curtaduração, vê-se agora confrontadocom a defesa feroz dos exércitos deSaddam, compostos por alienadosque juraram fidelidade ao ditador,dando indicações de que vai haverconflito por alguns meses.

Segundo um editorial do jornalamericano “Wall Street” da semanapassada, é mais difícil eliminar umregime, do que vencer umexército”. Esta voz discordante dosprocessos de Bush, traduz a realidadeda campanha no Iraque, enquantopõe em questão a intenção de obrigaro governo de Hussein a abandonar opoder.

Contavam os americanos com adeserção em massa dos militaresiraquianos, assim que as tropas dacoligação tivessem atingido posiçõesestratégicas no terreno e supremacianos ataques. Com grande surpresa detodos (não só dos americanos como

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Eleições ProvinciaisO Debate dos Chefes

Por Joviano Vaz

Esperado desde o início dacampanha, o denominado “Debate dosChefes” teve lugar, como previsto,Segunda-feira 31 de Março.

O debate em questão foi efectuadonos estúdios de televisão de Telé-

Québec e transmitido por todas ascadeias de televisão de língua francesa.

Ele durou exactamente 107 minutos.Começou às 20 horas e quatro

minutos e terminou às 21 horas e 47

Crónica de guerra

DesastrePor Joel Neto (enviado especial ao Qatar)

Podíamos dizer que esta guerra estáa correr mal para os Aliados. Não éverdade. Esta guerra está a correrdesastrosamente. A vitória daColigação não seria a tomada de

Bagdade, porque essa sempre estevegarantida. A vitória da Coligação seriauma guerra limpa e rápida, e estaguerra não está a ser nem uma coisa

Conselho das ComunidadesFrancisco Salvador eleito

Tendo sido inicialmente propostapara o Centro Comunitário de SantaCruz, a votação para o cargo dedelegado ao Conselho das Comu-nidades pela região de Otava-Hull-Montreal, teve lugar a pedido dosdirigentes da Associação Portuguesado Canadá na sede desta, sita na rua St-Urbain. Tudo certo, atitude simpática,mas infelizmente com um senão. Porlapso dos responsáveis da Associação,a braços com vários outras responsa-bilidades e até porque o erro é humanoe compreensível, não foram avisadosda actividade eleitoral, os membros daFilarmónica do D.E.S. de Laval, quehabitualmente fazem o seu ensaio

naquelas instalações. Frustrados pelaimpossibilidade de praticarem com osseus instrumentos, vários elementosjovens e jovens adultos, tiveramdurante algumas horas manifestaçõesdesagradáveis, provocadoras, fazendobarulhos e gritarias desnecessárias,num comportamento imbecil eprimário, numa triste demonstração deflagrante falta de educação e derespeito, que em nada dignifica aFilarmónica, onde há, sabemos econhecemos, gente delicada,

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Por Raúl Mesquita

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A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 2

jCourrier de deuxième classe;Numéro de contrat: 1001787

Dépôt legal à la Bibliothèque nationale du Québecet à la Bibliothèque nationale du Canada

DIRECTEUR: Armando Barqueiro;DIRECTEUR -ADJOINT: Carlos Jesus;ÉDITEUR: Valdalino Ferreira; REDACTEUREN CHEF Luís Tavares Bello;COLLABORATEURS – Au Québec: J osé deSousa, Pedro Mello e Castro, MariaAmélia Oliveira-Vaz, Helder Dias,Carlos De Sousa, Benjamim Silva,António Vallacorba, Joviano Vaz,Adelaide Vilela, Maria ConceiçãoCorreia, Vítor Gonçalves, José ManuelCosta, Natércia Rodrigues, e AmadeuMoura; En Ontario: Fernando CruzGomes, Manuel Alves Louro, FátimaToste (Toronto) et Augusto Cerqueira(Otava). Au Portugal: AugustoMachado, Joel Neto et Lagoas da Silva; COMPOSITION ET MONTAGE: ValdalinoFerreira et Raúl MesquitaPHOTOGRAPHES: Manuel Ribeiro ; SER-VICE À LA CLIENTÈLE: Silvina Ferreira;PUBLICITÉ: Eddy Silva, Carlos de Sousaet Silvina Ferreira; PUBLICITÉ ÀL’EXTÉRIEUR DU QUÉBEC: Lingua AdsService 9 Belmont, Toronto, OntarioM5R 1P9 Phone: (416) 922-5258;DELEGATION AU PORTUGAL: PortMundoPromoção Cultural e Publicidade Ldª,Calçada do Tojal, 38 - 5º, 1500 LISBOA(Portugal), Tel.: (21) 764-9992.

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O Debate dos ChefesCont da pág. 1

minutos.Os três grandes partidos em

liça nesta Campanha Eleitoralnele tomaram parte ou seja oPartido Quebequense (PQ), oPartido Liberal do Quebeque(PLQ) e a Acção Democráticado Quebeque (ADQ), repre-sentados respectivamente porBernard Landry, Jean Charest eMario Dumont.

E, imediatamente se per-gunta: Quem ganhou e quemperdeu?

Ora a verdade objectiva é queninguém ganhou e ninguémperdeu o debate.

Jean Charest teve umaexcelente actuação assim comoBernard Landry. Mario Du-mont mostrou-se um fraco

adversário como se esperava.Após o debate os eleitores nãoencontraram matéria que lhespermita uma escolha lúcida eprecisa. Serão necessários maisalguns dias para que essaescolha se precise.

Em resumo pode dizer-sedeste debate o seguinte arespeito de cada um dos chefes:

Bernard LandryPor vezes ele dava a impres-

são que estava ausente dodebate. Deu provas de um certonervosismo. Pareceu ser umprofessor da universidade a darum curso.

A sua posição sobre oQuebeque foi muito clara.Defendeu-se o melhor quepôde.

Mas, com este debate nada,no entanto, deve ter mudado naescolha dos seus eleitores.

Jean CharestFoi um homem calmo, vivo e

mostrou-se conhecedor dosassuntos de que falava. Activo epreciso como há já muito tempoo não tínhamos visto. Nada fezde espectacular mas nãocometeu erros. Fez um trabalhohonesto.

Foi extremamente eficaz nosseus ataques e análises.

Mario DumontFez um grande esforço de

comunicação mas nem semprefoi escutado.

Chegou ao debate já derro-tado e derrotado partiu. Deu a

impressão, uma vez mais deestar cansado. Apresentou umaboa introdução e foi bom naconclusão do debate. Poucospontos ganhará com estedebate.

Quem ganhou? Quem per-deu?

Bernard Landry como acimadissemos não ganhou nemperdeu. O mesmo se poderátambém dizer de Jean Charest.Mario Dumont está definitiva-mente afastado do poder comque chegou a sonhar.

A luta continua.Uma coisa é certa, a grande

vencedora do debate foi ademocracia quebequense.

dos observadores internacionais) os apoiantes de Saddam,beneficiários das benesses do regime e encarniçados defensoresdo seu líder, fazem frente aos possantes exércitos americano/inglêse lhes provocam reveses que não estavam previstos. Tudo indicaque vai ser uma guerra longa, desgastante e muito cara em vidas,tanto de militares como de civis.

O protesto generalizado que a intervenção no Iraque está a gerarem todo o mundo, cresce continuamente, inclusive nos própriosEstados Unidos. É uma pressão da opinião pública muito difícil deconter, porquanto a invasão de um país soberano, sem o mandatodas Nações Unidas, colide com o Direito Internacional e éverberada, não só pelos tradicionais opositores da políticaamericana, como de quem ama a paz e sente na pele asconsequências desta guerra precipitada e prematura.

É bom que não desviemos a atenção do causador principal desteconflito, o déspota Saddam Hussein. Mais do que ninguém nahistória das Nações Unidas, essa figura sinistra deixou semcumprimento as moções aprovadas no Conselho de Segurança, nosentido de se desfazer de armas biológicas e químicas do seu arsenalbélico. Convém igualmente repetir que tais armas foram por eleusadas contra o Irão e contra os Curdos do norte do Iraque,permanecendo o receio de que as venha de novo a utilizar, atémesmo no actual conflito. A comunidade internacional tem o dever,na sua própria defesa, de pôr na ordem aquele ditador semescrúpulos.

Contudo, a política de George Bush de “olho por olho, dentepor dente”, pondo em risco vidas humanas agravando a economiadoméstica da Comunidade Internacional, surge como medidaerrada para erradicar um dirigente que, não obstante o seu percursocriminoso e cruel, tem milhões a apoiá-lo e um povo que, parafatalidade sua, o contempla como um Deus e o defende com prejuízoda própria vida. Resultado do fanatismo que Saddam inculcou napopulação iraquiana, ao ponto de atingir a idolatria e retirar-lhe anoção do que é o bem e de que é o mal.

Uma coisa é certa: os protestos da população americana contraa guerra, demonstrados nas cidades dos Estados Unidos, são ocontraste absoluto do que se passa no Iraque, onde qualquer gestode discordância popular seria motivo de morte certa, num país quenão revela qualquer respeito pelos Direitos Humanos e onde épermitido continuar no poder quem tanto o oprime e violenta.Inclusivamente arrastando a nação para guerras sucessivas, quelhes causa sofrimentos e miséria, enquanto Saddam e os seusacólitos vivem em palácios sumptuosos, bem nutridos e indiferentesàs obrigações morais de qualquer cidadão decente.

O mundo poderia ser bastante melhor, se não houvessem empostos políticos chave, criminosos como Saddam Hussein eteimosos irresponsáveis como George W. Bush.

“Olho por olho, dente por dente”Cont da pág. 1

nem outra – e, por isso, aColigação já perdeu. LeeWilliams, 18 anos, soldado dadivisão britânica Desert Rat’sRoyal Scots Dragoon Guards,mostrou-me a árvore. “Estamosa remendar os nossos própriosuniformes, que já vieram com

respeitável e respeitosa. Ati-tudes meramente gratuitas,pois que todos quantos ali seencontravam para efectuar umtrabalho benévolo e cívico, emnada foram responsáveis dotriste lapso cometido. Fica oreparo escrito, dos muitooralmente entendidos.

A eleição quanto a eladecorreu no melhor dos am-bientes, com uma participaçãoaceitável. Não que o número deeleitores fosse representativodos milhares de portuguesesresidentes na região montrea-

rasgões, e de cada vez queprendemos um iraquianoroubamos-lhe as botas. Vamosaos despojos de batalha e, àsvezes, aos próprios campos deprisioneiros buscar botasiraquianas. As solas das nossasestão a derreter-se com o calor

do deserto”, contou quinta-feiraa um enviado especial noIraque. Um dia depois, DonaldRumsfeld mostrou-me afloresta. “O plano da inter-venção foi todo desenhado pelogeneral Tommy Franks. E nósapoiamo-lo incondicional-mente”, disse, por esta ou poroutras palavras, em conferênciade Imprensa no Pentágono. “Oplano da intervenção foi tododesenhado pelo general Tom-my Franks. E nós apoiamo-lo”,repetiu. Os votos de confiançasão como a esgana nos cães:costumam dar três dias antes demorrer. E está aberto o caminhoà identificação do primeiroculpado deste desastre: Franks.Quando lemos a evolução daspromessas do ComandoCentral da Coligação quanto àtomada de Bagdade – “Só mais72 horas”, “Só mais 40quilómetros”, “Só mais 15quilómetros”, “Só mais 10 dias”– percebemos que alguma coisaestá a correr mal. Quandovemos o presidente sírio dizerque o seu país será o próximoalvo americano, numa decla-ração a um jornal libanês feitaexactamente três dias antes deWashington acusar a Síria decolaboração com SaddamHussein, percebemos quealguma coisa está a corrermesmo mal. Quando vemosmilhões de pessoas nas ruas deTeerão a pedir que Saddamataque o Koweit e o Qatar – omesmo Saddam que matoumilhares de iranianos duranteuma guerra fratricida que durouquase toda a década de 80 –então percebemos que algumacoisa está a correr mesmo muitomal. Quanto vemos a CNNcomeçar a usar palavras como‘brutalidade’ para caracterizaros raides aéreos em Bagdade,quando vemos a BBC e a NBC enovamente a CNN a exibirrepetidamente as mesmasimagens de civis iraquianosmortos ou feridos (incluindobebés) – nessa altura perce-bemos que toda esta guerra estáa correr de facto desas-trosamente.

DesastreCont da pág. 1

lense porém, conhecendo odesinteresse da nossa gentepelos assuntos políticos ouligados ao Estado, o total dosvotantes ultrapassou os pri-meiros cálculos que havíamosfeito.

Sem mencionarmos algumasanomalias do processo eleitoralque outros se propõem fazer,salientamos como curiosidade,o facto de alguns eleitoresdesconhecerem o porquê e porquem votavam. Apetece per-guntar o que foram lá fazer...

Finalmente, depois de apu-rados os votos e adicionados osresultados obtidos em Otava-Hull, saiu vencedor o senhorFrancisco Salvador, novodelegado das ComunidadesPortuguesas por esta região,com o total de 223 a seu favor,contra 190 da lista adversa.

Ao felicitarmos este nossoamigo, saudamos todos osconcorrentes e desejamos aovencedor os melhores êxitos nocumprimento do seu novocargo.

Francisco Salvador eleitoCont da pág. 1

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 3

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1,3 milhões narecuperação dos Capelinhos

O Governo Regional dosAçores propõe-se investir nospróximos anos cerca de 1,3milhões de euros na recupe-ração do Farol dos Capelinhos,na ilha do Faial.

O anúncio foi feita esta

manhã, na cidade da Horta, pelosecretário regional do Am-biente, numa conferência deimprensa destinada à apresen-tação, não só daquele projecto,mas também do programa dascomemorações do centenáriodo Farol dos Capelinhos,inaugurado a 1 de Agosto de1903.

Segundo Hélder Silva, asobras de “refuncionalização”das ruínas daquele Farol,abandonado na sequência doVulcão dos Capelinhos, em1957, deverão arrancar já esteverão.

No Farol vai ser instalado um“centro interpretativo”, que terápor objectivo ajudar osvisitantes a fazerem umpercurso histórico do que foitoda aquela zona antes, durante,

e depois da erupção vulcânica.O secretário regional do

Ambiente lembrou, todavia, quea ideia não passa pelarecuperação do Farol tal comoera antes do Vulcão, mas simpor “refuncionalizar” as suasruínas, instalar em zonassoterradas um “centro inter-pretativo”, contrariar a expan-são de vegetação exótica edemolir um pequeno troço deestrada existente no local.

Entretanto, de Abril aDezembro deste ano, váriasiniciativas vão assinalar apassagem do 1º centenário doFarol dos Capelinhos, integra-das num vasto programapromovido pela Comissão paraa Requalificação daquela antigainfra-estrutura de sinalização.

Constituem a comissão,representantes das direcçõesregionais do Ambiente, daCultura e do Turismo, daCâmara Municipal da Horta, doServiço Florestal do Faial, doObservatório Vulcanológico eGeológico dos Açores, daAssociação de Amigos do Faroldos Capelinhos e da Junta deFreguesia do Capelo.

Exposições, edição de doislivros, espectáculos, ciclo decinema, lançamento de umamedalha e de carimbo comemo-rativos, concertos de filarmóni-cas, tunas e grupos folclóricos,regata de botes baleeiros eapresentação pública doprojecto de requalificação doFarol são algumas das inicia-tivas programadas.

Encontro Regional de EducaçãoAmbiental em São Jorge

A Direcção Regional doAmbiente vai organizar de 15 a17 de Maio próximo, na ilha deS. Jorge, o VI Encontro Regionalde Educação Ambiental, que

terá como lema “Conservaçãoda Natureza, garantia deFuturo”.

Este encontro, que se segue acinco outros realizados no Pico,Faial, S. Miguel, Terceira eSanta Maria, terá dois painéissubordinados aos temas “Con-servação da Natureza e ÁreasClassificadas dos Açores” e“Conservação da Natureza eCidadania - apresentação deprojectos”.

Assim, na manhã do dia 15falar-se-á sobre as Áreas Clas-sificadas dos Açores, nomeada-mente as terrestres e marinhas,e no dia 17, também de manhã,serão apresentados projectosde Educação Ambientaldesenvolvidos por Organiza-ções Não-Governamentais eEscolas dos Açores e docontinente.

Este VI Encontro Regional deEducação Ambiental tem,ainda, agendada a realização de

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duas conferências, uma dasquais a cargo de Puri Canals, deEspanha, membro da Comissãode Educação e Comunicação daUnião Mundial para a Naturezae presidente da Liga para aDefesa do Património Natural.Merece, também, destaque arealização, na tarde do dia 15, devários circuitos de interpretaçãoambiental, que irão decorrer naSerra dos Rosais, Fajã dosCubres e Fajã de S. João.

Os interessados em partici-par neste Encontro poderão

fazer a sua inscrição via fax(através do número 295 206311), telefone (através donúmero 295 206 310) ou porcorreio electrónico (através doendereço: pro.ambiente@dra.raa.pt].

Igreja de Água d’Alto renovadaA Câmara Municipal de Vila

Franca do Campo assinou umprotocolo com a Igreja Paro-

quial de Água d’Alto, destinadoa apoiar a realização de obras debeneficiação e reparaçãodaquele templo.

O Protocolo estabelece aatribuição em duas tranches de

um subsídio, no valor total de49.879 euros, decidido pelaedilidade ao abrigo de legis-lação aplicável, que prevê aconcessão de apoios a inicia-tivas ou acções de interessepúblico, considerando que aIgreja Paroquial de Água d’Altoé parte importante do patrimó-nio histórico arquitectónico doConcelho.

Após a assinatura do proto-colo entre a Câmara e a Igreja,que decorreu na presença daPresidente e do Secretário daJunta de Freguesia de Águad’Alto, o Presidente RuiCarvalho e Melo fez a entregado cheque, no valor de 50% dosubsídio, ao Padre José Borges.

«Jogo da Cidadania»Jovens açorianos debatemimigração em Portugal

Quarenta e cinco jovensaçorianos vão participar, nospróximos dias 4 e 5 de Abril, naAssembleia Legislativa Regio-nal dos Açores, na cidade daHorta, na V edição do «Hemi-ciclo: Jogo da Cidadania». Destavez, o tema é em destaque é«Imigração em Portugal -Medidas prioritária».

Segundo a organização, oobjectivo desta iniciativa é«despertar nos jovens o gostopelo debate por temas da socie-dade e pela participação cívica».A gestão do programa daresponsabilidade da DirecçãoRegional da Juventude, Em-prego e Formação Profissional.

Foram convidadas a partici-par todas as escolas secun-dárias e profissionais dosAçores, tendo concorrido noveescolas, nomeadamente aBásica 2/3 e Secundária de Vilado Porto, Secundária da Lagoa,Secundária Antero de Quental,Básica Integrada das Velas deSão Jorge, Profissional dasVelas de São Jorge, Básica 2/3e Secundária das Lajes do Pico,Básica 2/3 e Secundária de São

Roque do Pico, SecundáriaManuel de Arriaga e Profissio-nal da Horta.

Nas sessões a realizar nacidade da Horta, os «jovensdeputados» irão decidir quemserá o representando da RegiãoAutónoma dos Açores na ses-são nacional, que decorrerá, emLisboa, no dia 30 de Abril, eescolherão o tema a apresentarnaquela sessão. A avaliação dosargumentos expostos e odesempenho de cada um dosjovens participantes será feitapor um júri composto por umrepresentante do GovernoRegional, um sociólogo e umajornalista.

Este ano, e pela primeira vez,a Escola vencedora da sessãoregional, para além de repre-sentar os Açores no jogo ao nível

nacional, será premiada comuma viagem ao ParlamentoEuropeu, para 32 alunos. Asessão será encerrada pelodirector regional da Juventude,

Emprego e Formação Profissio-nal, Rui Bettencourt, queanunciará a Escola vencedora eo tema escolhido para apresen-tação no concurso nacional.

MadeiraPJ deteve dois alegados traficantes

A Polícia Judiciária da Madeira deteve dois homens, com idadesentre os 25 e os 30 anos, alegadamente responsáveis pelaintrodução, por via marítima, de cerca de 82 mil doses de haxixe,informou a PJ.

Segundo o comunicado emitido no Funchal, estas detençõesaconteceram no âmbito da denominada “operação maré viva” queresultou ainda na apreensão de 81.750 doses de haxixe, umautomóvel ligeiro, três mil euros em numerário, uma nota de 200euros falsa, cinco telemóveis e diverso material em ouro.

Os homens foram presentes ao juiz do Tribunal Judicial daComarca do Funchal que determinou que aguardassem as fasesulteriores do processo em regime de prisão preventiva.

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Alain Côté O.D.Optometrista

Exames da vista - Óculos - Lentes de contacto

Ao Correr da PenaEleições Provinciais- A Semana dos Chefes

Desde o início da CampanhaEleitoral no Quebeque tenhoprocurado comentar todas assemanas as promessas de cadaum dos três grandes partidosque a esta eleição seapresentam.

Hoje terei, por questão detempo e de espaço, de limitar-me ao essencial, ou seja àsúltimas sondagens e a certasinformações relacionadas coma “Semana dos Chefes”.

Chamo a atenção dos leitores para um outro artigo que nestemesmo número publico relacionado com o denominado “Debatedos Chefes”. Nele se poderá encontrar matéria de reflexão.

Comecemos pelas sondagens da última semana. Refiro-meàquela que foi patrocinada pelo “Jornal de Montreal” e pelo“Gazette” e publicada no passado Domingo 30 do corrente.

Eis o que nos diz a sondagem em questão:1º - Partido Quebequense 41%2º - Partido Liberal do Quebeque 40%3º - Aliança Democrática do Quebeque 19%Desta sondagem se conclui que o PQ tem um ligeiro avanço, que

o PLQ conserva o segundo lugar e que a ADQ subiu um pouco massem resultados espectaculares.

Se a tendência se mantiver o que não é muito lógico teríamos nofim de contas um governo PQ minoritário.

Quanto ao debate dos chefes, repito, noutro lugar desta ediçãoa ele faço referência.

A semana dos Chefes

Por Joviano Vaz

Vejamos agora como se processou a semana dos três chefes, ouseja, Bernard Landry, Jean Charest e Mario Dumont

Bernard Landry (Chefe do Partido Quebequense)Teve uma boa semana. Não teve problemas de maior. É o

vencedor absoluto da primeira metade da campanha.A sua semana foi um autentico festival de promessas numa

campanha que ele está a ganhar depressa de mais.Não se sente à vontade quando fala de soberania. O aparecimento

na campanha do antigo Primeiro-ministro Jacques Parizeau parecetorná-lo nervoso.

A guerra no Iraque tem prejudicado a actual campanha. BernardLandry, no entanto, tem sabido adaptar-se às circunstancias.

Segundo as sondagens, Bernard Landry é considerado como umchefe de empresa. O facto é positivo pois dá uma certa segurançaà população do Quebeque.

Jean Charest (Chefe do Partido Liberal do Quebeque)Continua a fazer uma boa campanha. Não teve problemas de

maior. A sua correcção é autentica e positiva. Pode dizer-se mesmoque esta semana foi uma de transição mas em progressão absoluta.

Ele conseguiu consolidar a sua posição de aspirante número um.Passou a ser o alvo dos pequistas e dos adequistas.

A mensagem de agradecimento da esposa de Jacques Parizeau,Lisette Parizeau respeitante à sua posição sobre a indemnização dosacidentados da estrada é um ponto positivo de grande importânciana sua campanha.

Ganhou pontos com a saúde, que é para todos um motivo degrande preocupação.

É vítima do que se passa no Iraque. O que ele diz é prejudicadopelo conflito no Médio Oriente.

Mas ele sente-se reconfortado pelas sondagens que dizem queas prioridades por ele identificadas (a saúde e a educação) sãotambém as dos leitores.

Tem conseguido “roubar” votos ao eleitorado da ADQ.Mario Dumont (Chefe da AliançaDemocrática do Quebeque)A campanha de Mario Dumont está a correr cada vez pior. As suas

promessas são improvisadas. Por exemplo, afirmar que ele não faráreferendo num próximo mandato é como se um vegetarianoanunciasse que não vai comer carne.

No “dossier” “Acção Comunitária” não conseguiu estabelecer osnúmeros relativos a essa acção.

A sua maneira de vestir modificou-se para melhor. A suadeclaração sobre a questão constitucional não foi feliz.

Os outros dois chefes têm-se abstido de o criticar. Mas ossindicatos e os funcionários não param de o baixarem aos olhos dosseus membros. Mas, a sua campanha é honesta.

Infelizmente ele está cada vez mais longe dos eleitores.Parece cansado mas a sua juventude deve permitir-lhe terminar

a campanha de boa maneira.A sua má publicidade foi corrigida, mas ela dá origem a muito mal

entendido. Não tem feito apelo à inteligência dos eleitores.Por aqui me fico hoje.Espero voltar na próxima semana para mais uma análise da

campanha eleitoral em curso.

Centre des femmes de MontréalO Centre des femmes de Montréal propõe-vos para a Primavera

uma gama de cursos a baixos preços, para melhor vos apetrechare aumentar as vossas possibilidades de emprego.

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Para mais informações e inscrições telefonar para: (514)842-4780

Comissão Coordenadora“Celebraçõescomunidade portuguesa”

Lembramos à comunidade os dois eventos que terão lugardurante o mês de Maio:

Gala de Homenagem à Comunidade PortuguesaSábado dia 3 de Maio de 2003 pelas 18:00 horas no Marché

Bonsecours (sala de baile), 350 este, rua St-Paul Montreal.“Cocktail” às 18:00 horas. Jantar e animação das 19horas às

23horas. Baile às 23 horas. Preço:150$ por pessoa.Para adquirir bilhetes: Discoteca Portuguesa no 4276 Boul. Saint–

Laurent ou contactar o número 514 697-7063. Prémios de PresençaCerimónia de Homenagem aos Pioneirosda Comunidade Portuguesa

Cerimónia presidida pelo Cardeal Turcotte. Encontro de toda acomunidade para celebrar os nossos pioneiros. Segunda Feira, dia12 de Maio de 2003 às 19:00 horas na Catedral Marie-Reine-du-Monde, 1085 rue Cathédrale Montreal.

Carrefour LusophoneO Carrefour des jeunes lusophones du Québec efectuará o

lançamento do projecto “Explora o teu potencial” no próximoDomingo, dia 6 de Abril, na sede da Associação Portuguesa doCanadá, às 15 horas.

Este novo projecto do Carrefour Lusophone irá actuar ao pé dosjovens da comunidade, oferecendo um serviço de informação sobreo sistema escolar, sobre as diferentes profissões e poderáigualmente ajudar os jovens a encontrar os seus centros deinteresses.

Com a apresentação do projecto “Explora o teu potencial”, haverátambém prestações de jovens artistas de expressão portuguesa eseguirá um Porto de Honra.

Venha apoiar os jovens e o futuro da comunidade em grandenúmero.

Para mais informações: (514) 802-8556.

Restaurante SolmarA direcção do Restaurante Solmar, anuncia que o programa

Luso Montreal, apresentará o 66º programa da TV realizado, como seu director e vários artistas e profissionais que têm passado pelorestaurante. Essa transmissão terá lugar hoje pelas 21 horas nocanal 14 (cabo) ou 62 na antena normal.. O mesmo programa serárepetido nos horários habituais da estacão.

Ass. Saudades da Terra QuebequenteFesta do Chicharro

A Associação Saudades da Terra Quebequente e a Associação dosPais de Montreal organizam no sábado, dia 12 de Abril, pelas 19h,a Festa do Chicharro e Matança do Porco açoriana.

Esta festa terá lugar no salão de festas da Igreja St-Enfant Jesus,5037 St-Dominique e a animação está a cargo do conjunto Reflex.

Entrada: adultos, 20 açores; crianças dos 6 aos 12 anos, 10 açores.Para adquirir os seus bilhetes contactar Associação Saudades daTerra Quebequente pelo 323-8103 ou a Associação dos Pais 495-3284.

Clube Portugal de Montreal38º aniversário

O Clube Portugal de Montreal leva a efeito no sábado, dia 5 deAbril, pelas 19h30, um jantar de comemoração do 38º aniversáriode fundação. Noite será animada pelo conjunto Reflex.

Entrada: sócios, 15 clubes; n/sócios, 20 clubes. Crianças do 6aos 12 anos: 9 clubes.

Para reservas: 844-1406.

Fundação das doenças do coraçãoO coração na música

No sábado, dia 26 de Abril, a partir das 19h00, terá lugar no CentroComunitário de Nossa Senhora da Fátima em Laval, 1815 ruaFavreau em Chomedey, Laval, um espectáculo cujos fundosreverterão a favor desta fundação.

Este espectáculo conta com a participação de Joe & Duarte D.J.Xmen e K.S.V., Melissa Zaccardelli, Kelsy, e como convidadoespecial “Random Tendencies” e danças da Escola Católica deLaval.

Entrada: adultos, 10 corações; crianças dos 6 aos 12 anos, 5corações. Café e doces incluídos.

Para compra de bilhetes ou mais informações: Elsie (450)669-4133 ou José (450)688-8461.

Associação Império das Crianças de BlainvilleJantar dançante

A Associação do Império das Crianças de Blainville organiza nosábado, dia 12 de Abril de 2003, pelas 18h00, um jantar-buffet nosalão paroquial da Igreja Saint-Redempteur, 421 boul. Labelle,Blainville.

Noite abrilhantada pelo D.J. Jeffrey.Entrada: adultos, 15 festas; crianças dos 5 aos 12 anos, 7 festas.

Lugares limitados.Para reservas contactar: Norberto Melo 433-6977; Gilda Oliveira

435-1793; Jean Barreiro 435-9820; Mário Jorge Andrade 434-3757.Se desejar podemos levar os bilhetes a sua casa.

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 5

Opinião

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ABERTO AOS SÁBADOS

Uma Vida Com SentidoPor Manuel Rodrigues

Viver plenamente passa porfazer os outros felizes e ser felizcom eles. Por tirar partidodaquilo que a vida nos oferece eaproveitar todas asoportunidades que nos dá, paracrescer em sabedoria econsciência. Mesmo nosofrimento é possível encontraralguns momentos de paz ecrescimento interior.

Embora ninguém deseje osofrimento pelo sofrimento,

nem essa seja uma atitude construtiva, em tempos mais adversosé sempre possível encontrar qualquer coisa positiva. Seja aproximidade da família e amigos em situações de doença, seja umalição de vida em circunstâncias que nós próprios criámos eacabaram por se revelar perversas, seja através do sofrimentodaqueles que nos são mais queridos ou na nossa mágoa poracontecimentos que nos ultrapassam e não podemos modificar,existe sempre um momento em que podemos optar por aceitaraquilo que aparentemente não faz sentido. E é justamente nomomento em que aceitamos e deixamos de nos desperdiçar a tentarentender o que jamais poderemos entender que é possível sentiralguma tranquilidade interior. Este é o principio da pacificação.

O desejo de viver uma vida com sentido não é uma ideiacontemporânea mas sim uma inquietação que vem dos primeirosfilósofos da Antiguidade. Na verdade, muitos pensadores célebrese anónimos deram um grande contributo a esta inflexão existenciale a convicção que prevalece hoje é a de que uma vida realizada, nosentido mais filosófico do termo, não se pode reduzir a uma vida desucesso social. Muito pelo contrário. Assim sendo um dos grandesdesafios passa por interiorizar a verdade de que “ter ou não ter” jánão é a questão. O essencial passa definitivamente pelo ser.

Viver em HarmoniaEmbora não possamos falar de novos valores ou de uma mudança

radical, conseguimos reconhecer alguns sinais de mudança que nosindicam que qualquer coisa está a mudar. Uma sondagem feita emFrança, encomendada pela revista Psychologies, revelou que a maiorparte dos franceses atribui muito mais valor à vida familiar, aoequilíbrio interior e à sua vida afectiva do que aos bens materiaisou estatuto social.

Dissecada por psicólogos, filósofos e outros especialistas na áreado comportamento, esta sondagem lançou um debate muitofecundo e eloquente. Acima de tudo mostrou que alguma coisamudou nas últimas duas décadas e aquilo que fazia correr osfranceses (e não só) nos anos oitenta deixou de fazer sentido.

O verdadeiro sucesso, diz a maioria das pessoas interrogadas,deixou de ser uma carreira brilhante, uma posição importante nasociedade, uma casa extraordinária e um carro topo de gama.

O que lhe importa agora é a vida familiar, a qualidade dos amigose uma relação de amor estimulante e gratificante. É ter tempo parainvestir na proximidade com os que nos são mais queridos.

Em pouco tempo as ambições e os motivos de realização pessoaldeixaram de ser exteriores e foram compensados por umreinvestimento interior. O equilíbrio, a serenidade e a harmoniapassaram a ser os melhores indicadores de uma vida conseguida,ou, usando a expressão feliz dos franceses, uma vida “réussie”.

O Fim do Materialismo?Parece uma utopia dizer que estamos a chegar ao fim de uma era

de materialismo, mas só a possibilidade de imaginar que sim trazum enorme alento.

Ajuda a acreditar que vale a pena ter critérios individuais eestabelecer prioridades que nos permitam crescer num equilíbriomenos precário.

Voltando aos filósofos da Antiguidade, a definição mais comumque faziam de uma vida com sentido consistia em tirar partidodaquilo que existe em nós, na natureza e em todos que estavam maispróximos e valorizar todas as oportunidades de crescimento. Aosantigos juntam-se os filósofos e sábios modernos, que nos dizemagora que precisamos de aprender a viver em harmonia com anatureza mas, também, com a ordem espiritual da humanidade.Especialmente no que toca ao respeito, à tolerância e aceitação dosoutros. Sempre na convicção mais que profunda de que jamaispoderemos impor nada a ninguém.

Por palavras ainda mais simples, a tomada de consciência dapluralidade e a aceitação da diferença representam, porventura, amais elevada forma de sabedoria contemporânea.

Diário do horrorPor Augusto Machado

Nem nestas pacatas aldeiasde Portugal as pessoas sãopoupadas dos horrores daguerra. Andam perplexas,entorpecidas. Algumas recu-sam mesmo acender atelevisão. Neste mundo decomunicação instantânea, sãobombardeadas 24 horas por diacom notícias e imagens dasmais horríveis cenas que ohomem é capaz de cometer.Vêem-se cadáveres por todo olado, outros mutilados, crianças

gritam pelos pais que perderam, soldados da Coligação executadossão exibidos na praça pública – a turba de Saddam aplaude... E opútrido opressor ordena ao país que “corte a garganta ao inimigo”.

As pessoas confrontam-se com argumentos confusos. Nãocompreendem a razão desta guerra. Talvez porque esta guerra temsido um mar de deturpações, mentiras e omissões. E também oserros imperdoáveis cometidos pela administração Bush quesubestimou a poderosa máquina de guerra de Saddam. Se há coisaque nos tem irritado na questão do Iraque é, ou foi, o excesso deconfiança dos americanos – comportamento excêntrico o qual omundo já se habituou. Resultado: a guerra diplomática foi umfracasso, a guerra mediática está perdida e ainda a procissão vai noadro, só falta a guerra no teatro de operações se complicar para odesastre ser total.

“When the facts change, we change our minds”. Afinal, alguém nãodisse toda a verdade ao mundo antes desta guerra começar. Nãoé de admirar, portanto, que cada vez haja mais gente contra a guerra.Sabemos que o actual debate sobre o conflito militar no Iraque estácompletamente viciado por estratégias políticas internas e marcadopor argumentos que na maioria das vezes não são justificados. É aguerra psicológica das palavras e das imagens. Assim comotambém é do conhecimento geral que a grande ambição do Iraqueé conquistar a supremacia no mundo árabe. Não é por acaso que,à excepção da Síria e a neutralidade do Irão, os vizinhos do Iraquetêm estado ao lado da coligação anglo-americana na actual guerra,porque simplesmente temem e detestam o agressor que é SaddamHussein.

Também é verdade que, durante a guerra entre o Iraque e o Irão,Washington, tal como Moscovo, forneceram armamento militar aoregime de Saddam. Agora tentam derrotar o monstro que criaram.Todavia, o grande fornecedor de armas ao Iraque foi Moscovo, que,aliás, tinha um tratado de amizade e cooperação com Bagdadedurante a Guerra Fria. Basta consultar “The Military Balance”,publicado pelo credível International Institute for Strategic Studies,para perceber. Quanto aos agentes químicos e biológicos, foramfornecidos principalmente por empresas (não por governos) deParis, Berlim e Moscovo.

Há quem diga que democratizar o Iraque é impossível. Porquea liberdade para certas pessoas não é uma prioridade nem um valorabsoluto. E além disso, a democracia e a liberdade não devem ser“impostas”. A democracia, como os ocidentais a conhecem ecaracterizam, não é uma dádiva de Deus – mas um exercício devontade. Uma vontade normalmente manifestada com a ajuda da

Terroristas e... terrorismosPor Fernando Cruz Gomes

Quando, em 15 de Março de1961 - há que tempos isso lá vai!- deparámos com toda atragédia do norte de Angola,aprendemos, então, umapalavra nova: terroristas. Eramterroristas os que faziam tudoaquilo. Os que matavamindiscriminadamente. Os queviolavam. Os que abriammeninas desde as partesbaixas até à boca. Nós vimostudo isso. Ninguém nos

contou. Não lemos em livros. Vimos. Os poderes instituídos de então chamavam àqueles homens

que iniciavam a tal “luta” terroristas. O terrorismo começava,então, para nós, a ser algo hediondo. Avassaladoramentehediondo. Os poderes instituídos de então responderam aoterrorismo... com uma luta sem tréguas nem barreiras. A que sechamou, também, terrorismo.

Aos poucos, porém, vimos outras formas de terrorismo.Aprendemos à força... a entender outros terrorismos. E a isso nemescapou uma “reciclagem” que fizemos à imagem que tínhamosacerca da primeira bomba atómica - a arma-”mãe” de todas asarmas de destruição maciça - que fizeram deflagrar por sobreHiroshima e Nagasaky.

O terrorismo continuou a ser algo de hediondo.Avassaladoramente hediondo. Mas... ganhou contornosdiferentes. E teve “faces” também diferentes. Até porque osterroristas de então - 15 de Março de 1961 e outras datas que selhe seguiram - são hoje os “senhores todo poderosos” daquelePaís que (ainda) amamos. Sentam-se em cadeiras de deputados.Sobraçam pastas ministeriais. Atiraram-se para as escadas doPoder máximo.

A “reciclagem” que fizemos ao conceito de terrorismocontinuou. E mesmo hoje, que há outros ismos cada vez maispoderosos... ainda nos interrogamos sobre o que é ser terrorista.

Há dias, a Imprensa atirou-nos para a mente com uma frase quenão deixa de nos matraquear o pensamento. O senador norte-americano Robert Byrd escreveu: “Hoje choro pelo meu país.Depois da guerra temos de reconstruir mais do que o Iraque.Temos de reconstruir a imagem da América um pouco por todoo mundo”.

Reconstruir a imagem da América? - O que temos, de facto, éde reconstruir a palavra e o conceito de terrorista. Se o fizermosa tempo... ainda somos capazes de evitar que um pensadorespanhol de que nos não lembramos o nome tenha razão quandodiz não saber ao certo como iria ser a terceira guerra mundial.Sabia, isso sim, como seria a quarta guerra mundial. E essa, nasua óptica, seria... a paus e pedras, porque a terceira acabaria comtudo.

O conceito de terrorista. O conceito de pundonor. O conceitode “ser” homem justo. Talvez evitasse até - e nós sabemos que écapaz de não ter nada a ver com o que deixamos escrito... - que,há dias, logo após a cimeira das Lajes, na página oficial da CasaBranca, Aznar aparecesse como presidente da Espanha, que é(ainda) uma Monarquia. E que Durão Barroso aparecesse como...Durão Burroso! Está lá escrito!Ver pág. 1o

NATHALIE ROCHEFORTCandidata Liberal de Mercier

Luc Parent, agente oficial

www.NathalieRochefort.com

Porque somos diferentes!

dannath@attcanada.net

(514) 270-NATH (6284)Local da campanha

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“Comprometo-me :— Defender as vossas opiniões e os vossos interesses” —

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 6

Comunidade

Fases da vidaPor Natércia Rodrigues

Nos nossos tempos, temos o costume de catalogar tudo, até a vidanós a catalogamos.

Costuma dizer-se que uma vida inteirinha, completa, que começacomo todas e acaba o mais tarde, tem quatro fases. A primeira fase,claro, é a infância, a segunda fase é a juventude, a seguir a adulta epor fim a velhice.

Na infância, mesmo que seja um tempo curto, somos uns leões,pois é o tempo aonde muito se aprende, isto é as tais aprendizagensessenciais. Aprende-se a língua, as regras sociais, o bem e…..atéo mal. Começa-se a conhecer as figuras importantes, os afectos,os grandes e pequenos truques a usar ou evitar o resto da vida, osamigos e até os adversários. Aprende-se a ler, a contar, a imitaralgumas pessoas e a observar tudo e todos. Aprende-se mesmomaneiras de como se pode continuar a aprender mais. Depois detudo isto aprendido, está-se pronto a ter experiência. Aí, portantoaparece a segunda fase, que é e deve ser um tempo rico deexperiências.

A experiência de si mesmo, dos sentimentos, das emoções, dasrelações e das habilidades sociais. A experiência dos limites, daspossibilidades, dos medos. A experiência da juventude, que é umaponte de união da infância, protegida e circunscrita a um mundorestrito, com o mundo dos adultos em que supostamente, todas ascabriolices se executam.

Por isso mesmo, pelo facto de o adulto significar independênciae autonomia, diz-se que esta é a fase mais longa. É até bastante difícilpassar da fase – experiência - à vivência de tudo. É muito importantesaber-se que tudo o que passa nunca mais se poderá recuperar, porisso não é fácil abandonar a ideia de que seja o que for que se venhaa fazer, é muito importante. Ser-se adulto por muito tempo, asseguraa possibilidade de nos irmos ensaiando, seguindo objectivos econcretizando alguns sonhos.

A velhice, é, pode ser e deve ser a fase da transgressão e darelativização. Transgressão dos valores dominantes do aprender,experimentar e vivenciar. Sair de todos os meios competitivos,dever querer simbolizar que já não se consegue valor na relação comos outros, porque se tem valor em si mesmo ou não se tem. Se nãose tem, então o tempo da velhice, além de ser a última fase da nossavida, será uma outra coisa talvez pouco agradável. Se temos valoresentranhados em nós, então a última fase da nossa vida pode ser podeo tempo de fazer coisas insuspeitas, de se poder ser e estar como

nunca foi possível antes.Pode e deve ser a altura de se descansar, de se poder respirar bem

fundo, ver as flores a crescerem e os passarinhos a voar.Afinal, as fases da vida são apenas nomes que damos ao tempo.A vida será sempre bela, se a soubermos olhar com olhos

transparentes.Cada fase da vida tem a sua missão e o importante é conhecer

Suba ao altar em grande estilo...

Confecionamos-lhe ovestido dos seus sonhos.

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quais as possibilidades edeveres para não a trair-mos.Contudo, a velhice énaturalmente objecto delouvores, porque o velhorepresenta a experiência, aprudência e o saber…acumulados!

- A estrada da tua felicidadenão parte dos outros para chegara ti... Parte de ti, para chegar aosoutros!

O Carnaval em LavalPor Raúl Mesquita

A Associação Portuguesa deLaval realizou recentementeum jantar dançante enquadradonos festejos carnavalescostradicionais.

Com um bom serviço àsmesas, garantido por umadezena de benévolos — comotambém é tradição no meiocomunitário, a noite decorreucom muita animação para o quebastante concorreu actuação doConjunto Reflex que estevequase impecável na suaactuação.

De salientar a presença doDeputado Provincial deChomedey — Me. ThomasMulcair e esposa, na companhiade Me. Nathalie Sampaio, umadas suas assessoras nesta

campanha eleitoral.Dir-me-ão que é moeda

corrente a presença de certospolíticos nas festasportuguesas. É certo. Por vezesmesmo de modo exagerado. Játive ocasião de constatar que porvezes convidam membros daAssembleia Nacional ou doParlamento Federal, para festase teatros apenas em LínguaPortuguesa... Noutros casos,fazem-nos sentar à mesa dehonra sem qualquer tipo deacompanhamento... Vê-se detudo. Não foi o caso de Laval.

Se faço referência à presençado deputado durante 5 ou 6horas na sala, é porque —mesmo se em período eleitoral,ele não precisa de convíviosdeste tipo para ser reeleito. Elee toda a gente sabe, que no seucaso, uma eleição é simples pró-forma. Chomedey está para osLiberais como as bananas sãopara os macacos.

Porém, torna-se significativoe altamente elogiável, o facto deMe. Mulcair ter respeitado oconvite que lhe foi feito e porconsequente, uma Comunidadeque o apoia sem reservas. É umaatitude que honra quem apratica e mais uma vez, constato

a grande correcção e delicadezadeste homem político que, em1998, aquando de um jantar dosfinalistas de Escola Portuguesade Laval, procedeu do mesmomodo. Sublinho com agradoesta constatação.

No final do jantar e por entrealguns pés de dança, houveactuações na pista e num palcono centro da sala, de um grupode crianças do Grupo Folclóricoque desta vez, interpretaram

sambinhas...Mais tarde, um espectáculo

fantasista, fez delirar aassistência com marchaspopulares interpretadas por“travestis” ou seja, mulheresmascaradas “à homem” ehomens vestidos e maquilhadoscomo as mulheres. Foi divertidoe o público não regateouaplausos e gargalhadas no bomespírito carnavalesco.

Agradecemos o convite.

Romeiros 2003Reuniões preparatórias

Domingo, 6 de Abril às 15h00Centro Comunitário Na. Sra. de Fátima

Domingo, 13 de Abril às 15h00Centro da Missão Santa Cruz

Os interessados deverão inscrever-se com a antecedência ecomparecer nas reuniões.

Venha caminhar connosco na Romaria do Québec, Sexta-feiraSanta, dia 18 de Abril e também pedir pela paz no mundo inteiro esobretudo para que acabe a guerra no Iraque. Partida da MissãoSanta Cruz pelas 07h00 e chegada à Missão Nossa Sra. de Fátimapelas 14h00.

Bem-vindo a todos! Para mais informações contactar DomingosLuís (450)624-1671 ou João Vital (450)430-7509.

A Casa dos Açores do Quebeque, em colaboração com o“Carrefour des Jeunes Lusophones” e o “comité coordinateur duQuébec” para a celebração do 50° aniversário da imigraçãoportuguesa para o Canadá, vai levar a efeito no próximo dia 5 de Abrildas 17h00 às 22h00 uma recepção intitulada “Clínica de Memória”.

A Casa dos Açores através desta “Clínica de Memória”, será oprimeiro organismo da comunidade a proceder à colheita deinformações históricas que reflictam o percurso da nossacomunidade destes últimos 50 anos, tais como recordações e factosda sua chegada ao Canadá, de seus pais, avós, da própria vidacomunitária em Montreal, da formação de instituições, deempresas, de objectos pessoais, fotografias, peças de artesanato,relíquias, etc.

Sob o tema “Encontros – A Comunidade Portuguesa de Montreal– 50 anos de Vizinhança” estes dados atrás referidos juntamentecom dados colhidos em mais 3 outras “Clínicas de Memórias” serãoapresentados em exposições no Centre d’Histoire de Montreal, naAssociação Portuguesa do Canadá e na Missão Santa Cruz, cominício no dia 17 de Setembro de 2003 e até 25 de Abril de 2004.

Para o efeito a Casa dos Açores do Quebeque tem o prazer deconvidar os seus associados e comunidade portuguesa a estarempresentes neste evento que terá por encerramento um pequenobuffet-convívio entre participantes e organizadores.

A Voz de Portugal

na Internet

www.avozdeportugal.com

Casa dos Açores do QuebequeComunicado

Romeiros doQuebequeComemoração16º aniversário

Os Romeiros do Quebequeorganizam no próximo dia 5 deAbril de 2003 a festa de come-moração do 16º aniversário dasua fundação com jantar e baile.

Esta festa tem lugar no salãoda Igreja St-Enfant Jesus, 5035rua St-Dominique, e seráanimada pelo famoso conjuntoStarlight e por Álvaro Manuelassim como ainda por outrassurpresas artísticas.

Entrada: adultos, 25 ro-meiros; crianças, 15 romei-rinhos.

Para adquirir bilhetescontactar: Domingos Luís(450)624-1671; Benfeito &Filhos 844-1813; J & L Casa daCostura 844-4351. Reserve já!Lugares limitados.

Quadras à minha mãe

Sete anos já se passouFoi tão triste aquele diaPartiu a mãe que me criouE com ela a minha alegria

A minha mãe adoradaEstas quadras vou escreverA sua boca sagradaPartiu sem nada dizer

Por tudo o que fizesteFoste uma mulher de valorPorque a todos sempre desteAjuda, carinho e amor

Minha mãe era uma santaCom os seus cabelos branquinhosFaz-me falta tanta, tantaFazem-me falta os seus carinhos

Minha mãe era uma santinhaQue eu nunca a esquecereiPorque mãe igual à minhaSó no céu encontrarei

Nesse dia de solidãoPerdi todo o teu calorMãe, pai e irmãoEstão juntos de Nosso Senhor

Sempre bem de ti hei-de falarE do teu amor fraternoE pelos três hei-de rezarSenhor dai-lhes o descanso eterno

Eu aqui estou a falarDe um grande coração bondosoE de Francisca AguiarNatural de Porto Formoso

Nasceu a 10-10-1915Faleceu em 31-03-1996

Eterna saudade das suas filhas

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 7

Cada voto conta

Exposição de pintura na Casa dos Açores do Quebeque

“ Os Finalistas” composto por Laura Cordeiro, Dora Barão,Natércia Rodrigues, e Manuela Rodriguez.

Natércia Rodrigues

Os “Principiantes”: Annabela Couto da Silva, Teresa Labão, AnatóliaJustino, Manuel Justino, e Francisco Torres

No salão da Casa dos Açoresesteve no fim de semanatransacto, uma exposição de

O segundo grupo, “Os Intermediários”, composto por Jimmy Reis,Maria Reis, Tina Reis, Luisa Reis e Tânia M. Contente.

pintura a óleo, organizada pelacomissão de Arte e Culturadaquela instituição.

Há três anos que se vempromovendo estes cursos sob adirecção da Sra. D. MercêsResendes dos Reis.

É verdade que hoje em dia,com todas as exigências da vidamoderna, não é fácil trazerparalelamente a vidaprofissional com a de lazer.Contudo, pode observar-seatravés dos trabalhos expostos,que todos aqueles e aquelas queamam a Arte, conseguiram!Foram muitas horas detrabalho, para poderem levar acabo aquela maravilhosaexposição. Sempre numaconstante de aperfeiçoamento,não faltou origens artísticas,imaginaço e sobretudo muitaforça de vontade. Cerca de umacentena de quadros foramexpostos, e...qual deles o maisbelo!

O Sr. Manuel AntónioPereira, grande defensor dalíngua e cultura portuguesa, foio mestre de cerimónia e sentiu-se muito orgulhoso ao poderapresentar mais um saraucultural na Casa dos Açores. Emseguida tivemos o prazer deouvir o Sr. Damião Sousa, actualpresidente da Casa dos Açores,a felicitar os expositores alipresentes e a incentivar todos osalunos a continuarem, pois diziaele que “pintar é criar, éexpandir-se é transmitir na telaos nossos sentimentos, osnossos valores”. A Sra. D.Mercês R. Dos Reis, que nosdeliciou com suas palavras deencorajamento e como elasempre diz: “ a arte é umsentimento puro e belo aondenão deve haver competiço,egoísmo ou comercialização,para não se destruir o sentido daarte em si próprio. A arte é umaparte da alma que se liberta eexpande...”

Os dois primeiros gruposforam presenteados com umramo de flores e um certificado,e os finalistas, além das flores edo certificado foram tambémhomenageados com um lindotrofeu. A entrega de estesdiplomas e trofeus, foi feito pelaSra. D. Maria Luisa Fernandes,Sra. D. Mercês R. Dos Reis, Sr.Dr. José Vieira Arruda, Sr.Guilherme Cabral, Sr. DamiãoSousa e Sr. Manuel A. Pereira.Aproveitando a ocasião, osalunos exprimiram os seussentimentos e o contentamentoem participarem nesta grandeaventura da pintura. Todo esteconjunto de coisas, tornou esteacontecimento extremamenteimportante. Estava muita gentepresente, e depois deste

conjunto de formalidades, todospuderam tomar um café ou umabebida e deliciarem-se com as

várias iguarias a que a Casa dosAçores já nos habituou;enfim...puderam todos trocarideias, falar um pouco!

Parabéns à Casa dos Açores

por continuar a divulgar osnossos artistas e a promoverformaço e informação nodesenvolvimento da culturaPortuguesa. Parabéns também

à gentil professora, D. MercêsR. Dos Reis, assim como a todosos alunos, especialmente aosfinalistas.

«Le Québec d’aujourd’hui doit se concevoir comme une société pluraliste, fière de son passé etde ses racines, fière d’avoir su affirmer sa différence au cours des siècles, fière d’avoir accueilli,au gré des époques, des gens de toutes origines. Cette société a comme langue commune le français. Et saculture s’enrichit de toutes les cultures qu’elle abrite. Il n’y a pas de contradiction entre le fait d’êtreQuébécois et d’être fier de ses origines. L’intégration n’est pas assimilation; l’intégration est partage.»

LA POLITIQUE DU PLQ POUR LES COMMUNAUTÉS CULTURELLES S’ARTICULE AUTOUR DE TROIS AXES QUI SONT ÉTROITEMENT LIÉS :• PARTENARIAT... AVEC LES COMMUNAUTÉS CULTURELLES • PRÉPARATION... DES NOUVEAUX ARRIVANTS

• PARTICIPATION... PLEINE ET ENTIÈRE À LA SOCIÉTÉ QUÉBÉCOISE

Autorisé et payé par Alain Paquin, c.a., agent officiel du Parti Libéral du Québec.

Nous sommes prêts.Quand je serai premier ministre…Quand je serai premier ministre…

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Jean Charest, chef du Parti Libéral du Québec

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 8

ComunidadeMário Dumont visita MercierVivian Goulder garante soluções eficazes

Por Raúl Mesquita

Tínhamos encontro marcadocom Vivian Goulder para sextafeira às dez horas. Umtelefonema de um organizadorda ADQ convidou-nos a alterá-lode modo a podermos estarpresentes na conferência deimprensa que o chefe, MárioDumont, convocou para essamesma hora no jardim face aonúmero 30 de St-Joseph Este,onde até há pouco tempo,existiu uma importante ClínicaMedical, agora fechada pordecisões políticas de curtasvistas. Acompanhado da suacandidata vedeta a Dra. JoëlleLescop, Mário Dumont veioconfirmar a sua proposiçãomelhorada do sistema de saúdeque se compromete a pôr emprática, caso seja eleito nopróximo 14 de Abril.

Segundo a sua proposta, oscidadãos que necessitem deserviços operatórios ou outrosque exijam um certo tempo deespera nos hospitais, poderão

ser tratados em clínicas pri-vadas e verem a factura pagapelo governo.. Deste modo, aprioridade será dada sempre aosector público, porém, ultrapas-sado um certo tempo julgadonecessário nas listas de espera,o doente poderá, se o desejar,recorrer ao sector privado sempenalidade.

Ao lado do chefe MárioDumont, encontrava-se tam-bém Me Vivian Goulder,candidata da ADQ em Mercier.

Conhecemos a advogadaVivian Goulder aquando daseleições municipais de 2001como candidata de PierreBourque no Distrito de Jeanne-Mance. Corajosa, não temendobater-se contra um conselheirobem estabelecido junto dacomunidade portuguesa e dequem esta espera ainda um diaser correspondida de outromodo que com a sua simplespresença aqui e ali num eventocomunitário, a jovem mamã deduas pequenas crianças, picadapela política, lança-se agora naarena provincial.

Após a sua primeira expe-riência em política municipal,considera-se privilegiada de terpodido tentar modificar certascoisas, simplesmente com aforça do querer acreditar emnovas ideias e em novos modosde fazer política activa.Incondicional partidária dePierre Bourque, apanhou ocombóio adequista como

responsável na organização dopartido e sente-se particular-mente feliz de poder uma vezmais ladear este timoneiro sempar, que todo o Québec saúdacom amizade e prazer, nas suasincursões através da província.

Vivian Goulder gosta deMercier pela diversidade deculturas das quais se sentepróxima devido às suas origensfrancesas. Habitou-se apercorrer as ruas deste círculoeleitoral fazendo porta a porta,contactando as pessoas nosseus meios de vida, sejam eleshabitacionais ou de negócios, eestabeleceu sólidas pontes comdiferentes grupos de váriasnacionalidades entre os quais,portugueses. Tendo comoorganizador principal AndréBourque, irmão do “ex-maire”de Montreal, o seu cenário decampanha leva-a cedo, quase aodespontar do dia, a encontrar-sejunto duma entrada do metrosaudando os cidadãos quepartem ao “boulot”. Temparticipado em diversos fórunse visitado residências daterceira idade e locais de lazerhabituais dos residentes deMercier.

«A ADQ quer dar à população,outra coisa que os velhospartidos»—diz-nos VivianGoulder confiante no apoio doseleitores.«O discurso do PQ edo PLQ, não são mais do quedecalques de campanhasanteriores, sem qualquer

espécie de conteúdo»—acrescenta. Há grandesproblemas na circunscrição,tanto a nível de saúde como deeducação. E estes problemasreflectem-se na qualidade devida dos cidadãos e por ressalto,no desemprego, na economialocal e provincial. Temos umbom programa para lutar contraestas realidades e conduzir osresidentes de Mercier na sendado progresso e da implicaçãonos projectos de reestruturaçãodesta importante zonamontrealense». A ADQ querdesenvolver e reconhecer otalento da sua juventude,facilitando-lhe o acesso aprogramas de estudo onde sesinta à-vontade e que possaconduzi-la à obtenção dediplomas úteis e remunera-dores no mercado do trabalho.Presentemente, há falta deespecialistas em várias dis-ciplinas técnicas, notadasmesmo na construção civil. Aomesmo tempo, o partido deMário Dumont quer atacar adívida do governo, que absorveuma larga fatia das receitasfinanceiras.

Uma maior responsa-bilização dos membros dogoverno e do público nagerência dos assuntos doEstado.

No que respeita as comu-nidades culturais, Vivianpreconiza uma melhor comu-nicação entre todos, conside-rando-as um enriquecimento deque a sociedade quebequensepode e deve beneficiar. Poroutro lado, quer fazer oreconhecimento dos gruposcomunitários de maneira a queem cada ano, o financiamentoseja automático e semnecessidade de perdas detempo na preparação derelatórios e outras papeladasque no fim, se revelamdesnecessárias. Deste modo, os

diversos intervenientes do meiosócio-comunitário, poderãogerir o seu tempo em modosoperacionais de maior utilidadepara eles e para a sua clientela,contribuindo na solução decasos de exclusão, dos semabrigo e da droga.

Um bom programa de“garderies” onde as famíliaspoderão escolher e beneficiar

de diferentes módulos con-soante as suas preferências, fazparte da planta forma política daADQ que Vivian Gouldergarante a aplicação, caso asgentes de Mercier a escolhe-rem para deputada no 14 deAbril próximo.

A palavra é agora doseleitores.

“Un gâteau aux smarties”Luís Tavares Bello

A doçura e o colorido do boloque serve de título ao livro, sãoo espelho da vivência de doisseres, que embora na realidadeseparados, parecem ter ficadoligados eternamente pelo cor-dão umbilical.

O livro editado pelas “Édi-tions du Passage”, escrito porJocelyne Légaré e ilustrado commagnificas fotografias de JuliaDuchastel, é um desfilar deemoções de duas mulheres, queligadas pelo sangue, mostramuma sensibilidade notável paraapreciar as coisas simples da

vida.Na apresentação do livro

agora dado à estampa, que tevelugar no Centro Cultural AlfredDallaire, Rita Lafontaine eIsabelle Vincent na leitura dealguns excertos, souberamrealçar com a enfase que lheemprestaram, a beleza de umtexto bem conseguido.

Um livro a não perder.

P.S. Também eu vivo emBrossard. Pai e mãe, dois filhos,dois automóveis, o cão não tenhomas já tive e de bárbaro talvez oaspecto, graças a uma barba bemsemeada...

Amigavelmente,

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 9

ComunidadeEm Mississauga, convívio santaclarenseUltrapassou todas as expectativas

Texto e fotos de António Vallacorba

A progressiva cidade deMississauga, na província doOntário, acaba de ser palcoprivilegiado do primeiroconvívio santaclarense noCanadá (e segundo da Américado Norte), cujo objectivoprincipal foi angariar fundospara a Igreja de Santa Clara.

O imemorável acontecimen-

to realizou-se no pretérito dia 22do corrente, no luxuoso Renais-sance Convention Centre,daquela cidade vizinha deToronto, perante uma assistên-cia que ultrapassou os 700convivas, na sua maiorianaturais da novel freguesia deSanta Clara. Muitos foram osque se deslocaram expres-samente das mais longínquaspartes do Canadá. Outrossim,dos Estados Unidos terão idoalguns 70 em autocarro; e, numgesto muito admirável, até dasBermudas se deslocou gentetambém!

Paralelamente, de S. Miguelveio o respectivo pároco dafreguesia, padre José PauloMachado, que, duas horas antesdo agendado encontro, presidiuna Igreja de Cristo Rei a umamissa de Acção de Graças portodos os emigrantes santacla-renses e por alma do saudoso

padre Fernando Vieira Gomes,já falecido, ex-pároco de SantaClara e natural da ilha Flores.

Jantar, baile, espectáculo devariedades, venda de rifas emuitas outras acções visando aangariação de preciosos fundos,constituíram algumas dasactividades deste espectacularserão.

“Tudo isto é lindo!” – afirmouna altura o padre Machado,natural da Fajã de Cima,visivelmente emocionado pelolouvável espírito de solidarie-dade e de apego à terra natalaqui tão exemplarmente mani-festados por todos, numfraternal abraço de “gente que jánão se via desde há 20, 25 e 30anos”!

Quão emocionante terá sido?

Lúcia Cabral, uma dasprincipais impulsionadorasdeste convívio, dá-nos estecontagiante testemunho,quando em declarações exclusi-vamente para “A Voz dePortugal” e a Rádio Centre-Ville,confessou ainda não ter paradode “chorar de saudades dachegada e da partida, que só mefez lembrar a minha despedidapara o Canadá”.

“Ficámos todos contentís-simos com o resultado. Pensá-vamos em princípio na parti-cipação de 350 a 400 convivas,mas o resultado foi fenomenal:730” – disse, ao relembrar essa“noite linda, de abraços, debeijos, de choros, de garga-lhadas. Pudera que nuncativesse acabado. Tenho recor-dações para o resto da minhavida”!

Segundo Lúcia Cabral, a ideiado convívio partiu dum amigo

seu, José Dinarte Maiato, deConnecticut, EUA, aquipresente nessa noite eresponsável pelo convíviorealizado em Novembro de2002, em Fall River.

Levantando a possibilidadede realizar um semelhanteevento no Canadá, logo tratoude contactar o José Manuel(Carteiro). Seguidamente “faleicom as minhas vizinhas da Ruade Santa Clara: a Graça, aCesaltina, o Joãzinho e aFátima”, que logo acederamcolaborar, com a ajuda dosrespectivos cônjuges.

Henrique Cipriano, DanielCarvalho (o rouxinol açoriano)e Steve Medeiros foram algunsdos artistas mais consagradoscujas valiosas actuações, a pardos novos talentos como JessicaAmaro, Lindsay Moses (?),entre outros, muito contribuí-ram para o sucesso desteacontecimento.

Evidentemente, o desportoesteve em grande destaque,graças à presença de velhasglórias do Clube DesportivoSanta Clara: “Madeirinha”,Paulinho, Martelo e Parra;Manuel António, Saúl e Botto;Posseta, Maláco, Artur Garalha(filho), Manuel Silva e Sidónio.

Por outro lado, registe-setambém a presença de AnaBailão (?), que em nome deMário Silva, vereador daCâmara Municipal de Toronto,entregou uma lembrança aopadre Machado.

Dos demais destacáveis,relevamos o meritório trabalhode José Manuel Lima (Car-teiro), como talentoso mestre-de-cerimónias e comediante; olançamento de um livro sobreSanta Clara, da autoria de ElsaSantos, e a hilariante encenaçãode uma mini-comédia, prota-

gonizada por, entre outros, JoséDinarte Machado e Carmélio

Rodrigues, de Fall River eresponsável da página elec-trónica “Lusilinha”, de querecomendamos uma visita atodos os que se interessam pela

preservação da língua, temasculturais, etc. Eis o endereço:

www.lusilinha.com.Para que conste, Santa Clara

foi recentemente elevada àcategoria de freguesia, con-forme aprovação do parlamento

açoriano em Junho do anotransacto. Prevê-se para Abrilde 2004 a inauguração do seucentro cívico, onde vai alojar aJunta e a Assembleia defreguesia, centro de convívio esedes de escuteiros e guias. Noprimeiro piso, está prevista aconstrução de um salão defestas, com bar de apoio e infra-estruturas de apoio a espec-táculos..

No computo final de todo esteesforço e boas vontades, foiapurado o bonito montante de10 mil Euros (15 mil dólares?),depois de pagas as respectivasdespesas.

Felicitamos os organizadoresdeste muito agradável encontrosantaclarense, nas pessoas deLúcia Cabral, José ManuelLima, Graça Pintão, CesaltinaCarreiro, João Santos e FátimaPaiva, que já agendaram opróximo convívio para 3 de Abrilde 2004 e pretendem naqueleano deslocar-se a S. Miguel porocasião das festas de SantaClara, cuja realização decorreráno primeiro domingo deSetembro.

Com um fraternal abraço do

“Peito Açoriano”

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 10

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Conferência S. Vicente de PauloGrande Bazar – 5 e 6 de Abril

A Conferência S. Vicente de Paulo organiza nos próximos dias 5e 6 de Abril, entre as 8h e as 20h um Grande Bazar onde poderáadquirir todo o género de artigos para o seu lar: roupas, calçado,artigos de decoração, cozinha, etc.

Este bazar terá lugar no Salão Nobre da Missão Santa Cruz ondetambém poderá saborear bifanas, café e bolos.

Clube Oriental PortuguêsBaile da Pinha

O Clube Oriental organiza no Sábado, dia 5 de Abril próximo, umjantar, seguido do Baile da Pinha animado pelo Duo Joe & Duarte– DJ Xmen.

Neste noite serão coroados o Rei e a Rainha da noite.Não falte! Decerto vai divertir-se.Para reservas: (514) 342-4373.

Jovens em AcçãoApresentam MoisésSalvo das águas

Os Jovens em Acção da Missão Santa Cruz apresentam noSábado, dia 12 de Abril , pelas 19h30, e no Domingo, dia 13 de Abril,pelas 15h00, a peça “Moisés – Salvo das águas” na Igreja de SantaCruz, 60 Rachel oeste.

Entrada: 5 mandamentos para adultos e crianças a partir dos 12anos. Bilhetes à venda na secretaria da Missão.

Acredite que é verdade!!!A época em que vivemos é

sem dúvida alguma de grandeavanço tecnológico. Aconteceporem que não é em todos oscampos que a evolução ésemelhante, e, por vezes odesequilibro está bem patenteem algumas atitudes tomadaspor seres humanos aparente-

mente racionais. Vem isto apropósito de algumas notíciasque respigámos da imprensaportuguesa que a seguirpublicamos as quais dispensamoutros comentários.

idade está internado no Hospitalde S. João, no Porto, por, nopassado domingo, ter estran-gulado o pénis numa chave deestrias.

O homem, que tem resi-dência em Ferreiros, noconcelho de Braga, terá,segundo confessou no hospital,utilizado a chave para aconcretização de uma experi-ência solitária de prazer.

Segundo o que conseguimosapurar, o homem ainda tentouretirar a chave à força mas,como o pénis inchou bastante ede forma rápida, não teve outraalternativa senão recorrer aosserviços de urgência doHospital de S. Marcos, emBraga.

Acontece que, na tentativa deretirar a chave, o indivíduocausou algumas lesões nopénis, o que agravou a situação,já que, segundo fonte médica, oórgão genital ‘intumesceu’ e,rapidamente, a experiência, queo homem esperava de prazer,passou a ser de dor.

Perante a gravidade doproblema, dado que o inchaço jácobria a argola metálica dachave, também conhecidacomo chave de luneta, osmédicos da urgência de Bragaoptaram por transferir a vítimapara o Hospital de S. João, noPorto, onde chegou cerca das07h00 de domingo.

Uma vez no local, o homem foisubmetido a uma intervençãocirúrgica para extracção doobjecto estranho do pénis.Fonte do Hospital de S. Joãodisse ao CM que a vítimacontinua internada no Serviçode Cirurgia e está a recuperarfavoravelmente.

A mesma fonte assegurouque, mediante a gravidade dasituação, chegou a ser equa-

cionada a hipótese de ampu-tação do pénis, mas se não seregistarem novas complica-ções, essa hipótese está, para já,afastada.

Consciência dos riscos

O sexólogo José Pachecoexplica que muitas pessoas“gostam de testar os limites anovel sexual, sem teremconsciência dos riscos” e porisso recorrem a objectosperigosos para atingir prazer.

O responsável alerta para anecessidade de “as pessoasterem sempre a noção dosperigos”, mas recorda que paramuitos indivíduos é exacta-mente o prazer do risco que osleva a tomar certas atitudesestranhas. “Há pessoas quechegam a morrer asfixiadas emexperiências de prazer”, ex-plica. Segundo o sexólogo, amaior parte dos casos sãoresolvidos nos hospitais epoucos são os indivíduos querecorrem depois aos especia-listas por “terem vergonha”.

Três situações insólitas vividasem urgências hospitalares

Garrafa de cerveja

Um indivíduo de 45 anosapareceu na urgência com amão na barriga, cheio de dores.O médico sentiu algo duro,julgou ser uma pedra na bexigae mandou fazer um Raio X. Oresultado foi surpreendente: naampola rectal estava umagarrafa de cerveja, cheia, e aindacom a tampa. Com umaanestesia os clínicos tiraram agarrafa, dilatando o ânus.

Lençol de banho

Tinha 60 anos e uma namo-rada mais nova e por issoinjectava papaverina no pénispara ter erecção. Um dia anamorada atrasou-se para oencontro e o idoso deu duasinjecções o que provocou umatrombose no pénis, provocandoum inchaço gigante. Chegou aohospital, sem calças, com umlençol branco a tapar o pénis. Foioperado de urgência.

Repolho de fora

Um jovem com pouco mais devinte anos chegou ao hospitalcheio de dores, com um nabodentro do ânus e o repolho, istoé, o ramo do nabo, de fora. Ojovem explicou aos médicosque quis fazer uma experiênciae depois não conseguiu retirar onabo. Os clínicos tiveram de lhedar uma pequena anestesia paradilatar o ânus e retirar o nabo.

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força das armas. Neste caso, o povo iraquiano está a ter o apoio doexército mais poderoso do Mundo para se libertar da ditadura - masaté agora ainda não se viu a população a correr em debandada parase ajuntar aos supostos libertadores. Porque será? Deixemos aresposta à imaginação do leitor...

Entretanto, e segundo os especialistas que estudam o terrorismointernacional, após o 11 de Setembro, iniciou-se uma colaboraçãotáctica entre a Al-Qaeda e o Iraque. Em particular, o movimento deOsama bin Laden tem procurado obter armas químicas no Iraque.O contacto é feito pelo grupo radical Ansar al-Islam, localizado noNorte do Iraque. De acordo com investigações publicadasrecentemente, os líderes deste grupo terrorista, foram treinadosem campos da Al-Qaeda no Afeganistão e hoje trabalham com osserviços secretos iraquianos. Saddam não hesita em recorrer aoterrorismo para obter os seus objectivos. Vêm aí os ataquessuicidas.

Diário do horrorCont da pág. 5

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A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 11

Comunidade31º Aniversário da Filarmónica Portuguesa

Por Maria Calisto

No passado dia 22 de Março aFilarmónica Portuguesa deMontreal festejou o seu 31ºaniversário de existência. Oserão foi animado por LuísMelo, que não deixou ninguémsério com as suas anedotas.

A Filarmónica interpretougrandes sucessos musicaiscomo “Feeling Hot” e “La VidaLoca”. Pela primeira vez emMontreal tivemos Samantha,Savannah e Ilder Vicente vindo

dos Estados-Unidos quesurpreenderam o público comsuas lindas vozes. Também,especialmente para esta festa,tivemos vindo de Toronto, oconjunto português mais velhoOs Panteras (31º ano de

existência). Cantaram muitasmúsicas portuguesas e ingle-sas, fizerem as pessoas vibrarde alegria, rir e dançar. A noiteestava tão agradável até àchegada de um deputado do

Partido Quebequense, que aténuma festa teve que fazer o seudiscurso.

Durante o serão Os Pant-eras tiveram que realizaralgumas pausas para dar lugaràs arrematações que eram

apresentadas pelo senhor JoãoBalança. Aqueles que jáestavam a pegar no sonoouvindo as arremataçõessentavam-se depressa.

Aproveitando a sua visita a

Montreal Os Panteras (Tony,Joe, George e Walter), assina-ram muitos autógrafos mesmoquando o serão já se tinhaacabado. Muitos parabéns àFilarmónica assim como aosenhor Balbino Sá por essagrandiosa festa e muito sucessoaos cantores.

Agradecimento

Balbino Sá e a sua direcçãovem por este meio agradecer atodos os que com o seu trabalhoe donativos contribuíram para osucesso desta festa comemo-rativa do 31º aniversário daFilarmónica Portuguesa deMontreal. A todos o nossoOBRIGADO.

Um agradecimento muitoespecial a todos os comer-ciantes que contribuíram comas suas ofertas assim como aosSrs. Ildeberto e Graça Silva,Mário e Odília Morieta,Armando e Lurdes Pacheco,

Conceição Carvalho, MariaJosé Raposo e Arminda Isidoroque muito contribuíram com oseu trabalho e ofereceram

bolos, frutas, massa sovada emalassadas e outros doces.Obrigado e Bem-Hajam.

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 12

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IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Igreja Pentecostal“Uma família de famílias” 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio CIJM 844-2456

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Faleceu no dia 23 de Março de 2003, na freguesia Ribeira Secada Ribeira Grande, a Sra. Maria da Conceição Martins, naturalde São Roque, S. Miguel, Açores, com a idade de 71 anos.

Viúva de Francisco Botelho Jr., deixa na dor seus filhosConceição(Manuel Puga), José(Valentina), Carlos e Guida, seusnetos Debbie, Terry, Andrew, Katia e Hernani, seu irmão Carlos,assim como outros familiares e amigos.

Oração às Almas do PurgatórioPelas Almas do Purgatório, pelo amor de Deus, que o meu

pedido seja atendido. Alminhas do Purgatório sabidas eentendidas a vós peço pelo sangue que Jesus derramou que omeu pedido seja atendido. Meu Senhor Jesus Cristo, que a vossaprotecção me encha da vossa graça e me proteja com o vossoamor. Ó Deus de bondade vós foste meu defensor na vida e namorte, peço-te que me livres das dificuldades que me afligem.Alminhas do Purgatório sabidas e entendidas, alcançai-me agraça que vos peço e mandarei publicar esta oração e celebraruma missa por Vós. Rezar 10 Avé-Marias e 10 Pai-Nossos. Dai-lhes Senhor o eterno descanso.

Para agradecer uma graça recebida.C.B.

Oração ao Sagrado Coração de JesusAgradeço ao Sagrado Coração de Jesus pela graça recebida.

Que o Sagrado Coração de Jesus seja louvado, adorado eglorificado através do mundo.

Fazei esta oração durante nove dias e recebereis a graçapedida, mesmo parecendo-vos impossível. Não vos esqueceisde agradecer a Jesus e seu Pai Celestial com promessa depublicação pelo favor obtido.

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Centro Comunitário do Espírito SantoApresentou nova Direcção na festa dos sócios

Texto e fotos de António Vallacorba

Os sócios do Centro Comu-nitário do Espírito Santo(CCES), pela primeira vez

presidido por uma senhora, aLúcia Sousa, no sábado

transacto foram alvo de umafesta que a colectividade lhesdedicou expressamente, comum jantar de apreciação e baile.

Alguns duzentos membrosterão assistido ao agradávelevento, que para tal decorreu nosubsolo da Igreja St-Corand, naperiferia da sede desta sim-pática agremiação, e a queassistiram também os mor-domos dos festejos em louvordo Espírito Santo para ocorrente ano, Jorge e CrisáliaCouto; e Lise Thériault,

deputada liberal pelo círculo deAnjou à Assembleia Nacional do

Quebeque, que veio acompa-nhada por Léo Vachon.

Tratou-se, pois, do justoreconhecimento do CCES paracom os seus associados ecolaboradores, depois de maisum intenso ano de actividades.

Lúcia Sousa, no uso dapalavra, e depois de ser servidoo agradável repasto, confec-cionado por Carlos Almeida eTony Barbosa, agradeceu todaa prestimosa e estreitacolaboração que o Centrorecebeu, ao mesmo tempo

sugerindo para que sempreassim continuem a fazê-lo para

o benefício do Centro e de todosem geral.

Na altura, aproveitou aoportunidade para apresentar onovo elenco directivo, consti-tuído da seguinte maneira:Lúcia Sousa, presidente; CarlosAlmeida, vice-presidente; TonyGeraldes, secretário; MariaVital, tesoureira; e directores:Luís Sousa, Luís Vilela, José

Luís Medeiros, Henrique Costa,José Brum e Manuel Sousa.

“Mudar para melhor” – eiscomo a deputada Lise Thériault,por sua vez, falou da presentecampanha eleitoral do seupartido, prometendo “melhorEducação e Saúde e reduçãonos impostos”.

Foi o que todos quiseram - e

querem – ouvir!Deputada por Anjou desde

Abril do ano passado, LiseThériault exortou a “cumpriremo vosso direito de votar” no dia14 de Abril corrente.

A ideia de organizar uma festapara a angariação de fundos, talcomo aconteceu no passado dia22 de Março em Santa Cruz –segundo a presidente -, terá

resultado em 7 mil dólares, commais mil ainda porrecolher,informou, realçandoainda o contributo de JoséCabral, na forma de bilhetespara hóquei, e que renderamquatrocentos dólares.

A organização das festas doDivino Espírito Santo é, semdúvida, a actividade que que

maior prestígio dá ao Centro,mas também a mais trabalhosae que requer um grande espíritode solidariedade da parte detodos.

Daí que Lúcia Sousa tivessesensibilizado os membros paraa oferta dos respectivosbezerros com vista aos festejosque se aproximam. De facto,realizam-se este ano a 21 e 22 de

Junho, como informou omordomo, o já referido JorgeCouto – ele próprio oferecendoum bezerro e convidando todosa acompanhá-lo durante esseacontecimento.

Serafim Rocha, NorbertoLima, Henrique Costa, JoãoMaciel, António Pereira, CarlosAlmeida, Amilcar Paz, Vítor daPonte, Tony Barbosa, MárioAmaral e amigos, são algunsdos membros que prometerama oferta de bezerros para a festa,enquanto que Isabel Coroa foisensibilizando para tal umgrupo de 34 senhoras, dizendo,com muita graça, não iremoferecer um bezerro “mas umtoiro”!

Ainda no aspecto daorganização das festas, o Centroinforma que as domingasdecorrerão nas casas dasseguintes pessoas e datas: 1ª -Maleni Barbosa, 20 a 27 deAbril; 2ª - Ashly Sousa, 27 deAbril a 4 de Maio; 3ª - JoséCalisto, 4 a 11 de Maio; 4ª - RichyLeite, 11 a 18 de Maio; 5ª -Manuel de Jesus, 18 a 25 deMaio; 6ª - Ildeberto Silva, 25 deMaio a 1 de Junho; 7ª - MariaVital, 1 a 8 de Junho; e,finalmente, Jorge Couto,mordomo, de 8 a 22 de Junho.

O baile, sempre muitoanimado, foi abrilhantado peloconjunto “Request”, enquantoque Crisália Couto, filha domordomo, também deu a suavaliosa colaboração.

A próxima actividade desteCentro, será uma noite de fados,no dia 5 do corrente, na suasede, sita ao 8670 ForbinJanson.

A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 15

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Grupo “Voz da Saudade” faz sensação em TorontoPor António Azera da Silva

Perante cerca de mil espec-tadores, no passado domingo,dia 30 de Março, no OasisConvention Centre, em Missis-sauga, o Grupo “Voz daSaudade” fez retumbar a casacom uma brilhante actuação,cheia de entusiasmo e patrio-tismo, com várias ovações de pé

pelo público que lá se deslocoupara conhecer, muitos pelaprimeira vez, este excelenteGrupo Coral oriundo da regiãoda capital nacional do Canadá. Aconvite dos organizadores da IIIGrande Festa Açorianíssima,este Grupo de emigrantesportugueses, dirigido porAntónio Fernando Ázera daSilva, natural da cidade da Praia

da Vitória, ilha Terceira, cativoua admiração de todos com assuas melodias e temas originaissobre a emigração portuguesaneste continente norte-ame-ricano. Composto por cerca de30 elementos, incluíndo vozesfemininas e masculinas, mú-sicos e assistentes técnicos, o

Grupo deleitou os presentescom as suas interpretações,acompanhadas de imagensprojectadas em dois enormesecrãs, alusivas aos temascantados. “É, para mim, umprivilégio poder estar aqui hojea admirar o trabalho excelentedeste Grupo, que apenas aindaconhecia através das suasgravações em CD”, declarou a

Dra. Alzira Serpa Silva, doGoverno Regional dos Açores(Direcção Regional das Comu-nidades), uma das entidadesconvidadas para esta GrandeFesta Açorianíssima.

O Grupo “Voz da Saudade”estreou-se em Outubro de 1998,por ocasião da Festa do Imi-

grante, que é realizada anual-mente no Centro ComunitárioPortuguês “Amigos Unidos”, naentão cidade de Hull (hojecidade de Gatineau), provínciade Quebeque, perto da cidadede Otava, capital federal doCanadá. Todas as suas compo-sições (músicas e letras) são daautoria do seu director, AntónioFernando Ázera da Silva,

músico, compositor e intér-prete. Os temas cantados falamde experiências vividas naemigração portuguesa nestecontinente norte-americano,sendo os componentes doGrupo, na sua grande maioria,de origem açoriana.

O Grupo actuou na cidade deKingston, província do Ontário,em Junho de 1999 e gravou, emJulho do ano 2000, o seuprimeiro CD, intitulado “A vozque fala de saudade”. Realizouuma digressão pelos Açores emAgosto do mesmo ano, a conviteda Comissão das Festas “Praia2000” e de várias municipa-lidades da ilha de S. Miguel.Actuou na Associação dos“Amigos da Terceira”, na cidadede Pawtucket, Estado de RhodeIsland, em Março de 2001,tendo lá voltado em Março de2002, após a gravação do seusegundo CD, intitulado“Sonhador, português e nave-gante. Actuou, em Setembro de2001, na cidade de Toronto, aconvite do Centro de Divul-gação Açoriana no Canadá, porocasião da realização do seu 15.ºCiclo de Cultura Açoriana,realizado no Clube Lusitânia deToronto. Deslocou-se à comu-nidade portuguesa de Lowell(Estado de Massachussetts),em Maio de 2002, tendo láregressado em Novembro domesmo ano para outro espec-táculo realizado no Smith BakerCentre. Participou na realizaçãodo I Festival de CulturaAçoriana, no Canadá, tendoactuado em Laval e Montrealnos meses de Maio e Setembrode 2002, respectivamente. Apóso grande sucesso obtido na áreametropolitana de Toronto no

passado domingo, o Gruposegue agora para os EstadosUnidos para outras duasactuações nos dias 26 e 27 dopróximo mês de Abril, nascidades de Lowell (Estado deMassachussetts), e Pawtucket(Estado de Rhode Island), comactuações previstas na Socie-dade do Espírito Santo e naAssociação dos “Amigos da

Terceira”, respectivamente. Nodia 27 de Abril, nos “Amigos daTerceira”, está previsto olançamento oficial do seuterceiro CD, intitulado: “Maremigrante”.

Relações Públicas – GrupoVoz da Saudade. ContactosAntónio Silva Tel. 613 230-7166Fax 613 230-6804 Telemóvel613 299-8271.

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A VOZ DE PORTUGAL, 2 de Abril de 2003 - Página 16

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FutebolPortugal 2-Brasil 1

(Lusa) - Um golo do luso-brasileiro Deco, aos 82 minutos,proporcionou nas Antas àselecção portuguesa de futebola sua 100ª vitória caseira e aterceira, mais de 36 anos depois,frente ao pentacampeão mun-dial Brasil (2-1).

Entrado aos 62 minutos parao lugar de Sérgio Conceição, onúmero 10 do FC Porto, que osbrasileiros não quiseram, foi,assim, a grande “estrela” danoite, depois da muita con-trovérsia que gerou a suachamada pelo seleccionadorluso Luiz Felipe Scolari.

Num jogo disputado sobmuita chuva, que não impediuque o Estádio das Antas quaseenchesse, Pauleta colocoumuito cedo (08 minutos) aselecção lusa na frente, mas,como há quase um ano, emAlvalade, Ronaldinho Gaúchoempatou de grande penalidade(62).

Desta vez, ainda restava, noentanto, a “magia” de Deco paralevar Portugal ao triunfo, numembate em que a ala direita daselecção lusa (Paulo Ferreira eSérgio Conceição) esteve em“grande”, tal como Rui Costa,em dia de 31ª aniversário, ePauleta (já soma 20 golos).

Após ter começado com umdesaire (0-1 em Génova, frenteà Itália, a 12 de Fevereiro),“Felipão” estreou-se, assim, aganhar ao comando do “onze”das “quinas” e logo frente aoconjunto que, há poucos meses,levou ao “penta” no Mundial2002.

Foi, indiscutivelmente, umtriunfo feliz - o Brasil nãomerecia ter chegado aointervalo em desvantagem -,mas Portugal, que não acusou aausência de Luís Figo, fez pormerecer essa felicidade, no-meadamente pelo muito quejogou após o golo da equipa“canarinha”, que há muito nãoconhecia o sabor da derrota.

Orfã do fatigado Figo,

Portugal entrou em campo em“4-3-3”, com Paulo Ferreira,Fernando Meira, FernandoCouto e Rui Jorge à frente deRicardo, um meio-campo comCostinha, mais recuado, oestreante Maniche e o estrategaRui Costa e um trio na frente(Sérgio Conceição, na direita,Simão, na esquerda, e Pauleta,no meio).

Por seu lado, os brasileiroscomeçaram em “4-4-2”, comMarcos na baliza, uma defesacom Cafu, Luisão, Edmilson eRoberto Carlos, dois “trincos”(Gilberto Silva e Kleberson),Ronaldinho Gaúcho e ZéRoberto nos extremos e Rivaldonas “costas” de Ronaldo.

O “trinco” Kleberson efec-tuou os dois remates inauguraisdo jogo, ambos sem perigo, ePortugal respondeu... com ogolo inaugural, conseguido, aosoito minutos, após a conquistado primeiro canto, cedido poruma muito atrapalhada defen-siva “canarinha”.

Na direita, Simão marcou ocanto à maneira curta, entre-gando a bola a SérgioConceição, que levantou acabeça e colocou-a no primeiroposte, onde surgiu Pauleta adesviar para o fundo das redes,conseguindo o seu 20º tento aoserviço da equipa das “quinas”.

O jogo continuou como antes,completamente aberto: SérgioConceição tentou duas vezes(09 minutos), RonaldinhoGaúcho respondeu com um“chapéu” que saiu pouco ao lado(10) e Rui Costa, de cabeça,poderia ter feito melhor, apóscentro de Paulo Ferreira (15).

Aos 19 minutos, o Brasiltambém esteve muito perto demarcar, primeiro numa triangu-lação entre Rivaldo e ZéRoberto, que o primeiro falhoude forma incrível, já comRicardo batido, e depois comum “tiro” de Cafu, que o guarda-redes luso desviou para canto.

Os “canarinhos” assumiram,

então, o controlo do jogo,passando Portugal a actuar emcontra-ataque, mas sem deixarde criar perigo, como numcentro traiçoeiro de PauloFerreira (31 minutos), apósestupenda jogada de SérgioConceição, e num remate dePauleta (35), na sequência deum entendimento entre RuiCosta e o lateral portista.

O “onze” de Carlos AlbertoParreira foi, porém, muito maisperigoso até ao intervalo:Roberto Carlos atirou a rasar oposte esquerdo (30 minutos) eacertou uma “bomba” no “ferro”(39), Ronaldo rematou à figurade Ricardo (33) e Rivaldo muitopouco ao lado (33) e à barra dabaliza lusa (45)... faltou sorte aosbrasileiros.

Para a segunda metade,Portugal entrou com o mesmo“onze”, enquanto Parreiratrocou Zé Roberto e Ronaldopor Amoroso e Adriano, masnada de excitante aconteceu atéaos 62 minutos, altura em quesaiu Sérgio Conceição e entrouDeco... para loucura da plateiadas Antas.

Aos 65 minutos, foram, po-rém, os brasileiros a fazer afesta:

Simão carregou RonaldinhoGaúcho, o árbitro assinalougrande penalidade (a falta foifeita fora da área) e o jogador doParis SG repetiu o feito do anopassado, voltando a marcar de“penalti”.

O golo teve um efeito positivopara a formação lusa, que voltoua despertar em termos ofensi-vos e esteve quase a voltar aocomando do marcador em duassituações: Deco, na primeira vezque tocou na bola, atirou comperigo (66 minutos) e, poucodepois, tabelou com Rui Costa,que isolou Pauleta... o rematesaiu à figura (68).

Aos 70 minutos, RobertoCarlos e Ronaldinho Gaúchoassustaram, com rematesperigosos que Ricardo deteve,mas a formação lusa estava,agora, melhor e voltou a estarperto do golo, primeiro comSimão a rematar mal e, depois,com Pauleta a cabecear comperigo.

O melhor estava, no entanto,para vir: aos 81 minutos, Decoganhou uma falta perto da área,Roberto Carlos “cresceu” para oárbitro e viu o cartão vermelhoe, na transformação do livre, aos82, o “cérebro” do FC Portorecolocou Portugal na frente...foi o delírio.

Até ao final, a formação“canarinha” ainda procurourestabelecer a igualdade, mas,com mais um jogador, aselecção portuguesa soubecontrolar muito bem a posse dabola e “selar” a vitória face aoBrasil... a primeira desde 1966.

Europeu Sub-21(Qual., Gr. 7)

Portugal 4Inglaterra 2

(Lusa) - Portugal reentrou nacorrida ao apuramento para oEuropeu+2004 de futebol desub-21 com a vitória por 4-2sobre a forte formação deInglaterra, um dos adversáriosdirectos da selecção nacional noGrupo 7.

Com este moralizador tri-unfo, Portugal igualou osingleses na classificação (agoracom seis pontos) e reduziu paraapenas três pontos a desvan-tagem para a Turquia, quecontinua a liderar o agrupa-mento, sendo agora a únicaequipa invicta (três vitórias emtrês jogos).

Uma segunda parte degrande nível, com Portugal adesfazer uma comprometedoraigualdade a dois golos (regis-tada no final do primeiro tempo)no espaço de dez minutos, comos golos de Carlos Martins (61)e Cristiano Ronaldo (71),selaram esta vitória, quegalvaniza a selecção para aviagem a Bratislava, ondedefronta terça-feira a Eslová-quia.

Num início de encontroverdadeiramente diabólico,Portugal respondeu da melhor

forma ao ligeiro ascendenteinglês nos primeiros minutos, ecom cem por cento de eficácia,já que da primeira vez que seaproximou da baliza adversáriomarcou.

Num lance aparentementeinofensivo, Titus Brambleofereceu a bola a CristianoRonaldo, que depois de “galgar”alguns metros no centro doterreno desmarcou na perfeiçãoHélder Postiga, que frente aoguarda-redes Stephen Bywaternão teve grandes dificuldadespara “facturar” logo aos seteminutos.

Mas a alegria portuguesaduraria pouco, pois doisminutos volvidos uma falhacolectiva da defesa portuguesapermitiu a Shola Ameobi isolar-se frente a Moreira, com oavançado inglês a contornar oguarda-redes português e aacertar na baliza já de ângulodifícil.

O ritmo frenético do períodoinicial do encontro não paroucom o golo inglês e, doisminutos depois, Portugal voltoupara a frente do marcador, numlance que começou num pon-tapé de canto, cobrado àmaneira curta, por RicardoQuaresma, com o avançadosportinguista, depois de “tabe-lar” com Hugo Viana, a acertarnovamente com o fundo dasredes, embora com a ligeiracolaboração de um ressaltoinfeliz em Gareth Barry, quetraiu Bywater.

Portugal galvanizou-se com osegundo golo e foi-se instalandoprogressivamente no meio-campo inglês, e na dobragem osprimeiros 20 minutos crioumais uma bela ocasião paramarcar, quando CristianoRonaldo subiu mais alto que adefesa contrária e cabeceou umpouco por cima da baliza, nasequência de um bom cruza-mento de Jorge Ribeiro.

à entrada para os últimos dezminutos do encontro, e numaaltura em que Portugalcontrolava as operações, maisuma perdida de bola fatal nomeio-campo, com Bosingwa aoferecer o esférico para JoeCole, deu origem a novo golo daInglaterra.

Com os jogadores portu-gueses parados, a pedir fora-de-jogo, Cole lançou o rápidoAmeobi, que, mais uma vez,frente a Moreira, não sentiudificuldades para contornar oguarda-redes “encarnado” emarcar o segundo golo da contapessoal.

Com este tento, a selecçãonacional intranquilizou-se e jános minutos finais do primeirotempo quase consentia oterceiro golo dos ingleses,valendo o guarda-redes Morei-ra, que desviou “in extremis”um cruzamento “mortífero” deJlloyd Samuel, que quaseencontrava os pés de Ameobi.

Não bastasse o novo golo deresposta da Inglaterra, JoséRomão foi forçado, quatrominutos depois do segundotento de Ameobi, a umasubstituição forçada, já queHugo Viana, com uma lesão noombro esquerdo, teve de serrendido por Carlos Martins, umjogador que chegou a entrar nas“contas” para a equipa titular.

Ao contrário do que tinhasucedido no primeiro tempo,Portugal tomou a iniciativa dojogo na reentrada em campo elogo no primeiro minuto estevemuito perto do terceiro golo,após uma excelente jogada deentendimento entre Ricardo

Quaresma, Hélder Postiga eJorge Ribeiro, concluída pelo“poveiro” com um rematecruzado que obrigou Bywater auma defesa muito apertada.

Muito por culpa das inves-tidas pelas alas dos endiabradossportinguistas Ricardo Quares-ma e Cristiano Ronaldo,Portugal entrou na melhor fasedo jogo e foi “empurrando” osingleses para o seu sector maisrecuado, acercando-se commuito perigo da baliza deBaywater, embora faltasse maisacerto na finalização.

Apenas um minuto depois deter acertado no poste, nacobrança de um livre directofrontal, Carlos Martins, aos 61minutos, voltou a colocarPortugal na frente do marcador,graças a um “disparo” fortís-simo do “meio da rua”, num golode belo efeito e que não deuquaisquer hipóteses ao guarda-redes inglês.

Na resposta, o primeirogrande aviso dos inglesessurgiu aos 68 minutos, quandoJoe Cole, na sequência de umpontapé de canto e liberto demarcação, atirou ligeiramenteao lado da baliza de Moreira,com a bola ainda a tocar nasmalhas laterais.

Portugal não se atemorizou e,três minutos depois, numrápido lance de contra-ataque,uma soberba assistência deCarlos Martins deixou Cris-tiano Ronaldo isolado na “cara”de Bywater. Com a frieza de“matador”, o jovem avançadomarcou o quarto golo esentenciou praticamente apartida.

A nove minutos do final, foi avez de Hélder Postiga dar nasvistas com uma excelenteiniciativa individual, com oavançado portista a libertar-sede três defesas e a rematarligeiramente por cima da baliza.

A tarefa dos portuguesesficou ainda mais facilitada doisminutos depois, quando Ameo-bi, num lance escusado (atiroupara o fundo da baliza quando oárbitro francês Bertrand Layecjá tinha apitado para um fora dejogo), foi admoestado com osegundo cartão amarelo erecebeu ordem de expulsão.

Com esta adversidade, aInglaterra baixou os baços eabriu caminho para uns minutosfinais tranquilos para Portugal,que se limitou a gerir a preciosavantagem no marcador.

Liga de VeteranosO F.C.Porto averbou mais

uma vitória e cimentou oprimeiro lugar da classificaçãogeral. Desta feita a “vítima” foi oRams que os portistas baterampor 11 bolas a 2, com golos de:Luís Almeida(1), SammyKorban (1), Mamadou Dubai(2), Armando Melo (2) eManuel Franco (5).

Resultados:Simard 3 El Maghreb 5Carabec 5 Hagen 0Old Glory 4 Pumas 5Eurocan 8 Legea 4FCPorto 11 Rams 2

Classificação:1- FCPorto 432- Old Glory 403- Carabec 404- Pumas 385- Eurocan 346- El Maghreb 287- Simard 258- Rams Copoli 199- Legea 910- Hagen 0