16° agrocafé estima boa produção do setor para a safra 2015

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Após três anos consecutivos de secas, a produção baiana de café, que che- gou a ser de 2,6 milhões de sacas, caiu para 1,9 milhão de sacas. Com o arrefecimento da estiagem, e se não houver contratempo climático, espe- ra-se colher este ano em torno de 2,5 milhões de sacas. Esse crescimento em curto tempo se deu, principalmente, graças ao Conillon, que é planta- do na região Sul da Bahia. O Conillon tem experimentado uma boa fase. Quando o preço do arábica caiu drasticamente, o seu não caiu tanto. A demanda aumen- ta por causa do blend das indústrias, que já trabalham com até 50% de Conillon. No ano passado, o Brasil voltou a exportar café, quase 3 milhões de sacas. E o Conillon, base do solúvel (80%) se destacou. Mercados aber- tos mais recentemente são grandes consumidores, como a China e a Rús- sia, que estão migrando do chá para o café, tendo o solúvel como porta de entrada. O Brasil chegou a produzir 55 milhões de sacas, manteve a produ- ção em torno de 52 milhões de sacas, e, no ano passado, a quebra de sa- fra muito grande em Minas Gerais fez com que a produção nacional caís- se para, aproximadamente, 45 milhões de sacas, o que proporcionou a recuperação de preços. A produção este ano deve ser próxima a do ano passado. REGIÕES PRODUTORAS DA BAHIA PLANALTO Produção: 1 milhão de sacas (Chapada, Vitória da Conquista e Brejões) Quando a ABACAFÉ começou a promover o Concurso de Qualidade Ca- fés da Bahia, pequenos produtores da microrregião mostraram interesse em aderir a uma forma de produção voltada para a qualidade, o que re- queria processos diferentes dos que estavam acostumados. Dessa forma, passaram a compensar o volume pequeno de produção com as remune- rações diferenciadas. A aptidão da Chapada Diamantina para a cafeicultura se deve ao que chamamos de terroir, da mesma forma que ocorre com os vinhos. São ca- racterísticas de clima e solo, dentre outras. Mas, fora dessas condições, te- mos conseguido premiar produtores de vários municípios. É muito impor- tante o procedimento do produtor no período de colheita e pós-colheitas, o que leva em torno de 10 dias. Esse período define o melhor e o pior café. Qualidade é uma opção, e os produtores da Chapada estão enten- dendo isso, com uma grande ajuda do Concurso. Quando o produtor se decide a participar de um concurso, nunca mais vende um café cru; ele descobre as cafeterias, os consumidores e faz R$7 mil em uma saca de ca- fé, se torrá-lo e moê-lo. CERRADO Produção: 500 mil sacas no Oeste A área ocupada com café chegou a 15 mil hectares. Depois da queda dos preços, que coincidiram com a alta das commodities soja, milho e algo- dão, a área plantada caiu para 11 mil hectares. Agora, com a possibilidade de preços melhores e graças ao idealismo de alguns produtores, como o Comandante Prado, a região está retornan- do aos 15 mil hectares. Comandante Prado tem mais de 1000 hectares de café irrigado no município de Cocos. O Oeste produz o café natural. A van- tagem da região é que não chove na época da colheita, e o grão seca no chão, não perde a qualidade e economiza no custo de despolpar. A região de cerrado é plana e mecanizável em todas as etapas. Todo o café do Oes- te da Bahia é irrigado. A região é a segunda maior produtora de algodão do país. Planta-se ainda soja e milho. ATLÂNTICO (Sul e Extremo-Sul do Estado) Café Conillon Produção: 1 milhão de sacas POR ALEXANDRE SANTOS POR EDNALVA TELINHOS [ SIMPÓSIO ] [ IGAPORÃ ] [2] SALVADOR, BAHIA, SEGUNDA-FEIRA, 30/03/2015 A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Par- naíba (CODEVASF), em parceria com a Prefeitura de Igaporã, por meio da Secretaria de Agricultura, Abasteci- mento e Meio Ambiente, realizou, no mês passado, peixamentos que introduziram 50 mil alevinos em no- ve barragens públicas no município de Igaporã, com o intuito de promo- ver a reabilitação das barragens por meio de seu repovoamento. “Esse peixamento tem uma im- portância muito grande, pois o mu- nicípio de Igaporã tem uma zona ru- ral muito pobre e, com isso, nós be- neficiamos nove comunidades. Es- tamos fornecendo proteína animal para os habitantes locais, além da possibilidade de uma renda extra para eles, pois, além de se alimenta- rem, ainda poderão vender os pes- cados”, informou a técnica da CODE- VASF, Isabel Denis. Os alevinos foram produzidos e cedidos pela Bahia Pesca - empresa pública vinculada à Secretaria Esta- dual de Agricultura, Pecuária, Irriga- 16º Agrocafé estima boa produção do setor para a safra de 2015 ção, Pesca e Aquicultura (SEAGRI) -, graças a uma parceria firmada en- tre as duas empresas que permite que a CODEVASF realize peixamen- tos em vários municípios da Bahia, entre eles Igaporã, Bom Jesus da La- pa, Ibotirama, Jaborandi, Malhada, Santa Maria da Vitória, Sítio do Ma- to e Tanque Novo com alevinos pro- duzidos e cedidos pela Bahia Pesca. Em contrapartida, a Bahia Pesca está recebendo da CODEVASF ração, que é utilizada nas unidades produ- 50 mil Alevinos são introduzidos em barragens públicas do Semiárido baiano tivas da empresa e que são operadas por associações de pescadores das ci- dades de Barra, Caculé e Paramirim. A soltura aconteceu nas localida- des de Gameleira, Gameleirinha, Cal- deirão, Santana, Caminhão, Lagoa Funda, Tamanduá, Jatobá e Lagoa da Torta. Desde setembro de 2014, técnicos da CODEVASF e da prefeitu- ra estiveram em campo identifican- do as barragens adequadas e reali- zando o cadastramento das 110 famí- lias beneficiadas. Ainda em 2014, no mês de novembro, a CODEVASF rea- lizou, no auditório da Câmara Muni- cipal, uma capacitação técnica, que reuniu mais de 60 agricultores e re- presentantes de associações comu- nitárias. Segundo Demétrios Rocha, che- fe da Associação Regional de Comér- cio e Promoção Institucional da CO- DEVASF, a companhia tem três eixos de execução na área de Piscicultura, na área de abrangência da 2ª Supe- rintendência Regional, região do Mé- dio-São Francisco baiano. São duas estações de piscicultura, sendo uma na cidade de Guanambi, mais anti- ga, e uma nova na cidade de Xique Xique. “Na sede da CODEVASF em Bom Jesus da Lapa, nós temos um trabalho realizado em parceria com a estação de piscicultura da Bahia Pesca, no distrito de Porto Novo, na cidade de Santana, às margens do Rio Corrente. A CODEVASF realiza di- versos peixamentos, povoamentos e doações de alevinos nessas três uni- dades. Nessas unidades são distribuí- dos apenas alevinos de tilápia”. Um dos maiores eventos do calen- dário nacional da cafeicultura, o 16º Simpósio Nacional do Agronegócio Café (Agrocafé) será realizado entre os próximos dias 11 e 13 de maio, no Bahia Othon Palace, em Salvador. Segundo a Associação de Produ- tores de Café da Bahia (Assocafé), uma das organizadoras do evento, o encontro acontecerá em meio a um cenário de boas perspectivas do setor para a safra de 2015, seguido pela recuperação do preço do grão. Isto porque, após três anos consecu- tivos de desvalorização ocasionada pela seca nas regiões produtoras, o Estado estima colher, até o fim de dezembro, em torno de 2,5 milhões de sacas de café. Com o objetivo de estimular produtores de pequeno porte em relação à qualidade da produção, o 16º Agrocafé promoverá palestras e debates acerca do futuro do café, as exigências do mercado por técnicas de produção modernas e sustentá- veis, além de uma agenda de cursos que acontecerão simultaneamente com a programação principal. “Nosso objetivo é estimular en- tre os produtores de porte muito pequeno a consciência pela quali- dade. E tem dado certo. Hoje, o ca- fé produzido em pequenas proprie- dades da Chapada Diamantina se destaca, nacional e internacional- mente, graças à adesão dos cafei- cultores aos critérios de qualidade. O Agrocafé traz esses produtores da zona rural para a capital, onde eles assistem palestras, fazem contatos, negociam a produção e descobrem que a única maneira de se desta- car em um mercado de grandes é sendo os melhores, ainda que pe- quenos”, explica João Lopes Araújo, presidente da Assocafé. Conforme o dirigente da Asso- café, a sinergia entre o café e a ci- dade está nos fundamentos das novidades que estão sendo prepa- radas para essa edição do evento. “Embora o Agrocafé aconteça em uma grande capital e seu enfoque seja voltado para o produtor de ca- fé, é estratégico atrair o cidadão ur- bano, que, muitas vezes, nem sequer conhece um pé de café, mas não dis- pensa uma xícara da bebida”, afirma. Segundo ele, outra novidade do 16º Agrocafé será o 1º Concurso Agro- café de Baristas, que está sendo ela- borado em parceria com a Associação Brasileira de Café e Barista (ACBB). A competição escolherá, entre os pro- fissionais de Salvador, aqueles com o maior talento para produzir e incre- mentar bebidas feitas com café. Lopes explica que a ideia surgiu por causa da grande procura pelo minicurso promovido pela Assocafé em edições anteriores do Agrocafé e, principalmente, pela necessidade do setor de se aproximar cada vez mais do consumidor final. “O minicurso de barista é um sucesso e atrai des- de pessoas que querem se profissio- nalizar até aquelas que amam café e o universo gourmet e desejam apro- fundar o conhecimento sobre as pos- sibilidades da bebida, e, simplesmen- te, fazer um charme para os amigos”. “Queremos que o cuidado que o produtor dá ao grão no campo este- ja também na hora do preparo des- se grão. Produzir bebidas saborosas, criativas, tecnicamente corretas, mes- mo que seja um simples café expres- so, mantém e apura as características do produto, tão bem estudadas e tra- balhadas pelo agricultor de qualida- de”, acrescenta. De acordo com a ACBB, baristas são os “experts” no preparo do café e têm completo conhecimento sobre o preparo da bebida. Esses profissio- nais também têm de entender da his- tória do café, do seu cultivo, tipos de grãos e origens. “Estão para o café assim como os sommeliers estão para o vinho. Com uma diferença: o barista tem a capa- cidade de criar novas e originais recei- tas e apresentações tanto de café ex- presso quanto de cappuccinos e ou- tros drinques e coquetéis à base de expresso”, define o presidente da en- tidade, Luiz Otávio Franco de Souza. Parte desses alevinos foi forneci- da também a pequenos produtores da agricultura familiar, para a cria- ção e a posterior comercialização do pescado. Com o objetivo de auxiliar o combate à dengue, outra soma foi distribuída para o povoamento de di- versas aguadas públicas de nossa re- gião. “Destacamos, ainda, que boa parte dos alevinos distribuídos foi produzida na 2ª/CIX - unidade de Xi- que-Xique, haja vista a seca na região de Guanambi e a dificuldade de água naquela região, antes abastecida so- mente pela Barragem de Ceraíma”, informou Demétrios. RECUPERAÇÃO DA ICTIOFAUNA- Ao longo de 2014, a CODEVASF produ- ziu mais de nove milhões de alevi- nos nos Centros Integrados de Recur- sos Pesqueiros e Aquicultura da em- presa. Um total de 81 municípios nos Estados de Alagoas, Bahia, Minas Ge- rais, Pernambuco e Sergipe foram be- neficiados. Os alevinos são usados para re- cuperar os recursos pesqueiros do Ve- BAHIA VETERANA- Franco de Sou- za afirma que a Bahia já é uma vete- rana nesse tipo de competição. “Es- te é o terceiro campeonato de ba- ristas que o Estado promove, agora por meio da Assocafé. Na produção, a qualidade dos cafeicultores baia- nos já é comprovada. Prova disso foi o último Cup of Excellence, em que a Bahia conquistou as cinco primei- ras posições com seus cafés da Cha- pada Diamantina”, lembra ele, refe- rindo-se ao concurso promovido pe- la Associação Brasileira de Cafés Es- peciais (BSCA), no qual, dos 21 cafés inscritos, nove eram da Bahia. Dentre esses, diz, cinco primeiros colocados. O vencedor do Cup of Excellence – Ear- ly Harvest, Cândido Vladimir Ladeia, também conquistou o primeiro lugar no Concurso de Qualidade Cafés da Bahia, da Assocafé, em novembro do ano passado. O Campeonato Agroca- fé de Baristas é realizado pela Assoca- fé, com o apoio da ACBB e o patrocí- nio da BBC Café Gourmet. lho Chico e seus afluentes por meio de peixamentos, e para a inclusão produtiva de pequenos produtores, incentivando a aquicultura. Além de promover a recuperação da ictiofau- na, essas ações proporcionam alter- nativas de trabalho e renda. Os ale- vinos também são usados na realiza- ção de estudos e pesquisas aplicadas voltadas para desenvolver a aquicul- tura na área de abrangência da em- presa e pesquisas para a reprodução de espécies nativas. Dos mais de nove milhões de ale- vinos produzidos no ano passado, a maior parte – cerca de 6,5 milhões – foi voltada para as ações de inclusão produtiva. O restante da produção, em torno de 2,9 milhões, foi direcio- nada para as ações de peixamento realizadas pela CODEVASF. Ao longo do ano, foram realiza- dos pela CODEVASF um total de 56 peixamentos, onde foram usadas di- versas espécies nativas da Bacia do São Francisco, como curimatã, paca- mã, piau, cascudo, matrinxã, piaba e dourado. PRODUÇÃO “Nosso objetivo é estimular entre os produtores de porte muito pequeno a consciência pela qualidade. E tem dado certo” João Lopes Araújo, presidente da Assocafé 2011 2013 2014 - out/nov. R$ 530,00 R$ 250,00 R$ 530,00 Nove comunidades de Igaporã foram beneficiadas pelo peixamento DIVULGAÇÃO/ CODEVASF

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Após trêsanos consecutivosde secas, aproduçãobaianade café, que che-gou a ser de 2,6 milhões de sacas, caiu para 1,9 milhão de sacas. Com oarrefecimentodaestiagem,e senãohouver contratempoclimático, espe-ra-se colher este ano em torno de 2,5milhões de sacas. Esse crescimentoemcurto tempo sedeu, principalmente, graças aoConillon, queéplanta-do na região Sul da Bahia.

O Conillon tem experimentado uma boa fase. Quando o preço doarábica caiu drasticamente, o seu não caiu tanto. A demanda aumen-ta por causa do blend das indústrias, que já trabalham com até 50% deConillon.

No ano passado, o Brasil voltou a exportar café, quase 3 milhões desacas. E o Conillon, base do solúvel (80%) se destacou. Mercados aber-tosmais recentemente são grandes consumidores, comoaChina e aRús-sia, que estão migrando do chá para o café, tendo o solúvel como portade entrada.

O Brasil chegou a produzir 55 milhões de sacas, manteve a produ-ção em torno de 52milhões de sacas, e, no ano passado, a quebra de sa-framuito grande emMinas Gerais fez com que a produção nacional caís-se para, aproximadamente, 45 milhões de sacas, o que proporcionou arecuperação de preços. A produção este ano deve ser próxima a do anopassado.

REGIÕES PRODUTORASDA BAHIA

PLANALTOProdução: 1milhão de sacas (Chapada, Vitória da Conquista e Brejões)

Quando a ABACAFÉ começou a promover o Concurso de Qualidade Ca-fés da Bahia, pequenos produtores damicrorregiãomostraram interesseem aderir a uma forma de produção voltada para a qualidade, o que re-queria processos diferentes dos que estavamacostumados. Dessa forma,passarama compensar o volume pequeno de produção comas remune-rações diferenciadas.

AaptidãodaChapadaDiamantinaparaa cafeicultura sedeveaoquechamamosde terroir, damesma formaqueocorre comos vinhos. São ca-racterísticas de clima e solo, dentre outras.Mas, fora dessas condições, te-mos conseguido premiar produtores de váriosmunicípios. Émuito impor-tante o procedimento do produtor no período de colheita e pós-colheitas,oque levaemtornode 10dias. Esseperíododefineomelhor eopior café.

Qualidade é uma opção, e os produtores da Chapada estão enten-dendo isso, com uma grande ajuda do Concurso. Quando o produtor sedecide a participar de um concurso, nunca mais vende um café cru; eledescobre as cafeterias, os consumidores e faz R$7mil emuma saca de ca-fé, se torrá-lo emoê-lo.

CERRADOProdução: 500mil sacas noOeste

A área ocupada com café chegou a 15mil hectares. Depois da queda dospreços, que coincidiram com a alta das commodities soja, milho e algo-dão, a área plantada caiu para 11mil hectares.

Agora, comapossibilidadedepreçosmelhores egraçasao idealismodealgunsprodutores, comooComandantePrado,a regiãoestá retornan-doaos 15mil hectares. ComandantePrado temmais de 1000hectares decafé irrigadonomunicípio deCocos.OOeste produz o café natural. A van-tagemda região é que não chove na época da colheita, e o grão seca nochão, nãoperdeaqualidadeeeconomizano custodedespolpar. A regiãode cerradoéplanaemecanizável em todasas etapas. Todoo cafédoOes-te da Bahia é irrigado. A região é a segundamaior produtora de algodãodo país. Planta-se ainda soja emilho.

ATLÂNTICO (Sul e Extremo-Sul do Estado)Café ConillonProdução: 1milhão de sacas

POR ALEXANDRE SANTOS

POR EDNALVA TELINHOS

[ SIMPÓSIO ]

[ IGAPORÃ ]

[2] SALVADOR,BAHIA, SEGUNDA-FEIRA, 30/03/2015

A Companhia de Desenvolvimentodos Vales do São Francisco e do Par-naíba (CODEVASF), emparceria comaPrefeiturade Igaporã, pormeiodaSecretaria de Agricultura, Abasteci-mento e Meio Ambiente, realizou,no mês passado, peixamentos queintroduziram50mil alevinos emno-ve barragens públicas no municípiode Igaporã, como intuito depromo-ver a reabilitação das barragens pormeio de seu repovoamento.

“Esse peixamento tem uma im-portância muito grande, pois o mu-nicípio de Igaporã temuma zona ru-ral muito pobre e, com isso, nós be-neficiamos nove comunidades. Es-tamos fornecendo proteína animalpara os habitantes locais, além dapossibilidade de uma renda extraparaeles, pois, alémdesealimenta-rem, ainda poderão vender os pes-cados”, informoua técnica da CODE-VASF, Isabel Denis.

Os alevinos foram produzidos ecedidos pela Bahia Pesca - empresapública vinculada à Secretaria Esta-dual de Agricultura, Pecuária, Irriga-

16º Agrocafé estima boaprodução do setor paraa safra de 2015

ção, Pesca e Aquicultura (SEAGRI) -,graças a uma parceria firmada en-tre as duas empresas que permiteque a CODEVASF realize peixamen-tos em vários municípios da Bahia,entre eles Igaporã, BomJesus da La-pa, Ibotirama, Jaborandi, Malhada,SantaMaria da Vitória, Sítio doMa-to e Tanque Novo com alevinos pro-duzidos e cedidos pela Bahia Pesca.

Emcontrapartida,aBahiaPescaestá recebendo da CODEVASF ração,que é utilizada nas unidades produ-

50milAlevinossãointroduzidosembarragenspúblicasdoSemiáridobaiano

tivas da empresa e que sãooperadaspor associaçõesdepescadores das ci-dades de Barra, Caculé e Paramirim.

A soltura aconteceu nas localida-desdeGameleira,Gameleirinha, Cal-deirão, Santana, Caminhão, LagoaFunda, Tamanduá, Jatobá e Lagoada Torta. Desde setembro de 2014,técnicos da CODEVASF e da prefeitu-ra estiveram em campo identifican-do as barragens adequadas e reali-zandoo cadastramentodas 110 famí-lias beneficiadas. Ainda em 2014, no

mês de novembro, a CODEVASF rea-lizou, no auditório da Câmara Muni-cipal, uma capacitação técnica, quereuniu mais de 60 agricultores e re-presentantes de associações comu-nitárias.

Segundo Demétrios Rocha, che-fe da Associação Regional de Comér-cio e Promoção Institucional da CO-DEVASF, a companhia tem três eixosde execução na área de Piscicultura,na área de abrangência da 2ª Supe-rintendênciaRegional, regiãodoMé-dio-São Francisco baiano. São duasestações de piscicultura, sendo umana cidade de Guanambi, mais anti-ga, e uma nova na cidade de XiqueXique. “Na sede da CODEVASF emBom Jesus da Lapa, nós temos umtrabalho realizado em parceria coma estação de piscicultura da BahiaPesca, no distrito de Porto Novo, nacidade de Santana, às margens doRio Corrente. A CODEVASF realiza di-versos peixamentos, povoamentos edoações de alevinos nessas três uni-dades.Nessas unidades sãodistribuí-dos apenas alevinos de tilápia”.

Um dos maiores eventos do calen-dárionacionalda cafeicultura,o 16ºSimpósio Nacional do AgronegócioCafé (Agrocafé) será realizado entreospróximosdias 11 e 13demaio,noBahia Othon Palace, em Salvador.Segundo a Associação de Produ-tores de Café da Bahia (Assocafé),uma das organizadoras do evento,o encontro acontecerá em meio aumcenáriodeboasperspectivasdosetor para a safra de 2015, seguidopela recuperação do preço do grão.Istoporque,após trêsanosconsecu-tivos de desvalorização ocasionadapela seca nas regiões produtoras, oEstado estima colher, até o fim dedezembro,emtornode2,5milhõesde sacas de café.

Com o objetivo de estimularprodutores de pequeno porte emrelação à qualidade da produção, o16º Agrocafé promoverá palestras edebates acerca do futuro do café, asexigências domercado por técnicasde produção modernas e sustentá-veis,alémdeumaagendadecursosque acontecerão simultaneamentecomaprogramaçãoprincipal.

“Nosso objetivo é estimular en-tre os produtores de porte muitopequeno a consciência pela quali-dade. E tem dado certo. Hoje, o ca-fé produzido em pequenas proprie-dades da Chapada Diamantina sedestaca, nacional e internacional-mente, graças à adesão dos cafei-cultores aos critérios de qualidade.OAgrocafé traz esses produtores dazona rural para a capital, onde elesassistem palestras, fazem contatos,negociam a produção e descobremque a única maneira de se desta-car em um mercado de grandes ésendo os melhores, ainda que pe-quenos”, explica João LopesAraújo,presidente da Assocafé.

Conforme o dirigente da Asso-café, a sinergia entre o café e a ci-dade está nos fundamentos dasnovidades que estão sendo prepa-radas para essa edição do evento.“Embora o Agrocafé aconteça emuma grande capital e seu enfoqueseja voltado para o produtor de ca-fé, é estratégico atrair o cidadão ur-

bano, que,muitas vezes, nem sequerconhece um pé de café, mas não dis-pensaumaxícaradabebida”,afirma.

Segundo ele, outra novidade do16º Agrocafé será o 1º Concurso Agro-café de Baristas, que está sendo ela-boradoemparceria comaAssociaçãoBrasileira de Café e Barista (ACBB). Acompetição escolherá, entre os pro-fissionais de Salvador, aqueles comomaior talento para produzir e incre-mentar bebidas feitas comcafé.

Lopes explica que a ideia surgiupor causa da grande procura pelominicurso promovido pela Assocaféem edições anteriores do Agrocafé e,principalmente, pela necessidade dosetor de se aproximar cada vez maisdo consumidor final. “O minicursode barista é um sucesso e atrai des-de pessoas que querem se profissio-nalizar até aquelas que amam café eo universo gourmet e desejam apro-fundar o conhecimento sobre as pos-sibilidadesdabebida,e, simplesmen-te, fazer umcharmepara os amigos”.

“Queremos que o cuidado que oprodutor dá ao grão no campo este-ja também na hora do preparo des-se grão. Produzir bebidas saborosas,criativas, tecnicamentecorretas,mes-mo que seja um simples café expres-so,mantémeapuraas característicasdoproduto, tãobemestudadas e tra-balhadas pelo agricultor de qualida-de”, acrescenta.

De acordo com a ACBB, baristassão os “experts” no preparo do cafée têm completo conhecimento sobreo preparo da bebida. Esses profissio-nais tambémtêmdeentenderdahis-tória do café, do seu cultivo, tipos degrãos e origens.

“Estãoparao caféassimcomoossommeliers estão para o vinho. Comuma diferença: o barista tem a capa-cidadedecriarnovaseoriginais recei-tas e apresentações tanto de café ex-presso quanto de cappuccinos e ou-tros drinques e coquetéis à base deexpresso”, define o presidente da en-tidade, Luiz Otávio Franco de Souza.

Parte desses alevinos foi forneci-da também a pequenos produtoresda agricultura familiar, para a cria-ção e a posterior comercialização dopescado. Com o objetivo de auxiliaro combate à dengue, outra soma foidistribuída para o povoamento de di-versas aguadas públicas de nossa re-gião. “Destacamos, ainda, que boaparte dos alevinos distribuídos foiproduzida na 2ª/CIX - unidade de Xi-que-Xique,haja vistaa secana regiãodeGuanambi eadificuldadedeáguanaquela região, antes abastecida so-mente pela Barragem de Ceraíma”,informouDemétrios.

RECUPERAÇÃO DA ICTIOFAUNA- Aolongo de 2014, a CODEVASF produ-ziu mais de nove milhões de alevi-nos nos Centros Integrados de Recur-sos Pesqueiros e Aquicultura da em-presa. Um total de 81municípios nosEstadosdeAlagoas, Bahia,MinasGe-rais,PernambucoeSergipe forambe-neficiados.

Os alevinos são usados para re-cuperaros recursospesqueirosdoVe-

BAHIA VETERANA- Franco de Sou-za afirma que a Bahia já é uma vete-rana nesse tipo de competição. “Es-te é o terceiro campeonato de ba-ristas que o Estado promove, agorapor meio da Assocafé. Na produção,a qualidade dos cafeicultores baia-nos já é comprovada. Prova disso foio último Cup of Excellence, em quea Bahia conquistou as cinco primei-ras posições com seus cafés da Cha-pada Diamantina”, lembra ele, refe-rindo-se ao concurso promovido pe-la Associação Brasileira de Cafés Es-peciais (BSCA), no qual, dos 21 cafésinscritos, noveeramdaBahia.Dentreesses, diz, cinco primeiros colocados.OvencedordoCupofExcellence–Ear-ly Harvest, Cândido Vladimir Ladeia,também conquistou o primeiro lugarno Concurso de Qualidade Cafés daBahia, da Assocafé, emnovembro doanopassado.OCampeonatoAgroca-fédeBaristas é realizadopelaAssoca-fé, com o apoio da ACBB e o patrocí-nio da BBC Café Gourmet.

lho Chico e seus afluentes por meiode peixamentos, e para a inclusãoprodutiva de pequenos produtores,incentivando a aquicultura. Além depromover a recuperação da ictiofau-na, essas ações proporcionam alter-nativas de trabalho e renda. Os ale-vinos também são usados na realiza-ção de estudos e pesquisas aplicadasvoltadas para desenvolver a aquicul-tura na área de abrangência da em-presa e pesquisas para a reproduçãode espécies nativas.

Dosmaisdenovemilhõesdeale-vinos produzidos no ano passado, amaior parte – cerca de 6,5milhões –foi voltada para as ações de inclusãoprodutiva. O restante da produção,em torno de 2,9 milhões, foi direcio-nada para as ações de peixamentorealizadas pela CODEVASF.

Ao longo do ano, foram realiza-dos pela CODEVASF um total de 56peixamentos, onde foram usadas di-versas espécies nativas da Bacia doSão Francisco, como curimatã, paca-mã, piau, cascudo,matrinxã, piaba edourado.

PRODUÇÃO

“Nosso objetivo é estimular entre osprodutores de portemuito pequenoa consciência pela qualidade. E temdado certo”João Lopes Araújo, presidente da Assocafé

2011 2013 2014 - out/nov.

R$ 530,00 R$ 250,00 R$ 530,00

Nove comunidades de Igaporã forambeneficiadas pelo peixamento

DIVULGAÇÃO/ CODEVASF