15775717 conceito de erro norma e adequacao linguistica (1)

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  • 7/21/2019 15775717 Conceito de Erro Norma e Adequacao Linguistica (1)

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULINSTITUTO DE LETRAS

    DEPARTAMENTO DE LETRAS CLSSICAS E VERNCULASCURSO DE ESPECIALIZAO EM GRAMTICA E ENSINO DE LNGUA.

    PORTUGUESA

    ENSAIO CRTICO:

    A Teoria da Rea!i"idade Li#$%&'!i(a: )*a#do o erro #+o , erro e a #or-a e'!i#ade)*ada

    Si-o#e Dor#ee' Se"ero

    Por!o Ae$re/001

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    A2re'e#!a3+o

    Este ensaio crtico aborda os conceitos de erro, norma e adequao lingsticos.

    Foi solicitado pela Disciplina de Estudos Lingsticos II (mdulo da ro!." L#cia

    $% &ebello' do urso de Especiali)ao em *ram%tica e Ensino da Lngua ortuguesa +

    edio n -, ano de //0, reali)ado na Escola 12cnica de om2rcio da 3ni4ersidade

    Federal do &io *rande do $ul e coordenado pela ro!." $abrina de 5breu ereira.

    .

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    A Teoria da Rea!i"idade Li#$%&'!i(a: )*a#do o erro #+o , erro e a #or-a e'!i#ade)*ada

    6uem disse que a magn!ica 1eoria da &elati4idade se aplica somente 7 Fsica,enganou8se, pois, 9o:e, Linguagem (boa;' < adequao lingstica ao quadrado=

    L4a/Errar 2 muito relati4o... Depende se ele 2 escolar>, num te?to de 4estibular, na

    internet e com quem 4oc@ est% se comunicando. Ael9or di)endo, copiando Bagno=Como sempre, tudo 4ai depender de quem di) o qu@, a quem, como, quando, onde, porqu@ e 4isando que e!eito... Inicialmente 2 bom de!inirmos que a linguagem tem 4%rios Ccamposmagn2ticos= a linguagem oral e a linguagem escrita. essas, tamb2m tudo 2 muitorelati4o; s erros em relao 7 norma Cdeslocam mais massa quando ocorrem naescrita. a linguagem oral, por ser um Ccorpo !luido, os erros so 4alori)ados de!orma menos importante e di!erentemente.

    $em contar, tamb2m, que a Cenergia de uma inter!ere na da outra. E a, est% umdos Cenigmas do problema de adequao lingstica= at2 que ponto se pode C!undiruma com a outraG 6uanto de massa podemos deslocar da linguagem oral para alinguagem escritaG Em que tipos de Cmassa (te?tos'G

    5o lermos um te?to, um erro em relao 7 norma gramatical (ortogra!ia' ser%mais insigni!icante do que um erro semHntico (ambigidade, por e?emplo', pois ointuito !undamental da teoria da relati4idade 2= produ)ir boa e !orte comunicao(energia'. $e 4oc@ se !a) entender, na sociedade, 2 o que contar% para 4oc@ produ)irCenergia comunicati4a. te?to abai?o, produ)ido na campan9a contra a 5ID$ em um

    presdio, 2 um e?celente e?emplo de te?to !ormulado com gra4es erros em relao 7norma gramatical. 3m te?to !ormal, seguindo as normas da gram%tica tradicional ou de

    campan9as tele4isi4as tradicionais, direcionadas ao p#blico padro brasileiro (na normaculta padro', no teria tanto impacto naquele grupo social=

    5qui 2 bandido= lnio Aarcos. 5teno malandrage (sic'-;Eu num 4 pedirnada, 4 te d% um al; 1e liga a= 5ids 2 uma praga que roi at2 mais !ortes, eri de4agarin9o. Dei?a o corpo sem de!esa contra a doena. 6uem pega essa

    praga est% ralado de 4erde e amarelo, de primeiro ao quinto, e sem 4aselina.um tem doto que d@ :eito, nem re)a bra4a, nem c9oro, nem 4ela, nem ai,Jesus. egou 5ids, !oi pro bre:o; 5gora sente o aroma da perp2tua= 5ids

    pega pelo esperma e pelo sangue, entendeuG, pelo esperma e pelo sangue;(ausa'Eu num to te dando esse al pra te assombra, ento se toca; o 2 porque tu

    ta na tranca que 4irou an:o. Auito pelo contr%rio, cana dura dei?a o cararuim; Aas 2 preciso que cada um se cuide, ningu2m pode 4ale pra ningu2mnesse negcio de 5ids. Ento, :% 4iu= trans%, s de acordo com o parceiro, ede camisin9a; (ausa'5gora, tu a que 2 metido a esculac9a os outros, metido a gan9a ocompan9eiro na !ora bruta, na congesta;%ra com isso, tu 4ai acabaempesteado; 5ids num toma con9ecimento de mac9e)a, pega pra l%, pega

    pra c%, pega em 9ome, pega em bic9a, pega em mul92, pega em roadeira;

    KKKKKKKKKKKKKKKKKK>$$E1I, $rio. Por )*e #+o e#'i#ar $ra-!i(a #a e'(oa. ampinas8$= Aercado de Letras, >M.N p. (oleo Leituras no Brasil'

    B5*, Aarcos. Pre(o#(ei!o i#$%&'!i(o: o )*e ,5 (o-o 'e 6a7.N" ed. $o aulo= LoOola, >. p%g.>->.-Dispensarei os demais sic para no me tornar pedante.

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    ra essa peste num tem bom; 6uem bobeia !ica premiado. E !icaum temposem sabe. Da, o mais malandro, no dia da 4isita, recebe mamo com a#carda !amlia e manda pra casa o 5ids; P

    5tra42s do e?emplo acima podemos in!erir que as noQes de erro, norma eadequao lingstica so ligadas 7 1eoria da omunicao (emissor, mensagem, canal,

    receptor'P e 7 1eoria da 5rgumentaoP, as quais no abordaremos aqui, de !ormapormenori)ada, pois !ogem de nosso C!oco de energia(en!oque'. 1amb2m, por esse te?to, podemos 4eri!icar que quem entende mesmo deadequao lingstica so os publicit%rios, que usam e abusam da transgresso dalngua, sem Cpreconceitos, em prol da aceitao de sua mensagem. 5 eles no importao que os Ccomandos paragramaticaisN comentam... 5c9o que eles at2 gostam dadiscusso que causam comslogansdo tipo C4em pra cai?a 4oc@ tamb2m (uso erradodo Imperati4o de acordo com a norma' e Ca persistirem os sintomas (de acordo com anorma', que causou d#4ida para a maioria da populao...6ual 2 o mais adequadoG 6ual!oi o mais aceitoG ara Bagno de4e8se encontrar um ponto de equilbrio na C!uso do%tomo= nos adequar 7 situao de uso da lngua em que nos encontramos. $e !or umasituao !ormal, tentaremos usar uma linguagem !ormal e se !or uma situaodescontrada, uma linguagem descontrada, seguindo as Cleis dinHmicas daadequabilidade e aceitabilidade.

    3m !oneticista in4estigador, ao tentar deci!rar quem e?pressou determinadodiscurso, quando, como e onde, se 4ale dos preceitos de adequao lingstica, norma eerro para constatar a !onte correta. or e?emplo, um !uncion%rio de alto escaloempresarial, de uma empresa multinacional, :amais se e?pressar% da mesma !orma, aoroubar, do que um rapa) esperto querendo usurpar din9eiro de uma esposa rica e bonita.3m ladro do $ul e um ladro do orte do Brasil empregaro 4ocabul%rio, acentos(stress' e entonaQes di!erentes e, con!orme a idade, tamb2m se e?pressaro de maneira

    di4ersa um do outro. uso de grias (caracteri)a a linguagem do !alante', os arcasmos(recuperam a 2poca', os neologismos (caracteri)am o !alante e a 2poca', osregionalismos e os estrangeirismos (caracteri)am a proced@ncia do !alante' e os :argQes(caracteri)am a compet@ncia de quem utili)a' empregados por eles sero ndices dein!ormao para o in4estigadorM.

    BagnoRe?planou sobre as 4%rias de!iniQes de norma elaboradas por astil9o(>R0', Lucc9esi (>P' e Aattos e $il4a (>N'. astil9o de!ine tr@s tipos= normaob:eti4a (linguagem e!eti4amente praticada pela classe culta, escolari)ada'S sub:eti4a(atitude que o !alante assume perante a norma ob:eti4a' e prescriti4a (combinao danorma ob:eti4a com a sub:eti4a'. Lucc9esi propQe tr@s conceitos= norma padro (!ormas

    prescritas pelas gram%ticas normati4as'S norma culta (!orma e!eti4amente depreendidas

    da !ala dos segmentos plenamente escolari)ados 8 com curso superior completo' enorma 4ern%cula (padrQes lingsticos das classes mais bai?as, no escolari)adas, que seoporiam de !orma ntida aos padrQes das classes m2dia e alta, escolari)adas'.

    KKKKKKKKKKKKKKPFI&I, Jos2 Lui), $5TILI, Francisco lato. Li38e' de !e9!o: ei!*ra e reda3+o. P" ed. $o aulo=Utica, ///.N Co-a#do' 2ara$ra-a!i(ai' (''i(o'= li4ros destinados ao p#blico em geral, escritos porautoproclamados de!ensores da lngua portuguesa que in4estem contra erros comuns, a in4aso deestrangeirismos, a runa do idioma de amQes, a pobre)a da lngua da atual gerao e outros malesigualmente gra4es. Co-a#do' 2ara$ra-a!i(ai' -oder#o'= di!undidos atra42s da mdia (:ornal, re4ista,cd8rom, internet', que tomam para si a misso de de!ender a Lngua ortuguesa.MFI&I, Jos2 Lui). $5TILI, Francisco lato. Para e#!e#der o !e9!o: ei!*ra ereda3+o.P" ed. $o

    aulo: Utica, //-. p%g. NRB5*, Aarcos. Dra-!i(a da $*a 2or!*$*e'a: !radi3+o $ra-a!i(a5 -&dia e e9(*'+o 'o(ia." ed. $o aulo= LoOola, ///. p%gs. >P>8>N>

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    5 de Aattos e $il4a, que se apro?ima mais com a de Bagno, de!ine dois tipos=

    a. #or-a #or-a!i"o2re'(ri!i"a5 #or-a 2re'(ri!i"a o* #or-a2adr+o5conceito tradicional, ideali)ado pelos gram%ticos pedagogos, diretri) at2certo ponto para o controle da representao escrita da lngua, sendoquali!icado de erro o que no segue esse modelo. De !ato, a normanormati4o8prescriti4a passa a ser a norma codi!icada nas gram%ticas

    pedaggicas que se repetem tradicionalmente de gram%tico a gram%tico. Dis8tancia8se da realidade dos usos, embora com alguns deles se interseccione, e2 parcialmente reciclada ou atuali)ada ao longo do tempo pelas imposiQese4identes, decorrentes da ra)o uni4ersal de as lnguas mudarem e suasnormas tamb2m, entre elas, a que ser4e de modelo 7 #or-a2adr+oS

    b. #or-a' #or-ai' o* 'o(iai', Cob:eti4as e quanti!ic%4eis(G', atuantes nosusos !alados de 4ariantes das lnguas. $o normas que de!inem grupossociais que constituem a rede social de uma determinada sociedade.Distinguem8se em geral= b.> normas Csem prestgio social ouestigmati)adasS b. normas Cde prestgio social, equi4alentes ao que sedenomina norma culta, quando o grupo de prestgio que a utili)a 2 a classedominante e, nas sociedades letradas, aqueles de n4el alto de escolaridade.

    omo tamb2m ocorre na meta!sica, tamb2m na metalinguagem da lingstica 9%con!uso e ambigidades no uso do termo norma. Bagno, ento, propQe, atra42s daC!uso dos conceitos de astil9o, Lucc9esi e Aattos e $il4a, um uso restritssimo dotermo norma= como a concepo de lngua das gram%ticas normati4as, dos comandos

    paragramaticais e instituiQes a!ins, bem como da ideologia que atua sobre asrepresentaQes que as pessoas t@m do que se:a lngua e gram%tica. $ua de!inio seapro?ima a de Dubois et al(>R0' em seuDicionrio de Lingstica= Cc9ama8se normaum sistema de instruQes que de!inem o que de4e ser escol9ido entre os usos de umadada lngua se se quiser con!ormar a um certo ideal est2tico ou sociocultural. 5 norma,

    que implica a e?ist@ncia de usos proibidos, !ornece seu ob:eto 7 gram%tica normati4a ougram%tica no sentido corrente do termo.ara Hmara J#nior0, Cnorma 2 uma !ora conser4adora na linguagem, mas no

    impede a e4oluo lingstica que est% na ess@ncia do dinamismo da lngua, como detodos os !enmenos sociais. Em muitas sociedades e4oludas a norma se torna operantee agressi4a por meio do ensino escolar e da organi)ao de uma disciplina gramatical,que so temas muito debatidos por Bagno. 5 norma 2 contrariada pela 4ariabilidadelingstica intrnseca que se 4eri!ica de um lugar para outro, de uma classe social paraoutra, de um indi4duo para outro. Hmara J#nior de!ine tr@s esp2cies de erros=regionalismos, 4ulgarismos (trao lingstico do uso da lngua nas classes populares' eos erros indi4iduais, que correspondem ao idioleto.

    Bagnodeclara que rea4aliar a noo de erro 2 romper com o crculo 4icioso dopreconceito lingstico e com a ideologia dominante, a qual discrimina a maioria dapopulao brasileira que se considera !alar e ou escre4er errado sua prpria lnguamaterna>/. 5 prpria classe escolari)ada da sociedade brasileira emprega sua 4ariedadeCdita culta, que des4irtua da gram%tica normati4a e, aqui, podemos citar os e?emplos

    KKKKKKKKKKKKK0 VA5&5 JWI&, J. Aatoso. Di(io#rio de Li#$%&'!i(a e Gra-!i(a: re6ere#!e ; L$*aPor!*$*e'a. >>" ed. etrpolis= To)es, >0P. 0M p.B5*, Aarcos. Pre(o#(ei!o i#$%&'!i(o: o )*e ,5 (o-o 'e 6a7.N" ed. $o aulo= LoOola, >. p%gs.>8>N.>/

    Aarcos Bagno

    organi)ou o e?celente li4ro Li#$%&'!i(a da Nor-a, que aborda cienti!icamente a normacomo e?erccio de poder e preconceito, a teoria da desregulamentao lingstica, entre outros temaspol@micos relacionados com a ideologia que se perpetua atra42s da gram%tica.

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    de Ca n4el de, a estrat2gia da relati4i)ao cortadora (como em Cas coisas X que eu mere!iro', o emprego incorreto dos 4erbos na " pessoa do singular no $ul do Brasil, entretantos outros Cerros cometidos por pessoas cultas e importantes socialmente. 5ssimcomo os pases que dominam a tecnologia da energia nuclear so respeitados por seremtemidos, tamb2m a lngua 2 temida e os Cpreconceitos de norma e erro esto a

    desser4io da sociedade, cerceando as relaQes sociais e aumentado as di!erenas declasses no segundo pas do planeta com mais di!erenas sociais. E o pior, ressaltaBagno, que quase ningu2m se d% conta desse poder maligno e sub:eti4o da lngua.

    $egundo ele, reina uma con!uso de lngua em geral com escrita e, maisredu)idamente ainda, com ortogra!ia o!icial. que se rotula erro de ortugu@s 2, na4erdade, apenas um mero des4io da ortogra!ia o!icial.

    ingu2m comete erros ao !alar sua prpria lngua materna, assim comoningu2m comete erros ao andar ou respirar. $ se erra naquilo que 2aprendido, naquilo que constitui um saber secund%rio obtido por meio detreinamento, pr%tica e memori)ao= erra8se ao tocar piano, erra8se ao darum comando ao computador, erra8se ao !alarYescre4er uma lngua

    estrangeira. 5 lngua materna no 2 um saber desse tipo= ela 2 adquiridapela criana desde o #tero, 2 absor4ida :unto com o leite materno. or isso,qualquer criana entre os - e P anos de idade (se no menos' :% domina

    plenamente a gram%tica de sua lngua.

    ara ele, Cpodemos at2 di)er que e?istem erros de portugu@s, s que nen9um!alante nati4o da lngua os comete; or e?emplo, seriam Cerrados os enunciadosabai?o=

    (>' 5quela garoto me ?ingou(' Eu nos 4imos ontem na escola.

    5 noo de erro 2 4inculada erroneamente com portugu@s, gram%tica normati4ae 4ariedade padro.ossenti>> concorda com Bagno de que no 9% !ormas ou e?pressQes

    intrinsecamente erradas, mas salienta que na escola, onde o aluno est% para aprender a4ariedade culta que no domina (ningu2m domina;', pode ocorrer que o aluno utili)e4ariantes no padrQes em situaQes nas quais a 4ariante padro seria e?igida. 3msegundo tipo de erro escolar decorre de estar o aluno aprendendo uma 4ariedade no4a.omo as 4ariedades no4as s se aprendem pela !ormulao de 9ipteses, 2 poss4el quealgumas das 9ipteses que o ele !ormule se:am inadequadas. Ele propQe o ensinoatra42s da (nesta ordem'= gram%tica internali)ada, gram%tica descriti4a e, por !im, anormati4a. ara ele, todas podem con4i4er na escola= o que o aluno produ) re!lete o que

    ele sabe (a gram%tica internali)ada', a comparao das 4ariedades da lngua, sempreconceitos (a gram%tica descriti4a' e a e?plicitao da aceitao ou re:eio social das!ormas 2 a tare!a da gram%tica normati4a.

    5 correo pode ser !eita pela simples apresentao da !orma correta (aceita eadequada' e cabe ao pro!essor a tare!a de corrigir o aluno sem perpetuar o preconceitode que ele no sabe sua lngua, que 2 !raco ou sem capacidade para aprender portugu@s,

    pois isso l9e in!luenciar% por toda a sua 4ida escolar.

    KKKKKKKKKKKKKKK>> $$E1I, $rio. Por )*e M. N p. p%gs. 0M8>(oleo Leituras no Brasil'