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A MORFOLOGIA DO CÃO Os cães podem ser divididos em algumas categorias: lupóides (com orelhas eretas e cabeça triangular); bracóides (com orelhas caídas, focinho largo e stop bastante acentuado); molossóides (com orelhas pequenas e caídas, cabeça maciça quadrada ou redonda, e focinho curto); e graiódes (orelhas pequenas voltadas para a cauda, cabeça grande e fina, stop pouco acentuado e membros esguios). De acordo com o tamanho, são divididos em: pequenos (abaixo de 46 cm); médios (entre 46 e 61 cm); e grandes (acima de 61 cm). Baseados no peso, dividem-se em: pequenos (menos de 10 kg); médios (de 11 a 25 kg); grandes (de 26 a 45 kg); e gigantes (de 46 a 90 kg). A classificação zoológica do cão e do gato dá-se da seguinte maneira: CÃES GATOS FILO Chordata Chordata CLASSE Mammalia Mammalia ORDEM Carnívora Carnívora FAMÍLIA Canídea Felidae GÊNERO Canis Felis ESPÉCIE Canis familiaris Felis domesticus Para pelagem de cães, temos diversas variações de cores e tipos, citados a seguir: - Branco - Negro - Cinzento: mistura de branco e negro com diversas tonalidades (cinzento rato, cinzento aço, cinzento lobeiro, cinzento azulado). - Fulvo: cor amarelada, que quando muito diluída, aparenta cor de areia. Possui variações de vermelho, laranja e dourado. Na coloração sal-pimenta, o pêlo é cor de areia tisnado de preto. - Castanho: podendo variar entre diversas tonalidades indo do fígado, ao chocolate e ao ruivo. - Negro e fogo - Matizadas: que são os casos do “melro” (manchas esbatidas em fundo claro) e do arlequim (manchas brancas ou negras em fundo cinzento). - Tigrado: riscas negras sobre um fundo fulvo. - Tricolores: caracterizado pelas cores fulvo, negro e branco. - Pega: manchas negras, castanhas ou azuis sobre um fundo branco. - Cordoniz: manchas raiadas num fundo branco. - Baia: pêlos brancos e vermelho claro num conjunto homogêneo. - Aguti: base e extremidade dos pêlos negra, com a parte intermediária ruiva. - Ruça: alaranjada, composta por pêlos brancos, negros e fulvos. Contudo, estas pelagens ainda podem apresentar variações: - Tipo manto: quando se apresenta toda de uma única cor na parte superior e nas zonas laterais do corpo de outra. - Com malhas: marcas brancas em pelagem unicolor. - Salpicada: pêlos brancos em fundo castanho. - Mosqueada ou malhado tipo "truta": mosqueado escuro. 1

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A MORFOLOGIA DO CÃO

Os cães podem ser divididos em algumas categorias: lupóides (com orelhas eretas e cabeçatriangular); bracóides (com orelhas caídas, focinho largo e stop bastante acentuado); molossóides(com orelhas pequenas e caídas, cabeça maciça quadrada ou redonda, e focinho curto); e graiódes(orelhas pequenas voltadas para a cauda, cabeça grande e fina, stop pouco acentuado e membrosesguios).

De acordo com o tamanho, são divididos em: pequenos (abaixo de 46 cm); médios (entre 46e 61 cm); e grandes (acima de 61 cm).Baseados no peso, dividem-se em: pequenos (menos de 10 kg); médios (de 11 a 25 kg);

grandes (de 26 a 45 kg); e gigantes (de 46 a 90 kg).

A classificação zoológica do cão e do gato dá-se da seguinte maneira:

CÃES GATOSFILO Chordata ChordataCLASSE Mammalia MammaliaORDEM Carnívora CarnívoraFAMÍLIA Canídea FelidaeGÊNERO Canis FelisESPÉCIE Canis familiaris Felis domesticus

Para pelagem de cães, temos diversas variações de cores e tipos, citados a seguir:

- Branco- Negro- Cinzento: mistura de branco e negro com diversas tonalidades (cinzento rato, cinzento aço,

cinzento lobeiro, cinzento azulado).- Fulvo: cor amarelada, que quando muito diluída, aparenta cor de areia. Possui variações de

vermelho, laranja e dourado. Na coloração sal-pimenta, o pêlo é cor de areia tisnado de preto.

- Castanho: podendo variar entre diversas tonalidades indo do fígado, ao chocolate e ao ruivo.- Negro e fogo- Matizadas: que são os casos do “melro” (manchas esbatidas em fundo claro) e do arlequim

(manchas brancas ou negras em fundo cinzento).- Tigrado: riscas negras sobre um fundo fulvo.- Tricolores: caracterizado pelas cores fulvo, negro e branco.- Pega: manchas negras, castanhas ou azuis sobre um fundo branco.- Cordoniz: manchas raiadas num fundo branco.- Baia: pêlos brancos e vermelho claro num conjunto homogêneo.- Aguti: base e extremidade dos pêlos negra, com a parte intermediária ruiva.- Ruça: alaranjada, composta por pêlos brancos, negros e fulvos.

Contudo, estas pelagens ainda podem apresentar variações:

- Tipo manto: quando se apresenta toda de uma única cor na parte superior e nas zonaslaterais do corpo de outra.

- Com malhas: marcas brancas em pelagem unicolor.- Salpicada: pêlos brancos em fundo castanho.- Mosqueada ou malhado tipo "truta": mosqueado escuro.

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PRINCIPAIS RAÇAS DE CÃES E SUAS APTIDÕES

Os grupos de cães têm classificações que variam de país a país e podem ser divididos deacordo com o tipo, país de origem, trabalho que o cão desenvolve ou sua finalidade.

Os cães citados nessa apostila seguem um padrão de classificação adotado pela F.C.I(Federação Cinológica Internacional), onde são agrupados em:

Grupo 1: Cães pastores e boiadeiros (exceto os suíços);•Grupo 2: Cães do tipo pinscher, schnauzer, molossóide e boiadeiros suíços;•Grupo 3: Terriers;•Grupo 4: Dachshunds;•Grupo 5: Cães de tipo spitz e de tipo primitivo;•Grupo 6: Sabujos e cães de pista de sangue;•Grupo 7: Cães de aponte;•Grupo 8: Recolhedores, levantadores de caça e cães d’água;•Grupo 9: Cães de companhia;•Grupo 10: Lebréis.

GRUPO 1: Pastor Alemão, Pastor Australiano, Pastor de Beauce, Pastor Bergamasco, Pastor de Brie, Pastor Maremmano e Abruzzi, Pastor da Picardia, Pastor dos Pirineus, Pastor da RússiaMeridional, Pastor de Shetland, Old English Sheepdog, Pastor Belga, Malinois, Laekenois,Groenandel, Tervueren, Pastor Catalão, Pastor Croata, Pastor Holandês, Cão de Bestiar, Cão Pastor Polonês de Planície, Pastor Português da Serra de Aires, Pastor Polonês de Podhal, Boiadeiro Australiano, Boiadeiro de Flanders, Cão-lobo de Saarloos, Cão-lobo Checoslovaco, Collie, CollieBarbudo, Kelpie, Komondor, Kuvasz, Mudi, Puli, Pumi, Schapendoes, Schipperke, Slovensky Cuvac,Welsh Corgi Cardigan, Welsh Corgi Pembroke. 

1.Colie:

Inicialmente, era utilizado nas montanhas e planícies da Escócia como pastor de ovelhas. Osmachos medem de 56 a 61 cm e as fêmeas, de 51 a 56 cm. As cores aceitas são: branco commanchas, castanho e branco, tricolor e preto azulado. Por ser um cão grande, necessita de umespaço grande para ser criado. É muito fiel, companheiro, ativo, obediente e sociável.

2. Pastor Alemão:

Originário da Alemanha como seu próprio nome sugere, inicialmente eram utilizados paraproteger as ovelhas da voracidade dos lobos. Os machos medem 61 a 66 cm, e as fêmeas 56 a 61cm. As cores aceitas são todas as cores vivas, inclusive cores misturadas como o preto e bege.Bastante inteligente, fiel ao proprietário, bom para conviver com crianças, muito utilizado por policiaisde todo o mundo, além de ser um bom guia para cegos e ótimo pastor de rebanhos.

3. Old English Sheepdog ou Antigo Pastor Inglês:

Originário da Inglaterra foi primeiramente utilizado como guardião de rebanhos, tornando-seposteriormente guia de gado e ovelhas. Os machos medem acima de 56 cm e as fêmeas acima de51 cm. As cores aceitas como padrão são o azul, o cinza e o preto azulado. Manchas brancas sãoaceitas. Muito independente, fácil de treinar, bom para conviver com crianças e apesar do pêlovolumoso, adapta-se bem a qualquer tipo de clima.

4. Pastor de Shetland

Provém das ilhas de Shetland na Escócia. Tem a função de vigia da casa, pastoreio deovelhas e ainda impedem que o gado estrague os campos não cercados da ilha onde vivem. Os

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machos medem 37 cm e as fêmeas, 35 cm. As cores aceitas são o preto, o preto-azulado, commanchas brancas ou douradas. É muito ativo, ótimo saltador e excelente para o Agility, porémmesmo sendo pequeno, não se adapta em apartamentos.

GRUPO 2: Affenpinscher, Doberman, Pinscher, Pinscher Austríaco de Pêlo Curto, Schnauzer,Pastor Iogoslavo, Shar Pei, Terranova, Cão de Guarda Holandês, Terrier Preto da Rússia, Aidi,Boxer, Broholmer, Bulldogue, Bullmastife, Cane Corso, Mastife, Mastim Espanhol, MastimNapolitano, Mastim dos Pirineus, Rafeiro do Alentejo, Rottweiler, Pastor de Anatólia, Pastor da Ásia

Central, Pastor do Cáucaso, Pastor Montanhês de Krast, Cão de Castro Laboreiro, Cão dos Pirineus,Cão da Serra da Estrela, Dogue Alemão, Dogo Argentino, Dogue de Bordeaux, Cão de PresaMaiorquino, Dogue do Tibete, Fila Brasileiro, Hovawart, Landseer, Leonberger, São Bernardo, Tosa,Boiadeiro de Appenzel, Boiadeiro Bernês, Boiadeiro de Entlebuch, Grande Boiadeiro Suíço.

1. Boxer 

De origem alemã, os primeiros Boxers registrados eram descendentes da mistura do Bulldog deDantzig (grande e pesado) com o Bulldog Inglês. Os machos medem de 56 a 60 cm e as fêmeas de53 a 58 cm. A cor deve ser castanha ou tigrada, sendo que o castanho pode ser amarelado ouavermelhado. Muito brincalhão, esse cão mantém certa desconfiança com estranhos e tem um bominstinto de proteção e guarda.

2. Bulldog Inglês

Foi criado na Inglaterra para combater touros, prática abolida em 1835. Apesar de guarda,também é um cão de companhia. Seu tamanho varia entre 30 e 40 cm. A pelagem pode ser unicolor (vermelho, tigrado) ou fuligem, nome dado para máscara ou focinho preto (quando são brancos comoutras cores). Corajoso e travesso é um cão de confiança. É bastante afeiçoado ao seu dono e ótimocompanheiro para as crianças.

3. Bullmastiff 

Originou-se na Grã-Bretanha no século XIX através do cruzamento entre Bulldog com oMastife. Os machos medem cerca de 63 a 68 cm e as fêmeas, entre 61 a 66 cm. A cor deve ser purae nítida com qualquer tom de rajado, vermelho ou fulvo, podendo-se admitir uma pequena manchabranca no peito. Precisa de bastante espaço e exercício. É um cão bastante ativo, ágil, resistente,equilibrado, ótimo cão de guarda e bom companheiro para as crianças.

4. Dogue Alemão

Foi introduzido na Europa pelos Fenícios e era uma raça que caçava em matilha. De origemAlemã, teve seu padrão de fixado por volta de 1890. Os machos medem no mínimo 80 cm e asfêmeas, 72 cm. A coloração de sua pelagem pode ser rajada, fulva, preta, azul e arlequim (fundobranco puro com manchas pretas de contorno irregular distribuídas por todo corpo). Precisa de

espaço para exercícios, mas pode ser criado em apartamentos se puder sair diariamente. Não érecomendável a prática de muito exercício antes do final de sua fase de crescimento para evitar problemas articulares e de ligamentos. É gentil, manso, late pouco, bastante afetuoso e excelentecompanhia para as crianças.

5. Dobermann

Originário da Alemanha é um cão de trabalho antigamente bastante utilizado pela polícia eexército de todo o mundo. Os machos medem de 68 a 72 cm e as fêmeas entre 63 a 68 cm. Suapelagem é preta ou marrom, com marcações fogo claramente definidas no focinho, bochechas, peito,membros e ponta das coxas. Necessita de bastante espaço e exercício.Tem temperamento firme, fiele impulsivo, precisando ter um dono bastante firme, pois não aceita relações conflituosas.

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6. Fila Brasileiro

Como o próprio nome já diz, é um cão de origem brasileira, que surgiu entre cruzamentos deDogues, Mastifes e Cães de Saint-Hubert, introduzidos no país pelos portugueses e espanhóis. Omachos medem cerca de 65 a 75 cm e as fêmeas entre 60 a 70 cm. Todas as colorações depelagem uniformes são permitidas podendo ou não apresentar máscara preta. Não se adapta à vidana cidade, pois precisa de grandes espaços para exercitar-se. Corajoso, valente e determinadorequer uma educação firme. É tolerante com as crianças e obediente com seus donos.

7. Mastim Napolitano

Originário da Itália é descendente do Dogue do Tibete. No século I, foi difundido por todaEuropa onde combateu ao lado as legiões romanas. Os machos medem de 65 a 75 cm e as fêmeasde 60 a 68 cm. As colorações de pelagem mais comuns são: tons de cinza, preto, marrom eavermelhado, também podendo ser tigradas. Requer cuidados com as pregas da pele e as pálpebrase precisa de grandes espaços para exercitar-se. É manso com as crianças, obediente com seu dono,leal, corajoso e dominador com outros cães. Torna-se temível quando provocado.

8. Pinscher 

Não se sabe ao certo a origem do Pinscher. Alguns estudos dizem que são cães provenientesda Alemanha que surgiram entre cruzamentos de uma antiga raça semelhante aos Schnauzers. OPinscher médio mede de 43 a 58 cm enquanto o anão mede entre 25 a 30 cm. A pelagem pode ser unicolor indo do preto até tons avermelhados, e bicolor com marcações fogo, vermelhas ou maisclaras. Pode viver em apartamentos contanto que tenha espaço para se exercitar. É dedicado àfamília e agradável contanto que não seja muito manipulado.

9. Schnauzer 

Até o século XIX eram conhecidos na Alemanha como “pinschers de pêlo duro”. OsSchnauzer são encontrados em três tamanhos: gigante, medindo entre 60 a 70 cm; médio, medindo

entre 45 a 50 cm; e anão, medindo entre 30 a 35 cm. A coloração de sua pelagem é preto puro,branco ou preto e prata. Não são recomendados para apartamentos, pois são bastante esportivos. Éresistente, impetuoso e dominador. Gosta de crianças e é dedicado à família.

10. Rottweiler 

Para alguns, é um cão tipicamente alemão, descendente do Boiadeiro Bávaro. Para outros, éproveniente dos Molossos introduzidos na Alemanha pelas invasões romanas. Em 1910, foioficialmente reconhecido como cão policial do país. Os machos medem entre 61 a 68 cm, e asfêmeas entre 56 a 63 cm. Sua pelagem é curta de coloração preta com marcas fogo bemdelimitadas. Não suporta ficar preso e em ambientes fechados. De temperamento forte e espíritodominador, é um guardião eficiente. É afeiçoado ao dono e paciente com as crianças.

11. São Bernardo

Suas origens datam do século XVII na Suíça. É um descendente dos Molossos daantiguidade que atravessaram os Alpes com as legiões romanas. Foi num sanatório fundado naIdade Média que sua reputação de socorrista de montanha começou. O mais conhecido dos SãoBernardos socorreu 40 pessoas em 10 anos. Os machos têm no mínimo 70 cm de altura e asfêmeas, 65 cm. Sua pelagem é branca com áreas de coloração vermelho acastanhado. Exige muitoespaço e longos passeios diários, não suportando o calor. Manso, amável e sociável, adora crianças,podendo ser agressivo se as circunstâncias o exigirem.

12. Boiadeiro Bernês

De origem Suíça, provêm dos Molossos utilizados inicialmente pelas legiões romanas para o

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combate e posteriormente para a guarda dos rebanhos. Os machos medem entre 64 a 70 cm, e asfêmeas entre 58 a 66 cm. A pelagem é longa e tricolor (fundo de cor preta com marcas fogo ebranca). Não suporta ficar confinado em apartamento. Dócil, fiel, resistente e corajoso, é bastanteafetuoso com seus familiares. Atinge a maturidade comportamental apenas por volta dos 18 meses adois anos.

13. Cane Corso

É um descendente direto do Molosso, originário do século XVI na Itália. Os machos medementre 64 e 68 cm e as fêmeas entre 60 e 64 cm. As cores variam entre tons de cinza, vermelho etigrados. Necessitam de exercício e espaço. É um cão orgulhoso, porém equilibrado, bastanteafetuoso com seu dono que demonstra tolerância com as crianças. Fácil de adestrar e corajoso, étambém desconfiado com estranhos.

14. Shar Pei

É uma raça chinesa muito antiga, guardiã de templos. Seu tamanho médio é de 40 a 51 cm.O pêlo é curto, sempre unicolor (preto, fogo, bege, marrom ou creme). As dobras de sua pelerequerem cuidados especiais e pode viver em apartamentos contanto que possa sair para exercíciosdiários. Possui temperamento dominador, sendo agressivo com outros cães. É calmo e afetuoso comseu dono. Também gosta de crianças.

GRUPO 3:  Aierdale Terrier, American Staffordshire Terrier, Bulterrier, Staffordshire Bullterrier,Silky Terrier, Bedlington Terrier, Border Terrier, Fox-Terrier, Irish Glen of Imaal Terrier, Irish Soft Coated Wheaten Terrier, Terrier Irlandês, Terrier do Reverendo, Jack Russel, Yorkshire Terrier, WelshTerrier, Terrier Australiano, Cairn Terrier, Dandie Dinmont Terrier, Norfolk Terrier, Norwich Terrier,Kerry Blue Terrier, Lakeland Terrier, Escocês Terrier, Sealyham Terrier, Skye Terrier, Terrier Japonês,Terrier Checo, West White Highlander Terrier, Terrier Miniatura Preto e Castanho, Terrier Alemão deCaça, Manchester Terrier, Terrier Brasileiro.

1. Airedale

Foi criado por volta de 1850 por criadores de Yorkshire na Grã-Bretanha. Os machos medemaproximadamente 59 cm e as fêmeas, 57 cm. O pêlo é áspero e denso, de coloração fogo com omanto preto. Pode ser criado em apartamento contanto que possa sair para exercício diário. É muitoafeiçoado ao seu dono e manso com crianças. Pode ser dominador e agressivo com outros cães.

2. Fox Terrier 

Originário da Grã-Bretanha possui duas variedades: o Fox de Pêlo Liso e o Fox de Pêlo deArame. Medem abaixo de 39 cm. A cor da pelagem é predominantemente branca podendo ou nãopossuir marcas fulvas ou pretas. Não deve ser preso nem viver em ambientes muito fechados porque

apesar de se adaptar bem à vida na cidade, torna-se um animal muito nervoso nessascircunstâncias. Late bastante, é muito afetuoso com seu dono e manso com crianças.

3. Terrier Brasileiro

De origem brasileira tem seus ancestrais oriundos dos Terriers da Europa. Alguns oconhecem como Fox Paulistinha. Os machos medem entre 35 e 40 cm e as fêmeas entre 35 a 38cm. A pelagem é de fundo branco com marcações em preto, marrom ou azul. Pode viver emapartamento caso possa sair para passeios regulares. Requer uma educação firme, apesar de ser muito amigável com seus íntimos.

4. Bullterrier 

Originário da Grã-Bretanha surgiu do cruzamento entre Bulldogues e Terriers. Foi inicialmente

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utilizado nos combates de touros e depois, nos combates de cães, até 1835 quando esses duelosforam proibidos. Não há limite estipulado de tamanho para esses animais. A pelagem é branca,rajada preta, vermelha, fulva ou tricolor. Adapta-se bem à vida em apartamento, porém odeia asolidão e necessita de passeios diários com muito exercício. Robusto, afetuoso e pouco ladrador, éum agradável companheiro.

5. Yorkshire Terrier 

Originaram-se na Grã-Bretanha durante o século XIX. Requer cuidados mensais com suapelagem. O tamanho aproximado tanto de machos quanto de fêmeas é de 20 cm. A coloração dapelagem é azul-aço escuro que se estende do pescoço até a cauda, sendo fulva no antepeito.Adapta-se bem à vida em apartamento podendo fazer exercícios semanais. É corajoso e bastanteteimoso. Costuma latir muito e não se adapta às crianças com facilidade. Dominador, não hesita ematacar cães de porte maior.

GRUPO 4: Teckel Pêlo Curto, Teckel Pêlo Longo, Teckel Pêlo Duro.

1. Teckel

Existem três variedades desse cão: Padrão, Anão e Teckel de Caça ao Coelho. Cadavariedade inclui três tipos de pêlo: curto, longo e duro. De origem alemã, o Teckel de pêlo longo datado século XVII, enquanto o Teckel de pêlo duro data do século XIX. Conforme as variedades,machos e fêmeas podem medir entre 26 a 37 cm. As cores da pelagem das variedades de pêlo curtoou longo são: unicolor (fulvo, amarelo ou mosqueados com pêlos pretos), bicolor (preto, castanho,cinza, branco e fogo) e arlequim. Todas as cores são admitidas para a variedade de pêlo duro. É umcão de guarda e companhia que se adapta bem à cidade, necessitando de exercíciosesporadicamente. Dominante em relação aos outros cães é uma raça que morde facilmente. Éindependente e ciumento, necessitando de uma educação bastante firme desde pequeno.

GRUPO 5:  Malamute do Alasca, Cão da Groenlândia, Samoieda, Husky Siberiano, Pastor Finlandês da Lapônia, Buhund Norueguês, Cão Pastor da Islândia, Spitz da Lapônia, Cão Sueco daLapônia, Spitz dos Visigodos, Elkhound Norueguês Cinza, Cão de Caça Au Cervo, Cão Norueguêsde Macareux, Cão de Urso da Carélia, Laika, Spitz Finlandês, Spitz de Norboten, Spitz Alemão,Vulpino Italiano, Basenji, Cão de Canaã, Cão do Faraó, Cão Pelado Mexicano, Cão Pelado do Peru, Akita Inu, Chow Chow, Cão da Eurásia, Hokkaido, Kai, Kishu, Cão Jindo da Coréia, Shiba, Spitz Japonês, Cão Tailandês de Crista Dorsal, Podengo Ibicengo, Podengo Português, Cirneco do Etna.

1. Akita

É a maior e mais conhecida raça japonesa. Muito antiga e de origem polar, os primeirosregistros datados dessa raça mostram cães parecidos há 2000 anos antes de Cristo. Seu tamanho,

tanto machos quanto fêmeas, varia de 50 a 68 cm. A cor deve ser branca, com ou sem manchascoloridas, porém o tigrado também é aceito. Muito confiável, ativo e dedicado na proteção de seuterritório não é um animal indicado para o convívio com crianças pelo forte temperamento quepossui.

2. Husky Siberiano

Originário da Sibéria da Norte, seu nome advém do francês que significa todos os cães devoz rouca que puxam trenós. É uma raça que provavelmente descende do lobo e foi desenvolvidapor um povo aparentado com os Esquimós. Os machos medem de 54 a 60 cm, e as fêmeas de 51 a56 cm. São admitidas todas as cores de pelagem, desde o negro ao branco puro. Fica muito infelizquando criado em apartamento, pois foi criado para viver ao ar livre e necessita de muito exercício. Éindependente, afetuoso, com alto instinto de caça e não agressivo com outros cães. Não pode ser considerado um cão de guarda porque não desconfia de quem não conhece.

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3. Spitz Alemão

Fazem parte das raças de cães mais antigas e são os ancestrais dos cães do tipo lupóide.Seus registros datam de épocas remotas como a idade da pedra e período neolítico. Posteriormente,foi uma raça melhor desenvolvida na Alemanha do Norte, onde o Spitz Anão receberam o nome deLulu da Pomerânia. Conforme o tipo, podem medir entre 18 e 55 cm. A cor da pelagem tambémvaria: Spitz-Lobo (cinza lobo); Spitz Médio (preto, castanho, branco, laranja, cinza-lobo, azul, creme,castor podendo ou não ter fundo branco); e Spitz Anão (preto, castanho, branco, laranja e cinza-

lobo). Os Spitz pequenos se adaptam melhor à vida na cidade. É ciumento, afetuoso e muito ligadoao se dono. Tem tendência a lutar com cães de sua raça.

4. Chow Chow

É a mais popular raça na China, sendo conhecida há mais de 2000 anos. Os Hunos, Mongóise Tártaros o utilizavam para guerra, caça, tração, guarda e às vezes como alimento (sua pele serviacomo vestimenta). Os machos medem de 48 a 56 cm, e as fêmeas de 46 a 51 cm. Tem duasvariedades: pêlo longo e curto, podendo ser unicolor ou pluricolor. Adapta-se à vida na cidadecontanto que possa sair diariamente para caminhadas. É pouco barulhento e agitado, sendo um bomcão de guarda por desconfiar de estranhos.

GRUPO 6:  Anglo Francês, Cão do Ariège, Cão de Artois, Cão de Lontra, Cão de SantoHumberto, Coonhound Preto e Castanho, Drever, Basset Artesiano Normando, Basset Hound,Basset de Vestfália, Basset Alpino, Beagle, Beagle Harrier, Billy, Basset Azul da Gasconha, Braco Alemão, Braco Tirolês, Braco Polonês, Sabujo Espanhol, Sabujo Suíço, Sabujo Transilvânia, SabujosTricolores Iugoslavos, Sabujo de Posavatz, Sabujo Eslovaco, Sabujo da Istria, Sabujo Italiano,Sabujo Finlandês, Fulvo da Bretanha, Foxhound Americano, Foxhound Inglês, Francês, HaldenStovare, Hygenhud, Dunker, Schiller Stovare, Stovare Smäland, Gascão Saintongeois, GrifoNivernais, Grifo da Vendéia, Harrier, Poitevin, Porcelana, Cão de Pista de Sangue da Baviera, Cãode Pista de Sangue de Hanover, Dálmata, Cão de Crista Dorsal da Rodésia.

1. Basset Hound

Originário da Grã-Bretanha é o resultado do cruzamento entre Bassets Franceses. O primeiropadrão publicado da raça foi em 1887. Tanto machos como fêmeas medem por volta de 35 cm. Opêlo é curto e geralmente tricolor ou bicolor. Não suporta solidão, nem calor. Necessita de espaçopara exercitar-se, pois tem alto instinto de caça pelo faro. É afetuoso, dócil e nem um poucoagressivo.

2. Beagle

Raça inglesa muito antiga que teve seus primeiros registros mencionados no século III. Em1860, os primeiros Beagles foram introduzidos na França. Seu tamanho varia entre 33 a 40 cm.

Todas as colorações de pelagem são reconhecidas para os cães sabujos, exceto a cor fígado.Geralmente são tricolores ou bicolores. É um cão de caça e companhia que se adapta bem à cidadecontanto que tenha espaço para fazer exercícios. Corajoso e dotado de bom faro, é utilizado naInglaterra para caça de pista de lebre. Afetuoso, é um companheiro de família agradável.

3. Dálmata

Originário da Bacia Mediterrânea Central, provavelmente seria o produto do cruzamento entreo Braco de Bengala (hoje desaparecido) com o Bullterrier e o Pointer. Os machos medem entre 56 e61 cm, e as fêmeas entre 54 e 59 cm. A cor da pelagem é sempre o branco de fundo com manchasredondas pretas ou fígado. Adapta-se à vida em apartamento contanto que possa gastar energia. Foiinicialmente foi utilizado como acompanhante de carruagens e para tiro. Late pouco e desconfiadocom estranhos, é um bom cão de guarda.

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GRUPO 7: Braco Dinamarquês, Grifo de Caça Checo, Braco Alemão de Pêlo Curto, Braco Alemão de Pêlo Duro, Braco Alemão de Pêlo Longo, Braco do Ariège, Braco de Auvergne, Braco deBourbon, Braco Francês, Braco Húngaro, Braco Italiano, Braco de Saint Germain, PerdigueiroPortuguês, Perdigueiro Burgos, Weimaraner, Seter Inglês, Seter Gordon, Seter Irlandês, Stabyhoun,Spinone Italiano de Pêlo Duro, Spaniel Azul da Picardia, Spaniel Bretão, Spaniel Francês, Spaniel Perdigueiro de Drenthe, Spaniel da Picardia, Spaniel de Pont-Audemar, Münsterländer, Grifo de Aponte de Pêlo Duro, Braco Eslovaco de Pêlo Duro, Pudelpointer, Pointer.

1. Weimaraner 

De origem alemã, segundo alguns, seria descendente dos Cães Cinza de São Luís. Oprimeiro padrão da raça foi redigido em 1925. Os machos medem de 59 a 70 cm, e as fêmeas de 57a 65 cm. A cor da pelagem será sempre em variações de cinza. Pode se adaptar à vida emapartamento contanto que desfrute de passeios diários. É um excelente cão de aponte pelo notávelfaro que possui.

2. Pointer 

De origem Inglesa, é provavelmente o produto do cruzamento entre o Foxhound, oBloodhound e o Greyhound, que recebeu grandes infusões de Braços franceses e italianos no séculoXIX. Os machos medem entre 63 e 69 cm, e as fêmeas entre 61 e 66 cm. A coloração da pelagem(laranja, marrom, preto) sempre vem acompanhada com o branco como cor predominante, tambémsendo permitidos pelagens unicolores e tricolores. Sensível ao frio e à umidade, não é um cão feitopara viver nas grandes cidades, pois necessita de muito espaço e exercício. Possui um faroexcepcional sendo considerado o melhor cão de aponte. Quando necessário saber ser cão deguarda.

GRUPO 8: Barret, Golden Retriever, Labrador Retriever, Retriever de Pêlo Liso, Retriever dePêlo Ondulado, Retriever da Baia de Chesapeake, Retriever da Nova Escócia, Cão D’Água  Americano, Cão D’Água Espanhol, Cão D’Água Frison, Cão D’Água Irlandês, Cão D’Água

Português, Cão D’Água Romagnol, Perdigueiro Alemão, Clumber, Cocker Spaniel Americano,Cocker Spaniel Inglês, Field Spaniel, Pequeno Cão Holandês, Springer Spaniel Inglês, Springer Spaniel Gaulês, Sussex Spaniel.

1. Golden Retriever 

De origem inglesa, adveio da mesma fonte que o Labrador, entretanto, melhorada por diversos cruzamentos. A raça foi fixada na Inglaterra no século XIX. Os machos medem entre 56 a 61cm, e as fêmeas entre 51 a 56 cm. As únicas colorações de pelagem permitidas são os tons de ouroe creme. Possui um subpêlo justo e impermeável. Trabalha muito bem na terra e na água. Nãosuporta a solidão e também não é um cão para se ter em apartamento. Late pouco e tem excelentememória.

2. Labrador Retriever 

Originário de Canadá seria descendente do cão de Saint Jones que vivia na ilha de Terra-Nova no século XVIII. A raça só foi fixada na Inglaterra no início do século XX. Os machos medemcerca de 57 cm e as fêmeas cerca de 55 cm. A sua pelagem pode ser inteiramente preta, amarela oucastanha. Muito agitado, precisa de exercício para manter seu entusiasmo sob controle. Éconsiderado o rei dos retrievers e um ótimo nadador. Excelente rastreador, possui uma memóriavisual incrível. Ótima companhia por ser equilibrado e nunca agressivo.

3. Cocker Spaniel Inglês

Como o próprio nome já diz, é originário da Inglaterra e tem registros desde o século XIV. Osmachos medem entre 39 a 41 cm, e as fêmeas entre 38 a 39 cm. O pêlo é logo, de cores variadas.

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Requer cuidados específicos com as orelhas e pode viver em apartamento contanto que desfrute depasseios diários. Hoje é tido como um cão de companhia por ser afetuoso e meigo. Também é umcão bastante independente que não teme o mato.

GRUPO 9: Bichon Bolonhês, Bichon Havanês, Bichon Maltês, Bichon Frisé, Coton Tulear,Pequeno Cão Leão, Grifo da Bélgica, Grifo Bruxelense, Grifo Belga, Pequeno Brabançon, Poodle,Cão de Crista Chinês, Chihuahua, Spaniel Tibetano, Lhasa Apso, Shih Tzu, Terrier Tibetano,

Cavalier King Charles Spaniel, King Charles Spaniel, Pequinês, Spaniel Japonês, Spaniel AnãoContinental, Borboleta e Falena, Krtomfohrlsänder, Bulldog Francês, Carlin ou Pug, Boston Terrier.

1. Bichon Frisé

É uma raça que tem duas origens: França e Bélgica. Tanto machos como fêmeas medementre 25 e 30 cm. A coloração do pêlo deverá sempre ser branca. Não suporta a solidão e pode ser criado em apartamento. Criado para ser um cão de companhia.

2. Poodle

De origem francesa, o padrão da raça foi publicado em 1936. Pode ser encontrado em quatrotamanhos diferentes: grande, medindo entre 40 a 60 cm; médio, medindo entre 35 a 45 cm; anão,medindo entre 28 a 35 cm; e miniatura também conhecido como toy, medindo abaixo de 28 cm. Acoloração da pelagem pode ser branca, preta, marrom, cinza ou amarelo. Detesta solidão e seadapta bem ao campo e à cidade. Ativo, esperto e possessivo, é considerado como um bom cão decompanhia apesar de não gostar muito de crianças.

3. Lhasa Apso

É um cão que existe há milênios no Tibete. Os mais belos exemplares se encontravam com oDalai Lama. Medem cerca de 25 cm. A cor da pelagem pode ser dourado, mel, cinza escuro eparticolor (várias cores distintas, preto, branco ou marrom). Pode viver em apartamento e odeia a

solidão. Teimoso e com personalidade forte, precisa de uma educação firme. Tem latido agudo eótima audição. Bom cão de companhia por ser meigo com crianças.

4. Shih Tzu

De origem tibetana, seria certamente o cruzamento entre o Lhasa Apso e o Pequinês. Medemno máximo 26 cm. Todas as cores de pelagem são admitidas. Não gosta de solidão e vive muito bemem apartamento. Ativo e independente, precisa de muita afeição e ternura. Indiferente em relação àspessoas estranhas, só late para prevenir de sua presença. Considerado um cão de companhia.

5. Chihuahua

Recebeu esse nome, pois o berço da raça é a região de Chihuahua no norte do México.Provavelmente seus ancestrais eram cães Astecas como o Techichi. Medem de 16 a 20 cm. Todasas cores de pelagem são permitidas. É sensível ao frio e foi criado para viver em apartamento.Possui temperamento orgulhoso, possessivo e muito apegado ao seu dono. Late bastante, pode ser agressivo com estranhos e não suporta crianças. É considerado como cão de companhia.

6. Pequinês

De origem chinesa é uma das raças mais antigas do mundo, sendo representado em figurasde bronze que datam de 4000 anos. Antigamente era um cão de companhia bastante conhecido erequisitado, porém na atualidade, perdeu espaço para outras raças. Medem de 15 a 25 cm. Todas ascolorações de pelagens e marcas são admitidas. Adora viver em apartamento e deve-se ter certocuidado com as dobras da face e os olhos. Muito apegado ao dono, porém nem sempre suportacrianças.

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7. Pug

Apesar de seu berço ser a Inglaterra, é uma raça muito antiga que veio da China. Tantomachos quanto fêmeas medem aproximadamente 30 cm. As cores de pelagens admitidas são: prata,creme, fulva ou preta, sempre com a máscara preta. Adapta-se perfeitamente à vida emapartamento. Não suporta solidão e separação. Late pouco e não suporta muito bem as crianças.Deve ser educado com firmeza desde pequeno.

8. Boston Terrier 

Foi criado por volta de 1870 por criadores americanos, que o destinaram para o combate decães tradicionais na cidade de Boston. Medem entre 25 e 40 cm. Normalmente tem a pelagem decoloração preta com marcas brancas. Adapta-se à vida em apartamento contanto que possa gastar diariamente sua energia. Late pouco e adora caçar ratos. Não é agressivo e é considerado um ótimocompanheiro pelo bom coração que possui.

GRUPO 10:  Barzói, Galgo Afegã, Galgo Polonês, Saluki, Galgo Escocês, Galgo Irlandês, Azawakh, Greyhound, Galgo Espanhol, Galgo Húngaro, Pequeno Galgo Italiano, Sloughi, Whippet.

1. Galgo AfegãDe origem desconhecida, diz-se que seriam antigos Salukis levados ao Afeganistão onde

desenvolveram suas grandes pelagens. Os machos medem entre 69 e 74 cm, e as fêmeas entre 62a 69 cm. Todas as cores de pelagem são admitidas. Pode viver em apartamento contanto quepossua espaço para fazer exercício. Era utilizado antigamente como um cão de caça. O exércitobritânico o utilizou como mensageiro militar. Não gosta muito de ser perturbado, apesar de muitoafetuoso e apegado ao seu dono.

2. Greyhound

É considerado um dos descendentes do Tesem, antigo Galgo egípcio representado nas

tumbas dos faraós. Na Inglaterra, foi selecionado por Henrique VIII para a caça à lebre. Os machosmedem entre 71 a 76 cm, e as fêmeas entre 68 a 71 cm. As colorações de pelagem admitidas são:preta, branca, vermelha, azul, fulva ou qualquer uma dessas cores sobre um fundo branco. Não podeviver em apartamento, pois necessita correr todos os dias. É considerado o mais rápido do mundo.Possui ótima visão, é afetuoso, meigo e calmo.

PRINCIPAIS RAÇAS DE GATOS:

Temos diversas raças de gatos sendo criadas no Brasil. Comumente, recebemos gatos comopacientes e por diversas vezes não sabemos dizer se são de alguma raça específica. O órgãoresponsável pelo registro dos gatos é chamado de CFA (Cat Fanciers’ Association). Não seguiremosum padrão de classificação como anteriormente utilizado para os cães, e sim, falaremos das raçasmais comuns no país e suas peculiaridades.

1. Abissínio:

Vive em média 2º anos, chegando à maturidade sexual por volta dos nove meses de vida.

Esta raça de gatos teve sua primeira aparição na Inglaterra, em 1868. É um animal desconfiado,porém calmo que quando se afeiçoa ao dono, torna-se muito brincalhão. Suas cores de pelagemsão: castanho-avermelhado e marrom claro.

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2. American Shorthair:

Inicialmente usado como caçador, chegaram à América com os primeiros imigrantes. De porteforte e atlético, é extremamente ágil e ativo, com um corpo de médio para grande, chegando a pesar até cerca de 6 kg, ligeiramente mais longo que alto. A pelagem é curta e densa, tendo 61 variaçõesde cores reconhecidas, entre elas, o preto, azul, branco e vermelho.

3. Balinês:

Descendente do Siamês tem a pelagem mais longa. É bastante afetuoso e adora brincar, nãoficando miando pela casa. Se adapta à outros animais com facilidade, inclusive cães. Tem osmesmos olhos azuis que o Siamês e a mesma coloração de pelagem clara, com as extremidadesescuras.

4. Bengal:

É uma raça que descende diretamente dos felinos selvagens. É parecido com um LeopardoAsiático, com corpo longo e ossatura pesada. A pelagem é curta, cheia e macia com pintas.Recomenda-se o cruzamento somente entre Bengals.

5. Bobtail Japonês:

É uma raça japonesa muito antiga, datando de cerca de 2000 anos, pois há desenhos dessegato em ruínas e documentos antigos ao lado de gueixas. É afetuoso e dócil. Tem o corpo longo,esguio e musculoso. Também possui pelagem macia, sedosa e de comprimento médio.

6. British Shorthair:

É uma das mais antigas raças inglesas. Adapta-se a qualquer ambiente, podendo viver emapartamento ou em grandes fazendas. É meigo, sociável e ótimo companheiro. Todas as cores de

pelagens são aceitas e as ninhadas produzem em média de 4 a 7 filhotes.

7. Cornish Rex:

Originou-se na Grã-Bretanha e é o único gato de pelagem encaracolada sendo ativamentecriado no Brasil. Possui orelhas e olhos grandes, corpo delgado e pernas longas. Não é um gatomuito popular para venda, uma vez que seu visual inusitado não possui proporções harmoniosas.

8. Egyptian Mau:

É um dos gatos domésticos mais antigos do mundo, datando de 1400 a.C. Originário doantigo Egito, é semelhante aos exemplares que ilustram pinturas e artefatos da época. Possui a

pelagem pintada, olhos verdes e estrutura forte. De temperamento dócil com os donos, sãodivertidos, silenciosos e receptivos ao convívio com cães e outros gatos.

9. Exótico:

É originário dos Estados Unidos, da década de 60. É fruto do acasalamento do Persa (pêlolongo) com o Pêlo Curto Americano, sou seja, o American Shorthair e o Britsh Shorthair. É bastantebrincalhão e afetivo e tem uma variedade de cores muito grande (cerca de 95 variações). O primeiroexemplar no Brasil, chegou ao país na década de 80.

10. Himalaio:

É considerado um Persa com uma pitada de Siamês. A raça começou nos Estados Unidos,quando um Persa de coloração de Siamês (clareamento da cor nas extremidades e olhos azuis) foi

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apresentado para o registro na CFA.

11. Maine Coon:

De origem americana, é um gato bastante conhecido pelo seu tamanho impressionante. Omacho pode chegar a pesar 13 Kg e tanto machos como fêmeas têm uma pelagem exuberante, dasmais variadas cores.

12. Pêlo Curto Brasileiro:

O primeiro padrão descrevendo a raça brasileira foi escrito em 1986. É um gato esbelto, nãomuito musculoso e olhos arredondados. A idéia de criar um gato originário do Brasil surgiu doestudioso em gatofilia, Paulo Ruschi que, percebendo o sucessos de raças de rua como o AmericanShorthair (EUA), British Shorthair (Grã-Bretanha) e o Keltic (Europa), resolveu estudar assimilaridades e peculiaridades dos gatos de rua brasileiros e desenvolver um padrão para a raça.

13. Persa:

O Persa é a raça felina mais conhecida e criada em todo mundo. Possui pêlos longos efartos, tem uma estrutura compacta, olhos arredondados e focinho achatado. De temperamentocalmo, não gosta de aventurar-se pelas ruas e são poucas as vezes que o veremos fazendomalabarismos. Também são muito afetuosos e não gostam de solidão.

14. Ragdoll:

Fazem parte do grupo de raças felinas gigantes, pois podem chegar a pesar entre 6 a 10 kg.Possui pêlos sedosos semi-longos e evidentes olhos azuis. Preferem o repouso à grandesacrobacias. Costumam ser sociáveis e festeiros com visitas, não fugindo quando estranhos seaproximam.

15. Sagrado da Birmânia:

Relativamente recente, o Sagrado da Birmânia foi reconhecido pela primeira vez em 1925 naFrança. É uma raça ainda rara no Brasil. Possui tamanho médio, estrutura forte, olhos azuis emformato oval, pelagem sedosa semi-longa mais longa nas laterais e no dorso. São reconhecidas 17cores de pelagem, subdividas em 4 grupos: point (vermelho, azul, seal, chocolate, lilás e creme),tortie point (seal), tabby point (creme, seal, azul, chocolate, lilás e vermelho) e tortie tabby point (seal,azul, chocolate e lilás).

16. Scottish Fold:

Descende de uma espécie selvagem ainda sem confirmação na Escócia. O que chama aatenção nessa raça são suas orelhas dobradas. Possuem problemas de mortalidade de filhotes

quando fêmeas do tipo sanguíneo B, geram filhotes do tipo sanguíneo A (os anti-corpos maternosdestroem as células dos filhotes levando-os à morte). Também não se pode cruzar Scottishs deorelhas dobradas entre eles. Sempre deve-se cruzar um de orelha dobrada com um de orelhanormal, ou cruzá-lo com alguma outra raça permitida (British ou American Shorthair).

17. Siamês:

Raça de maior sucesso nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Possui chamativos olhosazuis, pelagem curta e corpo esbelto. Na Inglaterra, Siameses rechonchudos que fogem do padrãooficial, são bastante populares. No Brasil, apesar de ser uma raça bastante conhecida, ainda sãopoucos os exemplares criados em nosso país.

18. Somali:

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Há 30 anos atrás, o Somali era um Abssínio que não deu certo. Esses exemplares rejeitadosforam trabalhados nos Estados Unidos originando a nova raça. Dependendo da coloração, dos tufosna orelha e da abundância de pêlos na cauda, podem lembrar uma raposa, um leãozinho ou um gatoselvagem. Adora brincar e correr pela casa. Extremamente curiosos, são bastante sociáveis. Muitosadoram água.

19. Sphynx:

Um animal bastante exótico, por possuir rugas no corpo e ser pelado (possui apenas uma finapenugem, quase invisível). As cores parecem tatuadas, uma vez que estão na pele e não nos pêlos.Por não possuírem pêlos, a oleosidade fica diretamente na pele, podendo deixar marcas em sofásquando os gatos deitam neles. Para evitar esse problema, os Sphynx devem ser limpossemanalmente.

20. Turkish-Angorá:

É um dos gatos mais raros do mundo. Desenvolveu-se na Turquia e hoje por falta de umacriação orientada, encontra-se quase extinto. Sua pelagem é sempre branca com manchas restritasà cabeça, cauda, nunca ultrapassando 20% de seu corpo. Gostam bastante de água e adorambrincadeiras, principalmente quando seu dono joga algo para ele ir buscar. Também são animaisextremamente curiosos.

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ANATOMIA DO CÃO E DO GATO

1. Ossos:

Entende-se por esqueleto, o conjunto de ossos organizados entre si por meio de articulações.Os ossos são formados por uma estrutura fibrosa calcificada. O cálcio ósseo constitui, ao longo detoda a vida do cão, uma reserva de cálcio sanguíneo que deve permanecer constante. O centro dosossos é constituído pela medula óssea, um tecido esponjoso que produz glóbulos sanguíneos.

A coluna vertebral é formada por diferentes tipos de vértebras. É constituída por setevértebras cervicais, treze vértebras torácicas (na qual se inserem 13 costelas, sendo 10 delas ligadasao esterno, formando a caixa torácica), sete vértebras lombares, três sacrais (que se encontramfundidas) e vértebras caudais. O crânio articula-se com a primeira vértebra cervical que recebe onome de Atlas, e esta por sua vez, articula-se com a segunda vértebra cervical denominada Axis.

O membro torácico tanto do cão quanto do gato é composto de quatro segmentos principais:

cinta torácica (Clavícula e Escápula); braço (Úmero); antebraço (Rádio e Ulna); e a mão (Carpo,Metacarpo, Falanges e Ossos Sesamóides).O membro pélvico, assim como o membro torácico, também é constituído de quatro

segmentos: cinta pélvica (Ílio, Ísquio, Púbis e Sacro); coxa (Fêmur e Patela); perna (Fíbula e Tíbia); epé (Tarso, Metatarso, Falanges e Sesamóides).

Alguns animais podem apresentar o primeiro dígito nas patas traseiras, o que é comumentevisto nas patas dianteiras. Ao contrário que muitos pensam e dizem por aí, aquele pequeno dedomais acima na pata dos cães e gatos, recebe o nome de primeiro dedo e não o de quinto (analogiafeita com os humanos que demonstram o número cinco estendendo o dedão da mão).

Os ossos do crânio apresentam grandes variações de formato e tamanho de acordo com asdiferentes raças de cães. Recebem o nome de dolicocefálicos, os animais de crânio estreito e longo.Os braquicefálicos são os cães que possuem crânios muito largos e curtos. Os de crânio

intermediários são denominados mesaticefálicos.A cavidade nasal enquadra-se ao formato da face, tendo sua abertura grande e quase circular na maioria dos cães.

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2. Músculos:

A mobilidade do esqueleto é assegurada pelos músculos estriados que são constituídos por um conjunto de células contráteis ligadas entre si por membranas que formam feixes musculares.Esses feixes reúnem-se formando tendões fibrosos que se ligam às zonas de inserção óssea. Ascélulas contráteis possuem constituintes específicos que lhe vão permitir encurtar-se de acordo comestímulos nervosos.

Os neurônios que estão no comando dos movimentos são designados por neurônios motorese os neurônios que conduzem as informações, são denominados de neurônios sensitivos. Trata-sede um sistema complexo que permite a transformação da informação nervosa em contraçãomuscular.

No membro torácico, temos os músculos: supra-espinhal; infra-espinhal; deltóide; redondomenor; redondo maior; subescapular; bíceps do braço; braquial; coracobraquial; tríceps do braço;anconeu; tensor da fáscia do antebraço; pronador redondo; flexor radial do carpo; flexor superficialdos dedos; flexor ulnar do carpo; flexor profundo dos dedos; pronador quadrado; braquiorradial;extensor radial do carpo; extensor comum dos dedos; extensor lateral dos dedos; extensor ulnar docarpo; extensor do primeiro e segundo dedos; abdutor longo do primeiro dedo; interflexor; flexor curtodos dedos; lumbricais; interósseos; abdutor curto do primeiro dedo; flexor curto do primeiro dedo;adutor do primeiro dedo; abdutor do quinto dedo; flexor do quinto dedo; adutor do quinto dedo; e

adutor do segundo dedo.No membro pélvico, temos os seguintes músculos: iliopsoas; psoas menor; tensor da fáscialata; glúteo superficial; glúteo médio; glúteo profundo; piriforme; obturador interno; gêmeos; quadradoda coxa; obturador interno; bíceps da coxa; abdutor caudal da perna; semitendinoso;semimembranoso; quadríceps da coxa; reto da coxa; vasto medial; vasto lateral; vasto intermédio;articular do quadril; articular do joelho; sartório; grácil; pectíneo; adutor magno e curto; adutor longo;obturador externo; trígono femoral; tibial cranial; extensor longo dos dedos; extensor longo doprimeiro dedo; fibular longo; extensor lateral dos dedos; fibular curto; gastrocnêmio; flexor superficialdos dedos; poplíteo; flexor profundo dos dedos; flexor longo do primeiro dedo; flexor longo dosdedos; tibial caudal; extensor curto dos dedos; e quadrado plantar.

3. Sistema Digestivo:O sistema digestivo tem a função de triturar, armazenar, transportar, dissolver quimicamente,

absorver, excretar os resíduos dos alimentos. Para isso, tem-se uma complexidade muito grande notrato digestivo.

Os cães e gatos ingerem os alimentos apanhando-os com a boca, cujo tamanho e formatovariam grandemente entre as raças. Nos gatos, a boca é curta e larga enquanto nos cães,dependendo da raça como já dissemos anteriormente, pode ser curta e larga, ou longa e estreita. Oslábios são finos e móveis com numerosos pêlos táteis. No gato, o lábio inferior contém numerosasglândulas sebáceas.

Os dentes dos carnívoros são especializados para a função de mastigação. São divididos em

incisivos, caninos, pré-molares e molares (nos cães o último pré-molar superior e o primeiro molar inferior são denominados de dentes carniceiros). Os cães possuem 42 dentes, e os gatos, 30.As glândulas salivares (glândula parótida, glândula mandibular, glândula sublingual e glândula

zigomática), lançam saliva na cavidade bucal e através de seus componentes umedecem osalimentos facilitando o trânsito no esôfago. Nele, as contrações musculares conduzem o alimento atéo estômago. O estômago está situado à esquerda da cavidade abdominal. Nos cães de tamanhomédio, a capacidade estomacal é de 2,4 litros. É onde os alimentos (que são divididos em três tiposde moléculas: glicídios, protídios e lipídeos) sofrem digestão mecânica e química.

À direita e atrás do diafragma, temos o fígado que possui diversas funções, entre elas, afabricação da bile que fica armazenada na vesícula biliar e havendo a ingestão de alimentos, écontraída e liberada no duodeno. A bile é composta de sais minerais, água, pigmentos e sais biliares(fundamentais na digestão dos lipídeos). O intestino delgado é divido em três partes: duodeno,

 jejuno e íleo. O pâncreas é um órgão alongado que fica caudal e dorsalmente ao duodeno. Possuicélulas chamadas de ácinos que fabricam o suco pancreático que é lançado no intestino no momentoda digestão. O intestino grosso divide-se em ceco, cólon, reto e ânus.

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4. Sistema Respiratório:

Entende-se por sistema respiratório o conjunto formado pelo nariz, narinas, cavidadenasal, laringe (constituída de quatro cartilagens: cricóide, tireóide, aritenóide e epiglote), traquéia epulmões (brônquios e bronquíolos).

Na laringe temos as cordas vocais que ao vibrarem pela passagem de ar, emitem rosnados,latidos e miados.

O ar, na forma que se encontra, pode acarretar malefícios ao organismo, como gerar umapneumonia, um ressecamento de mucosas, ou permitir acesso de agentes contaminantes (bactériase vírus) no trajeto. Para haver essa purificação do ar, existem três estados como pré-requisitos:filtragem, umidificação e aquecimento. Isso ocorre na cavidade nasal e traquéia.

Os pulmões são ricamente vascularizados, pois é onde o sangue passa para oxigenar-se(hematose). As trocas gasosas entre o ar alveolar e o fluxo sanguíneo são feitas em regiões em quea pressão é elevada, para outras em que a pressão é menor.

A freqüência respiratória normal do cão é de dez a trinta inspirações por minuto, variandoconforme o tamanho do animal, sua disposição e nervosismo.

5. Sistema Urinário:

Os órgãos que participam da elaboração e eliminação da urina são: rins, ureteres, bexiga(vesícula urinária) e uretra.

Nos rins existem os néfrons que são suas unidades funcionais. É nesta porção que o sangueé filtrado formando assim a urina primitiva, pois ainda sofrerá algumas alterações como reabsorçãode água, nutrientes (cloro, sódio e potássio), glicose, proteínas e ácidos orgânicos.

Depois desse processo, a urina é encaminhada para a bexiga e assim que ela ficasuficientemente cheia, pode ocorrer a micção.

6. Sistema Circulatório:

A formação dos primeiros vasos tem início assim que o embrião não consegue mais se nutrir pela simples difusão entre as células. Lembre-se que para o organismo se desenvolver hánecessidade da absorção de nutrientes. No feto os “pulmões” não estão funcionando ainda, e ooxigênio é trazido pelas veias umbilicais provenientes da mãe. Pela não passagem do sangue emgrandes quantidades pelos pulmões, há presença de um orifício denominado forame oval que liga osátrios, e um canal arterial que liga a artéria aorta (ventrículo esquerdo) ao tronco pulmonar (noventrículo direito). No final da gestação e horas após o nascimento, ocorre o fechamento dessesorifícios e do canal arterial, pois o sangue começa a fluir para os pulmões.

O coração se divide em quatro grandes partes:- Átrio direito: recebe o sangue pobre em oxigênio e o envia ao ventrículo direito;- Ventrículo direito: recebe o sangue pobre em oxigênio do átrio e o encaminha para os

pulmões;

- Átrio esquerdo: recebe o sangue rico em oxigênio dos pulmões e o envia ao ventrículoesquerdo; – Ventrículo esquerdo: recebe o sangue rico em oxigênio do átrio e o envia para o corpo. –

Existem duas fases cardíacas: a sístole (fase de contração) e a diástole (fase derelaxamento). Essas fases não são sincronizadas entre átrios e ventrículos, sendo a contração dosátrios, antes que a dos ventrículos. São essas contrações que definem a freqüência cardíaca (afreqüência cardíaca normal do cão varia de 70 a 160 batimentos por minuto, dependendo da raça,pois raças pequenas têm freqüência maior que as raças grandes).

Os vasos que saem do coração recebem o nome de artérias, enquanto os vasos que chegamao coração recebem o nome de veias. Essas últimas possuem válvulas que impedem o retornosanguíneo e dão ao sangue uma pressão fraca. Por este motivo, ao cortar-se uma artéria ela espirraenquanto ao cortar-se uma veia, o sangue flui continuamente.

A artéria aorta está localizada no ventrículo esquerdo e é responsável por levar sangue

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oxigenado para os outros vasos e órgãos do corpo. Com essa passagem, o sangue fica pobre emoxigênio, devendo passar nos pulmões para hematose. Desta maneira, o sangue retorna ao coraçãopela veia cava, passa pelo átrio e ventrículo direito e vão ao pulmão pela artéria pulmonar (troncopulmonar). Após a hematose, o sangue retorna ao coração pelas veias pulmonares, chegando aoátrio e ventrículo esquerdo, fechando assim o ciclo sanguíneo.

No corpo dos cães e gatos também existem artérias e veias que irrigam todos os órgãos e por conseqüência, todas as células. Entre as artérias mais importantes estão: aorta torácica; artériacarótida comum (localizada no pescoço); artéria femoral (na parte interna da coxa); e artéria lombar.

Entre as veias de maior importância estão: veia cava cranial; veia cava caudal; veia jugular externa (pescoço); veia safena (parte interna da coxa); veia femoral; e veia cefálica ou radial(antebraço).

7. Olhos:

O órgão da visão é composto por: pálpebras; terceira pálpebra; músculos; glândulas;

conjuntiva; nervos; canais lacrimais; saco lacrimal; e bulbo (globo ocular: esclera, córnea, corióide,corpo ciliar, íris e retina).

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Sabe-se que os cães percebem bem os movimentos à distância e que suas células da retinapermitem uma melhor visão noturna. 

O que difere entre as raças é o ângulo de visão. Os cães de rebanho possuem os olhos naslaterais da cabeça para poderem enxergar o maior campo de visão possível. Os cães de caçapossuem os olhos na parte anterior da cabeça, pois uma vez que precisam visualizar a presa, devempossuir um campo de visão binocular restrito.

8. Orelhas e ouvido:

A orelha dos cães e gatos é formada por uma estrutura cartilaginosa, recoberta de pele emúsculos. O pavilhão auricular se abre sobre o conduto auditivo externo que é um tubo de cartilagemrecoberto de pele muito fina, inicialmente vertical e depois horizontal, que termina numa membranatambém fina, denominada tímpano.

O cão consegue perceber freqüências sonoras muito baixas, tendo uma audição 2,5 vezesmelhor que o homem.

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PATOLOGIAS

Patologia consiste no estudo dos transtornos das moléculas, células, tecidos e funções,ocorrentes nos organismos vivos em resposta a agentes agressivos ou carência de fatoresessenciais.

Os agentes agressivos podem ser compostos químicos, como produtos de outros organismos(os mais comuns são os microorganismos patogênicos), radiação, calor, ou forças mecânicas

aplicadas em quantidade ou intensidade excessiva. A carência de fatores essenciais provém dadeficiência de nutrientes, como proteínas, minerais, vitaminas, água ou oxigênio. Fatores genéticostambém podem desempenhar importante papel nas patologias.

Lesão celular é qualquer alteração bioquímica ou estrutural que comprometa a capacidadede funcionamento normal de uma célula. Dependendo da lesão, pode haver uma reversão do casoou morte celular (necrose).

Abaixo segue algumas nomenclaturas sobre anomalias na formação de tecido e órgãos:

APLASIA: não formação completa de um órgão ou estrutura anatômica durante aembriogênese. Também se aplica à não formação de certos tecidos adultos que dependem decontínuo reabastecimento.

ATROFIA: encolhimento ou redução de um órgão ou tecido, para um tamanho inferior ao

previamente ocorrente, ou dimensões inferiores ao tamanho normal.HIPOPLASIA: não desenvolvimento de um órgão ou parte dele até seu tamanho normal.

Difere da atrofia porque o órgão atrofiado encolheu com relação ao seu tamanho normal anterior,enquanto o órgão hipoplásico nunca atingiu o tamanho normal.

HIPERTROFIA: aumento no tamanho de um órgão ou tecido, para algo além de seu tamanhoprecedente, ou mais que suas dimensões normais.

HIPERPLASIA: aumento no número de células em resposta a demandas funcionais ou outrosestímulos, levando à hipertrofia do órgão ou tecido envolvido.

DISPLASIA: é o desenvolvimento desordenado ou anormal de células e tecidos. Pode ocorrer durante o desenvolvimento fetal ou neonatal, ou em tecidos adultos que são continuamentesubstituídos.

NEOPLASIA: novo crescimento de células que proliferam autonomamente sem controle. Nãopossuem um padrão ordenado de crescimento e não tem qualquer função útil para seu hospedeiro.

1. Inflamação:

Refere-se à reação dos tecidos a um irritante. Os sinais clínicos que caracterizam ainflamação são: rubor e tumefação acompanhados de dor e calor. O rubor e o calor são causados por um grande aumento de sangue na parte inflamada. A tumefação provém do aumento do sangue e dapresença adicional de substâncias saíram dos vasos sanguíneos e se alojaram nos tecidoscircunjacentes. A dor é atribuída ao aumento de pressão nas terminações nervosas, efeitos irritantesde produtos tóxicos e de mediadores do processo.

A inflamação ocorre em todas as formas mais complexas da vida animal. O efeito dasalterações vasculares consiste em fazer com que os componentes humorais e celulares do sistemaimune entrem em contato com o irritante ou com células que foram lesadas por ele. Por esta ação, oagente poderá ser destruído ou confinado.

As células a seguir fazem parte da formação do exsudato inflamatório:

NEUTRÓFILOS: também conhecidas por polimorfonucleares ou granulócitos. Constituem ocomponente característico do pus. São importantes na defesa do hospedeiro contra infecçõesbacterianas e fúngicas. Entretanto, também podem lesionar os tecidos do hospedeiro durante oprocesso. A meia vida dos neutrófilos é de aproximadamente 6 horas. São os responsáveis pelafagocitose (ingestão de pequenas partículas tal como matéria estranha, carvão, pigmentos, restoscelulares e bactérias).

EOSINÓFILOS: não se sabe ao certo a função dessas células no processo inflamatório, massabe-se que elas aumentam em número, nas moléstias atópicas. Conforme ficou indicado, a função

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dos eosinófilos provavelmente está relacionada às reações de hipersensibilidade e infecçõesparasitárias. Podem fagocitar bactérias, micoplasmas, leveduras, protozoários, complexos do tipoantígeno-anticorpo, e diversos materiais inertes, porém são menos eficientes que os neutrófilos.

MASTÓCITOS: são iniciadores das respostas vasculares e celulares nas reaçõesinflamatórias. Encontram-se em grande quantidade na pele, mucosa gastrointestinal e tratorespiratório.

BASÓFILOS: têm função similar aos mastócitos. Também funcionam nas reações dehipersensibilidade.

FAGÓCITOS: representam vários tipos celulares diferentes encontrados em diversos órgãos,cada tipo relacionado por uma linhagem e/ou função comum. Os macrófagos (grandes fagócitos) sãoencontrados na maioria dos órgãos do corpo e alguns são células especializadas e completamentediferenciadas, específicas para seu órgão-sede (exemplo: células de Kupffer do fígado; macrófagosalveolares dos pulmões). Todas essas células são derivadas de um precursor comum, o monócito dosangue.

LINFÓCITOS: respondem à antígenos específicos enquanto as outras células inflamatóriasrespondem a um número ilimitado de organismos infecciosos e antígenos exógenos. Podem ser categorizados em duas classes diferentes: linfócitos B (imunidade humoral) e linfócitos T (imunidadecelular). Os linfócitos B são especializados na síntese de anticorpos (sintetizados na medula ósseados mamíferos e na bolsa de Fabricius nas aves). Os linfócitos T são originados no Timo e nãorespondem à antígenos livres como os linfócitos B. Eles são adaptados para a proteção dohospedeiro contra antígenos que são capturados ou incorporados sobre a superfície ou no interior deoutras células. Para isso há necessidade que haja uma célula apresentadora de antígeno.

2. Distúrbios na Circulação:

Refere-se a qualquer alteração da hemodinâmica. O sangue deve permanecer fluido, porémcapaz de coagular quando houver lesão aos vasos sanguíneos.

As plaquetas servem para impedir hemorragias, aderindo-se quase que imediatamente aocolágeno subendotelial no local lesionado. Para isso, segue-se um evento chamado “Cascata deCoagulação”, onde há ativação de diversos fatores que tem por objetivo final a formação de um

coágulo.Abaixo temos algumas alterações da coagulação sanguínea:

TROMBOSE: formação patológica de um coágulo que recebe o nome de trombo. Asprincipais causas da trombose são: lesão endotelial; alteração da corrente sanguínea normal; ehipercoagulabilidade. Dependendo da localização e da dimensão do trombo, podem ocorrer infarto,congestão ou formação de êmbolos que podem servir de locais para o crescimento de bactérias.

EMBOLIA: são corpos estranhos que flutuam no sangue. Podem ser êmbolos de sangue(tromboêmbolos); de gordura; de gases; de bactérias; de parasitas; ou de células neoplásicas. Sãosemelhantes aos trombos e assim como eles, costumam parar onde o lúmen da artéria torna-sepequeno demais para sua passagem.

HEMORRAGIA: é o escapamento de sangue de um vaso, seja para fora do corpo, para o

interior de uma cavidade ou para tecidos adjacentes. Pequenas hemorragias que deixam pintas desangue menores que a ponta de um lápis, recebem o nome de petéquias. Quando maiores recebemo nome de púrpuras. Se excederem 1 cm de diâmetro, são denominadas equimoses. Hematoma équando o sangue escapa para os tecidos e produz um crescimento tumoriforme.

HIPEREMIA: excesso de sangue nos vasos de determinada parte do organismo. Ocorre por dois motivos: muito sangue é levado a uma parte do organismo pelas artérias, ou pouco sangue édrenado pelas veias para fora dessa parte do corpo.

EDEMA: acúmulo de líquido nos espaços intercelulares ou cavidades do corpo. Pode ser localou generalizado; inflamatório ou não.

CHOQUE: incapacidade generalizada do sistema circulatório em proporcionar às células etecidos quantidades suficientes de oxigênio e nutrientes, para que sejam atendidas as necessidadesmetabólicas do sistema. Pode ser: cardiogênico, hipovolêmico, séptico, neurogênico, ou anafilático.

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PLANTAS TÓXICAS

Pode-se entender por planta tóxica aquela que quando ingerida, causa danos à saúde oupode levar à morte. São dividas em dois grandes grupos: as de ação direta e as de ação remota.

As plantas tóxicas de ação direta são aquelas que têm efeito sobre o tubo digestivo, enquantoque as de ação remota são absorvidas pela mucosa do trato gastrointestinal.

Normalmente, cães e gatos se intoxicam com plantas por estarem brincando com elas,

estarem querendo chamar a atenção de seus donos ou então, pela própria ingestão, uma vez quenecessitam comer algumas plantas para causar irritação em seu estômago e assim vomitar os pêlosque são ingeridos quando eles fazem sua higiene.

Plantas que causam edema de glote, necrose na língua e boca quando ingeridas:• Comigo-Ninguém-Pode• Costela de Adão• Anthurium• Copo de Leite

Plantas que causam diarréia hemorrágica e fortes dores abdominais:• Mamona• Olho de Cabra

Plantas que causam problemas cardíacos e taquicardia:• Dedaleira• Espirradeira• Chapéu-de-Napoleão• Alamanda

Planta que causa câncer hepático por uso prolongado:• Confrey• Dama-da-Noite

Plantas alucinógenas que causam problemas no sistema nervoso central:• Trombeteira• Catnip• Maconha• Tabaco

Planta que causa vômito e diarréia:• Azaléia

Planta que causa anóxia celular:• Mandioca crua• Sorgo cru

Alimentos não recomendados para cães:• Chocolate• Cebola

Alimento não recomendado para gatos:• Peixe cru

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NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS

Todos os animais domésticos precisam receber através dos alimentos substâncias quefornecem energia e outros nutrientes em quantidades suficientes para manutenção da vida, produçãoe reprodução.

Para entender melhor cada componente da ração, necessitamos de algumas definiçõesbásicas:

NUTRIENTES ESSENCIAIS À DIETA: substância de origem orgânica ou inorgânica que oanimal não consegue sintetizar em quantidades suficientes para suprir suas necessidadesmetabólicas, devendo portanto, estar presente na dieta. Dentre eles, podemos citar: minerais, água,alguns aminoácidos, algumas vitaminas e alguns ácidos graxos.

INGREDIENTES: são componentes de origem animal, vegetal ou mineral empregados com afinalidade de fornecer um ou mais nutrientes e princípios ativos.

RAÇÃO: tudo que um animal consome num período de 24 horas, independente daquantidade e qualidade.

RAÇÃO BALANCEADA: conjunto de ingredientes misturados homogeneamente quefornecem as quantidades diárias e necessárias de energia e nutrientes para um animal.

MACRONUTRIENTES: ingredientes mais abundantes da ração tal como: fontes energéticas

(ex: milho e sorgo), fontes protéicas (ex: farelo de soja e farinha de carne), e algumas fontes mineraise a vitamina colina.MICRONUTRIENTES: ingredientes menos abundantes da ração tal como: vitaminas,

microminerais, aminoácidos e alguns aditivos não nutricionais (ex: antibióticos).PREMIX: mistura de um ou mais microingredientes orgânicos ou inorgânicos em substância

que não atrai umidade.

As rações podem ainda ser divididas em três classificações de acordo com sua umidade:secas (de 7 a 12%); semi-úmidas (23 a 25%); e úmidas (74 a 78%).

As vantagens das rações secas são o seu baixo custo, fácil transporte e armazenagem. Asdesvantagens são a baixa palatabilidade e o baixo teor de água. As rações semi-úmidas possuem asmesmas vantagens da ração seca, porém com boa palatabilidade. As rações úmidas ganham na

palatabilidade, além de passíveis de serem usadas como rações medicamentosas. Entretanto, sãoperecíveis, possuem alto custo e não são nutricionalmente completas.

De acordo com a Bromatologia (estudo da composição química dos alimentos), as rações sãodivididas em seis partes: Matéria Seca (MS), Proteína Bruta (PB), Extrato Etéreo (EE), MatériaMineral (MM), Fibra Bruta (FB), e Extrativo Não Nitrogenado (ENN).

Também temos os alimentos divididos em três categorias:• Volumosos: contêm acima de 18% de fibra bruta. Neste grupo encontramos as forragens

secas como o feno, bagaço de cana, pastagens e outras forragens.• Fontes Protéicas: contêm acima de 20% de proteína bruta. Podem ser de origem animal

ou vegetal.• Fontes Energéticas: contêm menos que 18% de fibra bruta e menos que 20% de proteína

bruta. Neste grupo encontramos: alimentos basais (grãos de cereais e seus subprodutos);óleos e gorduras (lipídeos); suplementos minerais e vitamínicos; e aditivos (antibióticos,corantes e aromatizantes).

1. PROTEÍNAS: são essenciais à vida e são sintetizadas por todas as células do organismo.São componentes fundamentais dos tecidos animais, e estes precisam recebê-la por toda a vida.Todas as células possuem proteína que são renovadas constantemente, por esta razão seusconstituintes, os aminoácidos, devem ser fornecidos na ração.

Aminoácidos essenciais: lisina, triptofano, histidina, leucina, valina, fenilalanina, treonina,isoleucina, arginina e metionina.

2. CARBOIDRATOS: compostos que possuem carbono combinado com hidrogênio eoxigênio na mesma proporção com que estão combinados com a água. Constituem a maior parte dadieta dos animais domésticos exceto os carnívoros. Nos animais estão presentes na forma de

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glicose, glicogênio e nas paredes celulares.

3. VITAMINAS: atuam como mediadores de diversas reações, não sendo constituintes demoléculas estruturais (proteínas, carboidratos ou gorduras). São mais conhecidas por letras(Vitamina A, Vitamina C, etc), porém, para uma melhor compreensão, devemos saber seus nomes equal sua função na nutrição.

VITAMINA A: recebe o nome de Retinol. Desempenha importante papel no processo da visão,

no crescimento corpóreo dos animais e no sistema imunológico dos animais. A sua deficiência podelevar à cegueira e degeneração nervosa em cães.

VITAMINA E: também conhecido como Tocoferol. Possui propriedades antioxidantes,prevenindo a formação de tóxicos de origem lipídica. Atua como filtro de radicais livres. Suadeficiência causa degeneração da musculatura esquelética e cardíaca, degeneração testicular emcães, e aumento da predisposição a oxidação da gordura corpórea em gatos.

VITAMINA K: é conhecida como anti-hemorrágica, pois possui atividade biológica ligada aosfatores de coagulação. Sua deficiência como já se deve perceber causa hemorragias generalizadas,aumento do tempo de coagulação e anemia.

VITAMINA D: conhecida como Ergocalciferal (D2) e Colecalciferol (D3). Não é consideradauma vitamina essencial, uma vez que pode ser sintetizada em quantidades suficientes peloorganismo dos animais, após irradiação solar. Exercem importante função na manutenção do cálcio eo fósforo no organismo. Sua deficiência causa diminuição do crescimento, perda de peso, fragilidadeóssea e baixos níveis de cálcio e/ou fósforo no sangue.

VITAMINA B1: recebe o nome de Tiamina. Ajuda no metabolismo dos carboidratos. Suadeficiência causa perda de peso, anorexia, hipotermia e inibição do crescimento em cães.

VITAMINA B2: também conhecida como Riboflavina. É importante nas reações de produçãode energia do organismo. Em geral, sua deficiência causa inibição do crescimento, hipotermia,

inflamação de pele e mucosas, fotosensibilidade, opacidade do cristalino, espasmos e paralisia emcães e gatos.

VITAMINA B6: recebe o nome de Piridoxina. Atua na síntese dos aminoácidos. Suadeficiência causa problemas no crescimento do animal, ataxia, irritabilidade, ataques epiléticos,anemia e diarréia.

VITAMINA B12: também conhecida como Cianocobalamina. Importante na formação deácidos nucléicos, proteínas, e junto com o ácido fólico, no metabolismo de carboidratos. A suadeficiência causa inibição do crescimento, má conversão alimentar, dermatites e pêlos eriçados.

ÁCIDO FÓLICO: tem importante fator anti-anêmico, participando de uma série de reações

metabólicas. Sua deficiência causa anemia em gatos e problemas no crescimento.

VITAMINA H: também conhecida como Biotina. Ajuda na desintegração de aminoácidos esíntese de proteínas. Sua deficiência causa dermatites e quedas de pêlo.

COLINA: é precursora do neurotransmissor acetilcolina e de fosfolipídeos. Sua deficiênciacausa problemas no fígado, diminuição da resposta imune, problemas circulatórios e elevação deradicais livres no fígado.

NIACINA: também conhecido como ácido nicotínico e nicotinamida. É parte dos grupos deenzimas que transportam hidrogênio. Sua deficiência causa inibição do crescimento, má conversãoalimentar, inflamação e ulceração da mucosa da língua, pigmentação negro-azulada dos bordos dalíngua e ponta (Black tongue nos cães), epilepsia e diarréia hemorrágica.

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ÁCIDO PANTOTÊNICO: geralmente estará sob a forma de coenzima A. Esta participaativamente do metabolismo de ácidos graxos, carboidratos e proteínas. Sua carência causa inibiçãodo crescimento, má conversão alimentar, despigmentação do pêlo, espasmos, colapso, morte,gastroenterite hemorrágica, glossite, degeneração do fígado, diarréia e abcessos no intestino.

VITAMINA C: também conhecido como ácido ascórbico. Essencial para formação de novascélulas.

4. DIFERENÇAS ENTRE AS RAÇÕES:

Sabemos que existe uma gama de rações disponíveis no mercado. Entretanto, como analisar se uma ração é melhor que outra? Primeiramente, deve-se olhar a quantidade de proteína bruta daração e em seguida, verificar a origem da proteína na composição básica do produto. Para ummelhor entendimento, segue abaixo alguns rótulos de rações do mercado para análise:

4.1. Ração de Manutenção:

Composição Básica: Milho Integral Moído, Quirera de Arroz, Farelo de Trigo, Farelo de SojaExtrusado, Farelo de Glúten de Milho, Farinha de Carne e Ossos, Levedura Seca de Cervejaria,Carbonato de Cálcio, Gordura Animal Estabilizada, Flavorizante, Premix Vitamínico Mineral, Cloretode Sódio (sal comum).

Níveis de Garantia:Proteína (mín): 18%Extrato Etéreo (mín): 7%Umidade (máx): 12%Matéria Fibrosa (máx): 6%Matéria Mineral (máx): 12%Cálcio (máx): 2,4%Fósforo (mín): 0,6%

4.2. Ração Premium:

Composição Básica: Carne bovina, hidrolisado de carne, farinha de carne e ossos de bovino,farinha de carne de frango, glúten de milho, trigo integral, arroz integral, milho integral moído, gorduraanimal estabilizada, óleo vegetal, espinafre, cenoura, corante, vitamina A, vitamina B1, vitamina B2,vitamina B6, vitamina B12, vitamina D3, vitamina E, niacina, ácido pantotênico, biotina, ácido fólico,colina, cloreto de potássio, óxido de zinco, sulfato de cobre, iodato de cálcio, cloreto de sódio (salcomum) e antioxidante (BHT).

Níveis de Garantia:Proteína (mín): 20%

Extrato Etéreo (mín): 7%Umidade (máx): 12%Matéria Fibrosa (máx): 3%Matéria Mineral (máx): 12%Cálcio (máx): 2,4%Fósforo (mín): 1%

4.3. Ração Super Premium:

Composição Básica: Carne bovina, hidrolisado de carne, farinha de carne e ossos de bovino,farinha de carne de frango, hidrolisado de frango, glúten de milho, trigo integral, arroz integral, milhointegral moído, gordura animal estabilizada, óleo vegetal, espinafre, cenoura, corante, vitamina A,vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina D3, vitamina E, niacina, ácidopantotênico, biotina, ácido fólico, colina, cloreto de potássio, óxido de zinco, sulfato de cobre, iodato

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de cálcio, cloreto de sódio (sal comum) e antioxidante (BHT).

Níveis de Garantia:Proteína (mín): 26%Extrato Etéreo (mín): 7%Umidade (máx): 12%Matéria Fibrosa (máx): 3%Matéria Mineral (máx): 12%

Cálcio (máx): 2,4%Fósforo (mín): 1%

4.4. Ração para Filhotes:

Composição Básica: Carne bovina, hidrolisado de carne, farinha de carne e ossos debovino, farinha de carne de frango, glúten de milho, trigo integral, arroz integral, milho moído, gorduraanimal estabilizada, óleo vegetal, leite integral em pó, corante, vitamina A, vitamina B1, vitamina B2,vitamina B6, vitamina B12, vitamina D3, vitamina E, niacina, ácida pantotênico, biotina, ácido fólico,colina, cloreto de potássio, óxido de zinco, sulfato de cobre, iodato de cálcio, cloreto de sódio (salcomum) e antioxidante (BHT).

Níveis de Garantia:Proteína (mín): 28%Extrato Etéreo (mín): 7,5%Umidade (máx): 12%Matéria Fibrosa (máx): 3%Matéria Mineral (máx): 11%Cálcio (máx): 2%Fósforo (mín): 1%

4.5. Ração Úmida:

Composição Básica: Carne bovina, miúdos de bovinos, miúdos de suínos, miúdos de aves,farinha de carne de frango, farinha de trigo, goma carragena, óleo de girassol, levedura seca decerveja, corante, vitamina A, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina D,vitamina E, niacina, ácido pantotênico, biotina, ácido fólico, colina, cloreto de potássio, óxido dezinco, sulfato de cobre, iodato de cálcio, cloreto de sódio, água suficiente para o processo.

Níveis de Garantia:Proteína (mín): 8%Extrato Etéreo (mín): 5%Umidade (máx): 81%Matéria Fibrosa (máx): 2%Matéria Mineral (máx): 2,5%

Cálcio (máx): 0,4%Fósforo (mín): 0,3%

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CONTENÇÃO DOS ANIMAIS

Entende-se por contenção o ato de não permitir a movimentação dos animais para algumprocedimento clínico ou cirúrgico.

Existem duas forma de contenção: química e mecânica.Na contenção química, usam-se medicamentos para promover a sedação do animal,

enquanto que na contenção mecânica, podemos usar quatro aparatos básicos: focinheira, mordaça,

botas e gaiola de contenção (gatos).

FOCINHEIRA: pode ser de nylon, couro, plástico ou metal. Para gatos utilizamos uma

focinheira diferente da utilizada nos cães, que além de não permitir que o animal abra a boca, cobretambém a região dos olhos.

MORDAÇA: utilizada apenas em cães. É feita com corda, cordões, barbantes ou qualquer outro material que possibilite amarrarmos a boca do animal.

BOTAS: utilizada somente para gatos. É feita com esparadrapo ou atadura para evitar arranhões dos animais.

GAIOLA DE CONTENÇÃO: utilizada para gatos. É parecida com uma caixa de transporte,porém feita de metal com uma parede móvel. O animal é colocado dentro dela e empurrando aparede móvel em sua direção, fazemos com que o mesmo fique sem movimentos.

Antes da contenção, caso haja necessidade do animal ficar esperando pelo procedimento, eledeverá ser colocado em caixa de transporte ou gaiolas. Se for um gato, alguns cuidados devem ser tomados tal como:

- portas de gaiolas com trinco sem trava devem ser amarradas, pois alguns gatos sabemcomo abri-las;

- não deixar cães muito próximos de gatos não acostumados, pois podem ficar ainda maisestressados;

- caixas de transporte feitas de tecido merecem um cuidado dobrado, pois os gatos quandoameaçados, tendem a arranhá-la e mordê-la, podendo perfurá-la. Uma vez que haja espaçosuficiente para saírem, os gatos fogem;

- sempre que for fazer a contenção de um gato, é aconselhável fechar janelas e portas, poiscaso o animal escape, não conseguirá fugir para rua.

Para os cães, o ideal é que fiquem com a coleira até o momento de fazermos a medicaçãopré-anestésica, pois facilitará a sua contenção até que o animal seja sedado.

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SINAIS VITAIS, AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO

Sinais vitais alterados são o indicativo de que os animais podem estar sofrendo de algumapatologia. Na avaliação do paciente, a mensuração dos sinais vitais vem logo após a anamnese feitapelo Médico Veterinário.

Avaliaremos a temperatura do animal, o pulso (freqüência cardíaca), freqüência respiratória,peso e coloração de mucosas.

A mensuração da temperatura é feita por meio de um termômetro inserido no reto. O aparelhodeve ser cuidadosamente introduzido, às vezes com uso de vaselina, de modo que a parte onde seencontra o mercúrio fique em contato com a mucosa do intestino (o reto). Como muitos animaisoferecem resistência à tomada de temperatura é conveniente que a operação dure pouco tempo,com o emprego de termômetros clínicos que em trinta segundos marcam a temperaturacorretamente. Antes da introdução do aparelho, devemos baixar a coluna de mercúrio para pelomenos um grau abaixo da temperatura normal do animal em exame.

Em geral, a temperatura é mais elevada nos indivíduos mais novos, após um exercício maisforte ou em horas mais quentes do dia. É mais baixa nos animais muito velhos e nos que seapresentam em estado de coma ou caquexia.

A temperatura normal para cães é de 37,5 a 39ºC e para gatos de 38 a 39ºC

O pulso de um animal indica os movimentos de seu coração. As contrações cardíacasproduzem ondas de pressão que avançam pelos vasos sangüíneos. Estas podem ser sentidas pelocolocando-se os dedos sobre o ponto em que o vaso cruza a superfície dura do osso. Normalmentea avaliação do pulso é feita na artéria femoral durante pelo menos 30 segundos.

O pulso é bastante regular quando o animal tem saúde. É mais rápido nos indivíduos muito jovens, muito velhos ou depois de um exercício, sendo também mais rápido em animais menoresquando comparado com animais de grande porte. Normalmente há certa dificuldade na mensuraçãodo pulso em animais obesos e alguns gatos.

Juntamente com o pulso, podemos mensurar a freqüência cardíaca do animal através do usode um estetoscópio. Esta irá variar de acordo com o estado de excitação do animal, seucondicionamento físico e seu estado de saúde.

A freqüência cardíaca normal de cães de grande porte é de 60 a 100 bpm; de médio porte é

de 80 a 120 bpm; de pequeno porte é de 90 a 140 bpm. Para gatos é de 140 a 250 bpm.

O ritmo respiratório, que também deve ser regular, é verificado por meio da contagem donúmero de movimentos do flanco ou do tórax, por minuto. O número de movimentos respiratóriosaumenta muito após exercício, susto, medo, excitação, em frio ou o calor extremo, ou quando oanimal está com febre.

A freqüência respiratória normal de cães é de 10 a 30 movimentos/minuto, e de gatos de 20 a30 movimentos/minuto.

A coloração das membranas mucosas é avaliada geralmente na boca. Entretanto, algunsanimais apresentem a gengiva pigmentada, por isso a avaliação também pode ser feita pelaconjuntiva, vulva ou pênis. A coloração normal da membrana é rosa.

Podemos encontrar mucosas azuladas (cianóticas quando o animal encontra-se em hipoxia),pálidas (em anemias ou má perfusão), vermelho-brilhantes (hiperêmicas quando há vasodilataçãoperiférica), ou amareladas (ictéricas geralmente associada à problemas renais e hepáticos).

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VIAS DE ACESSO PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EFLUIDOTERAPIA

Existem algumas vias para a administração de medicamentos que devem ser conhecidas.Podemos dividir essas vias de acordo com a utilização do medicamento, tal como: uso tópico,aplicação subcutânea, intra-muscular, intra-venosa e intra-peritoneal.

Nas formulações de uso tópico temos:• Via oral• Via nasal• Via retal• Ocular • Auricular • Cutânea

A aplicação subcutânea é feita entre a pele e a musculatura.A aplicação intra-muscular é feita entre os músculos semi-membranoso e semi-tendinoso. A

intra-venosa e a intra-peritoneal como os próprios nomes já dizem são feitas na veia e peritôneo

respectivamente.Os materiais utilizados para administração de medicamentos são:

• Seringa: 1, 3, 5, 10, 20 e 60 ml.• Agulha: 25 x 7 , 25 x 8 , 25 x 9 , 20 x 5,5 , etc.• Cateter: 24, 22, 20, 18, 16 e 14.• Scalp: 19, 20, 21, 23 e 24 G.

Fluidoterapia é o termo utilizado para a administração de soro nos animais. Devemos fazer afluidoterapia em animais desidratados, emergências, cirurgias, administração de grandesquantidades de medicamento, ou administração de substâncias irritantes (ex: quimioterápicos).

As vias de administração de soro mais comuns são a subcutânea e intravenosa.Em clínica de pequenos encontramos soros de 250 e 500 ml. Estes, dividem-se em:Fisiológico (Cloreto de Sódio 0,9%), Glicofisiológico, Ringer Lactato e Manitol.

Os materiais utilizados para fluidoterapia são:• Tricótomo ou máquina de tosa• Algodão ou gaze• Álcool• Garrote• Cateter ou Scalp• Equipo macrogotas ou microgotas•

Soro• Esparadrapo

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PREPARAÇÃO DE MEDICAÇÃO E SEDATIVOS

Agora que já aprendemos como preparar o soro para fluidoterapia, vamos conhecer melhor as seringas e aprender como prepará-las com medicamentos e sedativos.

Temos seringas de 1, 3, 5, 10, 20 e 60 ml. As mais utilizadas em clínica de pequenos são asseringas de 1, 3 e 5 ml. Abaixo segue uma figura ilustrativa da graduação dessas seringas para ummelhor conhecimento:

Podemos notar que na seringa de 1 ml cada graduação equivale à 0,02 ml.Na seringa de 3 ml, cada graduação equivale à 0,1 ml.Na seringa de 5 ml, cada graduação equivale à 0,2 ml.

Na página seguinte faremos um exercício teórico. Na imagem das seringas, deverão ser colocados os seguintes volumes abaixo:

A) Seringa de 1 ml: 0,04 ml + 0,12 mlB) Seringa de 3 ml: 0,9 ml + 1,1 mlC) Seringa de 5 ml: 1,2 ml + 2,6 ml

D) 0,5 ml + 1,3 ml: seringa _____ E) 2,2 ml + 1,2 ml: seringa _____ F) 0,08 ml + 0,16 ml: seringa _____ 

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COLETA DE MATERIAL PARA EXAME

Assim como os humanos, os animais às vezes também precisam fazer exames e existemmaneiras corretas de coletar os materiais, bem como identificá-los e armazená-los até que sejamencaminhados ao laboratório.

1. Coleta de Sangue:

A coleta de sangue é feita através da punção das veias cefálica, jugular ou femoral. Éessencial realizar a punção com o menor traumatismo possível para preservar a integridade da veia.

Deve-se fazer a tricotomia do local (exceto em animais de exposição), anti-sepsia, garrote,fixação da veia e em seguida sua punção. Na maioria dos casos, uma amostra sanguínea de 2 a 5

ml é adequada para hematologia, bioquímica ou determinações enzimáticas. Nos cães pequenos egatos aconselha-se a coleta diretamente da veia jugular.

O Vacutainer deve ser evitado em coletas cuja veia é pequena para evitar que as paredes dovaso se colabem.

Os tubos usados para coleta de sangue são os de tampa roxa, vermelha, amarela, verde ecinza. Cada um é destinado a um exame específico e todos devem ser estéreis. Em todos os casos,recomenda-se que o sangue seja transferido da seringa para o frasco delicadamente, sem jatos,deixando o sangue escorrer pela parede do tubo.

1.a. Sangue com EDTA (frasco de tampa roxa):

O EDTA é o anticoagulante de escolha para a hematologia. Usamos esse frasco quandoqueremos fazer a contagem das plaquetas. Para esse exame coleta-se entre 1,5 a 3 ml de sangue.O procedimento todo não deve ultrapassar mais de 2 minutos. Deve-se homogeneizar o sangue como EDTA por inversão durante 30 segundos. Essa amostra deverá ser armazenada em geladeira (2 a8 ºC) por até 24 horas. Quando para contagem de plaquetas a amostra só poderá ser armazenadapor 2 horas.

Coleta feita para hemograma, leucograma, dosagens hormonais e pesquisa dehematozoários. Exceto para dosagens hormonais, uma gota do sangue é colocado em uma lâminalimpa onde é feito um esfregaço que deverá secar ao ar livre e ser armazenado num porta-lâminaslimpo e fechado.

1.b. Soro (frasco de tampa vermelha ou amarela):

Para esse exame, coletamos no mínimo 3 ml de sangue. Não há necessidade doanticoagulante, pois a amostra irá para análises bioquímicas. O procedimento também não deve

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ultrapassar 2 minutos e a amostra também deverá permanecer em geladeira (2 a 8ºC) por até 24horas.

1.c. Glicose (frasco de tampa cinza):

Este frasco possui uma solução para preservar a amostra denominada NaF (fluoreto). Deve-se coletar no mínimo 3 ml de sangue e fazer a homogeneização por inversão. O procedimentotambém não deve ultrapassar 2 minutos e amostra deve ser acondicionada em geladeira por até 24

horas.Caso haja disponibilidade de centrífuga na clínica, o sangue poderá ser coletado em frasco de

tampa vermelha ou roxa, contanto que a amostra seja imediatamente centrifugada para que hajaseparação do soro evitando o consumo da glicose e produção de ácido lático.

2. Coleta de Fezes:

As fezes do animal, normalmente são coletadas para que seja feita pesquisa de protozoáriose vermes intestinais em geral.

O frasco utilizado para coleta desse material é o coletor universal. As fezes devem ser coletadas diretamente do reto dos animais ou do solo limpo logo após a defecação. Sempre coletar amostras frescas e não expostas ao sol.

Quando o animal estiver com diarréia, a amostra poderá ser coletada do piso limpo com oauxílio de uma seringa.

A amostra deve conter de 10 a 20 gramas ou 10 a 20 ml, e ser armazenada em geladeira (2 a8ºC) por até 48 horas.

3. Urina:

Para coleta de urina podemos utilizar o coletor universal, seringa ou tubo cônico geralmentegraduado. A amostra deverá ser coletada com o auxílio de uma sonda uretral ou através decistocentese.

O volume ideal para o exame é de no mínimo 10 ml. Após a coleta, o material deverá ser 

armazenado em geladeira (2 a 8ºC), por até 6 horas. Para cultura bacteriana, a amostra só poderáser armazenada por até 4 horas.

3.a. Cálculos urinários:

Os animais também possuem cálculos urinários e quando expelidos, devem ser colocados emcoletor universal ou tubo cônico, limpos e secos. Devem ser mantidos à temperatura ambiente.

4. Cultura:

Para coleta de material para cultura, utilizamos seringa, tubo estéril, coletor universal estérilou “swab”. A amostra deve ser coletada o mais diretamente possível da lesão.

Caso haja necessidade de punção, deve-se realizar rigorosa anti-sepsia da região externa.Esse procedimento é feito para lesões profundas. No caso de fístulas e abcessos, fazemos a anti-sepsia da região externa e logo em seguida esprememos o local para que o material da profundidadesaia permitindo assim a sua coleta através do “swab” ou seringa.

Amostras de ouvido, vagina e útero são coletados com o “swab”.Quando coletadas com “swab” sem meio, devem ser mantidas na geladeira e enviadas ao

laboratório no mesmo dia. Entretanto, quando coletadas com “swab” com meio, podem permanecer em geladeira por até 48 horas.

4.a. Cultura para fungo:

Deve ser feito com pêlos, coletados da borda das lesões mais recentes e com pinça (para que

a raiz do pêlo saia íntegra). O pêlo coletado deve ser posto em um recipiente limpo e seco (nuncacolocar qualquer líquido para sua conservação) e poderá ser armazenado por até 48 horas em

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temperatura ambiente.

5. Citologia:

É o exame de massas tumorais, linfonodos, células vaginais, de conjuntiva, de secreçõesnasais e etc.

As amostras devem ser armazenadas num frasco com álcool a 95%, imediatamente após aconfecção das lâminas para sua fixação (sem secá-las ao ar). Um histórico bem detalhado (local e

tipo da lesão, evolução do quadro, ambiente do animal, idade do animal e etc.) é fundamental paraum diagnóstico bem feito.

Coletar com agulha fina as massas e com “swab” as secreções. Fazer várias lâminas devários locais da lesão (se possível), para que o laboratório possa fazer quantos tipos de coloraçõesprecisarem. Com todos esses cuidados aumentará a chance de fazer um diagnóstico rápido eeficiente, sem haver necessidade de outros exames.

5.a. Citologia Vaginal:

Com o auxílio do “swab” coletamos a amostra diretamente do canal vaginal e o rolamos sobre2 a 3 lâminas. A amostra deve secar ao ar livre e ser acondicionada em porta-lâmina bem fechado eà temperatura ambiente.

6. Histopatológico:

São pequenos fragmentos de tecido enviados ao laboratório para análise. Podem ser coletados através de um “punch” ou lâmina de bisturi. Independente do tamanho, o material deveráser acondicionado em um frasco de boca larga, bem vedado, com formol a 10%.

O volume do fixador deve ser 10 vezes maior que o volume da peça e a amostra deve ser mantida à temperatura ambiente.

7. Raspado de Pele:

Normalmente feito para diagnóstico de sarnas. Deve ser um raspado profundo da pele (atésangrar) e ser conservado entre duas lâminas bem vedadas ou em um tubo limpo com soluçãofisiológica, por até 24 horas.

8. Necropsia:

O animal é enviado inteiro para o procedimento. Deve-se deixar o cadáver sob refrigeração,evitando o congelamento e enviá-lo para necropsia dentro de 24 a 36 horas.

IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL: 

Quando as amostras forem enviadas ao laboratório, devem estar devidamente identificadascom os seguintes itens:

• Nome do animal• Espécie• Idade• Data da coleta• Nome do proprietário

Em alguns casos, como em histopatológicos e necropsias, há necessidade doacompanhamento da suspeita de patologia, suspeita da causa mortis, ou lugar da lesão.

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CUIDADOS COM OS ANIMAIS INTERNADOS

Quando se trabalha em uma clínica ou hospital veterinário é freqüente a lida com animaisinternados ou por problemas de saúde ou doenças infecciosas. Esses animais necessitarão de todoapoio e monitoramento, até que seu estado de saúde seja estabilizado. A mensuração dos sinaisvitais é imprescindível em todos os casos.

Animais que estejam sob fluidoterapia, devem ser regularmente observados para que não

arranquem o cateter de sua veia ou o equipo do cateter, fazendo com que o soro não seja tomado.Além disso, quando a fluidoterapia terminar, deve-se retirar o equipo e tampar a boca do cateter coma tampa que o acompanha para fechar a via de acesso e não ocorrer sangramento.

Normalmente, a internação é feita em gaiolas que deverão estar sempre limpas. Os animais jamais devem ficar em contato com urina e fezes.

Para os animais com doenças infecciosas, as gaiolas deverão ser limpas e esterilizadas comprodutos específicos para este fim.

O auxiliar deverá verificar se o animal internado não está com frio e providenciar algo paraaquecê-lo caso haja necessidade. Animais idosos, muito debilitados e filhotes necessitam decuidados mais rigorosos com o frio.

A medicação e a alimentação devem ser dadas no horário certo, sem atrasos para que arecuperação possa ser a mais rápida possível.

Qualquer alteração do estado do animal deverá ser informada ao Médico Veterinárioimediatamente. O auxiliar está ali para ajudar o clínico e jamais para avaliar por si só as condiçõesdo animal e decidir o que deverá ser feito.

Quando houver necessidade de trocar o animal de gaiola, avisar aos outros MédicosVeterinários da troca e levar a ficha de internação junto com ele. Todos os procedimentos eacontecimentos com o paciente deverão estar escritos nessa ficha que funcionará como um históricoe um guia para os outros clínicos.

Visitas dos proprietários poderão ou não ser permitidas dependendo do estabelecimento. Noscasos de animais muito debilitados, é indicado que os proprietários lavem as mãos antes de mexer com eles.

Deve-se evitar ficar transitando do local onde se encontram animais internados com doençasinfecciosas para locais onde se encontram animais sadios. Sempre que mexer com esses animais e

for trabalhar com outros, lavar as mãos. Os materiais usados para aferir os sinais vitais dos animaiscom doenças infecciosas devem permanecer no local de internação destes e não devem ser misturados com os outros materiais sem antes passar por um processo de esterilização oudesinfecção.

Conteúdos gástricos regurgitados e diarréia devem ser limpos imediatamente. Isso evitarádisseminação de vírus, bactérias e outros agentes pela clínica.

Sempre tratar os animais internados com respeito e atenção.

CURATIVOS E ROUPA CIRÚRGICA

Não é raro os animais aparecerem com machucados que necessitam de cuidados especiais.Muitas vezes, o Médico Veterinário optará por deixar as feridas abertas, entretanto, em alguns casos,haverá necessidade de se fazer curativos.

Os curativos são mais comumente utilizados após cirurgias para evitar que moscas pousemna ferida, e evitar a entrada de patógenos no local com conseqüente infecção.

Podem ser feitos com gaze, esparadrapo, ataduras e algodão.

As roupas cirúrgicas são feitas com malhas tubulares.

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PATOLOGIAS VIRAIS, BACTERIANAS, FÚNGICAS, PARASITÁRIAS EZOONOSES

Zoonoses são infecções e doenças que podem ser adquiridas em contato com animais deestimação, ou pela ingestão de carne contaminada de animais como o gado ou o porco.

Dentre as diversas patologias e agentes zoonóticos, alguns são de extrema importância comoexemplo a raiva. A seguir começaremos explicando os tipos de agentes e as doenças causadas

pelos mesmos nos animais. Se fizerem parte da lista de zoonoses, também colocaremos o meio detransmissão para humanos.

1. Patologias Virais:

Os vírus são uma das menores e mais simples formas de agentes infecciosos de todos osseres vivos. São parasitas intracelulares obrigatórios, pois necessitam de todos os processos demultiplicação de uma célula normal para fazerem sua replicação. Tão logo um vírus tenha entradonuma célula, o efeito que ele lhe causará dependerá de três tipos de interação com ela: citocida(provocam morte celular); infecção sem aparente efeito patológico (há liberação do vírus sem que a

célula morra); e transformação celular.

1.1. Hepatite Infecciosa Canina:

É causada pelo Adenovírus tipo 1 que é principalmente disseminado pela urina de animaiscontaminados. Freqüentemente leva à faringite e tonsilite como sinais clínicos iniciais, pois a infecçãodá-se pela via naso-oral. Posteriormente, podem aparecer lesões hepáticas levando ao aumento dofígado, dor, ascite (barriga d’água) e icterícia (mucosas amareladas).

1.2. Adenovírus Canino Tipo 2:

Difere do Adenovírus tipo 1 e é causador de conjuntivite, problemas no trato respiratório

superior, broncopneumonia e pneumonia. Pode ocorrer febre, tosse e dificuldade respiratória.

1.3. Panleucopenia Felina:

Pertence à família dos Parvovírus (vírus pequenos) e é habitualmente fatal em gatosdomésticos. Causa febre, enterite e uma grave desidratação, podendo-se também observar apresença de vômitos.

1.4. Parvovirose:

Como o nome já diz, é causada por um Parvovírus que acomete principalmente filhotes,causando diarréia com sangue e vômito por alguns dias. Pode ocorrer febre e devido à diarréia, oanimal entra em severa desidratação, indo à óbito na maioria dos casos e quando não tratado.Também existe a forma cardíaca da doença que ocorre em filhotes de cães entre 2 a 12 semanas devida. Nessa forma, o animal poderá apresentar dificuldade respiratória e deficiência aguda docoração, pelo aparecimento de focos necrosados no coração.

1.5. Calicivirose:

  O Calicivírus Felino causa uma moléstia respiratória aguda caracterizada por febre,depressão, anorexia, dificuldade respiratória e úlceras nas narinas, língua e palato mole. Podemocorrer espirros com ou sem corrimento nasal e ocular.

1.6. Parainfluenza:

É um vírus que causa problemas no trato respiratório superior de cães, sendo considerado

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uma das principais causas da síndrome da “tosse dos canis”. A infecção se manifesta por tosseassociada à rinite, traqueíte, bronquite e menos freqüentemente, conjuntivite. Quando hácontaminação secundária do trato respiratório por bactérias, pode levar à pneumonia.

1.7. Cinomose:

É uma doença viral altamente contagiosa entre os cães. De difícil tratamento, acomete comfacilidade cães não imunizados que quando expostos ao vírus, apresentam febre aguda após 7 a 8

dias. Podem aparecer: coriza, conjuntivite purulenta, bronquite, pequenas vesículas de pus noabdômen, diarréia e sinais neurológicos (salivação intensa, incoordenação, movimentosmastigatórios, cegueira e convulsão). Dos cães que conseguem obter a cura, muitos permanecemcom seqüelas para o resto da vida.

1.8. Raiva:

É uma zoonose. A infecção se dá através da mordida de um animal raivoso, pelo contato coma saliva. Os sintomas clínicos podem ser de duas formas: muda (com paralisia dos músculos damastigação) e furiosa (com ataques à objetos móveis ou até mesmo inanimados como árvores egalhos, e salivação intensa). A morte ocorre após 10 dias do aparecimento dos sintomas da doença.

1.9. Imunodeficiência dos Felinos (FIV):

A doença é causada por um Lentivírus transmitido principalmente pela mordida de gatosinfectados. Com muita freqüência, animais com FIV também encontram-se infectados pelo vírus daLeucemia Felina. Pode causar diarréia, febre baixa, anemia e perda de peso. Várias anormalidadesneurológicas também foram associadas à infecção por FIV, como: demência, tremores, contraçõesmusculares, e convulsão.

1.10. Leucemia Felina (FeLV):

É transmitido por contato com secreções salivares e nasais de gatos infectados. Pode ocorrer 

uma infecção autolimitante (onde a replicação viral é eliminada pelo sistema imune) ou uma infecçãoprogressiva acompanhada de viremia persistente (onde podem ocorrer linfoma maligno, leucemia,anemia, diarréias, infertilidade e imunossupressão).

1.11. Peritonite Infecciosa Felina (PIF):

Causada por um Coronavírus, é uma moléstia fatal, lentamente progressiva, com um cursoque se prolonga por vários meses. Os gatos afetados podem apresentar febre, perda de pesocrônica, anorexia, depressão, dilatação abdominal, dificuldade respiratória, vômito, diarréia, cegueira,incoordenação e convulsões.

1.12. Coronavirose:

Como o nome já diz, é causado por um Coronavírus, cuja infecção mais grave ocorre emcães jovens, provocando diarréia, vômito e desidratação que permanece por uma semana. Osanimais infectados podem apresentar sangue nas fezes e o quadro pode ficar complicado se houver contaminação secundária por bactérias. No geral, quase todos os animais se recuperam destadoença.

2. Patologias causadas por Riquétsias e Clamídias:

São microorganismos diferentes dos vírus que possuem características que os afastam deoutras bactérias. Tanto as riquétsias como as clamídias, são bactérias que se multiplicam no interior da célula, assim como os vírus, necessitando assim, de um tópico diferente na apostila.

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2.1. Erliquiose Canina:

É causada pela Ehrlichia canis, transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus.Normalmente os sintomas são brandos, exceto em cães jovens ou quando complicada por outrasmoléstias. O animal apresentará febre recorrente, corrimento nasal, vômito, aumento do baço,anemia e distúrbios do sistema nervoso central. Também ocorrem hemorragias nas mucosas do tratogastro-intestinal e urogenital.

2.2. Anemia Infecciosa Felina:

É causada pela Haemobartonella felis. Suspeita-se que a transmissão seja através de insetoshematófagos, como as pulgas. É caracterizada por febre, anorexia, depressão e anemia hemolítica(evidenciada por mucosas pálidas, ocasionalmente ictéricas). Pode ser confundida com aPanleucopenia, e os animais gravemente afetados podem morrer.

2.3. Clamidiose Felina:

Também conhecida como Penumonite Felina. Começa como uma infecção respiratóriasuperior com espirros e catarro. Posteriormente, aparecem corrimentos mucosos nos olhos e narinascom a presença de febre. Também pode ocorrer lesões pulmonares. 

3. Patologias Bacterianas:

As bactérias assim como os vírus podem causar doenças nos animais. Variam em sua forma,podendo ser redondas, em cadeia de cocos, em forma de bastonetes ou filamentosas. Algumasdelas possuem cílios ou flagelos, outras produzem esporos. Entretanto, são dividas em dois grandesgrupos de acordo com a coloração que ficam em reação ao corante de Gram: gram-positivas ougram-negativas.

3.1. Brucelose:

Esta bactéria tem afinidade pelos órgãos reprodutores tanto de machos como de fêmeas(placenta, feto e glândulas mamárias). A Brucelose Canina é causada pela Brucella canis, transmitidapela exposição aos corrimentos uterinos, à fetos abortados ou pelo coito. A infecção em cadelas levaao aborto e nos cães machos à orquite e epididimite. É uma zoonose.

3.2. Infecção por Bordetella:

A Bordetella bronchiseptica possui uma ampla gama de hospedeiros (cães, gatos, suínos,cavalos, coelhos, roedores e ocasionalmente humanos). Dissemina-se rapidamente entre osindivíduos pelo contato direto ou por aerossóis, estabelecendo-se na mucosa respiratória. Provocauma laringotraqueíte mucopurulenta que pode progredir até a erosão da mucosa. É considerado um

importante patógeno bacteriano nos casos de traqueobronquite (“tosse dos canis”).

3.3. Colibacilose:

É causada pela Escherichia coli , resultando em enterite. Os animais acometidos apresentamdiarréia. É uma zoonose.

3.4. Salmonelose:

As salmonelas são bactérias gram-negativas. Algumas são específicas para o hospedeiroenquanto outras podem infectar uma grande variedade de espécies. É de ocorrência rara em cães egatos, e a infecção se dá pela ingestão de material contaminado com fezes de animais enfermos.Causam enterite e é uma zoonose.

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3.5. Leptospirose:

A leptospirose em cães pode resultar da infecção com vários sorogrupos de Leptospira. Osorogrupo canicola é o mais comum a infectar cães. O sorogrupo icterohaemorrhagiae, adquirido deratos cronicamente infectados, é também causa freqüente de leptospirose em cães. Causa febre,hemorragias, diarréia sanguinolenta, vômito, icterícia e perda de peso. É uma zoonose.

3.6. Tuberculose:

É causada por microorganismos do gênero Mycocterium. A lesão característica é a formaçãodo tubérculo de centro necrosado e calcificado. Considerada uma zoonose.

4. Patologias causadas por Fungos:

Em sua grande maioria os fungos não causam doenças nos animais, mesmo quandoconseguem penetrar em seus corpos. Os únicos parasitos obrigatórios entre os fungos são osdermatófitos, que vivem em camadas queratinizadas da pele, causando as micoses superficiais.

Animais debilitados podem apresentar micoses sistêmicas causadas por fungos que vivem noambiente. As micoses subcutâneas ou micetomas são causadas por fungos que entram na peleatravés dos ferimentos.

4.1. Criptococose:

É causada por um fundo denominado Cryptococcus neoforman, encontrado principalmentenas fezes de pombos. Através da inalação do agente, cães e gatos contaminam-se. O fungo instala-se no sistema nervoso central e trato respiratório.

4.2. Histoplasmose:

O Histoplasma capsulatum é o causador da histoplasmose clássica. A infecção se dá pela

inalação do agente e não do contato direto de um animal com outro. Cães são mais afetados quegatos. São transmitidos pelas fezes de aves e morcegos. Causa lesões pulmonares, perda de peso,diarréia, anemia e ascite. É uma zoonose.

4.3. Esporotricose:

É causada pelo fungo Sporothrix schenckii que dentre os diversos animais, é mais encontradonos gatos. São fungos que crescem no ambiente. Quando infectam os gatos, estes se tornam fontede infecção para os humanos, sendo considerado assim, uma zoonose. Ocorrem lesões em pele(nódulos com secreção purulenta), podendo envolver os pulmões, fígado, baço e rins. 

5. Patologias causadas por Protozoários:Em sua grande maioria são seres de vida livre e não patogênicos. Alguns são parasitos

extracelulares enquanto outros, intracelulares. Podem ser transmitidos diretamente sem estágio forado hospedeiro, com estágio fora do hospedeiro ou através de um hospedeiro intermediário.

5.1. Leishmaniose:

São parasitas intracelulares de macrófagos do homem, do cão e uma variedade de animaissilvestres. Existem duas formas da doença: a cutânea e a visceral. É transmitida por mosquitos(flebotomídeos hematófagos). Os animais que se recuperam ficam imunes à reinfecção.

Pode levar meses até que os cães infectados desenvolvam sintomatologia clínica. Na forma

cutânea as lesões restringem-se à úlceras cutâneas superficiais, freqüentemente nos lábios ou naspálpebras e a recuperação é espontânea. Na forma visceral, os animais perdem os pêlos ao redor 

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dos olhos, ao longo do corpo, apresentam febre, anemia e linfoadenopatia generalizada.Por se tratar de uma zoonose, a recomendação é o sacrifício dos animais.

5.2. Giardíase:

A transmissão desse protozoário é feita através de alimento ou água contendo os cistos doparasita. Causa diarréia crônica em alguns animais, podendo também passar despercebida por algum tempo sem causar sintomatologia alguma.

Também é zoonose.

5.3. Toxoplasmose:

É um parasita intestinal de gatos. A maioria dos felinos se infecta pela ingestão de alimentosinfectados (ratos com formas ativas do Toxoplasma) ou através da transmissão direta de oocistosentre gatos. Após a infecção, os oocistos são eliminados durante apenas uma ou duas semanas.

A doença clínica é rara em gatos e quando aparece, é em forma de enterite, pneumonia ealterações degenerativas do sistema nervoso central. Nos cães a doença é marcada por febre,anorexia e diarréia.

No ser humano causa febre e mal-estar com aumento dos linfonodos do pescoço. Nasmulheres grávidas expostas pela primeira vez ao Toxoplasma gondii , pode haver aborto, morte dofeto ou lesões do seu sistema nervoso. A freqüência da doença é muito mais alta quando a infecçãoocorre no primeiro trimestre da gravidez. As crianças gravemente acometidas apresentamretinocoroidite e necrose cerebral, podendo haver aumento do baço e fígado, insuficiência hepática,convulsões e hidrocefalia.

5.4. Babesiose:

São parasitas intracelulares que causam anemia. São transmitidos por carrapatos ecaracteriza-se por febre seguida de hemoglobinúria. Inicialmente, as mucosas dos animais ficamcongestas, tornando-se ictéricas posteriormente. Se não tratada pode levar à morte pela anemiaprofunda. 

6. Patologias causadas por Helmintos:

Helmintos são o que conhecemos por vermes. Existem três classes importantes dessesparasitas que devemos conhecer: a nematódea, a trematódea e a cestódea.

Os nematóides são denominados comumente vermes cilíndricos; as outras duas classesreferem-se à vermes achatados.

6.1. Ancilostomose:

É causada por três espécies de  Ancylostoma. São parasitas de cães e gatos, e

ocasionalmente parasitam os homens. A transmissão dá-se por penetração cutânea ou por ingestão.Por se tratar de um parasita que se alimenta de sangue, causa anemia, palidez das mucosas,edemas, apatia e fezes enegrecidas. Pode ser grave em filhotes.

No homem, como não se trata de seu hospedeiro habitual, as larvas não conseguemcompletar seu ciclo de evolução, ficando restritas à pele. É conhecida como “bicho geográfico” oularva migrans cutânea.

6.2. Toxocaríase:

É causada pelo Toxocara canis e o Toxocara cati, parasita intestinal de cães e gatosrespectivamente. São quatro formas de infecção: ingestão do ovo do parasita; infecção pré-natalatravés da placenta em cadelas prenhes; ingestão das larvas presente no leite materno para cães

recém-nascidos; e ingestão de animais infectados (roedores ou aves).Em infecções maciças a migração das larvas pode causar pneumonia, tosse, corrimento

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nasal, enterite e oclusão do intestino pela grande quantidade de larvas. Às vezes alguns vermes sãovomitados ou saem nas fezes.

Pode ser transmitido ao homem pela ingestão dos ovos causando danos nos olhos e fígado.No homem é chamada de larva migrans visceral.

6.3. Dirofilariose:

Também conhecida como a doença do verme do coração, é causada pela Dirofilaria immitis.

Os adultos desse parasita são encontrados no lado direito do coração e vasos sanguíneosadjacentes de cães (artéria pulmonar e veia cava posterior). É transmitida pela picada de ummosquito contendo a microfilária.

Os animais maciçamente infectados apresentam tosse, dispnéia, edema, ascite e intolerânciaà exercícios físicos.

6.4. Dipylidium:

São parasitas intestinais de cães e gatos, transmitidos pelas pulgas e piolhos. Os ovoseliminados nas fezes são ingeridos por esses hospedeiros intermediários que posteriormente sãoingeridos pelos hospedeiros definitivos pelo ato da lambedura.

As proglótides eliminadas nas fezes podem ficar ao redor do ânus dos animais causandodesconforto e coceira.

7. Problemas causados por Artrópodes:

Nesse grupo encontram-se as aranhas, carrapatos, ácaros, moscas e mosquitos. A ordemDiptera contém todas as moscas de importância veterinária. A ordem Phthiraptera é ondeencontramos os piolhos. A ordem Siphonaptera é a das pulgas. Na ordem Acarina encontramos osácaros e os carrapatos.

7.1. Miíase:

Também conhecida como bicheira, é causada pelas larvas da mosca Cochliomyia. A moscapousa na ferida e coloca seus ovos que eclodem em poucas horas. Dos ovos saem larvas quepenetram nos tecidos onde produzem uma grande lesão com odor desagradável.

7.2. Berne:

O berne é a larva da mosca Dermatobia hominis. Esta mosca pousa em outra mosca ouinseto para colocar os seus ovos, e quando este pousa em um animal ou ser humano, os ovoseclodem. As larvas penetram na pele ficando no subcutâneo. Diferentemente das bicheiras,encontramos apenas um berne para cada orifício na pele.

7.3. Pediculose:

Nos cães, o piolho mastigador Trichodectes canis e o piolho sugador Linognathus setosus sãoos mais comuns e os mais disseminados. Nos gatos, a espécie de importância é o piolho mastigador Felicola subrostratus.

A pediculose é mais freqüente em animais negligenciados e subnutridos. Os animais ficaminquietos e arranham-se quase continuamente.

7.4. DAPP - Pulgas:

O gênero Ctenocephalides é o único de importância para cães e gatos. Além do desconfortocausado pelas picadas, estas pulgas também são as transmissoras do parasita Dipylidium já descritoanteriormente. Além disso, é também são responsáveis na grande maioria dos casos pela DAPP(dermatite alérgica à picada de pulga).

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7.5. Babesiose / Erliquiose - Carrapatos:

As espécies de carrapatos mais comuns no Brasil e de importância para a clínica depequenos animais são:  Amblyomma (carrapato-estrela); Boophilus (principal transmissor dababesiose); e o Rhipicephalus (carrapato vermelho transmissor da babesiose e erliquiolse).

Animais infestados de carrapatos podem desenvolver anemia.

7.6. Sarna Sarcóptica:

É causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei . A fêmea fertilizada produz uma galeria ou túnelsinuoso nas camadas superiores da epiderme, nutrindo-se do líquido que flui dos tecidos lesados. Osovos são postos nesses túneis.

A infecção se dá pelo contato direto e as áreas de preferência do parasita são: orelhas,focinho, face, cotovelos. Causa muita coceira, vermelhidão, formação de cascas e queda de pêlo nosanimais.

É considerada uma zoonose.

7.7. Sarna Notoédrica:

É uma sarna causada pelo ácaro Notoedres cati . Acomete gatos de todo o mundo e éaltamente contagiosa. A infecção manifesta-se como lesões escamosas, secas, com crostas nasbordas da orelha e face, e pele espessada. O prurido é intenso e pode haver graves escoriações nacabeça e pescoço por arranhaduras.

7.8. Sarna Demodécica:

É conhecida como sarna negra e é causada pelo ácaro Demodex . Pela sua localizaçãoprofunda na pele, é quase impossível a transmissão entre os animais. A grande maioria dasinfecções ocorre nas primeiras semanas de vida, durante o aleitamento, onde surgem lesões emfocinho, face e membros anteriores.

A infecção generalizada pode apresentar-se de duas formas: escamosa (reação seca, comalopecia, descamação e espessamento da pele) e pustular (pele enrugada com pústulas pelainfecção bacteriana). Em ambas as formas há ausência de prurido.

7.9. Sarna Otodécica:

Este ácaro é a sarna mais comum em cães e gatos de todo o mundo. Localiza-se na orelhaexterna dos animais. No início das infecções há formação de exsudato ceruminoso no canal auditivoque se torna crostoso.

Em virtude do grande prurido, os animais balançam a cabeça constantemente e podemarranhar-se. Havendo lesões, poderá ocorrer infecção bacteriana secundária resultando em otitepurulenta.

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ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO

Existe uma diferença entre vacinação e imunização. Vacinar é aplicar a vacina. Imunizar éfazer com que o animal desenvolva defesas contra determinadas doenças.

Toda vacinação implica numa avaliação pelo Médico Veterinário, pois ao vacinar um animaldoente o que esteja recebendo um determinado tipo de medicamento, este poderá não ficar imunizado.

A vacinação nos cães se inicia com 45 a 60 dias de vida. Dependendo do protocolo devacinação utilizado pelo veterinário, são administradas de 3 a 4 doses, com intervalo de 21 a 30 diasentre elas. A primeira vacina que deve ser aplicada é a V8 ou a V10 (contra cinomose, parvovirose,leptospirose, parainfluenza, coronavirose, hepatite infecciosa canina).

A vacina anti-rábica deve ser aplicada em animais com 4 meses de vida.Disponíveis no mercado, temos os seguintes tipos de vacina:

• V8 ou V10• Anti-rábica• Contra giárdia• Contra tosse dos canis

Abaixo segue um exemplo de vacinação com aplicação de quatro doses de V8.

45 dias de idade 1ª dose V860 dias de idade 1ª dose Giárdia e Tosse dos Canis75 dias de idade 2ª dose V890 dias de idade 2ª dose Giárdia e Tosse dos Canis105 dias de idade 3ª dose V8135 dias de idade 4ª dose V8 e Anti Rábica

A vacinação nos gatos se inicia com 60 dias de vida. São administradas 3 doses da vacinaV3, V4 o V5 (contra panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose; leucemia felina e clamidiose). A vacinaanti-rábica só deve ser administrada em animais com mais de 4 meses de vida.

Segue abaixo um esquema de vacinação para gatos com a V3.

60 dias de idade 1ª dose V390 dias de idade 2ª dose V3120 dias de idade Anti Rábica

A vermifugação é o ato de administrar vermífugos para acabar com parasitas internos dosanimais. Deve ser iniciada com 20 dias de vida e ser repetida após 15 dias. Uma terceira dose de

vermífugo deverá ser administrada após 1 mês da segunda dose, ficando a quarta dose à critério doMédico Veterinário.Animais adultos devem tomar o vermífugo a cada seis meses, ou a cada três meses se

possuírem o hábito de andarem nas ruas. As fêmeas devem tomar o vermífugo antes da cobertura e10 dias antes di parto, com o intuito de reduzir a infestação nos filhotes.

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MARKETING, ATENDIMENTO E FICHAS CADASTRAIS

Quando se trabalha em uma clínica ou hospital veterinário, não estamos lidando somentecom os animais. Muitos esquecem que o proprietário do animal é a peça fundamental de um bomdiagnóstico, pois este quem sabe exatamente como é a personalidade do animal.

Aqui entra uma parte denominada Marketing, que muitas vezes é esquecida pelas clínicas egera pequenos problemas de atendimento e até mesmo entendimento entre as partes.

Inicialmente, devemos entender o que é Marketing. Segundo Philip Kotler, um dos maisconhecidos autores na área, Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos egrupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.

Devemos lembrar que uma clínica ou hospital veterinário, além de produtos, também vendeserviços. De acordo com Theodore Levitt, a venda enfoca as necessidades do vendedor; enquanto omarketing, as do consumidor. A venda está preocupada com as necessidades do vendedor deconverter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer às necessidades do clientepor meio do produto e toda a gama de coisas associadas com a criação, a energia e o consumo final.

Um cliente satisfeito nem sempre falará bem dos serviços obtidos na clínica, enquanto umcliente insatisfeito, falará para no mínimo 10 pessoas o motivo de sua insatisfação. Deste modo,surgiu o conceito de fidelização: conquistar e manter os mesmos clientes, ocasionando mais

negócios, em menor tempo e menor custo.Só conseguiremos que um cliente seja fiel quando entendermos suas necessidades e o

encantarmos, surpreendendo suas expectativas. O contato pós-venda, nos ajudará a saber se oproduto e/ou serviço está dentro de suas expectativas.

Para isso há necessidade de conhecermos o que é Marketing de Relacionamento: prática dasconstruções de relações satisfatórias á longo prazo com consumidores, fornecedores e distribuidorespara reter sua preferência e negócios á longo prazo.

1. Atendimento ao Cliente:

O atendimento não se relaciona apenas ao aspecto técnico, mas também à atenção que oMédico Veterinário e os atendentes dão ao consumidor, procurando certificar-se de que o serviçotenha resultado na satisfação das necessidades e desejos do cliente.

A essência de um bom atendimento é conhecer o público-alvo. Se você está em contato compessoas que amam animais, você deverá ter muito respeito com os mesmos, nunca maltratando-os eprezando pelo seu bem estar. Deve-se tomar cuidado nessa área, pois assim como existem pessoasque tratam seus pets como verdadeiros filhos, existem outros que acham isso um exagero. A dica é:investir em clientes que apreciem os benefícios oferecidos pela clínica e que mostrem satisfação aopagar por esses benefícios. Quanto mais você conhece seu cliente, mais fácil fica envolvê-lo empropostas amigáveis que dificultam a procura pelo concorrente.

Existem algumas regras técnicas chaves para se conhecer um cliente:• Limite seu próprio tempo falando• Tente pensar como o cliente, pois os problemas de seu cliente e necessidades são

importantes e você entenderá e os reterá melhor se você escutar os pontos de vista dele.• Faça perguntas. Se você não entende algo ou sente que pode ter perdido um ponto,

clareia isto logo antes de se envergonhar depois por ter se omitido ao pedir esclarecimentos.

• Não o interrompa.• Se concentre.• Tome notas quanto às preferências do cliente em tosa, serviços, produtos, etc. Isto lhe

ajudará a lembrar de pontos importantes e não haverá necessidade do cliente em repeti-las.

• Escute as idéias.• Esqueça suas próprias preocupações. O cliente sempre percebe se você está prestando

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atenção ao que ele está dizendo.• Evite conclusões precipitadas. Não fique tentando completar as frases dele.• Cuidado com o tom de voz e a maneira que diz as coisas. Alguns clientes podem ficar 

ofendidos por tons de voz mais elevados.• Cuidado com jargões e gírias. Lembre-se que o cliente nem sempre é um amigo, vizinho

ou irmão.

2. Atendimento Telefônico:

Um dos problemas de comunicação está na conversa por telefone. Quando estamos frente àfrente com um cliente, vemos seus gestos, seu olhar, seu modo de falar, bem como sua reação. Issotambém ocorre com ele. A linguagem de gestos e sinais faz parte de uma grande parcela dacomunicação humana, que recebe o nome de linguagem não-verbal.

Como ao telefone, não estamos vendo o cliente, é importantíssimo que a mensagem sejaclara e que contenha todas as informações necessárias.

Assim, segue um esquema de como fazer isso:1. Identifique-se e diga qual a clínica ou hospital veterinário onde trabalha.

2. Diga o motivo de sua ligação (ex: animal já está pronto da tosa; acabou a cirurgia).3. Procure ter todas as informações à mão antes de fazer a ligação (ex: o valor de quantoficou o serviço; horário para entregar o animal).

4. Acaso o Médico Veterinário tenha pedido para ligar para o cliente, identifique-se e digaque o doutor irá atendê-lo.

5. Acaso o cliente não possa atendê-lo, pergunte se pode retornar mais tarde ou se prefereque ele mesmo ligue quando estiver desocupado. Neste caso, não esqueça de deixar onúmero do telefone, seu nome e o recado.

6. Ao término da ligação, seja educado, agradecendo a atenção e desejando ao cliente um“bom dia”.

Este esquema pode parecer meio óbvio, mas no decorrer do dia a dia, acabamos atendendo

ao telefone como se estivéssemos conversando com amigos. Lembre-se que nem todos os clientesdão a liberdade suficiente para tratá-los como tal.

3. Agendamento de Consultas e Cirurgia:

Já vimos que o contato com o cliente por telefone deve ser feito da maneira mais clarapossível. Agendar compromissos, consultas e cirurgias, requer atenção especial, pois nem todos osclientes prestam 100% de atenção ao que está dizendo.

Para agendamento de consultas, apresente-se e após verificar a data e o horário disponíveisdo Médico Veterinário, pergunte se determinada data está de acordo para o cliente. Repita a data se

houver necessidade. Ao término da ligação seja educado e confirme mais uma vez a data agendada.Para cirurgias, o procedimento é o mesmo, porém algumas informações devem ser passadaspara o cliente. Antes de fazer a ligação, pergunte ao Médico Veterinário quais cuidados o proprietáriodeverá ter com o animal antes do procedimento cirúrgico e anote tudo para que nada seja esquecido.Repasse as informações ao cliente de forma clara e caso surja qualquer dúvida, não hesite emperguntar ao veterinário. Normalmente, antes de qualquer cirurgia agendada é preconizado que oanimal esteja em jejum (emergências não têm como prever isso). Deixe isso bem claro para o cliente.Ao término da ligação pergunte se restou alguma dúvida, repita os pontos mais importantes se achar necessário e despeça-se educadamente.

Em virtude do esquecimento de alguns clientes, é aconselhável que o atendente ou auxiliar veterinário ligue um dia antes para o proprietário confirmando a hora da consulta ou cirurgia, bemcomo os cuidados que já deverão ter sido passados.

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4. Admissão e Entrega de Pacientes:

Quando um animal chegar à clínica, ele deverá ser localizado no sistema ou nas fichas decadastro. No sistema, bastará que se digite o nome do animal e proprietário. Entretanto, se ocadastro for feito em fichas de papel ou envelopes, eles deverão ser mantidos em ordem alfabética,pelo nome ou sobrenome do proprietário. Se houver mais de um animal por proprietário, o cadastrodeve ser feito em envelopes ou fichas separadas para evitar confusão entre os animais. Destamaneira, também evitaremos problemas quando do óbito de um deles, retirando a ficha do cadastroativo. Em determinadas clínicas, há um histórico do animal que deverá ser entregue ao MédicoVeterinário no ato da consulta, e onde o mesmo fará anotações sobre a nova avaliação.

Se o paciente chegar para a consulta, peça que o proprietário aguarde um momento e aviseao veterinário. Se o paciente chegar para a cirurgia, encaminhe-o até o local onde ficará aguardandoe retorne para conversar com o proprietário. É importante lembrar que devem ser feitos acertos antesda cirurgia quanto à forma de pagamento e dizer de possíveis problemas durante o ato cirúrgico.Muitas clínicas pedem que o proprietário assine um termo de responsabilidade quando dorecebimento do animal.

No caso do serviço de Taxi Dog, verifique se os animais agendados chegaram e se não houvenenhum problema durante o transporte.

Ao término da consulta, verifique com o veterinário quais procedimentos feitos e o valor a ser 

cobrado, se não houver uma tabela disponível. Faça essas perguntas da maneira mais discretapossível, evitando o proprietário ouça.Para cirurgias, o procedimento será o mesmo, lembrando somente que o proprietário deverá

ser avisado de qualquer problema que ocorrer durante o ato cirúrgico. Na entrega do paciente, nãoesquecer de agendar o retorno.

5. Conduta Perante Óbito e Destino do Corpo:

Não é raro ficarmos sem reação perante o óbito do animal. Não é uma notícia fácil de ser dada ao proprietário e requer muita delicadeza.

Se o animal morrer durante a cirurgia, é aconselhável que o veterinário dê a notícia

explicando os motivos que levaram ao ocorrido. Entretanto, alguns veterinários não gostam de falar com os clientes sobre isso e deixam a responsabilidade nas mãos dos auxiliares ou atendentes.Neste caso, seja educado e respeite o seu sofrimento. Jamais dê a notícia rindo ou com ar de poucocaso, pois certamente estará perdendo o cliente para sempre. Saiba calar e se o proprietário quiser falar sobre os bons momentos que teve ao lado do animal, escute-o com paciência, tentandoencerrar a conversa da forma mais sutil possível.

Quando o cliente chegar com o animal morto em seus braços, receba-o com respeito, sembrincadeiras e pegue o corpo do animal. Não faça perguntas do tipo: “ele morreu de quê?”. Se oproprietário quiser conversar sobre o assunto, ele logo falará o que aconteceu. Não deixe que eleveja seu animal sendo colocado na geladeira e haja da forma mais respeitosa possível.

Acaso o proprietário pergunte qual destino do corpo, não invente histórias. Diga a verdade, éclaro, usando o bom senso.

6. Elaboração das Fichas:

Como já vimos anteriormente, toda clínica precisa ter a ficha cadastral de seus clientes, bemcomo fichas de procedimentos e ficha de internação. As fichas de procedimento e internaçãopermitem que os outros veterinários que trabalham no estabelecimento saibam tudo que foi aplicadoe feito no animal.

6.1. Ficha Cadastral: deve conter os seguintes dados do proprietário e do animal: Nome doproprietário; Endereço completo (não esquecer do CEP); Telefones (residencial e celular); RG; CPF;E-mail; Nome do animal; Espécie; Raça; Nascimento; Sexo; Pelagem; RGA ou se possui microchip.

6.2. Ficha Clínica ou de Anamnese: é a ficha onde o Médico Veterinário irá anotar todo

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achado do exame clínico feito no animal. Funciona como um histórico de todos os problemas que opaciente já teve, desde que começou a freqüentar a clínica. Deve conter o nome do animal, raça,sexo e nascimento.

Esta ficha deve ser preenchida pelo veterinário e arquivada junto com a ficha cadastral, pois acada consulta, ficará mais fácil para o clínico que atender o animal saber o motivo do retorno e sehouve recidiva do problema.

6.3. Ficha de Procedimento: em algumas clínicas a ficha de procedimento é feita para que o

Médico Veterinário anote tudo que foi usado e aplicado no animal.Serve para facilitar o cálculo do preço do atendimento nos casos onde houver espera de

pacientes a serem atendidos e o veterinário não puder ficar calculando os preços. Normalmente,nesses casos, já existe um preço tabelado.

6.4. Ficha de Internação: a ficha de internação é importante para saber o que aconteceucom o animal no decorrer do dia e de quando permaneceu internado. É nela que deverão ser anotados os medicamentos aplicados, horário de cada medicamento, eventuais acontecimentos(vômito, diarréia, convulsão) e mensurações.

Exemplo da ficha de procedimento

Exemplo da ficha de internação

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MATERIAL CIRÚRGICO

Para que o auxiliar possa ajudar o Médico Veterinário nas cirurgias, é necessário que esteconheça todo o material cirúrgico e sua forma de organização na mesa auxiliar.

São três tempos cirúrgicos: diérese, hemostasia e síntese.A diérese (ou divisão) é a manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso, através dos

tecidos. Esta via pode ser criada através da incisão que é feita com instrumentos de corte, ou seja,

por instrumentos que seccionam os tecidos moles produzindo uma ferida contínua.A hemostasia tem o objetivo de parar o sangramento. Uma boa hemostasia ultrapassa o ato

cirúrgico, impedindo a perda excessiva de sangue, propiciando melhores condições técnicas eaumentando o rendimento do trabalho. Pode ser temporária ou permanente, corretiva ou preventiva.

A síntese cirúrgica é uma operação fundamental que consiste na aproximação das bordas detecidos seccionados ou ressecados. Seu maior objetivo é a contigüidade do tecido, facilitando asfases iniciais do processo de cicatrização, a fim de que a continuidade tecidual possa ser restabelecida.

1. Instrumental para Diérese:

Bisturi: pode ser totalmente descartável (cabo e lâmina são eliminados após o uso) ousomente as lâminas são removíveis e descartáveis. Este se apresenta com forma e tamanhovariados.

Tesouras: as tesouras cirúrgicas podem ter ponta romba ou fina, curva ou reta. Os tamanhosvariam de 15 e 17 cm de comprimento, assim como seu formato, o que leva à existência dediferentes tipos, cada qual com sua finalidade. As mais utilizadas são: Fina Fina, Fina Romba,Romba Romba, Mayo e Metzenbaum.

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2. Instrumental para Hemostasia:

Pinças Hemostáticas: como já foi descrito, são destinadas para parar o sangramento.Podem ser retas ou curvas. As mais utilizadas são: Halsted, Kelly, Crile, Rochester e Kocher.

3. Instrumental para Síntese:

Agulhas: são de diversos tipos. Usadas para suturas diferentes, sendo de real importância a

ponta da agulha, uma vez que deve favorecer uma penetração adequada no tecido, com o mínimode traumatismo. As pontas devem ser cilíndricas ou cortantes. As agulhas são: retas, curvas e decabo.

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Pinças: são duas: Anatômica (menos traumatizantes ao apreenderem as bordas para umasutura) e Dente de Rato (úteis na aproximação das bordas da pele).

Porta-Agulha: oferece conforto ao cirurgião para segurar a agulha. Os mais utilizados são:Mayo-Hegar e Mathieu.

4. Outros Instrumentais:

Preensão: para essa função os instrumentos mais comuns são: as pinças de campoBackhaus; pinças para preensão de gaze Foerster; e pinças para preensão de tecidos Allis.

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Afastadores: afastam tecidos ou órgãos para facilitar o acesso cirúrgico. O mais usado é oAfastador Farabeuf.

Mesa Cirúrgica

A montagem da mesa cirúrgica tem o objetivo de facilitar e organizar o trabalho do cirurgião. Éuma forma de racionalizar o ato cirúrgico tornando-o mais eficiente.

Podemos dividir a mesa cirúrgica em seis partes e organizá-la de acordo com o material

cirúrgico. Devemos lembrar de deixar o cabo dos materiais voltado para dentro da mesa, de modoque a parte cortante ou de preensão dos materiais fique voltado para o instrumentador.

Abaixo segue um exemplo de como deve ser montada a mesa:

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PREPARAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO, DO ANIMAL EPARAMENTAÇÃO

Antes de colocar o animal na mesa para ser operado, alguns procedimentos devem ser feitos:

• Contenção do animal•

Colocação de mordaça ou focinheira• Pesagem do animal para cálculo das medicações• Aplicação do pré-anestésico• Tricotomia de uma pata para acesso venoso• Tricotomia da região a ser operada• Indução anestésica• Posicionamento do animal para o ato cirúrgico (mesa ou calha)• Faxina grossa (gaze, escova ou bucha)

Para a preparação do centro cirúrgico, os procedimentos são:

• Retirar o material cirúrgico da autoclave ou estufa• Retirar panos de campo, avental e compressas da estufa ou autoclave• Esticar o pano da mesa auxiliar sobre a mesma• Abrir a caixa de instrumental e despejar sobre a mesa auxiliar • Ligar o foco cirúrgico e posicioná-lo

Depois de abrir todos os panos, despejar o material e manipular objetos não esterilizados, oauxiliar e o Médico Veterinário devem se paramentar seguindo a ordem:

• Colocação do gorro e máscara• Abertura da embalagem da luva estéril e do avental• Desinquinação (lavagem das mãos com iodo povidine degermante por 3

minutos aproximadamente, começando nos dedos e seguindo para os braços)• Secagem das mãos com pano esterilizado• Colocação do avental• Colocação da luva

Assim que as luvas estiverem calçadas, o auxiliar deverá montar a mesa de instrumentalcirúrgico, como já foi descrito anteriormente e fazer a faxina fina no local a ser operado.

A faxina fina pode ser feita com o auxílio da Pinça Foerster, sem esfregar a pele do animalpara não ficar levando patógenos de um lado para o outro.

Lembrando que depois que o auxiliar calçou as luvas estéreis, não poderá ficar mexendo emmesas, em armários, portas, etc.

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HIGIENIZAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO, DO MATERIAL E SUAESTERILIZAÇÃO

Antes de explicarmos como é feita a limpeza do centro cirúrgico e a esterilização do material,é necessário que se entenda a diferença entre limpeza, higienização, desinfecção e esterilização.

Limpeza: remoção de toda sujeira (orgânica e inorgânica) e materiais estranhos dos objetose superfícies. É tipicamente realizado com água e ação mecânica. Detergentes podem ser utilizados

para auxílio no processo.Desinfecção: processo de inibição ou destruição de microorganismos produtores dedoenças, (exceto esporos de bactérias). Geralmente envolve o uso de substâncias químicas, calor e/ou radiação UV e é dividido em três categorias: alto, intermediário e baixo nível de desinfecção.

Higienização: processo de redução no número de microorganismos em um objeto inanimadopara níveis seguros, mas pode não destruir organismos produtores de doenças.

Esterilização: processo de destruição de todas as formas de vida microbial, incluindobactérias, fungos, vírus e esporos.

1. Higienização da Clínica e Centro Cirúrgico:

A higienização da clínica veterinária deve ser feita com substâncias químicas à base deamônia quaternária (Germe Rio, Germe Kill, Herbal Vet), desinfetantes (Sanol, Pinho Sol) ouhipoclorito de sódio (Água Sanitária, Cândida).

Para evitar infestação de carrapatos e pulgas na clínica, assim que os animais parasitadosdeixarem as gaiolas, uma vassoura de fogo deverá ser passada no local para matar ovos, ninfas eadultos.

No atendimento à filhotes, deve-se atear fogo em cima da mesa de atendimento para evitar que o mesmo entre em contato com bactérias e vírus patogênicos.

2. Higienização do Material Cirúrgico:

Após o ato cirúrgico, o material deve ser lavado em água corrente com auxílio de umaescovinha e sabão. Deve-se tomar cuidado para retirar todo resto de material orgânico que ficaaderido ao material.

Todo instrumental deve ser seco antes de ser guardado novamente na caixa.

3. Esterilização do Material Cirúrgico, Panos e Compressas:

Os diferentes métodos de esterilização na clínica veterinária incluem: vapor sob pressão(Autoclave), aquecimento a seco (Estufa) e agentes químicos (Formalina, Óxido de Etileno,Hipoclorito de Sódio, Amônia Quaternária).

3.1. Calor Seco:

O equipamento utilizado para esterilização com o calor seco é a Estufa.Sua ação esterilizante promove oxidação da parede celular bacteriana resultando em sua

destruição. Os instrumentos que tenham algum componente de material têxtil ou de borracha nãopodem ser esterilizados pelo calor seco. Na Estufa, os instrumentos devem ser colocados em caixasmetálicas fechadas. As tesouras devem ficar na posição semi-aberta. A estufa deverá ser aquecida àtemperatura indicada antes da colocação das caixas de instrumentos e o tempo de esterilização deveser contado a partir do instante em que o termômetro acusar a temperatura escolhida.

Para não haver falhas no processo, os materiais no interior da Estufa não devem ser empilhados, não devem encostar nas paredes do equipamento, devem ser protegidos com invólucrosadequados e ficarem de forma à permitir que o ar circule livremente na câmara.

Para instrumentos cirúrgicos, o tempo de exposição é de 60 minutos à temperatura de 170

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ºC, ou 30 minutos à temperatura de 180 ºC. Após ser retirado da Estufa o material será consideradoestéril por até 10 dias.

3.2. Calor Úmido:

O equipamento utilizado para esterilização por calor úmido também chamado de vapor sobpressão, é a Autoclave. Sua ação esterilizadora se dá pela termocoagulação das proteínasbacterinas. Este é o processo de esterilização indicado para a maioria dos instrumentos cirúrgicos,

porém não são todas as clínicas veterinárias que possuem Autoclave.O agente esterilizante é o calor+umidade. A penetração do vapor condensa o calor e precipita

a umidade levando ao amolecimento da cápsula do microorganismo até a sua quebra, destruindoassim os esporos.

Os instrumentos devem ser dispostos em bandejas abertas forradas com campos cirúrgicos,caixas furadas ou cestos aramados em aço inoxidável, envolvidas externamente com tecido nãotecido. Deixar espaço dentro do rack entre um material e outro para haver circulação do agenteesterilizante.

A temperatura recomendada para esterilização de material cirúrgico é de 121ºC a 132ºC,durante 30 minutos. Deve-se evitar abrir prematuramente a Autoclave, pois isto leva ao surgimentode ar frio no interior do compartimento do esterilizador, resultando em rápida condensação do vapor e depósito de resíduos nos instrumentos, manchando-os.

Para abrir a Autoclave, deve-se deixar todo o vapor sair primeiro, permitindo que o ciclo desecagem se complete. Após ser retirado do equipamento, o material será considerado estéril emtorno de 7 a 15 dias.

Para o perfeito funcionamento da Autoclave deve ser freqüentemente observadas: corrosãonas tubulações; presença de sinais de oxidação; partículas metálicas; e o vapor utilizado naesterilização deve ser isento de toda impureza (através da utilização de água desmineralizada oudestilada, do contrário, podem produzir corrosão e manchas nos instrumentos).

3.3. Agentes Químicos:

Como já foi descrito, os agentes químicos podem ser gases ou líquidos.

A esterilização de produtos químicos esterilização de materiais é indicada para artigossensíveis ao calor. Esses produtos são também utilizados para desinfetar objetos contaminadosantes de serem preparados para esterilização.

GASES: aldeído fórmico ou parafórmico, mais comumente conhecido como pastilhas deformalina. Esterilizam o material, quando aquecidas em estufas à 50°C, com o tempo de exposiçãode 2 horas e numa quantidade de 5g para cada 100cm cúbicos de área do recipiente que contém omaterial. Também são usadas para esterilização de fios de sutura de nylon quando estespermanecem em recipientes fechados com as pastilhas de formalina.

LÍQUIDOS: sua ação esterilizante se dá pela formação de compostos incompatíveis com asfunções celulares vitais. O material deve ser limpo em água corrente com escovinha e detergenteenzimático. Em seguida, devem ser colocados abertos, submersos no líquido esterilizante escolhido,pelo tempo determinado pelo fabricante. Devem ser enxaguados com água esterilizada e secos com

compressas esterilizadas. Entretanto, não é um processo muito recomendado, pois para ter suaeficiência total, deveria ser feito em sala totalmente estéril e também há relatos de ação corrosiva doinstrumental.

Os agentes químicos líquidos utilizados são:Aldeídos: tempo mínimo de exposição do instrumental é de 30 minutos para desinfecção e 10

horas para esterilização. Altamente corrosivo.Formaldeído: tempo de exposição do instrumental é de 30 minutos para desinfecção e 10

horas para esterilização.Hipoclorito de Sódio: tempo de exposição do instrumental para desinfecção é de 30 minutos.

Altamente corrosivo.Amônia Quaternária: tempo de exposição do instrumental para desinfecção é de 30 minutos.

Os panos de campo, pano da mesa auxiliar, compressas e avental, devem ser embaladosseparadamente e identificados com caneta, para que após a esterilização não sejam misturados.

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PRIMEIROS SOCORROS

Para ajudar o trabalho do Médico Veterinário, o auxiliar deve possui noções de primeirossocorros. Nenhum procedimento substituirá a avaliação e o tratamento feito pelo clínico, por estarazão, os primeiros socorros devem ser feitos somente para “estabilizar” o animal até a chegada aoveterinário.

Existe uma diferença entre emergência e urgência. Na emergência, o animal requer medidas

imediatas para sua sobrevivência, tal como em hemorragias, parada cardíaca e/ou respiratória,atropelamento, envenenamento, choque elétrico, afogamento, inalação de fumaça de incêndio, etc.Na urgência, são casos de menor gravidade que devem ser socorridos para evitar complicaçõesmais graves, tal como vômitos, diarréias, convulsão, piometra, etc.

1. Fraturas nas patas:

Alguns sinais indicam quando o animal fraturou uma das patas: a perna parece deformada,pendurada, não suporta o peso do corpo ou está inchada.

Apesar da alta tolerância à dor dos cães, é importante lembrar que ele pode morder caso amanipulação seja muito dolorosa, por isso coloque focinheira no animal se perceber que hánecessidade.

Procure por sinais de choque como gengivas pálidas, batimento cardíaco e respiraçãoacelerados.Verifique se a fratura é exposta (a pele estará cortada e a ponta ou parte do osso estarão

visíveis). Neste caso, lave o local com água limpa e cubra o ferimento com um pano estéril ou limpo.Não tente reduzir a fratura, nem coloque tala no membro fraturado. Tente somente evitar que a patafique balançando de um lado para o outro e encaminhe rapidamente o animal ao veterinário.

2. Convulsão:

Convulsão ou ataque epiléptico é o resultado da descarga elétrica do cérebro para osmúsculos do corpo. Raramente uma convulsão é fatal e a maioria dura apenas alguns minutos. Umaconvulsão é normalmente seguida de um período de 15 a 30 minutos de recuperação, durante o qual

o cachorro pode ficar confuso, abatido e cansado.Em alguns casos, a convulsão pode ser conseqüência de envenenamento ou doenças

metabólicas que diminuem o nível de glicose do sangue. Por esta razão, nenhuma convulsão deveser ignorada e deve ser relatada, o mais breve possível, ao Médico Veterinário.

Um animal em convulsão fica incoordenado, cai no chão e permanece deitado de lado emmovimentos de pedalagem, podendo ou não urinar e defecar-se durante o ataque. Alguns podemperder a consciência e quando não, ficam ofegantes e aos poucos vão se acalmando.

Durante a convulsão, a prioridade é evitar que o animal se machuque, por isso afaste-o demóveis, mesas ou escadas. Não coloque os dedos nem objetos na boca do cachorro. Se a convulsãonão parar num período de dez minutos ou se o animal convulsionar novamente em 1 hora, eledeverá ser encaminhado ao Veterinário.

3. Diarréia:

Pode ocorrer por diversas causas: alergias, leite, parasitas, infecção bacteriana, alimentoestragado, tumores, infecções virais, doenças do fígado, rins e pâncreas.

Nos casos onde não houver depressão profunda, dor abdominal e sangue nas fezes, acomida deve ser removida de 12 a 24 horas, deixando apenas água para o animal não ficar desidratado.

4. Olhos machucados:

Os olhos dos animais podem estar irritados por alergias, poeira, sujeira, cílios nascendo paradentro, entre outros problemas, o que pode resultar em inflamação da conjuntiva e danos graves àcórnea.

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Os animais demonstram que estão com os olhos irritados quando estão com elessemicerrados, coçam com uma das patas, esfregam a cabeça no chão, há presença de corrimento,ou vermelhidão.

Quando houver um corpo estranho nos olhos, não tente removê-lo. Só o Médico Veterináriosaberá como retirar o objeto sem agravar mais o problema.

Olhos irritados ou arranhados devem ser limpos com água ou soro fisiológico.Em todos os casos, os animais devem ser encaminhados à clínica.

5. Mordidas:

Normalmente em brigas, os animais acabam se machucando. Os furos de mordida localizam-se em sua grande maioria ao redor do pescoço e pernas. Para encontrá-los, devemos examinar apele em busca de manchas de sangue e feridas.

Se o animal for mordido por outro desconhecido e não estiver vacinado para raiva, faleimediatamente com o Médico Veterinário.

A ferida deve ser limpa com bastante água e sabão. Não utilizar álcool no local para evitar que o animal sinta dor. Deve-se cortar os pêlos ao redor da mordida para facilitar a limpeza. Casohaja sangramento, estanque com auxílio de gaze ou pano limpo. Não cubra a ferida com curativos ese a mesma for muito profunda, leve imediatamente o animal ao veterinário para que ele possaavaliar o machucado.

6. Hipotermia:

A exposição ao frio intenso ou à água fria, podem causar queda de temperatura corporal noanimal. Quando a temperatura cai abaixo de 32ºC, as funções normais do corpo são prejudicadas ea sobrevivência do animal dependerá de cuidados rápidos para a elevação da temperatura. Só oMédico Veterinário saberá qual procedimento adotar e como o caminho até a clínica pode ser longo,indica-se nesses casos, enrolar o animal num cobertor ou casaco, e colocar uma bolsa de águaquente (à 37ºC) envolvida numa toalha no seu abdômen, tomando o devido cuidado para nãoqueimá-lo.

7. Insolação ou Hipertermia:

É quando a temperatura do animal aumenta muito e há incapacidade do corpo em normatizá-la. Ocorre normalmente em animais que ficam presos dentro de carros, com falta de ventilaçãoadequada ou que fazem exercícios físicos muito intensos em dias quentes.

Os sinais da insolação são salivação excessiva, falta de coordenação, respiração acelerada etopo da cabeça quente ao toque. O tratamento imediato é urgente. A temperatura corporal podechegar a 41,5ºC e sem um resfriamento rápido, podem ocorrer danos cerebrais graves e morte.

O animal deverá ser retirado do local quente e imediatamente molhado com água gelada ouser envolvido em sacos com gelo, até a chegada ao Médico Veterinário.

8. Queimaduras:

Não muito raro, existem animais que gostam de ficar ao lado de seus donos quando estesestão na cozinha mexendo com água fervente ou óleo de fritura. Acidentes podem acontecer levandoà queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro graus.

As queimaduras também podem ocorrer por produtos químicos ou eletricidade. Todas sãodolorosas e podem causar danos severos ou morte. Queimaduras superficiais, doloridas eavermelhadas normalmente não são graves. Porém, os primeiros socorros devem ser prestados omais rápido possível para aliviar a dor.

Queimaduras de primeiro grau incluem pêlos queimados ou intactos, lesões dolorosas e pelevermelha com a possibilidade de formação de bolhas. Os sinais de queimaduras de segundo grausão pêlos queimados ou lesões dolorosas que ficam amarronzadas, com inchaço e bolhas. Nessescasos deve-se aplicar água fria no local ou bolsas de gelo por aproximadamente 15 minutos. Nãodeve ser utilizadas pomadas ou óleo. Quando a queimadura atingir uma grande extensão do corpo, olocal deverá ser coberto com compressa estéril, sem ser algodão, e o animal encaminhado

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imediatamente ao Médico Veterinário.Queimaduras de terceiro grau incluem destruição de uma área de pele, lesões brancas ou

pretas e pêlo que sai com facilidade. Também pode-se observar sinais de choque, que incluemgengivas pálidas ou brancas, batimento cardíaco e respiração acelerados. Um animal em choquedeve ser encaminhado imediatamente ao Médico Veterinário.

Nas queimaduras químicas, o local deverá ser lavado com água e sabão e o animalencaminhado à clínica para melhor avaliação.

9. Picadas de Insetos:

Sabemos que os animais são bastante curiosos e muitas vezes ao se depararem comabelhas ou vespas, acabam sendo picados.

Os sinais de uma picada de inseto são inchaço, dor nos músculos e área afetada, vômitos,fraqueza, febre e choque.

A área não deverá ser apertada e se houver a presença de um ferrão, ele deverá ser imediatamente retirado. Em casos onde a picada for de outro inseto, o animal deverá ser encaminhado ao Médico Veterinário para a prescrição dos medicamentos adequados.

10. Choques Elétricos:

Cães adultos raramente são vítimas de choques elétricos. No entanto, filhotes sãonaturalmente curiosos e roem praticamente tudo, inclusive fios elétricos. Os choques podem causar lesões cardíacas graves e acúmulo de líquido nos pulmões.

Choques muito fortes podem parar o coração e a ressuscitação cardiopulmonar deverá ser feita imediatamente para fazer o coração voltar a bater. Além disso, a boca do cachorroprovavelmente vai estar queimada por causa do contato com os fios.

Se o animal ainda estiver com o fio elétrico na boca, não encoste nele até desligar a forçageral ou retirar o plugue da tomada, para não levar um choque.

Acaso o animal se encontre inconsciente, verifique sua respiração. Se não estiver respirando,mas o coração estiver batendo, faça respiração artificial deitando-o de lado, esticando sua cabeça eassoprando forte pelas narinas mantendo a boca do animal fechada. Faça uma respiração a cada 3 a

5 segundos até ver o peito do animal subir. Após 10 segundos pare a respiração artificial e verifiquese o mesmo voltou a respirar sozinho.Caso haja parada cardíaca e respiratória, a ressuscitação cardiopulmonar deverá ser feita

imediatamente da seguinte maneira: deite o animal de lado e ajoelhe-se perto de sua cabeça.Coloque a palma da mão no meio do peito do animal. Comprima contando até dois e solte contandoum. Repita o procedimento aproximadamente 60 a 90 vezes por minutos. Alternadamente, após 30segundos, segura a boca e os lábios do animal e assopre com força nas narinas. Entre cadarespiração, faça cinco compressões cardíacas. Pare após um minuto e observe se o coração voltou abater. Se o coração não voltou a bater, continue com a ressuscitação.

11. Sangramentos em Unhas:

Assim como nos humanos, as unhas dos animais crescem e algumas vezes podem sequebrar durante as brincadeiras. Nestes casos, se a unha ficou presa por um pedaço pequeno, corte-a. Se houver sangramento por ter atingido a parte viva da unha, comprima o local com uma gaze ouutilize produtos para estancar sangue disponíveis no mercado.

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CUIDADOS COM FÊMEAS PRENHES, PROCEDIMENTOS DURANTE OPARTO E CUIDADO COM FILHOTES

O período normal de gestação de uma cadela é de 61 a 63 dias. Durante esse período acadela deverá receber ração para filhotes para evitar deficiências nutricionais durante e após o parto.

Alguns dias ou horas antes de parir, muitas cadelas começam a preparar um ninho com jornais, pedaços de pano ou até mesmo cavoucam um buraco na grama do quintal protegido de

vento e chuva. Algumas, por morarem dentro de apartamentos ou não possuírem quintais gramadosem suas casas, seguem os seus instintos, cavoucando tapetes como se estivessem fazendo umburaco. Uma sugestão para a fêmea parar de cavoucar pela casa é providenciar uma caixa de parto.

Quando ela começar a fazer o ninho, o proprietário notará um aumento em suas mamas pelaprodução de leite. Próximo ao trabalho de parto, observa-se a eliminação de um líquido mucoso pelavulva, seguido de um líquido esverdeado. Em hipótese alguma esse líquido deve ser marrom oupossuir mau cheiro. Se isso acontecer, o Médico Veterinário deverá ser chamado imediatamente.

Num primeiro momento, a cadela ficará agitada. Em seguida, ela deitará e terá contrações.Nesse segundo estágio, o parto deve iniciar em até 3 horas e caso isso não ocorra, o MédicoVeterinário deverá ser chamado.

Um filhote pode nascer de três maneiras diferentes. A apresentação mais comum é pelacabeça e patas dianteiras. A segunda mais comum é pela cauda e patas traseiras, mas não confunda

com a apresentação pela nádega. Em uma apresentação pela nádega as pernas traseiras estãodobradas embaixo do corpo do filhote. Em uma cadela pequena este tipo de apresentação podecausar problemas e deve ser observada com cuidado.

Se o filhote ficar preso no canal do parto com metade do corpo para fora, ele deve ser pegocom uma toalha limpa e tracionado para fora com cuidado num ângulo levemente descendente. Casoo filhote continue preso, chame o Médico Veterinário imediatamente.

No nascimento, a cadela costuma limpar o filhote, comendo a membrana fetal que o envolvedeixando um pedacinho do cordão umbilical. Se acaso a cadela não limpar o filhote, ele deverá ser colocado sobre uma toalha limpa ou papel toalha e imediatamente ser retirado a membrana queencobre seu rosto. Em seguida, a membrana deverá ser retirada do seu corpo sem que o cordãoumbilical seja puxado.

Qualquer líquido que estiver na boa e narinas do filhote deverá ser retirado com o auxílio dasmãos ou uma sonda. Em seguida, o filhote deverá ser massageado vigorosamente para estimular sua respiração.

Se houver muito muco impedindo a respiração do filhote, segure-o com firmeza, porémdelicadamente e balance-o em direção ao chão repetidas vezes. Faça a massagem para estimular arespiração e só pare quando ele começar a chorar.

O que restar da membrana fetal aderida ao cordão umbilical deverá ser deixada enquanto sefaz esses procedimentos. Quando o filhote estiver respirando normalmente, um fio deverá ser amarrado no cordão umbilical 2 cm acima de sua barriga e o resto, cortado com o auxílio de umatesoura limpa e se possível esterilizada.

A seguir, o filhote deverá ser colocado junto à fêmea para que mame o colostro. É normal quea fêmea fique cansada após o parto, mas não em estafa. Acaso ocorra qualquer outro tipo de

problema tanto com a fêmea quanto com os filhotes, o Médico Veterinário deverá ser chamadoimediatamente.Depois do nascimento de todos os filhotes, se ainda houver dúvida se a fêmea pariu todos,

ela deverá ser levada à clínica para uma avaliação ultrassonográfica ou por raio-X.

1. Cuidados com os filhotes:

Após o parto é fundamental e essencial que os filhotes mamem o colostro, pois é dele que ofilhote adquirirá os anticorpos maternos necessários para sua proteção até que seu sistema imuneesteja formado e apto à produção de seus próprios anticorpos.

Também devem permanecer aquecidos e limpos. Deve-se tomar cuidado para não exceder a

temperatura de aquecimento para não queimar os filhotes.O cordão umbilical cai de dois a três dias após o nascimento.

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O peso normal ao nascimento varia de acordo com a raça dos cães: pequenos de 100 a 400gramas; médios de 200 a 300 gramas; grandes de 400 a 500 gramas; gigantes podem chegar a 700gramas. Os filhotes de gato ao nascerem pesam cerca de 100 gramas.

Os cãezinhos em geral dobram o peso de nascimento por volta de 10 a 12 dias de idade,enquanto os gatinhos com 14 dias.

A freqüência cardíaca normal de filhotes é superior à 200 batimentos por minuto. A freqüênciarespiratória vai de 15 a 35 movimentos por minuto, e a temperatura corporal média é de 35 a 36ºC.

Os olhos se abrem com aproximadamente 12 dias de vida. A íris é cinza-azulada e muda para

cor adulta por volta de quatro a seis semanas de vida. Eles começam a rastejar com 7 a 14 dias deidade, andam com 16 dias e adquirem a postura normal com 21 dias de idade.

O desmame deve ser feito por volta da 6ª semana de vida.Alguns filhotes podem não conseguir se alimentarem do leite materno pelo grande número de

irmãos ou pela própria falta de leite. Nesses casos, é necessário recorrer ao leite artificial(sucedâneo), administrando-o 6 vezes ao dia à 37ºC.

Fórmula do Sucedâneo:- 200 ml de leite em pó integral (Ninho, Glória, etc.)- 1 gema de ovo- 1 pitada de sal- 1 colher das de chá de óleo vegetal- 1 colher das de chá de mel ou dextrosol- 10 gotas de Kalyamon B12 ou Ostelin B12

Para cães, acrescentar 2 colheres das de sopa de água.Após o desmame, deve-se fornecer gradualmente alimentação sólida (ração para filhotes), no

mínimo 3 vezes ao dia. Como os dentinhos ainda não terão nascido completamente, aconselha-sefazer uma papa com a ração utilizando água morna. Com o passar do tempo, conforme os dentesnasçam, deve-se retirar a água.

A primeira vermifugação dos filhotes deve ser feita com 2 a 3 semanas de vida e ser repetidaapós 15 dias.

Os banhos podem ser iniciados a partir da quinta semana de vida, com água morna, nas

horas mais quentes do dia. Os ouvidos devem ser protegidos com tampões de algodão parafinadosde preferência. Após o banho, o cãozinho deve ser bem seco, pois ainda não possuirá um sistema deeficiente que regule a sua temperatura corporal.

É indicado deixar os filhotes abrigados do frio e seguir o esquema de vacinação recomendadopelo veterinário. Passeios na rua só poderão ser feitos após no mínimo 15 dias da aplicação daúltima vacina.

Conforme os filhotes vão crescendo, os dentes de leite são substituídos por dentespermanentes. Em alguns cães, os dentes de leite não caem e acabam ficando junto com os dentespermanentes. Nestes casos, os dentes de leite devem ser retirados pelo Médico Veterinário.

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CUIDADOS COM CÃES E GATOS IDOSOS

A maioria dos cães a gatos começam a apresentar sinais de velhice dos 5 aos 7 anos. Tudodepende do seu tamanho. Cães de raças grandes são considerados idosos a partir dos 7 anos devida, os de raças pequenas a partir dos 8 anos. Nessa idade ocorrem muitas alterações físicas ecomportamentais. Por exemplo, a pelagem vai se tornando esbranquiçada, principalmente na face,muitos diminuem a atividade física e passam a dormir mais horas do dia alterando também a

necessidade de ingestão calórica.Para isso, existem no mercado rações específicas chamadas de “senior”. Como já vimos

anteriormente, são rações que possuem menos gordura e mais fibras (para manutenção do peso),menos proteínas (para não sobrecarregar os rins sensíveis dos cães idosos), além de grãos maisfáceis de quebrar, pois os dentes do nosso amigo já não são mais os mesmos.

O ideal e recomendado é que cães e gatos idosos passem por uma avaliação veterinária acada seis meses, onde serão pedidos exames de sangue e se houver necessidade, exame de urinae ultrassom abdominal.

Panelas de água e comida devem ser colocadas em cima de suportes para facilitar aalimentação de cães de grande porte. Com a ração sendo colocada mais alta, ele terá menos

dificuldade de abaixar para pegar o alimento e forçará menos a coluna.Para cães que já possuem determinados tipos de problemas articulares ou que pela manhã

tenham certa dificuldade em levantar-se, recomenda-se que seja colocado um colchão ou algo maciono chão da casinha ou local onde o animal costuma dormir.

Acessos à escadas e locais altos também devem ser evitados quando principalmente os cãesperdem a visão. Gatos que costumam dormir em estantes ou em locais de difícil acesso devemreceber um cuidado especial. Sabe-se que esses animais dificilmente largarão o hábito de dormir emlocais altos, por isso recomenda-se que o seu acesso à esses lugares seja facilitado com o auxílio derampas improvisadas.

Como o metabolismo tende a ser mais baixo, os animais idosos preferirão passar a maior 

parte do tempo dormindo que brincando. As brincadeiras também devem ser mais leves e em locaisseguros. Lembre-se que chãos escorregadios podem fazer com que os animais caiam e semachuquem.

Abaixo segue alguma peculiaridades sobre os problemas mais comuns em animais idosos:

1. Dentes:

O acúmulo de tártaro é muito comum nos animais e a gengivite que acompanha o tártaropode ser uma porta de entrada para bactérias na corrente sanguínea. Isto poderá causar problemasgraves nos rins e coração.

Além do mau hálito, a gengivite poderá causar desconforto na alimentação e perda dos

dentes. Se o animal não passou por avaliação veterinária nem tratamento dentário adequado eperdeu os dentes, o indicado é que seja alimentado com rações mais moles ou até mesmo dietasespeciais indicadas pelo profissional.

2. Problemas Urinários:

Cães e gatos idosos podem desenvolver incontinência urinária pelo relaxamento dosmúsculos e esfíncter responsáveis pela micção. Nestes casos, onde a incontinência não for patológica, pode-se forrar a cama dele com plástico ou material lavável para que não fique emcontato com a urina.

Deve-se ficar atento se o seu animal idoso aumentou o consumo de água e a produção deurina, pois os animais podem desenvolver a diabetes nessa fase da vida. Além destes, outros

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sintomas como a perda de peso e o aumento na ingestão de comida também estão associados.A insuficiência renal também é um problema bastante comum nos animais idosos e deve ser 

acompanhada pelo Médico Veterinário. Inicialmente, os animais bebem mais água e urinam mais.Em conseqüência, aparecem perturbações digestivas como vômito e diarréia, que normalmenteprecedem as perturbações neurológicas.

Cálculos urinários também são comuns nessa fase da vida. Podem levar ao aparecimento dehematúria (sangue na urina), cistite, incontinência, retenção urinária e problemas infecciosos.

3. Perda dos Sentidos:

Em idade avançada, os sentidos como a visão, olfato, paladar e audição tendem a diminuir gradativamente. Alguns animais, tendem a diminuir a ingestão de alimentos quando têm seu paladar e olfato diminuídos, mas no geral, se adaptam bem à perda desses sentidos.

A cegueira é um problema muito comum em cães a gatos idosos. Pode advir de glaucoma,catarata, úlceras de córnea, entre outros. Alguns problemas não podem ser facilmente solucionadose os animais tendem a se machucar andando pela casa. Nesses casos, recomenda-se que móveis eobjetos não sejam mudados de lugar. Os animais se adaptarão à localização da mobília e com o

tempo andarão normalmente pela casa sem bater em nada.A surdez também é um problema bastante comum em animais idosos. É bem notada

principalmente nos cães que não respondem mais prontamente aos chamados de seus donos. Comoos animais são bastante inteligentes, a comunicação não fica prejudicada, pois com o passar dosanos, eles aprendem o que os sinais significam. Só deve-se tomar cuidado para não abordar umanimal surdo pelas costas repentinamente, pois pelo susto ele poderá ter uma reação maisagressiva.

4. Articulações:

A artrite (inflamação das articulações) é um problema bastante comum em cães idosos queimpede que o animal faça determinados tipos de movimentos. A dor causada por essa patologia deveser aliviada com o auxílio de medicamentos prescritos pelo Médico Veterinário, pois medicamentoshumanos podem piorar o estado de saúde do animal.

Cães de porte grande, especialmente Pastor Alemão e Rotweiller, costumam desenvolver umproblema na articulação do osso coxal com o fêmur, denominada displasia coxo-femoral. Costumacausar muita dor e dificuldade de locomoção nos casos mais avançados. Animais com predisposiçãoao problema devem ser acompanhados pelo veterinário.

5. Obesidade:

Animais velhinhos tendem a ficar obesos pela diminuição do seu metabolismo. Mesmodiminuindo a alimentação, podem desenvolver obesidade caso comam comidas com alto valor calórico ou desbalanceadas.

A obesidade pode agravar problemas articulares e cardíacos. A intolerância ao frio e ao calor também aumenta, pois o animal produz menos hormônios que ajudam na manutenção datemperatura corporal.

6. Pele:

Com a idade, a pele tem sua elasticidade diminuída, bem como o tempo de cicatrização

aumentado. A queda de pêlos também tende a aumentar pelo enfraquecimento dos folículos pilosos.

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Recomenda-se escovação dos pêlos no mínimo uma vez a cada dois dias para retirada dos pêlosmortos.

O sistema de defesa da pele também fica mais debilitado aumentando a incidência de câncer.

7. Sistema Reprodutor:

Fêmeas não castradas geralmente desenvolvem piometra (pus no útero) com a chegada da

idade avançada. É um problema que requer cuidados emergenciais e cirurgia para retirada do úteroque estará aumentado pela presença do pus.

Tumores de mama também são freqüentes e devem passar por uma avaliação do MédicoVeterinário. Normalmente quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, a incidência de tumor demama diminui ficando quase zero.

Nos machos a próstata tende a ficar mais aumentada e alguns cães podem desenvolver problemas nessa glândula, como por exemplo, a prostatite (inflamação da próstata). Em todos oscasos, o animal deverá ser levado ao veterinário para uma melhor avaliação.

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LEGISLAÇÃO

A palavra “lei” se refere a limites em várias formas de comportamento. Nos regimesdemocráticos, três poderes apresentam-se bem definidos e atuantes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário.

Ao Poder Executivo compete exercer o comando da nação, conforme os limites estabelecidospela Constituição ou Carta Magna do país.

O Poder Judiciário tem a incumbência de aplicar a lei em casos concretos, para assegurar a justiça e a realização dos direitos individuais e coletivos no processo das relações sociais, além develar pelo respeito e cumprimento do ordenamento constitucional.

Quanto ao Poder Legislativo, a ele compete produzir e manter o sistema normativo, ou seja, oconjunto de leis que asseguram a soberania da justiça para todos (cidadãos, instituições públicas eempresas privadas).

Em resumo, a legislação de um estado democrático de direito é originária de processolegislativo que constrói, a partir de uma sucessão de atos, fatos e decisões políticas, econômicas esociais, um conjunto de leis com valor jurídico, nos planos nacional e internacional, para assegurar estabilidade governamental e segurança jurídica às relações sociais entre cidadãos, instituições eempresas.

Algumas leis, decretos e normativas devem ser de conhecimento do Médico Veterinário eauxiliares, bem como:

1. Decreto Nº 40.400, de 24 de outubro de 1995

Norma Técnica Especial relativa às condições de funcionamento de estabelecimentosveterinários, determinando as exigências mínimas de instalações, de uso de radiações, de uso dedrogas, de medidas necessárias para o trânsito de animais e do controle de zoonoses.

TÍTULO IDas Definições

Artigo 1º - Consideram-se estabelecimentos veterinários para os efeitos desta NormaTécnica Especial:I - consultório veterinário: o estabelecimento onde os animais são levados apenas para

consulta, vedada a realização de cirurgias;II - clínica veterinária: o estabelecimento onde os animais são atendidos para consulta,

tratamento médico e cirúrgico; funciona em horário restrito, podendo ter, ou não, internação deanimais atendidos;

III - hospital veterinário: o estabelecimento destinado ao atendimento de animais paraconsulta, tratamento médico e cirúrgico e internação de animais; funciona durante as vinte e quatrohoras do dia;

IV - maternidade veterinária: o estabelecimento destinado ao atendimento de fêmeas prenhesou paridas, para tratamento pré e pós-natal e realização de partos;

V - ambulatório veterinário: a dependência de estabelecimento industrial, comercial, derecreação ou de ensino e/ou pesquisa, onde são atendidos os animais pertencentes ao mesmo ousob sua guarda, para exame clínico, curativos e pequenas cirurgias;

VI - serviço veterinário: a dependência de estabelecimento industrial, comercial, de recreação,de ensino e/ou de pesquisa, onde são atendidos animais pertencentes ao mesmo para exameclínico, tratamento médico e cirúrgico e análises clínicas;

...XVI - escola para cães: o estabelecimento onde são recebidos e mantidos cães para

adestramento;XVII - pensão para animais: o estabelecimento onde são recebidos animais para estadia;...XXI - canil de criação: o estabelecimento onde são criados caninos com finalidades de

comércio;XXII - gatil de criação: o estabelecimento onde são criados felinos com finalidades de

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comércio;XXIII - "pet shop": a loja destinada ao comércio de animais, de produtos de uso veterinário,

exceto medicamentos, drogas e outros produtos farmacêuticos, onde pode ser praticada a tosa e obanho de animais de estimação;

XXIV - drogaria veterinária: o estabelecimento farmacêutico onde são comercializadosmedicamentos, drogas e outros produtos farmacêuticos de uso veterinário;

...XXVI - laboratório veterinário: o estabelecimento que realiza análises clínicas ou de

diagnóstico referentes à veterinária;XXVII - salão de banho e tosa: o estabelecimento destinado à prática de banho, tosa e

penteado de animais domésticos ("trimming" e "grooming").

Parágrafo único - São também considerados estabelecimentos veterinários quaisquer outrosonde haja animais vivos destinados ao consumo, ao ensino, à pesquisa, ao lazer, ou qualquer outrautilização pelo homem, não especificada nesta Norma, mas que, por sua atividade, possam, direta ouindiretamente, constituir riscos à saúde da comunidade.

TÍTULO IIDo FuncionamentoCAPÍTULO IDisposições GeraisArtigo 2º - Os estabelecimentos veterinários somente poderão funcionar no território do

Estado de São Paulo mediante licença de funcionamento e alvará expedido pela autoridade sanitáriacompetente.

Parágrafo único - Somente será concedida licença e expedido alvará aos estabelecimentosveterinários devidamente legalizados perante o Conselho Regional de Medicina Veterinária eautoridade municipal.

Artigo 3º - Os estabelecimentos veterinários são obrigados, na forma da legislação vigente, amanter um médico veterinário responsável pelo seu funcionamento.

Artigo 4º - A mudança para local diverso do previsto no licenciamento dependerá de licençaprévia da autoridade sanitária competente e ao atendimento às exigências desta Norma.

Artigo 5º - Os estabelecimentos veterinários deverão ser mantidos nas mais perfeitascondições de ordem e higiene, inclusive no que se refere ao pessoal e material.

CAPÍTULO IIDas InstalaçõesArtigo 6º - Para os efeitos desta Norma Técnica Especial constituem dependências,

instalações, recintos e partes dos estabelecimentos veterinários:I - sala de recepção e espera: destina-se à permanência dos animais que aguardam

atendimento; deve ter acesso diretamente do exterior; sua área mínima deve ser 10 m² sendo amenor dimensão no plano horizontal não inferior a 2,5 m; o piso dever ser liso, impermeável eresistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até altura de 2 m;

II - sala de consultas: destina-se ao exame clínico dos animais; deve ter acesso direto da sala

de espera; sua área mínima deve ser 6 m², sendo a menor dimensão no plano horizontal não inferior a 2 m; o piso deve ser liso, impermeável e resistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devemser impermeabilizadas até a altura de 2 m;

III - sala de curativos: destina-se à prática de curativos, aplicações e outros procedimentosambulatoriais; obedece às especificações para a sala de consultas;

IV - sala de cirurgia: destina-se à prática de cirurgias em animais; a sua área deve ser compatível com o tamanho da espécie a que se destina, nunca inferior a 10 m², sendo a menor dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2 m; o piso deve ser liso, impermeável e resistente apisoteio e desinfetantes; suas paredes devem ser impermeabilizadas até a altura de 2 m; o forrodever ser de material que permita  constante assepsia; não deve haver cantos retos nos limitesparede-piso e parede-parede; as janelas devem ser providas de telas que impeçam a passagem deinsetos; seu acesso deve ser através de antecâmara;

V - antecâmara: compartimento de passagem; sua área mínima deve ser 4 m², sendo amenor dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2 m; o piso deve ser liso e impermeável; as

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paredes devem ser impermeabilizadas até a altura de 2 m; conterá pia para lavagem e desinfecçãodas mãos e braços dos cirurgiões; poderá conter armários;

VI - sala de esterilização: destina-se à esterilização dos materiais utilizados nas cirurgias, nosambulatórios e nos laboratórios; seu piso deve ser liso e impermeável, resistente a desinfetantes; asparedes devem ser impermeabilizadas até o teto; sua área mínima de 6 m² sendo menor dimensãono plano horizontal nunca inferior a 2 m; deve ser provida de equipamento para esterilização seca eúmida;

VII - sala de coleta: destina-se à coleta de material para análise laboratorial médico

veterinário; sua área mínima deve ser 4 m², sendo a menor dimensão no plano horizontal nuncainferior a 2 m; o piso e as paredes devem ser impermeabilizados;

VIII - sala para abrigo de animais: destina-se ao alojamento de animais internados; nela selocalizam as instalações e compartimentos de internação; seu acesso deve ser afastado dasdependências destinadas à cirurgia e laboratórios; o piso deve ser liso e impermeabilizado, resistenteao pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até a altura de 2 m; deve ser provida de instalações necessárias ao conforto e segurança dos animais e propiciar ao pessoal quenela trabalha condições adequadas de higiene e segurança ao desempenho; suas dimensões devemser compatíveis com o tamanho das espécies a que se destina; deve ser provida de dispositivos queevitem a propagação de ruídos incômodos e exalação de odores; deve ser provida de água correntesuficiente para a higienização ambiental; o escoamento das águas servidas deve ser ligado à rede deesgoto, ou, na inexistência desta, ser ligado à fossa séptica com poço absorvente; as portas e as janelas devem ser providas de tela para evitar a entrada de insetos;

IX - sala de radiografias: deve ter dimensão compatível com o tamanho da espécie a que sedestina; suas especificações de proteção ambiental e individual devem obedecer à legislação vigentepara radiações;

X - sala de tosa: destina-se ao corte de pêlos dos animais; sua área mínima deve ser 2 m; opiso deve ser impermeável, liso e resistente a desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até a altura de 2 m;

XI - sala para banhos: deve ter piso impermeável e resistente a desinfetantes; as paredesdevem ser impermeabilizadas até a altura de 2 m; a banheira deve ter paredes lisas e impermeáveis;o escoamento das águas servidas deve ser ligado diretamente à rede de esgoto, sendo o dabanheira provido de caixa de sedimentação; a área mínima dever ser 2 m²;

XII - sala para secagem e penteado: deve ter piso liso, impermeável e resistente aosdesinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até 2 m de altura;XIII - canil: o compartimento destinado ao abrigo de cães; deve ser individual, construído em

alvenaria, com área compatível com o tamanho dos animais que abriga e nunca inferior a 1 m²; asparedes devem ser lisas, impermeabilizadas de altura nunca inferior a 1,5 m; o escoamento daságuas servidas não poderá comunicar-se diretamente com outro canil; em estabelecimentosdestinados ao tratamento de saúde pode ser adotado o canil de metal inoxidável ou com pintura anti-ferruginosa, com piso removível; em estabelecimentos destinado ao adestramento e/ou pensão podeser adotado o canil tipo solário, com área mínima de 2 m², sendo o solário totalmente cercado por tela de arame resistente, inclusive por cima;

XIV - gaiola: a instalação destinada ao abrigo de aves, gatos e outros animais de pequenoporte; deve ser construída em metal inoxidável ou com pintura anti-ferruginosa; não pode ser 

superposta a outra gaiola nem o escoamento das águas servidas pode comunicar-se diretamentecom outra gaiola;

...XXIV - abrigo para resíduos sólidos: destina-se ao armazenamento de resíduos sólidos

gerados no estabelecimento enquanto aguardam a coleta; deverá ser dimensionado para conter oequivalente a três dias de geração; as paredes e pisos deverão ser de material resistente adesinfetantes e impermeabilizados; sua área mínima deve ser 1 m²; deve ser provido de dispositivosque impeçam a entrada e proliferação de roedores e artrópodes nocivos, bem como exalação deodores; sua localização deverá ser fora do corpo do prédio principal; o armazenamento de resíduosinfectantes deverá ser feito em separado dos resíduos comuns;

...

CAPÍTULO IIIDas Condições Mínimas para Funcionamento

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Artigo 7º - Nenhum estabelecimento veterinário poderá funcionar sem a presença doprofissional médico veterinário durante o período de atendimento.

Artigo 8º - As instalações mínimas para funcionamento de consultório veterinário são:I - sala de espera;II - sala de consultas;III - sanitário.

Artigo 9º - As instalações mínimas para funcionamento de clínica veterinária são:

I - sala de espera;II - sala de consultas;III - sala de cirurgias;IV - sanitário;V - compartimento de resíduos sólidos.

Parágrafo único - Se a clínica internar animais, deverá ainda ter:I - sala para abrigo de animais;II - cozinha.

Artigo 10 - As instalações mínimas para funcionamento de hospital veterinário são:I - sala de espera;II - sala de consultas;III - centro cirúrgico, constando de:a) sala de esterilização de materiais;b) antecâmara de assepsia;c) sala de cirurgias com equipamento completo para anestesia geral e ressuscitador;d) sala de registro e expediente;e) serviço de radiologia;f) cozinha;g) local adequado para abrigo dos animais internados;h) compartimento de resíduos sólidos;i) sanitários e vestiários.

§ 1º - O descarte das camas e dejetos deverá ser feito de maneira a evitar a proliferação deartrópodes e roedores nocivos; deverá dispor de dispositivos que evitem a exalação de odores.

§ 2º - As gaiolas, jaulas e canis não poderão ser superpostos.

Artigo 11 - As instalações mínimas para funcionamento de serviço veterinário são:I - local adequado para exame clínico dos animais;II - sala de cirurgias;III - sala de expediente e registro;IV - sala de estoque e almoxarifado geral;V - local adequado para abrigo dos animais.

Artigo 12 - As instalações mínimas para funcionamento de ambulatório veterinário são:I - local para exame clínico dos animais;II - local adequado para a prática de curativos e pequenas cirurgias.

Artigo 13 - As instalações mínimas para funcionamento de maternidade veterinária são:I - sala de recepção e espera;II - sala de consultas;III - sala de partos, devidamente equipada;IV - sala de cirurgias;V - sala de radiologia;VI - local adequado para alojamento dos animais internados.

...Artigo 17 - As instalações mínimas para o funcionamento de laboratório de análises clínicas e

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de diagnóstico veterinário são:I - sala de espera;II - sala de coleta de material;III - sala para realização das análises clínicas ou de diagnósticos próprios do estabelecimento;IV - sala para abrigo dos animais, quando realizar testes biológicos;V - abrigo para resíduos sólidos.

Artigo 18 - As instalações mínimas necessárias para funcionamento de "pet shop's" são:

I - loja com piso impermeável;II - sala para tosa ("trimming");III - sala para banho com piso impermeável;IV - sala para secagem e penteado ("grooming");V - abrigo para resíduos sólidos.

§ 1º - As instalações para abrigo dos animais expostos à venda deverão ser separadas dasdemais dependências.

§ 2º - As "pet shop" não podem comercializar medicamentos e produtos terapêuticos.

Artigo 19 - As demais dependências não específicas de estabelecimento veterinárioobedecerão o disposto na legislação sanitária vigente.

CAPÍTULO IVDo PessoalArtigo 20 - O quadro de funcionários das clínicas, hospitais, maternidades, serviços e

ambulatórios veterinários incluirá, obrigatoriamente: médico veterinário responsável, auxiliar deveterinário, faxineiro, que deverão estar presentes durante todo o período de atendimento.

...Parágrafo único - O médico veterinário responsável, obrigatório para todos os

estabelecimentos veterinários, poderá exercer suas atividades em horário mais restrito que o doexpediente nos estabelecimentos incluso neste artigo, a critério da autoridade sanitária competente.

...

CAPÍTULO VDa Localização...Artigo 25 - As escolas para cães e pensões para animais poderão localizar-se dentro do

perímetro urbano, fora das áreas estritamente residenciais, a critério da autoridade sanitáriacompetente e autoridade municipal, que levarão em conta os eventuais prejuízos à saúde pública.

...Artigo 27 - Os estabelecimentos de caráter médico veterinário para atendimento de animais

de pequeno porte poderão localizar-se no perímetro urbano, fora das áreas estritamente residenciais,considerados os eventuais prejuízos à saúde pública.

CAPÍTULO VIDo Uso de RadiaçõesArtigo 28 - Os estabelecimentos veterinários destinados ao atendimento médico cirúrgico

poderão manter e utilizar aparelhos emissores de radiação, obedecidas as disposições legaisvigentes.

Artigo 29 - vedada a manutenção e uso de aparelhos emissores de radiação nosestabelecimentos veterinários comerciais e industriais.

Artigo 30 - Os estabelecimentos que se dedicam à inseminação artificial e/ou pesquisacientífica poderão, a critério da autoridade sanitária competente, manter e usar aparelhos emissoresde radiações, desde que comprovada a sua necessidade real.

Artigo 31 - Os aparelhos radiológicos portáteis, utilizados na clínica médica e cirúrgica deanimais de grande porte, dos exóticos e/ou silvestres, deverão ter alvará específico de

funcionamento que especifique seus limites de uso.

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CAPÍTULO VIIDo Uso de Drogas sob Controle EspecialArtigo 32 - Os estabelecimentos veterinários destinados a tratamento de saúde, inclusive os

ambulatórios e serviços veterinários de escolas de veterinária, dos haras, das hípicas, doshipódromos, dos cinódromos, e congêneres podem adquirir e utilizar drogas sob controle especial,desde que devidamente legalizadas e reconhecidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterináriae pela autoridade sanitária estadual competente.

Artigo 33 - A aquisição, prescrição e uso de tais drogas deverá obedecer ao disposto na

legislação pertinente em vigor.Artigo 34 - As drogarias veterinárias obedecem às normas válidas para as drogarias em

geral.

CAPÍTULO VIIIDo Controle de ZoonosesArtigo 35 - A ocorrência de zoonoses em animais de notificação compulsória às autoridades

competentes.Artigo 36 - São de notificação obrigatória as ocorrências de raiva, de leptospirose, de

leishmaniose, de turbeculose, de toxoplasmose, e brucelulose, de hidatidose e de cisticercose.Artigo 37 - obrigatória a vacinação de animais contra raiva e leptospirose.

CAPÍTULO IXDo Licenciamento dos EstabelecimentosArtigo 38 - Somente os consultórios veterinários são dispensados do alvará de

funcionamento previsto no artigo 2º desta Norma Técnica.Parágrafo único - Os consultórios veterinários, para seu funcionamento deverão notificar sua

abertura à autoridade sanitária de sua jurisdição, nos termos da legislação vigente.Artigo 39 - Conforme a característica do estabelecimento, a critério da autoridade sanitária

competente, a responsabilidade veterinária de que trata o artigo 3º desta Norma Técnica poderá ser contratada com outro estabelecimento veterinário.

CAPÍTULO X

Do Trânsito de AnimaisArtigo 40 - vedada a entrada e o trânsito de animais no território do Estado de São Paulosem o certificado de vacinação obrigatória e demais medidas sanitárias e de sanidade emitidos por veterinário oficial ou credenciado pelas autoridades sanitárias competentes.

Artigo 41 - Nenhum animal em trânsito poderá permanecer embarcado por período superior a24 horas sem que receba alimento e água convenientemente.

Artigo 42 - Nenhum animal poderá ser transportado sem condições de conforto e segurançaque lhes permita perfeita sanidade, de acordo com o preceituado no Decreto-lei Federal nº 24.645,de 10 de julho de 1934.

Artigo 43 - Os veículos transportadores de animais em trânsito pelo território do Estado deSão Paulo deverão ter prova de desinfecção e limpeza efetuadas antes do embarque.

Artigo 44 - As condições de segurança e lotação dos veículos transportadores de animais

deverão ser rigorosamente obedecidas.Artigo 45 - Os casos omissos na presente Norma Técnica Especial serão decididos pela

autoridade sanitária estadual competente.

2. RESOLUÇÃO Nº 714, DE 20 DE JUNHO DE 2002

Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais, e dá outras providências.

Art. 1º Instituir normas reguladoras de procedimentos relativos à eutanásia em animais.CAPÍTULO I

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DAS NORMAS GERAISArt. 2º A eutanásia deve ser indicada quando o bem-estar do animal estiver ameaçado, sendo

um meio de eliminar a dor, o estresse ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser aliviadospor meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos, ou, ainda, quando o animalconstituir ameaça à saúde pública ou animal, ou for objeto de ensino ou pesquisa.

Parágrafo único. É obrigatória a participação do médico veterinário como responsável pelaeutanásia em todas as pesquisas que envolvam animais.

Art. 3º O médico veterinário responsável pela eutanásia deverá:

I – possuir prontuário com o(s) métodos(s) e técnica(s) empregados, mantendo estasinformações disponíveis para utilização dos CRMVs;

II – atentar para os riscos inerentes ao método escolhido para a eutanásia;III – pressupor a necessidade de um rodízio profissional, quando houver rotina de

procedimentos de eutanásia, com a finalidade de evitar o desgaste emocional decorrente destesprocedimentos;

IV – permitir que o proprietário do animal assista à eutanásia, sempre que este assim odesejar.

Art. 4º Os animais deverão ser submetidos à eutanásia em ambiente tranqüilo e adequado,longe de outros animais e do alojamento dos mesmos.

Art. 5º A eutanásia deverá ser realizada segundo legislação municipal, estadual e federal, noque se refere à compra e armazenamento de drogas, saúde ocupacional e a eliminação decadáveres e carcaças.

Art. 6º Quando forem utilizadas substâncias químicas que deixem ou possam deixar resíduosé terminantemente proibida a utilização da carcaça para alimentação.

Art. 7º Os procedimentos de eutanásia, se mal empregados, estão sujeitos à legislaçãofederal de crimes ambientais.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOSArt. 8º A escolha do método dependerá da espécie animal envolvida, dos meios disponíveis

para a contenção dos animais, da habilidade técnica do executor, do número de animais e, no caso

de experimentação animal, do protocolo de estudo, devendo ainda o método ser:I – compatível com os fins desejados;II – seguro para quem o executa, causando o mínimo de estresse no operador, no observador 

e no animal;III – realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a morte

do animal, com a declaração do óbito pelo médico veterinário.Art. 9º Em situações onde se fizer necessária a indicação da eutanásia de um número

significativo de animais, como por exemplo, rebanhos, Centros de Controle de Zoonoses, seja por questões de saúde pública ou por questões adversas aqui não contempladas, a prática da eutanásiadeverá adaptar-se a esta condição, seguindo sempre os métodos indicados para a espécie emquestão.

Art. 10º Os procedimentos de eutanásia são de exclusiva responsabilidade do médico

veterinário....

CAPÍTULO IIIDOS MÉTODOS RECOMENDADOSArt. 12º Os agentes e métodos de eutanásia, recomendados e aceitos sob restrição, seguem

as recomendações propostas e atualizadas de diversas linhas de trabalho consultadas, entre elas aAssociação Americana de Medicina Veterinária (AVMA), estando adequados à realidade nacional, eencontram-se listados, por espécie, no anexo I desta Resolução.

§ 1º Métodos recomendados são aqueles que produzem consistentemente uma mortehumanitária, quando usados como métodos únicos de eutanásia.

§ 2º Métodos aceitos sob restrição são aqueles que, por sua natureza técnica ou por 

possuírem um maior potencial de erro por parte do executor ou por apresentarem problemas desegurança, podem não produzir consistentemente uma morte humanitária, ou ainda por se

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constituírem em métodos não bem documentados na literatura científica. Tais métodos devem ser empregados somente diante da total impossibilidade do uso dos métodos recomendados constantesdo anexo I desta Resolução.

...Art. 14º São considerados métodos inaceitáveis:I - Embolia Gasosa;II - Traumatismo Craniano;III - Incineração in vivo;

IV - Hidrato de Cloral (para pequenos animais);V – Clorofórmio;VI - Gás Cianídrico e Cianuretos;VII – Descompressão;VIII – Afogamento;IX - Exsanguinação (sem sedação prévia);X - Imersão em Formol;XI - Bloqueadores Neuromusculares (uso isolado de nicotina, sulfato de magnésio, cloreto de

potássio e todos os curarizantes);XII - Estricnina.Parágrafo único. A utilização dos métodos deste artigo constitui-se em infração ética.Art. 15º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

3. RESOLUÇÃO Nº 722, DE 16 DE AGOSTO DE 2002

Aprova o código de ética do Médico Veterinário.

ANEXO ICÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO MÉDICO VETERINÁRIOJURAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO:

Sob a proteção de Deus PROMETO que, no exercício da Medicina Veterinária, cumprirei osdispositivos legais e normativos, com especial atenção ao Código de Ética, sempre buscando umaharmonização perfeita entre ciência e arte, para tanto aplicando os conhecimentos científicos etécnicos em benefício da prevenção e cura de doenças animais, tendo como objetivo o Homem.

E prometo tudo isso fazer, com o máximo respeito à ordem pública e aos bons costumes,mantendo o mais estrito segredo profissional das informações de qualquer ordem, que, comoprofissional tenha eu visto, ouvido ou lido, em qualquer circunstância em que esteja exercendo aprofissão. Assim o prometo.

CAPÍTULO IPRINCÍPIOS FUNDAMENTAISArt. 1º Exercer a profissão com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade.Art. 2º Denunciar às autoridades competentes qualquer forma de agressão aos animais e ao

seu ambiente.Art. 3º Empenhar-se para melhorar as condições de saúde animal e humana e os padrões de

serviços médicos veterinários.Art. 4º No exercício profissional, usar procedimentos humanitários para evitar sofrimento e

dor ao animal.Art. 5º Defender a dignidade profissional, quer seja por remuneração condigna, por respeito à

legislação vigente ou por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético profissional daMedicina Veterinária em relação ao seu aprimoramento científico.

CAPÍTULO IIDOS DEVERES PROFISSIONAISArt. 6º São deveres do médico veterinário:I - aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em

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benefício dos animais e do homem;II - exercer a profissão evitando qualquer forma de mercantilismo;III - combater o exercício ilegal da Medicina Veterinária denunciando toda violação às funções

específicas que ela compreende, de acordo com o art. 5º da Lei nº 5517/68;IV - assegurar, quando investido em função de direção, as condições para o desempenho

profissional do Médico Veterinário;V - relacionar-se com os demais profissionais, valorizando o respeito mútuo e a

independência profissional de cada um, buscando sempre o bem-estar social da comunidade.

VI - exercer somente atividades que estejam no âmbito de seu conhecimento profissional;VII - fornecer informações de interesse da saúde pública e de ordem econômica às

autoridades competentes nos casos de enfermidades de notificação obrigatória;VIII - denunciar pesquisas, testes, práticas de ensino ou quaisquer outras realizadas com

animais sem a observância dos preceitos éticos e dos procedimentos adequados;IX - não se utilizar de dados estatísticos falsos nem deturpar sua interpretação científica;X - informar a abrangência, limites e riscos de suas prescrições e ações profissionais;XI - manter-se regularizado com suas obrigações legais junto ao seu CRMV;XII - facilitar a participação dos profissionais da Medicina Veterinária nas atividades dos

órgãos de classe;XIII - realizar a eutanásia nos casos devidamente justificados, observando princípios básicos

de saúde pública, legislação de proteção aos animais e normas do CFMV;XIV - não se apropriar de bens, móvel ou imóvel, público ou privado de que tenha posse, em

razão de cargo ou função, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.XV - comunicar ao conselho regional, com discrição e de forma fundamentada, qualquer fato

de que tenha conhecimento, o qual possa caracterizar infração ao presente código e às demaisnormas e leis que regem o exercício da Medicina Veterinária.

CAPÍTULO IIIDOS DIREITOS DO MÉDICO VETERINÁRIOArt. 7º Exercer a Medicina Veterinária sem ser discriminado por questões de religião, raça,

sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outranatureza.

Art. 8º Apontar falhas nos regulamentos, procedimentos e normas das instituições em quetrabalhe, comunicando o fato aos órgãos competentes, e ao CRMV de sua jurisdição.Art. 9º Receber desagravo público, quando solicitar ao CRMV, se ofendido no exercício de

sua profissão.Art. 10º Prescrever, tratamento que considere mais indicado, bem como utilizar os recursos

humanos e materiais que julgar necessários ao desempenho de suas atividades.Art. 11º Escolher livremente seus clientes ou pacientes, com exceção dos seguintes casos:I - quando não houver outro médico veterinário na localidade onde exerça sua atividade;II - quando outro colega requisitar espontaneamente sua colaboração;III - nos casos de extrema urgência ou de perigo imediato para a vida do animal ou do

homem.Art. 12º No caso de haver cumprido fielmente suas obrigações com pontualidade e dedicação

e não houver recebido do cliente um tratamento correspondente ao seu desempenho, o médicoveterinário poderá retirar sua assistência voluntariamente, observando o disposto no art. 11 destecódigo.

CAPÍTULO IVDO COMPORTAMENTO PROFISSIONALArt. 13. É vedado ao médico veterinário:I - prescrever medicamentos sem registro no órgão competente, salvo quando se tratar de

manipulação;II - afastar-se de suas atividades profissionais sem deixar outro colega para substituí-lo em

atividades essenciais e/ou exclusivas que exijam a presença do médico veterinário, as quais causemriscos diretos ou indiretos à saúde animal ou humana;

III - receitar, ou atestar de forma ilegível ou assinar sem preenchimento prévio receituário,laudos, atestados, certificados, guias de trânsito e outros;

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IV - deixar de comunicar aos seus auxiliares as condições de trabalho que possam colocar em risco sua saúde ou sua integridade física, bem como deixar de esclarecer os procedimentosadequados para evitar tais riscos;

V - praticar no exercício da profissão, ou em nome dela, atos que a lei defina como crime oucontravenção;

VI - quando integrante de banca examinadora, usar de má-fé ou concordar em praticar qualquer ato que possa resultar em prejuízo dos candidatos;

VII - fornecer a leigo informações, métodos ou meios, instrumentos ou técnicas privativas de

sua competência profissional;VIII - divulgar informações sobre assuntos profissionais de forma sensacionalista,

promocional, de conteúdo inverídico, ou sem comprovação científica;IX - deixar de elaborar prontuário e relatório médico veterinário para casos individuais e de

rebanho, respectivamente;X - permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, clínica, unidade sanitária,

ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer funçãoprofissional;

XI - deixar de fornecer ao cliente, quando solicitado, laudo médico veterinário, relatório,prontuário, atestado, certificado, bem como deixar de dar explicações necessárias à suacompreensão;

XII - praticar qualquer ato que possa influenciar desfavoravelmente sobre a vontade do clientee que venha a contribuir para o desprestígio da profissão;

XIII - receber ou pagar remuneração, comissão ou corretagem visando angariar clientes;XIV - usar título que não possua ou que lhe seja conferido por instituição não reconhecida

oficialmente ou anunciar especialidade para a qual não esteja habilitado;XV - receitar sem prévio exame clínico do paciente;XVI - alterar prescrição ou tratamento determinado por outro médico veterinário, salvo em

situação de indispensável conveniência para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato aomédico veterinário desse paciente;

XVII - deixar de encaminhar de volta ao médico veterinário o paciente que lhe for enviadopara procedimento especializado, e/ou não fornecer as devidas informações sobre o ocorrido noperíodo em que se responsabilizou pelo mesmo;

XVIII - deixar de informar ao médico veterinário que o substitui nos casos de gravidademanifesta, o quadro clínico dos pacientes sob sua responsabilidade;XIX - atender, clínica e/ou cirurgicamente, ou receitar, em estabelecimento comercial;XX - prescrever ou executar qualquer ato que tenha a finalidade de favorecer transações

desonestas ou fraudulentas;XXI - praticar ou permitir que se pratiquem atos de crueldade para com os animais nas

atividades de produção, de pesquisa, esportivas, culturais, artísticas, ou de qualquer outra natureza;XXII - realizar experiências com novos tratamentos clínicos ou cirúrgicos em paciente

incurável ou terminal sem que haja esperança razoável de utilidade para o mesmo, impondo-lhesofrimento adicional, exceto nos casos em que o projeto de pesquisa tenha sido submetido eaprovado por Comitê de Ética;

XXIII - Prescrever ou administrar aos animais:

a) drogas que sejam proibidas por lei;b) drogas que possam causar danos à saúde animal ou humana;c) drogas que tenham o objetivo de aumentar ou de diminuir a capacidade física dos animais.XXIV - desviar para clínica particular cliente que tenha sido atendido em função assistencial

ou em caráter gratuito;XXV - opinar, sem solicitação das partes interessadas, a respeito de animal que esteja sendo

comercializado;XXVI - criticar trabalhos profissionais ou serviços de colegas;XXVII - fornecer atestados ou laudos de qualidade de medicamentos, alimentos e de outros

produtos, sem comprovação científica;XXVIII - permitir a interferência de pessoas leigas em seus trabalhos e julgamentos

profissionais.

CAPÍTULO V

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DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONALArt. 14º O médico veterinário será responsabilizado pelos atos que, no exercício da profissão,

praticar com dolo ou culpa, respondendo civil e penalmente pelas infrações éticas e ações quevenham a causar dano ao paciente ou ao cliente e, principalmente:

I - praticar atos profissionais que caracterizem a imperícia, a imprudência ou a negligência;II - delegar a outros, sem o devido acompanhamento, atos ou atribuições privativas da

profissão de Médico Veterinário;III - atribuir seus erros a terceiros e a circunstâncias ocasionais que possam ser evitadas;

IV - deixar de esclarecer ao cliente sobre as conseqüências sócio-econômicas, ambientais ede saúde pública provenientes das enfermidades de seus pacientes;

V - deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos Federal eRegionais de Medicina Veterinária e de atender às suas requisições administrativas e intimaçõesdentro do prazo determinado;

VI - praticar qualquer ato profissional sem consentimento formal do cliente, salvo em caso deiminente risco de morte ou de incapacidade permanente do paciente;

VII - praticar qualquer ato que evidencie inépcia profissional, levando ao erro médicoveterinário;

VIII - isentar-se de responsabilidade por falta cometida em suas atividades profissionais,independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe, mesmo que solicitado pelo cliente.

CAPÍTULO VIDA RELAÇÃO COM OS COLEGASArt. 15º É vedado ao médico veterinário:I - aceitar emprego deixado por colega que tenha sido exonerado por defender a ética

profissional;II - a conivência com o erro ou qualquer conduta antiética em razão da consideração,

solidariedade, apreço, parentesco ou amizade;III - utilizar posição hierárquica superior para impedir que seus subordinados atuem dentro

dos princípios éticos;IV - participar de banca examinadora estando impedido de fazê-lo;V - negar sem justificativa sua colaboração profissional a colega que dela necessite;

VI - atrair para si, por qualquer modo, cliente de outro colega, ou praticar quaisquer atos deconcorrência desleal;VII - agir de má fé no pleito de um emprego ou pleitear par si emprego, cargo ou função que

esteja sendo exercido por outro colega;VIII - fazer comentários desabonadores e/ou desnecessários sobre a conduta profissional ou

pessoal de colega ou de outro profissional.

CAPÍTULO VIIDO SIGILO PROFISSIONALArt. 16º Tomando por objetivo a preservação do sigilo profissional o médico veterinário não

poderá:I - fazer referências a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou suas fotografias em

anúncios profissionais ou na divulgação, de assuntos profissionais em programas de rádio, televisão,cinema, na Internet, em artigos, entrevistas, ou reportagens em jornais revistas e outras publicaçõesleigas, ou em quaisquer outros meios de comunicação existentes e que venham a existir, semautorização expressa do cliente;

II - prestar a empresas ou seguradoras qualquer informação técnica sobre paciente ou clientesem expressa autorização do responsável legal, exceto nos casos de ato praticado com dolo ou máfé por uma das partes ou quando houver risco à saúde pública, ao meio ambiente ou por força judicial;

III - permitir o uso do cadastro de seus clientes sem autorização dos mesmos;IV - facilitar o manuseio e conhecimento dos prontuários, relatórios e demais documentos

sujeitos ao segredo profissional;V - revelar fatos que prejudiquem pessoas ou entidades sempre que o conhecimento dos

mesmos advenha do exercício de sua profissão, ressalvados aqueles que interessam ao bemcomum, à saúde pública, ao meio ambiente ou que decorram de determinação judicial.

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CAPÍTULO VIIIDOS HONORÁRIOS PROFISSIONAISArt. 17º Os honorários profissionais devem ser fixados, atendidos os seguintes requisitos:I - o trabalho e o tempo necessários para realizar o procedimento;II - a complexidade da atuação profissional;III - o local da prestação dos serviços;IV - a qualificação e o renome do profissional que o executa;V - a condição sócio econômica do cliente.

Art. 18º Constitui falta de ética a contratação de serviços profissionais de colegas, semobservar os honorários referenciais.

Art. 19º O médico veterinário deve acordar previamente com o cliente o custo provável dosprocedimentos propostos e, se possível, por escrito.

Art. 20º O médico veterinário não pode oferecer seus serviços profissionais como prêmio emconcurso de qualquer natureza.

Art. 21º Ao médico veterinário não é permitida a prestação de serviços gratuitos ou por preços abaixo dos usualmente praticados, exceto em caso de pesquisa, ensino ou de utilidadepública.

Parágrafo único. Casos excepcionais ao caput deste artigo deverão ser comunicados aoCRMV da jurisdição competente.

Art. 22º É vedado ao médico veterinário permitir que seus serviços sejam divulgados comogratuitos.

Art. 23º É vedado ao médico veterinário, quando em função de direção, chefia ou outro,reduzir ou reter remuneração devida a outro médico veterinário.

Parágrafo único. É vedada também a utilização de descontos salariais ou de qualquer outranatureza, exceto quando autorizado.

CAPÍTULO IXDA RELAÇÃO COM O CIDADÃO CONSUMIDOR DE SEUS SERVIÇOSArt. 24º O médico veterinário deve:I - conhecer as normas que regulamentam a sua atividade;II - cumprir contratos acordados, questionando-se e revisando-os quando estes se tornarem

lesivos a um dos interessados;III - oferecer produtos e serviços que indiquem o grau de nocividade ou periculosidadedefinido por instituições reconhecidas publicamente, evitando assim dano à saúde animal e humana,ao meio ambiente e à segurança do cidadão;

IV - prestar seus serviços sem condicioná-los ao fornecimento de produtos ou serviço, excetoquando estritamente necessário para que a ação se complete;

V - agir sem se beneficiar da fraqueza, ignorância, saúde, idade ou condição social doconsumidor para impor-lhe produto ou diferenciar a qualidade de serviços.

4. RESOLUÇÃO Nº 844, DE 20 DE SETEMBRO DE 2006

Dispõe sobre atestado de sanidade e óbito de animais, assim como os de vacinação deanimais e os de sanidade dos produtos de origem animal e dá outras providências.

Art. 1º É privativo do médico veterinário, atestar a sanidade e o óbito dos animais, assimcomo certificar a sanidade dos produtos de origem animal.

Art. 2º O atestado de óbito deverá obedecer no mínimo os seguintes requisitos:I - nome, espécie, raça, porte, sexo;II - pelagem, quando for o caso;III - idade real ou presumida;IV - local do óbito;

V - hora, dia, mês e ano do falecimento;VI - causa do óbito;VII - identificação do proprietário: nome, CPF e endereço completo;

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VIII - outras informações que possibilitem a identificação posterior do animal;IX - identificação do médico veterinário: carimbo (legível) com o nome completo, número de

inscrição no CRMV e assinatura;X - identificação do estabelecimento (razão social, CNPJ, registro no CRMV), quando for o

caso.Art. 3º O atestado sanitário deverá conter, no mínimo:I - nome, espécie, raça, porte, sexo;II - pelagem, quando for o caso;

III - idade real ou presumida;IV - informação sobre o estado de saúde do animal;V - declaração de que foram atendidas as medidas sanitárias definidas pelo serviço

veterinário oficial e pelos órgãos de saúde pública;VI - informações sobre imunização anti-rábica;VII - identificação do médico veterinário: carimbo (legível) com o nome completo, número de

inscrição no CRMV e assinatura;VIII - identificação do proprietário: nome, CPF e endereço completo;IX - data e o local.Art. 4º É privativo do médico veterinário, atestar a vacinação dos animais.§ 1º Nos atestados e/ou carteiras de vacinação deverá conter, no mínimo:I - nome, espécie, raça, porte, sexo;II - pelagem, quando for o caso;III - idade real ou presumida;IV - data e o local em que se processou;V - dados da vacina: nome, número da partida, fabricante, datas de fabricação e validade;VI - dados da vacinação: dose, data de aplicação e revacinação;VII - identificação do proprietário: nome, CPF e endereço completo;VIII - identificação do estabelecimento: razão social ou nome fantasia, endereço completo,

CGC e inscrição estadual, número de registro no CRMV;IX - identificação do médico veterinário: carimbo (legível) com o nome completo, número de

inscrição no CRMV e assinatura.§ 2º A vacinação e a aplicação de qualquer produto em animal só pode ser feita sob a

orientação e o controle de médico veterinário.§ 3º O atestado de vacinação ou de aplicação de qualquer produto em animal só pode ser assinado após a conclusão do trabalho.

§ 4º Fica a critério do médico veterinário a confecção do atestado e/ou carteira de vacinação,respeitando-se o disposto no artigo anterior.

§ 5º O atestado e/ou carteira de vacinação não poderá veicular publicidade de produtos ouserviços de terceiros.

Art. 5º As campanhas de vacinação realizadas por órgãos públicos não se subordinam aosdispositivos da presente Resolução, devendo, no entanto, dispor de médico veterinário comoresponsável técnico.

5. RESOLUÇÃO Nº 877, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008

Dispõe sobre os procedimentos cirúrgicos em animais de produção e em animais silvestres; ecirurgias mutilantes em pequenos animais e dá outras providências.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1° Instituir, no âmbito do Conselho Federal de Medicina Veterinária, normas regulatórias

que balizem a condução de cirurgias em animais de produção e em animais silvestres; e cirurgiasmutilantes em pequenos animais.

Art. 2° As cirurgias devem ser realizadas, preferencialmente, em locais fechados e de usoadequado para esta finalidade.Art. 3º Todos os procedimentos anestésicos e/ou cirúrgicos devem ser realizados

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exclusivamente pelo médico-veterinário conforme previsto na Lei nº 5.517/68.Parágrafo único. Devem ser respeitadas as técnicas de antissepsia nos animais e na equipe

cirúrgica, bem como a utilização de material cirúrgico estéril por método químico ou físico....

CAPÍTULO IIIDAS CIRURGIAS EM ANIMAIS SILVESTRESArt. 6° As cirurgias realizadas em animais silvestres devem ser executadas de preferência em

salas cirúrgicas ou em ambientes controlados e específicos para este fim, respeitado o disposto nosArtigos 2º e 3º desta Resolução.

Parágrafo único. Fica proibida a realização de cirurgias consideradas mutilantes, tais como:amputação de artelhos e amputação parcial ou total das asas conduzidas, com a finalidade demarcação ou que visem impedir o comportamento natural da espécie.

CAPÍTULO IVCIRURGIAS ESTÉTICAS MUTILANTES EM PEQUENOS ANIMAISArt. 7° Ficam proibidas as cirurgias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a

capacidade de expressão do comportamento natural da espécie, sendo permitidas apenas ascirurgias que atendam as indicações clínicas.

§1° São considerados procedimentos proibidos na prática médico-veterinária: conchectomia ecordectomia em cães e, onicectomia em felinos.

§2° A caudectomia é considerada um procedimento cirúrgico não recomendável na práticamédico-veterinária.

Art. 8° Todos os procedimentos cirúrgicos devem ser realizados respeitando o previsto nosArtigos 2º e 3º desta Resolução.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 9° Os casos omissos serão avaliados pela Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar 

Animal (CEBEA) e submetidos à apreciação do Plenário do CFMV.Art. 10º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação no DOU, revogadas as

disposições em contrário.

6. NR7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDEOCUPACIONAL

7.1. Do objeto7.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores comoempregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de

promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.7.1.2. Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados naexecução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

7.1.3. Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar aempresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO noslocais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 

7.2. Das diretrizes7.2.1. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no

campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.7.2.2. O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade

de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre

sua saúde e o trabalho.7.2.3. O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos

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agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação daexistência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

7.2.4. O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dostrabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.

...

7.4. Do desenvolvimento do PCMSO 7.4.1. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

a) admissional; (107.008-8 / I3)b) periódico; (107.009-6 / I3)c) de retorno ao trabalho; (107.010-0 / I3)d) de mudança de função; (107.011-8 / I3)e) demissional. (107.012-6 / I3)

7.4.2. Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem:a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; (107.013-4 /

I1)b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e

seus anexos. (107.014-2 / I1)...7.4.2.3. Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para

avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médicocoordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou aindadecorrente de negociação coletiva de trabalho. (107.017-7 / I1)

7.4.3. A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos examesmédicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstosnos subitens abaixo relacionados:

7.4.3.1. no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assumasuas atividades; (107.018-5 / I1)

7.4.3.2. no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixodiscriminados:

  a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem odesencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejamportadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:

a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou senotificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociaçãocoletiva de trabalho; (107.019-3 / I3)

a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo nº 6 da NR 15, para ostrabalhadores expostos a condições hiperbáricas; (107.020-7 / I4)

b) para os demais trabalhadores:b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos

de idade; (107.021-5 / I2)b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e

cinco) anos de idade. (107.022-3 / I1)7.4.3.3. No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente no

primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta)dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. (107.023-1 / I1)

7.4.3.4. No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes dadata da mudança. (107.024-0 / I1)

7.4.3.4.1. Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteraçãode atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador à risco diferentedaquele a que estava exposto antes da mudança.

...7.4.4. Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado

de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.7.4.4.1. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive

frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. (107.026-6 / I2)

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7.4.4.2. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, medianterecibo na primeira via. (107.027-4 / I2)

7.4.4.3. O ASO deverá conter no mínimo:a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;

(107.048-7 / I1)b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do

empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde noTrabalho-SSST; (107.049-5 / I1)

c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo osexames complementares e a data em que foram realizados; (107.050-9 / I1)

d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; (107.051-7 / I2)e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce

ou exerceu; (107.052-5 / I2)f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; (107.053-3 / I2)g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de

inscrição no Conselho Regional de Medicina. (107.054-1 / I2)

7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e examescomplementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuárioclínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. (107.033-9 /I3)

7.4.5.1. Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador. (107.034-7 / I4)

7.5. Dos primeiros socorros  7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à

prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida;manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.(107.045-2 / I1) 

DIRETRIZES E PARÂMETROS MÍNIMOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA

AUDIÇÃO EM TRABALHADORES EXPOSTOS A NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA ELEVADOS(redação dada pela Portaria nº 19 de 09 de Abril de 1998) 

1. Objetivos1.1. Estabelecer diretrizes e parâmetros mínimos para a avaliação e o acompanhamento da

audição do trabalhador através da realização de exames audiológicos de referência e seqüenciais.1.2. Fornecer subsídios para a adoção de programas que visem a prevenção da perda

auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados e a conservação da saúde auditiva dostrabalhadores. 

2. Definições e Caracterização2.1. Entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as alterações dos

limiares auditivos, do tipo sensorioneural, decorrente da exposição ocupacional sistemática a níveisde pressão sonora elevados. Tem como características principais a irreversibilidade e a progressãogradual com o tempo de exposição ao risco. A sua história natural mostra, inicialmente, oacometimento dos limiares auditivos em uma ou mais freqüências da faixa de 3.000 a 6.000 Hz. Asfreqüências mais altas e mais baixas poderão levar mais tempo para serem afetadas. Uma vezcessada a exposição, não haverá progressão da redução auditiva.

2.2. Entende-se por exames audiológicos de referência e seqüenciais o conjunto deprocedimentos necessários para avaliação da audição do trabalhador ao longo do tempo deexposição ao risco, incluindo:

a. anamnese clínico-ocupacional;b. exame otológico;c. exame audiométrico realizado segundo os termos previstos nesta norma técnica.d. outros exames audiológicos complementares solicitados a critério médico.

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3. Princípios e procedimentos básicos para a realização do exame audiométrico3.1. Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência e seqüenciais, no mínimo,

todos os trabalhadores que exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes cujos níveis depressão sonora ultrapassem os limites de tolerância estabelecidos nos anexos 1 e 2 da NR 15 daPortaria 3.214 do Ministério do Trabalho, independentemente do uso de protetor auditivo.

3.2. O audiômetro será submetido a procedimentos de verificação e controle periódico do seufuncionamento.

...

3.4. Periodicidade dos exames audiométricos.3.4.1. O exame audiométrico será realizado, no mínimo, no momento da admissão, no 6º

(sexto) mês após a mesma, anualmente a partir de então, e na demissão....3.5. O resultado do exame audiométrico deve ser registrado em uma ficha que contenha, no

mínimo:a. nome, idade e número de registro de identidade do trabalhador;b. nome da empresa e a função do trabalhador;c. tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame audiométrico;d. nome do fabricante, modelo e data da última aferição acústica do audiômetro;e. traçado audiométrico e símbolos conforme o modelo constante do Anexo 1;f. nome, número de registro no conselho regional e assinatura do profissional responsável

pelo exame audiométrico....

5. Diagnóstico da perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados edefinição da aptidão para o trabalho.

5.1. O diagnóstico conclusivo, o diagnóstico diferencial e a definição da aptidão para otrabalho, na suspeita de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, estão acargo do médico coordenador do PCMSO de cada empresa, ou do médico encarregado pelo mesmopara realizar o exame médico, dentro dos moldes previstos na NR - 7, ou, na ausência destes, domédico que assiste ao trabalhador.

5.2. A perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados, por si só, não é

indicativa de inaptidão para o trabalho, devendo-se levar em consideração na análise de cada caso,além do traçado audiométrico ou da evolução seqüencial de exames audiométricos, os seguintesfatores:

a. a história clínica e ocupacional do trabalhador;b. o resultado da otoscopia e de outros testes audiológicos complementares;c. a idade do trabalhador;d. o tempo de exposição pregressa e atual a níveis de pressão sonora elevados;e. os níveis de pressão sonora a que o trabalhador estará, está ou esteve exposto no

exercício do trabalho;f. a demanda auditiva do trabalho ou da função;g. a exposição não ocupacional a níveis de pressão sonora elevados;h. a exposição ocupacional a outro(s) agente(s) de risco ao sistema auditivo;

i. a exposição não ocupacional a outro(s) agentes de risco ao sistema auditivo; j. a capacitação profissional do trabalhador examinado;k. os programas de conservação auditiva aos quais tem ou terá acesso o trabalhador....

7. NR8 – EDIFICAÇÕES

8.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devemser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

8.2 Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com asposturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e salubridade, estabelecidas naPortaria 3.214/78.

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...8.3. Circulação.8.3.1. Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que

prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. (108.003-2 / I1)8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a

queda de pessoas ou objetos. (108.004-0 / I2)8.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as

cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. (108.005-9 / I2)

8.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo comas normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. (108.006-7 / I2)

8.3.5. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, ondehouver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes.(108.007-5 / I1)

8.3.6. Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos para garagense outros que não forem vedados por paredes externas, devem dispor de guarda-corpo de proteçãocontra quedas, de acordo com os seguintes requisitos: (108.008-3 / I2)

a) ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo, a contar do nível do pavimento;(108.009-1/ I1)

b) quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter, pelo menos, uma das dimensõesigual ou inferior a 0,12m (doze centímetros); (108.010-5 / I1)

c) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80kgf/m2 (oitentaquilogramas-força por metro quadrado) aplicado no seu ponto mais desfavorável. (108.011-3 /I1)

8.4. Proteção contra intempéries.8.4.1. As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas de uma

edificação, ainda que não acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as normastécnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamentoacústico, resistência estrutural e impermeabilidade. (108.012-1 / I1)

8.4.2. Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessário,impermeabilizados e protegidos contra a umidade. (108.013-0 /I1)

8.4.3. As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas.(108.014-8 / I1)

8.4.4. As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo aevitar insolação excessiva ou falta de insolação. (108.015-6 / I1)

8. NR32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EMESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

32.1 – Do objetivo e campo de aplicação32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes

básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em

estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoçãoe assistência à saúde em geral....32.2 – Das responsabilidades do empregador 32.2.1 O empregador deve fornecer aos trabalhadores instruções escritas e, se necessário,

afixar cartazes sobre os procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou incidente grave.32.2.2 O empregador deve informar os trabalhadores sobre os riscos existentes, as suas

causas e as medidas preventivas a serem adotadas.32.2.3 O empregador deve garantir ao trabalhador o abandono do posto de trabalho quando

da ocorrência de condições que ponham em risco a sua saúde ou integridade física.32.3 – Dos direitos dos trabalhadores32.3.1 Interromper suas tarefas sempre que constatar evidências que, segundo o seu

conhecimento, representem riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros,comunicando imediatamente o fato ao seu superior para as providencias cabíveis.32.3.2 Receber as orientações necessárias sobre prevenção de acidentes e doenças

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relacionadas ao trabalho e uso dos equipamentos de proteção coletivos e individuais fornecidosgratuitamente pelo empregador.

32.4 – Medidas de proteção32.4.1 As medidas de proteção devem ser adotadas a partir do resultado da avaliação,

previstas no PPRA....32.4.4 Os equipamentos de proteção individual - EPI, descartáveis ou não, deverão ser 

armazenados em número suficiente nos locais de trabalho, de forma a garantir o imediato

fornecimento ou reposição, sempre que necessário.32.4.5 Em todos os locais de trabalho onde se utilizem materiais pérfuro-cortantes, deve ser 

mantido recipiente apropriado para o seu descarte, conforme o estabelecido na NBR 13853, normabrasileira registrada no INMETRO.

32.4.5.1 Os trabalhadores que utilizarem objetos pérfuro-cortantes devem ser osresponsáveis pelo seu descarte.

32.4.6 O limite máximo de enchimento do recipiente deve estar localizado 5 cm abaixo dobocal.

32.4.6.1 O recipiente deve ser mantido o mais próximo possível da realização doprocedimento.

32.4.6.2 O recipiente deve ser posicionado de forma que a abertura possa ser visualizadapelos trabalhadores.

32.4.7 É vedado o reencape de agulhas.32.4.8 Deve ser mantida a rotulagem original dos produtos químicos utilizados nos

estabelecimentos de assistência à saúde.32.4.9 Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser 

identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, suaconcentração, data de envase e de validade.

32.4.10 É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos....32.4.12 O empregador deve destinar local apropriado para a manipulação ou fracionamento

de produtos químicos.32.4.12.1 É vedada a realização de procedimentos de manipulação ou fracionamento de

produtos químicos em qualquer local que não o apropriado para este fim.32.4.12.2 Excetua-se a preparação de associação de medicamentos para administraçãoimediata aos pacientes.

...32.4.13 A manipulação ou fracionamento dos produtos químicos deve ser feita por trabalhador 

qualificado....32.4.16 Nos laboratórios onde se utilizam solventes orgânicos, o sistema de prevenção de

incêndio deve prever medidas especiais de segurança e procedimentos de emergência a seremadotados em caso de acidentes envolvendo derrame de líquidos inflamáveis.

32.4.17 Dos Gases Medicinais32.4.17.1 Na movimentação, transporte, armazenamento, manuseio e utilização dos gases,

bem como na manutenção dos equipamentos, devem ser observadas as recomendações dofabricante, desde que compatíveis com as disposições da legislação vigente.

32.4.17.1.1 As recomendações do fabricante devem ser mantidas no local de trabalho, àdisposição da inspeção do trabalho.

...32.4.17.3 O empregador deve proibir:a) a utilização de equipamentos em que se constate vazamentos de gás;b) a utilização de equipamentos não projetados para resistir a pressões a que são

submetidos;c) a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás;d) a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção individual;e) a submissão dos cilindros a temperaturas extremas;f) a utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se destinam;g) o contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares com gases

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oxidantes;h) a utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositivo apropriado

para impedir o fluxo reverso; ei) a transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da capacidade dos

cilindros....32.4.17.6 Todos os equipamentos utilizados para a administração dos gases ou vapores

anestésicos deve ser submetidos à manutenção corretiva e preventiva, dando-se especial atenção

aos pontos de vazamentos para o ambiente de trabalho, buscando sua eliminação, ou quandoimpossível, sua redução.

32.4.17.6.1 A manutenção consiste, no mínimo, na verificação dos cilindros de gases,conectores, conexões, mangueiras, balões, traquéias, válvulas, aparelhos de anestesia e máscarasfaciais para ventilação pulmonar.

32.4.17.7 Nos locais onde são utilizados gases ou vapores anestésicos, de forma a manter aconcentração ambiental dos agentes abaixo dos limites de tolerância prevista na legislação vigente,devem ser instalados:

a) sistema de exaustão o mais próximo possível da fonte emissora; eb) sistema de ventilação.32.4.18 sem prejuízo do cumprimento do disposto na legislação vigente, os Equipamentos de

Proteção Individual -EPI devem atender as seguintes exigências:a) garantir a proteção da pele, mucosas, via respiratória e digestiva do trabalhador;b) ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação e segurança; ec) estar armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente para imediata

substituição, segundo as exigências do procedimento ou em caso de contaminação ou dano....32.4.20 Gestão em segurança no trabalho32.4.20.1 Nas atividades suscetíveis de apresentarem risco de exposição aos agentes

biológicos, visando identificar riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução oueliminação, o PPRA, previsto na NR 9, deve-se atender o disposto nos subitens seguintes:

32.4.20.1.1 Na fase de reconhecimento, conter, no mínimo, os seguintes tópicos:I. Identificação teórica dos agentes biológicos mais prováveis, considerando:

a) as fontes de exposição;b) os reservatórios;c) as vias de transmissão;d) as vias de entrada;e) a quantidade, volume ou concentração do agente no material manipulado;f) a resistência do agente biológico;g) a possibilidade da presença de cepas multirresistentes;h) a possibilidade de desinfecção; ei) os estudos epidemiológicos e outras informações científicas.

II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador exposto, considerando:a) a descrição do local de trabalho;

b) os fatores relativos à organização e aos procedimentos de trabalho;c) a possibilidade de disseminação do material infectado;d) a identificação das funções e dos trabalhadores expostos;e) a identificação nominal dos trabalhadores expostos aos agentes classificados nos grupos 3

e 4 do anexo I desta NR;f) a freqüência de exposição;g) o nível de conhecimento do risco pelo trabalhador, segundo sua formação inicial e as

informações recebidas;h) a possibilidade da adoção de medidas preventivas, assim como o acompanhamento de sua

aplicação; ei) a possibilidade de avaliação dos níveis de exposição quando possível a identificação ou

quantificação do agente biológico no local de trabalho.

III. A avaliação deve ser efetuada pelo menos 01 (uma) vez ao ano e:

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a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar aexposição dos trabalhadores; e

b) quando for detectado trabalhador vítima de infecção ou doença com suspeita de nexocausal com a exposição aos agentes biológicos.

32.4.20.2 Para as atividades que impliquem uma exposição aos agentes biológicospertencentes aos vários grupos, ou quando ainda não foi possível identificar os riscos, estes devemser avaliados com base no perigo representado por todos os agentes biológicos identificados ou

prováveis....32.4.22 Gestão em saúde no trabalho32.4.22.1 O PCMSO, além do previsto na NR 7, deve contemplar, ainda:a) avaliação dos riscos biológicos;b) localização das áreas de risco elevado segundo os parâmetros do Anexo I;c) identificação nominal dos trabalhadores expostos aos agentes biológicos classificados nos

grupos 3 e 4, do anexo I, desta NR;d) vigilância médica dos trabalhadores expostos; ee) programa de vacinação.32.4.22.2 Em caso de risco de exposição acidental aos agentes biológicos deve constar do

PCMSO, no mínimo:a) procedimentos a serem adotados para prevenir a soroconversão, o desenvolvimento de

doenças ou, se for o caso, o diagnóstico precoce das mesmas;b) medidas para descontaminação do local de trabalho;c) tratamento médico de emergência para os trabalhadores expostos e lesionados;d) identificação de recursos humanos e suas respectivas responsabilidades;e) relação dos estabelecimentos de saúde que podem prestar assistência aos trabalhadores

acidentados;f) formas de transporte dos acidentados; eg) relação dos estabelecimentos de assistência à saúde depositários de soros imune, vacinas,

medicamentos necessários, material e insumos especiais.

32.4.22.3 O PCMSO deve estar à disposição dos trabalhadores, bem como da inspeção dotrabalho.32.4.22.4 No caso da ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo a exposição aos

agentes biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação deAcidente de Trabalho - CAT.

32.4.22.5 O empregador deve:a) garantir a desinfecção adequada dos instrumentos de trabalho de utilização coletiva; eb) providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais infecto-

contagiosos, fluídos e tecidos orgânicos.

32.4.22.6 Sempre que houver vacinas eficazes contra os agentes biológicos a que ostrabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve disponibilizá-las gratuitamente

aos trabalhadores não imunizados.32.4.22.7 O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação e providenciar, se

necessário, seu reforço.32.4.22.8 O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das

vantagens e efeitos colaterais, assim como, dos riscos a que estará exposto por falta ou recusa devacinação.

32.4.22.9 A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde.32.4.22.10 A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador.32.4.22.11 Na elaboração e implementação do PCMSO, devem ser consideradas as

informações contidas nas fichas toxicológicas dos produtos químicos a que estão expostos ostrabalhadores.

32.5 Capacitação32.5.1 O empregador deve assegurar treinamento aos trabalhadores, devendo ser ministrado:

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a) antes do início da atividade profissional;b) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos

agentes biológicos;c) durante a jornada de trabalho; ed) por profissionais de saúde de nível superior.32.5.2 O treinamento deve ser adaptado à evolução do conhecimento e a identificação de

novos riscos biológicos incluindo, no mínimo, todos os dados disponíveis sobre:a) riscos potenciais para a saúde;

b) precauções para evitar a exposição aos agentes;c) normas de higiene;d) utilização dos equipamentos de proteção coletiva, individual e das vestimentas;e) medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de ocorrência de incidentes e

acidentes;f) medidas para a prevenção de acidentes e incidentes.32.5.3 O empregador deve manter os documentos comprobatórios da realização do

treinamento que informem a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a formação profissionaldo instrutor e os trabalhadores envolvidos.

32.5.4 Em todo setor onde exista risco de exposição aos agentes biológicos devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções por escrito e em linguagem acessível, sobre as rotinasrealizadas no local de trabalho e as medidas de prevenção de acidentes e doenças relacionadas aotrabalho.

...32.5.6 Cabe ao empregador capacitar os trabalhadores para o manuseio, preparo, transporte,

administração e descarte de produto químico, antes do início de suas atividades.32.5.6.1 O treinamento deve conter, no mínimo:a) a apresentação das fichas toxicológicas com explicação das informações nelas contidas;b) os procedimentos de segurança relativos à manutenção, utilização, transporte,

movimentação, estocagem e descarte;c) os procedimentos a serem adotados em caso de acidentes e incidentes e em situações de

emergência;d) as principais vias de exposição ocupacional; e

e) os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à saúde a longoe curto prazo.32.5.7 Os programas de treinamento devem ser ministrados por profissionais de saúde de

nível superior e familiarizados com os riscos inerentes às drogas de risco....32.7 - Dos resíduos32.7.1 No manuseio de resíduos de serviços de saúde, deve ser atendido o disposto na NBR

12809, norma brasileira registrada no INMETRO.32.7.2 Cabe ao empregador treinar os trabalhadores para, no mínimo, separar 

adequadamente os resíduos, reconhecer os sistemas de identificação e realizar os procedimentos dearmazenamento, transporte e destinação dos resíduos.

32.7.3 A separação dos resíduos deve ser realizada no local onde são gerados, devendo ser 

observado que:a) sejam utilizados recipientes que atendam as normas da ABNT, em número suficiente para o

armazenamento;b) os recipientes estejam localizados em local apropriado e o mais próximo possível da fonte

geradora; ec) os recipientes sejam identificados e sinalizados, segundo as normas da ABNT.32.7.4 Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem

atender ao disposto na NBR 9191.32.7.5 Todo recipiente contendo resíduos de serviços de saúde deve ser:a) preenchido até 2/3 de sua capacidade;b) fechado de tal forma que não permita o derramamento do conteúdo, mesmo que virado

com a abertura para baixo;c) retirado imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento; ed) mantido íntegro até o processamento ou destinação final do resíduo.

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32.7.6 Para os recipientes destinados a coleta de material pérfuro-cortante, o limite máximode enchimento deve estar localizado abaixo 5 cm do bocal.

32.7.7 O transporte manual do recipiente, contendo resíduos de serviços de saúde, deve ser realizado de forma que não exista o contato do mesmo com outras partes do corpo, além das mãosdo trabalhador.

32.7.8 Sempre que o transporte do recipiente contendo resíduos de serviços de saúde possacomprometer a segurança e a saúde do trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos

apropriados, de modo a preservar a sua saúde e integridade física.32.7.9 Em cada unidade geradora de resíduos, deve existir local apropriado para o

armazenamento temporário dos recipientes que atenda, no mínimo, as seguintes características:I. ser dotado de:a) pisos e paredes laváveis;b) ralo sifonado;c) ponto de água;d) ponto de luz;e) ventilação adequada; ef) abertura dimensionada de forma a permitir a entrada do carro de coleta;

II. ser mantido limpo, desprovido de quaisquer odores e vetores;III. não armazenar resíduos que não estejam acondicionados em recipientes;IV. não ser utilizado para fins diversos a que se destina; eV. estar devidamente sinalizado e identificado.

32.7.10 O transporte dos recipientes contendo resíduos de serviço de saúde, para a área dearmazenamento externo, deve atender os seguintes requisitos:

a) ser feito através de veículos apropriados, providos de tampa;b) utilizar sempre o menor percurso e o mesmo sentido; ec) adotar percurso que não coincida com o mesmo utilizado por pessoas, para o transporte de

roupas limpas, alimentos, medicamentos e outros materiais.

32.7.11 Em todos os estabelecimentos de assistência à saúde, deve existir local apropriadopara o armazenamento externo dos recipientes contendo os resíduos de serviço de saúde, até quesejam recolhidos pelo sistema de coleta externa.

32.7.11.1 O local, além de atender as características descritas no item 32.5.9, deve ser dimensionado de forma a permitir a separação dos recipientes que contenham resíduos de serviçode saúde incompatíveis entre si.

32.7.12 Os rejeitos radioativos, tipo B.1, devem ser tratados conforme disposto na ResoluçãoCNEN-NE-6.05.

32.8 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho32.8.1 Todo setor onde exista risco de exposição ao agente biológico deve ter um lavatório

apropriado para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido toalha descartável e

lixeira com tampa de acionamento por pedal....32.8.3 O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos, o que deve ocorrer antes e após o

uso daquelas.32.8.4 Os trabalhadores com feridas e/ou lesões nas mãos, antes de iniciar as atividades

laborais, devem cobri-las com compressas impermeáveis. Na impossibilidade de cobri-las, deve-seevitar o contato com os pacientes.

32.8.5 Todas as áreas dos estabelecimentos de assistência à saúde deverão ser mantidas,permanentemente, em perfeitas condições de limpeza e providas de:

a) pisos antiderrapantes, paredes, tetos ou forros lisos, resistentes, impermeáveis e laváveis;b) portas de superfícies lisas e laváveis;c) lixeiras com tampa, de acionamento por pedal, excetuando desta exigência os setores de

manutenção; ed) armários, bancadas e outros mobiliários de material liso, lavável e impermeável, permitindo

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desinfecção e fácil higienização e em bom estado de conservação interno e externo....32.10 Das disposições gerais32.10.1 Nos estabelecimentos de assistência à saúde, devem ser atendidas:a) condições de conforto relativas aos níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR

10152, norma brasileira registrada no INMETRO; eb) iluminação adequada, conforme o estabelecido na Norma Regulamentadora 17 -

Ergonomia.

...32.10.9 Sempre que o peso a ser transportado possa comprometer a segurança e saúde do

trabalhador, devem ser utilizados meios mecânicos apropriados.32.10.10 Todo estabelecimento de atenção à saúde deve ter local adequado, dotado de

ventilação apropriada, para a realização de procedimentos que provoquem odores fétidos.

32.10.13 Os trabalhadores que realizam a limpeza dos estabelecimentos de assistência àsaúde devem ser treinados, antes de iniciar suas atividades e de forma continuada, em relação aosprincípios de: higiene pessoal, infectologia, sinalização, rotulagem preventiva, advertência de riscos etipos de EPI, seu uso correto e acessibilidade em situações de emergência.

32.10.18 Cabe ao empregador vedar:a) a utilização de pias de trabalho para fins de higiene pessoal;b) fumar, usar adornos e manusear lentes de contato nos postos de trabalho;c) alimentar-se e beber nos postos de trabalho;d) guardar alimentos em locais não destinados para este fim; ee) uso de calçados abertos.

32.10.19 O empregador deve fornecer, sem ônus para o empregado, vestimenta de trabalhoadequada aos riscos ocupacionais em condições de conforto, bem como responsabilizar-se por suahigienização.

32.10.20 Antes de sair do ambiente de trabalho, após o seu turno laboral, os trabalhadoresdevem retirar suas vestimentas e os equipamentos de proteção individual, que possam estar 

contaminados por agentes biológicos e colocá-los em locais para este fim destinados.32.10.21 Toda trabalhadora gestante deve ser afastada de qualquer contato com gases e/ouvapores anestésicos.

ANEXO IClassificação dos agentes biológicos em gruposa) Grupo 1: os que apresentam baixa probabilidade de causar doenças ao homem;b) Grupo 2: os que podem causar doenças ao homem e constituir perigo aos trabalhadores,

sendo diminuta a probabilidade de se propagar na coletividade e para as quais existem, geralmente,meios eficazes de profilaxia ou tratamento;

c) Grupo 3: os que podem causar doenças graves ao homem e constituir um sério perigo aostrabalhadores, com risco de se propagarem na coletividade e existindo, geralmente, profilaxia e

tratamento eficaz;d) Grupo 4: os que causam doenças graves ao homem e que constituem um sério perigo aos

trabalhadores, com elevadas possibilidades de propagação na coletividade e, para as quais, nãoexistem geralmente meios eficazes de profilaxia ou de tratamento.

32.2.2.1 A relação dos agentes biológicos classificados nos grupos 2, 3 e 4 encontra-se noanexo II desta NR.

32.2.2.2 Cada agente biológico deve ser necessariamente incluído em um grupo.32.2.2.3 O agente biológico que não puder ser rigorosamente classificado num dos grupos

definidos anteriormente deve ser enquadrado no grupo mais elevado no qual possa ser incluído.

ANEXO IIRelação de classificação dos Agentes Biológicos1. Este anexo apresenta uma lista de agentes biológicos, classificados nos grupos 2, 3 e 4, de

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acordo com os critérios citado no item 32.2.2 desta NR. Para algumas informações adicionais,utilizamos seguintes os símbolos.

A: possíveis efeitos alérgicosT: produção de toxinasV: vacina eficaz disponível(* ): normalmente, não infeccioso através do ar “spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo constituir um

risco para a saúde.

Na classificação por gênero e espécie podem ocorrer três situaçõesa) aparece na lista um gênero com mais de uma espécie junto com a referência geral “spp”.

Neste caso estão indicadas as espécies prevalentes conhecidas como patogênicas para o homem, junto com a referência geral “spp” de que outras espécies também podem apresentar risco. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp.

b) aparece na classificação somente o gênero, por exemplo: Prevotella spp indica quesomente deverão ser consideradas as espécies patogênicas para o homem e que as cepas eespécies não patogênicas estão excluídas.

c) uma única espécie aparece na lista, por exemplo: Rochalimaea quintana indicaespecificamente que este agente é patógeno.

2. Na classificação dos agentes considerou-se os possíveis efeitos para os trabalhadoressadios. Não foram considerados os efeitos particulares para os trabalhadores cuja sensibilidadepossa estar afetada, como nos casos de patologia prévia, medicação, transtornos imunológicos,gravidez ou lactação.

3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta lista, deve-se considerar que:a) a não inclusão na lista de um determinado agente, não significa que o mesmo seja

classificado no grupo 1. Se o agente biológico ao qual o trabalhador está exposto é conhecido,porém não se encontra na lista, deve-se estudar suas características, de acordo com o item 32.2.2desta NR, e classificá-lo como grupo 1, apenas quando não tenha características infecciosas para ohomem. Antes de definir que um agente pertence ao grupo 1 por não constar da lista, deve-severificar se não consta um sinônimo do mesmo.

b) os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na lista.c) no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, deve-se considerar excluídas as espécies e cepas não patogênicas para o homem.

d) todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na lista, devem ser classificados como grupo 2, salvo quando exista recomendação contrária.

9. LEI 14.483 – CRIAÇÃO E VENDA NO VAREJO DE CÃES E GATOS

Dispõe sobre a criação e a venda no varejo de cães e gatos por estabelecimentos comerciaisno Município de São Paulo, bem como as doações em eventos de adoção desses animais, e dáoutras providências.

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º A reprodução, criação e venda de cães e gatos, no Município de São Paulo é livre,

desde que obedecidas as regras estabelecidas na presente lei e legislação federal vigente.Art. 2º A reprodução de cães e gatos destinados ao comércio só poderá ser realizada por 

canis e gatis regularmente estabelecidos e registrados nos órgãos competentes conformedeterminações da presente lei.

Art. 3º São vedadas a venda e a realização de eventos de doação de cães e gatos empraças, ruas, parques e outras áreas públicas do Município de São Paulo.

Parágrafo único. Excetua-se das vedações previstas no "caput" deste artigo os eventos dedoação em parques municipais, previamente autorizados pelo órgão público ao qual o parque estáafeto e Conselho Gestor do respectivo parque, e mediante o atendimento das exigências previstas

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no Capítulo II desta lei.

CAPÍTULO IIDAS DOAÇÕESArt. 4º É permitida a realização de eventos de doação de cães e gatos em estabelecimentos

devidamente legalizados.§ 1º A feira só poderá ser realizada sob a responsabilidade de pessoa física ou jurídica, de

direito público ou privado, sem fins lucrativos mantenedoras ou responsáveis por cães e gatos.

§ 2º Para identificação da entidade, associação, instituição ou pessoa promotora do evento énecessário a existência de uma placa, em local visível, no espaço de realização do evento dedoação, contendo: nome do promotor, seja pessoa física ou jurídica, CPF ou CNPJ, com respectivotelefone.

§ 3º Pet shops ou clínicas veterinárias podem promover doações de animais, desde que hajaidentificação do responsável pela atividade, no local de exposição dos animais, atendendo-se àsexigências previstas no parágrafo anterior.

§ 4º Os animais expostos para doação devem estar devidamente esterilizados e submetidos acontrole de endo e ectoparasitas, bem como submetidos ao esquema de vacinação contra a raiva edoenças espécie-específicas, conforme respectiva faixa etária, mediante atestados.

Art. 5º As doações serão regidas por contrato específico, cujas obrigações previstas, por escrito, devem contemplar os dados qualificativos do animal, do adotante e do doador, asresponsabilidades do adotante, as penalidades no caso de descumprimento, a permissão demonitoramento pelo doador e as condições de bem-estar e manutenção do animal.

Parágrafo único. Antes da consumação da doação e da assinatura do contrato, o potencialadotante deve ser amplamente informado e conscientizado sobre a convivência da família com umanimal, noções de comportamento, expectativa de vida, provável porte do animal na fase adulta (nocaso de filhotes), necessidades nutricionais e de saúde.

Art. 6º No ato da doação deve ser providenciado o RGA do animal, em nome do novoproprietário.

Art. 7º Aqueles elencados no § 1º do art. 4º podem cobrar taxa de adoção do animal,devendo para tanto fornecer ao adotante recibo especificando o valor da taxa e demais gastos.

CAPÍTULO IIIDO REGISTRO DE CANIS E GATISArt. 8º Os canis e gatis comerciais estabelecidos no Município de São Paulo só poderão

funcionar mediante alvará de funcionamento expedido pelo órgão competente do Poder Executivo.Art. 9º A concessão de auto de licença de funcionamento ou de alvará de funcionamento

pelos órgãos competentes da Prefeitura do Município de São Paulo estará condicionada ao préviocadastramento do interessado no Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária - CMVS.

Art. 10º Os canis e gatis comerciais devem inscrever-se no Cadastro Municipal de Comérciode Animais - CMCA.

§ 1º O Cadastro Municipal de Comércio de Animais - CMCA previsto no "caput" deste artigodeve ser criado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação da presente lei,destinando-se à regulamentação dos criadores e comerciantes de animais no tocante ao

atendimento aos princípios de bem-estar animal e resguardo da segurança pública.§ 2º Bem-estar animal é a garantia de atendimento às necessidades físicas, mentais e

naturais dos animais, devendo estar livres de fome, sede e de nutrição deficiente; desconforto; dor,lesões e doenças; medo e estresse; e, por fim, livres para expressar seu comportamento natural ounormal.

§ 3º Entre outras exigências determinadas quando da implantação do CMCA, os canis e gatisdevem manter relatório discriminado de todos os animais comercializados, permutados ou doados,com respectivos números de RGA e adquirentes, que permanecerão arquivados pelo período mínimode 5 (cinco) anos.

Art. 11º Os responsáveis pelos canis e gatis devem requerer o cadastramento no CadastroMunicipal de Vigilância Sanitária - CMVS por meio de formulário próprio, através do órgãocompetente da Vigilância Sanitária, apresentando, no ato do requerimento, a guia de recolhimento dopreço público e da taxa porventura devidos.

§ 1º Os canis e gatis que, na data da publicação da presente lei, já possuam auto de licença

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de funcionamento ou alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura do Município de São Pauloou licença sanitária de funcionamento expedida pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária, terãoo prazo de 180 (cento e oitenta) dias para requerer o cadastramento de que trata o "caput" desteartigo.

§ 2º Todo canil ou gatil deve possuir médico-veterinário como responsável técnico,devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária - CRMV.

Art. 12º A inspeção sanitária inicial do estabelecimento realizar-se-á após requerido ocadastramento no CMVS e, mediante laudo favorável, publicar-se-á, no Diário Oficial da Cidade, o

número do respectivo cadastro.§ 1º A publicação referida no "caput" deste artigo será feita no prazo de até 30 (trinta) dias,

contados da emissão do laudo de inspeção sanitária favorável ao cadastramento, suspendendo-sesua fluência na hipótese de exigências sanitárias pendentes de atendimento pelo interessado.

...Art. 13º Os responsáveis pelos canis e gatis devem apresentar, no ato da inspeção sanitária

inicial, visando o cadastramento no CMVS, os seguintes documentos, além de outros documentoseventualmente exigidos pelo órgão competente do Poder Executivo, na regulamentação da presentelei:

I - cópia do contrato social devidamente registrado na Junta Comercial ou em cartório deregistro de títulos e documentos;

II - cópia da declaração de firma individual registrada na Junta Comercial, no caso demicroempresa ou empresa de pequeno porte;

III - manual de boas práticas operacionais, procedimentos operacionais-padrão ou manuaisde rotinas e procedimentos, conforme as atividades desenvolvidas;

IV - cópia(s) do(s) contrato(s) de serviços terceirizados, registrado(s) em cartório de registrode títulos e documentos, do(s) qual(is) constem cláusulas que definam, clara e detalhadamente, asações necessárias à garantia da qualidade do produto, do equipamento ou do serviço prestado, bemcomo dos ambientes interno e externo, sem prejuízo da responsabilidade da empresa contratante;

V - cópia do documento de comprovação de habilitação profissional e vínculo empregatício domédico-veterinário responsável técnico pelo canil ou gatil;

VI - listagem de todo o plantel, se já existente, ou especificação do plantel que se pretendeabrigar no local;

VII - projeto arquitetônico e executivo de todas as instalações, incluindo os alojamentos dosanimais (canis ou gatis), sistema de tratamento dos efluentes, bem como protocolo das medidas eprocedimentos sanitários;

VIII - documentação de veículos que porventura sejam utilizados no transporte dos animais,com a respectiva documentação do responsável por este transporte;

IX - outros eventuais documentos definidos em portaria para situações específicas.§ 1º A inspeção do estabelecimento deve, necessariamente, incluir também a inspeção dos

alojamentos dos animais, por médico-veterinário do órgão municipal responsável pelo controle dezoonoses, que emitirá laudo relativo ao bem-estar dos animais a serem alojados.

§ 2º Na hipótese prevista no inciso IX deste artigo, os documentos complementares devemser entregues no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados de sua solicitação.

Art. 14º Os estabelecimentos cadastrados no CMVS devem comunicar quaisquer alterações

de responsabilidade técnica ou de representação legal, bem como alteração de endereço,modificações estruturais no estabelecimento, alterações no plantel (de espécie ou raça), razão social,fusões, cisões ou incorporação societária, e demais alterações pretendidas, diretamente ao órgãoresponsável pela coordenação da vigilância em saúde, apresentando os seguintes documentos:

I - formulário próprio;II - cópia da rescisão contratual, quando se tratar de baixa de responsabilidade técnica;III - cópia dos documentos de comprovação de habilitação profissional e de vínculo

empregatício ou de prestação de serviço do novo responsável técnico; eIV - alteração do contrato social.Art. 15º O prazo de validade do cadastramento é de 1 (um) ano, contado da data da

publicação do respectivo número no Diário Oficial da Cidade.Art. 16º Os canis e gatis devem atualizar seu cadastramento no CMVS, por meio de

formulário próprio, sob pena de cancelamento do respectivo número cadastral.§ 1º Os estabelecimentos referidos no "caput" deste artigo devem apresentar, juntamente com

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a solicitação de atualização de seu cadastro, o comprovante de recolhimento do preço público e dataxa porventura devidos.

§ 2º O cancelamento do número de cadastro deve ser publicado, com a respectiva justificativalegal, no Diário Oficial da Cidade.

§ 3º A reativação do número de cadastro deve obedecer aos procedimentos previstos no art.11 da presente lei.

Art. 17º Quando da atualização do cadastramento, o órgão responsável poderá proceder vistoria sanitária no estabelecimento.

CAPÍTULO IVDO COMÉRCIO DE ANIMAIS REALIZADO POR CANIS E GATISArt. 18º Os canis e gatis estabelecidos no município de São Paulo somente podem

comercializar, permutar ou doar animais microchipados e esterilizados.§ 1º Os animais somente podem ser comercializados, permutados ou doados após o prazo de

60 (sessenta) dias de vida, que corresponde ao período mínimo de desmame.§ 2º Um canil ou gatil somente pode comercializar ou permutar um animal não esterilizado

caso ele se destine a outro criador devidamente legalizado.§ 3º As permutas deverão ser firmadas mediante documento comprobatório, que deve conter 

o registro de todos os dados do animal e dos contratantes, bem como dos respectivos canis.Art. 19º Na venda direta de cães e gatos, os canis e gatis estabelecidos no Município de São

Paulo, conforme determinações da presente lei, devem fornecer ao adquirente do animal:I - nota fiscal, contendo o número do microchip de cada animal, bem como a etiqueta

contendo o código de barras do respectivo microchip;II - comprovantes de controle de endo e ectoparasitas, e de esquema atualizado de vacinação

contra doenças espécie-específicas conforme faixa etária, assinados pelo veterinário responsávelpelo canil ou gatil;

III - manual detalhado sobre a raça, hábitos, porte na idade adulta, espaço ideal para o bem-estar do animal na idade adulta, alimentação adequada e cuidados básicos;

IV - comprovante de esterilização assinado por médico-veterinário com o número de CRMVlegível.

§ 1º Se o animal comercializado tiver 4 (quatro) meses ou mais, o comprovante de vacinaçãodeve incluir as três doses das vacinas espécie-específicas e a vacina contra a raiva.

§ 2º O canil ou gatil deve dispor de equipamento leitor universal de microchip, para aconferência do número no ato da venda ou permuta.§ 3º Se o animal for adquirido, permutado ou doado a pessoa residente no Município de São

Paulo, o proprietário do canil ou gatil deve providenciar o RGA em nome do novo proprietário, naconsumação do ato.

§ 4º O adquirente ou adotante do animal deve atestar, em documento próprio, o recebimentodo manual de orientação, da carteira de vacinação e do atestado de esterilização, que deve ser arquivado pelo estabelecimento por, no mínimo, 5 (cinco) anos.

§ 5º O fornecimento de documento comprobatório de "pedigree" do animal fica a critério doestabelecimento e do adquirente, não sendo regulado pela presente lei.

Art. 20º Os canis e gatis devem manter banco de dados, eletrônico ou não, relativo ao plantel,registrando nascimentos, óbitos, vendas e permutas dos animais, com detalhamento dos adquirentes

ou beneficiários de permutas e doações.

CAPÍTULO VDO COMÉRCIO DE ANIMAIS REALIZADO POR PET SHOPS E ESTABELECIMENTOS

CONGÊNERESArt. 21º Os pet shops, casas de banho e tosa, casas de venda de rações e produtos

veterinários e estabelecimentos que eventual ou rotineiramente comercializem cães e gatos devemestar inscritos no Cadastro Municipal de Comércio de Animais - CMCA e possuir médico-veterinárioresponsável, além das outras exigências legais e sanitárias estabelecidas pela legislação vigente.

Art. 22º Os cães e gatos devem ficar expostos de forma a não permitir o contato com osfreqüentadores do estabelecimento e cada animal somente poderá ser exposto por um períodomáximo de 6 (seis) horas, a fim de resguardar seu bem-estar, sanidade, bem como a saúde esegurança pública.

Art. 23º Cada recinto de exposição deve possuir afixadas as informações relativas ao canil ou

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gatil de origem, com o respectivo número do Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária, o CNPJcorrespondente, bem como o telefone do estabelecimento de origem do animal.

Parágrafo único. Caso o canil ou gatil de origem do animal localize-se em município que nãoexija cadastramento no órgão de Vigilância Sanitária, deve constar da placa o nome do canil ou gatile o CNPJ correspondente, bem como os respectivos endereço, telefone e código do DDD.

Art. 24º Nas transações de cães e gatos efetuadas nos pet shops e estabelecimentoscongêneres devem ser seguidas as determinações estabelecidas pelos arts. 18 e 19 da presente lei.

CAPÍTULO VIDOS ANÚNCIOS DE VENDA DE CÃES E GATOSArt. 25º Dos anúncios de venda de cães e gatos em jornais e revistas de circulação local,

estadual ou nacional sediados no Município de São Paulo devem constar o nome do canil ou gatil, orespectivo número de registro no CMVS, CMCA, CNPJ e telefone do estabelecimento.

Parágrafo único. Dos anúncios de animais colocados à venda por canis e gatis localizados emoutros municípios que não exijam registro em Cadastro da Vigilância Sanitária, devem constar onome do canil ou gatil, CNPJ e telefone do estabelecimento.

Art. 26º Os sites dos canis e gatis localizados no Município de São Paulo devem exibir, emlocal de destaque, o nome de registro do canil ou gatil junto do Poder Público Municipal, o respectivonúmero de registro no CMVS, CNPJ, endereço e telefone do estabelecimento.

Parágrafo único. Aplicam-se as disposições contidas no "caput" deste artigo em todo materialde propaganda produzidos pelos canis e gatis, tais como folders, panfletos e outros, bem como napropaganda destes estabelecimentos em sites alheios e em sites de classificados.

CAPÍTULO VIIDAS PENALIDADESArt. 27º Sem prejuízo das responsabilizações civis e penais, aos infratores da presente lei

serão aplicadas, alternativa ou cumulativamente, as seguintes sanções:I - advertência;II - prestação de serviços compatíveis com ações vinculadas ao bem-estar animal e

preservação do meio ambiente, de forma direta ou indireta;III - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

IV - apreensão de animais ou plantel;V - interdição de produtos, equipamentos, utensílios e recipientes;VI - inutilização de produtos, equipamentos, utensílios e recipientes;VII - interdição parcial ou total do estabelecimento, seções, dependências e veículos;VIII - proibição de propaganda;IX - cassação da licença de funcionamento;X - cancelamento do cadastro do estabelecimento e do veículo;XI - fechamento administrativo.§ 1º Os animais apreendidos, consoante previsão do inciso IV deste artigo, poderão ser:a) reavidos pelo infrator, no prazo de 3 (três) dias úteis, após recolhimento de taxa no

montante de R$ 500,00 (quinhentos reais) por animal, indicação de local legalmente licenciado paraa manutenção e comercialização do animal e apresentação dos documentos exigidos no art. 19

desta lei;b) encaminhados ao programa de adoção do órgão responsável pelo controle de zoonoses;c) submetidos à eutanásia no caso de apresentarem enfermidades graves ou doenças

infecto-contagiosas que acarretem sofrimento ao animal ou coloquem em risco a saúde de demaisanimais ou pessoas, mediante comprovação por laudo médico-veterinário do órgão responsável pelocontrole de zoonoses.

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ANIMAIS SILVESTRES

Existe uma certa confusão ao se classificar animais silvestres, exóticos e selvagens.Animais silvestres são todos aqueles pertencentes à fauna brasileira. Exóticos são aqueles

não pertencentes à fauna brasileira como, por exemplo, zebras e leões. Animais selvagens são tantoexóticos como silvestres.

São animais que muitas vezes não estão acostumados com o convívio humano e ainda

mantêm os seus instintos de sobrevivência mais primitivos. Por esta razão, qualquer tipo demanipulação exige cuidado extra e muita atenção.

Sempre há necessidade de notificar ao proprietário os possíveis riscos na manipulação doanimal que envolve: fuga, morte ou estafa. A contenção deve ser rápida, somente quando houver necessidade, em local silencioso, com portas e janelas fechadas, e se possível, já deixar todo omaterial necessário para o procedimento à mão.

Legislação:

Lei 9605/98 - Crimes Ambientais – Comentários

Os animaisMatar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar "animais silvestres, nativos ou em rota migratória"

(Art.29).Pena: prisão, de 6 a 12 meses, e multa.

"Animais silvestres, nativos ou em rota migratória" são animais normalmente encontrados emambientes naturais, típicos da fauna brasileira ou os que utilizam regiões do território brasileiro parase locomoverem entre diferentes áreas, fugindo do inverno rigoroso ou para fins de reprodução daespécie.

Vender, adquirir, aprisionar ou transportar animais silvestres, nativos ou em rota migratóriasem permissão da autoridade competente. Art. (29 §1º, III)

Pena: prisão, de 6 meses a 1 ano, e multa.

Praticar maus tratos e ferir animais. (Art. 32)Pena: prisão, de três meses a 1 ano, e multa.

Matar animais da fauna silvestre continua sendo crime, entretanto a Lei não pune quem matar animais para saciar sua fome ou de sua família.

Pescar em período de defeso ou em lugares proibidos por órgãos competentes. (Art. 34)Pena: prisão de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas.

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.CAPíTULO VDOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTESEÇÃO I - Dos Crimes contra a Fauna

Art 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou emrota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou emdesacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.§ 1º Incorre nas mesmas penas:

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I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com aobtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,

utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bemcomo produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizadas ou sem a devidapermissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de

extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.§ 3º São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas,

migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo devida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da

infração;II - em período proibido à caça;III - durante a noite;IV - com abuso de licença;V - em unidade de conservação;VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional;§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem aautorização da autoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.Art 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença

expedida por autoridade competente:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.Art 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou

domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

DECRETO No 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999.Das Sanções Aplicáveis às Infrações Contra a Fauna

Art. 11. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em

rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou emdesacordo com a obtida:

Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade com acréscimo por exemplar excedentede:

I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de faunabrasileira ameaçada de extinção e do Anexo I do Comércio Internacional das Espécies da Flora eFauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES; e

II - R$ 3.000,00 (três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de faunabrasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.

§ 1o Incorre nas mesmas multas:I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a

obtida;II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; ouIII - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,

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utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bemcomo produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devidapermissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2o No caso de guarda doméstica de espécime silvestre não considerada ameaçada deextinção, pode a autoridade competente, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a multa,nos termos do § 2o do art. 29 da Lei No. 9.605, de 1998.

§ 3o No caso de guarda de espécime silvestre, deve a autoridade competente deixar deaplicar as sanções previstas neste Decreto, quando o agente espontaneamente entregar os animais

ao órgão ambiental competente.§ 4o São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas,

migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo devida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou em águas jurisdicionais brasileiras.

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AVES

As aves surgiram dos répteis, bem mais tarde que os mamíferos, consequentemente, sãoanatomicamente mais parecidas com os répteis. Algumas aves perderam seu poder de vôo atravésda evolução, como por exemplo, os pingüins e as ratitas (avestruz, emas, etc).

A classe das aves possui mais de 9000 espécies sendo 5000 passeriformes. São animais desangue quente, isto significa que a temperatura interna do corpo (cerca de 37,5 ºC) permanececonstante, sem ter relação com a temperatura do ambiente.

As asas são movidas por músculos muito fortes (que dão 15% do peso da ave), ligados aossos peitorais reforçados. Os ossos do esqueleto são extremamente leves. Possuem tubos comterminações cegas, que se estendem para fora do pulmão, como volumosos sacos aéreos.

Possuem o tarso e o metatarso coberto por escamas e o resto do corpo coberto por penas. Oformato do bico varia de acordo com alimentação do animal.

Ao contrário dos mamíferos, as aves têm olfato fraco, mas visão e audição aguçadas, queauxiliam na caça e no reconhecimento de indivíduos da mesma espécie.

1. Anatomia:

As asas, presentes em todas as aves, são os membros anteriores modificados. São formadaspelo úmero, rádio e cúbito, e pela mão, adaptada e constituída por três metacarpos, cada um comseu dedo. As asas são a evolução dos membros anteriores das aves-répteis pré-históricas.

As plumas e penas são características próprias das aves, distinguindo-se de todos os outrosanimais. As plumas (penugem leve e macia) cobrem quase todo o corpo da ave - inclusive debaixodas penas - e servem para protegê-la das mudanças de temperatura e do impacto com o ar e comobjetos. As penas, produto da epiderme, são constituídas principalmente pela queratina.

Cada lado (porção) da pena é chamado de vexilo, formado por barbas que são projeções da

raque. De cada barba sai um conjunto de barbicelas que são flexíveis, leves e se unem. Nos locaisonde essas barbicelas são ausentes, as penas são plumosas e as barbas ficam soltas. Nos locaiscom barbicelas as penas são penáceas. Os vexilos internos são maiores que os externos, ou seja,são assimétricos (favorece a aerodinâmica). Se fossem simétricos os animais não voariam.

A seguir temos os tipos de penas classificados de acordo com a região do corpo da ave:

Rêmiges primárias: penas da mão e se orientam em direção ao dedo.Rêmiges secundárias: penas da ulna e se orientam ao contrário.Rectrizes: penas da cauda e do corpo.Penas do pó: não param de crescer. A ponta das barbas se decompõe liberando um pó que é

impermeabilizante. Todas as aves possuem.

Pena de cerdas: geralmente ao redor dos olhos e narinas. É rígida e tem função protetoracontra partículas que podem penetrar nos olhos e narinas.Plumas: possuem barbas longas e não possuem barbicelas.

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Semiplumas: possuem barbas mais curtas que as da pluma.Filopluma: possuem vexilos apenas na base. Possuem terminação nervosa (na base)

funcionando como sensor de movimentos. Está associada às penas de vôo, mudando de posição deacordo com elas, dando ao animal percepção de sua posição.

O cérebro das aves é mais desenvolvido que o dos répteis. As aves também têm atividadesinstintivas complexas: danças de acasalamento, construção de ninhos, criação de filhotes, migração.Mas, como os hemisférios cerebrais são poucos desenvolvidos, elas se adaptam menos que osmamíferos às alterações do ambiente.

Algumas aves possuem uma glândula denominada uropigeana que produz secreçãoimpermeabilizante (a ave pica essa glândula que se localiza no pigóstilo que é a junção das últimasvértebras caudais, e espalha a secreção pelo corpo). É uma glândula encontrada em aves aquáticas.

Possuem estômago único e com duas porções: pró-ventrículo (glandular – onde há produçãode pepsina e acido clorídrico - HCl) e ventrículo (mecânico). Algumas aves, como o beija-flor enectarívoros, não possuem ventrículo ou possuem o ventrículo pequeno, tendo o pró-ventrículomaior. Isso ocorre porque o ventrículo é necessário em aves que se alimentam de grãos. Algumasingerem pedras (como as galinhas) para auxiliar na quebra destas partículas, auxiliando a açãomecânica no ventrículo.

O intestino é geralmente bem curto. Possui duodeno (com pâncreas associado); jejuno-íleo eintestino grosso, que é tão curto que se resume ao reto. O ceco pode estar ausente, ser grande oupequeno. Não faz parte do intestino grosso, sendo um divertículo do intestino delgado, participandoda digestão e absorção. Não faz fermentação.

A respiração nas aves é diferente dos mamíferos. Ela se dá pela pressão intratorácicapromovendo a ação dos sacos aéreos, que funcionam como foles. Como os pulmões das aves sãofixos (aderidos às costelas, não possuindo elasticidade nem movimentação), eles não se enchem eesvaziam como nos mamíferos, são os sacos aéreos que se enchem e esvaziam, fazendo passar oar pelos pulmões. Os ossos pneumáticos são invadidos pelos sacos aéreos.

São 9 sacos aéreos no total: 2 cervicais; 1 inter-clavicular; 2 torácicos anteriores (craniais); 2

torácicos posteriores (caudais); 2 abdominais. Os cervicais, o clavicular e os torácicos craniais são ossacos aéreos anteriores. Os torácicos caudais e os abdominais são os sacos aéreos posteriores.

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Durante a inspiração, os sacos aéreos se expandem e movimentam o pulmão, fazendo o ar passar por eles. O fluxo de ar é mais intenso na expiração do que na inspiração, devido aoesvaziamento dos sacos aéreos, pois aumenta a pressão. É diferente dos mamíferos, onde ocorre oinverso.

Os sacos aéreos não são vascularizados e se abrem todos para o pulmão. Ao aumentar ovolume abdominal (expansão das costelas) os sacos se inflam, ao voltarem ao normal (as costelas),os sacos aéreos desinflam, ventilando o pulmão.

O ar entra pela traquéia, passa pelo brônquio principal ventral (sem ocorrer troca gasosa) e

penetra nos sacos aéreos, expulsando o ar que já estava ali, que é “bombeado” (ventilado),penetrando no brônquio principal dorsal (ramos superior e posterior), indo para os parabrônquiospaleopulmonares e para os neopulmonares (que formam uma rede e são mais recentesevolutivamente), retornando a traquéia e sendo expirado.

Nos parabrônquios existem projeções, que são os capilares aéreos, onde ocorrem as trocasgasosas. Paralelos aos capilares aéreos, estão os capilares sangüíneos, por onde vem o sanguevenoso. É neste local que ocorre a troca gasosa e os capilares se unem numa arteríola, com sanguearterial. O sangue corre nos capilares sangüíneos em sentido cruzado (diagonalmente) ao ar noscapilares aéreos.

Os testículos ficam encostados no saco aéreo abdominal, sendo refrescados o tempo todo,impedindo que os espermatozóides morram pelo aumento de temperatura. Outra função dos sacosaéreos é “envolver” os ovários e o oviduto, formando um canal que impede que os óvulos se percamna cavidade abdominal.

As aves possuem laringe, mas esta não está relacionada com a vocalização. Esta fica por conta da Siringe que é uma modificação da traquéia, nos anéis onde ocorre a bifurcação dosbrônquios. Essa estrutura possui duas membranas com músculos que produzem fonação de acordocom seus movimentos e com a velocidade e intensidade do ar que passa por ela, voltando do sacoaéreo inter-clavicular. Sua localização pode ser traqueal, traqueo-bronquial ou bronquial.

2. Nutrição:Para saber qual alimento deve ser dado para as aves, é necessário conhecer sobre seu

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hábito alimentar na natureza. Algumas aves são carnívoras, enquanto outras só se alimentam degrãos e frutas.

Abaixo segue uma breve explicação sobre algumas sementes utilizadas na alimentação deaves:

Alpiste: o alpiste é a principal semente usada na dieta de canários e calopsitas. É rica emhidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias,mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.

Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o

aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca.Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide,

músculos, penas, vísceras, tendões dos canários. Possui ainda hidrato de carbono, vitaminas. Éoleosa, gordurosa, de cor escura, e em forma de esfera.

Linhaça:Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as avesna época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas.

Deve-se lembrar que não é aconselhável fornecer apenas um tipo de semente às aves. Alémde causar carência nutricional alguns alimentos podem causar distúrbios gástricos, diarréias e outrosproblemas.

Existem farinhadas vendida em pet shops ou feitas em casa que também são utilizadas naalimentação de aves.

Frutas, legumes em pedaços e verduras como espinafre, almeirão e couve também fazemparte da dieta desses animais. Não é recomendado fornecer alface para não causar diarréia.

O milho verde, por exemplo, é muito importante para a saúde de uma calopsita e deve ser colocado na alimentação diariamente ou em dias alternados.

Papagaios devem ser alimentados com frutas e sementes e jamais receberem uma dietasomente à base de semente de girassol.

3. Cuidados com os filhotes de aves:

Filhotes nascidos de incubação natural devem ser acompanhados todos os dias para ver se afêmea está tratando e os alimentando. Caso não estejam sendo tratados adequadamente, podemos

passá-los para uma ama-seca da mesma espécie, ou de espécie diferente, desde que sejacomprovada sua atuação como mãe.Quando um filhote deixa de ser alimentado, é jogado para fora do ninho, ou após a troca para

ama-seca, pode se apresentar frio, desidratado, com hipoglicemia, e dificilmente pedirá por comida(o que faz com que os pais deixem de alimentá-lo). O filhote ainda com os pais deve receber glicoseno bico e soro (utiliza-se agulhas de insulina), até que se restabeleça a saúde, e comece a pedir por alimento. Caso não esteja sendo tratado, devemos aquecê-lo em lâmpada ou bolsa de água quente,e alimentá-lo com soro e glicose inicialmente, passando para o alimento em forma de papa, tendocuidado para não asfixiar o filhote com líquidos ou excesso de alimento de uma vez. Deve-se usar colheres de tamanhos compatíveis com o pequeno bico do filhote.

As aves com 20 a 30 dias de vida não controlam a temperatura corpórea, pois o sistematermorregulador ainda não está desenvolvido. O empenamento nesta fase está quase totalmente

formado, mas ainda auxilia pouco no aquecimento da ave.Em casos de hipoglicemia, de fraqueza, tanto dos filhotes, como dos adultos, fornecemos

glicose a 50% na dose de 2ml/kg por via endovenosa (EV), podendo ser administrada viaintramuscular diluída a 5%. Caso haja impossibilidade de se utilizar a via injetável (EV), podemosfornecer a glicose por via oral (VO) na dose de 2ml/Kg quatro vezes ao dia (exemplo: um papagaioadulto tem 300g de peso vivo. A dose será 0,6 ml EV e VO).

Os filhotes geralmente necessitam de uma alimentação com níveis de 24% de proteína. Ascaracterísticas dos alimentos devem ser: consistência macia, de fácil digestão, paladar apetitoso,geralmente encontradas em casas comerciais para animais, são alimentos especializados parafilhotes no ninho.

As aves do tipo passeriformes pedem alimento várias vezes ao dia, na dependência dafacilidade da digestão, da qualidade e da quantidade de alimento ingeridos em cada refeição.

Algumas aves de porte maior podem ser alimentadas através de tubo macio e flexívelintroduzido até o papo, cujo volume a ser administrado dependerá da espécie.

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Teoricamente um filhote de ave que não se alimentasse por 6 horas ficaria muito mal. Naprimeira semana a ave possui ainda a reserva do saco vitelínico, que o auxilia na sua nutrição até 7dias.

Outro problema na alimentação de filhotes são as formas de administração. Devemos usar colheres com a concha adaptada para cada tamanho de ave, e o cabo longo adaptado à mão dostratadores, de forma que não haja risco de escorregarem e serem engolidas, principalmente por araras, e tucanos. Aconselhamos que usem colheres de material descartável, ou resistente, quepossam ficar de molho em solução de cloro após alimentar cada ave, ou cada ninhada.  

Deve-se usar várias colheres, pois terão um tempo para serem desinfetadas antes de seremreutilizadas, evitando-se assim a propagação de doenças transmitidas pela saliva.

Para alimentar os filhotes deve-se preparar o alimento, retirar o volume a ser utilizado ecolocar em um copo pequeno, deixando o restante em repouso em local seco e fresco. Assim queterminar de alimentar uma ave, deve-se descartar a colher e o copo em solução de cloro, utilizandouma nova dupla de utensílios para outra ave ou ninhada.

Abaixo segue uma tabela com a capacidade do papo de algumas aves e volume de líquidoque pode ser administrado para um filhote a cada 1 e ½ hora.

Espécie da ave epeso vivo médio

(g)

Capacidade dopapo do adulto

(em ml)

Volume (ml)administrado para

adultos

Volume administradopara filhotes a cada 1e ½ hora depende do

peso (10g)

Volume administradopara filhotes a cada 1e ½ hora depende do

peso (10g)ML ML Gotas /conta-gotas

Canário – 30g 0,25-0,5 0,3-0,5 0,1-0,2 2-4Periquito – 60g 0,5-10 0,6-1,0 0,2-0,4 4-8

Arara-800g 20-30 6,0-12 0,8-1,5 16-30Cacatua-500g 20-30 4,0-7,5 0,4-0,75 8-15Papagaio-300g 10-15 1,0-1,5 0,3-0,5 6-10Agapornis-50g 2-5 0,4-0,75 0,04-0,075 gotas de insulina

Curió-30g 0,3-0,5 0,3-0,5 0,1-0,2 2-4Bicudo-30G 0,5-0,8 0,4-0,75 0,04-0,75 gotas de insulina

4. Contenção:Como já vimos, a contenção das aves deve ser feita em local fechado e silencioso.

Especialmente para aves, a contenção deve ser rápida e o menos estressante possível, pois sãoanimais que morrem com facilidade.

Para ave pequena utiliza-se um pano para pegá-la sem machucar. Para ave grande, utiliza-seum pano e luva grossa. Cuidado ao manipular aves de rapina que além do poderoso bico, possuemafiadas garras. Para elas, deve-se conter inicialmente as patas e em seguida o bico. Papagaiosdevem ser contidos pela cabeça e patas.

Sempre deixar o peito livre para as aves respirarem.

4.1. Orientações para atendimento veterinário:

Antes de levar a ave à clínica, o proprietário deve ser orientado dos seguintes procedimentos:- Não limpar a gaiola, nem retirar o jornal ou papel, 24 horas antes da consulta, (se o fundo da

gaiola não estiver coberto, forrar com plástico) para que a consistência e coloração das fezes e urinapossam ser observadas;

- Deixar o bebedouro e comedouro, ou levar amostra da comida oferecida;- Observar atentamente a atividade da ave (animal dorme muito, está cantando, brincando,

apresenta coceira, queda de penas, diarréia, espirros, tosse, alterações na respiração, alteração doapetite, dificuldade de apreensão do alimento, teve contato com outras aves, com animais novos,com produtos químicos ou de limpeza, já apresentou os sintomas antes, há quanto tempo, já foitratado, etc).

Deve ser contado ao veterinário tudo o que se lembra de diferente mesmo que seja uma coisapassageira e aparentemente sem significado, pois poderá ser importante para fechar o diagnósticodo animal.

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5. Papagaios:

Os papagaios pertencem à ordem Psittaciformes, família Psittacidae, gênero Amazona.Existem aproximadamente 30 espécies de papagaios, que ocorrem naturalmente da América do Sulà América do Norte (México). A cor predominante da plumagem é verde. Os papagaios têm o corpocompacto com pescoço, asas e pernas curtas. A cauda é curta, quando comparada a de seus primosperiquitos e araras.

O bico é curvado e forte, capaz de quebrar sementes. A língua é grossa, sensível, cheia depapilas gustativas (portanto o sentido do paladar é desenvolvido) e manobra facilmente o alimento naboca. Os papagaios têm papo, onde o alimento é armazenado durante horas. A visão é desenvolvida.São zigodáctilos, ou seja, têm dois dedos para frente e dois para trás nas patas, o que facilita amanipulação do alimento.

Os papagaios de forma geral são monomórficos, ou seja, machos e fêmeas têm a mesmaaparência, não sendo possível determinar o sexo apenas pela visualização externa. É precisorealizar exames de DNA, que requer apenas uma gota de sangue. Outra maneira de saber o sexo daave é por laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico, que necessita anestesia e a introdução deum endoscópio no abdômen para visualizar os testículos ou o ovário. A média de vida é de 20 anos,porém já foi registrada longevidade de 80 anos.

Na natureza vivem em bandos, mas podem separar-se em casais na época reprodutiva. O

papagaio sacode vigorosamente a plumagem como sinal de alerta ou como forma de cumprimento auma pessoa conhecida que se aproxima. Os papagaios normalmente são canhotos. Gostam debanhar-se na chuva, às vezes pendurados de cabeça para baixo. Dormem empoleirados. Gostam debrincar com objetos. São aves inteligentes que necessitam de muita atividade, caso contrário seentendiam e podem apresentar comportamentos anormais.

Na natureza, a alimentação dessas aves é diversificada e balanceada naturalmente. Nocativeiro é muito difícil isso acontecer, pois não dispomos dos mesmos alimentos que as avesencontram na natureza. Outro problema é que no cativeiro as aves acabam tomando gosto por alguns alimentos e rejeitam outros de boa qualidade. Para manter aves sadias, temos que oferecer aelas uma variedade de alimentos frescos e em quantidades corretas. Esses itens incluem legumessemi-cozidos (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico), milho, verduras, brotos, frutas (tomate, mamão,maçã, frutas cítricas, frutas de época), cereais, proteína de soja, óleos vegetais, sementes de boa

qualidade e em pequena quantidade (girassol, castanhas), proteína animal (queijo magro, ovocozido), aminoácidos essências, cálcio, vitaminas, minerais e probióticos.As dietas balanceadas para papagaios (tipo ração) são fabricadas no Brasil e podem ser 

encontradas nas lojas especializadas.O papagaio pode ficar com as unhas afiadas e longas, sendo desconfortável para o

proprietário tê-lo no braço ou ombro. O corte das unhas deve ser feito com cuidado, pois podesangrar. As pontinhas normalmente não têm irrigação e podem ser cortadas. As pontas aparadaspodem ser arredondadas com uma lixa de unha.

A remoção de fezes e urina (a porção branca e líquida do excremento é a urina) deve ser feitadiariamente, evitando a proliferação de bactérias e fungos no ambiente. Poleiros e ninho devem estar livres de excrementos. Os bebedouros e comedouros devem ser lavados todos os dias edesinfetados com solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) várias vezes por semana. Os

desinfetantes devem ser removidos completamente por meio de enxágüe e as vasilhas devem ser secadas.

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5.1. Zoonoses:

A zoonose de maior preocupação para pessoas que mantêm psitacídeos em casa é aclamidiose, doença também conhecida por psitacose ou ornitose.

É causada pelo microorganismo Chlamydiophila psittaci . Causa pneumonia no homem, sendoos sintomas mais comuns tremores, tosse, febre, dor de cabeça, indisposição, dor no corpo, perdade apetite, náusea, dor no peito e vômito. 

O tratamento tanto das aves como no homem é feito com antibióticos específicos, mas énecessário diagnóstico precoce. Pode ocorrer morte humana com quadro de pneumonia.

Papagaios infectados e que estão com a imunidade baixa podem contaminar outras aves emesmo o homem. Quando retirados da natureza, os papagaios ficam fracos e com a imunidadereduzida, portanto, são considerados transmissores potenciais da clamidiose.

Outras zoonoses são bactérias causadoras de gastrenterites no homem, como a Salmonellaspp, Campylobacter jejuni e Escherichia coli . Os sintomas em humanos são: diarréia, dor abdominal,vômito, febre, mal estar, dor no corpo e dor de cabeça.

As bactérias Yersinia pseudotuberculosis e Yersinia enterocolitica podem causar uma doençaque se assemelha em sintomas a uma apendicite aguda. Enterite (inflamação do intestino), aumentodo fígado e icterícia podem ocorrer.

Penas, pós de penas, sangue e fezes podem causar alergia nos humanos. Os sintomas sãoindisposição, tremores, febre, dores musculares, tosse e respiração curta. A doença pode ser aguda(de 4 a 8 horas após exposição), sub-aguda (exposição prolongada que causa tosse seca edificuldade respiratória) e crônica (exposição muito prolongada que pode ser irreversível causandodificuldade respiratória, tosse e perda de peso).

Outras zoonoses são raras, mas podem ocorrer: tuberculose da forma aviária(Mycobacterium avium), principalmente em pessoas com baixa imunidade; listeriose (Listeriamonocytogenes) - podendo causar meningite e conjuntivite em pessoas imunodeficientes; e vírus dainfluenza (gripe).

Zoonoses causadas por protozoários também podem ocorrer. São elas: criptosporidiose(Cryptosporidium spp.) que causa diarréia persistente, má absorção intestinal, dor abdominal, febre evômito; e giardíase (Giardia spp.) relativamente comum em humanos e os sintomas incluem diarréia

e má absorção intestinal.

5.2. Problemas comportamentais:

O arrancamento de penas é um problema comum e de difícil solução. A desordemcaracteriza-se pelo comportamento obsessivo da ave em quebrar, destruir ou arrancar suas própriaspenas ou de outras aves, retirando a proteção natural oferecida por elas. 

A muda natural é diferente do arrancamento de penas. A muda de penas é um processofisiológico, que consiste na perda das penas velhas e desgastadas e crescimento de novas penas.Os papagaios fazem a muda gradualmente ao longo do ano e nunca de uma só vez. Não é difícilsaber se uma ave está arrancando ou destruindo suas penas. Basta observá-la atentamente eexaminar as áreas do corpo que estão depenadas: dorso, asas, abdômen, tórax. Nos locais onde a

ave não alcança com o bico (cabeça e pescoço) não ocorre a perda de penas, a não ser que outraave esteja arrancando. As causas do arrancamento de penas são variáveis e podem ser classificadas em causas ambientais, clínicas e psicológicas (ou comportamentais).

As causa ambientais podem ser mudanças no tempo (úmido, seco, calor, frio), pessoas ouanimais novos na casa, mudanças no ambiente em que a ave vive, mudança no comportamento doseu dono (ausência na casa, pouco tempo interagindo com a ave, fatores emocionais, etc.), barulhoexcessivo, movimento anormal no ambiente, animais estranhos nas proximidades. Ambientes úmidosou secos ou aves com plumagem suja que não têm a oportunidade de banho podem apresentar umzelo exagerado no cuidado das penas, podendo se tornar arrancadoras.

As causas clínicas mais comuns são parasitas de pele, parasitas internos (vermes,protozoários), infecções bacterianas ou fúngicas na pele ou nos folículos das penas, alergias,distúrbios hormonais, desnutrição, aspergilose (infecção respiratória fúngica), doenças internas(doenças hepáticas) e mudanças hormonais na época de reprodução (época reprodutiva, presençade caixa-ninho).

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As causas psicológicas ou comportamentais são o estresse, ansiedade, medo, tédio,frustração sexual por não se reproduzir, solidão, falta de atenção do dono, poucas horas de sono,mudança brusca na rotina da ave e outras experiências negativas que levem a ave a se auto-mutilar extraindo ou destruindo suas próprias penas. Aves que querem a atenção do dono podem passar aarrancar as penas como forma de chamar a atenção.

A agressividade é outro problema comportamental. Um papagaio irritado ou submetido aesforço físico (como falar, por exemplo) abre e fecha as pupilas constantemente, ficando com aspupilas reduzidas a um pontinho apenas. Aves irritadas e dispostas a agredir abrem a cauda,

arrepiam as penas da cabeça e pescoço e levantam um dos pés para atacar. Uma reação típica deum papagaio irritado que deseja agredir é atacar com o bico, vocalizar e balançar o corpo para cimae para baixo.

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RÉPTEIS

Os registros dos primeiros répteis datam de aproximadamente 300 milhões de anos atrás.Possui 6000 espécies e estão melhor adaptados a vida em terra seca que os anfíbios. Das 23 ordensexistentes naquela época, apenas 4 sobreviveram até hoje: CHELONIA (tartarugas, cágados e  jabutis), CROCODYLIA (jacarés, aligatores e crocodilos), RHYNCHOCEPHALA (tuatara), eSQUAMATA (cobras e lagartos).

Apresentam corpo coberto com pele seca e coriácea, geralmente com escamas ou escudoscórneos, com poucas glândulas superficiais. A camada mais externa é substituída a medida que dedesgasta (nas tartarugas e crocodilos) ou é mudada completamente (cobras e lagartos). O esqueletoé completamente ossificado.

A boca é provida de dentes, exceto nos quelônios, que apresentam bico córneo. Em geral osdentes são voltados para trás, e são usados para segurar a presa e não para mastigar. Eles caemperiodicamente e são substituídos.

Os lagartos se locomovem sobre quatro patas, enquanto que as serpentes deslocam-seatravés de ondulações do corpo e possuem largas escamas ventrais que auxiliam na aderência doterreno.

Os olhos possuem pálpebras que, nas serpentes, são transparentes e sólidas (não sendoconsideradas pálpebras). A audição é aguçada, principalmente nos lagartos que ouvem sonstransmitidos pelo ar, graças a abertura do ouvido externo. As serpentes ouvem através de ossos docrânio os quais transmitem vibrações do solo.

O olfato é realizado pelas narinas e pelo órgão de Jacobson (menos nos crocodilos),localizado no ''céu'' da boca (palato). Esse órgão detecta os odores levados a ele pela língua amedida que ela sai e entra na boca.

O cérebro possui 12 pares de nervos cranianos.A reprodução se faz por fertilização interna, pois os machos, em geral, possuem o pênis

eréctil. Algumas vezes os ovos são chocados no corpo da fêmea (fêmea ovovivípara). Nos outros

casos os ovos depois de fertilizados, são postos para chocar fora do corpo.

Anatomia interna de uma serpente

Os répteis são ectotérmicos ou pecilotérmicos pois não possuem a capacidade de gerar seupróprio calor corpóreo. Seu metabolismo está diretamente relacionado com a temperatura. Aocontrário dos homeotérmicos, a oscilação de temperatura durante o dia e a noite é importante, pois oanimal depende dela para ajustar a sua temperatura corpórea ideal.De uma maneira simplificada, osrépteis necessitam de alguns fatores para que sua manutenção em cativeiro seja a melhor possível

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ou o mais próximo do natural, para que se evitem posteriores problemas (doenças).

Anatomia interna de uma tartaruga de água doce

Anatomia interna de um lagarto

A temperatura é fundamental para o bom funcionamento metabólico do animal. A umidade éessencial para as trocas de pele, manutenção da hidratação e regulação térmica.

A luz é uma fonte energética primordial. Ela possibilita e desencadeia uma série de reaçõesquímicas no metabolismo de certos animais que, simplesmente, o tornam dependentes dedeterminados raios luminosos. Uma das principais funções de certos raios luminosos é a fixação docálcio nos ossos dos animais (raios ultravioletas do tipo B) e a manutenção da cor esverdeada em

certos animais (raios ultravioletas do tipo A).A alimentação que fornecemos aos répteis em cativeiros, salvo raras exceções, sãoincompletas, comparada com o rico suprimento alimentar exigido pelo animal. Dependendo da

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espécie, o "cardápio" pode variar desde uma flor até um outro réptil. É de suma importância que seconheça bem o animal a ser criado, para que se evitem erros de manejo. O espaço físico ou áreainterna do terrário (local de criação), também é muito importante para evitar condições estressantes.

1. Quelônios:

Em geral, os quelônios têm um corpo curto e largo, enclausurado num casco ósseo com umacobertura córnea, externa, para dentro do qual a cabeça e os membros podem ser retraídos.Não possuem dentes, somente um bico córneo.

1.1. Jabuti:

Existem duas espécies de jabutis reconhecidas no Brasil: jabuti-piranga (Geochelonecarbonaria) e jabuti-tinga (Geochelone denticulata). Ambas podem viver cerca de 80 anos.

Os jabutis, ao contrário do que muitas pessoas pensam, devem receber uma dieta dequalidade e bem diversificada. Em cativeiro podem ser mantidos com camundongos abatidos oucarne como suplemento de cálcio (em dias alternados).

As frutas que podem comer são: uvas, abóboras, bananas, mamão, pêras.

Também são usadas flores na sua alimentação: pétalas de rosa (cultivadas em casa semherbicida), flores de hibisco e de ipê-amarelo.Verduras: escarola, e um pouco de carne moída e cogumelos.Por duas ou três vezes na semana deve-se pulverizar sobre o alimento, um suplemento

alimentar. No caso de filhotes, toda alimentação deve ser picada bem pequena. A água deve ser sempre deixada à vontade.

Nem sempre é possível identificar o sexo dos répteis, visto que em boa parte das espéciesnão há dimorfismo sexual e alguns caracteres sexuais externos são visualizados apenas na épocada reprodução.

Nos jabutis uma das principais características é o plastrão, que nos machos é côncavo e nasfêmeas é reto, ou mesmo convexo. Isso facilita o procedimento da cópula, de modo que o machopossa encaixar-se sobre a fêmea. O orifício cloacal nos machos está situado mais afastado do

plastrão que nas fêmeas. Em função das fêmeas porem ovos, suas placas anais formam um ângulomais pronunciado que nos machos, facilitando assim a saída dos ovos, no momento da postura.

O período reprodutivo é determinado pelas estações do ano e ocorre principalmente a partir do mês de outubro, tendo seu ápice em janeiro. Essas épocas podem variar um pouco, de regiãopara região. Os machos devem ser maiores que as fêmeas para que com seu peso possam ter maiores chances de fecundá-las.

Quando existe mais de um macho, eles vão disputar a fêmea. Eles recolhem a cabeça ebatem repetidamente seus cascos um nos dos outros, mas não chegam a se machucar.

A higiene é imprescindível para a manutenção de répteis em cativeiro. Recomenda-se que alimpeza dos terrários seja freqüente e a troca de água seja diária. Os excrementos devem ser retirados antes da limpeza. Os utensílios de cada terrário devem ser exclusivos, evitando carrear 

microorganismos de um local para outro. Comedouros e bebedouros devem ser limpos após o uso.Os desinfetantes à base de fenóis não devem ser usados, pois são normalmente ineficazesno combate à Pseudomonas, um microorganismo freqüente nos terrários. Um desinfetante eficiente ede baixo custo é o hipoclorito de sódio (água sanitária), diluído na proporção de 3% em desinfecçõesrotineiras. O iodofór (iodo orgânico) é eficaz contra vírus, bactérias e fungos e bastante seguro paraos répteis. Na prática, o agente químico de desinfecção deve permanecer em contato com assuperfícies por 15 a 30 minutos, antes de serem enxaguadas. A maioria dos desinfetantes sãoineficazes na presença de material orgânico, sendo, portanto necessária a limpeza de excrementos edetritos antes da desinfecção.

1.2. Tigre D’Água:

São quelônios aquáticos que necessitam de um tanque com pelo menos 60% coberto por água.Podem atingir até 26 cm de carapaça.

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A água do tanque deve ser trocada a cada dois dias para que não haja excesso de uratoexcretado pela urina e fezes desses animais. A desinfecção do tanque e utensílios deve ser feita comhipoclorito de sódio.

A iluminação é imprescindível, pois os raios solares além de manterem a temperatura internado animal, ajudam na formação e endurecimento da carapaça. Além disso, a água deve estar aquecida à uma temperatura entre 24 e 28ºC.

Normalmente podem ser alimentadas com rações específicas para tigres d’água ou compedaços de peixe picados, elodea (alga comum em aquários) e suplemento de vitamina A.

As tartarugas podem ter algumas doenças tais quais pneumonias, distocias, descalcificaçãoóssea, avitaminoses, gastroenterites, prolapsos, entre outros.

1.3. Contenção:

Para contenção desses animais, deve-se tomar cuidado com as mordidas e as unhas. Oanimal jamais deverá permanecer por longe tempo virado com o ventre para cima, pois terádificuldade na respiração.

O ideal é que seja apoiado sobre uma plataforma cilíndrica, como uma lata, e seguradoatravés do casco.

Depois da manipulação do animal, é recomendado a higiene das mãos para evitar atransmissão da principal zoonose transmitida pelos quelônios, a salmonelose.

2. Lagartos:

Possuem pele escamosa e sangue frio. Pertencem à subordem Lacertilia.Em geral, eles têm longas caudas e, na troca de pele, esta sai partida em diversos pedaços.

Muitos lagartos podem regenerar a cauda caso esta venha a ser partida; alguns podem mudar decor; e alguns não possuem membros.

2.1. Teiú:

Dos Teiidae, é o lagarto mais comum em cativeiro, no Brasil.Atinge até 1,4 m de comprimento.Possuem cabeça comprida e pontiaguda, mandíbulas fortes providas de um grande número

de pequenos dentes pontiagudos. A língua é cor-de-rosa, comprida e bífida. A cauda é longa earredondada.

Sua coloração geral é negra, com manchas amareladas ou brancas sobre a cabeça emembros. Região gular e face ventral brancas, adornadas de manchas negras.

Os filhotes são esverdeados, coloração que vai desaparecendo de acordo com odesenvolvimento dos animais.

Devem ser mantidos em amplos terrários, dotadas de pedras e troncos fortes, sendo osubstrato formado por uma espessa camada de areia de rio, pré-lavada. A iluminação deve ser fornecida por lâmpadas fluorescentes, garantindo um bom período de luminosidade durante o dia.

Devem ser mantidos sob temperaturas entre 28 º C e 32 º C, muito embora suportem consideráveisvariações de temperatura. A umidade deve ser em torno de 40%.São onívoros. Em cativeiro alimentam-se de gemas de ovos, carnes, camundongos,

pintinhos, rãs, frutas doces, etc.Podem ser agressivos, razão pela qual são importantes os cuidados no manejo para evitarem

mordidas.São ovíparos e põem em média 30 ovos, os quais são incubados por um período de 90 dias.

2.2. Iguana:

O Iguana é talvez um dos répteis de maior expressão em cativeiro, ao lado das tartarugas.

O seu corpo é forte, comprimido lateralmente, sendo 2/3 correspondentes ao comprimento dacauda. Os membros são bem desenvolvidos e fortes, com dedos compridos. Apresenta uma enormeescama arredondada abaixo do tímpano, uma prega de pele na região gular (pescoço) e uma crista

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no alto da cabeça, características mais desenvolvidas nos machos.A coloração nos jovens é verde intensa e com o passar dos anos vão aparecendo bandas

escuras ao longo do corpo e da cauda.Os filhotes e jovens alimentam-se preferencialmente de insetos, podendo ser dado também

ração comercial. Os adultos, por outro lado, tornam-se quase exclusivamente vegetarianos e aceitamem cativeiro legumes e frutas, bem como flores de Hibisco, Ipê, Macieira e pétalas de rosa.

É muito importante fornecer suplementação vitamínica na alimentação de 2 a 3 vezes por semana.

O terrário deve ser amplo e conter troncos e galhos em abundância. É importante que hajauma grande cuba de água no interior do terrário para auxiliar nos níveis de umidade, para beber eaté para o banho, se ela o desejar. 

Precisa exercitar-se, para não ficar obesa. Da mesma forma, precisa ficar exposta aos raiosultravioleta artificiais ou solares, para que possa desenvolver-se bem e com saúde.

2.3. Contenção:

Para contenção desses animais usamos luvas de raspa, puçás e toalhas.Segurar a cabeça e os membros anteriores com uma das mãos, e com a outra, os membros

posteriores na região do tronco, tomando cuidado com a cauda.Animais jovens ou estressados podem soltar a cauda em sinal instintivo de defesa. Se a

autotomia for muito próxima ao tronco, a cauda pode não crescer mais.Para deixa-los em estado de torpor (quietos), pode-se fazer uma leve pressão sobre os olhos,

o que induz a queda da atividade cardíaca pela compressão do nervo vago.

3. Serpentes:

Cobras compõem a subordem Ophidia.Todas as cobras têm corpo longo e sem membros; podem deslocar a mandíbula para engolir 

presas grandes. Possuem pálpebras unidas, formando uma membrana transparente à frente do olho.A maioria das serpentes troca de pele numa única peça.

Dependem do calor do sol ou aquecimento artificial para manterem sua temperatura corporal,incubar seus ovos e criar seus filhotes.Embora certas espécies sejam bem regionais, algumas têm rituais de acasalamento bem

elaborados, e outras hibernam em comunidades, embora normalmente não possuam comportamentosocial como outros grupos de animais.

As serpentes não possuem aberturas para os ouvidos. Os sons são captados pelo seu ouvidointerno que reage a qualquer vibração do solo.

Em geral os olhos das cobras são ineficientes. As serpentes diurnas têm pupilas redondas,enquanto as noturnas, como as pítons, tem pupilas com aberturas verticais.

O olfato é o sentido mais importante desses animais. As presas e os membros do sexo opostosão identificados pelo aroma que exalam. As partículas de odor são captadas pela língua, onde sãotransferidas ao cérebro por células especiais.

Cobras constritoras matam sua presa por esmagamento enquanto cobras peçonhentasenvenenam sua caça.

3.1. Jararaca:

É a mais conhecida do gênero Bothrops.É muito perigosa, mas geralmente foge assim que avistada. Entretanto, quando ameaçada,

toma uma atitude ofensiva indo em direção ao predador.Mede, em média, cerca de 1,20 m.A jararaca possui desenhos que lhe proporcionam uma excelente camuflagem, sendo difícil a

visualização do animal, mesmo para olhos experientes.De hábito noturno, habita florestas e cerrado.É vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com o nascimento previsto para

início da estação chuvosa.

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Quando filhote, a jararaca, como a maioria dos membros do gênero Bothrops, possue aextremidade da cauda ligeiramente clara ou amarelada. Isto porque, ela utiliza a cauda para atrair pequenas rãs e sapos, bem como pequenos lagartos, do qual se alimenta. Quando adulta alimenta-se principalmente de pequenos roedores.

3.2. Cascavel:

Possui um chocalho na extremidade da cauda, facilitando seu reconhecimento. Ao contrário

do que muitas pessoas pensam, o número de anéis no chocalho da cascavel, não representa suaidade. Sendo assim, se uma Cascavel tem 12 anéis no chocalho, não quer dizer que ela tenha 12anos de idade. Cada vez que o animal muda de pele, o que ocorre de 2 a 4 vezes por ano, eleacrescenta um novo anel no chocalho.

Alimentam-se de pequenos roedores e possuem hábitos crepusculares e noturnos. Gostamde campos abertos de cerrado, áreas pedregosas e secas.

As cascavéis são perigosas, mas não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas.Costumam avisar da sua presença balançando o chocalho antes de dar o bote.

Dão a luz entre 16 e 24 filhotes vivos sendo, portanto, vivípara. A época do nascimento dosfilhotes é entre os meses de novembro e fevereiro.

3.3. Coral:

Não é simples diferenciar se a espécie é verdadeira ou falsa apenas olhando a coloração deseu corpo. A maneira mais segura é através da dentição. Somente uma pessoa muito experienteconsegue diferenciar as duas espécies simplesmente olhando. Mesmo assim, alguns indivíduospodem apresentar anomalias e nascer completamente vermelho, ou até mesmo albino (branco) oumelânico (preto).

As corais são da mesma família das najas e mambas (Elapidae), e possuem um venenoneurotóxico muito potente. É a considerada a cobra mais venenosa do Brasil, mas não é o maior responsável pelos acidentes ofídicos, com uma taxa de 1% de casos.

Alimentam-se de outras cobras (menos a cascavel), e peixes.De hábito crepuscular e noturno, habitam o cerrado.

É ovípara e coloca entre 16 e 20 ovos com o nascimento previsto para início da estaçãochuvosa.

3.4. Jibóia:

É sem dúvida alguma uma das serpentes mais criadas em cativeiro.Há muitas histórias de jibóias enormes, com 10 ou até 15 m de comprimento, que

estrangulam pessoas enroscando-se em seus corpos. Outras falam de jibóias que engolem vítimastrês vezes maiores que elas mesmas ou que põem em fuga uma caravana inteira de exploradores.São apenas histórias.

Na realidade, a jibóia é de índole pacífica, não é venenosa e nunca ataca o homem. Aocontrário, foge à sua aproximação. Raramente passa de 3 metros de comprimento, e quando

ultrapassa, chega aos 4,5 m. Toma como presa principalmente aves, mamíferos pequenos e lagartosgrandes.A jibóia apanha as suas vítimas ficando à espreita ou surpreendendo-as silenciosamente.

Enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que a vítima não consiga respirar e morra sufocada.Engole a vítima tragando primeiro a cabeça e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezesdiversas semanas. Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer.

Essa serpente grande vive nas florestas densas da América do Sul. Passa a maior parte dotempo nas árvores. Quando ameaçada, foge - mas muito lentamente. Pode também tentar assustar oinimigo silvando alto, o que é conhecido como bafo de jibóia.

Precisam de iluminação e umidade adequada para seu bem estar. Após alimentadas nãopodem ser manipuladas, pois como defesa, podem regurgitar o alimento para tentar fuga.

Também não se deve manipulá-las quando estão trocando de pele. Gostam muito de água e

recomenda-se deixar uma vasilha de água no terrário suficientemente grande para ela entrar dentro.Vivem no máximo 23 anos. São vivíparas e possuem vestígios de membros posteriores.

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3.5. Píton:

Também é uma serpente comumente criada em cativeiro.Variam de 4 a 6 m de comprimento e podem viver até 28 anos. Todas são serpentes muito

fortes e matam suas presas por constrição, isto é, enrolam-se sobre as presas até que estas nãoconsigam respirar, e então as comem.

Não é um animal agressivo. Se der sorte nas caçadas, só necessitará de alimento poucas

vezes por ano, pois como todas as representantes de sua família, sua digestão é muito lenta,podendo ficar meses sem que seja preciso se alimentar. Às vezes, se provocada ou com muita fome,pode tentar atacar animais grandes demais, como leopardos, tigres e até búfalos. Estes últimosgeralmente são abandonados quando a píton percebe seu erro, mas tanto atacante como atacadoficam seriamente feridos.

Em cativeiro pode ser alimentada com ratos, coelhos e aves.É uma espécie ovípara, pondo até 40 ovos que a fêmea choca durante 2 meses.A espécie albina é robusta, embora bastante rara na natureza por ser alvo fácil de

predadores, devido à sua coloração branca e amarela muito difícil de passar despercebida. Podempesar 80kg e não são venenosas.

3.6. Contenção:

A contenção de uma serpente sempre deve ser feita com cuidado, mesmo que ela não sejapeçonhenta.

Usa-se gancho de ferro ou cambão para segurar sua cabeça inicialmente. Em seguida, acabeça deverá ser segurada com uma das mãos, logo após o occiptal e o resto do corpo apoiadocom a outra mão para não forçar a coluna do animal.

Quando se tratar de cobras muito grandes, haverá necessidade do auxílio de outra pessoapara apoiar o corpo do animal.

Jibóias e pítons costumam armar o bote recolhendo o corpo em forma de “s”. Para impedir que consiga armar o bote, recomenda-se não deixar muito espaço sem apoio entre a cabeça e aparte que estará provavelmente enrolada no braço.

3.7. Acidentes ofídicos:

Antes de falarmos de acidentes ofídicos, temos que entender a diferença entre veneno epeçonha.

Veneno são produtos metabólicos produzidos ou estocados em órgãos. Afetam o organismoquando ingeridos e podem também atuar, artificialmente, por via parenteral. Sapos possuem veneno.

Peçonha são originadas em glândulas especializadas associada à ductos excretores,geralmente atual via parenteral e podem ser destruídas quando ingeridas. Cobras e escorpiõespossuem peçonhas.

Picadas de cobra nem sempre são aparentes, pois podem se tratar de pequenos arranhõesou apenas um furo. Os acidentes são mais comuns em cães e geralmente tratam-se de picadas no

focinho.A peçonha da Jararaca tem ação coagulante, proteolítica e hemorrágica. Causa um grande

processo inflamatório local seguido de necrose. Quando a picada é no rosto, causa edema de glote.A peçonha é composta por diversas proteínas, mas 3 delas possuem ações distintas e evidentes. Aprimeira faz o sangue coagular em vários pontos consumindo os fatores de coagulação. A partehemorrágica estoura os vasos e pela falta de fatores de coagulação ocorrem várias hemorragias pelocorpo do animal picado. A terceira parte, ou proteolítica, degrada a proteína promovendo a necrosetecidual.

Ao contrário do que se imagina, não se deve fazer garrote em picadas de Jararaca porque oefeito proteolítico ficará potencializado no local levando muitas vezes à amputação do membro.Deve-se manter o membro elevado para a peçonha “diluir” no corpo.

Como a peçonha da Jararaca será excretada pelos rins, o animal deverá ser submetido àfluidoterapia. O fígado também estará lesionado, mas como possui certo grau de regeneração, aatenção deverá estar voltada aos rins.

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A peçonha da Cascavel e da Coral causam lesões nervosas.A picada da Cascavel não incha, não é dolorida e no local pode aparecer leve vermelhidão.

Possui efeito neurotóxico, miotóxico e coagulante, isto é, causam paralisia, degradam musculatura (oque deixa a urina escura e provoca lesão renal), e sangramento em orifícios pelo consumo dosfatores de coagulação.

O ideal é que também não se faça garroteamento pelo efeito miotóxico.No caso de picadas por Coral, 100% dos animais e pessoas não tratados morrem. A peçonha

é caracteristicamente neurotóxica, o que paralisa os movimentos respiratórios levando ao óbito.

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