conhecimentos bancários didático - apost. 02

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Aula-texto 1 – Mercado de Ouro Devido às oscilações diárias de suas cotações (elas se valorizam e se desvalorizam em razão da oferta e da procura e de outros fatores), o mercado de outro é considerado um investimento de risco. Os principais centros mundiais que negociam com ouro são Londres, Zurique e Nova Iorque. Na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque se opera no mercado futuro. Nessa praça, existe, também, um expressivo mercado de balcão para o ouro físico. → Cotação do ouro no exterior: em onça troy (31,104g). → Cotação do ouro no Brasil: em gramas de ouro puro, acompanhando as cotações de Londres e de Nova Iorque, com influências diretas da conjuntura interna e das cotações do dólar. A maioria das transações com ouro no país é feita na Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo – a BM&F, que é a única bolsa no mundo que negocia ouro no mercado físico. Quando negociado o ouro físico, o investidor poderá optar por levar o ouro consigo ou, o que é mais usual, deixá-lo custodiado e levar o certificado. Há, também, a compra e venda de ouro sob a forma escritural (sem emissão de certificado). Nesse caso, não há ouro físico na transação, e o investidor tem a vantagem de poder negociá-lo no dia seguinte, apenas com uma ordem de venda ao banco, uma vez que não há emissão de certificado. Nesse mercado, tratamos ouro como ativo financeiro e não como mercadoria. Todas as formas de negociação de ouro são centralizadas e registradas no Sistema Nacional do Ouro (Sino), que é operado pela Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip) e apoiado pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). 1

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Com este conteúdo você vai aprender de maneira fácil e bem didática o conteúdo de conhecimentos bancários. Destinado aos concurso de Todos os Bancos.

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Page 1: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

Aula-texto 1 – Mercado de Ouro

        Devido às oscilações diárias de suas cotações (elas se valorizam e se desvalorizam em razão da oferta e da procura e de outros fatores), o mercado de outro é considerado um investimento de risco.

        Os principais centros mundiais que negociam com ouro são Londres, Zurique e Nova Iorque.

Na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque se opera no mercado futuro. Nessa praça, existe, também, um expressivo mercado de balcão para o ouro físico.

→ Cotação do ouro no exterior: em onça troy (31,104g).

→ Cotação do ouro no Brasil: em gramas de ouro puro, acompanhando as cotações de Londres e de Nova Iorque, com influências diretas da conjuntura interna e das cotações do dólar.

        A maioria das transações com ouro no país é feita na Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo – a BM&F, que é a única bolsa no mundo que negocia ouro no mercado físico.

        Quando negociado o ouro físico, o investidor poderá optar por levar o ouro consigo ou, o que é mais usual, deixá-lo custodiado e levar o certificado.

        Há, também, a compra e venda de ouro sob a forma escritural (sem emissão de certificado). Nesse caso, não há ouro físico na transação, e o investidor tem a vantagem de poder negociá-lo no dia seguinte, apenas com uma ordem de venda ao banco, uma vez que não há emissão de certificado.

Nesse mercado, tratamos ouro como ativo financeiro e não como mercadoria.

        Todas as formas de negociação de ouro são centralizadas e registradas no Sistema Nacional do Ouro (Sino), que é operado pela Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip) e apoiado pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima).

Aula-texto 1 – Planos de Aposentadoria e Pensões

• Plano de aposentadoria → Opção de complementação da renda do trabalhador, com contribuições que podem ser mensais ou de pagamento único.

• Previdência privada aberta → Oferecida por bancos e seguradoras a qualquer pessoa que por ela se interesse.

• Previdência privada fechada → Oferecida pelas empresas aos funcionários, por meio da constituição de um fundo de pensão, com o qual contribuem a própria empresa e seus funcionários.

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• Plano de pensão → Opção que garante uma pensão aos dependentes do titular do plano, em caso de falecimento ou invalidez deste.

        Conceitos importantes

1) Beneficiário – É a pessoa titular de um plano de previdência privada, indicada para receber pagamentos relativos a resgates ou benefícios. No caso de morte do contratante, os beneficiários passam a ser os indicados por ele na proposta de inscrição.

2) Benefício – É o pagamento em dinheiro feito pela empresa de previdência ao participante ou aos seus beneficiários a partir da data da concessão do benefício, conforme proposta de inscrição.

3) Benefícios de risco – São os benefícios pagos após a ocorrência de um evento gerador, por exemplo, a invalidez ou a morte do participante.

4) Contribuição – É o valor que o participante paga à empresa de previdência para custear os benefícios contratados que serão pagos no futuro.

5) Participante – É a pessoa física admitida para participar no plano, mediante a assinatura de uma proposta de inscrição.

6) Período de benefício – Período durante o qual o participante, ou seus beneficiários, recebem os benefícios contratados.

7) Período de cobertura – Período durante o qual o participante ou seus beneficiários têm direito a receber os benefícios contratados.

8) Período de diferimento – Período compreendido entre a data de ingresso e a data de saída.

9) Renda mensal – Benefício cujo pagamento é efetuado em parcelas mensais, diretamente ao participante ou a seus beneficiários, segundo a periodicidade e o prazo definidos contratualmente.

10) Renda mensal por prazo certo – Renda mensal cujo pagamento só cessa ao final do tempo estipulado no contrato (prazo certo). Se ocorrer a morte do participante antes do fim desse tempo estipulado, a renda mensal continuará sendo paga aos beneficiários até o final do prazo contratado.

11) Renda mensal temporária – Renda mensal cujo pagamento cessa ao final do tempo estipulado no contrato.

12) Renda mensal vitalícia – Renda mensal cujo pagamento cessa com o óbito do participante.

13) Reserva (saldo de reserva) – É o montante formado pela reserva matemática de benefícios a conceder, constituída com base nas contribuições líquidas efetivamente pagas pelo participante para o benefício de aposentadoria por sobrevivência.

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Aula-texto 2 – PGBL e VGBL

• PGBL → Plano Gerador de Benefício Livre

• VGBL → Vida Gerador de Benefício Livre

        São planos previdenciários que permitem o acúmulo de recursos por um prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado pela seguradora escolhida pelo contratante.

        Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa por duas fases: o período de investimento e o período de benefício.

        A principal diferença entre eles está na tributação. No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. Assim, o contratante poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restituição de IR.

        ► Atenção: esse benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo e que são tributados na fonte. Para quem faz declaração simplificada ou não é tributado na fonte – como os autônomos –, o VGBL é ideal.

        O VGBL é indicado também para quem deseja diversificar seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Isso porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital.

        Tanto no PGBL como no VGBL, não existe garantia de uma rentabilidade mínima. Por outro lado, todo rendimento obtido no período é repassado ao integrante do plano.

        Ambos podem ser transferidos para outra operadora, desde que para um plano similar.

        No PGBL, é possível fazer o resgate dentro do prazo, a cada período de 60 dias. O saque pode ser feito em uma parcela única ou pode ser transformado em renda mensal.

        No VGBL, o primeiro saque pode ser feito em período que varia de dois meses a dois anos. Após esse período, a cada 60 dias.

        Taxa de carregamento → Em ambos, chega a até 5% sobre o valor dos depósitos. A média de mercado é de 3%.

        A taxa de carregamento é definida em termos percentuais e incide sobre todas as contribuições que você efetuar a um plano de previdência. Essa taxa busca compensar a instituição financeira pelas despesas com corretagem e venda do plano. 

        Taxa de administração → Em ambos, varia, na média, entre 1,5 e 2% ao ano.

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        A taxa de administração tem como objetivo compensar o gestor pelo seu trabalho com os recursos do fundo.

Aula-texto 1 – Planos de Seguro

Planos de Seguro → São aqueles em que uma das partes se obriga para com a outra, mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-la de prejuízos resultantes de riscos futuros.

          Partes

          • Seguradora → Assume o risco.

          • Segurado → Paga o prêmio.

          Exemplo

          Um proprietário cobre seu imóvel no seguro contra incêndio e propõe-se a pagar à seguradora uma prestação mensal (prêmio) de R$100,00, durante 1 ano, a fim de ser indenizado do prejuízo correspondente do valor do imóvel, na hipótese de sua destruição pelo fogo.

          Objeto do contrato de seguro → O risco que o segurado transfere à seguradora. Por isso dizemos que é um contrato de alea (aleatório).

          Uma vez que o contrato de seguro é aleatório, isto é, tem como prestação um risco, sob condição, o pagamento ao segurado somente ocorrerá em caso de sinistro (evento futuro, certo ou incerto).

          Espécies de planos de seguro

a) Sociais: protegem determinadas categorias de pessoas (ex.: seguro- desemprego).

b) Privados: de coisas ou pessoas (marítimos, terrestres, aéreos).

c) De pessoas: seguro de vida.

d) De Responsabilidade Civil: indenização que a seguradora paga a terceiros por responsabilidade do segurado (seguros pagos pelas empresas de transporte de passageiros).

           Apólice de seguro → Instrumento do contrato de seguro celebrado entre o segurado e o segurador.

          Da apólice constarão:

- os riscos assumidos pelo segurador;- o valor do objeto segurado;- o prêmio devido; e - as demais cláusulas.

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          O contrato de seguro é o documento pelo qual uma das partes se obriga com a outra, mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-lo do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato.

          A apólice consignará os riscos assumidos, o valor do objeto segurado, o prêmio devido ou pago pelo segurado e quaisquer outras estipulações que no contrato se firmarem.

Prêmio → Importância que o segurado paga ao segurador, a título de compensação pela responsabilidade assumida por este no contrato de seguro.

Sinistro → Evento de origem humana ou natural, imprevisto e não desejado, que acarreta danos pessoais ou materiais, suscetíveis de indenização.

          Exemplos de sinistros: acidentes rodoviários ou aéreos, calamidades públicas, naufrágios, enchentes etc.

          No âmbito do contrato de seguro, o sinistro é acontecimento danoso e futuro contra o risco assumido, cujo sucesso investe o segurado do direito de exigir a indenização prometida na apólice.

          Não há que confundir risco, sinistro e indenização. O risco é o dano em potencial, a possibilidade de um evento funesto que justifica uma indenização ao segurado; o sinistro é o fato em si, causador do dano; a indenização é a avaliação patrimonial do dano a ser ressarcido.

Aula-texto 1 – Sistema Financeiro Nacional

        Conceito → Conjunto de instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições indispensáveis para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores.

        Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

        1) Órgãos de regulação e de fiscalização

• Conselho Monetário Nacional (CMN)

• Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

• Superintendência de Seguros Privados (Susep)

• Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC)

• Secretaria de Previdência Complementar (SPC)

        2) Subsistema Normativo

- Autoridades monetárias do SFN

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• CMN → Órgão eminentemente normativo

• Banco Central (Bacen) → Órgão executivo central do SFN

• Autoridades de apoio: CVM, Susep, SPC

• Instituição auxiliar de apoio: CRSFN

        3) Subsistema Operativo

• Instituições financeiras bancárias

- Bancos comerciais- Bancos múltiplos com carteira comercial

• Instituições financeiras não bancárias

- Bancos de investimento

• Bancos múltiplos sem carteira comercial

• Demais instituições financeiras

        Há dois grandes grupos de entidades no SFN: o subsistema normativo e o subsistema operativo (ou de intermediação).

        O subsistema normativo cuida da regulação e da fiscalização, enquanto o subsistema operativo cuida da Intermediação do suporte operacional e da administração.

        Instituições financeiras monetárias → Bancos comerciais e bancos múltiplos com carteira comercial

        Captam recursos por meio de depósitos à vista e aplicam recursos para financiar terceiros em curto e médio prazo.

        ► Observação: Instituições Públicas e Privadas – Exigências: ser uma S/A e conter o termo “banco” (objeto) em sua denominação social.

        A área normativa tem como órgão máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN), que regula e controla a área operativa, por meio de normas legais expedidas pelas autoridades monetárias.

        A área operativa é constituída pelas instituições financeiras públicas e privadas que atuam no mercado financeiro.

        Instituições financeiras/Instituições bancárias/Instituições monetárias

        Por muito tempo, as únicas instituições que podiam captar recursos à vista (ou seja, instituições monetárias) eram os bancos (ou seja, instituições bancárias).

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        Assim, o mercado considerava os dois conceitos sinônimos. Hoje isso não é mais verdade, pois algumas instituições que não são bancárias podem captar depósitos à vista (ou seja, são monetárias).

        Entretanto, o Bacen ainda classifica o grupo das instituições financeiras captadoras de depósitos à vista com o nome de “bancárias”.

Aula-texto 2 – Sistema Financeiro Nacional (Conselho Monetário Nacional – CMN)

        O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei 4.595, de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN.

        Objetivos do CMN (Lei 4.595/1964)

Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará:I - Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa.

        Composição do CMN

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• Ministro da Fazenda (presidente do CMN)

• Ministro-Chefe da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão

• Presidente do Banco Central

        Competências do CMN (Lei 4.595/1964)

Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 6.045, de 15/05/74)  (Vetado)I - Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado)  as quais ficarão na prévia dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta Lei.(Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91)O Conselho Monetário Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, até o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamentos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para atender as exigências das atividades produtivas e da circulação da riqueza do País, devendo, porém, solicitar autorização do Poder Legislativo, mediante Mensagem do Presidente da República, para as emissões que, justificadamente, se tornarem necessárias além daquele limite.Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento dessas atividades o determinarem, pode o Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se fizerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através de Mensagem do Presidente da República, homologação do Poder Legislativo para as emissões assim realizadas:II - Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita moeda-papel (Vetado)  de curso forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normas reguladoras do meio circulante;III - Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;IV - Determinar as características gerais (Vetado)  das cédulas e das moedas;V - Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;VII - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal;VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;IX - Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:- recuperação e fertilização do solo;- reflorestamento;- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;- eletrificação rural;- mecanização;

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- irrigação;- investimento indispensáveis às atividades agropecuárias;X - Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;XI - Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras; XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras;XIII - Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;XIV - Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este:  (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)a) adotar percentagens diferentes em função; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)- das regiões geo-econômicas; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)- das prioridades que atribuir às aplicações; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)- da natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)   (Vide art 10, inciso III) XV - Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior;XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios, (Vetado).XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária;XVIII - Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação;XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;XX - Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;

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XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;XXIII - Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;XXIV - Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta (30) dias;XXV - Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivas propostas; (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)XXVI - Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil; (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III)XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se;XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal;XXX - Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.069, de 29.6.1995)XXXI - Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.XXXII - regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decrto-lei nº 2.290, de 1986)

Aula-texto 3 – Sistema Financeiro Nacional (Bacen)

          Banco Central do Brasil (Bacen)

        O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, criada em dezembro de 1964.

        É o principal executor das orientações do CMN e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional.

          Objetivos do Bacen

Zelar pela adequada liquidez da economia. Manter as reservas internacionais em nível adequado. Estimular a formação de poupança.

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Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.

          Atribuições do Bacen

Emitir papel-moeda e moeda metálica. Executar os serviços do meio circulante. Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e

bancárias. Realizar operações de redesconto e de empréstimo às instituições financeiras. Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais. Exercer o controle de crédito. Exercer a fiscalização das instituições financeiras. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras. Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas

instituições financeiras. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais

e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no País.

          Papel do Bacen no SFN

1) Bancos do bancos: depósitos compulsórios; redescontos de liquidez.

2) Gestor do SFN: normas/autorizações; fiscalização/intervenção.

3) Executor da política monetária: controle dos meios de pagamento (liquidez no mercado); orçamento monetário/instrumentos de política monetária.

4) Banco emissor: emissão do meio circulante/saneamento do meio circulante.

5) De acordo com a Lei Complementar 101/2000, art. 34, é proibido ao Banco Central emitir títulos públicos.

6) Administração da dívida pública interna e externa.

7) Gestor e fiel depositário das reservas internacionais do País.

8) Representante junto às instituições financeiras internacionais do SFN.

Aula-texto 4 – Sistema Financeiro Nacional (Comissão de Valores Mobiliários – CVM; Conselho de Recursos do SFN – CRSFN; Bancos Comerciais; Caixas Econômicas; Cooperativas de Crédito)

        Comissões de Valores Mobiliários (CVM)

        A CVM, criada em 1976, também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do País.

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        Para esse fim, exerce as funções de:

• assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;

• proteger os titulares de valores mobiliários;

• evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado;

• assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido;

• assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários;

• estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;

• promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.

        Objetivos da CVM

        1) Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário.

2) Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares que operem neste mercado.

3) Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações.

4) Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.

A CVM é o órgão do Ministério da Fazenda responsável pela fiscalização dos negócios com ações.

        Alterações na Lei das Sociedades Anônimas

• A comissão se torna uma agência reguladora, com administração independente, mandato fixo e autonomia financeira.• Os presidentes e os diretores serão escolhidos pelo presidente da República e sabatinados pelo Senado. • Os dirigentes terão mandatos de cinco anos, sem direito à recondução. • Os ex-dirigentes terão de passar por um período de quarentena equivalente a 10% do período em que ficaram na CVM antes de trabalharem na iniciativa privada. • Amplia a ação sobre todos os títulos ou contratos de investimento coletivos ofertados publicamente.• A comissão terá poder para priorizar processos administrativos que envolvam infrações mais graves.• A comissão poderá julgar condutas fraudulentas que prejudiquem pessoas residentes

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no Brasil, mesmo que tenham ocorrido em outros países.  

        Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)

        O CRSFN é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, e cuja secretaria-executiva funciona no Edifício-Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília.

        É atribuição do CRSFN julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior nas infrações previstas na legislação em vigor.

        Estrutura do CRSFN

I – Um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz).

II – Um representante do Banco Central do Brasil (Bacen).

III – Um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC).

IV – Um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

V – Quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice.

        Bancos comerciais

        Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, em curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral.

        A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo.

        O banco comercial deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima, e na sua denominação social deve constar a expressão “Banco”.

        Caixas econômicas

        Instituições assemelhadas aos bancos comerciais. Podem captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços.

        A Caixa Econômica Federal, criada em 1861, é regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.

        Características da Caixa

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1) Prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte.

2) Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e penhor de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal.

3) Centraliza o recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

4) Integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 

        Cooperativas de crédito

        Instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedades cooperativas, que têm por objeto a prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de correspondente no País, além de outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor.

Aula-texto 5 – Sistema Financeiro Nacional (Bancos Comerciais Cooperativos; Bancos de Investimento; Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras; Sociedades de Arrendamento Mercantil – Leasing)

        Bancos comerciais cooperativos

        O Bacen deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus próprios bancos comerciais e pudessem fazer tudo o que qualquer outro banco comercial já faz: ter talão de cheques, emitir cartão de crédito, fazer diretamente a compensação de documentos e, principalmente, passar a administrar a carteira de crédito antes sob responsabilidade das cooperativas.

        Bancos de investimento

        Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.

        Não possuem contas-correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.

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        As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos.

        O objetivo desses bancos é canalizar recursos financeiros maciços de médio e longo prazo, do mercado nacional ou internacional, para atender às necessidades de um projeto específico, especialmente de capital fixo ou de giro das empresas.

        Bancos de desenvolvimento

        São instituições financeiras controladas pelos governos estaduais que têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, em médio e longo prazo, de programas e projetos que visem promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.

        As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico.

        As operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado.

        Sociedades de crédito, investimento e financiamento – Financeiras

        Instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro.

        Essas entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio.

        As financeiras geram fontes de recursos para financiamento de bens de consumo por meio de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e possuem como limite de seus empréstimos doze vezes o valor de seu capital social integralizado.

        Sociedades de arrendamento mercantil – Leasing

        As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, e deve constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão “Arrendamento Mercantil”.

        As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras.

        Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário.

        ► As sociedades de arrendamento mercantil são regulamentadas pela CVM e supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.

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Aula-texto 6 – Sistema Financeiro Nacional (Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobilliários – SCTVMs; Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários – SDTVMs; Bolsas de Valores – BVs; Bolsas de Mercadorias e Futuros – BM&Fs)

Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários (SCTVMs)► São instituições típicas do mercado acionário.

► Operam com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros.

► Fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias.

► Valores mobiliários são títulos negociáveis.

        Características importantes

• Operam nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias.

• Efetuam lançamentos públicos de ações.

• Administram carteiras e custodiam valores mobiliários.

• Instituem, organizam e administram fundos de investimentos.

• Operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio.

        Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários (SDTVMs)

        São constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Deve constar na sua denominação social a expressão “Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”.

        As DTVMs, diferentemente das sociedades corretoras, têm basicamente suas atividades voltadas para:

– subscrição isolada, ou em consórcio, de emissão de títulos e valores mobiliários;

– intermediação da colocação das emissões de capital no mercado;

– operação do mercado aberto (open market).

► Observação: As atividades das SDTVMs têm uma faixa operacional mais restrita do que a das corretoras, já que elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias.

        Bolsas de Valores (BVs)         São associações privadas simples, em regra sem finalidade lucrativa (a maior bolsa de valores do Brasil, a Bovespa, passou a ter finalidades lucrativas em 2007, quando abriu seu capital), com objetivo de manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores

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mobiliários pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela CVM.

        As bolsas de valores possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa.

        ► As Resoluções 2.690, de 28/1/2000, e 2.709, de 30/3/2000, ambas do Bacen, disciplinaram a nova constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores, o que aumentou e revolucionou sua flexibilidade.

        Por essas novas regras, as bolsas podem deixar de ser entidades sem fins lucrativos e se transformarem em sociedade anônima, caso queiram.

        Não somente as corretoras poderão ser sócias, mas, também, qualquer pessoa física ou jurídica.

        As bolsas de valores podem atuar como representantes de seus clientes ou como formadoras de mercado.

        ► Importante

        Toda negociação de títulos e valores mobiliários efetuados na bolsa só pode ser feita por empresas corretoras de TVM (Títulos e Valores Mobiliários).

        Dessa forma, mesmo quando o cliente está "diretamente" operando o seu computador e realizando ordens de compra e de venda de TVM (ações, por exemplo), na realidade, ele está acessando os computadores da sua corretora (aliás, sem cadastro prévio em corretora, não é possível ter acesso ao ambiente do pregão eletrônico ou do home-broker). As ordens são disparadas pela corretora.

        Em 1996 a CVM regulamentou o mercado de balcão organizado (instrução CVM 243 e 244), e estabeleceu as condições para as empresas participantes do mercado de balcão organizado (as Embo - Empresas do Mercado de Balcão Organizado).

        As Embos, assim como as bolsas, funcionam sob fiscalização da CVM.

        Na Bovespa, há um mercado de balcão organizado para as ações (Soma e Bovespa Mais), bem como para títulos privados de renda fixa (Soma Fix).

        A Soma (Sociedade Operadora do Mercado de Acesso) foi criada em 1996, pela iniciativa das bolsas do Rio de Janeiro e do Paraná, para viabilizar o acesso ao mercado de capitais de empresas de menor porte.

        No final dos anos 1990, a Soma foi unificada com o MBB (Mercado de Balcão Brasileiro), que havia sido criado pela Bovespa, e sua denominação foi alterada para Soma (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos). A partir de 2002, a Soma passou a ser controlada pela Bovespa.

        O Mercado de Balcão Organizado - Soma é um segmento de negociação de ativos que tem regras diferentes das aplicáveis ao ambiente de bolsa.

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        Um exemplo disso é que, no mercado de balcão organizado, atuam como intermediários não somente as sociedades corretoras membros da Bovespa, mas também bancos de investimentos e sociedades distribuidoras de TVM.

        O Bovespa Mais (mercado de ações para o ingresso de sociedades anônimas), criado em 2005, é um segmento do mercado de balcão organizado (administrado pela Bovespa).

        Bolsas de mercadorias e de futuros (BM&Fs)

        São associações privadas simples, com finalidade lucrativa, que têm objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico.

        Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades.

        Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

        ► Importante

        Em reunião conjunta dos conselhos administrativos (25/3/2008), a Bovespa Holding S.A. e a Bolsa de Mercadorias e Futuros S.A. decidiram propor a integração das atividades das duas companhias, com formação de entidade única, provisoriamente denominada “Nova Bolsa”.

Aula-texto 7 – Sistema Financeiro Nacional (Complemento da BM&F)

         O que são derivativos no mercado financeiro?

          Para tentar se defender de oscilações de preços futuros de um ativo financeiro ou até mesmo alavancar suas aplicações, investidores apostam em derivativos, que são ativos financeiros que derivam, como o próprio nome já diz, de um outro ativo.

          As modalidades mais utilizadas são o Mercado a Termo e o Mercado de Opções nas bolsas de valores e nas operações na Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F), como negociação de algumas commodities agrícolas, câmbio, ouro e índices como o futuro do Ibovespa.

          Quem acha que o preço do ativo a ser negociado vai subir entra na operação como comprador. Garante, assim, que, mesmo que daqui a um tempo o preço suba, ele comprará pelo preço combinado. Mas, se o preço cair, o investidor pode ter que pagar pela quantia combinada, que pode ser maior do que a encontrada no mercado à vista.

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          Em opções, depois de pagar um prêmio ao vendedor, o comprador pode ou não exercer seu direito de compra, ou seja, pode optar.

          ► Os vencimentos ocorrem sempre na terceira segunda-feira dos meses pares do ano.

          Já no contrato a termo, passado o tempo combinado – os vencimentos acontecem normalmente 60 ou 90 dias a partir da assinatura do contrato –, as duas partes são obrigadas a liquidar a operação.

          No mercado a termo, é preciso depositar garantias. No caso do vendedor coberto (que já tem as ações), as próprias ações negociadas.

          Já as garantias do vendedor e do comprador descoberto são depositadas em dinheiro, títulos e cartas de fiança, por exemplo.

          No contrato de opções, o comprador tem que pagar uma quantia ao vendedor pelo direito, se quiser, de comprar as ações. Mesmo que não compre, o dinheiro do prêmio não é devolvido.

          As operações a termo podem ser liquidadas antes do vencimento e, por isso, é definido no contrato quem pode pedir antecipação e se o valor a ser pago terá que ser integral ou proporcional ao número de dias combinado.

          Os derivativos são usados para fazer hedge. Se uma empresa tem dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F um contrato de dólar futuro para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver que quitar a dívida.

          Dessa forma, mesmo que a moeda americana ultrapasse a cotação fixada, a empresa comprará pelo preço combinado. Neste caso, ela estará protegida, ou seja, fez um hedge.

          ► Os derivativos, quando não são usados como hedge, são investimentos de alto risco.

          Os derivativos podem também ser entendidos como operações financeiras que tenham como base de negociação o preço ou cotação de um ativo (chamado de ativo-objeto) negociados nos mercados futuros, a termo, de opções de compra e venda, de swaps e demais operações financeiras mais complexas.

          Mercado futuro é aquele em que as partes assumem compromisso de compra ou venda de determinada quantidade e qualidade padronizadas de um ativo financeiro ou real, representada por contratos padronizados para liquidação (física e/ou financeira) em data futura.

          Mercado a termo é aquele em que as partes assumem compromisso de compra ou venda de contratos padronizados para liquidação física e financeira em data futura, ficando as partes, compradora e vendedora, vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato.

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          Mercado de opções é aquele em que uma parte adquire o direito de comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) o objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado.

          A outra parte, em contrapartida, assume o dever de vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) tal objeto de negociação, que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de uma mercadoria no mercado disponível ou no mercado futuro.

          Mercado de swap é aquele em que as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge (estratégia de proteção financeira realizada nos mercados derivativos) para eliminar o risco a que o agente econômico está exposto no mercado à vista. Consiste em assumir no mercado derivativo posição oposta à detida no mercado à vista.

Aula-texto 1 – Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)

        Criado em 1980, o Selic atua sob a responsabilidade do Banco Central do Brasil e da Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos (Andima).

        No Selic, são feitas operações apenas com títulos públicos federais emitidos pelo Tesouro Nacional e, temporariamente, com os títulos públicos estaduais ou municipais emitidos até janeiro de 1992.

        ► Observação importante

        Com o advento da Lei Complementar 101/2000, art. 34, foi vedada (proibida) ao Banco Central do Brasil a emissão de títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação da referida Lei Complementar, ou seja, a partir de maio de 2002.

        O Selic é um sistema informatizado, em que são registradas todas as operações com títulos federais (e os títulos públicos estaduais ou municipais emitidos até janeiro de 1992), tão logo os negócios são acertados.

        Quando essas operações são transferidas, via “rede”, ao Selic, no mesmo instante o Sistema transfere o registro do título para o banco comprador e, ao mesmo tempo, faz o crédito na conta do banco vendedor.

        O Selic garante operações com títulos federais, no mercado aberto, com liquidação imediata e segura (em D+0).

        A partir de agosto de 2000, os títulos públicos passaram a ter uma alternativa ao tradicional “mercado de balcão organizado” representado pelas negociações telefônicas das mesas de operações de open market.

        Os títulos públicos, a partir daquela data, também podem ser negociados eletronicamente por meio de ofertas de compra e venda disponibilizadas em tela de terminais de computador ou por meio do sistema Sisbex da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro ou por meio do Sistema Integrado de Mercado (SIM) da Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip).

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Aula-texto 2 – Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip)

        É o local em que se custodiam, registram e liquidam financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados, inclusive os títulos estaduais e municipais que ficaram fora das regras de rolagem.

        Assim como existe o Selic para os títulos públicos federais, existe a Cetip para os títulos privados e os títulos estaduais e municipais emitidos após janeiro de 1992.

        As operações normalmente são realizadas em D + 1.

        A Cetip é a maior empresa de custódia e de liquidação financeira da América Latina.

        Sem fins lucrativos, foi criada em agosto de 1984 pelas instituições financeiras em conjunto com o Banco Central do Brasil e iniciou suas atividades em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro.

        Constitui-se em um mercado de balcão organizado para registro e negociação de títulos e valores mobiliários de renda fixa.

        Hoje, a Cetip oferece o suporte necessário a toda a cadeia de operações e presta serviços integrados de custódia, negociação eletrônica, registro de negócios e liquidação financeira.

        A Cetip pertence às instituições financeiras – bancos corretoras e distribuidoras – que detêm cotas patrimoniais.

        Além dos cotistas, a Câmara tem cerca de 6.000 participantes, não associados, que incluem empresas de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não financeiras, como seguradoras e fundos de pensão.

        Além disso, provê sistemas e suporte tecnológico para a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e para a clearing de pagamentos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

        Os mercados atendidos pela Cetip são regulados pelo Bacen e pela CVM e, por adesão, seguem os Códigos de Ética e Operacional da Andima.

        Ativos e contratos registrados na Cetip representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do Tesouro Nacional.

        Principais Produtos de Captação – Ativos

• Cédula de Debênture (CD)

• Certificado de Depósito Bancário (CDB)

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• CDB subordinado

• Depósito Interfinanceiro (DI)

• Letra de Câmbio (LC)

• Letra Crédito Imobiliário (LCI)

• Letra Hipotecária (LH)

• Recibo de Depósito Bancário (RDB)

• Recibo de Depósito de Cooperativas (RDC)

• Título de Desenvolvimento Econômico (TDE)

• Cotas de fundos

Aula-texto 1 – Sociedade de Crédito Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo

        São instituições financeiras criadas para atuar no financiamento habitacional.

► Operações passivas: depósitos de poupança, emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros.

► Operações ativas: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção.

Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão “Crédito Imobiliário”.

Em suas atividades, além de recursos próprios, utiliza os recursos provenientes de:

• depósitos de poupança;

• letras hipotecárias;

• letras imobiliárias;

• repasses e refinanciamentos contraídos no País, inclusive os provenientes de fundos nacionais;

• empréstimos e financiamentos contraídos no exterior, inclusive os provenientes de repasses e refinanciamentos de recursos externos;

• depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor;

• outras formas de captação de recursos autorizadas pelo Bacen.

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        Associações de Poupança e Empréstimo (APE)

São constituídas sob a forma de sociedade civil. São, também, de propriedade comum de seus associados.

► Operações ativas: direcionadas, basicamente, ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

► Operações passivas: emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos.

Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos, haja vista que eles adquirem vínculo societário, com direito a participação nos resultados operacionais líquidos.

 Aula-texto 1 – Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar

        O Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP) é integrado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades seguradoras e pelos corretores.

► CNPS: é o órgão da Administração Direta federal incumbido de traçar a política geral de seguros privados, disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das seguradoras, além de fixar as características gerais do contrato de seguro, normatizar as operações securitárias e aplicar as sanções legais.

Competências do CNSP

• Fixar as diretrizes e as normas da política de seguros privados.

• Fixar as características gerais dos contratos de seguros.

• Outras atribuições, definidas na legislação.

► Susep: é a entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito público, da jurisdição do Ministério da Fazenda, mas com autonomia administrativa e financeira. É o órgão executor da política traçada pelo CNSP e fiscalizador da constituição e do funcionamento das sociedades seguradoras.

A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, da previdência privada aberta (atenção: PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA – fechada não) e da capitalização.

Atribuições da Susep

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, na qualidade de executora da política traçada pelo CNS.

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• Proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de seguros, previdência privada aberta e de capitalização.

• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desses mercados.

• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a ela vinculados.

• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição.

• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado.

• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas.

• Promover os serviços da Secretaria-Executiva do CNSP. ► O CNSP, assim como o CMN, é da Administração Direta; já a Susep, como o Bacen, é da Administração Indireta.

Aula-texto 2 – Conselho de Gestão da Previdência Complementar

        Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC)

        Órgão da Administração Direta federal incumbido de traçar a política geral de previdência complementar, disciplinar a sua constituição, funcionamento e fiscalização, bem como fixar as características gerais do contrato de previdência complementar e normatizar as operações relativas aos planos de previdência complementar, aplicando as sanções legais cabíveis.

        Secretaria de Previdência Complementar (SPC)

        Órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social responsável direto pelo controle e fiscalização de planos, benefícios e atividades das entidades de previdência privada fechada.

        Atribuições da SPC

• Baixar instruções e expedir circulares para implementação das normas estabelecidas.

• Fiscalizar as atividades das entidades fechadas, inclusive quanto ao exato cumprimento da legislação e normas em vigor e aplicar as penalidades cabíveis.

• Fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e estatística fixadas pelo Conselho de Previdência Complementar.

• Fiscalizar os cálculos atuariais.

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• Processar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão, incorporação, transferência de controle e reforma dos estatutos das entidades fechadas.

• Proceder à liquidação das entidades fechadas que tiverem cassada a autorização de funcionamento ou das que deixarem de ter condições para funcionar.

Aula-texto 3 – Instituto de Resseguro do Brasil

        O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é uma sociedade de economia mista, dotada de personalidade jurídica própria de direito privado, que goza de autonomia administrativa e financeira, e que tem por finalidade regular o co-seguro, o resseguro e a retrocessão, bem como promover o desenvolvimento das operações de seguros, segundo as diretrizes do CNSP.

► CO-SEGURO – É a contratação plúrima de seguradoras com o escopo de repartir um mesmo risco entre elas, subdividindo-se as obrigações, mediante pagamento de prêmio proporcional ao encargo que foi assumido por elas.

Trata-se do seguro distribuído entre duas ou mais companhias seguradoras, que assumem cada qual uma parcela do risco, de acordo com as condições estipuladas na apólice emitida pela “líder”.

► RESSEGURO – Seguro mediato, ou seja, uma obrigação assumida entre a seguradora e o órgão ressegura dor; logo, não há vínculo entre o segurado e o órgão ressegurador.

A companhia seguradora contrai um seguro com órgão ressegurador para cobrir-se de uma parcela do risco assumido, diminuindo sua responsabilidade na garantia dada a certos clientes de pagar altas somas, ocorrendo o sinistro.

Ao partilhar os riscos, procura tornar menos onerosa a sua responsabilidade em contrato de seguro de grande vulto.

► Observação importante

Somente o IRB efetua resseguro, mas, desde 2007, ele não tem mais o monopólio como ressegurador.

► RETROCESSÃO – Cessão de parte dos riscos assumidos por uma seguradora a outra, que também lhe cede parcela dos prêmios cobrados proporcionalmente aos riscos transferidos.

        A retrocessão não pode ser chamada de “seguro de seguro”, pois é simplesmente a cessão de parte dos riscos assumidos por uma seguradora a outra, que também lhe cede parcela dos prêmios cobrados, proporcionalmente aos riscos transferidos. “Seguro de seguro” seria o resseguro.

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Sociedades seguradoras

As sociedades seguradoras são aquelas que, formadas segundo a lei comum, se dedicam, com exclusividade, às operações de seguros. É necessário obter autorização especial.

        A sociedade seguradora não pode falir e deve possuir o capital mínimo estipulado pelo CNSP. A alteração de seu estatuto só terá eficácia após a aprovação pelo governo federal.

        Com as sociedades seguradoras são realizados os contratos de seguros, nas suas várias modalidades. A lei lhes impõe certas normas que devem ser rigorosamente obedecidas.

        As sociedades seguradoras devem ser constituídas como sociedades anônimas, salvo nos casos de sociedades destinadas aos seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho, pois essas podem constituir-se como cooperativas.

        As seguradoras são orientadas pelo Bacen quanto aos limites de aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda variável.

Aula-texto 4 – Sociedades de Capitalização

        As sociedades de capitalização praticam contratos de capitalização.

        Capitalização é o contrato pelo qual uma sociedade anônima, especificamente autorizada pelo governo federal a operar com este gênero de atividade econômica, compromete-se, mediante contribuições periódicas do outro contratante, a pagar-lhe importância mínima ao término de prazo determinado.

        As sociedades de capitalização estão submetidas a regime jurídico próximo ao delineado para as sociedades seguradoras.

        Entidades de previdência privada abertas e fechadas

        Com a reforma da previdência, este mercado tornou-se muito atraente porque, com a possibilidade de acúmulo de aposentadorias (pública e privada), essas entidades oferecem um produto para complementação ou recomposição dos valores de salários para quando a pessoa se aposentar.

        É oferecido plano de aposentadoria, com pensão e pecúlio, com datas predefinidas de entrada e saída.

        As entidades fechadas são aquelas criadas por um grupo de empregados de uma empresa, como, por exemplo, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, e a Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal.

        Por outro lado, as entidades abertas são aquelas criadas para adesão do público em geral, nas quais qualquer pessoa pode aderir ao plano, nas condições pactuadas.

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        Corretoras de seguro

        São pessoas, naturais ou jurídicas, que, devidamente habilitadas e autorizadas, se dedicam a angariar e promover contratos de seguros entre as sociedades seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado.

        Deve o corretor, para poder exercer essas atividades, habilitar-se e estar registrado como tal. A habilitação é feita junto à Susep, mediante prova de capacidade técnico-profissional, na forma das instruções baixadas pelo CNSP, sendo o registro promovido também na Susep.

        A pessoa jurídica deve provar que está organizada segundo a lei brasileira e que tenha sede no País, e, ainda que seus diretores, gerentes, administradores, sócios ou acionistas não exercem atividade de pessoa jurídica de Direito Público, nem mantêm relação de emprego ou de direção em outra sociedade seguradora.

        Pelos seguros angariados, as corretoras têm direito a uma remuneração que se denomina de comissão.

        Sociedades administradoras de seguro-saúde

        São, também, sociedades simples (antigas sociedades civis), que prestam serviços aos seus associados.

        Ligadas ao sistema de previdência e seguros, as sociedades administradoras de seguro-saúde são supervisionadas e controladas pela Susep.

        Da mesma forma que as entidades de previdência privada, as sociedades administradoras de seguro-saúde vieram para dar às pessoas um conforto a mais. Na verdade, o seguro-saúde faz o que a seguridade social, oferecida pelo governo, não consegue fazer.

        A Lei 9.961, de 28 de janeiro de 2000, confirmou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com o poder de fiscalizar as atividades das operadoras de planos privados de assistência à saúde e zelar pelo cumprimento das normas atinentes ao seu funcionamento, bem como por praticamente toda a atuação dessas operadoras e prestadoras de serviços de saúde.

Aula-texto 1 – Operações Bancárias

        Tipos de operações bancárias

• Operações passivas (captações)

• Gestão financeira

• Operações ativas (aplicações)

• Serviços financeiros (tarifas) – Operações acessórias

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Page 28: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Sob o ponto de vista das instituições financeiras, as operações podem ser classificadas em:

– passivas;

– ativas;

– ativos financeiros; e

– serviços como fonte de captação de recursos.

► Principais operações passivas

• Depósitos à vista• Depósitos a prazo• Poupança• Operações de câmbio• Letras hipotecárias• Promessas de liberação• Empréstimos e financiamentos obtidos no exterior• Recursos para repasses de instituições financeiras oficiais e do exterior

► Principais operações ativas

• Empréstimos em conta-corrente• Crédito pessoal• Desconto de títulos• Operações de câmbio• Adiantamento a depositante• Cheque especial• Hot money• Capital de giro• Repasses do BNDES• Operações de factoring• Operações de crédito rural• Outras

► Principais serviços prestados pelas instituições nacionais

• Administração de recursos de terceiros (fundos, fundações, patrimônio)• Custódia de valores• Corretagem (bolsa de valores, câmbio, seguros)• Cofres de aluguel• Pagamentos (fornecedores, acionistas)• Remessa e recolhimento de numerário em domicílio• Garantias por fianças e avais• Fusões, aquisições e cisões• Análise e viabilização de projetos

► Principais serviços como fontes para captação de recursos

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Page 29: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• Contas-correntes• Cobranças• Arrecadações de tributos• Folhas de pagamento• Outros

        Importante

        Não confunda tarifas bancárias (valores cobrados pelos bancos por prestarem serviços aos clientes) com taxas (espécie de tributo cobrado pelo Estado).

Aula-texto 2 – Operações Bancárias 2

► Depósitos à vista – Depósitos que estão totalmente disponíveis para o cliente, que poderá sacá-los quando quiser.

* O fato de que saques de valores superiores, em espécie, devam ser avisados ao banco com antecedência, não muda a classificação dos depósitos à vista.

        Regras de abertura e movimentação de contas

        Cada tipo de conta tem regras próprias para sua abertura, movimentação e possível encerramento.

        Há vários tipos de contas que poderíamos classificar como sendo de depósitos à vista. Com a chamada inclusão social, está havendo, por parte das autoridades do SFN, uma preocupação com a democratização ao acesso do SFN; assim, têm sido criados diversos tipos de contas com vistas a essa democratização.

 

        As instituições financeiras captadoras de depósitos à vista são:

• bancos múltiplos com carteira comercial;

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Page 30: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• bancos comerciais;

• caixas econômicas

• cooperativas de crédito.

 

 

        Existem serviços que devem ser oferecidos pelos Bancos de forma gratuita, conforme Resolução Bacen 2.747. Observe o quadro.

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Page 31: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

 

Aula-texto 3 – Operações Bancárias 3

                Depósitos a prazo

        CDB e RDB – Também chamados de depósitos a prazo, são os mecanismos de captação de recursos mais utilizados pelos bancos.

        São títulos nominativos (RDB) ou à ordem (CDB), emitidos pelos bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento e caixas econômicas, que pagam taxas de juros em determinado vencimento para seus compradores.

► Certificado de Depósito Bancário (CDB)

        Promessa de pagamento à ordem, da importância depositada acrescida do valor da remuneração ou rentabilidade convencionada.

        A titularidade do CDB pode ser transferida, ou seja, é negociável mesmo antes do vencimento final (porém sempre após o prazo mínimo), e, se for transferido, deve ser por endosso em preto, ou seja, com identificação do adquirente e com o consentimento do banco emissor.

► Recibo de Depósito Bancário (RDB)

        Um recibo que representa uma importância depositada pelo cliente.

        É emitido pelo banco sempre na forma escritural, não pode ser transferido e, em princípio, não pode ser resgatado antes do vencimento.

        É de responsabilidade do banco depositário a decisão, em caráter  excepcional, de rescindir contratos de depósitos a prazo fixo.

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Page 32: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        O dinheiro captado nos CDBs e RDBs é usado para as operações de crédito do banco.

        CDBs e RDBs não têm mais prazos mínimos desde a Circular 2.905/1999 do Bacen, exceto para alguns indexadores, quando teremos:

- se indexado pela TR: prazo mínimo de 30 dias;

- se indexado pela TJLP: prazo mínimo de 30 dias;

- se indexado pela TBF: prazo mínimo de 60 dias;

- se indexado ao índice de inflação (IGPM, por exemplo): prazo mínimo de 1 ano.

        Essa exceção se deve ao fato de que aquela circular proibiu para “QUALQUER OPERAÇÃO ATIVA OU PASSIVA” prazos menores para esses indexadores.

        Atualmente, não há prazo máximo para CDB E RDB.

        ATENÇÃO

        NÃO SE CONFUNDE PRAZO DE VENCIMENTO COM PRAZO DE RESGATE (DETERMINADO NO CONTRATO).

 

        Os CDBs e RDBs são garantidos pelo banco emissor e não têm garantia real.

        Além da garantia do banco emissor, os CDBs/RDBs contam com a garantia adicional do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$60.000,00 por CPF, e por grupo financeiro ou banco emissor.

Aula-texto 4 – Operações Bancárias 4

        Limites para resgate de CDB e RDB

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Page 33: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Para os CDBs prefixados e pós-fixados ao CDI, não há restrição para a negociação ou resgate com prazos inferiores ao de emissão, mas, caso sejam negociados em prazo inferior a 30 dias, ficam sujeitos à aplicação da tabela do IOF regressivo.

        Os CDBs são tributados da mesma forma que as demais aplicações financeiras em renda fixa (longo prazo), isto é, estão sujeitos ao imposto de renda na fonte com alíquotas decrescentes de 22,5%, 20%, 17,5% e 15%, em função do prazo transcorrido da aplicação até o resgate.

        Além disso, se o resgate ocorrer antes de 30 dias, deverá ser recolhido o IOF com uso de tabela regressiva, conforme o quadro a seguir:

 

        O regime de tributação nas aplicações financeiras de renda fixa (inclui CDB e RDB) de pessoas físicas é definitivo, isto é, não permite dedução de rendas futuras.

        CDB e RDB pagam imposto apenas no resgate ou vencimento, diferentemente dos fundos de investimento que pagam periodicamente (a cada 6 meses no come-cotas ou no resgate, se for em prazo anterior à cobrança semestral). Veja o seguinte resumo:

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Page 34: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Tipos de CDB

► CDB prefixado → Oferece uma remuneração definida por uma taxa de juros prefixada e, portanto, já conhecida no momento da contratação.

► CDB pós-fixado – DI (Depósito Interfinanceiro ou Depósito Interbancário) → Oferece uma remuneração (% do DI) atrelada ao DI Over (média dos DI do dia) na Cetip e, portanto, só conhecida no momento do resgate.

► CDB pós-taxa flutuante → CDB pós-fixado com taxa de juros flutuante ajustada com a periodicidade definida – por exemplo: a TR, TJLP e TBF.

► CDB pós-índice de preço → CDBs indexados a índices de preço que oferecem uma taxa de juros somados à variação no índice de preço, por exemplo, IGP-M +10% ao ano.

Aula-texto 5 – Operações Bancárias 5

        Cobrança e pagamento de títulos e carnês

        É a operação de cobrança realizada pelos bancos em geral, de títulos e carnês emitidos por empresas-clientes.

        Em tais casos, os bancos agem como meros mandatários (procuradores) dos proprietários dos títulos (que são as empresas) e cobram, pelos serviços executados, uma comissão em percentual ou fixa por documento.

        A propriedade dos títulos continua, contudo, a ser dos proprietários. Os bancos atuam como simples intermediários.

        A cobrança de títulos ocupa lugar de relevo entre as operações bancárias acessórias. O contrato de cobrança de títulos define-se como contrato pelo qual alguém

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Page 35: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

entrega ao Banco títulos, ou seja, recebíveis, investindo o banco do poder de recebê-los dos devedores.

        Há grande semelhança entre cobrança de títulos, arrecadação de tarifas e de tributos. Vamos estudá-los em conjunto:

• cobrança de títulos/carnês: são serviços de emissão e de cobrança para as empresas credoras do negócio;

• arrecadação de tributos: são serviços de simples arrecadação para o governo;

• arrecadação de tarifas(também conhecidas como preços públicos): são serviços de arrecadação de tarifas para as empresas concessionárias (por exemplo: de água, luz, telefone).

        Recolhimento por conta de terceiros

        São modalidades de cobrança integrada que operam com diversas modalidades de cobrança para atender às necessidades das micro, pequenas, médias e grandes empresas.

        Cobrança simples sem registro → Destina-se à cobrança de duplicata mercantil, duplicata de serviço, nota promissória, letra de câmbio, warrant, nota de seguro e apólice de seguro, emitidas em moeda corrente ou em unidades variáveis, em que o banco atua como mandatário da empresa e presta serviço de recebimento de títulos.

        Nessa modalidade, a operação mercantil não fica registrada no Sistema Corporativo do banco. Não admite instruções, isto é, não há observações para o banco, como protesto e outras instruções.

        Cobrança simples com registro → Destina-se à cobrança de duplicata mercantil, duplicata rural, duplicata de serviço, letra de câmbio, nota de débito, nota promissória, recibo e warrant, emitidas em moeda corrente ou em unidades variáveis, em que o banco atua como mandatário da empresa e presta serviço de recebimento de títulos.

        Nessa modalidade, a operação mercantil fica registrada no sistema corporativo do banco, o que permite ao cliente baixar e modificar os dados dos títulos registrados por meio de instruções, bem como o adiantamento de recursos sobre títulos registrados.

        Cobrança descontada → Destina-se à cobrança de duplicata mercantil, duplicata de serviços e letra de câmbio, emitidas em moeda corrente, com adiantamento dos recebíveis por meio da entrega dos títulos ao banco, na forma de penhor, mediante aplicação de taxa de desconto.

        O cliente pode baixar e modificar os dados dos títulos registrados por meio de instruções.

        Cobrança caucionada → Destina-se à cobrança de duplicata mercantil, duplicata de serviços, nota promissória, letra de câmbio e warrant emitidos em moeda corrente e entregues em garantia de operação de crédito ou como mecanismo de autoliquidez.

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Page 36: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

Permite ao cliente baixar e modificar os dados dos títulos registrados por meio de instruções.

        Cobrança prêmio de seguro (exceto micro e pequenas empresas) → Destina-se à cobrança de apólice de seguro e nota de seguro, com recolhimento automático do IOF na liquidação, emitidas em moeda corrente.

        Permitem ao cliente modificar, em algumas situações, os dados dos títulos registrados no sistema corporativo do banco.

        Cobrança financiada vendor → Destina-se à cobrança de duplicata mercantil, duplicata de serviços e letra de câmbio, emitidas em moeda corrente, em que o banco adianta os recursos para o vendedor (cedente) e os encargos financeiros são repassados para o comprador (sacado).

        Permite ao cliente baixar e modificar os dados dos títulos registrados por meio de instruções.

Aula-texto 6 – Operações Bancárias 6

         Transferência automática de fundos

         É o serviço de transferência de recursos do cliente entre várias contas do próprio cliente em uma única IF.

         Serviço que visa equilibrar contas com saldo negativo com outras com saldo positivo, a transferência automática de fundos é geralmente disponibilizado para PJ. Esse serviço é feito diariamente de forma automática mediante cobrança de tarifa.

         Com o avanço da informática e do office banking, esse serviço tem se tornado raro, mesmo para PJ (pessoas jurídicas) e praticamente inexistente para PF (pessoas físicas).

         Commercial papers

         São títulos de curto prazo que as sociedades anônimas (CIA) emitem, com vistas a captar recursos no mercado interno para financiar suas necessidades de capital de giro.

         É uma alternativa às operações de empréstimos bancários convencionais, que permite geralmente uma redução nas taxas de juros pela eliminação da intermediação financeira bancária.

         Os commercial papers imprimem ainda maior agilidade às captações das empresas, determinada pela possibilidade de os tomadores negociarem diretamente com os investidores de mercado (bancos, fundos de pensão etc.).

         Não é permitida a emissão desses títulos pelas instituições financeiras, sociedades corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e pelas sociedades de arrendamento mercantil (empresas de leasing).

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Page 37: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

         Os custos de emissão destes títulos são, em geral, formados pelos juros pagos aos aplicadores, comissões e despesas diversas (publicações, taxas de registro na Comissão de Valores Mobiliários etc.).

         Os commercial papers negociados em bolsas de valores e previsto na instrução da CVM não estão sujeitos à tabela de corretagem adotada pelos membros das bolsas de valores.

         Os commercial papers costumam ser negociados com descontos, sendo seu valor de face pago por ocasião do resgate. Os títulos podem ser adquiridos no mercado ou por meio de fundos de investimentos.

         Eles podem ser transferidos de titularidade mediante endosso em preto. A empresa emissora deverá possuir registro atualizado junto à CVM.

         Commercial paper não é regulamentado no Direito brasileiro como um tipo de título de crédito distinto dos já existentes.

         Os juristas da CVM, quando da criação do commercial paper, preferiram equipará-lo à nota promissória, não apenas por ser título de largo uso no mercado interno, mas, ainda, porque para criar um novo título de crédito seria necessária a aprovação do Congresso Nacional.

         Home banking

         Com a revolução implantada pela tecnologia, principalmente pela informática, as operações por meio dos bancos tornaram-se mais ágeis e eficientes.

         O home banking compreende ligações entre o computador do cliente e a central de computação dos bancos.

         Esse serviço permite que um determinado cliente execute operações bancárias à distância, tais como: obtenção de extrato e saldo bancário; transferência de recursos; pagamentos de obrigações; aplicações e resgate; operações de empréstimos com a utilização do CDC (Crédito Direto ao Consumidor); requisições de talões de cheque etc.

         Todas essas operações são seguras, pois será utilizada uma senha ou palavra-chave, limitando, assim, o acesso a tais informações. As operações também contam com o uso do fax.

         Office banking

         É a mesma conceituação do home banking, só que aplicada aos escritórios e às empresas de modo geral (neste caso, grandes empresas poderão negociar acesso diferenciado a alguns aplicativos e programas do próprio banco).

Aula-texto 7 – Operações Bancárias 7

        Remote banking, banco virtual e dinheiro de plástico

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Page 38: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

► Remote banking – É um serviço que coloca à disposição dos clientes o atendimento remoto, isto é, fora das agências por meio de terminais eletrônicos.

        Um dos objetivos é reduzir os custos e evitar as filas nas agências bancárias. Nos terminais “24 horas”, são efetuados: saques, depósitos, transferências, pagamentos diversos, aplicações, retiradas de talões de cheques etc.

        O remote bank executa, na realidade, operações de banco virtual que facilitam a vida dos clientes e reduzem custos operacionais.

        Todas as operações são efetuadas via computador e, com o advento da internet, este serviço bancário tornou-se mais rápido, eficiente e seguro.

        O banco virtual hoje é uma realidade, entretanto é bom ressaltar que o Bacen proíbe um banco 100% virtual, ou seja, é preciso que haja instalações físicas.

► Dinheiro de plástico

        São os cartões de todos os tipos (magnéticos/débito/crédito etc.), que possuem características e funções variadas.

• Cartões de débito → Emitidos por lojas de departamentos ou empresas comerciais, utilizados para aquisição de bens ou serviços na rede de lojas da empresa emissora, para pagamento à vista ou a prazo.

• Cartões de crédito → Emitidos por pessoa jurídica (geralmente instituição financeira) que credencia o titular do mesmo a adquirir bens ou serviços de terceiros (também credenciados), ou a fazer saques até determinado limite. O emissor do cartão (banco) responsabiliza-se pelo pagamento ao fornecedor (vendedor credenciado).

• Cartões de débito (private labels) → Utilizados para aquisição de bens ou serviços nos pontos de emissão específicos, normalmente lojas de departamentos ou qualquer outro ponto comercial de porte.

• Cartões inteligentes → Nome genérico dos cartões dotados de processador e módulo de memória (cartão com ship).

• Cartão virtual → Fruto do crescimento da participação da internet no dia-a-dia dos clientes bancários.

        Nesse tipo de cartão (virtual), todo o processo de adesão, movimentação e controle é eletrônico e tem o objetivo de ser utilizado única e especificamente nas transações via internet.

• Cartão de afinidade → Criado a partir da parceria com organizações não lucrativas.

• Cartão co-branded → Variação dos cartões de afinidade, emitida por uma empresa, com fins lucrativos, reconhecida no mercado.

Aula-texto 8 – Operações Bancárias 8

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Page 39: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Corporate finance

        Serviços de intermediação que o banco faz junto a empresas que necessitem realizar fusões, incorporações etc.

        O banco faz a avaliação da empresa (patrimônio quantitativo e qualitativo) e normalmente elabora um projeto completo que pode englobar o eventual financiamento da fusão, da aquisição etc.

        Operações genéricas

► Fusão – Consiste na junção de duas empresas de mesmo porte e segmento de atuação. A característica básica desse processo é que as empresas “originadoras” perdem, por completo, sua identidade.

        A fusão contempla a transferência integral de ativos e passivos das empresas fundidas.

► Incorporação – Junção de duas ou mais empresas de portes diferentes, sendo que uma delas preserva sua identidade original.

► Cisão – Consiste na fragmentação de uma empresa em novas empresas. Também contempla a extinção da empresa originadora quando esta efetiva a transferência completa de seus ativos/passivos para as empresas resultantes.

► Formação de empresa holding – Terá ou não atividade própria, cuja única finalidade é concentrar a participação acionária de uma família ou grupo de acionistas nas empresas operacionais do grupo.

        Por conceito, cada subsidiária poderá atuar em diversos segmentos.

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Page 40: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Operações específicas

► Leveraged buyout – Também conhecido como LBO, é o negócio em que um grupo de investidores, que pode incluir os administradores da empresa em questão, assume seu controle acionário, utilizando empréstimos e usando a própria empresa como garantia. O empréstimo pode representar até 90% do preço de aquisição e é pago com o fluxo de caixa da empresa ou com a venda de parte de seus ativos.

► Management Buyout – É qualquer LBO em que a administração atual permaneça no comando da empresa e participe de seu controle acionário.

► Takeover Bid – É a aquisição do controle acionário de uma empresa, por meio do mercado de ações.

        Será uma aquisição consentida ou amigável quando os acionistas majoritários atuais concordarem com a aquisição. Caso contrário, será uma aquisição hostil.

► Tender offer – É qualquer oferta de compra de uma classe de títulos pertencente aos atuais detentores, que envolva o pagamento de um prêmio sobre o valor de mercado.

 Aula-texto 9 – Operações Bancárias 9

        Fundos

        São aplicações financeiras em que o aplicador adquire cotas do patrimônio de um fundo administrado por uma instituição financeira.

        Os fundos também são chamados de fundos mútuos de investimento.

        O fundo mútuo de investimento é uma comunhão de recursos constituída sob a forma de condomínio, que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários, tendo como administrador uma das instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

        Atenção!

        O banco não pode utilizar os recursos do cliente que investiu em fundos de investimento para qualquer destinação que não seja exatamente para a compra de cotas no fundo escolhido pelo cliente.

        O banco deve distribuir todo o lucro obtido nas aplicações em fundos de investimento para os cotistas.

        O lucro do banco virá apenas das taxas de administração e das taxas de performance, se houver.

        Toda aplicação inicial em fundos de investimento realizada a partir de 22/11/2004, independentemente do tipo e do perfil do fundo, deverá ser precedida da assinatura no Termo de Adesão e da entrega do Regulamento e do Prospecto do Fundo ao Cliente.

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Page 41: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        Dúvidas mais comuns – Fundos

– A aplicação em fundos de investimentos oferece riscos ao aplicador?

        Sim. Todo fundo de investimento tem um grau de risco que varia de acordo com a composição de sua carteira e sua forma de atuação no mercado. O cotista precisa estar ciente de que é participante de um sistema de investimento em comum com outros cotistas. O objetivo desse sistema é obter o melhor rendimento, mas ele está sujeito ao risco característico do fundo.

– Os fundos de investimento possuem garantias?

        Não. Em regra, os fundos de investimento não contam com garantia do seu administrador, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou mesmo do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.

        Recomenda-se ao investidor a leitura cuidadosa dos prospectos e dos regulamentos dos fundos de investimento antes de aplicar seus recursos.

        Observação

        Desde abril de 2007, é permitido aos bancos lançarem fundos que tenham garantia de rentabilidade mínima, porém ainda são raros no mercado.

► Conta investimento – Todo investimento e realocações (reaplicações), com exceção da caderneta de poupança tradicional, só poderão ser feitos por meio da conta-investimento (fundos de investimento de renda fixa e renda variável, como outras aplicações financeiras, como CDB e títulos públicos).

Aula-texto 10 – Operações Bancárias 10

        Classificação dos fundos

        Atualmente, a CVM possui poder normatizador para os fundos de investimento. Assim, apesar de existirem diversos tipos de classificação (os mais importantes, para efeito de concursos são os do Bacen, da Anbid e da CVM), é importante que você compreenda as diferenças de classificação em relação à CVM.

        Classificação Bacen

• Fundos referenciados

• Fundos não referenciados

• Fundos genéricos

        Classificação Anbid

• Fundos referenciados

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Page 42: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• Fundos alavancados

• Fundos de ações

Classificação CVM

• Fundos de curto prazo

• Fundos referenciados

• Fundos renda fixa

• Fundos ações

• Fundos commodities

• Fundos dívida externa

• Fundos multimercados

• Fundos previdenciários

• Fundos exclusivos

        Tributação dos fundos de investimento

        Desde 1º de outubro de 2004, todos os novos investimentos e realocações (reaplicações) passaram a transitar obrigatoriamente por uma conta-investimento.

        Atualmente, mesmo com a extinção da CPMF, as contas-investimento foram mantidas pela maioria dos bancos.

        Outra importante mudança trazida pela mesma lei em relação à cobrança de imposto de renda nos fundos de investimento ocorreu no conhecido “come-cotas”.

        Anteriormente à lei, a cobrança era mensal, sendo que, a partir de outubro de 2004, passou a ser semestral, em novembro e maio, ou no momento do resgate. Excetuam-se dessa regra os fundos de ações que só são tributados no resgate.

        Fundos de ações

• Os rendimentos são tributados em 15% (IR). O imposto é pago no resgate.

• Não há incidência de IOF.

Fundos de investimento financeiro

• IR incidente sobre os rendimentos auferidos nas aplicações financeiras. A alíquota é regressiva, conforme o prazo de permanência no investimento.

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Page 43: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• O IOF incide sobre o rendimento do valor aplicado por prazos inferiores a 30 dias, obedecendo a uma tabela regressiva, que vai de 96% sobre o valor acumulado no 1º dia até 0% a partir do 30º dia.

        Fundos de investimento em longo prazo (prazo médio acima de 365 dias)

- Alíquota (IR) e prazo de permanência:

• 22,5% até 180 dias;• 20,0% entre 181 dias e 360 dias;• 17,5% entre 361 dias e 720 dias;• 15,0% acima de 720 dias.

 Tributação nos fundos de investimento em curto prazo (prazo médio abaixo de 365 dias)

- Alíquota (IR) e prazo de permanência:

• 22,5% até 180 dias (inclusive);• 20,0% acima de 181 dias (inclusive).

        Nos fundos de investimento, o IR é recolhido na fonte no último dia útil de maio e novembro. O imposto devido é abatido na quantidade de cotas do investimento (come-cotas).

        No come-cotas, a alíquota a incidir será sempre a menor da categoria (fundos de longo prazo, 15%; fundos de curto prazo, 20%). O ajuste, se necessário, será feito no momento do resgate.

 

        O que é come-cotas?

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Page 44: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        É o apelido dado pelo mercado ao mecanismo por meio do qual os fundos de investimento são obrigados a recolher, semestralmente, o IR relativo aos ganhos auferidos no semestre anterior.

        Assim, a cada semestre, 15% do ganho auferido no período anterior são retirados do valor da aplicação para serem recolhidos aos cofres públicos.

        Para que se tenha uma idéia da importância do come-cotas, supondo duas aplicações que rendam exatamente a mesma taxa, aquela isenta de come-cotas acumulará um valor 39% maior do que aquela na qual incide o come-cotas.

 

 

Aula-texto 11 – Operações Bancárias 11

   Hot money

        É o empréstimo de curtíssimo prazo (não excede 29 dias). Geralmente, o cliente assina um contrato específico, garantido por nota promissória.

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Page 45: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

 

        As taxas do hot money, em geral, podem ser mais elevadas que as de outras operações (comparando-as numa mesma situação). Mas isso não é regra.

        Vamos tratar agora do cheque especial. Observe o quadro.

 

        Cheque especial é um produto bancário por meio do qual o cliente possui um limite global de garantia, ou seja, ele só pagará se usar esse limite (a garantia é do limite global e não por folha de cheque). É um empréstimo no qual o banco, por meio de um contrato, garante ao correntista um limite de saldo para seu uso, sempre que o saldo do cliente chegue a zero.

        Há diferenças conceituais entre cheque especial, conta garantida e CROT, esses três conceitos são confundidos pela maioria das pessoas no caso de pessoa física. Vejamos:

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Page 46: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• Contrato de Crédito Rotativo – CROT → É o contrato no qual não há a obrigação de amortização durante o pagamento dos juros, que são prefixados e cobrados mensalmente postecipados.

        É tecnicamente um dos tipos de contrato de abertura de crédito, usado no caso das PF para a concessão do “limite do cheque especial”, regulamentado pela Circular BC 2.936, entre outras.

        Assim, nada impede que um banco conceda limite de cheque especial usando outro tipo de contrato diferente do CROT (em PJ isso é muito comum).

• Conta garantida → Na realidade, é um tipo de empréstimo que vincula o uso do recurso financeiro a qualquer tipo de conta-corrente (especial ou não), que pode ser utilizado sempre que for preciso (se a conta corrente ficar negativa), pelo tempo contratado. Assim sendo, a conta garantida não é necessariamente uma modalidade de empréstimo de crédito rotativo Crot, e não necessariamente a conta será do tipo “especial”; a terminologia de conta tipo “especial” é usada mais para pessoas físicas.

        No caso das pessoas jurídicas, a regra é que suas contas sejam garantidas por contratos de penhor de cheques, penhor de duplicatas, ou de cessão de recebíveis.

        No caso das pessoas físicas, a regra é que sejam garantidas por contrato de Crot, mas há casos de bancos que concedem a conta garantida para PF pelo fato de o cliente receber seus vencimentos na conta.

• Cheque especial → contrato de abertura de crédito, quando o banco põe certa quantia de dinheiro à disposição do cliente, que pode ou não se utilizar desses recursos.

        Em geral, contrata-se que o cliente somente irá pagar juros e encargos se e quando lançar mão do crédito aberto. Esse crédito é associado a um contrato de depósito. Costuma-se designar a abertura de crédito pelo nome de “cheque especial”.

        No caso de PF é claro que o cheque especial representa um limite disponível e global colocado à disposição do cliente e que, em geral, o contrato é de crédito rotativo.

        Resumindo

        Uma conta PJ pode ser garantida mesmo sem ter cheque especial e Crot (aliás, em geral, é uma conta separada e não é de movimento).

Aula-texto 12 – Crédito Rural

        Há dois grandes grupos de origem de recursos para a classificação dos créditos rurais:

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 ► Controlados – Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de 25% de depósito à vista), os oriundos do Tesouro Nacional e os subvencionados pela União sob a forma de equalização de encargos (diferença de encargos financeiros entre os custos de captação da instituição financeira e os praticados nas operações de financiamento rural, pagos pelo Tesouro Nacional).

► Não controlados – São livres entre a IF e o cliente.

        Objetivos do crédito rural

- Estimular os investimentos rurais feitos pelos produtores ou por suas associações (cooperativas, condomínios, parcerias etc.).

- Favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos agropecuários.

- Fortalecer o setor rural.

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Page 48: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

- Incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, com vistas ao aumento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada utilização dos recursos naturais.

        Que atividades podem ser financiadas pelo crédito rural?

- Custeio das despesas normais de cada ciclo produtivo.

- Investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por vários ciclos produtivos.

- Comercialização da produção.

Como se classifica o custeio?

• Custeio agrícola

• Custeio pecuário

• Custeio de beneficiamento ou industrialização

        A que pode se destinar o crédito de custeio?

        A despesas normais tais como:

• do ciclo produtivo de lavouras periódicas, de entressafra de lavouras permanentes ou da extração de produtos vegetais espontâneos, incluindo o beneficiamento primário da produção obtida e seu armazenamento no imóvel rural ou em cooperativa;

• de exploração pecuária;

• de beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários.

        Quem pode utilizar o crédito rural?

• Produtor rural (pessoa física ou jurídica) e suas associações (cooperativas, condomínios, parcerias etc.).

• Cooperativa de produtores rurais.

• Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguintes atividades:

a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;

b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial;

c) prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para a proteção do solo;

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Page 49: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

d) prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;

e) exploração de pesca, com fins comerciais.

Aula-texto 13 – Crédito Rural 2

        A contratação de assistência técnica é obrigatória?

• Cabe ao produtor decidir a necessidade de assistência técnica para elaboração de projeto e orientação, salvo quando considerados indispensáveis pelo financiador ou quando exigidos em operações com recursos oficiais.

        Quais são as exigências essenciais para concessão de crédito rural?

• Idoneidade do tomador.

• Apresentação de orçamento, plano ou projeto, exceto em operações de desconto de Nota Promissória Rural ou de Duplicata Rural.

• Oportunidade, suficiência e adequação de recursos.

• Observância de cronograma de utilização e de reembolso.

• Fiscalização pelo financiador.

        O que é Nota Promissória Rural?

        Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores rurais ou por suas cooperativas; nos recebimentos, pelas cooperativas, de produtos da mesma natureza entregues pelos seus cooperados, e nas entregas de bens de produção ou de consumo, feitas pelas cooperativas a seus associados. O devedor é, geralmente, pessoa física.

        Quando se adota a Duplicata Rural?

        Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores rurais ou por suas cooperativas, poderá ser utilizada também, como título do crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural pelo vendedor, este ficará obrigado a entregá-la ou a remetê-la ao comprador, que a devolverá depois de assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica.

        É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento rural? Como é feita a escolha dessas garantias?

        Sim. As garantias são livremente acertadas entre o financiado e o financiador, que devem ajustá-las de acordo com a natureza e o prazo do crédito e podem se constituir de:

• penhor agrícola, pecuário, mercantil ou cedular;

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Page 50: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• alienação fiduciária;

• hipoteca comum ou cedular;

• aval ou fiança;

• outros bens que o Conselho Monetário Nacional admitir.

        Quais são os limites de financiamento?

• Recursos não controlados:

- são livremente pactuados entre as partes.

Quais são os instrumentos utilizados para a formalização do crédito rural?

• De acordo com o Decreto-Lei 167, de 14/2/1967, a formalização do crédito rural pode ser realizado por meio dos seguintes títulos:

- Cédula Rural Pignoratícia (CRP);

- Cédula Rural Hipotecária (CRH);

- Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);

- Nota de Crédito Rural.

        Observação

        Faculta-se a formalização do crédito rural por meio de contrato, no caso de peculiaridades insuscetíveis de adequação aos títulos acima mencionados.

        Ou seja, a regra é o título representar a operação, e não o contrato!

Aula-texto 14 – Crédito Rural 3

        Segundo a natureza das garantias, como devem ser utilizados os títulos de crédito rural?

• Com garantia real:

- penhor: Cédula Rural Pignoratícia;

- hipoteca: Cédula Rural Hipotecária;

- penhor e hipoteca: Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.

• Sem garantia real:

- Nota de Crédito Rural.

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Page 51: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        A cédula rural vale entre as partes desde a emissão, mas só adquire eficácia contra terceiros depois de registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente.

        Financiamento de custeio agropecuário

• Concessão de empréstimos

        O Tesouro Nacional concede empréstimos para o financiamento do custeio agrícola e pecuário de micro e pequenos produtores rurais e suas cooperativas, limitando-os aos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

• Equalização

        Ação destinada à cobertura do diferencial de taxas entre o custo de captação dos recursos pelas instituições financeiras oficiais, acrescido dos custos administrativos e tributários dessas instituições, e os encargos cobrados do tomador final do crédito.

        Aplica-se especialmente a operações contratadas com recursos de outras fontes, tais como o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o Fundo de Aplicação Extramercado (FAE) e a Poupança Rural, beneficiando diretamente produtores rurais e suas cooperativas.

• Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – Equalização

        O Pronaf foi instituído em 28/6/1996 pelo Decreto 1.946 para prestar apoio financeiro às atividades agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor e de sua família.

        O Governo Federal, desde então, destina recursos para a cobertura do diferencial entre o custo de captação dos recursos aplicados pelo agente financeiro na realização do financiamento, acrescido dos custos administrativos e tributários, e os encargos cobrados do tomador final do crédito.

• Programa de Financiamento às Exportações (Proex)

        Criado em 1991 em substituição ao extinto Fundo de Financiamento à Exportação (Finex), o Programa de Financiamento às Exportações objetiva proporcionar às exportações brasileiras uma maior competitividade no mercado internacional, via concessão de assistência financeira em duas modalidades distintas, a saber:

- operações de financiamento: são créditos concedidos diretamente pela União a exportadores nacionais ou importadores estrangeiros com a conseqüente assunção dos riscos comerciais e políticos a eles inerentes;

- equalização de taxas de juros: nos financiamentos às exportações, concedidos por instituições financeiras nacionais ou estrangeiras, a União assume parte dos custos de captação da rede bancária, viabilizando um mercado de crédito mais acessível aos importadores de produtos nacionais.

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Page 52: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop)

        Por meio da Medida Provisória 1.715, de 3/9/1998 (atual MP 2.168-40, de 24/8/2001), foi instituído o Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop), que contemplou, entre outras medidas, a abertura de linha especial de crédito destinada às cooperativas com projetos aprovados pelo Comitê Executivo do programa, consideradas viáveis pelas instituições financeiras.

Aula-texto 15 – Operações Passivas

► Caderneta de poupança

        Modalidade de investimento tradicional e segura, na qual os poupadores efetuam aplicações de quaisquer quantias e têm a liquidez da instituição onde aplicam.

        O rendimento das cadernetas de poupança é de 0,5% (meio por cento ao mês), mais a TR (Taxa Referencial de Juros).

        É um produto exclusivo das caixas econômicas, das Sociedades de Crédito Imobiliário (SCIs), dos bancos múltiplos com carteiras imobiliárias e das Associações de Poupança e Empréstimo (APEs).

        Os recursos das cadernetas de poupança devem ser aplicados conforme regras do Bacen.

         As cadernetas têm a garantia do Governo Federal e enquadram-se no Fundo Garantidor de Créditos, dentro do valor previsto nas regras deste fundo (R$60.000,00 por CPF).

        Elas podem ter tarifa de manutenção mensal se tiverem saldo menor que R$20,00 e não tiverem movimento nos últimos 6 meses. Recebem depósitos de pessoas físicas e jurídicas.

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Page 53: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

        A abertura pode ser feita em qualquer dia do mês, sendo que as contas abertas nos dias 29, 30 e 31 começam a contar rendimento a partir do dia 1º do mês seguinte.

        A remuneração é mensal para as pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos. Para pessoas jurídicas com fins lucrativos, o rendimento é trimestral.

        Atualmente, as aplicações em caderneta de poupança das pessoas físicas e jurídicas, sem finalidades lucrativas, estão totalmente isentas de impostos.

       Atualmente, os bancos, em função da concorrência, vêm criando alternativas e facilidades para a poupança, que viabilizem um aumento da liquidez e da facilidade de movimentação das cadernetas como:

• depósitos e saques diretos pela conta corrente;

• aplicação e resgate pelo telefone;

• mesmo número e senha da conta corrente;

• programação do investimento periódicos.

Aula-texto 16 – Operações Passivas 2

        Existem outros tipos de caderneta de poupança, tais como:

•  caderneta de poupança programada;

•  caderneta de poupança de rendimentos crescentes;

• caderneta de poupança vinculada; e

•  caderneta de poupança rural, também chamada de caderneta verde.

        Financiamento à importação e à exportação – Repasses de recursos do BNDES

        Os fundos e programas do BNDES visam atingir os seguintes objetivos:

• impulsionar o desenvolvimento econômico do país, procurando estimular o processo da economia nacional e o crescimento continuado do PIB (Produto Interno Bruto);

• fortalecer o setor empresarial nacional, estimulando a formação de grandes empresas nos setores básicos e apoiando as pequenas e médias empresas;

• atenuar os desequilíbrios regionais, estimulando a formação de novos pólos de produção;

• promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços;

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Page 54: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

• estimular o crescimento e a diversificação das exportações;

• fortalecer o sistema nacional de bancos de desenvolvimento.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado em 20 de junho de 1952, pela Lei 1.628, é um órgão 100% do governo.

Seu objetivo é promover o crescimento econômico, o desenvolvimento estrutural e o desenvolvimento social.

O BNDES é responsável pelo financiamento a setores prioritários para o desenvolvimento nacional que não tenham sido atendidos por outras instituições de crédito e fornece recursos de longo prazo para financiamento de projetos infra-estruturais.

O Finamim é o financiamento específico para importação de máquinas e equipamentos. Trata-se de um programa do BNDES para financiamento automático à importação, destinado a financiar máquinas e equipamentos novos importados de forma isolada ou como parte integrante de empreendimentos com apoio do BNDES, desde que a importação seja feita em nome do beneficiário final do financiamento, sem intermediários.

O prazo é de até 60 meses, com carência de 24 meses.

As linhas de crédito à exportação são variadas. Observe:

• Operações de adiantamento de recursos antes do embarque:

- ACC – adiantamento sobre contratos de câmbio;- ACE – adiantamento sobre cambiais entregue a partir da existência de um negócio firme de exportação.

O processo se efetiva mediante a celebração de contrato de câmbio de exportação, tanto na fase pré-embarque (ACC), como na fase pós-embarque (ACE).

O adiantamento poderá ser de até 100% do valor da exportação, com prazo para pagamento em até 180 dias em cada fase.

► Câmbio travado – É um sistema de operação cambial no qual o exportador fecha o câmbio com o banco antes de embarcar a mercadoria, mas não recebe em troca o valor equivalente em reais. Em vez disso, venderá ao banco, para liquidação futura, os dólares oriundos da exportação.

► Finamex pré-embarque – Financia a fabricação de máquinas, equipamentos e produtos manufaturados, destinados à exportação e já negociados com os importadores.

► Pré-pagamento – Trata-se de uma linha que é beneficiada com o pagamento antecipado das exportações com recursos originados não só de importadores, mas, também, de outras fontes de financiamento, no prazo de até 180 dias entre o contrato de câmbio e o efetivo embarque do produto para o mercado internacional.

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Page 55: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

Financiamento de Custeio Agropecuário

• Concessão de empréstimos

O Tesouro Nacional concede empréstimos para o financiamento do custeio agrícola e pecuário de micro e pequenos produtores rurais e suas cooperativas, limitando-os aos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

• Pró-commodities

É uma linha de crédito que envolve empréstimos de recursos de bancos estrangeiros direcionados para a produção rural destinada à exportação.

Outras operações de adiantamento de recursos após embarque:

► Finamex pós-embarque → Refinancia as exportações, por meio de desconto, pela Finame, das cambiais de exportação (letras de câmbio ou notas promissórias).

Esse programa visa proporcionar maior competitividade na venda de bens e serviços de origem brasileira no mercado internacional, via concessão de financiamento, em duas modalidades:

a) financiamento às exportações de bens e serviços, com recursos do Tesouro Nacional; e

b) Sistema de equalização de taxas de juros (concessão do Tesouro Nacional aos beneficiários da equalização).

É um incentivo financeiro cujo percentual é fixado periodicamente pelo Banco Central, destinado a reduzir a diferença entre os custos de captação de recursos e os juros cobrados ao tomador.

► Supplier’s Credit – É um financiamento concedido por um banco exportador, mediante desconto de cambiais representativas de vendas a prazo.

► Forfaiting – É uma linha de crédito, com a intermediação de um banco, na qual um exportador pode vender a prazo e receber à vista. É como um mercado de desconto de cambiais.

► Buyer’s Credit – Os recursos são conseguidos diretamente em um banco estrangeiro, o qual financiará o importador.

► Factoring – São operações de desconto de cambiais de menor valor.

1. O item correto, relativo ao Conselho Monetário Nacional, é:

a) O CMN é um órgão exclusivamente normativo, com função executiva.

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Page 56: Conhecimentos Bancários Didático - Apost. 02

b) O CMN é o órgão fiscalizador máximo do SFN.

c) O CMN é subordinado à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito.

d) As deliberações do presidente do CMN, de forma monocrática, são submetidas ao colegiado na segunda reunião que se seguir àquela deliberação.

e) O Banco Central do Brasil é quem exerce a Secretaria- Executiva do CMN.

2. Em relação às competências do CMN e do BACEN, marque o item correto.

a) É de competência privativa do BACEN expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras.

b) Compete exclusivamente ao CMN autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições financeiras.

c) Compete ao BACEN proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valoresmobiliários nos mercados primários e secundários de ações.

d) É competência privativa do CMN controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial.

e) É competência privativa do CMN regular as operações de redesconto de liquidez.

3. Acerca das Sociedades de Crédito Imobiliário – SCI, marque o item correto.

a) São instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de passivas de financiamentos imobiliários.

b) São constituídas sob a forma de sociedade anônima ou LTDA.

c) Podem empregar em suas atividades apenas recursos próprios.

d) Podem operar em todas as modalidades admitidas nas normas relativas ao direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança, além da realização das atividades inerentes à consecução de seus objetivos, excetuando-se os recursos próprios.

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e) Podem empregar em suas atividades recursos provenientes de depósitos de poupança, letras hipotecárias e imobiliárias, repasses e financiamentos contraídos no País, empréstimos e financiamentos contraídos no exterior, depósitos interfinanceiros, além de outras formas de captação de recursos, autorizadaspelo BC.

4. Acerca das Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários – DTVM, marque o item correto.

a) Assim como as Sociedades Corretoras, elas fazem a intermediação com as bolsas de valores.

b) Operam pessoas jurídicas credenciadas pelas financeiras que, sem vínculo empregatício e em caráter coletivo, exercem por conta das instituições credenciadas a colocação de títulos e valores mobiliários.

c) Pratica operação de mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo CRSFN.

d) Têm suas atividades voltadas para: subscrição isolada, ou em consórcio, de emissão de títulos e valores mobiliários para revenda; intermediação da colocação de emissões de capital no mercado.

e) Têm suas atividades voltadas para a compra, venda e distribuição de valores mobiliários do mercado de capital.

5. Quanto às Bolsas de Valores, marque o item correto.

a) São associações civis e sem fins lucrativos.

b) São sociedades sem fins lucrativos, cujo patrimônio é representado por títulos que pertencem às sociedades corretoras membros.

c) Possuem autonomia financeira, mas não possuem autonomia patrimonial e administrativa.

d) Como possuem autonomia financeira, não estão sujeitas à supervisão da CVM.

e) Obedecem às diretrizes e políticas emitidas pelo CMN e CVM.

6. Sobre as Bolsas de Valores, o item incorreto é:

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a) Os processos de negociação nas Bolsas são: comum, direta, por leilão e por oferta.

b) O IBV é o índice de lucratividade calculado pela Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, servindo como parâmetro as ações de maior liquidez.

c) SENN é o Sistema Eletrônico de Negociação Nacional, administrado pela Comissão Nacional de Bolsa de Valores e operacionalizado pela Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

d) Dentre as Bolsas de Valores do Brasil, a Bolsa de São Paulo (BOVESPA) é a de maior movimento e representatividade.

e) O movimento de preço do mercado de bolsas é avaliado pelas variações do IBX e IBOVESPA.

7. Com relação a Bolsas de Mercadorias e de Futuros, marque o item correto.

a) O Mercado a vista, ou de balcão, funciona como um mercado de proteção dos agentes econômicos em face das oscilações dos preços futuros dos seus produtos e em relação aos investimentos em ativos financeiros.

b) O Mercado de capitais funciona como um mercado de proteção dos agentes econômicos em face das oscilações dos preços a vista e futuro.

c) O Mercado a termo é realizado através da Bolsa de Mercadorias & Futuros com inter-relacionamento com as bolsas de valores.

d) O Mercado de Futuros é uma forma de Hedge (garantia), e essas garantias são executadas pela Bolsa, no caso de o aplicador não honrar seus compromissos.

e) É obrigatório que o investidor faça um depósito prévio como garantia e, se necessário, é exigida uma garantia adicional, conhecida como margem condicional.

8. A propósito do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, marque o item correto.

a) SELIC é o sistema que atua sob a responsabilidade do BC e da ANDIMA – Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos.

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b) No SELIC são feitas operações apenas com títulos federais.

c) O SELIC garante operações com títulos privados, no mercado aberto, com liquidação imediata e segura.

d) Apesar de as operações com títulos privados serem feitas no SELIC, havendo autorização do BC é permitido que se faça, nesse sistema, operações com títulos públicos, estaduais e municipais.

e) As operações com títulos estaduais e/ou municipais, emitidos após jan/1992, são feitas no SELIC.

9. Quanto à Central de Liquidação e de Custódia de Títulos – CETIP, julgue os itens a seguir.

a) CETIP é o local em que se custodiam, registram e liquidam financeiramente as operações feitas com todos os papéis privados, incluindo títulos estaduais e municipais emitidos após 1992.

b) As operações na CETIP são concretizadas no sistema on line, isto é, com liquidação imediata para os títulos públicos.

c) Quando um negócio é realizado através de qualquer um dos sistemas CETIP e dentro do prazo de compensação determinado para a sua concretização, ficam garantidas as operações, com aval do BACEN.

d) Os CDB, RDB, CDI e swapes são exemplos de títulos registrados e liquidados no sistema CETIP.

e) As operações financeiras da CETIP, para títulos públicos, processam-se por transferência bancária de fundos em D+1.

10. Acerca das Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde, marque o item correto.

a) São sociedades civis e são ligadas ao sistema de previdência e seguros, sendo supervisionadas e controladas pela PREVIC.

b) São supervisionadas e controladas pelo SUS e BACEN.

c) Entregam-se à atividade mercantil e de fomento.

d) Por serem sociedades civis, prestam serviço a toda sociedade necessitada.

e) Podem, ou não, ter finalidade lucrativa.

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11. Acerca das Sociedades Seguradoras, está incorreto o item.

a) Em regra, devem constituir-se como sociedades anônimas.

b) Não podem falir, nem impetrar concordata.

c) Devem possuir o capital mínimo estipulado pelo CNSP.

d) As alterações em seu estatuto só têm eficácia após a aprovação pelo governo federal.

e) Têm como uma das suas principais atividades as operações de seguros.

12. Com relação às seguradoras, marque o item correto.

a) São enquadradas como instituições financeiras especiais.

b) São orientadas pelo CMN quanto aos limites de aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável.

c) As sociedades destinadas aos seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho podem constituir-se como filantrópicas.

d) As sociedades destinadas aos seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho não podem constituir-se como S/A.

e) Necessitam de autorização especial para se constituírem, e a lei lhes impõe certas normas que devem ser rigorosamente obedecidas.

13. A respeito do Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar, marque o item correto.

a) É integrado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, pelo Instituto de Resseguros doBrasil – IRB, pela PREVIC, pelas sociedades seguradoras e pelos corretores.

b) A SUPEP é uma IF, com objeto voltado à promoção da política definida pelo CNSP e à fiscalização das seguradoras, cabendo-lhe, entre outras, a tarefa de proceder à liquidação extrajudicial destas sociedades.

c) O CNSP é o órgão da administração direta federal ao qual incumbe traçar a política geral de seguros privados, disciplinar

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a constituição, funcionamentoe fiscalização das seguradoras, fixar as características gerais do contrato de seguro, normatizar as operações securitárias e aplicar as sanções legais.

d) O IRB é uma sociedade de economia mista com o capital representado por ações, metade titularizadas pela SUSEP e metade pelas seguradoras.

e) O IRB tem como funções regulares o co-seguro, o resseguro e a retrocessão e promover o desenvolvimento do mercado securitário, através de recursos públicos.

14. Sobre o tema “conta-salário”, marque o item correto.

a) Será cobrado CPMF quando da transferência de dinheiro da conta-salário para conta comum do mesmo titular.

b) A conta-salário pode ser conjunta com autorização expressa da IF mantenedora da conta.

c) A conta-salário só pode ser movimentada por cartão, ou seja, os saques deverão ser por meio eletrônico.

d) A entrada de crédito de outros recursos que não os oriundos do salário já caracteriza conta comum, sujeita à cobrança de tarifas.

e) O assalariado, titular de uma conta-salário, exclusivamente para este fim, não recolhe a CPMF na hora do saque.

15. Cada banco cobra uma determinada taxa de manutenção. Acerca desse tema, marque o item correto.

a) Essa taxa de manutenção é cobrada somente das contas que estão sendo movimentadas.

b) Sobre as contas que recebem apenas salário, segundo determinação do Banco Central, não serão cobradas taxa de manutenção, independentemente de como asmesmas são movimentadas.

c) O valor máximo da tarifa de manutenção é determinado pelo BACEN.

d) O serviço de devolução de cheques não poderá ser cobrado do cliente.

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e) O serviço de compensação de cheques é cobrado do cliente.

16. Acerca de RDB – Recibo de Depósito Bancário – e CDB – Certificado de Depósito Bancário –, marque o item correto.

a) O CDB e o RDB indicam a obrigação de o banco pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, a remuneração solicitada previamente pelo cliente.

b) O CDB deve ser emitido sempre sob a forma nominal.

c) O CDB é transferível mediante endosso, em preto ou em branco, pelo depositante e/ou mandatário.

d) Enquanto para as aplicações em títulos prefixados não têm prazo mínimo, para as aplicações em pós-fixados esse prazo é de 120 dias.

e) Enquanto o CDB é transferível, o RDB é intransferível.

17. Sobre RDB e CDB, marque o item correto.

a) CDB e RDB são a principal fonte de recurso, isto é, passivo das financeiras.

b) Uma vez efetivadas, as aplicações em RDB e em CDB não podem ser rescindidas antes dos prazos previstos.

c) O RDB, assim como o CDB, é nominativo e transferível.

d) O nome e a qualificação do depositante são elementos indispensáveis tanto ao CDB como ao RDB.

e) Nos recibos de aplicações de RDB e CDB, não é necessária a especificação do lugar do pagamento do depósito e dos juros.

18. Dentre os objetivos do CMN, assinale a opção correta.

a) Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida fiscal interna e externa.

b) Regular o valor interno da moeda e o equilíbrio do balanço de capitais do país.

c) Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras públicas.

d) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de

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desenvolvimento.e)

Fiscalizar o regimento interno e as contas do BACEN, sem prejuízo da competência do TCU.

19. SPREAD é:

a) O recurso vindo das aplicações financeiras de um banco.

b) O recurso das arrecadações financeiras de um banco junto aos clientes.

c) O mesmo que float, ou seja, período em que o banco utiliza-se do dinheiro de terceiros, a custo baixíssimo.

d) A diferença entre o custo de captação e o de aplicação dos recursos feita pelos bancos.

e) A margem de perda financeira que o banco tem, com a prestação de serviços a baixíssimo retorno, como o pagamento de aposentados.

20. Quando é permitida a abertura de conta sem CPF?

a) Quando o cliente for pessoa analfabeta.

b) Quando for menor de 16 anos ou pessoa incapaz.

c) Quando for menor na faixa de 16 a 18 anos.

d) Destinada a crédito de salários (conta-salário).

e) Conta especial de depósitos (movimentável por cartão) aberta com NIS, até que se obtenha o CPF definitivo (no máximo em 6 meses).

Em que caso o banco deve pagar um cheque pré-datado?

a) Quando depositado por um estabelecimento comercial, mesmo sem fundos.

b) Quando apresentado para cobrança ao banco, mesmo antes da data grafada, se tiver fundos.

c) Apenas na data preenchida no cheque, mesmo que tenha fundos na apresentação.

d) e não prescrito, na data escrita abaixo da assinatura.

e) Se não prescrito, na data do “bom para” grampeado no cheque.

2. Qual o item correto?

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a) O CCF – Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – tem curso obrigatório, impedindo ao banco a abertura e a manutenção de contas de depósito a vista cujo titular nele figure.

b) Na hipótese de contas de depósitos tituladas por repartições federais, estaduais e municipais, somente devem ser incluídos no CCF os nomes dos respectivos responsáveis pela gestão e pela emissão do cheque sem fundos, como, por exemplo, o procurador, o diretor e os prefeitos.

c) As ocorrências são excluídas do CCF automaticamente se incluídas há mais de 5 anos.

d) A ficha-proposta não poderá ser utilizada para outro fim que não como documento de abertura de conta.

e) O nome completo e qualificação do depositante, bem como o CPF ou CNPJ, são registros essenciais da ficha-proposta para abertura de todo e qualquer tipo de conta.

3. Formam float para os bancos comerciais os valores arrecadados, exceto de:

a) pagamento de documentos de cobrança.

b) pagamento de tarifas públicas.

c) pagamento de taxas.

d) pagamento de impostos.

e) pagamento de carnês.

4. O responsável pelas normatizações, controle e fiscalização do CCF – Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – é o(a):

a) SERASA – Centralização de Serviços dos Bancos S/A.

b) BACEN – Banco Central do Brasil.

c) Banco do Brasil S/A.

d) Ministério da Fazenda.

e) SPC – Serviço de Proteção ao Crédito.

5. Dentre as operações constantes nos itens abaixo, marque a única resposta que só contém operações bancárias ATIVAS:

a) empréstimos em conta, depósitos, cheque especial.

b) depósitos a vista, repasses, ordem de pagamento.

c) depósitos a prazo, obrigações por empréstimos, redescontos.

d) depósitos a prazo, ordem de pagamento, cheque especial.

e) empréstimos em conta, cheque especial, títulos descontados.

6. Dentre as operações constantes nos itens abaixo, marque a única resposta que só contém operações bancárias PASSIVAS:

a) empréstimos em conta, depósitos, cheque.

b) depósitos a vista, depósitos a prazo, títulos descontados.

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c) depósitos a prazo, obrigações por empréstimos, redesconto.

d) depósitos a vista, repasses, ordem de pagamento.

e) depósitos a prazo, ordem de pagamento, cheque especial.

7. Em relação ao Banco do Brasil e às caixas econômicas, está incorreta a opção.

a) Caixas econômicas são instituições destinadas a receber em depósito economias populares e reservas de capitais para movimentá-las, incentivando os hábitos de poupança e procurando desenvolver e facilitar a circulação de riqueza.

b) Conforme consta da legislação, o Banco do Brasil pode ser administrado por acionista minoritário, mediante autorização do BACEN.

c) Dentre as principais atividades das caixas econômicas está a prestação de serviços bancários como empréstimos e formação de poupança.

d) O Banco do Brasil empresta recursos para a agricultura familiar.

e) As caixas mantêm, em caráter privativo, carteiras de empréstimo sob penhor de objetos.

8. Acerca de cooperativas, a opção incorreta é.

a) Cooperativas são sociedades de pessoas com forma jurídica própria, de natureza civil, sem finalidade lucrativa, não sujeitas à falência, organizadas para prestação de serviços ou exercício de outras atividades de interesse comum dos associados.

b) As cooperativas são classificadas em cooperativas de 1º grau, locais e regionais; 2º grau, centrais e federações de cooperativas; e 3º grau, confederações de cooperativas.

c) As cooperativas de crédito e as que tenham seção de crédito são subordinadas, na parte normativa, ao CMN, e, na parte executiva, ao BACEN.

d) As cooperativas visam obter vantagens para seus associados, por isso visam ao lucro fazendo especulação em bolsa de valores.

e) As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operações ou atividades, respeitada a legislação em vigor, assegurando-lhes o direito exclusivo e a obrigação do uso da expressão “cooperativa”.

9. Relativamente às cooperativas de crédito, marque o item correto.

a) Atuam basicamente no setor primário e secundário da economia.

b) Suas operações são restritas aos cooperados e terceiros.

c) Às cooperativas é proibido, pelo Banco Central, operar contas de depósitos a vista e a prazo.

d) A maior parte dos recursos depositados nas cooperativas é repassada aos associados na forma de títulos de crédito.

e) As cooperativas de créditos singulares são constituídas pelo número mínimo de 20 pessoas físicas.

10. A respeito dos Bancos Cooperativos – BCO –, marque o item correto.

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a) Assim como as cooperativas de crédito, a constituição do banco cooperativo permite levantar recursos no exterior.

b) Podem participar no capital social de instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BC, desde que autorizado por este.

c) Não podem realizar operações de swap por conta de terceiros.

d) Constituem-se na forma de sociedade anônima de capital fechado ou aberto.

e) Participação exclusiva de cooperativas de crédito singulares (exceto as do tipo Luzzati) e centrais, bem como de federações e confederações de cooperativas de crédito, com atuação em qualquer Unidade da Federação.

11. No que tange aos Bancos de Investimento – BI – e aos Bancos de Desenvolvimento – BD –, julgue os itens seguintes.

a) O BNDES é o principal banco de desenvolvimento do governo para financiamentos de médio e longo prazos aos setores primário, secundário e terciário.

b) Atualmente, assim como as Financeiras, os BI podem manter contas-correntes.

c) Os BI foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para suprimento de capital fixo ou de giro das empresas.

d) Dentre as operações ativas que podem ser praticadas pelos BI, inclui-se a destinação de recursos a empreendimentos imobiliários.

e) Os BD devem dirigir seus recursos para o desenvolvimento nos estados, enquanto os BI, apenas para as áreas privadas de produção.

12. Com relação ao SFN, marque o item correto.

a) O SFN está dividido em duas áreas: área operativa controlada pelo CMN e área normativa controlada pela CRSFN.

b) O CMN é o órgão máximo apenas da área operativa.

c) A área normativa, através do CMN, regula e controla a área operativa.

d) A área operativa é constituída apenas pelas instituições financeiras públicas, privadas e pelas instituições normativas.

e) As duas áreas nas quais está dividido o SFN têm a função de viabilizar e facilitar o processo de interlocução financeira.

13. A respeito dos objetivos e competências do CMN, marque o item correto.

a) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia internacional é um dos objetivos do CMN.

b) Regular o equilíbrio do balanço de pagamentos do País é uma das competências do CMN.

c) Autorizar a emissão de papel-moeda não é competência do CMN.

d) Fixar diretrizes e normas de política cambial, inclusive compra e venda de moeda estrangeira, é um dos objetivos do CMN.

e) Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas é competência do CMN.

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14. A respeito das competências do CMN e do BACEN, marque a correta.

a) Delimitar, com periodicidade não inferior a quatro anos, o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais. É competência do CMN.

b) Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais é competência do CMN.

c) Determinar as características gerais das cédulas e das moedas é competência do BACEN.

d) Estabelecer os limites e as condições de ingresso e saída no País da moeda nacional é competência do CMN.

e) Organizar, disciplinar, fiscalizar e operacionalizar o sistema Financeiro Nacional e ordenamento do mercado financeiro são competências do BACEN.

15. Acerca das Autoridades monetárias e de Apoio, marque o item correto.

a) A CVM é uma entidade monetária, autárquica, autônoma e descentralizada, mas vinculada ao Governo.

b) O fortalecimento do mercado de ações é o objetivo final do CMN.

c) O BACEN tem como Presidente a pessoa designada pelo Ministro da Fazenda entre os diretores do Banco Central.

d) O BACEN é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do governo federal para a fiscalização e distribuição de recursos à sociedade em geral.

e) A área normativa do SFN tem como órgão máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN), que regula e controla a área operativa, através de normas legais expedidas pelas autoridades monetárias.

16. Marque o item correto.

a) O cheque ao portador só pode ser emitido ao portador até R$150,00.

b) O DOC se destina à transferência para conta de clientes, pessoas jurídicas.

c) A TED tem a vantagem da liquidação no final do mesmo dia.

d) A hipoteca é um contrato acessório e regulamentado pelo CMN.

e) O mesmo cheque devolvido por falta de fundos por duas vezes enseja encerramento da conta corrente do emissor.

17. Dentre as operações constantes nos itens abaixo, marque a única resposta que só contém operações bancárias ACESSÓRIAS.

a) Ordem de pagamento, ordem de crédito, redesconto.

b) Ordem de pagamento, cheque de viagem, depósitos.

c) Empréstimos em conta, obrigações por empréstimos, ordem de pagamento.

d) Depósitos a vista, títulos e valores em custódia, redesconto.

e) Garantias bancárias, títulos e valores em custódia, cobrança

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18. Entidade privada com a qual os bancos possuem convênio para a remessa de informações e consultas de restrições financeiras:

a) SPC – Serviço de Proteção ao Crédito.

b) CCF – Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos.

c) CADIN – Cadastro de Inadimplentes.

d) PROCON – Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor.

e) SERASA – Centralização de Serviços Bancários S/A.

19. Assinale a opção correta, relativa ao Sistema Financeiro Nacional – SFN.

a) O CMN, órgão exclusivamente regulatório, tem sua sede em Brasília sendo subordinado ao BACEN.

b) O SFN, órgão exclusivamente normativo, tem sua sede em Brasília.

c) Atua como presidente do CMN o Ministro da Fazenda, e, na falta dele, o Ministro-Chefe da Secretaria da Casa Civil.

d) O SFN é um conjunto de instituições que se dedicam ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores.

e) Para efeito da legislação em vigor, consideram-se instituições financeiras as pessoas jurídicas públicas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios, em moeda nacional, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

20. Assinale o item correto.

a) O SFN é o órgão máximo do CMN. Tem o BACEN como órgão responsável pela regulação e fixação da política monetária e creditícia.

b) O CMN é um órgão normativo, mas, havendo deliberações do Conselho, atua como órgão executivo e fiscalizatório.

c) As deliberações do CNM ocorrem mediante decretos, por maioria de votos, cabendo ao seu presidente, o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, a prerrogativa de deliberar adreferendum dos demais membros, nos casos de urgência e de relevante interesse ao SFN.

d) Na sua mais recente composição, o CMN passou a ser integrado apenas pelo Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco do Brasil.

e) O CMN é o órgão disciplinador das atividades das Bolsas de Valores e das Corretoras de fundos públicos.

 Dentre os objetivos do CMN, assinale a opção incorreta.

a) Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa.

b) Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do país.

c) Aprovar o regimento interno e as contas do BACEN, sem prejuízo da competência do TCU.

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d) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento.

e) Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras.

2. Dentre as competências do CMN, assinale a incorreta.

a) Autorizar a emissão de papel-moeda.

b) Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN.

c) Fixar o recolhimento compulsório sobre os depósitos.

d) Definir a forma como o Banco do Brasil administrará as reservas vinculadas.

e) Determinar o percentual máximo dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas.

3. Em relação ao Conselho Monetário Nacional, assinale a correta.

a) O CMN é um órgão singular exclusivamente normativo, com função executiva.

b) O CMN é o órgão máximo do SFN e tem reuniões periódicas.

c) O CMN é subordinado à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito e ao COPON.

d) As deliberações do presidente do CMN, de forma monocrática, são submetidas ao colegiado do SFN na primeira reunião que se seguir àquela deliberação.

e) O Banco do Brasil é quem exerce a Secretaria-Executiva do CMN.

4. Com relação ao Banco Central do Brasil, assinale a opção correta.

a) O BACEN tem como atribuição principal executar as normas elaboradas pelo COPON.

b) É de competência exclusiva do BACEN regular, fiscalizar e executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis.

c) O presidente e os diretores do BACEN são nomeados pelo Presidente do Conselho Monetário Nacional, após aprovação pelo Congresso.

d) O BACEN determina, através do COPON, a taxa básica de juros, chamada de SELIC, que serve de parâmetro para a economia.

e) O Presidente do BACEN é membro integrante da composição do CMN e do COPON.

5. Relativamente às competências do CMN e do BACEN, assinale a correta.

a) É de competência privativa do CMN expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras e empresas S.A.

b) Compete exclusivamente ao BACEN autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional de todas as instituições financeiras e administradorasde cartão de crédito.

c) Compete ao BACEN proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem

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preçosde valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações.

d) É competência privativa do CMN controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial.

e) É competência privativa do CMN regular as operações de redesconto de liquidez.

6. Com referência à Comissão de Valores Mobiliários, assinale a opção correta.

a) A CVM é denominada instituição auxiliar e acionária do SFN.

b) A CVM é o órgão normativo e fiscalizador do sistema financeiro, especificamente voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de ações, fundos de investimento e debêntures.

c) A CVM tem atuação no mercado de ações, no mercado de futuros e derivativos, além de controlar o fluxo de capitais estrangeiros.

d) Cabe à CVM organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional, em especial o ordenamento jurídico do mercado financeiro.

e) A CVM tem como principal objetivo propiciar o aperfeiçoamento das instituições financeiras comerciais.

7. Acerca dos objetivos da CVM, assinale a incorreta.

a) Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.

b) Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações.

c) Regular o mercado de capitais.

d) Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares que operem nesse mercado.

e) Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário.

8. Assinale a opção incorreta no que se refere aos órgãos que integram o SFN.

a) Os Fundos de Investimento são denominados Instituições não bancárias.

b) O BNDES integra o SFN como Autoridade de Apoio.

c) O CMN e o BACEN são denominados Autoridades Monetárias.

d) Os bancos múltiplos, bancos comerciais e caixas econômicas são as instituições bancárias.

e) O Banco do Brasil é uma autoridade de apoio, tanto quanto a Caixa, a CVM e o FNDES.

9. A respeito dos objetivos e competências do CMN, marque a opção correta.

a) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional é competência do CMN.

b) Regular o equilíbrio do balanço de pagamentos do País é competência do CMN.

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c) Autorizar a emissão de papel-moeda é um dos objetivos do CMN.

d) Fixar diretrizes e normas de política cambial, inclusive a compra e venda de ouro e quaisquer operações em moeda estrangeira não é competência do CMN.

e) Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas é uma das competências do CNM.

10. Relativamente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, marque a incorreta.

a) O BNDES é um banco de desenvolvimento vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, indústria e comércio exterior.

b) O BNDES é a instituição financeira de fomento do País.

c) Os maiores aportes de recursos do BNDES são oriundos dos programas PIS e PASEP

d) O BNDES trabalha com a taxa de juros de longo prazo.

e) O BNDES é o principal gestor do programa de privatizações.

11. Com relação ao Comitê de Política Monetária – COPOM –, marque o item correto.

a) Quando o COPOM estabelece viés neutro, confere ao Presidente do Banco Central poderes para alterar, sem necessidade de convocar reunião extraordinária, a meta da Taxa SELIC na direção do viés.

b) A TBC e a TBAN são taxas pelas quais os bancos pagam ao CMN pelo acesso às chamadas linhas de empréstimos de liquidez e linha de empréstimo especial de médio prazo.

c) Com a extinção da TBC e da TBAN, o BACEN passou a ter como índice oficial do governo a taxa de inflação SELIC.

d) Atualmente a taxa SELIC-META é fixada pelo COPOM em oito reuniões ordinárias por ano.

e) A taxa SELIC vem sempre acompanhada do VIÉS, sendo este determinado pelo presidente do COPOM.

12. Acerca do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, assinale a opção incorreta.

a) O BNDES supre a necessidade de capitais no que se refere aos setores básicos e à infra-estrutura, sendo a instituição financeira de fomento do país.

b) O CRSFN foi criado para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos sobre as decisões relativas à aplicação de penalidade administrativas pelo BACEN e CVM, cabendo o julgamento, em última instância, ao CMN.

c) O CRSFN é um órgão integrante do Ministério da Fazenda.

d) O BNDES atende, também, aos financiamentos de micro e pequenas empresas.

e) O CRSFN é composto de oito conselheiros, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos ao mercado

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financeiro, de câmbio, de capitais e de crédito rural e industrial. 13. Assinale o item errado com relação à composição do CRSFN.

a) Quatro representantes das entidades de classe, dos mercados financeiros e de capitais, por elas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministério da Fazenda.

b) Um representante das Caixas Econômicas Federais.

c) Um representante do Banco Central.

d) Um representante da Comissão de Valores Mobiliários.

e) Um representante do Ministério da Fazenda.

14. Com relação ao CRSFN, marque o item correto.

a) Os membros do Conselho e seus respectivos suplentes são designados pelo Presidente da República.

b) O mandato dos membros do Conselho é de dois anos, podendo ser reconduzidos duas vezes.

c) O Procurador-Geral da Fazenda Nacional designa quatro procuradores da Fazenda Nacional para trabalhar junto ao Conselho.

d) A Presidência do Conselho é ocupada pelo representante do Ministério da Fazenda.

e) A atribuição do Procurador da Fazenda é zelar pela fiel observância das leis, decretos, regulamentos e demais atos administrativos, assim como a de votar nas decisões de recursos sempre que ocorrer empate.

15. Quanto aos bancos comerciais, assinale a correta.

a) As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Conselho Monetário Nacional.

b) As instituições financeiras, quando forem estrangeiras, necessitam de decreto do poder Executivo para seu funcionamento no País.

c) Banco comercial é aquele cujas principais operações passivas são descontos de efeitos comerciais, abertura de crédito caucionado, abertura de créditoa descoberto, cobrança, recebimento de efeitos comerciais e públicos, transferência de fundos.

d) Proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas, é um dos objetivos principais dos bancos comerciais.

e) A captação de depósitos a vista é a atividade de operação ativa básica dos bancos comerciais.

16. Em relação ao Banco Central, marque o item correto.

a) Banco dos bancos, pois fiscaliza os bancos comerciais.

b) Gestor do sistema financeiro nacional, pois tem essa atribuição legal.

c) Executor da política monetária, pois empresta recursos às demais IFs.

d) Banco emissor quando emite normas e fiscaliza as demais IFs.

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e) Banqueiro do governo, quando emite títulos públicos para financiar os governos em suas necessidades.

17. Acerca das Autoridades de Apoio, marque o item correto.

a) A CVM é uma entidade auxiliar, autárquica, autônoma, descentralizada e desvinculada do governo.

b) O fortalecimento do mercado de capitais é o objetivo final da CVM.

c) O CRSFN tem como Vice-Presidente a pessoa designada pelo Ministro da Fazenda entre os representantes das entidades de classe.

d) O Banco do Brasil é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do governo federal para o banco popular e agricultura básica.

e) Ao Banco do Brasil, por ser um banco de apoio ao governo, não é permitido atuar nas áreas de atividades específicas de bancos comerciais, sociedades de crédito imobiliário e de saneamento básico.

18. De acordo com a legislação, Banco Comercial é:

a) instituição financeira bancária pública, constituída sob a forma de sociedade anônima, especializada apenas em operações de curto e médio prazos, que adota, em sua denominação, a expressão Banco.

b) instituição financeira bancária privada ou pública, especializada basicamente em operações de curto e médio prazos e constituída sob a forma de sociedade anônima, que deve adotar, obrigatoriamente, em sua denominação, a expressão Banco.

c) instituição financeira pública ou privada, que contém em sua denominação a expressão Banco, especializada em operações de curto prazo e constituída sob a forma de sociedade anônima.

d) instituição financeira bancária privada ou pública, que adota, obrigatoriamente, em sua denominação a expressão Banco, constituída sob qualquer forma estabelecida em lei, especializada em operações de curto e médio prazo.

e) instituição financeira pública ou de terceiros, constituída sob a forma de sociedade anônima, especializada em operações de médio e longo prazo.

19. Em relação à empresa Banco, marque o item correto.

a) Banco é o estabelecimento, particular ou estatal, cuja atividade consiste na guarda, depósito e empréstimo de dinheiro, bem como nas transações com títulos de crédito etc., visando a obter um financiamento.

b) De acordo com a legislação, os bancos estatais não visam a obter lucros, sendo, a cada apresentação do resultado financeiro socorridos pelo Tesouro Nacional, se necessário.

c) O recebimento, em depósitos, de capitais de terceiros, representam operações bancárias passivas; enquanto que os empréstimos, operações ativas.

d) Custódia de valores, aluguéis de cofres, cobrança simples, recebimento de taxas e tributos são considerados operações acessórias.

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e) As operações bancárias passivas recebem garantia total do Governo Federal em todos os bancos estatais.

20. Ainda acerca de banco comercial, é correto dizer:

a) A constituição e o funcionamento de banco comercial dependem de prévia e expressa autorização do Conselho Monetário Nacional.

b) A autorização para funcionamento de banco comercial, quando concedida, tem prazo indeterminado de vigência.

c) A autorização para funcionamento é expressa em carta patente de emissão do CMN.

d) A transferência de sede ou de agências de banco comercial depende de prévia autorização do CMN.

e) Dependem de prévia autorização do CRSFN, a transformação, fusão, incorporação, encampação e cisão de banco comercial.

Em relação ao banco comercial marque o item correto.

a) Suas alterações estatutárias dependem de prévia autorização do CMN.

b) O funcionamento, no País, de bancos estrangeiros depende de autorização do CMN e do Banco Central.

c) O banco comercial estrangeiro constituído e sediado no Brasil está sujeito às leis e aos tribunais do país de origem, quanto aos atos ou operações que praticar no Brasil.

d) O objetivo precípuo dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para promover a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas jurídicas.

e) Cabe ao CMN aplicar a dependência de banco estrangeiro que funcione no País as mesmas vedações ou equivalentes restrições, que vigorem na praça de sua matriz, em relação a banco brasileiro ali instalado ou que nele deseje estabelecer-se.

2. Os bancos comerciais não podem:

a) descontar títulos e fazer operações de risco.

b) realizar operações de abertura de crédito, simples ou em conta-corrente.

c) realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio internacional.

d) captar depósitos à vista e a prazo fixo sem recolhimento de compulsório.

e) obter recursos junto a instituições oficiais e efetuar operações acessórias ou de prestação de serviços, inclusive mediante convênio com outras instituições.

3. Marque o item correto.

a) Na sociedade anônima todos os sócios respondem ilimitadamente.

b) Os bancos de investimento são considerados bancos monetários.

c) O CDB e o RDB são títulos de captação de recursos pelos bancos

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comerciais e de investimento.d) O CDB não pode ser transferível.

e) Os RDBs podem ser rescindidos desde que a instituição depositária esteja de acordo.

4. Marque o item correto.

a) A cobrança bancária não pode ser feita por meio dos bloquetes que substituem duplicatas, promissórias, letras de câmbio, recibos ou cheques.

b) A cobrança bancária é exclusiva de bancos comerciais e de investimento.

c) Os bancos não podem cobrar os títulos dos seus clientes em qualquer praça.

d) Na cobrança bancária, os títulos podem ser pagos, após o vencimento, apenas nas agências do banco emissor do bloqueto.

e) A cobrança casada não pode mais ser utilizada com um tipo de cobrança bancária.

5. Marque o item correto.

a) Os cartões de crédito são regulamentados e fiscalizados pelo BACEN.

b) Os cartões de crédito podem ser utilizados para resgate e aplicações entre contas-correntes e de investimento.

c) O Cartão Co-Branded é uma variação dos cartões de afinidade.

d) A grande desvantagem do cartão de débito é a cobrança de juros sobre o saldo devedor.

e) Para os cartões de crédito internacional, a cobrança da fatura será feita em dólar convertidos ao câmbio da data da compra.

6. Marque o item correto.

a) FINAME são financiamentos, sem limite de valor, para aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação estrangeira.

b) A carência para resgate de títulos de capitalização não pode ser superior a 12 meses.

c) A caderneta verde capta recursos e direciona-o para o financiamento de operações rurais e para créditos imobiliários.

d) Underwriting é a subscrição de ações de uma Cia, através de lançamento público de suas ações nas Bolsas de Valores.

e) Os títulos de capitalização são um investimento com características de um jogo onde se pode recuperar até 100% do investimento.

7. Marque o item correto.

a) Os bancos comerciais não podem captar depósitos a prazo fixo.

b) Os bancos comerciais cooperativos podem participar no capital social de instituições financeiras e realizar operações de Swap por conta de terceiros.

c) Para configurar um Banco Múltiplo é necessário no mínimo três tipos de carteiras, sendo uma comercial, uma de investimento e uma de

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leasing. d) Warrant é o título de garantia emitido por Cia de armazéns gerais, que

representa as mercadorias depositadas pelo proprietário. e) As caixas econômicas podem captar depósitos a vista, realizar

operações ativas, efetuar prestações de serviços e emprestar sob garantia de penhor rural e industrial.

8. Marque o item correto.

a) Em se tratando de Conta Depósitos Bancários a vista, o depositante pode sacar a quantia nela existente, em espécie, a qualquer tempo.

b) Conforme resolução do CMN, as contas-salário são isentas de CPMF.

c) O valor mínimo de abertura de conta-corrente, inclusive poupança, é livremente estipulado por cada banco.

d) No caso do analfabeto, a conta pode ser movimentada sem restrições.

e) O depositante pode ter contas em quantos bancos quiser; porém, quando estas contas forem em mais de um banco público, o cheque-especial fica limitado a apenas um banco.

9. O Banco do Brasil, durante muitos anos, funcionou como autoridade monetária graças à Conta Movimento do Tesouro. Esta conta foi encerrada em:

a) 1986.

b) 1988.

c) 1987.

d) 1984.

e) 1985.

10. Dentre os instrumentos clássicos de Política Monetária, assinale aquele que se destaca como o mais ágil, para os objetivos do Banco Central, de permanente regulagem da oferta monetária e do custo primário do dinheiro.

a) Depósito Compulsório.

b) Operações no Mercado Aberto.

c) Emissão de Moeda.

d) Operações de redesconto internacional.

e) Controle de Crédito.

11. Sabemos que, para seu funcionamento, os bancos comerciais e os bancos múltiplos com carteira comercial são obrigados a manter, com exclusividade, contas de depósito no Banco Central – BC, por onde circulam suas reservas bancárias. Tais bancos são debitados (perdem) em suas reservas quando:

a) movimentam mais depósitos do que saques dos clientes em conta-corrente.

b) arrecadam tributos em volume menor do que os depósitos efetuados em conta corrente pelos clientes.

c) arrecadam tributos em volume maior do que os saques efetuados em conta-corrente pelos clientes.

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d) recolhem tributos ao BC em volume menor do que os depósitos efetuados em conta-corrente pelos clientes.

e) recolhem tributos ao BC em volume maior do que os depósitos efetuados em conta-corrente pelos clientes.

12. Suponha que um produtor de café acredite, hoje, que, dentro de 3 meses, quando da colheita e posterior venda de sua produção, os preços terão caído e não cobrirão seus custos. Em função desta expectativa e considerando que os preços no mercado futuro de café, dentro de 3 meses, estarão altos, refletindo uma expectativa oposta à sua, para se proteger, ele resolve:

a) adquirir café no mercado à vista.

b) comprar e vender estes contratos futuros em igual volume.

c) comprar estes contratos futuros no valor de sua produção.

d) não fazer nada e aguardar.

e) vender estes contratos futuros no valor de sua produção.

13. Na nova metodologia de Meta de Inflação, o Banco Central – BC – é responsável por:

a) gerenciar os elementos de política fiscal que garantam a Meta.

b) gerenciar os elementos de política monetária que garantam a Meta.

c) garantir a taxa de juros do mercado, via COPOM.

d) estabelecer as responsabilidades das instituições financeiras.

e) estabelecer os valores anuais de inflação a serem perseguidos.

14. O Fundo Garantidor de Créditos – FGC assegura o total de créditos de cada pessoa dentro de uma mesma instituição financeira, ou dentro de todas as instituições de um mesmo conglomerado financeiro, até o valor máximo, em reais, de:

a) 20.000,00.

b) 60.000,00.

c) 25.000,00.

d) 15.000,00.

e) 18.000,00.

15. Nos momentos de crise, com tendência à elevação das taxas de juros, os bancos darão preferência à captação de recursos em CDB:

a) pós-fixado em TR.

b) pós-fixado em TBF.

c) pós-fixado em TJLP.

d) prefixado de prazo curto.

e) prefixado de prazo longo.

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16. A Cédula de Produto Rural – CPR – é um dos instrumentos de crédito que o Banco do Brasil disponibiliza para determinados produtores. A CPR é utilizada na fase de:

a) Comercialização.

b) Plantio.

c) Custeio.

d) Colheita.

e) Armazenagem.

17. Um cliente industrial deseja tomar recursos bancários para financiar suas vendas, de forma a otimizar sua receita e suas despesas fiscais. Que produto lhe seria corretamente recomendado?

a) Empréstimo para Capital de Giro.

b) CDC com Interveniência.

c) Desconto de Duplicatas.

d) Contrato de Abertura de Crédito Rotativo.

e) Vendor.

18. Os Fundos de Investimento em Renda Variável, para terem o privilégio da alíquota de 10% de Imposto de Renda sobre ganhos de capital, devem estar aplicados, no mercado à vista de ações, num percentual mínimo de:

a) 67%.

b) 65%.

c) 60%.

d) 57%.

e) 51%.

19. Na BM&F negociam-se contratos futuros de diversos tipos de ativos. Para que novos contratos futuros de um determinado ativo sejam negociados com sucesso, algumas condições necessárias, embora não suficientes, devem ser atendidas. Entre essas condições NÃO se inclui a(o):

a) pulverização do seu mercado.

b) facilidade de padronização.

c) estabilidade dos preços.

d) participação atuante dos envolvidos no mercado físico.

e) controle governamental.

20. De quantos dias será o prazo de carência a que terá de se sujeitar um investidor que deseje aplicar em um CDB pós-fixado pela TBF?

a) 10.

b) 30.

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c) 60.

d) 90.

e) 120.

Uma empresa pretende captar recursos para investimento no aumento de sua capacidade de produção, até o limite de seu capital próprio, com a possibilidade de parcelar esta captação de acordo com o ritmo do projeto de investimento, dando como garantia o total de seus ativos. Que alternativa seu banco, em princípio, sugeriria?

a) Debêntures Simples com garantia real.

b) Debêntures Simples com garantia flutuante.

c) Debêntures Simples com garantia subordinada.

d) Securitização de Recebíveis.

e) Commercial Papers.

2. Marque o item correto.

a) ACC é Adiantamento sobre Contratos de Câmbio, é concedido às empresas na fase pré-embarque, isto é, desde a contratação do câmbio até a entrada dos documentos representativos da exportação. A liquidação do ACC ocorre por ocasião da entrega dos documentos, quando estes representam imediata entrega de divisas, através da L/C, cheques, espécie etc.,o ACC não pode ser transformado emACE.

b) AÇÃO é um título negociável, que representa a menor parcela em que se divide o capital de uma sociedade anônima fechada.

c) AÇÃO PREFERENCIAL é uma ação que oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, o reembolso do capital. Concede direito a voto em assembléia.

d) ACE é o Adiantamento sobre Cambiais Entregues, equivale a um desconto de cambial e é concedido contra a entrega dos documentos de embarque da mercadoria. Esse adiantamento é liquidado com a efetiva entrega do produto no estrangeiro, ocasião em que se dá também a liquidação do contrato de câmbio.

e) ACEITE é o reconhecimento da dívida pelo emitente no título de crédito. Compromisso de pagar a quantia expressa em letra de câmbio, nota promissóriaetc., na data de seu pagamento mediante a aposição de assinatura no título.

3. Marque o item correto.

a) ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA é a transferência ao credor do domínio e propriedade de um bem, em garantia do pagamento de uma obrigação que lhe é devida por alguém.

b) BACEN é o Banco Central do Brasil é uma autarquia federal, do ministério da fazenda, integrante do Sistema Financeiro Nacional. O Banco Central tem a missão de assegurar a estabilidade do poder de

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compra da moeda nacional. c) AVAL é a garantia que uma pessoa (física ou jurídica) dá a outra de

que pagará a dívida da mesma forma se esta não puder fazê-lo. Concretiza-se pela assinatura do avalista (o que dá a garantia) no anverso ou no verso do título de crédito em questão.

d) ARRENDAMENTO é o contrato pelo qual o proprietário de um imóvel passa para uma pessoa ou empresa (o arrendador) o direito de uso e exploração do mesmo durante certo tempo, em troca de determinada soma paga geralmente em dinheiro, mas também em produto ou em trabalho.

e) AMORTIZAÇÃO é a redução gradual de uma dívida por meio de pagamentos periódicos dos juros combinados entre o credor e o devedor. No caso de empréstimos a longo prazo, a amortização se faz mediante tabelas especiais conforme decisão de cada Instituição Financeira.

4. Assinale o item correto.

a) SISCOMEX é a sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco do Brasil no registro, acompanhamento e controle dasdiferentes etapas das operações de exportação e importação. O sistema, ao mesmo tempo que preserva as funções básicas dos órgãos envolvidos, elimina a coexistência de controles paralelos e sistemas de coleta de dados paralelo, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, harmonizar conceitos e uniformizar códigos e nomenclaturas.

b) SPB – Sistema Brasileiro de Pagamentos é a nova infra-estrutura para as transações bancárias, coordenada pelo Banco Central, onde as transferências financeiras poderão ser efetivadas eletronicamente e de forma imediata, dotada de total segurança.

c) SPREAD é a taxa de juros que compõe o lucro total para o tomador de uma operação de empréstimo e representa o ganho bruto da mesma operação deuma instituição financeira. O seu valor é definido conforme a liquidez, garantias, volume e prazo de resgate.

d) SPREAD DE RISCO OU SPREAD DO AGENTE – BNDES é a taxa de juros que representa o custo da instituição financeira (agente financeiro) credenciadas pelo BNDES.

e) SOCIEDADE CORRETORA é a instituição auxiliar do sistema financeiro, que opera no mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial no mercado de ação. É o intermediário entre os investidores nas transações com as IFs, administra carteiras de ações, fundos mútuos e clubes de investimentos, entre outras atribuições.

5. Assinale o item correto.

a) SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL é o conjunto de instituições financeiras voltadas para a política monetária do governo, sob a

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orientação do Conselho Monetário Nacional e do Ministério da Fazenda.

b) SOCIEDADES DE CAPITAL DE RISCO são sociedades cujo objetivo comercial exclusivo é a aplicação de capital na subscrição, integralizada em dinheiro, de ações ou quotas de pequenas e médias empresas ou ainda, debêntures conversíveis em ações.

c) SUPPLIER’S CREDIT é a operação em que o exportador, após contratada a venda externa com o importador, embarca suas mercadorias ou fatura os serviços e emite os documentos de créditos (letra de câmbio, notas promissórias, cartas de fiança, cartas de crédito etc) correspondentes ao principal e juros e, após a constituição das garantias os refinancia junto ao Banco do Brasil (desconto/cessão de direitos creditórios).

d) TABELA DE TARIFAS E SERVIÇOS BANCÁRIOS é tabela obrigatória, devendo estar afixada em local visível nas agências bancárias, onde as instituições financeiras divulgam os preços das taxas e tributos a serem cobradas dos clientes na prestação de serviços e operações de crédito e de investimento. Toda inclusão e alterações nos valores deverão ser comunicados antecipadamente ao Banco Central em até 60 dias..

e) TABELA PRICE é o nome adotado no Brasil para o Sistema Francês de Amortização. É uma tabela utilizada no cálculo do valor de juros e pagamentos em dívidas parceladas. É constituída por uma série crescente de prestações, de amortização igual, em um tempo determinado e com taxa de juros constantes

6. Assinale o item correto.

a) TAXA DE JUROS NOMINAL é uma taxa de juros deflacionada por mudanças nos níveis de preços, embute uma expectativa inflacionária e uma taxa de juros.

b) TAXA DE JUROS REAL trata-se de taxa de juros da qual se tira o efeito da inflação por algum indicador, permanecendo o ganho efetivo e o valor real atual.

c) TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA são títulos emitidos pelo governo para financiar a dívida pública externa.

d) TR é a Taxa de juro básica calculada a partir do rendimento mensal médio dos RDBs. Apesar de ser utilizada como indexador de contratos, a TR é uma taxa de juros e não pode ser confundida com inflação.

e) TJLP é a Taxa de Juros de Longo Prazo – A TJLP é fixada trimestralmente pelo Conselho Monetário Nacional e divulgada até o último dia útil do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência pelo Banco Central do Brasil. A metodologia de cálculo da TJLP é dada pelo somatório: da meta de inflação, calculada pro-rata para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas anuais fixadas pelo CMN e do prêmio de risco, que incorpora uma taxa de juro real internacional e um componente de risco Brasil.

7. Marque o item correto.

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a) BBC (ou Bônus do Banco Central) são títulos emitidos pelo Banco Central com prazo mínimo de 28 dias em múltiplos de 7 e são oferecidos em ofertas públicas com realização de leilões, emitidos até 2005.

b) BNDES é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. É uma fundação pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que tem como objetivo financiar a longo prazo os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país.

c) BORDERÔ é uma palavra de origem francesa utilizada na terminologia bancária brasileira para designar a relação de títulos de crédito que o cliente leva ao banco para realizar uma operação de redesconto ou cobrança, entre outras.

d) BUYER’S CREDIT é a operação em que o exportador contrata a venda externa com uma entidade pública de outro país. O financiado, na medida em que recebe o bem ou o serviço contratado, autoriza o débito na conta do exportador.

e) BLUE CHIPS é, em geral, ação de empresas tradicionais e de grande porte, com grande liquidez e procura no mercado acionário.

8. Marque o item correto.

a) CADIN é um cadastro que contém nomes das pessoas físicas e jurídicas, impedidas de operar ou contratar com o setor público, por estarem em débito, há mais de 75 dias, com órgão e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta. Órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta procedem, segundo normas próprias e sob sua exclusiva responsabilidade, às inclusões de pessoas físicas e jurídicas no CADIN.

b) CARÊNCIA é o período de tempo concedido pelo credor ao devedor, durante o qual não é pago o principal da dívida, mas apenas os juros, a correção monetária e a amortização. Assim, a empresa terá tempo para gerar recursos e efetuar os pagamentos futuros de seu empréstimo/dívida.

c) CAPITAL DE RISCO é a participação temporária do investidor no capital ou negócio da empresa de base tecnológica com potencial de crescimento acelerado, e perspectivas de retornos expressivos a médio e longo prazo, através da compra de ações e/ou debêntures conversíveis em ações, e do apoio gerencial.

d) CAPITAL DE GIRO ASSOCIADO AO INVESTIMENTO é um recurso destinado para cobrir as despesas que a empresa terá com os novos investimentos financiados, ou seja, se a empresa financiou uma máquina de produção ela irá necessitar de matéria-prima para produzir, neste caso será financiado o capital fixo.

e) CAPITAL DE GIRO, em linguagem contábil e comercial, é o conjunto de bens de uma empresa formado pelos recursos monetários indispensáveis à sua operação, produção e comercialização, representados pelo dinheiro disponível (imediato e a curto prazo) e pelo estoque de produtos. Trata-se também, em linguagem de mercado, de uma operação de crédito para suprir necessidades de fluxo de CAIXA,

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para investimentos, oferecida pelos bancos. 9. Marque o item correto.

a) CARTA DE CRÉDITO é um documento de crédito negociável pelo qual se outorga crédito em moeda a uma pessoa ou empresa. Em comércio exterior é emitida em moeda estrangeira e encaminhada para pagamento através de um banco, contendo instruções detalhadas que o banco correspondente no país do exportador deverá exigir do favorecido para poder pagar-lhe o crédito instituído a seu favor (prazo de embarque, quantidade, valor e características da mercadoria, local de embarque e desembarque etc).

b) CDB é o Certificado de Depósito Bancário, são títulos emitidos por bancos comerciais, múltiplos, de investimento, e desenvolvimento, com o objetivode captar recursos para financiamento de suas atividades (concessão de empréstimos e financiamentos etc.). São necessariamente negociados no selic.

c) CCR – CONVÊNIOS DE CRÉDITOS RECÍPROCOS é a Carta de Pagamentos e Crédito Recíprocos – Carta de pagamentos firmada entre os países integrantes da ALADI. Cada país, através do seu Banco Central, garante a cobertura de moeda destinada a pagamentos através do sistema e se obriga aos débitos em sua conta sempre que efetuados em estrita conformidade com as instruções vigentes.O Banco Central do Brasil limitou o valor em até R$ 100 mil reais e o prazo em até 360 dias para operações através de CCR.

d) CCEx é o Comitê de Crédito às Exportações, colegiado instituído pelo Governo para decidir sobre questões relativas ao SECEX.

e) CAUÇÃO é um título pelo qual uma pessoa se obriga a satisfazer e cumprir obrigações contraídas por um terceiro, se este não cumprir. Pode ser prestada por intermédio de depósito em valores, títulos de dívida pública, papéis de crédito etc.

10. Marque o item correto.

a) CDI é o Certificado de Depósito Interfinanceiro. Trata-se de produto que proporciona geração de funding no Interbancário. As transações são efetuadas por prazo mínimo de 01(um) dia. As taxas são auferidas diariamente, de acordo com as expectativas do mercado e atuacões do Banco Central no mercado de reservas. São necessariamente negociadas no CETIP.

b) COMMODITIES: existem as agrícolas (café, soja, boi gordo etc.) e as interfi nanceiras (taxa de câmbio, índice de bolsa, taxa de juros etc.) tudo ao nível do mercado brasileiro. Em síntese, são produtos negociados em bolsas de mercadorias em operações spot, à termo, mercado futuro e de opções.

c) CETIP é a Central de Custódia e Liquidação de Títulos, destinada a receber títulos privados para guarda, registrando-os em nome do depositante, bem como processar transferências, liquidações financeiras, retenções de IR e declaração de rendimentos por conta e ordem dos depositantes.

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d) CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica: documento fornecido pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, cuja solicitação é feita com os seguintes formulários fornecidos pela Receita Federal: ficha cadastral da pessoa jurídica – FCPJ – anexada ao ato constitutivo, devidamente registrado; quadro de sócios e administradores – 25A; ficha complementar – FC. A instrução normativa SRF Nº 001, de 4 de janeiro de 2000 (DOU de 20/1/2000) regulamenta a inscrição no CNPJ. Todas as pessoas são obrigadas a fazer inscrição no CNPJ, tendo que ser feita uma para cada estabelecimento.

e) CHEQUE é uma ordem de pagamento a vista. É o instrumento pelo qual uma pessoa física ou jurídica saca seus recursos mantidos em depósito na instituição financeira, ou de factoring, na qual mantém um contrato de conta-corrente. O cheque é composto por três figuras: o sacado ou emitente (o devedor do cheque); o banco sacado (o banco onde o devedor mantém conta-corrente).

11. Marque o item correto.

a) CONDIÇÕES DE NEGOCIAÇÃO, VENDA E ENTREGA são regras internacionais que determinam responsabilidades das partes num contrato internacional, bem como o momento em que termina a responsabilidade do exportador, relativamente ao objetivo transacionado.

b) CORRETAGEM é a taxa de remuneração de um intermediário financeiro na compra ou na venda apenas de títulos públicos.

c) COPOM é o Comitê de Política Monetária do Banco Central que tem o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros que será a base da taxa SELIC-over.

d) CONTRATO DE CÂMBIO é o contrato de câmbio que formaliza a operação de câmbio. Nele, constam informações relativas à moeda estrangeira que se está comprando ou vendendo, à taxa contratada, ao valor correspondente em moeda nacional e aos nomes do comprador, do vendedor e da instituição financeira.

e) CONHECIMENTO DE EMBARQUE é o documento emitido pela empresa transportadora, ou por seu agente, que representa o contrato de transporte eo comprovante de entrega da mercadoria, podendo, ainda, constituir prova de embarque da mesma. Este documento confere ao consignatário o direito à propriedade da mercadoria no destino e deve conter sempre os nomes do embarcador e do consignatário, os locais de embarque e de destino, a descrição da mercadoria, valor e forma de pagamento do frete, o local e a data de emissão, o número de originais emitidos etc.

12. Marque o item correto.

a) CUSTÓDIA DE TÍTULOS é o serviço de guarda de títulos e valores, mediante o pagamento de comissão, podendo abranger, também, o exercício de direitos.

b) DIREITO DE REGRESSO é o direto que cabe ao portador de título cambiário de exigir do sacador (tomador), endossadores e respectivos avalistas o pagamento não efetuado pelo sacado (vendedor).

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c) DECEX é o departamento de Operações de Comércio Exterior – órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, responsável pela análise e acompanhamento de operações de exportação e importação, análise estatística, gerência do Sistema Integrado de Comércio Exterior no que tange à parte comercial das transações e planejamento das ações de comércio exterior brasileiro.

d) DEBÊNTURES são títulos de crédito emitidos por Sociedades Anônimas (S.A.), objetivando a captação de recursos para financiamento de investimentos.

e) DAY TRADE é a negociação de um dia. Compra e venda de uma posição (ações) ao longo do mesmo dia, acumuladas no mês.

13. Marque o item correto.

a) DIVIDENDOS são valores distribuídos aos acionistas, em ações, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente resultam dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados.

b) FAT é o Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, um fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico. A principal fonte de recursos do FAT é composta pelas contribuições para o Programa de Integração Social – PIS, criado por meio da Lei Complementar nº 07, de 07 de setembro de 1970.

c) ENDOSSO é assinatura no verso (do latim indorsum, “nas costas”) de um título, pelo qual o proprietário (endossante) transfere sua posse para outrem (endossatário). O endosso pode ser em branco (ou incompleto, não qualificado, subentendido), quando o endossante apenas assina sem indicar o endossatário; ou em preto (nominativo, pleno, completo, qualificado, expresso), quando o favorecido não é nomeado no título.

d) DUPLICATAS (MERCANTIL OU DE SERVIÇOS) a duplicata é um título que tem sua origem obrigatoriamente em uma fatura emitida em função de uma transação de compra e venda mercantil ou de uma prestação de serviços. O compradorconfirma a compra mediante aceite na duplicata, tornando-a devida independentemente do contrato que lhe deu origem. Na duplicata destacam-se: o sacador (o comprador ou prestador de serviços); o sacado (o vendedor ou quem se utilizou do serviço prestado).

e) EQUALIZAÇÃO é um termo utilizado na linha de financiamento do PROEX onde o governo brasileiro assume parte dos encargos financeiros das operações de financiamento à exportação, tornando-os compatíveis com os do mercado nacional.

14. Marque o item correto.

a) FIANÇA é uma obrigação escrita. É um contrato por meio do qual alguém chamado fiador garante o cumprimento da obrigação do devedor caso estenão o faça, ou garante o pagamento de uma indenização ou multa pelo não cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não fazer do

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afiançado.A Fiança pode ser concedida apenas por pessoas físicas, incluindo-se a Fiança Bancária, onde o devedor contrata uma instituição financeira para ser fiadora de uma obrigação

b) FINAME é a Agência Especial de Financiamento Industrial. Foi constituída em 1964, como subsidiária do BNDES, com o objetivo de promover o desenvolvimento e consolidação do parque nacional produtor de bens de consumo, através do financiamento para a aquisição desses bens, operando exclusivamente através de repasses de recursos.

c) FLOAT é a receita marginal proporcionada pela retenção da liquidez de uma das partes, por parte da outra em benefício próprio por um dia.

d) FUNDO MÚTUO DE AÇÕES é o conjunto de recursos administrados por uma distribuidora de valores, sociedade corretora ou banco de investimentos, que os aplica em uma carteira diversificada de títulos, distribuindo os resultados aos cotistas, proporcionalmente ao número de cotas possuídas.

e) GARANTIA REAL: na garantia real, o devedor destaca um bem específico que garantirá o ressarcimento do credor na hipótese de inadimplemento do devedor. Na hipótese de inadimplência pelo devedor, o credor poderá vender o bem onerado, pagando-se com o preço obtido, e devolvendo ao devedor a diferença, caso haja.

15. Marque o item correto:

a) HOT MONEY é o empréstimo destinado a financiar as necessidades de giro para investimento, em geral de um dia.

b) HEDGE é um título com objetivo de evitar variações de preços, quer de commodities agrícolas ou financeiras.

c) HIPOTECA é a garantia de pagamento de uma dívida dada sob a forma de um bem imóvel (com exceção de navios e aviões, que também podem ser hipotecados). Embora conserve a propriedade do bem, o devedor só readquire sua posse após o pagamento de sua dívida.

d) IGP é o Índice Geral de Preços, calculado pela fundação Getúlio Vargas, mede de forma ponderada as variações de preços no atacado, ao consumidor de bens e serviços e construção civil de um período em relação a outro. O IGPDI tem seu período de medição entre (30/Me 30/M-1) e seu resultado é divulgadono dia 10/M+1. Já o IGPM tem seu período de medição entre (20/M e 20/M-1) e seu resultado é divulgado até o último dia do mês corrente(M).

e) IOF é o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários. Incide nos débitos de empréstimos da conta-corrente.

16. Marque o item correto.

a) IPA é o Índice de Preços no Atacado, calculado pela fundação Getúlio Vargas, participa com 0,60% do IGP e mede variação de preços no atacado.

b) IPC é o Índice de Preços ao Consumidor, participa com 0,30% do IGP

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amplo e mede a variação de preços ao consumidor de bens e serviços. c) INCC é o Índice Nacional da Construção Civil, participa com 0,10%

do IGP amplo e mede as variações dos preços da mão-de obra e materiais de construção.

d) IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é apurado pelo IBGE e mede a variação de preços dos produtos da família com renda entre 01 e 40 salários mínimos.

e) INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, mede a variação dos preços de bens e serviços, nas 11 principais capitais brasileiras, para as famílias com rendimento entre 01 e 10 salários-mínimos.

17. Marque o item correto.

a) IPC é o Índice de Preços ao Consumidor (FIPECAP). Trata-se de índice apurado pela USP e mede a variação dos preços de bens e serviços na cidade de São Paulo.

b) ÍNDICE BOVESPA é o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que mede a lucratividade de uma carteira real de ação.

c) JUROS COMPOSTOS são taxas de juros que são aplicadas quando os juros nos períodos que se sucedem são ganhos não somente sobre o principal inicial, mas também sobre os juros acumulados nos períodos precedentes. Os juros compostos contrastam com os juros simples, uma vez que, no primeiro, os retornos não são obtidos sobre juros recebidos.

d) LETRA DE CÂMBIO – LC – é uma ordem escrita, dada a uma determinada pessoa para que pague uma certa importância em dinheiro a alguém. A LC é composta de três figuras: o sacador: que dá a ordem, que cria a letra; o sacado: o devedor, o que recebe a ordem de pagar; o tomador: o benefeciário, aquele a favor de quem a ordem é dada, podendo ser um terceiro ou o próprio sacador; aceite: o aceite é facultativo. É o reconhecimento do débito pelo sacado, onde há a promessa de pagamento no vencimento.

e) LIQUIDEZ é a disponibilidade de moeda corrente ou posse de títulos ou bens conversíveis rapidamente em moeda corrente internacional.

18. Marque o item correto.

a) MERCADO À VISTA é o mercado onde a liquidação financeira (entrega dos títulos pelo vendedor) se processa no 1º dia útil após realização do negócio em pregão e a liquidação física (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no 3º dia útil posterior à negociação e somente mediante a efetiva liquidação financeira.

b) MDIC é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Exterior.

c) NOTA PROMISSÓRIA – NP – é uma promessa de pagamento de certa quantia em dinheiro, feita por uma pessoa a favor de outra. A NP é emitida pelo credor (emitente) a favor do devedor.

d) OPÇÃO é o contrato que envolve o estabelecimento de direitos e obrigações sobre determinados títulos, com prazos e condições pós-estabelecidas.

e) OPÇÃO DE COMPRA DE ACÕES é o direito outorgado ao titular de uma opção de, se o desejar, adquirir do lançador um lote padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado, durante o

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prazo de vigência da opção. 19. Assinale o item correto.

a) REI – Registro de Exportadores e Importadores – é o cadastro de exportadores e importadores que contém dados dos usuários, sendo sua inscrição obrigatória para realização de operações de comércio exterior que envolvam produtos agropecuários. A inscrição no REI se processará automaticamente, através do SISCOMEX, na primeira operação de comércio exterior.

b) PROEX – PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES – foi criado em 1991, com o objetivo de proporcionar às empresas brasileiras condições de financiamento equivalentes às do mercado internacional, sendo administrado peloBanco Central, na qualidade de Agente normatizador Financeiro da União.

c) PROTESTO – o protesto é um ato solene que tem por finalidade principal comprovar a mora do devedor. Essa mora é unicamente a falta ou recusa do aceite do título.

d) RC – Registro de Operação de Crédito – documento de caráter cambial e financeiro, processado pelo SISCOMEX, que caracteriza venda externa com prazo de pagamento superior a 180 dias, com recursos da União ou sem qualquer ônus para a União (nos financiamentos próprios do exportador ou de terceiros). Cabe ao exportador, diretamente ou por seu representante legal, através do SISCOMEX, prestar as informações necessárias ao exame e efetivação do RC. Cada RC corresponde a um “pacote” financeiro e pode abranger a exportação de diversas mercadorias ou serviços, com previsão para um ou para de operações de caráter cambial e financeiro, nas exportações com prazo de pagamento superiores a 360 dias, que caracterizam as exportações financiadas.

e) RDB – Recibo de Depósito Bancário – são títulos de crédito chamados de Recibo de Deposito Bancário, são inegociáveis e intransferíveis.

20. Assinale o item correto.

a) SAQUE é a ordem por escrito e assinada por meio da qual uma parte – o sacador ou emissor – dá instruções a outra – sacado – para que pague uma somaespecífica a uma terceira – beneficiário. O emissor e beneficiário podem ser a mesma pessoa. Nas operações internacionais, a cambial é geralmente chamada Letra de Câmbio optativa.

b) SECEX é a Secretaria de Comércio Exterior – órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, responsável pela condução das operações de comércio exterior, pela aplicação dos mecanismos de defesa comercial, pelo acompanhamento de acordos de integração regional e pelo desenvolvimento de políticas de comércio exterior.

c) SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS é a operação mediante a qual uma empresa (cedente), possuindo direitos creditórios a receber (títulos de crédito, contratos etc...), cede-os em caráter definitivo a uma Sociedade Propósito Empresarial.

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d) SELIC é o Sistema de Liquidação e Custódia de Títulos. São processamentos via sistema automatizado de compra/venda de títulos publico, através de débito/crédito nas contas das Instituições Financeiras junto a Bancos Comerciais e ao Banco Central (compulsório).

e) SISBACEN é o Sistema de informação do Banco Central. É um complexo informacional destinado ao tratamento, armazenamento e recuperação, on-line, de dados e informações com atualização em tempo real com o objetivo de proporcionar instrumental adequado à execução das atividades legais do Banco Central.

 

 

 

 

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