voz ribatejana - edição 4 janeiro de 2012

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Em frente aos correios de Alverca tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt :: número 28 :: ano 2 :: 4 de Janeiro de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: Voz Ribatejana Deseja-lhe boas festas Câmara procura 8 milhões para comprar a marinha RESTAURANTE “OS BONS AMIGOS” Menu do Dia Refeição completa por 6 euros!! Praceta 1, Quinta das Drogas, Lojas C e D ALVERCA Telfs: 218 206 459 - 918 545 556 - 961 082 162 Grelhados na brasa: Peixes frescos e carnes Comida para Fora Sopa da Pedra Ve n h a p r o v a r a n o s s a e s p e c i a l i d a d e Família denuncia alegada negligência em lar de Alenquer Póvoa e Azambuja contestam horários da CP Tribunal liquida TNC Ensino superior e um serviço regional da administração central são, nesta altura, as hipóteses mais viáveis para o aproveitamento de espaços da antiga Marinha de Vila Franca. A Câmara volta, por isso, a equacionar a possibilidade de comprar aqueles 12 hectares, desde que existam parcerias firmes para a sua futura utilização, e vai tentar encontrar fundos comunitários que minimizem o peso dos 8 milhões actualmente pedidos pelo complexo situado junto à entrada sul de Vila Franca, que está desactivado há mais de dois anos e tem sido alvo de sucessivos roubos. pag: 3 Junta de Vila Franca desiste de projecto onde já gastou 100 mil euros ar D’novo RENOVE A SUA CASA a preços de ocasião 9 9 6 6 3 3 0 0 3 3 8 8 8 8 3 3 7 7 : : : : 9 9 1 1 6 6 2 2 3 3 1 1 2 2 3 3 1 1 E E N N 1 1 Q Q U U I I N N T TA A D D A A S S L L A A R R A A N N J J E E I I R R A A S S C C A A S S T TA A N N H H E E I I R R A A D D O O R R I I B B A AT T E E J J O O Móveis semi-novos a preço de SALDO! em tempos de crise/soluções criativas MÓVEIS COM PASSADO E FUTURO pag.: 9 Restaurante “O Redondel” vai reabrir A família de um homem de 82 anos, que faleceu no dia 22, no Hospital de Vila Franca de Xira, critica o comporta- mento do lar da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, onde estava internado há 12 dias. pag.: 7 As alterações de horários introduzidas pela CP desde o passado dia 11 estão a gerar muitos protestos, sobretudo na zona sul do concelho de Vila Franca de Xira e devido à supressão, aos fins-de-semana e feriados, da maioria das par- agens na Póvoa de comboios com destino e origem em Santa Apolónia pag.: 9 pag.: 5 Arruda e Sobral vão ter que pagar mais para ver televisão pag.: 24 SAP de Benavente garante médicos por mais 6 meses pag.: 8 pag.: 15

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Jornal Voz Ribatejana edição 4 Janeiro 2012

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Page 1: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Em frente aos correios de Alverca

tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt

“:: número 28 :: ano 2 :: 4 de Janeiro de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::

Voz Ribatejana

Deseja-lhe

boas festas

Câmara procura 8 milhões

para comprar a marinha

RESTAURANTE“OS BONS AMIGOS”

Menu do Dia

Refeição completa por 6 euros!!

Praceta 1, Quinta das Drogas, Lojas C e D ALVERCA

Telfs: 218 206 459 - 918 545 556 - 961 082 162

Grelhados na brasa:

Peixes frescos e carnes Comida para Fora

Sopa

da

Pedra

Venhaprova

ranossa e

specialidade

Família denuncia

alegada negligência

em lar de Alenquer

Póvoa e Azambuja

contestam horários da CP

Tribunal liquida TNC

Ensino superior e um serviço regional da administração central são, nesta altura, as hipóteses mais viáveis para o aproveitamento de

espaços da antiga Marinha de Vila Franca. A Câmara volta, por isso, a equacionar a possibilidade de comprar aqueles 12 hectares,

desde que existam parcerias firmes para a sua futura utilização, e vai tentar encontrar fundos comunitários que minimizem o peso

dos 8 milhões actualmente pedidos pelo complexo situado junto à entrada sul de Vila Franca, que está desactivado há mais de dois

anos e tem sido alvo de sucessivos roubos.

pag: 3

Junta de Vila

Franca desiste

de projecto

onde já gastou

100 mil euros

aarr D’novo

RENOVE A SUA CASA

a preços de ocasião

999966663333 000033338888 888833337777 :::: :::: 999911116666 222233331111 222233331111

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em

tempos de

crise/soluções

criativas

MÓVEIS COM PASSADO E FUTURO

pag.: 9

Restaurante

“O Redondel”

vai reabrir

A família de um homem de 82 anos, que faleceu no dia 22,

no Hospital de Vila Franca de Xira, critica o comporta-

mento do lar da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer,

onde estava internado há 12 dias.

pag.: 7

As alterações de horários introduzidas pela CP desde o

passado dia 11 estão a gerar muitos protestos, sobretudo na

zona sul do concelho de Vila Franca de Xira e devido à

supressão, aos fins-de-semana e feriados, da maioria das par-

agens na Póvoa de comboios com destino e origem em Santa

Apolónia

pag.: 9

pag.: 5

Arruda e Sobral vão ter que

pagar mais para ver televisão

pag.: 24

SAP de Benavente garante

médicos por mais 6 mesespag.: 8

pag.: 15

Page 2: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28DESTAQUE

02

Jorge Talixa

A coligação Novo Rumo

(CNR) continua a levantar

muitas dúvidas à forma como

foi negociada e tramitada a

alteração ao loteamento da 2ª.

Fase da Quinta da Piedade e

admite, se as questões levan-

tadas não forem devidamente

esclarecidas levar o caso a tri-

bunal. A presidente da Câmara

de Vila Franca de Xira já deu

orientações aos serviços para

apresentarem um esclareci-

mento circunstanciado até à

reunião de 11 de Janeiro.

Recorde-se que foi o voto da

CNR contra esta nova urba-

nização que levou, no final de

Novembro, à ruptura do

entendimento entre socialistas

e sociais-democratas para a

gestão da edilidade vila-fran-

quense e, desde então, a dis-

cussão tem-se mantido entre

as duas forças políticas.

Na passada quarta-feira, o

social-democrata Rui Rei

levantou várias questões que

entende que não estão esclare-

cidas durante a reunião

camarária realizada na Póvoa

e a discussão acabou por se

prolongar por quase uma hora.

O eleito do PSD lamentou que

o parecer jurídico sobre a

matéria não estivesse incluído

nas 16 pastas do processo que

teve oportunidade de consul-

tar, estranhou que não tivesse

sido solicitado parecer à Epal

e que não exista estudo de

tráfego e considerou que não

foi dada a devida publicidade

a esta alteração de modo a que

os moradores vizinhos se

pudessem pronunciar.

“Na última assembleia muni-

cipal (a alteração foi aprovada

com votos favoráveis de PS e

CDU) foi dito que havia vários

pareceres jurídicos que supor-

tavam esta alteração. Ou esses

pareceres vieram entretanto ou

das 16 pastas do processo em

nenhuma constam esses pare-

ceres”, sublinhou Rui Rei que

encontra, ainda, várias outras

questões por esclarecer.

Primeiro não encontrou nen-

huma deliberação do conselho

de administração dos Serviços

Municipalizados de Águas e

Saneamento em que estes

decidam transferir uma faixa

de terreno que ali possuem

para o promotor da urbaniza-

ção. “Onde está a deliberação

dos SMAS que permite que

passe nesse terreno uma estra-

da, sem essa estrada não há

construção de edifícios, não há

saídas para as garagens, não há

prédios”, afirma.Depois, sus-

tenta Rui Rei, há uma questão

fundamental que é a de não ser

possível a nenhum promotor

pedir a aprovação de lotea-

mento que abranja uma faixa

terreno de que não é propri-

etário. “Para nós é claro: um

erro todos podemos cometer e

todos podem ser analisados. Já

não podemos aceitar que, com

base em tudo isto que temos

vindo a dizer, a Câmara con-

tinue a afirmar que está tudo

instruído correctamente, quan-

do pensamos que padece de

gravíssimas irregularidades.

Ninguém pode pedir uma

alteração sobre um terreno de

que não é proprietário”, acres-

centou.

Maria da Luz Rosinha afi-

ançou que os serviços de

urbanismo vão responder “em

detalhe” a todas as questões

colocadas num requerimento

apresentado pela CNR na últi-

ma sessão da Assembleia

Municipal e algumas outras

colocadas por Rui Rei na

própria reunião camarária.

“Também convém dizer que

aos serviços da Câmara e aos

SMAS não assistiu, no trata-

mento deste processo, nenhum

intenção de favorecer quem

quer que seja, até porque o

promotor já foi bastante preju-

dicado ao longo dos anos, nem

nenhuma intenção de incorrer

em nenhum incumprimento da

Lei”, vincou a presidente da

Câmara, frisando que a CNR

tem todo o direito de pedir

todos os esclarecimentos.

“Estamos de consciência tran-

quila, vamos responder por

escrito e responder ao que

mais nos vier a ser solicitado.

Não precisamos de agitar

ninguém, mantemo-nos na

nossa atitude de responsabili-

dade perante as obrigações

que temos”, referiu.

Alberto Mesquita, vice-presi-

dente da edilidade vila-fran-

quense e responsável pelo

pelouro do urbanismo, reafir-

mou que é legítimo que a CNR

apresente todas as suas dúvi-

das. “Estou absolutamente

convicto que, em termos

urbanísticos, este projecto é

substancialmente melhor do

que o que estava aprovado.

Temos em cada momento de

ter a responsabilidade, se

tivermos condições para o

fazer, de melhorar, de corrigir,

de minimizar uma solução que

não nos pareça adequada.

Fizemo-lo na convicção de

que todos os procedimentos

estavam correctos”, asse-

gurou.

O eleito do PS observou que

todas as questões colocadas

por Rui Rei são bem-vindas e

explicou que, já depois da

Assembleia Municipal, se ve-

rificou que o parecer jurídico

do advogado Manuel

Rodrigues estava numa pasta

específica juntamente com

outros pareceres deste causídi-

co e não junto ao processo do

loteamento da Póvoa “como

devia estar”, o que já foi co-

rrigido. Rui Rei considerou

“positiva” a intervenção de

Maria da Luz Rosinha, mas

frisou que já devia ter sido

feita na sessão camarária de 30

de Novembro, quando se deu a

ruptura entre socialistas e soci-

ais-democratas. “A Câmara já

devia ter avaliado se são

razoáveis as questões que

temos colocado”, sublinhou.Já

Nuno Libório, vereador da

CDU, salientou que, até à data

e com base na informação

fornecida pela Câmara, a coli-

gação liderada pelo PCP man-

tém a sua posição sobre esta

alteração ao loteamento da 2ª.

Fase. O eleito da CDU frisou

que é legítimo que o PSD le-

vante estas questões que

“põem em causa até a

transparência” do processo,

defendeu que tudo deve ser

devidamente esclarecido, mas

também observou que lamenta

se os sociais-democratas estão,

agora, a levantar tudo isto por

razões meramente partidárias.

Maria da Luz Rosinha disse

partilhar das questões colo-

cadas por Nuno Libório e

observou que a possibilidade

aventada por Rui Rei da CNR

levar este assunto ao

Ministério Público para

averiguação “não chega para

abalar a credibilidade da

Câmara. Cada um assume as

suas responsabilidades pelas

posições que toma e pela

forma como as toma. Pôr em

causa a honestidade dos

processos, a transparência dos

mesmos, um trabalho logica-

mente ponderado pelos

serviços, só responsabiliza no

caso presente quem as levan-

ta”, rematou, referindo que

espera que os serviços

esclareçam rapidamente as

questões colocadas, mas pre-

vendo que novas questões

venham a ser colocadas pela

CNR, nesta nova postura da

coligação liderada pelo PSD.

A alteração à 2ª. fase da urbanização da Quinta da Piedade que levou ao rompimento do acordo entre socialistas e sociais-

democratas continua a dar controvérsia, com o PSD a afirmar que o processo “padece de gravíssimas irregularidades” e o PS

a garantir que está tudo correcto.

Coligação Novo Rumo ameaça levar loteamento

polémico da Póvoa ao Ministério Público

Compromissospor cumprir?Rui Rei colocou também aquestão do chamado “lotea-mento da variante”(aprovado para uma faixaque chegou a estar reserva-da para uma variante àPóvoa que não avançou poralegada falta de espaço)com o objectivo de sabercomo é que estão as situ-ações ainda por concretizarpelo promotor como aszonas verdes, os passeios, anova sede da junta e asinstalações para oAcadémico dos Desportos.Quis também saber o pontoda situação dos quatro oucinco prédios ainda previs-tos para os Caniços.Alberto Mesquita explicouque virá, em breve, àCâmara um documento comsoluções para a questão dosCaniços. “Este último acor-do tem estabelecido com oproprietário e estabelecidasas condições de relocaliza-ção do Clube Académicodos Desportos, que atravésdesta operação vai terinstalações desportivas esede social. Temos tidovárias reuniões com adirecção e todas asquestões que nos foramcolocadas já estão acer-tadas”, afiançou. Rui Reiavisou, todavia, que, no diaem que os prédios estiveremconstruídos, já será maisdifícil exigir a resolução doproblema da construção danova sede da Junta.

O polémico“loteamentodo tridente”O loteamento da 2ª fase daQuinta da Piedade já temcerca de 18 anos, mas umaárea extensa, situada pró-ximo do quartel dosbombeiros da Póvoa,nunca foi ocupada pordiversas vicissitudes. Paraali estava previsto um con-junto de edifícios muitodenso, com uma basecomum que formariamuma espécie de tridente. Aolongo dos anos, os execu-tivos camarários foram ten-tando negociar umaredução das construçõesprevistas pelo alvará conce-dido à empresa José MariaDuarte Junior.Ultimamente, já com aempresa Sociatos, a autar-quia chegou a um entendi-mento que entende quereduz bastante o impactodesta urbanização. Sabe-seque o processo tem evoluí-do também porque há umacadeia de supermercadosinteressada em abrir aliuma loja e que a alteraçãoagora aprovada prevê aconstrução de seis prédiosde 10 pisos. Técnicos emaioria PS sublinham que,neste novo formato, o pro-motor assume a construçãode espaços verdes que nãoexistiam na primeira ver-são e aumentam os espaçospúblicos e para estaciona-mento.

O espaço para onde estáprevista a controversa

urbanização

11 de Janeiro’12

15h00

Salão Nobre

dos Paços do Município

de Vila Franca de Xira

Perí

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85 6

00

Page 3: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Jorge Talixa

A Câmara de Vila Franca de

Xira deverá discutir já em

Janeiro uma proposta do exe-

cutivo socialista que poderá

levar à compra do espaço da

antiga marinha pela edilidade

vila-franquense, tendo já em

vista algumas utilizações, uma

delas na área do ensino superi-

or. Maria da Luz Rosinha,

presidente do Município, re-

velou também, na quarta-feira,

que poderão existir condições

para obter apoios comunitários

para esta aquisição, con-

siderando que o processo

poderá ser muito importante

para o desenvolvimento futuro

da cidade sede de concelho.

A questão foi colocada na últi-

ma reunião camarária pelo

vereador Nuno Libório, que

citou notícias recentes que re-

ferem que a Estamo (empresa

imobiliária do Estado) terá

pago 8 milhões de euros à

Direcção-Geral do Tesouro e

Finanças (DGTF) pelo antigo

complexo das escolas da arma-

da. “E agora, qual será a

intenção do Estado? Se é para

vender, com que finalidade?”,

questionou o autarca da CDU,

perguntando também até onde

a maioria PS “está disponível a

ir para tirar o melhor partido

possível de uma bolsa de te-

rreno como já não existem ou-

tras no concelho?”. Nuno

Libório alertou, contudo, para

eventuais intenção de negoci-

ação do espaço por parte da

Estamo. “Temos sérias dúvi-

das que a Estamo tenha

adquirido o espaço se não

tivesse outras pretensões

urbanísticas para além daquilo

que o Plano Director

Municipal define”, frisou.

Maria da Luz Rosinha afi-

ançou, todavia, que em todas

as conversas que já manteve

com a Estamo nunca lhe foi

colocada qualquer outra

hipótese de ocupação que não

seja a prevista no PDM –

equipamentos públicos nas

áreas da educação, do desporto

e do lazer e uma possível fran-

ja de construção para

habitação na parte sul. “Foi-

me claramente dito que nada

será ali feito que não tenha a

concordância da Câmara”,

assegurou a edil, acrescentan-

do que a Estamo também já lhe

transmitiu que admite vender o

espaço à Câmara pelos mes-

mos 8 milhões de euros que

pagou à DGTF.

“O que a Câmara fez nestes 2

anos (depois da desactivação

total das escolas da Armada)

de diligências foi tentar nego-

ciar prazos. Inicialmente o

prazo que estabeleciam eram 8

anos para pagamento, mas o

valor era de 24 milhões de

euros. Chegámos aos 8 mil-

hões para um prazo de 20

anos”, referiu, vincando que o

executivo municipal entende

que só faz sentido tentar

adquirir o espaço com a garan-

tia de que há parceiros interes-

sados em articular com a autar-

quia os investimentos

necessários à utilização futura

de um complexo que se

estende por cerca de 12

hectares.

Por isso, Maria da Luz

Rosinha diz que a Câmara

“tem vindo a fazer várias

diligências na área da edu-

cação e do ensino superior,

uma perspectiva que há muito

tempo se coloca. Muito camin-

ho já foi feito, mas não quise-

mos criar falsas expectativas

que não viessem, depois, a

concretizar-se”, explicou a

presidente da Câmara, frisando

que, para além da possibili-

dade que se coloca do ensino

superior surgiu, mais recente-

mente, em paralelo, a possibil-

idade de se instalar também no

antigo espaço da marinha um

serviço da administração cen-

tral. “Já há abordagens desse

Ministério com a Estamo, o

problema é simples, o do din-

heiro que a Estamo adiantou

ao Estado”, precisou.

Certo é que Maria da Luz

Rosinha acha que o processo

pode ter grande desenvolvi-

mento já neste mês de Janeiro

e acredita que poderá levar às

sessões de câmara de 11 ou de

25 de Janeiro uma proposta

mais detalhada relacionada

com a negociação do espaço e

com os eventuais parceiros.

Por outro lado, a autarca do PS

sabe que, nesta altura, será po-

ssível apresentar uma candi-

datura a apoios comunitários

que “viesse facilitar a

aquisição daquele espaço que

muito beneficiaria do

Município”.

4 de Janeiro de 2012

03

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Oposição “trava” aumentosno refeitório municipalTendo em conta o aumento do IVA e o consequente aumentoda verba cobrada pela empresa que fornece os almoços parao refeitório municipal de Vila Franca de Xira, o executivocamarário propôs um acréscimo de 3, 50 para 3, 70 euros dovalor cobrado por cada refeição. Mas as reservas colocadaspelos vereadores da CDU e da coligação Novo Rumo(PSD/PPM/MPT) obrigaram a presidente da Câmara a retiraro ponto para uma análise mais aprofundada com a comissãosindical e para avaliar a possibilidade de vir a ser a autar-quia a suportar o valor resultante da alteração da taxa deIVA.Maria da Conceição Santos, vereadora responsável pelagestão do refeitório municipal, explicou que, devido ao IVA,cada refeição fornecida pela empresa vai passar de 3, 41 para3, 69 euros, pelo que a proposta foi no sentido de arredondaro valor a cobrar aos funcionários para 3, 70.Mas Nuno Libório (CDU) começou por afirmar que a entregado serviço a uma empresa privada não trouxe nenhuma“mais-valia” e que muitos trabalhadores garantem que“houve uma nítida perda de qualidade”. Maria da ConceiçãoSantos não vê razões para esse sentimento, diz que almoçaregularmente no refeitório e que o seu funcionamento é moni-torizado permanentemente por uma comissão especializada.“Acho estranho que lhe cheguem essas queixas, porque nãochegam à comissão de acompanhamento”, vincou.Mas Ana Lídia Cardoso (CDU) citou uma passagem de umparecer da comissão sindical que diz que “houve umaredução na quantidade da comida fornecida e na qualidade”,frisando que é um espelho do descontentamento existente.Maria da Conceição Santos adiantou que só teve conhecimen-to deste parecer no próprio dia da sessão camarária e, emresposta à CDU, explicou que em Setembro o refeitóriomunicipal forneceu 2850 refeições e que nos últimos mesesesse número tem rondado as 2500.Para a CDU isto traduz um redução significativa e o social-democrata Rui Rei também sublinha que quem frequenta orefeitório municipal percebe que “o número de consumidoresbaixou drasticamente” e diz que, “com comissão de acompa-nhamento ou sem comissão de acompanhamento, é fundamen-tal que se avalie porque, efectivamente, os clientes dorefeitório municipal diminuíram, alguma coisa aconteceu”. Oautarca do PSD defendeu, também, que será da mais elemen-tar justiça que a Câmara assuma estes 20 cêntimos, atéporque vai pagar menos cerca de 1 milhão de euros de remu-nerações devidos aos cortes de subsídios de férias e de Natal.Maria da Luz Rosinha acabou por decidir retirar o pontopara reapreciação, até porque corria o risco de ver chumbadaa proposta de aumento com votos desfavoráveis de CDU ePSD.

J.T.

A possibilidade de compra do espaço da antiga Marinha pela Câmara de Vila Franca de Xira volta a estar em cima da mesa. A

autarquia acredita que pode obter fundos comunitários e que a eventual instalação de um pólo de ensino superior e de um

serviço da administração central ajudarão a criar condições para pagar os 8 milhões de euros que o Estado pede pelos cerca de

12 hectares, situados junto à entrada sul de Vila Franca. O assunto deve ter desenvolvimentos já em Janeiro.

Câmara procura

meios para comprar

a antiga marinha

As antigas instalações daMarinha têm sido alvo desucessivos roubos

Ponte de Vila Franca fez 60 anos

A Ponte Marechal Carmona completou, na passadasexta-feira, 60 anos de existência. Estrutura decisivapara as ligações entre o Norte e o Sul do País e entreVila Franca e os campos da Lezíria, a ponte sobre oTejo começou a ser construída em 1947 e foi inaugura-da, quatro anos depois, a 30 de Dezembro de 1951.

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Page 4: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28

04

O volume elevado de facturas por pagar e o peso dos encargos

com o pessoal no orçamento da Junta estão a preocupar a

Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira.

Freguesia de Vila Franca aprova orçamento de 1, 3

milhões com muitas críticas ao anterior executivo

Jorge Talixa

A Assembleia de Freguesia de

Vila Franca de Xira aprovou

as propostas de plano e orça-

mento para 2012 da Junta vila-

franquense, numa sessão mar-

cada por bastantes críticas ao

executivo cessante (saíram em

Setembro o presidente e o

tesoureiro, substituídos por

Ana Câncio e Marques da

Costa, e mantiveram-se os

restantes três elementos),

sobretudo no que diz respeito

ao dinheiro já gasto no proje-

cto do Centro Gastronómico

de Povos que, afinal, parece

não ter pernas para andar. O

novo executivo apresentou um

levantamento da situação

financeira da Junta, que apon-

ta para 154 mil euros de fa-

cturas por pagar, e diz que,

perante a quebra de receitas,

praticamente só tem condições

para suportar as despesas co-

rrentes e para pagar as dívidas.

Na votação, apesar de algumas

críticas, a coligação Novo

Rumo (PSD/PPM/MPT)

voltou a optar pela abstenção

e, por isso, a maioria relativa

do PS foi suficiente para

aprovar as propostas, uma vez

que CDU e Bloco de Esquerda

votaram contra. “O horizonte,

não sendo catastrófico, não se

augura nada fácil”, assume o

executivo da Junta nas pro-

postas apresentadas à

Assembleia, considerando que

“não chega manter a orien-

tação de gestão dos últimos

anos” e que “será necessário

um empenho fortíssimo”. É

que, segundo o executivo

agora liderado por Ana

Câncio, “a afectação de recur-

sos a compromissos previa-

mente assumidos e não li-

quidados limita as expectati-

vas que a actual equipa detém

na concretização de activi-

dades e de investimentos”.

“A Junta de Freguesia andou a

viver acima das suas possibili-

dades e os senhores permiti-

ram isso”, criticou Fernando

Matos, eleito do BE, afirman-

do que a culpa não é do actual

executivo, mas de quem viabi-

lizou esta gestão e a anterior

(PS e coligação Novo Rumo).

“Não chega a ser um orçamen-

to, é uma lista de encargos”,

lamentou. No mesmo sentido

foi a intervenção de Carlos

Romano, eleito da CDU, que

garantiu que a sua bancada foi

sempre alertando “para os

problemas que o executivo

anterior estava a criar à

Junta”. O autarca da CDU

estranha que alguns respon-

sáveis do PS venham respon-

sabilizar também a oposição

pelo crescimento elevado do

quadro de pessoal da Junta de

Freguesia. “O facto é que as

pessoas entraram sem qual-

quer pedido ou influência dos

membros da Assembleia de

Freguesia”, prosseguiu, ques-

tionando também as verbas

previstas para os parques de

estacionamento da zona do

hospital. “Tudo o resto nos

parece aceitável, mas um

assunto nos deixa apreensivos,

já que se prevê com 42 mil

euros vir a financiar 110 mil

euros de investimentos”,

referiu, aludindo a eventuais

“engenharias financeiras” para

encontrar mais verbas para

investimento. Também

António José Matos, eleito da

coligação Novo Rumo, se

mostrou preocupado com o

crescente peso dos encargos

com o pessoal da Junta. “Há

dois ou três orçamentos atrás,

esses encargos estavam nos

48% do orçamento, em 2012,

considerando a receita pre-

vista, já vão nos 53%. Não

posso deixar de referir o peso

considerável e o aumento

gradual dos custos fixos como

as despesas com o pessoal”,

alertou o autarca do PSD. Já

João Trindade, da bancada do

PS, salienttou que ninguém

pode sacudir a água do capote

e que a CDU também tem uma

responsabilidade política e

também partilha destas

responsabilidades. “Ninguém

nesta assembleia gostaria de

estar a apresentar este orça-

mento. A verdade é que há

aqui que assumir responsabili-

dades e ninguém está a fugir a

isso, estamos a assumir aquilo

que aconteceu. O que este

executivo se propõe é emen-

dar aquilo que menos bem

correu e falo deste rol de fac-

turas que nos foi apresentado

(ver caixa)”, reconheceu,

destacando que esta proposta

de orçamento para 2012 está

também influenciada pela

“imprevisibilidade” das

receitas. Fernando matos

voltou a intervir para salientar

que, para o BE, “as pessoas

não são uma despesa, são um

activo”, mas lembrou também

que três dos actuais membros

do executivo da Junta transi-

taram do anterior elenco e

têm, por isso, também respon-

sabilidades na gestão realiza-

da. “Acho que todos temos a

nossa quota de responsabili-

dade”, observou, por seu

turno, a presidente da Junta

Ana Câncio, destacando a

responsabilidade para com o

passivo que é preciso “tentar

pagar e pôr a zero o mais ra-

pidamente possível”. O autar-

ca do PS diz que nas actuais

condições financeiras sobra

muito pouca margem para

investimentos e que Junta vai

tomar algumas medidas para

colocar mais funcionários na

área da acção social. Ana

Câncio acrescentou que o

novo executivo não vai

enveredar pelo caminho de

tentar reduzir despesas

reduzindo o pessoal, porque

tem consciência que as pes-

soas têm expectativas e têm

vínculos. “Não vemos que seja

por aí que vamos reduzir a

despesas e vamos tentar que

nunca seja por aí”, afiançou.

BE ameaça processarautarquias locaisFernando Matos, eleito local do BE, lamentou a forma “des-cuidada” como, no seu entender, foi colocada sinalização noâmbito da recente remodelação da Travessa do Araújo. Oautarca sustenta que um dos sinais “está em cima do passeio,em clara violação da Lei” e garante que, “ou a Câmaracumpre a Lei ou vamos ter que accionar os tribunais”, porque“aquilo que lá está é mera negligência, não seria mais carocolocar aquele poste no sítio devido”.O eleito do Bloco de Esquerda começou por questionar se aresponsabilidade pela colocação daqueles sinais era da Juntaou da Câmara e diz não estar disposto a aceitar que esta situ-ação ilegal se mantenha por muito tempo, considerando que éperigosa para os peões e especialmente para alguns cidadãoscom limitações de mobilidade. “Se permanecer, eu, em nomepróprio, accionarei os tribunais para que a situação sejareposta”, promete. A presidente Ana Câncio prometeu observar a situação inloco, para “ver qual será a melhor forma de tirar o sinal dosítio onde está”, e explicou que, normalmente, a definição doslocais de colocação da sinalização é feita em articulaçãoentre a Câmara e a Junta.

Lista de facturas por pagarsurpreendeNa sessão da Assembleia de Freguesia do passado dia 19, oexecutivo da Junta de Vila Franca apresentou um levanta-mento das facturas por pagar que encontrou quando tomouposse em Setembro e dos compromissos assumidos pelo ante-rior executivo que entretanto resultaram em mais facturasrecebidas. O montante global de compromissos por pagarronda os 154 mil euros e Rita Lima (CDU) foi a primeira acomentar considerando que houve, na Junta, “uma mágestão dos dinheiros públicos” e que a responsabilidade é doPS e da coligação Novo Rumo, que tem apoiado os execu-tivos socialistas. “Felizmente a CDU não tem nada a vercom isto”, frisou, apontando situações extremas como asquotas da Associação Nacional de Freguesias por pagardesde Abril de 2010. Mas Orlando Silva, presidente da mesada Assembleia e eleito da coligação Novo Rumo, observouque a sua bancada nunca votou a favor dos orçamentos daJunta, optando sempre pela abstenção.Já António José Matos, também eleito da Novo Rumo, quissaber se estes compromissos estão previstos no orçamento de2011. Ana Câncio garantiu que sim. João Trindade (PS) elo-giou a forma como o novo executivo apresentou este levanta-mento. “Temos plena confiança que, independentemente dosnúmeros que estão aqui a ser divulgados, este executivo vaiser capaz de alterar a situação e de levar a bom porto agestão e a missão a que se comprometeu”, concluiu.

LOCAL

Page 5: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

05

Restaurante Redondelvai reabrir

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira(SCMVFX) está a preparar o lançamento de um novo concur-so para a concessão da exploração do emblemático restau-rante “O Redondel”, que funcionou, durante muitas décadas,na Praça de Toiros Palha Blanco. A mesa administrativa dainstituição, que já foi contactada por vários interessados, pre-tende elaborar um caderno de encargos muito preciso eacredita que será possível reabrir o conhecido restauranteainda no primeiro semestre deste ano.Carlos Caetano Dias, provedor da Misericórdia de VilaFranca, disse, ao Voz Ribatejana, que, depois da assembleiade credores, o Tribunal do Comércio de Lisboa decidiudeclarar insolvente a firma que explorou “O Redondel” nosúltimos anos e que, no final de Novembro, o próprio tribunalentregou a chave do espaço à SCMVFX, ficando a instituição(proprietária da praça) novamente habilitada a dar-lhe o des-tino mais adequado. “Estamos a preparar um caderno de encargos, que tem queser muito bem elaborado, porque é um património que quere-mos defender e preservar e para que não apareça alguém quequeira fazer alterações sem sentido”, sublinha CarlosCaetano Dias, admitindo que o próprio caderno de encargosvenha a prever o desenvolvimento de algumas obras de me-lhoria do espaço do restaurante antes da sua reabertura.“Temos sido contactados por pessoas interessadas, já pelomenos três ou quatro. E foi curioso ver num destes diasaparecerem quatro indivíduos que vinham para almoçar noRedondel e ficaram surpreendidos quando dissemos o que sepassava”, refere o responsável da Misericórdia de VilaFranca, destacando a imagem que “o Redondel” ainda temem muitas zonas do país.Carlos Caetano Dias acha que há todas as condições paraque “O Redondel” reabra algum tempo antes do próximoColete Encarnado e sublinha que é do interesse da SCMVFXultrapassar este problema, porque a concessão do espaço éuma receita que contribui para sustentar a actividade socialda instituição.

Boa parte do projecto do centro gastronómico de Povos vai ficar pelo caminho. Já se gastaram perto de 100 mil euros em obras

e equipamentos e a Junta tenta, agora, aproveitar parte do edifício para fazer refeições para escolas e outra para instalar a sua

delegação no bairro.

Junta desiste do centro

gastronómico onde já

gastou 100 mil euros

Jorge Talixa

O novo executivo da Junta de

Vila Franca de Xira entende

que não há condições para con-

cretizar o centro gastronómico

que a anterior equipa da autar-

quia planeou para um edifício

degradado de Povos. O caso

voltou a dar acesa polémica na

última sessão da Assembleia de

Freguesia e a nova presidente

da Junta, Ana Câncio, anun-

ciou que a intenção da autar-

quia é, agora, tentar concluir as

obras de reabilitação do edifí-

cio e transferir para ali a sua

delegação de Povos, o que per-

mitiria poupar a renda actual-

mente paga pelas instalações

do balcão local da Junta.

Depois de cerca de 100 mil

euros já gastos (ou compro-

metidos) num projecto anunci-

ado em 2008 durante uma visi-

ta do executivo municipal à

freguesia, o centro gastronómi-

ca deveria trabalhar na for-

mação de pessoal especializa-

do para a restauração e

refeitórios de instituições e

empresas da região e também

no fornecimento de refeições

ali confeccionadas. O investi-

mento previsto pelo executivo

liderado por José Fidalgo ron-

dava os 200 mil euros, mas a

candidatura a fundos comu-

nitários nunca foi aprovada,

complicando, e muito, o desen-

volvimento do projecto.

Entretanto foram feitas obras

num valor de cerca de 44 mil

euros (a reabilitação e ada-

ptação do imóvel ainda está

longe do fim) e a Junta adqui-

riu, em leasing, equipamentos

para a cozinha e computadores

para as salas de formação, num

total de cerca de 50 mil euros.

A ideia seria instalar ali duas

salas de formação com capaci-

dade para 40 formandos, uma

cozinha e uma zona de serviço

de mesa.

Na Assembleia de Freguesia de

dia 19 foi o próprio PS, pela

voz de João Trindade, a solici-

tar esclarecimentos ao executi-

vo da Junta sobre este processo

do centro gastronómico. “A

bancada do PS gostaria de

saber o que é que se passa com

o centro gastronómico, quais

são os projectos ou ideias e o

que é que está pensado para a

solução do mesmo?”, questio-

nou.

Orlando Silva, presidente da

mesa da assembleia, lembrou

que a bancada da CDU apre-

sentou um requerimento solici-

tando esclarecimento sobre o

processo do centro gastronómi-

co e Ana Câncio fez um ponto

da situação, frisando que “há

algumas obras feitas e o

equipamento da cozinha

adquirido”.

“O que falhou aqui? Falhou

talvez o facto de se ter dado,

naquela altura, talvez um passo

um pouco maior que a perna e

não estariam completamente

acauteladas todas as parcerias

que seriam necessárias para

que o centro gastronómico

tivesse hipóteses de funciona-

mento”, sustentou a autarca do

PS, explicando que o projecto

assentava também numa parce-

ria com o Instituto do Emprego

e da Formação Profissional ou

com alguma outra instituição.

“A verdade é que as obras

pararam, ainda temos as obras

por pagar e estamos a pagar o

leasing do equipamento da

cozinha”, vincou.

Certo é que, no entender do

novo executivo da Junta,

empossado em Setembro, “não

será possível avançar com a

ideia do centro gastronómico

como tal, mesmo o quadro de

apoio em que estava a fun-

cionar essas acções de for-

mação hoje em dia já não exis-

tem ou são diminutos”. Por

isso, a autarquia local está,

agora, “a tentar perceber quan-

to custa acabar a obra do cen-

tro, não como centro gas-

tronómico, mas, eventual-

mente, como uma cozinha que

possa vir a servir as refeições

que são dadas nas escolas e

com parcerias com institui-

ções”. Segundo referiu, a Junta

não pensa para já tentar vender

os equipamentos adquiridos,

mas planeia utilizá-los à

mesma para uma função social.

Abandonada ficará a ideia do

centro de formação e a Junta

equaciona a possibilidade de

aproveitar o andar de cima para

a delegação que já possui em

Povos, o que permitiria deixar

de pagar a renda das actuais

instalações. “O projecto do

centro gastronómico não se

consegue levar para a frente, o

que este executivo tem que ten-

tar é minimizar os danos e que

não seja mais um edifício

degradado”, rematou Ana

Câncio.

“Não podemos deixar passar

em claro esta situação”, reagiu

Carlos Romano, eleito da

CDU, frisando que a sua ban-

cada sempre questionou este

processo. “Não há centro gas-

tronómico, o edifício está hoje

pior do que estava há 5 anos,

não há nada, mas já voaram

praticamente 100 mil euros

para aquele centro gastronómi-

co e não se vê luz ao fundo do

túnel”, lamentou, garantindo

que a CDU vai continuar aten-

ta ao destino daquele edifício e

dos equipamentos já adquiri-

dos.

O assunto voltou à baila na dis-

cussão das dívidas da Junta e

das proposta de plano e orça-

mento para 2012, com Rita

Lima (CDU) a perguntar “se

não é um crime ter-se gasto

mais de 40 mil euros impune-

mente e Carlos Romano a

referir que “o PS está atolado

nesta questão do centro gas-

tronómico” e a garantir que “a

CDU não se vai calar”, lem-

brando que três dos cinco

membros do actual executivo

já integravam o anterior.

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Ortopedia do Hospital de Vila Franca tem classificação máxima

A Entidade Reguladora da Saúde, através do SINAS - Sistema Nacional de Avaliação em Saúde,atribuiu a classificação máxima, de nível de excelência clínica III, ao serviço de Ortopedia doHospital de Vila Franca de Xira. As áreas de AVC e de pediatria da unidade hospitalar vila-fran-quense, que foram pela primeira vez submetidas a esta avaliação, foram distinguidas com o nível II deexcelência clínica. Os responsáveis do Hospital Vila Franca de Xira reconhecem a “pertinência” destaavaliação e pretendem “alargar a sua participação a todas as áreas avaliadas pelo programa SINAS”.

Page 6: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28

06

TODOS COM VOZ

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329Correio Electrónico: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Proprietário e editor: Jorge HumbertoPerdigoto Talixa - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 2126) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha(carteira prof. 9865), Vasco Antão (carteira de colaborador 895), Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja - Concessionário de Publicidade: PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial– Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773) - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis - Tiragem: 5.000 exemplares

O Melhor e o Pior da Quinzena

Editorial

As

potencialidades

da antiga

Marinha

A cidade de Vila Franca de Xira vive,

há bastantes anos, uma fase de algu-

ma estagnação, aqui e ali interrompi-

da por investimentos que lhe vão

dando algum dinamismo mesmo que

temporário, como foi o caso do

Vilafranca Centro ou como poderão

vir a ser as obras de requalificação do

jardim e da frente ribeirinha. Mas

quase todos concordam que Vila

Franca tem perdido algumas da pre-

ponderância e do papel de centrali-

dade que já desempenhou neste baixo

Ribatejo. Durante décadas apon-

taram-se argumentos como o trânsito

congestionado ou a falta de espaços

para novas construções, mas que

estão muito longe de explicar a

evolução negativa da cidade.

Por outro lado, projectos como a con-

troversa Nova Vila Franca parecem,

no mínimo adiados. O Hospital, den-

tro de ano e meio deixará de ter a

influência que ainda tem na vida do

centro da cidade e Vila Franca pre-

cisa, seriamente, de encontrar outros

caminhos e outros factores de

dinamismo. A zona ribeirinha, o pa-

sseio pedonal, a marina e o novo

pavilhão multiusos podem ajudar. Os

cerca de 12 hectares da antiga

Marinha poderão, se bem aproveita-

dos, gerar o pólo de actividades

educativas, económicas e recreativas

que dê um impulso ainda mais decisi-

vo.

A Câmara vila-franquense, apesar das

enormes restrições financeiras e da

acentuada quebra de receitas, parece

agora (ver página 3) mais confiante

na possibilidade de encontrar parce-

rias e meios que permitam adquirir

aquele espaço nobre. Um pólo de

ensino superior, um complexo

desportivo e outras possibilidades em

negociação que a autarquia ainda não

revela serão capazes de gerar

condições para um desafio ambicioso

mas, ao mesmo tempo, apaixonante

de criar uma zona de revitalização de

Vila Franca de Xira, paredes meias

com a cidade e servida pela Estrada

Nacional 10, pela linha-férrea e pela

auto-estrada.

Este mês de Janeiro poderá ser deci-

sivo para que se consolide o processo,

assim se reúnam os apoios (eventual-

mente até comunitários) e as von-

tades necessárias para aquele que

poderá ser o passo mais determinante

para a vida de Vila Franca de Xira nas

últimas décadas.

Jorge Talixa

Introduzir em Portugal um novo sistema deemissões televisivas, é certo que com melhor

qualidade, mas que obriga as famílias adespender quantias significativas para não

perderem a companhia básica da TV, é contro-verso. Pior ainda quando se percebe que nem

tudo foi bem esclarecido e que alguns, como oshabitantes do concelho de Arruda, vão serpenalizados com custos bem mais elevados

porque não foi exigido à empresa que ganhou aconcessão que invista o necessário para garantir

a cobertura do território nacional a 100%.

Preocupação e pessimismo para 2012

Não espero grande coisa de 2012, espero

muita perturbação em termos sociais, muita

recorrência à justiça, especialmente em ter-

mos de crimes graves, violentos. Estão-se a

ver nestes últimos tempos muitos assaltos.

Acho que também devido à perturbação

social cada vez mais se está a assistir a

crimes violentos. Sempre se assistiu, mas

nesta forma e nesta quantidade não. Todas

as semanas há 3 ou 4 crimes violentos, são

máquinas multibanco, são ourives. Acho

que a crise social também está a justificar

muita coisa, não justifica tudo, porque há

pessoas que recorrem às vezes ao dinheiro

fácil, mas também contribui para esta cri-

minalidade.

A Segurança Social está a apertar e a

restringir o acesso a apoios sociais, o que é

compreensível, porque se o País não tem

dinheiro, não tem onde o arranjar. Mas há

muita gente que vive desses expedientes e

que podia perfeitamente trabalhar em qual-

quer coisa. Às vezes, o Rendimento

Mínimo é a opção mais fácil e, às tantas,

acho que a Segurança Social não dará

vazão à quantidade de pessoas que vai

recorrer mesmo por necessidade, porque

cada vez há mais desemprego e, em mais

de 20 anos de profis-

são, nunca vi tan-

tas falências de

pessoas em ter-

mos individuais

como agora

As pessoas,

durante muito

tempo, foram incenti-

vadas a recorrer ao crédi-

to fácil. Eram tudo facilidades. Eu fui edu-

cada de uma forma: quem não tem dinheiro

não tem vícios. Mas há pessoas que pen-

saram que isto era fácil, que pagavam as

férias a crédito, e surgiram situações muito

complicadas.

O problema nesta altura é que a grande

maioria da população não está a compreen-

der por que é que as pessoas que de certo

modo contribuíram para esta situação de

gastar mais do que aquilo que se tem e para

outro tipo de coisas não estão, agora, a ser

responsabilizadas. A voz que se ouve é que

são sempre os mesmos a pagar a crise.

Não espero nada de bom para 2012. As

pessoas não acreditam muito em 2012 e

não acreditam muito que em 2013 se

comece a ver a luz ao fundo do túnel.

Os 100 anos do nascimento de Alves Redol têmsido assinalados com um conjunto alargado deiniciativas que vão muito para além das fron-teiras da cidade de Vila Franca, onde nasceu oescritor. Um exemplo de que a junção de von-tades pode gerar um programa diversificado edinâmico, que ainda se vai prolongar por maisalguns meses.

O novo ano que agora se inicia adivinha-se ainda mais difícil e o sentimento de alguns vila-franquenses ouvidos pelo Voz Ribatejana é de notório pe-

ssimismo, sobretudo porque duvidam do impacto positivo das sucessivas medidas de austeridade. O crescimento do desemprego, a degradação social,

o aumento da criminalidade violenta e os sucessivos acréscimos de preços de bens essenciais são motivos para muita preocupação, com alguns, mais ve-

lhos, a temerem principalmente a falta de perspectivas para os mais jovens, num País onde falta também alguma confiança nos decisores políticos.

António Cascais, 71 anos, reformado,

natural e residente em Vila Franca de

Xira

Não vejo melhoras nenhumas. Isto cada vez vai mais

para pior. Segundo eles dizem, 2012 vai ser pior e já

se está a notar isso. Estou também a notar no aspecto

monetário, há muitos impostos, muita coisa a aumen-

tar. Isto nunca mais se endireita, é mesmo um País de

gatunos. Acho que assim não é o caminho para

resolver os problemas do País.

Sinceramente não sei quais seriam as alternativas,

mas eles estão lá, querem ir para o Governo, têm que

arranjar soluções. Não sou eu, que tenho a 4ª. classe,

que vou resolver isto. Quem vai para

lá é que tem que resolver os

problemas. Cada vez se

nota mais famílias em

dificuldades, mais

roubos, pessoas que

não têm trabalho.

Estou preocupado

é com os meus

netos, isso é que

está a preocupar-

me, como é que será

o futuro deles?

Sílvia Valverde, 48 anos, advogada, Vila Franca de Xira

Page 7: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

07

Ginásio

degrada-se na

Castanheira

O ginásio de manutenção con-

struído no chamado Bairro do

PER da Castanheira do

Ribatejo está fechado desde

Janeiro de 2010, há quase

dois anos. O edifício vai-se

degradando e não devia estar,

assim, ao abandono.

AB

Camiões invadem Quinta

da Piedade

Como é possível a PSP não fazer nada, são camiões estaciona-

dos junto a cruzamentos a tapar a visibilidade, a colocar em

risco uma condução em segurança, são camiões estacionados

onde estão as marcações para estacionamento de ligeiros.

Tudo isto se passa na 2ª fase da Quinta da Piedade, junto ao

quartel dos Bombeiros da Póvoa de Santa Iria e da Escola

Aristides Sousa Mendes, na Avenida Vicente Afonso Valente,

que fica perto da esquadra da PSP.

As fotos foram tiradas às 16hoo do dia 29 de Dezembro.

Porque será que a PSP não actua? Esta é uma pergunta para a

qual eu não consigo encontrar uma resposta, mas sinceramente

gostava de saber a resposta, se existir alguém que saiba a

resposta, por favor responda.

Carlos Mota

Casas em perigo no Bom

Sucesso

O abatimento do pavimento da Rua de Alfatar (por cima da

estrada da Proverba) está a gerar grande preocupação, pondo

em perigo os peões e os automobilistas que ali passam. Ha

vizinhos assustados por causa desta situação, que pode afectar

as suas casas. Em caso de grandes chuvas haverá enorme peri-

go para a moradia e para as duas adjacentes. O problema

arrasta-se há mais de dois meses e precisa de uma urgente

intervenção das autarquias locais.

A.B.

O fim do ano de 2011 foi particular-

mente complicado em termos de

criminalidade nos concelhos de

Alenquer e Azambuja. Na madruga-

da de 22 de Dezembro, dois homens

encapuzados fizeram explodir uma

caixa multibanco junto a um super-

mercado da Rua u????, no

Carregado. A vizinhança, embora

alertada pelo estrondo, pouco ou

nada podia fazer, já que os dois

homens estavam alegadamente

armados.

O assalto violento, com recurso a

gás, destruiu a caixa multibanco e

parcialmente a montra do superme-

rcado Ponto Fresco. Sérgio Lopes, o

proprietário, lamentou a destruição

parcial da sua loja, frisando que “a

potência da explosão foi tal que cau-

sou muitos danos".

As autoridades acreditam que o

ataque terá sido planeado durante os

dias anteriores e lembram que a

caixa terá sido carregada com din-

heiro na véspera do assalto. A inves-

tigação do caso está, agora, entregue

à Unidade Nacional de Contra-

Terrorismo da Polícia Judiciária.

Assaltos em Azambuja

Já no dia 13, dois homens assaltaram

a estação dos Correios de Azambuja.

Passava pouco das quatro da tarde

quando duas funcionárias que tin-

ham ido ao banco buscar dinheiro

para pagar as reformas dos utentes

foram abordadas com alguma vio-

lência ainda antes de entrarem nos

Correios. Segundo algumas teste-

munhas, as funcionárias não ofere-

ceram resistência, a rapidez da

acção dos assaltantes foi o bastante

para que não existisse qualquer

reacção.

Os ladrões colocaram-se em fuga em

direcção à Estrada Nacional 3, onde,

segundo testemunhas, teriam um

veículo para a fuga. MAR

Família acusa lar de Alenquer

de negligênciaA família de António Silva

Sousa, de 82 anos, acusa o lar

da Santa Casa da Misericórdia

de Alenquer (SCMA) de ne-

gligência. Em carta dirigida ao

Voz Ribatejana, a neta, Liliana

Costa, solicita que o caso “não

passe despercebido”, subli-

nhando que não compreende a

actuação da instituição, que

acusa de comportamento

“desumano”. António Sousa

faleceu, na semana passada, no

Hospital de Vila Franca, onde

deu entrada muito fraco,

desidratado e sem conseguir

andar. A SCM de Alenquer afi-

ança que vai averiguar interna-

mente o que se passou.

A neta interroga a instituição

pelo facto da família ter sido

chamada para transportar o

idoso para o hospital, algo que

até considera irrelevante, não

fosse o caso do idoso “estar

com dificuldades respiratórias

e sem andar”. Liliana Costa

acrescenta que a instituição

justificou o telefonema feito

para a família com o facto

deste ter família.

Disseram-lhe que, “tendo

família, são da responsabili-

dade da família, quando

necessário as idas aos hospi-

tais, o que não se justifica,

pois, se a pessoa estiver em

risco de vida, de nada adianta,

pois o tempo da família chegar

e até à chegada ao hospital,

todo esse tempo pode ser

fatal”, salienta a neta na comu-

nicação que dirigiu ao Voz

Ribatejana..

E aqui começam as interro-

gações da família que realça o

facto de que António Sousa

estar apenas há 12 dias no lar

da instituição. “Entrou para lá a

andar, relativamente bem de

saúde, pois a única doença era

Alzheimer”, sustenta a neta,

referindo que, quando foi bus-

car o avô, encontrou-o sem

andar e transportado de cadeira

de rodas. “Sou sincera, não

reconheci o meu avô”, admite.

Já no hospital, foi informada

que o estado de saúde do fami-

liar era complicado, tendo

entrado directamente para

fazer exames de diagnóstico e

foi já de madrugada que a

família foi informada do falec-

imento de António Sousa, a 21

de Dezembro.

O Voz Ribatejana tentou, sem

sucesso, até ao fecho desta

edição, obter esclarecimentos

de responsáveis da SCM de

Alenquer. Luís Rema, director

delegado da instituição, decla-

rou, entretanto, ao jornal

Correio da Manhã, que "o sen-

hor estava num estado lasti-

moso quando faleceu, devido a

uma depressão que desen-

volveu pelo facto de estar

longe da filha". O mesmo

responsável da instituição de

Alenquer disse, ao CM, que a

avaliação do estado de saúde

do idoso é da responsabilidade

do médico. Luís Rema admite

que “possa haver uma falha ou

outra” e destaca a necessidade

de recolher o máximo de infor-

mação possível para esclarecer

devidamente este caso. No

caso de haver responsabili-

dades imputadas à instituição,

Luís Rema é

peremptório:“Estamos cá para

as assumir"

Miguel António Rodrigues

Onda de assaltos nos concelhos

de Alenquer e Azambuja

Page 8: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28SOCIEDADE

08

Um colectivo de juízes do Círculo de Vila Franca de Xira con-

denou os dois principais arguidos de um grupo acusado de 13

assaltos à mão-armada a penas de prisão efectiva. Mas, devi-

do à insuficiência das provas apresentadas em tribunal e à

forma como a legislação portuguesa não permite a valoração

de depoimentos anteriores, o colectivo só considerou provado

um dos assaltos e assumiu que lamenta não poder punir os

arguidos pelos restantes, porque até está convencido da culpa.

Grupo estava acusado de 13 assaltos à

mão-armada mas o tribunal só provou um

Jorge Talixa

A presidente do colectivo de

juízes admitiu que o tribunal

“está convencido” que os prin-

cipais arguidos do caso de um

grupo acusado de 13 assaltos à

mão-armada a cabines de

portagens e estações de

serviço “são culpados”, mas

frisou que “infelizmente a Lei

ainda não foi alterada” e, com

base apenas nas provas apre-

sentadas no julgamento rea-

lizado no Tribunal de

Benavente, só pode condenar

dois deles a penas de prisão

efectiva. A investigação

baseou-se nas declarações

prestadas em fase de inquérito

pela também arguida Lucinda

F., que conduziu os inspe-

ctores da Judiciária aos locais

dos roubos e descreveu alguns

pormenores. Mas como esta

“testemunha” não falou em

tribunal e não há mais provas

que o colectivo presidido por

Manuela Pereira entenda sufi-

cientes, o acórdão condena

apenas dois deles pelo assalto

às portagens da A 2 na

Marateca verificado em

Março de 2010.

“O tribunal reitera que lamen-

ta não poder condenar todos

os culpados que mereciam,

porque fizeram muito mal. Os

senhores sabem os danos que

causaram às vítimas. Espero

que não se voltem a repetir”,

sustentou Manuela Pereira, no

final da sessão do passado dia

21, depois de ter resumido o

conteúdo do extenso acórdão

de 107 páginas. “O tribunal

está convencido que são cul-

pados mais viu-se obrigado a

absolvê-los por força da Lei”,

referiu a magistrada.

De facto, o processo foi inici-

ado com um assalto às porta-

gens da A 13 em Santo

Estevão (Benavente), onde foi

identificada uma viatura furta-

da, posteriormente encontrada

na zona de Sines. Pelo meio, a

PJ deteve a arguida Lucinda

que acabou por confessar o

seu envolvimento com este

grupo de indivíduos, que disse

ter chegado a acompanhar

numa série de assaltos,

incluindo os da Marateca e de

Santo Estevão. E a Judiciária

encontrou num poço e enterra-

dos num terreno próximo da

residência dos dois supostos

“cabecilhas”, no concelho de

Palmela, boa parte dos obje-

ctos roubados. Foram, assim,

acusados de associação crimi-

nosa, ofensas à integridade

física grave por disparos sobre

militares da GNR e detenção

de armas proibidas. Os

“líderes” respondiam por 27

crimes de roubo qualificado,

correspondentes a 13 assaltos

verificados em várias zonas do

centro do País, especialmente

nos distritos de Leiria, Lisboa

e Santarém e Setúbal. Em tri-

bunal, os arguidos optaram

por não falar e as testemunhas

(vítimas dos assaltos) não os

identificaram na maior parte

dos casos, também porque os

assaltantes actuavam enca-

puzados. Certo é que, explicou

agora a juíza Manuela Pereira,

não bastam as informações

anteriores de Lucinda para a

condenação. “Embora tenha

feito o reconhecimento dos

locais, não prestou declar-

ações em tribunal e nada mais

do que isso pode ser levado

em conta. A circunstância de

terem sido encontrados diver-

sos bens subtraídos junto à

residência de parte dos argui-

dos, sem qualquer outro meio

de prova, não permite a conde-

nação. Não permite concluir,

infelizmente, que os pos-

suidores foram os autores dos

roubos. Por isso vão absolvi-

dos desses crimes”, explicou.

Os arguidos Fernando e

Hilário, acusados de 27 crimes

de roubo, foram assim conde-

nados por dois, respeitantes ao

assalto às portagens da

Marateca e o tribunal julgou

provado que dispararam sobre

dois militares da GNR que ali

se encontravam em operação

mas trajados à civil. Um dos

guardas foi mesmo atingido,

supostamente por Fernando,

que, em cúmulo jurídico, foi

condenado a 9 anos e seis

meses de cadeia por dois

crimes de roubo agravado e

dois de ofensas à integridade

física graves. Hilário também

vai cumprir pena de prisão e

foi condenado, em cúmulo, a 8

anos e seis meses de prisão.

Foram ambos absolvidos dos

restantes 25 crimes de roubo

por que estava acusados. Já os

arguidos Ricardo e Emanuel

foram condenados a 1 ano e

seis meses e 1 ano e três meses

por detenção de arma proibi-

da, sendo a execução destas

penas declarada suspensa. “O

tribunal acredita que, depois

do período de prisão preventi-

va que o Ricardo sofreu e que

o susto do Emanuel já serão

suficientes para que não

queiram repetir a práticas

destes crimes”, vincou

Manuela Pereira. Lucinda foi

absolvida, mas vai continuar

detida a cumprir outra pena e

Bruno “também conseguiu

escapar à justiça”, referiu a

presidente do colectivo, e foi

absolvido da prática de um

crime de roubo agravado. A

Brisa reclamava uma indem-

nização pelos roubos e danos

causados, mas o tribunal con-

denou apenas os dois princi-

pais arguidos a pagarem uma

verba de 125 euros, correspon-

dente ao valor roubado das

portagens da Marateca.

Contratos médicos renovados por 6 mesesem BenaventeO Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria (ACES) obteve autorização da AdministraçãoRegional de Saúde de Lisboa e Vale do tejo (ARSLVT) para renovar por mais seis meses os con-tratos de prestação de serviços médicos que asseguram o funcionamento diurno do Serviço deAtendimento Permanente (SAP) de Benavente. Medida idêntica foi tomada em relação aos médi-cos que prestam serviço na Extensão de Saúde do Porto Alto, segundo revelou, no dia 29, opresidente da edilidade benaventense, António José Ganhão, no decorrer de uma concentraçãoorganizada pela Comissão de Utentes do Concelho de Benavente. Relativamente à Extensão deSanto Estevão também foi liberta verba para a contratação de um médico. As comissões deutentes dos serviços públicos de saúde de seis concelhos da Lezíria do Tejo organizaram acçõesde protesto em simultâneo na tarde de quinta-feira em Alpiarça, Benavente e Chamusca, recla-mando medidas de reforço das unidades de saúde da região onde já são mais de 30 mil osinscritos sem médico de família. O novo presidente da ARSLVT, disse, no entanto, ao VozRibatejana, que não haverá qualquer alteração do funcionamento deste SAP – serve os 50 milhabitantes dos municípios de Benavente e Salvaterra – enquanto não estiver concluído um estu-do global de reestruturação dos serviços de urgência e emergência e enquanto o Ministério daSaúde não delinear e aprovar as medidas daí resultantes. Cunha Ribeiro prevê que este estudopossa estar pronto até Fevereiro e garante que só a partir daí serão equacionadas medidas.Também no que diz respeito às extensões de saúde, segundo Cunha Ribeiro, nenhuma medida defundo será tomada sem diálogo prévio com os presidentes das juntas de freguesia, enquanto rep-resentantes das populações. “Queremos que as pessoas tenham, dentro do possível e do que érazoável, serviços de proximidade. Isso não significa ter à porta de cada pessoa um hospital ouum centro de saúde”, salienta, afiançando que a ARSLVT não fará nada contra as pessoas. “Oque vamos ver em relação às extensões de saúde é ver as que fazem sentido e as que não fazem.As pessoas já perceberam que temos que adaptar a realidade às possibilidades. Impossíveis nãofazemos e não inventamos médicos, nem espaços”, conclui o presidente da ARSLVT.

Page 9: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

09

Jorge Talixa

As alterações de horários intro-

duzidas pela CP desde o passa-

do dia 11 estão a gerar muitos

protestos, sobretudo na zona

sul do concelho de Vila Franca

de Xira e devido à supressão,

aos fins-de-semana e feriados,

da maioria das paragens na

Póvoa de comboios com desti-

no e origem em Santa

Apolónia. Alguns utentes afir-

mam mesmo que esta alteração

obriga a transbordos e percur-

sos alternativos que os fazem

gastar mais hora e meia em

cada viagem. A CP alega que

fez um estudo de mercado, que

concluiu que apenas 4% dos

passageiros de fim-de-semana

fazem ligações com Santa

Apolónia e que, mesmo assim,

manteve as paragens na Póvoa

dos comboios regionais com

origem em Tomar.

Rute Santos é uma das utentes

lesadas por estes novos

horários da CP e disse, ao Voz

Ribatejana, que este novo sis-

tema não responde às necessi-

dades de muitos habitantes da

zona sul do concelho de Vila

Franca. Como os comboios

regionais são muito escassos

ao fim-de-semana, vê-se,

agora, obrigada a sair de casa

hora e meia mais cedo, a apan-

har comboio para o Areeiro e a

fazer, depois, a restante ligação

até ao seu destino no Metro. “É

uma tristeza”, lamenta, frisan-

do que no regresso, é

necessário fazer transbordo de

comboio na Gare do Oriente.

“Quando estamos a fazer a

troca temos que correr, porque

o comboio de Azambuja já está

a chegar. Senão, lá temos que

esperar mais meia hora”, criti-

ca, em conversa que manteve

com o Voz Ribatejana através

do Facebook.

Certo é que, anteriormente, a

maioria dos comboios que

fazia a ligação entre Azambuja

ou a Castanheira e Santa

Apolónia parava na Póvoa,

uma das estações mais movi-

mentadas da Linha de

Azambuja com mais de 10 mil

passageiros por dia.

Já o gabinete de comunicação

da CP explicou, ao Voz

Ribatejana, que estas alter-

ações decorrem, entre outros

factores, da realização de um

estudo de mercado, realizado

com o objectivo de “aferir as

efectivas e actuais necessi-

dades de mobilidade destas

populações, que têm como

principal destino as estações de

Sete Rios, Entrecampos e

Roma-Areeiro e principal-

mente as deslocações para a

estação do Oriente”.

Por isso, os horários foram

delineados, refere a porta-voz

da transportadora ferroviária

Ana Portela, “com o objectivo

de adequar a oferta à procura,

privilegiando também as deslo-

cações de lazer através da li-

gação à Linha de Cascais por

Alcântara-Terra”. A CP con-

cluiu, assim, que “há uma

alteração de hábitos de mobili-

dade dos clientes destas linhas,

decorrente, nomeadamente,

quer do período em que o túnel

do Rossio esteve encerrado

(durante o qual as pessoas

encontraram novas formas de

realizar as suas deslocações) e

também das alterações de ofer-

ta dos operadores da Área

Metropolitana de Lisboa,

nomeadamente o Metro”.

O caso da Póvoa

de Santa Iria

Embora reconheça que a Póvoa

de Santa Iria é “uma das princi-

pais estações da Linha da

Azambuja”, Ana Portela acres-

centa que os estudos realizados

permitiram apurar que os pa-

ssageiros que embarcam nesta

estação ao fim-de- semana são

cerca de metade dos que o

fazem em dia útil da semana. E

que, destes cerca de 50%, ape-

nas 4% têm como destino

Santa Apolónia. “A larga maio-

ria dirige-se a Sete Rios,

Entrecampos e Roma/Areei-

ro”, sustenta a porta-voz da

empresa. Por outro lado, a CP

recorda que, aos fins-de-sem-

ana e feriados, mantêm-se as

paragens na Póvoa de Santa

Iria dos chamados “comboios

regionais” que, no entender dos

seus responsáveis, tendo em

conta os dados sobre os níveis

reais de procura, “permitem

satisfazer as necessidades de

mobilidade dos clientes”. Ana

Portela afiança, contudo, que,

como é habitual, a CP “está a

monitorizar atentamente os

efeitos e reacções decorrentes

destas alterações no sentido de

detectar eventuais necessi-

dades de reanalisar e reequa-

cionar esta questão”.

Os novos horários da CP reduziram as paragens de comboios na estação da Póvoa de Santa Iria, sobretudo aos fins-de-semana e feriados

Novos horários da CP dão muitos

protestos na Póvoa

Mário Rui Gonçalves (n. 22 de Dezembro de 1947 –

f. 7 de Dezembro de 2011) foi co-fundador do Grupo de

Teatro Esteiros, sediado na Sociedade Euterpe

Alhandrense, colectivo que mantém a actividade e que

dirigiu durante cerca de três décadas. Naquele grupo,

entre outras funções, participou como actor numa

dezena de espectáculos, entre os quais aquele em que se

estreou: Guilherme Tell tem os olhos tristes, de Alfonso

Sastre, em 1976. Destacou-se, todavia, como encenador,

função que iniciou, em 1978, na peça João – o menino

que inventava palavras, de Isa Meireles. Encenou com

regularidade 22 espectáculos, que contribuíram para a

divulgação de autores relevantes, clássicos e contemporâneos, das dramaturgias

nacional e universal, tendo sido apresentados por todo o país – incluindo alguns

dos mais importantes Teatros, entre os quais o Teatro da Trindade, o Teatro de

São Luís ou o Teatro Maria Matos, em Lisboa; o Teatro da Malaposta, em Olival

Basto; ou o Teatro Garcia de Rezende, em Évora – e também no estrangeiro.

Recebeu várias distinções em festivais de teatro: tanto prémios individuais

(atribuídos a si, na qualidade de encenador e de compositor), como prémios

principais na categoria de “melhor espectáculo”. Em Outubro de 2009, recebeu

a Medalha de Mérito Artístico e Cultural, da Freguesia de Alhandra.

Ao longo dos trinta anos que dedicou ao teatro e ao Grupo Esteiros, aprofundou

a sua formação com destacados encenadores, como Mário Barradas, José

Martins ou José Peixoto, e assumiu-se como elo de transmissão de conhecimen-

to, ora nos cursos específicos que ministrou, ora na sua actividade regular de

criação. O seu empenho na formação de muitos jovens, de várias gerações,

alguns dos quais prosseguiram percursos profissionais no teatro (enquanto

actores, cenógrafos, produtores, professores e investigadores), justifica, por si

só, a forma como, por todos, foi sendo reconhecido e tratado: o “Mestre”.

A estação da Póvoa é uma das mais movimentadas da regiãoe um dos locais onde há mais protestos

Pub/divulgaçãoAssembleia de freguesiatambém contesta mudanças A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria aprovou,no dia 29, uma moção contra as alterações introduzidas noshorários da CP, especialmente no que diz respeito àsupressão das paragens dos comboios com origem e destinoem Santa Apolónia aos fins-de-semana e feriados. O docu-mento, apresentado pela bancada da CDU, foi aprovadotambém com votos favoráveis do PS e do Bloco de Esquerdae as abstenções da coligação Novo Rumo.A moção sublinha que, para além das ligações a SantaApolónia, os novos horários vieram também reduzir as para-gens de comboios no período nocturno e recorda que o con-celho de Vila Franca de Xira é aquele que mais contribuicom passageiros e receitas na “Linha Suburbana do Norte”e que a estação faz parte das que mais contribuem com pa-ssageiros para a CP.O documento elaborado pela bancada da CDU contesta,também, o “brutal aumento” das tarifas verificado em 2011,que, diz, rondou os 25% e os novos aumentos que se pers-pectivam já para Fevereiro, que “criam sérias dificuldadesaos povoenses que necessitam deste meio público de trans-porte”. Depois, os eleitos comunistas rejeitam eventuaisalterações no sistema tarifário que passem a Póvoa dasegunda para a terceira zona do trajecto de ligação a SantaApolónia e uma eventual privatização das linhas ferroviáriassuburbanas de Lisboa e Porto.A moção exige do Governo “a defesa do cariz social dotransporte público ferroviário e o alargamento da coroa dopasse social L-123 a todo o concelho de Vila Franca” ereclama medidas que valorizem, modernizem e desenvolvamo sector do transporte ferroviário.

Euterpe tem Concerto de Ano Novo

A Sociedade Euterpe Alhandrense organiza, domingo à tarde,o seu habitual Concerto de Ano Novo, desta vez integradonas comemorações dos 150 anos da colectividade. O espec-táculo tem início marcado para 16h00 e inclui actuações dabanda, do grupo de teatro Esteiros, do Conservatório SilvaMarques e de grupos de dança da colectividade alhandrense.

Page 10: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28EDUCAÇÃO

10

Jorge Talixa

Pais e Encarregados de

Educação da Escola Básica dos

2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) de

Vialonga decidiram enviar uma

carta aberta ao ministro Nuno

Crato e agendar novos

protestos para Janeiro, con-

siderando que os 93 mil euros

que a Direcção Regional de

Educação de Lisboa anunciou

que vai investir na escola ficam

muito longe das suas necessi-

dades imediatas. Reunidos em

assembleia-geral, os membros

da Associação de Pais

criticaram também a decisão

“cega” do Governo de sus-

pender o projecto de reabili-

tação e ampliação da escola que

a Parque Escolar estava a

desenvolver.

“Esta verba não resolve o pro-

blema de fundo da escola, ou

seja a superlotação a que neste

momento se encontra sujeita”,

diz José Luís Vieira, presidente

da Associação de Pais da EB

2.3 de Vialonga, vincando que

a escola foi inaugurada há 24

anos para 600 a 700 alunos e

hoje tem 1200 estudantes, dis-

tribuídos pelos mesmos

espaços, alguns dos quais

sujeitos a inundações em perío-

dos de maior pluviosidade.

A DREL informou, recente-

mente, a direcção do

Agrupamento de Escolas de

Vialonga que vai disponibilizar

93 mil euros para obras de

reparação dos telhados, mas,

diz José Luís Vieira, essa verba

“poderá não chegar para a total

substituição” das coberturas,

feitas de telhas de fibrocimen-

to, que também suscitam pre-

ocupação aos pais por terem

amianto nos seus componentes.

A assembleia decidiu agendar

para Janeiro um protesto com

“maior visibilidade” e enviar

uma carta ao ministro Nuno

Crato onde pais e encarregados

de educação sublinham que os

seus educandos “continuam a

ter aulas em péssimas

condições” e sujeitos, em cer-

tos dias da semana, a 10 tempos

de aulas, devido à dificuldade

da escola em organizar horários

para todas as turmas num

espaço com poucas salas.

Lembrando que a EB 2.3 de

Vialonga também não tem

instalações desportivas, o que

obriga os alunos a percorrerem

cerca de 1 quilómetro a pé “à

chuva e ao vento” para terem

aulas de educação física num

pavilhão da vila e de música no

centro comunitário, a carta

acrescenta que os educandos

também “não podem ter aque-

cimento, pois os quadros eléc-

tricos não aguentam e chegam a

não ter aulas porque chove den-

tro das salas”. E reafirma o con-

vite para que Nuno Crato vi-

site a escola, já feito em

Novembro, mas que ainda não

teve resposta.

Obras de 93 mil euros nos telhados não

sossegam pais da EB 2.3 de VialongaA Direcção Regional de Educação disponibilizou cerca de 93 mil euros para substituir os telha-

dos dos blocos da EB 2.3 de Vialonga, mas os pais e encarregados de educação sustentam que

esta intervenção é manifestamente insuficiente para criar condições mínimas numa escola

sobrelotada e onde faltam instalações desportivas e espaços para cursos específicos como o de

música.

Os eleitos da CDU sustentam

que a maioria camarária PS está

“desfasada” das necessidades

das duas freguesias - Vialonga

e Castanheira do Ribatejo – em

que a coligação liderada pelo

PCP governa as respectivas

juntas. Os eleitos comunistas

hesitam em falar de “discrimi-

nação”, mas, em conferência de

imprensa realizada no dia 22,

criticaram o “desconhecimen-

to” das necessidades prio-

ritárias destas zonas e sobretu-

do o facto de Vialonga, com

cerca de um sexto da população

concelhia, receber menos de

5% dos investimentos

camarários previstos para 2012.

José António Gomes, presi-

dente da Junta de Vialonga,

salienta que não põe, de modo

nenhum, em causa os investi-

mentos que a Câmara se propõe

fazer nas restantes freguesias,

mas estranha que, num mon-

tante de 8, 74 milhões de euros

que a edilidade pretende inve-

stir nas 11 freguesias (exce-

ptuando grandes obras como as

regularizações dos rios Crós-

Cós e Grande da Pipa e os ace-

ssos ao hospital e à plataforma

logística), a freguesia via-

longuense tenha apenas 334 mil

euros. “Não ponho em causa as

verbas que se gasta nas outras

freguesias, mas a questão é que

Vialonga, a terceira freguesia

do concelho – nesta altura ape-

nas atrás de Alverca e da Póvoa

e já mais populosa que Vila

Franca -, de 8, 7 milhões tenha

apenas 334 mil euros”, contes-

ta.

“Temos ou não temos escolas a

funcionar em contentores, com

crianças ao frio, em condições

de aprendizagem péssimas?

Vialonga deve ter as piores

escolas do concelho”, lamenta

o eleito da CDU, lembrando

que a freguesia tem também

urbanizações que esperam há

12 anos pela conclusão dos

seus espaços exteriores.

“Espanta-me quando oiço falar

em bibliotecas de 7 milhões”,

critica José António Gomes,

lembrando que se criticou a

eventual construção de um

auditório de 8 milhões de euros

na Escola Básica dos 2º. e 3º.

Ciclos de Vialonga e, agora,

admite-se gastar 7 milhões na

biblioteca de Vila Franca. “Há

muita coisa que faria muito

mais falta e será muito mais pri-

oritária”, referiu.

Em resposta ao Voz Ribatejana,

José António Gomes disse que,

em relação à freguesia de

Vialonga, não vê que “haja dis-

criminação por ser CDU”, mas

entende que “há uma certa

visão da Câmara em relação a

Vialonga que está desfasada do

contexto”. Também Ana Lídia

Cardoso, vereadora da CDU

natural de Vialonga, acha que

há, no mínimo, “desconheci-

mento” por parte da Câmara

das necessidades destas duas

freguesias e falta de atenção às

questões colocadas pelas

respectivas juntas. “Se se faz

discriminação política é não

saber governar, porque os

impostos da Castanheira, de

Vialonga, de Alverca ou da

Póvoa são iguais. Se funciona

assim, diferenciando as fregue-

sias pelas cores políticas, a pop-

ulação só tem uma opção, tirar

o PS da Câmara e pôr lá uma

força política que trate as

freguesias de forma igual”, sus-

tenta.

Já António Ventura Reis, presi-

dente da Junta da Castanheira,

acha que a discriminação

parece ser para a generalidade

das juntas, porque “ou há inca-

pacidade ou há falta de vontade

política e, hoje, não se discute

nada com os presidentes de

junta, se se discute só se é de

forma isolada”, afirma, con-

siderando que esse é, nesta

altura, o grande problema: a

alegada falta de diálogo entre o

executivo camarário e as juntas

de freguesia. Essa falta de diá-

logo acaba por ter consequên-

cias nocivas, com casos de

investimentos decidido pela

Câmara que acabam por se re-

velar desajustados, como foi o

caso, referiu, do parque infantil

da Vala do Carregado.

CDU acusa PS de estar “desfasado” das necessidades de

Vialonga e da Castanheira

A bancada do PS na Assembleia Municipal de Vila Franca deXira apresentou uma decla-ração em defesa da requalificação eampliação da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) deVialonga. Pelo voz de Paulo Afonso, os socialistas exortaram asentidades competentes, em particular o Ministério da Educação,a concretizarem de forma “urgente” as obras da EB 2.3 deVialonga e manifestaram o “interesse” da comunidade educativada freguesia e do conce-lho “numa intervenção de fundo quantoà requalificação e ampliação” do estabelecimento, actualmentefrequentado por cerca de 1200 alunos. Paulo Afonso lembrou asmudanças efectuadas durante o primeiro governo de JoséSócrates na esfera educativa, em domínios como a acção social

escolar, a modernização tecnológica, o 1º, Ciclo, o secundário ea formação de jovens e adultos já inseridos no mercado de tra-balho. Recordou, também, os objectivos da criação, em 2007, daParque Escolar, para desenvolver e executar o programa demodernização da rede pública de escolas secundárias. “A EB 2.3de Vialonga encontrava-se contemplada neste conjunto de esco-las a intervencionar, estando previsto um investimento na ordemdos 15 milhões de euros na construção de 20 novas salas, per-mitindo a implementação do ensino secundário, para além daconstrução, entre outras infra-estruturas, de novas instalaçõespara a prática desportiva”, referiu. O documento apresentadopelo PS vila-franquense realça também o trabalho desenvolvido

pela EB 2.3 de Vialonga e por todo o agrupamento local de esco-las, com projectos como o da orquestra juvenil, sendo “umareferência a nível nacional na promoção de uma escola públicacomo instrumento para a igualdade de oportunidades”.Recordando que, actualmente, a EB 2.3 está em “completa ru-ptura” e sem espaço para os seus mais de 1200 alunos, a decla-ração da bancada do PS sublinha, ainda, que há turmas quechegam a ter aulas em salas onde entra a água da chuva, outrasobrigadas a ter aulas em quatro contentores e a escola aindanão pôde beneficiar do Plano Tecnológico para a Educaçãoporque as salas não estão ligadas à rede informática e não exis-tem condições da infra-estrutura eléctrica.

Socialistas defendem requalificação da EB 2.3 de Vialonga

Page 11: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

11

A Câmara de Vila Franca de

Xira ensaiou, no final do ano

passado, uma primeira expe-

riência local de Orçamento

Participativo, desafiando a

população a escolher uma

obra a concretizar em 2012

nas quatro freguesias mais

populosas do concelho. O

executivo camarário indicou

oito projectos alternativos

(dois por cada uma delas) e

definiu que irá disponibilizar

500 mil euros do orçamento

deste ano para concretizar as

quatro intervenções mais

votadas em cada uma delas. A

participação até ficou aquém

das expectativas, mas o maior

problema dá-se, agora, em

Vialonga onde a Junta de

Freguesia e muitos dos

moradores estão contra a obra

prevista para a chamada

Praça Alegre, na zona do

Morgado. Aquando da apre-

sentação dos oito projectos,

em Outubro, já haviam surgi-

do algumas reservas na Praça

Alegre. Mas, agora, os

moradores estão mesmo a

organizar-se contra a obra, já

protestaram na última sessão

camarária e a presidente da

autarquia, Maria da Luz

Rosinha, prometeu agendar

rapidamente uma reunião no

bairro para discutir a situação

com os moradores e chegar a

uma decisão final.

“Os moradores não foram

ouvidos, não é nada que inter-

esse a quem ali mora”, critica

Maria Teresa Rodrigues, con-

siderando que a votação,

escassa, pela Internet não

traduz o pensamento de quem

ali reside. A moradora recor-

da que o espaço de estaciona-

mento ali existente é muito

deficiente e não chega para as

necessidades, frisando que os

moradores não concordam

com a ideia de instalar ali

parque de lazer público no

espaço onde há seis/sete anos

foi construído um pequeno

jardim com parque infantil.

Também Paulo Camarão acha

que não faz sentido desen-

volver o projecto preconizado

pela Câmara, porque o espaço

até foi requalificado há

poucos anos. “Só tivemos

conhecimento deste novo

projecto há um mês, sem ser-

mos ouvidos, o que estra-

nhamos. Não é um projecto

que vá melhorar nada e não

olha para a segurança das

pessoas”, frisa o habitante,

aludindo à preocupação que

os residentes têm com a even-

tual aglomeração ali de pe-

ssoas oriundas de outras áreas

da freguesia, eventualmente

até horas tardias. “Isto não

devia ir para a frente sem

ouvir os moradores”, recla-

mou. Maria da Luz Rosinha,

presidente da Câmara de Vila

Franca de Xira, afiança que o

assunto será tratado em diálo-

go com a população local. “Já

me tinha comprometido em

fazer uma reunião com os

moradores. Até lá nada será

feito no sentido de avançar

para a obra. Consideramos

que fizemos uma boa divul-

gação do Orçamento

Participativo, que foi dis-

tribuída massivamente, porta

a porta, em todas as fregue-

sias”, salientou.

Transferências para as juntas de freguesiacada vez mais limitadasAs transferências de verbas do Orçamento de Estado e da Câmara para as juntas de fregue-sia do Município vila-franquense têm vindo a baixar nos últimos anos. Para 2012, aredução é de cerca de 5%. Ventura Reis, presidente da Junta da Castanheira, sublinha que,com todos estes cortes, a capacidade de investimento das juntas é mínima. “A Castanheirateve sempre condições e capacidade de investimento, porque faz a manutenção e gere o din-heiro público da forma o mais cautelosa possível”, acrescenta, lamentando que matérias daresponsabilidade directa da Câmara ou de empresas privadas que intervêm no território dafreguesia continuem por resolver. “O investimento na pavimentação e na reparação dasestradas municipais foi zero. As empresas têm chorudos lucros, destroem as estradas e,depois, é o dinheiro público que vai ser investido nessas reparações”, critica o eleito daCDU, frisando que as juntas têm cada vez mais responsabilidades, desde as escolas aos pas-seios e vêm-se, muitas vezes, obrigadas e ir tapar buracos quando outros não assumem assuas responsabilidades. “Devia-se dar prioridade àquilo que é da nossa responsabilidade. Ea prioridade número 1 deviam ser as estradas e caminhos, porque as pessoas pagam os seusimpostos e têm o direito a circular em vias com condições”, sustenta. Ventura Reis admite que a freguesia da Castanheira vai ter um investimento importante nospróximos anos, na regularização do Rio Grande da Pipa na zona da Vala do Carregado,mas defende que esta obra “já devia estar concluída pelo menos há 5 anos. Levaram-seanos a resolver problemas em que deviam ter sido muito mais rápidos”, conclui.

163 votosOs 163 votos recolhidos neste primeiro OrçamentoParticipativo de Vila Franca permitiram escolher quatrointervenções inscritas no plano de actividades da Câmarapara 2012. Para além da polémica obra da Praça Alegre(recolheu apenas 5 votos, ainda assim superiores aos 3 dooutro projecto da freguesia de Vialonga, relativo à requalifi-cação da zona a tardoz da Rua Olival Santo). Mais pacíficassão as restantes três obras seleccionadas: integração pais-agística da Praceta da Cabine (Alverca) com 32 votos, zonade lazer dos Caniços (Póvoa de Santa Iria) com 43 votos eintegração paisagística a tardoz da Rua Egas Moniz (VilaFranca) com 24 votos.

Discussão naCâmaraOs resultados desteprimeiro OrçamentoParticipativo foram divul-gados na reuniãocamarária de 30 deNovembro, com a CDU adefender que é precisoadoptar outro modelo nospróximos anos e a maioriaPS a salientar que foi umaprimeira experiência quepode ser melhorada.“Temos que alterar com-pletamente a tipologia defuncionamento. Osnúmeros falam si,inscreveram-se 279 pessoase votaram 163, o que dácerca de 0, 02% da popu-lação do concelho. É umaprova de que o modeloestava errado”, sustentouAna Lídia Cardoso, quecriticou também a formadesequilibrada como foramindicados os projectos avotação, tendo em contaque o investimento previstonos projectos paraVialonga era bastante infe-rior ao dos restantes. “OOrçamento Participativoassim não funcionou, emfreguesias com 30 milhabitantes termos 60 a 80pessoas a votarem, é muitopouco, devia ter sido maisdivulgado e devia ter-setido em conta que a maiorparte das pessoas não temacesso à Internet”, alertou,questionando também oexecutivo sobre o que vaifazer relativamente ao casoda Praça Alegre.Fernando Paulo Ferreira,vereador do PS que acom-panhou todo o processo,salientou, por seu lado, quefoi particularmente impor-tante ter avançado nestecaminho do OrçamentoParticipativo. “Também érelevante que, pelaprimeira vez, uma fatiaimportante do orçamento écanalizada para oOrçamento Participativo.Foi o modelo possível nacontingência temporal quetínhamos e foi sempre ditoque era um projecto-pilotopara aproveitarmos tam-bém para ouvir as pe-ssoas”, sublinhou o edil,admitindo que correcçõesno futuro.

Junta pede revogaçãoTambém a Junta de Vialonga está contra a forma como decor-reu este Orçamento Participativo e já pediu a revogação dadecisão relativa ao vencedor, frisando que não concorda como dispêndio do escasso dinheiro público “numa intervençãonão necessária e que colide com o desejo dos moradoreslocais”. A autarquia já manifestara “estranheza” pela alega-da “diferenciação de tratamento” quanto às verbas a aplicarpor freguesia, uma vez que dos 500 mil euros previstos, ape-nas cerca de 40 mil poderiam ser destinados a Vialonga. Econsidera que o modelo parte de uma base errada, “porquedeveria arrancar da vontade da população e, no limite, doseleitos mais próximos”.José António Gomes, presidente da Junta vialonguense, dizque informou Fernando Paulo Ferreira que as opções dajunta não seriam aquelas, dado que os moradores da PraçaAlegre se manifestaram por várias vias contra a intervenção eque a obra da Rua do Olival Santo é um compromisso daCâmara que já devia ter avançado em 2010. Por isso, a Juntadiz querer ser parte na resolução do problema, “pela maiorproximidade e co-nhecimento da vontade da população deVialonga”.

Moradores de Vialonga não querem obra

escolhida no Orçamento Participativo

Maria Teresa Rodrugues

Casinhad`AvóGenaabriucomnova gerência Paredes-meias com o Núcleo Museológico e com o pelourinhode Alverca encontra-se a Casinha d`Avó, com mais de 60 anosde tradição como local de convívio de sucessivas gerações dealverquenses. Abriu recentemente ao público, com gerência daempresária dona Eugénia, uma transmontana que se apaixo-nou pela cidade alverquense. A Casinha d’ Avó está decoradaao rigor dos tempos modernos, mas conserva, porém, ostraços da tradição, patentes na colecção de fotos antigas bemilustrativas do pulmão económico que sempre foi a povoaçãoalverquense. O poeta popular Joaquim Agostinho fez honrasde traje, com o seu búzio. Um espaço – um recanto – queoferece ao cliente o conforto para degustar um bom aperitivo.

Adriano Pires

Ourivesaria assaltada no Forte da Casa

Uma ourivesaria do Centro Comercial Olival Parque do Forte da Casafoi assaltada, ao fima da tarde do passado dia 23, por três homens enca-puzados e armados com caçadeiras de canos serrados. Um dosassaltantes apontou a arma aos funcionários e aos clientes daourivesaria "Ambar Jóias" e, em poucos minutos, partiram vitrinas erecolheram muitos objectos em prata e ouro, cujo valor não foi revelado.

Page 12: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28

12

A dimensão financeira do projecto que está a ser delineado para a construção de uma nova biblioteca municipal nos silos da antiga fábrica de descasque de arroz de Vila Franca de Xira está a

gerar controvérsia entre comunistas e socialistas.

Possível biblioteca de 7 milhões

dá polémica em Vila Franca

Jorge Talixa

A maioria PS que governa a

Câmara de Vila Franca de Xira

quer construir uma moderna

biblioteca pública, com cara-

cterísticas únicas em Portugal,

no espaço dos antigos silos da

antiga fábrica de descasque de

arroz da sede de concelho. Já

existem um acordo com a

empresa proprietária do velho

edifício industrial e um estudo

prévio elaborado pelo arquite-

cto Miguel Arruda, mas o valor

“indicativo” de 7 milhões de

euros para a instalação da nova

biblioteca inscrito no plano

plurianual de investimentos da

autarquia está a dar acesa

polémica, com a CDU a

criticar projectos “megaló-

manos” para “encher o olho” e

o PS a esclarecer que aquele é

um valor inscrito apenas para

manter a rubrica aberta, que as

últimas estimativas de custo

são inferiores e que aguarda a

abertura de um programa de

apoios comunitários para can-

didata o empreendimento.

Com o projecto de transfor-

mação da antiga fábrica num

moderno edifício para

habitação, comércio e serviços

apresentado pela imobiliária

Obriverca (dona do imóvel)

surgiu também a ideia de trans-

formar os antigos silos da parte

Norte numa biblioteca de seis

pisos com as mais modernas

características, que incluem

meios mecânicos e robóticos

para transporte e entrega de

livros e um funcionamento

muito baseado em sistemas

informáticos. Bibliotecas deste

tipo, segundo referem os

autores do estudo prévio, exis-

tem muito poucas em todo o

Mundo, uma delas em Nova

Iorque e outra em Londres. A

estimativa inicial apontou para

um custo de 6 milhões de

euros.

Agora, na recente discussão do

plano e orçamento para 2012, o

eleito da CDU Nuno Libório

frisou que a população local

concordará com a necessidade

de uma nova biblioteca – a

antiga tem problemas graves

de infiltrações que já ameaçam

o seu centro de documentação -

, mas já não estará “certa-

mente” de acordo que se gaste

7 milhões de euros nesse novo

equipamento. “Como esta só

existem duas bibliotecas no

Mundo, em Londres e em

Nova Iorque. Ora, nós não

estamos em nenhuma metró-

pole deste tipo ou dimensão,

pelo que, tendo em conta a

grande quantidade de necessi-

dades deste concelho, julgamos

muito mais oportuno fazer um

investimento bem menor, que

sirva Vila Franca de Xira e os

seus visitantes, poupando

recursos para outras obras há

muito reivindicadas e prometi-

das, mas nunca concretizadas”,

defende o vereador comunista,

considerando “megalómano”

pensar num investimento deste

montante, ainda por cima nesta

fase de crise acentuada e de

quebra de receitas do

Município.

Dias depois, em conferência de

imprensa, a CDU de Vila

Franca de Xira reafirmou a sua

oposição a esta ideia. Os comu-

nistas sustentam que concor-

dam com a necessidade de uma

nova biblioteca na cidade de

Vila Franca, mas a vereadora

Ana Lídia Cardoso sublinha

que “é impensável gastar 7

milhões numa biblioteca. É

uma necessidade, mas pode ser

feita por um valor muito mais

reduzido. É uma questão de

prioridades”, afirma. Bem

diferente é a posição de Maria

da Luz Rosinha, presidente da

Câmara de Vila Franca de Xira,

que sustenta que o que está nos

documentos apresentados para

votação do plano plurianual de

investimentos “é uma verba

meramente indicativa, que já

não é de 7 milhões, são 5 mi-

lhões e tal de euros. Até lá

poderia estar apenas com 1

euro, porque é uma verba a

definir e não está nada orça-

mentado para 2012. Está ali

simplesmente para termos a

acção aberta e, caso surja uma

possibilidade, não se perder a

oportunidade de a candidatar”,

explica a autarca do PS, frisan-

do que o executivo camarário

acredita que nos próximos anos

vai haver condições para can-

didatar a construção desta nova

biblioteca a apoios do Quadro

de Referência Estratégico

Nacional (QREN) e que só

assim será possível concretizar

um projecto com estas cara-

cterísticas. “Porque não sonhar

em ter uma biblioteca de refer-

ência. Será que a a população

deste concelho não gostaria?

De certo que gostaria de ter

uma biblioteca que fosse, ela

também, um centro de investi-

gação e de contacto com outras

realidades”, vincou Maria da

Luz Rosinha, criticando a CDU

por ter um pensamento redutor

em que, diz, preferirá não

avançar com uma obra de 1

milhão que tenha financiamen-

tos de 750 mil para não ter que

investir os 250 mil em falta.

“Muita coisa poderia ter sido

feita no primeiro quadro comu-

nitário de apoio se não fosse

este pensamento da CDU

(força maioritária na Câmara

até 1997)”, sustentou a presi-

dente da Câmara.

Museus de Vila Franca e Arruda ganham prémios da APOMO Museu do Neo-Realismo (MNR) de Vila Franca de Xira e o Centro de Interpretação das Linhas de Torres de Arruda dos Vinhosforam, recentemente, distinguidos pela Associação Portuguesa de Museologia (Apom). Os prémios foram entregues, no passadodia 12, em cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Cultura.O MNR recebeu uma menção honrosa pela exposição “Tarrafal – Memória do Campo de Concentração”, que esteve patente entreAbril e Agosto de 2010. Um trabalho que resultou, também, de uma colaboração entre o MNR e a Fundação Mário Soares.Segundo a edilidade vila-franquense, o prémio para a melhor exposição é considerado o segundo mais importante entre osatribuídos anualmente pela Apom, depois do galardão para o “Melhor Museu”.Em 2007, o MNR já recebera o prémio (ex-aequo) para o melhor catálogo, pelo catálogo organizado por ocasião da exposição“Batalha pelo Conteúdo”. Já o Centro Interpretativo das Linhas de Torres de Arruda recebeu uma menção honrosa na categoria “Aplicação de GestãoMultimédia”. Para o Município de Arruda, esta distinção representa um reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desen-volvido no âmbito da recuperação e divulgação do património ligado às Linhas de Torres, quer pela autarquia arrudense, querpela Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres que integra com outros cinco municípios da região.

A CDU critica projectos “megaló-manos” para “encher o olho” e o PSesclarece que aquele é um valorinscrito apenas para manter a rubricaaberta

Os antigos silos (à esquerda) e a imagem do projeto da futurabiblioteca (à direita)

CULTURA

Page 13: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Fotos Ana Serra

Vila Franca de Xira evocou, no

passado dia 29, a passagem de

100 anos sobre a data de nasci-

mento do escritor Alves Redol,

com uma arruada da Banda do

Ateneu, o lançamento de um

carimbo alusivo ao centenário

e a apresentação da reedição do

livro “Cancioneiro do

Ribatejo”. As actividades,

desenvolvidas a partir das

18h00, surpreenderam muitos

vila-franquenses, especial-

mente pelo desfile e pelas

músicas que a banda do AAV

interpretou junto ao monumen-

to de homenagem ao escritor.

Já no interior do átrio do

Museu do Neo-Realismo

(MNR), a banda de Vila Franca

de Xira apresentou mais dois

trechos, concluindo com o hino

do Ateneu Artístico

Vilafranquense. David Santos,

director do MNR lembrou que

Alves Redol foi sempre um

homem muito ligado ao movi-

mento associativo local e foi

também presidente da assem-

bleia-geral do Grémio

Artístico, que deu origem ao

actual AAV.

Seguiu-se a sessão evocativa

dos 100 anos de nascimento de

escritor, com David Santos a

vincar que Alves Redol “é uma

figura maior do neo-realismo

português, da literatura por-

tuguesa e necessriamente tam-

bém desta cidade e desta

região”.

Para Maria da Luz Rosinha a

dimensão da obra de Redol é

de tal ordem que vai muito

para além das fronteiras da

cidade e do País. “Alves Redol

não partiu, está connosco”,

salientou a edil, frisando que

este Museu do Neo-Realismo

“tem tudo a ver com a história

de Redol e com a história de

todo um conjunto de vultos

importantes da nossa cultura”.

Ӄ um sonho pensado por

muitos, que se conseguiu

tornar realidade e que nos per-

mite, num ambiente próprio,

comemorar o centenário de

Redol”, prosseguiu, agradecen-

do publicamente todo o

empenho que David Santos

tem mostrado na direcção do

MNR. “Já que não posso

aumentar-lhe o ordenado, devo

reconhecer publicamente tudo

o que tem feito em prol deste

espaço”, observou.

A presidente da Câmara vila-

franquense destacou, também,

a importância da reedição do

“Cancioneiro do Ribatejo”,

que teve uma primeira edição

em 1950 e não voltara a ser

publicado. Realçou, igual-

mente, o carimbo comemorati-

vo destes 100 anos lançado

pelos CTT e a forma como

estas comemorações do cen-

tenário do nascimento de

Redol conseguiram envolver

um conjunto alargado de par-

ceiros.

Falou, depois, a neta de Alves

Redol, filha de António Mota

Redol, que agradeceu a todos

os que se envolveram nestas

comemorações e em especial a

Maria da Luz Rosinha e David

Santos. Pedro Coelho apresen-

tou o carimbo dos CTT, que

frisou que o neo-realismo em

Portugal “teve sempre como

protagonistas gente de esquer-

da que, através do neo-realis-

mo, denunciava e chamava a

atenção para o que se passava”.

O vice-presidente da empresa

defendeu que é preciso honrar

estas pessoas “politicamente

actuantes” que nos deixaram os

seus ensinamentos e “nos per-

mitiram ter hoje a percepção

correcta dos princípios e dos

ideais”, referiu, considerando

que alguns dos actuais líderes

europeus “são possivelmente

bons economistas” e pessoas

“pragmáticas”, mas terão “per-

dido esta visão dos princípios

na política”.

Seguiu-se a apresentação do

“Cancioneiro do Ribatejo”,

numa reedição da editora “O

Mirante”, que deu sequência

uma sugestão de António Mota

Redol. Trata-se de uma recolha

que Alves Redol iniciou em

1937/38 e que resultou, já em

1950, na publicação deste

“Cancioneiro do Ribatejo”.

“Depois de 1950 não voltou a

ser publicado. É muito positivo

que, agora, tenha sido ree-dita-

do”, concluiu António Mota

Redol, filho único do escritor

vila-franquense.

4 de Janeiro de 2012

13

D. Manuela Câncio Reis

Gomes, figura querida de

Alhandra, já nos deixou para

sempre.

Alhandrense de coração,

granjeou muita simpatia

com o Povo de Alhandra,

mas muito especialmente

com as mulheres. Fazia

parte de todos os espectácu-

los que seu pai Francisco

Filipe dos Reis e o seu mari-

do Soeiro Pereira Gomes

organizavam, como autora

de letras e de músicas e onde

tinha sempre o seu lugar no

piano, juntamente com a

orquestra, que compunham

todas as peças.

Com uma cultura acima da

média, que soube distribuir

pelo Povo de Alhandra, sem-

pre com uma vivacidade,

aliada à grande amizade que

nutria pelo povo da terra.

Extraímos da sua longa

biografia, algumas obras

que se destacam:

Os livros:

“Eles vieram de madrugada

– Cartas para a

Clandestinidade” (dedicadas

ao seu marido)

“A Passagem” (uma

biografia do seu marido)

Inscreveu-se na Sociedade

Portuguesa de Autores em

5/2/1934, onde está também

registada como autor da

letra e da música de canções

como:

“Noite de Luar” (não con-

fundir com o teatro Sonho

ao Luar)

“Roda meu coração”

“Nunca Mais”

“E não vou contigo”

“A Fiandeira”

Mas há duas canções que

são a sua coroa de glória e

que ficam para sempre imor-

talizadas. São elas “A

Fiandeira” e “Noite ao

Luar”, qualquer delas can-

tadas por esse grande artista

que se chama Luís Piçarra e

que, durante muitos anos, se

ouviam nas rádios. Mas,

como os tempos são outros,

deixou de se ouvir.

D. Manuela foi um talento

cultural insaciável de uma

escritora que, sendo

humilde, conseguiu expri-

mir os sentimentos do Ser

Humano que, com uma co-

ragem extraordinária, con-

seguiu suportar o que de

mau e de mal lhe foi feito.

Os Alhandrenses sentem a

sua morte, ocorrida a 8 de

Dezembro de 2011.

Manuela Câncio Reis perfez

101 anos de vida. À família

enlutada, sentidos pêsames.

Américo Diogo Ferreira

Correio do Leitor

“É uma figura maiordo neo-realismo por-tuguês, da literaturaportuguesa e nece-ssariamente tambémdesta cidade e destaregião”

Congressointernacionalé ponto altoO congresso internacionaldedicado à vida e obra deAlves Redol será um dospontos altos destas come-morações. Realiza-se nosdias 19 (Faculdade deLetras de Lisboa), 20 e 21de Janeiro (Museu do Neo-Realismo em Vila Franca) evai, de certa forma, culmi-nar o programa comemora-tivo. Para Abril está, noentanto, agendada a entre-ga dos prémios aos vence-dores do Prémio LiterárioAlves Redol, ganho porNuno Figueiredo (romance)e Humberto David Oliveira(conto).

Vila Franca assinala 100 anos

do nascimento de Alves Redol Recordando

Manuela

Câncio Reis

Festa dos Reis no Bom Sucesso

O Centro Social e Cultural do Bom Sucessoorganiza, sexta-feira ao princípio da noite(19h00), uma Festa dos Reis. A iniciativaconta com a parceria da Academia PaulaManso e apresenta-se como uma “festamulticultural”. As entradas são gratuitas.

Page 14: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28

14

A Assembleia Municipal de

Arruda dos Vinhos aprovou,

no dia 28, por unanimidade, as

propostas de Grandes Opções

do Plano e de Orçamento para

2012, com a oposição a realçar

a abertura revelado pelo exe-

cutivo social-democrata para

ouvir e contemplar algumas

das suas propostas. Na prática,

o Município arrudense espera

movimentar este ano cerca de

15, 995 milhões de euros, que

se traduzem numa redução de

2, 2 milhões por comparação

com o orçamento anterior.

Carlos Lourenço, presidente

da edilidade de Arruda, expli-

cou que este é um orçamento

que, pela primeira vez, tam-

bém foi discutido e participado

com os vereadores do PS,

numa colaboração que, referiu,

foi realçada nas declarações de

voto dos socialistas e pelos

presidentes de Junta de

Freguesia. Segundo o edil, ini-

cialmente os cortes nas verbas

transferidas para as juntas

estiveram quantificados nos

41%, mas foi possível chegar a

um entendimento que permitiu

reduzir essa corte para 35%.

“Foi tudo partilhado e chegá-

mos a um entendimento de

consenso”, destacou, frisando

que a maioria PSD também

gostaria de poder apresentar

um melhor orçamento, mas

que tal não é possível.

“Mesmo para este temos que

trabalhar muito mais e cada

vez mais unidos. Temos aqui

algumas situações que já estão

feitas, mas que têm que cons-

tar porque ainda existem estes

compromissos para pagar. E

tivemos que deixar cair alguns

investimentos, como o com-

plexo desportivo, a recupe-

ração dos antigos Paços do

Concelho e a requalificação

ambiental do troço do Rio

Grande da Pipa e do Casal

Telheiro”, explicou o autarca

do PSD, frisando que, ainda

assim, o Município não pre-

scinde de alguns investimentos

importantes como os 21 fogos

de habitação social, a ampli-

ação e requalificação da escola

de S. Tiago dos Velhos e a

requalificação da zona envol-

vente da igreja matriz de

Arruda.

Carlos Lourenço admitiu que o

corte de 35% nas transferên-

cias para as juntas vai obrigar a

um esforço grande e traçou o

objectivo de, no final de 2012,

ter conseguido reduzir a dívida

da Câmara em cerca de 15%.

O edil espera uma redução nas

receitas provenientes dos

impostos directos e as transfe-

rências da administração cen-

tral para o Município de

Arruda deverão baixar cerca

de 400 mil euros. Por sectores,

o presidente da Câmara expli-

cou que se procurou manter o

nível de apoio aos bombeiros e

as verbas para a educação e

que na saúde e acção social há

um aumento de 47%, procu-

rando também responder às

crescentes necessidades de

apoio social. A maior redução

dá-se nas áreas da cultura,

desporto e lazer (menos 39%).

José Augusto Almeida, eleito

do PS, admitiu que este “é um

orçamento difícil nos tempos

em que vivemos”, frisando que

tudo tem que ser muito bem

pensado e calculado.

Reconhecendo que concorda

com alguns aspectos das pro-

postas, José Augusto Almeida

acha que as verbas previstas

para a acção social “vão ser

insuficientes” e que a Câmara

vai ter que “acelerar” questões

como o banco de voluntariado

e a construção dos fogos de

habitação social.

Já Porfírio Silva, eleito da

CDU, defendeu que se deveria

ter mais em conta a reparação

da rede viária municipal e

reclamar mais intervenções da

Estradas de Portugal nas vias

nacionais, assim como mais

obras da SimTejo a nível do

saneamento. “Em termos

gerais é o plano de actividades

possível, contempla aquelas

áreas mais prioritárias e con-

sideramos que é positivo”, vin-

cou, destacando a forma posi-

tiva como o PSD acolheu as

propostas da oposição.

Casimiro Ramos, membro da

bancada do PS, colocou algu-

mas questões sobre as verbas

previstas no orçamento rela-

cionadas com receitas de

venda de bens imóveis e de

rendimentos de propriedade,

num total da ordem dos 2, 7

milhões de euros e estranhou

que, no que diz respeito à

água, as despesas previstas

sejam quase o dobro das

receitas. Isabel Espada, tam-

bém eleita do PS, quis saber

qual será o destino dos 76 500

euros previstos para o banco

solidário.

Carlos Lourenço explicou que

a diferença em relação à água

tem a ver com fornecimentos

(cerca de 1 ano) que o

Município ainda não pagou à

Águas do Oeste e que, como

estão por pagar, têm que con-

star do orçamento. Já no que

diz respeito aos rendimentos

de património, o presidente da

Câmara explicou que maior

verba (1, 2 milhões) tem a ver

com os contratos de instalação

de 21 ou 22 “moinhos”

aerogeradores e as restantes

com a venda de alguns edifí-

cios de uma participação na

Pisoeste.

Sobre o banco solidário,

Carlos Lourenço e a vereadora

Gertrudes Cunha explicaram

que a verba prevista se destina

à ajuda a famílias, à aquisição

de bens e ao apoio às institu-

ições locais. O presidente da

edilidade acrescentou que tem

procurado tomar algumas

medidas para reduzir as despe-

sas de transportes escolares (a

autarquia recebe 33 mil euros

da DREL e só à transportadora

que serve a região paga 200

mil, sem contar com os meios

próprios que também envolve

nestes transportes) mas que é

muito difícil.

Casimiro Ramos esclareceu,

depois, que o PS também vota-

va a favor, porque estas pro-

postas resultaram de um “tra-

balho de equipa” e as pro-

postas dos seus eleitos foram

discutidas. Sugeriu, no entan-

to, que o executivo social-

democrata equacione uma

intervenção, mesmo que mais

ligeira do que o previsto, no

moinho das Cardosas e que

haja uma discussão alargada

sobre o futuro da Quinta da

Murzinheira (Arranhó), onde

nasceu a escritora Irene

Lisboa. “O grande desafio será

encontrar soluções para as

receitas, já que não há mais

onde cortar nas despesas co-

rrentes”, concluiu.

Jorge Talixa

Arruda aprova orçamento de 16

milhões com consenso alargado

A sessão da Assembleia realizada no dia 28

ECONOMIA

Ota pode ter investimentode 45 milhõesA freguesia da Ota pode receber nos próximos anos um inves-timento da ordem dos 45 milhões de euros. A AssembleiaMunicipal de Alenquer aprovou, em Dezembro, por unanimi-dade, uma Declaração de Interesse Municipal para um pro-jecto nas áreas da segurança, investigação e desportoautomóvel que poderá também criar 300 postos de trabalho.Para uma região que, durante os últimos 15 anos, viveudebaixo das medidas restritivas relacionadas com o projecta-do aeroporto trata-se de uma mais-valia, questão sublinhadapelo presidente da Câmara de Alenquer. Jorge Riso admiteque o projecto ainda está numa fase muito inicial e que aindanão há certezas absolutas quanto à sua implantação, mas dizque, a concretizar-se, será uma boa notícia. O autarca do PSacrescenta que é um projecto muito atractivo para quem estáligado ao desporto automóvel e que poderá levar muita genteao concelho de Alenquer.O empreendimento programa para a Quinta da Ota, segundoo que foi revelado, contempla um centro de segurançarodoviária, uma escola de condução defensiva, um autódromoe um kartódromo.

MAR

Page 15: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

15

A situação financeira da Câmara de Vila Franca de Xira tem leituras completamente diferentes de CDU e PSD. Os comunistas

dizem que os compromissos assumidos e a quebra de receitas estão a levar a uma situação de quase “ruína”. Os socialistas

garantem a “estabilidade” financeira da autarquia e que tem todas as condições para continuar a cumprir os seus compromi-

ssos.

CDU fala de “estado calamitoso” mas

maioria PS garante “estabilidade”

Jorge Talixa

A CDU de Vila Franca de Xira

sustentou, no dia 22, horas

antes da votação do plano e

orçamento da Câmara local

para 2012 em sede de

Assembleia Municipal, que as

finanças da Câmara “cami-

nham para a ruína” e começam

a entrar num estado “calami-

toso”. A maioria socialista tem

uma visão completamente

diferente, considera que as afir-

mações da CDU são demagó-

gicas e sublinha que, apesar

das dificuldades existentes, a

Câmara tem a sua situação

financeira estabilizada, é um

dos municípios que paga mais

atempadamente a fornecedores

e tem condições para continuar

a assumir todos os seus com-

promissos em 2012.

Nuno Libório, vereador da

CDU, alerta para o “estado

calamitoso” em que, no seu

entender, “se encontra a estru-

tura financeira” da Câmara,

sobretudo porque, acusa, os

executivos de maioria PS têm

optado por assumir encargos

que não deveriam ser da autar-

quia, como a construção de

acessos a empreendimentos

privados como o novo hospital

(gerido pelo Grupo Mello) e a

plataforma logística da

Castanheira (projectada pelos

espanhóis da Abertis).

“A Câmara não soube acautelar

as reduções financeiras

impostas por sucessivos gover-

nos e tem, nos últimos anos,

uma redução impressionante

de receitas”, sustenta o eleito

comunista, realçando que o

orçamento camarário desce de

87 milhões de euros em 2011

para os 69 milhões previstos

para o próximo ano.

“Dos pouco mais de 20 mi-

lhões de euros para investi-

mentos, cerca de 6, 3 milhões

vão para a libertação de te-

rrenos e para a construção de

acessos a projectos privados”,

critica Nuno Libório, referindo

que, devido a estas opções con-

testadas pela CDU, a Câmara

não tem resolvido os inúmeros

problemas que o concelho tem

em domínios como as acessi-

bilidades internas, a reabili-

tação do parque escolar do 1º.

ciclo e do seu parque habita-

cional e a construção de mais

áreas de estacionamento.

Bem diferente é a visão de

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da Câmara de Vila

Franca de Xira desde 1998, que

sublinha que, apesar das difi-

culdades generalizadas e das

restrições impostas pelo pro-

grama de austeridade, o

Município “tem uma situação

confortável em relação ao

endividamento, respeitando

rigorosamente os limites estab-

elecidos” e “tem cumprido na

integra, e nalguns casos até

antecipado, os prazos de paga-

mento”.

Embora admita que são de pre-

ver quebras significativas de

receitas em 2012, sobretudo no

Imposto Municipal de

Transacções (muito ligado à

negociação de imóveis), que

deverá baixar para menos de

metade, levando a autarquia a

arrecadar menos cerca de 3, 8

milhões de euros, Maria da Luz

Rosinha sustenta que, ainda

assim, é possível canalizar

cerca de 25 milhões de euros

para investimentos. A autarca

do PS destaca o arranque, já no

início de 2012, das obras de

requalificação da margem

ribeirinha da zona sul do

Município e de regularização

do Rio Grande da Pipa. A con-

strução das novas instalações

do Centro de Saúde de

Alhandra e a reparação da rede

viária são outras das apostas.

Para a maioria PS, as afir-

mações da CDU são

“demagógicas” porque o

Hospital vai servir os 240 mil

habitantes da região e os aces-

sos à plataforma permitirão,

também, que toda a zona Norte

do concelho tenha acesso

directo à Auto-estrada do

Norte.

Votos contra doscredoresliquidam últimasesperanças daTNCAs últimas esperanças de recuperação da TNC(Transportadora Nacional de Camionagem) goraram-se nasemana passada com a juíza do Tribunal do Comércio deLisboa responsável pelo acompanhamento do processo deinsolvência a reafirmar a decisão de liquidação da empresajá tomada em Junho e suspensa na sequência da apresen-tação de um plano de viabilização. No início de Dezembro jáa maioria dos credores se pronunciara contra e a decisão deliquidação não foi desde logo tomada porque a Auto Suecosolicitou um prazo de 10 dias para se pronunciar por escrito.Agora, uma vez que a proposta de recuperação não reuniu oapoio de pelo menos dois terços dos valores representadospelos credores não restava outra opção e os 126 traba-lhadores vêm confirmada a perda dos empregos, que já sedesenhava desde que, em Outubro, receberam cartas de des-pedimento do administrador da insolvência.É mais uma empresa do concelho de Vila Franca de Xiraque fica pelo caminho (esta, sedeada em Alverca, chegou aser uma das maiores transportadoras portuguesas) e segue-se, agora, um processo necessariamente demorado de vendade bens e de divisão dos resultados da venda da massa insol-vente. Os 126 trabalhadores, recorde-se, reclamam cerca de7, 5 milhões de euros relativos a salários e indemnizações. A juíza responsável explica, na sua deliberação que decidiuavançar para a liquidação pelo facto do plano de viabiliza-ção apresentada pela antiga dona da TNC “não ter recolhi-do mais de dois terços da totalidade dos votos na assembleiade credores”. Alguns dos maiores credores como os bancosEspírito Santo e Santander acabaram por não se pronunciara favor da recuperação da empresa, apesar de, durante oVerão, ter sido referido que se haviam comprometido peranteo Ministério da Economia a contribuir para a viabilizaçãoda TNC. Certo é que o processo se arrastou desde meados deJulho e a paragem da laboração também ajudou a limitar aspossibilidades de recuperação. O Sindicato dosTrabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos dePortugal afiança que vai continuar a fazer tudo para que osdireitos dos 126 funcionários sejam garantidos na definiçãodos credores prioritários e na divisão dos valores que resul-tem da venda da massa insolvente.

Finanças da Câmara de Vila Franca

Votos do PS aprovamorçamentoAs Grandes Opções do Plano da Câmara de Vila Franca deXira para 2012 foram aprovadas em Assembleia Municipalapenas com os votos favoráveis da maioria PS, votos contrade CDU, Bloco de Esquerda e CDS-PP e abstenções da coli-gação liderada pelo PSD. De acordo com os documentos, oMunicípio tem, actualmente, uma capacidade de endividamen-to de 26, 341 milhões de euros e empréstimos contraídos demédio e longo prazo que contam para a contagem da capaci-dade de endividamento de 21, 012 milhões de euros.“Haverá cortes significativos na arrecadação de alguns va-lores, há toda uma mudança que nos pressiona para realizardespesas face à arrecadação de receitas. Garantimos asgrandes obras, com o aproveitamento dos fundos comu-nitários, e o cumprimento daquilo que são as nossas respon-sabilidades com os nossos fornecedores e prestadores deserviços e mesmo também dar uma resposta à qualificação emodernização dos nossos serviços”, salientou a presidente daCâmara Maria da Luz Rosinha, destacando algumas dasobras previstas para 2012 como a regularização do RioGrande da Pipa e o Centro de Saúde de Alhandra.João Milheiro reafirmou que a CDU não concorda com asprioridades delineadas pela maioria PS e João Machado,eleito do Bloco de Esquerda, colocou várias questões sobre oendividamento camarário. Já Ana Belchior, eleita do CDS-PP,apresentou um extenso documento onde sublinha que não vênas Grandes Opções do Plano medidas para o desenvolvi-mento de uma economia sustentada, com a criação de meiospara que as actividades económicas se desenvolvam em se-ctores que tenham viabilidade. A autarca do CDS-PP defen-deu, também, mais medidas de apoios às instituições particu-lares de solidariedade social e ligadas à formação e aoemprego e considerou que é preciso encontrar meios derentabilização das verbas investidas no Museu do Neo-Realismo. Rui Rocha observou, por seu turno, que a coligaçãoNovo Rumo entende que este orçamento se revela “equilibra-do” e reflecte globalmente os constrangimentos da actividadeeconómica em Portugal. “Podemos ou não divergir num ounoutro ponto, mas consideramo-lo globalmente equilibrado.Os nossos vereadores na Câmara, decorrente das suaspróprias responsabilidades, participaram na execução desseorçamento, deram-nos a garantia de que tinham conseguidofazer valer os seus pontos de vista”, referiu Rui Rocha, expli-cando que os vereadores sociais-democratas votaram a favorna Câmara, mas que a bancada da CNR na AssembleiaMunicipal optou pela abstenção, porque considera que a reti-rada de pelouros aos seus eleitos gera uma “quebra de confi-ança” quanto à capacidade do executivo de concretizar esteplano e orçamento.

Falecimento de Miguel Fernandes gera consternação

Miguel Fernandes, jovem samorense de 23 anos, faleceu, na semana passada, vítima de uma colisão entre trêsveículos ligeiros ocorrida no troço da Estrada Nacional 118, junto ao Campo de Tiro. Antigo jogador doFutebol Clube de Alverca, Miguel Fernandes deslocava-se para o local de trabalho, em Setúbal, quando, cercadas 08h40, o carro que conduzia terá sido abalroado e atirado contra uma das viaturas, segundo uma fonte daGNR. O jovem entrou em paragem cardiorrespiratória, foi assistido no local por uma equipa da ViaturaMédica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Franca de Xira, mas não resistiu aos ferimentos.

Page 16: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Hipólito Cabaço

1) O Fiat 850 é a evolução nat-

ural do Fiat 600.

2) Este é lançado no mercado

no ano de 1964, a designação

do modelo acaba por ser a sua

própria cilindrada 843 cc – o

Fiat 850.

3) Dante Giacosa, chefe dos

projectistas da Fiat, apresenta

este modelo com muito mais

espaço interior e com muito

mais acessibilidade aos bancos

traseiros e com um espaço

envolvente muito mais cuida-

do.

4) No exterior, em relação aos

600, a frente é mais alta e

quadrada e os faróis são mais

amplos.

5) Mantendo a filosofia das

duas portas, motor e tracção

traseira, suspensão indepen-

dente às quatro rodas, este novo

modelo apresenta sobretudo um

bom coeficiente aerodinâmico

para a época.

6) A Berlina, na altura do lança-

mento, tinha disponíveis dois

modelos: um standard com 34

cv e um super com 37 cv. A sus-

pensão traseira independente

tinha um novo braço em “y”

que suportava o motor de 4

cilindros, arrefecido a água.

7) Com o evoluir da Berlina

“850” e com a muito boa

aceitação dos utilizadores da

marca, lançou-se no mercado

um Coupé e um Spider, con-

seguindo uma produção total,

até 1972, de 2 milhões e 800

mil exemplares.

8) No Verão de 1965 são intro-

duzidas duas novas versões: um

Coupé desenhado pela própria

Fiat e debitando 47 cv e um

Spider desenhado por Bertone e

debitando 49 cv

9) No ano de 1965 são coloca-

dos no mercado uma versão

850 familiar e um utilitário na

linha da Múltipla, com fileiras

de bancos.

10) Estes modelos mantive-

ram-se sem alteração até 1968,

após este ano sofreram peque-

nas mudanças. A berlina deixou

de ser Super e pa-ssou a ser

“Special” com acabamentos

mais refinados. Os interiores a

preto e novos frisos e passou a

receber o motor de 47 cv do

Coupé.

11) Neste mesmo ano, o Coupé

foi alongado, recebeu nova

frente com faróis suple-

mentares, a cilindrada passou

para os 903 cm3 e a potência

para os 52 cv. O mesmo aconte-

ceu com o Spider, com os faróis

e a aplicação de uma nova grel-

ha posterior.

12) As denominações foram

alteradas para “850 Sport

Coupé” e “850 Sport Spider”

Tintin e osautomóveisFazem parte do imagináriode infância as histórias debanda desenhada de Tintin.Foi, de facto, com satisfaçãoque vi Steven Spielberg comorealizador e Peter Jackson(Senhor dos Anéis) como pro-dutor terem concretizado umvelho sonho, com uma ani-mação digital luxuosa e comum espírito aventureiro quefazem justiça à extra-ordinária herança de Hergé.O ter visto no grande ecrã as“Aventuras de Tintin: O segre-do do Tricorne” levou-me, umavez mais, a fazer um estudode pesquisa para saber quan-tos modelos foram utilizadosao longo de todos estes anos.Pois bem, foram “só” 79 mode-los diferentes. Na impossibili-dade de vos deixar os desenhosde todos, aqui ficam os maisemblemáticos.

voz ribatejana #28AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA

16

Fiat 850

Inspirado no Alfa RomeoAmilcar

Lincon Zephyr Cabriolet

Citroen Ami 6

Citroen 15/6

Triumph Herald 1200

Ford T

Willys MB

Opel Olympia Cabrioletcoach

Lancia Aprillia

MG 1100Simca Aronde

Page 17: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Vilafranquenseempatou com oTiresInduzidos em erro pelas tabelasde resultados e pela classifi-cação publicada na edição dedia 19 do diário Record,escrevemos, na última ediçãodo Voz Ribatejana, que a UniãoDesportiva Vilafranquense(UDV) batera, no domingoanterior, no Cevadeiro, o Uniãode Tires, por 1-0. De facto ojogo terminou com um empatea 1 bola, o que altera tambémde forma significativa a situ-ação das equipas da região natabela classificativa.Assim, a UDV está na 12ª.posição com 20 pontos, fruto de5 vitórias, 5 empates e 5 derro-tas nos 15 jogos já disputados.Logo acima está o Alverca com21 e o Vialonga soma 22 pon-tos neste renhido campeonatoda Divisão de Honra daAssociação de Futebol de Lisboa. Pelo erro no resultadopublicado pedimos as nossas desculpas aos leitores e amigose voltamos a publicar a classificação, agora correcta.

4 de Janeiro de 2012

17

O campeonato da Divisão de

Honra da Associação de Futebol

de Lisboa regressa no próximo

domingo, com a disputa da 16ª.

jornada, penúltima da primeira

volta, onde ressalta o sempre

apetecível dérbi concelhio entre

Vilafranquense e Alverca, que se

disputa no campo do Cevadeiro,

a partir das 15h00.

As duas equipas seguem a meio

da tabela, o Alverca mais bem

colocado com 21 pontos e o

Vilafranquense logo a seguir

com 20. Mais à frente segue o

Vialonga, com 22 pontos, que

nesta jornada tem deslocação

difícil ao terreno do vizinho

Loures. Já na I Divisão da AFL,

o União Povoense recebe o

Coutada, o Juventude da

Castanheira visita a Ericeira e o

União e Recreio de Vila Nova da

Rainha viaja até A-dos-

Cunhados. Aqui fica o ca-

lendário da Divisão de Honra

para domingo:

Vilafranquense-Alverca

Loures-Vialonga

Ponterrolense-Malveira

Lourinhanense-Tojal

Bucelenses-Encarnação

Odivelas-Linda-a-Velha

Lourel-Cacém

V. F. do Rosário-Sanjoanenses-

Alta de Lisboa

Hermano Ferreiraganha São Silvestrede Lisboa pelaterceira vezHermano Ferreira, atleta natural e residente em S.Tiago dosVelhos, no concelho de Arruda dos Vinhos, ganhou pela ter-ceira vez consecutiva a São Silvestre de Lisboa, disputada nopassado dia 31. O fundista da Conforlimpa chegou ao lado doseu colega de equipa Tiago costa, depois de terem deslocadotodos os adversários, numa prova de 10 quilómetros com par-tida e chegada nos Restauradores.Mais uma vitória de Hermano Ferreira que tem como grandeambição a participação nos Jogos Olímpicos de Londres, emJulho de 2012. O atleta de S. Tiago dos Velhos obteve os míni-mos B na maratona, em Dezembro, ao conseguir 2h 13m e28s na prova disputada na cidade italiana de Turim, mas temuma concorrência muito forte na corrida de 42 quilómetros edeverá precisar de melhorar a sua marca. Já em 2011,Hermano Ferreira conseguira sagrar-se campeão nacional deestrada. Já o cartaxeiro Rui Silva alcançou a sétima posiçãona S. Silvestre de Madrid.

Alverca renova plantelcom alguma polémica

O Futebol Clube de Alverca aproveitou a paragem de duassemanas nos campeonatos distritais para reformular oplantel da sua equipa sénior, com cinco entradas e seis saí-das de jogadores. Algumas destas “mexidas” não foram bemrecebidas por alguns adeptos ligados à claque do clube, quelamentaram a saída de jogadores que tiveram prestaçãoimportante na subida de divisão e na conquista da supertaçada AFL.A direcção do FCA distribuiu, no final do ano, um comuni-cado onde explica que esta renovação do plantel envolve asentradas de Armindo e Tera (ex-Sacavenense), André (ex-Vialonga), João Rodrigues (ex-Vila Franca do Rosário) eAlex (ex-Loures). Saíram Celso, Gabriel, Gonçalo, Bacar,Nobre e Djaló, a quem os responsáveis do Futebol Clube deAlverca agradecem “a forma como sempre defenderam ascores” do clube.Recorde-se que o FCA tem, desde o passado dia 27 deNovembro um novo treinador, Nuno Lopes, que substituiuRicardo Monsanto. A equipa técnica em funções é aindacomposta por Gabriel Rodrigues, Carlos Patrício e LuísCosta.

Vilafranquense e Alverca jogam

dérbi concelhio no domingo

DESPORTO

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Jornal Voz Ribatejana

Centro Comercial da Mina Loja 3, Apartado 10040

2600-126 Vila Franca de Xira

Tel: 263 281 329 [email protected]

CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL

Page 18: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Concelho de

Vila Franca de

Xira

Vila Franca de Xira

Cantinho do António

Praça Afonso de

Albuquerque, Nº. 10

A Ginginha

Rua da Praia, Nº. 6

Papelaria Extremis

Rua Dr. Miguel

Bombarda, Edifício

Alves Redol 248-A

Papelaria Vítor

Rua Serpa Pinto, Nº.

98

Papelaria Festa Brava

Rua Serpa Pinto, Nº.

Papelaria Pinóquio

Praceta Jornal Voz

Ribatejana

Papelaria TC

Bica do Chinelo

Quiosque da Paz

Rua Eça de Queiroz,

17

Quiosque do Hospital

Largo Luís César

Pereira

Papelaria Ricardo

Vilafranca Centro, Loja

117

Papelaria Dálita

Rua Heróis da Guerra

Peninsular

Papelaria Carlin

Rua António Maria

Eugénio de Almeida, Nº.

40

Loja Gourmet

Rua Dr. Miguel

Bombarda

Papelaria Samir

Praceta Florbela

Espanca – Bom Retiro

Papelaria Triunfo

Rua 28 de Março, Nº. 1

Bom Retiro

Intermarché

Estrada Nacional 1 -

Povos

Alhandra

Papelaria Calçadas

Praça 7 de Março

Quiosque Parque

Estrada Nacional 10

Excêntricos

Rua Duque da Terceira

Café Ponto Xic

Bairro da Chabital

Alverca

Papelaria Académica

Estrada de Arruda

Papelaria Rota

Centro Comercial Parque

Papelaria Eureka

Jumbo

Quiosque Cinema

Avenida Capitão Meleças

Papelaria Gizdecor

Rua dos Lavadouros

Papelaria Lápis Iris

Rua João Mantas

Papelaria Sete.Pt

Avenida Capitão Meleças

Papelaria Charlot

Centro Comercial Scala

Papelaria Guida Campos

Estação da CP

Quiosque Bom Sucesso -

Bom Sucesso

Castanheira do

Ribatejo

Papelaria Branquinha

Rua João Baptista

Correia, Loja 1 D

Rochas Papelaria

Rua Palha Blanco, Nº. 1

Café Central

Rua Palha Blanco

Cotovios – São João dos

Montes

Casa Pombo

Rua 1º. de Maio

Quiosque da Mónica

Estrada do Bogalhão

Forte da Casa

Quiosque do Miradouro

Rua Padre Américo

Póvoa de Santa Iria

Quiosque da Rotunda

Quinta da Piedade

Papelaria Ricardo

Rua 28 de Setembro

Rivoli Quiosques

Estação da CP

Papelaria Maria Fumaça

Centro Comercial Serra

Nova

Sobralinho

Papelaria Arcos Íris

Rua Soeiro Pereira

Gomes, nº. 5

Vialonga

Papelaria Nunes

Rua Prof. Egas Moniz

Papelaria Pedro Silva

Rua Prof. Egas Moniz

Papelaria Rosinha

Rua 28 de Setembro

Quiosque Rodoviária

Rua Prof. Egas Moniz

Concelho de

Alenquer

Intermarche – Carregado

IC2

Quiosque do Jardim

Carregado – IC2

Papelaria Estação

Serviço do Carregado –

IC2

Concelho de

Arruda dos

Vinhos

Arruda dos Vinhos

Papelaria Suprema

Rua Cândido dos Reis,

Nº. 64

Papelaria Cinderela

Rua Cândido dos Reis.

Nºs 123/127

Papelaria Relíquia

Avenida D. Afonso

Henriques, Nº. 39

Papelaria Baco

Avenida Engº. Adriano

Brito, nº. 20

Cardosas

Mini-mercado Batcel

Largo Humberto

Delgado, Nº. 1

Á-do-Barriga

Supermercado “O Trevo”

SuperBarriga Lda.

Estrada Nacional 284,

nº48

Concelho de

Azambuja

Azambuja

Papelaria Aguarela –

Largo do Rossio –

Azambuja

Papelaria Paperi – Rua

Engenheiro Moniz da

Maia

Concelho de

Benavente

Benavente

Papelaria Fao

Rua Dr. João Sabino de

Almeida Fernandes, nº.

27

Porto Alto

Papelaria Zélita

Rua da Liberdade

Samora Correia

Papelaria Dominó

Rua Elias Garcia, Nº. 14

Papelaria Avenida

Avenida “O Século”

Papelaria Okapi

Rua Popular, nº. 13

O Voz Ribatejana Mais Perto de Si

A forte ligação à região que servimos é uma característica que distingue o Voz Ribatejana, que procura desenvolver um jornalismo atento aos problemas e às

aspirações das comunidades do sul do Ribatejo e de parte dos concelhos do Oeste. Apostamos num jornalismo de proximidade, que dá voz a todos e valoriza o

trabalho de associações e instituições e a importância dos valores e das tradições regionais. Também por isso, o Voz Ribatejana está quinzenalmente consigo

em cerca de 70 postos de venda da região, nossos parceiros nesta tarefa de levar mais longe a informação que produzimos. Para todos eles e para si Amigo

leitor vão os votos de um Ano Novo com muita Saúde e Boas Notícias.

Postos de Venda

Page 19: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

voz ribatejana #28

20

Equipa da AISC junta 150

crianças em festa de NatalA equipa de RSI (Rendimento

Social de Inserção) da Póvoa de

Santa Iria e Vialonga, estrutura

ligada à Associação de

Intervenção Social e

Comunitária (AISC), organi-

zou, no dia 20, uma festa de

Natal destinada especialmente

a “proporcionar a crianças que

se encontram em situação

económica e socialmente des-

favorecida” um momento um

pouco mais feliz. A iniciativa,

que se realizou no Centro

Comunitário de Vialonga,

reuniu cerca de 150 crianças,

que puderam escolher o seu

brinquedo de entre livros,

jogos, bonecas, peluches e ca-

rros telecomandados, entre

muitos outros. Este “Natal a

Brincar”, promovido no âmbito

do protocolo existente com a

AISC (associação que repre-

senta 22 instituições particu-

lares de solidariedade social do

concelho de Vila Franca de

Xira), procurou também “sensi-

bilizar a comunidade e enti-

dades parceiras através da

recolha de brinquedos ao longo

de todo o ano, uma vez que se

considera que o espírito de

Natal não deve estar presente

apenas uma vez por ano, mas

sim todos os dias. Face à ge-

nerosa doação obtida, surgiu a

possibilidade de realizar esta

iniciativa em parceria com o

Centro Comunitário de

Vialonga, abrangendo deste

modo as famílias da freguesia”,

sublinha a equipa de RSI da

Póvoa e Vialonga. “Este

envolvimento das entidades

parceiras e da comunidade em

geral favoreceu um espírito de

partilha plena, consolidando e

estreitando relações entre todos

os envolvidos, afirmando-nos

assim como cidadãos de uma

sociedade informada, cons-

ciente e actuante”, prossegue a

referida equipa de acompa-

nhamento das famílias benefi-

ciárias e candidatas ao

Rendimento Social de Inserção,

salientando que “o balanço

final foi muito positivo”, até

porque “a maior recompensa

para todos os técnicos envolvi-

dos foi observar os sorrisos de

alegria e o brilho nos olhos

destes meninos que tiveram

também eles direito ao seu

brinquedo”.

Alverca mantém a tradição dafogueira do NatalA Igreja dos Pastorinhos em Alverca do Ribatejo, com acolaboração da Junta de Freguesia alverquense manteve atradição de acender uma fogueira na noite de Natal, que semantém acesa até ao dia de Reis.Henrique, um dos funcionários da igreja, tem sido o obreirode alma e coração em manter a tradição desde que a igrejafoi construída. Na noite de 24 para 25, os alverquensesestavam presentes para se aquecerem antes de assistirem àmissa do galo. O Voz Ribatejana também esteve presente edesejou a todos um Natal Feliz e um próspero Ano Novo de2012.

Adriano Pires

Liga do Hospital oferece cadeiraespecial a menino da Castanheira

A Liga dos Amigos do Hospital Reynaldo dos Santos de VilaFranca de Xira (LAHRS) entregou, no dia 21, uma cadeirade rodas especial à famíliade João Filipe GomesBolsa, menino de 8 anosresidente da Castanheirado Ribatejo, que sofre deparalisia cerebral. Aentrega do equipamento,orçado em 1900 eurossuportados integralmentepela LAHRS, decorreu nasinstalações do hospital vila-franquense.Segundo os responsáveis daLiga, o João vive com a suamãe, que tem dificuldadeseconómicas que não lhe per-mitem reunir meios para“adquirir os equipamentosnecessários que facilitem odesenvolvimento das capaci-dades” motoras da criançaque, devido à paralisiacerebral, tem umaredução permanente dassuas possibilidades físicas.“É sabido que todos osequipamentos técnicos des-tinados a crianças quesofrem de deficiência sãonormalmente caros e quepouco ou nenhum apoio têmem termos de compartici-pação das entidades oficiaiscompetentes”, acrescenta adirecção da LAHRS. Por isso,e conhecedores das dificul-dades da família, os respon-sáveis da Liga resolveramcanalizar esta verba paraa aquisição e oferta aoJoão Filipe de umacadeira Cruiser CX12,acompanhada pordiversos acessórios ade-quados ao seu estado físico.

NATAL/ANO NOVO

Page 20: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

19

O Grupo de Forcados

Amadores de Vila Franca de

Xira foi um dos que mais actu-

ou na Temporada

Tauromáquica de 2011 em

Portugal, com um total de 23

corridas, menos quatro que o

líder, que foi o Grupo de

Alcochete, a exemplo do ano

anterior. O novilheiro prati-

cante Tiago Santos, aluno da

Escola de Toureio José Falcão

também esteve em destaque e

foi o que mais toureou na sua

categoria. Já Vítor Mendes não

aparece nas tabelas agora

divulgadas pela Associação

Nacional de Toureiros (ANT),

porque não faz parte desta

instituição e Nuno Casquinha

surge com 3 corridas numa

tabela de matadores de toiros

portugueses liderada por Luís

Vital Procuna, com 10 actu-

ações.

No que diz respeito aos espec-

táculos realizados (ver

quadros), a ANT contabilizou

378, menos 26 que na tempora-

da anterior, mas estes números

terão sido também influencia-

dos pelo tempo chuvoso do

arranque da temporada que

obrigou a cancelar vários

espectáculos. Os números con-

hecidos apontam, todavia, para

um acréscimo de público, com

vários casos de lotação esgota-

da, como voltou a acontecer na

Palha Blanco de Vila Franca de

Xira. “O ano de 2011 foi mar-

cado pelas dificuldades finan-

ceiras às quais a tauromaquia

não ficou isenta, havendo com

isso uma diminuição no

número de espectáculos onde

os festivais taurinos foram os

que sofreram a diminuição

mais acentuada a par das corri-

das de toiros a pé / mistas”, re-

fere a ANT, frisando, contudo,

que registou uma “maior

afluência de público às praças

de toiros, por várias vezes

esgotadas e muitas vezes

cheias”.

Os dados coligidos pela ANT

dividem-se numa dezena de

categorias, incluindo ca-

valeiros, cavaleiros praticantes,

matadores, novilheiros, ban-

darilheiros, moços de espadas,

emboladores, empresas e gru-

pos de forcados.

Luís Rouxinol foi claramente

quem mais toureou em 2011

com 52 corridas (liderou tam-

bém em 2010, então com 58),

seguido por João Caetano e

Joaquim Bastinhas com 41.

Entre os cavaleiros de alterna-

tiva destacaram-se também Rui

Salvador e a samorense Sónia

Matias que, com 38 actuações,

foi na última temporada a ca-

valeira que mais toureou nas

praças portuguesas.

Nos matadores de toiros Luís

Vital Procuna teve 10 actu- ações e numa tabela reduzida a

Menos 26 espectáculos taurinos e Forcados

de Vila Franca de Xira entre os que mais

pegaram no ano passado

TAUROMAQUIA

“Luís Rouxinol foi quem mais toureou na última temporada taurina e Sónia Matias, Tiago Santos e Nuno Casquinha também estiveram em foco.

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2600-126 Vila Franca de Xira

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Page 21: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

4 de Janeiro de 2012

21

A Assembleia Municipal de

Vila Franca de Xira aprovou

uma recomendação para que

se reforce a divulgação da

possibilidade que os

munícipes têm de canalizar

uma percentagem do seu IRS

para instituições particulares

de solidariedade social por

eles indicadas aos serviços

de Finanças. Ana Paula

Bayer, eleita da co-ligação

Novo Rumo, realçou os

benefícios que as instituições

locais podem co-lher destes

donativos e sugeriu que a

própria Assembleia

Municipal “divulgue esta

informação junto de todos os

cidadãos, independente-

mente das organizações que

pretendam ajudar”. João

Quítalo, presidente do órgão

deliberativo municipal de

Vila Franca de Xira, garantiu

que a Assembleia “irá fazer a

divulgação pelos seus

meios” e que espera que

todos possam também colab-

orar para alargar “o mais

possível” esta divulgação,

frisando que as próprias

IPSS também têm todo o

interesse em divulgar esta

possibilidade. Já Paulo

Afonso, eleito da bancada do

PS, manifestou o acordo dos

socialistas com esta sug-

estão, lembrando que esta

possibilidade de canalizar

verbas do IRS para as IPSS

surgiu por iniciativa de um

dos governos socialistas de

António Guterres. Mas o

autarca socia-lista disse, tam-

bém, esperar que uma das

próximas medidas do actual

Governo não seja eliminar

esta possibilidade de apoio

às IPSS, que “sendo volun-

tário, é um contributo impor-

tante”.

Maria da Luz Rosinha afi-

ançou que a Câmara fez, em

devido tempo, a divulgação

desta medida, desde logo

junto do movimento associa-

tivo e junto dos seus fun-

cionários. Lamentou, contu-

do, que, depois, o dinheiro

não chegue tão rapidamente

quanto devia às IPSS.

As emoções marcaram a apre-

sentação do livro

“Voluntariamente Feliz”.

Francisco José Graça,

bombeiro voluntário e for-

mador da Escola Nacional de

Bombeiros, juntou, no salão

nobre dos Bombeiros de

Azambuja, mais de uma cente-

na de amigos, como, aliás,

chamou aos presentes, para a

apresentação do seu livro.

Um livro que, nas palavras de

Joaquim Ramos, presidente da

Câmara de Azambuja, relata

afectos, relata vivências e a

dedicação à causa do voluntari-

ado. O autarca falou na quali-

dade de cidadão e elo-

giou Francisco Graça

pelo projecto de vol-

untariado a que se

dedica, salientando

que é um exemplo de

dedicação e de vida.

Antes, o presidente da

associação, António

Manuel Duarte, já

tinha dedicado algumas

palavras de incentivo e de

amizade a Francisco Graça,

que depois foram replicadas

por Pedro Cardoso, coman-

dante dos bombeiros de

Azambuja, que elogiou o

carácter daquele que, em tem-

pos, foi seu segundo coman-

dante, lembrando a relação de

amizade com mais de 15 anos.

Francisco Graça, autor deste

“Voluntariamente Feliz”, falou

do seu livro, do enriquecimen-

to que tem sido a sua vida,

junto dos amigos e da família,

que o tem ajudado também a

passar cada etapa da sua vida

pessoal. O autor que tem feito

das “suas fraquezas, força”

como dizia uma pessoa do

público.

Os amigos e a família têm sido

importantes na sua luta contra

um linfoma e estas são pessoas

importantes para o autor, que se

considera “Voluntariamente

Feliz”. E se “Voluntariamente

Feliz” foi o título escolhido,

Francisco Graça explica então

que a “felicidade surge quando

conseguimos ter a capacidade

de observar, enten-

der e desfrutar de

todos os momentos.

A felicidade consiste

na capacidade de

anular a inércia, ou

então revertê-la em

veemência absolu-

ta”.

O autor lembra, por

isso, que “acordar em cada dia,

é uma vitória alcançada e são

estas pequenas vitórias que nos

devem reportar para este tal

conceito de felicidade que,

infelizmente, muita gente

desconhece”, referiu, sublin-

hando que “os bens materiais

ficam e de nada valem.

Rigorosamente nada, se não

conseguirem ser felizes…”,

concluiu.

Miguel António Rodrigues

Francisco Graça dá o

exemplo no voluntariado

Assembleia quer mais

sensibilização para

donativos às IPSS

EXUMAÇÕES

Afonso Lourenço Correia da Costa, Presidente da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, vem nos termos da competência que lhe está atribuída

pelo art. 38.º, n.º 1, alínea g), da lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, tornar público que a Junta de Freguesia em sua reunião de 05.12.2011, deliberou um

conformidade com o art.º 21.º do Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro, proceder à exumação dos restos mortais dos cidadãos indicados por já

terem decorrido 3 anos sobre a sua inumação. Assim, os familiares ou interessados deverão, no prazo de 30 dias a contar da publicação deste Edital, na

secretaria da Junta de Freguesia, indicar o destino que pretendem dar às ossadas. Findo que seja este prazo (30 dias), sem que o responsável ou outro

familiar se pronuncie sobre o destino da ossada, a Junta de Freguesia aquando da exumação reserva-se ao direito de considerar a mesma abandonada,

nos termos do art.º 18.º, n.º 3 do Regulamento do Cemitério e Casa Mortuária, de 2 de Agosto de 1999.

Cemitério de Alverca

EDITAL Nº 30/2011

Processo: Nome: Talhão: Nº: Inumação:

Alverca, 6 de Dezembro de 2011

Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo

Tipo de Sepultura: Coval

Page 22: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

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2615-357 ALVERCA DO RIBATEJO

Telef: 21 9580770 - 96 4008659 - 96 5249749

Filial: R. Padre Américo nº85 c/v Esqª

2625-394 FORTE DA CASA

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22

Voz Ribatejana | Ano II | edição 28 de 4 de Janeiro de 2012 | (2ª Publicação)Voz Ribatejana | Ano II | edição 28 de 4 de Janeiro de 2012 | (2ª Publicação)

Vila Franca de Xira

José Ferraz Peixoto

1º Ano de Eterna Saudade

e Participação de Missa

Faz um ano dia 10/01/2012

que nos deixaste, estarás

para sempre presente nos

nossos corações. Eterna

Saudade de sua filha, genro,

neta e restante família, que

participam que se celebra

missa por sua alma no dia

10/01/2012 às 19 horas na

Igreja Matriz de Vila Franca

de Xira, agradecendo, anteci-

padamente, a todos os que

se dignarem a assistir a este

piedoso acto.

Tratou:

Agência Funerária Machado

Lda.

Vila Franca de Xira

Tel: 263 272 302

Alhandra:

Tel: 219 501 408

Telm: 962 534 196

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António Joaquim

de Matos

Agradecimento

Sua esposa, filhos, noras,

netas, bisnetos e restante

família, na impossibilidade de

o fazer directamente vêm, por

este meio, agradecer a todas

as pessoas que acompa-

nharam o seu ente querido à

sua última morada, assim

como a todos aqueles que

lhes manifestaram o seu

pesar.

Tratou:

Agência Funerária Machado

Lda.

Vila Franca de Xira

Tel: 263 272 302 - 964 003 884

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Page 23: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

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Vila Franca de Xira

Exposição de Arte Sacra - “Arte e Devoção:

Formas e Olhares”, exposição permanente, no

Núcleo Museológico do Mártir Santo, em Vila

Franca de Xira.

Exposição “The Return of the Real 16” intitula-

da “AFigura” de Pedro Loureiro, patente até 8 de

Janeiro de 2012, no Museu do Neo-Realismo.

I Bienal de Artes Plásticas, do Grupo de Artistas e

Amigos da Arte (Gart), no Celeiro da Patriarcal, até

12 de Janeiro de 2012, em Vila Franca.

Comemorações do Centenário do Nascimento

de Alves Redol

Exposições Comemorativas: “Horizonte Revelado”,

no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira.

Piso 1 -“Alves Redol Horizonte Revelado” - biobib-

liográ-fica; Piso 0 “Alves Redol, e a Fotografi-a”; na

Livraria “Alves Redol em BD: projectos de banda

desenhada em torno da narrativa redoliana”. Patentes

até 12 de Março de 2012. Congresso Internacional

“Nascimento de Alves Redol”, dia 19 de Janeiro, na

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e dias

20 e 21, no Museu do Neo-Realismo.

Encontros de Pais de Crianças e Jovens

Deficientes, dia 7 de Janeiro, das 10h00 às 12h00, na

CerciPóvoa, Póvoa de Santa Iria. Organização:

Associação de Pais e Encarregados de Educação dos

Alunos do Agrupamento de Escolas Póvoa de D.

Martinho.

Teatro “O Feiticeiro de OZ”, dia 6 de Janeiro, às

21h30, no Auditório da Igreja Paroquial do Forte da

Casa. Organização: Agrupamento de Escuteiros 773

da Póvoa.

Teatro "A Ceia dos Cardeais" de Júlio Dantas,

pelo Grupo de Teatro do Grémio Dramático

Povoense, dia 20 de Janeiro, às 14h45, no Núcleo do

Mártir Santo do Museu Municipal.

Alenquer

Exposição “Presépios de Alenquer”, patente até 6

de Janeiro de 2012, na Biblioteca Municipal.

Janeiro, Mês do Cinema, de 06 a 29 , no Auditório

Damião de Góis, Alenquer:

Dia 6, às 21h30 e dia 8, às17h00 “Identidade

Secreta”; dia 13, às 21h30 e dia 15, às 17h00 “50/50”;

dias 20 e 21, às 21h30 e dia 22, às 17h00 “Imortais”

(filmes para maiores de 12 anos); dias 27 e 28, às

21h30 e dia 29, às 17h00 “APele Onde Eu Vivo”

(filme para maiores de 16 anos).

Grande Gala de Fados dos 26 Anos da Rádio Voz

de Alenquer, dia 7 de Janeiro, às 21h30, no Auditório

Damião de Góis.

Teatro "Vamos Contar Mentiras", com Isabel

Damatta e Octávio Matos, dia 14 de Janeiro, no

Auditório Damião de Góis.

Tertúlia fadista, dia 21 de Janeiro, às 21h30, no Museu

do Vinho, Alenquer. Actuação de Célia Leiria, Prova

de vinhos da Quinta D. Carlos e Prova gastronómica.

Apresentação do livro infantil da autora Elisabete

Lucas. Contém as histórias "ASábia Figueira Velha"

- ilustrada por Aristides Meneses - e "Choveu uma

Lenda no Natal" - ilustrada por Ana Marques, no dia

21 de Janeiro, às 14h00, na Biblioteca Municipal.

Tesouros no Rio, Feira de Velharias de Alenquer, dia

21 de Janeiro (terceiro sábado do mês), nas margens

do rio Alenquer.

Arruda dos Vinhos

Exposição “Mostra de Artesanato”, Trabalhos de

Fernanda Simões, até 31 de Janeiro, no Posto de

Turismo de Arruda.

Exposição de desenho de Patrik Chinita Caetano,

até 11 de Janeiro, na Galeria Municipal de Arruda.

Exposição de Escultura de Ana Marta Pereira, de

14 de Janeiro a 8 de Fevereiro. Inauguração dia 14, às

16h00, na Galeria Municipal.

Filmes no Auditório em Janeiro, às 16h00: dia 8,

“Os Smurfs” ; dia 15, “O Panda do Kung Fu 2”; dia

22, “Caçadores de Dragões”; dia 29, “Marley & Eu

– O Filhote”.

Apresentação do livro “Meu Pregão”de Joaquim

Fortunato Agostinho, dia 29 de Janeiro, às 15h00, no

Auditório Municipal.

Azambuja

Exposição permanente “Património cultural,

sagrado e religioso” no Mosteiro Santa Maria das

Virtudes;

Exposição permanente "O mundo moderno

também começou aqui no séc. XV" - Vale do

Paraíso;

Exposição permanente “Quotidianos: Recordar;

Conhecer e Aprender” no Museu Municipal

Sebastião Mateus Arenque;

Exposição de desenho "Imagens de uma Vida",

de Manuel Vidal. Natural de Azambuja, com 83 anos

de idade, começou a desenhar aos 13 anos. Patente

até 21 de Janeiro, na Galeria da Biblioteca Municipal

de Azambuja.

Exposição “Alfred Nobel: um homem ao serviço

da literatura” de cariz permanente, com rotatividade

mensal, ao longo do ano, nas Bibliotecas Municipais

de Azambuja.

Visitas Guiadas, todas as sextas-feiras às 10H00,

na Biblioteca de Azambuja e às 10h30, na

Biblioteca do Centro Cultural Grandella – Aveiras de

Cima. As visitas guiadas têm como objectivo dar a

conhecer o espaço, as regras de funcionamento e o

fundo documental da biblioteca. Actividade sujeita a

marcação.

Leitura Sénior, todas as quartas e sextas-feiras, às

11h00, a Biblioteca Municipal de Alcoentre, vai visi-

tar o Centro de Dia de Alcoentre para partilhar boas

leituras com os utentes seniores da instituição.

“Concerto de Ano Novo", pelos músicos e cantores

do Centro Cultural Azambujense, no dia 7 de Janeiro

de 2012, na Igreja do Mosteiro de Santa Maria das

Virtudes, Aveiras de Baixo.

V Concurso Literário do Concelho de

Azambuja. Data limite para entrega de trabalhos,

nas Direcções das Escolas, Bibliotecas Escolares ou

numa das bibliotecas da Rede de Bibliotecas do

Município, dia 9 de Março de 2012.

Benavente

Exposição Permanente "Galeria de Trens" na

Galeria 1 do Palácio do Infantado - Samora Correia.

Exposição Permanente "O Calendário

Agrícola" no Núcleo Museológico Agrícola de

Benavente.

Exposição Permanente "Vida e Obra de João

Fernandes Pratas" na Biblioteca Odete e Carlos

Gaspar, no Palácio do Infantado, Samora Correia.

Exposição “Campino - O Homem da Lezíria”.

Campino, Homem do Campo, guardador de gado.

Na Charneca ou na Lezíria, é conhecido pelo maneio

do gado bravo e facilmente identificado pelo barrete

verde. Patente até 04 de Fevereiro de 2012, na Galeria

2 - Palácio do Infantado, em Samora Correia.

Exposição de Pintura "La Mise en Scéne

d'Ofélia", de Sónia Lapa. Patente até 3 de Março de

2012, na Galeria do Centro Cultural de Samora

Correia.

Exposição “Olhares de Entrudo”. O Carnaval

Samorense Ontem e Hoje, de 21 de Janeiro à 22 de

Fevereiro, na Galeria Bar do Palácio do Infantado em

Samora Correia.

Concertos de Ano Novo: Banda da SFUS e Coro

do Município de Benavente, dia 6 de Janeiro, às

21h30, na Igreja Matriz de Samora Correia; dia 8, às

16h00, na Igreja do Porto Alto;

Banda Filarmónica de Santo Estêvão, dia 8 de

Janeiro, às 16h00, na Sociedade Filarmónica Santo

Estêvão; Banda Filarmónica de Santo Estêvão e

Coro do Município de Benavente, dia 15 de

Janeiro, às 16h00, no Centro Social, Foros de

Almada; Banda Filarmónica Benaventense, Coro

Infantil dos Foros da Charneca e Coro Infantil da

Sociedade Filarmónica Benaventense, dia 22 de

Janeiro, às 16h00, no Centro Social, Foros de

Charneca.

Teatro “As Bodas de Fígaro”de Beaumarchais, dia

7 de Janeiro, às 21h30, pelo Grupo de Teatro Intervalo

Dramaturgia e Encenação de Armando Caldas, no

Cine Teatro de Benavente.

Serões nas Bibliotecas “O Deputado” –

Dissertação sobre o livro de António Modesto

Navarro - Com presença do autor, dia 18 de Janeiro,

às 21h00, na Biblioteca Odete e Carlos Gaspar, em

Samora Correia.

Teatro “O Urso” e “O Pedido de Casamento” de

Anton Tchekhov, dia 22 de Janeiro, às 16h00, no

Cine-Teatro de Benavente e dia 29, às 16h00, no

Centro Cultural de Samora Correia

Filmes em Janeiro: Cine-Teatro de Benavente:

dia 4, às 15h00 - Sessão sénior “O Pai Tirano”; às

21h15 “Trinitá – Cowboy Insolente”; dia 13, às

21h30 “As Aventuras de Tintin – O Segredo do

Licorne”; dia 14, às 16h00, Sessão infantil “Os

Smurfs”; dia 18, às 10h30- Sessão infantil “Branca

da Neve e os Sete Anões”, às 21h30 “Silverado”; dia

27, às 21h30 “Alta Golpada” .

Centro Cultural de Samora Correia: dia 6, às 21h30,

“As Aventuras de Tintin – O Segredo do Licorne”;

dia 11, às 15h00 “O Pai Tirano”, às 21h15

“Appaloosa”; dia 13, às 21h30 “Trinitá – Cowboy

Insolente”; dia 20, às 21h30 “Alta Golpada”; dia 25,

às 10h30, Sessão infantil “Branca da Neve e os Sete

Anões”, as 21h15 “Silverado”.

Teatro Infantil “Planeta dos Girassóis” de Fernando

Oliveira, dia 28 de Janeiro, às 16h00, realizado pela

Associação Teatral “Revisteiros”, no Centro Cultural

de Samora Correia.

Festa Pequena em Honra de N.ª Sr.ª da Paz, dias

28 e 29 de Janeiro em Benavente.

SalvaterradeMagos

Exposição Relógios de Sol e a Matemática, até 24

de Fevereiro, Centro de Interpretação do Cais da Vala,

em Salvaterra de Magos.

Concerto no Orgão de Tubos, dia 8 de Janeiro, às

15h00, na Igreja Matriz de Salvaterra de Magos,

pelos alunos do CICO (Centro Internacional do

Carrilhão e do Orgão).

Convívio de Idosos e Reformados, no Pavilhão da

Comissão de Festas de Marinhais.Dia 5 de Janeiro,

Freguesias de Salvaterra, Foros de Salvaterra e Muge;

Dia 6 de Janeiro, Freguesias de Glória, Marinhais e

Granho. Transporte nas freguesias às 13h30.

SobraldeMonteAgraço

Exposição Colectiva do GART(Grupo de Artistas

e Amigos da Arte), patente 14 de Janeiro a 18 de

Fevereiro, na Galeria Municipal.

Concerto de Ano Novo, dia 14 de Janeiro, às 21h30,

pela Banda da Euterpe Alhandrense, no Cine-Teatro

de Sobral.

AtelierCom a Mão na Massa, por Andreia Brites

“Bicho dos Livros”, dia 14 de Janeiro, às 15h00, na

Sala Polivalente da Biblioteca.

Dança – Ballet: Sonhos Cor-de-Rosa - Turmas I,

II, III e IVde Ballet da Monteges, EM , dia 21 de

Janeiro, às 16h00, no Cine-Teatro.

5.º RAID BTT- À Descoberta das Maravilhas de

Sobral de Monte Agraço- Desafios Sport Club, dia

22 de Janeiro. Inicio do passeio BTTàs 09h30.

Santarém

Exposição de pintura: “Íntima Alegoria”, da

artista Bela Mestre, até 8 de Janeiro, nas Galerias de

Exposição da Casa do Brasil.

Exposição de Registos de Cristina Torre, até 8 de

Janeiro, no Bar da Casa do Brasil.

Concerto de Ano Novo, dia 8 de Janeiro, das 16h às

18h00, na Igreja de São Nicolau.

Concerto de música barroca europeia, pelo Coro

do Instituto Gregoriano de Lisboa, dia 14 de Janeiro,

das 18h30 às 20h00, na Igreja de Nossa Senhora de

Jesus do Sítio, em Santarém.

Oficina de Educação Artística – O Jogo

Dramático integrado na sala de aula, com Catarina

Ascensão e Célia Ramos (Formadoras), dia 15 de

Janeiro, das 09h30 às 1830, no Teatro Sá da Bandeira.

coordenação António Preto

Agenda Cultural

Distracção

leva carro

ao meio da

rotunda

Aconteceu no passado

dia 17, na principal

rotunda do sul de

Benavente, que faz tam-

bém a ligação entre a EN

118 e as auto-estradas 10 e 13.

Um automobilista algo distraído ou pouco conhecedor da zona não

conseguiu evitar o embate com o lancil que rodeia a rotunda e só

conseguiu parar mesmo no meio do relvado ali existente.

Felizmente, o condutor, já com alguma idade, não sofreu ferimen-

tos, para além certamente do susto. Fica o aviso e o alerta para

todos os que circulam nesta área.

4 de Janeiro de 2012

23

Câmara

tenta “desa-

tar” os nós

O último mês não foi fácil na

gestão da Câmara de Vila

Franca de Xira, sobretudo

devido aos desentendimen-

tos entre socialistas e soci-

ais-democratas, mas também

pelas crescentes dificuldades

financeiras. Será por isso que

o executivo decidiu decorar as

portas do edifício dos Paços do Concelho com estes “nós”? Será

para vir se o Ano Novo ajuda a “desatar” os nós?

Perigo nos

Caniços

A rotunda dos Caniços,

na entrada Norte da

cidade da Póvoa, tem

estado em obras, que

contribuíram também

para apagar o que

restava da passadeira

ali colocada. Trata-se

de uma zona de tráfego

muito intenso onde até

é questionável se faz

sentido colocar uma

passadeira “agarrada” à

rotunda, tendo em conta

que muitos automobilistas procuram encontrar ali uma abertura

para ganharem prioridade. Mas se a situação da passadeira só por

si é perigosa, mais ainda quando está praticamente apagada e

quando, reparou há dias o Olho Vivo, de um lado existe um sinal

mesmo em cima da dita passadeira e do outro lado nem sinal

existe. Recomendam-se medidas rápidas de quem de direito antes

que aconteça ali algum atropelamento grave.

OLHO VIVO

Tentaram assaltar casa de guarda e foram apanhados

Um militar da GNR de Azambuja colaborou, ferido, na captura de dois homens que lhe assaltaram a casa na última sexta-feira doano. O Voz Ribatejana apurou que o militar vinha das compras com a esposa quando encontrou dois assaltantes, que, surpreendi-dos, o agrediram e fugiram sem roubar nada. O guarda ainda lutou com os dois homens mas, por estar em inferioridade numérica,acabaria por os deixar escapar. Contactou, entretanto, os colegas do posto, situado a poucos metros da sua casa, e com eles ini-ciou, mesmo ferido com vários hematomas, a busca pelas redondezas. Os dois homens, na casa dos 30 anos, irmãos e residentes naárea de Lisboa, já estavam referenciados por outros crimes e acabariam por ser detidos junto à Estação da CP de Azambuja.

Page 24: Voz Ribatejana - Edição 4 Janeiro de 2012

Voz Ribatejana

ALVERCA

Jorge Talixa

Os municípios de Arruda dos

Vinhos e de Sobral de Monte

Agraço reclamam medidas que

permitam que os seus cerca de

25 mil habitantes tenham ace-

sso ao novo sistema de

Televisão Digital Terrestre

(TDT) em condições seme-

lhantes às da maioria da popu-

lação portuguesa e sem encar-

gos acrescidos. Os autarcas

locais vão apresentar a exigên-

cia, já esta semana, à Anacom

e à PT, porque perceberam, nas

últimas semanas, que os seus

territórios (a pouco mais de 20

quilómetros da capital) vão

ficar numa chamada zona

“cinzenta” sem cobertura que

permita ver os quatro canais

abertos de televisão em boas

condições apenas com o

auxílio de um descodificador.

Segundo a Anacom, o contrato

de concessão da rede de TDT à

Portugal Telecom (PT) já pre-

via uma cobertura só de cerca

de 85% do território nacional e

os equipamentos instalados

pela PT até deverão permitir

ultrapassar ligeiramente essa

percentagem. Mas Arruda e

Sobral poderão ser dois dos

municípios já afectados a par-

tir de 12 de Janeiro com o

corte do antigo sinal analógico

em toda a faixa litoral do país,

sem que o simples descodifi-

cador garanta às respectivas

populações uma boa captação

destes canais. Nesse caso,

explica uma porta-voz da

Anacom, as pessoas poderão

ter que adquirir também uma

antena parabólica e pagar a

respectiva instalação para

terem acesso à TDT por

satélite. Mas, garante, foi

assumido pela PT que o

fornecimento do kit para a

TDT por satélite não ultrapa-

ssará os 55 euros (33 para

famílias comprovadamente

carenciadas), acrescidos de um

valor máximo de 61 euros para

a antena, para os cabos e para

o trabalho de instalação, o que

totalizará 116 euros.

Só que os autarcas de Arruda e

do Sobral não se conformam e

não aceitam que as respectivas

populações sejam, de certa

forma, penalizadas, uma vez

que o que a Anacom e a PT

têm dito é que as pessoas con-

tinuarão a ter acesso aos quatro

canais apenas mediante a

aquisição de um descodifi-

cador com preços entre os 30 e

os 50 euros. Ilda Matos,

responsável pela assessoria de

imprensa da Anacom, assegu-

ra, contudo, que esta situação

das áreas sem cobertura ter-

restre adequada de TDT foi

devidamente esclarecida em

reuniões e nos milhões de fol-

hetos e jornais TDT distribuí-

dos por todo o País, assim

como em comunicações envi-

adas aos media.

Mas Carlos Lourenço (PSD),

presidente da Câmara de

Arruda, reclama um adiamento

pelo menos até Abril do corte

do sinal analógico nesta região

e que se estude a possibilidade

de colocar um retransmissor na

serra de Montejunto que

propague o sinal de TDT para

Sul, à semelhança do já ali

colocado direccionado para

Norte. “Falámos com técnicos

do sector que nos dizem que

pode ser fácil, com um

pequeno investimento, colocar

um retransmissor em

Montejunto. É isso que vamos

exigir, que seja reposto nesta

área um sinal normal, para que

as pessoas possam minimizar

os custos”, salienta o autarca,

frisando que seria “escan-

daloso” obrigar as pessoas as

gastarem bastante mais di-

nheiro, só porque o plano esta-

belecido não previu uma

cobertura terrestre nesta zona,

com um relevo algo irregular,

mas altitudes que não ultrapa-

ssam os 200 a 400 metros.

O problema foi colocado, na

sessão de quarta-feira da

Assembleia Municipal, por

Porfírio Silva, eleito da CDU,

que lembrou que “não há sinal

de TDT na vila de Arruda” e

quis saber que iniciativas tem

tomado o executivo municipal

para ultrapassar a situação.

Já a socialista Isabel Espada

sublinha que esta é “uma situ-

ação de grande injustiça”, lem-

brando que os descontos para

famílias carenciadas nem

abrangem as antenas e a sua

instalação e que é preciso

reclamar compensações para

esta “discriminação” da popu-

lação local.

Habitantes de Arruda e Sobral podem

ficar sem televisão já a partir de dia 12 Os concelhos de Arruda e Sobral não estão devidamente abrangidos pelo sinal terrestre do novo sistema de televisão TDT, o que poderá obrigar os respectivos habitantes, para além da nece-

ssidade de comprarem descodificadores para continuarem a ver os quatro canais abertos, a terem também que comprar e pagar a instalação de uma antena parabólica. Significa isto que os gas-

tos poderão atingir, no mínimo, os 116 euros. Os autarcas locais não se conformam e vão exigir o adiamento do corte das emissões no antigo sistema analógico e medidas que garantam a cober-

tura destes concelhos com sinal terrestre de TDT.

Ilda Matos sustenta, por seu turno, que estetipo de situações já estava previsto, porque ocontrato de concessão estabelecido com aPT prevê uma cobertura de sinal terrestreem 85% do território. “Existem condições deequiparação entre o sistema via satélite e osistema por via terrestre. O preço do kit porsatélite é calculado de acordo com a médiado descodificador terrestre”, assegura,admitindo,contudo,que naszonas semcoberturaterrestre aspessoasterão quepagar tam-bém umaantenaparabólica ea sua insta-lação, num valor de 61 euros. E acrescentaque foi desde logo esclarecido pela Anacomque poderão surgir três tipos de situações:as regiões onde basta um descodificadorpara aceder à TDT, zonas onde as pessoas játêm antenas que podem ser reorientadas e li-gadas ao descodificador sem mais custos ecasos em que é preciso, para além dodescodificador, comprar uma antenaparabólica e pagar a sua instalação. “Não ésurpresa nenhuma surgirem estas situações,

já tínhamos chamado a atenção para isso.Distribuímos 6 milhões de guias, 3, 5 mi-lhões de jornais TDT e enviámos infor-mação a todos os media, esclarecendo quehá situações excepcionais que não têmcobertura terrestre e carecem de antena”,refere, garantindo que nestes casos as pe-ssoas só terão que pagar também a insta-lação da antena e não ficam sujeitas a men-

salidades.Sobre a possibili-dade de colo-cação de umretransmissor emMontejunto quesirva Arruda eSobral, IldaMatos diz quenão tem infor-mação que lhepermita esclare-cer isso e que é

uma questão que terá que ser analisada pelaPT, mas salienta que o sistema TDT utilizasó uma frequência, o que limita essasopções, porque não pode haver interferên-cias. A porta-voz da Anacom sublinha,ainda, que as pessoas, por vezes esquecemque, no antigo sistema, já 10 a 20% da pop-ulação não conseguia ver correctamente osquatro canais sem o auxílio de umaparabólica.

Anacom afiança que este tipo

de situações já estava previstoAs pessoas [de Arrudae Sobral] poderão terque adquirir [além dodescodificador] tam-bém uma antenaparabólica e pagar arespectiva instalaçãopara terem acesso àTDT por satélite