voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

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Em frente aos correios de Alverca tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt Região perde mais 10 escolas primárias :: número 17 :: ano 1 :: 20 de Julho de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: pag.: 4 e 5 Voz Ribatejana Acordos com: ADSE | ARS | ACS PT | ADM | Multicare | Zurich | AXA | Fidelidade Mundial | Acidentes de Trabalho (Acordo com várias companhias de seguros) Edifício Planície - Rua do Curado Lojas 101 e 115 Vila Franca de Xira Tel: 263 270 272 - 912 247 171 [email protected] [email protected] Agora com mais um novo espaço de saúde e bem-estar FINANCIAMENTOS | POUPANÇAS | SEGUROS GESTÃO DE CONDOMÍNIOS | ADMINISTRAÇÃO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA ABRIU!! VAMOS ONDE PRECISAR! NÓS RESOLVEMOS! R. Dr Miguel Bombarda, Loja 26 Alhandra Tlf: 218 081 171 - [email protected] O administrador judicial mandou suspender a actividade da TNC e regressar os motoristas que estavam no estrangeiro. Prometeu, entretanto, encontrar um comprador, mas sindicato e trabal- hadores temem que seja o fim da empresa trans- portadora de Alverca e dos seus 126 postos de tra- balho. Desenhador condenado a pena máxima por matar o pai Alverca – Transportadora TNC pode fechar se não aparecer comprador Alhandra tem campeões de natação e canoagem 300 kenpokas invadem Arruda pag.: 17 e 18 pag.: 7 pag.: 19 pag.: 2 e 3 Desemprego ameaça 126 Desemprego ameaça 126

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Page 1: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

Em frente aos correios de Alverca

tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt

Região

perde mais

10 escolas

primárias

:: número 17 :: ano 1 :: 20 de Julho de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::

pag.: 4 e 5

Voz Ribatejana

Acordos com:

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R. Dr Miguel Bombarda, Loja 26 Alhandra

Tlf: 218 081 171 - [email protected]

O administrador judicial mandou suspender a

actividade da TNC e regressar os motoristas que

estavam no estrangeiro. Prometeu, entretanto,

encontrar um comprador, mas sindicato e trabal-

hadores temem que seja o fim da empresa trans-

portadora de Alverca e dos seus 126 postos de tra-

balho.

Desenhador

condenado a

pena máxima

por matar o pai

Alverca – Transportadora TNC pode fechar se não aparecer comprador

Alhandra tem

campeões de

natação e

canoagem

300 kenpokas

invadem

Arruda

pag.: 17 e 18

pag.: 7

pag.: 19

pag.: 2 e 3

Desemprego

ameaça 126

Desemprego

ameaça 126

Page 2: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

ABERTURA

02

voz ribatejana #17

PCP questiona

Governo e Câmara

Os vereadores da CDU já apresentaram um requerimento à

Câmara de Vila Franca de Xira onde questionam se a autar-

quia tinha conhecimento destes desenvolvimentos na TNC e

se sabe de algum interesse imobiliário ou de algum pedido de

viabilidade de empresas interessadas em dar outro destino ao

extenso espaço onde funciona a TNC.

Em comunicado, a Concelhia do PCP estranha os últimos

desenvolvimentos do caso da TNC, garante que está ao lado

da luta dos trabalhadores e que “tudo fará para impedir mais

um encerramento de uma empresa viável no concelho de Vila

Franca de Xira”.

No plenário de sexta-feira esteve também presente o deputa-

do comunista Miguel Tiago, que resumiu o requerimento

entretanto remetido pelo seu grupo par-

lamentar ao Ministério da Economia,

questionando que medidas tomou ou

vai tomar o Governo em defesa da

TNC e da manutenção destes postos

de trabalho.

O eleito do PCP frisou que “a força e

a resistência” que os trabalhadores

da empresa vierem a manifestar

serão decisivos nesta luta pela con-

tinuidade da empresa e aconselhou-os a unirem-se. “Há

forças políticas como o PCP que estão convosco, mas parte

da responsabilidade está nas vossas mãos ao fazerem frente a

esta linha de desmantelamento do nosso País e de destruição

das empresas, que deixa sempre incólumes e intocáveis os

interesses daqueles que gerem as empresas”, sustentou

Miguel Tiago, incentivando os trabalhadores presentes a não

permitirem que os bens existentes sejam retirados da empre-

sa. “O País não aguenta mais empresas a fechar, a prolifer-

ação do desemprego, não aguenta mais esta conversa de que

o trabalho é um privilégio. O trabalho é um direito”, con-

cluiu.

Também o Bloco de Esquerda já se pronunciou, mostrando-

se preocupado com toda esta situação dos 126 trabalhadores

da TNC e das suas famílias. Em requerimento dirigido ao

Governo, o grupo parlamentar bloquista quer que se

“explique como é que, no espaço de 3 semanas, uma empre-

sa que estava em recuperação é agora liquidada”. O docu-

mento sublinha que “é ainda necessário compreender se o

Estado ofereceu ajuda para a viabilização desta empresa” e

questiona o Ministério da Economia e do Emprego sobre a

forma como irá procurar garantir os direitos dos seus traba-

lhadores.

Alverca

Risco de fecho da TNC ameaça

126 postos de trabalhoTransportadora de Alverca é uma das maiores do País mas o plano de recuperação foi rejeita-

do pela banca. A ameaça de fecho da TNC levou ontem a um protesto com 28

camiões a desfilarem em Lisboa. Hoje, trabalhadores, sindicato, administrador

judicial e presidente da Câmara reunem em Vila Franca.

A paragem da laboração da

TNC (Transportadora Nacional

de Camionagem) ordenada, na

quarta-feira, pelo admi-

nistrador de insolvência, faz

temer o próximo encerramento

de uma empresa com 53 anos

de existência que, com os seus

105 camiões e 126 fun-

cionários, ainda é uma das

maiores do sector. Reunidos,

sexta-feira à tarde, em

plenário, os trabalhadores

decidiram organizar piquetes

para evitar a retirada de materi-

ais da empresa de Alverca, já

depois de, na véspera, terem

impedido alegados represen-

tantes do administrador judi-

cial de mudarem as fechaduras

das instalações.

Ao fim da tarde dessa mesma

sexta-feira, o administrador

judicial garantiu aos traba-

lhadores que conseguiu arran-

jar um comprador para a

empresa cuja identidade

preferiu não revelar, mas que

estará disposto a assumir o pas-

sivo da empresa (próximo dos

6 milhões de euros) e a manter

os postos de trabalho. O gestor

nomeado pelo tribunal prome-

teu submeter essa proposta

durante esta semana aos cre-

dores,

mas os

f u n -

cionários man-

têm muitas dúvidas e decidi-

ram continuar na empresa, de

modo a exigirem os seus di-

reitos e a impedirem a saída de

quaisquer materiais. Ontem

protestaram em Lisboa.

A TNC está envolvida num

complexo imbróglio judicial

que, segundo a comissão de

trabalhadores, terá origem nos

desentendimentos entre os dois

herdeiros do fundador. A irmã

ficou com a TNC (transportes

internacionais) e o irmão com a

TNC 2 (transportes nacionais).

Segundo José Martins, presi-

dente da comissão de traba-

lhadores, há ano e meio, o

irmão pediu a penhora das con-

tas da TNC para tentar recupe-

rar valores alegadamente devi-

dos. A irmã requereu, então,

um processo de insolvência,

com o objectivo de promover

um plano reestruturação. O

processo evoluiu, a empresa

tem salários e pagamentos à

Segurança Social e ao Fisco

em dia e bastante trabalho.

Para surpresa de muitos,

segundo o Sindicato dos

Trabalhadores Rodoviários e

Urbanos de Portugal (STRUP),

a assembleia de credores agen-

dada para Setembro foi anteci-

pada para Junho e, aí, o Banco

Espírito Santo e o Santander

Totta terão rejeitado um plano

de reestruturação, votando pelo

ence-

rramento da TNC. Na

quarta-feira ao fim do dia,

o administrador judicial

deu instruções a alguns tra-

balhadores que ainda se encon-

travam no complexo sede da

TNC para mandar regressar os

motoristas que estavam no

estrangeiro e para que os que

estavam na base não saíssem,

porque a empresa ia parar. A

notícia chegou à maioria dos

funcionários por telefone e

SMS.

Anabela Carvalheira, dirigente

do STRUP, reuniu, na sexta-

feira de manhã, com o admi-

nistrador judicial, que lhe disse

que estaria a tentar promover a

venda da TNC a outra grande

empresa do sector para evitar o

encerramento definitivo. O

gestor nomeado pelo Tribunal

do Comércio aponta “falta de

liquidez” à empresa e alguma

quebra de credibilidade pela

venda de 76 camiões no início

deste ano.

Já cerca das 19h00, o admi-

nistrador judicial esteve na

sede da TNC para anunciar que

já encontrara um interessado

em adquirir a empresa e que

iria submeter a proposta aos

credores na próxima segunda-

feira. Não quis revelar quem é

o “comprador”, o que adensou

as dúvidas, mas garantiu que

estará disponível para garantir

todos os direitos dos trabal-

hadores.

Anabela Carvalheira, dirigente

do STRUP, aponta con-

tradições

ao administrador judicial,

estranha a antecipação da

assembleia (onde os traba-

lhadores não participaram

porque ainda não eram cre-

dores) e a atitude dos bancos,

sobretudo do Santander. É que,

segundo os trabalhadores, a

empresa mantém 105 camiões,

cerca de 70 dos quais compra-

dos em Leasing através do

Santander, mas cujos paga-

mentos estarão totalmente em

dia. Anabela Carvalheira diz

não entender a atitude do

Santander, que “não tem crédi-

tos vencidos” e sabe que, para

além dos bancos, a TNC só tem

dívidas relevantes a uma gaso-

lineira (1 milhão de euros) e ao

irmão da dona (cerca de 2, 4

milhões de euros). “O admi-

nistrador diz que a assembleia

decidiu que a empresa é para

encerrar, mas a juíza tem que

publicar a acta e isso ainda não

foi feito. Parece-me que se está

a tentar acelerar o processo

sem percebermos porquê. A

vida de centenas de pessoas

não pode ser jogada de forma

verbal, tem que haver docu-

mentos”, sublinha a sindica-

lista, frisando que é preciso

esclarecer se a empresa tem

viabilidade ou se há outros

interesses relacionados com os

terrenos que possui em Alverca

avaliados em 6 milhões de

euros.

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Jorge Talixa

Page 3: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

Jorge Talixa

José da Silva Martins trabalha

na TNC há 34 anos e dedicou

grande parte da vida à empresa.

Preside, agora, à comissão de

trabalhadores e é com muita

tristeza que vê os últimos

desenvolvimentos de uma casa

que se habituou a respeitar,

sobretudo quando o fundador

da TNC ainda era vivo (faleceu

em 2000). Um homem que

também era criticado mas que

José Martins acha que era a

grande alma da empresa. Não

se cansa por isso de repetir que

a TNC “foi uma das melhores

empresas portuguesas e ga-

nhou, na década de 90, o Óscar

da melhor transportadora

europeia. Foi considerada a

melhor pela União Europeia”,

sublinha, frisando que “teve

muitos bons momentos até o

fundador disto tudo ter morri-

do”.

Agora, com 59 anos, José

Martins está, sobretudo, pre-

ocupado com o futuro dos

colegas mais novos. “Por mim

tenho a vida organizada, estou

a dar a cara pelos meus colegas

e porque dediquei boa parte da

minha vida a esta empresa”,

explica, afirmando que os

problemas começaram com os

desentendimentos entre os dois

irmãos que herdaram a empre-

sa. “Houve vários problemas

entre eles, de dívidas, que

acabaram nesta transformação

toda que está a acontecer.

Serviço há muito, nunca pará-

mos. Temos salários em dia,

temos tudo em dia, feliz-

mente”, confessa, acrescentan-

do que, depois de ter vendido

76 camiões no início deste ano,

a TNC ainda mantinha 105

veículos em laboração e nunca

lhe faltou serviço. Os 126 fun-

cionários distribuem-se por

motoristas, mecânicos e pes-

soal de escritório.

José Martins critica também

muito a postura do Estado nes-

tas questões. “Se devêssemos

ao fisco se calhar o Estado não

deixava fechar, como não

devemos, quem cumpre com o

estado é prejudicado. Há aí fir-

mas que devem milhões ao

Estado e, quando metem

planos de insolvência, o Estado

ajuda, para ver se recuperam o

deles. Nós, como a firma não

deve nada, deixaram-nos ao

abandono e mandaram parar a

frota”, lamenta.

Segundo José Martins, na

sequência da morte do fun-

dador a antiga empresa – fun-

dada há 53 anos e desde 1996

sedeada em Alverca – foi divi-

dida em TNC (dirigida pela

filha e vocacionada para os

transportes internacionais) e

em TNC 2 (dirigida pelo filho e

vocacionada para os trans-

portes nacionais. O presidente

da comissão de trabalhadores

conta que, há cerca de ano e

meio, o irmão penhorou as

contas da TNC por alegadas

dívidas da irmã e esta terá

resolvido meter o processo de

insolvência para assegurar a

continuidade da empresa e a

aprovação de um plano de

recuperação. O processo arras-

tou-se e, nos últimos meses, a

assembleia de credores pre-

vista para Setembro foi anteci-

pada para Junho e terá sido

nessa altura que os dois bancos

votaram contra o projecto de

viabilização.

“No dia 13, o senhor Bruno

Vicente (administrador judi-

cial) deu ordem para todos os

motoristas regressarem e para

que os outros não saíssem,

dizendo que a empresa estava

parada. Ninguém nos disse se

estávamos despedidos. Ele

prometeu que, em princípio,

não seria para fechar”, conclui.

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CERVEJARIAReabriu

com nova

gerência

“Foi das melhores

empresas portuguesas”José da Silva Martins tem 34 anos e trabalho na TNC e vive com muita tristeza estes momentos de extrema dificuldade da que

já foi uma das melhores transportadoras europeias.

Carina Belga e Carlos

Rodrigues são dos mais

jovens funcionários da

TNC e enfrentam, agora, o

risco de perderem repenti-

namente o emprego.

Sabiam das dificuldades da

TNC e do processo de

insolvência, mas o muito

trabalho que existia e os

salários e contribuições em

dia não faziam esperar

qualquer desenlace deste

tipo. Estavam já em casa

quando, ao fim da tarde de

dia 13,

alguns cole-

gas lhes

c o m u -

nicaram que

o admin-

i s t r a d o r

judicial man-

dara parar

toda a activi-

dade da

e m p r e s a .

E m b o r a

deixasse no

ar a expecta-

tiva de que

se procurava

uma solução,

os traba-

l h a d o r e s

perceberam

que havia

sérios riscos

de um ence-

r r a m e n t o

definitivo.

Já na sexta-

feira, antes do plenário,

Carina Belga explicou que

trabalha há 9 anos na

empresa, com a tarefa de

receber os serviços dos

motoristas e de os encami-

nhar para a facturação.

Reside em Alhandra, tem

27 anos e duas filhas

pequenas, uma com 6 e

outra com 2 anos. “Isto é

tudo muito complicado. É

com tristeza que vejo isto

acabar assim. Já sabíamos

que a empresa não estava

bem, por causa da

insolvência, mas que ia

fechar assim não tínhamos

conhecimento. Isto foi tudo

de um dia para outro”,

lamenta.

A informação do admi-

nistrador judicial de que

haverá um comprador

interessado na TNC veio

abrir uma réstea de espe-

rança, mas os trabal-

hadores mantêm muitas

dúvidas. Carina sabe que,

no actual quadro económi-

co, encontrar um novo

emprego é muito complica-

d o .

Felizmente

a situação

do seu

c o m p a -

nheiro é

e s t á v e l ,

mas a pre-

o c u p a ç ã o

da família

é grande.

C a r l o s

Rodrigues,

de 28 anos,

trabalha na

TNC na

área de

informática

e também

foi comple-

t a m e n t e

surpreendi-

do com esta

s i t u a ç ã o .

“Não tenho

filhos, vivo

com os

meus pais. Só soube no fim

do dia de trabalho que, afi-

nal, ia tudo parar. Trabalho

aqui faz 5 anos. É sempre

complicado conseguir uma

nova colocação, só se con-

segue coisas temporárias e

a recibo verde”, reconhece,

conhecedor das dificul-

dades de muitos dos seus

colegas de curso. “Uma

empresa tão grande e com

tantos anos, é triste parar

assim. Acabamos por não

acreditar muito bem no

que se está a passar”, con-

clui.

Dois casos

em 126

José da Silva Martins (à direita),

presidente da comissão de trabal-

hadores está há 34 anos na TNC,

aqui acompanhado com outro com-

panheiro da Comissão de trabalhores

Reuniãohoje naCâmaraTrabalhadores da TNCforam anteontem rece-bidos pela presidente daCâmara de Vila Franca deXira. Hoje, nos Paços doConcelho, realiza-se umareunião entre represen-tantes dos trabalhadores ,sindicato, administradorjudicial e presidente daautarquia.

Page 4: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

TODOS COM VOZ

04

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares

O Melhor e o Pior da Quinzena

Editorial

O sacrifício

dos pequenos

Cinco dos concelhos acompanhados

pelo Voz Ribatejana defrontam-se, no

início do próximo ano lectivo, com o

fecho de mais 10 escolas primárias. Ao

mesmo tempo, a reforma administrativa

de que tanto se fala parece ameaçar

muitas das pequenas freguesias e até,

possivelmente, alguns dos pequenos

municípios da região. A presidente da

Câmara de Vila Franca de Xira já disse,

na quarta-feira, que nos seus 136 mil

habitantes o Município está perfeita-

mente salvaguardado, mas outros não

poderão dizer o mesmo.

Em tudo isto ressalta uma ideia:

números. Como se cada cidadão ou

cada comunidade não passassem cada

vez mais de meros números para as

estatísticas. Como se cada um não

tivesse o direito a poder optar entre o

stress da vida urbana ou a pacatez das

pequenas comunidades. Que essa é,

infelizmente, a tendência cada vez mais

prevalecente na chamada sociedade

moderna já todos percebemos. Os

grandes “núcleos” urbanos vão

crescendo desmesuradamente “sacrifi-

cando” os pequenos, os grandes grupos

económicos não hesitam em “destruir”

as pequenas empresas que ainda lhes

vão “roubando” pequenas migalhas do

mercado, a grande distribuição explora

os pequenos fornecedores que sabe que

tem nas mãos, a banca vai deixando as

micro e pequenas empresas cada vez

mais entregues a si próprias, etc., etc. O

próprio Estado, no meio de tudo isto,

parece ainda mais apostado em sacri-

ficar os parcos rendimentos da maioria

da sua população, mantendo benesses

para grupos restritos.

Esta política ou esta orientação, mais

ou menos organizada, não tem futuro.

Os centros das grandes cidades perdem

cada vez mais qualidade de vida, a

construção está em grande crise, os

centros comerciais da moda já tiveram

melhores dias e o “castelo de cartas”

em que tudo isto assenta já abana por

todos lados. O pior é que, entretanto, o

estrago maior já está feito, muitas das

pequenas empresas já ficaram pelo

caminho, o desemprego cresce todos os

dias, as terras abandonadas multipli-

cam-se, as casas por vender ou alugar e

os estabelecimentos em trespasse são

mais que muitos nas principais locali-

dades da região. O próprio País procura

um caminho que lhe permita sobreviver

enquanto tal porque, pequeno, foi das

primeiras vítimas do sistema.

Assim saibamos perceber ainda a

tempo que só com muita solidariedade

e espírito aberto à parceria e à ajuda

mútua poderemos travar este caminho e

encontrar alternativas que sirvam para

todos e não levem a que muitas escolas,

freguesias, municípios, empresas, paí-

ses e pessoas fiquem definitivamente

perdidos.

Jorge Talixa

Inquérito

Cachoeiras perde escola

e pode perder freguesia

Jaime Rocha, 58

anos

Nem sei quantos miúdos

andavam na escola. O

pessoal aqui também é

pouco, é tudo quase só

pessoas de idade,

poucos rapazes

pequenos há aí. Mas

diziam que a escola não

fechava e, agora, já

dizem que fecha. Vivo aqui

há 30 anos, mas não andei

nesta escola. O movimento das

crianças dá vida à terra. Mas eles

é que sabem, da maneira como isto está.

Não sei por que é que há pouca construção aqui, os transportes

também são poucos e a malta foge. Não há nada aqui que fazer, não

há empregos. Em relação à freguesia não sei como é que vai ser.

Acho que não se devia acabar com ela, criaram para aí tantas

cidades, tanta coisa nova e, afinal de contas, querem dar a volta a

isso tudo.

Numa altura em que muitagente se preocupa com o ambi-ente, foi criada uma nova ilha

ecológica. Mas, incompreen-sivelmente, alguém resolveu

deixar um saco de lixo,durante mais de 24 horas, à

porta do prédio.

voz ribatejana #17

O Melhor e Pior da Quinzena é desta vez assegurado pelo nosso amigo leitor Semílio Torres, que de Vialonga nos envia dois exemplos opostos. A

belíssima ideia de dar outra cor e outro aspecto à emblemática antiga Adega do Brioso e o desleixo dos que nem se preocupam em deitar o lixo na

ilha ecológica instalada para o efeito. Envie-nos também os seus alertas e a sua crítica, para que todos possamos contribuir para melhorar o ambi-

ente que nos rodeia.

A escola primária das Cachoeiras já não reabre no próximo ano lecti-

vo. Tinha 12 alunos inscritos, mas não resiste ao plano de encerramen-

to da maioria dos estabelecimentos com menos de 21 alunos. Na aldeia,

que é também sede da freguesia menos populosa do concelho de Vila

Franca de Xira, com cerca de 700 habitantes, a decisão não suscita

grandes protestos, mas motiva sobretudo tristeza por mais um passo

num caminho de perda que vai afectando os pequenos lugares da

região e do país. A extinção da freguesia é uma possibilidade que tam-

bém já se começa a desenhar e que leva os cachoeirenses inquiridos

pelo Voz Ribatejana a sublinharem que tem que haver bom senso e que

os números não se podem sobrepor sempre às pessoas.

Bernardino Pinto,

43 anos,

economista

Penso que na educação a concen-

tração dos alunos nas escolas é

inimiga da qualidade de ensino.

Embora se perceba que, no enquadramen-

to orçamental actual, seja necessário cortar

despesas, as pessoas têm que estar conscientes que o preço disso é a diminuição

da qualidade do ensino.

Viemos residir recentemente para as Cachoeiras, mas somos do concelho de Vila

Franca. Temos duas filhas em idade escolar, que ainda não entraram no ensino

primário. Poder-se-ia equacionar a questão desta escola, mas encerrando já não

se coloca. É mais uma perda. Medidas dessas só contribuem para uma certa

desertificação, embora normalmente haja também um sentido inverso das pe-

ssoas fugirem aos grandes centros. Agora, o saldo não sei dizer qual é.

Mas acho que não há nenhum critério pedagógico que justifique o encerramen-

to, é uma medida exclusivamente economicista. Se disserem que é económica,

percebo. Penso que seria possível um professor para todos os 12 alunos, man-

tendo a escola. Qualquer pessoa que tenha feito o percurso escolar e que tenha

estado em turmas de 30 alunos sabe que isso não é a solução ideal.

No âmbito da redução das freguesias, é natural que as Cachoeiras também sejam

afectadas. Uma vez mais é uma questão de qualidade de serviços versus despe-

sa. No caso da junta de freguesia, pessoalmente acho que nos faz serviços que

não será possível substituir com a extinção da freguesia. Somos pessoas que nos

podemos mover, a questão, melhor ou pior, será ultrapassada. Para as pessoas

mais idosas, com pouca mobilidade, antevejo que aquilo que o Estado poupa, a

sociedade vai gastar em dobro. Mas como estamos a falar de equilíbrio orça-

mental e não das pessoas!

Penso que as pessoas, nas Cachoeiras, ainda não estão despertas para essa rea-

lidade. Ou não ouviram falar ou não se aperceberam que as Cachoeiras, sendo a

freguesia mais pequena do concelho, serão, naturalmente, a primeira a ser extin-

ta. E mesmo que fosse a única, para mostrar que Vila Franca teria aderido ao

movimento de extinção das freguesias, inevitavelmente seria a primeira. Nesse

âmbito, a freguesia das Cachoeiras é quase uma inevitabilidade desaparecer.

Um edifício em ruína, a antiga AdegaRegional Brioso, foi transformado num belobilhete postal da vila de Vialonga. Graças ao

apoio da Junta de Freguesia e ao espíritoinovador do senhor Francisco Bordalo, foi

criado um painel agradável de se ver.

Page 5: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

Cachoeiras e Quintas

ficam sem escolas

05A maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana

está contra o fecho de estabelecimentos com

menos de 21 alunos. Sessenta por cento dos 23

votantes não concorda com esta política de

fecho de escolas. Outros 21% concordam com

as decisões já tomadas nesse sentido por

Ministério da Educação e câmaras municipais e

17% não tem opinião formada sobre o assunto.

21%

sim

60% não

17% NS/NR

20 de Julho de 2011

Jorge Talixa

O novo ministro da Educação anun-

ciou uma reavaliação dos processos de

encerramento de escolas primárias

com menos de 21 alunos. De acordo

com as previsões da anterior equipa do

Ministério da Educação deveriam

fechar cerca de 660 escolas no início

do próximo ano lectivo. Para já, a

tutela confirma o fecho de 266 escolas

e a reavaliação de outras 400 situ-

ações. Entre os casos de encerramento

já confirmado estão os das primárias

das Cachoeiras e de Quintas e de mais

8 escolas nos concelhos de Alenquer e

de Azambuja.

A questão voltou a ser abordada na

última reunião camarária, com a

vereadora da CDU Ana Lídia Cardoso

a questionar se a posição do novo

Governo sobre o assunto vai alterar a

situação das escolas de Cachoeiras e

das Quintas. Maria da Luz Rosinha

observou que são casos que estão con-

cluídos e que estas duas escolas vão

mesmo encerrar. “São processos artic-

ulados com os professores, com os

agrupamentos e com as famílias. A

Escola das Quintas tinha 6 alunos

inscritos e a das Cachoeiras 12. Este

assunto está terminado da nossa parte

e os alunos serão encaminhados para

outras escolas e envolvidos em função

das pretensões dos pais”, afiançou a

presidente da Câmara.

A autarca do PS referiu que, num

primeiro momento, foi anunciado que

o ministro tinha suspendido os proces-

sos de encerramento e, mais tarde, que

seriam reavaliados. Ao mesmo tempo,

a Associação Nacional de Municípios

esclareceu que será favorável ao

encerramento de escolas com menos

de 20 alunos, mas que isso só deverá

acontecer com parecer favorável das

autarquias e com alternativas ade-

quadas para a colocação dos alunos.

O concelho de Alenquer vai ter menos quatro escolas, já no

próximo ano lectivo. Segundo Pedro Folgado, responsável

pela área da educação do Município alenquerense, que cita

uma informação da Direcção Regional de Educação de

Lisboa e Vale do Tejo, irão encerrar as escolas básicas do 1º.

ciclo do Bairro, Azedia, Lapaduços e Camarnal .

Ao todo serão deslocados 52 alunos, sendo que 17 chegam da

escola do Bairro, 9 da Azedia, 9 de Lapaduços e 17 da escola

do Camarnal. Todavia, a autarquia espera que as escolas da

Paúla e do Pereiro de Palhacana permaneçam abertas mais

este ano lectivo.

Segundo Pedro Folgado, a edilidade pediu, a título excep-

cional, que ambas as escolas permanecessem em funciona-

mento, o que “se encontra em análise por parte da

DRELVT”. Em causa está o facto de não haver lugar nas

futuras escolas de acolhimento, que serão “em Cabanas de

Torres e Ribafria, respectivamente”.

Todavia, nem todos os pedidos da autarquia foram atendi-

dos, Pedro Folgado destaca que a câmara terá pedido em

igualdade de circunstâncias a permanência da escola do

Camarnal, mas esta “não foi aceite porhaver lugarna esco-

la de acolhimento”.

Segundo o responsável, estas mudanças terão um acréscimo

nos custos da Câmara, nomeadamente ao nível dos trans-

portes. Aautarquia deverá assegurar, assim, o transporte das

crianças entre os locais de residência e as novas escolas de

acolhimento.

Quanto ao encerramento destes estabelecimentos com

poucos alunos, “o executivo considera que, pedagogica-

mente, é preferível que estes alunos sejam integrados em tur-

mas do mesmo ano escolarem escolas com dimensão superi-

or àquelas em que estão actualmente”, frisando que terão

acesso simultâneo a outras mais-valias, “nomeadamente,

refeições, tecnologias da informação e comunicação e pos-

sam, ainda, diversificar a sua socialização com meninos da

mesma idade”. Quanto ao novo Centro Escolar do

Carregado, este será inaugurado em Setembro e vai acolher

no máximo 584 alunos. O novo edifício terá a valência de

Jardim-de-Infância e Escola Básica de 1º Ciclo. Quanto aos

edifícios que ficarão desocupados, Pedro Folgado refere que

“existem vários pedidos para esses edifícios”, mas adianta

que “a Câmara Municipal ainda não deliberou sobre esta

matéria”.

Miguel António Rodrigues

Mesmo com reavaliação do governo em cima da mesa,

sobre o encerramento das escolas com menos de 21 alunos,

as quatro escolas do concelho de Azambuja com encerra-

mento previsto vão mesmo fechar, conforme já tinha sido

noticiado pelo Voz Ribatejana.

Estão em causa as escolas dos casais de Baixo e dos Britos,

na freguesia de Azambuja, e as de Casais da Lagoa e Aveiras

de Baixo, esta última na sede de freguesia. Pese embora o

facto de ter existido alguma esperança dos autarcas em que

o processo fosse suspenso, o que é certo é que as ordens

dadas pelo anterior governo foram seguidas pelo Ministério,

agora na esfera de Nuno Crato.

A freguesia de Aveiras de Baixo vai ficar agora sem nenhu-

ma escola e os alunos serão transferidos para o novo Centro

Escolar de Azambuja, com abertura prevista para Setembro

próximo. Para trás fica a polémica levantada pelos encar-

regados de educação dos Casais da Lagoa que discordavam

da intenção da câmara de construir o novo centro escolar na

sede de freguesia, ou seja Aveiras de Baixo. Os populares

reclamavam aquilo que diziam ser uma promessa do PS em

campanha eleitoral, só que o impasse criado, segundo o

presidente da câmara, veio atrasar o processo. Nesse meio

tempo entrou em vigor numa nova legislação que impossi-

bilitou o avanço dos centros escolares de Aveiras de Baixo e

Vale do Paraíso.

Recentemente ficaram também comprometidos os centros

escolares de Aveiras de Cima e Vila Nova da Rainha. Estas

duas obras vão ter de esperar devido à recusa do visto por

parte do Tribunal de Contas. O parecer desta entidade é

necessário para as obras avançarem.

Joaquim Ramos, presidente da câmara de Azambuja, pre-

cisou que nenhuma autarquia conseguiu o visto do Tribunal

de Contas nestes processos, incluindo Azambuja, embora os

projectos apresentados fossem dados como urgentes, o

Tribunal de Contas assim não entendeu e, por isso, a

Associação Nacional de Municípios já contestou estes

"chumbos". Em Assembleia Municipal, o edil esclareceu

que o processo vai voltar agora à estaca zero.

Quatro fechos em Alenquer

Como se previa, as escolas primárias de Cachoeiras e das Quintas

vão mesmo fechar. Na região são mais 10 escolas que vã encerrar, nos

concelhos de Vila Franca, Alenquer e Azambuja.

Em Azambuja também fecham 4

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Page 6: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

SOCIEDADE

06

Jorge Talixa

O julgamento de um idoso de

75 anos acusado de ter dispara-

do um tiro de caçadeira que,

em Agosto do ano passado, no

Sobralinho, vitimou um seu

filho de 41 anos, prosseguiu,

na quinta-feira, com a audição

das últimas testemunhas e as

alegações finais. A leitura do

acórdão ficou marcada para a

próxima sexta-feira.

Sandra Pinto, psicóloga clíni-

ca, admitiu que o arguido, Luís

Espalha, sofre de depressão

severa e que lhe contou que

tinha sido agredido pelo filho

momentos antes do disparo.

“Diz que vinha a descer as

escadas, tropeçou e deu-se o

disparo”, contou a psicóloga,

frisando que Luís Espalha

manifesta um desgosto grande

por ter perdido o filho e que,

dos 4 filhos que teve, 3 já fale-

ceram. A vizinha Elisabete

Ramalhete garante que nunca

viu o idoso tratar mal ninguém

e que não o considera alcoóli-

co. Já Maria, irmã do arguido,

explicou que Luís Espalha

sempre ajudou muito os filhos

e tinha algum desgosto pelas

companhias com que o filho

Luís andava.

Nas alegações finais, o procu-

rador da república lembrou o

trajecto do tiro no corpo da

vítima, considerando que não

poderá ser explicado por um

disparo acidental. “Nada está

de acordo com o esforço que a

defesa tem feito para demon-

strar que foi um acidente.

Todas as provas apontam para

um homicídio voluntário”,

vincou o magistrado do

Ministério Público, con-

siderando que foram reunidas

provas suficientes para que

Luís Espalha seja condenado

por homicídio qualificado

(moldura penal de 12 a 25 anos

de cadeia).

Os advogados que representam

a filha e a mãe da vítima sub-

screveram a posição do

Ministério Público e pediram a

condenação de Luís Espalha

também de indemnizações a

estes familiares. Já o advogado

de defesa do idoso realçou os

problemas cognitivos de Luís

Espalha e frisou que a princi-

pal testemunha também reco-

nheceu que pai e filho

brigaram. “Tudo isto entrou

num clima de exaltação e

naquele ritmo pode muito bem

ter havido um desequilíbrio do

arguido. O relatório da autó-

psia não demonstra que o tiro

foi disparado com consciência

plena. Era uma questão de um

pai que quer o melhor para o

seu filho”, salientou o causídi-

co, considerando que, na dúvi-

da, o arguido deve beneficiar

de todas as atenuantes.

Mulher de 85

anos morre

carbonizada

Maria de Carvalho, idosa de 85 anos

que vivia no Casal Ventoso de Cima,

próximo de A-dos-Melros, no interi-

or da freguesia de Alverca, morreu

na quinta-feira, vítima de um incên-

dio que consumiu parte da

habitação isolada em que residia. O

fogo terá ocorrido na noite de quar-

ta para quinta-feira e foi já na

manhã seguinte que um filho encon-

trou a casa incendiada e o corpo da

mãe carbonizado.

O incêndio parece ter tido início na

sala, mas o corpo da idosa foi encon-

trado na cozinha, para onde se terá

arrastado. A casa, situada no alto da

serra e sem vizinhos próximos, ficou

parcialmente destruída e parte do

telhado ruiu. A habitação não tinha

electricidade, nem abastecimento de

água e as autoridades inclinam-se

para a possibilidade de o incêndio

ter sido motivado por algum can-

deeiro a petróleo ou vela acesa.

Antigos gerentes de um lar de

idosos que funcionou no Casal da

Tapadinha, arredores de Arruda dos

Vinhos, foram condenados, na quin-

ta-feira, a 4 anos e seis meses de

prisão pela prática de um crime de

burla qualificada. O colectivo de

juízes decidiu suspender a execução

da pena por igual período, con-

siderando que os arguidos não têm

antecedentes criminais e possuem

uma boa inserção social, mas vão

ficar obrigados a devolver 57 235

euros a um idoso que ali esteve

internado, porque o tribunal julgou

provado que se apropriaram indevi-

damente desta quantia entre 2004 e

2006.

Depois de algumas queixas de

maus-tratos feitas pelo idoso, uma

sobrinha retirou-o da instituição em

2007 e apresentaram queixa dos

responsáveis do lar. Estes alegaram

sempre que os valores de 14

cheques assinados pelo idoso

estavam relacionados com despesas

complementares de saúde e com

doações que Abílio Antunes teria

feito ao lar, mas o colectivo não

aceitou esta versão e condenou os

antigos gerentes, uma técnica de

serviço social e o homem com quem

estava então casada.

Segundo o acórdão, Abílio Antunes

sofreu um AVC em Novembro de

2003. Vivia só e sem contactos

próximos com familiares. Como

necessitava de cuidados de terceiros

procurou, em Março de 2004, o

internamento neste lar, onde per-

maneceu até Junho de 2007. “Ficou

acordado entre Abílio e os arguidos

que pagaria uma mensalidade de

870 euros, incluindo todos os cuida-

dos e tratamentos que lhe fossem

ministrados”, prosseguem os juízes,

frisando que tal mensalidade seria

suportada com o valor da reforma

do idoso (354 euros) e com uma

comparticipação da Segurança

Social. O colectivo considerou,

também, provado que os arguidos

souberam que Abílio tinha uma

conta bancária e “engendraram um

plano com vista a apoderarem-se

das quantias que Abílio mantinha na

Caixa Geral de Depósitos, aprovei-

tando o estado de debilidade e

doença do mesmo”.

Segundo o acórdão, o idoso passou

a ser abordado periodicamente para

assinar cheques, argumentando os

arguidos que seriam para pagar ou-

tras despesas médicas. Só que uma

sobrinha de Abílio soube, entretan-

to, da situação do tio, visitou-o

várias vezes e resolveram que deve-

ria sair do lar. Gracinda Antunes

explicou, em tribunal, que nunca

viu a caderneta da CGD, mas que

foi com o tio ao banco, pediram

extractos e verificaram levantamen-

tos invulgares. “Ele nunca deu din-

heiro a ninguém”, observou, con-

siderando pouco provável que o tio

tivesse doado dinheiro ao lar.

Nas alegações finais, a advogada de

defesa observou que os lares não

podem suportar despesas extra e

relacionadas com medicamentos,

considerando que as verbas levan-

tadas dizem respeito a essas despe-

sas e a doações do idoso. “Há uma

diferença de 24 659 euros que aqui

foi justificada pela arguida com a

doação que o arguido fez”. Mas a

advogada de Abílio sublinhou que

“um lar não é um resort” e que os 14

levantamentos foram indevidos.

“Acharam que era uma pessoa só,

como há muitas nos nossos lares e

abusaram”, rematou.

Já o acórdão sublinha que os argui-

dos “quiseram e conseguiram con-

vencer Abílio a entregar-lhes já

assinados um conjunto de cheques

da sua conta, entregas feitas no

falso convencimento de que se des-

tinavam ao pagamento dos trata-

mentos de que beneficiava, bem

sabendo os arguidos que tais paga-

mentos eram injustos e indevidos”.

E acrescenta que sabiam, assim, que

“deixavam Abílio espoliado das

suas poupanças”. Foram, por isso,

condenados pela prática, em co-

autoria, de um crime de burla quali-

ficada.

Homicídio do Sobralinho

dá versões desencontradasO Ministério Publico pede a condenação de Luís Espalha pelo

homicídio do seu filho Luís Manuel. O advogado de defesa

garante que tudo não passou de um acidente.

Antigos gerentes de lar

condenados por burlar idoso

Eis alguns dos comentáriosde leitores do Voz Ribatejana nanossa página de Facebook, emwww.facebookcom/vozribateana

Participe também!

Page 7: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

07

Benavente

“Gostei imensode ver o referido

campino, também ofotografei. Só não sabia

que era brasileiro”

“É sempre muitobom ver os nossos

campinos imponentes emcima do cavalo, melhor

que muitos cavaleiros nascorridas”

Jorge Talixa

Um desenhador projectista de

39 anos foi condenado, na

quinta-feira, no Tribunal de

Benavente, à pena máxima pre-

vista na Lei portuguesa de 25

anos de cadeia, pela prática de

um crime de homicídio qualifi-

cado sobre o seu próprio pai e

de um crime de tentativa de

homicídio da mãe. O colectivo

de juízas que julgou o caso

ocorrido na Rua Quebrada de

Água, em Glória do Ribatejo,

no concelho de Salvaterra de

Magos, realçou “a forma vio-

lentíssima” como o arguido

agrediu os seus pais e o facto

de não ter manifestado qual-

quer arrependimento.

Arsénio Dias vivia com os pais

e não contribuía para as despe-

sas da casa, mas eram conheci-

dos os problemas de relaciona-

mento no seio da família, por

vezes motivados pelo consumo

de álcool. O arguido disse, na

primeira sessão do julgamento,

que apresentara várias queixas

contra o pai, João, de 59 anos,

trabalhador da fábrica de ele-

vadores Fortis (Alverca), por

alegadas agressões que este lhe

infligia. Mas o procurador

responsável pelo caso salientou

que o registo que há é de 14

queixas dos pais contra o filho

por agressões deste.

Certo é que ao princípio da

noite de 20 de Outubro passa-

do, pai e filho voltaram a

desentender-se, segundo o tri-

bunal porque Arsénio, suposta-

mente alcoolizado, terá

ameaçado que cortava o

pescoço ao pai enquanto este

jantava. Saíram de casa e

envolveram-se em luta.

Arsénio disse, em tribunal, que

fora o pai que iniciara a dis-

cussão depois de o obrigar a

desligar o computador. O

colectivo presidido por Raquel

Costa deu mais credibilidade

ao relato da mãe, Quitéria

Coutinho, que garantiu que a

zanga começou pelas ameaças

do filho. Já no exterior, o pai

acabou por cair na sequência

de um soco do filho e, segundo

a autópsia, morreu por asfixia

originada por compressão do

pescoço, apresentava o crânio

parcialmente esmagado, três

costelas fracturadas e sangue

nos pulmões, entre outras

lesões. O arguido garantiu que

depois do pai ter caído não

voltou a tocar-lhe e sugeriu que

João poderia ter batido com a

cabeça numa pedra.

O acórdão, baseando-se na

autópsia e no relato da mãe,

considera provado que, depois

de João ter tomado no chão,

Arsénio “saltou um número

não concretamente apurado de

vezes com ambos os pés em

cima do tronco e da cabeça do

pai” e ter-lhe-á dado vários

pontapés, originando lesões

que causaram a morte.

Entretanto, a mãe gritava por

socorro e foi empurrada por

Arsénio para dentro de uma

vala, perdendo momentanea-

mente a consciência. Quando

recuperou os sentidos dirigiu-

se ao filho e disse-lhe: “Já

mataste o teu pai!”. Relatou a

mãe e o tribunal considerou

provado que Arsénio reagiu,

dizendo ”agora vais tu” e

voltando a agredir a mãe.

Entretanto aproximaram-se

vizinhos e Arsénio afastou-se,

entregando-se mais tarde à

GNR. Quitéria disse, na

primeira audiência, que até aos

17 anos Arsénio foi um bom

filho, mas depois começou a

ser de tal modo violento que os

pais admitiam que tivesse

algum problema cerebral.

Alertaram sucessivas vezes a

GNR e a Delegação de Saúde,

mas disseram-lhes sempre que

não os podiam ajudar.

O colectivo que julgou o caso

considerou não provado que,

naquele dia, Arsénio tenha

encostado a lâmina da navalha

ao pescoço do pai. Baseou a

sua decisão no relato de

Quitéria e nas lesões detec-

tadas no pai e na mãe

Tendo em conta o comporta-

mento “particularmente cen-

surável” do arguido e a violên-

cia que utilizou para com os

seus progenitores, quando

“apesar de ser homem já com

idade para se autonomizar

vivia em casa destes e por estes

era sustentado”, o tribunal con-

denou Arsénio Dias a 22 anos

de prisão pelo homicídio do pai

e a mais 5 anos pela tentativa

de homicídio da mãe. Contra o

arguido, o acórdão aponta

ainda a “inexistência total de

motivações” para o que fez e “a

crueldade demonstrada nos

seus actos”.

Aplicadas as regras do cúmulo

jurídico foi-lhe fixada uma

pena única de 25 anos de

cadeia. O arguido foi, ainda,

condenado a pagar uma inde-

mnização de 120 mil euros à

mãe.

Detidos suspeitos de

dezenas de roubos a

adolescentes

Três jovens, com idades entre os 17 e os 19 anos, suspeitos

de envolvimento em mais de 50 roubos a adolescentes,

foram detidos, na quarta-feira, pela Divisão de Policial de

Vila Franca de Xira e vão aguardar julgamento em prisão

preventiva, por decisão tomada do tribunal local. Segundo

a PSP, os roubos eram efectuados sob ameaça de armas

brancas e, por vezes, com agressões. As vítimas, adoles-

centes que se deslocavam sozinhos em várias localidades

do concelho de Vila Franca de Xira, ficavam sem artigos

pessoais como telemóveis, fios e pulseiras em ouro e ou-

tros objectos.

A investigação decorria já há dois meses, depois de diver-

sas denúncias de casos de roubo deste género e, de acordo

com a Divisão Policial, estes três detidos estão “conotados

com várias dezenas de roubos” e já foram reconhecidos

presencialmente por algumas das vítimas.

Idoso de Alverca

condenado por

abuso de menor

Um idoso residente em Alverca foi, na semana

passada, condenado a 1 ano e seis meses de prisão

com pena declarada suspensa por igual período. O

tribunal julgou provado que em Maio de 2010, o

homem pegou numa menor ao colo, deu-lhe um

beijo na boca e acariciou-a na zona da vagina.

Segundo o acórdão, os factos deram-se frente à

residência da avó da menor, que pediu ao homem

para não praticar aqueles actos.

O crime de abuso sexual de menor tem uma

moldura penal de 1 a 8 anos de cadeia e o idoso

foi, assim, condenado a 1 ano e seis meses. O tri-

bunal teve em conta que o arguido não tem

antecedentes criminais e, se não praticar qualquer

outro crime nos próximos 18 meses, não chegará a

cumprir pena de prisão.

Pena máxima para desenhador que

matou o pai e agrediu a mãeO Tribunal de Benavente condenou um desenhador proje-

ctista a 25 anos de cadeia, considerando provado que espan-

cou o pai até à morte e que também agrediu a sua mãe. O

arguido alegou que o pai e os tios também o agrediam e que

naquela noite o pai teria batido com a cabeça numa pedra,

mas a mãe diz que o filho se tornou violento a partir dos 17

anos e que naquele dia saltou sucessivamente a pés juntos

sobre o corpo do pai.

“Para mim o auge dafesta são os campinos, adorovê-los, não perco a cerimónia

da deposição da coroa de floresno monumento ao campino,nem a entrega do Pampilho”

“A Festa Bravaé para quem gosta,

não é só para os Vila-franquenses”

Nove detidos

na A 1O Destacamento de Trânsito do Carregado deteve, na madrugada do

dia 14, nove indivíduos no âmbito de uma operãção de fiscalização

rodoviária na auto-estrada do Norte.

Desta operação, segundo uma nota da GNR, que levou ao corte total

da circulação, resultou a detenção de nove indivíduos, "quatro por

posse de estupefacientes, quatro por furto de viatura e uma por falsifi-

cação de notação técnica".

A acção da GNR levou ainda à apreensão de diverso material "nor-

malmente utilizado em acções criminosas". Levou, ainda, à descoberta

e aprensão de vários estupefacientes, nomeadamente "haxixe, cocaína,

pólen de haxixe, anfetaminas e liamba" e ainda diverso material con-

trafeito, "vestuário e calçado no valor de 2900 euros", segundo a

mesma nota.

Page 8: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

13

OLHO VIVO

Desafios à

presidente

Com criatividade, tam-

bém todas as formas cor-

rectas são possíveis e

aceitáveis para passar men-

sagens políticas. É o caso

do PCP de Vialonga, que

mantém a pressão sobre a

presidente da Câmara de Vila

Franca, exigindo obras na

urbanização da Flamenga. Um

caso “bicudo” que, devagar, lá

vai ganhando forma, com os

arranjos exteriores de uma das

maiores urbanizações do conce-

lho.

O mistério

da “Cavalo”

do Carregado

A Vala do Carregado é uma terra antiga e com

marcos importantes na história da região asso-

ciados à introdução dos comboios, mas tam-

bém à vivência ligada ao Tejo. Tradições

equestres na Vala do Carregado é que ainda não

conhecíamos, mas alguém com um sentido de

humor algo misterioso resolveu rebaptizar a terra

e, para surpresa de muitos, lá aparece a placa que

encaminha para “Cavalo do Carregado”. Será

algum novo centro equestre ou algum estabeleci-

mento comercial a precisar de publicidade!?

Benavente

consegue

juntar CDS e Bloco de

Esquerda

Estas coisas da política por vezes fornecem surpresas. Noutros pata-

mares da política à portuguesa, esta proximidade seria quase impossív-

el, mas, na Assembleia Municipal de Benavente, CDS-PP e Bloco de

Esquerda partilham pacificamente a primeira fila da bancada.

Margarida Netto, pelos centristas, e Helder Agapito, pelo Bloco, lá

vão desempenhando a sua tarefa sem desavenças que se vejam.

Acordo ortográfico

introduzido à força

O famoso acordo ortográfico que progressivamente nos vai

“obrigando” a alterar a grafia do português de Portugal é

contestado por muitos e ainda vai continuar a dar muito que

falar. Mas como País cosmopolita que se preza, Portugal acolhe da

melhor maneira comunidades com as mais variadas origens. É o caso

dos nossos amigos brasileiros que, mal ou bem, lá vão adaptando o

português, como aconteceu no caso deste estabelecimento vila-fran-

quense. Assim, com criatividade e compreensão, “esta-mos” todos

bem.

Parquímetros

“disfarçados”

em Arruda

O largo situado junto ao jardim de

Arruda dos Vinhos, mesmo em frente

da Farmácia da Misericórdia, dispõe,

desde o início de Julho, de um sistema

de parquímetros. Para satisfação de uns

e desagrado de outros, um espaço nor-

malmente cheio de viaturas cumpre,

agora, a sua função de rotatividade,

permitindo o estacionamento tem-

porário dos que frequentam o comércio

e os serviços da zona. Curioso foi veri-

ficar a forma como a Câmara arrudense

“disfarçou”, durante alguns dias, a

colocação dos parquímetros, até que

entrassem efectivamente em funciona-

mento. Para tudo é preciso engenho.

Page 9: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

08

Jorge Talixa

Desenvolver uma escola de excelência e de

referência e dar passos para a melhoria das insta-

lações e das condições de ensino, são alguns dos

principais objectivos da direcção do novo

Agrupamento de Escolas Alves Redol (AEAR),

que tomou posse, no passado dia 30, em Vila

Franca de Xira. Composto por seis escolas, que

vão do pré-escolar ao secundário, o

Agrupamento Alves Redol envolve 1900 alunos

e 270 profissionais de ensino e, segundo o seu

director, Teodoro Roque, é também o agrupa-

mento com mais completa oferta de ensino na

região, uma vez que possui também um Centro

de Novas Oportunidades e aulas e regime no-

cturno.

“Defendo que devemos partilhar com as famílias

a responsabilidade pela educação das nossas cri-

anças e dos nossos jovens. Cada criança e cada

jovem tem, no nosso agrupamento, respostas

educativas adequadas”, frisou Teodoro Roque,

que já exerceu anteriormente funções de presi-

dente do conselho executivo da Secundária

Alves Redol. “Somos o agrupamento com a

mais completa oferta e também com escolas

mais antigas do concelho. Este importante

património tem que ser valorizado”, prosseguiu,

salientando que uma das principais preocu-

pações dos responsáveis pelo AEAR é a necessi-

dade de “pensar rapidamente” na remodelação

da Escola Alves Redol e da Escola do 1º. Ciclo

de Povos.

Depois, Teodoro Roque acha que, a integração

da Escola Vasco Moniz torna o AEAR “mais

completo” mas que, a partir daqui, o agrupamen-

to atingiu a dimensão do “território educativo

adequado” e não deve crescer mais. Por isso,

está já definido que o 3º. ciclo fixa-se definitiva-

mente na Alves Redol, que lecciona do 7º. ao

12º. ano e que a Vasco Moniz fica com os alunos

do 1º. ao 6º. Ano. Ao mesmo tempo, o agrupa-

mento gere, ainda, os jardins-de-infância João de

Deus (junto ao hospital) e de Povos e as

Primárias (1º. Ciclo) Álvaro Guerra e de Povos.

Com a mudança de 7 turmas do 1º. Ciclo da

Álvaro Guerra para um novo bloco construído

na Vasco Moniz (ver Voz Ribatejana de 6 de

Julho), o AEAR passa a ter todas as suas turmas

em horário normal.

“Precisamos de aprofundar trabalho e de

arregaçar as mangas para o muito trabalho que

se avizinha”, avisou, revelando que outro dos

objectivos já traçados é o de arrancar, no início

do próximo ano lectivo, com um mecanismo de

apoio à família, em que as escolas do 1º. Ciclo e

os jardins-de-infância do agrupamento vão fun-

cionar em horário alargado, o que significa que

os pais podem deixar as crianças a partir das

8h00 e que haverá actividades, sempre que se

justifique, até às 18h30.

Na abertura da sessão, Madalena Ferreira,

responsável pelo conselho geral do agrupamen-

to, deu também posse aos restantes elementos da

direcção que vão gerir o agrupamento no

quadriénio 2011/2015. Filipe Ferreira, represen-

tante da Direcção-Regional de Educação de

Lisboa e Vale do Tejo, salientou que correu

muito bem o processo de agregação da escola

secundária com o agrupamento e que este forma-

to, com escolas do pré-escolar ao secundário,

“vai permitir melhorar as condições de todos os

alunos”.

Já Fernando Paulo Ferreira, vereador com o

pelouro da educação na Câmara de Vila Franca,

observou que a criação deste agrupamento

“constitui uma excelente oportunidade para a

cidade de Vila Franca”, que já tinha também o

Agrupamento Sousa Martins/Reynaldo dos

Santos. “Creio que este ano lectivo que aí vem

vai constituir um momento importante com a

passagem de um número importante de turmas

para o horário normal. Uma perspectiva que per-

mite novas respostas, nomeadamente de ATL e o

funcionamento das AEC (actividades extra-cu-

rriculares), salientou, considerando que estes

agrupamentos vão num caminho de estabiliza-

ção das suas funções.

Alves Redol e Escola de Povos precisam

de obras de remodelaçãoA criação de condições para que todas as turmas do 1º. ciclo funcionem em regime normal e a

necessidade de planear obras de remodelação da Alves Redol e da primária de Povos são algu-

mas das preocupações prioritárias da direcção do novo Agrupamento Alves Redol.

voz ribatejana #17EDUCAÇÃO

Escola sem obras

preocupa

Ao contrário do que chegou a ser referido pela própria

Parque Escolar ao Voz Ribatejana, afinal a Escola Alves

Redol acabou por não ser incluída nos planos de renovação

dos estabelecimentos de ensino secundário desenvolvidos

por esta empresa pública. Tratando-se, nesta altura, depois da

renovação que beneficiou a Reynaldo dos Santos, da escola

secundária mais antiga do concelho de Vila Franca (inaugurada há 26

anos), as condições dos edifícios e a falta de alguns equipamentos começam a preocupar.

“O meu pensamento é que esta escola, que aqui já está desde 1985, começa a entrar numa

fase crítica, porque não tem sido possível fazer investimentos de fundo e essas intervenções

só são, de facto, possíveis de se realizar se forem feitas pela tutela e não pela escola, que não

tem possibilidades de o fazer”, sustenta Teodoro Roque, frisando que, não tendo sido essa

renovação contemplada pela Parque Escolar, é importante e urgente que o problema seja

encarado directamente pela Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo

(DRELVT). O director do Agrupamento colocou a questão em recente reunião na

DRELVT, referindo que lhe compete dar conhecimento da situação e à DRELVT equa-

cionar quais as formas disponíveis para intervir, de modo a que não se atinja uma situação

complicada em termos de instalações da escola.

“Precisamos de uma intervenção de requalificação. Não consigo quantificar os valores que

estarão envolvidos. O que desejo é que todas as escolas cheguem a esse patamar de excelên-

cia. Mas não gostaria que a minha, que é a mais antiga, não fosse contemplada”, vincou,

salientando que as condições gerais das Alves Redol são boas, mas que é preciso reabilitar

as instalações.

A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou,

no final de Junho, seis propostas de apoio a

alunos e escolas no próximo ano lectivo. No

total, a autarquia prevê distribuir cerca de

220 mil euros, dos quais cerca de 80 mil

destinam-se a apoiar famílias carenciadas,

no âmbito da chamada Acção Social Escolar

(ASE), na

aquisição de

livros, material

escolar e partici-

pação em visitas

de estudo.

S e g u n d o

Fernando Paulo

Ferreira, o

número de

famílias abrangi-

das pela ASE tem

vindo a aumentar.

“Cerca de 30%

dos alunos do pré-

escolar e do 1º.

ciclo são alunos

com alguma dose

de carência e aos quais a Câmara subsidia a

aquisição de manuais e de material escolar e

a participação em visitas de estudo”, vincou

o autarca socialista, explicando que, dos

7000 alunos destes dois níveis de ensino,

cerca de 1400 têm apoio a 100 por cento

(escalão A) e 860 têm apoio a 50% (escalão

B).

No que diz respeito à alimentação, a edili-

dade serve cerca de 4000 refeições diárias

aos alunos do pré-escolar e do 1º. Ciclo. Já

no que concerne ao apoio ao funcionamento

das escolas e a actividades dos agrupamen-

tos, a Câmara assume uma contribuição

total da ordem dos 140 mil euros, calculada

tendo por base o

número de alunos

que frequentou esses

estabelecimentos de

ensino em 2010/2011

e correspondendo a

20 euros por aluno.

Este subsídio desti-

na-se a aquisição de

materiais pedagógi-

cos (jogos, puzzles,

pincéis, tesouras,

etc.); actividades pre-

vistas em planos de

a c t i v i d a d e s ;

aquisição de material

de higiene (sabonete

líquido, toalhetes de

mãos, desinfectantes) e despesas com mate-

riais de limpeza.

Fernando Paulo Ferreira acrescentou que

haverá novamente protocolos com agrupa-

mentos para as actividades de enriqueci-

mento curricular e, no último ano lectivo, a

taxa de adesão às AEC rondou os 77 por

cento.

Câmara apoia 30%

dos alunos

Nova direcção do Agrupamento

tomou posse em Vila Franca

Fernando Paulo Ferreira

Page 10: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

09Os

Serões de Verão trazem

animação a Benavente. No sába-

do, 23, há um arraial popular com o

grupo “Pão com Manteiga”, na

Urbanização dos Curralinhos e Porto Belo.

Dia 29 haverá concerto da banda da SFUS,

no coreto do Jardim João Fernandes Pratas

e animação com Bruno Padre Santo. No

dia 5, o Bairro da Esteveira acolhe

um arraial popular com Jorge

Paulo e Susana.

20 de Julho de 2011

Jorge Talixa

A demora no entendimento

entre a Câmara e a Junta de

Freguesia de Vila Franca de

Xira tem feito com que o par-

que de estacionamento que a

Refer construiu entre a linha-

férrea e a Jardim Municipal

Constantino Palha permaneça

fechado e sem qualquer utili-

dade há quase um ano. A

empresa ferroviária aceitou

transferir a gestão do espaço

para as autarquias locais,

assim como do parque exis-

tente do outro lado da linha,

onde actualmente param os

táxis e para onde está previsto

o novo terminal de autocarros,

que ninguém sabe ainda muito

bem quando e como é que vai

ser feito.

Certo é que numa cidade onde

o estacionamento escasseia e é

claramente uma das maiores

dores de cabeça para quem ali

circula, não se percebe muito

bem que os 70 lugares deste

novo parque permaneçam de

acesso vedado com uma co-

rrente e sem qualquer utiliza-

ção. Aurélio Marques,

vereador da CDU, quis saber o

que se passa em recente

reunião camarária. “Já foi dito

que seria aberto aos utentes em

Janeiro, foi-nos apresentado

um protocolo-tipo entre a

Câmara e a Refer. Estamos em

Julho, deve haver razões

plausíveis para aquele parque

continuar fechado”, questio-

nou.

Maria da Luz Rosinha

reconhece “desperdício”

Maria da Luz Rosinha expli-

cou que tem abordado regular-

mente o assunto com o presi-

dente da Junta de Freguesia.

“É um assunto que está dire-

ctamente ligado com a Junta e

ficaram eles de nos dar respos-

ta em relação a uma ou duas

questões que estavam pen-

dentes”, sustentou a presidente

da Câmara vila-franquense,

que admite que “é um des-

perdício” não ter ainda em fun-

cionamento aquele parque.

“Ainda não se terá acertado o

valor a pagar, mas quando há

tanta falta de estacionamento,

ter ali 70 lugares sem utiliza-

ção não faz sentido”,

prosseguiu a edil, reconhecen-

do que há também questões

ligadas ao acesso ao parque

que estão por resolver. Certo é

que a Refer investiu no arranjo

daquela área, ligando-a tam-

bém ao acesso à passagem

pedonal superior e concordou

em cedê-lo às autarquias

locais, com a condição de que

o seu uso viesse a ter algum

pagamento dos utentes.

José Fidalgo, presidente da

Junta de Vila Franca de Xira,

sublinha, por seu lado, que

nunca a Junta teve negociações

directas com a Refer sobre este

assunto, que foram feitas sem-

pre pela Câmara, que estabele-

ceu o protocolo com a empresa

ferroviária. “A Junta esteve

sempre disponível para con-

versar com a Câmara. Mas há

uma série de questões em aber-

to. Logo que as ajustemos e

esteja garantido o interesse da

freguesia, com todo o gosto

faremos a gestão daquele par-

que, que não está independente

do terminal”, vincou o autarca

vila-franquense, salientando

que há várias questões a

resolver, de-signadamente o

valor a cobrar aos utentes, o

acesso demasiado estreito ao

parque e a prio-ridade a dar

aos passageiros dos comboios

na utilização desse parque. “É,

de facto, um acesso muito

estreito, é importante garantir

uma boa ligação com o parque

da UDV”, refere José Fidalgo,

frisando que tudo isto deverá

estar também arti-culado com

o novo terminal que se pre-

tende fazer do outro lado da

linha, junto à Igreja Maná.

Com a perspectiva de remode-

lação do Vilafranca Centro

para instalação de serviços

camarários e de demolição do

terminal de autocarros ali exis-

tente, tudo aponta para a

construção de um novo termi-

nal no parque construído pela

Refer entre a linha, a estação e

a Igreja Maná. Mas o processo

tarda em avançar.

“Há uma intenção manifestada

pela Câmara e com disponibi-

lidade da Junta para vir a

aceitar, desde que estejam sat-

isfeitas determinadas

condições. Se estiver sob a

nossa gestão, fazemos com

todo o gosto”, concluiu o

autarca do PS.

As filas de trânsito que se formam na Estrada

Nacional 10 (EN 10) junto a Alhandra e o

entroncamento com a EN 248-3, que segue em

direcção a São João dos Montes, estão a gerar

preocupação, com a CDU a lembrar que o exe-

cutivo camarário PS prometeu estudar uma

solução para que a circulação se fizesse com

maior fluidez. Alberto Mesquita, vice-presi-

dente da edilidade, garante que o estudo existe

e que é só uma questão da Câmara decidir

avançar para sua execução.

O assunto foi colocado pelo vereador

Bernardino Lima na recente sessão camarária

realizada no salão da CURPIFA (Comissão

Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos

da Freguesia de Alhandra), frisando que aquela

é uma “zona crítica de circulação automóvel”,

porque quem vem de Vila Franca encontra dois

semáforos seguidos e quem vem de Alverca

depara-se, por vezes, com o trânsito parado até

às proximidades das Piscinas da Cimpor, devi-

do à acumulação de viaturas que querem virar à

esquerda para a EN 248-3 e para À-dos-

Loucos. “A Câmara comprometeu-se a estudar

com a Estradas de Portugal uma solução para o

entroncamento da EN 10 com a estrada de

Arruda, e forma a que a circulação se fizesse

em segurança, mas com menos constrangimen-

tos. No entanto, tudo se encontra na mesma”,

criticou o autarca comunista, lemn.

O vice-presidente da Câmara, Alberto

Mesquita, reconheceu que aquele entroncamen-

to

“é uma questão complicada”. Segundo o autar-

ca do PS, foi pedido um estudo, que está con-

cluído e existe uma proposta de solução que,

“não resolvendo completamente a situação

vinha melhorá-la consideravelmente”.

Por isso, Alberto Mesquita acha que é só uma

questão da Câmara decidir dar prioridade e exe-

cutar esta intervenção. “Há necessidade

de termos autorização da Brisa para uti-

lizar mais um ou dois vãos entre pilares

da A 1, mas isso não será problema. E

teremos que relocalizar a rotunda que

hoje existe. Esse projecto existe, creio

que é exequível e virá melhorar os prob-

lemas, que são evidentes nas horas de

ponta”, admitiu o edil, acrescentando

que esta medida deverá ser articulada

com outras na zona do Sobralinho, que

passam pela construção de uma rotunda

e pela retirada dos semáforos junto à

Quinta da Figueira, que “também

constituem um constrangimento. Mas

só podemos retirar quando tivermos um

ponto de inversão de marcha, que são as

rotundas”, rematou.

J.T.

Vila Franca de Xira

Falta de entendimento entre Câmara e

Junta deixa parque de 70 lugares vazioO novo parque de estacionamento que a Refer construiu junto

ao Jardim Constantino Palha nunca chegou a abrir e a hipótese

de construção de um novo terminal de autocarros do outro lado

da linha-férrea também tarda em avançar.

Trânsito em Alhandra preocupa Câmara

Page 11: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

10

Reorganização de Centro de Emprego de Vila Franca

voz ribatejana #17EMPREGO

Jorge Talixa

Uma recente reorganização

dos serviços do Instituto do

Emprego e da Formação

Profissional (IEFP) veio com-

plicar a vida a muitos habi-

tantes dos concelhos de

Alenquer, Arruda e Azambuja,

sobretudo os que se con-

frontam com problemas de

desemprego. Por questões uni-

camente ligadas à divisão do

País por NUT’s (nomencla-

turas de unidade territorial que

dizem principalmente respeito

aos fundos comunitários), o

IEFP decidiu que o Centro de

Emprego de Vila Franca con-

centrava, a partir de 1 de Abril

passado, a sua actividade

exclusivamente nos cerca de

140 mil habitantes do

Município vila-franquense. Os

residentes nos vizinhos conce-

lhos de Alenquer, Arruda e

Azambuja foram “transferi-

dos” para as áreas de actuação

do Centro de Emprego de

Torres Vedras (Arruda e

Alenquer) e de Santarém

(Azambuja).

Uma medida que, pelas distân-

cias e pela quantidade de

transportes existente, em nada

facilita a vida dos utentes e

que não foi nada bem entendi-

da por alguns responsáveis

regionais. E uma medida que

faz temer que a reorganização

administrativa de que tanto se

fala não tenha em conta as

necessidades do dia-a-dia das

pessoas e acabe por ser decidi-

da nos gabinetes.

Certo é que, neste caso, o

Município de Alenquer man-

tém um gabinete de inserção

profissional, mas, segundo o

presidente da Câmara, Jorge

Riso, faz apenas atendimentos

pré-marcados por iniciativa do

próprio IEFP e não faz atendi-

mento geral. Azambuja já dis-

pôs (ver texto nesta página) já

dispôs de um serviço seme-

lhante, actualmente desactiva-

do e Arruda apresentou uma

candidatura ao Centro de

Emprego de Torres Vedras

para albergar um balcão de

atendimento do IEFP, mas

ainda não teve resposta.

Transitoriamente, o Município

arrudense procura atender

algumas situações com os seus

próprios serviços.

“A nossa opinião é que esta

alteração não é benéfica para o

concelho de Arruda, por

razões de maior proximidade

com Vila Franca e, em termos

de transportes, as pessoas

estão melhor servidas para

Vila Franca. Nesta fase de

transição, as pessoas serão

prejudicadas, a mobilidade

para Torres Vedras não é a

mesma que para Vila Franca”,

admite Carlos Lourenço, pres-

idente da Câmara de Arruda,

em decla-rações ao Voz

Ribatejana, mas o autarca acha

que, sendo ne-gativa para os

utentes, esta medida tem a sua

lógica, porque Arruda per-

tence à Região Oeste e não à

Área Metropolitana de Lisboa

como Vila Franca.

“Sempre dissemos que a área

Oeste, na qual estamos inseri-

dos, não poderia estar a várias

velocidades ou ter diversas

instituições, não ter dois gov-

ernos civis, duas adminis-

trações regionais de saúde,

etc. Sempre pugnámos que

houvesse uma e esta medida,

de facto, vem ao encontro do

que nós dissemos”, reconhece

Carlos Lourenço, admitindo,

todavia, que esta “transferên-

cia” dos utentes dos centros de

emprego de Vila Franca para

Torres Vedras “é desvanta-

josa” para a população de

Arruda. “Manifestámos que

não estávamos de acordo, mas

é uma situação irreversível. O

que estamos a ver é a possibil-

idade de termos aqui um pólo

do Centro de Emprego de

Torres Vedras, uma ramifi-

cação, para que as pessoas não

tenham que se deslocar. A

autarquia já se manifestou

disponível para ceder o espaço

(edifício do Gabinete de

actividades Económicas, junto

ao chafariz) e fizemos essa

candidatura”, explicou o edil,

reafirmando que a Câmara de

Arruda “concorda com o

princípio” de ligação à zona

Oeste, mas não concorda com

esta alteração, que não

favorece as pessoas.

“De qualquer maneira, procu-

ramos tirar proveito dessa

situação, criando um gabinete

que faz atendimento e enca-

minhamento das situações,

fazendo os mesmos serviços,

mais próximo até”, prossegue

Carlos Lourenço, salientando

que, hoje em dia, com os

meios informáticos, tudo é

facilitado a este nível. O autar-

ca do PSD admite, no entanto,

que algumas situações mais

complexas terão mesmo que

ser tratadas no Centro de

Emprego de Torres Vedras.

“Se fossemos nós a decidir

mantínhamos como estava.

Sendo assim, vamos tentar

aproveitar ao máximo. Já

temos o gabinete de activi-

dades económicas e podemos

ter esse atendimento do IEFP

sem grandes encargos. Há

comparticipações para isso e

até pode trazer alguns benefí-

cios”, refere o edil, sublinhan-

do que, entretanto, os próprios

serviços da autarquia estão

disponíveis para fazer algum

atendimento nesta área.

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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA

Investimentos à espera demelhores diasCom cerca de 13 400 habitantes, o Município de Arruda temperto de 420 desempregados inscritos no IEFP, um númeroque tem estabilizado nos últimos meses. A criação deemprego é que não tem evoluído muito. Carlos Lourençodisse, ao Voz Ribatejana, que o concelho até tem muitasperspectivas de investimento e bastantes investidores intere-ssados que “acham que Arruda, por todos os motivos, é ame-lhor localização”. Só que, a crise e a indefinição quetem mercado a economia portuguesa nos últimos anos,levam muitos desses investidores a retraírem-se. “Temosinvestimentos muito interessantes em perspectiva, temosvariadíssimos interessados em áreas específicas, mas nestaaltura está tudo à espera”, observa Carlos Lourenço, man-ifestando esperança de que, com a próxima clarificação deuma série de situações, “os investidores, sabendo com o quepodem contar, avancem com alguma situações inovadoras ede interesse em Arruda dos Vinhos”.

IEFP obriga desempregados de Arruda e

Alenquer a deslocarem-se a Torres VedrasA reorganização dos centros de emprego da região desligou os concelhos de Alenquer, Arruda e Azambuja do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira e obriga, agora, os desempregados

daqueles municípios a deslocações para locais bem mais distantes como Torres Vedras e Santarém. As autarquias ainda tentam criar serviços que atenuem o problema, mas faltam respostas

mais concretas do IEFP.

A medida contradiz o slogan do

IEFP que está agora mais longe

dos seus utentesde Alenquer e

Arruda e Azambuja

“estaalteraçãonão ébenéficaparao concelho”

Page 12: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

11

20 de Julho de 2011

Miguel António Rodrigues

Uma medida administrativa

ditou que os desempregados

do concelho de Azambuja pa-

ssassem a apresentar-se em

Santarém, em vez de o fa-

zerem em Vila Franca de Xira.

A decisão apanhou muitos

desempregados de surpresa, já

que os transportes para

Santarém são mais escassos e

mais caros.

A informação chegou aos

desempregados através de

uma carta, no início de Abril,

mas nem todos estão de acor-

do com mais esta medida

administrativa. Daniel Claro,

eleito do Bloco de Esquerda

na Assembleia Municipal de

Azambuja, sustenta que esta

medida é “injusta” e social-

mente reprovável e exigiu à

Câmara que tomasse medidas

sobre esta questão.

Daniel Claro salienta que é, do

ponto de vista de uma politica

de emprego, “insensato que os

desempregados, para além da

sua situação, ainda tenham

que arrestar com a dificuldade

de transporte e o pagamento

acrescido de transportes daqui

para Santarém”.

E lançou um desafio à autar-

quia, referindo que espera que

a sua Câmara, que se tem

mostrado tão interessada nos

assuntos do desemprego nos

últimos tempos, “tenha uma

posição forte e negociações

sérias”.

Esta é uma medida adminis-

trativa que tem por base o

facto de Azambuja estar

inserida na Comunidade

Intermunicipal da Lezíria do

Tejo e na NUT 2 do Alentejo.

Por este motivo, o município

de Azambuja deixou de figu-

rar na AML (Área

Metropolitana de Lisboa) e,

por consequência, fica agora

agregado à região de

Santarém.

Na resposta, Joaquim Ramos,

presidente da Câmara, disse

que já reuniu com os respon-

sáveis do sector. Presidente da

câmara e vice-presidente, que

tem a responsabilidade políti-

ca da área, lamentaram em

uníssono a situação, mas

referiram que esta decisão é

governamental e praticamente

irreversível.

Durante a reunião de câmara,

Joaquim Ramos destacou que

a edilidade “nomeadamente o

vereador Marco Leal, está

neste momento no sentido de

nós próprios, através da

câmara, substituirmo-nos mais

uma vez aos serviços públi-

cos”. Nesse sentido, o autarca

anunciou que está a ser pon-

derada a criação de uma estru-

tura “que não será uma dele-

gação do Instituto do Emprego

e Formação Profissional, mas

que poderá dar uma ajuda no

que diz respeito a esta situ-

ação”.

António Jorge Lopes,

vereador da Coligação Pelo

Futuro da Nossa Terra, disse

discordar da forma como a

Câmara de Azambuja foi trata-

da neste processo. O vereador

lamentou que a notificação do

IEFP tenha chegado apenas

um dia antes das novas regras

entrarem em vigor.

Também o vereador António

Nobre, da CDU, lamentou a

decisão do anterior governo

no que toca a esta matéria.

O número de desempregados

inscritos nos centros de

emprego da região revela

nos últimos meses alguma

tendência para descer, rela-

cionada com algum emprego

sazonal e com as limpezas

regulares de ficheiros efectu-

adas pelo Instituto do

Emprego e da Formação

Profissional (IEFP). Esta

descida é mais notória nos

concelhos de Vila Franca de

Xira, Alenquer e Azambuja.

Por outro lado nota-se que o

grupo etário dos 35 aos 54

anos é claramente o mais

afectado.

No caso dos residentes no

Município de Vila Franca de

Xira (136 mil habitantes

segundo o últimos Censos),

o Centro de Emprego regis-

tava 6 279 desempregados

inscritos no final de Maio.

De acordo com estes dados,

os últimos divulgados pelo

IEFP, quase metade (2822)

destes desempregados têm

entre 35 e 54 anos, a esma-

gadora maioria procura um

novo emprego e há bastante

equilíbrio entre os números

de homens e de mulheres

desempregados. Por com-

paração com Maio de 2010,

o concelho vila-franquense

apresenta uma redução de

492 inscritos. Conclui-se,

também, que a maior parte

(1660) dos desempregados

residentes neste concelho

tem o ensino secundário

concluído, grupo que é

seguido pelas pessoas com o

3º. Ciclo do Ensino Básico,

correspondente ao 9º. ano

(1555). Já os inscritos com

formação superior são 518 e

os que procuram um

primeiro emprego 319. Por

idades é também muito re-

presentativo o grupo dos 25

aos 34 anos (1643 inscritos),

assim como as pessoas com

mais de 55 anos (1134).

Já no vizinho concelho de

Alenquer estavam 1962

desempregados inscritos no

final de Maio, o que co-

rresponde a uma diminuição

de 180 registos por compara-

ção com o período homólo-

go de 2010. Num município

com cerca de 43 mil habi-

tantes, nota-se que o proble-

ma do desemprego afecta

mais as mulheres (1054) e

que a grande maioria procu-

ra um novo emprego.

Também aqui o grupo etário

dos 35 aos 54 anos é o mais

afectado (895), seguido pelo

dos 25 aos 34. No que diz

respeito às habilitações sãos

as pessoas com o ensino

secundário, as que têm ape-

nas o ensino secundário e as

que concluíram o 9º. ano as

mais atingidas.

Em Arruda dos Vinhos tam-

bém se nota a tendência para

a redução do número de

desempregados inscritos,

392 no final de Maio passa-

do quando, 1 ano antes, eram

438. Na área do Município

arrudense também são as

mulheres as mais afectadas e

o grupo etário dos 35 aos 54

anos. A exemplo de

Alenquer, os grupos com a

4ª. Classe, com o 9º. ano e

com o 12º. ano são os mais

atingidos.

Azambuja revela também

sinais de descida do desem-

prego registado pelo IEFP,

com 890 inscritos no final de

Maio, quando no período

homólogo de 2010 eram

1047. Os grupos etários dos

25 aos 34 e dos 35 aos 54

são, também aqui os mais

atingidos, destacando-se as

pessoas que têm apenas o

ensino primário concluído.

Em Benavente, a redução do

número de inscritos foi

menor, passando de 1534 em

Maio de 2010 para 1459 em

Maio deste ano. O problema

afecta sobretudo quem

procura novo emprego, o

grupo etário dos 35 aos 54 e

há uma distribuição bastante

uniforme entre os que têm a

4ª. Classe, o 2º. Ano, o 9º.

Ano e o 12º. Ano, sentindo-

se uma diminuição significa-

tiva no volume de inscritos

nos extremos, ou seja dos

que não têm o ensino

primário concluído e dos que

possuem formação superior.

Já em Salvaterra de Magos, a

tendência para a diminuição

do número de inscritos man-

tém-se, com 1349 registos na

base de dados do IEFP no

final de Maio, menos 102

que um ano antes. Aqui é

também o grupo etário dos

35 aos 54 que mais sofre

com o desemprego, desta-

cando-se claramente os que

apenas têm habilitações

escolares ao nível da 4ª.

Classe.

J.T.

Azambujenses ligados

ao IEFP de Santarém

O Concelho de

Azambuja deixou de

depender do Centro de

Emprego Vila Franca de

Xira e passou a estar li-

gado a Santarém.

Desempregados

inscritos no IEFP

com ligeira descida

na região

Page 13: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

12

voz ribatejana #17TAUROMAQUIA

Salgueiro,

Salvador e

Amadores

de Vila

Franca

juntos em

Salvaterra

A praça de toiros de

Salvaterra de Magos recebe,

na noite de dia 30 (22h00),

um espectáculo que promete

emoção. Frente a frente vão

estar os cavaleiros João

Salgueiro e Pedro Salvador,

que vão enfrentar toiros da

Ganadaria de Fernandes de

Castro. As pegas ficam a

cargo dos grupos de forcados

amadores de Vila Franca de

Xira e de Salvaterra de

Magos.

Clube Taurino

homenageia

Óscar Rosmano

O Clube Taurino Vilafranquense organi-

zou, no passado sábado, uma homenagem

ao maestro Óscar Romano. A iniciativa

incluiu almoço convívio, um colóquio onde

foram abordados temas como a trajectória

taurina de Óscar Rosmano e a sua ligação

a José Falcão. Realizou-se, igualmente,

uma romagem ao Mausoléu do Maestro

José Falcão, no Cemitério de Vila Franca

de Xira.

Concurso de

pegas no

Campo Pequeno

A praça de toiros do Campo Pequeno acolhe,

no próximo dia 28, uma corrida Concurso de

Pegas, que incluirá, também, uma homenagem

à figura do forcado, com o descerrar de uma

lápide alusiva num dos corredores do tauródro-

mo lisboeta.

O troféu para a Melhor Pega será disputado

pelos grupos de forcados amadores de

Santarém, Montemor e Lisboa, perante um

curro de seis toiros da Ganadaria Veiga

Teixeira. Em praça estarão, também, os ca-

valeiros Vítor Ribeiro e Manuel Lupi e o prati-

cante João Salgueiro da Costa.

As exposições integradas na Semana da Cultura Tauromáquica de Vila Franca de Xira prolon-garam-se pelos dias do Colete Encarnado e atraíram milhares de visitantes. Só a mostra decabeças de toiros e de pintura que esteve patente na Casa-Museu Mário Coelho recebeu cerca de1800 visitantes. A Casa-Museu Mário Coelho organizou também mostras de capotes de passeio(foto 2) no Núcleo Museológico da Igreja do Mártir Santo, de pintura no Clube Vilafranquense.A Escola de Toureio José Falcão foi responsável pelas mostras de pintura de Ana Maria Malta(salão nobre da Câmara) e de fotografia de Pedro Batalha e João Silva. O Museu do Neo-realis-mo apresentou gravuras de temática taurina de Júlio Pomar.

Festa

s d

e A

gosto

Póvoa de Santa Iria

especial :

voz ribatejana

sai a

3 de Agosto

contactos para

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Page 14: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

14

voz ribatejana #17ECONOMIA

Promover mais o contacto e a

ligação entre os cerca de 220

profissionais da ADP

Fertilizantes é o grande obje-

ctivo da nova direcção da Casa

do Pessoal da empresa de

Alverca que, já no próximo dia

30, vai inaugurar novas insta-

lações, adaptadas no complexo

fabril com o apoio da adminis-

tração da empresa. Integrada

no grupo Fertibéria, a ADP

produz cerca de 1 milhão de

toneladas de fertilizantes por

ano, mais de metade dos quais

para exportação.

A Casa do Pessoal existe já

desde 1966, mas nos últimos

anos estava muito adormecida.

Ainda mantém o nome de Casa

do Pessoal dos Nitratos de

Portugal (nome original da

empresa), mas vai mudar

muito em breve a sua desig-

nação para Casa do Pessoal da

ADP Alverca. Nos últimos

anos, a actividade do grupo

resumia-se, praticamente, à

oferta de um cabaz de Natal

aos associados e, várias vicissi-

tudes, ligadas às mudanças

verificadas na empresa

levaram mesmo a que a Casa

do Pessoal já não tivesse sede e

sala de convívio a funcionar.

No início deste ano entrou em

funções uma nova direcção li-

derada por António Jorge

Lopes, que tem procurado

dinamizar a Casa do Pessoal da

ADP e recuperar o papel que

pode desempenhar na ligação

entre os profissionais da casa,

por vezes dispersos em áreas

tão diversas como a produção,

os escritórios ou o sector co-

mercial. “A maior parte das

pessoas já nem se conheciam e

estas iniciativas servem

também para que as pes-

soas se conheçam, se

aproximem e sintam

auto-estima por

tudo isto. Se con-

seguirmos criar um

grupo de amigos os

problemas que às

vezes surgem e que

não são bem entendi-

dos podem ser melhor

conversados e ultrapassa-

dos”, sublinha António Lopes,

um dos encarregados da

empresa.

A maioria dos funcionários

continua a ser sócio da Casa do

Pessoal, mas chegou a falar-se

numa assembleia para extin-

guir a associação. “Eu e mais

um grupo de companheiros

entendemos que não se devia

deixar acabar. Tivemos que

começar de novo. Tivemos a

boa vontade da nossa adminis-

tração e do director da empre-

sa, que nos têm ajudado bas-

tante e também acharam que a

Casa do Pessoal não devia

acabar”, sublinha, vincando

que, entretanto, já foi possível

encontrar e adaptar um novo

espaço para a sala de convívio,

que vai ser inaugurado no dia

30 (ver caixa). Ao mesmo

tempo foi organizado um con-

curso de fotografia, bastante

concorrido, e estão previstas

algumas excursões. As obras

de adaptação das instalações

foram integralmente supor-

tadas pela empresa, até porque

a quotização de 1 euro da Casa

do Pessoal não permite reunir

muitos meios.

“Vamos tentar não baixar os

braços, vamos fazer passeios

de barco no Tejo e pensamos

fazer uma excursão à Serra da

Estrela. E há uma coisa que

nunca acabou, que é o almoço

que fazemos todos os anos com

pessoas que saíram de cá”,

acrescenta António Jorge

Lopes, referindo a Casa do

Pessoal tem também protoco-

los com piscinas e ginásios da

região e tenta envolver mais os

filhos dos funcionários.

J.T.

O Município de Torres

Novas entrou oficialmente

no sistema intermunicipal da

Águas do Ribatejo (AR) no

passado dia 11, juntando-se

aos concelhos de Almeirim,

Alpiarça, Benavente,

Chamusca, Coruche e

Salvaterra que, em Maio de

2009, constituíram uma

empresa para a gestão dos

sectores da água e do sanea-

mento que é um exemplo

raro no País, uma vez que

tem capitais exclusivamente

das autarquias e não tem

parceiros privados. A

decisão de aderir à Águas do

Ribatejo já fora tomada por

Torres Novas no final de

2010 e desenrolaram-se,

desde então, os procedimen-

tos administrativos. António

Rodrigues, presidente da

Câmara torrejana, frisou este

é “um acto invulgarmente

importante na vida de Torres

Novas, dos municípios que

integram a AR e do País ” e

realçou o sucesso que tem sido

“este modelo único em

Portugal”, em que a empresa

tem como accionistas “apenas

os municípios que a inte-

gram”. O autarca do PS

salientou que, através desta

integração, o seu município

vai beneficiar de investimen-

tos de 30 milhões de euros nas

redes de água e saneamento

nos próximos 3 anos e fez

mesmo uma comparação para

explicar a importância deste

volume de obras. É que,

segundo refere, o Município

de Torres Novas conseguiu

investir 43 milhões de euros

nos últimos 23 anos. Agora,

em 3 anos, vai beneficiar de

30 milhões de euros em obras

da Águas do Ribatejo e a

Câmara pretende investir ou-

tros 30 milhões em centros

escolares e na reestruturação

de edifícios culturais. “São

perto de 60 milhões de euros

de investimentos em 3 anos”,

vincou.

O Município de Torres Novas

ainda equacionou a possibili-

dade de criar uma empresa

própria para a água e sanea-

mento em parceria com um

privado, mas acabou por con-

cluir que este é o melhor cam-

inho. “Percebemos que a

Águas do Ribatejo é a melhor

solução para Torres Novas. É

e vai continuar a ser um bom

exemplo daquilo que é possí-

vel fazer só com dinheiros

públicos municipais”, sustenta

António Rodrigues.

Para a Águas do Ribatejo esta

entrada de Torres Novas é

também importante, porque dá

maior dimensão à empresa.

Até aqui servia 105 mil habi-

tantes de 6 concelhos (55 mil

clientes) e passa a servir 144

mil habitantes (76 mil

clientes). “É muito importante

pela dimensão do concelho de

Torres Novas e por tudo aqui-

lo que vai trazer à Águas do

Ribatejo”, acrescenta Sousa

Gomes, presidente da Câmara

de Almeirim e do conselho de

administração da AR. Em

declarações aos jornalistas,

Sousa Gomes vincou que o

tempo deu razão às opções

tomadas pelos que acredi-

taram no projecto Águas do

Ribatejo e anunciou que há

vários municípios em conta-

ctos com a administração no

sentido de equacionarem a

possibilidade de integrarem a

empresa municipal. “Se forem

municípios com projectos

credíveis, são bem vindos.

Esta rede de solidariedade tem

espaço para crescer”, disse.

A AR julga que este alarga-

mento irá gerar “economias de

escala” e diz que, para além

das obras programadas para

Torres Novas, já está a in-

vestir, com apoios do Fundo

de Coesão, cerca de 80 mi-

lhões de euros nos municípios

de Almeirim, Alpiarça,

Benavente, Chamusca,

Coruche e Salvaterra de

Magos.

Myphoneabre loja na

galeriaJumbo de

AlvercaO grupo Myphone abriu, recente-

mente, mais um espaço da suarede de lojas. Instalada no

número 1 da Galeria doHipermercado Jumbo de Alverca,a “Bluestore” da Myphone apre-senta toda a gama de produtos eserviços de comunicação da PT,

TMN, Meo e Sapo.

Casa do Pessoal

reabre na ADP

de Alverca

O programa de dia 30No dia 30 vai ter lugar a cerimónia de inauguração dasnovas instalações da Casa do Pessoal da ADP e o descerra-mento da respectiva placa. Serão, ainda, entregues osprémios do concurso de fotografia e haverá um jogo de fute-bol e um almoço convívio. As actividades incluem, igual-mente, a apresentação do novo logótipo da Casa do Pessoalda ADP.

Águas do Ribatejo alarga

influência a Torres Novas

Page 15: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

15

Vila Franca de Xira

A localidade de S. Tiago dos Velhos, no concelho de Arruda,

vai estar em festa de 29 a 31 de Julho. O programa arranca na sexta-

feira à noite com garraiada e baile animado pelos Ases do Ritmo. No

dia 30 haverá rally paper, passeio de BTT e baile com os Faraó. No

dia 31 destacam-se a missa solene (16h00), seguida de procissão,

acompanhada pela Banda Misericórdia de Arruda, pela Fanfarra dos

Bombeiros de Bucelas e pelo Regimento de Cavalaria da GNR. A festa

encerra com mais um baile, animado pelos Turno da Noite.20 de Julho de 2011

Jorge Talixa

Os cinco municípios servidos

pelo Hospital Reynaldo dos

Santos assumiram o paga-

mento das obras dos acessos

à nova unidade hospitalar que

está em construção, desde o

início de Maio, a Norte de

Vila Franca de Xira. O

processo tem gerado críticas

da CDU local e já motivou

um aceso desentendimento

entre os presidentes das

câmaras de Vila Franca e de

Arruda dos Vinhos (ver Voz

Ribatejana de 8 de Junho),

mas pode, agora, complicar-

se ainda mais, porque o con-

curso para a obra teve que ser

anulado, uma vez que todas

as propostas concorrentes

ultrapassavam o preço base

em mais de 20%.

O problema foi discutido na

última reunião camarária de

Vila Franca, com o vice-pres-

idente Alberto Mesquita,

responsável pelo pelouro do

urbanismo, a frisar que o

preço base de 2, 7 milhões de

euros estabelecido no concur-

so foi calculado “nos limites”

e a sugerir uma revisão desse

valor. Mas Maria da Luz

Rosinha, presidente da autar-

quia, acha que, primeiro, é

preciso exigir aos técnicos

que calcularam o preço base

que avaliem por que é que os

empreiteiros concorrentes

apresentam preços tão distin-

tos. É que, segundo os autar-

cas de Vila Franca, o valor

mais próximo dos 2, 7 mi-

lhões de euros apresentado a

concurso ronda os 3, 35 mi-

lhões e o mais elevado atinge

os 4, 5 milhões de euros.

“Não vejo nenhuma possibi-

lidade dos restantes municí-

pios virem a assumir mais

encargos”, avisa Maria da

Luz Rosinha, que já está a

braços com as divergências

de Arruda. O acordo estabele-

cido prevê que cada um dos 5

municípios contribua com

uma verba para os acessos de

acordo com a proporção dos

seus habitantes no universo

dos 243 mil habitantes servi-

dos pelo hospital. O que si-

gnifica que, num montante de

2, 7 milhões, caberiam 1, 51

milhões a Vila Franca, 466

mil a Alenquer, 148 mil a

Arruda, 224 mil a Azambuja

e 333 mil a Benavente. Mas

se os custos dispararem mais

caberá a cada uma das

câmaras, já a braços com difi-

culdades financeiras. Por

outro, coloca-se a questão da

escolha do local do novo hos-

pital (terreno cedido por Vila

Franca), numa encosta de

acesso difícil e se os municí-

pios devem contribuir desta

forma para um projecto que

está inserido nas parcerias

público-privadas, com o novo

hospital a ser construído e

gerido por um consórcio li-

derado pelo grupo Mello.

“Há uma disparidade que não

conseguimos perceber.

Quando avançámos este

preço base foi tendo em vista

o mercado e que era possível

construir com este valor de 2,

7 milhões, até por exemplos

de outras obras. Não nos pa-

ssou pela cabeça que não

houvesse empresas em

condições de apresentar um

valor igual ou inferior ao

preço base”, observou

Alberto Mesquita, frisando

que o projectista já reanalisou

a questão e entende que não

há alterações de preço a fazer.

Já Aurélio Marques, vereador

da CDU, mostrou-se sur-

preendido com estas pro-

postas “assustadoramente”

acima do preço base e quis

saber quem é que suportará a

diferença se, num próximo

concurso, se mantiverem

estes valores. Maria da Luz

Rosinha mostra-se, igual-

mente, preocupada, frisando

que os técnicos é que calcu-

laram o preço de 2, 7 milhões

e que “o mercado até não está

para obras mais caras, está

normalmente abaixo”.

Por isso, a presidente da

Câmara acha que o processo

tem que ser reanalisado.

“Solicito que os técnicos se

debrucem com mais atenção.

Ou erraram muito ou do outro

lado há quem tente

aproveitar-se desta obra para

ganhar muito dinheiro. Sem

isso esclarecido não haverá

novo concurso”, concluiu

A Peugeot vendeu 10 059 viaturas, no

primeiro semestre deste ano, em Portugal,

reforçando a sua quota de mercado que

está, assim, nos 9, 2%. A marca resistiu

melhor à forte quebra de vendas verificada

neste período, cifrada nos 20, 4%. Segundo

um comunicado da Peugeot

Portugal, com uma

diminuição de

vendas da

o r d e m

dos 14%

manteve

o segun-

do lugar

na lista

das mar-

cas mais

vendidas

em Portugal e subiu a

quota de 8, 6 para 9, 2%.

De acordo com a mesma nota, venderam-

se, nos primeiros seis meses deste ano, 109

178 automóveis ligeiros de passageiros em

Portugal, dos quais 7 875 foram da marca

Peugeot. Entre estes destacaram-se os mod-

elos 207 (o mais vendido) e 508. Já no que

diz respeito ao mercado dos veículos comer-

ciais ligeiros, a Peugeot vendeu 2 184 viat-

uras, atingindo uma quota de 12, 6%, supe-

rior em 1, 3 pontos percentuais à que

alcançara no perío-

do homólogo de

2010. No total

venderam-se

17 273 com-

e r c i a i s

l i g e i r o s ,

destacan-

do-se o

f u r g ã o

Partner da

P e u g e o t ,

com 1383

unidades vendidas.

Este primeiro semestre de 2011 fica tam-

bém marcado pelo lançamento no mercado

português do Peugeot 3008 Hybrid4, o

primeiro automóvel híbrido diesel do

Mundo.

Custos dos acessos

ao novo hospital

podem disparar

Ninguém quer construir os acessos ao novo hospital pelo preço previsto e o concurso foi

anulado.

Peugeot vende 10 059 e

reforça quota

Consulteware abre no Forte

da Casa

A Consulteware, conheci-

da empresa do ramo

informático, abriu, em

Junho, as suas novas

instalações no Forte da

Casa. O novo espaço fica

situado no número 21 da

Rua Fernando Pessoa,

próximo da Caixa Geral

de Depósitos e do Centro

Comercial Foca.

Vocacionada para a

prestação de serviços

informáticos a empresas,

nos mercados nacional e

internacional, a

Consulteware tem tam-

bém representações na

área da segurança/protecção informática e pode ser contactada através do número 21 957 42

50 e do endereço [email protected].

Page 16: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

16

voz ribatejana #17

27 de Julho’11

15h00

Salão do Corpo

Nacional de

Escutas

na Freguesia

de Alverca do

Ribatejo

Perío

do

ab

erto

à i

nte

rven

ção

do

blico

a p

arti

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www.funerariaalverquense.pt

Sede Praça D. Afonso V nº 5B

2615-357 ALVERCA DO RIBATEJO

Telef: 21 9580770 - 96 4008659 - 96 5249749

Filial: R. Padre Américo nº85 c/v Esqª

2625-394 FORTE DA CASA

Telef: 21 9560189 - 96 5240138 - Fax: 21 9531857

mail: [email protected]

Site: www.agenciamachadovictor.com

Em frente aos correios de Alverca

tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt

VILA FRANCA

DE XIRA

JOSÉ MANUEL

PEREIRA GALINHA

Agradecimento

Sua esposa, filha, mãe,

irmãs, cunhados e restante

família na impossibilidade

de o fazerem directamente ,

vêm, por este meio,

agradecer a todas as pes-

soas que acompanharam o

seu ente querido à sua últi-

ma morada, assim como a

todos quanto de algum

modo lhes manifestaram o

seu pesar.

Tratou: Agência Funerária

Machado, Lda.

Vila F. Xira 263 272 302

Alhandra 219 501 408

agê[email protected]

Rua José Dias Silva 47 - Vila Franca de Xira

Rua República 147-B - Póvoa Santa Iria

Travessa Figueira 1-A - Santa Iria Azóia

VILA FRANCA

DE XIRA

CÉLIA MARIA

DE SÁ MAGRO

2º ano de Eterna Saudade

21-07-2009

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Page 17: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

17O rancho “Os Camponeses do Vale Brejo” (freguesia

de Aveiras de Cima) organiza, no próximo dia 30, o seu

34º. Festival Nacional de Folclore. A partir das 21h00

desfilam e actuam o grupo anfitrião e os convidados

Rancho Folclórico de Tavira (Algarve), Grupo

Folclórico dos Pescadores de Vila Chã, Vila do Conde

(Douro Litoral), o Grupo Folclórico de Gumiães, Viseu

(Beira-Alta) e o Rancho Folclórico e Etnográfico de

Casais de Revelhos, Abrantes (Templários).20 de Julho de 2011

Sardinha assada, baile pela calçada, manjericos e versos popu-

lares: assim é a tradição portuguesa. E foi assim que, no dia 10

de Julho, mais de uma centena de pessoas prestigiaram a “2ª

Sardinhada do Marina Caffé” na Estrada Nacional 10, em

Alverca.

Um pezinho de dança para aqui... uma sardinha no pão para

ali... e da tarde fez-se noite sem darmos por nada. “É o segun-

do ano consecutivo que participo da sardinhada realizada por

eles, e posso dizer que estão de parabéns. Foi um convívio

muito agradável, e o ambiente bastante familiar e convidativo.

Faz muita falta este tipo de convívio aqui em Alverca, para os

próximos podem sempre contar comigo”, disse o Sr. João

Gouvêa (79 anos), um dos anfitriões da festa.

Resumidamente o convívio foi considerado um sucesso por

parte dos seus organizadores, Sra. Marina Souza e Sr. Orlando

Carvalho (sócios-gerentes da empresa) e de boa aceitação por

parte de todos os participantes. O próximo já está em organiza-

ção e realiza-se no dia 04/09/2011. Acompanhe as próximas

edições do Voz Ribatejana e confira a programação. Não deixe

de reservar seu lugar. Participe e faça parte da nossa história!

Rafaela Tomé

ganha títulos

regionais

Rafaela de Faria Leal Tomé ganhou uma medalha de ouro e

quatro medalhas de prata nos Campeonatos Regionais de

Infantis em piscina longa da Associação de Natação de

Lisboa. As provas realizaram-se, no primeiro fim-de-semana

de Julho, exactamente o Colete Encarnado, no Complexo das

Piscinas Municipais de Vila Franca de Xira.

Participaram jovens nadadores de mais de 20 clubes e a vila-

franquense Rafaela Tomé foi uma das principais figuras da

competição, ganhando mesmo a prova de 100 metros em esti-

lo Crawl.

Rafaela Tomé representa o Alhandra Sporting Club, colec-

tividade com grandes tradições na natação. Também Carolina

Guerra Gaspar, sua colega de equipa, esteve em destaque ao

alcançar a medalha de prata em 200 metros mariposa.

Participaram mais de 200 jovens nadadores e os campeonatos

atraíram muitas centenas de assistentes, grande parte deles

familiares dos jovens praticantes.

Alenquer promove feira medieval

A vila de Alenquer vestiu-se a rigor, no início de

Julho, e entrou na máquina do tempo até à época

dos reis e das rainhas. Com efeito, na vila ocorreu

mais um momento único, revivendo a época

medieval. O cenário foi cuidado ao pormenor, vestes

antigas, cantigas e músicas de outros tempos, que

chamaram centenas de visitantes ao Parque Vaz

Monteiro e às ruas adjacentes.

Nesta edição, não foram esquecidos os manjares de

outros tempos, os jogos e farsas e a oportunidade

das crianças, para além de aprenderem história,

divertirem-se passeando de burro ou a cavalo, con-

forme os gostos de cada um.

A destacar, os figurantes vestidos à época que repro-

duzem, ao pormenor, através de trajes e maneiras,

o ambiente vivido naquela altura.

A Feira Medieval de Alenquer foi organizada pela

câmara municipal e nela participaram várias asso-

ciações concelhias. MAR

Forte da Casa entrega 12 galardões

A Junta do Forte da Casa assinalou, no dia 30, o 22º. aniversário da elevação da sede de freguesia a vila. Foram atribuí-

das medalhas de mérito comercial às firmas Automóveis Barreira, Café Periquito, Cantinho das Maravilhas,

Churrasqueira do Forte, Duartendeiro, Escola de Condução Coimbra, Minigrula, Móveis Mendes, Reivax e Silveira &

Ramos. Foram, igualmente, galardoados a PSP (medalha de mérito comunitário) e o professor Carlos Margaça Veiga

(medalha de mérito artístico e cultural).

Adriano Pires

Mais de 100 na 2ª Sardinhada do Marina Caffé

Page 18: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

18

DESPORTO

Jorge Talixa

As dificuldades financeiras do

clube e a necessidade de

avançar rapidamente com o

processo de construção de um

novo parque desportivo devido

às más condições do velhinho

Campo da Hortinha, são as

maiores preocupações da nova

direcção do Alhandra Sporting

Club (ASC), que tomou posse

no passado dia 6. A presidente

da Câmara de Vila Franca de

Xira esteve presente na ce-

rimónia e admitiu que tem sido

muito complicado libertar o

espaço necessário para as

novas instalações que o ASC

merece.

Prestes a completar 90 anos de

existência e com um percurso

rico de conquistas desportivas

e de formação de jovens atle-

tas, o ASC ambiciona há muito

um parque desportivo com

boas condições, sobretudo para

a prática do futebol. Já foram

equacionadas pelo menos três

localizações possíveis. Duas

delas estão, para já fora de

hipótese e a terceira também

parece muito difícil. Talvez por

isso, um antigo sócio do clube

desabafava há saída: “Por este

andar nem daqui a 20 anos!”

Outros mostram-se mais opti-

mistas e sublinham que os

jovens praticantes do clube não

podem continuar a jogar no

pelado da Hortinha que mais

parece uma pedra.

Certo é que Vítor Silva, que

presidiu à direcção do clube

nos últimos anos, decidiu não

se recandidatar, admitindo difi-

culdades em gerir as finanças

do clube quando as três princi-

pais secções desenvolvem uma

gestão própria com muita

autonomia. Rui Macieira, que

já foi presidente do Alhandra e

desempenhou funções de vice-

presidente de Vítor Silva,

resolveu voltar a assumir a

responsabilidade principal pela

administração do clube e

encabeçou a lista eleita em

assembleia-geral realizada em

meados de Junho.

Na sessão de dia 6, o presi-

dente da mesa da assembleia

cessante José Macieira deu

posse aos novos corpos ger-

entes e rematou a sua inter-

venção dirigindo-se à presi-

dente da Câmara vila-fran-

quense Maria da Luz Rosinha.

“Gostaria de ver as instalações

que sempre foram necessárias

ao Alhandra, para que as cri-

anças de tenra idade deixem de

jogar na pedra, como fazem

hoje no Campo da Hortinha”,

frisou o dirigente, com muitos

anos de ligação ao clube.

O seu sobrinho Rui Macieira

começou por salientar que “é

uma questão de honra não

deixar cair no esquecimento

todos estes anos de história do

clube”, admitiu que se colocam

grandes desafios a esta nova

direcção, mas garantiu que,

“em conjunto e com os olhos

bem abertos, estamos prontos

para responder aos problemas

existentes, com a procura de

soluções para que possamos

dignificar o futuro”.

Por isso, Rui Macieira definiu

algumas das prioridades como

o seguimento das questões

financeiras e o honrar dos com-

promissos assumidos pelas

anteriores direcções, pre-

conizando uma sintonia com as

diversas secções para tentar

superar as dificuldades. Dar

continuidade ao projecto de

melhoria das instalações é

outro dos objectivos e o novo

presidente do clube acredita

que é possível concretizar este

sonho em articulação com as

autarquias locais. “Somos e

seremos realistas, este trabalho

só terá existência se a Câmara

tomar o compromisso de me-

lhorar as condições dos nossos

atletas. Há que dar início à

construção do parque desporti-

vo. Alhandra é provavelmente

a freguesia com mais crianças

na prática do futebol. Esta é a

altura de o Município cumprir

a promessa feita em anos ante-

riores”, sublinhou, asseguran-

do que esta direcção está aber-

ta ao diálogo com a Câmara e

com a Junta de Freguesia para

encontrar soluções adequadas.

Já Luís Filipe Dias, presidente

da Junta de Alhandra, vincou

que o Alhandra só sobrevive

com o trabalho e com a

amizade dos sócios, que todos

os dias dão o seu melhor pelo

clube. “O Alhandra faz atletas,

mantém a tradição que vem de

há muitos anos. Com todas as

agruras, tem todas as secções a

preparar atletas e a fazer

campeões”, referiu o autarca

do PS.

“Temos pela frente uma tarefa

não fácil, mas que com certeza

atingirá os seus objectivos”,

sustentou, por seu turno, Maria

da Luz Rosinha, presidente da

edilidade de Vila Franca, rela-

tando os muitos passos que o

processo das novas instalações

do Alhandra já

conheceu.”Houve um momen-

to em que a Câmara escreveu

uma carta em que dizia que,

quando o Alhandra tivesse

condições para avançar com o

campo, a Câmara disponibi-

lizaria o terreno”, explicou a

edil, lembrando que antes

havia um terreno, situado próx-

imo da Escola Soeiro Pereira

Gomes, mas que se revelou

demasiado inclinado e exigiria

“um aterro enorme”.

Depois, segundo referiu, houve

um momento em que se perce-

beu que o Alhandra não ia ter

condições financeiras para

avançar para o projecto. A

Câmara assumiu, então, o com-

promisso de adquirir o terreno

necessário e de tentar obter o

dinheiro necessário no âmbito

do acordo existente com a

Cimpor. Frisando que a

Câmara só receberia o dinheiro

depois de ter pago e de ter

apresentado os documentos de

despesa, Maria da Luz Rosinha

salientou que a edilidade nunca

gastou o dinheiro previsto para

este fim porque não chegou a

recebê-lo. Depois, acrescentou,

surgiram as dificuldades da

Cimianto que tornaram inviá-

vel a aquisição de uma parcela

da empresa com boas

condições para o parque

desportivo do Alhandra. Por

acordo entre as autarquias

locais, a Cimpor e a direcção

do clube decidiu-se, então, que,

não havendo perspectivas de

desbloquear o problema do te-

rreno, a verba de 431 mil euros

disponibilizada pela Cimpor

seria dividida pelas freguesias

do concelho, com a Junta de

Alhandra a receber cerca de

metade, uma verba na ordem

dos 200 mil euros.

Mais recentemente, Maria da

Luz Rosinha diz ter abordado o

presidente da Casa do Pessoal

da Cimpor e a administração

do Centro de Produção de

Alhandra para avaliar a possi-

bilidade de cedência do espaço

onde funcionam a pista de

atletismo e outras instalações

desportivas. A continuidade

destes contactos revelou-se

difícil e a presidente da

Câmara referiu que só nas últi-

mas semanas apurou que os

responsáveis da Casa do

Pessoal não estarão inclinados

para aceitar essa cedência, mas

remetem uma decisão também

para a administração da empre-

sa. A edil espera reunir nas

próximas semanas com um

responsável da Cimpor e pro-

mete continuar a diligenciar no

sentido de concretizar “aquilo

que reconhecemos há anos que

é uma necessidade, tendo em

consideração a prática para

uma comunidade jovem e para

a qual a Hortinha não tem qual-

quer tipo de condições. O com-

promisso é reiterado e conti-

nuaremos a fazer diligências”,

prometeu, frisando que, se o

problema do terreno for des-

bloqueado, já solicitou à

Cimpor uma antecipação da

verba correspondente ao proto-

colo de 2013, que permitiria

construir o campo relvado sin-

tético ambicionado pelo

Alhandra.

Situação financeira e instalações

preocupam nova direcção do Alhandra

voz ribatejana #17

Avançar com o novo parque desportivo é a grande ambição da nova direcção do Alhandra

Sporting Club, empossada no dia dia 6.

Preocupações chegam à

Câmara

O problema das más condições do Campo da Hortinha tam-

bém foi abordado na reunião camarária realizada, no dia 29,

nas instalações da CURPIFA. Aurélio Marques, vereador da

CDU, quis saber qual é o ponto da situação e que apoio vai

dar a Câmara ao Alhandra para resolver “o problema graví-

ssimo do Campo da Hortinha”.

Maria da Luz Rosinha explicou, na altura, a exemplo do que

fez na sessão de tomada de posse dos novos corpos gerentes,

que aguarda o regresso de férias de um administrador da

Cimpor para prosseguir as conversações acerca da possibili-

dade de cedência de uma parte do espaço que está ao cuida-

do da Casa do Pessoal da Cimpor. “Foi solicitada a possibi-

lidade de virem a disponibilizar aquela área, uma vez que não

a usam, mas essa hipótese não merece uma grande receptivi-

dade por parte da Casa do Pessoal, que remeteu o assunto

para a administração”, rematou a edil.

Novos responsáveisPresidente da assembleia-geral – Jorge

ZacariasPresidente do conselho fiscal – Joaquim

do CarmoPresidente da direcção – Rui Macieira

Presidente-adjunto – Rodolfo RebeloTesoureiro – José Sousa

Secretário – António Rodrigues

Diogo Raposo ganha

título nacional de

canoagem

O jovem canoísta Diogo Raposo, atleta do Alhandra

Sporting Club, alcançou o título nacional de K 1 500 me-

tros, nos campeonatos disputados de 7 a 10 de Julho, na

Pista de Canoagem de Montemor-o-Velho. Com 16 anos,

Diogo Raposo alcançou, também, o terceiro lugar nas

provas de K1 1000 metros e de K 1 500 metros, neste caso

fazendo dupla com Fábio Cameira.

A participação do Alhandra nestes nacionais de canoagem

destacou-se, ainda, pelas prestações de Inês Sebastião, que

foi 6ª. nas provas infantis de K 1 500 metros e K 1 1000

metros, e de David Varela que foi 7º. na prova júnior de

K1 200 metros.

Page 19: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

19

20 de Julho de 2011

Jorge Talixa

O campo municipal de futebol

de Arruda dos Vinhos ganhou,

no dia 9, um colorido e uma

animação diferentes, com mais

de 300 praticantes de kenpo e

algumas centenas de familiares

nas bancadas, num encontro

nacional que serviu também

para realizar os exames de

graduação de final de época.

Uma jornada que arrancou

cedo, logo pelas 8h30, com

uma série de exercícios e de

demonstrações dos movimen-

tos característicos do kenpo.

Muitas crianças, mas também

bastantes adultos encheram de

vida o campo de Arruda.

Perceberam-se também as pre-

ocupações de disciplina e de

estímulo à actividade física e

mental que são próprias do

Kenpo, uma modalidade que

chegou a Portugal exactamente

através de Arruda, já lá vão 17

anos. Hoje, é praticada por

centenas de pessoas em perto

de uma dezena de clubes da

região e a sede da Federação

Portuguesa de Kosho-Ryu

Kenpo está instalada em

Alhandra.

Pedro Sequeira começou a

praticar kenpo há 7 anos.

Reside em Alhandra e, normal-

mente, faz cinco treinos sem-

anais de hora e meia, três em

Arruda e dois em Alhandra.

“Vim para o kenpo numa tenta-

tiva de me manter em forma e

também pelo facto de gostar de

artes marciais, mas foi funda-

mentalmente para me manter

em forma”, contou ao Voz

Ribatejana, num curto interva-

lo do treino de corrida feito á

volta do campo de Arruda.

“Ajuda-me muito no meu dia-

a-dia. Sinto-me melhor física e

mentalmente. A hora e meia de

treino que temos diariamente

faz-nos abstrair das dificul-

dades e dá-nos um bocado de

equilíbrio. É importante nesse

sentido”, sublinha.

Pedro Sequeira tem 39 anos e

admite que o treino no kenpo é

exigente. “O professor Pedro

Porém é conhecido por ser bas-

tante exigente nos aquecimen-

tos. Depois, cada um tem os

seus limites e temos que

respeitar os limites de cada um,

mas o grau de exigência está

lá”, acrescenta, explicando que

o kenpo, como qualquer outra

arte marcial também tem a sua

parte violenta, mas que “divide

de uma forma mais equilibrada

a parte espiritual e a parte físi-

ca”.

Já Susana Sá, de 12 anos,

reside em Arruda e pratica

kenpo desde Outubro passado.

“Vim para o kenpo para apren-

der a defender-me dos outros”,

disse, ao Voz Ribatejana, con-

fessando que é cansativo, mas

que tem gostado da modali-

dade. “Gosto das pessoas e esta

festa (encontro) é muito boni-

ta”, vincou.

Arruda junta mais de 300 kenpokasArruda dos Vinhos acolheu, no dia 9, um Encontro Nacional de Kenpo que reuniu mais de 300

praticantes. A modalidade já criou fortes raízes na região e é, actualmente, a arte marcial mais

praticada nos concelhos de Arruda e Vila Franca. Assenta num equilíbrio entre a actividade

física e o controlo espiritual e emocional e atrai praticantes de todas as idades.

Destaques da épocaMarço – Três atletas do CRDA participaram num evento

internacional nos EUAAbril - Seminário internacional em Arruda, com a pre-

sença do responsável europeuMaio - Participação de kenpokas da Euterpe Alhandrense(SEA), do CRDA, UDCAS, Clube dos Cadafais e Clube do

Bom Sucesso num seminário de kenpo nos Açores.Junho – Organização, na SEA, de um seminário interna-

cional de artes marciais com profesorres dos EUA e deEspanha

Junho - Participação de atletas do CRDA, da SEA, daSFUS e do Porto no encontro mundial de kenpo, na

Califórnia.

Voz Ribatejana - Como é que surge este

interesse pessoal do Pedro Porém pelo Kenpo

e o desenvolvimento da modalidade em

Arruda?

Pedro Porém - O Kosho-Ryu Kenpo surge em

Portugal, pela primeira vez, em 1994, mais pre-

cisamente no CRDA (Clube Recreativo e

Desportivo Arrudense), que foi o primeiro clube

a praticar esta arte marcial em Portugal. Sempre

com o apoio da Câmara Municipal de Arruda, o

Kenpo foi crescendo a nível quantitativo mas,

mais importante, a nível qualitativo... O CRDA

é o "recordista" a nível nacional no contacto

com mestres internacionais. Nos últimos 17

anos foram muitos os professores estrangeiros

(espanhóis, filipinos, chineses, japoneses, ame-

ricanos, suecos, israelitas, escoceses, etc) que

passaram por Arruda para ajudarem a "crescer"

o kenpo.

A Secção de Kenpo do CRDA também soube,

ao longo destes 17 anos, criar condições para

que os seus atletas participassem em inúmeros

eventos fora de Portugal (Califórnia, Hawaii,

Las Vegas, Escócia, Suécia, Inglaterra, Chipre,

Espanha, etc).

O que é actualmente o kenpo na região e que

dimensão tem a modalidade no País?

Embora o Kenpo, a nível nacional, ainda não

seja, e ainda bem, um desporto de massas, a

verdade é que tem vindo a crescer, sendo já

muitas as centenas de crianças e jovens a

praticar. Neste momento é a arte marcial mais

praticada nos concelhos de Arruda e Vila Franca

de Xira. Só o CRDA já tem mais de 100 prati-

cantes desde os 4 aos 60 anos.

O CRDA é sócio fundador da Federação

Portuguesa de Kosho-Ryu Kenpo e os atletas

arrudenses já deram origem a uma série de

clubes na região como por exemplo: Alhandra,

Sobralinho, Bom Sucesso, Forte da Casa, Póvoa

de Santa Iria, Samora Correia, Cadafais e

Alenquer, não esquecendo os clubes mais dis-

tantes do Ferroviário, Brandoa e Porto.

Há alguns factores que distingam o kenpo ou

é uma arte marcial semelhante a todas as

outras?

Um dos factores que nos distinguem das outras

artes marciais é o facto de tanto praticarmos um

sistema de defesa pessoal reconhecidamente

eficaz, como também praticarmos Kosho-yoga

que é uma sub-arte do Kosho-ryu kenpo, onde

procuramos dotar os praticantes das ferramen-

tas necessárias para que possam crescer, não só

a nível físico, mas também a nível mental, emo-

cional e espiritual. Hoje em dia já são os médi-

cos em geral e os psicólogos em particular a

"receitarem" o kenpo para as nossas crianças e

jovens!!

Os praticantes reconhecem que é uma

modalidade "exigente", será esse nível de

exigência física e mental que também ajuda a

"agarrar" os praticantes?

Sim, o facto de ser uma modalidade bastante

exigente e também pelo facto de a "arte" ser

baseada no espírito de Ohana (família) faz com

que os praticantes se sintam em casa, sejam

assíduos, e se crie um excelente espírito de

equipa, de entre-ajuda... É normal vermos nas

colectividades/associações onde se pratica o

kosho-ryu famílias inteiras a praticar!!

Este encontro de dia 9 foi uma das principais

actividades do calendário nacional nesta

época?

O evento do dia 9 foi o culminar de uma época

exigente, foi o ponto alto da época devido ao

facto dos kenpokas nessa data terem prestado

provas para a mudança de cinto. De referir que

este evento foi uma organização conjunta da

Fed Port de Kosho ryu kenpo, que tem a sua

sede em Alhandra, e do CRDA

“A prática do kenpo atrai famílias inteiras”

Pedro Porém tem sido um dos grandes

dinamizadores da prática do Kenpo em

Portugal. Em entrevista ao Voz Ribatejana

fala dos primeiros passos da modalidade em

Arruda e da enorme evolução que tem con-

hecido nos últimos anos, com centenas de

praticantes na região, distribuídos por quase

uma dezena de colectividades

Susana Sá Pedro Sequeira

Page 20: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

20

voz ribatejana #17

Jorge Talixa

Arruda dos Vinhos

na região Oeste e

Benavente na Lezíria

do Tejo foram os

municípios que

mais viram

crescer a sua

população resi-

dente nos últimos

10 anos, com

subidas da

ordem dos

30%. Vila

F r a n c a

de Xira

foi, por

s e u

turno, o

terceiro con-

celho que mais

cresceu a nível populacional na

Região de Lisboa, atingindo

um aumento demográfico da

ordem dos 11%. Na região nor-

malmente acompanhada pelo

Voz Ribatejana todos os

municípios revelam um

crescimento da população,

com excepção de Coruche,

exactamente o mais

extenso, mas também o

que se debate com

maiores problemas de

alguma interioridade e de

falta de ace-ssibilidades.

Certo é que a dinâmica

económica e a proximidade da

Grande Lisboa tem mantido

esta região na rota do cresci-

mento populacional, notando-

se que os grandes eixos

rodoviários têm aqui bastante

importância, traduzida no

crescimento mais significativo

verificado em locali-

dades

e

freguesias

como Arruda,

C a r r e g a d o ,

Samora Correia,

Vila Nova da Rainha

e Alenquer.

O Voz Ribatejana apre-

senta nesta edição um tra-

balho desenvolvido sobre os

primeiros resultados pro-

visórios do

Censos 2011 divul-

gados pelo Instituto Nacional

de Estatística (INE).

Números que fazem

também reflectir sobre a

evolução económica,

urbana e sociológica

desta região,

caracter-

i z a d a

também pela

ligação que faz

entre as zonas

rurais da Lezíria e

do Oeste e perife-

ria densamente

povoada de Lisboa.

Vila Franca ultrapassa os

136 mil habitantes

Começando por Vila Franca de

Xira, o Censos 2011 revela que

o concelho já atingiu os 136

510 residentes, o que

traduz um aumento

de cerca de 13

500 face a

2001, mas

significa

que os

1 4 0

m i l

h a b i -

t a n t e s

e s t i m a -

dos nos

ú l t i m o s

anos ainda

não foram

alcança-

dos. De

qualquer

forma, o

M u n i c í p i o

vi la- f ran-

q u e n s e

foi o

ter-

c e i r o

q u e

m a i s

subiu na

G r a n d e

Lisboa, só superado por Mafra

e Cascais e está entre os 20

mais populosos do País.

Os dados divulgados permitem

perceber que este grande

crescimento é mais sensível

nas freguesias de Vialonga,

São João dos Montes e

Sobralinho (ver mapa), logo

seguidas pela Póvoa e por

Alverca e Castanheira. Já Vila

Franca, Cachoeiras e Forte da

Casa estabilizaram a sua popu-

lação nestes últimos 10

anos. Percurso oposto regis-

tam a Calhandriz, com uma

ligeira quebra, e sobretu-

do Alhandra, que foi a

freguesia que mais

população perdeu no

concelho. Uma reali-

dade que não surpreende,

mas que recomenda algu-

mas medidas para tentar

reabilitar o parque urbano da

vila e fomentar algum rejuve-

nescimento da sua população.

No que diz

respeito a

edif íc ios

( 1 6 % )

e

aloja-

m e n t o s

(20), o

Município rev-

elou um elevado

índice de cresci-

mento, assim

como ao nível

das famílias re-

sidentes (mais 20%).

Curioso é verificar

que o concelho de

Vila Franca tem mais

5000 residentes do

sexo feminino

do que do

m a s -

culi-

n o .

Segundo o Censos são 65

716

homens e 70 794

mu-lheres,

quando

h á

1 0

a n o s

e s s a

diferença era

bem menor e estava na

casa dos 2600. Significativo é

também o facto do número de

alojamentos ter passado de 54

170 para 65 095.

Carregado e

Alenquer com

forte cresci-

mento

O concelho de

Alenquer foi,

também, um dos

que mais cresceu

na Região Oeste,

com uma subida

populacional na

casa dos 7%, pas-

sando de 39 180 habi-

tantes para 42 362.

Carregado e Santo Estêvão

(uma das duas freguesias da

vila de Alenquer) foram as

freguesias que mais cresceram,

logo seguida por Triana. Ota e

Cadafais foram outras das

Concelhos de Arruda e Benavente Os resultados provisórios do Censos 2011 confirmam que a região normalmente acompanhada pelo Voz Ribatejana é das que mais cresce em termos populacionais. Arruda e Benavente são

mesmo os concelhos com maior crescimento nas suas sub-regiões e Vila Franca de Xira o terceiro com maior aumento populacional na Grande Lisboa. Dentro desta

realidade há também evoluções opostas, com freguesias como Arruda, Carregado, Samora e Vialonga a liderarem o crescimento e freguesias como

Alhandra, Calhandriz, Alcoentre, Olhalvo e Barrosa a perderem população.

Page 21: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

zonas com crescimento signi-

ficativo, o que demonstra que a

proximidade de vias como a A

1 e a EN 1 têm forte influência

nesta questão. Já Santana da

Carnota, Cabanas de Torres e

Ribafria viram a sua população

estabilizar e as restantes 8

freguesias alenquerenses

perderam população nestes

últimos 10 anos, sendo Olhalvo

e Vila Verde dos Francos as

freguesias mais afectadas.

Em Alenquer também o

número de edifícios (18%) e de

alojamentos cresceu de forma

muito relevante (24) e também

aqui as mulheres são a maioria,

com 21 848 residentes. O

crescimento populacional do

concelho de Alenquer situou-se

exactamente dentro da média

da região Oeste.

Arruda cresce quase 30%

Arruda dos Vinhos foi, clara-

mente, o concelho que mais

aumentou a sua população na

região, com uma subida da

ordem dos 29, 5%, que lhe per-

mitiu passar dos 10 350 habi-

tantes de 2001 para os actuais

13 408. Um acréscimo mais

sensível nas freguesias de

Arruda e de S. Tiago dos

Velhos, mas também se verifi-

cou uma subida significativa

na freguesia de Cardosas e

algum acréscimo na freguesia

de Arranho, que continua a ser

a segunda mais populosa do

Município. Nos mapas pro-

visórios do INE, Arranho surge

a perder população, mas a

Câmara de Arruda já esclare-

ceu que tudo resulta de um erro

na delimitação das freguesias

de Arranho e S. Tiago e que a

primeira também aumentou a

sua população nestes 10 anos.

De qualquer forma nota-se que

a abertura do nó da A 10, a

construção verificada na vila

sede de concelho, a proximi-

dade de S. Tiago a Alverca e a

procura das Cardosas pela sua

paisagem rural e pela proximi-

dade de Vila Franca permitiram

ao concelho arrudense dar um

grande salto populacional.

O número de edifício cresceu,

por isso, 23% e o de alojamen-

tos 35%, colocando Arruda nos

primeiros lugares destas

tabelas. Entre os mais de 50

municípios da Região de

Lisboa e Vale do Tejo, Arruda é

o quinto que mais cresce.

Também aqui residem mais

mulheres, mas o número é

muito equivalente ao dos

homens. São 6819 residentes

do sexo feminino e 6589 do

masculino, numa diferença

semelhante à que se verificava

em 2001. A população jovem

também cresceu, de 18 para

21%.

Vila Nova é a freguesia que

mais cresce em Azambuja

No concelho de Azambuja, o

crescimento populacional foi

menos significativo, mas ainda

assim relevante, passando dos

20 837 habitantes de 2001 para

os actuais 21 776.

Vila Nova da Rainha foi, clara-

mente, a freguesia que mais

cresceu, seguida por Azambuja

e por Aveiras de Cima. Todas

as restantes 5 freguesias

perderam população, problema

que afecta mais as três fregue-

sias do Norte, no chamado Alto

Concelho, áreas onde a agricul-

tura tem decaído e não tem

havido investimentos que

criem o necessário emprego.

Certo é que Azambuja também

aumentou o número de edifí-

cios (17%) e de alojamentos

(22%) e que, apesar de tudo,

foi dos municípios da Lezíria

que mais aumentou a sua pop-

ulação. Neste caso também é

muito semelhante o número de

homens e de mulheres resi-

dentes. Segundo o Censos

2011 residem no concelho 10

810 pessoas do sexo masculino

e 10 967 do feminino.

Concelho de Benavente é o

que mais cresce no distrito

de Santarém

O Município de Benavente,

como se esperava, foi o que

mais cresceu em termos popu-

lacionais, não só na Lezíria,

mas em todo o distrito de

Santarém. Uma subida da

ordem dos 26%, que se revelou

mais nas freguesias de Samora

Correia e de Santo Estêvão e

também de alguma forma na

freguesia de Benavente. Só a

Barrosa registou uma ligeira

quebra da população residente.

De qualquer forma, o concelho

de Benavente está, agora, nos

29 388 habitantes, mais 6131

do que os contabilizados em

2001. O número de edifícios

subiu cerca de 23% e o de alo-

jamentos 27%. Também o

número de famílias residentes

aumentou 29%. A proximidade

de Lisboa e a dinâmica de

instalação de novas actividades

económicas justificam este

grande crescimento do

Município benaventense.

Salvaterra também cresce

Salvaterra de Magos foi o

segundo concelho que mais

cresceu na Lezíria do Tejo,

superado só pelo vizinho

município de Benavente. Com

22 053 habitantes registados

pelo Censos 2011, o concelho

de Salvaterra tem, agora, mais

cerca de 1900 residentes do

que em 2001. Glória do

Ribatejo foi a única freguesia a

perder população de forma sig-

nificativa, enquanto Muge e

Granho manifestaram alguma

estabilização. Foros de

Salvaterra foi a freguesia que

mais cresceu, logo seguida por

Marinhais. A freguesia da sede

de concelho também registou

uma subida relevante. No que

diz respeito a edifícios e aloja-

mentos, o Município salvater-

rense revela uma subida da

ordem dos 22%.

2120 de Julho de 2011

lideram crescimento da população

Alojamentos: 65 095

Edifícios 17 071

Famílias 53 476

Números doConcelho deVila Franca

Fonte: INE

| ÓPTIMAS INSTALAÇÕES

| QUARTOS DUPLOS, TRIPLOS

E INDIVIDUAIS

| AQUECIMENTO CENTRAL

| ELEVADOR

| AMPLOS ESPAÇOS VERDES

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Outros concelhos

2001 2011

Almeirim 21 957 23 403

Cartaxo 23 389 24 574

Coruche 21 332 19 931

Santarém 63 563 62 162

Loures 199 059 205 577

Alcochete 13 010 17 565

Montijo 39 168 51 308

Moita 67 449 66 311

Sobral Mte. Agraço 8927 10 158

Vialonga é uma das freguesias

com maior crescimento

Page 22: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

22

CULTURA

voz ribatejana #17

Jorge Talixa

A Junta de Freguesia de Alverca homenageou

cinco personalidades e instituições locais nas

comemorações dos 21 anos da elevação a

cidade, realizadas no dia 13, no grande auditório

da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense.

Os autarcas salientaram que é nos momentos

difíceis que é necessário unir mais esforços e

destacar o exemplo dos que se empenham em

prol da comunidade. A cerimónia foi intercalada

com actuações de vários grupos culturais locais,

incluindo a dança jazz e o flamenco da SFRA

(Academia Paula Manso), o coro Ares Novos e

a classe de danças orientais da HR Fitness (pro-

fessora Inês Antunes).

Na abertura da sessão, Afonso Costa, presidente

da Junta alvequense, admitiu que os tempos são

de sacrifício e que a vida está difícil para as

famílias e também para as autarquias. “As ver-

bas que chegam à Junta de Freguesia de Alverca

têm vindo a descer, ao contrário das necessi-

dades dos cidadãos, que aumentam todos os

dias. É nestas alturas que temos que dar provas

do nosso valor”, vincou, frisando que é “um

autêntico desafio” cumprir as tarefas que com-

petem às autarquias locais com os poucos recur-

sos disponíveis.

“Gostaria de poder falar da variante, do passeio

ribeirinho e da ligação de Alverca aio Tejo. São

realidades que tardam em concretizar-se. Mas a

obra de regularização do Crós-Cós vai trazer, a

curto prazo, uma melhoria muito significativa da

qualidade de vida dos alverquenses. E podemos

falar também das novas escolas e do grande

esforço que a Junta tem feito no arranjo das

calçadas. Também continuamos a dar resposta a

outras solicitações dos nossos cidadãos. E posso

falar das parcerias e do apoio que temos dado ao

movimento associativo e ao trabalho que efectu-

amos nas escolas”, prosseguiu o eleito do PS,

sublinhando que a postura da autarquia local é

de dignificar a cidade. Nesta comemoração dos

21 anos da elevação de Alverca a cidade o obje-

ctivo foi, também, realçar exemplos de pessoas

que trabalham em prol da freguesia.

Maria da Luz Rosinha salientou que, nestes 21

anos, Alverca “está diferente” e tem “um con-

junto de pessoas que dão muito de si a favor de

todos os outros e para que efectivamente

Alverca possa ser aquilo que é hoje”.

Observando que Afonso Costa já dera conta das

necessidades de uma freguesia tão grande como

Alverca, a presidente da Câmara de Vila Franca

frisou que o autarca local também deu uma nota

de esperança “naquilo que é preciso fazer e no

engenho que é preciso ter nos momentos difí-

ceis. Quando há menos, há que fazer esticar”,

acrescentou, frisando que “não devemos deses-

perar, o que devemos é trabalhar e batalhar para

que as dificuldades se possam ultrapassar.

Vamos conseguir ultrapassar as dificuldades e

vamos ter muito orgulho no trabalho feito”, con-

cluiu.

Seguiu-se a apresentação dos 5 galardoados,

chamados por Daniela Azevedo que apresentou

a sessão, onde cada um viu também o seu per-

curso ilustrado em pequenos vídeos projectados

na sala.

Galardão “partilhado”

com a esposa

Joaquim Dias, dinamizador do Grupo Etnográfico de Danças e

Cantares de Alverca recebeu o galardão de mérito cultural pela

sua dedicação ao grupo e à divulgação da música tradicional.

Joaquim Dias fez questão de chamar também a sua esposa,

Manuela, ao palco, frisando que tem sido também uma pessoa

muito importante neste percurso. E foi Manuela a ler algumas

palavras escritas por Joaquim. “Não sei se mereço este galardão,

penso que fiz muito pouco pela cultura tradicional e pelos usos e

costumes dos nossos antepassados. Gostaria de ter feito muito

mais, mas sem condições não foi possível”, vincou o casal,

agradecendo todo o apoio que as autarquias locais têm dado ao

GEDCA.

Promover o desporto

através dos bombeiros

O Grupo Desportivo dos Bombeiros Voluntários de

Alverca foi constituído em 1971 e, desde então, tem

dinamizado modalidades como a pesca desportiva, a

natação, o ténis-de-mesa, o atletismo e o futsal, propor-

cionando a prática desportiva à população em geral e

aos jovens em particular e fomentando o “são convívio

desportivo”. Francisco Rosa Anacleto recebeu o

galardão em nome do GDBVA, mas fez questão de

chamar também ao palco dois atletas do clube, Paginha

e Neto. “O galardão deve ser e é merecido pelos nossos

atletas. São eles que levam por este País fora e represen-

tam, com dignidade, o GDBVA, os seus bombeiros e a

população e a cidade de Alverca”, vincou Francisco

Anacleto.

Cinco homenagens nos 21 anos

da cidade de AlvercaTrês personalidades da vida de Alverca, um

clube e uma empresa foram homenageados

com a atribuição de galardões de mérito da

cidade pelo seu percurso exemplar e pela

dedicação à comunidade.

Emocionada

e sem palavras

Maria Elisa Raimundo recebeu o galardão de mérito autárquico.

Actualmente com 75 anos, foi a primeira mulher eleita para a Assembleia

de Freguesia e a primeira mulher no executivo da Junta de Alverca.

“Estou muito emocionada com esta homenagem. Só me sinto à vontade

para dizer muito obrigada”, referiu, depois de receber o galardão.

Page 23: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

Vila Franca de Xira

Exposição de Fotografia

"Tejo, como te Revejo" , de

Pedro Inácio, até 6 de Agosto,

na Galer ia de Exposições

Palácio Quinta da Piedade.

Exposição “Vidas e Obras de

um só… Pessoa!” , até 30 de

Setembro, na Galer ia de

Exposições da Biblioteca de

Alverca;

Exposição Comemorativa

dos 200 Anos das Linhas de

Torres Vedras , a té 16 de

Outubro, no Celeiro da

Patriarcal em Vila Franca;

Exposição de marcadores de

l ivros , e laborados pelos

alunos das escolas, no âmbito

das Comemorações dos 10

anos de exis tência do

Bibl iomóvel , a té 31 de

Agosto, na Biblioteca de Vila

Franca;

Comemorações do

Centenário de Alves Redol:

Várias exposições dos mais

variados géneros, ciclo de cin-

ema, sessões de teatro, encon-

tros e conferências, graffiti e

concertos filarmónicos.

Leituras, Travessuras e out-

ras Diabruras , dias 22 e 29 de

Julho, às 15h00, na Biblioteca

de Alverca (crianças dos 4 aos

10 anos de idade).

“Contos à Sombra” , dias 2 e

4 de Agosto, às 11h00, no

Parque Urbano Dr. Luís César

Pereira, em Vila Franca (cri-

anças dos 4 aos 10 anos de

idade).

Alenquer

Exposição de artesanato .

Trabalhos real izados pelos

participantes nos ateliers do

sector de adultos da Biblioteca

de Alenquer durante o ano de

2010, (Comemoração do Dia

dos Avós, dia 26 de Julho), na

Bibl ioteca Municipal de

Alenquer.

Biblioteca em Movimento . De

Julho a 30 de Setembro, a

Biblioteca de Alenquer vai à

rua em vários locais de

Alenquer.

Arruda dos Vinhos

Exposição Mostra de

Artesanato , até 31 de Julho

“Trabalhos de Patrícia Tomé”,

de 1 a 30 de Agosto, “Artesãos

do Concelho”, no Posto de

Turismo de Arruda.

Exposição de Fotografia de

Hugo Delgado , a té 10 de

Agosto, na Galeria Municipal

de Arruda;

Biblioteca em Movimento –

Ateliers de Férias para cri-

anças, até 29 de Julho e de 1 a

12 de Agosto, em Arruda.

Matiné com “Jorge César” ,

dia 24 de Julho, às 15h00, no

Clube Arrudense.

Festejos Anuais em Honra de

S. Tiago Maior, de 29 a 31 de

Julho, em S. Tiago dos Velhos.

Festas em Honra de Nossa

Senhora de Santa Anta , de 5

a 7 de Agosto, em Carvalha.

Festas de São Lourenço de

Arranhó , de 5 a 8 de Agosto.

Azambuja

Música “À Luz da Lua” ,

todas as noites de quinta-feira,

às 22h00, dia 21 (Recital de

Piano com o pianista Pedro

Ramos) e 28 de Julho (Peça de

Teatro o (des)concilio de Deus

pelo Grupo de Teatro MIAU-

FA), no Jardim do Museu

Sebastião Mateus Arenque.

Férias de Verão , a decorrer

até 29 de Julho, das 09h30 às

16h45, para jovens dos 06 aos

16 anos, no Pavilhão de Vale

do Paraíso, no Museu

Municipal , no Auditór io

Municipal, no Centro Hípico

Lebreiro de Azambuja e no

EPAC.

Comemoração do 22º

Aniversário da Associação

Cultural e Recreativa dos

Casais das Boiças , dia 24 de

Julho, nos Casais das Boiças.

XXXIV Festival Nacional de

Folclore , dia 30 Julho, pelas

21h30, no Vale do Brejo.

Organização: Rancho

Folclórico “Os Camponeses”.

Benavente

Exposição “Da Vinha ao

Vinho” , Comemorat iva do

Aniversár io do Museu

Municipal de Benavente, até

29 de Outubro, no Museu

Municipal de Benavente.

Exposição “Faianças

Artíst icas - Bordalo

Pinheiro” , a té 17 de

Setembro, na Galeria Bar do

Palácio do Infantado, em

Samora.

Noites de Verão (sexta para

sábado), às 21h30 durante o

mês de Julho, no Parque 25 de

Abril, em Benavente.

Festas em Honra de Santo

Estêvão (Arraiais , Largadas

de Toiros, Desfile Etnográfico

e Sardinhada), de 22 a 24 de

Julho, em Santo Estêvão.

Festas em Honra de N.ª Sr.ª

da Paz , de 5 a 9 de Agosto, em

Benavente. Tradição religiosa,

Espectáculos Musicais ,

Largadas de Toiros .

Organização: Comissão das

Festas de N.ª Sr.ª da Paz.

Salvaterra de Magos

Festa em Honra de Nossa

Senhora de Fátima , de 29 de

Julho a 01 de Agosto, no

Granho.

Festa em Honra de S. Miguel

Arcanjo , de 5 a 8 de Agosto,

em Marinhais.

Sobral de Monte Agraço

Exposição de Pintura

“Caminhos Possíveis” de

Matilde Costa, até 30 Julho,

na Galer ia Municipal do

Sobral;

“Noites na Praça” – Música

ao vivo: Mês de Julho, às

22h00: Dia 22, “Zen Zen” e

Dia 29 “4Teto de Saxofones”,

na Praça Dr. Eugénio Dias.

Dia dos Avós , dia 25 de Julho,

no Campo da Feira (junto às

Juntas de Freguesia) do Sobral

.

Santarém

Exposição de Pintura

“Corpos e gestos” – A

expressão em aguarela , de

João André, até 26 de Julho,

na Casa do Brasil.

Exposição de pintura: “A

Toirada” , da artista Mité. “A

Toirada”, pretende destacar e

valor izar a faceta ar t ís t ica

deste espectáculo, até 28 de

Agosto. na Casa do Brasil.

Ciclo de Masterclasses de

Viola Dedilhada , até 22 de

Julho, no Conservatór io de

Música

2º Encontro de Avieiros , dia

24 de Julho, nas Caneiras.

Feira de Agricultura

Biológica , dia 27 de Julho,

09h30 às 14h00, no Jardim da

Liberdade.

coordenação António Preto

Agenda Cultural

23

20 de Julho de 2011

Utilar com muito gás

A Utilar, loja da empresa de Elvira & Vieira Lda, e os seus grandes

dinamizadores, Elvira e Francisco Vieira, foram os galardoados na cate-

goria Mérito Empresarial. Uma empresa com percurso exemplar, insta-

lada desde 1959 junto ao mercado de Alverca. Depois de uma apresen-

tação marcada também por alguns dos curiosos anúncios da Gazcidla

nas décadas de 60 e 70, Elvira Vieira reconheceu que “é uma grande

honra” receber este galardão, agradeceu a todos os amigos e em parti-

cular a todos os clientes. “Tudo faremos para continuar a merecer a sua

confiança”, garantiu a empresária alverquense, salientando que o

galardão vai também para o marido Francisco, que “tem sido um men-

tor muito grande e tem trabalhado muito, senão não seria possível

chegarmos aonde temos chegado”, rematou.

Adelino Esperança entrega

galardão à Casa S. Pedro

Adelino Esperança presidiu à direcção da Casa S. Pedro durante 14 anos

e contribuiu de forma decisiva para a sua consolidação e para a modern-

ização das suas instalações. Em Novembro de 2010, “na sua humildade,

entendeu que outros deviam continuar a obra”, referiu o pequeno filme

sobre a sua vida e a ligação à instituição de apoio à terceira idade.

“Quando em disseram que ia ser nomeado achei estranho, porque nunca

foi a minha maneira de ser e de estar. Entretanto fiz uma avaliação e,

efectivamente, aquela casa tem grandes valores que, ao longo do tempo,

foram dados pelos fundadores, pelos corpos gerentes, pelos colabo-

radores, pelos técnicos, pelos utentes, que gostam daquela casa”, obser-

vou Adelino Esperança, explicando que o prémio é um reconhecimento

pelo trabalho da Casa S. Pedro e que, por isso, vai entregar o galardão à

instituição, para que fique no seu salão nobre.

Page 24: Voz ribatejana ediçâo 20 julho 2011

Jorge Talixa

As últimas sepulturas no antigo

cemitério de Alverca foram

feitas há já cerca de 30 anos.

Conforme prevêem as regras,

embora desactivado, o

cemitério do centro da cidade

alverquense não foi mexido

durante 25 anos. Mas, entretan-

to, as autarquias locais prome-

teram ceder aquele espaço para

ampliação do quartel do

Bombeiros Voluntários de

Alverca e o processo mantém-

se num impasse, porque nem

junta nem câmara assumem a

remoção de tudo o que ainda

permanece no antigo cemitério.

A corporação já pediu uma

nova reunião às autarquias para

saber com o que é que pode

contar, até porque já tem

anteprojecto e precisa de ampli-

ar as instalações para guardar

viaturas.

Com a desactivação do velho

cemitério de São Sebastião e a

abertura do novo cemitério

alverquense começaram a

desenhar-se algumas possibili-

dades e as autarquias locais

prometeram ceder o terreno em

direito de superfície aos vizi-

nhos Bombeiros. Chegou a exi-

stir um compromisso de liber-

tação definitiva do espaço no

primeiro trimestre de 2010,

mas muito pouco avançou e o

processo está longe de estar

concluído. Em Setembro de

2008 realizou-se a última

reunião tripartida (Câmara,

Junta e Bombeiros) sobre a

matéria. Agora, depois de

vários contactos, a direcção dos

BVA solicitou uma nova

reunião entre as três partes

envolvidas para esclarecer a

situação.

“É um processo moroso que

mexe com a sensibilidade das

pessoas. A última sepultura foi

feita há cerca de 30 anos. E só

se pode mexer num cemitério

25 anos depois, o que quer

dizer que está desactivado há já

cerca de 5 anos. O processo foi

avançando, a Junta de

Freguesia foi fazendo o levan-

tamento de algumas sepulturas.

Depois houve um período de

cerca de 1 ano em que não

aconteceu nada e, por volta de

meados de 2010, notou-se

algum avanço”, esclarece Luís

Coimbra, presidente da

direcção dos BVA, frisando

que, entretanto, a Junta tem ale-

gado que é muito complicado

resolver situações como as dos

13 jazigos ali existentes. “As

sepulturas têm sido levantadas,

algumas, mas penso que há

ainda largas dezenas para

serem levantadas”, estima Luís

Coimbra, em declarações ao

Voz Ribatejana, admitindo que,

nestas condições, todo o

processo de desactivação do

antigo cemitério ainda pode

demorar bastantes anos.

Já Afonso Costa, presidente da

Junta de Alverca, começa por

salientar que este assunto não é

recente, não vem dos últimos

dois mandatos autárquicos e

“não se resume a mudar sepul-

turas ou jazigos”.

O autarca do PS sublinha, em

declarações ao Voz Ribatejana,

que, “quando lidamos com

assuntos relacionados com a

morte, lidamos com sentimen-

tos e susceptibilidades, pelo

que o processo não pode ser

conduzido como se estivésse-

mos a demolir um bairro de

casas velhas”. E acrescenta que

o desactivar do cemitério não é

uma competência apenas da

Junta de Freguesia. “A Junta

não tem capacidade logística

nem meios financeiros para

desenvolver um trabalho desta

envergadura”, assume, garanti-

ndo que “tem havido uma pre-

ocupação desta autarquia de dar

continuidade a um trabalho que

já vinha a ser feito, no sentido

de identificar os titulares dos

covais e mesmo de alguns jazi-

gos”.

“São processos morosos e que

obedecem a tempo definidos

legalmente. Já no mandato

anterior tomámos algumas

medidas tendentes a acelerar o

processo. Foi por nossa deliber-

ação que isentámos de taxas

quem optasse pela transladação

dos corpos para o cemitério

novo. No que respeita a tempo

para desencadear este processo,

não dispomos de meios

próprios que nos permitam

acelerar um processo que se

reveste de bastante complexi-

dade”, acrescenta Afonso

Costa.

Sentindo estas dificuldades,

Luís Coimbra solicitou a Maria

da Luz Rosinha, em Junho, que

marcasse uma nova reunião tri-

partida, que ainda não aconte-

ceu. “O nosso quartel faz 40

anos no final de 2012, não é

novo nem é velho, mas é insu-

ficiente para guardar as nossas

viaturas”, explica Luís

Coimbra, frisando que carros

deste tipo não podem ficar na

rua e que a corporação se viu

obrigada e colocar parte dos

seus veículos num armazém

situado a cerca de 700 a 800

metros, próximo da rotunda do

Jumbo, o que não ajuda nada à

sua operacionalidade.

“Seria lógico que esta ampli-

ação se fizesse naquele sítio, o

quartel está numa zona central

e tem boas acessibilidades.

Parece-me bem estender o

quartel para aquele lado”, ref-

ere o presidente dos BVA,

numa opinião que é consensual.

Entretanto, a corporação, com

autorização da Junta, já fez um

levantamento topográfico do

espaço do antigo cemitério e

mandou elaborar um antepro-

jecto. Falta fazer uma estimati-

va do custo da ampliação e Luís

Coimbra julga que será possív-

el candidatar a obra a apoios

comunitários.

“O importante para nós, neste

momento, é sabermos se

podemos contar com aquele

espaço em definitivo ou não.

Não gostaríamos de estar a dar

passos, a despender energias e

recursos, se não se vier a con-

cretizar esta cedência”, conclui

Luís Coimbra.

Voz Ribatejana

ALVERCA

A desactivação de um cemitério é sempre um processo com-

plexo. Em Alverca, os Bombeiros aguardam que as autarquias

locais cumpram a promessa de libertação do espaço do antigo

cemitério para ampliarem o quartel, mas ainda muito falta

fazer na retirada de campas e jazigos e na transladação de

algumas ossadas para o novo cemitério.

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Impasse na desactivação do antigo

cemitério preocupa bombeiros

Assunto chega à

Câmara

O problema da desactivação do antigo cemitério já foi abor-

dado em recente reunião camarária, com os vereadores da

CDU a lembrarem que existe o compromisso de ceder o

espaço aos BVA e a questionarem para quando se poderá per-

spectivar a libertação total do terreno e a cedência formal aos

Bombeiros de Alverca. Maria da Luz Rosinha frisou que o

compromisso mantém-se e que pretende abordar o assunto,

em breve, com a corporação e com a Junta de Alverca. A edil

observou, também, nas recentes comemorações do Dia

Municipal do Bombeiro, que a construção do novo quartel de

Vialonga e a ampliação do quartel de Alverca são, nesta

altura, as maiores prioridades em termos de instalações para

as corporações de bombeiros.

Alverca

CALHANDRIZ

031 192 997 [email protected] Nº38’55.505 W009º03.962