voz ribatejana
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Edição 18 Janeiro 2012TRANSCRIPT
DESTAQUE
02
“
Jorge Talixa
Boa parte da última sessão
camarária de Vila Franca de
Xira foi dedicada à discussão
das respostas do serviço de
urbanismo às inúmeras dúvidas
que os vereadores da Coligação
Novo Rumo (PSD/PPM/MPT)
têm colocado à alteração ao
loteamento da 2ª. Fase da
Quinta da Piedade (Póvoa de
Santa Iria). Os eleitos sociais-
democratas dizem que muita
coisa há ainda por esclarecer e
dizem que vão reclamar a inter-
venção das entidades que super-
intendem as autarquias locais
para “decidirem sobre a legali-
dade” deste processo. A maioria
PS garante que tudo foi feito de
acordo com as normas, mas a
CDU, que também votou a
favor da alteração na reunião de
30 de Novembro, também já
admite algumas dúvidas sobre a
necessidade ou não de um estu-
do de tráfego.
O social-democrata Rui Rei diz
que esperava respostas mais
esclarecedoras da Câmara às
questões colocadas e apresentou
um extenso documento de 9
páginas em que analisa as diver-
sas dúvidas. Para os eleitos da
coligação liderada pelo PSD, o
documento elaborada pelo
advogado da Câmara, Manuel
Rodrigues, não será um parecer
jurídico, conforme foi referido
pela maioria. “É meramente
uma opinião, inclusivamente
com considerações perfeita-
mente abstractas”, afirma Rui
Rei, considerando que o advo-
gado emite opiniões sobre um
conjunto de perguntas que a
oposição não conhece e que o
que deveria existir era um pare-
cer devidamente fundamentado
na Lei sobre os passos dados até
à proposta de alteração deste
loteamento.
Também Helena Pereira de
Jesus, vereadora da CNR, quis
saber se a maioria PS sente que
“está devidamente salvaguarda-
da e protegida com este pare-
cer”, porque considera que são
opiniões abstractas em que o
advogado “não fundamenta de
direito aquilo que diz”.
Rui Rei enumera, depois, um
conjunto de alegadas ano-malias
na tramitação deste processo,
sublinha que, no entender dos
vereadores da CNR, esta alter-
ação deveria ter sido acompan-
hada por um estudo de tráfego e
por um parecer da Epal e
defende que poderá existir aqui
um direito de reversão que
poderá ser accionado pelo prim-
itivo proprietário de um dos ter-
renos em causa que não será,
assim, destinado aos fins públi-
cos previstos. “Perguntamos se
não estaremos perante um
empreendimento que apenas
terá sucesso no que diz respeito
à zona comercial, ficando 189
fogos por construir no futuro,
em ambiente mais favorável à
venda de habitação”, acrescenta
Rui Rei, vincando que esta
questão é decisiva para os va-
lores fixados na permuta de te-
rrenos que a Câmara se propõe
fazer com o promotor (Sociatos)
e receando que o Município
fique lesado com este acordo.
“A Coligação Novo rumo fará o
que entender”, disse, por seu
turno, a presidente da Câmara
Maria da Luz Rosinha, dando
indicações aos serviços para
elaborarem rapidamente uma
acta da transcrição da discussão
desta questão.
“Na minha opinião, todas as
questões colocadas foram
respondidas”, acrescentou
Alberto Mesquita, vice-presi-
dente da edilidade e responsá-
vel pelo pelouro do urbanismo,
salientando que já se percebeu
que o que está em causa “não é
uma matéria técnica, é uma
matéria de entendimento políti-
co”. Por isso, Alberto Mesquita
diz que sugere à Coligação
Novo Rumo que avance mesmo
para uma queixa ao Ministério
Público, como chegou a anun-
ciar, para que tudo fique defini-
tivamente esclarecido. “Tudo o
que fizemos foi no sentido de
melhorar um loteamento que se
aprovara. O que estava previsto,
isso sim, era errado. Estão a
agarrar-se a questões, não
querendo aproveitar uma opor-
tunidade de requalificar uma
zona que está degradada.
Ficaremos a aguardar pela par-
ticipação para darmos respostas
também nessa altura”, rematou.
Também Nuno Libório,
vereador da CDU, voltou a pro-
nunciar-se sobre o assunto,
admitindo que as respostas do
serviço de urbanismo suscitam
dúvidas, principalmente sobre a
necessidade ou não de um estu-
do de tráfego. “Parece-nos que
as questões suscitadas pela
CDU na Assembleia Municipal
não foram suficientemente
esclarecidas. O senhor vice-
presidente disse que, tratando-se
de uma alteração de um lotea-
mento, essa obrigatoriedade do
estudo de tráfego não se aplica.
Não é essa a nossa leitura”,
referiu, pedindo um esclareci-
mento mais aprofundado.
O caso da alteração ao loteamento da 2ª. Fase da Quinta da Piedade continua a dar polémica e a CDU também já admite algu-
mas dúvidas.
Vereadores do PSD prometem
fazer queixa da Câmara
Parquímetros dãocerca de 100 mil eurospor ano A Câmara de Vila Franca de Xira e as juntas de freguesia deAlverca e da Póvoa de Santa Iria estão a analisar a insta-lação de algumas zonas de estacionamento pago nestas duascidades do concelho, a exemplo do que já sucede em VilaFranca. O orçamento municipal para 2012 contempla já ver-bas para a aquisição desses equipamentos (parquímetros).Em recente sessão camarária, Rui Rei quis saber como é queé feita a repartição de receitas entre a edilidade e a empresaque instalou os parquímetros em Vila Franca. Francisco ValeAntunes, vereador responsável por esta área, explicou quehouve dois modelos de actuação, no primeiro a autarquia e aempresa repartiam as receitas, ficando à responsabilidadedesta última a instalação das máquinas. Mais recentemente,na Avenida Pedro Victor, a Câmara optou por comprar asmáquinas, atribuindo uma percentagem menor das receitas àempresa, que fica responsável pela manutenção dos parcóme-tros e pela recolha dos valores pagos. “Há sempre umressarcimento interessante e permitem uma reorganização doestacionamento, vincou o autarca do PS. “Basta ver o queaconteceu na Avenida Pedro Victor (Vila Franca), em que hásempre uma rotação de estacionamento que não aconteciaantes”, prosseguiu o edil, estimando que, em 2011, as receitasdos parquímetros representem cerca de 100 mil euros para oscofres da Câmara.
25 de Janeiro’12
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A propósito das perspectivas dereabertura do restaurante vila-franquense “O Redondel” váriosamigos do Voz Ribatejana noFacebook deram a sua opinião:
Projecto do terminal daPóvoa continua indefinidoAna Lídia Cardoso, vereadora da CDU, quis saber em recentereunião camarária, como é que está a questão do edifícioGare da Póvoa, para onde se perspectivava a construção doterminal rodo-ferroviário. “Olhamos para aquele local e nadafoi feito. Vai ou não haver terminal rodo-ferroviário, que per-mita á população da Póvoa e das freguesias vizinhas deixar ocarro em condições e apanhar os transportes públicos?”,questionou.“Estamos à espera que o fundo imobiliário que agora tem atitularidade deste equipamento responda a um ultimato quefizemos. As infra-estruturas da urbanização podem começar.Vamos ver como é que vai evoluir”, observou AlbertoMesquita, vice-presidente da autarquia com responsabilidadesno urbanismo.
Associação D. Martinhovai ter nova sedeA Câmara de Vila Franca aprovou, no final de Dezembro, acedência de um espaço no chamado Caminho do Marquês,para instalação da sede da Associação D. Martinho. Mariada Luz Rosinha explicou, em resposta a António Nabais,dirigente da associação povoense, que a autarquia estádisponível para visitar o local na companhia de represen-tantes da D. Martinho (até aqui instalada num espaço maisexíguo do palácio da Quinta da Piedade), para avaliar anecessidade de algumas pequenas obras e de uma pintura.
03"Como vila-franquense a residir noNorte fiquei surpreso com a notí-cia, para mim estava em pleno agestão do meu amigo Mario Rui"
Manuel Silva
"Boa notícia, nesta VilaFranca que cada dianecessita mais de voltar ater identidade"
Paulo Silva"Mas que boa notícia"
Jurinda Dotti
"Deve reabrir mas mantendo todoo seu espólio e o conceito com aidentidade que o proprio espaçoexige"
Miguel Chendo
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O terreno onde está construída
a estação de tratamento de
águas residuais (ETAR) de
Vila Franca de Xira deveria
ter vindo à posse do
Município no âmbito do licen-
ciamento da urbanização pre-
vista para os espaços anexos
da Lezíria das Cortes, con-
hecida por “Nova Vila
Franca”. Mas o certo é que
essa transmissão não se con-
cretizou e o fundo imobiliário
do grupo Caixa Geral de
Depósitos que é, agora, o
detentor do espaço da Nova
Vila Franca exige mais de 1
milhão de euros à Câmara
pela venda do terreno onde foi
edificada, há quase 10 anos, a
ETAR que serve a parte norte
do concelho.
O assunto foi discutido, à
porta-fechada, na última
sessão camarária e o Voz
Ribatejana apurou que a autar-
quia deverá ter mesmo que
assumir este encargo, porque
o terreno não está, de facto,
em seu nome. Admite,
todavia, que a SimTejo,
empresa do grupo Águas de
Portugal que construiu e gere
a ETAR venha a compartici-
par neste custo.
Certo é que a presidente Maria
da Luz Rosinha não quis falar
para já sobre o assunto ao Voz
Ribatejana, alegando que não
há decisões e que a questão
tem vindo a ser abordada entre
os eleitos em privado. “O ter-
reno não é nosso, o problema
não está tratado, mas tem sido
abordado em privado, porque
precisa de uma análise mais
detalhada. Por isso, não vou
agora prestar declarações
sobre o assunto”, sustentou.
O Voz Ribatejana sabe que
haverá também algumas
questões relacionadas com a
forma como a revisão do
Plano Director Municipal tra-
tou a questão da zona envol-
vente da ETAR e das possibil-
idades de ser ou não urban-
izável. Certo é que o Fundilis
comprou, há anos, á
Obriverca, os direitos sobre
aquele espaço e reclama agora
uma verba muito significativa
pelo terreno da ETAR.
A oposição não quis votar a
proposta do executivo na últi-
ma sessão camarária e pre-
tende reunir mais dados, pre-
vendo-se que o assunto volte à
próxima reunião da autarquia.
Jorge Talixa
Fundo da CGD exige mais de
1 milhão pelo terreno da ETAR
LNEC apontariscos dederrocada deprédioO caso do prédio da urbanização de Santo Amaro com prob-lemas de fundações que corre alguns riscos de queda eameaça, por isso, as edificações vizinhas, teve novos desen-volvimentos nas últimas semanas. O Laboratório Nacionalde Engenharia Civil concluiu um extenso relatório ondeaponta riscos de derrocada do prédio correspondente ao lote2, se não forem tomadas medidas. A presidente da Câmarade Vila Franca adiantou que os serviços de urbanismo estãoa estudar todas as questões colocadas pelo LNEC e que, aomesmo tempo, a edilidade tem reunido com as várias partesenvolvidas para que se chegue a um plano conjunto de inter-venção.O problema foi colocado na última sessão da AssembleiaMunicipal por Hélder Careto, eleito da Coligação NovoRumo (PSD/PPM/MPT), que quis saber “quais as acçõesque a Câmara de Vila Franca irá formalizar para a res-olução desta questão, que poderá ter que ser vista em sede deexecutivo municipal com alguma urgência”.Maria da Luz Rosinha explicou que a Câmara notificoutodas as partes envolvidas das conclusões dos peritos doLNEC e está a “desenvolver os procedimentos conducentes aestudo do que foi apontado. Segundo a edil, a Câmara pre-tende reunir com a administração do Montepio que “háescassos dias” assumiu a posse do edifício e os serviçosmunicipais estão a fazer os estudos necessários.Um dos moradores no lote 1 da urbanização de Santo Amaroadiantou ao Voz Ribatejana que esperam que o Montepiotome uma decisão sobre o “prédio doente” (actualmente des-ocupado) que salvaguarde os interesses dos residentes nosedifícios vizinhos. Uma opção que poderá passar peloreforço dos pilares do lote afectado ou pela sua demolição.De acordo com o compromisso que o Montepio vier aassumir, os moradores do lote 1 estarão na disposição depagar obras de reforço dos pilares do edifício onde moram.Esperam, entretanto, que a Câmara assuma responsabili-dades na sustentação e drenagem do enorme talude existentenas traseiras dos prédios.
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Polémica em
Vila Franca
Quase 10 anos depois do
arranque da obra, surge
agora problema do paga-
mento dos terrenos onde foi
construída a estação de
tratamento de águas residu-
ais de Vila Franca.
voz ribatejana #29
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329Correio Electrónico: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Proprietário e editor: Jorge HumbertoPerdigoto Talixa - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 2126) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha(carteira prof. 9865), Vasco Antão (carteira de colaborador 895), Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja - Concessionário de Publicidade: PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial– Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773) - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis - Tiragem: 5.000 exemplares
Editorial
Falhanço da
TDT
Anunciado como um grande passo
tecnológico para colocar, mais uma
vez, o nosso País ao nível dos seus
mais avançados congéneres europeus,
a introdução do sistema de Televisão
Digital Terrestre (TDT) está a revelar-
se um autêntico falhanço e uma
grande dor de cabeça para muitos por-
tugueses. Como se não bastassem o
dispêndio em aparelhos e antenas e o
incompreensível “avanço” para um
sistema que mais não oferece que os
quatro tradicionais canais abertos,
muitos cidadãos ainda se vêm a
braços com aparelhos que não fun-
cionam em zonas que ninguém sabia
que eram “cinzentas” (sem cobertura)
ou com zonas cobertas onde o sinal de
TDT afinal não chega ou, pelo menos,
aparece e desaparece.
Dir-nos-ão que são as falhas naturais
dos primeiros dias. Mas, então, retira-
se, assim, a milhares de portugueses
um serviço básico, que muitas vezes é
também ele a única companhia para
muitos idosos? Antes de pensar, mais
uma vez, no cumprimento obediente
de directivas da União Europeia não
se deveria ter pensado primeiro nas
pessoas e no impacto que tudo isto
não deixaria de ter. E custa ouvir
alguns responsáveis da Anacom repe-
tirem vezes sem conta que com uns
escassos 40 ou 50 euros as pessoas
vão continuar a ter televisão e até com
melhor definição. Esquecem-se que
para muitos (como acontece no con-
celho de Arruda e em parte do de Vila
Franca) não basta o descodificador e
que a antena parabólica e a sua insta-
lação custam, pelo menos, mais 61
euros. E que, para quem tem duas ou
três televisões em casa, continuar a
poder ver televisão, na sala e no quar-
to, por exemplo, vai custar a dobrar.
Não se entendem, por isso, os discur-
sos de “facilidade” que se ouviram
nos últimos dias, ainda para mais
quando se percebe que, com mais
algumas centenas de milhares de
euros investidos em retransmissores,
a Portugal Telecom poderia muito
bem ter reduzido ao mínimo o
número de portugueses sem cobertura
de TDT terrestre. Afinal, as principais
empresas de telecomunicações estão a
ganhar por várias vias com todo este
processo: vendem descodificadores e
antenas, angariam mais subscritores
para a TV paga e ainda ficam com as
frequências do antigo sistema
analógico livres para desenvolverem
novos produtos e receitas. Os por-
tugueses é que, sinceramente, pouco
ou nada ganham com a TDT, na maior
parte dos casos só perdem euros que
muita falta lhes fazem.
Jorge Talixa
Não se fala de outra coisa em ArrudaHá mais de um mês que o
grande tema de conversa no
concelho de Arruda é mesmo
o dessa coisa da TDT, que
ameaça deixar muitos habi-
tantes sem a companhia da
televisão. Pior ainda quando
se percebeu, já em
Dezembro, que, afinal, o
concelho ficava numa zona
“sombra” sem cobertura por
meios terrestres e exigiria
meios mais complicados
para manter o acesso aos
quatro canais aber-
tos.
Embora o desligar do
emissor de
Montejunto tenha
sido adiado, na pas-
sada quinta-feira (12
de Janeiro), com o
desligar do emissor
de Palmela, já bas-
tantes arrudenses
ficaram sem sinal de
televisão. E no
próprio concelho de
Vila Franca de Xira
que, devido à baixa
altitude da maioria
das suas principais
povoações, muitos
televisores estavam
“alinhados” com o
emissor de Palmela e
deixaram de transmi-
tir. Nos estabeleci-
mentos da especiali-
dade, o corrupio de
pessoas era con-
stante, com queixas e
dúvidas por esclare-
cer. Em Vila Franca, o
problema maior foi
perceber que algumas
áreas não tinham sinal
de TDT nas devidas
condições ou que, por
estranho que pareça, o
sinal funcionava bem
durante o dia e degra-
dava-se à noite.
Já em Arruda, as difi-
culdades são maiores
e prometem agravar-
se em Março ou Abril,
quando o emissor
analógico de
Montejunto for defin-
itivamente desligado.
A Câmara tem
reunido com a
Anacom e a PT e
exigido, sem sucesso
(ver página 5) medi-
das que garantam a cobertura
do concelho com sinal de
TDT terrestre. Carlos
Lourenço, presidente da
autarquia, disse mesmo que
vai levar o assunto ao
Governo e ao Presidente da
República e que a Câmara
poderá suspender contratos
com a PT se a empresa con-
tinuar a recusar-se a instalar
retransmissores que sirvam o
Município de Arruda.
“Há um mês que não se fala
de outra coisa praticamente”,
confessa Sandra Santos, pro-
prietária da Arruda
Electrodomésticos, esta-
belecimento da vila onde, na
tarde de dia 12, encontrámos
vários arrudenses já con-
frontados com o impacto da
desactivação do emissor de
Palmela e sem acesso aos
canais abertos de televisão.
“As pessoas até podem vir
tratar de outros assuntos,
mas a TDT vem sempre à
baila. Temos tido para aí 50 a
60 pedidos de informação
por dia”, calcula a comer-
ciante, frisando que ao longo
dos últimos meses foi procu-
rando inteirar-se de toda a
informação junto da PT e dos
sites da Anacom e da PT para
informar da melhor maneira
os clientes. Mas durante
meses nunca foi esclarecido
que o concelho de Arruda
seria uma zona “sombra” e,
já a partir de Dezembro, a
preocupação agravou-se com
a falta de soluções. Os
descodificadores comuns de
que dispõe, percebeu-se
então, não servem para as
condições de Arruda e a
solução tem sido encaminhar
as pessoas para as lojas da
PT, onde podem adquirir o
chamado kit para TDT por
satélite e contratar a insta-
lação da respectiva antena
parabólica.
“O valor de instalação é
muito alto e as pessoas não
têm poder económico para o
suportar. Há muitas pessoas
que vão ficar sem ver tele-
visão, porque não têm possi-
bilidades de pagar a insta-
lação”, alerta Sandra Santos,
frisando que uma coisa é
gastar 20 euros num descod-
ificador e outra será gastar
mais de 116 num kit, na ante-
na e na instalação. E, “o mais
grave foi algumas pessoas
que adquiriram novos televi-
sores, pensando que ficavam
com o problema resolvido, e
agora têm que gastar din-
heiro segunda vez”.
A comerciante arrudense cal-
cula que em apenas algumas
franjas do concelho, em
áreas de maior altitude como
Cardosas, Carvalha e
Adoseiros vá ser possível ter
acesso à TDT apenas com
um descodificador.
“Estamos a falar de poucas
pessoas e podemos ter a
informação de que a TDT
tem uma cobertura viável,
mas o que é facto é que, por
vezes, chegamos ao final do
dia e o sinal fica instável.
Acredito que a seu tempo
tudo se resolverá e que terá
que haver ajustes, o que acho
é que o contexto
económico do País é
critico, as pessoas já
têm muitas dificul-
dades financeiras e
esta situação requer
um investimento que
muitas pessoas neste
momento não têm
capacidade para
fazer”, constata.
No entender de
Sandra Santos, este
aspecto social é a
questão mais preocu-
pante, até porque para
muita gente, sobretu-
do idosos que vivem
isolados, a televisão é
a única e a grande
companhia do dia-a-
dia. “São mais a Júlia
Pinheiro e o Goucha
que lhes fazem com-
panhia. Doravante
não sei como é que
vai ser. A mim, como
cidadã, é o que mais
me choca, porque o
Estado sabe perfeita-
mente quanto é que
estes idosos recebem
de reforma e as carên-
cias que têm”, sublin-
ha.
Por isso, a comerciante
de Arruda acha que a
PT devia ter assumido
uma cobertura mais
ampla do sinal te-
rrestre. “Em todas as
zonas em que seja pos-
sível colocar retrans-
missores deveriam ser
colocados. O aspecto
financeiro segura-
mente que é impor-
tante, são empresas
que estão a gerir os
seus lucros, mas esta-
mos a falar de uma
questão social e de um
País que está com uma crise
económica enorme e estão a
ser criadas ainda maiores
distâncias entre as pessoas
devido ao lucro das empre-
sas”, conclui, prevendo que,
para o concelho de Arruda,
dois ou três retransmissores
seriam suficientes.
TODOS COM VOZ
“
04
“Sempre tenho o rádio”
Eduardo Carvalho foi um dos arrudenses que, à hora de almoço de quinta-feira, foi sur-
preendido, ao ligar a televisão, pelo desaparecimento da imagem normal. No seu aparelho
aparecia apenas a indicação de que o emissor foi desligado. “Isto não foi bem explicado”,
crítica, lembrando que até comprou um LCD, supostamente já devidamente equipado para a
TDT. Afinal, percebeu agora, ainda seria preciso instalar uma antena. Por isso, Eduardo
estranha por que é uma sua vizinha da zona da Fresca tem ainda os quatro canais e ele já
não. Sandra Santos sugere que, provavelmente, a vizinha tem o televisor apontado para
Montejunto e Eduardo sintonizava o emissor de Palmela.
“Não me vai fazer diferença, porque não vou gastar muito mais dinheiro com isto. Se não
derem os quatro canais, vendo o LCD. Também ando a trabalhar e não tenho tempo para
ver, é só por causa dos noticiários e sempre tenho o rádio”, acrescenta. Eduardo Carvalho
acha que tudo isto resulta também dos maus caminhos que o País tem seguido nos últimos
anos. “As pessoas estavam era habituadas a ouvir dizer que estava tudo bem e agora está
tudo mal, andaram sempre a mentir. Vamos ver o que isto vai dar”, conclui.
Polémica
TDT
05
Jorge Talixa
As câmaras de Arruda dos
Vinhos e Sobral de Monte
Agraço pediram uma audiência
ao secretário de Estado das
Obras Públicas, Transportes e
Comunicações e prometem
exigir que as respectivas popu-
lações (cerca de 25 mil habi-
tantes) tenham acesso à
Televisão Digital Terrestre
(TDT) nas mesmas condições
da maioria dos portugueses.
Depois de terem tido conheci-
mento que os seus territórios
estavam numa designada zona
“cinzenta” sem cobertura ade-
quada dos retransmissores de
TDT terrestre, os autarcas
locais reuniram, na primeira
semana de Janeiro, com
responsáveis da Anacom e da
PT, mas receberam invariavel-
mente a resposta de que a oper-
adora de telecomunicações está
a cumprir o contrato de con-
cessão da TDT, que já previa
cerca de 15% de zonas “som-
bra” sem acesso terrestre aos
quatro canais abertos. Mas
Carlos Lourenço (PSD), presi-
dente da Câmara de Arruda dos
Vinhos e da Comunidade
Intermunicipal do Oeste, não
se conforma e disse, ao Voz
Ribatejana, que “o Estado por-
tuguês tem que se preocupar
com toda a população e não só
com parte dela”, frisando que
não faz sentido que os habi-
tantes destes e de outros
municípios tenham que supor-
tar encargos três vezes superi-
ores aos dos 85% de portugue-
ses que residem nas zonas com
cobertura terrestre. É que nes-
tas áreas deverá bastar um
descodificador (os preços vari-
am entre os 30 e os 70 euros)
para continuar a ver os quatro
canais e nas zonas sem cober-
tura terrestre será necessário
comprar também uma antena
parabólica para captar as emi-
ssões por satélite e pagar a
respectiva instalação, o que
representará, no mínimo, 116
euros.
“Não concordamos de maneira
nenhuma. Foi uma negociação
mal feita. Não aceitamos que
as pessoas fiquem sem esse
direito, quando já estão até a
pagar a taxa de audiovisual”,
critica o autarca do PSD, lem-
brando que, ainda por cima, ao
contrário do que acontece nos
outros países, o TDT português
só vai disponibilizar os quatro
canais abertos já existentes.
“São custos muito superiores e
as pessoas não têm dinheiro
para isso. A PT diz que está a
cumprir os 85%, mas nós
vamos pedir uma audiência ao
secretário de Estado da tutela e
exigir, não é pedir, é exigir uma
solução para que a situação
seja reposta na nossa zona,
porque a própria PT diz que há
soluções técnicas para fazer
isso, mas que não estão previs-
tas no caderno de encargos”,
sustenta o autarca de Arruda,
frisando que a PT alega que, se
resolver o problema de Arruda
e Sobral, terá que o fazer tam-
bém nos restantes 13% de
zonas a descoberto, mas que as
autarquias locais entendem que
também não podem ser as po-
pulações penalizadas desta
maneira. Entretanto, a Anacom
e a PT informaram o Município
de Arruda de que o corte total
do antigo sistema analógico
nesta zona não ocorreria no dia
12 de Janeiro, mas está agora
previsto para Março ou Abril,
quando for definitivamente
desligado o emissor analógico
da serra de Montejunto.
“Esperamos que até lá haja
uma solução”, conclui Carlos
Lourenço.
Os concelhos de Arruda e Sobral de Monte Agraço ainda vão
manter por mais algumas semanas o acesso aos quatro canais
abertos de televisão pelo antigo sistema analógico, porque o
emissor do Montejunto ainda não foi desligado, mas a PT e a
Anacom não dão mostras de reverem a situação desta área em
termos de cobertura de TDT, o que vai obrigar muitos habi-
tantes a gastarem pelo menos 116 euros para continuarem a
ter televisão.
Câmaras de Arruda e Sobral vão
exigir tratamento igual para as suas
populações no processo do TDT
“Apagão”final a 26de AbrilA primeira fase de desliga-mento dos antigos emi-ssores analógicos de tele-visão verificou-se no passa-do dia 12, na zona litoraldo País. Um processorodeado de muita polémica,em que os emissores deMontejunto, Monte daVirgem, Marão e Lousã semantiveram a funcionarporque servem tambémzonas próximas do interiorque ainda não são agoraabrangidas pelo corte. EmMarço deverão ser desliga-dos os emissores analógi-cos dos Açores e daMadeira e para 26 de Abrilestá previsto o desligamen-to definitivo de todos osantigos emissores.
18 de Janeiro de 2012
De acordo com aAnacom e a PT, osinal analógico emArruda será desligadototalmente quandofor cortado o emissoranalógico da serra deMontejunto, previstopara Março ou Abril
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Esmagadora maioria critica processo da TDT
A grande maioria dos participantes no inquérito promovido noâmbito do blog do Voz Ribatejana acha que o processo deintrodução da TDT em Portugal não foi tratado de forma cor-recta e justa. Noventa e quatro por cento dos que se pronun-ciaram têm opinião desfavorável à forma como tudo foi trata-do e apenas 6% referem que não sabem se tudo foi bem feito.
94%
sim
6%
N/S
06
voz ribatejana #29CASOS
“
Jorge Talixa
O Tribunal de Alenquer deu
como provado que os dois
arguidos foram responsáveis
pelo fabrico de 25 mil notas
falsas de 100 dólares, num
montante total de 2, 5 milhões
de dólares, mas tendo em conta
que não têm antecedentes
criminais e que confessaram
boa parte dos factos, os juízes
decidiram suspender a exe-
cução das penas de prisão a
que foram condenados. No
banco dos réus estavam o
mediador imobiliário
Francisco José e o progra-
mador informático Jorge
Manuel, acusados da prática de
um crime de contrafacção
agravado, depois de terem sido
apanhados pela Polícia
Judiciária na posse de um saco
de viagem com as 25 mil notas.
Os advogados de defesa
mostram-se “satisfeitos” com a
decisão e não pretendem reco-
rrer.
Em causa estavam os 2, 5 mi-
lhões de dólares falsos apreen-
didos na zona de Lisboa a 16
de Julho de 2009. A PJ apurou
que tinham sido fabricados em
máquinas de tipografia insta-
ladas na cave da residência de
Francisco José, nos arredores
do Carregado, mas este arguido
afiançou em tribunal que foi
um espanhol, conhecido por
“José Paco”, quem produziu as
notas. Confessou, contudo, que
foi ele que contactou o espan-
hol, depois de ter sido convida-
do por um empresário da zona
de Sintra a fabricar dólares fal-
sos, mediante pagamento.
Agora, o colectivo de juízes
presidido por Raquel Costa
concluiu que, “independente-
mente de não ter ficado prova-
do que foram os dois arguidos
a accionar as máquinas”, o tri-
bunal entende que está
demonstrado que criaram todos
os meios necessários à pro-
dução das notas falsas. “É certo
que não resultou provado que a
produção das notas tenha sido
feita com as suas mãos, mas
ambos confessaram essa
envolvência nos factos”, su-
blinha o acórdão, lembrando
que Francisco admitiu a
“encomenda” do empresário e
os contactos com o espanhol e
com Jorge, para além de ter
sido apanhado na posse das
notas falsas e que Jorge tinha
vários ficheiros informáticos
com elas relacionados no seu
computador.
O acórdão acrescenta que os
arguidos agiram com o
propósito de obter proveitos
que sabiam que não lhes eram
devidos e que estavam
conscientes que “punham em
causa a confiança e a credibili-
dade pública gozadas pelo
papel-moeda” emitido pela
Reserva Federal dos Estados
Unidos da América.
Numa moldura penal do crime
de contrafacção que vai dos 3
aos 12 anos de cadeia,
Francisco José foi, assim, con-
denado a 5 anos e Jorge
Manuel a 4 anos de prisão. O
primeiro arguido foi, ainda,
punido com uma multa de
2400 euros pela posse de várias
caixas de munições de armas
proibidas e de um bastão que o
colectivo entende que só
serviria para provocar
agressões. Tendo em conta a
sua boa inserção social e
profissional, o facto de não
terem antecedentes e a forma
como confessaram parte das
situações, os juízes decidiram
suspender a execução das
penas de prisão, obrigando, no
entanto, o arguido Francisco a
provar que está a pagar a
multa. “É um caso bastante
grave, mas entende o tribunal
que não é necessário o cumpri-
mento efectivo desta pena de
prisão. Espero que nunca mais
na vida se metam numa situ-
ação semelhante”, avisou
Raquel Costa. João Parente e
Eugénia Santos Silva, advoga-
dos dos arguidos, mostraram-
se satisfeitos com o teor da
decisão e o primeiro disse, ao
Voz Ribatejana, que as penas
foram “justas” e corresponde-
ram às suas expectativas, tendo
também em conta que os dois
homens não têm antecedentes
criminais.
Os dois arguidos do caso das 25 mil notas falsas de 100 dólares alegadamente fabricadas no Carregado foram condenados a
penas de prisão declaradas suspensas. A decisão do colectivo de juízes agradou aos advogados e aos arguidos.
Falsificação de 2, 5 milhões
de dólares no Carregado dá
penas de prisão suspensas
Novo “assalto” aourivesaria daCastanheira geradúvidasO proprietário de uma ourivesaria da Castanheira doRibatejo alertou a GNR para uma alegada tentativa deassalto protagonizada por duas mulheres. Aconteceu tudo noinício do mês, a GNR mobilizou muitos meios para o local eidentificou as duas suspeitas, que foram retidas no interiordo estabelecimento pelo comerciante. As mulheres foramconduzidas ao posto e inquiridas, mas não tinham nada nasua posse e saíram em liberdade enquanto decorre o inquéri-to.O ourives, que sofreu em 2009 um violento assalto em quefoi agredido com um pé-de-cabra na cabeça por indivíduosoriginários do Leste da Europa, José Santos desconfiou docomportamento das duas mulheres e diz que terá visto umadelas esconder dois anéis na manga do casaco.As mulheres, com 44 e 46 anos, negaram estes factos à GNRe, não tendo nenhum objecto suspeito na sua posse, foramcolocadas em liberdade. José Santos apresentou queixa edecorre o inquérito crime.
Pais contraaquecimentodesligado na Escolado “Campo da Bola”Pais e encarregados de educação da escola primária con-hecida por “Escola do Campo da Bola de Alverca”mostraram-se, na semana passada, indignados com a infor-mação de que a Câmara de Vila Franca de Xira teria dadoorientações para não ligar o aquecimento existente nestaescola recentemente remodelada. A autarquia desmente quealguma vez tenha dado essa indicação e explica que o queaconteceu foi uma avaria que já está resolvida."Partilho a indignação que senti ao ser informada de que aescola não está autorizada pela Câmara a ligar o aqueci-mento central, obrigando assim as crianças a estarem nassalas de aula em condições de frio e humidade que levam aque o chão das referidas salas esteja molhado de manhã. Seique há escolas desta cidade que estão autorizadas a ligar osaquecimentos”, reclamou uma mãe no Facebook, apelandoà denúncia pública do problema. A Câmara de Vila Franca de Xira, por seu turno, afiançaque “nunca deu qualquer indicação” para que não se li-gasse o sistema de aquecimento central desta Escola Básicado 1º. Ciclo e ardim-de-Infância da Quinta da Vala. “O queaconteceu foi uma avaria no sistema e, após a sua re-solução, o mesmo entrou em funcionamento normal. ACâmara Municipal tem investido no sentido da moderniza-ção do parque escolar do concelho, de forma a dar as me-lhores condições possíveis de estudo às crianças e a todos osque trabalham nestes equipamentos, como é o caso da escolareferida”, remata o gabinete de imprensa da autarquia.
Furtado combustívelde carros em PovosAlgumas viaturas estacionadas em Povos foram alvo de umtipo de crime ainda raro. Os assaltantes cortaram tubos efurtaram combustível de alguns carros estacionados, sobre-tudo na zona do Largo Júlio Serra Sabino. Para além dofurto, os proprietários ficam com danos nas viaturas e apre-sentaram queixa à PSP.
Tendo em conta a boainserção social eprofissional dos arguidos,o facto de não teremantecedentes e aconfissão, os juízesdecidiram suspender aexecução das penas
Alverca reedita orçamento participativo
A freguesia de Alverca volta a promover este ano o chamadoorçamento participativo, com sessões de esclarecimento jáagendadas para 19 de Janeiro (Centro Cultural do BomSucesso) e 23 de Janeiro (Sociedade FilarmónicaAlverquense), sempre às 21h00. As propostas dos freguesesdeverão ser apresentadas até 10 de Fevereiro.
07
18 de Janeiro de 2012
Jorge Talixa
Uma família de Vila Franca de
Xira viu-se, na quarta-feira,
confrontada com uma situação
completamente inesperada,
com a alegada recusa do
Hospital de Santa Marta
(Lisboa) em fornecer um
medicamento “vital” para um
doente cardíaco que esteve em
coma durante 3 semanas e
procura agora recuperar para
poder ser operado ao coração.
Os responsáveis do Santa
Marta sustentam que foi expli-
cado que o doente devia soli-
citar consulta no seu “hospital
de referência” em Vila Franca
e pedir aí o fornecimento do
Tikosyn, mas a família garante
que nunca lhes falaram em
consultas no Hospital de Vila
Franca, que o doente desde
Outubro que é acompanhado
no Santa Marta e que, inclusi-
vamente, está agora numa
unidade de convalescença
(cuidados continuados) do
Montijo, para onde foi enca-
minhado pelo próprio Hospital
de Santa Marta. Certo é que a
família de António Capucha
(antigo técnico do som da RDP
e dos Parodiantes de Lisboa,
actualmente com 61 anos) foi
completamente surpreendida
pela informação da farmácia
do Santa Marta de que não
tinha despacho favorável da
administração para continuar a
fornecer o Tikosyn.
Independentemente do custo
(na ordem dos 200 euros por
embalagem), o problema da
família é que este medicamen-
to não está à venda em farmá-
cias comuns e só está
disponível nalgumas farmácias
hospitalares.
Excepcionalmente deram-lhes
mais 3 comprimidos na quarta-
feira (suficientes para dia e
meio), mas os familiares não
sabiam o que fazer, temendo
pelo sério agravamento do já
complicado estado de saúde do
doente.
Em resposta ao Voz
Ribatejana, o gabinete de
comunicação do Centro
Hospitalar de Lisboa Central,
que integra o Hospital de Santa
Marta, diz que António
Capucha teve alta no dia 28 de
Novembro e que, na altura, foi
referenciado para uma consul-
ta na Cardiologia do Hospital
Reynaldo dos Santos de Vila
Franca de Xira, que deveria ter
lugar 15 dias depois. “O
Tikosyn é um medicamento
importado, cuja continuação
do fornecimento ao doente
deveria ter sido assegurada
pelo seu hospital de residên-
cia”, refere uma porta-voz do
Santa Marta. Só que Ana
Maria Capucha, esposa do
doente, afiança que nunca
ninguém lhe falou na necessi-
dade de procurar consultas
para o marido em Vila Franca
e que a família nem sequer
sabia que lhe tinha sido dada
alta, porque António Capucha
foi encaminhado para a
unidade do Montijo pelo
próprio Hospital de Santa
Marta, com o consentimento
dos familiares. “Foi internado
de urgência em Santa Marta
por indicação do cardiologista
particular que o consultou e
que viu que estava em falência
cardíaca. Nunca foi ao longo
de todo este período ao
Hospital de Vila Franca,
entrou em coma três ou quatro
dias depois de ter entrado em
Santa Marta e esteve mais de 3
semanas em coma”, explica
Ana Capucha, referindo que o
marido recuperou alguma
coisa e está no Montijo a tentar
resolver problemas de úlceras
que tem nas pernas que, asso-
ciados à diabetes, não per-
mitem fazer já a intervenção
cirúrgica ao coração de que
precisa e que está prevista já
no Santa Marta. Por isso, a
família garante que nunca
percebeu que o caso saia de
alguma forma da alçada do
hospital lisboeta. O gabinete
de comunicação do Santa
Marta acrescenta, em resposta
ao Voz Ribatejana, que,
“porque o processo de impor-
tação do medicamento pode
ser demorado, o Centro
Hospitalar de Lisboa Central
irá assegurar a sua distribuição
ao doente até o hospital da
residência ter condições para o
fazer”. Mas Ana Capucha sub-
linha que na quarta-feira tam-
bém ninguém lhe falou no
Hospital de Vila Franca.
“Quando no Montijo me pedi-
ram pela primeira vez este
medicamento fui ao Santa
Marta e a médica que estava
em cardiologia passou a recei-
ta e disse-me que ia fazer um
pedido de autorização especial
para que a administração
autorizasse o fornecimento e
não tivéssemos que andar sem-
pre a pedir novas receitas. Isso
era o que eu sabia e até a assis-
tente social me disse que já
não seria preciso receita e era
só ir à farmácia pedir. Só que
esse pedido especial parece
que não foi deferido, mas
nunca ninguém me tinha fala-
do em consultas no hospital de
Vila Franca. Só hoje (sexta-
feira) é que me falaram nisso”,
conclui. Também o irmão José
Capucha não entende esta ati-
tude do hospital lisboeta,
admitindo que tenha a ver com
objectivos de contenção de
custos. “A vida humana não
tem preço. Já tinham surgido
antes problemas quando
deixaram de o transportar para
fazer tratamentos e tinha
mesmo que ser transportado,
porque está totalmente depen-
dente e muito fragilizado”,
lamentou.
Responsáveis do Hospital de Santa Marta entenderam que deveria ser o Hospital de Vila
Franca a fornecer um medicamento fundamental para um doente cardíaco residente nesta
cidade, mas a situação não terá sido devidamente esclarecida e deixou a família sem soluções.
Recusa de medicamento para doente cardíaco
dá confusão no Hospital de Santa Marta
GNR apreende 1860 quilos de amêijoa emAlhandra e Vila FrancaO Núcleo de Protecção Ambiental da Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu, no dia4, cerca de 1860 quilos de amêijoa japonesa pescados ilegalmente no Tejo. Considerando quetêm toxinas prejudiciais para a saúde, a pesca destas amêijoas é proibida no estuário do Tejo,mas aparecem regularmente quantidades significativas. Segundo a GNR, estes 1860 quilospoderiam valer no mercadocerca de 7500 euros. Os sacosapreendidos foram transporta-dos para Lisboa e a amêijoafoi devolvida ao Tejo na zonado Poço do Bispo.De acordo com a GNR, ossacos de amêijoa foram encon-trados nos bairros depescadores de Alhandra e deVila Franca, mas ainda nãoforam identificados os respon-sáveis pela sua pesca. AGuarda elaborou os respe-ctivos autos de apreensão eprossegue as investigações.
EDITAL Nº 659/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE
XIRA:
Faz saber que, por despacho datado de 21/09/2011, e para o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99,
de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de
Fevereiro, fica João Baessa, com última residência conhecida no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, Lote 5, 1º Esq,
na Póvoa de Santa Iria, e demais interessados, notificados de que:
- Foi tomada a decisão final de resolução da licença de utilização do fogo municipal sito no Bairro Municipal da Quinta
da Piedade, Lote 5, 1º Esq, 2625 Póvoa de Santa Iria, atribuído a João Baessa, segundo o regime da renda apoiada e pro-
ceder ao eventual despejo administrativo.
Tal decisão fundamenta-se nos seguintes factos:
- Tendo sido publicados editais na porta da fracção municipal, última residência conhecida do morador, e nos jornais
locais, da proposta desta decisão, não foi apresentada qualquer pronúncia escrita.
- O morador apresenta 29 rendas em dívida, cada uma no valor de 14,35 €, compreendidas entre Agosto de 2009 e
Dezembro de 2011, no valor de 416,15 €, as quais, depois de acrescidas da indemnização moratória no valor de 203,19 €,
perfazem uma dívida global de 619,34 €.
- O morador não tem residência própria e permanente no fogo municipal desde Agosto de 2009, tendo desaparecido,
colocando-se mesmo a hipótese de ter falecido.
A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de
Maio, no nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e nos nºs 7, 9, 10, e 11, do artigo 9º, nº6, do artigo 12º, nº 2,
do artigo 13º, e nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação Municipal.
Mais fica o morador e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei
nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90
dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será ime-
diatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na
fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários,
dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do
Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.
A presente decisão é susceptível de recurso contencioso. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual
teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicado nos jornais locais.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 30 de Dezembro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Um caso ocorrido no Hospital de Santa Marta, com um doenteoriginário de Vila Franca
Concelho de Benavente tem rastreio de cancro da mama
Desde a passada sexta-feira e até 11 de Abril decorre, na área do Município deBenavente, um rastreio de cancro da mama, organizado em parceria com o NúcleoRegional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Este rastreio é gratuito e é desti-nado a mulheres com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos. Uma UnidadeMóvel de Rastreio será instalada em Benavente, em Samora Correia e em SantoEstêvão, podendo abranger todas as mulheres do Município dentro desta faixa etária.
SOCIEDADE
08
“
voz ribatejana #29
O Hospital de Santa Maria
deve mais de 100 mil euros às
seis associações de bombeiros
do concelho de Vila Franca de
Xira, respeitantes a serviços de
transporte de doentes efectua-
dos pelas corporações. Os últi-
mos pagamentos, efectuados
em Dezembro, reportam-se a
facturas de Agosto e Setembro
de 2010 e há casos de corpo-
rações que têm mais de 30 mil
euros para receber da unidade
de saúde de Lisboa que fun-
ciona como hospital central de
referência para muitas situ-
ações encaminhadas pelo
Hospital de Vila Franca de
Xira.
Certo é que perante tamanho
atraso e com as dificuldades
que foram encontrando para a
regularização da situação, uma
das corporações de bombeiros
local, o Corpo Voluntário de
Salvação Pública da Póvoa de
Santa Iria, resolveu mesmo, em
Abril passado, “avançar para
tribunal a fim de reclamar
créditos do Hospital de Santa
Maria que remontam a 2010”.
Este é mais um problema que
se vem juntar às generalizadas
dificuldades financeiras das
corporações de bombeiros,
motivadas em boa parte pela
redução dos pedidos de
serviços de transporte de
doentes e pelas tabelas em
vigor definidas pelo Ministério
da Saúde. As seis associações
de bombeiros do Município de
Vila Franca de Xira (onde resi-
dem cerca de 140 mil habi-
tantes) têm promovido várias
reuniões nos últimos dois
meses para tentarem definir
estratégias conjuntas que mini-
mizem os problemas. Uma das
situações que ressalta é a dos
atrasos do Hospital de Santa
Maria, bem superiores aos da
Administração Regional de
Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
que estará, agora, a pagar as
facturas de Julho de 2011.
O Voz Ribatejana apurou que
só os Bombeiros Voluntários
de Alverca terão cerca de 35
mil euros para receber do
Hospital de Santa Maria e no
caso dos Bombeiros de Vila
Franca de Xira serão cerca de
30 mil euros. Se juntarmos as
dezenas de milhares de euros
em dívida às corporações de
Alhandra, Castanheira do
Ribatejo, Póvoa de Santa Iria e
Vialonga, o total ultrapassa os
100 mil euros, muito dinheiro
para associações que, nalguns
casos, têm orçamentos anuais
na casa dos 120 mil euros.
Apesar de várias insistências, o
Voz Ribatejana ainda não
obteve resposta para as
questões sobre este assunto que
colocou, no passado dia 22 de
Dezembro, à administração do
Hospital de Santa Maria.
J. T.
As corporações de bombeiros atravessam enormes dificuldades devido à grande quebra das
receitas dos serviços de transporte de doentes. No concelho de Vila Franca, os representantes
das associações têm dialogado com a Câmara e Maria da Luz Rosinha garante que a autarquia
não deixará que nenhuma das seis corporações locais passe por situações que ameacem a sua
sobrevivência.
Hospital de Santa Maria deve mais de
100 mil euros aos bombeiros do concelho
Estado“lamentável”do jardimcentral doBom Sucesso“É absolutamente lamen-tável o estado dedegradação a que chegou oJardim Central do BomSucesso”, observou NunoLibório, vereador da CDU,que considera que aquelasituação “não se deve auma atitude menos cuidadados cidadãos, mas antes auma falta de fiscalizaçãodos serviços contratados auma empresa, que nãocumpre minimamente osseus compromissos”, afir-ma.
Alhandra vai terloja socialA vila de Alhandra vai ter, muito em breve, uma Loja Social,fruto de uma parceria entre a Câmara de Vila Franca de Xirae a Junta de Alhandra, delineada no âmbito da ComissãoSocial das Freguesias de Alhandra, São João dos Montes eSobralinho. O espaço de apoio social ficará instalado no nº.11 do Mercado Retalhista de Alhandra, cedido gratuitamentepelo Município à freguesia.Este projecto da Loja Social pretende contribuir para “super-ar as necessidades imediatas das famílias carenciadas exis-tentes nas referidas freguesias, através da aquisição erecepção de bens e prestação de serviços”. Os promotores pre-tendem também “melhorar a articulação com o meio envol-vente, mediante o desenvolvimento de parcerias”.
Secundária do Forteda Casa tem hojerecolha de sangueDinamizada pelos grupos de Biologia e de Geologia, realiza-se hoje (18 de Janeiro), na Escola Secundária do Forte daCasa, uma acção de recolha de sangue. A iniciativa tem o
apoio do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa e daAssociação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa deSanta Iria, que realça o esforço de sensibilização desenvolvi-do por professores e alunos. Decorre entre as 9h00 e as 13h00e das 15h00 às 19h00.
Jovem tenta atropelarGNRUm jovem de 17 anos terá tentado, na semana passada, atro-pelar um militar da GNR de Azambuja depois de ter sidomandado parar. Segundo apurámos, o indivíduo, sem carta decondução, estaria envolvido alegadamente em distúrbios nacolectividade de Casais da Amendoeira. O jovem ainda tentousair do local quando teve a informação que a GNR tinha sidochamada, mas foi interceptado pelas autoridades. Já fora docarro, os militares fizeram uma busca ao veículo, tendoencontrado substâncias proibidas, mas não reveladas. Fonteda GNR refere que o jovem fugiu do local onde estava a seralvo de buscas, quando um dos militares se preparava paratratar da documentação referente à contra-ordenação. Nafuga e de forma a ter o caminho livre, o jovem seguiu emdirecção ao militar. O suspeito está agora identificado e oprocesso segue para inquérito do Ministério Público.
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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA
09
18 de Janeiro de 2012
Texto: Jorge Talixa
Fotos: Dário Queiroz
O apelo de Carlos Fernandes
ao reforço da unidade da
família dos bombeiros para
enfrentar as muitas dificul-
dades que atingem o sector e a
garantia da presidente da
Câmara de Vila Franca de Xira
de que a autarquia tudo fará
para evitar que alguma corpo-
ração local corra riscos de
fechar marcaram, no dia 5, a
sessão de tomada de posse dos
novos corpos sociais da
Associação de Bombeiros
Voluntários de Vila Franca de
Xira (ABVVFX). As novas
regras de pagamento e a
redução dos serviços de trans-
porte de doentes não urgentes
estão a deixar as corporações
de todo o País, em especial as
da região de Lisboa, numa situ-
ação de extrema dificuldade
financeira. E, apesar do pré-
acordo estabelecido no início
do mês entre a Administração
Regional de Saúde de Lisboa e
Vale do Tejo e representantes
dos bombeiros, os próximos
tempos adivinham-se difíceis.
Isso mesmo disse Carlos
Fernandes – reeleito presidente
da direcção da ABVVFX,
cargo que já desempenha há 8
anos -, que lembrou que quan-
do assumiu estas funções a cor-
poração chegava a facturar 18 a
20 mil euros por mês à
ARSLVT e que, no passado
mês de Dezembro, as facturas
de transporte de doentes não
urgentes emitidas à ARSLVT
rondaram apenas os 480 euros.
Por isso, apelou à união de
todos os elementos mais liga-
dos à associação, desde o corpo
activo, aos funcionários, à
direcção e aos sócios, para ten-
tar ultrapassar estas dificul-
dades. “Vamos todos dar as
mãos. Há coisas que tem que se
mudar, se calhar radicalmente,
mas vamos continuar a ser uma
grande associação ao dispor da
nossa população”, garantiu,
frisando que a direcção tudo
fará para evitar dispensas de
funcionários ou reduções
salariais, mas apelando a que
todos procurem ter uma atitude
disponível e de flexibilidade
para ajudar a resolver os pro-
blemas que venham a surgir.
Carlos Fernandes vincou que
tinha preparado um discurso
muito duro para esta sessão,
mas que o princípio de acordo
estabelecido na véspera com a
ARSLVT veio atenuar um
pouco o problema. De acordo
com o sistema em vigor as cor-
porações faziam muitos
serviços de transporte por ape-
nas 1, 5 euros, chegando a ter
uma tripulação de dois efe-
ctivos e uma ambulância mais
de 1 hora à espera do tratamen-
to do doente sem mais retorno.
Depois deste acordo, esse mon-
tante deverá fixar-se nos 7, 5
euros, mas há outros problemas
que ainda continuam por
resolver. “No mês de
Dezembro pagam-nos um euro
e meio por 55 serviços que
fizemos e mais de 20 vão ser
pagos a 2, 5 euros. “É impo-
ssível ir buscar um doente a um
segundo ou terceiro andar, com
uma viatura e dois profissio-
nais e, depois, esperar uma
hora pelo doente, recebendo
um euro e meio. Isto é mandar
estas casas abaixo”, sublinha,
vincando que a corporação de
Vila Franca também teve von-
tade de aderir à paragem
assumida no princípio do ano
por bombeiros da Amadora e
de Sintra, mas que entendeu
que não seria correcto fazê-lo
em vésperas da tomada de
posse da nova direcção. Houve
também conversas com a pre-
sidente da Câmara que se com-
prometeu a desenvolver
esforços para tentar ultrapassar
o problema.
“Tenho consciência que vão ser
os dois anos mais difíceis da
minha vida. Esta casa atravessa
momentos muito difíceis, que-
remos dar a volta por cima e
queremos dar a volta com os
nossos bombeiros”, sustentou,
realçando a qualidade da nova
equipa directiva. Carlos
Fernandes diz que gostaria de
poder levar por diante a criação
da secção museológica dos
bombeiros e a instalação de ar
condicionado no salão, mas
frisou que o que mais preocupa
e o grande objectivo da
direcção é manter os 19 postos
de trabalho e os vencimentos
dos funcionários. “Se todos
quisermos vamos conseguir. Se
calhar vamos ter que começar a
dar um pouco mais de nós e
conseguiremos dar a volta”,
previu.
Câmara disposta a ajudar
mais os bombeiros
Maria da Luz Rosinha
começou por destacar que a
amizade é uma condição fun-
damental para muitos dos que
dedicam muita da sua vida ao
associativismo. A presidente da
Câmara vila-franquense
resumiu alguns dos contactos
que fez nos dias anteriores com
responsáveis do Governo e da
ARSLVT e revelou que se vai
realizar, em breve, um encon-
tro alargado para tentar
alcançar bases de entendimen-
to para a resolução dos proble-
mas dos bombeiros. “Uma das
coisas que tivemos oportu-
nidade de discutir foi que as
áreas urbanas não são exacta-
mente o Alentejo ou o interior
do País. Estas coisas não têm o
mesmo reflexo”, vincou,
realçando que é muito impor-
tante perceber o impacto da
actual situação na sobrevivên-
cia das corporações. “É
necessário reformular e encon-
trar novos caminhos, se isso
não vier a acontecer em tempo
útil, o risco que se corre é de
sufocar as associações exis-
tentes. Por isso, é preciso ser
lúcido nos momentos de difi-
culdades”, avisou.
“Devo dizer aqui que estamos
convosco e que, neste quadro,
não deixaremos que nenhuma
das nossas associações de
bombeiros feche e não deixare-
mos que nada de grave lhes
aconteça”, prometeu a edil.
As corporações de bombeiros atravessam enormes dificul-
dades devido à grande quebra das receitas dos serviços de
transporte de doentes. No concelho de Vila Franca, os repre-
sentantes das associações têm dialogado com a Câmara e
Maria da Luz Rosinha garante que a autarquia não deixará
que nenhuma das seis corporações locais passe por situações
que ameacem a sua sobrevivência.
Apelo à união na posse da nova
direcção dos bombeiros de Vila Franca
Elogios àsecção decultura erecreioO presidente da ABVVFXsalientou “o trabalhoextraordinário” que temsido feito pela secção decultura e recreio que,através de um calendáriode actividades organizadoao longo do ano, onde seincluem matinés dançantesmuito concorridas, procuraangariar fundos para acorporação. “No ano pa-ssado foi possível reunirassim mais de 16 mil eurose fomos lá buscar dinheiropara pagar o décimo-ter-ceiro mês. Vamos conti-nuar a contar com isso”,observou, agradecendo oesforço dos membros dasecção.
“É impossível ir bus-car um doente a umsegundo ou terceiroandar, com umaviatura e dois profi-ssionais e, depois,esperar uma horapelo doente, receben-do um euro e meio.Isto é mandar estascasas abaixo”
Carlos Fernandes
Mãe ecriança semdinheiro parair a LisboaCarlos Fernandes citoumesmo um caso recenteque ilustra os problemasdecorrentes dos cortes nonúmero de transportes dedoentes solicitados aosbombeiros. Uma criançasaiu do centro de saúdecom um tubo colocado,mas o médico não pre-screveu o transporte emambulância e mãe nãotinha dinheiro para pagaro transporte. Proprietáriose clientes de um café vizi-nho contactaram então aABVVFX procurandosaber quanto é que custariao transporte até ao hospitalde Lisboa e dispuseram-sea colectar-se para ajudarmãe e filha na deslocação.“Se uma mãe me apresen-tar um caso destes, em quenão tem dinheiro e a filhanesta situação, o que é queeu faço?”, interroga-se oresponsável da ABVVFX.
Os novos órgãos directivos dos bombeiros de Vila Franca comautarcas convidados para a cerimónia
Vila Franca tem Concerto de Ano Novo
O Concerto de Ano Novo de Vila Franca deXira vai contar este ano com uma actuuaçãodo Coro Notas Soltas. Realiza-se na tarde dopróximo sábado (21 de Janeiro), a partir das16h00, no auditório do Museu Municipal deVila Franca.
EDUCAÇÃO
10
“
voz ribatejana #29
A Câmara de Vila Franca de
Xira estará disponível para
fazer obras de reparação dos
telhados e da instalação eléctri-
ca da Escola Básica dos 2º. e
3º. Ciclos (EB 2.3) de Vialonga
no âmbito de um protocolo
com a Direcção Regional de
Educação, porque a realização
destes trabalhos por iniciativa
da escola envolve um processo
de concurso muito complicado.
A informação foi dada por
Maria da Luz Rosinha na
sequência de questões formu-
ladas pelos vereadores da
CDU, que lamentaram também
algum desconhecimento da
situação da escola revelado
numa resposta do Ministério
da Educação a uma pergunta
de deputados do PCP.
Ana Lídia Cardoso, vereadora
da CDU, começou por referir
que uma resposta do gabinete
do ministro Nuno Crato a de-
putados do PCP afirma que foi
avaliada a possibilidade de, por
uma questão de “agilização”
dos procedimentos, poder vir a
ser a câmara a apresentar orça-
mentos de empresas que po-
ssam efectuar obras nos telha-
dos da escola e para as quais o
Ministério já disponibilizou 93
mil euros. “Gostaríamos de
saber se a Câmara já tem
algum orçamento que possa
resolver parcialmente os prob-
lemas desta escola”, questio-
nou a vereadora, lamentando
algum desconhecimento do
gabinete de Nuno Crato da
realidade da escola, porque
afirma que, ao contrário do que
tem sido dito, tem capacidade
para 1440 alunos e não para
600. Ana Lídia Cardoso lem-
brou, ainda, que, diariamente,
cerca de 600 jovens de
Vialonga têm que sair da
freguesia para frequentar esco-
las secundárias da região, uma
vez que este nível de ensino
ainda não existe na vila. “A
Câmara, uma vez mais, e con-
sciente das necessidades, está
disponível para fazer aquela
obra, celebrando um acordo”,
explicou, por seu turno, Maria
da Luz Rosinha, garantindo
que a Câmara tem procurado
ajudar a escola na tramitação
do processo de concurso, mas
que o estabelecimento não se
rege pelas mesmas regras das
autarquias e é obrigada a fazer
um concurso público bastante
complexo. Como o processo
não chegou a bom termo, a
escola não pode utilizar a
verba e pode mesmo ter que a
devolver, referiu Maria da Luz
Rosinha, adiantando que,
assim, volta a colocar-se a po-
ssibilidade da Câmara acordar
a realização da obra com a
DREL. “Está neste pé, a
Câmara está mais uma vez
disponível para fazer as obras
que depois nos paguem. Já
percebemos que por via da
escola vai ser uma confusão
para resolver um problema
que, para nós, é simples de
resolver com um ajuste dire-
cto”, sublinha a presidente da
Câmara, esclarecendo que a
edilidade poderá avançar a par-
tir do momento que saiba qual
é a verba contemplada no orça-
mento de Estado de 2012 para
este fim.
Câmara disposta a
fazer obras na EB 2.3
de Vialonga
A respostado ministroEm resposta a perguntasdo grupo parlamentar doPCP, o gabinete do min-istro Nuno Crato sustentaque a EB 2.3 de Vialongatem capacidade para 60turmas (1440 alunos) eque, em Novembro, aDREL programou com“carácter de urgência”uma substituição parcialdas coberturas da escolaque se apresentem danifi-cadas. “A obra de substitu-ição parcial de coberturasda escola foi autorizadapela Secretaria de Estadodo Ensino e AdministraçãoEscolar em Novembro,tendo sido disponibilizada averba de 75 mil euros pelogabinete de gestão finan-ceira. Prevê-se que asobras estejam concluídasno mais curto espaço detempo”, acrescenta oMinistério da Educação.
Junta deAlvercadistribui 3200 eurospelas escolasO executivo da Junta deAlverca decidiu atribuir,este ano, apoios de 3 203euros a sete escolas básicase seis jardins-de-infânciada freguesia. Destinadosfundamentalmente aquestões de funcionamentoe ao serviço de expedientedos estabelecimentos, estesapoios são determinadostendo por base o númerode salas a funcionar emcada escola e agrupamen-to.Neste caso, os estabeleci-mentos do Agrupamento deEscolas Pedro Jacques deMagalhães receberão umtotal de 2250 euros e asescolas do Agrupamento doBom Sucesso 952 euros.Com estes subsídios, aJunta alverquense diz pre-tender “contribuir para ummelhor funcionamento”escolas e a autarquia su-blinha que dá aindaresposta em pequenasreparações e trabalhos demanutenção, além de apoiologístico em diversas activi-dades.
A vereadora Ana Lídia Cardoso contestou
também a recente suspensão da carreira
urbana que servia a freguesia de Vialonga,
frisando que sobretudo para as ligações ao
centro de saúde este autocarro era funda-
mental para muita gente. “A localização do
centro de saúde não permite que as pessoas
possam deixar de ter a carreira urbana.
Qual é a alternativa que a Câmara arranja
para o fim da carreira urbana?”, questio-
nou.
Maria da Luz Rosinha tem um entendimen-
to diferente e salientou que os números de
que dispõe referem que as 9 circulações
diárias desta carreira urbana (fruto de um
protocolo entre a Câmara, a Junta e a
Rodoviária de Lisboa) tinham, em média,
apenas um total de 20 passageiros. “Tanto
quanto sei, o senhor presidente da Junta
está a tentar arranjar uma solução. É insu-
portável ter 9 carreiras diárias apenas com
20 passageiros”, sustentou a edil, explican-
do que já reuniu com o presidente da Junta
e com a Rodoviária para analisar o assunto
e que o autarca local ficou de fazer algumas
diligências no sentido de conseguir um
transporte alternativo, eventualmente com
uma carrinha de 9 lugares, que “resolveria
o transporte das pessoas que se destinam ao
centro de saúde”. De acordo com a autarca
do PS foi também pedido à Extensão de
Saúde de Vialonga que indique quais são os
momentos de maior necessidade de trans-
porte. “Está-se a tratar de encontrar uma
solução. A verdade é que o autocarro viaja-
va a maior parte das vezes sem ninguém”,
vincou.
Ana Lídia Cardoso lembrou, todavia, que
não foi a Junta que colocou a extensão de
saúde naquele local, nem acabou com o pro-
tocolo com base no qual funcionava a ca-
rreira. “Temos que encontrar uma solução,
porque se não as pessoas, sobretudo as de
mais idade, não têm transporte”, avisou.
“Transportar 20 pessoas em 9 carreiras não
faz sentido em lado nenhum. Saia mais
barato levar as pessoas de táxi do que levá-
las na carreira urbana”, reagiu Maria da
Luz Rosinha, frisando que o valor pago
pela Câmara para manter a carreira era
três ou quatro vezes superior ao pago pela
Junta.
“A Câmaraestádisponívelpara fazeraquelaobra,celebrandoumacordo”
Suspensão da carreira urbana deVialonga divide PS e CDU
Uma concentração de pais e alunos da EB 2,3 de Vialonga jun-tou, em Dezembro, várias centenas de participantes
11
18 de Janeiro de 2012
Bom Retiro já tembancoO Olho Vivo alertou, em Dezembro, para o péssimo estadode alguns bancos públicos instalados na parte baixa do BomRetiro e para a reivindicação de mais bancos feita pormoradores da zona compreendida entre o café-restaurante OSorriso, a Rua Fernando Pessoa e Rua Gil Vicente.Passadas poucas semanas as queixas foram ouvidas e aJunta de Freguesia instalou mais um banco na Rua GilVicente. É caso para dizer que, quando é por bem, vale apena reivindicar.
OLHO VIVO
“Águas paradas cheiasde lixo no bairro daChasaA Praceta Natália Correia, no bairro da cooperativa Chasa, nastraseiras do Fórum de Alverca, foi projectada como um espaçode lazer diferente, com alguns lagos e zonas de estar para apopulação. A ideia não resultou, os lagos provocavam infil-trações sérias no edifício do Fórum e a solução foi “secá-los”,mas a zona central da praceta continua uma lástima. As áreasde passagem feitas de madeira ali existentes atravessam asdepressões dos antigos lagos mas, devido à chuva, mantém-sesempre ali alguma água que acaba por gerar maus cheiros e aproliferação de insectos. Como se isso não bastasse, os buracoscom água são usados por alguns como autênticos depósitos delixo e é vê-los cheios de garrafas, pacotes e todo o tipo de detri-tos. As autarquias locais precisam de olhar um pouco maispara esta área da cidade.
Carrinhas“entaladas” na zonaantiga de Vila FrancaA zona antiga de Vila Franca foi progressivamente voca-cionada para o trânsito pedonal, mas a circulação mantém-se em ruas como a Gomes Freire e a desactivação das bar-reiras na Miguel Bombarda também tem gerado críticas daCDU. Há dias o Olho Vivo “apanhou”, exactamente naGomes Freire, mais este caso de um veículo de dimensãosignificativa que ficou “entalado” numa das zonas maisapertadas da via. Problemas semelhantes verificam-se regu-larmente na Miguel Bombarda, sobretudo junto à CasaGalache. Exigem-se medidas para segurança de todos, me-lhorias da sinalização e uma fiscalização mais apertada doseu cumprimento.
Rasgar estradasnacionais sem asrepararO troço da Estrada Nacional 10 que serve a entrada Norteda Póvoa de Santa Iria foi rasgado no último trimestre doano passado por um conjunto de obras ao que tudo indicaligadas ao saneamento. Passados alguns meses, a estradaapresenta o rasgo visível na foto e está completamente dani-ficada. Dir-nos-ão que é preciso esperar pelo assentamentodas terras antes da repavimentação final. Poderá ser, masnuma via percorrida diariamente por dezenas de milhares deviaturas devia haver mais cuidado e eficiência na reposiçãoda situação inicial. Ou então, uns rasgam e acabamos todosnós, mais tarde, por pagar a necessária regularização dopavimento
Alberto Mesquita e Rui Reitrocam “galhardetes” sembola de râguebiAs dificuldades de relacionamento entre Alberto Mesquita eRui Rei já são antigas, passaram mais despercebidas nosprimeiros dois anos deste mandato enquanto durou oentendimento entre socialistas e sociais-democratas para agestão da Câmara de Vila Franca, mas voltaram a acentuar-se nas últimas semanas. Na quarta-feira atingiram mesmoum tom inesperado. Rui Rei lia um extenso documento decomentário às respostas dadas pelos serviços de urbanismoàs questões colocadas sobre um polémico loteamento daPóvoa quando Alberto Mesquita sugeriu, com alguma iro-nia, que lesse com mais calma para poder “captar” todo oconteúdo da intervenção. Rui Rei não apreciou o comentárioe disparou: “Isso é da idade!”. Mesquita não se conteve eaconselhou o vereador do PSD a tomar comprimidos, masRui Rei acrescentou que Alberto Mesquita é que devia tomarcomprimidos e aconselhou-o a “tratar-se”. Estava a conver-sa neste tom quando Maria da Luz Rosinha tentou “contro-lar” os dois autarcas, mas Rui Rei ainda comentou que nãotem bola de râguebi, aludindo à carreira de AlbertoMesquita na modalidade, onde chegou a ser campeãonacional pelo Benfica.
Estacionamento daQuinta da Mina àsescurasO parque de estacionamento da Quinta da Mina é o maior dacidade de Vila Franca de Xira com mais de 300 lugares dis-tribuídos pelos dois pisos. Aproveitando o viaduto da A 1 foiconstruída uma plataforma que permitiu ganhar mais umaslargas dezenas de lugares, mas a parte de baixo carece, assim,de uma iluminação adequada. E é isso que não tem acontecidonos últimos meses. Segundo a CDU, que tem levantado o pro-blema na Câmara e na Assembleia de Freguesia, são já maisde metade as lâmpadas avariadas e desligadas, gerando sériosproblemas de insegurança. Ana Câncio, presidente da Junta deVila Franca, diz que na parte de cima do tabuleiro a respon-sabilidade é da EDP, que já foi várias vezes alertada para anecessidade de intervir. “Na parte de baixo a responsabilidadeé da Câmara. O que está previsto é que em 2012, com algumesforço da Junta e da Câmara, se faça uma reconversão, pas-sando a ter outro tipo de iluminação que poupe energia”, expli-cou.
12
AMBIENTE
“
voz ribatejana #29
Os vereadores da CDU não
concordam com a forma como
o Município tem gerido as
questões da manutenção das
zonas verdes e acham que
falta ligação entre a câmara e
as juntas de freguesia, o que
pode gerar mais custos e
vários casos de jardins mal
conservados. A edilidade
aprovou, na quarta-feira, os
elementos para o lançamento
de um concurso para con-
tratação de serviços de
limpeza e manutenção das
zonas verdes no concelho.
A CDU, pela voz de Rui
Pereira, entende que “contin-
ua a haver uma certa descoor-
denação” entre as autarquias
locais no que manutenção de
espaços verdes diz respeito.
“Parece-me que não há diálo-
go suficiente (da câmara com
as juntas) e que em parte deste
lote com certeza que algumas
juntas de freguesia teriam
condições para fazer o traba-
lho. Estamos a falar e verbas
que, eventualmente, poderiam
ser transferidas para as juntas
de freguesia e não são. E ao
longo de bastantes anos de
contratos vêm empresas que
não prestam o serviço da me-
lhor forma”, criticou o eleito
da CDU, considerando que
“ainda há muito a fazer relati-
vamente à repartição e melhor
utilização dos meios das
autarquias do concelho” e que
há casos em que o pessoal das
juntas faz determinado traba-
lho de manutenção de zonas
verdes e depois aprecem fun-
cionários das empresas
prestadoras de serviços para
intervirem nos mesmos sítios.
Fernando Paulo Ferreira,
vereador do PS responsável
pelas áreas do Ambiente e das
Zonas Verdes, vincou que
este concurso é lançado para
um prazo de 3 anos já com o
objectivo de obter, assim,
alguma redução de custos.
Por outro lado, o eleito
socialista sustenta que em
todas as novas zonas verdes é
perguntado às juntas de
freguesia se têm condições
para assumir a sua
manutenção. “O que se tem
verificado de uma forma geral
é que, ou não têm condições
internas para isso ou, porque
não têm, procuram contratar
empresas para isso”, salien-
tou.
Mas Ana Lídia Cardoso
(CDU) observou que a infor-
mação que tem é que as juntas
não foram ouvidas nesta situ-
ação. E o seu colega de banca-
da Nuno Libório lamentou o
estado de degradação de algu-
mas zonas verdes (ver caixa),
criticando a entrega de alguns
destes serviços a privados.
“A Câmara gerida pelo PS
ainda não privatizou nada, ao
contrário de outros municí-
pios da CDU. O ideal seria
que a Câmara congregasse
todas as zonas verdes para
tratar, porque o que vimos
aqui são sucessivas questões
que estão descentralizadas
para uma ou outra junta. A
Câmara transfere o dinheiro
rigorosamente para que seja
um trabalho bem feito, se não
é, temos que chamar a atenção
da junta”, defendeu Maria da
Luz Rosinha, admitindo que
“há juntas que contratam
empresas porque, efectiva-
mente, não têm meios
próprios. À Câmara cabe fis-
calizar o trabalho que a
empresa faz”, concluiu a pres-
idente da edilidade vila-fran-
quense.
CDU contesta “desarticulação”
na manutenção das zonas verdes
Estado “lamentável”do jardim central doBom Sucesso“É absolutamente lamentável o estado de degradação a quechegou o Jardim Central do Bom Sucesso”, observou NunoLibório, vereador da CDU, que considera que aquela situ-ação “não se deve a uma atitude menos cuidada doscidadãos, mas antes a uma falta de fiscalização dos serviçoscontratados a uma empresa, que não cumpre minimamenteos seus compromissos”, afirma.
Concursointernacionalcomplicamanutençãodas zonasverdesA Câmara de Benavente deci-diu, na sua primeira reuniãodeste ano de 2012, adjudicar àempresa Recolte a “prestaçãode serviços de manutenção econservação de 103 jardins ezonas verdes” do concelhopelo período de 12 meses. Aentrega deste serviço resulta deum concurso público interna-cional, mas a tramitaçãodemorada do processo levou aque durante cerca de doismeses e meio a autarquia nãodispusesse do serviço de umaempresa especializada nestetrabalho de manutenção.Ana Casquinha, vereadora do
PS, mostrou-se preocupadacom o mau estado de conser-vação de alguns jardins e quissaber se essa situação teráalguma relação com o desen-volvimento deste concurso. Aeleita do PS aludiu especifica-mente ao mau estado dosespaços verdes existentes nazona ribeirinha de SamoraCorreia.António José Ganhão, presi-dente da edilidade deBenavente, garantiu que o con-curso em causa foi lançadoatempadamente, para quepudesse dar a sequência nor-mal ao contrato que expirounos últimos meses do ano pa-ssado. “Tal não aconteceu,infelizmente, já que o concursointernacional demorou maisalgum tempo do que o previsto.Decorrem cerca de dois mesese meio desde que deixámos deter a manutenção, porém, ape-sar de tudo, estamos numaépoca em que não houvegrandes impactos no cresci-mento das herbácias e ervasdaninhas, mas há de facto umaimagem que não é desejável eque tem que ser recuperada”,vincou o autarca ad CDU,frisando que a autarquia teráque “acompanhar de perto aempresa no seu trabalho derecuperação destes jardins”,até porque “a maioria destesespaços têm muitos infestantesque têm que ser curados e issojá faz parte da própria adjudi-cação”.No caso das zonas ribeirinhas,o edil diz que o que ali sempreexistiu “não é relva mas sim ochamado prado, constituídopor uma espécie que éresistente mas que por vezestem que ser recuperada, comoé o caso de Benavente onde,quando há cheia, a zonaribeirinha fica submersa.“Vamos estar atentos para quea situação não se repita, masnada mais podíamos fazer doque esperar uma vez que nãotemos pessoal para afectar aosjardins, não podíamos fazerajustes directos e estivemossempre na esperança que fossemais rápido este processo.Vamos recuperar os nossosjardins e em breve a imagemserá outra”, prometeu AntónioJosé Ganhão.
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Tel: 263 281 329 [email protected]
CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL
Um milhão e quantrocentos mil euros é quanto a Câmara de
Vila Franca prevê gastar nos próximos três anos na
manutenção de espaços verdes. O concurso agora lançado
gerou algumas críticas da oposição, a maioria recorda que,
para além deste valor, distribuiu mais 75 mil euros por ano
para os jardins tratados pelas freguesias.
14
ECONOMIA
“
voz ribatejana #29
A utilização de parte do fundo
de 12 mil milhões de euros
definido pela troika para capi-
talização dos bancos por-
tugueses para o pagamento de
dívidas das empresas munici-
pais à banca e de dívidas das
autarquias a fornecedores é
uma das propostas de um
“pacote” de medidas para a
revitalização da economia
aprovado pelo conselho geral
da Nersant-Associação
Empresarial da Região de
Santarém. O documento su-
gere intervenções em cinco
áreas principais, que incluem
o financiamento das empresas,
o acesso às verbas do Quadro
de Referência Estratégico
Nacional (QREN), o apoio à
internacionalização das
empresas e as reformas estru-
turais.
Os responsáveis da Nersant
acreditam que a regularização
de dívidas autárquicas pode
dar um impulso forte à econo-
mia e defendem que as verbas
do fundo de capitalização da
banca que venham a ser desti-
nadas à redução das dívidas
das empresas municipais dev-
erão, obrigatoriamente, ser
reafectadas ao financiamento
da economia.
Depois, propõem a criação de
uma nova linha de crédito para
as PME “adaptada às novas
condições de mercado, aos
constrangimentos da banca
nacional em termos de liq-
uidez e sobretudo às necessi-
dades das PME beneficiárias”
e realçam a necessidade de
acelerar a reorganização do
sistema público de capital de
risco, eventualmente recorren-
do também a parte do fundo de
12 mil milhões destinado a
recapitalizar a banca para o
reforço do Fundo de
Contragarantia Mútua.
A Associação Empresarial de
Santarém recomenda também
a aceleração da utilização do
QREN “como mecanismo de
animação e dinamização da
economia”, com a alteração
das regras de candidatura ao
programa COMPETE, possi-
bilitando o acesso a todas as
empresas e não apenas às
cerca de 17 mil empresas
exportadoras, e a possibili-
dade de acesso das empresas
ao empréstimo-quadro negoci-
ado com o Banco Europeu de
Investimentos para financiar a
contrapartida nacional de pro-
jectos apoiados por fundos
europeus.
A Nersant preconiza, ainda,
um sistema que permita que as
pequenas e médias empresas
entreguem o IVA ao Estado só
depois de receberem o respe-
ctivo pagamento, incentivos
fiscais à criação de novas
empresas e apoios ao desen-
volvimento da agricultura.
Defende, finalmente, benefí-
cios fiscais para empresas
exportadoras, a mobilização
das grandes empresas pre-
sentes em mercados interna-
cionais para apoiarem a inter-
nacionalização dos seus
fornecedores, medidas de
reforma estrutural sobretudo
na justiça e a redução signi-
ficativa do número de institu-
tos, fundações, comissões e
empresas municipais.
J. T.
Empresários de Santarém querem verbas da
troika para reduzir dívidas das autarquias
Quinta da
Sabedoria
inaugurada em
Samora
Correia
Fotos: Ana Serra
Um novo complexo de acolhi-
mento de idosos foi inaugurado,
no passado sábado, junto a
Samora Correia. A “Quinta da
Sabedoria” oferece um vasto
espaço com o edifício envolvido
por zonas verdes e tem caracterís-
ticas muito próprias, apostando
numa ligação forte à cultura.
Assim, cada quarto tem um nome
de uma figura da cultura portugue-
sa, desde Fernando Pessoa a Eça
de Queirós, passando por Bocage e
Sofia de Mello Breyner
Andersson, entre outros.
O projecto é liderado por Pedro
Francisco, já com muita experiên-
cia no ramo do apoio aos idosos e
ligados aos lares da Misericórdia
de Vila Franca de Xira.
A nova casa de repouso foi benzi-
da pelo Padre Rui, a samorense
Piedade Salvador (“poetisa do
povo”) também esteve presente
para recitar alguns dos seus poe-
mas e a vila-franquense Amália
Rodrigues cantou o fado "A
Padroeira dos Campinos", escrito
por Piedade Salvador.
Alberto da Pontedeixa Central deCervejas em Abrilpara “abraçar” cargoeuropeuO presidente da Sociedade Central de Cervejas eBebidas (SCC), Alberto da Ponte, vai deixar o cargono próximo mês de Abril para assumir um cargo degestão internacional no grupo Heineken, a que per-tence a cervejeira portuguesa sedeada em Vialonga.Alberto da Ponte ficará responsável por desenvolveruma estratégia futura para o designado canal Horeca(hotelaria, restauração e cafés), que tem um pesomuito significativo nas vendas do grupo holandês, quetotalizou em 2010 um volume de negócios de 7, 8 milmilhões de euros.À frente da comissão executiva da Central de Cervejasdesde 2004, Alberto da Ponte explica que aceitou oconvite da Heineken para este novo desafio numa“função de alto valor acrescentado na Europa. Paragerir a SCC foi já designado Ronald den Elzen, de 39anos, actual director financeiro da Heineken no ReinoUnido. O novo responsável já conhece a realidadeportuguesa porque, em 2008, foi o responsável pelaintegração na Heineken dos novos mercados, entreeles o português, que pertenciam à Scotish &Newcastle.Alberto da Ponte começou a sua carreira em 1973 naLever e exerceu também cargos de topo na Fima e naUnilever, antes de assumir a presidência da Central deCervejas.
13
18 de Janeiro de 2012
Natércia Bernardino expõe em Alhandra
Uma exposição de pintura de Natércia Bernardino está patente, na Galeria AugustoBértholo de Alhandra, até ao próximo dia 26 de Fevereiro. A mostra, inaugurada no pas-sado sábado, integra trabalhos em aguarela e colagens com imagens de natureza pais-agística, com particular enfoque na água e nas respetivas nuances. Inserida na Casa-Museu Sousa Martins, a Galeria Augusto Bértholo pode ser visitada de quarta a domingodas 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Encerra às segundas, terças e feriados.
A Assembleia de Freguesia de
Vila Franca de Xira está contra
a circulação de bicicletas de
adultos no Jardim Municipal
Constantino Palha e aprovou
uma moção nesse sentido, que
apela à Câmara para que proí-
ba de “imediato” a circulação
deste tipo de bicicletas, colo-
cando nos extremos do jardim
sinais que limitem o uso de
bicicletas a menores de 11
anos. O documento sublinha
que esta medida poderá ter
carácter temporário até que se
conclua uma discussão “mais
séria” sobre o assunto e se
tomem “decisões mais acer-
tadas”. Os eleitos locais
mostram-se sobretudo preocu-
pados com os riscos para as
crianças que frequentam o
jardim que podem advir da cir-
culação de adultos em bicicle-
ta.
A moção, apresentada por Rita
Lima (CDU), sustenta que as
possibilidades de descanso
descontraído no Jardim
Constantino Palha acabaram
“subitamente” porque, após a
obras de remodelação do
espaço e de prolongamento do
passeio ribeirinho, “verificou-
se que todas as bicicletas pa-
ssaram a ter autorização para
circular” neste jardim, incluin-
do as bicicletas de adultos
“com todos os riscos que daí
resultarão para os utentes,
especialmente as crianças,
idosos e deficientes”.
O documento recorda que, em
recente reunião camarária, a
presidente Maria da Luz
Rosinha afiançou que vai ser
delimitada uma faixa de
ciclovia junto à linha-férrea.
Mas questiona como é que isso
será feito, se apenas com a
mudança da cor ou textura do
pavimento. “Essa ciclovia está
precisamente traçada do lado
onde está situado o acesso
principal ao jardim”,
prossegue, frisando que está
também traçada do lado da
entrada principal do parque
infantil. “Não é uma ou duas
bicicletas que por ali passam
em passeio, mas sim grupos
organizados, por vezes até em
jeito de competição”, alerta,
considerando que a retirada
das placas de proibição da cir-
culação de bicicletas a maiores
de 10 anos foi tomada “à pres-
sa” e “não teve em conta todos
estes factores de risco”.
Na discussão da moção, Isabel
Estevinha (PS) salientou que
os socialistas não estão “contra
a circulação de adultos no
jardim, até porque fará parte
do plano do passeio ribeirin-
ho”, mas admitiu que também
concordam que “deve haver
uma reflexão sobre as
condições da circulação
daqueles que utilizam o pas-
seio ribeirinho mas também
querem, depois, utilizar o par-
que (jardim). A questão será
recolocar a proibição a
maiores de 10 anos até que
baixe a uma comissão espe-
cializada”, observou.
Também António José Matos
manifestou a concordância da
Coligação Novo Rumo
(PSD/PPM(MPT), frisando
que numa sociedade mais civi-
lizada esta preocupação não se
colocaria desta maneira, mas
que é preciso prevenir proble-
mas graves no jardim. A
moção acabou por ser aprova-
da por unanimidade na sessão
de 19 de Dezembro da
Assembleia de Freguesia vila-
franquense mas, passado um
mês, quase nada foi feito e
mantêm-se apenas os sinais
que indicam uma faixa para as
bicicletas, delimitada apenas
por uma calha metálica colo-
cada no chão. Nem foram
recolocados os sinais que limi-
tam a circulação de bicicleta a
menores de 11 anos, nem a
ciclovia foi claramente delimi-
tada como previsto.
Jorge Talixa
Assembleia não quer
adultos de bicicleta no
jardim de Vila Franca
O Concerto de Reis de Vialonga realizou-se, no dia 14, no grande auditório da Central deCervejas, reunindo cerca de 190 jovens músicos pertencentes ao Agrupamento de Escolas deVialonga – Associação Orquestra de Vialonga – e mais 60 pequenos cantores pertencentes aomesmo agrupamento.Com a sala completamente cheia de pais e encarregados de educação, o momento serviu tam-bém para entregar à orquestra mais um lote de instrumentos, com o patrocínio da Central deCervejas, do ISCTE – Indeg Business School e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira,que esteve representada pelo vereador Fernando Paulo Ferreira, que realçou que este projectoé “um dos maiores orgulhos do município”. Por outro lado, a representante do conselho de administração da Central de Cervejas afirmouque a empresa está de alma e coração com este projecto escolar, ao mesmo tempo que deugarantias de disponibilidade para outras iniciativas. A presidente do Agrupamento de Escolas, Armandina Soares, fez questão de agradecer a todoo corpo docente e não docente, bem como aos pais e encarregados de educação, pela soli-dariedade no projecto, e aos artistas pela forma responsável, disciplinada e muito assertivacom que se apresentaram.
Adriano Pires
SFRA estreia“Cepa Torta»“Cepa Torta” é o nome darevista que a SociedadeFilarmónica RecreioAlverquense estreou no passa-do dia 8 de Janeiro, com meiacentena de artistas em palco,ensaiados pelo mestre JúlioCarmo Santos. Muita críticasocial ao estado actual daeconomia portuguesa, fado,bailado e excelentes core-ografias, aplaudidas por cercade 600 espectadores.
Região preserva tradição das Janeiras O Grupo de Cavaquinhos da Aripfca(Associação de Reformados, Idosos ePensionistas do Forte da Casa) e o GrupoCoral e o Coro da cidade Vilafranquensecantaram as Janeiras, no Dia de Reis, nosalão nobre dos Paços do Concelho. Já nacidade de Alverca, o Grupo Etnográfico“Danças e Cantares de Alverca” protagoni-zou um excelente concerto dos Reis, enquan-to na vila do Forte da Casa, depois de ani-mação pelas ruas, mercado e comércio local,durante os meses de Dezembro e Janeiro, aAripfca reuniu os seus associados numa festaconvívio alusiva à efeméride.
Adriano Pires
Concerto de Reis junta 250 músicosem Vialonga
15
18 de Janeiro de 2012
Motivação e sucesso em seminário
O complexo desportivo do Futebol Clubede Alverca acolhe, no próximo dia 4, umseminário sobre motivação e sucesso. Ainiciativa tem acesso gratuito e decorreentre as 10h30 e as 12h30.
PS quer garantiaspara funcionários daGesrudaOs vereadores do PS na Câmara de Arruda dos Vinhos apre-sentaram uma proposta de recomendação aos executivocamarário para que procure negociar com o Governosoluções legais para que, no caso de se confirmar a extinçãoda empresa municipal Gesruda fique garantida “a transfe-rência dos respectivos trabalhadores para os novos serviçose/ou entidades que passem a assegurar as actividades daempresa extinta, sem perda de quaisquer direitos”. Os autar-cas socialistas recomendam, também, a suspensão de todosos procedimentos concursais para o recrutamento de novosfuncionários e que, no caso de extinção de alguma dasfreguesias do Município, fique assegurada a transferênciados respectivos funcionários para a nova entidade compe-tente.André Rijo e Pedro Jerónimo salientam que qualquer refor-ma do sector empresarial local que implique a extinção oufusão de empresas municipais “deve ter em conta o princípioconstitucional da segurança no emprego de todos os seustrabalhadores”. E acrescentam que, ao longo dos últimosanos, os eleitos do PS têm vindo a manifestar a sua preocu-pação pelo “estado de saúde económico-financeira daempresa municipal Gesruda”. Lembrando que a Reforma daAdministração Local preconizada pelo Governo pretendereduzir significativamente o número de empresas municipaise que entre os critérios definidos para essa extinção estão oscasos de apresentação de resultados negativos nos últimos 3anos e de facturação dependente em mais de 50% dosrespectivos municípios, os vereadores socialistas reconhecemque será “muito provável a extinção da Gesruda”.
Renegociação das compensações
da Ota começa a 2 de Fevereiro
Jorge Talixa
No Verão de 2008, o chamado
pacote de compensações da
Ota foi recebido de braços
abertos por 12 municípios do
Oeste e outros quatro da
Lezíria do Tejo. Mais de três
anos depois, quase nada
avançou e o acentuar da crise
económica deixou as câmaras
com muito pouco do previsto
no Plano de Acção que aponta-
va para investimentos de 2, 08
mil milhões de euros até 2017.
A mudança de Governo gerou
uma nova fase de indefinição,
que já se arrasta há mais de seis
meses. Depois de muitas
insistências das autarquias, foi
agora indicado o secretário de
Estado das Obras Públicas
como “interlocutor” dos
municípios e está prevista uma
primeira reunião para 2 de
Fevereiro, com o objectivo de
iniciar um processo de renego-
ciação e de reprogramação
destes compromissos assumi-
dos pelo primeiro governo de
José Sócrates depois de ter
decidido mudar o futuro aero-
porto da Ota para a zona do
Campo de Tiro dito de
Alcochete.
Carlos Lourenço, presidente da
Comunidade Intermunicipal do
Oeste e da Câmara de Arruda
dos Vinhos, já confessara a sua
“frustração” pelo impasse em
que o processo caiu no segun-
do governo de Sócrates. Agora,
o executivo de Passos Coelho –
disse, em fase de campanha,
que os compromissos do
Estado são para honrar, embora
dificilmente com a dimensão
financeira prevista em 2008 –
resolveu retomar as negoci-
ações.
“O que pretendemos é reacti-
var o dossier, estamos
disponíveis para ouvir e sobre-
tudo também para fazer valer
um documento que foi assina-
do, aprovado em Conselho de
Ministros e publicado”, subli-
nha Carlos Lourenço, admitin-
do as dificuldades financeiras
do Estado, mas frisando que a
posição dos municípios é a
mesma que já tinham há dois
anos. “Sabemos das dificul-
dades, podemos reprogramar e
refazer isso tudo, não quere-
mos e que seja abandonado um
documento que foi assinado
pelo governo português”, sus-
tenta.
Para o autarca de Arruda, a
questão nem é tanto o volume
dos investimentos, até porque
boa parte dos projectos podem
ser financiados por verbas
europeias, no âmbito do QREN
(Quadro de Referência
Estratégico Nacional). “Muitas
vezes o que foi acordado,
houve esse cuidado, são verbas
do QREN e aquilo que nunca
se conseguiu fazer foi desblo-
quear as verbas do QREN para
estes projectos”, lamenta, con-
siderando que, ao contrário do
previsto, não lhes chegou a ser
dada prioridade. “Acho que
isso pode ser feito e é uma das
coisas que iremos debater”,
garante.
Certo é que os autarcas do
Oeste até se mostram “conde-
scendentes” e percebem que as
obras mais importantes que
dependeriam essencialmente
de verbas do Estado português
dificilmente poderão avançar
nesta fase, mas acham que há
questões que dependem apenas
de decisões administrativas e
não têm custos (como a trans-
ferência para os municípios de
antigos edifícios do Instituto da
Vinha e do vinho) e que já
poderiam estar despachadas,
assim como a elaboração de
alguns projectos. “Houve má-
vontade nessa parte”, constata
Carlos Lourenço, reafirmando
que os municípios do Oeste
estão dispostos a renegociar e
reprogramar todo este pacote
de investimentos.
Governo e municípios do Oeste vão voltar à mesa das negociações no próximo dia 2 para tentarem chegar a um acordo de repro-
gramação dos investimentos previstos para compensar as restrições impostas à região enquanto o futuro aeroporto esteve pre-
visto para a Ota e a quebra de expectativas gerada pela mudança do projecto para a margem sul do Tejo.
“Aquilo que nunca se
conseguiu fazer foi
desbloquear as verbas
do QREN para estes
projectos”
16
voz ribatejana #29
Jorge Talixa
As obras de reabilitação da
Ponte da Vala Nova, tabuleiro
integrado na Estrada Nacional
118 no troço que liga
Benavente a Salvaterra de
Magos, iniciaram-se há exa-
ctamente 1 ano, mas estão
ainda longe da conclusão.
Depois de algum abrandamen-
to na fase da colheita do
tomate, os trabalhos voltaram,
nas últimas semanas, a obrigar
ao corte de uma das faixas e à
circulação alternada. Geram-
se, assim, filas enormes de
trânsito que chegam a esten-
der-se por mais de 1
quilómetro, sobretudo nas
chamadas horas de ponta.
A Câmara de Benavente sabe
que houve alguns problemas
com as massas asfálticas uti-
lizadas, mas tem a informação
que o trânsito voltará a circu-
lar em duas faixas já a partir
desta semana. A Estradas de
Portugal também garantiu, ao
Voz Ribatejana, que esta fase
da obra estará concluída em
“meados” de Janeiro.
Quando se apercebem da
dimensão das filas, alguns
automobilistas optam por
inverter a marcha, mas as
alternativas de ligação ao vi-
zinho concelho de Salvaterra
obrigam a fazer mais umas
dezenas de quilómetros em
estradas sinuosas. Certo é que
os pouco mais de 3 quilóme-
tros que separam Benavente
de Salvaterra percorriam-se
normalmente em menos de 5
minutos e chegam, agora, a
demorar uma hora. A Estradas
de Portugal (EP) justifica a
necessidade do trânsito alter-
nado com razões de segurança
e disse, ao Voz Ribatejana, que
esta situação mantém-se até
meados de Janeiro, prevendo a
conclusão total das obras no
final deste mês.
O assunto foi colocado em
recente reunião da Assembleia
Municipal de Benavente, com
Margarida Netto, eleita local e
deputada à Assembleia da
República pelo CDS-PP, a
sublinhar que tem recebido
inúmeras queixas de pessoas
que se debatem com este
“constrangimento” da ponte
da Vala Nova. Nelson Silva
Lopes (CDU) apresentou, por
seu turno, uma moção,
aprovada por unanimidade,
que solicita medidas imediatas
da EP que minimizem os
transtornos para a população e
levem à rápida conclusão dos
trabalhos e à retirada de entul-
hos e outros materiais de obra
que, entretanto, caíram ao
leito da Vala Nova. “Na última
semana agravaram-se os tem-
pos de espera, que se traduzem
em graves prejuízos”, vincou,
lembrando que o prazo inicial
(270 dias) para a execução da
empreitada já está ultrapassa-
do. O gabinete de comuni-
cação da EP explicou, por seu
turno, ao Voz Ribatejana, que
a execução de trabalhos de
pré-esforço exterior da laje do
tabuleiro em “boas condições
de segurança para utentes e
trabalhadores” obrigou “à
implementação de circulação
alternada até meados deste
mês”. A empresa acrescenta
que o prazo de 270 dias para a
concretização da empreitada
terminou no dia 30 de
Dezembro e que prevê que
tudo fique concluído até final
de Janeiro, sem mais condicio-
nantes de circulação nas suas
duas últimas semanas. “A
razão das obras de alargamen-
to na Ponte da Vala Nova
ainda decorrerem deve-se ao
facto de estas terem sido sus-
pensas durante a denominada
campanha do tomate. Esta
interrupção, que decorreu
entre o final de Junho e
Outubro, atendeu ao pedido
formulado pela autarquia de
Benavente, agricultores e
empresários”, refere a
Estradas de Portugal, justifi-
cando ainda o atraso com “o
aumento dos faseamentos da
obra” com o objectivo de mi-
nimizar os impactos na circu-
lação.
As obras na ponte da Vala Nova continuam a gerar filas enormes na Nacional 118 e a revolta
dos habitantes de Benavente e Salvaterra que a utilizam regularmente.
“Bloqueio” da ponte da Vala deve terminar esta semana
Miguel António Rodrigues
Os Bombeiros Voluntários de Azambuja
comemoraram, este sábado, 80 anos de
existência. Foram comemorações solenes
informais e sem grande aparato, a con-
trastar com os últimos anos. Em causa
está o actual momento vivido pela associ-
ação, que depois de
não ter renovado os
contratos de trabalho a
alguns funcionários já
questionou o seu
próprio futuro.
A redução das trans-
ferências de verbas da
autarquia e a redução
dos serviços de trans-
porte de doentes não
urgentes, estão na base
das dificuldades da
corporação. Uma situ-
ação que não é única
no país, já que muitas
outras corporações se
queixam do mesmo.
Ao Voz Ribatejana, o
presidente da
direcção, António
Manuel Duarte, vin-
cou que a associação não está saudável
financeiramente para fazer as habituais
festas. O responsável diz que, com estas
comemorações “discretas”, quer passar
um sinal de poupança à população e, ao
mesmo tempo, aos próprios bombeiros,
que estão cientes do momento que atra-
vessam.
Este ano, em vez das cerimónias habituais
de entrega de medalhas e desfile de via-
turas, os Bombeiros de Azambuja
optaram por um almoço entre os seus ele-
mentos. Um encontro mais informal, tam-
bém porque os tempos são de crise e para
o qual foram convidadas poucas pessoas.
António Manuel Duarte está de saída da
associação. Motivos de saúde estão na
base desta decisão, que assegurou ter sido
difícil. Ainda não há eleições marcadas,
mas especula-se que antes de Abril exista
um novo corpo gerente na associação.
Bombeiros de Alcoentre
com nova liderança.
Também os Bombeiros de Alcoentre estão
numa fase de mudança. José Manuel
Fernandes, engenheiro na Câmara de
Azambuja tomou posse, no passado dia 10
e promete “mão de ferro” para gerir a
associação. Na tomada de posse, José
Manuel Fernandes, antigo candidato do
PSD à Junta de Alcoentre, disse estar con-
sciente dos problemas da associação,
sobretudo relacionados
com a falta de dinheiro e
um défice elevado com
dívidas a terceiros.
O novo presidente diz
que o objectivo é “cortar
nas despesas e aumentar
as receitas” e anunciou
ter ideias para contornar
o “momento de crise” da
associação, mas que terão
de passar sempre pelos
canais institucionais.
Primeiro serão discutidas
em direcção e, posterior-
mente, passadas ao
comando, que as fará
chegar ao corpo activo.
José Manuel Fernandes
espera “frontalidade” de
todos, para conseguir
levar a bom porto a
Associação Humanitária dos Bombeiros
de Alcoentre. A nova direcção tem
António Nobre, vereador da CDU na
Câmara de Azambuja, na mesa da assem-
bleia e o conselho fiscal é agora dirigido
por Francisco Jerónimo, que conta com
Luís de Sousa, antigo presidente da
direcção e vereador da câmara de
Azambuja, como secretário.
Bombeiros de Azambuja completam80 anos em momento difícil
Misericórdia de Azambuja
tem novo provedor
Os novos corpos directivos da Santa Casa da Misericórdia
de Azambuja tomaram posse este sábado, depois da realiza-
ção de eleições antecipadas. Sebastião Bexiga sucede, assim,
a Armando Aparício, falecido em Agosto do ano passado,
que liderou a instituição de Azambuja durante uma dezena
de anos.
Na tomada de posse, o novo provedor, perante as forças
vivas do concelho de Azambuja, funcionários e represen-
tantes do Governo, salientou a necessidade de encontrar os
caminhos necessários para levar a bom porto, a “nau” que
é a Santa Casa de Azambuja.
Para além de recados internos, apelando à união dos fun-
cionários e corpos directivos tendo em vista um futuro com-
plicado economicamente, Sebastião Bexiga elencou alguns
objectivos em torno da instituição fundada há 500 anos. Um
dos recados foi precisamente para a edilidade, representada
na cerimónia pelo vice-presidente Luís de Sousa.
O novo provedor lembrou uma luta antiga, travada há
muito pela instituição com a câmara: a posse e gestão das
piscinas municipais. O terreno pertence à Santa Casa de
Azambuja mas, segundo apurámos, a falta de papéis coloca
em causa qualquer acto administrativo no equipamento.
Por outro lado, Sebastião Bexiga lembra que o equipamen-
to está encerrado há mais de dois anos e, fazendo falta à
comunidade, a Misericórdia está disponível para, em con-
junto com a autarquia, tentar encontrar uma solução para
a reabertura do complexo.MAR
REGIONAL
“
Futuro do associativismo em debate
Reflexões para o futuro” é o tema de um seminário que se real-iza, no próximo dia 28, no Palácio do Sobralinho. Uma inicia-tiva da Câmara de Vila Franca e da Animar, que pretendereflectir e debater o futuro do associativismo. Em foco vão estartemas como o empreendedorismo, o voluntariado e a profis-sionalização, a sustentabilidade e as novas tecnologias.
17
TAUROMAQUIA
“18 de Janeiro de 2012
Novo Regulamento do
Espectáculo Tauromáquico
aguarda aprovação em
Conselho de Ministros
O texto do novo Regulamento do Espectáculo Tauromáquico
(RET), elaborado pelo gabinete do secretário de Estado da
Cultura Francisco José Viegas, está, neste momento, em apreci-
ação no Governo para posterior apresentação e aprovação em
Conselho de Ministros. De acordo com um porta-voz da
Secretaria de Estado da Cultura, esta aprovação e publicação do
novo RET deverá acontecer “em breve”. Recorde-se que
Francisco José Viegas chegou a prever a publicação deste novo
regulamento em Dezembro, mas verificaram-se alguns atrasos na
sua apreciação.
Palha Blanco em calendário de agência de modelosA Praça de Toiros Palha Blanco foi escolhida para integrar as imagens de um calendário de 2012 que a agência de modelosnorte-americana Glam decidiu elaborar tendo como tema a tradição tauromáquica. A praça vila-franquense ilustra exacta-mente o mês de Julho, mês do tradicional Colete Encarnado e nela destaca-se a modelo Raquel Strada, acompanhada por ummatador de toiros, um campino e um forcado.
Tauroleve concorre àpraça de AlmeirimA empresa vila-franquense Tauroleve, responsável pela gestão da
Palha Blanco, anunciou que apresentou também uma proposta ao
concurso recentemente aberto para a exploração da Praça de
Toiros de Almeirim. Ricardo Levesinho, responsável da
Tauroleve, desmentiu, entretanto, a entrega de qualquer proposta
para a praça do Montijo.
No caso de Almeirim, o empresário vila-franquense acha que há
condições para “efectuar um trabalho onde a praça possa se recu-
perar” e sustenta que “se existirem praças em que possamos con-
siderar, dentro da nossa modesta opinião, que existe a possibili-
dade de acrescentarmos valor positivo, podem contar com a
Tauroleve. Sempre respeitando pessoas, ideias ou empresas, mas
caminhando livres com as nossas ideias”, prossegue, garantindo
que pretende unicamente “ajudar a tauromaquia que sempre ido-
latrámos” e que a Tauroleve irá “onde pensarem que seremos
úteis e onde acharmos que seremos uma mais-valia”.
Câmara de VilaFranca de Xira apoiaforcadosA Câmara Municipal de Vila Franca de Xira decidiu atribuiruma verba de 4 300 euros ao Grupo de Forcados Amadoresvila-franquense destinada ao pagamento do seu seguro deAcidentes Pessoais. Esta verba insere-se no protocolo estab-elecido pela autarquia com o Grupo de Forcados de VilaFranca que, como referimos na última edição do VozRibatejana, foi um dos que mais actuou na temporada tran-sacta em Portugal, com 23 corridas efectuadas.A edilidade de Vila Franca de Xira lembra que o Grupo deForcados Amadores “é reconhecidamente um embaixadordo Município nos quatro cantos do Mundo, numa das áreasculturais que mais contribui para a identidade do concelho –a tauromaquia”.
Açores acolhem IIFórum Mundial daCultura TaurinaA ilha açoriana da Terceira recebe, de 26 a 28 de Janeiro, oII Fórum Mundial da Cultura Taurina, com actividades dis-tribuídas pelas cidades de Angra do Heroísmo e Praia daVitória. O evento abre no dia 26 com uma mesa redondasobre informação taurina no Mundo, seguida da conferência“Intelectuais que escreveram sobre toiros”. No primeiro detrabalhos, centrado no Centro Cultural e de Congressos deAngra do Heroísmo, haverá ainda uma mesa redonda sobreo tema “Internet e aficionados”, a projecção de um filme ejantar no Lawn Tennis Club.Já no dia 27, este II Fórum Mundial da Cultura Taurinatransfere as suas actividades para a Praia da Vitória,abrindo com uma conferência sobre a “Obra Jornalística deSanchez Mejias” apresentada por Juan Carlos Gil. Segue-seuma mesa redonda com toureiros e comentadores de corri-das e, após o almoço, destacam-se uma conferência sobre a“Situação dos Toiros no Equador” e uma mesa redondasobre “Linguagem e Mensagem da Informação Taurina noSéculo XXI”.O último dia do Fórum volta a decorrer em Angra doHeroísmo com duas mesas redondas sobre “Marketing ePromoção” e “Artistas e Tauromaquia”, um almoço regionalna Casa do Povo da Ribeirinha e uma tenta pública naPraça de Toiros da Ilha Terceira.
Vinhais abre temporada 2012com toiros de Jorge deCarvalhoA vila transmontana de Vinhais vai, este ano, abrir a tempo-rada tauromáquica em Portugal, com uma corrida agendadapara 11 de Fevereiro, altura em que ali decorre a 32ª. Feirado Fumeiro. O espectáculo apresenta toiros da ganadariaEngº. Jorge de Carvalho de Arruda dos Vinhos e conta comos cavaleiros Gonçalo Fernandes e João Salgueiro da Costa.As pegas ficam a cargo do Grupo de Forcados Amadores deCoimbra.
Campo Pequenoplaneia 14 corridaspara 2012A Sociedade do Campo Pequeno vai abrir a temporada 2012com uma corrida agendada para 12 de Abril. A empresa lis-boeta programou 14 corridas de toiros e uma novilhada (16de Julho) para a nova temporada, que encerrará a 4 deOutubro com a tradicional Corrida de Gala à AntigaPortuguesa.
Muito disputado, mas nem
sempre bem jogado, o dérbi
concelhio entre Vilafranquense
e Alverca terminou, no dia 8,
com uma vitória da equipa de
Vila Franca por 1-0, graças ao
golo de Guilherme, marcado
aos 10 minutos da segunda
parte. Uma partida caracteriza-
da por muita luta e por escas-
sas oportunidades de golo,
onde a equipa da casa acabou
por se superiorizar e conseguiu
controlar o jogo até final, ape-
sar das tentativas do Alverca
para criar mais perigo. Com
esta vitória, a União
Vilafranquense voltou a subir
ao meio da tabela da Divisão
de Honra da Associação de
Futebol de Lisboa, a uma jor-
nada do fim da primeira volta,
com mais um ponto que o
Vialonga e mais dois que o
Alverca (ver também rescaldo
da jornada de 15 de Janeiro na
página 19).
Certo é que o ansiado dérbi
entre Vilafranquense e Alverca
registou uma boa assistência,
com mais de 300 espectadores
nas bancadas do campo do
Cevadeiro. O tempo solarengo
também ajudou à festa. O
Vilafranquense entrou a pres-
sionar mais nos primeiros 10
minutos, mas o jogo foi repar-
tido e, à passagem do primeiro
quarto de hora, o Alverca ben-
eficiou de dois livres perigosos
à entrada da área da UDV, que
não tiveram consequências.
Até final da primeira metade
referência apenas para os
amarelos que o árbitro Rúben
Santos mostrou a Fábio Hervet
(Alverca) e a Paulo Sérgio
(UDV) e para um cabeceamen-
to perigoso de Ricardo Rocha
no meio da grande área.
Com o intervalo vieram as su-
bstituições e Paulo Eira refres-
cou o ataque do
Vilafranquense com a entrada
de Guilherme. Os resultados
vieram 10 minutos depois,
com o jovem avançado a
aparecer liberto na área do
Alverca e a fuzilar a baliza do
guarda-redes Rui Pereira. A
equipa de Alverca tentou rea-
gir, o treinador Nuno Lopes fez
algumas substituições para
tentar mudar o sistema de jogo
e Hervet chegou a estar isolado
perante Fialho, mas o guarda-
redes de Vila Franca “encheu”
a baliza e não permitiu o golo
do empate. No final a festa foi
dos apoiantes da UDV que,
assim, ultrapassou o Alverca
na tabela classificativa.
J.T.
Vilafranquense bate Alverca por 1-0
em jogo muito disputadoUniãoVilafranquenseFialhoNuno Batista (cap)Ricardo RochaRui ArrojaFélixFábio Rosa (PauloGrazina)Paulo SérgioCalistoMilton (Guilherme)Marco (Emanuel)Bruno Pernes (Hernani)
Treinador: Paulo Eira
F.C. AlvercaRui PereiraTelmo (André)Junior (Daniel)Nelson (cap)JacobFrotaArmindoPedro OliveiraFábio (Ferra)Fábio HervetTó Jó
Treinador: Nuno Lopes
“
DESPORTO
18
No final do jogo, o sentimento era de satisfação
junto à cabine do Vilafranquense que regre-
ssou, assim, às vitórias depois de dois meses
complicados, em que a equipa somou empates
e algumas derrotas. Paulo Eira, treinador da
UDV, reconheceu, em declarações ao Voz
Ribatejana, que foi “um jogo difícil, um dérbi a
sério com muita entrega de parte a parte, em
que o relvado não nos permitiu jogar melhor
futebol”. Esta foi, aliás, uma das
questões salientadas por Paulo Eira,
uma vez que as obras de construção
do sintético obrigaram a que, nos
últimos meses, todas as equipas da
UDV treinassem e jogassem no rel-
vado, degradando-o bastante.
“Queríamos muito ganhar, acreditá-
mos que era possível, trabalhámos
muito, penso que fomos felizes e
que também merecemos a vitória”,
acrescenta o técnico, admitindo que, nos últi-
mos dois meses, “a equipa baixou a qualidade
de jogo, aquilo que gostamos de fazer e que as
pessoas gostam de ver, a circulação de bola, o
saber ter a bola, o querer ter a bola. Mas quem
está fora muitas vezes não se apercebe do mau
estado do relvado, está com muitos buracos,
dificulta e tira confiança e tira intensidade aos
jogos e aos treinos”, sublinha, frisando que, nos
últimos meses foi preciso fazer muitas vezes
treinos apenas atrás da baliza ou anular e
reduzir outros para não degradar mais o relva-
do. Com a inauguração do sintético, Paulo Eira
acredita que o Vilafranquense “pode voltar a
uma intensidade de treinos mais alta, ganhar
confiança e arrancar para um período positivo”.
Neste jogo, “houve oportunidades para um lado
e para o outro, acabou por ser um jogo de luta,
de entrega e de grande intensidade nas disputas
de bola. Conseguimos concretizar uma dessas
oportunidades, voltámos às vitórias, entrámos
em 2012 a ganhar, espero que seja um bom
prenúncio”, salientou. Já no que diz respeito à
influência da instabilidade directiva no rendi-
mento da equipa, Paulo Eira acha que não tem
sido muita. “Acabamos por não sentir, temos
duas pessoas que estão muito próximas de nós,
o senhor Cláudio e o senhor Castro,
que estão connosco desde a época
passada, tudo o que temos para tratar
tratamos com eles e eles vão-nos
pondo ao corrente da situação.
Acabamos por não sentir no dia-a-
dia essa instabilidade directiva”,
garante.
No final do ano passado, o plantel da
UDV perdeu um dos seus mais
destacados elementos, o jovem
avançado Semedo, que foi contratado pelo
Estrela de vendas Novas, da II Divisão
Nacional. “O que dizemos é que se ele
estivesse cá era mais um jogador a ajudar. Foi
um jogador que, nalguns jogos em que a equipa
não tinha soluções, conseguiu individualmente
encontrá-las e, logicamente, se estivesse cá
poderia ajudar-nos a resolver alguns problemas
que temos tido. Não estando, os jogadores que
cá estão, estão à altura, têm qualidade. A equipa
é muito competitiva e muito equilibrada e a
grande mais-valia é essa. Se o Semedo
estivesse cá, ajudava. Não estando, os que estão
desempenham muito bem a missão”, conclui,
assegurando que a UDV mantém a ambição de
ficar no quinto ou sexto lugares e que o maior
problema tem sido o das condições e da
disponibilidade do relvado.
O jovem técnico Nuno Lopes comanda aequipa do Futebol Clube de Alverca desdemeados de Novembro e conseguiu subiralguns lugares na tabela. Sobre o jogo de VilaFranca disse, ao Voz Ribatejana, que foi umapartida “bem disputada, mas nem sempre bemjogada” em que, no se entender, “oVilafranquense teve uma oportunidade degolo e acabou por conseguir concretizar e nóscríamos pelo menos duas e não conseguimos.Num jogo tão disputado,foi complicado, depois,sair por cima, ir à procurado prejuízo e conseguirmarcar”, admite.Certo é que Nuno Lopestambém acha que ascondições do relvado nãoajudaram à qualidade dojogo. “Não está muitopróprio para con-seguirmos uma boa inten-sidade de jogo, uma boacapacidade de posse e decirculação de bola. Pensoque são duas equipas denível similar e o jogo foirepartido. A diferençaesteve na concretização. Arriscámos tudo,passámos a jogar com três centrais e mais umjogador no corredor central e a equipa tam-bém não teve a ousadia necessária para colo-car a bola várias vezes na zona de finalização.Acabámos por não conseguir fazer aquilo quequeríamos, que era mudar o sistema táctico”,lamenta.Num primeiro balanço destes dois meses àfrente da equipa sénior do FCA, Nuno Lopes
sublinha que o Alverca “tem um plantel comqualidade”, mas admite que “não con-seguimos ainda dinamizar a forma de traba-lhar como pretendíamos. Já melhorámosalgumas coisas, temos a noção que o campe-onato é muito competitivo e, com toda acerteza, temos uma equipa com valor paraandar nos sexto ou sétimo lugares. Vamosconseguir com certeza, com mais trabalho emais determinação, rectificando aquilo que
está mal. Também temos quedar tempo aos jogadores queentraram agora e acreditoque vamos conseguir umcampeonato estável”, refere.Sobre esta renovação doplantel, Nuno Lopesadiantou ao Voz Ribatejanaque visou “preencher algu-mas lacunas” em posiçõesque considera que era impor-tante reforçar. “Hoje tivemosa infelicidade de um dosjogadores que iria preencheruma dessas lacunas, uma dascontratações, o Armindo, tersofrido um toque no aqueci-mento e não pôde jogar, o que
de alguma forma condicionou um pouco aestratégia que trabalhámos durante a semana.Mas isso não é justificativo, devíamos ter feitomais, os jogadores deviam ter tido mais deter-minação e mais vontade para conseguirmosdar a volta ao resultado. Com o tempo e comtranquilidade, vamos com certeza inverter amentalidade”, rematou Nuno Lopes, que fazuma apreciação bastante positiva do desem-penho da equipa de arbitragem.
“Trabalhámos muito, penso que merecemos a vitória”Paulo Eira
“Vamos conseguir um campeonato estável”Nuno Lopes
voz ribatejana #29
Equipas
19
18 de Janeiro de 2012
Vialonga e Alverca voltam às vitórias
A última jornada da primeira
volta da Divisão de Honra da
Associação de Futebol de
Lisboa foi feliz para Vialonga e
Alverca, que somaram vitórias
caseiras e cimentaram as suas
posições tranquilas a meio da
tabela. Pior esteve o
Vilafranquense que, depois de
ter ganho ao Alverca, foi,
agora, perder ao terreno do
último classificado Alta de
Lisboa. A equipa de Vila
Franca terá sido também afe-
ctada pelas convulsões do meio
da semana e foi orientada pelos
capitães de equipa.
Já o Vialonga subiu ao nono
lugar, depois da vitória por 3-0
sobre o Vila Franca do Rosário.
Na próxima jornada, no domin-
go, recebe o líder União de
Tires e o equilíbrio é tanto que
são apenas 6 os pontos que sep-
aram as dias equipas. O
Alverca bate o complicado
Ponterrolense e ultrapassou o
Vilafranquense na tabelam
denotando alguma tranquili-
dade. Na próxima jornada, a
equipa alverquense recebe o
sempre difícil Lourinhanense e
a UDV visita Ponterrol.
Povoense imparável
Na I Divisão da AFL, o União
Povoense continua a somar
vitórias e já é um sério can-
didato à subida à Divisão de
Honra, o que poderia juntar no
mesmo campeonato as quatro
principais equipas do concelho
de Vila Franca. Os homens da
Póvoa despacharam desta voz
o Arneiros por expressivos 4-1
e aproximaram-se do líder
Santa Iria, que perdeu em A-
dos-Cunhados. O Santa Iria
tem, agora, 37 pontos, o
Povoense soma 34 e o
Montelavar tem 31.
Na cauda da tabela segue o
Juventude da Castanheira, que
empatou a zero no campo do
Murteirense e soma apenas 14
pontos. Na próxima jornada, o
Povoense visita o União de
Vila Nova da Rainha e o
Castanheira recebe o lanterna-
vermelha Monte Agraço.
Derrotas para as equipas do
concelho de Benavente
Na Divisão Principal de
Santarém, o Benavente perdeu
em Tomar e a Arepa do Porto
Alto não conseguiu melhor na
deslocação à Moçarria. Os
homens de Benavente seguem
tranquilos na sexta posição e a
Arepa mantém-se no último
lugar. Já na Divisão
Secundária, o Samora perdeu
no Entroncamento e o
Barrosense, em casa, frente ao
Goleganense. No próximo fim-
de-semana, o Benavente visita
Fazendas de Almeirim e a
Arepa estará de folga.
Comissão administrativa
tenta reduzir déficeTentar reduzir o défice men-
sal do clube, que rondava os 6
mil euros em Dezembro, e
encontrar novas fontes de
receita são as grandes priori-
dades da comissão adminis-
trativa que dirige a União
Desportiva Vilafranquense
desde Novembro. Já em
Fevereiro, o presidente da
mesa da assembleia-geral,
Luís Santos, de acordo com
os estatutos, de-verá convo-
car nova reunião para perce-
ber se surgiram entretanto
interessados em concorrer à
direcção, mas tudo indica que
para já não vai haver listas
candidatas.
O antigo tesoureiro Luís
Feijão é, agora, o presidente
da comissão administrativa,
que integra mais uma dúzia
de elementos, parte deles lig-
ados às secções. “Temos ten-
tado arrumar casa e que as
receitas se consigam equili-
brar com as despesas”, expli-
cou Luís Feijão ao Voz
Ribatejana, frisando que para
amortizar o passivo de várias
de centenas de milhares de
euros será preciso avançar
com soluções de maior
dimensão como o posto de
combustíveis e que, nesta
altura, a comissão procura
sobretudo que “o clube seja
auto-sustentável, com um
equilíbrio entre despesas e
receitas”, uma vez que o
défice mensal rondava os 6
mil euros.
No dia 9, a comissão decidiu
propor uma redução de 50%
nos subsídios atribuídos ao
futebol sénior. A medida
acabou por ser aceite pela
equipa, mas gerou muita ten-
são nos dias seguintes (ver
caixa). Ao mesmo tempo, a
comissão tenta encontrar out-
ras receitas, como o aluguer
de um espaço de ginásio do
pavi-lhão, o aluguer do sin-
tético para alguns eventos e o
relançamento do jornal do
clube. “Temos que encontrar
algumas soluções para
rentabilizar o património que
temos, para aproximar as
receitas das despesas”, acres-
centa o presidente da comis-
são, considerando que não é
de prever que surja uma lista
candidata aos órgãos direc-
tivos já em Fevereiro. “Na
comissão administrativa esta-
mos a definir uma estratégia e
a ver quem vai concretizar as
ideias que temos em mente.
Há pessoas empenhadas em
fazer um bom trabalho, no
caso das modalidades de
pavilhão, as pessoas têm feito
um bom trabalho, já remode-
laram um pouco o espaço do
bar e estão a ser colocados
alguns equipamentos de
diversão como snookers para
gerar mais uma fonte de
receita”, concluiu.
Paulo Eira saipor falta deapoioTambém na semana passada, otreinador Paulo Eira, com ano emeio de ligação ao clube, comu-nicou à comissão administrativaa decisão da equipa técnica de sedemitir, sobretudo por falta deapoio dos dirigentes. O VozRibatejana apurou que PauloEira considera que a equipaestava um pouco “abandonada”a si própria, com vários proble-mas que passavam por falta deespaços para treinos e pela difi-culdade em substituir o massag-ista. A gota de água que feztransbordar o copo terá sido oplaneamento da utilização dosintético, que não contemplava aequipa sénior. Esta consideravanecessário preservar mais o jádegradado relvado e sentiu queessa preocupação não era tidaem conta. Certo é que, no finalda se-mana, a situação foi cor-rigida e os seniores vão treinarduas vezes por semana no sintéti-co. “A equipa sénior está unida,
temos a situação da equipa técni-ca que será resolvida duranteesta semana. Houve essa demis-são resultante de um acumular desituações e de problemas porcausa da utilização do camporelvado, por falta de comuni-cação entre o futebol juvenil e ofutebol sénior, mas a situaçãoestá resolvida e a equipa estáunida”, afiança Luís Feijão,admitindo que houve algumasquestões que não terão sido“bem geridas” pela estrutura dofutebol e pela comissão adminis-trativa.
Redução de50% nofutebolNa sexta-feira, o plantelsénior de futebol da UDVcomunicou à comissãoque estaria disponívelpara continuar, apesar docorte de 50% nos subsí-dios para transportes. Naprática isso significa umaredução de 2000 paracerca de 1000 euros men-sais. Segundo apurámos,o defesa Martim, que seencontra lesionado,preferiu afastar-se, tam-bém em solidariedadecom a equipa técnica.“Temos um orçamentoque foi negociado no iní-cio da época, mas nãotem sido fácil cumprir eestamos com 2 meses deatraso em relação aopagamento dos subsí-dios”, disse Luís Feijãoao Voz Ribatejana, frisan-do que era preciso reunircom o futebol sénior eprocurar um consenso.
O Alverca bateu o Ponterrolense por uma bola a zero
Carregado consolida quinto lugar
A Associação Desportiva do Carregado mantém uma excelente prestação na Zona Sulda II Divisão. No domingo trouxe um bom empate da deslocação a Loulé. Na jornadaanterior os homens do Carregado bateram o Fátima por 3-1 e seguem nos primeiroslugares da tabela. A equipa carregadense soma 26 pontos em 15 partidas e está noquinto lugar, apenas a 6 pontos do líder Torreense. No próximo domingo, na primeirajornada da segunda volta, a ADC visita o Atlético de Reguengos de Monsaraz.
20
Jorge Talixa
O ansiado campo relvado
sintético da União
Desportiva Vilafranquense
(UDV) foi inaugurado no
sábado, no arranque de um
torneio de escolinhas que
juntou cerca de 150 cri-
anças de seis clubes da
região. Situado paredes-
meias com o relvado, o
novo equipamento vem
substituir o degradado pela-
do que ali funcionou
durante anos e vai abrir
novas perspectivas ao fute-
bol jovem da colectividade
de Vila Franca de Xira.
A cerimónia inaugural foi
bastante simples, com o
pequeno Simão da escolin-
ha da UDV a dar o primeiro
pontapé e a correr em
direcção a uma das balizas,
sob o olhar de dirigentes do
Vilafranquense e de autar-
cas locais e perante várias
centenas de familiares dos
pequenos jogadores que
tiveram o privilégio de
estrear o sintético. Um
investimento de cerca de
200 mil euros, pago agora
pela Câmara de Vila
Franca, mas que tem o
compromisso de ser em
breve ressarcida pela
Obriverca, empresa que
celebrou um protocolo com
a autarquia e com o clube
em que se comprometia a
contribuir com 500 mil
euros para a melhoria das
suas instalações desporti-
vas.
Maria da Luz Rosinha,
acompanhada pelo
vereador Fernando Paulo
Ferreira, pela presidente da
Junta de Vila Franca Ana
Câncio e pelos presidentes
da assembleia-geral e da
comissão administrativa da
UDV (Luís Santos e Luís
Feijão), procuraram juntar
um jogador de cada equipa
para o momento inaugural.
As dezenas de miúdos das
escolinhas do Vilafran-
quense não escondiam a sua
satisfação e lançaram
mesmo confetis e fitas de
carnaval no meio do
campo. A manhã, devido ao
denso nevoeiro, foi particu-
larmente fria, mas nada
demoveu, depois, as 150
crianças das escolinhas da
UDV, Alverca, Carregado,
Povoense, Oriental e
Sacavenense, que
aproveitaram como pude-
ram o novo sintético.
“Este campo sintético re-
presenta a solução para o
problema desportivo que
tínhamos aqui. Vai dar ou-
tras hipóteses não só de
fomentar a prática desporti-
va, que é a principal razão
da nossa alegria, mas tam-
bém de gerar algumas
receitas por via do aluguer
do mesmo a terceiros”, vin-
cou Luís Feijão, presidente
da comissão administrativa
da UDV, em declarações ao
Voz Ribatejana, frisando
que “vai criar um pólo de
atracção das crianças e dos
jovens de Vila Franca para
a prática do futebol na sua
terra”, porque em anos
anteriores as más condições
do pelado levaram alguns a
optar por clubes limítrofes
com melhores condições.
Os escalões jovens do fute-
bol do Vilafranquense
movimentam cerca de 200
praticantes e, nos últimos
meses, enquanto decorriam
as obras do sintético, toda
esta actividade foi concen-
trada no relvado, que ficou
bastante danificado por
essa utilização intensa.
“Felizmente este ano o
Inverno não tem sido tão
rigoroso, se não estava num
estado mais lastimável”,
refere Luís Feijão, admitin-
do que esta foi também uma
das razões para a decisão do
treinador Paulo Eira de
deixar o clube (ver página
19).
150 miúdos na
estreia do sintético
do Vilafranquense
Alhandra sem soluções à vistaEm Alhandra muitos afirmam que a Câmara de Vila Francadeveria fazer o mesmo pelo Alhandra Sporting Club e con-struir um novo campo de futebol para a colectividade alhan-drense. Maria da Luz Rosinha disse, ao Voz Ribatejana, que“não há ainda nenhum progresso na questão do Alhandra”e, à questão que colocámos, referiu que este sintético daUDV “é um compromisso que não é da Câmara e a Câmaraserve unicamente de intermediário. Pagou, mas vai receber odinheiro”, sustenta.No caso do Alhandra, a edil diz que não tem havido conta-ctos recentes. “Estou à espera de um pedido de desculpaspor parte da direcção do Alhandra. Antes disso não haveráqualquer reunião”, concluiu.
O campo sintético inaugurado no sábado abre novas perspectivas para o futebol do
Vilafranquense.
Crianças entusiasmadasPara os jovens praticantes, sobretudo da UDV, o sintético foiuma grande prenda de ano novo. “Jogávamos num campode areia, agora é muito melhor, vai ser melhor jogar aqui”,disse ao Voz Ribatejana o pequeno Rodrigo Jóia, jogador dasescolinhas do Vilafranquense, enquanto o seu amigo MiguelFernandes reconhecia que tinha muita curiosidade emexperimentar o sintético, até porque quando cair “vai sermelhor”. Têm ambos 8 anos e andam na vizinha Escola doBairro do Paraíso. Gostam muito de futebol e querem apren-der mais. “Já jogo há dois anos, jogo a médio e gostava deser jogador de futebol quando for grande”, acrescentou oRodrigo, que não tem propriamente um jogador de referên-cia que queira imitar, mas gosta de estar no Vilafranquense.Já Miguel Fernandes explica que quis inscrever-se na UDVporque gosta muito de jogar à bola e quer aprender a fazeralgumas coisas que vê na televisão.
O pontapé inaugural
Rodrigo e Miguel
A alegria dos pequenos jogadores da UniãoVilafranquense
"Parabéns
UDV. Os vossos jovens
merecem ter condições para
praticar futebol. Assim se formam
os homens de amanhã, futuro deste
País. Em Alhandra, os nossos, continuam a
fazê-lo em muito más condições.
Esperamos pela nossa vez. Pelo Desporto,
Por Alhandra, com o Alhandra Sporting
Club, sempre.."
Manuel Amorim
"E
qual o passivo do
Clube? Justifica-se mais
um Campo quando outros
clubes bem perto nem um
têm?"
José Rodrigues
“Agora
só falta o de
Alhandra."
Ana Paula Nogueira
21
18 de Janeiro de 2012
Com 10 vitórias e 1 derrota, a
equipa de basquetebol sub-10
(nascidos em 2002 e 2003) da
União Desportiva Vilafran-
quense está a conseguir um
excelente desempenho no
Campeonato Regional de
Lisboa. Os jovens basquete-
bolistas de Vila Franca lideram
mesmo a prova, à frente do
Benfica A que, embora não
tenha conhecido ainda a derro-
ta, regista menos um jogo dis-
putado. Participam 32 equipas e
os primeiros serão apurados
para o campeonato nacional.
Já este ano, a UDV bateu os
Maristas por expressivos 78-2 e
ganhou ao Odisseia por 26-12.
No passado fim-de-semana, op
Vilafranquense bateu o
Alenquer por 50-14 e o
Moscavide por 50-26. “Os
resultados apresentados têm a
ver com um trabalho muito
sério que está a ser feito pela
secção de basquetebol da UDV
desde 2007/2008”, explica Rui
Silva, coordenador técnico do
basquetebol da União
Vilafranquense, frisando que
este grupo de atletas não surge
por acaso, mas “são jovens que
têm já 2/3 anos de prática, o que
nos coloca, de momento, par a
par com as melhores equipas
nacionais neste escalão”.
Rui Silva recorda que já nas
épocas de 2008/2009 e
2009/2010, a UDV teve
equipas de sub-14 no campe-
onato nacional e que na
primeira daquelas temporadas
sagrou-se mesmo campeã
regional, fruto já do trabalho de
base efectuado na formação.
A maior dificuldade, confessa,
tem sido alargar o recrutamento
de praticantes oriundos desta
região. Asecção de basquetebol
da UDV já promoveu, por duas
vezes, a distribuição de cerca de
9000 panfletos na região, mas
não têm aparecido novos
jovens interessados em iniciar a
prática da modalidade como os
responsáveis da secção gostari-
am. Apesar de tudo os resulta-
dos são muito positivos, não só
nos sub-10, mas também
noutros escalões como os sub-
16.
Sub-10 do Vilafranquense
lideram regional de Lisboa
Alenquer tem Galados Campeões nodia 28A já tradicional Gala dos Campeões do concelho deAlenquer realiza-se, no próximo dia 28, no PavilhãoDesportivo Municipal. A iniciativa tem início previsto paraas 17h30 e serão distinguidos cerca de 200 atletas quealcançaram títulos distritais, regionais, nacionais, europeuse mundiais. Esta VII Gala organizada pelo pelouro deDesporto da Câmara de Alenquer contempla também, pelaprimeira vez, um troféu para o melhor projecto desportivo naárea da formação.
Desportivo deAzambuja festeja62 anosO Grupo Desportivo de Azambuja (GDA) está a comemoraro seu 62º. Aniversário, com um conjunto de actividades quese prolonga por todo o mês de Janeiro. O destaque vai paraa VII Gala do Desporto, agendada para a noite do próximosábado, onde a direcção do GDA entrega, no auditório doPátio Valverde, os prémios da última época desportiva.No próximo sábado haverá, ainda, futsal ao longo de todo odia no pavilhão de Azambuja.As comemorações culminam, no dia 26, com mais um jogode futsal e a 28 de Janeiro com manhã e tarde desportivasno Estádio Municipal e no pavilhão da colectividade e o jan-tar de encerramento das comemorações do 62º aniversário,durante o qual os associados com mais de 25 e 50 anos defiliação receberão os respectivos emblemas de prata e ouro.
Torneio de Carnavalcom Porto e BenficaA Secção de Basquetebol da União DesportivaVilafranquense organiza este ano, pela primeira vez, umTorneio de Carnaval na categoria de sub-10. Competiçãoagendada para 11 de Fevereiro, que promete um dia cheiode basquetebol, com a participação das equipas da UDV,F.C. do Porto, Ginásio Figueirense, Montijo (série A),Benfica, Vitória de Guimarães, Olivais de Coimbra e Galitos(série B). Uma nova competição que, segundo Rui Silva, visatambém “dar competição ao mais alto nível aos nossos atle-tas e possibilitar a divulgação desta modalidade para quepossam aparecer mais miúdos para jogar basquetebol emVila Franca de Xira”. Um tema a que voltaremos de formamais desenvolvida nas duas próximas edições do Voz ribate-jana.
Basquetebol
A fotografia de grupo final do torneio já organizadono Natal pela secção de basquetebol da UDV
A equipa de sub-10
"Então o Campo da Hortinha - 2 campos em Vila
Franca de Xira e zero para Alhandra. Dividiram o dinheiro
que a Cimpor deu para o Campo da Hortinha e a Junta de
Freguesia de Alhandra gastou-o com pessoal – claro!”
Maria Rodrigues
"É uma tristeza ler os jornais à segunda-feira, ver os
resultados em todos os escalões do futebol, mas todos mesmo,
incluindo a formação, e não encontrar uma única vez a palavra
Alhandra. Alhandra deve ser mesmo das poucas povoações ou bairros
da região de Lisboa que não está no mapa futebolistico. Olhando para
o passado até dói."
Jorge Artur
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CARLA MESTRE
Voz Ribatejana | Ano II | edição 29 de 18 de Janeiro de 2012 |
(1ª Publicação)
ALHANDRA
JOSÉ ANTÓNIO
DOS REIS
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F. 07.01.2012
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Tratou: Agência Funerária
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Vila Franca de Xira
Exposição de Arte Sacra - “Arte e
Devoção: Formas e Olhares”, exposição
permanente, no Núcleo Museológico do
Mártir Santo, em Vila Franca.
Exposição "Escola do Meu Tempo", até
Novembro de 2012, no Núcleo
Museológico de Alverca
Exposição “The Return of the Real 17”
de Emanuel Brás “Reservatório de
Mutações”, patente até 11 de Março de
2012, no Museu do Neo-Realismo.
Comemorações do Centenário do
Nascimento de Alves Redol: Exposições
Comemorativas: “Horizonte Revelado”, no
Museu do Neo-Realismo.
Piso 1 -“Alves Redol Horizonte Revelado” -
biobibliográ-fica; Piso 0 “Alves Redol, e a
Fotografi-a”; na Livraria “Alves Redol em
BD: projectos de banda desenhada em torno
da narrativa redoliana”. Patentes até 12 de
Março de 2012.
Congresso Internacional “Nascimento de
Alves Redol”, dias 19 e 20 de Janeiro, na
Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa e dia 21, no Museu do Neo-
Realismo.
Exposição de Pintura de Natércia
Bernardino, patente até 26 de Fevereiro, na
Galeria de Exposições Augusto Bértholo,
em Alhandra.
Teatro "A Ceia dos Cardeais" de Júlio
Dantas, pelo Grupo de Teatro do Grémio
Dramático Povoense, dia 20 de Janeiro, às
14h45, no Núcleo do Mártir Santo do
Museu Municipal, em Vila Franca.
Concerto de Ano Novo pelo Coro Notas
Soltas, dia 21 de Janeiro, às 16h00, no
Museu Municipal de Vila Franca.
Feira de Artesanato, dia 29 de Janeiro, das
10h às 19h00, no Palácio Quinta da Piedade,
na Póvoa.
Encontros de Pais de Crianças e Jovens
Deficientes, dia 4 de Fevereiro, das 10h00
às 12h00, na CerciPóvoa. Organização:
Associação de Pais e Encarregados de
Educação dos Alunos do Agrupamento de
Escolas Póvoa de D. Martinho.
Herman José ao Vivo em Alverca, dia 4 de
Fevereiro, às 21h30, na SFRA – Sociedade
Filarmónica Recreio Alverquense.
Alenquer
Exposição "A ecologia, o humano e a
água" - desenhos e pintura de uma vida, de
Elsa Pereira, até 31 de Janeiro, na Biblioteca
Municipal.
Janeiro, Mês do Cinema, dias 20 e 21, às
21h30 e dia 22, às 17h00 “Imortais” (filmes
para maiores de 12 anos); dias 27 e 28, às
21h30 e dia 29, às 17h00 “A Pele Onde Eu
Vivo” (filme para maiores de 16 anos).
Tesouros no Rio, Feira de velharias de
Alenquer, dia 21 de Janeiro (terceiro sába-
do do mês), nas margens do rio Alenquer.
29.ª Grande Prova de Atletismo da
Sociedade Recreativa do Camarnal, dia
22 de Janeiro, às 10h30.
VII Gala dos Campeões, dia 28 de Janeiro,
no Pavilhão Municipal de Alenquer.
Arruda dos Vinhos
Exposição “Mostra de Artesanato”,
Trabalhos de Fernanda Simões, até 31 de
Janeiro, no Posto de Turismo.
Exposição de Escultura de Ana Marta
Pereira, patente até 8 de Fevereiro, na
Galeria Municipal.
Filmes no Auditório em Janeiro, às 16h00:
dia 22, “Caçadores de Dragões”; dia 29,
“Marley & Eu – O Filhote”.
Apresentação do livro “Meu Pregão” de
Joaquim Fortunato Agostinho, dia 29 de
Janeiro, às 15h00, no Auditório Municipal.
Azambuja
Exposição permanente “Património cul-
tural, sagrado e religioso” no Mosteiro
Santa Maria das Virtudes;
Exposição permanente "O mundo moderno
também começou aqui no séc. XV" - Vale
do Paraíso;
Exposição permanente “Quotidianos:
Recordar; Conhecer e Aprender”, no
Museu Sebastião Mateus Arenque;
Exposição de desenho "Imagens de uma
Vida", de Manuel Vidal. Natural de
Azambuja, com 83 anos de idade, começou
a desenhar aos 13 anos. Patente até 21 de
Janeiro, na Galeria da Biblioteca de
Azambuja.
Exposição “Alfred Nobel: um homem ao
serviço da literatura” de cariz permanente,
com rotatividade mensal, ao longo do ano,
nas Bibliotecas Municipais de Azambuja.
Exposição de desenho "Imagens de uma
Vida", patente até 20 de Janeiro, na Galeria
da Biblioteca Municipal de Azambuja.
Leitura Sénior, todas as quartas e sextas-
feiras, às 11h00, a Biblioteca Municipal de
Alcoentre, vai visitar o Centro de Dia de
Alcoentre para partilhar boas leituras com os
utentes seniores da instituição.
V Concurso Literário do Concelho de
Azambuja. Data limite para entrega de tra-
balhos, nas Direcções das Escolas,
Bibliotecas Escolares ou numa das bibliote-
cas da Rede de Bibliotecas do Município,
dia 9 de Março de 2012.
Benavente
Exposição Permanente "Galeria de
Trens" na Galeria 1 do Palácio do Infantado
- Samora Correia.
Exposição Permanente "O Calendário
Agrícola" no Núcleo Museológico Agrícola
de Benavente.
Exposição “Campino - O Homem da
Lezíria”. Patente até 04 de Fevereiro de
2012, na Galeria 2 - Palácio do Infantado,
em Samora Correia.
Exposição de Pintura "La Mise en Scéne
d'Ofélia", de Sónia Lapa. Patente até 3 de
Março de 2012, na Galeria do Centro
Cultural de Samora.
Exposição “Olhares de Entrudo”. O
Carnaval Samorense Ontem e Hoje, de 21
de Janeiro a 22 de Fevereiro, na Galeria Bar
do Palácio do Infantado.
Serões nas Bibliotecas “O Deputado” –
Dissertação sobre o livro de António
Modesto Navarro - Com presença do autor,
dia 18 de Janeiro, às 21h00, na Biblioteca
Odete e Carlos Gaspar, em Samora Correia.
Concertos de Ano Novo: Banda
Filarmónica Benaventense, Coro Infantil
dos Foros da Charneca e Coro Infantil da
Sociedade Filarmónica Benaventense, dia
22 de Janeiro, às 16h00, no Centro Social,
Foros de Charneca.
Teatro “O Urso” e “O Pedido de
Casamento” de Anton Tchekhov, dia 22 de
Janeiro, às 16h00, no Cine-Teatro de
Benavente e dia 29, às 16h00, no Centro
Cultural de Samora Correia
Filmes em Janeiro: Cine-Teatro de
Benavente: dia 18, às 10h30- Sessão infantil
“Branca da Neve e os Sete Anões”, às 21h30
“Silverado”; dia 27, às 21h30 “Alta
Golpada” . Centro Cultural de Samora
Correia: dia 20, às 21h30 “Alta Golpada”;
dia 25, às 10h30, Sessão infantil “Branca da
Neve e os Sete Anões”, as 21h15
“Silverado”.
Teatro Infantil “Planeta dos Girassóis” de
Fernando Oliveira, dia 28 de Janeiro, às
16h00, realizado pela Associação Teatral
“Revisteiros”, no Centro Cultural de Samora
Correia.
Festa Pequena em Honra de N.ª Sr.ª da
Paz, dias 28 e 29 de Janeiro em Benavente.
Salvaterra de Magos
Exposição Relógios de Sol e a
Matemática, até 24 de Fevereiro, Centro de
Interpretação do Cais da Vala, em
Salvaterra.
Exposição Fotográfica “Marinhais-vivên-
cias de um passado”, patente até 29 de
Fevereiro, no Polo da Biblioteca Municipal
de Marinhais.
Sobral de Monte Agraço
Exposição Colectiva do GART (Grupo de
Artistas e Amigos da Arte), patente até 18 de
Fevereiro, na Galeria Municipal do Sobral.
Dança – Ballet: Sonhos Cor-de-Rosa -
Turmas I, II, III e IV de Ballet da Monteges,
EM , dia 21 de Janeiro, às 16h00, no Cine-
Teatro de Sobral de Monte Agraço.
5.º RAID BTT - À Descoberta das
Maravilhas de Sobral de Monte Agraço -
Desafios Sport Club, dia 22 de Janeiro.
Inicio do passeio BTT às 09h30 no Sobral.
Cinema – Filmes: dia 28 de Janeiro, às
21h30 “Ano Novo Vida Nova”: dia 29, às
16h00 “As Aventuras de Tintin - O Segredo
Lincorne”, no Cine-Teatro.
Santarém
Exposição permanente “acervo patrimo-
nial da Casa do Brasil” que consta de
objectos recolhidos e dos achados da inter-
venção arqueológica de 1996-7, entre out-
ros, na Casa do Brasil.
Exposição ‘Anselmo Braamcamp Freire:
um homem, um sonho, uma obra’, de 23
de Dezembro à 1 de Fevereiro, na Casa
Museu Anselmo Braamcamp Freire.
Exposição de Desenho e Aguarela:
“Árvores da Vida... A Vida em Nós”, da
artista Maria João Neves, patente de 21 de
Janeiro a 19 de Fevereiro, na Galeria da
Casa do Brasil.
Exposição de Pintura de Pedro Chora,
patente de 27 de Janeiro, à 10 de Fevereiro,
no Centro Cultural Regional de Santarém -
Fórum Actor Mário Viegas
Colóquio comemorativo dos 150 anos da
morte de Passos Manuel, dia 18 de Janeiro
de 2012, pelas 10h00, no Instituto
Politécnico de Santarém - Escola Superior
de Educação.
Conversas com … Astronomia em 2012,
dia 20 de Janeiro, às 21h30, no Centro
Cultural Regional de Santarém - Fórum
Actor Mário Viegas.
Cinema – Filmes: dia 25, às 21h30 “A Pele
Onde Eu Vivo (La Piel Que Habito)” no
Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
Cinema – Filmes: dia 21 de Janeiro, às
21h30 “Mulheres à Beira de um ataque de
nervos”, dia 28, às 21h30 “Fala com Ela
(Hable con Ella) “, no Fórum Actor Mário
Viegas - Centro Cultural Regional de
Santarém.
Tardes do Emprego, dia 25 de Janeiro, das
14h30 às 15h30, na Sala da Assembleia
Municipal – Antiga Escola Prática de
Cavalaria.
Feira de Agricultura Biológica, dia 25 de
Janeiro, das 10h00 às 14h00, no Jardim da
Liberdade.
Encontro Convívio com Pedro Barroso.
Conversa ilustrada com canções, dia 27 de
Janeiro, às 21h30., no Centro Cultural
Regional de Santarém.
coodenação António Preto
Agenda Cultural
Obra de Redol motiva
congresso internacional
O congresso internacional dedicado à vida e obra de Alves Redol
realiza-se de 19 a 21 de Janeiro. Uma iniciativa integrada nas
comemorações do centenário do nas cimento do escritor vila-fran-
quense, que terá o seu primeiro dia na Faculdade de Letras de
Lisboa e os dois últimos no auditório do Museu do Neo-Realismo,
em Vila Franca de Xira.
No Anfiteatro IV da Faculdade de Letras abordar-se-ão, entre out-
ros, temas como as encruzilhadas e derivas ideológicas da obra de
Redol, as concepções do escritor sobre a ficção e a narrativa e o
conceito do povo na música tradicional. Será, ainda, exibido o
documentário do realizador Francisco Manso sobre Alves Redol.
Já em Vila Franca, no dia 20, a ex-ministra Isabel Pires de Lima
falará de Redol e da questão do realismo. Haverá também visitas
guiadas às exposições patentes no MNR e uma abordagem ao
romance “Avieiros”.
No dia 21 falar-se-á dos prefácios das obras de Redol, do etno-
grafismo e da construção de uma poética narrativa neo-realista e
do pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo. A tarde
do último dia do congresso incluirá abordagens aos contos e às
peças de teatro escritas por Alves Redol.
23
GART pinta Feira da Ladra
Artistas plásticos do GART foram convidados a pintar ao vivo a
Feira da Ladra de Lisboa, no próximo dia 28. Um convite dirigido
ao Grupo de Artistas e Amigos da Arte (GART), que foi fundado
e tem sede em Vila Franca de Xira, mas que já reúne cerca de 300
artistas plásticos de todos os pontos do País. No dia 28, para além
da sessão de pintura ao vivo, que surge na sequência de um con-
vite do Clube Mirantense, estará também patente na vizinha Voz
do Operário uma exposição de trabalhos de membros do GART.
Segundo Jorge Alexandre, o GART pretende dinamizar mais as
instalações que possui no Jardim Municipal Constantino Palha
(cedidas pelo Município de Vila Franca de Xira), organizando
exposições regulares de trabalhos dos seus associados. Ao mesmo
tempo decorrem acções de formação na área das expressões plás-
ticas neste espaço do Jardim de Vila Franca, com Jorge Alexandre
nas tardes de terça-feira (aulas de pintura a aguarela entre as 15h00
e as 19h00) e Isa Fonseca aos domingos (aulas de pintura a óleo
das 15h00 às 18h00).
A I Bienal de Artes Plásticas que decorreu no Celeiro da Patriarcal,
em Vila Franca, tem um balanço muito positivo para Jorge
Alexandre, presidente do GART, que destaca o número muito ele-
vado de visitantes. Ao mesmo tempo a bienal gerou convites para
que membros do GART exponham noutros locais, como é o caso
da exposição que já está patente em Sobral de Monte Agraço e da
que já está prevista para a Moita. “O GART trabalha em todo o
País, mas a nossa mãe é Vila Franca. A Câmara tem-nos apoiado
como pode. Cede-nos instalações, onde temos uma exposição per-
manente e que queremos dinamizar mais”, conclui.
18 de Janeiro de 2012
Azambuja recebe cicloturistas da Lezíria
O concelho de Azambuja acolhe, no próximo domingo, um passeio cicloturista quedeverá contar com participantes de todos os municípios da Lezíria do Tejo. A parti-da dar-se-á no Jardim Urbano de Azambuja e o percurso tem uma extensão de 19quilómetros. A organização assegura carro de apoio em todo o percurso e alavagem das bicicletas. É obrigatório o uso de bicicleta todo-o-terreno e capacete,sendo aconselhável levar água e roupa adequada à prática de ciclismo.
Uma colectiva de artistas do GART está patente até 18de Fevereiro na Galeria Municipal do Sobral
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
A vila de Benavente viveu, no
domingo, uma manhã dife-
rente, “invadida” por cerca de
850 atletas e outros tantos
acompanhantes, envolvidos
no Campeonato Nacional de
Estrada. As características
planas da vila proporcionaram
um excelente percurso e as
equipas masculina e feminina
do Maratona Clube de
Portugal conseguiram domi-
nar completamente a conco-
rrência, ganhando os quatro
títulos individuais e colectivos
em disputa. A prova foi, ainda
assim, bastante disputada,
com apenas 12 segundos a
separarem o primeiro do quin-
to classificados.
Manuel Damião, atleta do
Maratona, foi o grande vence-
dor, batendo sobre a meta o se
colega de equipa José Rocha.
As quatro primeiras posições
foram mesmo para atletas do
Maratona, que fechou assim a
equipa para a classificação
colectiva com o mínimo de
pontos possíveis (10). De
forma algo inesperada o
alhandrense Sérgio Silva,
mais conhecido pelo seu
desempenho no duatlo, onde é
inclusivamente campeão do
mundo de elites, alcançou a
quarta posição, contribuindo
também para o bom desem-
penho da sua nova equipa, o
Maratona (ver caixa). Menos
bem esteve Hermano Ferreira,
atleta natural de S. Tiago dos
Velhos (concelho de Arruda)
que, afectado durante a sem-
ana passada por um consti-
pação e por febre, não con-
seguiu repetir o título nacional
que alcançara em 2011. Foi
agora décimo, a 1 minuto e 4
segundos do vencedor (ver
caixa). Na prova feminina,
Ana Dulce Félix revalidou o
título que já alcançara na
época passada e dominou
claramente, seguida pela sua
colega e equipa Ana Dias. da
região, saliência ainda para a
boa prestação da equipa do
Clube União Artística
Benaventense (CUAB), cole-
ctividade organizadora da
prova, que alcançou um sexto
lugar colectivo. Jorge Miranda
foi o melhor atleta da casa na
28ª. posição, seguido por
Miguel Quaresma (36º), Luís
Pinto (43º) e Joel Martins
(48º). Uma organização muito
cuidada do CUAB, que con-
tribuiu também para um movi-
mento desusado no comércio
benaventense.
Nacionais de estrada levam 850 atletas a Benavente
Depois do título mundialde elites em duatlo,alcançado em Setembro,Sérgio Silva, atleta naturalde Alhandra actualmente aresidir em Vialonga, assi-nou contrato com a equipado Maratona e admite que,progressivamente, a suacarreira vai passando maispelo atletismo do que pro-priamente pelo duatlo,onde os apoios quase nãoexistem em Portugal. Estequarto lugar no Nacionalde Estrada foi, contudo,uma surpresa muito positi-va e Sérgio Silva acha queesta integração numaequipa com o prestígio doMaratona também lhe vaiabrir novas perspectivas.Lamenta, contudo, que emAlhandra e no concelho deVila Franca não hajaqualquer apoio para umatleta que é campeão domundo.“O grande objectivo eraajudar a equipa. Este anofui para o Maratona, umadas referências nacionaise mundiais. Tinha esseobjectivo primeiro de inte-grar uma equipa como oMaratona, que ganha osmais variados tipo deprovas nacionais e inter-nacionais. Por si só já éuma grande prestaçãoestar no Maratona. E,depois de ter sido campeãoda Europa por equipas emque fiquei em sexto lugarem termos do Maratona,hoje ter aqui um quartolugar da geral e fechar aequipa, pontuando para aequipa, é algo que, since-ramente, não tinha pensa-do, foi muito bom”, disseSérgio Silva, no final, aoVoz Ribatejana, admitindoque, por vezes, neste tipode corrida peca por seentusiasmar e acompan-
har ritmos elevados,pagando depois a facturano fim. Desta vez con-seguiu fazer uma provamais calma, não seenvolveu nos váriosataques e alcançou umquarto lugar seguro, com
menos dois segundos que oprimeiro atleta da rivalConforlimpa.Sérgio Silva explicou queestá a fazer uma “tran-sição” do duatlo para oatletismo, por váriasrazões, a primeira ligada àenorme falta de apoio paraos praticantes de duatlo,seja do Estado, da feder-ação, de patrocinadores oudas autarquias. “Fuicampeão do mundo emSetembro e em termos deapoios zero. E não é pres-tigiante, porque somos osmelhores do Mundo, re-presentamos a nossa terra,neste caso Alhandra e oconcelho de Vila Francade Xira a nível mundial, éum título mundial e as pes-soas que estão mais pertonão dão esse apoio, essecarinho que deviam dar”,lamenta, vincando que, anível do duatlo, até sesente mais acarinhado emFrança, quando represen-ta ali o Metz. “Sou mais
acarinhado em França,onde represento há 3 anoso Metz, do que propria-mente pela vila deAlhandra e pelo concelhode Vila Franca”, refere.Depois, Sérgio Silvareconhece os apoios querecebeu ao longo dos anosda federação, sobretudopelo acolhimento noCentro de Alto Rendimentodo Jamor que lhe permitiu,ao mesmo tempo, tirar umcurso superior de arqui-tectura, mas actualmentevê que para o duatlo e paraum campeão do mundonão há apoios. De qual-quer forma ainda alimentao sonho de ganhar o pró-ximo Campeonato daEuropa de Elites para con-seguir ser o primeiro atletaa conquistar títulosmundiais e europeus desub-23 e de elites no dua-tlo. “Talvez por esta crise,está a haver muito maisdificuldades e é pratica-mente impossível contin-uar ao mais alto nível noduatlo. Gostaria muito deser campeão da Europa, éo único título que me falta,mas não vai ser fácil”,sublinha, frisando queteve que por optar porencontrar um trabalho,dedicando-se ao desporto atítulo complementar.“Estou a representar oMaratona, tenho um con-trato minimamente razoá-vel, coisa que deixei de tercom o duatlo, foi uma su-bstituição de apoios di-gamos. Vou tentar tirar omáximo partido de repre-sentar o Maratona porequipas e eventualmenteem participações interna-cionais”, concluiu o atletaalhandrense, que se sentemais à vontade nas provasde estrada do que em pista.
HermanoFerreira deolhos postosnos JogosOlímpicosHermano Ferreira não conseguiu desta vez repetir o títulonacional, afectado também pela constipação e pela febre queo atingiu na semana anterior. “Sabia que estava um bocadolimitado, mas quis vir contribuir com o meu melhor comosempre para ajudar a equipa da Conforlimpa. Vim ajudar aver se conseguíamos ganhar, mas o Maratona apresentou-semuito forte e está de parabéns”, referiu, cumprimentando o“vizinho” Sérgio Silva.Natural de S. Tiago dos Velhos, Hermano Ferreira, aos 29anos, tem os olhos postos na possível participação na mara-tona dos Jogos Olímpicos de Londres (Julho de 2012). Já temos mínimos B, mas precisa de obter os mínimos A para ter acerteza que é seleccionado e que participa. “O grande obje-ctivo é conseguir o mínimo A em Abril, na maratona deLondres, para estar nos Jogos Olímpicos. Até lá o próximodesafio é recuperar e ficar a 100% para ajudar aConforlimpa na Taça dos Clubes Campeões Europeus, no iní-cio de Fevereiro, em Espanha. E depois temos o nacional decross”, vincou, frisando que chegar a uns Jogos Olímpicostem que ser fruto de um trabalho de muitos anos.Mas, para quem ainda não tem os mínimos A e não integra oquadro dos chamados atletas de Alta Competição, a vida nãoé fácil e os apoios oficiais não existem. “São poucos, se nãofossem estes dois grandes clubes, a Conforlimpa e oMaratona, a ajudar os atletas, eu, com mínimo B, não tenhomais nenhum apoio para preparar uma possível participaçãonos Jogos Olímpicos. Posso estar nos Jogos só com o apoiodo clube, não tenho nenhum apoio como atleta de alta com-petição, é zero. O único apoio que tenho é da Conforlimpaque me paga para preparar as provas do clube. Quero estarnos Jogos Olímpicos, mas tem que ser tudo à minha conta.Claro que o clube ajuda, porque paga os 10 meses, mas deresto nada”, sustenta.Actualmente, os atletas com os chamados mínmos A recebemuma bolsa de cerca de 850 euros, os que têm mínimos B nãorecebem nada. “Claro que precisamos de condições e se nãotivermos as mínimas condições, o resultado final não será tãopositivo. É pena, sabemos que o país está em crise, que é difí-cil conseguir patrocínios, mas temos que lutar contra amaré”, conclui.
Concelho de Vila Franca não apoia
CUAB quermanter-se na“1ª. Divisão”Manter uma equipa defundo e meio-fundo quese situe entre as oitomelhores em Portugal éo objectivo do ClubeUnião ArtísticaBenaventense (CUAB),colectividade centenáriaque se dedica,e m ter-mos desportivos, funda-mentalmente aoatletismo e à ginástica.“Esta organização jávem sendo pensada háano e meio, tambémpara dar a conhecer àpopulação de Benaventee da região que temosuma equipa de algumnível. O ano passadofomos sextos classifica-dos nos nacionais e tam-bém queremos mostrarisso à população”,salienta Joaquim Luís,coordenador da secçãode atletismo, actual-mente com 22 federadose mais cerca de 20 prati-cantes na formação.Depois, o CUAB tambémsentiu que uma provadesta dimensão seriauma “mais-valia” paraBenavente. Os apoiosvieram de dois patroci-nadores e da Câmara,que “apoia como apoiatodas as colectividades,mas que é extremamenteimportante, sem esseapoio isto seria impo-ssível.“Temos a noção de quea nível competitivo nãoconseguimos ir a níveldos primeiros lugares,temos um orçamentomuito baixo contraequipas que têm umorçamento muito alto. Onosso projecto é ter umaequipa da 1ª. Divisão,entre as oito melhores,para dar algum nome aBenavente e ao CUAB”,rematou.
A prova masculina foimuito disputada