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Edição 18 Janeiro 2012

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Page 1: Voz Ribatejana
Page 2: Voz Ribatejana

DESTAQUE

02

Jorge Talixa

Boa parte da última sessão

camarária de Vila Franca de

Xira foi dedicada à discussão

das respostas do serviço de

urbanismo às inúmeras dúvidas

que os vereadores da Coligação

Novo Rumo (PSD/PPM/MPT)

têm colocado à alteração ao

loteamento da 2ª. Fase da

Quinta da Piedade (Póvoa de

Santa Iria). Os eleitos sociais-

democratas dizem que muita

coisa há ainda por esclarecer e

dizem que vão reclamar a inter-

venção das entidades que super-

intendem as autarquias locais

para “decidirem sobre a legali-

dade” deste processo. A maioria

PS garante que tudo foi feito de

acordo com as normas, mas a

CDU, que também votou a

favor da alteração na reunião de

30 de Novembro, também já

admite algumas dúvidas sobre a

necessidade ou não de um estu-

do de tráfego.

O social-democrata Rui Rei diz

que esperava respostas mais

esclarecedoras da Câmara às

questões colocadas e apresentou

um extenso documento de 9

páginas em que analisa as diver-

sas dúvidas. Para os eleitos da

coligação liderada pelo PSD, o

documento elaborada pelo

advogado da Câmara, Manuel

Rodrigues, não será um parecer

jurídico, conforme foi referido

pela maioria. “É meramente

uma opinião, inclusivamente

com considerações perfeita-

mente abstractas”, afirma Rui

Rei, considerando que o advo-

gado emite opiniões sobre um

conjunto de perguntas que a

oposição não conhece e que o

que deveria existir era um pare-

cer devidamente fundamentado

na Lei sobre os passos dados até

à proposta de alteração deste

loteamento.

Também Helena Pereira de

Jesus, vereadora da CNR, quis

saber se a maioria PS sente que

“está devidamente salvaguarda-

da e protegida com este pare-

cer”, porque considera que são

opiniões abstractas em que o

advogado “não fundamenta de

direito aquilo que diz”.

Rui Rei enumera, depois, um

conjunto de alegadas ano-malias

na tramitação deste processo,

sublinha que, no entender dos

vereadores da CNR, esta alter-

ação deveria ter sido acompan-

hada por um estudo de tráfego e

por um parecer da Epal e

defende que poderá existir aqui

um direito de reversão que

poderá ser accionado pelo prim-

itivo proprietário de um dos ter-

renos em causa que não será,

assim, destinado aos fins públi-

cos previstos. “Perguntamos se

não estaremos perante um

empreendimento que apenas

terá sucesso no que diz respeito

à zona comercial, ficando 189

fogos por construir no futuro,

em ambiente mais favorável à

venda de habitação”, acrescenta

Rui Rei, vincando que esta

questão é decisiva para os va-

lores fixados na permuta de te-

rrenos que a Câmara se propõe

fazer com o promotor (Sociatos)

e receando que o Município

fique lesado com este acordo.

“A Coligação Novo rumo fará o

que entender”, disse, por seu

turno, a presidente da Câmara

Maria da Luz Rosinha, dando

indicações aos serviços para

elaborarem rapidamente uma

acta da transcrição da discussão

desta questão.

“Na minha opinião, todas as

questões colocadas foram

respondidas”, acrescentou

Alberto Mesquita, vice-presi-

dente da edilidade e responsá-

vel pelo pelouro do urbanismo,

salientando que já se percebeu

que o que está em causa “não é

uma matéria técnica, é uma

matéria de entendimento políti-

co”. Por isso, Alberto Mesquita

diz que sugere à Coligação

Novo Rumo que avance mesmo

para uma queixa ao Ministério

Público, como chegou a anun-

ciar, para que tudo fique defini-

tivamente esclarecido. “Tudo o

que fizemos foi no sentido de

melhorar um loteamento que se

aprovara. O que estava previsto,

isso sim, era errado. Estão a

agarrar-se a questões, não

querendo aproveitar uma opor-

tunidade de requalificar uma

zona que está degradada.

Ficaremos a aguardar pela par-

ticipação para darmos respostas

também nessa altura”, rematou.

Também Nuno Libório,

vereador da CDU, voltou a pro-

nunciar-se sobre o assunto,

admitindo que as respostas do

serviço de urbanismo suscitam

dúvidas, principalmente sobre a

necessidade ou não de um estu-

do de tráfego. “Parece-nos que

as questões suscitadas pela

CDU na Assembleia Municipal

não foram suficientemente

esclarecidas. O senhor vice-

presidente disse que, tratando-se

de uma alteração de um lotea-

mento, essa obrigatoriedade do

estudo de tráfego não se aplica.

Não é essa a nossa leitura”,

referiu, pedindo um esclareci-

mento mais aprofundado.

O caso da alteração ao loteamento da 2ª. Fase da Quinta da Piedade continua a dar polémica e a CDU também já admite algu-

mas dúvidas.

Vereadores do PSD prometem

fazer queixa da Câmara

Parquímetros dãocerca de 100 mil eurospor ano A Câmara de Vila Franca de Xira e as juntas de freguesia deAlverca e da Póvoa de Santa Iria estão a analisar a insta-lação de algumas zonas de estacionamento pago nestas duascidades do concelho, a exemplo do que já sucede em VilaFranca. O orçamento municipal para 2012 contempla já ver-bas para a aquisição desses equipamentos (parquímetros).Em recente sessão camarária, Rui Rei quis saber como é queé feita a repartição de receitas entre a edilidade e a empresaque instalou os parquímetros em Vila Franca. Francisco ValeAntunes, vereador responsável por esta área, explicou quehouve dois modelos de actuação, no primeiro a autarquia e aempresa repartiam as receitas, ficando à responsabilidadedesta última a instalação das máquinas. Mais recentemente,na Avenida Pedro Victor, a Câmara optou por comprar asmáquinas, atribuindo uma percentagem menor das receitas àempresa, que fica responsável pela manutenção dos parcóme-tros e pela recolha dos valores pagos. “Há sempre umressarcimento interessante e permitem uma reorganização doestacionamento, vincou o autarca do PS. “Basta ver o queaconteceu na Avenida Pedro Victor (Vila Franca), em que hásempre uma rotação de estacionamento que não aconteciaantes”, prosseguiu o edil, estimando que, em 2011, as receitasdos parquímetros representem cerca de 100 mil euros para oscofres da Câmara.

25 de Janeiro’12

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A propósito das perspectivas dereabertura do restaurante vila-franquense “O Redondel” váriosamigos do Voz Ribatejana noFacebook deram a sua opinião:

Projecto do terminal daPóvoa continua indefinidoAna Lídia Cardoso, vereadora da CDU, quis saber em recentereunião camarária, como é que está a questão do edifícioGare da Póvoa, para onde se perspectivava a construção doterminal rodo-ferroviário. “Olhamos para aquele local e nadafoi feito. Vai ou não haver terminal rodo-ferroviário, que per-mita á população da Póvoa e das freguesias vizinhas deixar ocarro em condições e apanhar os transportes públicos?”,questionou.“Estamos à espera que o fundo imobiliário que agora tem atitularidade deste equipamento responda a um ultimato quefizemos. As infra-estruturas da urbanização podem começar.Vamos ver como é que vai evoluir”, observou AlbertoMesquita, vice-presidente da autarquia com responsabilidadesno urbanismo.

Associação D. Martinhovai ter nova sedeA Câmara de Vila Franca aprovou, no final de Dezembro, acedência de um espaço no chamado Caminho do Marquês,para instalação da sede da Associação D. Martinho. Mariada Luz Rosinha explicou, em resposta a António Nabais,dirigente da associação povoense, que a autarquia estádisponível para visitar o local na companhia de represen-tantes da D. Martinho (até aqui instalada num espaço maisexíguo do palácio da Quinta da Piedade), para avaliar anecessidade de algumas pequenas obras e de uma pintura.

Page 3: Voz Ribatejana

03"Como vila-franquense a residir noNorte fiquei surpreso com a notí-cia, para mim estava em pleno agestão do meu amigo Mario Rui"

Manuel Silva

"Boa notícia, nesta VilaFranca que cada dianecessita mais de voltar ater identidade"

Paulo Silva"Mas que boa notícia"

Jurinda Dotti

"Deve reabrir mas mantendo todoo seu espólio e o conceito com aidentidade que o proprio espaçoexige"

Miguel Chendo

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O terreno onde está construída

a estação de tratamento de

águas residuais (ETAR) de

Vila Franca de Xira deveria

ter vindo à posse do

Município no âmbito do licen-

ciamento da urbanização pre-

vista para os espaços anexos

da Lezíria das Cortes, con-

hecida por “Nova Vila

Franca”. Mas o certo é que

essa transmissão não se con-

cretizou e o fundo imobiliário

do grupo Caixa Geral de

Depósitos que é, agora, o

detentor do espaço da Nova

Vila Franca exige mais de 1

milhão de euros à Câmara

pela venda do terreno onde foi

edificada, há quase 10 anos, a

ETAR que serve a parte norte

do concelho.

O assunto foi discutido, à

porta-fechada, na última

sessão camarária e o Voz

Ribatejana apurou que a autar-

quia deverá ter mesmo que

assumir este encargo, porque

o terreno não está, de facto,

em seu nome. Admite,

todavia, que a SimTejo,

empresa do grupo Águas de

Portugal que construiu e gere

a ETAR venha a compartici-

par neste custo.

Certo é que a presidente Maria

da Luz Rosinha não quis falar

para já sobre o assunto ao Voz

Ribatejana, alegando que não

há decisões e que a questão

tem vindo a ser abordada entre

os eleitos em privado. “O ter-

reno não é nosso, o problema

não está tratado, mas tem sido

abordado em privado, porque

precisa de uma análise mais

detalhada. Por isso, não vou

agora prestar declarações

sobre o assunto”, sustentou.

O Voz Ribatejana sabe que

haverá também algumas

questões relacionadas com a

forma como a revisão do

Plano Director Municipal tra-

tou a questão da zona envol-

vente da ETAR e das possibil-

idades de ser ou não urban-

izável. Certo é que o Fundilis

comprou, há anos, á

Obriverca, os direitos sobre

aquele espaço e reclama agora

uma verba muito significativa

pelo terreno da ETAR.

A oposição não quis votar a

proposta do executivo na últi-

ma sessão camarária e pre-

tende reunir mais dados, pre-

vendo-se que o assunto volte à

próxima reunião da autarquia.

Jorge Talixa

Fundo da CGD exige mais de

1 milhão pelo terreno da ETAR

LNEC apontariscos dederrocada deprédioO caso do prédio da urbanização de Santo Amaro com prob-lemas de fundações que corre alguns riscos de queda eameaça, por isso, as edificações vizinhas, teve novos desen-volvimentos nas últimas semanas. O Laboratório Nacionalde Engenharia Civil concluiu um extenso relatório ondeaponta riscos de derrocada do prédio correspondente ao lote2, se não forem tomadas medidas. A presidente da Câmarade Vila Franca adiantou que os serviços de urbanismo estãoa estudar todas as questões colocadas pelo LNEC e que, aomesmo tempo, a edilidade tem reunido com as várias partesenvolvidas para que se chegue a um plano conjunto de inter-venção.O problema foi colocado na última sessão da AssembleiaMunicipal por Hélder Careto, eleito da Coligação NovoRumo (PSD/PPM/MPT), que quis saber “quais as acçõesque a Câmara de Vila Franca irá formalizar para a res-olução desta questão, que poderá ter que ser vista em sede deexecutivo municipal com alguma urgência”.Maria da Luz Rosinha explicou que a Câmara notificoutodas as partes envolvidas das conclusões dos peritos doLNEC e está a “desenvolver os procedimentos conducentes aestudo do que foi apontado. Segundo a edil, a Câmara pre-tende reunir com a administração do Montepio que “háescassos dias” assumiu a posse do edifício e os serviçosmunicipais estão a fazer os estudos necessários.Um dos moradores no lote 1 da urbanização de Santo Amaroadiantou ao Voz Ribatejana que esperam que o Montepiotome uma decisão sobre o “prédio doente” (actualmente des-ocupado) que salvaguarde os interesses dos residentes nosedifícios vizinhos. Uma opção que poderá passar peloreforço dos pilares do lote afectado ou pela sua demolição.De acordo com o compromisso que o Montepio vier aassumir, os moradores do lote 1 estarão na disposição depagar obras de reforço dos pilares do edifício onde moram.Esperam, entretanto, que a Câmara assuma responsabili-dades na sustentação e drenagem do enorme talude existentenas traseiras dos prédios.

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Vila Franca

Quase 10 anos depois do

arranque da obra, surge

agora problema do paga-

mento dos terrenos onde foi

construída a estação de

tratamento de águas residu-

ais de Vila Franca.

Page 4: Voz Ribatejana

voz ribatejana #29

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329Correio Electrónico: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Proprietário e editor: Jorge HumbertoPerdigoto Talixa - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 2126) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha(carteira prof. 9865), Vasco Antão (carteira de colaborador 895), Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja - Concessionário de Publicidade: PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial– Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773) - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis - Tiragem: 5.000 exemplares

Editorial

Falhanço da

TDT

Anunciado como um grande passo

tecnológico para colocar, mais uma

vez, o nosso País ao nível dos seus

mais avançados congéneres europeus,

a introdução do sistema de Televisão

Digital Terrestre (TDT) está a revelar-

se um autêntico falhanço e uma

grande dor de cabeça para muitos por-

tugueses. Como se não bastassem o

dispêndio em aparelhos e antenas e o

incompreensível “avanço” para um

sistema que mais não oferece que os

quatro tradicionais canais abertos,

muitos cidadãos ainda se vêm a

braços com aparelhos que não fun-

cionam em zonas que ninguém sabia

que eram “cinzentas” (sem cobertura)

ou com zonas cobertas onde o sinal de

TDT afinal não chega ou, pelo menos,

aparece e desaparece.

Dir-nos-ão que são as falhas naturais

dos primeiros dias. Mas, então, retira-

se, assim, a milhares de portugueses

um serviço básico, que muitas vezes é

também ele a única companhia para

muitos idosos? Antes de pensar, mais

uma vez, no cumprimento obediente

de directivas da União Europeia não

se deveria ter pensado primeiro nas

pessoas e no impacto que tudo isto

não deixaria de ter. E custa ouvir

alguns responsáveis da Anacom repe-

tirem vezes sem conta que com uns

escassos 40 ou 50 euros as pessoas

vão continuar a ter televisão e até com

melhor definição. Esquecem-se que

para muitos (como acontece no con-

celho de Arruda e em parte do de Vila

Franca) não basta o descodificador e

que a antena parabólica e a sua insta-

lação custam, pelo menos, mais 61

euros. E que, para quem tem duas ou

três televisões em casa, continuar a

poder ver televisão, na sala e no quar-

to, por exemplo, vai custar a dobrar.

Não se entendem, por isso, os discur-

sos de “facilidade” que se ouviram

nos últimos dias, ainda para mais

quando se percebe que, com mais

algumas centenas de milhares de

euros investidos em retransmissores,

a Portugal Telecom poderia muito

bem ter reduzido ao mínimo o

número de portugueses sem cobertura

de TDT terrestre. Afinal, as principais

empresas de telecomunicações estão a

ganhar por várias vias com todo este

processo: vendem descodificadores e

antenas, angariam mais subscritores

para a TV paga e ainda ficam com as

frequências do antigo sistema

analógico livres para desenvolverem

novos produtos e receitas. Os por-

tugueses é que, sinceramente, pouco

ou nada ganham com a TDT, na maior

parte dos casos só perdem euros que

muita falta lhes fazem.

Jorge Talixa

Não se fala de outra coisa em ArrudaHá mais de um mês que o

grande tema de conversa no

concelho de Arruda é mesmo

o dessa coisa da TDT, que

ameaça deixar muitos habi-

tantes sem a companhia da

televisão. Pior ainda quando

se percebeu, já em

Dezembro, que, afinal, o

concelho ficava numa zona

“sombra” sem cobertura por

meios terrestres e exigiria

meios mais complicados

para manter o acesso aos

quatro canais aber-

tos.

Embora o desligar do

emissor de

Montejunto tenha

sido adiado, na pas-

sada quinta-feira (12

de Janeiro), com o

desligar do emissor

de Palmela, já bas-

tantes arrudenses

ficaram sem sinal de

televisão. E no

próprio concelho de

Vila Franca de Xira

que, devido à baixa

altitude da maioria

das suas principais

povoações, muitos

televisores estavam

“alinhados” com o

emissor de Palmela e

deixaram de transmi-

tir. Nos estabeleci-

mentos da especiali-

dade, o corrupio de

pessoas era con-

stante, com queixas e

dúvidas por esclare-

cer. Em Vila Franca, o

problema maior foi

perceber que algumas

áreas não tinham sinal

de TDT nas devidas

condições ou que, por

estranho que pareça, o

sinal funcionava bem

durante o dia e degra-

dava-se à noite.

Já em Arruda, as difi-

culdades são maiores

e prometem agravar-

se em Março ou Abril,

quando o emissor

analógico de

Montejunto for defin-

itivamente desligado.

A Câmara tem

reunido com a

Anacom e a PT e

exigido, sem sucesso

(ver página 5) medi-

das que garantam a cobertura

do concelho com sinal de

TDT terrestre. Carlos

Lourenço, presidente da

autarquia, disse mesmo que

vai levar o assunto ao

Governo e ao Presidente da

República e que a Câmara

poderá suspender contratos

com a PT se a empresa con-

tinuar a recusar-se a instalar

retransmissores que sirvam o

Município de Arruda.

“Há um mês que não se fala

de outra coisa praticamente”,

confessa Sandra Santos, pro-

prietária da Arruda

Electrodomésticos, esta-

belecimento da vila onde, na

tarde de dia 12, encontrámos

vários arrudenses já con-

frontados com o impacto da

desactivação do emissor de

Palmela e sem acesso aos

canais abertos de televisão.

“As pessoas até podem vir

tratar de outros assuntos,

mas a TDT vem sempre à

baila. Temos tido para aí 50 a

60 pedidos de informação

por dia”, calcula a comer-

ciante, frisando que ao longo

dos últimos meses foi procu-

rando inteirar-se de toda a

informação junto da PT e dos

sites da Anacom e da PT para

informar da melhor maneira

os clientes. Mas durante

meses nunca foi esclarecido

que o concelho de Arruda

seria uma zona “sombra” e,

já a partir de Dezembro, a

preocupação agravou-se com

a falta de soluções. Os

descodificadores comuns de

que dispõe, percebeu-se

então, não servem para as

condições de Arruda e a

solução tem sido encaminhar

as pessoas para as lojas da

PT, onde podem adquirir o

chamado kit para TDT por

satélite e contratar a insta-

lação da respectiva antena

parabólica.

“O valor de instalação é

muito alto e as pessoas não

têm poder económico para o

suportar. Há muitas pessoas

que vão ficar sem ver tele-

visão, porque não têm possi-

bilidades de pagar a insta-

lação”, alerta Sandra Santos,

frisando que uma coisa é

gastar 20 euros num descod-

ificador e outra será gastar

mais de 116 num kit, na ante-

na e na instalação. E, “o mais

grave foi algumas pessoas

que adquiriram novos televi-

sores, pensando que ficavam

com o problema resolvido, e

agora têm que gastar din-

heiro segunda vez”.

A comerciante arrudense cal-

cula que em apenas algumas

franjas do concelho, em

áreas de maior altitude como

Cardosas, Carvalha e

Adoseiros vá ser possível ter

acesso à TDT apenas com

um descodificador.

“Estamos a falar de poucas

pessoas e podemos ter a

informação de que a TDT

tem uma cobertura viável,

mas o que é facto é que, por

vezes, chegamos ao final do

dia e o sinal fica instável.

Acredito que a seu tempo

tudo se resolverá e que terá

que haver ajustes, o que acho

é que o contexto

económico do País é

critico, as pessoas já

têm muitas dificul-

dades financeiras e

esta situação requer

um investimento que

muitas pessoas neste

momento não têm

capacidade para

fazer”, constata.

No entender de

Sandra Santos, este

aspecto social é a

questão mais preocu-

pante, até porque para

muita gente, sobretu-

do idosos que vivem

isolados, a televisão é

a única e a grande

companhia do dia-a-

dia. “São mais a Júlia

Pinheiro e o Goucha

que lhes fazem com-

panhia. Doravante

não sei como é que

vai ser. A mim, como

cidadã, é o que mais

me choca, porque o

Estado sabe perfeita-

mente quanto é que

estes idosos recebem

de reforma e as carên-

cias que têm”, sublin-

ha.

Por isso, a comerciante

de Arruda acha que a

PT devia ter assumido

uma cobertura mais

ampla do sinal te-

rrestre. “Em todas as

zonas em que seja pos-

sível colocar retrans-

missores deveriam ser

colocados. O aspecto

financeiro segura-

mente que é impor-

tante, são empresas

que estão a gerir os

seus lucros, mas esta-

mos a falar de uma

questão social e de um

País que está com uma crise

económica enorme e estão a

ser criadas ainda maiores

distâncias entre as pessoas

devido ao lucro das empre-

sas”, conclui, prevendo que,

para o concelho de Arruda,

dois ou três retransmissores

seriam suficientes.

TODOS COM VOZ

04

“Sempre tenho o rádio”

Eduardo Carvalho foi um dos arrudenses que, à hora de almoço de quinta-feira, foi sur-

preendido, ao ligar a televisão, pelo desaparecimento da imagem normal. No seu aparelho

aparecia apenas a indicação de que o emissor foi desligado. “Isto não foi bem explicado”,

crítica, lembrando que até comprou um LCD, supostamente já devidamente equipado para a

TDT. Afinal, percebeu agora, ainda seria preciso instalar uma antena. Por isso, Eduardo

estranha por que é uma sua vizinha da zona da Fresca tem ainda os quatro canais e ele já

não. Sandra Santos sugere que, provavelmente, a vizinha tem o televisor apontado para

Montejunto e Eduardo sintonizava o emissor de Palmela.

“Não me vai fazer diferença, porque não vou gastar muito mais dinheiro com isto. Se não

derem os quatro canais, vendo o LCD. Também ando a trabalhar e não tenho tempo para

ver, é só por causa dos noticiários e sempre tenho o rádio”, acrescenta. Eduardo Carvalho

acha que tudo isto resulta também dos maus caminhos que o País tem seguido nos últimos

anos. “As pessoas estavam era habituadas a ouvir dizer que estava tudo bem e agora está

tudo mal, andaram sempre a mentir. Vamos ver o que isto vai dar”, conclui.

Polémica

TDT

Page 5: Voz Ribatejana

05

Jorge Talixa

As câmaras de Arruda dos

Vinhos e Sobral de Monte

Agraço pediram uma audiência

ao secretário de Estado das

Obras Públicas, Transportes e

Comunicações e prometem

exigir que as respectivas popu-

lações (cerca de 25 mil habi-

tantes) tenham acesso à

Televisão Digital Terrestre

(TDT) nas mesmas condições

da maioria dos portugueses.

Depois de terem tido conheci-

mento que os seus territórios

estavam numa designada zona

“cinzenta” sem cobertura ade-

quada dos retransmissores de

TDT terrestre, os autarcas

locais reuniram, na primeira

semana de Janeiro, com

responsáveis da Anacom e da

PT, mas receberam invariavel-

mente a resposta de que a oper-

adora de telecomunicações está

a cumprir o contrato de con-

cessão da TDT, que já previa

cerca de 15% de zonas “som-

bra” sem acesso terrestre aos

quatro canais abertos. Mas

Carlos Lourenço (PSD), presi-

dente da Câmara de Arruda dos

Vinhos e da Comunidade

Intermunicipal do Oeste, não

se conforma e disse, ao Voz

Ribatejana, que “o Estado por-

tuguês tem que se preocupar

com toda a população e não só

com parte dela”, frisando que

não faz sentido que os habi-

tantes destes e de outros

municípios tenham que supor-

tar encargos três vezes superi-

ores aos dos 85% de portugue-

ses que residem nas zonas com

cobertura terrestre. É que nes-

tas áreas deverá bastar um

descodificador (os preços vari-

am entre os 30 e os 70 euros)

para continuar a ver os quatro

canais e nas zonas sem cober-

tura terrestre será necessário

comprar também uma antena

parabólica para captar as emi-

ssões por satélite e pagar a

respectiva instalação, o que

representará, no mínimo, 116

euros.

“Não concordamos de maneira

nenhuma. Foi uma negociação

mal feita. Não aceitamos que

as pessoas fiquem sem esse

direito, quando já estão até a

pagar a taxa de audiovisual”,

critica o autarca do PSD, lem-

brando que, ainda por cima, ao

contrário do que acontece nos

outros países, o TDT português

só vai disponibilizar os quatro

canais abertos já existentes.

“São custos muito superiores e

as pessoas não têm dinheiro

para isso. A PT diz que está a

cumprir os 85%, mas nós

vamos pedir uma audiência ao

secretário de Estado da tutela e

exigir, não é pedir, é exigir uma

solução para que a situação

seja reposta na nossa zona,

porque a própria PT diz que há

soluções técnicas para fazer

isso, mas que não estão previs-

tas no caderno de encargos”,

sustenta o autarca de Arruda,

frisando que a PT alega que, se

resolver o problema de Arruda

e Sobral, terá que o fazer tam-

bém nos restantes 13% de

zonas a descoberto, mas que as

autarquias locais entendem que

também não podem ser as po-

pulações penalizadas desta

maneira. Entretanto, a Anacom

e a PT informaram o Município

de Arruda de que o corte total

do antigo sistema analógico

nesta zona não ocorreria no dia

12 de Janeiro, mas está agora

previsto para Março ou Abril,

quando for definitivamente

desligado o emissor analógico

da serra de Montejunto.

“Esperamos que até lá haja

uma solução”, conclui Carlos

Lourenço.

Os concelhos de Arruda e Sobral de Monte Agraço ainda vão

manter por mais algumas semanas o acesso aos quatro canais

abertos de televisão pelo antigo sistema analógico, porque o

emissor do Montejunto ainda não foi desligado, mas a PT e a

Anacom não dão mostras de reverem a situação desta área em

termos de cobertura de TDT, o que vai obrigar muitos habi-

tantes a gastarem pelo menos 116 euros para continuarem a

ter televisão.

Câmaras de Arruda e Sobral vão

exigir tratamento igual para as suas

populações no processo do TDT

“Apagão”final a 26de AbrilA primeira fase de desliga-mento dos antigos emi-ssores analógicos de tele-visão verificou-se no passa-do dia 12, na zona litoraldo País. Um processorodeado de muita polémica,em que os emissores deMontejunto, Monte daVirgem, Marão e Lousã semantiveram a funcionarporque servem tambémzonas próximas do interiorque ainda não são agoraabrangidas pelo corte. EmMarço deverão ser desliga-dos os emissores analógi-cos dos Açores e daMadeira e para 26 de Abrilestá previsto o desligamen-to definitivo de todos osantigos emissores.

18 de Janeiro de 2012

De acordo com aAnacom e a PT, osinal analógico emArruda será desligadototalmente quandofor cortado o emissoranalógico da serra deMontejunto, previstopara Março ou Abril

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Esmagadora maioria critica processo da TDT

A grande maioria dos participantes no inquérito promovido noâmbito do blog do Voz Ribatejana acha que o processo deintrodução da TDT em Portugal não foi tratado de forma cor-recta e justa. Noventa e quatro por cento dos que se pronun-ciaram têm opinião desfavorável à forma como tudo foi trata-do e apenas 6% referem que não sabem se tudo foi bem feito.

94%

sim

6%

N/S

Page 6: Voz Ribatejana

06

voz ribatejana #29CASOS

Jorge Talixa

O Tribunal de Alenquer deu

como provado que os dois

arguidos foram responsáveis

pelo fabrico de 25 mil notas

falsas de 100 dólares, num

montante total de 2, 5 milhões

de dólares, mas tendo em conta

que não têm antecedentes

criminais e que confessaram

boa parte dos factos, os juízes

decidiram suspender a exe-

cução das penas de prisão a

que foram condenados. No

banco dos réus estavam o

mediador imobiliário

Francisco José e o progra-

mador informático Jorge

Manuel, acusados da prática de

um crime de contrafacção

agravado, depois de terem sido

apanhados pela Polícia

Judiciária na posse de um saco

de viagem com as 25 mil notas.

Os advogados de defesa

mostram-se “satisfeitos” com a

decisão e não pretendem reco-

rrer.

Em causa estavam os 2, 5 mi-

lhões de dólares falsos apreen-

didos na zona de Lisboa a 16

de Julho de 2009. A PJ apurou

que tinham sido fabricados em

máquinas de tipografia insta-

ladas na cave da residência de

Francisco José, nos arredores

do Carregado, mas este arguido

afiançou em tribunal que foi

um espanhol, conhecido por

“José Paco”, quem produziu as

notas. Confessou, contudo, que

foi ele que contactou o espan-

hol, depois de ter sido convida-

do por um empresário da zona

de Sintra a fabricar dólares fal-

sos, mediante pagamento.

Agora, o colectivo de juízes

presidido por Raquel Costa

concluiu que, “independente-

mente de não ter ficado prova-

do que foram os dois arguidos

a accionar as máquinas”, o tri-

bunal entende que está

demonstrado que criaram todos

os meios necessários à pro-

dução das notas falsas. “É certo

que não resultou provado que a

produção das notas tenha sido

feita com as suas mãos, mas

ambos confessaram essa

envolvência nos factos”, su-

blinha o acórdão, lembrando

que Francisco admitiu a

“encomenda” do empresário e

os contactos com o espanhol e

com Jorge, para além de ter

sido apanhado na posse das

notas falsas e que Jorge tinha

vários ficheiros informáticos

com elas relacionados no seu

computador.

O acórdão acrescenta que os

arguidos agiram com o

propósito de obter proveitos

que sabiam que não lhes eram

devidos e que estavam

conscientes que “punham em

causa a confiança e a credibili-

dade pública gozadas pelo

papel-moeda” emitido pela

Reserva Federal dos Estados

Unidos da América.

Numa moldura penal do crime

de contrafacção que vai dos 3

aos 12 anos de cadeia,

Francisco José foi, assim, con-

denado a 5 anos e Jorge

Manuel a 4 anos de prisão. O

primeiro arguido foi, ainda,

punido com uma multa de

2400 euros pela posse de várias

caixas de munições de armas

proibidas e de um bastão que o

colectivo entende que só

serviria para provocar

agressões. Tendo em conta a

sua boa inserção social e

profissional, o facto de não

terem antecedentes e a forma

como confessaram parte das

situações, os juízes decidiram

suspender a execução das

penas de prisão, obrigando, no

entanto, o arguido Francisco a

provar que está a pagar a

multa. “É um caso bastante

grave, mas entende o tribunal

que não é necessário o cumpri-

mento efectivo desta pena de

prisão. Espero que nunca mais

na vida se metam numa situ-

ação semelhante”, avisou

Raquel Costa. João Parente e

Eugénia Santos Silva, advoga-

dos dos arguidos, mostraram-

se satisfeitos com o teor da

decisão e o primeiro disse, ao

Voz Ribatejana, que as penas

foram “justas” e corresponde-

ram às suas expectativas, tendo

também em conta que os dois

homens não têm antecedentes

criminais.

Os dois arguidos do caso das 25 mil notas falsas de 100 dólares alegadamente fabricadas no Carregado foram condenados a

penas de prisão declaradas suspensas. A decisão do colectivo de juízes agradou aos advogados e aos arguidos.

Falsificação de 2, 5 milhões

de dólares no Carregado dá

penas de prisão suspensas

Novo “assalto” aourivesaria daCastanheira geradúvidasO proprietário de uma ourivesaria da Castanheira doRibatejo alertou a GNR para uma alegada tentativa deassalto protagonizada por duas mulheres. Aconteceu tudo noinício do mês, a GNR mobilizou muitos meios para o local eidentificou as duas suspeitas, que foram retidas no interiordo estabelecimento pelo comerciante. As mulheres foramconduzidas ao posto e inquiridas, mas não tinham nada nasua posse e saíram em liberdade enquanto decorre o inquéri-to.O ourives, que sofreu em 2009 um violento assalto em quefoi agredido com um pé-de-cabra na cabeça por indivíduosoriginários do Leste da Europa, José Santos desconfiou docomportamento das duas mulheres e diz que terá visto umadelas esconder dois anéis na manga do casaco.As mulheres, com 44 e 46 anos, negaram estes factos à GNRe, não tendo nenhum objecto suspeito na sua posse, foramcolocadas em liberdade. José Santos apresentou queixa edecorre o inquérito crime.

Pais contraaquecimentodesligado na Escolado “Campo da Bola”Pais e encarregados de educação da escola primária con-hecida por “Escola do Campo da Bola de Alverca”mostraram-se, na semana passada, indignados com a infor-mação de que a Câmara de Vila Franca de Xira teria dadoorientações para não ligar o aquecimento existente nestaescola recentemente remodelada. A autarquia desmente quealguma vez tenha dado essa indicação e explica que o queaconteceu foi uma avaria que já está resolvida."Partilho a indignação que senti ao ser informada de que aescola não está autorizada pela Câmara a ligar o aqueci-mento central, obrigando assim as crianças a estarem nassalas de aula em condições de frio e humidade que levam aque o chão das referidas salas esteja molhado de manhã. Seique há escolas desta cidade que estão autorizadas a ligar osaquecimentos”, reclamou uma mãe no Facebook, apelandoà denúncia pública do problema. A Câmara de Vila Franca de Xira, por seu turno, afiançaque “nunca deu qualquer indicação” para que não se li-gasse o sistema de aquecimento central desta Escola Básicado 1º. Ciclo e ardim-de-Infância da Quinta da Vala. “O queaconteceu foi uma avaria no sistema e, após a sua re-solução, o mesmo entrou em funcionamento normal. ACâmara Municipal tem investido no sentido da moderniza-ção do parque escolar do concelho, de forma a dar as me-lhores condições possíveis de estudo às crianças e a todos osque trabalham nestes equipamentos, como é o caso da escolareferida”, remata o gabinete de imprensa da autarquia.

Furtado combustívelde carros em PovosAlgumas viaturas estacionadas em Povos foram alvo de umtipo de crime ainda raro. Os assaltantes cortaram tubos efurtaram combustível de alguns carros estacionados, sobre-tudo na zona do Largo Júlio Serra Sabino. Para além dofurto, os proprietários ficam com danos nas viaturas e apre-sentaram queixa à PSP.

Tendo em conta a boainserção social eprofissional dos arguidos,o facto de não teremantecedentes e aconfissão, os juízesdecidiram suspender aexecução das penas

Alverca reedita orçamento participativo

A freguesia de Alverca volta a promover este ano o chamadoorçamento participativo, com sessões de esclarecimento jáagendadas para 19 de Janeiro (Centro Cultural do BomSucesso) e 23 de Janeiro (Sociedade FilarmónicaAlverquense), sempre às 21h00. As propostas dos freguesesdeverão ser apresentadas até 10 de Fevereiro.

Page 7: Voz Ribatejana

07

18 de Janeiro de 2012

Jorge Talixa

Uma família de Vila Franca de

Xira viu-se, na quarta-feira,

confrontada com uma situação

completamente inesperada,

com a alegada recusa do

Hospital de Santa Marta

(Lisboa) em fornecer um

medicamento “vital” para um

doente cardíaco que esteve em

coma durante 3 semanas e

procura agora recuperar para

poder ser operado ao coração.

Os responsáveis do Santa

Marta sustentam que foi expli-

cado que o doente devia soli-

citar consulta no seu “hospital

de referência” em Vila Franca

e pedir aí o fornecimento do

Tikosyn, mas a família garante

que nunca lhes falaram em

consultas no Hospital de Vila

Franca, que o doente desde

Outubro que é acompanhado

no Santa Marta e que, inclusi-

vamente, está agora numa

unidade de convalescença

(cuidados continuados) do

Montijo, para onde foi enca-

minhado pelo próprio Hospital

de Santa Marta. Certo é que a

família de António Capucha

(antigo técnico do som da RDP

e dos Parodiantes de Lisboa,

actualmente com 61 anos) foi

completamente surpreendida

pela informação da farmácia

do Santa Marta de que não

tinha despacho favorável da

administração para continuar a

fornecer o Tikosyn.

Independentemente do custo

(na ordem dos 200 euros por

embalagem), o problema da

família é que este medicamen-

to não está à venda em farmá-

cias comuns e só está

disponível nalgumas farmácias

hospitalares.

Excepcionalmente deram-lhes

mais 3 comprimidos na quarta-

feira (suficientes para dia e

meio), mas os familiares não

sabiam o que fazer, temendo

pelo sério agravamento do já

complicado estado de saúde do

doente.

Em resposta ao Voz

Ribatejana, o gabinete de

comunicação do Centro

Hospitalar de Lisboa Central,

que integra o Hospital de Santa

Marta, diz que António

Capucha teve alta no dia 28 de

Novembro e que, na altura, foi

referenciado para uma consul-

ta na Cardiologia do Hospital

Reynaldo dos Santos de Vila

Franca de Xira, que deveria ter

lugar 15 dias depois. “O

Tikosyn é um medicamento

importado, cuja continuação

do fornecimento ao doente

deveria ter sido assegurada

pelo seu hospital de residên-

cia”, refere uma porta-voz do

Santa Marta. Só que Ana

Maria Capucha, esposa do

doente, afiança que nunca

ninguém lhe falou na necessi-

dade de procurar consultas

para o marido em Vila Franca

e que a família nem sequer

sabia que lhe tinha sido dada

alta, porque António Capucha

foi encaminhado para a

unidade do Montijo pelo

próprio Hospital de Santa

Marta, com o consentimento

dos familiares. “Foi internado

de urgência em Santa Marta

por indicação do cardiologista

particular que o consultou e

que viu que estava em falência

cardíaca. Nunca foi ao longo

de todo este período ao

Hospital de Vila Franca,

entrou em coma três ou quatro

dias depois de ter entrado em

Santa Marta e esteve mais de 3

semanas em coma”, explica

Ana Capucha, referindo que o

marido recuperou alguma

coisa e está no Montijo a tentar

resolver problemas de úlceras

que tem nas pernas que, asso-

ciados à diabetes, não per-

mitem fazer já a intervenção

cirúrgica ao coração de que

precisa e que está prevista já

no Santa Marta. Por isso, a

família garante que nunca

percebeu que o caso saia de

alguma forma da alçada do

hospital lisboeta. O gabinete

de comunicação do Santa

Marta acrescenta, em resposta

ao Voz Ribatejana, que,

“porque o processo de impor-

tação do medicamento pode

ser demorado, o Centro

Hospitalar de Lisboa Central

irá assegurar a sua distribuição

ao doente até o hospital da

residência ter condições para o

fazer”. Mas Ana Capucha sub-

linha que na quarta-feira tam-

bém ninguém lhe falou no

Hospital de Vila Franca.

“Quando no Montijo me pedi-

ram pela primeira vez este

medicamento fui ao Santa

Marta e a médica que estava

em cardiologia passou a recei-

ta e disse-me que ia fazer um

pedido de autorização especial

para que a administração

autorizasse o fornecimento e

não tivéssemos que andar sem-

pre a pedir novas receitas. Isso

era o que eu sabia e até a assis-

tente social me disse que já

não seria preciso receita e era

só ir à farmácia pedir. Só que

esse pedido especial parece

que não foi deferido, mas

nunca ninguém me tinha fala-

do em consultas no hospital de

Vila Franca. Só hoje (sexta-

feira) é que me falaram nisso”,

conclui. Também o irmão José

Capucha não entende esta ati-

tude do hospital lisboeta,

admitindo que tenha a ver com

objectivos de contenção de

custos. “A vida humana não

tem preço. Já tinham surgido

antes problemas quando

deixaram de o transportar para

fazer tratamentos e tinha

mesmo que ser transportado,

porque está totalmente depen-

dente e muito fragilizado”,

lamentou.

Responsáveis do Hospital de Santa Marta entenderam que deveria ser o Hospital de Vila

Franca a fornecer um medicamento fundamental para um doente cardíaco residente nesta

cidade, mas a situação não terá sido devidamente esclarecida e deixou a família sem soluções.

Recusa de medicamento para doente cardíaco

dá confusão no Hospital de Santa Marta

GNR apreende 1860 quilos de amêijoa emAlhandra e Vila FrancaO Núcleo de Protecção Ambiental da Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu, no dia4, cerca de 1860 quilos de amêijoa japonesa pescados ilegalmente no Tejo. Considerando quetêm toxinas prejudiciais para a saúde, a pesca destas amêijoas é proibida no estuário do Tejo,mas aparecem regularmente quantidades significativas. Segundo a GNR, estes 1860 quilospoderiam valer no mercadocerca de 7500 euros. Os sacosapreendidos foram transporta-dos para Lisboa e a amêijoafoi devolvida ao Tejo na zonado Poço do Bispo.De acordo com a GNR, ossacos de amêijoa foram encon-trados nos bairros depescadores de Alhandra e deVila Franca, mas ainda nãoforam identificados os respon-sáveis pela sua pesca. AGuarda elaborou os respe-ctivos autos de apreensão eprossegue as investigações.

EDITAL Nº 659/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE

XIRA:

Faz saber que, por despacho datado de 21/09/2011, e para o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99,

de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de

Fevereiro, fica João Baessa, com última residência conhecida no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, Lote 5, 1º Esq,

na Póvoa de Santa Iria, e demais interessados, notificados de que:

- Foi tomada a decisão final de resolução da licença de utilização do fogo municipal sito no Bairro Municipal da Quinta

da Piedade, Lote 5, 1º Esq, 2625 Póvoa de Santa Iria, atribuído a João Baessa, segundo o regime da renda apoiada e pro-

ceder ao eventual despejo administrativo.

Tal decisão fundamenta-se nos seguintes factos:

- Tendo sido publicados editais na porta da fracção municipal, última residência conhecida do morador, e nos jornais

locais, da proposta desta decisão, não foi apresentada qualquer pronúncia escrita.

- O morador apresenta 29 rendas em dívida, cada uma no valor de 14,35 €, compreendidas entre Agosto de 2009 e

Dezembro de 2011, no valor de 416,15 €, as quais, depois de acrescidas da indemnização moratória no valor de 203,19 €,

perfazem uma dívida global de 619,34 €.

- O morador não tem residência própria e permanente no fogo municipal desde Agosto de 2009, tendo desaparecido,

colocando-se mesmo a hipótese de ter falecido.

A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de

Maio, no nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e nos nºs 7, 9, 10, e 11, do artigo 9º, nº6, do artigo 12º, nº 2,

do artigo 13º, e nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica o morador e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei

nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90

dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será ime-

diatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na

fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários,

dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do

Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

A presente decisão é susceptível de recurso contencioso. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual

teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicado nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 30 de Dezembro de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Um caso ocorrido no Hospital de Santa Marta, com um doenteoriginário de Vila Franca

Concelho de Benavente tem rastreio de cancro da mama

Desde a passada sexta-feira e até 11 de Abril decorre, na área do Município deBenavente, um rastreio de cancro da mama, organizado em parceria com o NúcleoRegional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Este rastreio é gratuito e é desti-nado a mulheres com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos. Uma UnidadeMóvel de Rastreio será instalada em Benavente, em Samora Correia e em SantoEstêvão, podendo abranger todas as mulheres do Município dentro desta faixa etária.

Page 8: Voz Ribatejana

SOCIEDADE

08

voz ribatejana #29

O Hospital de Santa Maria

deve mais de 100 mil euros às

seis associações de bombeiros

do concelho de Vila Franca de

Xira, respeitantes a serviços de

transporte de doentes efectua-

dos pelas corporações. Os últi-

mos pagamentos, efectuados

em Dezembro, reportam-se a

facturas de Agosto e Setembro

de 2010 e há casos de corpo-

rações que têm mais de 30 mil

euros para receber da unidade

de saúde de Lisboa que fun-

ciona como hospital central de

referência para muitas situ-

ações encaminhadas pelo

Hospital de Vila Franca de

Xira.

Certo é que perante tamanho

atraso e com as dificuldades

que foram encontrando para a

regularização da situação, uma

das corporações de bombeiros

local, o Corpo Voluntário de

Salvação Pública da Póvoa de

Santa Iria, resolveu mesmo, em

Abril passado, “avançar para

tribunal a fim de reclamar

créditos do Hospital de Santa

Maria que remontam a 2010”.

Este é mais um problema que

se vem juntar às generalizadas

dificuldades financeiras das

corporações de bombeiros,

motivadas em boa parte pela

redução dos pedidos de

serviços de transporte de

doentes e pelas tabelas em

vigor definidas pelo Ministério

da Saúde. As seis associações

de bombeiros do Município de

Vila Franca de Xira (onde resi-

dem cerca de 140 mil habi-

tantes) têm promovido várias

reuniões nos últimos dois

meses para tentarem definir

estratégias conjuntas que mini-

mizem os problemas. Uma das

situações que ressalta é a dos

atrasos do Hospital de Santa

Maria, bem superiores aos da

Administração Regional de

Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

que estará, agora, a pagar as

facturas de Julho de 2011.

O Voz Ribatejana apurou que

só os Bombeiros Voluntários

de Alverca terão cerca de 35

mil euros para receber do

Hospital de Santa Maria e no

caso dos Bombeiros de Vila

Franca de Xira serão cerca de

30 mil euros. Se juntarmos as

dezenas de milhares de euros

em dívida às corporações de

Alhandra, Castanheira do

Ribatejo, Póvoa de Santa Iria e

Vialonga, o total ultrapassa os

100 mil euros, muito dinheiro

para associações que, nalguns

casos, têm orçamentos anuais

na casa dos 120 mil euros.

Apesar de várias insistências, o

Voz Ribatejana ainda não

obteve resposta para as

questões sobre este assunto que

colocou, no passado dia 22 de

Dezembro, à administração do

Hospital de Santa Maria.

J. T.

As corporações de bombeiros atravessam enormes dificuldades devido à grande quebra das

receitas dos serviços de transporte de doentes. No concelho de Vila Franca, os representantes

das associações têm dialogado com a Câmara e Maria da Luz Rosinha garante que a autarquia

não deixará que nenhuma das seis corporações locais passe por situações que ameacem a sua

sobrevivência.

Hospital de Santa Maria deve mais de

100 mil euros aos bombeiros do concelho

Estado“lamentável”do jardimcentral doBom Sucesso“É absolutamente lamen-tável o estado dedegradação a que chegou oJardim Central do BomSucesso”, observou NunoLibório, vereador da CDU,que considera que aquelasituação “não se deve auma atitude menos cuidadados cidadãos, mas antes auma falta de fiscalizaçãodos serviços contratados auma empresa, que nãocumpre minimamente osseus compromissos”, afir-ma.

Alhandra vai terloja socialA vila de Alhandra vai ter, muito em breve, uma Loja Social,fruto de uma parceria entre a Câmara de Vila Franca de Xirae a Junta de Alhandra, delineada no âmbito da ComissãoSocial das Freguesias de Alhandra, São João dos Montes eSobralinho. O espaço de apoio social ficará instalado no nº.11 do Mercado Retalhista de Alhandra, cedido gratuitamentepelo Município à freguesia.Este projecto da Loja Social pretende contribuir para “super-ar as necessidades imediatas das famílias carenciadas exis-tentes nas referidas freguesias, através da aquisição erecepção de bens e prestação de serviços”. Os promotores pre-tendem também “melhorar a articulação com o meio envol-vente, mediante o desenvolvimento de parcerias”.

Secundária do Forteda Casa tem hojerecolha de sangueDinamizada pelos grupos de Biologia e de Geologia, realiza-se hoje (18 de Janeiro), na Escola Secundária do Forte daCasa, uma acção de recolha de sangue. A iniciativa tem o

apoio do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa e daAssociação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa deSanta Iria, que realça o esforço de sensibilização desenvolvi-do por professores e alunos. Decorre entre as 9h00 e as 13h00e das 15h00 às 19h00.

Jovem tenta atropelarGNRUm jovem de 17 anos terá tentado, na semana passada, atro-pelar um militar da GNR de Azambuja depois de ter sidomandado parar. Segundo apurámos, o indivíduo, sem carta decondução, estaria envolvido alegadamente em distúrbios nacolectividade de Casais da Amendoeira. O jovem ainda tentousair do local quando teve a informação que a GNR tinha sidochamada, mas foi interceptado pelas autoridades. Já fora docarro, os militares fizeram uma busca ao veículo, tendoencontrado substâncias proibidas, mas não reveladas. Fonteda GNR refere que o jovem fugiu do local onde estava a seralvo de buscas, quando um dos militares se preparava paratratar da documentação referente à contra-ordenação. Nafuga e de forma a ter o caminho livre, o jovem seguiu emdirecção ao militar. O suspeito está agora identificado e oprocesso segue para inquérito do Ministério Público.

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Page 9: Voz Ribatejana

09

18 de Janeiro de 2012

Texto: Jorge Talixa

Fotos: Dário Queiroz

O apelo de Carlos Fernandes

ao reforço da unidade da

família dos bombeiros para

enfrentar as muitas dificul-

dades que atingem o sector e a

garantia da presidente da

Câmara de Vila Franca de Xira

de que a autarquia tudo fará

para evitar que alguma corpo-

ração local corra riscos de

fechar marcaram, no dia 5, a

sessão de tomada de posse dos

novos corpos sociais da

Associação de Bombeiros

Voluntários de Vila Franca de

Xira (ABVVFX). As novas

regras de pagamento e a

redução dos serviços de trans-

porte de doentes não urgentes

estão a deixar as corporações

de todo o País, em especial as

da região de Lisboa, numa situ-

ação de extrema dificuldade

financeira. E, apesar do pré-

acordo estabelecido no início

do mês entre a Administração

Regional de Saúde de Lisboa e

Vale do Tejo e representantes

dos bombeiros, os próximos

tempos adivinham-se difíceis.

Isso mesmo disse Carlos

Fernandes – reeleito presidente

da direcção da ABVVFX,

cargo que já desempenha há 8

anos -, que lembrou que quan-

do assumiu estas funções a cor-

poração chegava a facturar 18 a

20 mil euros por mês à

ARSLVT e que, no passado

mês de Dezembro, as facturas

de transporte de doentes não

urgentes emitidas à ARSLVT

rondaram apenas os 480 euros.

Por isso, apelou à união de

todos os elementos mais liga-

dos à associação, desde o corpo

activo, aos funcionários, à

direcção e aos sócios, para ten-

tar ultrapassar estas dificul-

dades. “Vamos todos dar as

mãos. Há coisas que tem que se

mudar, se calhar radicalmente,

mas vamos continuar a ser uma

grande associação ao dispor da

nossa população”, garantiu,

frisando que a direcção tudo

fará para evitar dispensas de

funcionários ou reduções

salariais, mas apelando a que

todos procurem ter uma atitude

disponível e de flexibilidade

para ajudar a resolver os pro-

blemas que venham a surgir.

Carlos Fernandes vincou que

tinha preparado um discurso

muito duro para esta sessão,

mas que o princípio de acordo

estabelecido na véspera com a

ARSLVT veio atenuar um

pouco o problema. De acordo

com o sistema em vigor as cor-

porações faziam muitos

serviços de transporte por ape-

nas 1, 5 euros, chegando a ter

uma tripulação de dois efe-

ctivos e uma ambulância mais

de 1 hora à espera do tratamen-

to do doente sem mais retorno.

Depois deste acordo, esse mon-

tante deverá fixar-se nos 7, 5

euros, mas há outros problemas

que ainda continuam por

resolver. “No mês de

Dezembro pagam-nos um euro

e meio por 55 serviços que

fizemos e mais de 20 vão ser

pagos a 2, 5 euros. “É impo-

ssível ir buscar um doente a um

segundo ou terceiro andar, com

uma viatura e dois profissio-

nais e, depois, esperar uma

hora pelo doente, recebendo

um euro e meio. Isto é mandar

estas casas abaixo”, sublinha,

vincando que a corporação de

Vila Franca também teve von-

tade de aderir à paragem

assumida no princípio do ano

por bombeiros da Amadora e

de Sintra, mas que entendeu

que não seria correcto fazê-lo

em vésperas da tomada de

posse da nova direcção. Houve

também conversas com a pre-

sidente da Câmara que se com-

prometeu a desenvolver

esforços para tentar ultrapassar

o problema.

“Tenho consciência que vão ser

os dois anos mais difíceis da

minha vida. Esta casa atravessa

momentos muito difíceis, que-

remos dar a volta por cima e

queremos dar a volta com os

nossos bombeiros”, sustentou,

realçando a qualidade da nova

equipa directiva. Carlos

Fernandes diz que gostaria de

poder levar por diante a criação

da secção museológica dos

bombeiros e a instalação de ar

condicionado no salão, mas

frisou que o que mais preocupa

e o grande objectivo da

direcção é manter os 19 postos

de trabalho e os vencimentos

dos funcionários. “Se todos

quisermos vamos conseguir. Se

calhar vamos ter que começar a

dar um pouco mais de nós e

conseguiremos dar a volta”,

previu.

Câmara disposta a ajudar

mais os bombeiros

Maria da Luz Rosinha

começou por destacar que a

amizade é uma condição fun-

damental para muitos dos que

dedicam muita da sua vida ao

associativismo. A presidente da

Câmara vila-franquense

resumiu alguns dos contactos

que fez nos dias anteriores com

responsáveis do Governo e da

ARSLVT e revelou que se vai

realizar, em breve, um encon-

tro alargado para tentar

alcançar bases de entendimen-

to para a resolução dos proble-

mas dos bombeiros. “Uma das

coisas que tivemos oportu-

nidade de discutir foi que as

áreas urbanas não são exacta-

mente o Alentejo ou o interior

do País. Estas coisas não têm o

mesmo reflexo”, vincou,

realçando que é muito impor-

tante perceber o impacto da

actual situação na sobrevivên-

cia das corporações. “É

necessário reformular e encon-

trar novos caminhos, se isso

não vier a acontecer em tempo

útil, o risco que se corre é de

sufocar as associações exis-

tentes. Por isso, é preciso ser

lúcido nos momentos de difi-

culdades”, avisou.

“Devo dizer aqui que estamos

convosco e que, neste quadro,

não deixaremos que nenhuma

das nossas associações de

bombeiros feche e não deixare-

mos que nada de grave lhes

aconteça”, prometeu a edil.

As corporações de bombeiros atravessam enormes dificul-

dades devido à grande quebra das receitas dos serviços de

transporte de doentes. No concelho de Vila Franca, os repre-

sentantes das associações têm dialogado com a Câmara e

Maria da Luz Rosinha garante que a autarquia não deixará

que nenhuma das seis corporações locais passe por situações

que ameacem a sua sobrevivência.

Apelo à união na posse da nova

direcção dos bombeiros de Vila Franca

Elogios àsecção decultura erecreioO presidente da ABVVFXsalientou “o trabalhoextraordinário” que temsido feito pela secção decultura e recreio que,através de um calendáriode actividades organizadoao longo do ano, onde seincluem matinés dançantesmuito concorridas, procuraangariar fundos para acorporação. “No ano pa-ssado foi possível reunirassim mais de 16 mil eurose fomos lá buscar dinheiropara pagar o décimo-ter-ceiro mês. Vamos conti-nuar a contar com isso”,observou, agradecendo oesforço dos membros dasecção.

“É impossível ir bus-car um doente a umsegundo ou terceiroandar, com umaviatura e dois profi-ssionais e, depois,esperar uma horapelo doente, receben-do um euro e meio.Isto é mandar estascasas abaixo”

Carlos Fernandes

Mãe ecriança semdinheiro parair a LisboaCarlos Fernandes citoumesmo um caso recenteque ilustra os problemasdecorrentes dos cortes nonúmero de transportes dedoentes solicitados aosbombeiros. Uma criançasaiu do centro de saúdecom um tubo colocado,mas o médico não pre-screveu o transporte emambulância e mãe nãotinha dinheiro para pagaro transporte. Proprietáriose clientes de um café vizi-nho contactaram então aABVVFX procurandosaber quanto é que custariao transporte até ao hospitalde Lisboa e dispuseram-sea colectar-se para ajudarmãe e filha na deslocação.“Se uma mãe me apresen-tar um caso destes, em quenão tem dinheiro e a filhanesta situação, o que é queeu faço?”, interroga-se oresponsável da ABVVFX.

Os novos órgãos directivos dos bombeiros de Vila Franca comautarcas convidados para a cerimónia

Vila Franca tem Concerto de Ano Novo

O Concerto de Ano Novo de Vila Franca deXira vai contar este ano com uma actuuaçãodo Coro Notas Soltas. Realiza-se na tarde dopróximo sábado (21 de Janeiro), a partir das16h00, no auditório do Museu Municipal deVila Franca.

Page 10: Voz Ribatejana

EDUCAÇÃO

10

voz ribatejana #29

A Câmara de Vila Franca de

Xira estará disponível para

fazer obras de reparação dos

telhados e da instalação eléctri-

ca da Escola Básica dos 2º. e

3º. Ciclos (EB 2.3) de Vialonga

no âmbito de um protocolo

com a Direcção Regional de

Educação, porque a realização

destes trabalhos por iniciativa

da escola envolve um processo

de concurso muito complicado.

A informação foi dada por

Maria da Luz Rosinha na

sequência de questões formu-

ladas pelos vereadores da

CDU, que lamentaram também

algum desconhecimento da

situação da escola revelado

numa resposta do Ministério

da Educação a uma pergunta

de deputados do PCP.

Ana Lídia Cardoso, vereadora

da CDU, começou por referir

que uma resposta do gabinete

do ministro Nuno Crato a de-

putados do PCP afirma que foi

avaliada a possibilidade de, por

uma questão de “agilização”

dos procedimentos, poder vir a

ser a câmara a apresentar orça-

mentos de empresas que po-

ssam efectuar obras nos telha-

dos da escola e para as quais o

Ministério já disponibilizou 93

mil euros. “Gostaríamos de

saber se a Câmara já tem

algum orçamento que possa

resolver parcialmente os prob-

lemas desta escola”, questio-

nou a vereadora, lamentando

algum desconhecimento do

gabinete de Nuno Crato da

realidade da escola, porque

afirma que, ao contrário do que

tem sido dito, tem capacidade

para 1440 alunos e não para

600. Ana Lídia Cardoso lem-

brou, ainda, que, diariamente,

cerca de 600 jovens de

Vialonga têm que sair da

freguesia para frequentar esco-

las secundárias da região, uma

vez que este nível de ensino

ainda não existe na vila. “A

Câmara, uma vez mais, e con-

sciente das necessidades, está

disponível para fazer aquela

obra, celebrando um acordo”,

explicou, por seu turno, Maria

da Luz Rosinha, garantindo

que a Câmara tem procurado

ajudar a escola na tramitação

do processo de concurso, mas

que o estabelecimento não se

rege pelas mesmas regras das

autarquias e é obrigada a fazer

um concurso público bastante

complexo. Como o processo

não chegou a bom termo, a

escola não pode utilizar a

verba e pode mesmo ter que a

devolver, referiu Maria da Luz

Rosinha, adiantando que,

assim, volta a colocar-se a po-

ssibilidade da Câmara acordar

a realização da obra com a

DREL. “Está neste pé, a

Câmara está mais uma vez

disponível para fazer as obras

que depois nos paguem. Já

percebemos que por via da

escola vai ser uma confusão

para resolver um problema

que, para nós, é simples de

resolver com um ajuste dire-

cto”, sublinha a presidente da

Câmara, esclarecendo que a

edilidade poderá avançar a par-

tir do momento que saiba qual

é a verba contemplada no orça-

mento de Estado de 2012 para

este fim.

Câmara disposta a

fazer obras na EB 2.3

de Vialonga

A respostado ministroEm resposta a perguntasdo grupo parlamentar doPCP, o gabinete do min-istro Nuno Crato sustentaque a EB 2.3 de Vialongatem capacidade para 60turmas (1440 alunos) eque, em Novembro, aDREL programou com“carácter de urgência”uma substituição parcialdas coberturas da escolaque se apresentem danifi-cadas. “A obra de substitu-ição parcial de coberturasda escola foi autorizadapela Secretaria de Estadodo Ensino e AdministraçãoEscolar em Novembro,tendo sido disponibilizada averba de 75 mil euros pelogabinete de gestão finan-ceira. Prevê-se que asobras estejam concluídasno mais curto espaço detempo”, acrescenta oMinistério da Educação.

Junta deAlvercadistribui 3200 eurospelas escolasO executivo da Junta deAlverca decidiu atribuir,este ano, apoios de 3 203euros a sete escolas básicase seis jardins-de-infânciada freguesia. Destinadosfundamentalmente aquestões de funcionamentoe ao serviço de expedientedos estabelecimentos, estesapoios são determinadostendo por base o númerode salas a funcionar emcada escola e agrupamen-to.Neste caso, os estabeleci-mentos do Agrupamento deEscolas Pedro Jacques deMagalhães receberão umtotal de 2250 euros e asescolas do Agrupamento doBom Sucesso 952 euros.Com estes subsídios, aJunta alverquense diz pre-tender “contribuir para ummelhor funcionamento”escolas e a autarquia su-blinha que dá aindaresposta em pequenasreparações e trabalhos demanutenção, além de apoiologístico em diversas activi-dades.

A vereadora Ana Lídia Cardoso contestou

também a recente suspensão da carreira

urbana que servia a freguesia de Vialonga,

frisando que sobretudo para as ligações ao

centro de saúde este autocarro era funda-

mental para muita gente. “A localização do

centro de saúde não permite que as pessoas

possam deixar de ter a carreira urbana.

Qual é a alternativa que a Câmara arranja

para o fim da carreira urbana?”, questio-

nou.

Maria da Luz Rosinha tem um entendimen-

to diferente e salientou que os números de

que dispõe referem que as 9 circulações

diárias desta carreira urbana (fruto de um

protocolo entre a Câmara, a Junta e a

Rodoviária de Lisboa) tinham, em média,

apenas um total de 20 passageiros. “Tanto

quanto sei, o senhor presidente da Junta

está a tentar arranjar uma solução. É insu-

portável ter 9 carreiras diárias apenas com

20 passageiros”, sustentou a edil, explican-

do que já reuniu com o presidente da Junta

e com a Rodoviária para analisar o assunto

e que o autarca local ficou de fazer algumas

diligências no sentido de conseguir um

transporte alternativo, eventualmente com

uma carrinha de 9 lugares, que “resolveria

o transporte das pessoas que se destinam ao

centro de saúde”. De acordo com a autarca

do PS foi também pedido à Extensão de

Saúde de Vialonga que indique quais são os

momentos de maior necessidade de trans-

porte. “Está-se a tratar de encontrar uma

solução. A verdade é que o autocarro viaja-

va a maior parte das vezes sem ninguém”,

vincou.

Ana Lídia Cardoso lembrou, todavia, que

não foi a Junta que colocou a extensão de

saúde naquele local, nem acabou com o pro-

tocolo com base no qual funcionava a ca-

rreira. “Temos que encontrar uma solução,

porque se não as pessoas, sobretudo as de

mais idade, não têm transporte”, avisou.

“Transportar 20 pessoas em 9 carreiras não

faz sentido em lado nenhum. Saia mais

barato levar as pessoas de táxi do que levá-

las na carreira urbana”, reagiu Maria da

Luz Rosinha, frisando que o valor pago

pela Câmara para manter a carreira era

três ou quatro vezes superior ao pago pela

Junta.

“A Câmaraestádisponívelpara fazeraquelaobra,celebrandoumacordo”

Suspensão da carreira urbana deVialonga divide PS e CDU

Uma concentração de pais e alunos da EB 2,3 de Vialonga jun-tou, em Dezembro, várias centenas de participantes

Page 11: Voz Ribatejana

11

18 de Janeiro de 2012

Bom Retiro já tembancoO Olho Vivo alertou, em Dezembro, para o péssimo estadode alguns bancos públicos instalados na parte baixa do BomRetiro e para a reivindicação de mais bancos feita pormoradores da zona compreendida entre o café-restaurante OSorriso, a Rua Fernando Pessoa e Rua Gil Vicente.Passadas poucas semanas as queixas foram ouvidas e aJunta de Freguesia instalou mais um banco na Rua GilVicente. É caso para dizer que, quando é por bem, vale apena reivindicar.

OLHO VIVO

“Águas paradas cheiasde lixo no bairro daChasaA Praceta Natália Correia, no bairro da cooperativa Chasa, nastraseiras do Fórum de Alverca, foi projectada como um espaçode lazer diferente, com alguns lagos e zonas de estar para apopulação. A ideia não resultou, os lagos provocavam infil-trações sérias no edifício do Fórum e a solução foi “secá-los”,mas a zona central da praceta continua uma lástima. As áreasde passagem feitas de madeira ali existentes atravessam asdepressões dos antigos lagos mas, devido à chuva, mantém-sesempre ali alguma água que acaba por gerar maus cheiros e aproliferação de insectos. Como se isso não bastasse, os buracoscom água são usados por alguns como autênticos depósitos delixo e é vê-los cheios de garrafas, pacotes e todo o tipo de detri-tos. As autarquias locais precisam de olhar um pouco maispara esta área da cidade.

Carrinhas“entaladas” na zonaantiga de Vila FrancaA zona antiga de Vila Franca foi progressivamente voca-cionada para o trânsito pedonal, mas a circulação mantém-se em ruas como a Gomes Freire e a desactivação das bar-reiras na Miguel Bombarda também tem gerado críticas daCDU. Há dias o Olho Vivo “apanhou”, exactamente naGomes Freire, mais este caso de um veículo de dimensãosignificativa que ficou “entalado” numa das zonas maisapertadas da via. Problemas semelhantes verificam-se regu-larmente na Miguel Bombarda, sobretudo junto à CasaGalache. Exigem-se medidas para segurança de todos, me-lhorias da sinalização e uma fiscalização mais apertada doseu cumprimento.

Rasgar estradasnacionais sem asrepararO troço da Estrada Nacional 10 que serve a entrada Norteda Póvoa de Santa Iria foi rasgado no último trimestre doano passado por um conjunto de obras ao que tudo indicaligadas ao saneamento. Passados alguns meses, a estradaapresenta o rasgo visível na foto e está completamente dani-ficada. Dir-nos-ão que é preciso esperar pelo assentamentodas terras antes da repavimentação final. Poderá ser, masnuma via percorrida diariamente por dezenas de milhares deviaturas devia haver mais cuidado e eficiência na reposiçãoda situação inicial. Ou então, uns rasgam e acabamos todosnós, mais tarde, por pagar a necessária regularização dopavimento

Alberto Mesquita e Rui Reitrocam “galhardetes” sembola de râguebiAs dificuldades de relacionamento entre Alberto Mesquita eRui Rei já são antigas, passaram mais despercebidas nosprimeiros dois anos deste mandato enquanto durou oentendimento entre socialistas e sociais-democratas para agestão da Câmara de Vila Franca, mas voltaram a acentuar-se nas últimas semanas. Na quarta-feira atingiram mesmoum tom inesperado. Rui Rei lia um extenso documento decomentário às respostas dadas pelos serviços de urbanismoàs questões colocadas sobre um polémico loteamento daPóvoa quando Alberto Mesquita sugeriu, com alguma iro-nia, que lesse com mais calma para poder “captar” todo oconteúdo da intervenção. Rui Rei não apreciou o comentárioe disparou: “Isso é da idade!”. Mesquita não se conteve eaconselhou o vereador do PSD a tomar comprimidos, masRui Rei acrescentou que Alberto Mesquita é que devia tomarcomprimidos e aconselhou-o a “tratar-se”. Estava a conver-sa neste tom quando Maria da Luz Rosinha tentou “contro-lar” os dois autarcas, mas Rui Rei ainda comentou que nãotem bola de râguebi, aludindo à carreira de AlbertoMesquita na modalidade, onde chegou a ser campeãonacional pelo Benfica.

Estacionamento daQuinta da Mina àsescurasO parque de estacionamento da Quinta da Mina é o maior dacidade de Vila Franca de Xira com mais de 300 lugares dis-tribuídos pelos dois pisos. Aproveitando o viaduto da A 1 foiconstruída uma plataforma que permitiu ganhar mais umaslargas dezenas de lugares, mas a parte de baixo carece, assim,de uma iluminação adequada. E é isso que não tem acontecidonos últimos meses. Segundo a CDU, que tem levantado o pro-blema na Câmara e na Assembleia de Freguesia, são já maisde metade as lâmpadas avariadas e desligadas, gerando sériosproblemas de insegurança. Ana Câncio, presidente da Junta deVila Franca, diz que na parte de cima do tabuleiro a respon-sabilidade é da EDP, que já foi várias vezes alertada para anecessidade de intervir. “Na parte de baixo a responsabilidadeé da Câmara. O que está previsto é que em 2012, com algumesforço da Junta e da Câmara, se faça uma reconversão, pas-sando a ter outro tipo de iluminação que poupe energia”, expli-cou.

Page 12: Voz Ribatejana

12

AMBIENTE

voz ribatejana #29

Os vereadores da CDU não

concordam com a forma como

o Município tem gerido as

questões da manutenção das

zonas verdes e acham que

falta ligação entre a câmara e

as juntas de freguesia, o que

pode gerar mais custos e

vários casos de jardins mal

conservados. A edilidade

aprovou, na quarta-feira, os

elementos para o lançamento

de um concurso para con-

tratação de serviços de

limpeza e manutenção das

zonas verdes no concelho.

A CDU, pela voz de Rui

Pereira, entende que “contin-

ua a haver uma certa descoor-

denação” entre as autarquias

locais no que manutenção de

espaços verdes diz respeito.

“Parece-me que não há diálo-

go suficiente (da câmara com

as juntas) e que em parte deste

lote com certeza que algumas

juntas de freguesia teriam

condições para fazer o traba-

lho. Estamos a falar e verbas

que, eventualmente, poderiam

ser transferidas para as juntas

de freguesia e não são. E ao

longo de bastantes anos de

contratos vêm empresas que

não prestam o serviço da me-

lhor forma”, criticou o eleito

da CDU, considerando que

“ainda há muito a fazer relati-

vamente à repartição e melhor

utilização dos meios das

autarquias do concelho” e que

há casos em que o pessoal das

juntas faz determinado traba-

lho de manutenção de zonas

verdes e depois aprecem fun-

cionários das empresas

prestadoras de serviços para

intervirem nos mesmos sítios.

Fernando Paulo Ferreira,

vereador do PS responsável

pelas áreas do Ambiente e das

Zonas Verdes, vincou que

este concurso é lançado para

um prazo de 3 anos já com o

objectivo de obter, assim,

alguma redução de custos.

Por outro lado, o eleito

socialista sustenta que em

todas as novas zonas verdes é

perguntado às juntas de

freguesia se têm condições

para assumir a sua

manutenção. “O que se tem

verificado de uma forma geral

é que, ou não têm condições

internas para isso ou, porque

não têm, procuram contratar

empresas para isso”, salien-

tou.

Mas Ana Lídia Cardoso

(CDU) observou que a infor-

mação que tem é que as juntas

não foram ouvidas nesta situ-

ação. E o seu colega de banca-

da Nuno Libório lamentou o

estado de degradação de algu-

mas zonas verdes (ver caixa),

criticando a entrega de alguns

destes serviços a privados.

“A Câmara gerida pelo PS

ainda não privatizou nada, ao

contrário de outros municí-

pios da CDU. O ideal seria

que a Câmara congregasse

todas as zonas verdes para

tratar, porque o que vimos

aqui são sucessivas questões

que estão descentralizadas

para uma ou outra junta. A

Câmara transfere o dinheiro

rigorosamente para que seja

um trabalho bem feito, se não

é, temos que chamar a atenção

da junta”, defendeu Maria da

Luz Rosinha, admitindo que

“há juntas que contratam

empresas porque, efectiva-

mente, não têm meios

próprios. À Câmara cabe fis-

calizar o trabalho que a

empresa faz”, concluiu a pres-

idente da edilidade vila-fran-

quense.

CDU contesta “desarticulação”

na manutenção das zonas verdes

Estado “lamentável”do jardim central doBom Sucesso“É absolutamente lamentável o estado de degradação a quechegou o Jardim Central do Bom Sucesso”, observou NunoLibório, vereador da CDU, que considera que aquela situ-ação “não se deve a uma atitude menos cuidada doscidadãos, mas antes a uma falta de fiscalização dos serviçoscontratados a uma empresa, que não cumpre minimamenteos seus compromissos”, afirma.

Concursointernacionalcomplicamanutençãodas zonasverdesA Câmara de Benavente deci-diu, na sua primeira reuniãodeste ano de 2012, adjudicar àempresa Recolte a “prestaçãode serviços de manutenção econservação de 103 jardins ezonas verdes” do concelhopelo período de 12 meses. Aentrega deste serviço resulta deum concurso público interna-cional, mas a tramitaçãodemorada do processo levou aque durante cerca de doismeses e meio a autarquia nãodispusesse do serviço de umaempresa especializada nestetrabalho de manutenção.Ana Casquinha, vereadora do

PS, mostrou-se preocupadacom o mau estado de conser-vação de alguns jardins e quissaber se essa situação teráalguma relação com o desen-volvimento deste concurso. Aeleita do PS aludiu especifica-mente ao mau estado dosespaços verdes existentes nazona ribeirinha de SamoraCorreia.António José Ganhão, presi-dente da edilidade deBenavente, garantiu que o con-curso em causa foi lançadoatempadamente, para quepudesse dar a sequência nor-mal ao contrato que expirounos últimos meses do ano pa-ssado. “Tal não aconteceu,infelizmente, já que o concursointernacional demorou maisalgum tempo do que o previsto.Decorrem cerca de dois mesese meio desde que deixámos deter a manutenção, porém, ape-sar de tudo, estamos numaépoca em que não houvegrandes impactos no cresci-mento das herbácias e ervasdaninhas, mas há de facto umaimagem que não é desejável eque tem que ser recuperada”,vincou o autarca ad CDU,frisando que a autarquia teráque “acompanhar de perto aempresa no seu trabalho derecuperação destes jardins”,até porque “a maioria destesespaços têm muitos infestantesque têm que ser curados e issojá faz parte da própria adjudi-cação”.No caso das zonas ribeirinhas,o edil diz que o que ali sempreexistiu “não é relva mas sim ochamado prado, constituídopor uma espécie que éresistente mas que por vezestem que ser recuperada, comoé o caso de Benavente onde,quando há cheia, a zonaribeirinha fica submersa.“Vamos estar atentos para quea situação não se repita, masnada mais podíamos fazer doque esperar uma vez que nãotemos pessoal para afectar aosjardins, não podíamos fazerajustes directos e estivemossempre na esperança que fossemais rápido este processo.Vamos recuperar os nossosjardins e em breve a imagemserá outra”, prometeu AntónioJosé Ganhão.

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2600-126 Vila Franca de Xira

Tel: 263 281 329 [email protected]

CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL

Um milhão e quantrocentos mil euros é quanto a Câmara de

Vila Franca prevê gastar nos próximos três anos na

manutenção de espaços verdes. O concurso agora lançado

gerou algumas críticas da oposição, a maioria recorda que,

para além deste valor, distribuiu mais 75 mil euros por ano

para os jardins tratados pelas freguesias.

Page 13: Voz Ribatejana

14

ECONOMIA

voz ribatejana #29

A utilização de parte do fundo

de 12 mil milhões de euros

definido pela troika para capi-

talização dos bancos por-

tugueses para o pagamento de

dívidas das empresas munici-

pais à banca e de dívidas das

autarquias a fornecedores é

uma das propostas de um

“pacote” de medidas para a

revitalização da economia

aprovado pelo conselho geral

da Nersant-Associação

Empresarial da Região de

Santarém. O documento su-

gere intervenções em cinco

áreas principais, que incluem

o financiamento das empresas,

o acesso às verbas do Quadro

de Referência Estratégico

Nacional (QREN), o apoio à

internacionalização das

empresas e as reformas estru-

turais.

Os responsáveis da Nersant

acreditam que a regularização

de dívidas autárquicas pode

dar um impulso forte à econo-

mia e defendem que as verbas

do fundo de capitalização da

banca que venham a ser desti-

nadas à redução das dívidas

das empresas municipais dev-

erão, obrigatoriamente, ser

reafectadas ao financiamento

da economia.

Depois, propõem a criação de

uma nova linha de crédito para

as PME “adaptada às novas

condições de mercado, aos

constrangimentos da banca

nacional em termos de liq-

uidez e sobretudo às necessi-

dades das PME beneficiárias”

e realçam a necessidade de

acelerar a reorganização do

sistema público de capital de

risco, eventualmente recorren-

do também a parte do fundo de

12 mil milhões destinado a

recapitalizar a banca para o

reforço do Fundo de

Contragarantia Mútua.

A Associação Empresarial de

Santarém recomenda também

a aceleração da utilização do

QREN “como mecanismo de

animação e dinamização da

economia”, com a alteração

das regras de candidatura ao

programa COMPETE, possi-

bilitando o acesso a todas as

empresas e não apenas às

cerca de 17 mil empresas

exportadoras, e a possibili-

dade de acesso das empresas

ao empréstimo-quadro negoci-

ado com o Banco Europeu de

Investimentos para financiar a

contrapartida nacional de pro-

jectos apoiados por fundos

europeus.

A Nersant preconiza, ainda,

um sistema que permita que as

pequenas e médias empresas

entreguem o IVA ao Estado só

depois de receberem o respe-

ctivo pagamento, incentivos

fiscais à criação de novas

empresas e apoios ao desen-

volvimento da agricultura.

Defende, finalmente, benefí-

cios fiscais para empresas

exportadoras, a mobilização

das grandes empresas pre-

sentes em mercados interna-

cionais para apoiarem a inter-

nacionalização dos seus

fornecedores, medidas de

reforma estrutural sobretudo

na justiça e a redução signi-

ficativa do número de institu-

tos, fundações, comissões e

empresas municipais.

J. T.

Empresários de Santarém querem verbas da

troika para reduzir dívidas das autarquias

Quinta da

Sabedoria

inaugurada em

Samora

Correia

Fotos: Ana Serra

Um novo complexo de acolhi-

mento de idosos foi inaugurado,

no passado sábado, junto a

Samora Correia. A “Quinta da

Sabedoria” oferece um vasto

espaço com o edifício envolvido

por zonas verdes e tem caracterís-

ticas muito próprias, apostando

numa ligação forte à cultura.

Assim, cada quarto tem um nome

de uma figura da cultura portugue-

sa, desde Fernando Pessoa a Eça

de Queirós, passando por Bocage e

Sofia de Mello Breyner

Andersson, entre outros.

O projecto é liderado por Pedro

Francisco, já com muita experiên-

cia no ramo do apoio aos idosos e

ligados aos lares da Misericórdia

de Vila Franca de Xira.

A nova casa de repouso foi benzi-

da pelo Padre Rui, a samorense

Piedade Salvador (“poetisa do

povo”) também esteve presente

para recitar alguns dos seus poe-

mas e a vila-franquense Amália

Rodrigues cantou o fado "A

Padroeira dos Campinos", escrito

por Piedade Salvador.

Alberto da Pontedeixa Central deCervejas em Abrilpara “abraçar” cargoeuropeuO presidente da Sociedade Central de Cervejas eBebidas (SCC), Alberto da Ponte, vai deixar o cargono próximo mês de Abril para assumir um cargo degestão internacional no grupo Heineken, a que per-tence a cervejeira portuguesa sedeada em Vialonga.Alberto da Ponte ficará responsável por desenvolveruma estratégia futura para o designado canal Horeca(hotelaria, restauração e cafés), que tem um pesomuito significativo nas vendas do grupo holandês, quetotalizou em 2010 um volume de negócios de 7, 8 milmilhões de euros.À frente da comissão executiva da Central de Cervejasdesde 2004, Alberto da Ponte explica que aceitou oconvite da Heineken para este novo desafio numa“função de alto valor acrescentado na Europa. Paragerir a SCC foi já designado Ronald den Elzen, de 39anos, actual director financeiro da Heineken no ReinoUnido. O novo responsável já conhece a realidadeportuguesa porque, em 2008, foi o responsável pelaintegração na Heineken dos novos mercados, entreeles o português, que pertenciam à Scotish &Newcastle.Alberto da Ponte começou a sua carreira em 1973 naLever e exerceu também cargos de topo na Fima e naUnilever, antes de assumir a presidência da Central deCervejas.

Page 14: Voz Ribatejana

13

18 de Janeiro de 2012

Natércia Bernardino expõe em Alhandra

Uma exposição de pintura de Natércia Bernardino está patente, na Galeria AugustoBértholo de Alhandra, até ao próximo dia 26 de Fevereiro. A mostra, inaugurada no pas-sado sábado, integra trabalhos em aguarela e colagens com imagens de natureza pais-agística, com particular enfoque na água e nas respetivas nuances. Inserida na Casa-Museu Sousa Martins, a Galeria Augusto Bértholo pode ser visitada de quarta a domingodas 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Encerra às segundas, terças e feriados.

A Assembleia de Freguesia de

Vila Franca de Xira está contra

a circulação de bicicletas de

adultos no Jardim Municipal

Constantino Palha e aprovou

uma moção nesse sentido, que

apela à Câmara para que proí-

ba de “imediato” a circulação

deste tipo de bicicletas, colo-

cando nos extremos do jardim

sinais que limitem o uso de

bicicletas a menores de 11

anos. O documento sublinha

que esta medida poderá ter

carácter temporário até que se

conclua uma discussão “mais

séria” sobre o assunto e se

tomem “decisões mais acer-

tadas”. Os eleitos locais

mostram-se sobretudo preocu-

pados com os riscos para as

crianças que frequentam o

jardim que podem advir da cir-

culação de adultos em bicicle-

ta.

A moção, apresentada por Rita

Lima (CDU), sustenta que as

possibilidades de descanso

descontraído no Jardim

Constantino Palha acabaram

“subitamente” porque, após a

obras de remodelação do

espaço e de prolongamento do

passeio ribeirinho, “verificou-

se que todas as bicicletas pa-

ssaram a ter autorização para

circular” neste jardim, incluin-

do as bicicletas de adultos

“com todos os riscos que daí

resultarão para os utentes,

especialmente as crianças,

idosos e deficientes”.

O documento recorda que, em

recente reunião camarária, a

presidente Maria da Luz

Rosinha afiançou que vai ser

delimitada uma faixa de

ciclovia junto à linha-férrea.

Mas questiona como é que isso

será feito, se apenas com a

mudança da cor ou textura do

pavimento. “Essa ciclovia está

precisamente traçada do lado

onde está situado o acesso

principal ao jardim”,

prossegue, frisando que está

também traçada do lado da

entrada principal do parque

infantil. “Não é uma ou duas

bicicletas que por ali passam

em passeio, mas sim grupos

organizados, por vezes até em

jeito de competição”, alerta,

considerando que a retirada

das placas de proibição da cir-

culação de bicicletas a maiores

de 10 anos foi tomada “à pres-

sa” e “não teve em conta todos

estes factores de risco”.

Na discussão da moção, Isabel

Estevinha (PS) salientou que

os socialistas não estão “contra

a circulação de adultos no

jardim, até porque fará parte

do plano do passeio ribeirin-

ho”, mas admitiu que também

concordam que “deve haver

uma reflexão sobre as

condições da circulação

daqueles que utilizam o pas-

seio ribeirinho mas também

querem, depois, utilizar o par-

que (jardim). A questão será

recolocar a proibição a

maiores de 10 anos até que

baixe a uma comissão espe-

cializada”, observou.

Também António José Matos

manifestou a concordância da

Coligação Novo Rumo

(PSD/PPM(MPT), frisando

que numa sociedade mais civi-

lizada esta preocupação não se

colocaria desta maneira, mas

que é preciso prevenir proble-

mas graves no jardim. A

moção acabou por ser aprova-

da por unanimidade na sessão

de 19 de Dezembro da

Assembleia de Freguesia vila-

franquense mas, passado um

mês, quase nada foi feito e

mantêm-se apenas os sinais

que indicam uma faixa para as

bicicletas, delimitada apenas

por uma calha metálica colo-

cada no chão. Nem foram

recolocados os sinais que limi-

tam a circulação de bicicleta a

menores de 11 anos, nem a

ciclovia foi claramente delimi-

tada como previsto.

Jorge Talixa

Assembleia não quer

adultos de bicicleta no

jardim de Vila Franca

O Concerto de Reis de Vialonga realizou-se, no dia 14, no grande auditório da Central deCervejas, reunindo cerca de 190 jovens músicos pertencentes ao Agrupamento de Escolas deVialonga – Associação Orquestra de Vialonga – e mais 60 pequenos cantores pertencentes aomesmo agrupamento.Com a sala completamente cheia de pais e encarregados de educação, o momento serviu tam-bém para entregar à orquestra mais um lote de instrumentos, com o patrocínio da Central deCervejas, do ISCTE – Indeg Business School e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira,que esteve representada pelo vereador Fernando Paulo Ferreira, que realçou que este projectoé “um dos maiores orgulhos do município”. Por outro lado, a representante do conselho de administração da Central de Cervejas afirmouque a empresa está de alma e coração com este projecto escolar, ao mesmo tempo que deugarantias de disponibilidade para outras iniciativas. A presidente do Agrupamento de Escolas, Armandina Soares, fez questão de agradecer a todoo corpo docente e não docente, bem como aos pais e encarregados de educação, pela soli-dariedade no projecto, e aos artistas pela forma responsável, disciplinada e muito assertivacom que se apresentaram.

Adriano Pires

SFRA estreia“Cepa Torta»“Cepa Torta” é o nome darevista que a SociedadeFilarmónica RecreioAlverquense estreou no passa-do dia 8 de Janeiro, com meiacentena de artistas em palco,ensaiados pelo mestre JúlioCarmo Santos. Muita críticasocial ao estado actual daeconomia portuguesa, fado,bailado e excelentes core-ografias, aplaudidas por cercade 600 espectadores.

Região preserva tradição das Janeiras O Grupo de Cavaquinhos da Aripfca(Associação de Reformados, Idosos ePensionistas do Forte da Casa) e o GrupoCoral e o Coro da cidade Vilafranquensecantaram as Janeiras, no Dia de Reis, nosalão nobre dos Paços do Concelho. Já nacidade de Alverca, o Grupo Etnográfico“Danças e Cantares de Alverca” protagoni-zou um excelente concerto dos Reis, enquan-to na vila do Forte da Casa, depois de ani-mação pelas ruas, mercado e comércio local,durante os meses de Dezembro e Janeiro, aAripfca reuniu os seus associados numa festaconvívio alusiva à efeméride.

Adriano Pires

Concerto de Reis junta 250 músicosem Vialonga

Page 15: Voz Ribatejana

15

18 de Janeiro de 2012

Motivação e sucesso em seminário

O complexo desportivo do Futebol Clubede Alverca acolhe, no próximo dia 4, umseminário sobre motivação e sucesso. Ainiciativa tem acesso gratuito e decorreentre as 10h30 e as 12h30.

PS quer garantiaspara funcionários daGesrudaOs vereadores do PS na Câmara de Arruda dos Vinhos apre-sentaram uma proposta de recomendação aos executivocamarário para que procure negociar com o Governosoluções legais para que, no caso de se confirmar a extinçãoda empresa municipal Gesruda fique garantida “a transfe-rência dos respectivos trabalhadores para os novos serviçose/ou entidades que passem a assegurar as actividades daempresa extinta, sem perda de quaisquer direitos”. Os autar-cas socialistas recomendam, também, a suspensão de todosos procedimentos concursais para o recrutamento de novosfuncionários e que, no caso de extinção de alguma dasfreguesias do Município, fique assegurada a transferênciados respectivos funcionários para a nova entidade compe-tente.André Rijo e Pedro Jerónimo salientam que qualquer refor-ma do sector empresarial local que implique a extinção oufusão de empresas municipais “deve ter em conta o princípioconstitucional da segurança no emprego de todos os seustrabalhadores”. E acrescentam que, ao longo dos últimosanos, os eleitos do PS têm vindo a manifestar a sua preocu-pação pelo “estado de saúde económico-financeira daempresa municipal Gesruda”. Lembrando que a Reforma daAdministração Local preconizada pelo Governo pretendereduzir significativamente o número de empresas municipaise que entre os critérios definidos para essa extinção estão oscasos de apresentação de resultados negativos nos últimos 3anos e de facturação dependente em mais de 50% dosrespectivos municípios, os vereadores socialistas reconhecemque será “muito provável a extinção da Gesruda”.

Renegociação das compensações

da Ota começa a 2 de Fevereiro

Jorge Talixa

No Verão de 2008, o chamado

pacote de compensações da

Ota foi recebido de braços

abertos por 12 municípios do

Oeste e outros quatro da

Lezíria do Tejo. Mais de três

anos depois, quase nada

avançou e o acentuar da crise

económica deixou as câmaras

com muito pouco do previsto

no Plano de Acção que aponta-

va para investimentos de 2, 08

mil milhões de euros até 2017.

A mudança de Governo gerou

uma nova fase de indefinição,

que já se arrasta há mais de seis

meses. Depois de muitas

insistências das autarquias, foi

agora indicado o secretário de

Estado das Obras Públicas

como “interlocutor” dos

municípios e está prevista uma

primeira reunião para 2 de

Fevereiro, com o objectivo de

iniciar um processo de renego-

ciação e de reprogramação

destes compromissos assumi-

dos pelo primeiro governo de

José Sócrates depois de ter

decidido mudar o futuro aero-

porto da Ota para a zona do

Campo de Tiro dito de

Alcochete.

Carlos Lourenço, presidente da

Comunidade Intermunicipal do

Oeste e da Câmara de Arruda

dos Vinhos, já confessara a sua

“frustração” pelo impasse em

que o processo caiu no segun-

do governo de Sócrates. Agora,

o executivo de Passos Coelho –

disse, em fase de campanha,

que os compromissos do

Estado são para honrar, embora

dificilmente com a dimensão

financeira prevista em 2008 –

resolveu retomar as negoci-

ações.

“O que pretendemos é reacti-

var o dossier, estamos

disponíveis para ouvir e sobre-

tudo também para fazer valer

um documento que foi assina-

do, aprovado em Conselho de

Ministros e publicado”, subli-

nha Carlos Lourenço, admitin-

do as dificuldades financeiras

do Estado, mas frisando que a

posição dos municípios é a

mesma que já tinham há dois

anos. “Sabemos das dificul-

dades, podemos reprogramar e

refazer isso tudo, não quere-

mos e que seja abandonado um

documento que foi assinado

pelo governo português”, sus-

tenta.

Para o autarca de Arruda, a

questão nem é tanto o volume

dos investimentos, até porque

boa parte dos projectos podem

ser financiados por verbas

europeias, no âmbito do QREN

(Quadro de Referência

Estratégico Nacional). “Muitas

vezes o que foi acordado,

houve esse cuidado, são verbas

do QREN e aquilo que nunca

se conseguiu fazer foi desblo-

quear as verbas do QREN para

estes projectos”, lamenta, con-

siderando que, ao contrário do

previsto, não lhes chegou a ser

dada prioridade. “Acho que

isso pode ser feito e é uma das

coisas que iremos debater”,

garante.

Certo é que os autarcas do

Oeste até se mostram “conde-

scendentes” e percebem que as

obras mais importantes que

dependeriam essencialmente

de verbas do Estado português

dificilmente poderão avançar

nesta fase, mas acham que há

questões que dependem apenas

de decisões administrativas e

não têm custos (como a trans-

ferência para os municípios de

antigos edifícios do Instituto da

Vinha e do vinho) e que já

poderiam estar despachadas,

assim como a elaboração de

alguns projectos. “Houve má-

vontade nessa parte”, constata

Carlos Lourenço, reafirmando

que os municípios do Oeste

estão dispostos a renegociar e

reprogramar todo este pacote

de investimentos.

Governo e municípios do Oeste vão voltar à mesa das negociações no próximo dia 2 para tentarem chegar a um acordo de repro-

gramação dos investimentos previstos para compensar as restrições impostas à região enquanto o futuro aeroporto esteve pre-

visto para a Ota e a quebra de expectativas gerada pela mudança do projecto para a margem sul do Tejo.

“Aquilo que nunca se

conseguiu fazer foi

desbloquear as verbas

do QREN para estes

projectos”

Page 16: Voz Ribatejana

16

voz ribatejana #29

Jorge Talixa

As obras de reabilitação da

Ponte da Vala Nova, tabuleiro

integrado na Estrada Nacional

118 no troço que liga

Benavente a Salvaterra de

Magos, iniciaram-se há exa-

ctamente 1 ano, mas estão

ainda longe da conclusão.

Depois de algum abrandamen-

to na fase da colheita do

tomate, os trabalhos voltaram,

nas últimas semanas, a obrigar

ao corte de uma das faixas e à

circulação alternada. Geram-

se, assim, filas enormes de

trânsito que chegam a esten-

der-se por mais de 1

quilómetro, sobretudo nas

chamadas horas de ponta.

A Câmara de Benavente sabe

que houve alguns problemas

com as massas asfálticas uti-

lizadas, mas tem a informação

que o trânsito voltará a circu-

lar em duas faixas já a partir

desta semana. A Estradas de

Portugal também garantiu, ao

Voz Ribatejana, que esta fase

da obra estará concluída em

“meados” de Janeiro.

Quando se apercebem da

dimensão das filas, alguns

automobilistas optam por

inverter a marcha, mas as

alternativas de ligação ao vi-

zinho concelho de Salvaterra

obrigam a fazer mais umas

dezenas de quilómetros em

estradas sinuosas. Certo é que

os pouco mais de 3 quilóme-

tros que separam Benavente

de Salvaterra percorriam-se

normalmente em menos de 5

minutos e chegam, agora, a

demorar uma hora. A Estradas

de Portugal (EP) justifica a

necessidade do trânsito alter-

nado com razões de segurança

e disse, ao Voz Ribatejana, que

esta situação mantém-se até

meados de Janeiro, prevendo a

conclusão total das obras no

final deste mês.

O assunto foi colocado em

recente reunião da Assembleia

Municipal de Benavente, com

Margarida Netto, eleita local e

deputada à Assembleia da

República pelo CDS-PP, a

sublinhar que tem recebido

inúmeras queixas de pessoas

que se debatem com este

“constrangimento” da ponte

da Vala Nova. Nelson Silva

Lopes (CDU) apresentou, por

seu turno, uma moção,

aprovada por unanimidade,

que solicita medidas imediatas

da EP que minimizem os

transtornos para a população e

levem à rápida conclusão dos

trabalhos e à retirada de entul-

hos e outros materiais de obra

que, entretanto, caíram ao

leito da Vala Nova. “Na última

semana agravaram-se os tem-

pos de espera, que se traduzem

em graves prejuízos”, vincou,

lembrando que o prazo inicial

(270 dias) para a execução da

empreitada já está ultrapassa-

do. O gabinete de comuni-

cação da EP explicou, por seu

turno, ao Voz Ribatejana, que

a execução de trabalhos de

pré-esforço exterior da laje do

tabuleiro em “boas condições

de segurança para utentes e

trabalhadores” obrigou “à

implementação de circulação

alternada até meados deste

mês”. A empresa acrescenta

que o prazo de 270 dias para a

concretização da empreitada

terminou no dia 30 de

Dezembro e que prevê que

tudo fique concluído até final

de Janeiro, sem mais condicio-

nantes de circulação nas suas

duas últimas semanas. “A

razão das obras de alargamen-

to na Ponte da Vala Nova

ainda decorrerem deve-se ao

facto de estas terem sido sus-

pensas durante a denominada

campanha do tomate. Esta

interrupção, que decorreu

entre o final de Junho e

Outubro, atendeu ao pedido

formulado pela autarquia de

Benavente, agricultores e

empresários”, refere a

Estradas de Portugal, justifi-

cando ainda o atraso com “o

aumento dos faseamentos da

obra” com o objectivo de mi-

nimizar os impactos na circu-

lação.

As obras na ponte da Vala Nova continuam a gerar filas enormes na Nacional 118 e a revolta

dos habitantes de Benavente e Salvaterra que a utilizam regularmente.

“Bloqueio” da ponte da Vala deve terminar esta semana

Miguel António Rodrigues

Os Bombeiros Voluntários de Azambuja

comemoraram, este sábado, 80 anos de

existência. Foram comemorações solenes

informais e sem grande aparato, a con-

trastar com os últimos anos. Em causa

está o actual momento vivido pela associ-

ação, que depois de

não ter renovado os

contratos de trabalho a

alguns funcionários já

questionou o seu

próprio futuro.

A redução das trans-

ferências de verbas da

autarquia e a redução

dos serviços de trans-

porte de doentes não

urgentes, estão na base

das dificuldades da

corporação. Uma situ-

ação que não é única

no país, já que muitas

outras corporações se

queixam do mesmo.

Ao Voz Ribatejana, o

presidente da

direcção, António

Manuel Duarte, vin-

cou que a associação não está saudável

financeiramente para fazer as habituais

festas. O responsável diz que, com estas

comemorações “discretas”, quer passar

um sinal de poupança à população e, ao

mesmo tempo, aos próprios bombeiros,

que estão cientes do momento que atra-

vessam.

Este ano, em vez das cerimónias habituais

de entrega de medalhas e desfile de via-

turas, os Bombeiros de Azambuja

optaram por um almoço entre os seus ele-

mentos. Um encontro mais informal, tam-

bém porque os tempos são de crise e para

o qual foram convidadas poucas pessoas.

António Manuel Duarte está de saída da

associação. Motivos de saúde estão na

base desta decisão, que assegurou ter sido

difícil. Ainda não há eleições marcadas,

mas especula-se que antes de Abril exista

um novo corpo gerente na associação.

Bombeiros de Alcoentre

com nova liderança.

Também os Bombeiros de Alcoentre estão

numa fase de mudança. José Manuel

Fernandes, engenheiro na Câmara de

Azambuja tomou posse, no passado dia 10

e promete “mão de ferro” para gerir a

associação. Na tomada de posse, José

Manuel Fernandes, antigo candidato do

PSD à Junta de Alcoentre, disse estar con-

sciente dos problemas da associação,

sobretudo relacionados

com a falta de dinheiro e

um défice elevado com

dívidas a terceiros.

O novo presidente diz

que o objectivo é “cortar

nas despesas e aumentar

as receitas” e anunciou

ter ideias para contornar

o “momento de crise” da

associação, mas que terão

de passar sempre pelos

canais institucionais.

Primeiro serão discutidas

em direcção e, posterior-

mente, passadas ao

comando, que as fará

chegar ao corpo activo.

José Manuel Fernandes

espera “frontalidade” de

todos, para conseguir

levar a bom porto a

Associação Humanitária dos Bombeiros

de Alcoentre. A nova direcção tem

António Nobre, vereador da CDU na

Câmara de Azambuja, na mesa da assem-

bleia e o conselho fiscal é agora dirigido

por Francisco Jerónimo, que conta com

Luís de Sousa, antigo presidente da

direcção e vereador da câmara de

Azambuja, como secretário.

Bombeiros de Azambuja completam80 anos em momento difícil

Misericórdia de Azambuja

tem novo provedor

Os novos corpos directivos da Santa Casa da Misericórdia

de Azambuja tomaram posse este sábado, depois da realiza-

ção de eleições antecipadas. Sebastião Bexiga sucede, assim,

a Armando Aparício, falecido em Agosto do ano passado,

que liderou a instituição de Azambuja durante uma dezena

de anos.

Na tomada de posse, o novo provedor, perante as forças

vivas do concelho de Azambuja, funcionários e represen-

tantes do Governo, salientou a necessidade de encontrar os

caminhos necessários para levar a bom porto, a “nau” que

é a Santa Casa de Azambuja.

Para além de recados internos, apelando à união dos fun-

cionários e corpos directivos tendo em vista um futuro com-

plicado economicamente, Sebastião Bexiga elencou alguns

objectivos em torno da instituição fundada há 500 anos. Um

dos recados foi precisamente para a edilidade, representada

na cerimónia pelo vice-presidente Luís de Sousa.

O novo provedor lembrou uma luta antiga, travada há

muito pela instituição com a câmara: a posse e gestão das

piscinas municipais. O terreno pertence à Santa Casa de

Azambuja mas, segundo apurámos, a falta de papéis coloca

em causa qualquer acto administrativo no equipamento.

Por outro lado, Sebastião Bexiga lembra que o equipamen-

to está encerrado há mais de dois anos e, fazendo falta à

comunidade, a Misericórdia está disponível para, em con-

junto com a autarquia, tentar encontrar uma solução para

a reabertura do complexo.MAR

REGIONAL

Futuro do associativismo em debate

Reflexões para o futuro” é o tema de um seminário que se real-iza, no próximo dia 28, no Palácio do Sobralinho. Uma inicia-tiva da Câmara de Vila Franca e da Animar, que pretendereflectir e debater o futuro do associativismo. Em foco vão estartemas como o empreendedorismo, o voluntariado e a profis-sionalização, a sustentabilidade e as novas tecnologias.

Page 17: Voz Ribatejana

17

TAUROMAQUIA

“18 de Janeiro de 2012

Novo Regulamento do

Espectáculo Tauromáquico

aguarda aprovação em

Conselho de Ministros

O texto do novo Regulamento do Espectáculo Tauromáquico

(RET), elaborado pelo gabinete do secretário de Estado da

Cultura Francisco José Viegas, está, neste momento, em apreci-

ação no Governo para posterior apresentação e aprovação em

Conselho de Ministros. De acordo com um porta-voz da

Secretaria de Estado da Cultura, esta aprovação e publicação do

novo RET deverá acontecer “em breve”. Recorde-se que

Francisco José Viegas chegou a prever a publicação deste novo

regulamento em Dezembro, mas verificaram-se alguns atrasos na

sua apreciação.

Palha Blanco em calendário de agência de modelosA Praça de Toiros Palha Blanco foi escolhida para integrar as imagens de um calendário de 2012 que a agência de modelosnorte-americana Glam decidiu elaborar tendo como tema a tradição tauromáquica. A praça vila-franquense ilustra exacta-mente o mês de Julho, mês do tradicional Colete Encarnado e nela destaca-se a modelo Raquel Strada, acompanhada por ummatador de toiros, um campino e um forcado.

Tauroleve concorre àpraça de AlmeirimA empresa vila-franquense Tauroleve, responsável pela gestão da

Palha Blanco, anunciou que apresentou também uma proposta ao

concurso recentemente aberto para a exploração da Praça de

Toiros de Almeirim. Ricardo Levesinho, responsável da

Tauroleve, desmentiu, entretanto, a entrega de qualquer proposta

para a praça do Montijo.

No caso de Almeirim, o empresário vila-franquense acha que há

condições para “efectuar um trabalho onde a praça possa se recu-

perar” e sustenta que “se existirem praças em que possamos con-

siderar, dentro da nossa modesta opinião, que existe a possibili-

dade de acrescentarmos valor positivo, podem contar com a

Tauroleve. Sempre respeitando pessoas, ideias ou empresas, mas

caminhando livres com as nossas ideias”, prossegue, garantindo

que pretende unicamente “ajudar a tauromaquia que sempre ido-

latrámos” e que a Tauroleve irá “onde pensarem que seremos

úteis e onde acharmos que seremos uma mais-valia”.

Câmara de VilaFranca de Xira apoiaforcadosA Câmara Municipal de Vila Franca de Xira decidiu atribuiruma verba de 4 300 euros ao Grupo de Forcados Amadoresvila-franquense destinada ao pagamento do seu seguro deAcidentes Pessoais. Esta verba insere-se no protocolo estab-elecido pela autarquia com o Grupo de Forcados de VilaFranca que, como referimos na última edição do VozRibatejana, foi um dos que mais actuou na temporada tran-sacta em Portugal, com 23 corridas efectuadas.A edilidade de Vila Franca de Xira lembra que o Grupo deForcados Amadores “é reconhecidamente um embaixadordo Município nos quatro cantos do Mundo, numa das áreasculturais que mais contribui para a identidade do concelho –a tauromaquia”.

Açores acolhem IIFórum Mundial daCultura TaurinaA ilha açoriana da Terceira recebe, de 26 a 28 de Janeiro, oII Fórum Mundial da Cultura Taurina, com actividades dis-tribuídas pelas cidades de Angra do Heroísmo e Praia daVitória. O evento abre no dia 26 com uma mesa redondasobre informação taurina no Mundo, seguida da conferência“Intelectuais que escreveram sobre toiros”. No primeiro detrabalhos, centrado no Centro Cultural e de Congressos deAngra do Heroísmo, haverá ainda uma mesa redonda sobreo tema “Internet e aficionados”, a projecção de um filme ejantar no Lawn Tennis Club.Já no dia 27, este II Fórum Mundial da Cultura Taurinatransfere as suas actividades para a Praia da Vitória,abrindo com uma conferência sobre a “Obra Jornalística deSanchez Mejias” apresentada por Juan Carlos Gil. Segue-seuma mesa redonda com toureiros e comentadores de corri-das e, após o almoço, destacam-se uma conferência sobre a“Situação dos Toiros no Equador” e uma mesa redondasobre “Linguagem e Mensagem da Informação Taurina noSéculo XXI”.O último dia do Fórum volta a decorrer em Angra doHeroísmo com duas mesas redondas sobre “Marketing ePromoção” e “Artistas e Tauromaquia”, um almoço regionalna Casa do Povo da Ribeirinha e uma tenta pública naPraça de Toiros da Ilha Terceira.

Vinhais abre temporada 2012com toiros de Jorge deCarvalhoA vila transmontana de Vinhais vai, este ano, abrir a tempo-rada tauromáquica em Portugal, com uma corrida agendadapara 11 de Fevereiro, altura em que ali decorre a 32ª. Feirado Fumeiro. O espectáculo apresenta toiros da ganadariaEngº. Jorge de Carvalho de Arruda dos Vinhos e conta comos cavaleiros Gonçalo Fernandes e João Salgueiro da Costa.As pegas ficam a cargo do Grupo de Forcados Amadores deCoimbra.

Campo Pequenoplaneia 14 corridaspara 2012A Sociedade do Campo Pequeno vai abrir a temporada 2012com uma corrida agendada para 12 de Abril. A empresa lis-boeta programou 14 corridas de toiros e uma novilhada (16de Julho) para a nova temporada, que encerrará a 4 deOutubro com a tradicional Corrida de Gala à AntigaPortuguesa.

Page 18: Voz Ribatejana

Muito disputado, mas nem

sempre bem jogado, o dérbi

concelhio entre Vilafranquense

e Alverca terminou, no dia 8,

com uma vitória da equipa de

Vila Franca por 1-0, graças ao

golo de Guilherme, marcado

aos 10 minutos da segunda

parte. Uma partida caracteriza-

da por muita luta e por escas-

sas oportunidades de golo,

onde a equipa da casa acabou

por se superiorizar e conseguiu

controlar o jogo até final, ape-

sar das tentativas do Alverca

para criar mais perigo. Com

esta vitória, a União

Vilafranquense voltou a subir

ao meio da tabela da Divisão

de Honra da Associação de

Futebol de Lisboa, a uma jor-

nada do fim da primeira volta,

com mais um ponto que o

Vialonga e mais dois que o

Alverca (ver também rescaldo

da jornada de 15 de Janeiro na

página 19).

Certo é que o ansiado dérbi

entre Vilafranquense e Alverca

registou uma boa assistência,

com mais de 300 espectadores

nas bancadas do campo do

Cevadeiro. O tempo solarengo

também ajudou à festa. O

Vilafranquense entrou a pres-

sionar mais nos primeiros 10

minutos, mas o jogo foi repar-

tido e, à passagem do primeiro

quarto de hora, o Alverca ben-

eficiou de dois livres perigosos

à entrada da área da UDV, que

não tiveram consequências.

Até final da primeira metade

referência apenas para os

amarelos que o árbitro Rúben

Santos mostrou a Fábio Hervet

(Alverca) e a Paulo Sérgio

(UDV) e para um cabeceamen-

to perigoso de Ricardo Rocha

no meio da grande área.

Com o intervalo vieram as su-

bstituições e Paulo Eira refres-

cou o ataque do

Vilafranquense com a entrada

de Guilherme. Os resultados

vieram 10 minutos depois,

com o jovem avançado a

aparecer liberto na área do

Alverca e a fuzilar a baliza do

guarda-redes Rui Pereira. A

equipa de Alverca tentou rea-

gir, o treinador Nuno Lopes fez

algumas substituições para

tentar mudar o sistema de jogo

e Hervet chegou a estar isolado

perante Fialho, mas o guarda-

redes de Vila Franca “encheu”

a baliza e não permitiu o golo

do empate. No final a festa foi

dos apoiantes da UDV que,

assim, ultrapassou o Alverca

na tabela classificativa.

J.T.

Vilafranquense bate Alverca por 1-0

em jogo muito disputadoUniãoVilafranquenseFialhoNuno Batista (cap)Ricardo RochaRui ArrojaFélixFábio Rosa (PauloGrazina)Paulo SérgioCalistoMilton (Guilherme)Marco (Emanuel)Bruno Pernes (Hernani)

Treinador: Paulo Eira

F.C. AlvercaRui PereiraTelmo (André)Junior (Daniel)Nelson (cap)JacobFrotaArmindoPedro OliveiraFábio (Ferra)Fábio HervetTó Jó

Treinador: Nuno Lopes

DESPORTO

18

No final do jogo, o sentimento era de satisfação

junto à cabine do Vilafranquense que regre-

ssou, assim, às vitórias depois de dois meses

complicados, em que a equipa somou empates

e algumas derrotas. Paulo Eira, treinador da

UDV, reconheceu, em declarações ao Voz

Ribatejana, que foi “um jogo difícil, um dérbi a

sério com muita entrega de parte a parte, em

que o relvado não nos permitiu jogar melhor

futebol”. Esta foi, aliás, uma das

questões salientadas por Paulo Eira,

uma vez que as obras de construção

do sintético obrigaram a que, nos

últimos meses, todas as equipas da

UDV treinassem e jogassem no rel-

vado, degradando-o bastante.

“Queríamos muito ganhar, acreditá-

mos que era possível, trabalhámos

muito, penso que fomos felizes e

que também merecemos a vitória”,

acrescenta o técnico, admitindo que, nos últi-

mos dois meses, “a equipa baixou a qualidade

de jogo, aquilo que gostamos de fazer e que as

pessoas gostam de ver, a circulação de bola, o

saber ter a bola, o querer ter a bola. Mas quem

está fora muitas vezes não se apercebe do mau

estado do relvado, está com muitos buracos,

dificulta e tira confiança e tira intensidade aos

jogos e aos treinos”, sublinha, frisando que, nos

últimos meses foi preciso fazer muitas vezes

treinos apenas atrás da baliza ou anular e

reduzir outros para não degradar mais o relva-

do. Com a inauguração do sintético, Paulo Eira

acredita que o Vilafranquense “pode voltar a

uma intensidade de treinos mais alta, ganhar

confiança e arrancar para um período positivo”.

Neste jogo, “houve oportunidades para um lado

e para o outro, acabou por ser um jogo de luta,

de entrega e de grande intensidade nas disputas

de bola. Conseguimos concretizar uma dessas

oportunidades, voltámos às vitórias, entrámos

em 2012 a ganhar, espero que seja um bom

prenúncio”, salientou. Já no que diz respeito à

influência da instabilidade directiva no rendi-

mento da equipa, Paulo Eira acha que não tem

sido muita. “Acabamos por não sentir, temos

duas pessoas que estão muito próximas de nós,

o senhor Cláudio e o senhor Castro,

que estão connosco desde a época

passada, tudo o que temos para tratar

tratamos com eles e eles vão-nos

pondo ao corrente da situação.

Acabamos por não sentir no dia-a-

dia essa instabilidade directiva”,

garante.

No final do ano passado, o plantel da

UDV perdeu um dos seus mais

destacados elementos, o jovem

avançado Semedo, que foi contratado pelo

Estrela de vendas Novas, da II Divisão

Nacional. “O que dizemos é que se ele

estivesse cá era mais um jogador a ajudar. Foi

um jogador que, nalguns jogos em que a equipa

não tinha soluções, conseguiu individualmente

encontrá-las e, logicamente, se estivesse cá

poderia ajudar-nos a resolver alguns problemas

que temos tido. Não estando, os jogadores que

cá estão, estão à altura, têm qualidade. A equipa

é muito competitiva e muito equilibrada e a

grande mais-valia é essa. Se o Semedo

estivesse cá, ajudava. Não estando, os que estão

desempenham muito bem a missão”, conclui,

assegurando que a UDV mantém a ambição de

ficar no quinto ou sexto lugares e que o maior

problema tem sido o das condições e da

disponibilidade do relvado.

O jovem técnico Nuno Lopes comanda aequipa do Futebol Clube de Alverca desdemeados de Novembro e conseguiu subiralguns lugares na tabela. Sobre o jogo de VilaFranca disse, ao Voz Ribatejana, que foi umapartida “bem disputada, mas nem sempre bemjogada” em que, no se entender, “oVilafranquense teve uma oportunidade degolo e acabou por conseguir concretizar e nóscríamos pelo menos duas e não conseguimos.Num jogo tão disputado,foi complicado, depois,sair por cima, ir à procurado prejuízo e conseguirmarcar”, admite.Certo é que Nuno Lopestambém acha que ascondições do relvado nãoajudaram à qualidade dojogo. “Não está muitopróprio para con-seguirmos uma boa inten-sidade de jogo, uma boacapacidade de posse e decirculação de bola. Pensoque são duas equipas denível similar e o jogo foirepartido. A diferençaesteve na concretização. Arriscámos tudo,passámos a jogar com três centrais e mais umjogador no corredor central e a equipa tam-bém não teve a ousadia necessária para colo-car a bola várias vezes na zona de finalização.Acabámos por não conseguir fazer aquilo quequeríamos, que era mudar o sistema táctico”,lamenta.Num primeiro balanço destes dois meses àfrente da equipa sénior do FCA, Nuno Lopes

sublinha que o Alverca “tem um plantel comqualidade”, mas admite que “não con-seguimos ainda dinamizar a forma de traba-lhar como pretendíamos. Já melhorámosalgumas coisas, temos a noção que o campe-onato é muito competitivo e, com toda acerteza, temos uma equipa com valor paraandar nos sexto ou sétimo lugares. Vamosconseguir com certeza, com mais trabalho emais determinação, rectificando aquilo que

está mal. Também temos quedar tempo aos jogadores queentraram agora e acreditoque vamos conseguir umcampeonato estável”, refere.Sobre esta renovação doplantel, Nuno Lopesadiantou ao Voz Ribatejanaque visou “preencher algu-mas lacunas” em posiçõesque considera que era impor-tante reforçar. “Hoje tivemosa infelicidade de um dosjogadores que iria preencheruma dessas lacunas, uma dascontratações, o Armindo, tersofrido um toque no aqueci-mento e não pôde jogar, o que

de alguma forma condicionou um pouco aestratégia que trabalhámos durante a semana.Mas isso não é justificativo, devíamos ter feitomais, os jogadores deviam ter tido mais deter-minação e mais vontade para conseguirmosdar a volta ao resultado. Com o tempo e comtranquilidade, vamos com certeza inverter amentalidade”, rematou Nuno Lopes, que fazuma apreciação bastante positiva do desem-penho da equipa de arbitragem.

“Trabalhámos muito, penso que merecemos a vitória”Paulo Eira

“Vamos conseguir um campeonato estável”Nuno Lopes

voz ribatejana #29

Equipas

Page 19: Voz Ribatejana

19

18 de Janeiro de 2012

Vialonga e Alverca voltam às vitórias

A última jornada da primeira

volta da Divisão de Honra da

Associação de Futebol de

Lisboa foi feliz para Vialonga e

Alverca, que somaram vitórias

caseiras e cimentaram as suas

posições tranquilas a meio da

tabela. Pior esteve o

Vilafranquense que, depois de

ter ganho ao Alverca, foi,

agora, perder ao terreno do

último classificado Alta de

Lisboa. A equipa de Vila

Franca terá sido também afe-

ctada pelas convulsões do meio

da semana e foi orientada pelos

capitães de equipa.

Já o Vialonga subiu ao nono

lugar, depois da vitória por 3-0

sobre o Vila Franca do Rosário.

Na próxima jornada, no domin-

go, recebe o líder União de

Tires e o equilíbrio é tanto que

são apenas 6 os pontos que sep-

aram as dias equipas. O

Alverca bate o complicado

Ponterrolense e ultrapassou o

Vilafranquense na tabelam

denotando alguma tranquili-

dade. Na próxima jornada, a

equipa alverquense recebe o

sempre difícil Lourinhanense e

a UDV visita Ponterrol.

Povoense imparável

Na I Divisão da AFL, o União

Povoense continua a somar

vitórias e já é um sério can-

didato à subida à Divisão de

Honra, o que poderia juntar no

mesmo campeonato as quatro

principais equipas do concelho

de Vila Franca. Os homens da

Póvoa despacharam desta voz

o Arneiros por expressivos 4-1

e aproximaram-se do líder

Santa Iria, que perdeu em A-

dos-Cunhados. O Santa Iria

tem, agora, 37 pontos, o

Povoense soma 34 e o

Montelavar tem 31.

Na cauda da tabela segue o

Juventude da Castanheira, que

empatou a zero no campo do

Murteirense e soma apenas 14

pontos. Na próxima jornada, o

Povoense visita o União de

Vila Nova da Rainha e o

Castanheira recebe o lanterna-

vermelha Monte Agraço.

Derrotas para as equipas do

concelho de Benavente

Na Divisão Principal de

Santarém, o Benavente perdeu

em Tomar e a Arepa do Porto

Alto não conseguiu melhor na

deslocação à Moçarria. Os

homens de Benavente seguem

tranquilos na sexta posição e a

Arepa mantém-se no último

lugar. Já na Divisão

Secundária, o Samora perdeu

no Entroncamento e o

Barrosense, em casa, frente ao

Goleganense. No próximo fim-

de-semana, o Benavente visita

Fazendas de Almeirim e a

Arepa estará de folga.

Comissão administrativa

tenta reduzir déficeTentar reduzir o défice men-

sal do clube, que rondava os 6

mil euros em Dezembro, e

encontrar novas fontes de

receita são as grandes priori-

dades da comissão adminis-

trativa que dirige a União

Desportiva Vilafranquense

desde Novembro. Já em

Fevereiro, o presidente da

mesa da assembleia-geral,

Luís Santos, de acordo com

os estatutos, de-verá convo-

car nova reunião para perce-

ber se surgiram entretanto

interessados em concorrer à

direcção, mas tudo indica que

para já não vai haver listas

candidatas.

O antigo tesoureiro Luís

Feijão é, agora, o presidente

da comissão administrativa,

que integra mais uma dúzia

de elementos, parte deles lig-

ados às secções. “Temos ten-

tado arrumar casa e que as

receitas se consigam equili-

brar com as despesas”, expli-

cou Luís Feijão ao Voz

Ribatejana, frisando que para

amortizar o passivo de várias

de centenas de milhares de

euros será preciso avançar

com soluções de maior

dimensão como o posto de

combustíveis e que, nesta

altura, a comissão procura

sobretudo que “o clube seja

auto-sustentável, com um

equilíbrio entre despesas e

receitas”, uma vez que o

défice mensal rondava os 6

mil euros.

No dia 9, a comissão decidiu

propor uma redução de 50%

nos subsídios atribuídos ao

futebol sénior. A medida

acabou por ser aceite pela

equipa, mas gerou muita ten-

são nos dias seguintes (ver

caixa). Ao mesmo tempo, a

comissão tenta encontrar out-

ras receitas, como o aluguer

de um espaço de ginásio do

pavi-lhão, o aluguer do sin-

tético para alguns eventos e o

relançamento do jornal do

clube. “Temos que encontrar

algumas soluções para

rentabilizar o património que

temos, para aproximar as

receitas das despesas”, acres-

centa o presidente da comis-

são, considerando que não é

de prever que surja uma lista

candidata aos órgãos direc-

tivos já em Fevereiro. “Na

comissão administrativa esta-

mos a definir uma estratégia e

a ver quem vai concretizar as

ideias que temos em mente.

Há pessoas empenhadas em

fazer um bom trabalho, no

caso das modalidades de

pavilhão, as pessoas têm feito

um bom trabalho, já remode-

laram um pouco o espaço do

bar e estão a ser colocados

alguns equipamentos de

diversão como snookers para

gerar mais uma fonte de

receita”, concluiu.

Paulo Eira saipor falta deapoioTambém na semana passada, otreinador Paulo Eira, com ano emeio de ligação ao clube, comu-nicou à comissão administrativaa decisão da equipa técnica de sedemitir, sobretudo por falta deapoio dos dirigentes. O VozRibatejana apurou que PauloEira considera que a equipaestava um pouco “abandonada”a si própria, com vários proble-mas que passavam por falta deespaços para treinos e pela difi-culdade em substituir o massag-ista. A gota de água que feztransbordar o copo terá sido oplaneamento da utilização dosintético, que não contemplava aequipa sénior. Esta consideravanecessário preservar mais o jádegradado relvado e sentiu queessa preocupação não era tidaem conta. Certo é que, no finalda se-mana, a situação foi cor-rigida e os seniores vão treinarduas vezes por semana no sintéti-co. “A equipa sénior está unida,

temos a situação da equipa técni-ca que será resolvida duranteesta semana. Houve essa demis-são resultante de um acumular desituações e de problemas porcausa da utilização do camporelvado, por falta de comuni-cação entre o futebol juvenil e ofutebol sénior, mas a situaçãoestá resolvida e a equipa estáunida”, afiança Luís Feijão,admitindo que houve algumasquestões que não terão sido“bem geridas” pela estrutura dofutebol e pela comissão adminis-trativa.

Redução de50% nofutebolNa sexta-feira, o plantelsénior de futebol da UDVcomunicou à comissãoque estaria disponívelpara continuar, apesar docorte de 50% nos subsí-dios para transportes. Naprática isso significa umaredução de 2000 paracerca de 1000 euros men-sais. Segundo apurámos,o defesa Martim, que seencontra lesionado,preferiu afastar-se, tam-bém em solidariedadecom a equipa técnica.“Temos um orçamentoque foi negociado no iní-cio da época, mas nãotem sido fácil cumprir eestamos com 2 meses deatraso em relação aopagamento dos subsí-dios”, disse Luís Feijãoao Voz Ribatejana, frisan-do que era preciso reunircom o futebol sénior eprocurar um consenso.

O Alverca bateu o Ponterrolense por uma bola a zero

Carregado consolida quinto lugar

A Associação Desportiva do Carregado mantém uma excelente prestação na Zona Sulda II Divisão. No domingo trouxe um bom empate da deslocação a Loulé. Na jornadaanterior os homens do Carregado bateram o Fátima por 3-1 e seguem nos primeiroslugares da tabela. A equipa carregadense soma 26 pontos em 15 partidas e está noquinto lugar, apenas a 6 pontos do líder Torreense. No próximo domingo, na primeirajornada da segunda volta, a ADC visita o Atlético de Reguengos de Monsaraz.

Page 20: Voz Ribatejana

20

Jorge Talixa

O ansiado campo relvado

sintético da União

Desportiva Vilafranquense

(UDV) foi inaugurado no

sábado, no arranque de um

torneio de escolinhas que

juntou cerca de 150 cri-

anças de seis clubes da

região. Situado paredes-

meias com o relvado, o

novo equipamento vem

substituir o degradado pela-

do que ali funcionou

durante anos e vai abrir

novas perspectivas ao fute-

bol jovem da colectividade

de Vila Franca de Xira.

A cerimónia inaugural foi

bastante simples, com o

pequeno Simão da escolin-

ha da UDV a dar o primeiro

pontapé e a correr em

direcção a uma das balizas,

sob o olhar de dirigentes do

Vilafranquense e de autar-

cas locais e perante várias

centenas de familiares dos

pequenos jogadores que

tiveram o privilégio de

estrear o sintético. Um

investimento de cerca de

200 mil euros, pago agora

pela Câmara de Vila

Franca, mas que tem o

compromisso de ser em

breve ressarcida pela

Obriverca, empresa que

celebrou um protocolo com

a autarquia e com o clube

em que se comprometia a

contribuir com 500 mil

euros para a melhoria das

suas instalações desporti-

vas.

Maria da Luz Rosinha,

acompanhada pelo

vereador Fernando Paulo

Ferreira, pela presidente da

Junta de Vila Franca Ana

Câncio e pelos presidentes

da assembleia-geral e da

comissão administrativa da

UDV (Luís Santos e Luís

Feijão), procuraram juntar

um jogador de cada equipa

para o momento inaugural.

As dezenas de miúdos das

escolinhas do Vilafran-

quense não escondiam a sua

satisfação e lançaram

mesmo confetis e fitas de

carnaval no meio do

campo. A manhã, devido ao

denso nevoeiro, foi particu-

larmente fria, mas nada

demoveu, depois, as 150

crianças das escolinhas da

UDV, Alverca, Carregado,

Povoense, Oriental e

Sacavenense, que

aproveitaram como pude-

ram o novo sintético.

“Este campo sintético re-

presenta a solução para o

problema desportivo que

tínhamos aqui. Vai dar ou-

tras hipóteses não só de

fomentar a prática desporti-

va, que é a principal razão

da nossa alegria, mas tam-

bém de gerar algumas

receitas por via do aluguer

do mesmo a terceiros”, vin-

cou Luís Feijão, presidente

da comissão administrativa

da UDV, em declarações ao

Voz Ribatejana, frisando

que “vai criar um pólo de

atracção das crianças e dos

jovens de Vila Franca para

a prática do futebol na sua

terra”, porque em anos

anteriores as más condições

do pelado levaram alguns a

optar por clubes limítrofes

com melhores condições.

Os escalões jovens do fute-

bol do Vilafranquense

movimentam cerca de 200

praticantes e, nos últimos

meses, enquanto decorriam

as obras do sintético, toda

esta actividade foi concen-

trada no relvado, que ficou

bastante danificado por

essa utilização intensa.

“Felizmente este ano o

Inverno não tem sido tão

rigoroso, se não estava num

estado mais lastimável”,

refere Luís Feijão, admitin-

do que esta foi também uma

das razões para a decisão do

treinador Paulo Eira de

deixar o clube (ver página

19).

150 miúdos na

estreia do sintético

do Vilafranquense

Alhandra sem soluções à vistaEm Alhandra muitos afirmam que a Câmara de Vila Francadeveria fazer o mesmo pelo Alhandra Sporting Club e con-struir um novo campo de futebol para a colectividade alhan-drense. Maria da Luz Rosinha disse, ao Voz Ribatejana, que“não há ainda nenhum progresso na questão do Alhandra”e, à questão que colocámos, referiu que este sintético daUDV “é um compromisso que não é da Câmara e a Câmaraserve unicamente de intermediário. Pagou, mas vai receber odinheiro”, sustenta.No caso do Alhandra, a edil diz que não tem havido conta-ctos recentes. “Estou à espera de um pedido de desculpaspor parte da direcção do Alhandra. Antes disso não haveráqualquer reunião”, concluiu.

O campo sintético inaugurado no sábado abre novas perspectivas para o futebol do

Vilafranquense.

Crianças entusiasmadasPara os jovens praticantes, sobretudo da UDV, o sintético foiuma grande prenda de ano novo. “Jogávamos num campode areia, agora é muito melhor, vai ser melhor jogar aqui”,disse ao Voz Ribatejana o pequeno Rodrigo Jóia, jogador dasescolinhas do Vilafranquense, enquanto o seu amigo MiguelFernandes reconhecia que tinha muita curiosidade emexperimentar o sintético, até porque quando cair “vai sermelhor”. Têm ambos 8 anos e andam na vizinha Escola doBairro do Paraíso. Gostam muito de futebol e querem apren-der mais. “Já jogo há dois anos, jogo a médio e gostava deser jogador de futebol quando for grande”, acrescentou oRodrigo, que não tem propriamente um jogador de referên-cia que queira imitar, mas gosta de estar no Vilafranquense.Já Miguel Fernandes explica que quis inscrever-se na UDVporque gosta muito de jogar à bola e quer aprender a fazeralgumas coisas que vê na televisão.

O pontapé inaugural

Rodrigo e Miguel

A alegria dos pequenos jogadores da UniãoVilafranquense

"Parabéns

UDV. Os vossos jovens

merecem ter condições para

praticar futebol. Assim se formam

os homens de amanhã, futuro deste

País. Em Alhandra, os nossos, continuam a

fazê-lo em muito más condições.

Esperamos pela nossa vez. Pelo Desporto,

Por Alhandra, com o Alhandra Sporting

Club, sempre.."

Manuel Amorim

"E

qual o passivo do

Clube? Justifica-se mais

um Campo quando outros

clubes bem perto nem um

têm?"

José Rodrigues

“Agora

só falta o de

Alhandra."

Ana Paula Nogueira

Page 21: Voz Ribatejana

21

18 de Janeiro de 2012

Com 10 vitórias e 1 derrota, a

equipa de basquetebol sub-10

(nascidos em 2002 e 2003) da

União Desportiva Vilafran-

quense está a conseguir um

excelente desempenho no

Campeonato Regional de

Lisboa. Os jovens basquete-

bolistas de Vila Franca lideram

mesmo a prova, à frente do

Benfica A que, embora não

tenha conhecido ainda a derro-

ta, regista menos um jogo dis-

putado. Participam 32 equipas e

os primeiros serão apurados

para o campeonato nacional.

Já este ano, a UDV bateu os

Maristas por expressivos 78-2 e

ganhou ao Odisseia por 26-12.

No passado fim-de-semana, op

Vilafranquense bateu o

Alenquer por 50-14 e o

Moscavide por 50-26. “Os

resultados apresentados têm a

ver com um trabalho muito

sério que está a ser feito pela

secção de basquetebol da UDV

desde 2007/2008”, explica Rui

Silva, coordenador técnico do

basquetebol da União

Vilafranquense, frisando que

este grupo de atletas não surge

por acaso, mas “são jovens que

têm já 2/3 anos de prática, o que

nos coloca, de momento, par a

par com as melhores equipas

nacionais neste escalão”.

Rui Silva recorda que já nas

épocas de 2008/2009 e

2009/2010, a UDV teve

equipas de sub-14 no campe-

onato nacional e que na

primeira daquelas temporadas

sagrou-se mesmo campeã

regional, fruto já do trabalho de

base efectuado na formação.

A maior dificuldade, confessa,

tem sido alargar o recrutamento

de praticantes oriundos desta

região. Asecção de basquetebol

da UDV já promoveu, por duas

vezes, a distribuição de cerca de

9000 panfletos na região, mas

não têm aparecido novos

jovens interessados em iniciar a

prática da modalidade como os

responsáveis da secção gostari-

am. Apesar de tudo os resulta-

dos são muito positivos, não só

nos sub-10, mas também

noutros escalões como os sub-

16.

Sub-10 do Vilafranquense

lideram regional de Lisboa

Alenquer tem Galados Campeões nodia 28A já tradicional Gala dos Campeões do concelho deAlenquer realiza-se, no próximo dia 28, no PavilhãoDesportivo Municipal. A iniciativa tem início previsto paraas 17h30 e serão distinguidos cerca de 200 atletas quealcançaram títulos distritais, regionais, nacionais, europeuse mundiais. Esta VII Gala organizada pelo pelouro deDesporto da Câmara de Alenquer contempla também, pelaprimeira vez, um troféu para o melhor projecto desportivo naárea da formação.

Desportivo deAzambuja festeja62 anosO Grupo Desportivo de Azambuja (GDA) está a comemoraro seu 62º. Aniversário, com um conjunto de actividades quese prolonga por todo o mês de Janeiro. O destaque vai paraa VII Gala do Desporto, agendada para a noite do próximosábado, onde a direcção do GDA entrega, no auditório doPátio Valverde, os prémios da última época desportiva.No próximo sábado haverá, ainda, futsal ao longo de todo odia no pavilhão de Azambuja.As comemorações culminam, no dia 26, com mais um jogode futsal e a 28 de Janeiro com manhã e tarde desportivasno Estádio Municipal e no pavilhão da colectividade e o jan-tar de encerramento das comemorações do 62º aniversário,durante o qual os associados com mais de 25 e 50 anos defiliação receberão os respectivos emblemas de prata e ouro.

Torneio de Carnavalcom Porto e BenficaA Secção de Basquetebol da União DesportivaVilafranquense organiza este ano, pela primeira vez, umTorneio de Carnaval na categoria de sub-10. Competiçãoagendada para 11 de Fevereiro, que promete um dia cheiode basquetebol, com a participação das equipas da UDV,F.C. do Porto, Ginásio Figueirense, Montijo (série A),Benfica, Vitória de Guimarães, Olivais de Coimbra e Galitos(série B). Uma nova competição que, segundo Rui Silva, visatambém “dar competição ao mais alto nível aos nossos atle-tas e possibilitar a divulgação desta modalidade para quepossam aparecer mais miúdos para jogar basquetebol emVila Franca de Xira”. Um tema a que voltaremos de formamais desenvolvida nas duas próximas edições do Voz ribate-jana.

Basquetebol

A fotografia de grupo final do torneio já organizadono Natal pela secção de basquetebol da UDV

A equipa de sub-10

"Então o Campo da Hortinha - 2 campos em Vila

Franca de Xira e zero para Alhandra. Dividiram o dinheiro

que a Cimpor deu para o Campo da Hortinha e a Junta de

Freguesia de Alhandra gastou-o com pessoal – claro!”

Maria Rodrigues

"É uma tristeza ler os jornais à segunda-feira, ver os

resultados em todos os escalões do futebol, mas todos mesmo,

incluindo a formação, e não encontrar uma única vez a palavra

Alhandra. Alhandra deve ser mesmo das poucas povoações ou bairros

da região de Lisboa que não está no mapa futebolistico. Olhando para

o passado até dói."

Jorge Artur

Page 22: Voz Ribatejana

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N. 15.08.1933

F. 07.01.2012

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mente, vêm, por este meio,

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Tratou: Agência Funerária

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Page 23: Voz Ribatejana

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Nascimento de Alves Redol: Exposições

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Museu do Neo-Realismo.

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Março de 2012.

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Alves Redol”, dias 19 e 20 de Janeiro, na

Faculdade de Letras da Universidade de

Lisboa e dia 21, no Museu do Neo-

Realismo.

Exposição de Pintura de Natércia

Bernardino, patente até 26 de Fevereiro, na

Galeria de Exposições Augusto Bértholo,

em Alhandra.

Teatro "A Ceia dos Cardeais" de Júlio

Dantas, pelo Grupo de Teatro do Grémio

Dramático Povoense, dia 20 de Janeiro, às

14h45, no Núcleo do Mártir Santo do

Museu Municipal, em Vila Franca.

Concerto de Ano Novo pelo Coro Notas

Soltas, dia 21 de Janeiro, às 16h00, no

Museu Municipal de Vila Franca.

Feira de Artesanato, dia 29 de Janeiro, das

10h às 19h00, no Palácio Quinta da Piedade,

na Póvoa.

Encontros de Pais de Crianças e Jovens

Deficientes, dia 4 de Fevereiro, das 10h00

às 12h00, na CerciPóvoa. Organização:

Associação de Pais e Encarregados de

Educação dos Alunos do Agrupamento de

Escolas Póvoa de D. Martinho.

Herman José ao Vivo em Alverca, dia 4 de

Fevereiro, às 21h30, na SFRA – Sociedade

Filarmónica Recreio Alverquense.

Alenquer

Exposição "A ecologia, o humano e a

água" - desenhos e pintura de uma vida, de

Elsa Pereira, até 31 de Janeiro, na Biblioteca

Municipal.

Janeiro, Mês do Cinema, dias 20 e 21, às

21h30 e dia 22, às 17h00 “Imortais” (filmes

para maiores de 12 anos); dias 27 e 28, às

21h30 e dia 29, às 17h00 “A Pele Onde Eu

Vivo” (filme para maiores de 16 anos).

Tesouros no Rio, Feira de velharias de

Alenquer, dia 21 de Janeiro (terceiro sába-

do do mês), nas margens do rio Alenquer.

29.ª Grande Prova de Atletismo da

Sociedade Recreativa do Camarnal, dia

22 de Janeiro, às 10h30.

VII Gala dos Campeões, dia 28 de Janeiro,

no Pavilhão Municipal de Alenquer.

Arruda dos Vinhos

Exposição “Mostra de Artesanato”,

Trabalhos de Fernanda Simões, até 31 de

Janeiro, no Posto de Turismo.

Exposição de Escultura de Ana Marta

Pereira, patente até 8 de Fevereiro, na

Galeria Municipal.

Filmes no Auditório em Janeiro, às 16h00:

dia 22, “Caçadores de Dragões”; dia 29,

“Marley & Eu – O Filhote”.

Apresentação do livro “Meu Pregão” de

Joaquim Fortunato Agostinho, dia 29 de

Janeiro, às 15h00, no Auditório Municipal.

Azambuja

Exposição permanente “Património cul-

tural, sagrado e religioso” no Mosteiro

Santa Maria das Virtudes;

Exposição permanente "O mundo moderno

também começou aqui no séc. XV" - Vale

do Paraíso;

Exposição permanente “Quotidianos:

Recordar; Conhecer e Aprender”, no

Museu Sebastião Mateus Arenque;

Exposição de desenho "Imagens de uma

Vida", de Manuel Vidal. Natural de

Azambuja, com 83 anos de idade, começou

a desenhar aos 13 anos. Patente até 21 de

Janeiro, na Galeria da Biblioteca de

Azambuja.

Exposição “Alfred Nobel: um homem ao

serviço da literatura” de cariz permanente,

com rotatividade mensal, ao longo do ano,

nas Bibliotecas Municipais de Azambuja.

Exposição de desenho "Imagens de uma

Vida", patente até 20 de Janeiro, na Galeria

da Biblioteca Municipal de Azambuja.

Leitura Sénior, todas as quartas e sextas-

feiras, às 11h00, a Biblioteca Municipal de

Alcoentre, vai visitar o Centro de Dia de

Alcoentre para partilhar boas leituras com os

utentes seniores da instituição.

V Concurso Literário do Concelho de

Azambuja. Data limite para entrega de tra-

balhos, nas Direcções das Escolas,

Bibliotecas Escolares ou numa das bibliote-

cas da Rede de Bibliotecas do Município,

dia 9 de Março de 2012.

Benavente

Exposição Permanente "Galeria de

Trens" na Galeria 1 do Palácio do Infantado

- Samora Correia.

Exposição Permanente "O Calendário

Agrícola" no Núcleo Museológico Agrícola

de Benavente.

Exposição “Campino - O Homem da

Lezíria”. Patente até 04 de Fevereiro de

2012, na Galeria 2 - Palácio do Infantado,

em Samora Correia.

Exposição de Pintura "La Mise en Scéne

d'Ofélia", de Sónia Lapa. Patente até 3 de

Março de 2012, na Galeria do Centro

Cultural de Samora.

Exposição “Olhares de Entrudo”. O

Carnaval Samorense Ontem e Hoje, de 21

de Janeiro a 22 de Fevereiro, na Galeria Bar

do Palácio do Infantado.

Serões nas Bibliotecas “O Deputado” –

Dissertação sobre o livro de António

Modesto Navarro - Com presença do autor,

dia 18 de Janeiro, às 21h00, na Biblioteca

Odete e Carlos Gaspar, em Samora Correia.

Concertos de Ano Novo: Banda

Filarmónica Benaventense, Coro Infantil

dos Foros da Charneca e Coro Infantil da

Sociedade Filarmónica Benaventense, dia

22 de Janeiro, às 16h00, no Centro Social,

Foros de Charneca.

Teatro “O Urso” e “O Pedido de

Casamento” de Anton Tchekhov, dia 22 de

Janeiro, às 16h00, no Cine-Teatro de

Benavente e dia 29, às 16h00, no Centro

Cultural de Samora Correia

Filmes em Janeiro: Cine-Teatro de

Benavente: dia 18, às 10h30- Sessão infantil

“Branca da Neve e os Sete Anões”, às 21h30

“Silverado”; dia 27, às 21h30 “Alta

Golpada” . Centro Cultural de Samora

Correia: dia 20, às 21h30 “Alta Golpada”;

dia 25, às 10h30, Sessão infantil “Branca da

Neve e os Sete Anões”, as 21h15

“Silverado”.

Teatro Infantil “Planeta dos Girassóis” de

Fernando Oliveira, dia 28 de Janeiro, às

16h00, realizado pela Associação Teatral

“Revisteiros”, no Centro Cultural de Samora

Correia.

Festa Pequena em Honra de N.ª Sr.ª da

Paz, dias 28 e 29 de Janeiro em Benavente.

Salvaterra de Magos

Exposição Relógios de Sol e a

Matemática, até 24 de Fevereiro, Centro de

Interpretação do Cais da Vala, em

Salvaterra.

Exposição Fotográfica “Marinhais-vivên-

cias de um passado”, patente até 29 de

Fevereiro, no Polo da Biblioteca Municipal

de Marinhais.

Sobral de Monte Agraço

Exposição Colectiva do GART (Grupo de

Artistas e Amigos da Arte), patente até 18 de

Fevereiro, na Galeria Municipal do Sobral.

Dança – Ballet: Sonhos Cor-de-Rosa -

Turmas I, II, III e IV de Ballet da Monteges,

EM , dia 21 de Janeiro, às 16h00, no Cine-

Teatro de Sobral de Monte Agraço.

5.º RAID BTT - À Descoberta das

Maravilhas de Sobral de Monte Agraço -

Desafios Sport Club, dia 22 de Janeiro.

Inicio do passeio BTT às 09h30 no Sobral.

Cinema – Filmes: dia 28 de Janeiro, às

21h30 “Ano Novo Vida Nova”: dia 29, às

16h00 “As Aventuras de Tintin - O Segredo

Lincorne”, no Cine-Teatro.

Santarém

Exposição permanente “acervo patrimo-

nial da Casa do Brasil” que consta de

objectos recolhidos e dos achados da inter-

venção arqueológica de 1996-7, entre out-

ros, na Casa do Brasil.

Exposição ‘Anselmo Braamcamp Freire:

um homem, um sonho, uma obra’, de 23

de Dezembro à 1 de Fevereiro, na Casa

Museu Anselmo Braamcamp Freire.

Exposição de Desenho e Aguarela:

“Árvores da Vida... A Vida em Nós”, da

artista Maria João Neves, patente de 21 de

Janeiro a 19 de Fevereiro, na Galeria da

Casa do Brasil.

Exposição de Pintura de Pedro Chora,

patente de 27 de Janeiro, à 10 de Fevereiro,

no Centro Cultural Regional de Santarém -

Fórum Actor Mário Viegas

Colóquio comemorativo dos 150 anos da

morte de Passos Manuel, dia 18 de Janeiro

de 2012, pelas 10h00, no Instituto

Politécnico de Santarém - Escola Superior

de Educação.

Conversas com … Astronomia em 2012,

dia 20 de Janeiro, às 21h30, no Centro

Cultural Regional de Santarém - Fórum

Actor Mário Viegas.

Cinema – Filmes: dia 25, às 21h30 “A Pele

Onde Eu Vivo (La Piel Que Habito)” no

Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.

Cinema – Filmes: dia 21 de Janeiro, às

21h30 “Mulheres à Beira de um ataque de

nervos”, dia 28, às 21h30 “Fala com Ela

(Hable con Ella) “, no Fórum Actor Mário

Viegas - Centro Cultural Regional de

Santarém.

Tardes do Emprego, dia 25 de Janeiro, das

14h30 às 15h30, na Sala da Assembleia

Municipal – Antiga Escola Prática de

Cavalaria.

Feira de Agricultura Biológica, dia 25 de

Janeiro, das 10h00 às 14h00, no Jardim da

Liberdade.

Encontro Convívio com Pedro Barroso.

Conversa ilustrada com canções, dia 27 de

Janeiro, às 21h30., no Centro Cultural

Regional de Santarém.

coodenação António Preto

Agenda Cultural

Obra de Redol motiva

congresso internacional

O congresso internacional dedicado à vida e obra de Alves Redol

realiza-se de 19 a 21 de Janeiro. Uma iniciativa integrada nas

comemorações do centenário do nas cimento do escritor vila-fran-

quense, que terá o seu primeiro dia na Faculdade de Letras de

Lisboa e os dois últimos no auditório do Museu do Neo-Realismo,

em Vila Franca de Xira.

No Anfiteatro IV da Faculdade de Letras abordar-se-ão, entre out-

ros, temas como as encruzilhadas e derivas ideológicas da obra de

Redol, as concepções do escritor sobre a ficção e a narrativa e o

conceito do povo na música tradicional. Será, ainda, exibido o

documentário do realizador Francisco Manso sobre Alves Redol.

Já em Vila Franca, no dia 20, a ex-ministra Isabel Pires de Lima

falará de Redol e da questão do realismo. Haverá também visitas

guiadas às exposições patentes no MNR e uma abordagem ao

romance “Avieiros”.

No dia 21 falar-se-á dos prefácios das obras de Redol, do etno-

grafismo e da construção de uma poética narrativa neo-realista e

do pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo. A tarde

do último dia do congresso incluirá abordagens aos contos e às

peças de teatro escritas por Alves Redol.

23

GART pinta Feira da Ladra

Artistas plásticos do GART foram convidados a pintar ao vivo a

Feira da Ladra de Lisboa, no próximo dia 28. Um convite dirigido

ao Grupo de Artistas e Amigos da Arte (GART), que foi fundado

e tem sede em Vila Franca de Xira, mas que já reúne cerca de 300

artistas plásticos de todos os pontos do País. No dia 28, para além

da sessão de pintura ao vivo, que surge na sequência de um con-

vite do Clube Mirantense, estará também patente na vizinha Voz

do Operário uma exposição de trabalhos de membros do GART.

Segundo Jorge Alexandre, o GART pretende dinamizar mais as

instalações que possui no Jardim Municipal Constantino Palha

(cedidas pelo Município de Vila Franca de Xira), organizando

exposições regulares de trabalhos dos seus associados. Ao mesmo

tempo decorrem acções de formação na área das expressões plás-

ticas neste espaço do Jardim de Vila Franca, com Jorge Alexandre

nas tardes de terça-feira (aulas de pintura a aguarela entre as 15h00

e as 19h00) e Isa Fonseca aos domingos (aulas de pintura a óleo

das 15h00 às 18h00).

A I Bienal de Artes Plásticas que decorreu no Celeiro da Patriarcal,

em Vila Franca, tem um balanço muito positivo para Jorge

Alexandre, presidente do GART, que destaca o número muito ele-

vado de visitantes. Ao mesmo tempo a bienal gerou convites para

que membros do GART exponham noutros locais, como é o caso

da exposição que já está patente em Sobral de Monte Agraço e da

que já está prevista para a Moita. “O GART trabalha em todo o

País, mas a nossa mãe é Vila Franca. A Câmara tem-nos apoiado

como pode. Cede-nos instalações, onde temos uma exposição per-

manente e que queremos dinamizar mais”, conclui.

18 de Janeiro de 2012

Azambuja recebe cicloturistas da Lezíria

O concelho de Azambuja acolhe, no próximo domingo, um passeio cicloturista quedeverá contar com participantes de todos os municípios da Lezíria do Tejo. A parti-da dar-se-á no Jardim Urbano de Azambuja e o percurso tem uma extensão de 19quilómetros. A organização assegura carro de apoio em todo o percurso e alavagem das bicicletas. É obrigatório o uso de bicicleta todo-o-terreno e capacete,sendo aconselhável levar água e roupa adequada à prática de ciclismo.

Uma colectiva de artistas do GART está patente até 18de Fevereiro na Galeria Municipal do Sobral

Page 24: Voz Ribatejana

Voz Ribatejana

ALVERCA

A vila de Benavente viveu, no

domingo, uma manhã dife-

rente, “invadida” por cerca de

850 atletas e outros tantos

acompanhantes, envolvidos

no Campeonato Nacional de

Estrada. As características

planas da vila proporcionaram

um excelente percurso e as

equipas masculina e feminina

do Maratona Clube de

Portugal conseguiram domi-

nar completamente a conco-

rrência, ganhando os quatro

títulos individuais e colectivos

em disputa. A prova foi, ainda

assim, bastante disputada,

com apenas 12 segundos a

separarem o primeiro do quin-

to classificados.

Manuel Damião, atleta do

Maratona, foi o grande vence-

dor, batendo sobre a meta o se

colega de equipa José Rocha.

As quatro primeiras posições

foram mesmo para atletas do

Maratona, que fechou assim a

equipa para a classificação

colectiva com o mínimo de

pontos possíveis (10). De

forma algo inesperada o

alhandrense Sérgio Silva,

mais conhecido pelo seu

desempenho no duatlo, onde é

inclusivamente campeão do

mundo de elites, alcançou a

quarta posição, contribuindo

também para o bom desem-

penho da sua nova equipa, o

Maratona (ver caixa). Menos

bem esteve Hermano Ferreira,

atleta natural de S. Tiago dos

Velhos (concelho de Arruda)

que, afectado durante a sem-

ana passada por um consti-

pação e por febre, não con-

seguiu repetir o título nacional

que alcançara em 2011. Foi

agora décimo, a 1 minuto e 4

segundos do vencedor (ver

caixa). Na prova feminina,

Ana Dulce Félix revalidou o

título que já alcançara na

época passada e dominou

claramente, seguida pela sua

colega e equipa Ana Dias. da

região, saliência ainda para a

boa prestação da equipa do

Clube União Artística

Benaventense (CUAB), cole-

ctividade organizadora da

prova, que alcançou um sexto

lugar colectivo. Jorge Miranda

foi o melhor atleta da casa na

28ª. posição, seguido por

Miguel Quaresma (36º), Luís

Pinto (43º) e Joel Martins

(48º). Uma organização muito

cuidada do CUAB, que con-

tribuiu também para um movi-

mento desusado no comércio

benaventense.

Nacionais de estrada levam 850 atletas a Benavente

Depois do título mundialde elites em duatlo,alcançado em Setembro,Sérgio Silva, atleta naturalde Alhandra actualmente aresidir em Vialonga, assi-nou contrato com a equipado Maratona e admite que,progressivamente, a suacarreira vai passando maispelo atletismo do que pro-priamente pelo duatlo,onde os apoios quase nãoexistem em Portugal. Estequarto lugar no Nacionalde Estrada foi, contudo,uma surpresa muito positi-va e Sérgio Silva acha queesta integração numaequipa com o prestígio doMaratona também lhe vaiabrir novas perspectivas.Lamenta, contudo, que emAlhandra e no concelho deVila Franca não hajaqualquer apoio para umatleta que é campeão domundo.“O grande objectivo eraajudar a equipa. Este anofui para o Maratona, umadas referências nacionaise mundiais. Tinha esseobjectivo primeiro de inte-grar uma equipa como oMaratona, que ganha osmais variados tipo deprovas nacionais e inter-nacionais. Por si só já éuma grande prestaçãoestar no Maratona. E,depois de ter sido campeãoda Europa por equipas emque fiquei em sexto lugarem termos do Maratona,hoje ter aqui um quartolugar da geral e fechar aequipa, pontuando para aequipa, é algo que, since-ramente, não tinha pensa-do, foi muito bom”, disseSérgio Silva, no final, aoVoz Ribatejana, admitindoque, por vezes, neste tipode corrida peca por seentusiasmar e acompan-

har ritmos elevados,pagando depois a facturano fim. Desta vez con-seguiu fazer uma provamais calma, não seenvolveu nos váriosataques e alcançou umquarto lugar seguro, com

menos dois segundos que oprimeiro atleta da rivalConforlimpa.Sérgio Silva explicou queestá a fazer uma “tran-sição” do duatlo para oatletismo, por váriasrazões, a primeira ligada àenorme falta de apoio paraos praticantes de duatlo,seja do Estado, da feder-ação, de patrocinadores oudas autarquias. “Fuicampeão do mundo emSetembro e em termos deapoios zero. E não é pres-tigiante, porque somos osmelhores do Mundo, re-presentamos a nossa terra,neste caso Alhandra e oconcelho de Vila Francade Xira a nível mundial, éum título mundial e as pes-soas que estão mais pertonão dão esse apoio, essecarinho que deviam dar”,lamenta, vincando que, anível do duatlo, até sesente mais acarinhado emFrança, quando represen-ta ali o Metz. “Sou mais

acarinhado em França,onde represento há 3 anoso Metz, do que propria-mente pela vila deAlhandra e pelo concelhode Vila Franca”, refere.Depois, Sérgio Silvareconhece os apoios querecebeu ao longo dos anosda federação, sobretudopelo acolhimento noCentro de Alto Rendimentodo Jamor que lhe permitiu,ao mesmo tempo, tirar umcurso superior de arqui-tectura, mas actualmentevê que para o duatlo e paraum campeão do mundonão há apoios. De qual-quer forma ainda alimentao sonho de ganhar o pró-ximo Campeonato daEuropa de Elites para con-seguir ser o primeiro atletaa conquistar títulosmundiais e europeus desub-23 e de elites no dua-tlo. “Talvez por esta crise,está a haver muito maisdificuldades e é pratica-mente impossível contin-uar ao mais alto nível noduatlo. Gostaria muito deser campeão da Europa, éo único título que me falta,mas não vai ser fácil”,sublinha, frisando queteve que por optar porencontrar um trabalho,dedicando-se ao desporto atítulo complementar.“Estou a representar oMaratona, tenho um con-trato minimamente razoá-vel, coisa que deixei de tercom o duatlo, foi uma su-bstituição de apoios di-gamos. Vou tentar tirar omáximo partido de repre-sentar o Maratona porequipas e eventualmenteem participações interna-cionais”, concluiu o atletaalhandrense, que se sentemais à vontade nas provasde estrada do que em pista.

HermanoFerreira deolhos postosnos JogosOlímpicosHermano Ferreira não conseguiu desta vez repetir o títulonacional, afectado também pela constipação e pela febre queo atingiu na semana anterior. “Sabia que estava um bocadolimitado, mas quis vir contribuir com o meu melhor comosempre para ajudar a equipa da Conforlimpa. Vim ajudar aver se conseguíamos ganhar, mas o Maratona apresentou-semuito forte e está de parabéns”, referiu, cumprimentando o“vizinho” Sérgio Silva.Natural de S. Tiago dos Velhos, Hermano Ferreira, aos 29anos, tem os olhos postos na possível participação na mara-tona dos Jogos Olímpicos de Londres (Julho de 2012). Já temos mínimos B, mas precisa de obter os mínimos A para ter acerteza que é seleccionado e que participa. “O grande obje-ctivo é conseguir o mínimo A em Abril, na maratona deLondres, para estar nos Jogos Olímpicos. Até lá o próximodesafio é recuperar e ficar a 100% para ajudar aConforlimpa na Taça dos Clubes Campeões Europeus, no iní-cio de Fevereiro, em Espanha. E depois temos o nacional decross”, vincou, frisando que chegar a uns Jogos Olímpicostem que ser fruto de um trabalho de muitos anos.Mas, para quem ainda não tem os mínimos A e não integra oquadro dos chamados atletas de Alta Competição, a vida nãoé fácil e os apoios oficiais não existem. “São poucos, se nãofossem estes dois grandes clubes, a Conforlimpa e oMaratona, a ajudar os atletas, eu, com mínimo B, não tenhomais nenhum apoio para preparar uma possível participaçãonos Jogos Olímpicos. Posso estar nos Jogos só com o apoiodo clube, não tenho nenhum apoio como atleta de alta com-petição, é zero. O único apoio que tenho é da Conforlimpaque me paga para preparar as provas do clube. Quero estarnos Jogos Olímpicos, mas tem que ser tudo à minha conta.Claro que o clube ajuda, porque paga os 10 meses, mas deresto nada”, sustenta.Actualmente, os atletas com os chamados mínmos A recebemuma bolsa de cerca de 850 euros, os que têm mínimos B nãorecebem nada. “Claro que precisamos de condições e se nãotivermos as mínimas condições, o resultado final não será tãopositivo. É pena, sabemos que o país está em crise, que é difí-cil conseguir patrocínios, mas temos que lutar contra amaré”, conclui.

Concelho de Vila Franca não apoia

CUAB quermanter-se na“1ª. Divisão”Manter uma equipa defundo e meio-fundo quese situe entre as oitomelhores em Portugal éo objectivo do ClubeUnião ArtísticaBenaventense (CUAB),colectividade centenáriaque se dedica,e m ter-mos desportivos, funda-mentalmente aoatletismo e à ginástica.“Esta organização jávem sendo pensada háano e meio, tambémpara dar a conhecer àpopulação de Benaventee da região que temosuma equipa de algumnível. O ano passadofomos sextos classifica-dos nos nacionais e tam-bém queremos mostrarisso à população”,salienta Joaquim Luís,coordenador da secçãode atletismo, actual-mente com 22 federadose mais cerca de 20 prati-cantes na formação.Depois, o CUAB tambémsentiu que uma provadesta dimensão seriauma “mais-valia” paraBenavente. Os apoiosvieram de dois patroci-nadores e da Câmara,que “apoia como apoiatodas as colectividades,mas que é extremamenteimportante, sem esseapoio isto seria impo-ssível.“Temos a noção de quea nível competitivo nãoconseguimos ir a níveldos primeiros lugares,temos um orçamentomuito baixo contraequipas que têm umorçamento muito alto. Onosso projecto é ter umaequipa da 1ª. Divisão,entre as oito melhores,para dar algum nome aBenavente e ao CUAB”,rematou.

A prova masculina foimuito disputada