voz ribatejana ediÇÃo 9 nov 2011
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DESTAQUE
“
02
voz ribatejana #24
Jorge Talixa
Quatro salas da Escola Básica
dos 2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) de
Vialonga ficaram inundadas,
na passada quarta-feira, obri-
gando a direcção do estabelec-
imento a mandar para casa 112
alunos de quatro turmas, por
não dispor de qualquer espaço
alternativo para leccionar. Esta
escola de Vialonga estava
integrada na terceira fase de
obras de reabilitação/ampli-
ação programadas pela empre-
sa pública Parque Escolar (PE),
mas foi uma das que viu o seu
projecto de intervenção sus-
penso, já por decisão do actual
Governo.
O adiamento da obra tem gera-
do muitas críticas de pais, pro-
fessores e autarcas da região,
que recordam que a EB 2.3 tem
24 anos de existência, nunca
beneficiou de obras de reabili-
tação e já no Inverno passado
sofreu problemas graves com
infiltrações de águas em várias
salas. A Associação de Pais
decidiu, em Outubro, lançar
um abaixo-assinado, onde sub-
linha que a escola está num
“completo estado de
degradação” e que, se não
forem tomadas rapidamente
medidas, “está em causa a con-
tinuidade de um ensino para os
nossos jovens, em condições
mínimas de dignidade”. Ontem
ao fim da tarde, organizou uma
reunião geral de pais para
decidir novas acções a realizar
para exigir melhorias na esco-
la.
Para além da entrada de água
da chuva em diversas salas, os
pais apontam os “disparos” fre-
quentes dos quadros eléctricos
(já sem capacidade para as
necessidades), a degradação
das instalações sanitárias e a
falta de salas para os cerca de
1200 alunos. Armandina
Soares, presidente do
Agrupamento de Vialonga e do
conselho executivo da EB 2.3,
sublinha que escola está
sobrelotada e que as salas de
que dispõe são manifestamente
insuficientes para os 1200
alunos. “Estamos com muitas
turmas acima do máximo de 28
alunos. Não temos espaços.
Temos a escola a funcionar
numa situação muito grave”,
alerta.
Certo é que, na quarta-feira,
quatro salas do Bloco B da
Escola de Vialonga ficaram
completamente inundadas,
porque as telhas de fibrocimen-
to estão partidas e deixam
entrar água, que se espalha
sobre a placa. Nesta foram
feitos alguns furos, para evitar
os riscos de acumulação de
água e de queda das placas de
cimento. A Junta de Vialonga
promete tentar colocar tubos
que drenem a água para o exte-
rior das salas, mas diz que os
furos na placa são necessários,
para evitar que a água escorra
pelos buracos dos fios eléctri-
cos e possa gerar problemas
perigosos de curto-circuito.
A EB 2.3 de Vialonga tem um
projecto de
remodelação/ampliação elabo-
rado pela Parque Escolar orça-
do em cerca de 15 milhões de
euros. Em Maio, o então can-
didato a primeiro-ministro
Passos Coelho criticou o facto
de projectos como o desta
escola contemplarem
auditórios de 7 milhões de
euros. Armandina Soares su-
blinha, porém, que não se pode
esquecer que esta escola tem
no seu projecto educativo o
curso de música (dinamiza
uma orquestra juvenil),
aprovado pelo Ministério da
Educação e equiparado a curso
de conservatório, que justifica
alguns dos investimentos pre-
vistos na modernização das
instalações.
As inundações na Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos de Vialonga e na Biblioteca de Vila Franca foram as consequências mais
graves das chuvas fortes da semana passada, que obrigaram também a cortar algumas estradas.
Quatro salas inundadas
na EB 2.3 de Vialonga
A acumulação de água na pas-
sagem sob a Auto-estrada do
Norte que faz a ligação entre a
Nacional 1 (sentido Norte-Sul)
e a Ponte
M a r e c h a l
Carmona de
Vila Franca
de Xira
obrigou, na
quarta-feira
de manhã, ao
corte da cir-
c u l a ç ã o
naquela área,
gerando filas
de trânsito e
muita con-
fusão entre
os que pre-
cisaram de
p r o c u r a r
c a m i n h o s
alternativos
para chegar à
ponte. Duas
v i a t u r a s
f i c a r a m
mesmo blo-
queadas pela
água que
chegou a
atingir cerca
de 1, 2 met-
ros na parte
mais baixa
da passagem
e precisaram
do auxílio de reboques para
sair do local.
Segundo fonte policial, esta é
uma situação que se repete
muitas vezes em períodos de
maior pluviosidade, causando
muitos transtornos ao trânsito
numa zona já habitualmente
congestiona-
da. As medi-
das nece-
ssárias para
melhorar o
sistema de
escoamento
de águas plu-
viais é que
nunca foram
tomadas, de
acordo com a
mesma fonte,
criando fre-
quentemente
lençóis de
água.
O problema
m a n t e v e - s e
até à noite,
com elemen-
tos da PSP a
regularem o
trânsito, acon-
selhando a
p a s s a g e m
apenas de via-
turas pesadas
com rodados
mais altos. O
Voz Riba-
tejana pro-
curou esclare-
c i m e n t o s
junto da Estradas de Portugal
mas ainda não teve resposta.
J.T.
Preocupação na CâmaraO problema da EB 2.3 de Vialonga foi também abordadona sessão camarária de quarta-feira, com a vereadora AnaLídia Cardoso a salientar que o estabelecimento “precisaurgentemente de obras de grande vulto”, porque algumassalas chegaram a ter, na manhã desse dia, mais de meiometro de altura de água no seu interior. “Devia ter sidoalvo de uma requalificação por parte da Parque Escolar,atendendo á gravidade das situações que apresenta”, acres-centou a eleita da CDU, considerando que o executivo devepressionar mais o Ministério da Educação para que avancecom obras e para que a intervenção nesta EB 2.3 seja con-siderada uma prioridade, “sob pena destas crianças nãoconseguirem completar o ano lectivo”, alertou.Maria da Luz Rosinha estranhou, contudo, que antes doassunto chegar ao conhecimento da Câmara e da DRELVTtenha sido comunicado à estação televisiva SIC, que fezum directo da escola. “Quem informou a DREL fomos nós,quando fomos informados faltavam 2 minutos para atransmissão da reportagem. Às vezes são caminhos quenão são dos mais correctos”, criticou a presidente da edili-dade de Vila Franca, considerando também que não foicorrecto o presidente da Junta ter dito que as criançaspodiam correr perigo de vida. A edil diz que a secretária deEstado dos Assuntos Educativos foi alertada para situaçãona semana anterior e que a Câmara tem feito sentir aoMinistério e ao ministro, por várias vias, a necessidade deintervir na escola vialonguense.
MinistérioprometeatendersituaçõesmaisurgentesO Voz Ribatejana solici-tou esclarecimentos aoMinistério da Educaçãosobre a falta de condiçõesdesta escola e as medidasque poderão ser tomadasno curto prazo, no âmbitoda Parque Escolar oudirectamente pelaDirecção-Regional deEducação de Lisboa eVale do Tejo (DRELVT). Aassessoria de imprensa doministro Nuno Cratogarantiu que o Ministério“está a trabalhar paraque seja possível começara atender, de forma fasea-da, aos casos maisurgentes” de escolasdegradadas, mas nãoespecificou se a escola deVialonga está nesse rol deestabelecimentos prio-ritários. Procurámos tam-bém mais esclarecimentosjunto da DRELVT, masainda não tivemos respos-ta.
Comentáriosno FacebookCarlos Baptista: "Na saída daponte Marechal Carmona,sentido Nascente-Poente tam-bém existe uma situação deacumulação de água na faixada direita desde que foramcolocados os separadores embetão a criar o corredorpedonal e a sujidade imper-meabilizou a parte inferiordos mesmos, acumulação essaque em ocasiões de chuvadasintensas ganha uma alturaconsiderável e que por isso setorna perigosíssima paraquem venha desprevenido. Eujá lá apanhei um valentesusto e não fora vir de jipe,que é bastante mais pesadoque um automóvel comum,não sei o que me teria aconte-cido. Certamente assim con-tinuará até que lá haja umacidente grave, daqueles quevêm nas capas dos jornais,pois só dessa forma se fazalguma coisa”
Inundação corta ligação
da Nacional 1 à Ponte
de Vila Franca
As fortes chuvadas da semana
passada causaram inundações
graves no interior da
Biblioteca Municipal de Vila
Franca de Xira. Não é a
primeira vez que o equipamen-
to, construído há cerca de 20
anos, é invadido pela água,
conforme noticiou o Voz
Ribatejana na sua edição de 12
de Outubro, mas desta vez o
problema atingiu contornos
mais graves no dia 2 de
Novembro, com a água a atin-
gir também o centro de docu-
mentação onde está guardado
boa parte do acervo da bib-
lioteca. A Câmara de Vila
Franca de Xira diz que não há
muito mais a fazer para
impedir estas infiltrações e que
a solução será mesmo constru-
ir uma nova biblioteca, orçada
em cerca de 5, 5 milhões de
euros, mas não tem dinheiro
para avançar se não obtiver
uma comparticipação comu-
nitária.
O problema das infiltrações já
se revelara em Agosto, mas
desta vez causou bastantes
mais danos e transtornos ao
funcionamento da Biblioteca
de Vila Franca de Xira, instal-
ada num edifício de 3 pisos da
Travessa do Curral construído
de raiz. “A água entrou tam-
bém no centro de documen-
tação, que é a área mais pre-
ciosa da biblioteca”, admitiu
João de Carvalho, vereador
com o pelouro da cultura na
Câmara de Vila Franca, expli-
cando que, a exemplo das situ-
ações anteriores, as infil-
trações de água atingiram tam-
bém a sala infantil e a sala de
leitura de periódicos.
Em resposta a questões dos
vereadores da CDU, o autarca
do PSD diz que os técnicos da
autarquia têm tentado tudo
para resolver este problema de
infiltrações, que até já foi
inspeccionado o sistema de ar
condicionado, mas que tudo
indica que terá origem nas
próprias paredes do edifício.
Nuno Libório quis saber se
estão previstas obras. João de
Carvalho adiantou que se tem
tentado tudo para definir por
onde entra a água, mas é difí-
cil. “O que sabemos é que
escorre pelas paredes e tem
dado cabo de muito equipa-
mento”, lamenta.
Em Outubro, o edil disse, ao
Voz Ribatejana, que tudo indi-
ca que será “um problema
estrutural e da construção ini-
cial. O ano passado ainda
fiquei convencido que poderia
estar a entrar água pelas con-
dutas do ar condicionado, mas
acabámos por descobrir que
entra em tal quantidade que
tem que ser um problema da
construção inicial”, aponta.
Maria da Luz Rosinha, presi-
dente da Câmara, acrescenta
que a chuva foi de tal modo
forte no dia 2 que até nas
escadas do edifício dos Paços
do Concelho caiu alguma
água, através das clarabóias ali
existentes. “Chovendo tanto,
houve milhares de situações”,
constata.
Certo é que o Município tem
um projecto para a construção
de uma nova biblioteca de seis
pisos na parte dos silos da anti-
ga fábrica de descasque de
arroz da sede de concelho e
tem acordo da empresa propri-
etária do imóvel para esse fim.
Só que os estudos já delinead-
os pelo arquitecto Miguel
Arruda apontam para uma obra
de 5, 5 milhões de euros. “Era
essencial, nesta altura, termos
um concurso para que uma
candidatura a fundos comu-
nitários que nos desse apoio,
porque não conseguimos
avançar sozinhos”, conclui
João de Carvalho.
03
9 de Novembro de 2011
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EDITAL Nº 562/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSI-
NHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE
VILA FRANCA DE XIRA
Faz saber que, por despacho de 2011/10/03, do Sr. Vice-
Presidente, proferido ao abrigo do Despacho nº 2/2011, de 10
de Janeiro, que remete para o despacho nº 32/2009, de 4 de
Novembro de delegação de competências, ambos da signatária:
1. Ficam notificados os proprietários das construções abarra-
cadas sitas nas traseiras da Vivenda Soares, na Rua 1º de Maio,
Santa Cruz, em Vialonga, a que corresponde o processo
camarário nº 58470/11, para estarem presentes no local, no dia
2011/11/22, pelas 10,00 horas, com vista à sua identificação
pelo Serviço de Fiscalização desta Câmara municipal.
2. Procede-se à notificação por Edital nos termos da alínea d),
do nº 1, do artigo 70º do CPA – Código do Procedimento
Administrativo, por se desconhecer a identidade dos propri-
etários.
Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor
vão ser afixados nos locais do costume, na morada a que o
mesmo alude e publicado nos jornais locais.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do
Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 26 de Outubro de
2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Água volta a invadir
biblioteca de Vila Franca
Obras na estrada de SantaSofia andam à chuvaAs obras de beneficiação da Estrada de Santa Sofia,aguardadas há anos, arrancaram na última semana deOutubro. Uma empreitada orçada em 137 mil euros que jádeu um tapete novo a esta via que liga Vila Franca de Xiraàs zonas das Cachoeiras e da Loja Nova. A obra prolongou-se até à zona do palácio do Farrobo e ficou concluída nofim da primeira semana de Novembro. Depois de vários adi-amentos acabou, todavia, por coincidir com um período deforte pluviosidade. A estrada estava muito degradada,gerando frequentes reclamações dos que a usam regular-mente como escapatória à congestionada EN 248 na entra-da de Vila Franca. A obra foi apoiada pelo chamado Fundode Emergência, no âmbito de um protocolo celebrado no fimde 2010 entre a Câmara de Vila Franca e a Secretaria deEstado da Administração Local.
Dadores da Póvoa recolhem sangue
A Associação de Dadores Benévolos de Sangue daPóvoa de Santa Iria organiza, na manhã do próximodomingo, mais uma acção de recolha de sangue. A ini-ciativa realiza-se na sede da associação (Avenida Anterode Quental, no Bairro da Chepsi), a partir das 8h30.
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A empreitada de limpeza e reg-
ularização do rio Grande da
Pipa, na zona da Vala do
Carregado, só deverá avançar
na próxima Primavera. O
arranque dos trabalhos, já adju-
dicados, foi adiado por demor-
as na libertação de terrenos do
lado do Município de
Alenquer. Esses problemas
parecem, agora, ultrapassados,
mas a aproximação do inverno
não recomenda que se iniciem
as obras nesta altura. A CDU
quis saber, na última reunião
camarária, se haverá, entretan-
to, alguns trabalhos de limpeza
e a presidente da Câmara de
Vila Franca prometeu avançar
com uma limpeza na zona da
ponte da Refer e tentar articular
a retirada de árvores tombadas
com a Administração da
Região Hidrográfica.
António Ventura Reis, presi-
dente da Junta da Castanheira,
foi o primeiro a colocar o prob-
lema, disponibilizando-se para
pressionar os autarcas de
Alenquer, se necessário for.
“Sabemos que as coisas estão
paradas, ouvi a senhora presi-
dente dizer que são problemas
de terrenos do lado de
Alenquer, que ainda não
estavam disponibilizados. Se
não há habitantes do lado de
Alenquer, na parte de Vila
Franca há”, sublinhou o eleito
da CDU, alertando para as
muitas árvores tombadas que
ameaçam cair para o leito do
rio, contribuindo para a sua
obstrução.
Também Nuno Libório,
vereador da CDU, se mostrou
preocupado com o problema,
questionando se a Câmara de
Alenquer terá “esgotado todas
as possibilidades ao seu
alcance para negociar e encon-
trar soluções para os terrenos”
necessários. “É uma obra que
beneficia os dois lados. Temos
a informação de que a Câmara
de Alenquer tem algumas difi-
culdades financeiras, mas
ninguém pode ficar indiferente
a esta situação de protelamento
de obras que estava previsto
iniciar logo a seguir ao Verão
de 2011. Até que ponto não se
pode avançar com algumas
pequenas obras no sentido de
acautelar a instabilidade e a
insegurança das margens que já
existem há muito tempo?”,
interrogou.
Maria da Luz Rosinha explicou
que dois proprietários do lado
de Alenquer nunca se
mostraram disponíveis para
vender os terrenos necessários.
“Já perdemos mais de 1 anos
de tentativas de negociação da
Câmara de Alenquer com esses
proprietários. O Município
decidiu avançar com outra
solução que permitirá dar
andamento à obra. No entanto,
estamos em Novembro e os
meses seguintes não serão,
seguramente, momento indica-
dos para começar a mexer nos
terrenos. O contrato da obra foi
assinado na semana passada e
o que se vai fazer é a
demolição da ponte que ligava
antigamente à Termoeléctrica e
fazer a limpeza do que são
áreas de passagem da ponte da
Refer, o que vai permitir escoar
com mais facilidade se houver
um grande caudal de água”,
sustentou. Quanto ao resto, a
edil vila-franquense acha que
os trabalhos de fundo só
poderão arrancar Fevereiro ou
Março.
Já sobre as árvores tombadas,
Maria da Luz Rosinha diz que
a Câmara não pode intervir,
porque estão numa área de
domínio hídrico da respons-
abilidade da Administração da
região Hidrográfica. “Tem que
ser a ARH a tirar ou então a
dar-nos autorização para que a
Câmara solicite ao consórcio
que vai fazer as obras que retire
as árvores que possam estar a
estrangular mais o escoamento
da água”, concluiu.
Libertação dos terrenos volta
a atrasar obras no Rio da Pipa
04
SOCIEDADE
“
voz ribatejana #24
EDITAL Nº 541/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA
FRANCA DE XIRA
Faz saber que, por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 19/04/2011, proferi-
do ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para
o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002,
de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:
- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita
no Rua Casa de S. José, nº 5, 1º Dto, 2600 Castanheira do Ribatejo, determinar a cessação da licença de utiliza-
ção do referido fogo, atribuído a Júlia Fernanda Lourenço Martins Homem e respectivo agregado familiar, segun-
do o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo.
Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:
O agregado familiar não tem residência própria e permanente na fracção há mais de dois meses, pelo menos
desde Março de 2011.
Amoradora apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, a moradora apre-
senta 13 rendas em dívida, compreendidas entre Março de 2010 e a actualidade, no valor de 62,55 €, as quais
depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 29,64
€, perfazem uma dívida de 92,19 €.
À moradora já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a última
das quais em 25/09/2009, através de um acordo para pagamento em 36 prestações mensais de 46,08 € cada
uma, da quantia global de 1 659,02 €, correspondentes a rendas em dívida até essa data, estando actualmente
em dívida com 15 prestações do referido acordo, no valor de 691,20 €.
O presente projecto de decisão é tomado com base no disposto nas alíneas d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei
21/2009, de 20 de Maio, do nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e dos nºs 7, 9, 10, e 11, do arti-
go 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação
Municipal.
Mais fica a moradora e demais interessados notificados, de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo
3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a
decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que se não
o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autori-
dade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local
designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da
presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo
1323º do Código Civil.
Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no
prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que
haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.
O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no
Departamento de Habitação Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sito na Rua Alves
Redol, nº 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9h às 12:30h e das 14h às 17:30h.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e pub-
licados nos jornais locais.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 14 de Outubro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Alenquerparece tersoluçãoparaterrenosDepois de negociaçõesmuito demoradas e dedificuldades paraavançar com os proces-sos de expropriação, aCâmara de Alenquerpode ter encontrado umasaída para o problema dalibertação dos terrenosnecessário para a obrado rio Grande da Pipa. Aquestão foi colocada napenúltima reuniãocamarária pelo vereadorsocial-democrata PedroAfonso e o presidente daedilidade, Jorge Riso,avançou que, afinal, nãohaverá necessidade deexpropriações. É que,numa última reunião, aARH (Administração daRegião Hidrográfica)explicou que a legislaçãojá prevê que se possausar uma área de 10metros de largura a par-tir da linha de água paraa realização de obrassem qualquer compen-sação para os respectivosproprietários. “Nos 10metros adjacentes a Leiprevê que, para obras,não seja necessárioexpropriar. Toda a obravai ser feita sem expro-priações, porque pode-seintervir naquela faixa de10 metros. Uma soluçaque já podíamos terarranjado há 1 ano eescusávamos de ter tidotodo este trabalho denegociação”, reconheceuo presidente da Câmarade Alenquer, acrescen-tando que o gabinetejurídico da ARH está,agora, a elaborar umdocumento sobre esteacordo e esta possibili-dade de acesso a estesterrenos.O autarca do PS lembrouque nunca houve acordo“a bem” com estes doisproprietários que, ulti-mamente, contestaramaté a possibilidade deexpropriação, alegandoque o estudo de impacteambiental referia quenão haveria lugar aexpropriações.
Lesados de Fevereiro de 2010ainda não receberamAs inundações originadas pelo transbordo do rio Grande daPipa são frequentes na Vala do Carregado e causam, muitasvezes, danos aos habitantes. Dois deles estiveram na penúl-tima reunião camarária, porque alegam que ainda não rece-beram indemnizações prometidas pela autarquia. MárioFaria viu a carrinha com que habitualmente se deslocava ogrupo musical a que pertencia seriamente danificada nasinundações de Fevereiro de 2010. “Sinto-me enganado porparte da Câmara”, afirmou, resumindo um largo historialde contactos com autarquia, desde que entregou, em Junhode 2010, as facturas do arranjo da carrinha.“A Rodocargo num primeiro momento disse que pagava,agora coloca algumas questões e não só em relação a si”,explicou Maria da Luz Rosinha, referindo que há tambémcasos de pessoas que alegam ter perdido mobílias, mas quenão apresentam facturas. Depois, a edil acrescenta que temna sua mesa de trabalho uma carta em que a Administraçãoda Região Hidrográfica diz não ter detectado nenhumaanormalidade na zona do aterro que a Rodocargo ali reali-zou. “Fizemos tudo o que podíamos”, afiançou a presidenteda Câmara, prometendo tentar alcançar um entendimentocom os responsáveis da empresa transportadora.Luísa Guerra também mora na Vala do Carregado e tem umproblema semelhante. “Tive que arranjar as casas queficaram uma lástima. O meu marido esteve diversos mesessem receber e quando ele conseguiu o fundo de desempregoé que fomos comprando algumas coisas que estavam estra-gadas. Não temos culpa daquela terra lá estar, se nãoestivesse não tinha acontecido o que aconteceu”, frisou.Maria da Luz Rosinha prometeu abordar tamb´m esta situ-ação coma Rodocargo.
Os Bombeiros Voluntários de
Alverca (BVA) celebram, este
mês, o seu 85º. aniversário. Em
época de dificuldades, o pro-
grama comemorativo é algo
contido, mas ainda assim a cor-
poração alverquense quis prin-
cipalmente afirmar a sua li-
gação à comunidade que serve
e organizou, no passado sába-
do, uma jornada de contacto
com a população que reuniu
efectivos e equipamentos junto
à feira semanal de Alverca.
O ponto alto das comemo-
rações (o 85º. aniversário
cumpre-se no próximo dia 15)
está, contudo, marcado para a
manhã de dia 20, com um con-
junto de actividades no quartel
da corporação alverquense (ver
caixa). No passado sábado
foram muitos os que quiseram
conhecer melhor a actividade
dos BVA e os mais novos
mostravam-se particularmente
interessados em ver o interior
do carro de combate a incên-
dios ou da ambulância.
Aproveitando o desafogo da
Praça de S. Pedro, a corpo-
ração instalou painéis sobre a
sua actividade operativa e
sobre a Brigada 1130 (jovens
bombeiros em fase de for-
mação), mas também uma
banca para distribuição de
informação e para fazer novos
associados e vários equipa-
mentos das diversas facetas de
intervenção da associação.
“No âmbito das comemorações
do 85º. Aniversário decidimos
fazer esta amostragem à popu-
lação dos nossos equipamentos
e de alguns contactos.
Aproveitamos para divulgar
junto dos jovens a possibili-
dade de poderem virem a fazer
parte da nossa corporação de
bombeiros e de algumas pe-
ssoas que não são sócias
poderem vir a inscrever-se”,
explicou, ao Voz Ribatejana,
Rui Ferreira, vice-presidente
da direcção dos BVA, frisando
que outro objecto desta acção
que trouxe o quartel para a rua
foi mostrar à população a
importância destes meios de
socorro.
Actualmente, os Bombeiros de
Alverca são a corporação do
concelho de Vila Franca com
mais associados. Um número
que ultrapassa os 5000, mas
que tem descido ligeiramente
numa freguesia que continua
em franco crescimento popula-
cional. Rui Ferreira julga que
“as novas pessoas que vão
chegando a Alverca não estão
muito integradas no sentido de
se fazerem sócias das nossas
instituições” e que alguma
descida se deve a mudanças de
residência, a alguns falecimen-
tos e nalguns casos também a
razões económicas.
Em termos gerais, a comu-
nidade continua bastante sen-
sível ao papel da corporação de
bombeiros, mas os apoios,
sobretudo das empresas, têm
vindo a decair. “Há de tudo, há
pessoas que estão perfeita-
mente conscientes da
importância que os bombeiros
têm na prevenção e no socorro
às populações para melhorar a
sua segurança, há outras que
não estão”, admite Rui
Ferreira, lembrando que ao
longo dos últimos anos apenas
por uma vez uma empresa
local resolveu ajudar a corpo-
ração oferecendo uma viatura.
Aconteceu com a Henkel
(empresa que entretanto já saiu
da freguesia), depois de um
grande incêndio ocorrido há já
mais de 10 anos, mas em que
os responsáveis da empresa
ficaram muito satisfeitos com a
eficiência da actuação dos
bombeiros. “Foi um fogo com-
plexo que começou ás 8 da
manhã e, ao meio-dia, já a
fábrica estava a trabalhar.
Ficaram muito satisfeitos e
ofereceram-nos um veículo. A
partir daí mais nenhuma
empresa da nossa área nos
ofereceu qualquer equipamen-
to significativo. Há uns anos
fazíamos uma campanha para
nos ajudarem em equipamen-
tos e conseguíamos algumas
ajudas que valia a pena, hoje o
que recebemos de uma cam-
panha dessas é residual”,
lamenta.
E esta constatação torna-se
mais preocupante quando se
conhecem as dificuldades gen-
eralizadas das corporações de
bombeiros, confrontadas com
aumentos de custos significa-
tivos, sobretudo de com-
bustíveis e com quebras nas
receitas, quer de serviços de
transporte de doentes, quer dos
mais variados apoios.
“As associações de bombeiros
do nosso país estão a viver a
pior fase que lhes conheci. E as
perspectivas não são nada ani-
madoras. Ou há aqui alguma
inversão ou então isto vai ser
muito complicado nos próxi-
mos tempos. Neste momento já
há situações de ruptura e os
próximos meses vão ser muito
complicados”, avisa Rui
Ferreira, que é também diri-
gente da Federação de
Bombeiros do distrito de
Lisboa.
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9 de Novembro de 2011
Bombeiros de Alverca
celebram 85 anos
Substituir ambulância eatrair mais jovensAlberto Fernandes, comandante dos Bombeiros Voluntário deAlverca, sublinha que, nesta altura, a maior necessidade dacorporação passa pela substituição de uma ambulância desocorro. Consciente das dificuldades generalizadas, AlbertoFernandes reconhece que “é a necessidade mais premente”,mas que nesta fase difícil não será fácil concretizar esseobjectivo no curto prazo. “É aquilo de que necessitamos maisno imediato. Depois temos projectos futuros, a longo prazo,que passarão por um equipamento de salvamento em altura,não aquilo normalmente referenciado como auto-escadas,mas um projecto que tem que ser a muito longo prazo, porqueestá tudo muito complicado e é prematuro falar o que querque seja sobre o futuro dos corpos de bombeiros”, sustenta.Outra preocupação de Alberto Fernandes é continuar a atrairmais jovens para os bombeiros. Também por isso foi apresen-tado na Praça de S. Pedro o trabalhão desenvolvido com aBrigada 1130, que reúne actualmente 12 jovens. “Tentamostambém trazer mais jovens para junto dos bombeiros, porquequanto mais novos começarem maior e melhor vai ser a suaformação. Infelizmente o voluntariado já não tem a adesãoque gostaríamos que tivesse e tem que se ir recorrendo aalgumas iniciativas deste tipo. Ao longo do ano que vemvamos também organizar iniciativas nas escolas, para tentarcativar os jovens para começarem a sua carreira debombeiros”, revela Alberto Fernandes, reconhecendo que alegislação por vezes também não ajuda e “acaba por afastarum pouco os jovens desta vida de bombeiros, mas com algu-ma boa vontade e com iniciativas como as que temos no seiodo corpo de bombeiros vamos conseguindo cativá-los e que semantenham activos”.A Brigada 1130 é constituída por jovens com menos de 18anos (idade a partir da qual podem começar a participar emactividades operacionais) e dali já saíram vários novos ele-mentos para o corpo activo. “Neste momento temos à volta de12 elementos, o que é significativo. Era um número mais ele-vado, mas alguns, felizmente, atingiram agora a idade dos 18anos em que podem passar para a outra fase, começam já afazer algum serviço operacional e a fazer a escola abombeiros de terceira”, conclui o comandante da corporaçãoalverquense.
Vila Franca temnova associaçãode protecção civilNasceu em Vila Franca de Xira em Fevereiro de 2009 eorganizou, no passado dia 29, um seminário sobre as pers-pectivas das associações de protecção civil em Portugal,que serviu também para uma apresentação pública dos seusobjectivos. A Safety-Associação para a Prevenção eSegurança tem sede nas antigas instalações da escolaprimária do Monte Gordo (Vila Franca) e delegações emConstância e Ponte de Sôr, reunindo já mais de 40 associa-dos.No dia 29, num debate moderado pelo comandante daAssociação de Bombeiros Voluntários de Vila Franca,António Pedro Lopes, estiveram, sobretudo, em foco ascondições de formação e a capacidade de intervenção dasunidades especiais de protecção civil.João Faria, antigo comandante da corporação vila-fran-quense, é o presidente da assembleia-geral da Safety e expli-cou que esta associação resulta de uma ideia que foi gan-hando corpo nas sessões do observatório para a inovação edesenvolvimento organizadas no auditório da Junta de VilaFranca. “A Safety é um associação de cariz humanitárioque tem como principal objectivo prestar ajuda às popu-lações em situações de risco e/ou em estados de calami-dade”, explicou, frisando que os associados têm formaçãomuito diferenciada e vão de engenheiros a especialistas deprotecção civil. “Temos tido toda uma série de acções deformação, muito em particular ligadas à indústria e elabo-ramos planos de emergência e simulacros”, observou acres-centando que outro dos objectivo da Safety é desenvolver ochamado Projecto 1, 2, 3-Gestos Responsáveis de infor-mação e sensibilização de crianças com idades entre os 5 eos 12 anos.Depois, a Safety tem pólos em Constância e Ponte de Sôronde estão instaladas equipas cinotécnicas (com cães treina-dos para acções de busca e salvamento), que participamregularmente em acções de socorro em território nacional eno estrangeiro. Conforme explicou a vice-presidente daassociação, este seminário serviu também para escalpelizaros objectivos da Safety e apresentá-la à comunidade local.Entre os objectivos próximos da associação está a melhoriadas instalações da antiga escola do Monte Gordo.
Programa para dia 20
No próximo dia 20, os BVA assinalam o seu
85º. aniversário com um conjunto de inicia-
tivas que arrancam às 9h00 com o hastear
das bandeiras. Segue-se romagem ao
cemitério, recepção das entidades, sessão
solene e almoço comemorativo.
Alberto Fernandes e
Rui Ferreira
06
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
O Melhor e o Pior da Quinzena
Editorial
A crise e o movimento
associativo
Poderíamos apontar o tema da “crise no movimento associati-
vo” como título deste editorial, mas preferimos uma ideia si-
gnificativamente diferente e intitulá-lo “A crise e o movimen-
to associativo”. Vão perceber porquê.
É que se a “crise” da falta de voluntários interessados em
dedicar parte do seu tempo livre às associações e instituições
locais já não é de agora, os problemas de sustentabilidade de
algumas delas agudizaram-se de forma muito preocupante nos
últimos anos. Principalmente porque o Estado (central e local),
percebendo que muitas delas o substituem no cumprimento de
tarefas fundamentais, foi contribuindo, de forma muitas vezes
decisiva, para o seu funcionamento. Só que, em época de
“vacas magras” e de grande contenção financeira, muitas
dessas contribuições vão desaparecendo e a sobrevivência de
algumas destas organizações começa a estar em causa.
Nesta edição, o Voz Ribatejana traz vários casos de dificul-
dades ainda geríveis vividas por diversas associações da
região, mas que ameaçam desfechos bem mais complicados se
não for feita a devida reflexão. Se não vejamos, a União
Desportiva Vilafranquense vive uma fase de certo modo con-
traditória, o clube tem obtido excelentes resultados
desportivos e crescido significativamente em modalidades
como o basquetebol, o hóquei em patins e o futebol, entre ou-
tras. Os processos do campo relvado sintético e das novas
instalações da secção náutica também avançaram. Mas, a nível
directivo, ninguém parece interessado em presidir a uma
colectividade emblemática que acumulou dívidas significati-
vas ao fisco. O projecto das bombas de combustível está num
impasse e, dizia-nos um dirigente, as secções deveriam, para
além do excelente trabalho que desenvolvem, deviam olhar
também um bocadinho para as necessidades gerais do clube.
Igualmente preocupante é perceber que uma assembleia
importante para a vida do clube como a realizada na sexta-
feira juntou elementos dos órgãos directivos cessantes e ape-
nas mais 2 (!?) sócios.
Já no Alhandra vive-se outro dilema, como reunir condições
para manter as Piscinas Baptista Pereira, um sonho de décadas
que o clube conseguiu pôr de pé. Os apelos ao apoio da
Câmara não têm dado resultados (a autarquia até vai fechar as
piscinas da Calhandriz para poupar dinheiro) e a ideia da
venda da antiga sede do clube tem alguns contestários.
Mas se nos virarmos para as corporações de bombeiros, o
cenário não é melhor. A de Arruda tenta fazer tudo ao seu
alcance para angariar fundos que lhe permitam equilibrar as
contas. A de Salvaterra vive momentos deveras complicados.
E entre as instituições particulares de solidariedade social tam-
bém começam a surgir problemas complicados. Não falando já
de situações como a da CerciPóvoa que tenta, há anos, encon-
trar soluções para as dificuldades que foi acumulando.
Tudo isto porque muitas destas estruturas e equipamentos
foram desenhados noutra realidade que não é a de hoje e
deparam-se agora com enormes dificuldades para se ajustarem
ao novo contexto financeiro. Se nalguns casos se fizeram
obras mal ponderadas e talvez demasiado ambiciosas, é altura
de reflectir muito sobre os próximos passos e aproveitar mel-
hor o que existe, não avançando sucessivamente para novos
empreendimentos como acontecia há alguns anos atrás.
Depois, a própria sociedade civil e as empresas devem reflec-
tir muito bem sobre as suas atitudes nestes casos, percebendo
que faz muito mais sentido apoiarem instituições e colectivi-
dades das suas áreas de residência ou de actividade do que dis-
persarem meios por organizações muitas vezes de credibili-
dade duvidosa. Se é a corporação de bombeiros da sua zona
que o socorre em caso de necessidade, se é a IPSS local que
acolhe a sua criança ou o seu idoso, se é o colectividade que
lhe oferece condições para a prática desportiva ou de activi-
dades culturais, por que é que prefere pagar as quotas do
grande clube de futebol da sua preferência ou fazer um dona-
tivo para o outro lado do Mundo e ignora quem lhe está próx-
imo? Façamos todos esta reflexão!
Jorge Talixa
A falta de segurança é cada vez maispreocupante. Sucedem-se os assaltos àmão-armada em vários pontos daregião. Se nuns casos poderemos falarde actos de algum “desespero” peranteas dificuldades ainda assim nuncaaceitáveis, noutros parece haver umacada vez Maio facilidade em cometercrimes e arranjar armas. As própriasforças de segurança, com alguns sinaisde desmotivação, não conseguemresponder a tudo.
O futuro do Alhandra como será?A riqueza de uma localidade
está no seu povo, Alhandra não
foge a esta realidade. Se olhar-
mos para o passado, vimos e
sentimos a riqueza do povo de
Alhandra. Senão vejamos, a
construção do Teatro Salvador
Marques foi obra de alguém
com coração bondoso. O nosso
Coreto, onde se dão muitos
concertos musicais, pela nossa
querida banda da Sociedade
Euterpe Alhandrense (SEA),
foi construído por subscrição
pública. O trabalho de tantos e
tantos alhandrenses, quer em
bailes na antiga verbena com o
seu bufet a funcionar, foi-se
arranjando dinheiro que, ao fim
de alguns anos, deu para
começar a obra da sede da SEA
que, com a ajuda sempre do
povo, aos sábados e domingos
dando serventia a pedreiros,
carpinteiros, pintores,
ladrilhadores e com uma
grande direcção que trabalhou
arduamente na obtenção de
muita matéria-prima, con-
seguiu-se construir um
património cultural que ainda
hoje é admirado. As condições
actualmente já não são as dese-
jadas, mas no futuro têm que
ser melhoradas. O Alhandra
Sporting Club, que também só
vive dos seus associados, con-
seguiu comprar a sua sede
social, melhorando-a fisica-
mente, adequando-a aos tem-
pos mais modernos, para me-
lhor funcionamento. Foi o
povo que esteve sempre pre-
sente, quer também nas antigas
Piscinas, que foram erguidas
pelo povo. Como sabemos, é
sempre o povo, mas oculta-
mente há sempre alguém que
se intromete, com a intenção de
dividir para reinar. A nossa
SEA com este sistema já
tremeu. Pois alguém já estava a
arranjar compradores e, por
consequência, para ser cons-
truída noutro local? O mesmo
sucede com a sede do nosso
ASC, pois parece que numa
assembleia-geral foi votada
para ser vendida.
O que se pretende fazer do
nosso querido ASC?
O que se pretende fazer da de-
dicação, do esforço, dos anos
de trabalho desses dedicados
alhandrenses que, ao longo de
todos estes anos, lutaram e
lutam pelo engrandecimento
do nosso ASC? Chegamos à
conclusão que não é por acaso
que as nossas bibliotecas
fecharam. Com franqueza,
logo as duas maiores com mi-
lhares e milhares de livros lá
dentro, onde os nossos filhos se
podem preparar para uma me-
lhor vida futura.
Nós exortamos daqui o povo
de Alhandra, associados do
ASC, que não autorizem a
venda da sede, que se proponha
uma assembleia-geral para
inutilizar essa armadilha que
foi feita ao nosso querido clube
e ao povo de Alhandra. Não
podemos consentir que se
venda a nossa sede porque,
logicamente, se ela saísse dali
seria o começo da destruição
do nosso glorioso ASC
Não podemos esquecer o que
se passou com as nossas anti-
gas piscinas, o desmantela-
mento tem que parar, a cultura
colectiva não pode acabar.
Mulheres, homens e jovens, é
necessário que nos unamos em
torno da nossa querida terra,
em torno das nossas queridas
colectividades, que são a alma
e o sustento cultural e desporti-
vo dos nossos filhos. Temos
que nos unir, esquecendo
querelas, esquecendo mal
entendidos, esquecendo
pequenos problemas mesquin-
hos. Porque nós somos alhan-
drenses e os bons alhandrenses
têm que lutar por uma causa
que nos una. Alhandra, terra do
Dr. Sousa Martins, de Afonso
de Albuquerque, de Braz de
Albuquerque, de Luís Ralha,
de Salvador Marques, de
Severiano Falcão, de Augusto
Bértolo, de Manuela Câncio
Reis, de Silva Marques, de
Francisco Filipe dos Reis, de
Soeiro Pereira Gomes, de José
de Freitas, de Valada de Sousa,
de Pedro Cavaco e de tantos
milhares de alhandrenses, onde
as mulheres também têm dado
um contributo tão importante
em todo o desenvolvimento da
nossa querida terra. Se existe
uma cultura desportiva? Existe
na nossa terra, com os nossos
grandes corações alhandrenses,
que em diversas modalidades
dão todo o seu esforço e
empenho, na natação, no tria-
tlo, na vela, na canoagem, na
pesca, no futebol, na ginástica,
nas danças, no coro, no conser-
vatório. Terra de Homens e
Mulheres que sabem o cami-
nho por onde vão, é um povo
que resiste, é um povo que diz
não.
Américo Diogo Ferreira
Alhandra
TODOS COM VOZ
“
Numa época de dificuldades,as parcerias são sempre bemvindas e foi bonito ver comoduas instituições de Alverca(Misericórdia e Casa S. Pedro)se juntaram nalgumas dasactividades comemorativas do9º. aniversário das novasinstalações da primeira.Afinal, juntos somos maisfortes e mais produtivos.
voz ribatejana #24
Correio dos Leitores
O Agrupamento de Centros de
Saúde da Lezíria assegurou a
renovação, até final deste ano,
do contrato de prestação de
serviços médicos que garante
o funcionamento do SAP
(Serviço de Atendimento
Permanente) de Benavente em
período diurno. Esta garantia
está, todavia, longe de tran-
quilizar os utentes de saúde
dos concelhos de Benavente e
de Salvaterra, que temem que
se trate apenas de um adia-
mento do fecho do serviço
durante o dia, que receiam que
ocorra já no início de 2012.
Certo é que, no passado dia
28, mais de 50 pessoas partic-
iparam numa concentração
promovida por comissões de
utentes dos concelhos de
Benavente e de Salvaterra de
Magos, com o objectivo de
defenderem um SAP que serve
os 50 mil habitantes dos dois
municípios e que se revela
cada vez mais importante
quando se sabe que pelo
menos 22 500 residentes nesta
área não têm médico de
família. Já no dia 28, o ACES
informou a Câmara de
Benavente que tinha autoriza-
ção da Administração
Regional de Saúde para pro-
longar a contratação de médi-
cos até final do ano. No perío-
do nocturno (das 20h00 às
8h00), a continuidade do SAP
está assegurada pela
Misericórdia de Benavente,
mas os utentes temem o fecho
no restante horário (das 20h00
às 8h00) em que, só no
primeiro semestre deste ano,
foram atendidas 2500 pessoas.
“A confirmar-se esta medida,
numa altura do ano em que as
doenças gripais ocorrem com
frequência, terá como conse-
quência o aumento de utentes
que ficarão desprotegidos,
tendo de recorrer às urgências
sobrelotadas dos hospitais de
Vila Franca de Xira ou de
Santarém, o que acarretará
maiores despesas para o SNS e
principalmente maior angústia
e sofrimento para os doentes”,
avisa a CUCB, preocupada
com o que poderá acontecer
depois de 31 de Dezembro.
O contrato de prestação de
serviços médicos abrange
também 21 horas de serviços
médicos prestadas na
Extensão de Saúde do Porto
Alto para consultas de recurso,
que poderão também desa-
parecer. Se assim for, os cerca
de 3000 habitantes do Porto
Alto “terão de recorrer ao
Centro de Saúde de
Benavente, que já não tem
capacidade para assistir os
utentes que ali estão inscritos,
aumentando o caos e sacrifi-
cando as condições de vida
dos utentes e de trabalho dos
profissionais”, refere a comis-
são.
Jorge Talixa
07Inquérito em vozribatejana.blogspot.com. Particpe também!
A maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana concorda com a redução donúmero de feriados e das chamadas “pontes”. Quarenta e cinco por cento dos par-ticipantes no inquérito promovido em vozribatejana.blogspot.com acha que devemser reduzidos aqueles dias de paragem, mas a votação revelou-se bastante equili-brada, porque outros 30% não estão de acordo com estas mexidas em estudo pelo
Governo. Já os restantes 25% não têm ainda opinião formada sobre o assunto.
25%
N/S
9 de Novembro de 2011
O Sindicato dos Enfermeiros
Portugueses (SEP) alertou, no
final de Outubro, para o risco de
dispensa de dezenas de enfer-
meiros nos centros de saúde dos
concelhos de Vila Franca,
Alenquer, Arruda e Sobral de
Monte Agraço, se não for auto-
rizada a renovação dos contratos
celebrados com empresas de
prestação de serviços de enfer-
magem. No dia 27, em Vila
Franca, dirigentes sindicais aler-
taram a população para as conse-
quências dessa eventual redução
de enfermeiros em serviços já de
si desfalcados. Antes do final do
mês foi, entretanto, anunciado
que a ARSLVT autorizou os
agrupamentos a prolongarem os
contratos até final do ano.
Segundo o SEP, os centros de
saúde e extensões do concelho de
Vila Franca poderiam perder 12
dos seus 55 enfermeiros mas,
segundo o Agrupamento de
Centros de Saúde vila-fran-
quense, em causa estavam ape-
nas seis casos, cujos contratos
foram prorrogados até final do
ano com autorização dada no
final de Outubro pela
Administração Regional de
Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
(ARSLVT).
Certo é que, no final de
Setembro, já saíram algumas
dezenas de enfermeiros de
unidades de saúde de Lisboa e o
SEP temia que o mesmo
sucedesse, agora, em centros e
extensões de saúde das áreas dos
agrupamentos de Vila Franca e
de Torres Vedras. Essa preocu-
pação foi, para já, adiada, mas
mantêm-se outras. É que, segun-
do Rui Marroni, da Direcção
Regional de Lisboa do SEP, a
Administração Regional de
Saúde, abriu, no início de 2011,
concurso para pouco mais de 100
vagas, mas tinha perto de 200
enfermeiros com contratos a
termo. Significa isto que cerca de
metade não foram seleccionados
ou não concorreram.
“Os que entraram ainda não
foram colocados e os que
ficaram de fora não sabem qual
vai ser a vida deles e correm o
risco de serem despedidos”, su-
blinha Rui Marroni, frisando que
tudo isto afecta em muito os
cuidados prestados utentes nos
centros de saúde e tem também
levado ao progressivo encerra-
mento de várias unidades e
serviços.
No entender do dirigente do SEP
esta indefinição não tem uma
relação directa com o facto do
conselho directivo da ARSLVT
ter sido substituído esta semana e
com a necessidade que os novos
responsáveis têm de se
inteirarem dos processos.
“Evidentemente que o conselho
directivo que saiu já poderia ter
resolvido a situação, mas na
reunião que efectuámos também
se confrontavam com uma situ-
ação complicada: se dessem
posse aos enfermeiros que
entraram no concurso, os que tin-
ham ficado de fora tinham que
ser imediatamente despedidos. A
ideia era tentar que a situação se
resolvesse e que nenhum fosse
despedido, porque eles têm a
noção de que estes enfermeiros
fazem falta”, explica Rui
Marroni, frisando que terá que
ser o novo conselho directivo a
encontrar soluções, que poderão
passar pelos contratos sem termo
para os participantes no concurso
e pela continuidade de alguns
contratos com termo.
Certo é que, no entender do SEP,
todos estes enfermeiros são
necessários nas unidades de
cuidados de saúde primários da
região, onde já haverá um défice
significativo. Segundo os rácios
internacionais, deveriam ser
cerca de 2000 enfermeiros no
distrito de Lisboa mas estão colo-
cados apenas 900. “Estes enfer-
meiros continuam a ser precisos.
Deveria haver cerca de 2000
enfermeiros no distrito de Lisboa
e só temos 900. Desses, há 100
que correm o risco de despedi-
mento a curto prazo pela subcon-
tratação, alguns dos quais já
foram mesmo despedidos em
agrupamentos de centros de
saúde da cidade de Lisboa. E,
depois, há uma grande incógnita
para outros 100 que não entraram
em concurso para contratos de
trabalho de funções públicas”,
conclui Rui Marroni.
Sindicato alerta para saída de enfermeiros
As piscinas municipais de SamoraCorreia reabriram na manhã do passadodia 4, depois de quatro dias de encerra-mento motivado pelo facto de ter sido alidetectada a bactéria enterococos intesti-nais, que pode provocar infecções intesti-nais e urinárias. Em comunicado dis-tribuído no dia 31, a Câmara deBenavente explica que efectua análisesperiódicas à água deste complexo de pisci-nas e que, na última, “foi detectada umabactéria no tanque grande, que pode ser
um agente causador de infecções intesti-nais e urinárias”.Por isso, a autarquia decidiu encerrar ocomplexo e “proceder ao tratamentonecessário para regularizar a situaçãocom o transbordo de toda a água notanque grande e posterior aplicação donível de cloro indicado”. Já no dia 2, aedilidade promoveu uma nova análise daágua, que concluiu que estava dentro dosparâmetros recomendados e reabriu aspiscinas na manhã da passada sexta-feira.
A Câmara de Vila Franca de
Xira aprovou um plano de
racionalização da gestão de
equipamentos desportivos que
tem como medida de maior
impacto o encerramento das
Piscinas da Calhandriz (uma
das cinco geridas directa-
mente pela autarquia). O
Município espera poupar
cerca de 90 mil euros por ano
com esta desactivação do com-
plexo, que foi construído há
cerca de 10 anos com verbas
atribuídas pela Valorsul como
compensação pelo funciona-
mento naquela área do Aterro
Sanitário do Mato da Cruz.
Agora, considerando a baixa
utilização do equipamento
(cerca de 110 utentes por sem-
ana) e os elevados custos de
funcionamento, a Câmara
decidiu fechar as piscinas,
tendo também em conta as
necessidades de contenção
financeira. O encerramento
deverá ocorrer já neste mês de
Novembro, depois da infor-
mação aos utentes e o Voz
Ribatejana apurou que a
autarquia admite apenas
reabrir as piscinas no período
de Verão para utentes interes-
sados em utilizá-la com água à
temperatura ambiente. É que,
segundo Fernando Paulo
Ferreira, vereador com o
pelouro de gestão de equipa-
mentos municipais, as Piscinas
da Calhandriz são também as
que apresentavam os maiores
custos energéticos. Se nos
casos das piscinas de Vila
Franca, Alverca (2) e Póvoa de
Santa Iria, o aquecimento é
assegurado por gás das redes
de distribuição existentes, no
caso da Calhandriz era pre-
ciso transportar e instalar
botijas, porque não existe rede
de gás, originando custos
muito superiores. A proposta
do executivo socialista foi
aprovada por unanimidade,
mas a CDU ainda colocou
algumas dúvidas à decisão de
encerramento destas piscinas,
questionando se, mesmo
encerradas, não terão custos
fixos e de manutenção eleva-
dos. “Estes custos e estes pre-
juízos não se vão manter
mesmo encerradas? E quais
serão os custos de transferên-
cia dos 110 utilizadores para
outras piscinas?”, questionou
Bernardino Lima. Fernando
Paulo Ferreira vincou que a
maioria dos utentes das
Piscinas da Calhandriz já são
de Alverca e poderão passar a
utilizar os dois equipamentos
existentes nesta cidade.
“Custos de transferência
praticamente não existem,
serão incluídos nas piscinas da
sua preferência. Diria que, à
parte o custo de irem tomar aí
os seus duches, não há mais
custos acrescidos nessas pisci-
nas”, observou, frisando que
este pacote de racionalização
de custos prevê também algu-
mas reduções de horários nas
restantes quatro piscinas, que
vão de 10 a 45 horas semanais,
mas aplicados apenas em
períodos do dia em que os
complexos em causa “ou não
são utilizados por ninguém ou
por um máximo de 4 pessoas”.
As Piscinas da Calhandriz
foram construídas a pouco
mais de 100 metros desta
localidade, sede de uma
freguesia rural que é também
a segunda menos populosa do
concelho (cerca de 1000 habi-
tantes), mas estão situadas
num extremo do território da
freguesia de Alverca, cidade de
que distam cerca de 5
quilómetros. Tratando-se de
uma zona predominante-
mente rural, a afluência ao
equipamento nunca foi eleva-
da.
Piscina da Calhandriz vai fechar
Benavente e Salvaterra
unem-se em defesa do SAP
A denúncia pública do
problema nas ruas de Vila Franca
30%
sim
45%
sim
Piscinas de Samora já reabriram
08
CASOS
“
Jorge Talixa
Cinco homens e uma mulher
estão a responder, no Tribunal
de Benavente, acusados de
envolvimento num grupo que,
entre 2009 e 2010, terá sido,
segundo o Ministério Público,
responsável por 27 assaltos à
mão-armada ocorridos em toda
a região centro do país. De
acordo com a investigação con-
duzida pela Polícia Judiciária
escolhiam sobretudo portagens
e postos de abastecimento de
combustíveis, mas terão rouba-
do também caixas multibanco e
supermercados. Em Março do
ano passado, um assalto às
portagens da A2 na Marateca
redundou numa troca de tiros
com a GNR e um militar da
Guarda foi mesmo atingido nas
costas por um disparo de
caçadeira.
Na sessão da passada quinta-
feira, o colectivo de juízes pre-
sidido por Manuela Pereira
ouviu o inspector da PJ que
coordenou as investigações.
Carlos Pinto explicou que o
processo de inquérito teve
origem no assalto às portagens
da A 13 em Santo Estevão
(razão pela qual o grupo é jul-
gado em Benavente) ocorrido
em Junho de 2010. As referên-
cias a uma viatura suspeita
levaram a Judiciária até Sines,
mas foi já em Setembro do ano
passado que a GNR do
Poceirão detectou um poço
cheio de objectos alegadamente
roubados, situado próximo da
residência do arguido Fernando
(38 anos), apontado pela
acusação do Ministério Público
como “cabecilha” do grupo.
Certo é que entre esses bens
estavam vários objectos rouba-
dos na portagem de Santo
Estevão, mas também dois
computadores, telemóveis e
outros artigos furtados noutros
locais. Na residência do alega-
do líder do grupo foram encon-
tradas duas caçadeiras, maços
de tabaco e roupas que a PJ
entende que estiverem rela-
cionados com os crimes.
Posteriormente, uma denúncia
da agora arguida Lucinda per-
mitiu relacionar a actividade do
grupo com um extenso rol de
assaltos, que vai também de
postos de abastecimento da A 8
(Odivelas) a supermercados de
Palmela. “Fomos progressiva-
mente apurando que havia um
elevado grau de probabilidade
destes assaltos terem sido
cometidos pelas mesmas pe-
ssoas”, explicou Carlos Pinto,
frisando que a arguida Lucinda
reconheceu, depois, com
agentes da PJ, os locais de
vários assaltos e que as perícias
concluíram que os disparos
contra a GNR estiveram “asso-
ciados” a uma das caçadeiras
apreendidas a Fernando. Os
arguidos foram detidos em
Setembro de 2010 e respon-
dem, agora, para além dos
crimes de roubo, por associ-
ação criminosa. Segundo o
inspector havia vários proces-
sos de assaltos nos distritos de
Leiria, Lisboa e Setúbal que a
investigação permitiu atribuir
aos arguidos, frisando que a
composição do grupo foi va-
riando ao longo do tempo.
Na sessão de quinta-feira, uma
das advogadas questionou o
inspector sobre movimentações
suspeitas de indivíduos de etnia
cigana e até eventuais esca-
vações feitas num terreno pro-
priedade da família de
Fernando já depois dos argui-
dos estarem detidos. Carlos
Pinto admitiu que há uma par-
ticipação da GNR do Poceirão
acerca disso, mas que não
foram daí retiradas outras con-
clusões relacionadas com even-
tuais objectos ainda ali escondi-
dos. Depôs também uma antiga
funcionária do posto da Repsol
na A 8 (Odivelas), assaltada a
11 de Maio de 2010, que expli-
cou que três rapazes encapuza-
dos forçaram a porta cerca das
3h30 da madrugada e levaram
dinheiro, tabaco, bebidas e
chocolates.
O Tribunal de Benavente está a julgar seis indivíduos acusados de associação criminosa e de
envolvimento num grupo que, segundo a investigação da PJ, terá efectuado 27 assaltos à mão-
armada.
Grupo responde por 27 assaltos à
mão-armada
Benavente
Assalto engenhoso rende 100 mil
Dois indivíduos assaltaram, na madrugada de dia 27, uma ourivesaria instalada no Centro
Comercial Nacional 10, na Póvoa de Santa Iria. Não são conhecidas testemunhas, mas a câmara
de vigilância permitiu perceber que
actuaram de cara destapada e com
algum engenho, uma vez que uti-
lizaram uma rebarbadora para cortar
as grades exteriores da loja e partiram
todas as montras para retirarem
objectos expostos. Encheram, assim,
uma mochila e, segundo as autori-
dades policiais, o produto do roubo
rondará os 100 mil euros.
Certo é que, a partir destas imagens,
a Polícia Judiciária está no encalço
dos assaltantes, que se dirigiram ao
exterior da ourivesaria cerca das
5h30 daquela quinta-feira. Os estra-
gos causados estão avaliados em
cerca de 600 euros e foi a primeira
vez que esta ourivesaria foi assaltada.
MUNICÍPIO DE BENAVENTE
Alenquer tem desfile do
vinho e das vindimas
A Câmara de Alenquer promove, no próximo sába-
do, pelas 14h30, um desfile etnográfico alusivo ao
vinho e às vindimas. A iniciativa integra 20 carros
alegóricos e será acompanhada pela Fanfarra dos
Bombeiros de Alenquer e por vários ranchos e gru-
pos de música popular. Parte do Largo Teófilo
Braga e percorre toda a parte central da vila baixa,
terminando no Largo Rainha Santa Isabel.
O problema foi colocado por
um munícipe na abertura da
sessão camarária de Alenquer
do passado dia 31 e o executivo
prometeu avaliar as possibili-
dades de fechar alguns dos
túneis existentes sobre prédios
da urbanização da Barrada, no
Carregado, onde haverá quem
desenvolva actividades pouco
recomendáveis, gerando um
clima de insegurança. O presi-
dente da Câmara de Alenquer
revelou que sabe que o posto
local da GNR foi recentemente
reforçado com 11 efectivos e
que vai pedir um reforço da
vigilância destes túneis e do
estacionamento indevido de
pesados em algumas áreas da
freguesia carregadense.
Jorge Riso admitiu que “são
locais que atraem uma série de
pessoas menos desejáveis e de
acções menos desejáveis” e
reconheceu que o assunto já
tem sido levantado por vários
moradores da zona. “Já se pôs
mesmo a questão de iluminar
os túneis e de limpar, mas prati-
camente teríamos que ter ali
uma pessoa em permanência”,
explicou o presidente da edili-
dade
Já Nuno Coelho, vereador da
coligação Pela Nossa Terra,
salientou que “a falta de polici-
amento é uma grave carência
da freguesia do Carregado em
todos os aspectos” e lembrou
que muitas pessoas preferem
dar voltas maiores e não passar
por estes túneis. “Fechá-los não
implicaria nenhum transtorno,
porque as pessoas já não pas-
sam ali”, referiu, frisando que
sabe que a Junta do Carregado
tem feito um esforço para os
limpar “mas as pessoas contin-
uam a usá-los para fins menos
próprios”.
Jorge Riso observou que vai ter
que avaliar com o gabinete
jurídico a possibilidade de
fechar alguns destes túneis e o
munícipe que levantou a
questão sugeriu até que são
espaços que poderiam servir
para arrumações da Junta.
“Acho que o assunto merece
uma reunião com a Junta do
Carregado e, eventualmente,
vedarmos os túneis, mesmo que
de forma provisória. A nós só
nos têm dado custos e limpezas
que não resolvem nada. De
acordo com a Junta, poderemos
fazer ali umas vedações nal-
guns deles”.
GNR reforçada
Nuno Coelho referiu-se, tam-
bém, a “uma série de assaltos”
que continuam a ocorrer na
área da freguesia do Carregado
e defendeu que a Câmara
reclame o reforço do policia-
mento. “Sou das pessoas que
mais tem falado nisso, a fregue-
sia do Carregado, pelas suas
características urbanas, precisa
de mais policiamento. Por
muito esforço que possa haver
da GNR, já não chega”, afirma
o eleito social-democrata. Jorge
Riso adiantou que sabe que o
Posto de Alenquer foi reforçado
de forma significativa com 11
efectivos. “Mandámos um ofí-
cio há GNR há 15 dias e, por
efeito ou não desse ofício, o
posto foi guarnecido com mais
11 militares. Um reforço
grande. Amos fazer um novo
ofício ao comandante do posto
solicitando um reforço da fis-
calização do núcleo urbano do
Carregado e das situações de
vandalismo, pedindo que sejam
mais actuantes”, prometeu o
autarca do PS.
Insegurança de túneis da Barrada
preocupa Carregado
09
9 de Novembro de 2011
Padeiros da Castanheira
correm com ladrões
Três padeiros que trabalhavam num estabelecimento da
Castanheira do Ribatejo foram surpreendidos, na madru-
gada de dia 20, por dois estranhos que entraram pelas tra-
seiras e, com gorros na cabeça, tentaram concretizar um
assalto. O proprietário da padaria e os dois funcionários
presentes resistiram e conseguiram assustar os assaltantes
atirando-lhes utensílios da padaria e sacos de farinha.
Os dois assaltantes acabaram por fugir num carro esta-
cionado próximo sem concretizarem os seus intentos. A
GNR tomou conta da ocorrência e o caso está a ser investi-
gado pela PJ.
Coros do concelho de Vila Francatêm encontro no sábado
O XVII Encontro de Coros do Concelho de Vila Franca de Xira real-iza-se, no próximo sábado, distribuído por Alhandra e Alverca. Apartir das 16h00 actuam, na Euterpe Alhandrense, os coros infantis.À noite, na Filarmónica Alverquense, será a vez dos coros adultos.
Ourives do Carregadotrava assaltantes O proprietário de uma ourivesaria do Centro ComercialCeleiro do Carregado conseguiu, na manhã do passado dia3, travar os intentos de um grupo que pretendia assaltar oestabelecimento. Cerca das 11h40, o dono da OurivesariaLopes Pais regressava da casa de banho quando foi alerta-do para a presença de dois indivíduos armados que tentavamforçar a entrada na loja. Sacou do revólver (já fora assalta-do duas vezes anteriormente) e disparou cinco tiros, con-seguindo atingir os dois assaltantes. Um deles ainda fugiu,mas o outro, ferido num ombro, foi “agarrado” e dominadopor várias pessoas que se aglomeraram no local e, posterior-mente, entregue à GNR.O que entrou em fuga juntou-se a um terceiro comparsa efugiram em direcção a Loures, onde foram localizados ecercados pela PSP. Um deles barricou-se, numa residênciana zona de Frielas, onde também estavam uma mulher eduas menores (com 1 e 4 anos) e acabou por se entregarcerca das 14h30. Concluiu-se, depois, que também estavaferido num braço e na virilha. O primeiro detido foi assistido no Hospital Reynaldo dosSantos de Vila Franca e o segundo em Santa Maria. Os trêssuspeitos foram ouvidos, já na sexta-feira, no Tribunal vila-franquense, que confirmou a sua prisão preventiva. A mul-her que acolheu um dos elementos em fuga fica sujeita aapresentações semanais às forças de segurança.
Alenquer reclama medidas
contra falhas de energia
As repetidas falhas de energia eléctrica registadas nas últi-
mas semanas em vários pontos do concelho de Alenquer
estão a gerar protestos de moradores e comerciantes e
levaram a Câmara a enviar um ofício à EDP Distribuição
reclamando medidas urgentes. É que, segundo Nuno Coelho,
vereador da coligação Pela Nossa Terra (PSD/CDS-
PP/PPM/MPT), há zonas onde a luz chegou a faltar 7 vezes
numa hora e “já não é preciso chover muito, basta estar
algum vento”, critica o autarca.
Já Jorge Riso, presidente da Câmara de Alenquer, diz que
ainda não recebeu qualquer resposta à carta que enviou à
EDP na semana passada, mas que espera que os trabalhos
em curso no Posto de Transformação de Cheganças pro-
duzam algumas melhorias. “Continua uma desgraça, temos
recebido muitas queixas”, reconheceu.
Nuno Coelho acrescenta que quase todos os moradores e
comerciantes da Rua Triana (uma das principais artérias
comerciais de Alenquer) o alertaram para o número “impres-
sionante” de quebras de abastecimento de energia verificado
naquela área. “Tive queixas de quase todas as pessoas e tam-
bém pelos picos de energia, mas reclamar indemnizações à
EDP por causa de avarias num frigorífico, por exemplo, é
uma questão para esquecer”, disse o eleito do PSD na
reunião camarária de ontem, frisando que tem conhecimento
de falhas frequentes de energia também nas localidades de
Abrigada, Fiandal, Meca e Olhalvo. “Basta estar um bocad-
inho de vento, rebenta completamente a rede”, lamenta,
realçando os transtornos que situação causa a muita gente.
“Estamos quase no início do Inverno, é muito importante
assegurar que esta questão é resolvida”, vincou.
Jorge Riso prometeu insistir e pedir esclarecimentos à EDP
Distribuição. O Voz Ribatejana procurou também obter
esclarecimentos do gabinete de comunicação da empresa
distribuidora mas ainda não teve resposta.
PJ detém suspeitos de assalto aroulotteA Polícia Judiciária anunciou a detenção de dois jovens, sus-peitos de estarem envolvidos no assalto à mão-armada àroulotte/snack-bar “Carioca da Gema” (instalada nos arredoresdo Carregado, na madrugada do dia 29. Na posse dos detidos,residentes naquela área do concelho de Alenquer, foram encon-trados uma caçadeira de canos serrados, uma pistola e umrevólver e alguns bens roubados da roulotte, incluindo um com-putador e telemóveis. Em seu poder foi, igualmente, encontradauma pequena quantidade de cocaína.Os detidos, com 20 e 26 anos e sem actividade profissional con-hecida, foram ouvidos no Tribunal de Alenquer, que decidiuconfirmar a prisão preventiva. Segundo a PJ, três indivíduos (osdetidos e um terceiro ainda não identificado) “ameaçaram” osfuncionários da roulotte com uma pistola e um revólver. “Umdos assaltantes chegou a saltar pelo balcão para o interior daroulotte para melhor os coagir, tendo roubado um computador,quatro telemóveis e dinheiro, após o que se puseram em fugapara uma zona de mato, onde os aguardava uma viatura, queutilizaram para se pôr em fuga”, explica a PJ.As investigações desenvolvidas em colaboração com a GNR deAlenquer permitiram localizar dois dos suspeitos. Segundo a PJ,foram também apreendidas as armas utilizadas neste roubo edinheiro presumivelmente relacionado com esta actividade deli-tuosa.
Miguel António Rodrigues
As corporações de bombeiros e
núcleos da Cruz Vermelha do
concelho de Azambuja vivem
momentos difíceis. Pedro
Cardoso, comandante da associ-
ação de Azambuja, lamenta que
o Governo tenha efectuado
“cortes cegos” e diz que os
bombeiros “estão numa fase
interna de reflexão profunda e
com muita preocupação”.
Acrescenta que “só há dinheiro
para os ordenados até ao fim do
ano”. O operacional explica que
houve uma “grande redução do
transporte de doentes” e deixa
um alerta à população, para que
“saiba reivindicar aquilo a que
tem direito”. Admite mesmo que
a corporação tenha de despedir
pessoal em Janeiro por falta de
condições económicas para
assegurar os salários. E reco-
nhece que, “como a situação
está a ficar, o socorro pode tam-
bém ficar em causa”, lembrando
o caso dos Bombeiros de
Alcoentre que tocam com
insistência a sirene, porque já
não têm pessoal suficiente no
quartel, e isso pode acontecer
também em Azambuja.
Bombeiros de Alcoentre que já
dispensaram sete funcionários.
Sem estas sete pessoas, há
menos bombeiros no quartel e,
por isso, muitas vezes quando há
urgências o pessoal de piquete
não chega para apagar “todos os
fogos” e a associação tem que
pedir ajuda a corporações vizi-
nhas. Jacinto Abreu, coman-
dante da associação lamenta a
actual estado a que a associação
chegou, fruto, quer da quebra de
subsídios da câmara, que ronda
os 30%, quer da quebra do trans-
porte de doentes. O comandante
lamenta o facto de não existirem
empresas que possam dar
emprego às pessoas e, por isso,
grande parte dos bombeiros da
associação trabalham fora da
terra, pelo que quando são
necessárias pessoas para as
urgências, poucas são as que
podem aparecer, isto para além
da equipa que está em per-
manência no quartel.Nesse sen-
tido, defende, tendo em conta o
parque industrial do município,
que as empresas pudessem
pagar uma percentagem, por
exemplo da derrama, para os
corpos de bombeiros e núcleos
da Cruz Vermelha.
Bombeiros em dificuldades
10
REGIONAL
“
EDITAL Nº 553/2011
LICENCIAMENTO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO
DISCUSSÃO PÚBLICA
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA
FRANCA DE XIRA
Faz saber, em cumprimento do disposto no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pelo artigo
1º da Lei nº 5-A/02, de 11 de Janeiro, e nos termos dos artigos 22º e 27º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, com
as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 177/01, de 04 de Junho, Lei nº 60/07, de 4 de Setembro, e Decreto-Lei nº 26/10,
de 30 de Março, conjugado com o nº 3 do artigo 6º do Regulamento Municipal de Urbanização, Edificação e Taxas por
Operações Urbanísticas, que se submete a discussão pública o projecto de alteração ao loteamento titulado pelo alvará nº 6/93,
de 26/11, sito na Quinta da Piedade – 2ª fase, na freguesia da Póvoa de Santa Iria, pelo período de 10 dias úteis, com início 5
dias após a afixação do presente edital.
A discussão tem por objecto a alteração ao loteamento, a qual se encontra acompanhada de informação técnica elaborada pelos
serviços municipais, bem como dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao Município,
documentos que fazem parte integrante do processo de loteamento com a classificação FU/79-021 LOTE, que os interessados
podem consultar no Departamento de Planeamento, Gestão e Qualificação Urbana da Câmara Municipal de Vila Franca de
Xira, sito na Travessa do Curral, nº 24 – 2600-134 Vila Franca de Xira.
No âmbito do processo de discussão pública serão consideradas e apreciadas todas as reclamações, observações ou sugestões
que, apresentadas por escrito, especificamente se relacionem com a alteração em apreço, devendo ser dirigidas à Presidente da
Câmara Municipal, remetidas pelo correio ou entregues no local acima indicado durante o período de discussão pública.
Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais do costume, publicado num jor-
nal de expansão local e na página do Município na Internet.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 20 de Outubro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
EDITAL Nº 533/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA
FRANCA DE XIRA:
Faz saber que, por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 21/09/2011, proferido ao abrigo das
competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na alínea h), do nº 2,
do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de
Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro, ficam o morador e demais interessados notificados de que:
- Foi tomada a decisão final de resolução da licença de utilização do fogo municipal sito na Rua Bernardo Santareno, Lote D,
r/c dto, no Olival de Fora, em Vialonga, atribuído a Raimundo Soares Tavares e respectivo agregado familiar, segundo o regime
da renda apoiada e proceder ao eventual despejo administrativo.
Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:
O morador foi notificado da proposta desta decisão e apresentou pronúncia escrita na qual solicitou o pagamento faseado da
dívida. Porém, esse requerimento foi indeferido, uma vez que o morador já havia celebrado acordo de pagamento de rendas
em dívida em 25/02/2004, o qual não cumpriu, assim como não cumpriu com os pagamentos por conta da dívida que já por
diversas vezes se comprometeu em proceder, nem tão pouco tem vindo a pagar mensalmente as rendas que se vão vencendo.
O morador apresenta mora no pagamento das rendas superior a três meses. Concretamente o morador apresenta 33 rendas em
dívida, compreendidas no período entre Novembro de 2006 e Outubro de 2011, no valor de 670,64 €, as quais depois de
acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento atempado das mesmas, no valor de 327,55 €, perfazem
uma dívida global de 998,19 €.
Ao morador já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a última das quais em
25/02/2004, através de um acordo para pagamento em 120 prestações mensais de 43,61 € cada uma, da quantia global de
5233,11 €, correspondentes a rendas em dívida compreendidas no período entre Janeiro de 1994 a Janeiro de 2003, estando
actualmente em dívida com 32 prestações do referido acordo, no valor de 1395,52 €.
A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea d), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, no nº
7, do artigo 9º, no nº6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação
Municipal.
Mais fica o morador e demais interessados notificados de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei nº
21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90 dias
para desocupar a referida fracção, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente
efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais
serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um
ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do arti-
go 1323º do Código Civil.
A presente decisão é susceptível de recurso contencioso.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicado nos jor-
nais locais.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 11 de Outubro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Alverca entrega 4840
assinaturas para varianteO corte da Nacional 10-6
na zona da Ponte da
Silveira e o facto desta
estrada ter deixado, de
certa forma, de funcionar
como alternativa, tem gera-
do filas enormes de trânsito
na Estrada Nacional 10,
que chegam a prolongar-se
por mais de 5 quilómetros
entre Alverca e Alhandra.
O plano de obra da
Estradas de Portugal prevê
que este corte se mantenha
pelo menos até 18 de
Novembro, mas empresa
pública pretendia efectuar,
depois, novos cortes, para
reabilitação de outros pon-
tões e a Câmara de Vila
Franca, pressionada por
tantos protestos, não está
pelo ajustes.
Maria da Luz Rosinha
abordou o assunto na
penúltima reunião
camarária com a vereadora
social-democrata Helena
Pereira de Jesus que, no
mesmo dia, mantivera uma
reunião com responsáveis
da EP. “Tivemos uma con-
versa um bocado agreste,
dizem que não têm meios
económicos para outras
soluções e vão apresentar a
situação à administração.
O que me disseram é que
vão reforçar equipas e
alargar os horários de tra-
balho para que termine a
18 de Novembro”, obser-
vou Helena de Jesus,
admitindo que o plano da
EP passa por fazer novo
corte num pontão situado 1
quilómetro mais à frente,
por um período de mais 60
dias.
Nuno Libório, vereador da
CDU, vincou que “os pre-
juízos já são incalculáveis,
torna-se insuportável
atravessar a EN 10 a quase
todas as horas. A Câmara
tem que tomar uma atitude
enérgica perante a EP. É
absolutamente inaceitável
que se façam obras como a
EP está a fazer”, sustentou.
Helena de Jesus acrescen-
tou que a Câmara colocou
a possibilidade de se faz-
erem obras em metade da
via de cada vez e que os
responsáveis da EP ficaram
de analisar tecnicamente
essa hipótese. Maria da
Luz Rosinha também con-
sidera que é preciso mini-
mizar os transtornos e
prometeu escrever à EP
nesse sentido.
Póvoa assinala Dia da Cidade e promoveteatroA Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria celebrou o Dia da Cidade com um conjunto deactividades que se prolongaram de 29 de Outubro a 5 de Novembro. A sessão solene realizou-se, no dia 1, no novo espaço multiusos adaptado nas antigas instalações da ARIPSI, na Póvoaantiga. Um espaço entretanto cedido pelo Município à Junta de Freguesia que vai servir paradiversas actividades públicas e para serviço da própria autarquia.As comemorações ficaram, também, marcadas pela II Mostra de Teatro da Póvoa, que incluiuapresentações dos grupos da Oficina de Teatro da Junta da Penha de França, do GrémioDramático Povoense e do Grupo “Os Marqueses”.
Câmara contesta EP
Obras “bloqueiam” EN10Os órgãos autárquicos da
freguesia de Alverca entre-
garam, ontem, na Assembleia
da República, uma petição com
4840 assinaturas, que reclama a
criação de condições para a
construção de uma circular
urbana na área desta cidade do
concelho de Vila Franca de
Xira. O troço da Nacional 10
que atravessa o centro de
Alverca está por
demais con-
gestionado
e as
filas, nos últimos meses
agravadas por obras que a
Estradas de Portugal está a
realizar na EN 10-6, chegam a
estender-se por mais de 5
quilómetros. A construção desta
variante é, por isso, uma aspi-
ração antiga, mas nunca
avançou, por variadíssimas
vicissitudes. O seu traçado
chegou a estar previsto para
uma área posteriormente desti-
nada ao centro de estágios do
Alverca e foi “desviado” para as
proximidades da linha-férrea.
Nos últimos anos, os autarcas
locais concluíram, contudo, que
o melhor seria mesmo
fazer passar a
c i r c u l a r
u r b a n a
d o
lado nascente da linha, mas a
Força Aérea Portuguesa (FAP)
opõe-se e recusa a cedência do
espaço necessário, por consid-
erar que a estrada pode pôr em
causa a segurança do Depósito
Geral de Material de Força
Aérea ali existente. As autar-
quias locais ainda tentaram sen-
sibilizar o anterior governo para
o assunto e acabaram por con-
cluir que o melhor seria lançar
uma petição, para que fossem
os deputados a tomar posição
sobre o assunto e a pressionar a
FAP. O processo de recolha de
assinaturas demorou, porém,
cerca de 1 ano, o que motivou
muitas críticas da oposição
local. Agora, o documento foi
ontem entregue na Assembleia
da República e defende que esta
possibilidade de construção da
circular a nascente do caminho-
de-ferro “teria que ter em conta
todas as questões que a Força
Aérea considere serem funda-
mentais para a manutenção das
operações militares” e permitir
“a construção de uma via que
efectivamente servisse o con-
celho de Vila Franca, a cidade
de Alverca e a sua população”.
Apogma festeja 21 anos
A Associação do Pessoal da Ogma assinala, de 18 a 20 de Novembro, oseu 21º. aniversário. As comemorações arrancam, no dia 18, com umbaile e prosseguem, no dia seguinte, com uma actuação do grupo decavaquinhos da Associação de Reformados de Alverca. Culminam, no dia20, com passeio de BTT, futebol inter-sócios e almoço comemorativo.
11
A Concelhia de Vila Franca de
Xira do CDS-PP revelou, ao Voz
Ribatejana, que entende que a
coligação Novo Rumo (CNR)
que concorreu às últimas
autárquicas locais “já não existe”,
lamentando a falta de diálogo e
de “informação corrente e atem-
pada” sobre a actividade que os
três vereadores (todos sociais-
democratas) eleitos pela CNR
desenvolvem na Câmara. Este
“rompimento” surpreendeu os
sociais-democratas e o novo líder
da Concelhia do PSD, Gonçalo
Xufre, disse, ao Voz Ribatejana,
que estranha “o momento escol-
hido” para o anúncio da posição
do CDS-PP.
“Estou convencido que sejam
quais forem os problemas de
comunicação que possam ter
existido, esta comissão política
agora eleita teria condições para
os ultrapassar. A coligação Novo
Rumo é uma coligação para mel-
horar o Concelho e estará nela
quem entender que é importante
melhorar Vila Franca de Xira. Os
tempos que atravessamos não são
tempos para calculismos políti-
cos. São tempos para se trabalhar.
Fico triste com declarações injus-
tas sobre o João de Carvalho que,
juntamente com os outros
vereadores da Coligação Novo
Rumo, está, no meu entender, a
fazer um excelente trabalho”,
sustenta.
Constituída, em 2009, pelas orga-
nizações locais de PSD, CDS-PP,
PPM e MPT, a Coligação Novo
Rumo alcançou cerca de 23% nas
eleições para a Câmara de Vila
Franca de Xira, aproximando-se
muito da CDU como segunda
força mais votada e conseguindo
eleger três vereadores quando,
quatro anos antes, uma outra col-
igação do centro-direita elegera
apenas um.
“Não temos qualquer influência
nas tomadas de posição, acordos
ou decisões tomadas pelos
vereadores do PSD que, aquando
das eleições autárquicas, foram
eleitos integrados nas listas da
CNR”, admite a Concelhia do
CDS-PP, criticando o facto destes
eleitos sociais-democratas
“apoiarem as posições do PS
(força maioritária no Município)
e tomarem as suas próprias
decisões sem consultar ou dar um
ponto de situação aos restantes
partidos da coligação, dando a
entender que só se serviram do
seu eleitorado”.
Maria Filomena Rodrigues, pres-
idente da estrutura local centrista,
acrescentou, em declarações ao
Voz Ribatejana, que, quando
aderiu à CNR, o CDS-PP “esper-
ava um diálogo profícuo”. Mas,
diz, passados 2 anos, apesar de
ter feito sentir várias vezes aos
responsáveis locais do PSD que
“esta situação não se poderia
manter indefinidamente”, o
CDS-PP continuava sem infor-
mação atempada sobre a actu-
ação da CNR na Câmara.
“Quanto a nós é o mínimo que
deve a um parceiro de coligação
eleitoral”, sustenta.
Filomena Rodrigues sublinha
que o CDS-PP não se identifica
com algumas das posições dos
três vereadores do PSD, que se
apresentam como eleitos da
CNR. “Para que não subsistam
dúvidas na população, não nos
revemos em determinadas
posições dos vereadores do PSD,
em especial nas afirmações,
através da sigla CNR, de posi-
cionamentos de esquerda no
espectro partidário do concelho”,
refere a responsável centrista,
lembrando que o CDS-PP “é um
partido de centro-direita de raiz
democrática-cristã. Nisso temos
muito orgulho e, também por
isso, a preocupação com as pes-
soas é constante na nossa activi-
dade”, conclui a líder local do
CDS-PP.
Jorge Talixa
CDS-PP rompe coligação com o PSD
Gonçalo Xufre é o novo líder do PSD
A lista encabeçada por Gonçalo Xufre ganhou, na sexta-feira, as eleições para a Comissão Política Concelhia deVila Franca do PSD, alcançando 92% dos votos expressos.O novo líder social-democrata adiantou, ao Voz Ribatejana,quais são as principais linhas do plano de actividades delin-eado para os próximos dois anos, prometendo propor arecandidatura de João de Carvalho à presidência daCâmara, melhorar os mecanismos de comunicação entre oseleitos locais e coordenar as actividades e posições dosautarcas do partido de modo a dar “resposta às expectativasda população”.Desenvolver um processo de escolha dos candidatos àsassembleias de freguesia baseados em estudos de opinião eprojecção eleitoral, conceber uma estratégia continua decomunicação com a população para a transmissão da men-sagem do PSD e estabelecer um diálogo profundo e decolaboração com as várias entidades e forças vivas do con-celho, são outros dos objectivos definidos pela novaConcelhia do PSD, que já assumiu como objectivo maior aconquista da maioria na Câmara nas eleições de 2013.
9 de Novembro de 2011
Aveiras e Alcoentre não
querem perder correios
As populações de Aveiras de Cima e de Alcoentre não
aceitam o encerramento das respectivas estações de correios,
mas o fecho já se consumou na primeira daquelas locali-
dades. Na freguesia de Aveiras de Cima a situação não é
nova. Os correios estiveram para encerrar há perto de 5 anos,
mas a Junta conseguiu impedir esse desfecho. Agora, a situ-
ação é diferente. Justino Oliveira, presidente da autarquia
local, diz refere que a junta não tem agora qualquer poder
sobre a decisão da administração dos CTT, já que a legis-
lação mudou.
O autarca diz que não ficou com os serviços dos correios na
Junta porque “não é competência da autarquia”, esclarecen-
do que, em termos financeiros e no actual quadro económi-
co, a sua autarquia não deve abrir um precedente, tendo em
conta a possível privatização dos Correios e o facto de a
Junta não se poder “substituir a todos os serviços públicos
que encerram”.
Se em Aveiras, os serviços postais estão agora a ser disponi-
bilizados numa papelaria, em Alcoentre ainda é a velhinha
estação de correios que está ao serviço. Neste caso paira a
incerteza quanto ao seu futuro. Ainda assim, Francisco
Morgado, presidente da Junta de Alcoentre, bate o pé ao
encerramento daquele serviço.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e
Telecomunicações também já veio contestar as medidas da
administração dos CTT. Rui Silva referiu que todos os tra-
balhadores foram integrados noutras estações, pelo que se dá
por contente com esta vitória, pois “não houve quaisquer
despedimentos”. O mesmo sindicalista afiança que, embora
o serviço postal esteja concessionado na primeira localidade
a uma papelaria, por um ano, é possível fazer reabrir a
estação de correios na vila antes do fim do contrato, citando
exemplos de outros concelhos onde isso aconteceu. Para já,
e das duas reuniões, onde participaram perto de duas cente-
nas de populares, saiu a constituição de duas comissões de
utentes, com o objectivo de se insurgirem contra o encerra-
mento das estações de correios. Uma fonte contactada pelo
Voz Ribatejana diz que não está fora de hipótese a realização
de “manifestações ou concentrações de protesto”.
Miguel António Rodrigues
Vila Franca de Xira
A actuação dos vereadores da coli-
gação está no centro da polémica
Casa S. Pedro festeja 31º. Aniversário
A Casa S. Pedro de Alverca está a comemorar o seu31º. aniversário. Para as 20h00 do próximo domingoestá agendado o jantar de aniversário, que se realizanas instalações da instituição, seguido de sessãocomemorativa.
12
ENTREVISTA
“
Voz Ribatejana - Há 9 anos
conseguiram criar condições
para transferirem o vosso
trabalho das antigas insta-
lações para este novo edifício,
planeado para responder às
necessidades do momento da
instituição. Nove anos depois,
até que ponto a Misericórdia
mudou, evoluiu e é já uma
instituição completamente
diferente, aproveitando estas
instalações que soube criar?
Carlos Santos – Obviamente
que sim. A Misericórdia de
Alverca foi o primeiro centro
de dia que existiu no concelho
de Vila Franca de Xira a seguir
ao 25 de Abril, penso que por
volta de 1980/81, e viveu nas
instalações antigas com centro
de dia. Mais tarde conseguiu
um acordo para apoio domici-
liário. Sempre teve um proble-
ma de crescimento e, em 2002,
com o processo que conduziu à
construção deste edifício, de
facto a Misericórdia teve um
crescimento espectacular e
deixou de ser mesmo aquilo
que era antigamente.
Só a valência de lar valorizou e
de que maneira o tipo de apoio
e a abrangência que dá, relati-
vamente à sua intervenção na
freguesia e no concelho.
O edifício terá correspondido
às possibilidades e às necessi-
dades da altura. Nove anos
passados, ainda responde às
necessidades e à procura ou
já está longe de correspon-
der?
Desde há muito tempo que está
longe e bem longe. Se este
edifício tivesse o dobro da
capacidade estaria a trabalhar a
100%, porque as exigências
são óbvias, cada vez há mais
população e cada vez este
apoio é mais procurado. As
pessoas vão envelhecendo e
cada vez com mais esperança
de vida. Os equipamentos que
conheço no concelho, todos
eles têm longas listas de
espera.
Esse aumento significativo da
procura sente-se mais na ver-
tente de lar?
Em primeiro lugar e com mais
pressão é na vertente de lar,
embora, provavelmente, em
termos alternativos, o apoio
domiciliário também vem
sendo muito procurado.
Estamos a pensar ‘inaugurar’,
provavelmente até ao fim do
ano, embora a Misericórdia vá
ter eleições agora em
Dezembro, o mandato está a
terminar, mas isso não implica
que não fiquem projectos,
independentemente da
direcção continuar ou não. Mas
estamos a criar condições para
que o apoio domiciliário se
prolongue para a noite (ver
texto nestas páginas).
Qual é normalmente o
critério para a admissão de
um idoso no lar da
Misericórdia de Alverca?
O nosso critério tem a ver com
a avaliação da situação social
do idoso ou da idosa, as suas
dependências, o ambiente onde
se insere. Às vezes as pessoas
estão abandonadas ou vivem
sozinhas, estão abandonadas
em termos de apoio porque,
embora tenham família próxi-
ma, as pessoas de quem depen-
dem têm a sua vida profissio-
nal e há algum conflito relati-
vamente a essa situação. O
primeiro critério é a avaliação
que as técnicas da instituição
fazem da situação social. A
partir daí há regras de avali-
ação, algumas delas que são
normativos da Segurança
Social a que não podemos fugir
em termos da pensão e do nível
de rendimentos da pessoa,
deduzindo a comparticipação
que a Segurança Social paga
por cada idoso que admitimos.
Em determinadas circunstân-
cias, as pensões são muito
degradadas e há necessidade
das famílias serem chamadas a
ter uma comparticipação na
mensalidade que é fixada pela
direcção. Na vertente de lar,
nas 64 camas que temos, o
acordo que estabelecemos com
a Segurança Social prevê que
25% dessa capacidade, esta-
mos a falar de 16 camas, sejam
afectas à Segurança Social. São
os serviços da SS que determi-
nam quem é que vai ocupar
essas vagas.
Instituições como a
Misericórdia de Alverca são
mais procuradas para situ-
ações de pessoas aca-
madas?
É óbvio que sim. Mas, no
nosso caso, não temos
grandes situações desse
tipo. Aconteceu no iní-
cio, veio um ou outro
caso de pessoas alta-
mente dependentes
para as vagas cativas da
Segurança Social. Neste
momento, as pessoas, embora
tendo bastante dependência,
ainda têm alguma mobilidade.
Quando as famílias procuram é
óbvio que já há algum grau de
dependência, não é natural que
as pessoas procurem uma insti-
tuição só porque querem ver-se
livres dos pais, não é bem
assim.
Neste momento, temos um tipo
de dependência que, por falta
de resposta adequada, mas-
sacra
o s
la res
r e l a t i v a -
mente à procura, que
são as doenças de Alzheimer e
de Parkinson. A doença de
Alzheimer é muito complicada
de ter numa instituição destas
que não está vocacionada para
ter esse tipo de dependência.
Temos já aqui alguns casos
muito complicados, não
recusamos que as pessoas ve-
nham, muitas vezes ainda vêm
numa situação controlada com
medicação. Nunca recusamos a
admissão de alguém inscrito
para que haja vaga pelo facto
de já ter sintomas
de Alzheimer ou
não. Não segre-
gamos ninguém
aqui em função
dos seus rendi-
mentos ou do esta-
do físico que apre-
senta.
Se tem necessidade,
se temos uma vaga,
se podemos respon-
der, nós respon-
demos. Isso tem-nos
trazido alguns amar-
gos de boca porque,
efectivamente, há aí
casos e há dias em que
praticamente anda uma
trabalhadora a acompan-
har aquela pessoa, porque
faz os mais diversos dis-
parates.
Quantos funcionários tem
actualmente a instituição?
Até no quadro de pessoal se vê
o processo evolutivo da
Misericórdia. Estive nos
primeiros anos de funciona-
mento no edifício antigo e tín-
hamos 6 funcionárias e uma
directora técnica. Neste
momento, passados 9 anos de
implementação do lar, a
Misericórdia tem praticamente
80 trabalhadores na sua estru-
tura, desde o quadro técnico ao
motorista.
A Associação de Assistência e Beneficência Misericórdia de Alverca (AABMA) é uma das mais antigas instituições sociais do
concelho de Vila Franca, fundada em 1905 na sequência da antiga irmandade que existia na freguesia. Em 2002 conseguiu con-
cretizar um sonho antigo e inaugurar um complexo modelo vocacionado para o apoio à terceira-idade onde actualmente concen-
tra a sua actividade. Com cerca de 150 utentes e 80 funcionários, é hoje uma das principais instituições locais de apoio a idosos,
movimentando anualmente cerca de 1, 2 milhões de euros e reunindo mais de 1800 associados com as quotas regularizadas. No
final de Outubro, a Misericórdia de Alverca assinalou o nono aniversário das suas novas instalações, com um conjunto de activi-
dade que incluíram animação, teatro, sessão solene e uma sessão de esclarecimento em parceria com a Associação Portuguesa
de Apoio à Vítima (ver página 13). Carlos Santos leva já quase 20 anos de presidência da associação, distribuídos por dois
períodos distintos. Em entrevista ao Voz Ribatejana realça as preocupações de qualidade e de humanismo da ABMA, reflecte
sobre a sustentabilidade de instituições deste tipo e sobre as sinergias que se poderiam aprofundar entre as instituições do con-
celho e revela que até final do ano deverá avançar um novo projecto inovador na região de alargamento do serviço de apoio domi-
ciliário ao período nocturno.
“Não segregamos ninguém
em função dos rendimentos
ou do estado físico”
Apoio domiciliário podeestender-se até às 23hA Misericórdia de Alverca tem um projecto, inovador naregião, de alargar o horário do seu serviço de apoio domi-ciliário até às 23h00, respondendo a algumas solicitaçõesde utentes. “Tradicionalmente o apoio que fazemos nãopassa das 16h30/17h00, mas vamos prolongá-lo aí até às23h00. Temos o transporte, é só uma questão de gerirmos osrecursos humanos e equilibrar as coisas. Dos contactos quetemos feito, as pessoas vêem isso com bons olhos, de modo aque fosse também dado o jantar aos utentes e que ficassemtratados para a noite com a medicação, o banho, a fralda,conforme as situações”, explica o presidente da instituiçãoalverquense, referindo que, provavelmente, será necessárioadmitir mais uma ou duas pessoas. “O transporte que temosfica disponível a partir das 17h00, nessa altura pensamosprogramar uma outra equipa. Penso que é uma aposta que écapaz de resultar, independentemente de não haver acordocom a Segurança Social e de ser um serviço que terá queser pago na totalidade pelas famílias”, acrescentou CarlosSantos, prevendo que este tipo de serviço de apoio domicil-iário nocturno possa avançar já no final deste ano. A ideiaserá abranger 10 a 15 utentes e divulgar esta nova possibili-dade na região, uma vez que o apoio domiciliário da ABMAtrabalha sobretudo na freguesia de Alverca e, num ou noutrocaso, nas vizinhas freguesias da Calhandriz e do Sobralinho.
Carlos Santos, presidente da Associação Misericórdia de Alverca, em entrevista
Misericórdia de Alvercaem números Fundação – 1905
Associados pagantes – cerca de 1800
Utentes em lar – 64
Beneficiários do apoio domiciliário – 30
Utentes do centro de dia – 55
Funcionários – 80
Orçamento anual – 1, 1 a 1, 2 milhões de euros
13
9 de Novembro de 2011
Casos de violência sobre idosos
mais denunciados
Com a colaboração da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a participação tam-
bém de alguns idosos utentes da vizinha Casa S. Pedro, a Misericórdia de Alverca organizou, no
dia 25, uma sessão sobre o tema “A violência na terceira-idade”.
Joana Menezes, técnica da APAV, explicou que este tipo de problemas tem vindo a crescer ou
pelo menos é mais denunciado. São situações que ocorrem sobretudo no seio da família e no
ambiente onde o idoso vive, mas que as vítimas muitas vezes não denunciam, por vergonha, por
medo ou por desconhecimento dos seus próprios direitos.
Só entre 2000 e 2009, a APAV teve conhecimento de 8124 crimes de violência doméstica contra
pessoas idosas e de 976 casos de crimes contra o património de pessoas idosas. A especialista da
APAV frisou que esta violência pode manifestar-se pelas mais variadas formas, desde a agressão,
psicológica ou sexual até ao abandono e à negligência. Existem também os chamados casos de
“violência financeira” em que terceiros se procuram apropriar de bens dos idosos, obrigá-los a
assinar documentos ou tentam tomar decisões por eles sobre os seus bens.
Joana Menezes recomendou aos cerca de 40 idosos que assistiram à sessão que denunciem sem-
pre situações que sejam
vítimas. “Não devem per-
mitir que os tratem como
crianças, não se devem
calar, devem gerir as vos-
sas contas e bens, não
devem ter vergonha de
apresentar queixa às
autoridades, à Segurança
Social ou à APAV e não se
devem isolar”, referiu,
acrescentando que têm
aumentado os casos de
idosos que são vítimas de
atitudes de familiares ou
de outras pessoas mais
chegadas e também os
casos de assaltos e de
burlas.
Carlos Santos defende que deveria haver
uma filosofia diferente de utilização comum
de vários serviços por diferentes instituições
de solidariedade social, mas admite que é
muito difícil à AISC (Associação de
Intervenção Social e Comunitária que
aglutina 26 IPSS do concelho de Vila
Franca) implementar sistemas desse tipo.
Em declarações ao Voz Ribatejana e, a
propósito dos custos de funcionamento da
lavandaria da ABMA, Carlos Santos con-
testa que os antigos projectos de equipa-
mentos sociais contemplassem sempre uma
lavandaria, uma cozinha e outros serviços
específicos para cada um deles. “Na fregue-
sia de Alverca, por exemplo, em que temos
três instituições que trabalham na área dos
idosos, tinha sido preferível, numa avali-
ação mais global, criar uma lavandaria cen-
tral que apoiasse as três instituições. No
mesmo sentido poderia haver uma cozinha
a trabalhar para as três. Aí sim e em termos
dos abastecimentos, de todo o tipo de con-
sumíveis, numa economia mais agregadora,
obviamente que gerava economias muito
significativas”, defende. Mas não poderia
ser a AISC a liderar alguns desses proces-
sos, quis saber o Voz Ribatejana, até porque
a Misericórdia de Alverca integra a
direcção desta associação concelhia. “Para
mim a AISC tem um grande handicap, a
direcção da AISC é composta por elementos
das direcções das instituições e é muito com-
plicado. Ainda há um bocadinho a tendên-
cia de fechar o funcionamento de cada insti-
tuição e há alguma resistência. É difícil con-
gregar e isso vê-se nas assembleias da AISC,
em que muitas vezes são abordados assun-
tos e tenta-se criar alguma dinâmica e,
depois, não avança”, lamenta, realçando o
trabalho muito positivo que a AISC tem
feito ao nível das acções de formação profi-
ssional que geram muitas mais-valias para
as instituições locais, mas reconhecendo que
ao nível das estruturas que possam gerar
economias de escala ainda não foi possível
avançar. “Estou a falar da área dos seguros
ou da área dos combustíveis e dos trans-
portes. Não mexendo na especificidade de
cada uma das instituições, com uma estru-
tura bem montada e bem pensada poder-se-
ia trazer ganhos muito grandes para cada
uma”, sustenta, mas Carlos Santos admite
que, embora se fale frequentemente nestes
assuntos, depois quase nada avança. “Há
muitas dificuldades, a AISC não tem uma
estrutura fixa e permanente, não tem um
quadro de funcionários nem de técnicos,
que pudessem avaliar esta situação, estudar
este assunto e propor à direcção algumas
dinâmicas no sentido de agregar”, justifica.
O Voz Ribatejana insistiu, questionando se
as crescentes dificuldades não deverão
motivar mais os dirigentes no sentido de
aprofundarem estas sinergias e parcerias,
até porque Vila Franca de Xira é dos poucos
concelhos onde existe uma associação agre-
gadora das suas IPSS. “Cada um tem os
seus lamentos, cada um vai falando das suas
dificuldades, mas depois parece que há aqui
uma paralisia geral que vai limitando e que
não vai criando condições para que se
avance. Os resultados são poucos ao longo
dos anos. Na formação há algumas mais-
valias, temos tido algum sucesso, mas no
resto é complicado”, conclui.
Carlos Santos leva já perto de20 anos de presidência daAABMA. Esteve numprimeiro período na lider-ança da Misericórdia desdemeados da década de 80 até àprimeira metade da décadade 90 e voltou em 2000, man-tendo-se desde então nocargo. “Com 62 anos aindaando aqui, não há muitagente que se disponibilizepara um tipo de trabalhodesta natureza, que já vaisendo pesado. Mas, comodigo, as pessoas estão aquiporque querem e, no meucaso, particular, porqueainda gosto.Fundamentalmente é precisogostar, é óbvio que é precisoter alguma capacidade,ninguém nasce ensinado, masquando as pessoas gostamdaquilo que fazem ultrapa-ssam muitas barreiras emuitas dificuldades. E euainda estou na fase de gostar.No dia em que deixar degostar tenho que dar a vez aoutro”, sublinha o dirigentesocial, bancário de profissão,que sempre exerceu as suasfunções na Misericórdia de
Alverca de forma totalmentevoluntária.“Penso que muitas coisas danossa vida resultam daquiloque é a nossa estrutura men-tal, do que foi a nossa edu-
cação. Desde muito novo quetive sempre alguma apetênciapara ajudar, para contribuircom o meu esforço e intervirdentro das minhas capaci-dades em tudo o que é o movi-mento associativo”, explicaao Voz Ribatejana, salientan-do que, quando iniciou a suaactividade profissional foicolocado em Alverca e, poucotempo depois, aproximou-seda Misericórdia, numa li-
gação que perdura até hoje.Em Dezembro há novaseleições, Carlos Santos dizque não abordou ainda oassunto com os seu pares dadirecção, mas não põe departe a possibilidade devoltar a concorrer, desta vez,provavelmente, com o intuitode passar o testemunho napresidência a meio domandato, para que outra pe-ssoa possa dar continuidadeà liderança dos destinos daABMA. “As pessoas quandoestão muitos anos nas organi-zações, para já criam vícios,fatalmente ganham algumasrotinas e a disponibilidadecomeça a ser muito relativa, adisponibilidade mental,porque fisicamente ainda mesinto perfeitamente emcondições. Mas, a minhaintenção, num próximomandato, se as coisas co-rrerem como podemos pers-pectivas, não será paraacabar, porque penso criarcondições para fazer umatransição e deixar aquialguém que venha inovar eque venha fortalecer a estru-tura da instituição”, rematou.
Portugal entrou num quadro
de degradação que se reflecte
nos mais variados cortes. Isso
leva-nos a duas questões: até
que ponto irá a capacidade
do Estado de continuar a
comparticipar nos mesmos
moldes estes serviços sociais e
que reflexo é que tudo isto
vai ter na capacidade das
famílias contribuírem com a
sua parte? São questões que
devem preocupar a direcção
de uma instituição como
esta?
Se a aposta for de cada vez
menos o Estado intervir na
sociedade a este nível, é óbvio
que aí vai ser muito complica-
do que as pessoas tenham
capacidade. E, a partir daí, a
sustentabilidade de casas como
esta, que tem um alto grau de
dependência relativamente às
comparticipações e até ao
próprio Estado, há que o recon-
hecer. Na prática as receitas
provenientes do Estado são
cerca de 90% do bolo geral. A
partir daí criam-se-nos grandes
interrogações, elas já estão pre-
sentes na elaboração do orça-
mento para 2012, que neste
momento estamos a desenhar.
O Plano de Emergência Social
que está desenhado pelo actual
Governo, na minha opinião, é
um conjunto de generalidades,
de boas intenções só, mas que,
depois, não têm um suporte
financeiro que possa levar à
concretização dessas
intenções. Já saiu alguma le-
gislação na área da infância
relativamente à disponibili-
dade para aumentar a capaci-
dade dos equipamentos. Na
área dos idosos ainda se está a
trabalhar. Tanto quanto sei há
um grupo de trabalho a avaliar
para produzir legislação para
tentar mais vagas nas institu-
ições. Vejo com alguma pre-
ocupação esse facto, porque
temo que algumas instituições,
na ânsia de conseguir aumentar
as receitas, reduzam alguma
qualidade em termos da
prestação de serviços e o
espaço disponível seja franca-
mente limitado. Fala-se que as
instituições vão poder decidir
em termos de espaço que têm
disponível e aumentar a sua
capacidade. No nosso caso isso
pode traduzir-se em mais 2 ou
3 camas. Nunca iremos tirar
condições. Os quartos da nossa
instituição têm todos duas
camas, têm uma área significa-
tiva. Estar a reduzir esse
espaço para, eventualmente,
três camas tiraria capacidade
de manobra em termos de
apoio. Penso que se perdia
muita qualidade. É óbvio que
as instituições precisam de
angariar receitas, mas pode-se
correr o risco, se as coisas não
forem devidamente progra-
madas e balizadas, de se entrar
numa espiral de admissão de
utentes que, em muitas circun-
stâncias, podem transformar
uma instituição num autêntico
armazém de vidas humanas.
Não será esse o caminho que a
Misericórdia vai tomar, val-
orizamos outras situações.
Que medidas é que a
direcção da Misericórdia tem
tomado para resguardar a
instituição deste tipo de
problemas de sustentabili-
dade?
É óbvio que não há milagres.
Se as receitas se mantiverem
estáveis, uma vez que o acordo
de cooperação com a
Segurança Social já não é actu-
alizado há cerca de 2 anos, as
verbas que recebemos são as
mesmas. Isso tem-nos trazido
outra contrapartida, fazemos
reflectir essa situação na massa
salarial, não temos condições
para a actualizar como
gostaríamos e como seria lógi-
co que as pessoas tivessem
uma actualização nas suas
remunerações. Como as
receitas andam a esse nível,
vamos tentando reduzir ao
máximo os consumos, o que
passa, por exemplo, pela
implementação que fizemos,
em condições muito
favoráveis, da energia solar tér-
mica, que nos dá água quente a
preços reduzidíssimos. Baixou
significativamente a factura do
gás. Desenvolvemos também
um processo de candidatura
para a instalação da energia
fotovoltaica, que nos permitiria
até vender energia para a rede à
EDP. E, internamente, vamos
racionalizando alguns circuitos
para evitar desperdícios.
Vamos ao ponto de desligar os
elevadores em determinados
períodos do dia, porque não
são necessários. E estamos a
pensar fazer um outsourcing na
lavandaria, porque da factura
energética, seguramente 90%
são encargos da lavandaria.
“É preciso gostar e estou aqui porque ainda gosto”
Serviços comuns para as IPSS
poderiam gerar muita poupança
Encontro de poetas homenageiaArquimedes da Silva Santos
O 15º. Encontro de Poetas da Póvoa de Santa Iria realiza-se, nanoite do próximo sábado (12), nas instalações do GrémioDramático Povoense. A iniciativa inclui uma homenagem aoescritor e pedagogo povoense Arquimedes da Silva Santos.
14
ECONOMIA
“
A Câmara de Vila Franca de
Xira decidiu, na quarta-feira,
manter em 2012 as taxas de
IMI (Imposto sobre Imóveis)
que já aplicou este ano, frisan-
do o executivo socialista que
são as taxas “mais baixas”
entre os 18 municípios da Área
Metropolitana de Lisboa
(AML). E, se em anos anteri-
ores os vereadores da CDU
votaram contra e defenderam
taxas mais reduzidas, desta vez
optaram pela abstenção, reco-
nhecendo as necessidades de
receita da autarquia num
quadro de crise e que pequenas
mexidas não permitiriam que
as famílias tivessem mais
condições para pagar este
imposto.
Com uma grande expansão
urbana verificada desde a
década de 80 do século passa-
do (subiu de cerca de 80 mil
para 140 mil habitantes), o
Município de Vila Franca tem
no IMI uma das suas princi-
pais fontes de receita, que
chega a atingir os 16 milhões
num orçamento anual que
anda na casa dos 80 milhões de
euros. Bernardino Lima,
vereador da CDU, salientou,
contudo, que, desde 2008, ve-
rifica-se uma grande queda da
percentagem de famílias que
conseguem pagar o IMI.
Segundo referiu, se em 2008
cerca de 91% das famílias
pagou o imposto, em 2011 já
só foram 85% e as previsões
para 2012 apontam para 82%.
“O facto de não fazermos
qualquer redução no IMI está a
fazer com que, ano a ano, haja
mais pessoas incapazes de
fazer este pagamento”, avisou.
A maioria PS tem uma leitura
diferente, com o vereador Vale
Antunes a sustentar que se a
CDU estivesse no poder não
defendia estas reduções e a
presidente Maria da Luz
Rosinha a frisar que sabe que
pelo menos 5 municípios da
AML de maioria CDU vão
aplicar as taxas máximas de
IMI, quando Vila Franca “con-
tinua a ter as taxas mais
baixas”.
Mas Nuno Libório (CDU)
ripostou, considerando que no
concelho de Vila Franca houve
um esforço de reavaliação dos
imóveis que também benefi-
ciou o Município e que se ve-
rifica uma situação paradi-
gmática em que, por isso, “há
casas com valor fiscal superior
ao valor comercial transa-
cionável”. Maria da Luz
Rosinha defendeu que não é
destas reavaliações que têm
vindo as principais receitas.
“Há um processo normal de
fim das isenções e transacções
a valores do momento. Mas
todas as pessoas podem pedir
reavaliações se considerarem
que o imóvel está sobreavalia-
do”, explicou.
Já Fernando Paulo Ferreira
salientou que a Câmara de Vila
Franca pode aplicar estas taxas
mais baixas entre todos os
municípios da AML também
devido ao esforço que os exe-
cutivos socialistas têm feito
para garantir uma gestão equi-
librada. “Temos que tomar as
maiores cautelas, mas esta é
também uma marca que temos
deixado neste Município”, vin-
cou o eleito do PS. O social-
democrata Rui Rei acrescen-
tou que a Câmara não pode
alterar estas taxas sob pena de
ter de abdicar de forma “drás-
tica” de muitas das suas
acções.
A proposta aprovada com
votos favoráveis do PS e do
PSD e abstenção da CDU
prevê uma taxa de 0, 675%
para os imóveis de matriz anti-
ga e ainda não reavaliados e de
0, 35 para os imóveis de matriz
mais recente ou já reavaliados
pelas Finanças. Nas duas
freguesias rurais de
Cachoeiras e da Calhandriz há
uma redução de 30% e na
freguesia de Alhandra uma
redução de 15% nestas taxas.
Na mesma reunião foi aprova-
da uma proposta de lançamen-
to de uma derrama de 1, 5%
em 2012 sobre o IRC pago
pelas empresas sedeadas no
concelho, mantendo o
Município a isenção das fir-
mas com volume de negócios
inferior a 150 mil euros.
Jorge Talixa
Vila Franca mantém
o IMI mais
baixo da AML
Os 126 trabalhadores da
TNC, transportadora de
Alverca ameaçada de ence-
rramento desde Julho, rece-
beram, no final de Outubro,
cartas de despedimento assi-
nadas pelo administrador de
insolvência. Na quinta-feira,
em plenário realizado à beira
da Estrada Nacional 10, junto
às instalações da empresa,
decidiram avançar com
processos de impugnação das
cartas de despedimento e
recorrer ao Fundo de
Garantia Salarial da
Segurança Social.
Considerando as condições
climatéricas foi, também,
decidido suspender a vigília
que faziam desde Julho na
entrada da empresa e concen-
trar esforços no próximo dia
5 de Dezembro, junto ao
Campus de Justiça de Lisboa,
onde se vai realizar uma nova
assembleia de credores, para
apreciar um plano de recu-
peração apresentado pela
antiga dona da firma, que
chegou a ser uma das
maiores transportadoras por-
tuguesas.
No dia 3, o sentimento entre
as cerca de duas dezenas de
trabalhadores que partici-
param no plenário era de
algum desânimo, depois de
inúmeras iniciativas que
organizaram nos últimos três
meses, procurando criar
condições para que a TNC
retomasse a sua laboração.
Com a decisão da juíza do
Tribunal do Comércio de
suspender a deliberação de
liquidação da TNC tomada
em Julho e de admitir a pro-
posta de recuperação, mar-
cando uma nova assembleia,
trabalhadores e sindicatos
ainda alimentaram a espe-
rança de que a empresa
pudesse retomar já a labo-
ração, mesmo antes da
decisão final dos credores.
Isso não aconteceu e progres-
sivamente foram retirados os
camiões, agora colocados à
ordem da massa insolvente e
do tribunal.
Anabela Carvalheira, diri-
gente do Sindicato dos
Trabalhadores dos
Transportes Rodoviários e
Urbanos de Portugal
(STRUP), disse que não vale
a pena os trabalhadores con-
tinuaram a “martirizar-se” à
porta da TNC. “Vamos acred-
itar e concentrar energias na
assembleia de credores de 5
de Dezembro, para fazer sen-
tir que os trabalhadores estão
unidos, têm direitos e mere-
cem acreditar que a justiça
será imparcial e que a TNC
ainda tem um caminho”, vin-
cou. No plenário estiveram,
também, o deputado Miguel
Tiago (PCP), a presidente da
Câmara de Vila Franca de
Xira, Maria da Luz Rosinha,
o vereador Fernando Paulo
Ferreira e representantes da
União de Sindicatos de
Lisboa e da Concelhia de
Vila Franca do PCP. A autar-
ca lamentou que não se tenha
feito mais para garantir a sal-
vaguarda de postos de traba-
lho de que o país tanto pre-
cisa nesta altura. “É dos
momentos que não
gostaríamos que acontecesse,
já que na realidade se alimen-
taram muitas esperanças de
que fosse possível haver um
entendimento e principal-
mente que se salvassem 126
postos de trabalho”, frisou,
mostrando-se surpreendida
com a evolução da situação,
porque “a missão do admin-
istrador de insolvência não
devia ser para fechar portas,
mas tentar não fechar”. A edil
salientou, contudo, que a
decisão final ainda não está
tomada, mas admitiu que “as
esperanças já são poucas
quando tudo se
desmorona”.Miguel Tiago
afirmou que “este processo é
uma soma de ilegalidades” e
de “más vontades somadas
umas em cima das outras” e
que tudo se passou “com a
complacência do Governo”.
O parlamentar comunista diz
que não entende como é que
o Governo ultrapassa a Lei
para cortar subsídios de
férias e de Natal, mas depois
escuda-se com a Lei para não
intervir mais no caso da TNC
e tentar salvar os postos de
trabalho.
Jorge Talixa
Trabalhadores
despedidos
na TNC
Alunos e trabalhadores da Escola Industrial almoçam no sábadoA primeira iniciativa do grupo de antigos alunos e trabalhadores da Escola Industrial eComercial de Vila Franca de Xira realiza-se já no próximo sábado, com um almoço que deveráreunir, na Quinta do Coração, mais de 200 participantes. A ideia surgiu no seio de um grupolançado no facebook por Barata Mendes e esta aproximação entre os antigos alunos e profission-ais da EICVFX já agregou mais de 300 aderentes. Os interessados aimnda poderão inscrever-seatravés do e-mail [email protected], do número 917 257 684 ou do fax 263 975 873.
Fequimetal reúne congresso em Alverca
O II Congresso da Fiequimetal (federação de sindicatos metalúrgicos) realizou-se no auditório da
Filarmónica Alverquense. O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, disse, no encerramento,
que, com as medidas do Governo, corre-se o risco de empobrecimento acelerado do nível de vida
dos trabalhadores. “Não foram os trabalhadores e o povo que provocaram o aumento da economia
clandestina, a
fraude, a evasão e
a corrupção neste
país”, referiu, afir-
mando que há val-
ores que é preciso
defender. O
Sindicato das
Minas da
Panasqueira, na
sua intervenção,
lamentou a morte
dum colega, por
falta de segurança
no interior da
mina. Como
protesto, os trabal-
hadores pararam
dois dias em sua
homenagem.
Adriano Pires
Jorge Talixa
A Associação para o Estudo e
Defesa do Ambiente do
Concelho de Alenquer
(Alambi) e a Quercus exigem a
concretização das principais
medidas de recuperação das
antigas pedreiras de Alenquer
antes do licenciamento de
novas áreas. Segundo estas
duas organizações ambientalis-
tas quase nada do previsto nos
planos ambientais de 2003 foi
feito e não faz sentido autorizar
ampliações de pedreiras quan-
do o mercado da construção
está em queda.
A posição das duas associações
surge na sequência da avali-
ação do estudo de impacte
ambiental (EIA) do projecto de
ampliação da maior pedreira de
calcário de Alenquer, que
esteve em consulta pública até
21 de Outubro. A Calbrita, uma
das maiores firmas portuguesas
do sector, pretende integrar as
chamadas pedreiras da Serra de
Ota nº. 5 e nº. 6 na “Pedreira de
Calcário de Alenquer”, aumen-
tando também a área de explo-
ração de 48 para 73, 5 hectares.
Argumenta a empresa que a
Pedreira de Calcário já está
licenciada há 45 anos e que
esta ampliação permitirá “fazer
face às solicitações do mercado
e assegurar a sua continuidade,
garantindo o fornecimento de
matéria-prima às indústrias de
construção e obras públicas”.
Mas a Quercus a Alambi con-
testam esta informação, con-
siderando que há uma “sob-
reavaliação” das necessidades
e que é contraditório que a
Calbrita assuma uma previsão
de redução da exploração de 2,
4 para 1, 5 milhões de
toneladas por ano e, ao mesmo
tempo, queira aumentar em 25,
5 hectares a área licenciada.
“Não faz sentido licenciar
reservas para um período tão
longo, quando as grandes obras
públicas em Portugal estão
construídas, quando o mercado
da habitação está paralisado e
os indicadores revelam que a
oferta excede largamente a
procura e quando as normas
comunitárias já determinam a
reciclagem e reaproveitamento
dos resíduos de construção e
demolição”, sustenta o parecer
das duas associações.
Mas os promotores do projecto
têm um entendimento difer-
ente, frisando que é importante
uma relação de proximidade
entre a exploração da pedra e
as principais zonas de con-
sumo, que esta área tem uma
jazida de calcário com cara-
cterísticas muito próprias e que
com esta ampliação serão cri-
adas reserva úteis de 60, 788
milhões de toneladas, sufi-
cientes para mais 41 anos de
exploração. Por outro, a
Calbrita sublinha que toda esta
área já se insere no Núcleo de
Exploração de Calcário de
Alenquer que se estende por
cerca de 500 hectares. “Com o
decréscimo de procura verifi-
cado, face à actual conjuntura
económica, o ritmo de explo-
ração médio é de cerca de 25 a
30 camiões por hora em cada
sentido”, prossegue o EIA,
frisando que esta ampliação
não deverá “induzir impactes
ambientais significativos” que
a possam inviabilizar e que,
estando o terreno classificado
como “Espaço de Indústria
Extractiva”, será sempre muito
provável a sua exploração,
nesta ou noutra pedreira a criar.
Os principais impactes colo-
cam-se ao nível da qualidade
do ar (emissões de poeiras) e
das águas superficiais e das
vibrações e ruído originadas
pelas explosões. O EIA susten-
ta que as emissões de poeiras
poderão ser fortemente contro-
ladas pela aspersão com água e
que as medições dos rebenta-
mentos “demonstram que as
explosões não implicam qual-
quer perigo para as construções
existentes na envolvente”.
A área de exploração em causa
estende-se pelas freguesias de
Triana, Meca e Ota e as locali-
dades mais próximas são
Cheganças (1000 metros),
Carapinha (700) e Casais
Pedreira do Lima (600). O EIA
aponta também a existência de
uma construção, a cerca de 300
metros da pedreira, conhecida
por Quinta da Moita, onde “o
limite sonoro legal não será
cumprido, como de resto já
ocorre actualmente”,
prosseguem os autores do estu-
do, considerando que esta área
também já é afectada pela cir-
culação na Estrada Nacional 1.
“Considera-se essencial a
redução da velocidade na via
de acesso à pedreira pelo que o
projecto preconiza a intro-
dução de sinalização vertical
limitando a velocidade de cir-
culação a 20 km/h”, conclui o
estudo, prevendo que, “como
medida compensatória”, a
Calbrita vá “promover a recu-
peração de uma ou mais áreas
votadas ao abandono, que
abranjam um total até 10 mil
metros quadrados” (1 hectare).
15
9 de Novembro de 2011
Associações ambientalistas não aceitam o licenciamento de novas áreas de pedreira no conce-
lho de Alenquer sem que avance a recuperação paisagística das mais antigas. O Núcleo de
Exploração de Calcário de Alenquer tem cerca de 500 hectares e abastece toda a região de
Lisboa e do baixo Ribatejo.
Alambi e Quercus não querem mais
pedreiras sem recuperação das antigas
AmbientalistaspropõemmedidasCaso se confirme o licenci-amento desta nova área deexploração, Alambi eQuercus, para além dereclamarem a recuperaçãode áreas já exploradas,propõem a construção deuma bacia de retençãopara onde devem sercanalizadas as águasprovenientes da lavagemde inertes, que as novasbritadeiras sejam dotadasde dispositivos dedespoeiramento e que aCalbrita seja responsabi-lizada pela instalação depelo menos dois disposi-tivos de medição departículas em suspensãona atmosfera.
Recuperação paisagística não anda
Quercus e Alambi criticam principalmente o facto de não estarem a ser minimamente cumpridos
os planos de recuperação paisagística das áreas já exploradas e das entidades fiscalizadoras não
obrigarem à sua concretização. “Em 2003 foram aprovados planos ambientais para todas as
pedreiras de extracção de britas licenciadas no concelho e foram retidas as inerentes cauções
como garantia da futura recuperação paisagística”, explicam as duas associações, lamentando,
contudo, que, passados mais de 8 anos, ainda não sejam observáveis “quaisquer trabalhos de
recuperação paisagística”.
É que, referem, apesar de toda a documentação e planos aprovados (todas as pedreiras têm planos
ambientais e de recuperação paisagística), nestes cerca de 500 hectares de pedreiras “não con-
seguimos identificar a implementação do que quer que seja de significativo. Nunca identificámos
qualquer plantação de árvores ou de arbustos, nem qualquer mobilização de terras para esse fim”,
concluem a Quercus e a Alambi.
Números doprojectoActual área das pedreirasa fundir – 48 hectares
Área total prevista – 73, 5hectares
Reservas com a ampli-ação – 60, 788 milhões detoneladas
Previsão de produçãomédia anual – 1, 5 mil-hões de toneladas
Previsão de vida útil – 41anos
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Alenquer
Fado no sábado em Alhandra
A Alemar, uma nova pastelaria instalada na Rua Sousa Martins, em Alhandra,organiza, na noite do próximo sábado, uma sessão de fados. Participam osfadistas Bruno Horta, Margarida Farçadas, Diogo Ferreira, Vanessa Lima,Inês Ribeiro e Alice Nunes. Os interessados podem solicitar mais informaçõesou fazer reservas através dos números 93 613 52 91 ou 21 824 53 51.
16
CARTÓRIO NOTARIAL DAS CALDAS DA RAINHA
A cargo da Notária Lic. Carla Sofia Farinha Serra
---CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de hoje, lavrada a folhas cinquenta
e quatro e seguintes, do livro nº132-A, deste Cartório, Filipe Manuel Ferreira Serrano, e mulher
Maria Augusta Geitoso Farrobilha Serrano, casados no regime da comunhão geral de bens,
naturais, ele da freguesia e concelho de Arruda dos Vinhos, ela da freguesia de São Sebastião
da Pedreira, concelho de Lisboa, residentes em Casal Vigial, Arruda dos Vinhos, se declararam
donos e legítimos possuidores, do seguinte:__________________________________________
---Prédio misto, composto por cultura arvense, vinha, árvores de fruto, oliveiras e casa do rés-
do-chão e primeiro andar para habitação, denominado por Casal de Santo António, sito na fregue-
sia e concelho de Arruda dos Vinhos, com área total de oito mil duzentos e quarenta metros
quadrados, dos quais oitenta e cinco metros quadrados são área coberta e mil setecentos e
cinquenta e cinco metros quadrados são área descoberta, correspondentes à parte urbana e, seis
mil e quatrocentos metros quadrados são área descoberta correspondentes à parte rústica, que
confronta a Norte e Poente com José Máximo Mocica, a Sul com Estrada Nacional e a Nascente
com João Carvalho Júnior, descrito na Conservatoria do Registo Predial de Arruda dos
Vinhos, sob o número três mil trezentos e vinte e nove, inscrito na Matriz de Arruda dos
Vinhos, sob o artigo 25 da Secção EE - rústico e o artigo 1.719 - urbano com valor patrimonial
tributário e atribuído de 49.170,57 euros_____________________________________________
--- Que sobre o prédio incide uma inscrição de aquisição registada a favor dos herdeiros de João
Soaes Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira, a voz do justificante marido, registada pela
Apresentação dois de três de Julho de mil novecentos e setenta:_________________________
a) Ercília Piedade Ferreira Millar e marido William Anthony Everard Millar;___________________
b) Eva da Conceição Eleutério Ferreira e marido Pedro da Silva Carvalho;__________________
c) Maria da Conceição Eleutério Ferreira e marido Manuel Lourenço Serrano, pais do ora justifi-
cante;________________________________________________________________________
d) Suzete de Jesus Eleutério Ferreira Doyle e marido Patrick Anthony Joseph Doyle;__________
--- Que esses herdeiros, filhos dos falecidos, em mil novecentos e setenta e um, fizeram entre si
partilha verbal do prédio acima identificado, tendo adjudicado a cada um, um quarto indivi-
so.__________________________________________________________________________
--- Que em mil novecentos e setenta e sete, Maria da Conceição Eleutério Ferreira e marido
Manuel Loureço Serrano, pais do ora justificante marido, adquiriram à Suzete de Jesus Eleutério
Ferreira Doyle e marido Patrick Anthony Joseph Doyle, por compra verbal o quarto indiviso do
prédio que lhes coube pela referida partilha verbal._____________________________________
--- Que em consequência, os pais do justificante marido, passaram a ser possuidores de dois
quartos indivisos do prédio._______________________________________________________
--- Que em mil novecentos e oitenta e oito, faleceu o pai do justificante marido, Manuel Lourenço
Serrano, e os herdeiros, o ora justificante, e mulher, a mãe Maria da Conceição Eleutério Ferreira
e o irmão João José Ferreira Serrano e mulher Anabela Maia da Cruz Serrano, fizeram partila ver-
bal dos bens, tendo sido adjudicado aos ora justificantes, à data já casados, os dois quartos indi-
visos que pertenciam ao dissolvido casal.____________________________________________
--- No mesmo ano, os seus tios Ercília Piedade Ferreira Millar e marido William Anthony Everard
Millar doaram-lhe verbalmente, a ele justificante, à data já casado, um quarto indiviso que havi-
am recebido na partilha verbal efectuada em mil novecenteos e setenta e um com os restantes
irmãos, por sucessão de João Soares Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira.__________
---Que igualmente em mil novecentos e oitentea e oito, sendo já possuidores de três quartos indi-
visos do prédio, compraram verbalmente aos tios Eva da Conceição Eleutério Ferreira e marido
Pedro da Silva Carvalho, o quarto indiviso no prédio que lhes havia sido adjudicado na partilha
verbal de mil novecentos e setenta e um._____________________________________________
--- Que o tio Pedro faleceu sem que tivesse chegado a formalizar a venda, mas em dois mil e sete
por escritura pública de alienação de quinhão hereditário outorgada a nove de Maio desse ano
no Cartório Notarial de Arruda dos Vinhos, a cargo da Notária Maria Dina Ferreira, lavrada a fol-
has vinte e oito a vinte e nove do livro L Quatrocentos e Setenta e Nove - A, adquiriram o quin-
hão hereditário que cabia à sua tia e prima, Eva da Conceição Eleutério Ferreira e Maria Filomena
Ferreira Carvalho Pinhal, herdeiras de Pedro da Silva Carvalho na herança de João Soaes
Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira, quinhão no qual, se inseria o referido um quarto
indiviso do prédio, partilhado já em mil novecentos e setenta e um.________________________
--- Que os pais do justificante marido celebraram escritura pública de cessão de quinhão here-
ditário no dia vinte e três de Março de mil novecentos e setenta e oito, no Cartório Notarial de
Arruda dos Vinhos, lavrada de folhas vinte e seis verso a folhas vinte e sete verso do Livro L B -
Duzentos e sessenta e dois, com a atrás referida Suzete e marido, adquirindo-lhes o quinhão
hereditário na herança dos falecidos João Soares Ferreira e mulher Matria da Piedade
Ferreira.______________________________________________________________________
--- Que na sequência da Escritura que os pais do justificante marido realizaram e que eles
próprios, justificantes, realizaram em dois mil e sete, pretenderam regularizar a situação pelos
meios normais, razão pela qual fizeram os registos de transmissão de posição (Ap. catorze;
quinze; dezasseis; dezassete e dezoito, todas de vinte e três de Maio de dois mil e sete), mas
sem que com isso nenhum dos outros titulares inscritos no registo, se considerasse proprietário
porque já se consideravam sem a posse e a propriedade desde mil novecentos e oitenta e
oito._________________________________________________________________________
--- Que assim efectuaram os registos apenas numa tentativa de regularizar a situação, não tendo
sido possível, entretanto, formalizar os negócios verbais, mas que, tendo os justificantes a posse
pacífica desde mil novecentos e oitenta e oito, como todos sempre reconheceram, vêm agora jus-
tificar.________________________________________________________________________
--- Que assim sendo, não possuem, qualquer título formal que comprove as referidas transmis-
sões operadas há mais de vinte e dois anos.__________________________________________
--- Que ao longo destes vinte e dois anos, os justificantes vêm possuindo esse prédio como seu,
como proprietários e na convicção de o serem, habitando, cuidando e limpando o edifício, fazen-
do nele pequenas obras e reparações, cultivando a parte rústica e tratando da vinha e pagando
as suas contribuições e impostos posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com
conhecimento de toda a gente e sem a oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífi-
co, contínuo, publico e de boa fé.___________________________________________________
--- Que esta posse, de boa fé, contínua, pacífica e pública conduziu à aquisição do direito de pro-
priedade do mencionado prédio por usucapião.___________________________________
--- Está conforme o original._______________________________________________________
--- Caldas da Rainha, trinta e um de Outubro de dois mil e onze.__________________________
A funcionária autorizada, com poderes delegados com número de inscrição 280/1
(Nélia Carla Rodrigues dos Santos Branco)
Autorizada, nos termos do artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011 de 28 de
Janeiro, pela Notária Carla Sofia Farinha Serra, desde 31/01/2011 conforme publicitado nessa
data no site www.notarios.pt.
Conta registada sob o nº 3530/2 de que foi emitido recebido.
Jornal Voz Ribatejana edição nº 24 de 09 de Novembro de 2011
Voz Ribatejana - “Rua da
Felicidade” é a estreia de
Alcino Elyseu neste campo da
ficção?
Alcino Elyseu - “Rua da
Felicidade” é de facto a estreia
enquanto autor de ficção.
Terminado em 2003, teve ini-
cialmente o título de “Uma
História de Merda”. Contudo,
uma revisão cuidada, evitou o
possível colapso que tal ideia
traria.
O que é representa para si o
acto de escrever?
Escrever, para mim, e ao con-
trário do que se possa imaginar,
não me prende nem me liberta
de coisa nenhuma. Gosto do
lado dos dejectos humanos, das
suas fraquezas, do
pequeno pormenor,
todavia, escrevo para ten-
tar produzir arte; encaro
um texto como uma escul-
tura que tem que ter uma
forma objectiva, uma dis-
tribuição lógica das suas
formas, de perfeita harmo-
nia. Nunca serei um ino-
vador, mas antes um bom
contador de histórias. No
final, é supremo o gozo de
perceber a luta que a partir
daí se irá travar entre o
efémero e o intemporal do
que acabámos de fazer.
Trata-se de uma obra que
estabelece alguma relação
entre locais emblemáticos de
Vila Franca de Xira e Macau,
porquê?
Há locais que, em dada altura
são para nós símbolos de enfa-
do e pesadelo, e outros que o
são de naufrágio e refúgio.
Destes últimos, o caminho de
volta é sempre mais longo.
Camilo Pessanha refugiou-se
em Macau por via dos amores
não correspondidos de Ana
Castro Osório e, Albano da
Barroca, o meu personagem
central neste livro, fê-lo de
igual modo, mas não perceben-
do que apenas era uma peça de
jogo dessa força implacável
que é o destino.
O livro em si procura trans-
mitir alguma mensagem
específica?
Poderia ser recorrente e trans-
mitir aos leitores deste jornal
um mar de banalidades já
avançadas por outros. Os meus
personagens não saltam dire-
ctamente da cadeira do psicólo-
go ou das máquinas de fitness
para os meus textos. São gente
que provém do mais profundo
das interrogações e preocu-
pações da condição humana;
com fantasmas, com marcas
profundas, amálgama de
emoções violentas que sugerem
sempre o direito à indi-gnação.
É sem dúvida uma lite-ratura
para adultos, e onde não facili-
to a vida a ninguém.
Como é que vê a vida
literária, nesta altura, no con-
celho de Vila Franca. Existe
ou vive muito no saudosismo
dos grandes escritores que
daqui são naturais?
A vida literária no concelho de
Vila Franca vale o que vale. De
algum modo, todos nós
perdemos demasiado tempo
com actores secundários e a
arte, seja ela qual for, para além
da fotografia oficial, é para essa
gente uma chatice. Eu nem
diria que existe saudosismo em
redor de vultos enormes como
Alves Redol e outros. Na reali-
dade, e para além do prémio-
zinho disto é daquilo, para além
da comemoração oficial, não
existe uma política diária que
ligue vizi-nhos ocasionais ao
sentimento da arte enquanto
factor de rea-lização da nossa
existência. Vila Franca tem
espaços naturais ao ar livre,
praças interessantes em termos
de algum enquadramento céni-
co. Quantos músicos se vêem
na rua convidados a explo-
rarem esses lugares? Quantas
mostras ao ar livre para pin-
tores e escultores? Onde está o
teatro, o circo, nesses locais?
Em resumo, tudo está confina-
do aos gabinetes, aos fóruns e
artistas do regime. A vida
literária, segue-lhes natural-
mente o exemplo.
Acha que as autarquias locais
podem fazer mais para incen-
tivar e divulgar os novos
autores?
Pelo que disse anteriormente, e
salvo raras excepções que tam-
bém as há, das Autarquias
Locais, o que quer dizer do
Poder Político e seus intér-
pretes, e no final das contas,
sobeja sempre o gesto tornado
clássico depois de Roma, de
lavar as mãos, e depois aceitar a
vénia oficial dos que lhes
pagam os ordenados. O que
aconteceu em termos de públi-
co no final do prémio Carlos
Paredes, foi simplesmente uma
vergonha e por aqui me fico.
Quais são os próximos pro-
jectos de Alcino Elyseu no
domínio da literatura?
Dos próximos trabalhos, tenho
pelo menos quatro textos ela-
borados para verem a luz do
dia. O próximo a entrar em
revisão, ainda este ano, baseia-
se num caso verídico: barco de
cabotagem que, nos anos seten-
ta do século passado, apareceu
à deriva e sem tripulação nas
costas de Moçambique. Do
texto, direi que é mais do
mesmo; grandezas, misérias e
fraquezas do comportamento
humano. Até lá, continuo o
roteiro de apresentações da
“Rua da Felicidade” e, depois
da livraria Mensagem Aberta
dessa mulher dinâmica e fan-
tástica que dá pelo nome de
Francisca, segue-se a Fábrica
de Braço de Prata.
Natural de Lisboa mas muito ligado ao concelho de Vila Franca de Xira e a Alhandra em par-
ticular, Alcino Elyseu abraçou, agora, um novo desafio com o lançamento do seu primeiro livro
de ficção, intitulado “Rua da Felicidade”. Com uma personalidade multifacetada, confessa que
já fez de tudo um pouco na vida sem nunca se fixar muito num caminho. No seu blog, assume
que balançou entre a engenharia e as diversas áreas das ciências sociais, mas que se decidiu
pela formação em Relações Internacionais. Depois, diz, “mergulhou na massa anónima do
país” e, “sem projecto de carreira, tem feito de tudo, mas nunca se especializou em nada”.
Do músico “medíocre”, a “militar de circunstância”, foi também “político pela diferença”
(tomou assento esporadicamente como vereador do PS na Câmara de Vila Franca, a cuja
comissão política pertenceu), crítico social e politólogo, radialista, viajante errático, desportista
e estratega industrial, refere. Alcino Elyseu assume-se, também, como “passageiro crítico de
um país sem destino” e já cumpriu o “grande sonho” de trabalhar numa organização não go-
vernamental de apoio à terceira idade e numa valência para crianças e jovens em risco.
Em entrevista ao Voz Ribatejana fala do livro e da realidade cultural vila-franquense. A obra
foi apresentada, no dia 29, na livraria bar Mensagem Aberta, na “Rua Direita” de Vila Franca
de Xira.
Alcino Elyseu lança
“Rua da Felicidade”
CULTURA
“
Filarmónica de Benavente festeja 140 anos
A Sociedade Filarmónica Benaventense está a comemorar os seus 140anos de existência ao longo de todo o mês de Novembro. No próximo dia20, a colectividade organiza um encontro de bandas no Cine-Teatro deBenavente. Até 30 de Novembro está patente uma exposição nas suasinstalações sobre este percurso de 140 anos da SFB.
Hipólito Cabaço
Era a primeira vez que os
japoneses viam alguma coisa
igual. Aquela massa de ferro
enorme, que deitava fumo negro
e na qual se viam enormes ca-
nhões, aproximava-se da costa
imparável. O medo contagiava
aqueles que esperavam à beira
da baía do Edo. Olhavam uns
para os outros, admirados, se-
gredando, exclamando. Então,
alguém gritou “barco negro” e a
palavra correu como pólvora na
região. Decorria o ano de 1854.
O navio em questão pertencia à
frota dos Estados Unidos e
chegava ao Japão com o firme
objectivo de tecer relações com-
erciais e diplomáticas com o
governo militar nipónico.
Esta visita e as posteriores, a ou-
tras potências ocidentais, trans-
formaram por completo o Japão
em pelo menos duas décadas (e,
mais tarde, por acréscimo, toda a
Ásia Oriental). Aquele barco da
marinha norte-americana sim-
bolizava o desafio que punha
para os nipónicos a tecnologia
ocidental: tinha um motor a
vapor, vinha equipado com artil-
haria pesada e tinha sido fabrica-
do mediante uma avançada
siderurgia. O Japão de então
ainda não conhecia nenhuma
destas coisas.
Depois de ver o “barco negro”
(“kurofuné”), os japoneses
começaram a usar essa palavra
para designar o desafio tec-
nológico ocidental, que mostra-
va a superioridade dos Estados
Unidos e da Europa em relação
ao Japão. Graças à Revolução
Industrial, os ocidentais estavam
avançados em numerosos aspe-
ctos: armamento, metalurgia,
comunicações, poder. Com a
visita do “kurofuné”, o Japão,
que naquela época se baseava
num sistema feudal, sentiu a
necessidade de adoptar aquela
revolução. Os nipónicos
começaram de seguida a impor-
tar máquinas e tecnologia e
aprenderam a usá-las. Só um
século mais tarde, na década de
60, começaram a despertar em
numerosos campos tecnológi-
cos. Entre eles, a indústria em
que os americanos se sentiam
mais orgulhosos: o automobilis-
mo.
Hoje em dia as marcas asiáticas
são as principais produtoras de
automóveis no Mundo, apesar
de terem começado a fabricá-los
com mais de meio século de
desvantagem em relação ao
Ocidente. Cinquenta anos no
caso do Japão, mas mais de 80
noutros países, como a Coreia do
Sul. Como é possível que em tão
pouco tempo se tenham situado
à cabeça do sector? Hoje dis-
põem de um dos sistemas de
produção mais eficientes do
Mundo.
No início do século XX, Oriente
e Ocidente tinham situações
muito diferentes. Enquanto a
Europa e os Estados Unidos
estavam industrializados e se cri-
ava uma incipiente sociedade de
consumo, a maioria dos países
da Ásia ocidental permaneciam
adormecidos. Muitos destes
países eram colónias ocidentais.
Outros estavam em plena tran-
sição de sistemas feudais para
sistemas capitalistas. Ou se con-
sumiam em conflitos bélicos. E
isso apesar de que, até 1830,
tanto a China como a Índia havi-
am sido grandes potências
mundiais, chegando a represen-
tar 50% do PIB mundial. Mas o
Oriente encontrou um modo de
evoluir a toda a velocidade:
importou literalmente a
Revolução Industrial.
Pouco depois da primeira visita
do “kurofuné” norte-americano,
o Japão, que tinha umas
condições económicas muito
favoráveis, começou a comprar e
a importar directamente tecnolo-
gia de diferentes sectores-chave.
Começou com o têxtil, a partir
do qual foi criando uma base
industrial muito forte.
O nascimento desses conclaves
empresariais, nos começos do
século XX, coincidiu com a
expansão do Japão na Ásia. O
império nipónico conquistou
diferentes países e regiões, como
a Manchúria na China, Coreia,
Taiwan, Indochina e algumas
ilhas do Pacífico que se conver-
teram em suas colónias. O Japão,
com estas anexações, obtinha as
matérias-primas de que necessi-
tava para alimentar o seu incipi-
ente sector industrial como o aço
para a aeronáutica, a borracha
para os pneumáticos, etc. Ao
mesmo tempo, a colonização
dos novos territórios gerava tra-
balho para estas fábricas, cujo
melhor cliente era a guerra. A
Nissan, por exemplo, fabricava
tanques e camiões para o exérci-
to.
As mesmas empresas que fabri-
cavam veículos militares cri-
avam, incentivadas pelo gover-
no, transportes para uso público,
como os autocarros. O primeiro
deles apareceu em 1904 e podia
levar dez (10) passageiros.
Também se manufacturavam
automóveis para privados.
Em Abril de 1935 saiu da fábrica
da Nissan o primeiro automóvel
com este fim. Era um Datsun e
simbolizava os rápidos avanços
do Japão na industrialização
moderna. O seu slogan dizia: “O
sol nascente como bandeira e o
Datsun como automóvel”.
A companhia original japonesa
chamava-se Kwaishinsha Motor
Car Company e foi fundada em
1912 com o objectivo de con-
struir um automóvel a que
chamou DAT, utilizando as inici-
ais de nomes de homens da sua
família. Em 1930, os DAT
tornaram-se Datson e, logo a
seguir, Datsun. Três anos mais
tarde, com a evolução, a empre-
sa passou a chamar-se Nissan
Motor Company, embora os
automóveis tenham continuado a
ostentar, mais alguns anos, a
marca Datsun.
No ano de 1978 fui convidado
pelo Lázaro Rodrigues e pelo
Mário Machado para abrir a
Riotécnica, concessionária da
Datsun em Vila Franca de Xira.
Esta empresa foi criada com a
intenção de absorver os “retorna-
dos” de Moçambique. Para
quem não sabe, a sede do
Entreposto, contrariamente ao
que se pode pensar, era em
Lourenço Marques, represen-
tante da Mercedes e Peugeot.
Em Lisboa representava a
Datsun, posteriormente Nissan.
Pois é com muito gosto que vou
escrever um pouco sobre um dos
modelos mais emblemáticos
dessa altura, o Datsun 1200. Nos
anos 70, o Datsun 1000 foi sub-
stituído pelo 1200. Estes
automóveis eram reconhecidos
pela sua robustez e fiabilidade, o
que levou a que, em termos de
vendas, tivesse um sucesso
tremendo. Este motor 1.2 era de
tal maneira fiável que os mode-
los que vieram posteriormente, o
Datsun 120Y, o Sunny B 310 e o
Datsun Sado (estes eram uns
comerciais que só foram feitos
no nosso País) eram equipados
com este motor.
17
Datsun
AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA
“
Especificações:
Tipo A 12
4 tempos, 4 cilindros em linha, arrefecido por
água
Cilindrada: 1171 cm3
Ordem de inflamação : 1-3-4-2
Diâmetro curso : 73x70 mm
Potência máxima : 69 cv (SAE) a 6000 r.p.m.
Relação de compressão : 9, o/l
Binário máximo : 9, 7 Kgms a 4000 r.p.m.
Peso : 695 kgs.
Diversos:
Motor dianteiro
Tracção traseira
Número de passageiros – 5
Velocidade máxima – 150 Kms/h
400 metros de arranque 18 seg.
Raio de viragem 4, 1 metros
Na partedesportivatambémsomavasucessos:A nível nacional, o Datsun1200, mercê de troféus damarca – com certezaainda estarão na memóriados entusiastas de veloci-dade as lutas entre osvolantes da época que,competindo emautomóveis iguais, faziamsobressair os seus dotesde pilotagem de umamaneira muito agradávelde presenciar. A durabili-dade do Datsun 1200 é talque ainda hoje há provasde velocidade com estemodelo.Internacionalmente, com oDatsun 160 J ganhou oRali da Acrópole em:1976 – Vencedor destaca-do1977 – Terceiro e quintolugares1978 – Terceiro e quartoda geral (1º. e 2º. daclasse)1979 – Dos 153 carros àpartida, apenas 20 com-pletaram esta desgastantee altamente competitivaprova de resistência.Ganhou os dois primeiroslugares na classe e porequipas.Em 1979 ganhou tambémo Rali Safari
Datsun 1.5 Roadster de 1936
Datsun 1200
18
TAUROMAQUIA
“
voz ribatejana #24
Jorge Talixa
Criada a 1 de Novembro de
1992, por um grupo de amigos
e aficionados de Alhandra, a
Tertúlia “A Toireira” é a única
do género na vila alhandrense
e uma das poucas no concelho
de Vila Franca de Xira com
estatuto formal de associação.
Foi depois de uma viagem a
Espanha para assistir a uma
corrida que um grupo de ami-
gos decidiu constituir “A
Toireira”, hoje com excelentes
instalações na Rua Vasco da
Gama (cedidas pelo
Município) e com o objectivo
assumido de fomentar e divul-
gar a Festa dos Toiros numa
terra que ainda mantém algu-
mas das grandes tradições que
já teve na tauromaquia.
O 19º. aniversário foi festeja-
do com um programa que se
prolongou por todo o feriado e
incluiu, como pontos altos, o
almoço comemorativo e uma
palestra com o coronel José
Henriques. Houve também
uma romagem ao cemitério, o
hastear das bandeiras, um
“Alhandra d’ Honra”, um
magusto e muito convívio
entre tertulianos e convidados.
“Isto surgiu por carolice de
meia-dúzia de amigos da Festa
que, depois de termos ido ver
uma corrida a Espanha, no
regresso, pensámos em organi-
zar uma tertúlia, porque
Alhandra é uma terra bastante
aficionada e com bastantes
pessoas ligadas aos toiros,
desde ganaderos, a cavaleiros,
bandarilheiros e forcados”,
explica Jorge Borges, presi-
dente da Tertúlia “A Toireira”,
lembrando que atradição dos
toiros tem mais de 200 anos na
vila (ver caixa).
“Com este amor à Festa, orga-
nizámos uma casinha muito
pobre e modesta (alugada) e
começámos a convidar pes-
soas ligadas aos toiros”,
prossegue, lembrando que
nestes 19 anos “A Toireira”
organizou pelo menos três cor-
ridas de toiros, homenagens a
figuras da Festa naturais da
vila como Jesus Nunes,
Ludovico Bacatum e
Laurentino Boeiro e um con-
junto alargado de conferências
com figuras como Vítor
Escudero e diversos toureiros.
Em 2010 promoveu, ainda,
uma homenagem à família
Casquinha e tem organizado
várias largadas de toiros. Ao
mesmo tempo recolheu um
espólio muito significativo e
constituiu um museu.
Num dos aniversários, Maria
da Luz Rosinha, presidente da
Câmara de Vila Franca, pro-
meteu ceder um espaço com
melhores condições, promessa
que cumpriu há 3 anos, com
um edifício próprio construído
na Rua Vasco da Gama, perto
do quartel dos bombeiros.
“Este espaço foi muito impor-
tante em todos os aspectos, é
grande e deu-nos mais garan-
tias de podermos fomentar
aqui outro tipo de coisas. No
ano passado fizemos aqui uma
exposição de pintura de Jorge
Alexandre e uma conferência
com o Vítor Escudero. Era
tanta gente que tivemos que
passar para o salão da junta”,
sublinha, frisando que “A
Toireira” pretende sobretudo
promover e defender a Festa e
não tanto funcionar como
local para almoços e jantares.
Também por isso tem, actual-
mente, 26 sócios. A entrada de
novos filiados é livre, mas há
uma certa selecção dos novos
membros, porque não se pre-
tende pessoas que venham
simplesmente para beber uns
copos.
“Em Alhandra, a Festa morreu
um bocadinho e, quer
queiramos quer não, temos
consciência disso, porque não
há aquele interesse verdadeiro,
aquela aficion, que havia
antigamente. Alhandra levava
multidões quando se fazia um
espectáculo taurino e hoje não.
Foi também por isso que
quisemos fazer a tertúlia”, sus-
tenta, considerando que, ape-
sar de todas as contestações e
de todas as dificuldades, a
Festa dos Toiros tem futuro na
região e no País. “Há algumas
pessoas que querem acabar
com a Festa, mas a Festa tem
futuro. É claro que, com a situ-
ação económico que se está a
gerar, vai haver menos afluên-
cia de pessoas à Festa, porque
as coisas estão cada vez mais
caras e os bilhetes também não
são muito receptivos a que as
pessoas possam ir muitas
vezes, mas tenho a convicção
de que a Festa tem futuro”,
disse Jorge Borges ao Voz
Ribatejana.
A tertúlia tauromáquica de Alhandra assinalou, no feriado de 1 de Novembro, o seu 19º.
aniversário. Para 2012, o grande objectivo é voltar a realizar uma corrida de toiros em
Alhandra.
“A Toireira” celebra 19 anos
Alhandra teve
primeira praça
do concelho
Segundo Jorge Borges, os registos históricos
atestam que Alhandra teve a primeira praça de
toiros fixa no actual território do concelho de
Vila Franca e, no século XIX, as suas corridas
reais eram famosas, atraindo muitas vezes a
família real. D. Carlos esteve, assim, várias
vezes em Alhandra e, também por toda essa
tradição, Almeida Garret descreveu-a a vila,
nas conhecidas “Viagens pela minha Terra”,
como “Alhandra a Toireira”.
Certo é que Jorge Borges sabe que uma
primeira praça fixa de madeira terá sido inau-
gurada, em 1897, próximo do Teatro Salvador
Marques, no espaço em frente das actuais insta-
lações da Euterpe. Nas décadas seguintes
foram construídas outras na praça hoje situada
em frente da Cimpor e a última terá desapareci-
do por volta de 1950.
“Ao longo destes 19 anos recolhemos muita
coisa sobre a tauromaquia em Alhandra pessoas
que nos ofereceram quadros e fotografias e
toureiros que nos ofereceram fatos. Temos aqui
um espólio muito importante”, acrescenta
Jorge Borges, referindo-se a todo um acervo
exposto no piso superior da tertúlia.
Corrida é ograndeobjectivopara os 20anosA Tertúlia “A Toireira”festeja, em Novembro de2012, os seus 20 anos deexistência. Umaefeméride que a direcçãopretende assinalar deforma condigna comvários eventos ao longodo ano. “Gostávamos defazer uma corrida detoiros para marcar oacontecimento”, revelaJorge Borges, esclarecen-do que não tem que sernecessariamente a 1 deNovembro, dia do aniver-sário, mas poderá serantes ou depois, numadata mais segura em ter-mos de tempo. A ideia éhomenagear a primeirapraça de toiros da vila eas suas figuras dotoureio. Segundo os diri-gentes da casa, a ideiatem colhido a simpatia devárias pessoas comresponsabilidade nafreguesia e no concelho.“É um sonho que temoshá muito tempo. Vamosver se conseguimosfazer”, conclui.
JorgeBorgespropõedirectório domovimentotertulianoNo almoço comemorativo,o presidente de “AToireira”, defendeu a cri-ação de “um directóriocolectivo do movimentotertuliano do concelho”que poderia constituir“uma bela ferramentapara fortalecer a aficion econtribuir para a criaçãode um centro de interpre-tação tauromáquica, queincorporasse, como pareceser o desejo colectivo, oMuseu Nacional daTauromaquia”. Realçandoo espírito de cooperaçãoexistente com o ClubeTaurino Vilafranquense ecom vária stertúlias públi-cas do concelho, JorgeBorges salientou necessi-dade de se reforçar cole-ctivamente os laços cultu-rais que distinguem o con-celho. No decorrer dasessão foi também realça-da a dedicação do coronelJosé Henriques a causa datauromaquia e sugerida ajunção em livro das cróni-cas que tem publicado.
19
9 de Novembro de 2011
16 de Novembro’11
15h00
Salão Nobre
dos Paços do Município
de Vila Franca de XiraPe
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26
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A corrida de toiros realizada, no passado dia
15, em Azambuja, ficou aquém das expectati-
vas da organização. Não foram vendidos
mais de 500 bilhetes e, por isso, a praça não
encheu, como se esperava, tendo em conta
que era uma corrida solidária, cujas verbas
apuradas seriam entregues às IPSS (institu-
ições particulares de solidariedade social) do
município azambujense.
O designado “Festival Taurino” reuniu na
praça cerca de 700 espectadores, mas cerca
de 200 correspondiam a convites entregues
pela organização. António José Matos, presi-
dente da “Poisada do Campino”, que organi-
zou a iniciativa, referiu que o espectáculo
“correu bem” e que “os toureiros estiveram
em grande” mas, no que toca às entradas, o
evento “não teve o sucesso esperado. Não
tivemos a moldura humana desejada”,
resumiu.
Quanto às razões que levaram o público a
não aderir à iniciativa, António José Matos
aponta como exemplos: “O discurso do
primeiro-ministro sobre o Orçamento de
Estado e a crise que vai no país, que con-
tribuíram para a verificada falta de interesse
do público ou a ausência de aficionados em
Azambuja”.
António José Matos admite que esta festa não
correu bem, mas garante que a Poisada do
Campino não “vai baixar os braços”, assegu-
rando que se “aprende com as coisas que co-
rrem menos bem”. Pese embora o público
não tenha correspondido, o responsável diz
que a festa valeu a pena, com a presença de
várias crianças da CERCI e da Casa Mãe de
Aveiras de Cima na entrega dos troféus que,
ao fim e ao cabo, também serviu para ajudar
as IPSS.
MAR
Festival taurino
com pouca
adesão do
público
Reportagem fotográfica de Ana Serra
O bandarilheiro vila-franquense João José foi homenageado, no dia 28, na praça de Arruda dos Vinhos, com um espectáculo de despedida das are-
nas em que actuaram fundamentalmente bandarilheiros. Os toiros foram cedidos por várias ganadarias da região. João José completa 61 anos no
final deste mês de Novembro e protagonizou uma carreira de 40 anos como bandarilheiro, acompanhando algumas das principais figuras da tauro-
maquia portuguesa.
A praça do Campo Pequeno acolheu, no dia 13,
um espectáculo destinado a angariar fundos
para crianças carenciadas de Moçambique.
Organizada pela família Ribeiro Teles, a inicia-
tiva contou com actuações de Manuel Teles
Bastos, João Ribeiro Teles Junior, Vítor
Mendes, Pedrito de Portugal e Ruiz Miguel. A
receita apurada destinou-se a ajudar a
Fundação LVida que, desde 2002, desenvolve
projectos de melhoria das condições de vida das
famílias do Município do Dondo, na província
de Sofala. Entre outras acções, a LVida fornece
diariamente pequeno-almoço e almoço a 250
crianças.
Arruda distingue João José
Espectáculo para ajudar crianças de Moçambique
Samora tem Festade Talentos Solidária
Uma Festa de Talentos Solidária, com o apoioda Associação de Pais do Agrupamento deEscolas de Samora Correia, realiza-se, no próx-imo dia 19, no Centro Cultural samorense. A
iniciativa tem início marcado para as 21h00.
MUNICÍPIO DE BENAVENTE
Divisão Municipal de Obras Particulares e Planeamento Urbanístico e
Desenvolvimento
EDITAL Nº 373/2011
Alteração do Alvará de Loteamento nº 52 emitido em 1991 em nome de ALSER
– Sociedade Agro-Pecuária, Lda.
Miguel António Duarte Cardia, Vereador da Câmara Municipal de Benavente,
com subdelegação de competências, faz saber, nos termos e para efeitos do pre-
conizado no n.º 3 do art.º 27º do Decreto-Lei nº 555/1999, de 16 de Dezembro,
com posteriores alterações, que, por despacho exarado em 09-08-2011, foi deter-
minado proceder à notificação dos proprietários dos lotes constituídos pelo alvará
de loteamento nº 52/1991, emitido em nome de ALSER – Sociedade Agro-
Pecuária, Lda., para se pronunciarem sobre a proposta de alteração ao referido
alvará.
Esta incide exclusivamente sobre a supressão do art.º 3º do Regulamento do
Loteamento, bem como na readaptação do artº 7º.
A proposta encontra-se disponível para consulta na Divisão Municipal de Obras
Particulares e Planeamento Urbanístico e Desenvolvimento (DMOPPUD),
durante o período de audiência prévia dos proprietários, das 9h00 às 12h30 e das
14h00 às 17h30.
Os interessados poderão apresentar, por escrito e dirigidas ao Sr. Presidente da
Câmara Municipal de Benavente, as suas reclamações sobre a proposta de alter-
ação, durante 10 dias (úteis), contados a partir da publicação do presente Edital no
jornal “Voz Ribatejana”, para:
- Câmara Municipal de Benavente
Praça do Município
2130-038 - Benavente.
Paços do Município de Benavente, 03 de Outubro de 2011
O Vereador, com subdelegação de competências
Miguel António Duarte Cardia
20
DESPORTO
“
voz ribatejana #24
Jorge Talixa
Como se esperava, não apareceu
nenhuma lista candidata aos
órgãos directivos da União
Desportiva Vilafranquense
(UDV) na assembleia-geral real-
izada na passada sexta-feira.
Depois de uma reunião do
plenário dos corpos dire-ctivos do
clube que deverá ocorrer na próx-
ima semana, a solução imediata
deverá passar por uma comissão
administrativa que assumirá a
gestão co-rrente da UDV na
expectativa de que surja depois
uma nova equipa candidata à
direcção. Mas a falta de interesse
dos sócios pela assembleia do pa-
ssado dia 4 foi manifestamente
preocupante. Embora já se
soubesse que não havia lista can-
didata, o certo é que a uma assem-
bleia importante da vida do clube
compareceram apenas 11 elemen-
tos dos órgãos dire-ctivos ces-
santes e mais dois (!?) sócios.
Luís Santos, presidente da assem-
bleia-geral da UDV, começou por
ler uma carta de demissão envia-
da por Rui de Carvalho já depois
da anterior assembleia, realizada
em Junho. O antigo responsável
da Secção de Hóquei em Patins
afirma a sua discordância com a
distribuição de verbas que a
direcção foi fazendo pelas
secções e com a forma como foi
elaborado o material de divul-
gação de iniciativas rea-lizadas no
Verão.
Depois, o presidente da mesa da
assembleia vincou que não lhe foi
apresentada nenhuma lista candi-
data a gerir o clube no biénio
2011/2013 e que, nos termos dos
estatutos, deverá reunir o plenário
dos órgãos directivos para analis-
ar a situação. “Tenho informação
que um grupo de pessoas está
disponível para trabalhar no
âmbito de uma comissão admin-
istrativa”, prosseguiu.
Isso mesmo foi confirmado pelo
presidente cessante, Joaquim
Pedrosa, que explicou que a
direcção reuniu no dia 1 “na per-
spectiva de se arranjar uma
comissão administrativa, foram
convocados os se-ccionistas e
estão disponíveis para assumir
essa missão”, esclareceu, frisando
que a grande dificuldade é que
não se encontra ninguém interes-
sado em assumir o cargo de pres-
idente da UDV. “Acima de tudo
há a dificuldade em arranjar um
presidente. E como existe essa
dificuldade, tem que se ir para
uma solução de comissão admin-
istrativa”, vincou.
Nuno Bico acrescentou que há
dois meses que se procura encon-
trar um candidato a pre-sidente.
“Fizemos contactos com quatro
ou cinco pessoas, mas não
aceitaram”, referiu.
Luís Feijão, tesoureiro da
direcção cessante, é um dos ele-
mentos que já se mostrou
disponível para integrar a comis-
são administrativa. Em declar-
ações ao Voz Ribatejana explicou
que há duas ou três pessoas da
actual direcção (começou com 15
elementos e estava reduzida a sete
ou oito) que estão disponíveis
para participar na comissão, que
integrará também pessoas das
secções.
“Esperamos que as coisas não se
alarguem no tempo. O pro-blema
aqui era ter uma pessoa com
disponibilidade para o cargo de
presidente”, frisou, salientando
que esta comissão deverá assegu-
rar a gestão co-rrente do clube,
mas vai enfrentar a necessidade
de tomar medidas para equilibrar
as contas mensais e tentar pagar
as mensalidades assumidas com
as Finanças e com a Segurança
Social. “O problema em termos
desportivos está praticamente
resolvido com o campo sintético.
O problema do clube é, basica-
mente, financeiro, por causa da
dívida que tem”, salientou. “A
comissão vai ter que tomar medi-
das. Ou as receitas crescem ou
corta nas despesas. As receitas
são, provavelmente, mais difíceis
de conseguir neste momento do
que cortar nas despesas”, admite.
Certo é que Luís Feijão espera
que, depois de algum tempo de
trabalho na forma de comissão,
seja possível que algumas pe-
ssoas conheçam melhor o espírito
e a realidade do clube e se consi-
ga formar uma lista para a
direcção.
Futuro da UDV passa por uma
comissão administrativa
Sintético pronto em NovembroJoaquim Pedrosa adiantou que a informação que tem é que ocampo relvado sintético deverá ficar pronto já na primeiraquinzena de Novembro. “As coisas atrasaram-se um bocadopor causa da chuva”, observou. O sócio António da Graça deDeus quis saber se o sintético ficará mais estreito do que ocampo que ali existia, mas Pedrosa garantiu que vai ter maismetro e meio de largura. O presidente cessante explicou quehá um protocolo celebrado entre a UDV, a Câmara e aObriverca, em que esta empresa se comprometia a pagarobras de remodelação do complexo do Cevadeiro orçadas em500 mil euros. “A Obriverca, numa reunião, disse que nãotinha possibilidades de despender esses 500 mil euros e quenão tinha dinheiro. Fizemos pressão e a Câmara exigiu daparte do Eduardo Rodrigues não o dinheiro, mas uma assi-natura em que se compromete a pagar a parte do sintético. Ohomem assinou e a obra, orçada em 150 a 200 mil euros, estáa avançar paga pela Câmara”, rematou Joaquim Pedrosa.
O pavilhão do Vilafranquense
acolheu, no sábado, o
Campeonato Nacional de
Patinagem de Velocidade Indoor.
Uma iniciativa da Associação de
Patinagem de Lisboa (APL) que
reuniu cerca de 50 praticantes e
que pretendeu também promover
a modalidade na região. Luís
Nascimento, alverquense que pre-
side à APL depois de anos de lig-
ação à Secção de Hóquei em
Patins do Futebol Clube de
Alverca, explicou, ao Voz
Ribatejana, que a escolha de Vila
Franca visou também dar a con-
hecer as corridas de patins e
procurar incentivar a sua prática
nos clubes da região.
Quando chegou à direcção da
APL, Luís Nascimento diz que
um dos objectivos estabelecidos
passava já pela dinamização da
patinagem de velocidade, modali-
dade que não existia no distrito.
Alguns praticantes eram obriga-
dos a treinar em clubes de regiões
vizinhas e “foi-lhes lançado o
desafio de regressarem com
condições para se integrarem nal-
guns clubes”, frisou, explicando
que, nesta altura, já o Oriental, o
Liga de Algés e o Clube de
Patinagem Lisbonense praticam a
patinagem de velocidade.
“Entretanto, estamos a trabalhar e
a fomentar a modalidade também
através do desporto escolar. Não
nos podemos esquecer que é uma
modalidade pré-olímpica”, sublin-
ha Luís Nascimento, que julga
que há condições para que tam-
bém no concelho de Vila Franca a
patinagem de velocidade ganhe
dinamismo. Um jovem de
Alverca, Damião, já alcançou
inclusivamente vários títulos
nacionais.
No campeonato nacional do pas-
sado sábado participaram 50 prat-
icantes com idades a partir dos 15
anos. Poderiam ser o dobro se as
associações das ilhas tivessem
podido estar presentes. A pati-
nagem de velocidade tem
tradições nos arquipélagos dos
Açores e da Madeira, mas desta
vez não puderam deslocar-se. Luís
Nascimento agradeceu, tam-
bém, todo o apoio da UDV e
dos que se empenharam na
preparação do pavilhão.
Vila Franca recebeu nacional
de patinagem de velocidade
Hóquei perto dos 3000 prati-cantesUma das principais preocupações da actual direcção da APL temsido fomentar a prática do Hóquei em Patins entre os maisjovens. Segundo Luís Nascimento já são, nesta altura, perto de3000 praticantes no distrito, o que significa um aumento de cercade 500 só nos últimos dois anos e meio.“Neste momento somos provavelmente a única associação quetem vindo aumentar acentuadamente o número de praticantes. Esomos a associação com maior número de clubes e com maiornúmero de praticantes”, vincou o dirigente associativo. “Este tra-balho não é só da associação, a associação o que fez foi criar ascondições ideais para que se pudesse desen-volver, com proje-ctos como o de detecção detalentos, com a colocação de monitores nasescolas e com a adaptação do regulamentopara os mais jovens, em que quantos mais atle-tas participam no jogo mais ponto tem aequipa”, acrescentou. Um tema a que voltare-mos em próximas edições do Voz Ribatejana.
Alverca Vólei somavitórias As equipas femininas do Alverca Vóleientraram da melhor forma nos nacionais dejuvenis e de juniores. As mais velhas somamtrês vitórias em três jogos depois de terembatido o Lousã (3-0), o Tocha (3-1) e aAcadémica de Coimbra (3-0). Já as juvenisvenceram a Académica de Coimbra e oFilipa de Lencastre, ambos por 3-0.
Sub-10 da UDVlideram A equipa A do Vilafranquense, na categoriade sub-10 em basquetebol, regista 5 vitóriasnos 5 jogos disputados no campeonato daAssociação de Lisboa. Ganhou, no passadofim-de-semana ao Paço de Arcos (45-39) eao Queluz (59-48) é é lider isolado, numaprova onde Algés, Benfica e Nacional regis-tam quatro jogos e quatro vitórias.Já os sub-16 da UDV ganharam a respectivasérie, sem derrotas, e vão disputar a fase deapuramento para o campeonato nacionalcom outras sete equipas, entre elas Benfica,Estoril Basket e Queluz. Na última joranadada primeira fase ganharam em Moscavidepor 95-73.
21
9 de Novembro de 2011
Tudo correu bem à equipa
principal da União
Desportiva Vilafranquense
(UDV), no passado domingo,
que conseguiu bater o anteri-
or líder da Divisão de Honra
da Associação de Futebol de
Lisboa por expressivos 4-0. A
equipa de Vila Franca reali-
zou uma excelente exibição
frente a um Sporting de
Lourel que revelou algumas
fragilidades e a goleada pode-
ria ter sido ainda maior,
sobretudo pelo desnorte que
afectou a equipa do concelho
de Sintra nos últimos minu-
tos. Realce para os dois golos
do avançado Emanuel mas,
sobretudo, para uma exibição
muito consistente da equipa
da casa, num jogo que levou
muito público ao campo do
Cevadeiro, atraído pela visita
do líder do campeonato. É
que o Lourel registava até
aqui apenas uma derrota
(quatro vitórias e três
empates) e empatara, no
domingo anterior em
Odivelas.
Em Vila Franca, o jogo
começou repartido, notando-
se muita juventude em ambas
as equipas. Progressivamente,
o Vilafranquense foi criando
mais perigo e foi o médio
Calisto quem, exactamente a
meio da primeira parte, con-
seguiu desequilibrar a conten-
da. Ganhou uma bola a meio
do meio campo adversário e,
à entrada da área, bateu forte
para o fundo das redes, fora
do alcance do guardião
Bruno. Passados apenas 9
minutos, Emanuel, depois de
uma insistência de Marco,
conseguiu talvez o melhor
golo da tarde, num pontapé de
bicicleta que anichou a bola
no lado esquerdo da baliza do
Lourel. Um golo que trouxe
ainda mais tranquilidade à
equipa de Vila Franca, que
continuou a ser a mais
perigosa até ao intervalo. Já
em cima dos 45 minutos, o
árbitro Martinho Rodrigues
marcou livre indirecto dentro
da área da UDV, por atraso
indevido ao guarda-redes,
mas o avançado do Lourel
não acertou na baliza.
Na segunda parte, a equipa do
concelho de Sintra deu
mostras de tentar alguma
reacção, mas nunca criou
grande perigo e, nos minutos
finais, o Vilafranquense
voltou a carregar no aceler-
ador e a aproveitar os espaços
para repetidos contra-ataques.
Aos 73 minutos, Marco
Isolou-se e atirou ao poste.
Dez minutos depois, boa
jogada do capitão Castro, que
conseguiu também isolar-se e
facturou o 3-0 perante o guar-
da-redes visitante. Ainda
antes dos 90, Semedo isolou-
se e foi derrubado à entrada
da área por Tiago Lopes, que
acabou expulso menos de 1
minuto depois de ter entrado
em campo. O Vilafranquense
não conseguiu marcar no con-
sequente livre, mas já aos 92
minutos Emanuel não per-
doou e fez o 4-0 final.
UDV despacha Lourel com 4-0
Vialonga e Alverca nãoevitam derrotas edefrontam-se no domingoVialonga e Alverca tiveram pior sorte na 9ª. jornada daDivisão de Honra da AFL, disputada no domingo. Os home-ns de Vialonga perderam, em casa, por 3-1, frente aoAtlético da Malveira que, depois de 3 derrotas nos primeirosjogos, já soma 6 vitórias e subiu à liderança da tabela.Igual sorte teve o Alverca, que perdeu em São João da talhapor 3-1.Na classificação, o Vilafranquense mantém-se a 1 ponto doslíderes, que são agora o Malveira e o Tires. O Vialongadesceu para a sétima posição, a quatro pontos dosprimeiros. E o Alverca está em 11º., com menos 2 pontos,num campeonato que se mantém particularmente renhido. Na jornada de dia 30, o Vilafranquense perdeu, com algumasurpresa, por 1-0, no terreno do Linda-a-Velha. Mal esteve,também, o Vialonga perdeu no terreno do vizinho e rivalTojal, por 2-0. Já o Alverca cedeu um empate caseiro frenteao Alta de Lisboa.A próxima jornada, no domingo dia 13, vai trazer um sem-pre aguardado dérbi concelhio entre Alverca e Vialonga. Jáa UDV visita o lanterna-vermelha Encarnação e Olivais. Oslíderes têm jogos acessíveis, com o Malveira a receber oCacém e o Tires a visitar Bucelas.
Equipas:VilafranquenseFialhoFélixRicardo RochaMartimLança (cap) (Fábio Rosa)Paulo Sérgio (Nuno Batista)CastroCalisto (Bruno Pernes)EmanuelGuilherme (Semedo)MarcoTreinador: Paulo Eira
LourelBrunoMeira (Cunha)HélderTiago FranciscoBarradasJoão Raimundo (João Pedro)RuizinhoAndré Lopes (Augusto)Barroso (Dje Dje)Edgar (Tiago Lopes)Pipas Treinador : Paulo Oliveira
Povoenseconsolidasegundolugar quepode darsubidaO União Povoense está afazer um bom campeonatona 1ª. Divisão de Lisboa.Voltou a ganhar nodomingo, em casa, frenteao Ericeirense e subiu aosegundo lugar da tabela,isolado, posição que darádireito a subida no fim daprova. O vizinho SantaIria vai já distante com 24pontos resultantes de 8vitórias. O Povoense vema seguir com 17, seguidopelo Venda do Pinheirocom 16. Na jornada dedia 30, os homens daPóvoa conseguiram umaexcelente vitória, por 2-0,na Venda do Pinheiro.Pior está o Juventude daCastanheira, que acumu-lou mais duas derrotasnas duas últimas jornadase segue na 13ª. posição,com apenas 8 pontos. Oshomens da Castanheiraperderem, agora, nocampo do Arneiros e najornada anterior foramsurpreendidos em casapelo Coutada.Já o União e Recreio deVila Nova da Rainha con-seguiu, no domingo,inverter uma tendêncianegativa e, ganhando aoMurteirense, subiu à 14ª.posição, com 7 pontos. Napróxima jornada jogamCastanheira e União eRecreio e o Povoense visi-ta a Murteira.
Benavente empata Alcanena e crise emSamora e Porto AltoAs equipas do concelho de Benavente tiveram sortes diferentes nos campeonatos daAssociação de Santarém. O Benavente deu luta ao líder Alcanena e empatou a uma bola,situando-se numa confortável quinta posição, com 12 pontos, que lhe pode dar acesso á fasefinal da subida. Bem pior está a Arepa do Porto Alto, que voltou a perder (0-3), desta vez emTorres Novas, um resultado normal no terreno do segundo classificado. Mas na jornadaanterior, a Arepa perdeu em casa com o Entroncamento e começa a ficar atrasada no últi-mo lugar, agora a dois pontos do Moçarriense e já a 5 do Ouriquense. No próximo dia 13joga-se o dérbi Arepa-Benavente.Mal está também o Samora Correia e o treinador Alfredo Amaral decidiu, no domingo, colo-car o seu lugar à disposição depois de uma derrota caseira (1-3) frente ao Salvaterrense. Aequipa de Samora soma apenas dois empates e três derrotas e segue na penúltima posição, àfrente apenas do vizinho Barrosa. A direcção do Grupo Desportivo de Samora deve tomar,esta semana, posição sobre o futuro da equipa. Na frente da Divisão Secundária seguemCoruchense e Pontével.
BTT nas Terras do Toiro
A secção de BTT da Arepa e o Clube de BTTTrilhos da Lezíria promovem, no próximo dia 20,a quarta edição do BTT – Terras do Toiro. A con-centração é junto ao pavilhão da EB 2. 3 do PortoAlto e a partida está agendada para as 9h00.
A Academia de Dressage Daniel Pinto e aAcademia Equestre João Cardiga organizaram, nodia 31, uma gala de solidariedade para recolher osfundos necessários para qualificar Portugal para osJogos Paralímpicos de 2012. A iniciativa, realizadanas instalações da Academia de Dressage, no con-celho de Arruda dos Vinhos, juntou mais de 1000pessoas e culminou com uma homenagem, ao somdo hino nacional, à equipa portuguesa deEquitação de Trabalho que acabara de sagrar-setricampeã mundial em França. Outro momento altodeste “Serão Olímpico” aconteceu quando DanielPinto, cavaleiro olímpico e anfitrião da festa, eSara Duarte, uma das atletas paralímpicas, rece-beram a chama olímpica e simbolicamente acender-am o fogo que todos acreditam vai ajudar nestacaminhada solidária. As três atletas (Sara Duarte,
Maria Quinta e Ana Veiga) já garantiram a qualifi-cação individual para Londres, estando agoraempenhadas em assegurar uma presença colectivapara Portugal, precisando para isso de reunir fun-dos que permitam a organização do CampeonatoInternacional de Paradressage, agendado paraPortugal de 2 a 4 de Dezembro, e as ajudem adeslocarem-se ao Internacional de Barcelona, mar-cado para Janeiro de 2012. “Foi uma honra rece-ber um evento desta natureza, ainda por cima como privilégio de poder homenagear os nossos tricam-peões de Equitação de Trabalho. Mas, acima detudo, continuamos empenhados em reunir ascondições mínimas para proporcionar a todos osatletas portugueses a oportunidade de se qualifi-carem para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de2012”, afirmou Daniel Pinto no final do evento.
Arruda recebeu serão olímpico equestre
Daniel Pinto
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22
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Faz quatro anos, no dia
09.11.2011, que nos deixaste.
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por sua alma, dia 09.11.2011
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AVISODiscussão Pública da Unidade de Execução U1 Expansão
da Plataforma Logística
Maria da Luz Gameiro Beja Ferreira Rosinha, Presidente da Câmara Municipal de Vila
Franca de Xira:
Torna público, e cumprindo o disposto no nº 4 do artigo 120º e nº 3 e seguintes do artigo 77º
do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, publicado pelo Decreto-Lei nº
380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 46/2009, de
20 de Fevereiro, e em cumprimento da deliberação de Câmara Municipal de 2 de Novembro
de 2011, que, a partir do 5º dia útil a seguir à publicação deste Aviso no Diário da República
e durante 22 dias úteis, se encontra aberto o período de discussão pública da proposta de
Delimitação e respectivo Programa-Base da Unidade de Execução correspondente à Unidade
Operativa de Planeamento e Gestão U1 Expansão da Plataforma Logística, delimitada no
Plano Director Municipal de Vila Franca de Xira, publicado pelo Aviso nº 20905/2009, de 18
de Novembro; Aviso nº 2956/2009, de 3 de Dezembro (Declaração de Rectificação); Aviso
nº 14674/2010, de 23 de Julho (Alteração por Adaptação) e Aviso nº 16081/2010, de 11 de
Agosto (Declaração de Rectificação).
Para o efeito, a proposta de delimitação da Unidade de Execução U1 Expansão da Plataforma
Logística, consubstanciada no Programa-Base com a fundamentação da proposta de delimi-
tação e cadastro, bem como da solução urbanística de base, encontra-se disponível, todos os
dias úteis, durante as horas de expediente na Junta de Freguesia da Castanheira do Ribatejo,
sita na Rua D. António de Ataíde, nº 63, 2600-607 Castanheira do Ribatejo; na Divisão de
Planeamento e Ordenamento do Território, sita na Rua Manuel Afonso de Carvalho, nº 27,
em Vila Franca de Xira; bem como na página da Internet da Câmara Municipal, em
www.cm-vfxira.pt.
No decurso do período de discussão pública os interessados poderão apresentar reclamações,
observações, sugestões ou pedidos de esclarecimentos através de ficha de participação elab-
orada para o efeito e disponível nos locais supra mencionados, ou mediante requerimento,
dirigido à Srª Presidente da Câmara Municipal, onde deverá constar a identificação do sub-
scritor e a forma como pode ser contactado, bem como o objecto da exposição devidamente
fundamentado. O requerimento poderá ser entregue na Divisão de Planeamento e
Ordenamento do Território, na morada acima mencionada, ou enviado por correio registado
para a Rua Manuel Afonso de Carvalho, nº 27, 2600-180 Vila Franca de Xira, ou ainda
remetido via e-mail para: [email protected].
Para constar e devidos efeitos se publica o presente Aviso na 2ª série do Diário da República,
sendo também afixado nos lugares públicos do costume, em dois jornais diários, num
semanário de grande expansão nacional, um jornal de expansão local e no site do Município.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 3 de Novembro de 2011
APresidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Recordar é Viver na Póvoa
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sábado à tarde, uma iniciativa de animação
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mescla de canções e rábulas de revistas.CLASSIFICADOS
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Vila Franca de Xira
Exposição “1910 Memórias do
Teatro”, patente até 16 de Dezembro, no
Palácio do Sobralinho. Um evento
comemorativo dos 100 anos da
Implantação da República, que nos fala
da actividade teatral, na cidade de Lisboa,
no início do século XX.
Exposição de Fotografia de José
Chaves “Os Cartazes Quando Morrem
Vão Para o Céu dos Fotógrafos”, até 30
de Novembro, no Centro Cultural do
Bom Sucesso.
E x p o s i ç ã o
“Vidas e Obras
de um Só…
Pessoa!”. Patente
até 30 de
Dezembro, na
Galeria de
Exposições da
Biblioteca da
Póvoa.
Teatro pelo
Grupo de Teatro “Os Marqueses” do
Clube de Subserra, dia 12 de Novembro,
pelas 21h00, na Casa do Povo de Arcena.
Feira de Artesanato e Antiguidades de
Alhandra, dia 12 de novembro, na Praça
7 de Março.
“Criatividade: Sempre!”. Iniciativa
com o objectivo de estimular a actividade
cognitiva dos idosos. Dia 18 de
Novembro, às 15h00, na Biblioteca de
Vila Franca.
Apresentação do livro ”A Narrativa no
Movimento Neo-Realista - As Vozes
Sociais e os Universos da Ficção”, dia
19 de Novembro, às 16h00, no Museu
Neo-Realismo.
Poesia da Resistência, de 24 de
Novembro a 31 de Dezembro, na Galeria
da Biblioteca de Vila Franca.
Teatro pelo Grupo de Teatro do Centro
Social do Bom Sucesso, dia 26 de
Novembro, pelas 21h00, na Casa do Povo
de Arcena.
Alenquer
AeroAlenquer - exposição de aeromod-
elismo, até 30 de Novembro, na Sala de
imprensa do Pavilhão de Paredes.
Exposição Comemorativa do Dia
Mundial da Televisão (dia 21 de
Novembro), patente até 30 de Novembro,
na Biblioteca de Alenquer.
Exposição de pintura de Rogério Pires,
patente até 28 de Novembro, no Museu
João Mário.
CONTEMFESTA - Festa de conta-
dores de histórias: contos do mundo nas
adegas de aldeia, dias 11 e 12 de
Novembro, em Pereiro de Palhacana.
Desfile etnográfico alusivo ao vinho e
às vindimas, pelas ruas de Alenquer, dia
12 de Novembro, às 14h30.
Apresentação do livro "O Roncar do
Bicho" de Paulo Pereira, dia 19 de
Novembro, às 15h00, na Biblioteca de
Alenquer.
Filmes no Auditório Damião de Góis
em Novembro: dias 11 e 12, às 21h30 e
dia 13 às 17h00 “Capitão América: o
Primeiro Vingador”; dias 18 e 19, às
21h30 e dia 20 às 17h00 “Hop” (versão
portuguesa).
Arruda dos Vinhos
Exposição “Mostra de Artesanato”.
Trabalhos de Andreia Silva, até 30 de
Novembro, no Posto de Turismo.
Exposição “Memórias de um João
Semana”, até 30 de Novembro, na
Biblioteca de Arruda.
Exposição de fotografia, de São Silva
Pedreiro, patente de 19 de Novembro a
14 de Dezembro, na Galeria Municipal.
Filmes no Auditório em Novembro, às
16h00: dia 13 “RANGO”; dia 20 “HOP”.
Matiné no Clube Recreativo e Desportivo
Arrudense, dia 20 de Novembro, às
15h00.
Azambuja
Baile de S. Martinho e Castanhada, dia
12 Novembro, na Ass. de Tagarro.
Programa "Actividade Física para
Todos" Novembro - dia 13, a partir das
09h00, Caminhada “PR1 Terras de Pão”
Maçussa. Dia 27, às 09h00 - PAFT -
Caminhada 7 km, Aveiras de Baixo.
Visitas Guiadas, todas às sextas-feiras às
10H00, na Biblioteca de Azambuja e às
10h30, na Biblioteca do Centro Cultural
Grandella – Aveiras de Cima.
Leitura Sénior, todas as quartas e sex-
tas-feiras, às 11h00, a Biblioteca de
Alcoentre, vai visitar o Centro de Dia de
Alcoentre para partilhar boas leituras
com os utentes..
Festival Nacional de Folclore Infantil
2011, dia 26 de novembro, na Casa do
Povo de Aveiras de Cima.
Benavente
Exposição Permanente "Galeria de
Trens" na Galeria 1 do Palácio do
Infantado - Samora Correia.
Exposição de "Pintura Naïf em
Azulejo", de Maria de Jesus, até 04 de
Fevereiro, no Núcleo Museológico
Agrícola.
Espetáculo de Comemoração do 1º
Aniversário da CUCB - Comissão de
Utentes do Concelho de Benavente, dia
12 de Novembro, às 21h30, no Cine-
Teatro de Benavente.
Teatro “Um Eléctrico Chamado
Desejo” de Tennessee Williams, Pelo
Grupo da Filarmónica de Santo Estêvão,
dia 19 de novembro, às 21h00, no Cine-
Teatro de Benavente.
Festival de Talento Solidário, dia 19 de
Novembro, pelas 21h00, no Cento
Cultural de Samora.
IV BTT Terras do Toiro, dia 20 de
Novembro, nos terrenos da Companhia
das Lezírias, no Porto Alto - Samora
Correia.
Comemorações dos 140 Anos da
Sociedade Filarmónica Benaventense,
dia 20 de Novembro, pelas 16h00,
Encontro de Bandas, no Cine-Teatro
Benavente.
Serões nas Bibliotecas - A Poesia de
Manuel da Fonseca, dia 23 de Novembro,
pelas 21h00, na Biblioteca de Benavente.
XIII Feira do Livro - Hora do Conto,
Sessões Infantis, Oficinas e
Apresentações de Livros, de 26
Novembro a 11 Dezembro, na Biblioteca
Odete e Carlos Gaspar, em Samora
Correia.
Salvaterra de Magos
Hora do Conto, Segundas, Quartas e
Sextas-feiras, para os alunos do Pré-esco-
lar e do 1º Ciclo, na Biblioteca de
Salvaterra.
Rotas Pedestres 2011, dia 13 Novembro,
Rota de São Martinho - Granho.
Sobral de Monte Agraço
Sobral Mais
Saúde - Feira
da Saúde do
Município de
Sobral de
M o n t e
Agraço, dias
12 e 13 de
N o v e m b r o .
Exposição, mostra de saúde e bem-estar,
sessões temáticas e rastreios diversos gra-
tuitos, no Pavilhão Municipal do
Soerinho, em Sobral de Monte Agraço.
Teatro - Pedra a Pedra, pelo Theatre de
L' Homme Dibuixat (Espanha), dia 13 de
Novembro, às 15h00 e 16h00, no Cine-
Teatro de Sobral de Monte Agraço.
Santarém
E x p o s i ç ã o
‘Campo Fora-
de-Vila: de
espaço livre a
espaço de
Liberdade’. A
História, o
Urbanismo, a
Arqueologia e
Bio antropologia
complementam-
se para ajudar o
público a com-
preender a
e v o l u ç ã o
urbanística e a ocupação humana desta
zona da cidade. Patente até 30 de
Novembro, no Núcleo de Museu e
Património Cultural da Câmara
Municipal de Santarém.
Exposição Colectiva de Pintura –“
Wonder 4 Art”, patente até 25 de
Novembro, na Sala de Leitura Bernardo
Santareno.
Exposição “Quotidianos” de José Santa
Bárbara, patente de 19 de Novembro a 9
de Dezembro, no Fórum Ator Mário
Viegas.
Lançamento do livro "Campinas; A
mulher ribatejana o canto e a dança" de
Aurélio Lopes, dia 25 de Novembro,
pelas 21h30, no Fórum Ator Mário
Viegas - Centro Cultural Regional de
Santarém.
coordenação: António Preto
Agenda Cultural
PRÓXIMA EDIÇÃO DO
VOZ RIBATEJANA
A 23 DE NOVEMBRO NÃO PERCA!
PSD “bloqueado” em Vila
Franca
A sede do PSD em Vila Franca
de Xira tem faces viradas para a
Rua da Praia e para a Rua Serpa
Pinto, mas o acesso faz-se pela
primeira artéria, situada junto à
linha-férrea. Os sociais-democ-
ratas vila-frannquenses
defrontaram-se muitas vezes
com o abuso dos que resolviam
estacionar mesmo em cima da
porta e quase impediam a entra-
da no edifício. Resolveram, por
isso, colocar uma estrutura de ferro
para garantir espaço para um acesso mais facilitado. Mas, por
incrível que pareça, nem mesmo assim conseguem entrar normal-
mente nas instalações, como ilustra a fotografia que publicamos.
A solução neste dia foi mesmo saltar por cima dos ferros. É caso
para perguntar: serão as restantes forças políticas da terra que ten-
tam assim dificultar a vida ao PSD ou é algum eleitor votante nos
sociais-democratas que acha que agora deve protestar (ou cobrar)
estacionando à porta do partido?
Alenquer “dispensa” verbas
dos parquímetros
A situação financeira de muitas
autarquias portuguesas é difí-
cil e o Município de Alenquer
não foge de modo nenhum a
esta regra. Parece, por isso,
estranho que os parquímetros
instalados em torno do edifí-
cio dos Paços do Concelho
estejam avariados e fora de
serviço há já algum tempo.
Será que estas verbas não
eram uma ajuda para a depau-
perada tesouraria da edilidade
ou é uma forma de dar um
“rebuçado” aos munícipes
numa época de tantos apertos.
Acesso à Zona Industrial
a precisar de obras
A Zona Industrial de Vila
Franca de Xira tem um
acesso já de si limitado pela
estreiteza da passagem sob
a auto-estrada – uma situ-
ação que deveria ter sido
resolvida há anos -, mas se
não se perspectivam
condições financeiras para a
modificar, pelo menos
exige-se alguma reparação
da estrada. O Inverno está à
porta e todos os que se
movimentam em torno das
empresas ali instaladas
merecem melhores
condições.
9 de Novembro de 2011
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
Com alguma contenção motiva-
da pela crise económica gener-
alizada, o Município de Arruda
reeditou a Festa da Vinha e do
Vinho que, entre 28 de Outubro
e 1 de Novembro teve a sua 14ª.
edição. O certame revelou-se,
apesar de tudo, bastante concor-
rido, sobretudo no período no-
cturno e aquando dos espec-
táculos de animação com fi-
guras como Mónica Sintra,
Ana, Nucha, Miguel e André e
Emanuel.
Serviu também para divulgar os
vinhos produzidos no concelho
e a gastronomia local e para
alguma recolha de fundos para
os Bombeiros e para os
Finalistas do Externato João
Alberto Faria. A cerimónia
inaugural contou com a pre-
sença da secretária de Estado do
Turismo, Cecília Meireles, que
visitou os stands e expositores,
acompanhada por autarcas
locais, pelo deputado Duarte
Pacheco e pelo secretário-geral
da Associação de Municípios
Portugueses do Vinho.
Festa da Vinha leva milhares a Arruda
A Adega Cooperativa de
Arruda é, como não podia
deixar de ser, um
dos parceiros
mais activos na
o r g a n i z a ç ã o
desta Festa da
Vinha e do Vinho
e o balanço
destes 14 anos do
evento é franca-
mente positivo,
no entender do
presidente da
instituição. A
Adega lança
habi tualmente
novos vinhos
durante o cer-
tame e apresen-
tou, desta vez,
três monocastas
de 2009. O sector
do vinho vive
d i f i c u l d a d e s ,
mas segundo
R o d r i g o
Lacerda, há qua-
tro anos consecu-
tivos que a
Adega de Arruda
consegue vender
mais vinho
engarrafado. A
vindima de 2011
foi também ela
positiva, com
menos quanti-
dade, mas uva
com característi-
cas que per-
mitem confiar na
produção de
bons vinhos.
“Tivemos sem-
pre o cuidado de
lançar novos vin-
hos em cada ano.
Apesar de ser
uma feira muito
local, tem con-
tribuído para que
haja um reforço
da imagem da
Adega, das mar-
cas da Adega e
c o n s i d e r a m o s
que faz todo o sentido, hoje
em dia, que haja este tipo de
festas”, observou Rodrigo
Lacerda, em declarações ao
Voz Ribatejana, realçando
que há sempre a preocupação
de apresentar no certame
novos vinhos de qualidade.
Em cada Festa da Vinha e do
Vinho, a Adega apresenta
também um vinho especial, o
chamado “vinho da Festa”,
com uma quantidade limita-
da.
Com perto de 2000 sócios, a
Adega Cooperativa de Arruda
(ACAV) recebeu, este ano,
cerca de 3 milhões de quilos
de uva que deverão resultar
em perto de 2, 5 milhões de
litros de vinho.
Normalmente, segun-
do Rodrigo Lacerda,
cerca de 90% da pro-
dução anual é comer-
cializada, desta 50%
sai engarrafada e 40%
a granel. “Em termos
de enga-rrafados há
quatro anos que
temos vindo a melho-
rar as vendas. A
exportação ainda é
pouca, temos cerca de
4%, para Inglaterra e
para o Brasil”, subli-
nha.
Mas são conhecidas
algumas dificuldades
de liquidez da Adega
de Arruda. “O que
está em atraso é o
segundo abono de
2010, isso só se deve
a dificuldades que
temos tido de recebi-
mentos. Estamos a
receber a um prazo
médio superior a 197
dias e em termos de
prazos de liquidação a
que as pessoas
estavam habituadas
torna-se muito difí-
cil”, explica o presi-
dente da cooperativa
vinícola arrudense.
Segundo Rodrigo
Lacerda, o número de
associados tem-se
reduzido um pouco,
mas a área de vinha
não tanto, porque os
que saíram foram fun-
damentalmente situ-
ações de pequena pro-
priedade. Este ano, a
vindima revelou-se
menos produtiva mas
com qualidade. “Foi
mais pequena que no
ano anterior, houve
algumas dificuldades
motivadas pela
doença que apareceu
nas vinhas e que surpreendeu
muitos agricultores. Mas a
qualidade foi um pouco mel-
hor e os vinhos saíram com
muita cor, grau muito elevado
e bastante equilibrados. Ao
que tudo indica vão ser bons
vinhos este ano”, conclui.
A Associação de Bombeiros
Voluntários de Arruda dos
Vinhos (ABVAV) atravessa
dificuldades financeiras, como
quase todas as suas congéneres.
Mas em meados deste ano,
quando se concluiu que as
receitas estavam a pouco mais
de metade das despesas, perce-
beu-se que era preciso
dinamizar um conjunto de ini-
ciativas para tentar equilibrar
as contas. A nova direcção,
eleita em Julho, já deu vários
passos nesse sentido e está a
organizar um plano mais ambi-
cioso de actividades para 2012,
para o qual conta com a ajuda
das forças vivas locais e da
população em geral.
Joaquim Gonçalves, o novo
presidente da ABVAV, expli-
cou, ao Voz Ribatejana, que já
foi possível angariar cerca de 7
mil euros, com as tasqui-nhas
instaladas nas festas da vila e
na Festa da Vinha, com o
sorteio efectuado no mês de
Outubro e com quermesses.
“Tudo aquilo que está esta-
belecido com o protocolo com
a Câmara e tudo aquilo que
vem dos serviços não chega
para as despesas. Pensámos em
organizar uma série de eventos
com que consigamos ir buscar
à sociedade civil as verbas para
colmatar a diferença. Ainda
não chegámos ao nível que
queríamos, mas está a correr,
com as dificuldades que o país
todo tem, estamos a conseguir
realizar algum encaixe finan-
ceiro”, salienta.
Ao mesmo tempo, a direcção
tem procurado conter as despe-
sas, adquiriu software de
gestão de frota para baixar con-
sumos e está a fazer um estudo
financeiro às verbas que vêm
do transporte de doentes. “Até
Dezembro vamos tentar ajustar
a máquina aos rendimentos que
ela gera. Dispensar pessoas
será sempre a última coisa que
faremos, pode ter a ver é com a
diminuição de horas, de
prémios, mas não queríamos
mexer nos efe-ctivos”, garante
Joaquim Gonçalves, referindo
que a base da direcção são sete
ou oito elementos mais activos
nestas iniciativas, mas que já
começam a revelar algum
cansaço e a precisar que ou-
tros sócios ajudem pelas mais
variadas formas. Foi, recente-
mente, criada uma comissão de
apoio à direcção e o obje-ctivo
é delinear um programa com
três ou quatro grandes iniciati-
vas de angariação de fundos
para 2012. Uma das primeiras
poderá ser uma gala prevista já
para Fevereiro. “Pensamos
numa iniciativa com artistas
nacionais que nos possam aju-
dar gratuitamente. Se con-
seguirmos estruturar três ou
quatro actividades anuais que
tenham alguma capacidade de
encaixe financeiro, temos a
esperança de encostar as despe-
sas às receitas. Se isso não
acontecer, as coisas vão-se
tornar muito complicadas”,
avisa.
J.T.
Adega Cooperativa vende
mais vinho engarrafado
Bombeiros organizam actividades
para angariar fundos
Propostas de parceriaem estudoA Adega Cooperativa de Arruda recebeu, emAgosto, uma proposta de fusão apresentadapela vizinha Agrocamprest. Rodrigo Lacerdaexplicou, ao Voz Ribatejana, que a direcção aque preside ainda não respondeu a essa pro-posta e que acha que tudo tem que ser visto deuma forma muito prudente e ponderada.“Temos que ter uma visão prudente do que é omercado, já cá estamos há uns anos e co-nhecemos o mercado. Temos que ter a visãode que vinho fazemos e do que o mercadopede e temos que ter a visão também de qualpoderá ser o nosso posicionamento no futurodo mercado do vinho”, defende.Certo é que, segundo o presidente da ACAV,estão a ser estudadas também duas possibili-dades alternativas de parceria com empresasdo ramo, uma com grande conhecimento domercado internacional e outra do mercadointerno. “São negociações muito complicadasem que temos que salvaguardar em primeirolugar a imagem da Adega e em segundo ossócios. Portanto, não é uma questão para seresolver em três semanas. É preciso sermosprudentes”, afirma.O responsável da ACAV acredita que até finaldo ano será possível ter um estudo comparati-vo destas várias alternativas que se colocam eque será, depois, apresentado e submetido àapreciação dos sócios, que são soberanos emeventuais decisões. “No meu entender nãopode haver pressas. Não são cautelas, nemreceios, mas um aspecto de prudência e deequilíbrio nas decisões que se tem que tomar.Uma decisão passará sempre pelos sócios epretendemos que haja aqui muita transparên-cia”, conclui.
Joaquim Gonçalves
A visita inaugural com a secretária
de Estado do Turismo
Já
abriu
em
Alverca no
C.C.
Scala