voz ribatejana ediÇÃo 9 nov 2011

24

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DESTAQUE

02

voz ribatejana #24

Jorge Talixa

Quatro salas da Escola Básica

dos 2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) de

Vialonga ficaram inundadas,

na passada quarta-feira, obri-

gando a direcção do estabelec-

imento a mandar para casa 112

alunos de quatro turmas, por

não dispor de qualquer espaço

alternativo para leccionar. Esta

escola de Vialonga estava

integrada na terceira fase de

obras de reabilitação/ampli-

ação programadas pela empre-

sa pública Parque Escolar (PE),

mas foi uma das que viu o seu

projecto de intervenção sus-

penso, já por decisão do actual

Governo.

O adiamento da obra tem gera-

do muitas críticas de pais, pro-

fessores e autarcas da região,

que recordam que a EB 2.3 tem

24 anos de existência, nunca

beneficiou de obras de reabili-

tação e já no Inverno passado

sofreu problemas graves com

infiltrações de águas em várias

salas. A Associação de Pais

decidiu, em Outubro, lançar

um abaixo-assinado, onde sub-

linha que a escola está num

“completo estado de

degradação” e que, se não

forem tomadas rapidamente

medidas, “está em causa a con-

tinuidade de um ensino para os

nossos jovens, em condições

mínimas de dignidade”. Ontem

ao fim da tarde, organizou uma

reunião geral de pais para

decidir novas acções a realizar

para exigir melhorias na esco-

la.

Para além da entrada de água

da chuva em diversas salas, os

pais apontam os “disparos” fre-

quentes dos quadros eléctricos

(já sem capacidade para as

necessidades), a degradação

das instalações sanitárias e a

falta de salas para os cerca de

1200 alunos. Armandina

Soares, presidente do

Agrupamento de Vialonga e do

conselho executivo da EB 2.3,

sublinha que escola está

sobrelotada e que as salas de

que dispõe são manifestamente

insuficientes para os 1200

alunos. “Estamos com muitas

turmas acima do máximo de 28

alunos. Não temos espaços.

Temos a escola a funcionar

numa situação muito grave”,

alerta.

Certo é que, na quarta-feira,

quatro salas do Bloco B da

Escola de Vialonga ficaram

completamente inundadas,

porque as telhas de fibrocimen-

to estão partidas e deixam

entrar água, que se espalha

sobre a placa. Nesta foram

feitos alguns furos, para evitar

os riscos de acumulação de

água e de queda das placas de

cimento. A Junta de Vialonga

promete tentar colocar tubos

que drenem a água para o exte-

rior das salas, mas diz que os

furos na placa são necessários,

para evitar que a água escorra

pelos buracos dos fios eléctri-

cos e possa gerar problemas

perigosos de curto-circuito.

A EB 2.3 de Vialonga tem um

projecto de

remodelação/ampliação elabo-

rado pela Parque Escolar orça-

do em cerca de 15 milhões de

euros. Em Maio, o então can-

didato a primeiro-ministro

Passos Coelho criticou o facto

de projectos como o desta

escola contemplarem

auditórios de 7 milhões de

euros. Armandina Soares su-

blinha, porém, que não se pode

esquecer que esta escola tem

no seu projecto educativo o

curso de música (dinamiza

uma orquestra juvenil),

aprovado pelo Ministério da

Educação e equiparado a curso

de conservatório, que justifica

alguns dos investimentos pre-

vistos na modernização das

instalações.

As inundações na Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos de Vialonga e na Biblioteca de Vila Franca foram as consequências mais

graves das chuvas fortes da semana passada, que obrigaram também a cortar algumas estradas.

Quatro salas inundadas

na EB 2.3 de Vialonga

A acumulação de água na pas-

sagem sob a Auto-estrada do

Norte que faz a ligação entre a

Nacional 1 (sentido Norte-Sul)

e a Ponte

M a r e c h a l

Carmona de

Vila Franca

de Xira

obrigou, na

quarta-feira

de manhã, ao

corte da cir-

c u l a ç ã o

naquela área,

gerando filas

de trânsito e

muita con-

fusão entre

os que pre-

cisaram de

p r o c u r a r

c a m i n h o s

alternativos

para chegar à

ponte. Duas

v i a t u r a s

f i c a r a m

mesmo blo-

queadas pela

água que

chegou a

atingir cerca

de 1, 2 met-

ros na parte

mais baixa

da passagem

e precisaram

do auxílio de reboques para

sair do local.

Segundo fonte policial, esta é

uma situação que se repete

muitas vezes em períodos de

maior pluviosidade, causando

muitos transtornos ao trânsito

numa zona já habitualmente

congestiona-

da. As medi-

das nece-

ssárias para

melhorar o

sistema de

escoamento

de águas plu-

viais é que

nunca foram

tomadas, de

acordo com a

mesma fonte,

criando fre-

quentemente

lençóis de

água.

O problema

m a n t e v e - s e

até à noite,

com elemen-

tos da PSP a

regularem o

trânsito, acon-

selhando a

p a s s a g e m

apenas de via-

turas pesadas

com rodados

mais altos. O

Voz Riba-

tejana pro-

curou esclare-

c i m e n t o s

junto da Estradas de Portugal

mas ainda não teve resposta.

J.T.

Preocupação na CâmaraO problema da EB 2.3 de Vialonga foi também abordadona sessão camarária de quarta-feira, com a vereadora AnaLídia Cardoso a salientar que o estabelecimento “precisaurgentemente de obras de grande vulto”, porque algumassalas chegaram a ter, na manhã desse dia, mais de meiometro de altura de água no seu interior. “Devia ter sidoalvo de uma requalificação por parte da Parque Escolar,atendendo á gravidade das situações que apresenta”, acres-centou a eleita da CDU, considerando que o executivo devepressionar mais o Ministério da Educação para que avancecom obras e para que a intervenção nesta EB 2.3 seja con-siderada uma prioridade, “sob pena destas crianças nãoconseguirem completar o ano lectivo”, alertou.Maria da Luz Rosinha estranhou, contudo, que antes doassunto chegar ao conhecimento da Câmara e da DRELVTtenha sido comunicado à estação televisiva SIC, que fezum directo da escola. “Quem informou a DREL fomos nós,quando fomos informados faltavam 2 minutos para atransmissão da reportagem. Às vezes são caminhos quenão são dos mais correctos”, criticou a presidente da edili-dade de Vila Franca, considerando também que não foicorrecto o presidente da Junta ter dito que as criançaspodiam correr perigo de vida. A edil diz que a secretária deEstado dos Assuntos Educativos foi alertada para situaçãona semana anterior e que a Câmara tem feito sentir aoMinistério e ao ministro, por várias vias, a necessidade deintervir na escola vialonguense.

MinistérioprometeatendersituaçõesmaisurgentesO Voz Ribatejana solici-tou esclarecimentos aoMinistério da Educaçãosobre a falta de condiçõesdesta escola e as medidasque poderão ser tomadasno curto prazo, no âmbitoda Parque Escolar oudirectamente pelaDirecção-Regional deEducação de Lisboa eVale do Tejo (DRELVT). Aassessoria de imprensa doministro Nuno Cratogarantiu que o Ministério“está a trabalhar paraque seja possível começara atender, de forma fasea-da, aos casos maisurgentes” de escolasdegradadas, mas nãoespecificou se a escola deVialonga está nesse rol deestabelecimentos prio-ritários. Procurámos tam-bém mais esclarecimentosjunto da DRELVT, masainda não tivemos respos-ta.

Comentáriosno FacebookCarlos Baptista: "Na saída daponte Marechal Carmona,sentido Nascente-Poente tam-bém existe uma situação deacumulação de água na faixada direita desde que foramcolocados os separadores embetão a criar o corredorpedonal e a sujidade imper-meabilizou a parte inferiordos mesmos, acumulação essaque em ocasiões de chuvadasintensas ganha uma alturaconsiderável e que por isso setorna perigosíssima paraquem venha desprevenido. Eujá lá apanhei um valentesusto e não fora vir de jipe,que é bastante mais pesadoque um automóvel comum,não sei o que me teria aconte-cido. Certamente assim con-tinuará até que lá haja umacidente grave, daqueles quevêm nas capas dos jornais,pois só dessa forma se fazalguma coisa”

Inundação corta ligação

da Nacional 1 à Ponte

de Vila Franca

As fortes chuvadas da semana

passada causaram inundações

graves no interior da

Biblioteca Municipal de Vila

Franca de Xira. Não é a

primeira vez que o equipamen-

to, construído há cerca de 20

anos, é invadido pela água,

conforme noticiou o Voz

Ribatejana na sua edição de 12

de Outubro, mas desta vez o

problema atingiu contornos

mais graves no dia 2 de

Novembro, com a água a atin-

gir também o centro de docu-

mentação onde está guardado

boa parte do acervo da bib-

lioteca. A Câmara de Vila

Franca de Xira diz que não há

muito mais a fazer para

impedir estas infiltrações e que

a solução será mesmo constru-

ir uma nova biblioteca, orçada

em cerca de 5, 5 milhões de

euros, mas não tem dinheiro

para avançar se não obtiver

uma comparticipação comu-

nitária.

O problema das infiltrações já

se revelara em Agosto, mas

desta vez causou bastantes

mais danos e transtornos ao

funcionamento da Biblioteca

de Vila Franca de Xira, instal-

ada num edifício de 3 pisos da

Travessa do Curral construído

de raiz. “A água entrou tam-

bém no centro de documen-

tação, que é a área mais pre-

ciosa da biblioteca”, admitiu

João de Carvalho, vereador

com o pelouro da cultura na

Câmara de Vila Franca, expli-

cando que, a exemplo das situ-

ações anteriores, as infil-

trações de água atingiram tam-

bém a sala infantil e a sala de

leitura de periódicos.

Em resposta a questões dos

vereadores da CDU, o autarca

do PSD diz que os técnicos da

autarquia têm tentado tudo

para resolver este problema de

infiltrações, que até já foi

inspeccionado o sistema de ar

condicionado, mas que tudo

indica que terá origem nas

próprias paredes do edifício.

Nuno Libório quis saber se

estão previstas obras. João de

Carvalho adiantou que se tem

tentado tudo para definir por

onde entra a água, mas é difí-

cil. “O que sabemos é que

escorre pelas paredes e tem

dado cabo de muito equipa-

mento”, lamenta.

Em Outubro, o edil disse, ao

Voz Ribatejana, que tudo indi-

ca que será “um problema

estrutural e da construção ini-

cial. O ano passado ainda

fiquei convencido que poderia

estar a entrar água pelas con-

dutas do ar condicionado, mas

acabámos por descobrir que

entra em tal quantidade que

tem que ser um problema da

construção inicial”, aponta.

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da Câmara, acrescenta

que a chuva foi de tal modo

forte no dia 2 que até nas

escadas do edifício dos Paços

do Concelho caiu alguma

água, através das clarabóias ali

existentes. “Chovendo tanto,

houve milhares de situações”,

constata.

Certo é que o Município tem

um projecto para a construção

de uma nova biblioteca de seis

pisos na parte dos silos da anti-

ga fábrica de descasque de

arroz da sede de concelho e

tem acordo da empresa propri-

etária do imóvel para esse fim.

Só que os estudos já delinead-

os pelo arquitecto Miguel

Arruda apontam para uma obra

de 5, 5 milhões de euros. “Era

essencial, nesta altura, termos

um concurso para que uma

candidatura a fundos comu-

nitários que nos desse apoio,

porque não conseguimos

avançar sozinhos”, conclui

João de Carvalho.

03

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EDITAL Nº 562/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSI-

NHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE

VILA FRANCA DE XIRA

Faz saber que, por despacho de 2011/10/03, do Sr. Vice-

Presidente, proferido ao abrigo do Despacho nº 2/2011, de 10

de Janeiro, que remete para o despacho nº 32/2009, de 4 de

Novembro de delegação de competências, ambos da signatária:

1. Ficam notificados os proprietários das construções abarra-

cadas sitas nas traseiras da Vivenda Soares, na Rua 1º de Maio,

Santa Cruz, em Vialonga, a que corresponde o processo

camarário nº 58470/11, para estarem presentes no local, no dia

2011/11/22, pelas 10,00 horas, com vista à sua identificação

pelo Serviço de Fiscalização desta Câmara municipal.

2. Procede-se à notificação por Edital nos termos da alínea d),

do nº 1, do artigo 70º do CPA – Código do Procedimento

Administrativo, por se desconhecer a identidade dos propri-

etários.

Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor

vão ser afixados nos locais do costume, na morada a que o

mesmo alude e publicado nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do

Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 26 de Outubro de

2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Água volta a invadir

biblioteca de Vila Franca

Obras na estrada de SantaSofia andam à chuvaAs obras de beneficiação da Estrada de Santa Sofia,aguardadas há anos, arrancaram na última semana deOutubro. Uma empreitada orçada em 137 mil euros que jádeu um tapete novo a esta via que liga Vila Franca de Xiraàs zonas das Cachoeiras e da Loja Nova. A obra prolongou-se até à zona do palácio do Farrobo e ficou concluída nofim da primeira semana de Novembro. Depois de vários adi-amentos acabou, todavia, por coincidir com um período deforte pluviosidade. A estrada estava muito degradada,gerando frequentes reclamações dos que a usam regular-mente como escapatória à congestionada EN 248 na entra-da de Vila Franca. A obra foi apoiada pelo chamado Fundode Emergência, no âmbito de um protocolo celebrado no fimde 2010 entre a Câmara de Vila Franca e a Secretaria deEstado da Administração Local.

Dadores da Póvoa recolhem sangue

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue daPóvoa de Santa Iria organiza, na manhã do próximodomingo, mais uma acção de recolha de sangue. A ini-ciativa realiza-se na sede da associação (Avenida Anterode Quental, no Bairro da Chepsi), a partir das 8h30.

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A empreitada de limpeza e reg-

ularização do rio Grande da

Pipa, na zona da Vala do

Carregado, só deverá avançar

na próxima Primavera. O

arranque dos trabalhos, já adju-

dicados, foi adiado por demor-

as na libertação de terrenos do

lado do Município de

Alenquer. Esses problemas

parecem, agora, ultrapassados,

mas a aproximação do inverno

não recomenda que se iniciem

as obras nesta altura. A CDU

quis saber, na última reunião

camarária, se haverá, entretan-

to, alguns trabalhos de limpeza

e a presidente da Câmara de

Vila Franca prometeu avançar

com uma limpeza na zona da

ponte da Refer e tentar articular

a retirada de árvores tombadas

com a Administração da

Região Hidrográfica.

António Ventura Reis, presi-

dente da Junta da Castanheira,

foi o primeiro a colocar o prob-

lema, disponibilizando-se para

pressionar os autarcas de

Alenquer, se necessário for.

“Sabemos que as coisas estão

paradas, ouvi a senhora presi-

dente dizer que são problemas

de terrenos do lado de

Alenquer, que ainda não

estavam disponibilizados. Se

não há habitantes do lado de

Alenquer, na parte de Vila

Franca há”, sublinhou o eleito

da CDU, alertando para as

muitas árvores tombadas que

ameaçam cair para o leito do

rio, contribuindo para a sua

obstrução.

Também Nuno Libório,

vereador da CDU, se mostrou

preocupado com o problema,

questionando se a Câmara de

Alenquer terá “esgotado todas

as possibilidades ao seu

alcance para negociar e encon-

trar soluções para os terrenos”

necessários. “É uma obra que

beneficia os dois lados. Temos

a informação de que a Câmara

de Alenquer tem algumas difi-

culdades financeiras, mas

ninguém pode ficar indiferente

a esta situação de protelamento

de obras que estava previsto

iniciar logo a seguir ao Verão

de 2011. Até que ponto não se

pode avançar com algumas

pequenas obras no sentido de

acautelar a instabilidade e a

insegurança das margens que já

existem há muito tempo?”,

interrogou.

Maria da Luz Rosinha explicou

que dois proprietários do lado

de Alenquer nunca se

mostraram disponíveis para

vender os terrenos necessários.

“Já perdemos mais de 1 anos

de tentativas de negociação da

Câmara de Alenquer com esses

proprietários. O Município

decidiu avançar com outra

solução que permitirá dar

andamento à obra. No entanto,

estamos em Novembro e os

meses seguintes não serão,

seguramente, momento indica-

dos para começar a mexer nos

terrenos. O contrato da obra foi

assinado na semana passada e

o que se vai fazer é a

demolição da ponte que ligava

antigamente à Termoeléctrica e

fazer a limpeza do que são

áreas de passagem da ponte da

Refer, o que vai permitir escoar

com mais facilidade se houver

um grande caudal de água”,

sustentou. Quanto ao resto, a

edil vila-franquense acha que

os trabalhos de fundo só

poderão arrancar Fevereiro ou

Março.

Já sobre as árvores tombadas,

Maria da Luz Rosinha diz que

a Câmara não pode intervir,

porque estão numa área de

domínio hídrico da respons-

abilidade da Administração da

região Hidrográfica. “Tem que

ser a ARH a tirar ou então a

dar-nos autorização para que a

Câmara solicite ao consórcio

que vai fazer as obras que retire

as árvores que possam estar a

estrangular mais o escoamento

da água”, concluiu.

Libertação dos terrenos volta

a atrasar obras no Rio da Pipa

04

SOCIEDADE

voz ribatejana #24

EDITAL Nº 541/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA

FRANCA DE XIRA

Faz saber que, por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 19/04/2011, proferi-

do ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para

o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002,

de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita

no Rua Casa de S. José, nº 5, 1º Dto, 2600 Castanheira do Ribatejo, determinar a cessação da licença de utiliza-

ção do referido fogo, atribuído a Júlia Fernanda Lourenço Martins Homem e respectivo agregado familiar, segun-

do o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

O agregado familiar não tem residência própria e permanente na fracção há mais de dois meses, pelo menos

desde Março de 2011.

Amoradora apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, a moradora apre-

senta 13 rendas em dívida, compreendidas entre Março de 2010 e a actualidade, no valor de 62,55 €, as quais

depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 29,64

€, perfazem uma dívida de 92,19 €.

À moradora já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a última

das quais em 25/09/2009, através de um acordo para pagamento em 36 prestações mensais de 46,08 € cada

uma, da quantia global de 1 659,02 €, correspondentes a rendas em dívida até essa data, estando actualmente

em dívida com 15 prestações do referido acordo, no valor de 691,20 €.

O presente projecto de decisão é tomado com base no disposto nas alíneas d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei

21/2009, de 20 de Maio, do nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e dos nºs 7, 9, 10, e 11, do arti-

go 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação

Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados, de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo

3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a

decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que se não

o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autori-

dade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local

designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da

presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo

1323º do Código Civil.

Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no

prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que

haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.

O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no

Departamento de Habitação Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sito na Rua Alves

Redol, nº 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9h às 12:30h e das 14h às 17:30h.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e pub-

licados nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 14 de Outubro de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Alenquerparece tersoluçãoparaterrenosDepois de negociaçõesmuito demoradas e dedificuldades paraavançar com os proces-sos de expropriação, aCâmara de Alenquerpode ter encontrado umasaída para o problema dalibertação dos terrenosnecessário para a obrado rio Grande da Pipa. Aquestão foi colocada napenúltima reuniãocamarária pelo vereadorsocial-democrata PedroAfonso e o presidente daedilidade, Jorge Riso,avançou que, afinal, nãohaverá necessidade deexpropriações. É que,numa última reunião, aARH (Administração daRegião Hidrográfica)explicou que a legislaçãojá prevê que se possausar uma área de 10metros de largura a par-tir da linha de água paraa realização de obrassem qualquer compen-sação para os respectivosproprietários. “Nos 10metros adjacentes a Leiprevê que, para obras,não seja necessárioexpropriar. Toda a obravai ser feita sem expro-priações, porque pode-seintervir naquela faixa de10 metros. Uma soluçaque já podíamos terarranjado há 1 ano eescusávamos de ter tidotodo este trabalho denegociação”, reconheceuo presidente da Câmarade Alenquer, acrescen-tando que o gabinetejurídico da ARH está,agora, a elaborar umdocumento sobre esteacordo e esta possibili-dade de acesso a estesterrenos.O autarca do PS lembrouque nunca houve acordo“a bem” com estes doisproprietários que, ulti-mamente, contestaramaté a possibilidade deexpropriação, alegandoque o estudo de impacteambiental referia quenão haveria lugar aexpropriações.

Lesados de Fevereiro de 2010ainda não receberamAs inundações originadas pelo transbordo do rio Grande daPipa são frequentes na Vala do Carregado e causam, muitasvezes, danos aos habitantes. Dois deles estiveram na penúl-tima reunião camarária, porque alegam que ainda não rece-beram indemnizações prometidas pela autarquia. MárioFaria viu a carrinha com que habitualmente se deslocava ogrupo musical a que pertencia seriamente danificada nasinundações de Fevereiro de 2010. “Sinto-me enganado porparte da Câmara”, afirmou, resumindo um largo historialde contactos com autarquia, desde que entregou, em Junhode 2010, as facturas do arranjo da carrinha.“A Rodocargo num primeiro momento disse que pagava,agora coloca algumas questões e não só em relação a si”,explicou Maria da Luz Rosinha, referindo que há tambémcasos de pessoas que alegam ter perdido mobílias, mas quenão apresentam facturas. Depois, a edil acrescenta que temna sua mesa de trabalho uma carta em que a Administraçãoda Região Hidrográfica diz não ter detectado nenhumaanormalidade na zona do aterro que a Rodocargo ali reali-zou. “Fizemos tudo o que podíamos”, afiançou a presidenteda Câmara, prometendo tentar alcançar um entendimentocom os responsáveis da empresa transportadora.Luísa Guerra também mora na Vala do Carregado e tem umproblema semelhante. “Tive que arranjar as casas queficaram uma lástima. O meu marido esteve diversos mesessem receber e quando ele conseguiu o fundo de desempregoé que fomos comprando algumas coisas que estavam estra-gadas. Não temos culpa daquela terra lá estar, se nãoestivesse não tinha acontecido o que aconteceu”, frisou.Maria da Luz Rosinha prometeu abordar tamb´m esta situ-ação coma Rodocargo.

Os Bombeiros Voluntários de

Alverca (BVA) celebram, este

mês, o seu 85º. aniversário. Em

época de dificuldades, o pro-

grama comemorativo é algo

contido, mas ainda assim a cor-

poração alverquense quis prin-

cipalmente afirmar a sua li-

gação à comunidade que serve

e organizou, no passado sába-

do, uma jornada de contacto

com a população que reuniu

efectivos e equipamentos junto

à feira semanal de Alverca.

O ponto alto das comemo-

rações (o 85º. aniversário

cumpre-se no próximo dia 15)

está, contudo, marcado para a

manhã de dia 20, com um con-

junto de actividades no quartel

da corporação alverquense (ver

caixa). No passado sábado

foram muitos os que quiseram

conhecer melhor a actividade

dos BVA e os mais novos

mostravam-se particularmente

interessados em ver o interior

do carro de combate a incên-

dios ou da ambulância.

Aproveitando o desafogo da

Praça de S. Pedro, a corpo-

ração instalou painéis sobre a

sua actividade operativa e

sobre a Brigada 1130 (jovens

bombeiros em fase de for-

mação), mas também uma

banca para distribuição de

informação e para fazer novos

associados e vários equipa-

mentos das diversas facetas de

intervenção da associação.

“No âmbito das comemorações

do 85º. Aniversário decidimos

fazer esta amostragem à popu-

lação dos nossos equipamentos

e de alguns contactos.

Aproveitamos para divulgar

junto dos jovens a possibili-

dade de poderem virem a fazer

parte da nossa corporação de

bombeiros e de algumas pe-

ssoas que não são sócias

poderem vir a inscrever-se”,

explicou, ao Voz Ribatejana,

Rui Ferreira, vice-presidente

da direcção dos BVA, frisando

que outro objecto desta acção

que trouxe o quartel para a rua

foi mostrar à população a

importância destes meios de

socorro.

Actualmente, os Bombeiros de

Alverca são a corporação do

concelho de Vila Franca com

mais associados. Um número

que ultrapassa os 5000, mas

que tem descido ligeiramente

numa freguesia que continua

em franco crescimento popula-

cional. Rui Ferreira julga que

“as novas pessoas que vão

chegando a Alverca não estão

muito integradas no sentido de

se fazerem sócias das nossas

instituições” e que alguma

descida se deve a mudanças de

residência, a alguns falecimen-

tos e nalguns casos também a

razões económicas.

Em termos gerais, a comu-

nidade continua bastante sen-

sível ao papel da corporação de

bombeiros, mas os apoios,

sobretudo das empresas, têm

vindo a decair. “Há de tudo, há

pessoas que estão perfeita-

mente conscientes da

importância que os bombeiros

têm na prevenção e no socorro

às populações para melhorar a

sua segurança, há outras que

não estão”, admite Rui

Ferreira, lembrando que ao

longo dos últimos anos apenas

por uma vez uma empresa

local resolveu ajudar a corpo-

ração oferecendo uma viatura.

Aconteceu com a Henkel

(empresa que entretanto já saiu

da freguesia), depois de um

grande incêndio ocorrido há já

mais de 10 anos, mas em que

os responsáveis da empresa

ficaram muito satisfeitos com a

eficiência da actuação dos

bombeiros. “Foi um fogo com-

plexo que começou ás 8 da

manhã e, ao meio-dia, já a

fábrica estava a trabalhar.

Ficaram muito satisfeitos e

ofereceram-nos um veículo. A

partir daí mais nenhuma

empresa da nossa área nos

ofereceu qualquer equipamen-

to significativo. Há uns anos

fazíamos uma campanha para

nos ajudarem em equipamen-

tos e conseguíamos algumas

ajudas que valia a pena, hoje o

que recebemos de uma cam-

panha dessas é residual”,

lamenta.

E esta constatação torna-se

mais preocupante quando se

conhecem as dificuldades gen-

eralizadas das corporações de

bombeiros, confrontadas com

aumentos de custos significa-

tivos, sobretudo de com-

bustíveis e com quebras nas

receitas, quer de serviços de

transporte de doentes, quer dos

mais variados apoios.

“As associações de bombeiros

do nosso país estão a viver a

pior fase que lhes conheci. E as

perspectivas não são nada ani-

madoras. Ou há aqui alguma

inversão ou então isto vai ser

muito complicado nos próxi-

mos tempos. Neste momento já

há situações de ruptura e os

próximos meses vão ser muito

complicados”, avisa Rui

Ferreira, que é também diri-

gente da Federação de

Bombeiros do distrito de

Lisboa.

05

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9 de Novembro de 2011

Bombeiros de Alverca

celebram 85 anos

Substituir ambulância eatrair mais jovensAlberto Fernandes, comandante dos Bombeiros Voluntário deAlverca, sublinha que, nesta altura, a maior necessidade dacorporação passa pela substituição de uma ambulância desocorro. Consciente das dificuldades generalizadas, AlbertoFernandes reconhece que “é a necessidade mais premente”,mas que nesta fase difícil não será fácil concretizar esseobjectivo no curto prazo. “É aquilo de que necessitamos maisno imediato. Depois temos projectos futuros, a longo prazo,que passarão por um equipamento de salvamento em altura,não aquilo normalmente referenciado como auto-escadas,mas um projecto que tem que ser a muito longo prazo, porqueestá tudo muito complicado e é prematuro falar o que querque seja sobre o futuro dos corpos de bombeiros”, sustenta.Outra preocupação de Alberto Fernandes é continuar a atrairmais jovens para os bombeiros. Também por isso foi apresen-tado na Praça de S. Pedro o trabalhão desenvolvido com aBrigada 1130, que reúne actualmente 12 jovens. “Tentamostambém trazer mais jovens para junto dos bombeiros, porquequanto mais novos começarem maior e melhor vai ser a suaformação. Infelizmente o voluntariado já não tem a adesãoque gostaríamos que tivesse e tem que se ir recorrendo aalgumas iniciativas deste tipo. Ao longo do ano que vemvamos também organizar iniciativas nas escolas, para tentarcativar os jovens para começarem a sua carreira debombeiros”, revela Alberto Fernandes, reconhecendo que alegislação por vezes também não ajuda e “acaba por afastarum pouco os jovens desta vida de bombeiros, mas com algu-ma boa vontade e com iniciativas como as que temos no seiodo corpo de bombeiros vamos conseguindo cativá-los e que semantenham activos”.A Brigada 1130 é constituída por jovens com menos de 18anos (idade a partir da qual podem começar a participar emactividades operacionais) e dali já saíram vários novos ele-mentos para o corpo activo. “Neste momento temos à volta de12 elementos, o que é significativo. Era um número mais ele-vado, mas alguns, felizmente, atingiram agora a idade dos 18anos em que podem passar para a outra fase, começam já afazer algum serviço operacional e a fazer a escola abombeiros de terceira”, conclui o comandante da corporaçãoalverquense.

Vila Franca temnova associaçãode protecção civilNasceu em Vila Franca de Xira em Fevereiro de 2009 eorganizou, no passado dia 29, um seminário sobre as pers-pectivas das associações de protecção civil em Portugal,que serviu também para uma apresentação pública dos seusobjectivos. A Safety-Associação para a Prevenção eSegurança tem sede nas antigas instalações da escolaprimária do Monte Gordo (Vila Franca) e delegações emConstância e Ponte de Sôr, reunindo já mais de 40 associa-dos.No dia 29, num debate moderado pelo comandante daAssociação de Bombeiros Voluntários de Vila Franca,António Pedro Lopes, estiveram, sobretudo, em foco ascondições de formação e a capacidade de intervenção dasunidades especiais de protecção civil.João Faria, antigo comandante da corporação vila-fran-quense, é o presidente da assembleia-geral da Safety e expli-cou que esta associação resulta de uma ideia que foi gan-hando corpo nas sessões do observatório para a inovação edesenvolvimento organizadas no auditório da Junta de VilaFranca. “A Safety é um associação de cariz humanitárioque tem como principal objectivo prestar ajuda às popu-lações em situações de risco e/ou em estados de calami-dade”, explicou, frisando que os associados têm formaçãomuito diferenciada e vão de engenheiros a especialistas deprotecção civil. “Temos tido toda uma série de acções deformação, muito em particular ligadas à indústria e elabo-ramos planos de emergência e simulacros”, observou acres-centando que outro dos objectivo da Safety é desenvolver ochamado Projecto 1, 2, 3-Gestos Responsáveis de infor-mação e sensibilização de crianças com idades entre os 5 eos 12 anos.Depois, a Safety tem pólos em Constância e Ponte de Sôronde estão instaladas equipas cinotécnicas (com cães treina-dos para acções de busca e salvamento), que participamregularmente em acções de socorro em território nacional eno estrangeiro. Conforme explicou a vice-presidente daassociação, este seminário serviu também para escalpelizaros objectivos da Safety e apresentá-la à comunidade local.Entre os objectivos próximos da associação está a melhoriadas instalações da antiga escola do Monte Gordo.

Programa para dia 20

No próximo dia 20, os BVA assinalam o seu

85º. aniversário com um conjunto de inicia-

tivas que arrancam às 9h00 com o hastear

das bandeiras. Segue-se romagem ao

cemitério, recepção das entidades, sessão

solene e almoço comemorativo.

Alberto Fernandes e

Rui Ferreira

06

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares

O Melhor e o Pior da Quinzena

Editorial

A crise e o movimento

associativo

Poderíamos apontar o tema da “crise no movimento associati-

vo” como título deste editorial, mas preferimos uma ideia si-

gnificativamente diferente e intitulá-lo “A crise e o movimen-

to associativo”. Vão perceber porquê.

É que se a “crise” da falta de voluntários interessados em

dedicar parte do seu tempo livre às associações e instituições

locais já não é de agora, os problemas de sustentabilidade de

algumas delas agudizaram-se de forma muito preocupante nos

últimos anos. Principalmente porque o Estado (central e local),

percebendo que muitas delas o substituem no cumprimento de

tarefas fundamentais, foi contribuindo, de forma muitas vezes

decisiva, para o seu funcionamento. Só que, em época de

“vacas magras” e de grande contenção financeira, muitas

dessas contribuições vão desaparecendo e a sobrevivência de

algumas destas organizações começa a estar em causa.

Nesta edição, o Voz Ribatejana traz vários casos de dificul-

dades ainda geríveis vividas por diversas associações da

região, mas que ameaçam desfechos bem mais complicados se

não for feita a devida reflexão. Se não vejamos, a União

Desportiva Vilafranquense vive uma fase de certo modo con-

traditória, o clube tem obtido excelentes resultados

desportivos e crescido significativamente em modalidades

como o basquetebol, o hóquei em patins e o futebol, entre ou-

tras. Os processos do campo relvado sintético e das novas

instalações da secção náutica também avançaram. Mas, a nível

directivo, ninguém parece interessado em presidir a uma

colectividade emblemática que acumulou dívidas significati-

vas ao fisco. O projecto das bombas de combustível está num

impasse e, dizia-nos um dirigente, as secções deveriam, para

além do excelente trabalho que desenvolvem, deviam olhar

também um bocadinho para as necessidades gerais do clube.

Igualmente preocupante é perceber que uma assembleia

importante para a vida do clube como a realizada na sexta-

feira juntou elementos dos órgãos directivos cessantes e ape-

nas mais 2 (!?) sócios.

Já no Alhandra vive-se outro dilema, como reunir condições

para manter as Piscinas Baptista Pereira, um sonho de décadas

que o clube conseguiu pôr de pé. Os apelos ao apoio da

Câmara não têm dado resultados (a autarquia até vai fechar as

piscinas da Calhandriz para poupar dinheiro) e a ideia da

venda da antiga sede do clube tem alguns contestários.

Mas se nos virarmos para as corporações de bombeiros, o

cenário não é melhor. A de Arruda tenta fazer tudo ao seu

alcance para angariar fundos que lhe permitam equilibrar as

contas. A de Salvaterra vive momentos deveras complicados.

E entre as instituições particulares de solidariedade social tam-

bém começam a surgir problemas complicados. Não falando já

de situações como a da CerciPóvoa que tenta, há anos, encon-

trar soluções para as dificuldades que foi acumulando.

Tudo isto porque muitas destas estruturas e equipamentos

foram desenhados noutra realidade que não é a de hoje e

deparam-se agora com enormes dificuldades para se ajustarem

ao novo contexto financeiro. Se nalguns casos se fizeram

obras mal ponderadas e talvez demasiado ambiciosas, é altura

de reflectir muito sobre os próximos passos e aproveitar mel-

hor o que existe, não avançando sucessivamente para novos

empreendimentos como acontecia há alguns anos atrás.

Depois, a própria sociedade civil e as empresas devem reflec-

tir muito bem sobre as suas atitudes nestes casos, percebendo

que faz muito mais sentido apoiarem instituições e colectivi-

dades das suas áreas de residência ou de actividade do que dis-

persarem meios por organizações muitas vezes de credibili-

dade duvidosa. Se é a corporação de bombeiros da sua zona

que o socorre em caso de necessidade, se é a IPSS local que

acolhe a sua criança ou o seu idoso, se é o colectividade que

lhe oferece condições para a prática desportiva ou de activi-

dades culturais, por que é que prefere pagar as quotas do

grande clube de futebol da sua preferência ou fazer um dona-

tivo para o outro lado do Mundo e ignora quem lhe está próx-

imo? Façamos todos esta reflexão!

Jorge Talixa

A falta de segurança é cada vez maispreocupante. Sucedem-se os assaltos àmão-armada em vários pontos daregião. Se nuns casos poderemos falarde actos de algum “desespero” peranteas dificuldades ainda assim nuncaaceitáveis, noutros parece haver umacada vez Maio facilidade em cometercrimes e arranjar armas. As própriasforças de segurança, com alguns sinaisde desmotivação, não conseguemresponder a tudo.

O futuro do Alhandra como será?A riqueza de uma localidade

está no seu povo, Alhandra não

foge a esta realidade. Se olhar-

mos para o passado, vimos e

sentimos a riqueza do povo de

Alhandra. Senão vejamos, a

construção do Teatro Salvador

Marques foi obra de alguém

com coração bondoso. O nosso

Coreto, onde se dão muitos

concertos musicais, pela nossa

querida banda da Sociedade

Euterpe Alhandrense (SEA),

foi construído por subscrição

pública. O trabalho de tantos e

tantos alhandrenses, quer em

bailes na antiga verbena com o

seu bufet a funcionar, foi-se

arranjando dinheiro que, ao fim

de alguns anos, deu para

começar a obra da sede da SEA

que, com a ajuda sempre do

povo, aos sábados e domingos

dando serventia a pedreiros,

carpinteiros, pintores,

ladrilhadores e com uma

grande direcção que trabalhou

arduamente na obtenção de

muita matéria-prima, con-

seguiu-se construir um

património cultural que ainda

hoje é admirado. As condições

actualmente já não são as dese-

jadas, mas no futuro têm que

ser melhoradas. O Alhandra

Sporting Club, que também só

vive dos seus associados, con-

seguiu comprar a sua sede

social, melhorando-a fisica-

mente, adequando-a aos tem-

pos mais modernos, para me-

lhor funcionamento. Foi o

povo que esteve sempre pre-

sente, quer também nas antigas

Piscinas, que foram erguidas

pelo povo. Como sabemos, é

sempre o povo, mas oculta-

mente há sempre alguém que

se intromete, com a intenção de

dividir para reinar. A nossa

SEA com este sistema já

tremeu. Pois alguém já estava a

arranjar compradores e, por

consequência, para ser cons-

truída noutro local? O mesmo

sucede com a sede do nosso

ASC, pois parece que numa

assembleia-geral foi votada

para ser vendida.

O que se pretende fazer do

nosso querido ASC?

O que se pretende fazer da de-

dicação, do esforço, dos anos

de trabalho desses dedicados

alhandrenses que, ao longo de

todos estes anos, lutaram e

lutam pelo engrandecimento

do nosso ASC? Chegamos à

conclusão que não é por acaso

que as nossas bibliotecas

fecharam. Com franqueza,

logo as duas maiores com mi-

lhares e milhares de livros lá

dentro, onde os nossos filhos se

podem preparar para uma me-

lhor vida futura.

Nós exortamos daqui o povo

de Alhandra, associados do

ASC, que não autorizem a

venda da sede, que se proponha

uma assembleia-geral para

inutilizar essa armadilha que

foi feita ao nosso querido clube

e ao povo de Alhandra. Não

podemos consentir que se

venda a nossa sede porque,

logicamente, se ela saísse dali

seria o começo da destruição

do nosso glorioso ASC

Não podemos esquecer o que

se passou com as nossas anti-

gas piscinas, o desmantela-

mento tem que parar, a cultura

colectiva não pode acabar.

Mulheres, homens e jovens, é

necessário que nos unamos em

torno da nossa querida terra,

em torno das nossas queridas

colectividades, que são a alma

e o sustento cultural e desporti-

vo dos nossos filhos. Temos

que nos unir, esquecendo

querelas, esquecendo mal

entendidos, esquecendo

pequenos problemas mesquin-

hos. Porque nós somos alhan-

drenses e os bons alhandrenses

têm que lutar por uma causa

que nos una. Alhandra, terra do

Dr. Sousa Martins, de Afonso

de Albuquerque, de Braz de

Albuquerque, de Luís Ralha,

de Salvador Marques, de

Severiano Falcão, de Augusto

Bértolo, de Manuela Câncio

Reis, de Silva Marques, de

Francisco Filipe dos Reis, de

Soeiro Pereira Gomes, de José

de Freitas, de Valada de Sousa,

de Pedro Cavaco e de tantos

milhares de alhandrenses, onde

as mulheres também têm dado

um contributo tão importante

em todo o desenvolvimento da

nossa querida terra. Se existe

uma cultura desportiva? Existe

na nossa terra, com os nossos

grandes corações alhandrenses,

que em diversas modalidades

dão todo o seu esforço e

empenho, na natação, no tria-

tlo, na vela, na canoagem, na

pesca, no futebol, na ginástica,

nas danças, no coro, no conser-

vatório. Terra de Homens e

Mulheres que sabem o cami-

nho por onde vão, é um povo

que resiste, é um povo que diz

não.

Américo Diogo Ferreira

Alhandra

TODOS COM VOZ

Numa época de dificuldades,as parcerias são sempre bemvindas e foi bonito ver comoduas instituições de Alverca(Misericórdia e Casa S. Pedro)se juntaram nalgumas dasactividades comemorativas do9º. aniversário das novasinstalações da primeira.Afinal, juntos somos maisfortes e mais produtivos.

voz ribatejana #24

Correio dos Leitores

O Agrupamento de Centros de

Saúde da Lezíria assegurou a

renovação, até final deste ano,

do contrato de prestação de

serviços médicos que garante

o funcionamento do SAP

(Serviço de Atendimento

Permanente) de Benavente em

período diurno. Esta garantia

está, todavia, longe de tran-

quilizar os utentes de saúde

dos concelhos de Benavente e

de Salvaterra, que temem que

se trate apenas de um adia-

mento do fecho do serviço

durante o dia, que receiam que

ocorra já no início de 2012.

Certo é que, no passado dia

28, mais de 50 pessoas partic-

iparam numa concentração

promovida por comissões de

utentes dos concelhos de

Benavente e de Salvaterra de

Magos, com o objectivo de

defenderem um SAP que serve

os 50 mil habitantes dos dois

municípios e que se revela

cada vez mais importante

quando se sabe que pelo

menos 22 500 residentes nesta

área não têm médico de

família. Já no dia 28, o ACES

informou a Câmara de

Benavente que tinha autoriza-

ção da Administração

Regional de Saúde para pro-

longar a contratação de médi-

cos até final do ano. No perío-

do nocturno (das 20h00 às

8h00), a continuidade do SAP

está assegurada pela

Misericórdia de Benavente,

mas os utentes temem o fecho

no restante horário (das 20h00

às 8h00) em que, só no

primeiro semestre deste ano,

foram atendidas 2500 pessoas.

“A confirmar-se esta medida,

numa altura do ano em que as

doenças gripais ocorrem com

frequência, terá como conse-

quência o aumento de utentes

que ficarão desprotegidos,

tendo de recorrer às urgências

sobrelotadas dos hospitais de

Vila Franca de Xira ou de

Santarém, o que acarretará

maiores despesas para o SNS e

principalmente maior angústia

e sofrimento para os doentes”,

avisa a CUCB, preocupada

com o que poderá acontecer

depois de 31 de Dezembro.

O contrato de prestação de

serviços médicos abrange

também 21 horas de serviços

médicos prestadas na

Extensão de Saúde do Porto

Alto para consultas de recurso,

que poderão também desa-

parecer. Se assim for, os cerca

de 3000 habitantes do Porto

Alto “terão de recorrer ao

Centro de Saúde de

Benavente, que já não tem

capacidade para assistir os

utentes que ali estão inscritos,

aumentando o caos e sacrifi-

cando as condições de vida

dos utentes e de trabalho dos

profissionais”, refere a comis-

são.

Jorge Talixa

07Inquérito em vozribatejana.blogspot.com. Particpe também!

A maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana concorda com a redução donúmero de feriados e das chamadas “pontes”. Quarenta e cinco por cento dos par-ticipantes no inquérito promovido em vozribatejana.blogspot.com acha que devemser reduzidos aqueles dias de paragem, mas a votação revelou-se bastante equili-brada, porque outros 30% não estão de acordo com estas mexidas em estudo pelo

Governo. Já os restantes 25% não têm ainda opinião formada sobre o assunto.

25%

N/S

9 de Novembro de 2011

O Sindicato dos Enfermeiros

Portugueses (SEP) alertou, no

final de Outubro, para o risco de

dispensa de dezenas de enfer-

meiros nos centros de saúde dos

concelhos de Vila Franca,

Alenquer, Arruda e Sobral de

Monte Agraço, se não for auto-

rizada a renovação dos contratos

celebrados com empresas de

prestação de serviços de enfer-

magem. No dia 27, em Vila

Franca, dirigentes sindicais aler-

taram a população para as conse-

quências dessa eventual redução

de enfermeiros em serviços já de

si desfalcados. Antes do final do

mês foi, entretanto, anunciado

que a ARSLVT autorizou os

agrupamentos a prolongarem os

contratos até final do ano.

Segundo o SEP, os centros de

saúde e extensões do concelho de

Vila Franca poderiam perder 12

dos seus 55 enfermeiros mas,

segundo o Agrupamento de

Centros de Saúde vila-fran-

quense, em causa estavam ape-

nas seis casos, cujos contratos

foram prorrogados até final do

ano com autorização dada no

final de Outubro pela

Administração Regional de

Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

(ARSLVT).

Certo é que, no final de

Setembro, já saíram algumas

dezenas de enfermeiros de

unidades de saúde de Lisboa e o

SEP temia que o mesmo

sucedesse, agora, em centros e

extensões de saúde das áreas dos

agrupamentos de Vila Franca e

de Torres Vedras. Essa preocu-

pação foi, para já, adiada, mas

mantêm-se outras. É que, segun-

do Rui Marroni, da Direcção

Regional de Lisboa do SEP, a

Administração Regional de

Saúde, abriu, no início de 2011,

concurso para pouco mais de 100

vagas, mas tinha perto de 200

enfermeiros com contratos a

termo. Significa isto que cerca de

metade não foram seleccionados

ou não concorreram.

“Os que entraram ainda não

foram colocados e os que

ficaram de fora não sabem qual

vai ser a vida deles e correm o

risco de serem despedidos”, su-

blinha Rui Marroni, frisando que

tudo isto afecta em muito os

cuidados prestados utentes nos

centros de saúde e tem também

levado ao progressivo encerra-

mento de várias unidades e

serviços.

No entender do dirigente do SEP

esta indefinição não tem uma

relação directa com o facto do

conselho directivo da ARSLVT

ter sido substituído esta semana e

com a necessidade que os novos

responsáveis têm de se

inteirarem dos processos.

“Evidentemente que o conselho

directivo que saiu já poderia ter

resolvido a situação, mas na

reunião que efectuámos também

se confrontavam com uma situ-

ação complicada: se dessem

posse aos enfermeiros que

entraram no concurso, os que tin-

ham ficado de fora tinham que

ser imediatamente despedidos. A

ideia era tentar que a situação se

resolvesse e que nenhum fosse

despedido, porque eles têm a

noção de que estes enfermeiros

fazem falta”, explica Rui

Marroni, frisando que terá que

ser o novo conselho directivo a

encontrar soluções, que poderão

passar pelos contratos sem termo

para os participantes no concurso

e pela continuidade de alguns

contratos com termo.

Certo é que, no entender do SEP,

todos estes enfermeiros são

necessários nas unidades de

cuidados de saúde primários da

região, onde já haverá um défice

significativo. Segundo os rácios

internacionais, deveriam ser

cerca de 2000 enfermeiros no

distrito de Lisboa mas estão colo-

cados apenas 900. “Estes enfer-

meiros continuam a ser precisos.

Deveria haver cerca de 2000

enfermeiros no distrito de Lisboa

e só temos 900. Desses, há 100

que correm o risco de despedi-

mento a curto prazo pela subcon-

tratação, alguns dos quais já

foram mesmo despedidos em

agrupamentos de centros de

saúde da cidade de Lisboa. E,

depois, há uma grande incógnita

para outros 100 que não entraram

em concurso para contratos de

trabalho de funções públicas”,

conclui Rui Marroni.

Sindicato alerta para saída de enfermeiros

As piscinas municipais de SamoraCorreia reabriram na manhã do passadodia 4, depois de quatro dias de encerra-mento motivado pelo facto de ter sido alidetectada a bactéria enterococos intesti-nais, que pode provocar infecções intesti-nais e urinárias. Em comunicado dis-tribuído no dia 31, a Câmara deBenavente explica que efectua análisesperiódicas à água deste complexo de pisci-nas e que, na última, “foi detectada umabactéria no tanque grande, que pode ser

um agente causador de infecções intesti-nais e urinárias”.Por isso, a autarquia decidiu encerrar ocomplexo e “proceder ao tratamentonecessário para regularizar a situaçãocom o transbordo de toda a água notanque grande e posterior aplicação donível de cloro indicado”. Já no dia 2, aedilidade promoveu uma nova análise daágua, que concluiu que estava dentro dosparâmetros recomendados e reabriu aspiscinas na manhã da passada sexta-feira.

A Câmara de Vila Franca de

Xira aprovou um plano de

racionalização da gestão de

equipamentos desportivos que

tem como medida de maior

impacto o encerramento das

Piscinas da Calhandriz (uma

das cinco geridas directa-

mente pela autarquia). O

Município espera poupar

cerca de 90 mil euros por ano

com esta desactivação do com-

plexo, que foi construído há

cerca de 10 anos com verbas

atribuídas pela Valorsul como

compensação pelo funciona-

mento naquela área do Aterro

Sanitário do Mato da Cruz.

Agora, considerando a baixa

utilização do equipamento

(cerca de 110 utentes por sem-

ana) e os elevados custos de

funcionamento, a Câmara

decidiu fechar as piscinas,

tendo também em conta as

necessidades de contenção

financeira. O encerramento

deverá ocorrer já neste mês de

Novembro, depois da infor-

mação aos utentes e o Voz

Ribatejana apurou que a

autarquia admite apenas

reabrir as piscinas no período

de Verão para utentes interes-

sados em utilizá-la com água à

temperatura ambiente. É que,

segundo Fernando Paulo

Ferreira, vereador com o

pelouro de gestão de equipa-

mentos municipais, as Piscinas

da Calhandriz são também as

que apresentavam os maiores

custos energéticos. Se nos

casos das piscinas de Vila

Franca, Alverca (2) e Póvoa de

Santa Iria, o aquecimento é

assegurado por gás das redes

de distribuição existentes, no

caso da Calhandriz era pre-

ciso transportar e instalar

botijas, porque não existe rede

de gás, originando custos

muito superiores. A proposta

do executivo socialista foi

aprovada por unanimidade,

mas a CDU ainda colocou

algumas dúvidas à decisão de

encerramento destas piscinas,

questionando se, mesmo

encerradas, não terão custos

fixos e de manutenção eleva-

dos. “Estes custos e estes pre-

juízos não se vão manter

mesmo encerradas? E quais

serão os custos de transferên-

cia dos 110 utilizadores para

outras piscinas?”, questionou

Bernardino Lima. Fernando

Paulo Ferreira vincou que a

maioria dos utentes das

Piscinas da Calhandriz já são

de Alverca e poderão passar a

utilizar os dois equipamentos

existentes nesta cidade.

“Custos de transferência

praticamente não existem,

serão incluídos nas piscinas da

sua preferência. Diria que, à

parte o custo de irem tomar aí

os seus duches, não há mais

custos acrescidos nessas pisci-

nas”, observou, frisando que

este pacote de racionalização

de custos prevê também algu-

mas reduções de horários nas

restantes quatro piscinas, que

vão de 10 a 45 horas semanais,

mas aplicados apenas em

períodos do dia em que os

complexos em causa “ou não

são utilizados por ninguém ou

por um máximo de 4 pessoas”.

As Piscinas da Calhandriz

foram construídas a pouco

mais de 100 metros desta

localidade, sede de uma

freguesia rural que é também

a segunda menos populosa do

concelho (cerca de 1000 habi-

tantes), mas estão situadas

num extremo do território da

freguesia de Alverca, cidade de

que distam cerca de 5

quilómetros. Tratando-se de

uma zona predominante-

mente rural, a afluência ao

equipamento nunca foi eleva-

da.

Piscina da Calhandriz vai fechar

Benavente e Salvaterra

unem-se em defesa do SAP

A denúncia pública do

problema nas ruas de Vila Franca

30%

sim

45%

sim

Piscinas de Samora já reabriram

08

CASOS

Jorge Talixa

Cinco homens e uma mulher

estão a responder, no Tribunal

de Benavente, acusados de

envolvimento num grupo que,

entre 2009 e 2010, terá sido,

segundo o Ministério Público,

responsável por 27 assaltos à

mão-armada ocorridos em toda

a região centro do país. De

acordo com a investigação con-

duzida pela Polícia Judiciária

escolhiam sobretudo portagens

e postos de abastecimento de

combustíveis, mas terão rouba-

do também caixas multibanco e

supermercados. Em Março do

ano passado, um assalto às

portagens da A2 na Marateca

redundou numa troca de tiros

com a GNR e um militar da

Guarda foi mesmo atingido nas

costas por um disparo de

caçadeira.

Na sessão da passada quinta-

feira, o colectivo de juízes pre-

sidido por Manuela Pereira

ouviu o inspector da PJ que

coordenou as investigações.

Carlos Pinto explicou que o

processo de inquérito teve

origem no assalto às portagens

da A 13 em Santo Estevão

(razão pela qual o grupo é jul-

gado em Benavente) ocorrido

em Junho de 2010. As referên-

cias a uma viatura suspeita

levaram a Judiciária até Sines,

mas foi já em Setembro do ano

passado que a GNR do

Poceirão detectou um poço

cheio de objectos alegadamente

roubados, situado próximo da

residência do arguido Fernando

(38 anos), apontado pela

acusação do Ministério Público

como “cabecilha” do grupo.

Certo é que entre esses bens

estavam vários objectos rouba-

dos na portagem de Santo

Estevão, mas também dois

computadores, telemóveis e

outros artigos furtados noutros

locais. Na residência do alega-

do líder do grupo foram encon-

tradas duas caçadeiras, maços

de tabaco e roupas que a PJ

entende que estiverem rela-

cionados com os crimes.

Posteriormente, uma denúncia

da agora arguida Lucinda per-

mitiu relacionar a actividade do

grupo com um extenso rol de

assaltos, que vai também de

postos de abastecimento da A 8

(Odivelas) a supermercados de

Palmela. “Fomos progressiva-

mente apurando que havia um

elevado grau de probabilidade

destes assaltos terem sido

cometidos pelas mesmas pe-

ssoas”, explicou Carlos Pinto,

frisando que a arguida Lucinda

reconheceu, depois, com

agentes da PJ, os locais de

vários assaltos e que as perícias

concluíram que os disparos

contra a GNR estiveram “asso-

ciados” a uma das caçadeiras

apreendidas a Fernando. Os

arguidos foram detidos em

Setembro de 2010 e respon-

dem, agora, para além dos

crimes de roubo, por associ-

ação criminosa. Segundo o

inspector havia vários proces-

sos de assaltos nos distritos de

Leiria, Lisboa e Setúbal que a

investigação permitiu atribuir

aos arguidos, frisando que a

composição do grupo foi va-

riando ao longo do tempo.

Na sessão de quinta-feira, uma

das advogadas questionou o

inspector sobre movimentações

suspeitas de indivíduos de etnia

cigana e até eventuais esca-

vações feitas num terreno pro-

priedade da família de

Fernando já depois dos argui-

dos estarem detidos. Carlos

Pinto admitiu que há uma par-

ticipação da GNR do Poceirão

acerca disso, mas que não

foram daí retiradas outras con-

clusões relacionadas com even-

tuais objectos ainda ali escondi-

dos. Depôs também uma antiga

funcionária do posto da Repsol

na A 8 (Odivelas), assaltada a

11 de Maio de 2010, que expli-

cou que três rapazes encapuza-

dos forçaram a porta cerca das

3h30 da madrugada e levaram

dinheiro, tabaco, bebidas e

chocolates.

O Tribunal de Benavente está a julgar seis indivíduos acusados de associação criminosa e de

envolvimento num grupo que, segundo a investigação da PJ, terá efectuado 27 assaltos à mão-

armada.

Grupo responde por 27 assaltos à

mão-armada

Benavente

Assalto engenhoso rende 100 mil

Dois indivíduos assaltaram, na madrugada de dia 27, uma ourivesaria instalada no Centro

Comercial Nacional 10, na Póvoa de Santa Iria. Não são conhecidas testemunhas, mas a câmara

de vigilância permitiu perceber que

actuaram de cara destapada e com

algum engenho, uma vez que uti-

lizaram uma rebarbadora para cortar

as grades exteriores da loja e partiram

todas as montras para retirarem

objectos expostos. Encheram, assim,

uma mochila e, segundo as autori-

dades policiais, o produto do roubo

rondará os 100 mil euros.

Certo é que, a partir destas imagens,

a Polícia Judiciária está no encalço

dos assaltantes, que se dirigiram ao

exterior da ourivesaria cerca das

5h30 daquela quinta-feira. Os estra-

gos causados estão avaliados em

cerca de 600 euros e foi a primeira

vez que esta ourivesaria foi assaltada.

MUNICÍPIO DE BENAVENTE

Alenquer tem desfile do

vinho e das vindimas

A Câmara de Alenquer promove, no próximo sába-

do, pelas 14h30, um desfile etnográfico alusivo ao

vinho e às vindimas. A iniciativa integra 20 carros

alegóricos e será acompanhada pela Fanfarra dos

Bombeiros de Alenquer e por vários ranchos e gru-

pos de música popular. Parte do Largo Teófilo

Braga e percorre toda a parte central da vila baixa,

terminando no Largo Rainha Santa Isabel.

O problema foi colocado por

um munícipe na abertura da

sessão camarária de Alenquer

do passado dia 31 e o executivo

prometeu avaliar as possibili-

dades de fechar alguns dos

túneis existentes sobre prédios

da urbanização da Barrada, no

Carregado, onde haverá quem

desenvolva actividades pouco

recomendáveis, gerando um

clima de insegurança. O presi-

dente da Câmara de Alenquer

revelou que sabe que o posto

local da GNR foi recentemente

reforçado com 11 efectivos e

que vai pedir um reforço da

vigilância destes túneis e do

estacionamento indevido de

pesados em algumas áreas da

freguesia carregadense.

Jorge Riso admitiu que “são

locais que atraem uma série de

pessoas menos desejáveis e de

acções menos desejáveis” e

reconheceu que o assunto já

tem sido levantado por vários

moradores da zona. “Já se pôs

mesmo a questão de iluminar

os túneis e de limpar, mas prati-

camente teríamos que ter ali

uma pessoa em permanência”,

explicou o presidente da edili-

dade

Já Nuno Coelho, vereador da

coligação Pela Nossa Terra,

salientou que “a falta de polici-

amento é uma grave carência

da freguesia do Carregado em

todos os aspectos” e lembrou

que muitas pessoas preferem

dar voltas maiores e não passar

por estes túneis. “Fechá-los não

implicaria nenhum transtorno,

porque as pessoas já não pas-

sam ali”, referiu, frisando que

sabe que a Junta do Carregado

tem feito um esforço para os

limpar “mas as pessoas contin-

uam a usá-los para fins menos

próprios”.

Jorge Riso observou que vai ter

que avaliar com o gabinete

jurídico a possibilidade de

fechar alguns destes túneis e o

munícipe que levantou a

questão sugeriu até que são

espaços que poderiam servir

para arrumações da Junta.

“Acho que o assunto merece

uma reunião com a Junta do

Carregado e, eventualmente,

vedarmos os túneis, mesmo que

de forma provisória. A nós só

nos têm dado custos e limpezas

que não resolvem nada. De

acordo com a Junta, poderemos

fazer ali umas vedações nal-

guns deles”.

GNR reforçada

Nuno Coelho referiu-se, tam-

bém, a “uma série de assaltos”

que continuam a ocorrer na

área da freguesia do Carregado

e defendeu que a Câmara

reclame o reforço do policia-

mento. “Sou das pessoas que

mais tem falado nisso, a fregue-

sia do Carregado, pelas suas

características urbanas, precisa

de mais policiamento. Por

muito esforço que possa haver

da GNR, já não chega”, afirma

o eleito social-democrata. Jorge

Riso adiantou que sabe que o

Posto de Alenquer foi reforçado

de forma significativa com 11

efectivos. “Mandámos um ofí-

cio há GNR há 15 dias e, por

efeito ou não desse ofício, o

posto foi guarnecido com mais

11 militares. Um reforço

grande. Amos fazer um novo

ofício ao comandante do posto

solicitando um reforço da fis-

calização do núcleo urbano do

Carregado e das situações de

vandalismo, pedindo que sejam

mais actuantes”, prometeu o

autarca do PS.

Insegurança de túneis da Barrada

preocupa Carregado

09

9 de Novembro de 2011

Padeiros da Castanheira

correm com ladrões

Três padeiros que trabalhavam num estabelecimento da

Castanheira do Ribatejo foram surpreendidos, na madru-

gada de dia 20, por dois estranhos que entraram pelas tra-

seiras e, com gorros na cabeça, tentaram concretizar um

assalto. O proprietário da padaria e os dois funcionários

presentes resistiram e conseguiram assustar os assaltantes

atirando-lhes utensílios da padaria e sacos de farinha.

Os dois assaltantes acabaram por fugir num carro esta-

cionado próximo sem concretizarem os seus intentos. A

GNR tomou conta da ocorrência e o caso está a ser investi-

gado pela PJ.

Coros do concelho de Vila Francatêm encontro no sábado

O XVII Encontro de Coros do Concelho de Vila Franca de Xira real-iza-se, no próximo sábado, distribuído por Alhandra e Alverca. Apartir das 16h00 actuam, na Euterpe Alhandrense, os coros infantis.À noite, na Filarmónica Alverquense, será a vez dos coros adultos.

Ourives do Carregadotrava assaltantes O proprietário de uma ourivesaria do Centro ComercialCeleiro do Carregado conseguiu, na manhã do passado dia3, travar os intentos de um grupo que pretendia assaltar oestabelecimento. Cerca das 11h40, o dono da OurivesariaLopes Pais regressava da casa de banho quando foi alerta-do para a presença de dois indivíduos armados que tentavamforçar a entrada na loja. Sacou do revólver (já fora assalta-do duas vezes anteriormente) e disparou cinco tiros, con-seguindo atingir os dois assaltantes. Um deles ainda fugiu,mas o outro, ferido num ombro, foi “agarrado” e dominadopor várias pessoas que se aglomeraram no local e, posterior-mente, entregue à GNR.O que entrou em fuga juntou-se a um terceiro comparsa efugiram em direcção a Loures, onde foram localizados ecercados pela PSP. Um deles barricou-se, numa residênciana zona de Frielas, onde também estavam uma mulher eduas menores (com 1 e 4 anos) e acabou por se entregarcerca das 14h30. Concluiu-se, depois, que também estavaferido num braço e na virilha. O primeiro detido foi assistido no Hospital Reynaldo dosSantos de Vila Franca e o segundo em Santa Maria. Os trêssuspeitos foram ouvidos, já na sexta-feira, no Tribunal vila-franquense, que confirmou a sua prisão preventiva. A mul-her que acolheu um dos elementos em fuga fica sujeita aapresentações semanais às forças de segurança.

Alenquer reclama medidas

contra falhas de energia

As repetidas falhas de energia eléctrica registadas nas últi-

mas semanas em vários pontos do concelho de Alenquer

estão a gerar protestos de moradores e comerciantes e

levaram a Câmara a enviar um ofício à EDP Distribuição

reclamando medidas urgentes. É que, segundo Nuno Coelho,

vereador da coligação Pela Nossa Terra (PSD/CDS-

PP/PPM/MPT), há zonas onde a luz chegou a faltar 7 vezes

numa hora e “já não é preciso chover muito, basta estar

algum vento”, critica o autarca.

Já Jorge Riso, presidente da Câmara de Alenquer, diz que

ainda não recebeu qualquer resposta à carta que enviou à

EDP na semana passada, mas que espera que os trabalhos

em curso no Posto de Transformação de Cheganças pro-

duzam algumas melhorias. “Continua uma desgraça, temos

recebido muitas queixas”, reconheceu.

Nuno Coelho acrescenta que quase todos os moradores e

comerciantes da Rua Triana (uma das principais artérias

comerciais de Alenquer) o alertaram para o número “impres-

sionante” de quebras de abastecimento de energia verificado

naquela área. “Tive queixas de quase todas as pessoas e tam-

bém pelos picos de energia, mas reclamar indemnizações à

EDP por causa de avarias num frigorífico, por exemplo, é

uma questão para esquecer”, disse o eleito do PSD na

reunião camarária de ontem, frisando que tem conhecimento

de falhas frequentes de energia também nas localidades de

Abrigada, Fiandal, Meca e Olhalvo. “Basta estar um bocad-

inho de vento, rebenta completamente a rede”, lamenta,

realçando os transtornos que situação causa a muita gente.

“Estamos quase no início do Inverno, é muito importante

assegurar que esta questão é resolvida”, vincou.

Jorge Riso prometeu insistir e pedir esclarecimentos à EDP

Distribuição. O Voz Ribatejana procurou também obter

esclarecimentos do gabinete de comunicação da empresa

distribuidora mas ainda não teve resposta.

PJ detém suspeitos de assalto aroulotteA Polícia Judiciária anunciou a detenção de dois jovens, sus-peitos de estarem envolvidos no assalto à mão-armada àroulotte/snack-bar “Carioca da Gema” (instalada nos arredoresdo Carregado, na madrugada do dia 29. Na posse dos detidos,residentes naquela área do concelho de Alenquer, foram encon-trados uma caçadeira de canos serrados, uma pistola e umrevólver e alguns bens roubados da roulotte, incluindo um com-putador e telemóveis. Em seu poder foi, igualmente, encontradauma pequena quantidade de cocaína.Os detidos, com 20 e 26 anos e sem actividade profissional con-hecida, foram ouvidos no Tribunal de Alenquer, que decidiuconfirmar a prisão preventiva. Segundo a PJ, três indivíduos (osdetidos e um terceiro ainda não identificado) “ameaçaram” osfuncionários da roulotte com uma pistola e um revólver. “Umdos assaltantes chegou a saltar pelo balcão para o interior daroulotte para melhor os coagir, tendo roubado um computador,quatro telemóveis e dinheiro, após o que se puseram em fugapara uma zona de mato, onde os aguardava uma viatura, queutilizaram para se pôr em fuga”, explica a PJ.As investigações desenvolvidas em colaboração com a GNR deAlenquer permitiram localizar dois dos suspeitos. Segundo a PJ,foram também apreendidas as armas utilizadas neste roubo edinheiro presumivelmente relacionado com esta actividade deli-tuosa.

Miguel António Rodrigues

As corporações de bombeiros e

núcleos da Cruz Vermelha do

concelho de Azambuja vivem

momentos difíceis. Pedro

Cardoso, comandante da associ-

ação de Azambuja, lamenta que

o Governo tenha efectuado

“cortes cegos” e diz que os

bombeiros “estão numa fase

interna de reflexão profunda e

com muita preocupação”.

Acrescenta que “só há dinheiro

para os ordenados até ao fim do

ano”. O operacional explica que

houve uma “grande redução do

transporte de doentes” e deixa

um alerta à população, para que

“saiba reivindicar aquilo a que

tem direito”. Admite mesmo que

a corporação tenha de despedir

pessoal em Janeiro por falta de

condições económicas para

assegurar os salários. E reco-

nhece que, “como a situação

está a ficar, o socorro pode tam-

bém ficar em causa”, lembrando

o caso dos Bombeiros de

Alcoentre que tocam com

insistência a sirene, porque já

não têm pessoal suficiente no

quartel, e isso pode acontecer

também em Azambuja.

Bombeiros de Alcoentre que já

dispensaram sete funcionários.

Sem estas sete pessoas, há

menos bombeiros no quartel e,

por isso, muitas vezes quando há

urgências o pessoal de piquete

não chega para apagar “todos os

fogos” e a associação tem que

pedir ajuda a corporações vizi-

nhas. Jacinto Abreu, coman-

dante da associação lamenta a

actual estado a que a associação

chegou, fruto, quer da quebra de

subsídios da câmara, que ronda

os 30%, quer da quebra do trans-

porte de doentes. O comandante

lamenta o facto de não existirem

empresas que possam dar

emprego às pessoas e, por isso,

grande parte dos bombeiros da

associação trabalham fora da

terra, pelo que quando são

necessárias pessoas para as

urgências, poucas são as que

podem aparecer, isto para além

da equipa que está em per-

manência no quartel.Nesse sen-

tido, defende, tendo em conta o

parque industrial do município,

que as empresas pudessem

pagar uma percentagem, por

exemplo da derrama, para os

corpos de bombeiros e núcleos

da Cruz Vermelha.

Bombeiros em dificuldades

10

REGIONAL

EDITAL Nº 553/2011

LICENCIAMENTO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO

DISCUSSÃO PÚBLICA

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA

FRANCA DE XIRA

Faz saber, em cumprimento do disposto no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pelo artigo

1º da Lei nº 5-A/02, de 11 de Janeiro, e nos termos dos artigos 22º e 27º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, com

as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 177/01, de 04 de Junho, Lei nº 60/07, de 4 de Setembro, e Decreto-Lei nº 26/10,

de 30 de Março, conjugado com o nº 3 do artigo 6º do Regulamento Municipal de Urbanização, Edificação e Taxas por

Operações Urbanísticas, que se submete a discussão pública o projecto de alteração ao loteamento titulado pelo alvará nº 6/93,

de 26/11, sito na Quinta da Piedade – 2ª fase, na freguesia da Póvoa de Santa Iria, pelo período de 10 dias úteis, com início 5

dias após a afixação do presente edital.

A discussão tem por objecto a alteração ao loteamento, a qual se encontra acompanhada de informação técnica elaborada pelos

serviços municipais, bem como dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao Município,

documentos que fazem parte integrante do processo de loteamento com a classificação FU/79-021 LOTE, que os interessados

podem consultar no Departamento de Planeamento, Gestão e Qualificação Urbana da Câmara Municipal de Vila Franca de

Xira, sito na Travessa do Curral, nº 24 – 2600-134 Vila Franca de Xira.

No âmbito do processo de discussão pública serão consideradas e apreciadas todas as reclamações, observações ou sugestões

que, apresentadas por escrito, especificamente se relacionem com a alteração em apreço, devendo ser dirigidas à Presidente da

Câmara Municipal, remetidas pelo correio ou entregues no local acima indicado durante o período de discussão pública.

Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais do costume, publicado num jor-

nal de expansão local e na página do Município na Internet.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 20 de Outubro de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

EDITAL Nº 533/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA

FRANCA DE XIRA:

Faz saber que, por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 21/09/2011, proferido ao abrigo das

competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na alínea h), do nº 2,

do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de

Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro, ficam o morador e demais interessados notificados de que:

- Foi tomada a decisão final de resolução da licença de utilização do fogo municipal sito na Rua Bernardo Santareno, Lote D,

r/c dto, no Olival de Fora, em Vialonga, atribuído a Raimundo Soares Tavares e respectivo agregado familiar, segundo o regime

da renda apoiada e proceder ao eventual despejo administrativo.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

O morador foi notificado da proposta desta decisão e apresentou pronúncia escrita na qual solicitou o pagamento faseado da

dívida. Porém, esse requerimento foi indeferido, uma vez que o morador já havia celebrado acordo de pagamento de rendas

em dívida em 25/02/2004, o qual não cumpriu, assim como não cumpriu com os pagamentos por conta da dívida que já por

diversas vezes se comprometeu em proceder, nem tão pouco tem vindo a pagar mensalmente as rendas que se vão vencendo.

O morador apresenta mora no pagamento das rendas superior a três meses. Concretamente o morador apresenta 33 rendas em

dívida, compreendidas no período entre Novembro de 2006 e Outubro de 2011, no valor de 670,64 €, as quais depois de

acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento atempado das mesmas, no valor de 327,55 €, perfazem

uma dívida global de 998,19 €.

Ao morador já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a última das quais em

25/02/2004, através de um acordo para pagamento em 120 prestações mensais de 43,61 € cada uma, da quantia global de

5233,11 €, correspondentes a rendas em dívida compreendidas no período entre Janeiro de 1994 a Janeiro de 2003, estando

actualmente em dívida com 32 prestações do referido acordo, no valor de 1395,52 €.

A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea d), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, no nº

7, do artigo 9º, no nº6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação

Municipal.

Mais fica o morador e demais interessados notificados de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei nº

21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90 dias

para desocupar a referida fracção, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente

efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais

serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um

ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do arti-

go 1323º do Código Civil.

A presente decisão é susceptível de recurso contencioso.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicado nos jor-

nais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 11 de Outubro de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Alverca entrega 4840

assinaturas para varianteO corte da Nacional 10-6

na zona da Ponte da

Silveira e o facto desta

estrada ter deixado, de

certa forma, de funcionar

como alternativa, tem gera-

do filas enormes de trânsito

na Estrada Nacional 10,

que chegam a prolongar-se

por mais de 5 quilómetros

entre Alverca e Alhandra.

O plano de obra da

Estradas de Portugal prevê

que este corte se mantenha

pelo menos até 18 de

Novembro, mas empresa

pública pretendia efectuar,

depois, novos cortes, para

reabilitação de outros pon-

tões e a Câmara de Vila

Franca, pressionada por

tantos protestos, não está

pelo ajustes.

Maria da Luz Rosinha

abordou o assunto na

penúltima reunião

camarária com a vereadora

social-democrata Helena

Pereira de Jesus que, no

mesmo dia, mantivera uma

reunião com responsáveis

da EP. “Tivemos uma con-

versa um bocado agreste,

dizem que não têm meios

económicos para outras

soluções e vão apresentar a

situação à administração.

O que me disseram é que

vão reforçar equipas e

alargar os horários de tra-

balho para que termine a

18 de Novembro”, obser-

vou Helena de Jesus,

admitindo que o plano da

EP passa por fazer novo

corte num pontão situado 1

quilómetro mais à frente,

por um período de mais 60

dias.

Nuno Libório, vereador da

CDU, vincou que “os pre-

juízos já são incalculáveis,

torna-se insuportável

atravessar a EN 10 a quase

todas as horas. A Câmara

tem que tomar uma atitude

enérgica perante a EP. É

absolutamente inaceitável

que se façam obras como a

EP está a fazer”, sustentou.

Helena de Jesus acrescen-

tou que a Câmara colocou

a possibilidade de se faz-

erem obras em metade da

via de cada vez e que os

responsáveis da EP ficaram

de analisar tecnicamente

essa hipótese. Maria da

Luz Rosinha também con-

sidera que é preciso mini-

mizar os transtornos e

prometeu escrever à EP

nesse sentido.

Póvoa assinala Dia da Cidade e promoveteatroA Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria celebrou o Dia da Cidade com um conjunto deactividades que se prolongaram de 29 de Outubro a 5 de Novembro. A sessão solene realizou-se, no dia 1, no novo espaço multiusos adaptado nas antigas instalações da ARIPSI, na Póvoaantiga. Um espaço entretanto cedido pelo Município à Junta de Freguesia que vai servir paradiversas actividades públicas e para serviço da própria autarquia.As comemorações ficaram, também, marcadas pela II Mostra de Teatro da Póvoa, que incluiuapresentações dos grupos da Oficina de Teatro da Junta da Penha de França, do GrémioDramático Povoense e do Grupo “Os Marqueses”.

Câmara contesta EP

Obras “bloqueiam” EN10Os órgãos autárquicos da

freguesia de Alverca entre-

garam, ontem, na Assembleia

da República, uma petição com

4840 assinaturas, que reclama a

criação de condições para a

construção de uma circular

urbana na área desta cidade do

concelho de Vila Franca de

Xira. O troço da Nacional 10

que atravessa o centro de

Alverca está por

demais con-

gestionado

e as

filas, nos últimos meses

agravadas por obras que a

Estradas de Portugal está a

realizar na EN 10-6, chegam a

estender-se por mais de 5

quilómetros. A construção desta

variante é, por isso, uma aspi-

ração antiga, mas nunca

avançou, por variadíssimas

vicissitudes. O seu traçado

chegou a estar previsto para

uma área posteriormente desti-

nada ao centro de estágios do

Alverca e foi “desviado” para as

proximidades da linha-férrea.

Nos últimos anos, os autarcas

locais concluíram, contudo, que

o melhor seria mesmo

fazer passar a

c i r c u l a r

u r b a n a

d o

lado nascente da linha, mas a

Força Aérea Portuguesa (FAP)

opõe-se e recusa a cedência do

espaço necessário, por consid-

erar que a estrada pode pôr em

causa a segurança do Depósito

Geral de Material de Força

Aérea ali existente. As autar-

quias locais ainda tentaram sen-

sibilizar o anterior governo para

o assunto e acabaram por con-

cluir que o melhor seria lançar

uma petição, para que fossem

os deputados a tomar posição

sobre o assunto e a pressionar a

FAP. O processo de recolha de

assinaturas demorou, porém,

cerca de 1 ano, o que motivou

muitas críticas da oposição

local. Agora, o documento foi

ontem entregue na Assembleia

da República e defende que esta

possibilidade de construção da

circular a nascente do caminho-

de-ferro “teria que ter em conta

todas as questões que a Força

Aérea considere serem funda-

mentais para a manutenção das

operações militares” e permitir

“a construção de uma via que

efectivamente servisse o con-

celho de Vila Franca, a cidade

de Alverca e a sua população”.

Apogma festeja 21 anos

A Associação do Pessoal da Ogma assinala, de 18 a 20 de Novembro, oseu 21º. aniversário. As comemorações arrancam, no dia 18, com umbaile e prosseguem, no dia seguinte, com uma actuação do grupo decavaquinhos da Associação de Reformados de Alverca. Culminam, no dia20, com passeio de BTT, futebol inter-sócios e almoço comemorativo.

11

A Concelhia de Vila Franca de

Xira do CDS-PP revelou, ao Voz

Ribatejana, que entende que a

coligação Novo Rumo (CNR)

que concorreu às últimas

autárquicas locais “já não existe”,

lamentando a falta de diálogo e

de “informação corrente e atem-

pada” sobre a actividade que os

três vereadores (todos sociais-

democratas) eleitos pela CNR

desenvolvem na Câmara. Este

“rompimento” surpreendeu os

sociais-democratas e o novo líder

da Concelhia do PSD, Gonçalo

Xufre, disse, ao Voz Ribatejana,

que estranha “o momento escol-

hido” para o anúncio da posição

do CDS-PP.

“Estou convencido que sejam

quais forem os problemas de

comunicação que possam ter

existido, esta comissão política

agora eleita teria condições para

os ultrapassar. A coligação Novo

Rumo é uma coligação para mel-

horar o Concelho e estará nela

quem entender que é importante

melhorar Vila Franca de Xira. Os

tempos que atravessamos não são

tempos para calculismos políti-

cos. São tempos para se trabalhar.

Fico triste com declarações injus-

tas sobre o João de Carvalho que,

juntamente com os outros

vereadores da Coligação Novo

Rumo, está, no meu entender, a

fazer um excelente trabalho”,

sustenta.

Constituída, em 2009, pelas orga-

nizações locais de PSD, CDS-PP,

PPM e MPT, a Coligação Novo

Rumo alcançou cerca de 23% nas

eleições para a Câmara de Vila

Franca de Xira, aproximando-se

muito da CDU como segunda

força mais votada e conseguindo

eleger três vereadores quando,

quatro anos antes, uma outra col-

igação do centro-direita elegera

apenas um.

“Não temos qualquer influência

nas tomadas de posição, acordos

ou decisões tomadas pelos

vereadores do PSD que, aquando

das eleições autárquicas, foram

eleitos integrados nas listas da

CNR”, admite a Concelhia do

CDS-PP, criticando o facto destes

eleitos sociais-democratas

“apoiarem as posições do PS

(força maioritária no Município)

e tomarem as suas próprias

decisões sem consultar ou dar um

ponto de situação aos restantes

partidos da coligação, dando a

entender que só se serviram do

seu eleitorado”.

Maria Filomena Rodrigues, pres-

idente da estrutura local centrista,

acrescentou, em declarações ao

Voz Ribatejana, que, quando

aderiu à CNR, o CDS-PP “esper-

ava um diálogo profícuo”. Mas,

diz, passados 2 anos, apesar de

ter feito sentir várias vezes aos

responsáveis locais do PSD que

“esta situação não se poderia

manter indefinidamente”, o

CDS-PP continuava sem infor-

mação atempada sobre a actu-

ação da CNR na Câmara.

“Quanto a nós é o mínimo que

deve a um parceiro de coligação

eleitoral”, sustenta.

Filomena Rodrigues sublinha

que o CDS-PP não se identifica

com algumas das posições dos

três vereadores do PSD, que se

apresentam como eleitos da

CNR. “Para que não subsistam

dúvidas na população, não nos

revemos em determinadas

posições dos vereadores do PSD,

em especial nas afirmações,

através da sigla CNR, de posi-

cionamentos de esquerda no

espectro partidário do concelho”,

refere a responsável centrista,

lembrando que o CDS-PP “é um

partido de centro-direita de raiz

democrática-cristã. Nisso temos

muito orgulho e, também por

isso, a preocupação com as pes-

soas é constante na nossa activi-

dade”, conclui a líder local do

CDS-PP.

Jorge Talixa

CDS-PP rompe coligação com o PSD

Gonçalo Xufre é o novo líder do PSD

A lista encabeçada por Gonçalo Xufre ganhou, na sexta-feira, as eleições para a Comissão Política Concelhia deVila Franca do PSD, alcançando 92% dos votos expressos.O novo líder social-democrata adiantou, ao Voz Ribatejana,quais são as principais linhas do plano de actividades delin-eado para os próximos dois anos, prometendo propor arecandidatura de João de Carvalho à presidência daCâmara, melhorar os mecanismos de comunicação entre oseleitos locais e coordenar as actividades e posições dosautarcas do partido de modo a dar “resposta às expectativasda população”.Desenvolver um processo de escolha dos candidatos àsassembleias de freguesia baseados em estudos de opinião eprojecção eleitoral, conceber uma estratégia continua decomunicação com a população para a transmissão da men-sagem do PSD e estabelecer um diálogo profundo e decolaboração com as várias entidades e forças vivas do con-celho, são outros dos objectivos definidos pela novaConcelhia do PSD, que já assumiu como objectivo maior aconquista da maioria na Câmara nas eleições de 2013.

9 de Novembro de 2011

Aveiras e Alcoentre não

querem perder correios

As populações de Aveiras de Cima e de Alcoentre não

aceitam o encerramento das respectivas estações de correios,

mas o fecho já se consumou na primeira daquelas locali-

dades. Na freguesia de Aveiras de Cima a situação não é

nova. Os correios estiveram para encerrar há perto de 5 anos,

mas a Junta conseguiu impedir esse desfecho. Agora, a situ-

ação é diferente. Justino Oliveira, presidente da autarquia

local, diz refere que a junta não tem agora qualquer poder

sobre a decisão da administração dos CTT, já que a legis-

lação mudou.

O autarca diz que não ficou com os serviços dos correios na

Junta porque “não é competência da autarquia”, esclarecen-

do que, em termos financeiros e no actual quadro económi-

co, a sua autarquia não deve abrir um precedente, tendo em

conta a possível privatização dos Correios e o facto de a

Junta não se poder “substituir a todos os serviços públicos

que encerram”.

Se em Aveiras, os serviços postais estão agora a ser disponi-

bilizados numa papelaria, em Alcoentre ainda é a velhinha

estação de correios que está ao serviço. Neste caso paira a

incerteza quanto ao seu futuro. Ainda assim, Francisco

Morgado, presidente da Junta de Alcoentre, bate o pé ao

encerramento daquele serviço.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e

Telecomunicações também já veio contestar as medidas da

administração dos CTT. Rui Silva referiu que todos os tra-

balhadores foram integrados noutras estações, pelo que se dá

por contente com esta vitória, pois “não houve quaisquer

despedimentos”. O mesmo sindicalista afiança que, embora

o serviço postal esteja concessionado na primeira localidade

a uma papelaria, por um ano, é possível fazer reabrir a

estação de correios na vila antes do fim do contrato, citando

exemplos de outros concelhos onde isso aconteceu. Para já,

e das duas reuniões, onde participaram perto de duas cente-

nas de populares, saiu a constituição de duas comissões de

utentes, com o objectivo de se insurgirem contra o encerra-

mento das estações de correios. Uma fonte contactada pelo

Voz Ribatejana diz que não está fora de hipótese a realização

de “manifestações ou concentrações de protesto”.

Miguel António Rodrigues

Vila Franca de Xira

A actuação dos vereadores da coli-

gação está no centro da polémica

Casa S. Pedro festeja 31º. Aniversário

A Casa S. Pedro de Alverca está a comemorar o seu31º. aniversário. Para as 20h00 do próximo domingoestá agendado o jantar de aniversário, que se realizanas instalações da instituição, seguido de sessãocomemorativa.

12

ENTREVISTA

Voz Ribatejana - Há 9 anos

conseguiram criar condições

para transferirem o vosso

trabalho das antigas insta-

lações para este novo edifício,

planeado para responder às

necessidades do momento da

instituição. Nove anos depois,

até que ponto a Misericórdia

mudou, evoluiu e é já uma

instituição completamente

diferente, aproveitando estas

instalações que soube criar?

Carlos Santos – Obviamente

que sim. A Misericórdia de

Alverca foi o primeiro centro

de dia que existiu no concelho

de Vila Franca de Xira a seguir

ao 25 de Abril, penso que por

volta de 1980/81, e viveu nas

instalações antigas com centro

de dia. Mais tarde conseguiu

um acordo para apoio domici-

liário. Sempre teve um proble-

ma de crescimento e, em 2002,

com o processo que conduziu à

construção deste edifício, de

facto a Misericórdia teve um

crescimento espectacular e

deixou de ser mesmo aquilo

que era antigamente.

Só a valência de lar valorizou e

de que maneira o tipo de apoio

e a abrangência que dá, relati-

vamente à sua intervenção na

freguesia e no concelho.

O edifício terá correspondido

às possibilidades e às necessi-

dades da altura. Nove anos

passados, ainda responde às

necessidades e à procura ou

já está longe de correspon-

der?

Desde há muito tempo que está

longe e bem longe. Se este

edifício tivesse o dobro da

capacidade estaria a trabalhar a

100%, porque as exigências

são óbvias, cada vez há mais

população e cada vez este

apoio é mais procurado. As

pessoas vão envelhecendo e

cada vez com mais esperança

de vida. Os equipamentos que

conheço no concelho, todos

eles têm longas listas de

espera.

Esse aumento significativo da

procura sente-se mais na ver-

tente de lar?

Em primeiro lugar e com mais

pressão é na vertente de lar,

embora, provavelmente, em

termos alternativos, o apoio

domiciliário também vem

sendo muito procurado.

Estamos a pensar ‘inaugurar’,

provavelmente até ao fim do

ano, embora a Misericórdia vá

ter eleições agora em

Dezembro, o mandato está a

terminar, mas isso não implica

que não fiquem projectos,

independentemente da

direcção continuar ou não. Mas

estamos a criar condições para

que o apoio domiciliário se

prolongue para a noite (ver

texto nestas páginas).

Qual é normalmente o

critério para a admissão de

um idoso no lar da

Misericórdia de Alverca?

O nosso critério tem a ver com

a avaliação da situação social

do idoso ou da idosa, as suas

dependências, o ambiente onde

se insere. Às vezes as pessoas

estão abandonadas ou vivem

sozinhas, estão abandonadas

em termos de apoio porque,

embora tenham família próxi-

ma, as pessoas de quem depen-

dem têm a sua vida profissio-

nal e há algum conflito relati-

vamente a essa situação. O

primeiro critério é a avaliação

que as técnicas da instituição

fazem da situação social. A

partir daí há regras de avali-

ação, algumas delas que são

normativos da Segurança

Social a que não podemos fugir

em termos da pensão e do nível

de rendimentos da pessoa,

deduzindo a comparticipação

que a Segurança Social paga

por cada idoso que admitimos.

Em determinadas circunstân-

cias, as pensões são muito

degradadas e há necessidade

das famílias serem chamadas a

ter uma comparticipação na

mensalidade que é fixada pela

direcção. Na vertente de lar,

nas 64 camas que temos, o

acordo que estabelecemos com

a Segurança Social prevê que

25% dessa capacidade, esta-

mos a falar de 16 camas, sejam

afectas à Segurança Social. São

os serviços da SS que determi-

nam quem é que vai ocupar

essas vagas.

Instituições como a

Misericórdia de Alverca são

mais procuradas para situ-

ações de pessoas aca-

madas?

É óbvio que sim. Mas, no

nosso caso, não temos

grandes situações desse

tipo. Aconteceu no iní-

cio, veio um ou outro

caso de pessoas alta-

mente dependentes

para as vagas cativas da

Segurança Social. Neste

momento, as pessoas, embora

tendo bastante dependência,

ainda têm alguma mobilidade.

Quando as famílias procuram é

óbvio que já há algum grau de

dependência, não é natural que

as pessoas procurem uma insti-

tuição só porque querem ver-se

livres dos pais, não é bem

assim.

Neste momento, temos um tipo

de dependência que, por falta

de resposta adequada, mas-

sacra

o s

la res

r e l a t i v a -

mente à procura, que

são as doenças de Alzheimer e

de Parkinson. A doença de

Alzheimer é muito complicada

de ter numa instituição destas

que não está vocacionada para

ter esse tipo de dependência.

Temos já aqui alguns casos

muito complicados, não

recusamos que as pessoas ve-

nham, muitas vezes ainda vêm

numa situação controlada com

medicação. Nunca recusamos a

admissão de alguém inscrito

para que haja vaga pelo facto

de já ter sintomas

de Alzheimer ou

não. Não segre-

gamos ninguém

aqui em função

dos seus rendi-

mentos ou do esta-

do físico que apre-

senta.

Se tem necessidade,

se temos uma vaga,

se podemos respon-

der, nós respon-

demos. Isso tem-nos

trazido alguns amar-

gos de boca porque,

efectivamente, há aí

casos e há dias em que

praticamente anda uma

trabalhadora a acompan-

har aquela pessoa, porque

faz os mais diversos dis-

parates.

Quantos funcionários tem

actualmente a instituição?

Até no quadro de pessoal se vê

o processo evolutivo da

Misericórdia. Estive nos

primeiros anos de funciona-

mento no edifício antigo e tín-

hamos 6 funcionárias e uma

directora técnica. Neste

momento, passados 9 anos de

implementação do lar, a

Misericórdia tem praticamente

80 trabalhadores na sua estru-

tura, desde o quadro técnico ao

motorista.

A Associação de Assistência e Beneficência Misericórdia de Alverca (AABMA) é uma das mais antigas instituições sociais do

concelho de Vila Franca, fundada em 1905 na sequência da antiga irmandade que existia na freguesia. Em 2002 conseguiu con-

cretizar um sonho antigo e inaugurar um complexo modelo vocacionado para o apoio à terceira-idade onde actualmente concen-

tra a sua actividade. Com cerca de 150 utentes e 80 funcionários, é hoje uma das principais instituições locais de apoio a idosos,

movimentando anualmente cerca de 1, 2 milhões de euros e reunindo mais de 1800 associados com as quotas regularizadas. No

final de Outubro, a Misericórdia de Alverca assinalou o nono aniversário das suas novas instalações, com um conjunto de activi-

dade que incluíram animação, teatro, sessão solene e uma sessão de esclarecimento em parceria com a Associação Portuguesa

de Apoio à Vítima (ver página 13). Carlos Santos leva já quase 20 anos de presidência da associação, distribuídos por dois

períodos distintos. Em entrevista ao Voz Ribatejana realça as preocupações de qualidade e de humanismo da ABMA, reflecte

sobre a sustentabilidade de instituições deste tipo e sobre as sinergias que se poderiam aprofundar entre as instituições do con-

celho e revela que até final do ano deverá avançar um novo projecto inovador na região de alargamento do serviço de apoio domi-

ciliário ao período nocturno.

“Não segregamos ninguém

em função dos rendimentos

ou do estado físico”

Apoio domiciliário podeestender-se até às 23hA Misericórdia de Alverca tem um projecto, inovador naregião, de alargar o horário do seu serviço de apoio domi-ciliário até às 23h00, respondendo a algumas solicitaçõesde utentes. “Tradicionalmente o apoio que fazemos nãopassa das 16h30/17h00, mas vamos prolongá-lo aí até às23h00. Temos o transporte, é só uma questão de gerirmos osrecursos humanos e equilibrar as coisas. Dos contactos quetemos feito, as pessoas vêem isso com bons olhos, de modo aque fosse também dado o jantar aos utentes e que ficassemtratados para a noite com a medicação, o banho, a fralda,conforme as situações”, explica o presidente da instituiçãoalverquense, referindo que, provavelmente, será necessárioadmitir mais uma ou duas pessoas. “O transporte que temosfica disponível a partir das 17h00, nessa altura pensamosprogramar uma outra equipa. Penso que é uma aposta que écapaz de resultar, independentemente de não haver acordocom a Segurança Social e de ser um serviço que terá queser pago na totalidade pelas famílias”, acrescentou CarlosSantos, prevendo que este tipo de serviço de apoio domicil-iário nocturno possa avançar já no final deste ano. A ideiaserá abranger 10 a 15 utentes e divulgar esta nova possibili-dade na região, uma vez que o apoio domiciliário da ABMAtrabalha sobretudo na freguesia de Alverca e, num ou noutrocaso, nas vizinhas freguesias da Calhandriz e do Sobralinho.

Carlos Santos, presidente da Associação Misericórdia de Alverca, em entrevista

Misericórdia de Alvercaem números Fundação – 1905

Associados pagantes – cerca de 1800

Utentes em lar – 64

Beneficiários do apoio domiciliário – 30

Utentes do centro de dia – 55

Funcionários – 80

Orçamento anual – 1, 1 a 1, 2 milhões de euros

13

9 de Novembro de 2011

Casos de violência sobre idosos

mais denunciados

Com a colaboração da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a participação tam-

bém de alguns idosos utentes da vizinha Casa S. Pedro, a Misericórdia de Alverca organizou, no

dia 25, uma sessão sobre o tema “A violência na terceira-idade”.

Joana Menezes, técnica da APAV, explicou que este tipo de problemas tem vindo a crescer ou

pelo menos é mais denunciado. São situações que ocorrem sobretudo no seio da família e no

ambiente onde o idoso vive, mas que as vítimas muitas vezes não denunciam, por vergonha, por

medo ou por desconhecimento dos seus próprios direitos.

Só entre 2000 e 2009, a APAV teve conhecimento de 8124 crimes de violência doméstica contra

pessoas idosas e de 976 casos de crimes contra o património de pessoas idosas. A especialista da

APAV frisou que esta violência pode manifestar-se pelas mais variadas formas, desde a agressão,

psicológica ou sexual até ao abandono e à negligência. Existem também os chamados casos de

“violência financeira” em que terceiros se procuram apropriar de bens dos idosos, obrigá-los a

assinar documentos ou tentam tomar decisões por eles sobre os seus bens.

Joana Menezes recomendou aos cerca de 40 idosos que assistiram à sessão que denunciem sem-

pre situações que sejam

vítimas. “Não devem per-

mitir que os tratem como

crianças, não se devem

calar, devem gerir as vos-

sas contas e bens, não

devem ter vergonha de

apresentar queixa às

autoridades, à Segurança

Social ou à APAV e não se

devem isolar”, referiu,

acrescentando que têm

aumentado os casos de

idosos que são vítimas de

atitudes de familiares ou

de outras pessoas mais

chegadas e também os

casos de assaltos e de

burlas.

Carlos Santos defende que deveria haver

uma filosofia diferente de utilização comum

de vários serviços por diferentes instituições

de solidariedade social, mas admite que é

muito difícil à AISC (Associação de

Intervenção Social e Comunitária que

aglutina 26 IPSS do concelho de Vila

Franca) implementar sistemas desse tipo.

Em declarações ao Voz Ribatejana e, a

propósito dos custos de funcionamento da

lavandaria da ABMA, Carlos Santos con-

testa que os antigos projectos de equipa-

mentos sociais contemplassem sempre uma

lavandaria, uma cozinha e outros serviços

específicos para cada um deles. “Na fregue-

sia de Alverca, por exemplo, em que temos

três instituições que trabalham na área dos

idosos, tinha sido preferível, numa avali-

ação mais global, criar uma lavandaria cen-

tral que apoiasse as três instituições. No

mesmo sentido poderia haver uma cozinha

a trabalhar para as três. Aí sim e em termos

dos abastecimentos, de todo o tipo de con-

sumíveis, numa economia mais agregadora,

obviamente que gerava economias muito

significativas”, defende. Mas não poderia

ser a AISC a liderar alguns desses proces-

sos, quis saber o Voz Ribatejana, até porque

a Misericórdia de Alverca integra a

direcção desta associação concelhia. “Para

mim a AISC tem um grande handicap, a

direcção da AISC é composta por elementos

das direcções das instituições e é muito com-

plicado. Ainda há um bocadinho a tendên-

cia de fechar o funcionamento de cada insti-

tuição e há alguma resistência. É difícil con-

gregar e isso vê-se nas assembleias da AISC,

em que muitas vezes são abordados assun-

tos e tenta-se criar alguma dinâmica e,

depois, não avança”, lamenta, realçando o

trabalho muito positivo que a AISC tem

feito ao nível das acções de formação profi-

ssional que geram muitas mais-valias para

as instituições locais, mas reconhecendo que

ao nível das estruturas que possam gerar

economias de escala ainda não foi possível

avançar. “Estou a falar da área dos seguros

ou da área dos combustíveis e dos trans-

portes. Não mexendo na especificidade de

cada uma das instituições, com uma estru-

tura bem montada e bem pensada poder-se-

ia trazer ganhos muito grandes para cada

uma”, sustenta, mas Carlos Santos admite

que, embora se fale frequentemente nestes

assuntos, depois quase nada avança. “Há

muitas dificuldades, a AISC não tem uma

estrutura fixa e permanente, não tem um

quadro de funcionários nem de técnicos,

que pudessem avaliar esta situação, estudar

este assunto e propor à direcção algumas

dinâmicas no sentido de agregar”, justifica.

O Voz Ribatejana insistiu, questionando se

as crescentes dificuldades não deverão

motivar mais os dirigentes no sentido de

aprofundarem estas sinergias e parcerias,

até porque Vila Franca de Xira é dos poucos

concelhos onde existe uma associação agre-

gadora das suas IPSS. “Cada um tem os

seus lamentos, cada um vai falando das suas

dificuldades, mas depois parece que há aqui

uma paralisia geral que vai limitando e que

não vai criando condições para que se

avance. Os resultados são poucos ao longo

dos anos. Na formação há algumas mais-

valias, temos tido algum sucesso, mas no

resto é complicado”, conclui.

Carlos Santos leva já perto de20 anos de presidência daAABMA. Esteve numprimeiro período na lider-ança da Misericórdia desdemeados da década de 80 até àprimeira metade da décadade 90 e voltou em 2000, man-tendo-se desde então nocargo. “Com 62 anos aindaando aqui, não há muitagente que se disponibilizepara um tipo de trabalhodesta natureza, que já vaisendo pesado. Mas, comodigo, as pessoas estão aquiporque querem e, no meucaso, particular, porqueainda gosto.Fundamentalmente é precisogostar, é óbvio que é precisoter alguma capacidade,ninguém nasce ensinado, masquando as pessoas gostamdaquilo que fazem ultrapa-ssam muitas barreiras emuitas dificuldades. E euainda estou na fase de gostar.No dia em que deixar degostar tenho que dar a vez aoutro”, sublinha o dirigentesocial, bancário de profissão,que sempre exerceu as suasfunções na Misericórdia de

Alverca de forma totalmentevoluntária.“Penso que muitas coisas danossa vida resultam daquiloque é a nossa estrutura men-tal, do que foi a nossa edu-

cação. Desde muito novo quetive sempre alguma apetênciapara ajudar, para contribuircom o meu esforço e intervirdentro das minhas capaci-dades em tudo o que é o movi-mento associativo”, explicaao Voz Ribatejana, salientan-do que, quando iniciou a suaactividade profissional foicolocado em Alverca e, poucotempo depois, aproximou-seda Misericórdia, numa li-

gação que perdura até hoje.Em Dezembro há novaseleições, Carlos Santos dizque não abordou ainda oassunto com os seu pares dadirecção, mas não põe departe a possibilidade devoltar a concorrer, desta vez,provavelmente, com o intuitode passar o testemunho napresidência a meio domandato, para que outra pe-ssoa possa dar continuidadeà liderança dos destinos daABMA. “As pessoas quandoestão muitos anos nas organi-zações, para já criam vícios,fatalmente ganham algumasrotinas e a disponibilidadecomeça a ser muito relativa, adisponibilidade mental,porque fisicamente ainda mesinto perfeitamente emcondições. Mas, a minhaintenção, num próximomandato, se as coisas co-rrerem como podemos pers-pectivas, não será paraacabar, porque penso criarcondições para fazer umatransição e deixar aquialguém que venha inovar eque venha fortalecer a estru-tura da instituição”, rematou.

Portugal entrou num quadro

de degradação que se reflecte

nos mais variados cortes. Isso

leva-nos a duas questões: até

que ponto irá a capacidade

do Estado de continuar a

comparticipar nos mesmos

moldes estes serviços sociais e

que reflexo é que tudo isto

vai ter na capacidade das

famílias contribuírem com a

sua parte? São questões que

devem preocupar a direcção

de uma instituição como

esta?

Se a aposta for de cada vez

menos o Estado intervir na

sociedade a este nível, é óbvio

que aí vai ser muito complica-

do que as pessoas tenham

capacidade. E, a partir daí, a

sustentabilidade de casas como

esta, que tem um alto grau de

dependência relativamente às

comparticipações e até ao

próprio Estado, há que o recon-

hecer. Na prática as receitas

provenientes do Estado são

cerca de 90% do bolo geral. A

partir daí criam-se-nos grandes

interrogações, elas já estão pre-

sentes na elaboração do orça-

mento para 2012, que neste

momento estamos a desenhar.

O Plano de Emergência Social

que está desenhado pelo actual

Governo, na minha opinião, é

um conjunto de generalidades,

de boas intenções só, mas que,

depois, não têm um suporte

financeiro que possa levar à

concretização dessas

intenções. Já saiu alguma le-

gislação na área da infância

relativamente à disponibili-

dade para aumentar a capaci-

dade dos equipamentos. Na

área dos idosos ainda se está a

trabalhar. Tanto quanto sei há

um grupo de trabalho a avaliar

para produzir legislação para

tentar mais vagas nas institu-

ições. Vejo com alguma pre-

ocupação esse facto, porque

temo que algumas instituições,

na ânsia de conseguir aumentar

as receitas, reduzam alguma

qualidade em termos da

prestação de serviços e o

espaço disponível seja franca-

mente limitado. Fala-se que as

instituições vão poder decidir

em termos de espaço que têm

disponível e aumentar a sua

capacidade. No nosso caso isso

pode traduzir-se em mais 2 ou

3 camas. Nunca iremos tirar

condições. Os quartos da nossa

instituição têm todos duas

camas, têm uma área significa-

tiva. Estar a reduzir esse

espaço para, eventualmente,

três camas tiraria capacidade

de manobra em termos de

apoio. Penso que se perdia

muita qualidade. É óbvio que

as instituições precisam de

angariar receitas, mas pode-se

correr o risco, se as coisas não

forem devidamente progra-

madas e balizadas, de se entrar

numa espiral de admissão de

utentes que, em muitas circun-

stâncias, podem transformar

uma instituição num autêntico

armazém de vidas humanas.

Não será esse o caminho que a

Misericórdia vai tomar, val-

orizamos outras situações.

Que medidas é que a

direcção da Misericórdia tem

tomado para resguardar a

instituição deste tipo de

problemas de sustentabili-

dade?

É óbvio que não há milagres.

Se as receitas se mantiverem

estáveis, uma vez que o acordo

de cooperação com a

Segurança Social já não é actu-

alizado há cerca de 2 anos, as

verbas que recebemos são as

mesmas. Isso tem-nos trazido

outra contrapartida, fazemos

reflectir essa situação na massa

salarial, não temos condições

para a actualizar como

gostaríamos e como seria lógi-

co que as pessoas tivessem

uma actualização nas suas

remunerações. Como as

receitas andam a esse nível,

vamos tentando reduzir ao

máximo os consumos, o que

passa, por exemplo, pela

implementação que fizemos,

em condições muito

favoráveis, da energia solar tér-

mica, que nos dá água quente a

preços reduzidíssimos. Baixou

significativamente a factura do

gás. Desenvolvemos também

um processo de candidatura

para a instalação da energia

fotovoltaica, que nos permitiria

até vender energia para a rede à

EDP. E, internamente, vamos

racionalizando alguns circuitos

para evitar desperdícios.

Vamos ao ponto de desligar os

elevadores em determinados

períodos do dia, porque não

são necessários. E estamos a

pensar fazer um outsourcing na

lavandaria, porque da factura

energética, seguramente 90%

são encargos da lavandaria.

“É preciso gostar e estou aqui porque ainda gosto”

Serviços comuns para as IPSS

poderiam gerar muita poupança

Encontro de poetas homenageiaArquimedes da Silva Santos

O 15º. Encontro de Poetas da Póvoa de Santa Iria realiza-se, nanoite do próximo sábado (12), nas instalações do GrémioDramático Povoense. A iniciativa inclui uma homenagem aoescritor e pedagogo povoense Arquimedes da Silva Santos.

14

ECONOMIA

A Câmara de Vila Franca de

Xira decidiu, na quarta-feira,

manter em 2012 as taxas de

IMI (Imposto sobre Imóveis)

que já aplicou este ano, frisan-

do o executivo socialista que

são as taxas “mais baixas”

entre os 18 municípios da Área

Metropolitana de Lisboa

(AML). E, se em anos anteri-

ores os vereadores da CDU

votaram contra e defenderam

taxas mais reduzidas, desta vez

optaram pela abstenção, reco-

nhecendo as necessidades de

receita da autarquia num

quadro de crise e que pequenas

mexidas não permitiriam que

as famílias tivessem mais

condições para pagar este

imposto.

Com uma grande expansão

urbana verificada desde a

década de 80 do século passa-

do (subiu de cerca de 80 mil

para 140 mil habitantes), o

Município de Vila Franca tem

no IMI uma das suas princi-

pais fontes de receita, que

chega a atingir os 16 milhões

num orçamento anual que

anda na casa dos 80 milhões de

euros. Bernardino Lima,

vereador da CDU, salientou,

contudo, que, desde 2008, ve-

rifica-se uma grande queda da

percentagem de famílias que

conseguem pagar o IMI.

Segundo referiu, se em 2008

cerca de 91% das famílias

pagou o imposto, em 2011 já

só foram 85% e as previsões

para 2012 apontam para 82%.

“O facto de não fazermos

qualquer redução no IMI está a

fazer com que, ano a ano, haja

mais pessoas incapazes de

fazer este pagamento”, avisou.

A maioria PS tem uma leitura

diferente, com o vereador Vale

Antunes a sustentar que se a

CDU estivesse no poder não

defendia estas reduções e a

presidente Maria da Luz

Rosinha a frisar que sabe que

pelo menos 5 municípios da

AML de maioria CDU vão

aplicar as taxas máximas de

IMI, quando Vila Franca “con-

tinua a ter as taxas mais

baixas”.

Mas Nuno Libório (CDU)

ripostou, considerando que no

concelho de Vila Franca houve

um esforço de reavaliação dos

imóveis que também benefi-

ciou o Município e que se ve-

rifica uma situação paradi-

gmática em que, por isso, “há

casas com valor fiscal superior

ao valor comercial transa-

cionável”. Maria da Luz

Rosinha defendeu que não é

destas reavaliações que têm

vindo as principais receitas.

“Há um processo normal de

fim das isenções e transacções

a valores do momento. Mas

todas as pessoas podem pedir

reavaliações se considerarem

que o imóvel está sobreavalia-

do”, explicou.

Já Fernando Paulo Ferreira

salientou que a Câmara de Vila

Franca pode aplicar estas taxas

mais baixas entre todos os

municípios da AML também

devido ao esforço que os exe-

cutivos socialistas têm feito

para garantir uma gestão equi-

librada. “Temos que tomar as

maiores cautelas, mas esta é

também uma marca que temos

deixado neste Município”, vin-

cou o eleito do PS. O social-

democrata Rui Rei acrescen-

tou que a Câmara não pode

alterar estas taxas sob pena de

ter de abdicar de forma “drás-

tica” de muitas das suas

acções.

A proposta aprovada com

votos favoráveis do PS e do

PSD e abstenção da CDU

prevê uma taxa de 0, 675%

para os imóveis de matriz anti-

ga e ainda não reavaliados e de

0, 35 para os imóveis de matriz

mais recente ou já reavaliados

pelas Finanças. Nas duas

freguesias rurais de

Cachoeiras e da Calhandriz há

uma redução de 30% e na

freguesia de Alhandra uma

redução de 15% nestas taxas.

Na mesma reunião foi aprova-

da uma proposta de lançamen-

to de uma derrama de 1, 5%

em 2012 sobre o IRC pago

pelas empresas sedeadas no

concelho, mantendo o

Município a isenção das fir-

mas com volume de negócios

inferior a 150 mil euros.

Jorge Talixa

Vila Franca mantém

o IMI mais

baixo da AML

Os 126 trabalhadores da

TNC, transportadora de

Alverca ameaçada de ence-

rramento desde Julho, rece-

beram, no final de Outubro,

cartas de despedimento assi-

nadas pelo administrador de

insolvência. Na quinta-feira,

em plenário realizado à beira

da Estrada Nacional 10, junto

às instalações da empresa,

decidiram avançar com

processos de impugnação das

cartas de despedimento e

recorrer ao Fundo de

Garantia Salarial da

Segurança Social.

Considerando as condições

climatéricas foi, também,

decidido suspender a vigília

que faziam desde Julho na

entrada da empresa e concen-

trar esforços no próximo dia

5 de Dezembro, junto ao

Campus de Justiça de Lisboa,

onde se vai realizar uma nova

assembleia de credores, para

apreciar um plano de recu-

peração apresentado pela

antiga dona da firma, que

chegou a ser uma das

maiores transportadoras por-

tuguesas.

No dia 3, o sentimento entre

as cerca de duas dezenas de

trabalhadores que partici-

param no plenário era de

algum desânimo, depois de

inúmeras iniciativas que

organizaram nos últimos três

meses, procurando criar

condições para que a TNC

retomasse a sua laboração.

Com a decisão da juíza do

Tribunal do Comércio de

suspender a deliberação de

liquidação da TNC tomada

em Julho e de admitir a pro-

posta de recuperação, mar-

cando uma nova assembleia,

trabalhadores e sindicatos

ainda alimentaram a espe-

rança de que a empresa

pudesse retomar já a labo-

ração, mesmo antes da

decisão final dos credores.

Isso não aconteceu e progres-

sivamente foram retirados os

camiões, agora colocados à

ordem da massa insolvente e

do tribunal.

Anabela Carvalheira, diri-

gente do Sindicato dos

Trabalhadores dos

Transportes Rodoviários e

Urbanos de Portugal

(STRUP), disse que não vale

a pena os trabalhadores con-

tinuaram a “martirizar-se” à

porta da TNC. “Vamos acred-

itar e concentrar energias na

assembleia de credores de 5

de Dezembro, para fazer sen-

tir que os trabalhadores estão

unidos, têm direitos e mere-

cem acreditar que a justiça

será imparcial e que a TNC

ainda tem um caminho”, vin-

cou. No plenário estiveram,

também, o deputado Miguel

Tiago (PCP), a presidente da

Câmara de Vila Franca de

Xira, Maria da Luz Rosinha,

o vereador Fernando Paulo

Ferreira e representantes da

União de Sindicatos de

Lisboa e da Concelhia de

Vila Franca do PCP. A autar-

ca lamentou que não se tenha

feito mais para garantir a sal-

vaguarda de postos de traba-

lho de que o país tanto pre-

cisa nesta altura. “É dos

momentos que não

gostaríamos que acontecesse,

já que na realidade se alimen-

taram muitas esperanças de

que fosse possível haver um

entendimento e principal-

mente que se salvassem 126

postos de trabalho”, frisou,

mostrando-se surpreendida

com a evolução da situação,

porque “a missão do admin-

istrador de insolvência não

devia ser para fechar portas,

mas tentar não fechar”. A edil

salientou, contudo, que a

decisão final ainda não está

tomada, mas admitiu que “as

esperanças já são poucas

quando tudo se

desmorona”.Miguel Tiago

afirmou que “este processo é

uma soma de ilegalidades” e

de “más vontades somadas

umas em cima das outras” e

que tudo se passou “com a

complacência do Governo”.

O parlamentar comunista diz

que não entende como é que

o Governo ultrapassa a Lei

para cortar subsídios de

férias e de Natal, mas depois

escuda-se com a Lei para não

intervir mais no caso da TNC

e tentar salvar os postos de

trabalho.

Jorge Talixa

Trabalhadores

despedidos

na TNC

Alunos e trabalhadores da Escola Industrial almoçam no sábadoA primeira iniciativa do grupo de antigos alunos e trabalhadores da Escola Industrial eComercial de Vila Franca de Xira realiza-se já no próximo sábado, com um almoço que deveráreunir, na Quinta do Coração, mais de 200 participantes. A ideia surgiu no seio de um grupolançado no facebook por Barata Mendes e esta aproximação entre os antigos alunos e profission-ais da EICVFX já agregou mais de 300 aderentes. Os interessados aimnda poderão inscrever-seatravés do e-mail [email protected], do número 917 257 684 ou do fax 263 975 873.

Fequimetal reúne congresso em Alverca

O II Congresso da Fiequimetal (federação de sindicatos metalúrgicos) realizou-se no auditório da

Filarmónica Alverquense. O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, disse, no encerramento,

que, com as medidas do Governo, corre-se o risco de empobrecimento acelerado do nível de vida

dos trabalhadores. “Não foram os trabalhadores e o povo que provocaram o aumento da economia

clandestina, a

fraude, a evasão e

a corrupção neste

país”, referiu, afir-

mando que há val-

ores que é preciso

defender. O

Sindicato das

Minas da

Panasqueira, na

sua intervenção,

lamentou a morte

dum colega, por

falta de segurança

no interior da

mina. Como

protesto, os trabal-

hadores pararam

dois dias em sua

homenagem.

Adriano Pires

Jorge Talixa

A Associação para o Estudo e

Defesa do Ambiente do

Concelho de Alenquer

(Alambi) e a Quercus exigem a

concretização das principais

medidas de recuperação das

antigas pedreiras de Alenquer

antes do licenciamento de

novas áreas. Segundo estas

duas organizações ambientalis-

tas quase nada do previsto nos

planos ambientais de 2003 foi

feito e não faz sentido autorizar

ampliações de pedreiras quan-

do o mercado da construção

está em queda.

A posição das duas associações

surge na sequência da avali-

ação do estudo de impacte

ambiental (EIA) do projecto de

ampliação da maior pedreira de

calcário de Alenquer, que

esteve em consulta pública até

21 de Outubro. A Calbrita, uma

das maiores firmas portuguesas

do sector, pretende integrar as

chamadas pedreiras da Serra de

Ota nº. 5 e nº. 6 na “Pedreira de

Calcário de Alenquer”, aumen-

tando também a área de explo-

ração de 48 para 73, 5 hectares.

Argumenta a empresa que a

Pedreira de Calcário já está

licenciada há 45 anos e que

esta ampliação permitirá “fazer

face às solicitações do mercado

e assegurar a sua continuidade,

garantindo o fornecimento de

matéria-prima às indústrias de

construção e obras públicas”.

Mas a Quercus a Alambi con-

testam esta informação, con-

siderando que há uma “sob-

reavaliação” das necessidades

e que é contraditório que a

Calbrita assuma uma previsão

de redução da exploração de 2,

4 para 1, 5 milhões de

toneladas por ano e, ao mesmo

tempo, queira aumentar em 25,

5 hectares a área licenciada.

“Não faz sentido licenciar

reservas para um período tão

longo, quando as grandes obras

públicas em Portugal estão

construídas, quando o mercado

da habitação está paralisado e

os indicadores revelam que a

oferta excede largamente a

procura e quando as normas

comunitárias já determinam a

reciclagem e reaproveitamento

dos resíduos de construção e

demolição”, sustenta o parecer

das duas associações.

Mas os promotores do projecto

têm um entendimento difer-

ente, frisando que é importante

uma relação de proximidade

entre a exploração da pedra e

as principais zonas de con-

sumo, que esta área tem uma

jazida de calcário com cara-

cterísticas muito próprias e que

com esta ampliação serão cri-

adas reserva úteis de 60, 788

milhões de toneladas, sufi-

cientes para mais 41 anos de

exploração. Por outro, a

Calbrita sublinha que toda esta

área já se insere no Núcleo de

Exploração de Calcário de

Alenquer que se estende por

cerca de 500 hectares. “Com o

decréscimo de procura verifi-

cado, face à actual conjuntura

económica, o ritmo de explo-

ração médio é de cerca de 25 a

30 camiões por hora em cada

sentido”, prossegue o EIA,

frisando que esta ampliação

não deverá “induzir impactes

ambientais significativos” que

a possam inviabilizar e que,

estando o terreno classificado

como “Espaço de Indústria

Extractiva”, será sempre muito

provável a sua exploração,

nesta ou noutra pedreira a criar.

Os principais impactes colo-

cam-se ao nível da qualidade

do ar (emissões de poeiras) e

das águas superficiais e das

vibrações e ruído originadas

pelas explosões. O EIA susten-

ta que as emissões de poeiras

poderão ser fortemente contro-

ladas pela aspersão com água e

que as medições dos rebenta-

mentos “demonstram que as

explosões não implicam qual-

quer perigo para as construções

existentes na envolvente”.

A área de exploração em causa

estende-se pelas freguesias de

Triana, Meca e Ota e as locali-

dades mais próximas são

Cheganças (1000 metros),

Carapinha (700) e Casais

Pedreira do Lima (600). O EIA

aponta também a existência de

uma construção, a cerca de 300

metros da pedreira, conhecida

por Quinta da Moita, onde “o

limite sonoro legal não será

cumprido, como de resto já

ocorre actualmente”,

prosseguem os autores do estu-

do, considerando que esta área

também já é afectada pela cir-

culação na Estrada Nacional 1.

“Considera-se essencial a

redução da velocidade na via

de acesso à pedreira pelo que o

projecto preconiza a intro-

dução de sinalização vertical

limitando a velocidade de cir-

culação a 20 km/h”, conclui o

estudo, prevendo que, “como

medida compensatória”, a

Calbrita vá “promover a recu-

peração de uma ou mais áreas

votadas ao abandono, que

abranjam um total até 10 mil

metros quadrados” (1 hectare).

15

9 de Novembro de 2011

Associações ambientalistas não aceitam o licenciamento de novas áreas de pedreira no conce-

lho de Alenquer sem que avance a recuperação paisagística das mais antigas. O Núcleo de

Exploração de Calcário de Alenquer tem cerca de 500 hectares e abastece toda a região de

Lisboa e do baixo Ribatejo.

Alambi e Quercus não querem mais

pedreiras sem recuperação das antigas

AmbientalistaspropõemmedidasCaso se confirme o licenci-amento desta nova área deexploração, Alambi eQuercus, para além dereclamarem a recuperaçãode áreas já exploradas,propõem a construção deuma bacia de retençãopara onde devem sercanalizadas as águasprovenientes da lavagemde inertes, que as novasbritadeiras sejam dotadasde dispositivos dedespoeiramento e que aCalbrita seja responsabi-lizada pela instalação depelo menos dois disposi-tivos de medição departículas em suspensãona atmosfera.

Recuperação paisagística não anda

Quercus e Alambi criticam principalmente o facto de não estarem a ser minimamente cumpridos

os planos de recuperação paisagística das áreas já exploradas e das entidades fiscalizadoras não

obrigarem à sua concretização. “Em 2003 foram aprovados planos ambientais para todas as

pedreiras de extracção de britas licenciadas no concelho e foram retidas as inerentes cauções

como garantia da futura recuperação paisagística”, explicam as duas associações, lamentando,

contudo, que, passados mais de 8 anos, ainda não sejam observáveis “quaisquer trabalhos de

recuperação paisagística”.

É que, referem, apesar de toda a documentação e planos aprovados (todas as pedreiras têm planos

ambientais e de recuperação paisagística), nestes cerca de 500 hectares de pedreiras “não con-

seguimos identificar a implementação do que quer que seja de significativo. Nunca identificámos

qualquer plantação de árvores ou de arbustos, nem qualquer mobilização de terras para esse fim”,

concluem a Quercus e a Alambi.

Números doprojectoActual área das pedreirasa fundir – 48 hectares

Área total prevista – 73, 5hectares

Reservas com a ampli-ação – 60, 788 milhões detoneladas

Previsão de produçãomédia anual – 1, 5 mil-hões de toneladas

Previsão de vida útil – 41anos

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Fado no sábado em Alhandra

A Alemar, uma nova pastelaria instalada na Rua Sousa Martins, em Alhandra,organiza, na noite do próximo sábado, uma sessão de fados. Participam osfadistas Bruno Horta, Margarida Farçadas, Diogo Ferreira, Vanessa Lima,Inês Ribeiro e Alice Nunes. Os interessados podem solicitar mais informaçõesou fazer reservas através dos números 93 613 52 91 ou 21 824 53 51.

16

CARTÓRIO NOTARIAL DAS CALDAS DA RAINHA

A cargo da Notária Lic. Carla Sofia Farinha Serra

---CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de hoje, lavrada a folhas cinquenta

e quatro e seguintes, do livro nº132-A, deste Cartório, Filipe Manuel Ferreira Serrano, e mulher

Maria Augusta Geitoso Farrobilha Serrano, casados no regime da comunhão geral de bens,

naturais, ele da freguesia e concelho de Arruda dos Vinhos, ela da freguesia de São Sebastião

da Pedreira, concelho de Lisboa, residentes em Casal Vigial, Arruda dos Vinhos, se declararam

donos e legítimos possuidores, do seguinte:__________________________________________

---Prédio misto, composto por cultura arvense, vinha, árvores de fruto, oliveiras e casa do rés-

do-chão e primeiro andar para habitação, denominado por Casal de Santo António, sito na fregue-

sia e concelho de Arruda dos Vinhos, com área total de oito mil duzentos e quarenta metros

quadrados, dos quais oitenta e cinco metros quadrados são área coberta e mil setecentos e

cinquenta e cinco metros quadrados são área descoberta, correspondentes à parte urbana e, seis

mil e quatrocentos metros quadrados são área descoberta correspondentes à parte rústica, que

confronta a Norte e Poente com José Máximo Mocica, a Sul com Estrada Nacional e a Nascente

com João Carvalho Júnior, descrito na Conservatoria do Registo Predial de Arruda dos

Vinhos, sob o número três mil trezentos e vinte e nove, inscrito na Matriz de Arruda dos

Vinhos, sob o artigo 25 da Secção EE - rústico e o artigo 1.719 - urbano com valor patrimonial

tributário e atribuído de 49.170,57 euros_____________________________________________

--- Que sobre o prédio incide uma inscrição de aquisição registada a favor dos herdeiros de João

Soaes Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira, a voz do justificante marido, registada pela

Apresentação dois de três de Julho de mil novecentos e setenta:_________________________

a) Ercília Piedade Ferreira Millar e marido William Anthony Everard Millar;___________________

b) Eva da Conceição Eleutério Ferreira e marido Pedro da Silva Carvalho;__________________

c) Maria da Conceição Eleutério Ferreira e marido Manuel Lourenço Serrano, pais do ora justifi-

cante;________________________________________________________________________

d) Suzete de Jesus Eleutério Ferreira Doyle e marido Patrick Anthony Joseph Doyle;__________

--- Que esses herdeiros, filhos dos falecidos, em mil novecentos e setenta e um, fizeram entre si

partilha verbal do prédio acima identificado, tendo adjudicado a cada um, um quarto indivi-

so.__________________________________________________________________________

--- Que em mil novecentos e setenta e sete, Maria da Conceição Eleutério Ferreira e marido

Manuel Loureço Serrano, pais do ora justificante marido, adquiriram à Suzete de Jesus Eleutério

Ferreira Doyle e marido Patrick Anthony Joseph Doyle, por compra verbal o quarto indiviso do

prédio que lhes coube pela referida partilha verbal._____________________________________

--- Que em consequência, os pais do justificante marido, passaram a ser possuidores de dois

quartos indivisos do prédio._______________________________________________________

--- Que em mil novecentos e oitenta e oito, faleceu o pai do justificante marido, Manuel Lourenço

Serrano, e os herdeiros, o ora justificante, e mulher, a mãe Maria da Conceição Eleutério Ferreira

e o irmão João José Ferreira Serrano e mulher Anabela Maia da Cruz Serrano, fizeram partila ver-

bal dos bens, tendo sido adjudicado aos ora justificantes, à data já casados, os dois quartos indi-

visos que pertenciam ao dissolvido casal.____________________________________________

--- No mesmo ano, os seus tios Ercília Piedade Ferreira Millar e marido William Anthony Everard

Millar doaram-lhe verbalmente, a ele justificante, à data já casado, um quarto indiviso que havi-

am recebido na partilha verbal efectuada em mil novecenteos e setenta e um com os restantes

irmãos, por sucessão de João Soares Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira.__________

---Que igualmente em mil novecentos e oitentea e oito, sendo já possuidores de três quartos indi-

visos do prédio, compraram verbalmente aos tios Eva da Conceição Eleutério Ferreira e marido

Pedro da Silva Carvalho, o quarto indiviso no prédio que lhes havia sido adjudicado na partilha

verbal de mil novecentos e setenta e um._____________________________________________

--- Que o tio Pedro faleceu sem que tivesse chegado a formalizar a venda, mas em dois mil e sete

por escritura pública de alienação de quinhão hereditário outorgada a nove de Maio desse ano

no Cartório Notarial de Arruda dos Vinhos, a cargo da Notária Maria Dina Ferreira, lavrada a fol-

has vinte e oito a vinte e nove do livro L Quatrocentos e Setenta e Nove - A, adquiriram o quin-

hão hereditário que cabia à sua tia e prima, Eva da Conceição Eleutério Ferreira e Maria Filomena

Ferreira Carvalho Pinhal, herdeiras de Pedro da Silva Carvalho na herança de João Soaes

Ferreira e mulher Maria da Piedade Ferreira, quinhão no qual, se inseria o referido um quarto

indiviso do prédio, partilhado já em mil novecentos e setenta e um.________________________

--- Que os pais do justificante marido celebraram escritura pública de cessão de quinhão here-

ditário no dia vinte e três de Março de mil novecentos e setenta e oito, no Cartório Notarial de

Arruda dos Vinhos, lavrada de folhas vinte e seis verso a folhas vinte e sete verso do Livro L B -

Duzentos e sessenta e dois, com a atrás referida Suzete e marido, adquirindo-lhes o quinhão

hereditário na herança dos falecidos João Soares Ferreira e mulher Matria da Piedade

Ferreira.______________________________________________________________________

--- Que na sequência da Escritura que os pais do justificante marido realizaram e que eles

próprios, justificantes, realizaram em dois mil e sete, pretenderam regularizar a situação pelos

meios normais, razão pela qual fizeram os registos de transmissão de posição (Ap. catorze;

quinze; dezasseis; dezassete e dezoito, todas de vinte e três de Maio de dois mil e sete), mas

sem que com isso nenhum dos outros titulares inscritos no registo, se considerasse proprietário

porque já se consideravam sem a posse e a propriedade desde mil novecentos e oitenta e

oito._________________________________________________________________________

--- Que assim efectuaram os registos apenas numa tentativa de regularizar a situação, não tendo

sido possível, entretanto, formalizar os negócios verbais, mas que, tendo os justificantes a posse

pacífica desde mil novecentos e oitenta e oito, como todos sempre reconheceram, vêm agora jus-

tificar.________________________________________________________________________

--- Que assim sendo, não possuem, qualquer título formal que comprove as referidas transmis-

sões operadas há mais de vinte e dois anos.__________________________________________

--- Que ao longo destes vinte e dois anos, os justificantes vêm possuindo esse prédio como seu,

como proprietários e na convicção de o serem, habitando, cuidando e limpando o edifício, fazen-

do nele pequenas obras e reparações, cultivando a parte rústica e tratando da vinha e pagando

as suas contribuições e impostos posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com

conhecimento de toda a gente e sem a oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífi-

co, contínuo, publico e de boa fé.___________________________________________________

--- Que esta posse, de boa fé, contínua, pacífica e pública conduziu à aquisição do direito de pro-

priedade do mencionado prédio por usucapião.___________________________________

--- Está conforme o original._______________________________________________________

--- Caldas da Rainha, trinta e um de Outubro de dois mil e onze.__________________________

A funcionária autorizada, com poderes delegados com número de inscrição 280/1

(Nélia Carla Rodrigues dos Santos Branco)

Autorizada, nos termos do artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011 de 28 de

Janeiro, pela Notária Carla Sofia Farinha Serra, desde 31/01/2011 conforme publicitado nessa

data no site www.notarios.pt.

Conta registada sob o nº 3530/2 de que foi emitido recebido.

Jornal Voz Ribatejana edição nº 24 de 09 de Novembro de 2011

Voz Ribatejana - “Rua da

Felicidade” é a estreia de

Alcino Elyseu neste campo da

ficção?

Alcino Elyseu - “Rua da

Felicidade” é de facto a estreia

enquanto autor de ficção.

Terminado em 2003, teve ini-

cialmente o título de “Uma

História de Merda”. Contudo,

uma revisão cuidada, evitou o

possível colapso que tal ideia

traria.

O que é representa para si o

acto de escrever?

Escrever, para mim, e ao con-

trário do que se possa imaginar,

não me prende nem me liberta

de coisa nenhuma. Gosto do

lado dos dejectos humanos, das

suas fraquezas, do

pequeno pormenor,

todavia, escrevo para ten-

tar produzir arte; encaro

um texto como uma escul-

tura que tem que ter uma

forma objectiva, uma dis-

tribuição lógica das suas

formas, de perfeita harmo-

nia. Nunca serei um ino-

vador, mas antes um bom

contador de histórias. No

final, é supremo o gozo de

perceber a luta que a partir

daí se irá travar entre o

efémero e o intemporal do

que acabámos de fazer.

Trata-se de uma obra que

estabelece alguma relação

entre locais emblemáticos de

Vila Franca de Xira e Macau,

porquê?

Há locais que, em dada altura

são para nós símbolos de enfa-

do e pesadelo, e outros que o

são de naufrágio e refúgio.

Destes últimos, o caminho de

volta é sempre mais longo.

Camilo Pessanha refugiou-se

em Macau por via dos amores

não correspondidos de Ana

Castro Osório e, Albano da

Barroca, o meu personagem

central neste livro, fê-lo de

igual modo, mas não perceben-

do que apenas era uma peça de

jogo dessa força implacável

que é o destino.

O livro em si procura trans-

mitir alguma mensagem

específica?

Poderia ser recorrente e trans-

mitir aos leitores deste jornal

um mar de banalidades já

avançadas por outros. Os meus

personagens não saltam dire-

ctamente da cadeira do psicólo-

go ou das máquinas de fitness

para os meus textos. São gente

que provém do mais profundo

das interrogações e preocu-

pações da condição humana;

com fantasmas, com marcas

profundas, amálgama de

emoções violentas que sugerem

sempre o direito à indi-gnação.

É sem dúvida uma lite-ratura

para adultos, e onde não facili-

to a vida a ninguém.

Como é que vê a vida

literária, nesta altura, no con-

celho de Vila Franca. Existe

ou vive muito no saudosismo

dos grandes escritores que

daqui são naturais?

A vida literária no concelho de

Vila Franca vale o que vale. De

algum modo, todos nós

perdemos demasiado tempo

com actores secundários e a

arte, seja ela qual for, para além

da fotografia oficial, é para essa

gente uma chatice. Eu nem

diria que existe saudosismo em

redor de vultos enormes como

Alves Redol e outros. Na reali-

dade, e para além do prémio-

zinho disto é daquilo, para além

da comemoração oficial, não

existe uma política diária que

ligue vizi-nhos ocasionais ao

sentimento da arte enquanto

factor de rea-lização da nossa

existência. Vila Franca tem

espaços naturais ao ar livre,

praças interessantes em termos

de algum enquadramento céni-

co. Quantos músicos se vêem

na rua convidados a explo-

rarem esses lugares? Quantas

mostras ao ar livre para pin-

tores e escultores? Onde está o

teatro, o circo, nesses locais?

Em resumo, tudo está confina-

do aos gabinetes, aos fóruns e

artistas do regime. A vida

literária, segue-lhes natural-

mente o exemplo.

Acha que as autarquias locais

podem fazer mais para incen-

tivar e divulgar os novos

autores?

Pelo que disse anteriormente, e

salvo raras excepções que tam-

bém as há, das Autarquias

Locais, o que quer dizer do

Poder Político e seus intér-

pretes, e no final das contas,

sobeja sempre o gesto tornado

clássico depois de Roma, de

lavar as mãos, e depois aceitar a

vénia oficial dos que lhes

pagam os ordenados. O que

aconteceu em termos de públi-

co no final do prémio Carlos

Paredes, foi simplesmente uma

vergonha e por aqui me fico.

Quais são os próximos pro-

jectos de Alcino Elyseu no

domínio da literatura?

Dos próximos trabalhos, tenho

pelo menos quatro textos ela-

borados para verem a luz do

dia. O próximo a entrar em

revisão, ainda este ano, baseia-

se num caso verídico: barco de

cabotagem que, nos anos seten-

ta do século passado, apareceu

à deriva e sem tripulação nas

costas de Moçambique. Do

texto, direi que é mais do

mesmo; grandezas, misérias e

fraquezas do comportamento

humano. Até lá, continuo o

roteiro de apresentações da

“Rua da Felicidade” e, depois

da livraria Mensagem Aberta

dessa mulher dinâmica e fan-

tástica que dá pelo nome de

Francisca, segue-se a Fábrica

de Braço de Prata.

Natural de Lisboa mas muito ligado ao concelho de Vila Franca de Xira e a Alhandra em par-

ticular, Alcino Elyseu abraçou, agora, um novo desafio com o lançamento do seu primeiro livro

de ficção, intitulado “Rua da Felicidade”. Com uma personalidade multifacetada, confessa que

já fez de tudo um pouco na vida sem nunca se fixar muito num caminho. No seu blog, assume

que balançou entre a engenharia e as diversas áreas das ciências sociais, mas que se decidiu

pela formação em Relações Internacionais. Depois, diz, “mergulhou na massa anónima do

país” e, “sem projecto de carreira, tem feito de tudo, mas nunca se especializou em nada”.

Do músico “medíocre”, a “militar de circunstância”, foi também “político pela diferença”

(tomou assento esporadicamente como vereador do PS na Câmara de Vila Franca, a cuja

comissão política pertenceu), crítico social e politólogo, radialista, viajante errático, desportista

e estratega industrial, refere. Alcino Elyseu assume-se, também, como “passageiro crítico de

um país sem destino” e já cumpriu o “grande sonho” de trabalhar numa organização não go-

vernamental de apoio à terceira idade e numa valência para crianças e jovens em risco.

Em entrevista ao Voz Ribatejana fala do livro e da realidade cultural vila-franquense. A obra

foi apresentada, no dia 29, na livraria bar Mensagem Aberta, na “Rua Direita” de Vila Franca

de Xira.

Alcino Elyseu lança

“Rua da Felicidade”

CULTURA

Filarmónica de Benavente festeja 140 anos

A Sociedade Filarmónica Benaventense está a comemorar os seus 140anos de existência ao longo de todo o mês de Novembro. No próximo dia20, a colectividade organiza um encontro de bandas no Cine-Teatro deBenavente. Até 30 de Novembro está patente uma exposição nas suasinstalações sobre este percurso de 140 anos da SFB.

Hipólito Cabaço

Era a primeira vez que os

japoneses viam alguma coisa

igual. Aquela massa de ferro

enorme, que deitava fumo negro

e na qual se viam enormes ca-

nhões, aproximava-se da costa

imparável. O medo contagiava

aqueles que esperavam à beira

da baía do Edo. Olhavam uns

para os outros, admirados, se-

gredando, exclamando. Então,

alguém gritou “barco negro” e a

palavra correu como pólvora na

região. Decorria o ano de 1854.

O navio em questão pertencia à

frota dos Estados Unidos e

chegava ao Japão com o firme

objectivo de tecer relações com-

erciais e diplomáticas com o

governo militar nipónico.

Esta visita e as posteriores, a ou-

tras potências ocidentais, trans-

formaram por completo o Japão

em pelo menos duas décadas (e,

mais tarde, por acréscimo, toda a

Ásia Oriental). Aquele barco da

marinha norte-americana sim-

bolizava o desafio que punha

para os nipónicos a tecnologia

ocidental: tinha um motor a

vapor, vinha equipado com artil-

haria pesada e tinha sido fabrica-

do mediante uma avançada

siderurgia. O Japão de então

ainda não conhecia nenhuma

destas coisas.

Depois de ver o “barco negro”

(“kurofuné”), os japoneses

começaram a usar essa palavra

para designar o desafio tec-

nológico ocidental, que mostra-

va a superioridade dos Estados

Unidos e da Europa em relação

ao Japão. Graças à Revolução

Industrial, os ocidentais estavam

avançados em numerosos aspe-

ctos: armamento, metalurgia,

comunicações, poder. Com a

visita do “kurofuné”, o Japão,

que naquela época se baseava

num sistema feudal, sentiu a

necessidade de adoptar aquela

revolução. Os nipónicos

começaram de seguida a impor-

tar máquinas e tecnologia e

aprenderam a usá-las. Só um

século mais tarde, na década de

60, começaram a despertar em

numerosos campos tecnológi-

cos. Entre eles, a indústria em

que os americanos se sentiam

mais orgulhosos: o automobilis-

mo.

Hoje em dia as marcas asiáticas

são as principais produtoras de

automóveis no Mundo, apesar

de terem começado a fabricá-los

com mais de meio século de

desvantagem em relação ao

Ocidente. Cinquenta anos no

caso do Japão, mas mais de 80

noutros países, como a Coreia do

Sul. Como é possível que em tão

pouco tempo se tenham situado

à cabeça do sector? Hoje dis-

põem de um dos sistemas de

produção mais eficientes do

Mundo.

No início do século XX, Oriente

e Ocidente tinham situações

muito diferentes. Enquanto a

Europa e os Estados Unidos

estavam industrializados e se cri-

ava uma incipiente sociedade de

consumo, a maioria dos países

da Ásia ocidental permaneciam

adormecidos. Muitos destes

países eram colónias ocidentais.

Outros estavam em plena tran-

sição de sistemas feudais para

sistemas capitalistas. Ou se con-

sumiam em conflitos bélicos. E

isso apesar de que, até 1830,

tanto a China como a Índia havi-

am sido grandes potências

mundiais, chegando a represen-

tar 50% do PIB mundial. Mas o

Oriente encontrou um modo de

evoluir a toda a velocidade:

importou literalmente a

Revolução Industrial.

Pouco depois da primeira visita

do “kurofuné” norte-americano,

o Japão, que tinha umas

condições económicas muito

favoráveis, começou a comprar e

a importar directamente tecnolo-

gia de diferentes sectores-chave.

Começou com o têxtil, a partir

do qual foi criando uma base

industrial muito forte.

O nascimento desses conclaves

empresariais, nos começos do

século XX, coincidiu com a

expansão do Japão na Ásia. O

império nipónico conquistou

diferentes países e regiões, como

a Manchúria na China, Coreia,

Taiwan, Indochina e algumas

ilhas do Pacífico que se conver-

teram em suas colónias. O Japão,

com estas anexações, obtinha as

matérias-primas de que necessi-

tava para alimentar o seu incipi-

ente sector industrial como o aço

para a aeronáutica, a borracha

para os pneumáticos, etc. Ao

mesmo tempo, a colonização

dos novos territórios gerava tra-

balho para estas fábricas, cujo

melhor cliente era a guerra. A

Nissan, por exemplo, fabricava

tanques e camiões para o exérci-

to.

As mesmas empresas que fabri-

cavam veículos militares cri-

avam, incentivadas pelo gover-

no, transportes para uso público,

como os autocarros. O primeiro

deles apareceu em 1904 e podia

levar dez (10) passageiros.

Também se manufacturavam

automóveis para privados.

Em Abril de 1935 saiu da fábrica

da Nissan o primeiro automóvel

com este fim. Era um Datsun e

simbolizava os rápidos avanços

do Japão na industrialização

moderna. O seu slogan dizia: “O

sol nascente como bandeira e o

Datsun como automóvel”.

A companhia original japonesa

chamava-se Kwaishinsha Motor

Car Company e foi fundada em

1912 com o objectivo de con-

struir um automóvel a que

chamou DAT, utilizando as inici-

ais de nomes de homens da sua

família. Em 1930, os DAT

tornaram-se Datson e, logo a

seguir, Datsun. Três anos mais

tarde, com a evolução, a empre-

sa passou a chamar-se Nissan

Motor Company, embora os

automóveis tenham continuado a

ostentar, mais alguns anos, a

marca Datsun.

No ano de 1978 fui convidado

pelo Lázaro Rodrigues e pelo

Mário Machado para abrir a

Riotécnica, concessionária da

Datsun em Vila Franca de Xira.

Esta empresa foi criada com a

intenção de absorver os “retorna-

dos” de Moçambique. Para

quem não sabe, a sede do

Entreposto, contrariamente ao

que se pode pensar, era em

Lourenço Marques, represen-

tante da Mercedes e Peugeot.

Em Lisboa representava a

Datsun, posteriormente Nissan.

Pois é com muito gosto que vou

escrever um pouco sobre um dos

modelos mais emblemáticos

dessa altura, o Datsun 1200. Nos

anos 70, o Datsun 1000 foi sub-

stituído pelo 1200. Estes

automóveis eram reconhecidos

pela sua robustez e fiabilidade, o

que levou a que, em termos de

vendas, tivesse um sucesso

tremendo. Este motor 1.2 era de

tal maneira fiável que os mode-

los que vieram posteriormente, o

Datsun 120Y, o Sunny B 310 e o

Datsun Sado (estes eram uns

comerciais que só foram feitos

no nosso País) eram equipados

com este motor.

17

Datsun

AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA

Especificações:

Tipo A 12

4 tempos, 4 cilindros em linha, arrefecido por

água

Cilindrada: 1171 cm3

Ordem de inflamação : 1-3-4-2

Diâmetro curso : 73x70 mm

Potência máxima : 69 cv (SAE) a 6000 r.p.m.

Relação de compressão : 9, o/l

Binário máximo : 9, 7 Kgms a 4000 r.p.m.

Peso : 695 kgs.

Diversos:

Motor dianteiro

Tracção traseira

Número de passageiros – 5

Velocidade máxima – 150 Kms/h

400 metros de arranque 18 seg.

Raio de viragem 4, 1 metros

Na partedesportivatambémsomavasucessos:A nível nacional, o Datsun1200, mercê de troféus damarca – com certezaainda estarão na memóriados entusiastas de veloci-dade as lutas entre osvolantes da época que,competindo emautomóveis iguais, faziamsobressair os seus dotesde pilotagem de umamaneira muito agradávelde presenciar. A durabili-dade do Datsun 1200 é talque ainda hoje há provasde velocidade com estemodelo.Internacionalmente, com oDatsun 160 J ganhou oRali da Acrópole em:1976 – Vencedor destaca-do1977 – Terceiro e quintolugares1978 – Terceiro e quartoda geral (1º. e 2º. daclasse)1979 – Dos 153 carros àpartida, apenas 20 com-pletaram esta desgastantee altamente competitivaprova de resistência.Ganhou os dois primeiroslugares na classe e porequipas.Em 1979 ganhou tambémo Rali Safari

Datsun 1.5 Roadster de 1936

Datsun 1200

18

TAUROMAQUIA

voz ribatejana #24

Jorge Talixa

Criada a 1 de Novembro de

1992, por um grupo de amigos

e aficionados de Alhandra, a

Tertúlia “A Toireira” é a única

do género na vila alhandrense

e uma das poucas no concelho

de Vila Franca de Xira com

estatuto formal de associação.

Foi depois de uma viagem a

Espanha para assistir a uma

corrida que um grupo de ami-

gos decidiu constituir “A

Toireira”, hoje com excelentes

instalações na Rua Vasco da

Gama (cedidas pelo

Município) e com o objectivo

assumido de fomentar e divul-

gar a Festa dos Toiros numa

terra que ainda mantém algu-

mas das grandes tradições que

já teve na tauromaquia.

O 19º. aniversário foi festeja-

do com um programa que se

prolongou por todo o feriado e

incluiu, como pontos altos, o

almoço comemorativo e uma

palestra com o coronel José

Henriques. Houve também

uma romagem ao cemitério, o

hastear das bandeiras, um

“Alhandra d’ Honra”, um

magusto e muito convívio

entre tertulianos e convidados.

“Isto surgiu por carolice de

meia-dúzia de amigos da Festa

que, depois de termos ido ver

uma corrida a Espanha, no

regresso, pensámos em organi-

zar uma tertúlia, porque

Alhandra é uma terra bastante

aficionada e com bastantes

pessoas ligadas aos toiros,

desde ganaderos, a cavaleiros,

bandarilheiros e forcados”,

explica Jorge Borges, presi-

dente da Tertúlia “A Toireira”,

lembrando que atradição dos

toiros tem mais de 200 anos na

vila (ver caixa).

“Com este amor à Festa, orga-

nizámos uma casinha muito

pobre e modesta (alugada) e

começámos a convidar pes-

soas ligadas aos toiros”,

prossegue, lembrando que

nestes 19 anos “A Toireira”

organizou pelo menos três cor-

ridas de toiros, homenagens a

figuras da Festa naturais da

vila como Jesus Nunes,

Ludovico Bacatum e

Laurentino Boeiro e um con-

junto alargado de conferências

com figuras como Vítor

Escudero e diversos toureiros.

Em 2010 promoveu, ainda,

uma homenagem à família

Casquinha e tem organizado

várias largadas de toiros. Ao

mesmo tempo recolheu um

espólio muito significativo e

constituiu um museu.

Num dos aniversários, Maria

da Luz Rosinha, presidente da

Câmara de Vila Franca, pro-

meteu ceder um espaço com

melhores condições, promessa

que cumpriu há 3 anos, com

um edifício próprio construído

na Rua Vasco da Gama, perto

do quartel dos bombeiros.

“Este espaço foi muito impor-

tante em todos os aspectos, é

grande e deu-nos mais garan-

tias de podermos fomentar

aqui outro tipo de coisas. No

ano passado fizemos aqui uma

exposição de pintura de Jorge

Alexandre e uma conferência

com o Vítor Escudero. Era

tanta gente que tivemos que

passar para o salão da junta”,

sublinha, frisando que “A

Toireira” pretende sobretudo

promover e defender a Festa e

não tanto funcionar como

local para almoços e jantares.

Também por isso tem, actual-

mente, 26 sócios. A entrada de

novos filiados é livre, mas há

uma certa selecção dos novos

membros, porque não se pre-

tende pessoas que venham

simplesmente para beber uns

copos.

“Em Alhandra, a Festa morreu

um bocadinho e, quer

queiramos quer não, temos

consciência disso, porque não

há aquele interesse verdadeiro,

aquela aficion, que havia

antigamente. Alhandra levava

multidões quando se fazia um

espectáculo taurino e hoje não.

Foi também por isso que

quisemos fazer a tertúlia”, sus-

tenta, considerando que, ape-

sar de todas as contestações e

de todas as dificuldades, a

Festa dos Toiros tem futuro na

região e no País. “Há algumas

pessoas que querem acabar

com a Festa, mas a Festa tem

futuro. É claro que, com a situ-

ação económico que se está a

gerar, vai haver menos afluên-

cia de pessoas à Festa, porque

as coisas estão cada vez mais

caras e os bilhetes também não

são muito receptivos a que as

pessoas possam ir muitas

vezes, mas tenho a convicção

de que a Festa tem futuro”,

disse Jorge Borges ao Voz

Ribatejana.

A tertúlia tauromáquica de Alhandra assinalou, no feriado de 1 de Novembro, o seu 19º.

aniversário. Para 2012, o grande objectivo é voltar a realizar uma corrida de toiros em

Alhandra.

“A Toireira” celebra 19 anos

Alhandra teve

primeira praça

do concelho

Segundo Jorge Borges, os registos históricos

atestam que Alhandra teve a primeira praça de

toiros fixa no actual território do concelho de

Vila Franca e, no século XIX, as suas corridas

reais eram famosas, atraindo muitas vezes a

família real. D. Carlos esteve, assim, várias

vezes em Alhandra e, também por toda essa

tradição, Almeida Garret descreveu-a a vila,

nas conhecidas “Viagens pela minha Terra”,

como “Alhandra a Toireira”.

Certo é que Jorge Borges sabe que uma

primeira praça fixa de madeira terá sido inau-

gurada, em 1897, próximo do Teatro Salvador

Marques, no espaço em frente das actuais insta-

lações da Euterpe. Nas décadas seguintes

foram construídas outras na praça hoje situada

em frente da Cimpor e a última terá desapareci-

do por volta de 1950.

“Ao longo destes 19 anos recolhemos muita

coisa sobre a tauromaquia em Alhandra pessoas

que nos ofereceram quadros e fotografias e

toureiros que nos ofereceram fatos. Temos aqui

um espólio muito importante”, acrescenta

Jorge Borges, referindo-se a todo um acervo

exposto no piso superior da tertúlia.

Corrida é ograndeobjectivopara os 20anosA Tertúlia “A Toireira”festeja, em Novembro de2012, os seus 20 anos deexistência. Umaefeméride que a direcçãopretende assinalar deforma condigna comvários eventos ao longodo ano. “Gostávamos defazer uma corrida detoiros para marcar oacontecimento”, revelaJorge Borges, esclarecen-do que não tem que sernecessariamente a 1 deNovembro, dia do aniver-sário, mas poderá serantes ou depois, numadata mais segura em ter-mos de tempo. A ideia éhomenagear a primeirapraça de toiros da vila eas suas figuras dotoureio. Segundo os diri-gentes da casa, a ideiatem colhido a simpatia devárias pessoas comresponsabilidade nafreguesia e no concelho.“É um sonho que temoshá muito tempo. Vamosver se conseguimosfazer”, conclui.

JorgeBorgespropõedirectório domovimentotertulianoNo almoço comemorativo,o presidente de “AToireira”, defendeu a cri-ação de “um directóriocolectivo do movimentotertuliano do concelho”que poderia constituir“uma bela ferramentapara fortalecer a aficion econtribuir para a criaçãode um centro de interpre-tação tauromáquica, queincorporasse, como pareceser o desejo colectivo, oMuseu Nacional daTauromaquia”. Realçandoo espírito de cooperaçãoexistente com o ClubeTaurino Vilafranquense ecom vária stertúlias públi-cas do concelho, JorgeBorges salientou necessi-dade de se reforçar cole-ctivamente os laços cultu-rais que distinguem o con-celho. No decorrer dasessão foi também realça-da a dedicação do coronelJosé Henriques a causa datauromaquia e sugerida ajunção em livro das cróni-cas que tem publicado.

19

9 de Novembro de 2011

16 de Novembro’11

15h00

Salão Nobre

dos Paços do Município

de Vila Franca de XiraPe

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0

A corrida de toiros realizada, no passado dia

15, em Azambuja, ficou aquém das expectati-

vas da organização. Não foram vendidos

mais de 500 bilhetes e, por isso, a praça não

encheu, como se esperava, tendo em conta

que era uma corrida solidária, cujas verbas

apuradas seriam entregues às IPSS (institu-

ições particulares de solidariedade social) do

município azambujense.

O designado “Festival Taurino” reuniu na

praça cerca de 700 espectadores, mas cerca

de 200 correspondiam a convites entregues

pela organização. António José Matos, presi-

dente da “Poisada do Campino”, que organi-

zou a iniciativa, referiu que o espectáculo

“correu bem” e que “os toureiros estiveram

em grande” mas, no que toca às entradas, o

evento “não teve o sucesso esperado. Não

tivemos a moldura humana desejada”,

resumiu.

Quanto às razões que levaram o público a

não aderir à iniciativa, António José Matos

aponta como exemplos: “O discurso do

primeiro-ministro sobre o Orçamento de

Estado e a crise que vai no país, que con-

tribuíram para a verificada falta de interesse

do público ou a ausência de aficionados em

Azambuja”.

António José Matos admite que esta festa não

correu bem, mas garante que a Poisada do

Campino não “vai baixar os braços”, assegu-

rando que se “aprende com as coisas que co-

rrem menos bem”. Pese embora o público

não tenha correspondido, o responsável diz

que a festa valeu a pena, com a presença de

várias crianças da CERCI e da Casa Mãe de

Aveiras de Cima na entrega dos troféus que,

ao fim e ao cabo, também serviu para ajudar

as IPSS.

MAR

Festival taurino

com pouca

adesão do

público

Reportagem fotográfica de Ana Serra

O bandarilheiro vila-franquense João José foi homenageado, no dia 28, na praça de Arruda dos Vinhos, com um espectáculo de despedida das are-

nas em que actuaram fundamentalmente bandarilheiros. Os toiros foram cedidos por várias ganadarias da região. João José completa 61 anos no

final deste mês de Novembro e protagonizou uma carreira de 40 anos como bandarilheiro, acompanhando algumas das principais figuras da tauro-

maquia portuguesa.

A praça do Campo Pequeno acolheu, no dia 13,

um espectáculo destinado a angariar fundos

para crianças carenciadas de Moçambique.

Organizada pela família Ribeiro Teles, a inicia-

tiva contou com actuações de Manuel Teles

Bastos, João Ribeiro Teles Junior, Vítor

Mendes, Pedrito de Portugal e Ruiz Miguel. A

receita apurada destinou-se a ajudar a

Fundação LVida que, desde 2002, desenvolve

projectos de melhoria das condições de vida das

famílias do Município do Dondo, na província

de Sofala. Entre outras acções, a LVida fornece

diariamente pequeno-almoço e almoço a 250

crianças.

Arruda distingue João José

Espectáculo para ajudar crianças de Moçambique

Samora tem Festade Talentos Solidária

Uma Festa de Talentos Solidária, com o apoioda Associação de Pais do Agrupamento deEscolas de Samora Correia, realiza-se, no próx-imo dia 19, no Centro Cultural samorense. A

iniciativa tem início marcado para as 21h00.

MUNICÍPIO DE BENAVENTE

Divisão Municipal de Obras Particulares e Planeamento Urbanístico e

Desenvolvimento

EDITAL Nº 373/2011

Alteração do Alvará de Loteamento nº 52 emitido em 1991 em nome de ALSER

– Sociedade Agro-Pecuária, Lda.

Miguel António Duarte Cardia, Vereador da Câmara Municipal de Benavente,

com subdelegação de competências, faz saber, nos termos e para efeitos do pre-

conizado no n.º 3 do art.º 27º do Decreto-Lei nº 555/1999, de 16 de Dezembro,

com posteriores alterações, que, por despacho exarado em 09-08-2011, foi deter-

minado proceder à notificação dos proprietários dos lotes constituídos pelo alvará

de loteamento nº 52/1991, emitido em nome de ALSER – Sociedade Agro-

Pecuária, Lda., para se pronunciarem sobre a proposta de alteração ao referido

alvará.

Esta incide exclusivamente sobre a supressão do art.º 3º do Regulamento do

Loteamento, bem como na readaptação do artº 7º.

A proposta encontra-se disponível para consulta na Divisão Municipal de Obras

Particulares e Planeamento Urbanístico e Desenvolvimento (DMOPPUD),

durante o período de audiência prévia dos proprietários, das 9h00 às 12h30 e das

14h00 às 17h30.

Os interessados poderão apresentar, por escrito e dirigidas ao Sr. Presidente da

Câmara Municipal de Benavente, as suas reclamações sobre a proposta de alter-

ação, durante 10 dias (úteis), contados a partir da publicação do presente Edital no

jornal “Voz Ribatejana”, para:

- Câmara Municipal de Benavente

Praça do Município

2130-038 - Benavente.

Paços do Município de Benavente, 03 de Outubro de 2011

O Vereador, com subdelegação de competências

Miguel António Duarte Cardia

20

DESPORTO

voz ribatejana #24

Jorge Talixa

Como se esperava, não apareceu

nenhuma lista candidata aos

órgãos directivos da União

Desportiva Vilafranquense

(UDV) na assembleia-geral real-

izada na passada sexta-feira.

Depois de uma reunião do

plenário dos corpos dire-ctivos do

clube que deverá ocorrer na próx-

ima semana, a solução imediata

deverá passar por uma comissão

administrativa que assumirá a

gestão co-rrente da UDV na

expectativa de que surja depois

uma nova equipa candidata à

direcção. Mas a falta de interesse

dos sócios pela assembleia do pa-

ssado dia 4 foi manifestamente

preocupante. Embora já se

soubesse que não havia lista can-

didata, o certo é que a uma assem-

bleia importante da vida do clube

compareceram apenas 11 elemen-

tos dos órgãos dire-ctivos ces-

santes e mais dois (!?) sócios.

Luís Santos, presidente da assem-

bleia-geral da UDV, começou por

ler uma carta de demissão envia-

da por Rui de Carvalho já depois

da anterior assembleia, realizada

em Junho. O antigo responsável

da Secção de Hóquei em Patins

afirma a sua discordância com a

distribuição de verbas que a

direcção foi fazendo pelas

secções e com a forma como foi

elaborado o material de divul-

gação de iniciativas rea-lizadas no

Verão.

Depois, o presidente da mesa da

assembleia vincou que não lhe foi

apresentada nenhuma lista candi-

data a gerir o clube no biénio

2011/2013 e que, nos termos dos

estatutos, deverá reunir o plenário

dos órgãos directivos para analis-

ar a situação. “Tenho informação

que um grupo de pessoas está

disponível para trabalhar no

âmbito de uma comissão admin-

istrativa”, prosseguiu.

Isso mesmo foi confirmado pelo

presidente cessante, Joaquim

Pedrosa, que explicou que a

direcção reuniu no dia 1 “na per-

spectiva de se arranjar uma

comissão administrativa, foram

convocados os se-ccionistas e

estão disponíveis para assumir

essa missão”, esclareceu, frisando

que a grande dificuldade é que

não se encontra ninguém interes-

sado em assumir o cargo de pres-

idente da UDV. “Acima de tudo

há a dificuldade em arranjar um

presidente. E como existe essa

dificuldade, tem que se ir para

uma solução de comissão admin-

istrativa”, vincou.

Nuno Bico acrescentou que há

dois meses que se procura encon-

trar um candidato a pre-sidente.

“Fizemos contactos com quatro

ou cinco pessoas, mas não

aceitaram”, referiu.

Luís Feijão, tesoureiro da

direcção cessante, é um dos ele-

mentos que já se mostrou

disponível para integrar a comis-

são administrativa. Em declar-

ações ao Voz Ribatejana explicou

que há duas ou três pessoas da

actual direcção (começou com 15

elementos e estava reduzida a sete

ou oito) que estão disponíveis

para participar na comissão, que

integrará também pessoas das

secções.

“Esperamos que as coisas não se

alarguem no tempo. O pro-blema

aqui era ter uma pessoa com

disponibilidade para o cargo de

presidente”, frisou, salientando

que esta comissão deverá assegu-

rar a gestão co-rrente do clube,

mas vai enfrentar a necessidade

de tomar medidas para equilibrar

as contas mensais e tentar pagar

as mensalidades assumidas com

as Finanças e com a Segurança

Social. “O problema em termos

desportivos está praticamente

resolvido com o campo sintético.

O problema do clube é, basica-

mente, financeiro, por causa da

dívida que tem”, salientou. “A

comissão vai ter que tomar medi-

das. Ou as receitas crescem ou

corta nas despesas. As receitas

são, provavelmente, mais difíceis

de conseguir neste momento do

que cortar nas despesas”, admite.

Certo é que Luís Feijão espera

que, depois de algum tempo de

trabalho na forma de comissão,

seja possível que algumas pe-

ssoas conheçam melhor o espírito

e a realidade do clube e se consi-

ga formar uma lista para a

direcção.

Futuro da UDV passa por uma

comissão administrativa

Sintético pronto em NovembroJoaquim Pedrosa adiantou que a informação que tem é que ocampo relvado sintético deverá ficar pronto já na primeiraquinzena de Novembro. “As coisas atrasaram-se um bocadopor causa da chuva”, observou. O sócio António da Graça deDeus quis saber se o sintético ficará mais estreito do que ocampo que ali existia, mas Pedrosa garantiu que vai ter maismetro e meio de largura. O presidente cessante explicou quehá um protocolo celebrado entre a UDV, a Câmara e aObriverca, em que esta empresa se comprometia a pagarobras de remodelação do complexo do Cevadeiro orçadas em500 mil euros. “A Obriverca, numa reunião, disse que nãotinha possibilidades de despender esses 500 mil euros e quenão tinha dinheiro. Fizemos pressão e a Câmara exigiu daparte do Eduardo Rodrigues não o dinheiro, mas uma assi-natura em que se compromete a pagar a parte do sintético. Ohomem assinou e a obra, orçada em 150 a 200 mil euros, estáa avançar paga pela Câmara”, rematou Joaquim Pedrosa.

O pavilhão do Vilafranquense

acolheu, no sábado, o

Campeonato Nacional de

Patinagem de Velocidade Indoor.

Uma iniciativa da Associação de

Patinagem de Lisboa (APL) que

reuniu cerca de 50 praticantes e

que pretendeu também promover

a modalidade na região. Luís

Nascimento, alverquense que pre-

side à APL depois de anos de lig-

ação à Secção de Hóquei em

Patins do Futebol Clube de

Alverca, explicou, ao Voz

Ribatejana, que a escolha de Vila

Franca visou também dar a con-

hecer as corridas de patins e

procurar incentivar a sua prática

nos clubes da região.

Quando chegou à direcção da

APL, Luís Nascimento diz que

um dos objectivos estabelecidos

passava já pela dinamização da

patinagem de velocidade, modali-

dade que não existia no distrito.

Alguns praticantes eram obriga-

dos a treinar em clubes de regiões

vizinhas e “foi-lhes lançado o

desafio de regressarem com

condições para se integrarem nal-

guns clubes”, frisou, explicando

que, nesta altura, já o Oriental, o

Liga de Algés e o Clube de

Patinagem Lisbonense praticam a

patinagem de velocidade.

“Entretanto, estamos a trabalhar e

a fomentar a modalidade também

através do desporto escolar. Não

nos podemos esquecer que é uma

modalidade pré-olímpica”, sublin-

ha Luís Nascimento, que julga

que há condições para que tam-

bém no concelho de Vila Franca a

patinagem de velocidade ganhe

dinamismo. Um jovem de

Alverca, Damião, já alcançou

inclusivamente vários títulos

nacionais.

No campeonato nacional do pas-

sado sábado participaram 50 prat-

icantes com idades a partir dos 15

anos. Poderiam ser o dobro se as

associações das ilhas tivessem

podido estar presentes. A pati-

nagem de velocidade tem

tradições nos arquipélagos dos

Açores e da Madeira, mas desta

vez não puderam deslocar-se. Luís

Nascimento agradeceu, tam-

bém, todo o apoio da UDV e

dos que se empenharam na

preparação do pavilhão.

Vila Franca recebeu nacional

de patinagem de velocidade

Hóquei perto dos 3000 prati-cantesUma das principais preocupações da actual direcção da APL temsido fomentar a prática do Hóquei em Patins entre os maisjovens. Segundo Luís Nascimento já são, nesta altura, perto de3000 praticantes no distrito, o que significa um aumento de cercade 500 só nos últimos dois anos e meio.“Neste momento somos provavelmente a única associação quetem vindo aumentar acentuadamente o número de praticantes. Esomos a associação com maior número de clubes e com maiornúmero de praticantes”, vincou o dirigente associativo. “Este tra-balho não é só da associação, a associação o que fez foi criar ascondições ideais para que se pudesse desen-volver, com proje-ctos como o de detecção detalentos, com a colocação de monitores nasescolas e com a adaptação do regulamentopara os mais jovens, em que quantos mais atle-tas participam no jogo mais ponto tem aequipa”, acrescentou. Um tema a que voltare-mos em próximas edições do Voz Ribatejana.

Alverca Vólei somavitórias As equipas femininas do Alverca Vóleientraram da melhor forma nos nacionais dejuvenis e de juniores. As mais velhas somamtrês vitórias em três jogos depois de terembatido o Lousã (3-0), o Tocha (3-1) e aAcadémica de Coimbra (3-0). Já as juvenisvenceram a Académica de Coimbra e oFilipa de Lencastre, ambos por 3-0.

Sub-10 da UDVlideram A equipa A do Vilafranquense, na categoriade sub-10 em basquetebol, regista 5 vitóriasnos 5 jogos disputados no campeonato daAssociação de Lisboa. Ganhou, no passadofim-de-semana ao Paço de Arcos (45-39) eao Queluz (59-48) é é lider isolado, numaprova onde Algés, Benfica e Nacional regis-tam quatro jogos e quatro vitórias.Já os sub-16 da UDV ganharam a respectivasérie, sem derrotas, e vão disputar a fase deapuramento para o campeonato nacionalcom outras sete equipas, entre elas Benfica,Estoril Basket e Queluz. Na última joranadada primeira fase ganharam em Moscavidepor 95-73.

21

9 de Novembro de 2011

Tudo correu bem à equipa

principal da União

Desportiva Vilafranquense

(UDV), no passado domingo,

que conseguiu bater o anteri-

or líder da Divisão de Honra

da Associação de Futebol de

Lisboa por expressivos 4-0. A

equipa de Vila Franca reali-

zou uma excelente exibição

frente a um Sporting de

Lourel que revelou algumas

fragilidades e a goleada pode-

ria ter sido ainda maior,

sobretudo pelo desnorte que

afectou a equipa do concelho

de Sintra nos últimos minu-

tos. Realce para os dois golos

do avançado Emanuel mas,

sobretudo, para uma exibição

muito consistente da equipa

da casa, num jogo que levou

muito público ao campo do

Cevadeiro, atraído pela visita

do líder do campeonato. É

que o Lourel registava até

aqui apenas uma derrota

(quatro vitórias e três

empates) e empatara, no

domingo anterior em

Odivelas.

Em Vila Franca, o jogo

começou repartido, notando-

se muita juventude em ambas

as equipas. Progressivamente,

o Vilafranquense foi criando

mais perigo e foi o médio

Calisto quem, exactamente a

meio da primeira parte, con-

seguiu desequilibrar a conten-

da. Ganhou uma bola a meio

do meio campo adversário e,

à entrada da área, bateu forte

para o fundo das redes, fora

do alcance do guardião

Bruno. Passados apenas 9

minutos, Emanuel, depois de

uma insistência de Marco,

conseguiu talvez o melhor

golo da tarde, num pontapé de

bicicleta que anichou a bola

no lado esquerdo da baliza do

Lourel. Um golo que trouxe

ainda mais tranquilidade à

equipa de Vila Franca, que

continuou a ser a mais

perigosa até ao intervalo. Já

em cima dos 45 minutos, o

árbitro Martinho Rodrigues

marcou livre indirecto dentro

da área da UDV, por atraso

indevido ao guarda-redes,

mas o avançado do Lourel

não acertou na baliza.

Na segunda parte, a equipa do

concelho de Sintra deu

mostras de tentar alguma

reacção, mas nunca criou

grande perigo e, nos minutos

finais, o Vilafranquense

voltou a carregar no aceler-

ador e a aproveitar os espaços

para repetidos contra-ataques.

Aos 73 minutos, Marco

Isolou-se e atirou ao poste.

Dez minutos depois, boa

jogada do capitão Castro, que

conseguiu também isolar-se e

facturou o 3-0 perante o guar-

da-redes visitante. Ainda

antes dos 90, Semedo isolou-

se e foi derrubado à entrada

da área por Tiago Lopes, que

acabou expulso menos de 1

minuto depois de ter entrado

em campo. O Vilafranquense

não conseguiu marcar no con-

sequente livre, mas já aos 92

minutos Emanuel não per-

doou e fez o 4-0 final.

UDV despacha Lourel com 4-0

Vialonga e Alverca nãoevitam derrotas edefrontam-se no domingoVialonga e Alverca tiveram pior sorte na 9ª. jornada daDivisão de Honra da AFL, disputada no domingo. Os home-ns de Vialonga perderam, em casa, por 3-1, frente aoAtlético da Malveira que, depois de 3 derrotas nos primeirosjogos, já soma 6 vitórias e subiu à liderança da tabela.Igual sorte teve o Alverca, que perdeu em São João da talhapor 3-1.Na classificação, o Vilafranquense mantém-se a 1 ponto doslíderes, que são agora o Malveira e o Tires. O Vialongadesceu para a sétima posição, a quatro pontos dosprimeiros. E o Alverca está em 11º., com menos 2 pontos,num campeonato que se mantém particularmente renhido. Na jornada de dia 30, o Vilafranquense perdeu, com algumasurpresa, por 1-0, no terreno do Linda-a-Velha. Mal esteve,também, o Vialonga perdeu no terreno do vizinho e rivalTojal, por 2-0. Já o Alverca cedeu um empate caseiro frenteao Alta de Lisboa.A próxima jornada, no domingo dia 13, vai trazer um sem-pre aguardado dérbi concelhio entre Alverca e Vialonga. Jáa UDV visita o lanterna-vermelha Encarnação e Olivais. Oslíderes têm jogos acessíveis, com o Malveira a receber oCacém e o Tires a visitar Bucelas.

Equipas:VilafranquenseFialhoFélixRicardo RochaMartimLança (cap) (Fábio Rosa)Paulo Sérgio (Nuno Batista)CastroCalisto (Bruno Pernes)EmanuelGuilherme (Semedo)MarcoTreinador: Paulo Eira

LourelBrunoMeira (Cunha)HélderTiago FranciscoBarradasJoão Raimundo (João Pedro)RuizinhoAndré Lopes (Augusto)Barroso (Dje Dje)Edgar (Tiago Lopes)Pipas Treinador : Paulo Oliveira

Povoenseconsolidasegundolugar quepode darsubidaO União Povoense está afazer um bom campeonatona 1ª. Divisão de Lisboa.Voltou a ganhar nodomingo, em casa, frenteao Ericeirense e subiu aosegundo lugar da tabela,isolado, posição que darádireito a subida no fim daprova. O vizinho SantaIria vai já distante com 24pontos resultantes de 8vitórias. O Povoense vema seguir com 17, seguidopelo Venda do Pinheirocom 16. Na jornada dedia 30, os homens daPóvoa conseguiram umaexcelente vitória, por 2-0,na Venda do Pinheiro.Pior está o Juventude daCastanheira, que acumu-lou mais duas derrotasnas duas últimas jornadase segue na 13ª. posição,com apenas 8 pontos. Oshomens da Castanheiraperderem, agora, nocampo do Arneiros e najornada anterior foramsurpreendidos em casapelo Coutada.Já o União e Recreio deVila Nova da Rainha con-seguiu, no domingo,inverter uma tendêncianegativa e, ganhando aoMurteirense, subiu à 14ª.posição, com 7 pontos. Napróxima jornada jogamCastanheira e União eRecreio e o Povoense visi-ta a Murteira.

Benavente empata Alcanena e crise emSamora e Porto AltoAs equipas do concelho de Benavente tiveram sortes diferentes nos campeonatos daAssociação de Santarém. O Benavente deu luta ao líder Alcanena e empatou a uma bola,situando-se numa confortável quinta posição, com 12 pontos, que lhe pode dar acesso á fasefinal da subida. Bem pior está a Arepa do Porto Alto, que voltou a perder (0-3), desta vez emTorres Novas, um resultado normal no terreno do segundo classificado. Mas na jornadaanterior, a Arepa perdeu em casa com o Entroncamento e começa a ficar atrasada no últi-mo lugar, agora a dois pontos do Moçarriense e já a 5 do Ouriquense. No próximo dia 13joga-se o dérbi Arepa-Benavente.Mal está também o Samora Correia e o treinador Alfredo Amaral decidiu, no domingo, colo-car o seu lugar à disposição depois de uma derrota caseira (1-3) frente ao Salvaterrense. Aequipa de Samora soma apenas dois empates e três derrotas e segue na penúltima posição, àfrente apenas do vizinho Barrosa. A direcção do Grupo Desportivo de Samora deve tomar,esta semana, posição sobre o futuro da equipa. Na frente da Divisão Secundária seguemCoruchense e Pontével.

BTT nas Terras do Toiro

A secção de BTT da Arepa e o Clube de BTTTrilhos da Lezíria promovem, no próximo dia 20,a quarta edição do BTT – Terras do Toiro. A con-centração é junto ao pavilhão da EB 2. 3 do PortoAlto e a partida está agendada para as 9h00.

A Academia de Dressage Daniel Pinto e aAcademia Equestre João Cardiga organizaram, nodia 31, uma gala de solidariedade para recolher osfundos necessários para qualificar Portugal para osJogos Paralímpicos de 2012. A iniciativa, realizadanas instalações da Academia de Dressage, no con-celho de Arruda dos Vinhos, juntou mais de 1000pessoas e culminou com uma homenagem, ao somdo hino nacional, à equipa portuguesa deEquitação de Trabalho que acabara de sagrar-setricampeã mundial em França. Outro momento altodeste “Serão Olímpico” aconteceu quando DanielPinto, cavaleiro olímpico e anfitrião da festa, eSara Duarte, uma das atletas paralímpicas, rece-beram a chama olímpica e simbolicamente acender-am o fogo que todos acreditam vai ajudar nestacaminhada solidária. As três atletas (Sara Duarte,

Maria Quinta e Ana Veiga) já garantiram a qualifi-cação individual para Londres, estando agoraempenhadas em assegurar uma presença colectivapara Portugal, precisando para isso de reunir fun-dos que permitam a organização do CampeonatoInternacional de Paradressage, agendado paraPortugal de 2 a 4 de Dezembro, e as ajudem adeslocarem-se ao Internacional de Barcelona, mar-cado para Janeiro de 2012. “Foi uma honra rece-ber um evento desta natureza, ainda por cima como privilégio de poder homenagear os nossos tricam-peões de Equitação de Trabalho. Mas, acima detudo, continuamos empenhados em reunir ascondições mínimas para proporcionar a todos osatletas portugueses a oportunidade de se qualifi-carem para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de2012”, afirmou Daniel Pinto no final do evento.

Arruda recebeu serão olímpico equestre

Daniel Pinto

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22

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JESUS PEREIRA

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Faz quatro anos, no dia

09.11.2011, que nos deixaste.

Estarás para sempre pre-

sente nos nossos corações.

Eterna Saudade de seus

irmãos e sobrinhos que parti-

cipam que se celebra missa

por sua alma, dia 09.11.2011

às 18h30, na Igreja Paro-

quial de Vialonga, agrade-

cendo, antecipadamente, a

todos que se dignarem assis-

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AVISODiscussão Pública da Unidade de Execução U1 Expansão

da Plataforma Logística

Maria da Luz Gameiro Beja Ferreira Rosinha, Presidente da Câmara Municipal de Vila

Franca de Xira:

Torna público, e cumprindo o disposto no nº 4 do artigo 120º e nº 3 e seguintes do artigo 77º

do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, publicado pelo Decreto-Lei nº

380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 46/2009, de

20 de Fevereiro, e em cumprimento da deliberação de Câmara Municipal de 2 de Novembro

de 2011, que, a partir do 5º dia útil a seguir à publicação deste Aviso no Diário da República

e durante 22 dias úteis, se encontra aberto o período de discussão pública da proposta de

Delimitação e respectivo Programa-Base da Unidade de Execução correspondente à Unidade

Operativa de Planeamento e Gestão U1 Expansão da Plataforma Logística, delimitada no

Plano Director Municipal de Vila Franca de Xira, publicado pelo Aviso nº 20905/2009, de 18

de Novembro; Aviso nº 2956/2009, de 3 de Dezembro (Declaração de Rectificação); Aviso

nº 14674/2010, de 23 de Julho (Alteração por Adaptação) e Aviso nº 16081/2010, de 11 de

Agosto (Declaração de Rectificação).

Para o efeito, a proposta de delimitação da Unidade de Execução U1 Expansão da Plataforma

Logística, consubstanciada no Programa-Base com a fundamentação da proposta de delimi-

tação e cadastro, bem como da solução urbanística de base, encontra-se disponível, todos os

dias úteis, durante as horas de expediente na Junta de Freguesia da Castanheira do Ribatejo,

sita na Rua D. António de Ataíde, nº 63, 2600-607 Castanheira do Ribatejo; na Divisão de

Planeamento e Ordenamento do Território, sita na Rua Manuel Afonso de Carvalho, nº 27,

em Vila Franca de Xira; bem como na página da Internet da Câmara Municipal, em

www.cm-vfxira.pt.

No decurso do período de discussão pública os interessados poderão apresentar reclamações,

observações, sugestões ou pedidos de esclarecimentos através de ficha de participação elab-

orada para o efeito e disponível nos locais supra mencionados, ou mediante requerimento,

dirigido à Srª Presidente da Câmara Municipal, onde deverá constar a identificação do sub-

scritor e a forma como pode ser contactado, bem como o objecto da exposição devidamente

fundamentado. O requerimento poderá ser entregue na Divisão de Planeamento e

Ordenamento do Território, na morada acima mencionada, ou enviado por correio registado

para a Rua Manuel Afonso de Carvalho, nº 27, 2600-180 Vila Franca de Xira, ou ainda

remetido via e-mail para: [email protected].

Para constar e devidos efeitos se publica o presente Aviso na 2ª série do Diário da República,

sendo também afixado nos lugares públicos do costume, em dois jornais diários, num

semanário de grande expansão nacional, um jornal de expansão local e no site do Município.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 3 de Novembro de 2011

APresidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Recordar é Viver na Póvoa

O Grémio Povoense e a ARIPSI apresentam,

sábado à tarde, uma iniciativa de animação

intitulada “Recordar é Viver” , que inclui uma

mescla de canções e rábulas de revistas.CLASSIFICADOS

23

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Vila Franca de Xira

Exposição “1910 Memórias do

Teatro”, patente até 16 de Dezembro, no

Palácio do Sobralinho. Um evento

comemorativo dos 100 anos da

Implantação da República, que nos fala

da actividade teatral, na cidade de Lisboa,

no início do século XX.

Exposição de Fotografia de José

Chaves “Os Cartazes Quando Morrem

Vão Para o Céu dos Fotógrafos”, até 30

de Novembro, no Centro Cultural do

Bom Sucesso.

E x p o s i ç ã o

“Vidas e Obras

de um Só…

Pessoa!”. Patente

até 30 de

Dezembro, na

Galeria de

Exposições da

Biblioteca da

Póvoa.

Teatro pelo

Grupo de Teatro “Os Marqueses” do

Clube de Subserra, dia 12 de Novembro,

pelas 21h00, na Casa do Povo de Arcena.

Feira de Artesanato e Antiguidades de

Alhandra, dia 12 de novembro, na Praça

7 de Março.

“Criatividade: Sempre!”. Iniciativa

com o objectivo de estimular a actividade

cognitiva dos idosos. Dia 18 de

Novembro, às 15h00, na Biblioteca de

Vila Franca.

Apresentação do livro ”A Narrativa no

Movimento Neo-Realista - As Vozes

Sociais e os Universos da Ficção”, dia

19 de Novembro, às 16h00, no Museu

Neo-Realismo.

Poesia da Resistência, de 24 de

Novembro a 31 de Dezembro, na Galeria

da Biblioteca de Vila Franca.

Teatro pelo Grupo de Teatro do Centro

Social do Bom Sucesso, dia 26 de

Novembro, pelas 21h00, na Casa do Povo

de Arcena.

Alenquer

AeroAlenquer - exposição de aeromod-

elismo, até 30 de Novembro, na Sala de

imprensa do Pavilhão de Paredes.

Exposição Comemorativa do Dia

Mundial da Televisão (dia 21 de

Novembro), patente até 30 de Novembro,

na Biblioteca de Alenquer.

Exposição de pintura de Rogério Pires,

patente até 28 de Novembro, no Museu

João Mário.

CONTEMFESTA - Festa de conta-

dores de histórias: contos do mundo nas

adegas de aldeia, dias 11 e 12 de

Novembro, em Pereiro de Palhacana.

Desfile etnográfico alusivo ao vinho e

às vindimas, pelas ruas de Alenquer, dia

12 de Novembro, às 14h30.

Apresentação do livro "O Roncar do

Bicho" de Paulo Pereira, dia 19 de

Novembro, às 15h00, na Biblioteca de

Alenquer.

Filmes no Auditório Damião de Góis

em Novembro: dias 11 e 12, às 21h30 e

dia 13 às 17h00 “Capitão América: o

Primeiro Vingador”; dias 18 e 19, às

21h30 e dia 20 às 17h00 “Hop” (versão

portuguesa).

Arruda dos Vinhos

Exposição “Mostra de Artesanato”.

Trabalhos de Andreia Silva, até 30 de

Novembro, no Posto de Turismo.

Exposição “Memórias de um João

Semana”, até 30 de Novembro, na

Biblioteca de Arruda.

Exposição de fotografia, de São Silva

Pedreiro, patente de 19 de Novembro a

14 de Dezembro, na Galeria Municipal.

Filmes no Auditório em Novembro, às

16h00: dia 13 “RANGO”; dia 20 “HOP”.

Matiné no Clube Recreativo e Desportivo

Arrudense, dia 20 de Novembro, às

15h00.

Azambuja

Baile de S. Martinho e Castanhada, dia

12 Novembro, na Ass. de Tagarro.

Programa "Actividade Física para

Todos" Novembro - dia 13, a partir das

09h00, Caminhada “PR1 Terras de Pão”

Maçussa. Dia 27, às 09h00 - PAFT -

Caminhada 7 km, Aveiras de Baixo.

Visitas Guiadas, todas às sextas-feiras às

10H00, na Biblioteca de Azambuja e às

10h30, na Biblioteca do Centro Cultural

Grandella – Aveiras de Cima.

Leitura Sénior, todas as quartas e sex-

tas-feiras, às 11h00, a Biblioteca de

Alcoentre, vai visitar o Centro de Dia de

Alcoentre para partilhar boas leituras

com os utentes..

Festival Nacional de Folclore Infantil

2011, dia 26 de novembro, na Casa do

Povo de Aveiras de Cima.

Benavente

Exposição Permanente "Galeria de

Trens" na Galeria 1 do Palácio do

Infantado - Samora Correia.

Exposição de "Pintura Naïf em

Azulejo", de Maria de Jesus, até 04 de

Fevereiro, no Núcleo Museológico

Agrícola.

Espetáculo de Comemoração do 1º

Aniversário da CUCB - Comissão de

Utentes do Concelho de Benavente, dia

12 de Novembro, às 21h30, no Cine-

Teatro de Benavente.

Teatro “Um Eléctrico Chamado

Desejo” de Tennessee Williams, Pelo

Grupo da Filarmónica de Santo Estêvão,

dia 19 de novembro, às 21h00, no Cine-

Teatro de Benavente.

Festival de Talento Solidário, dia 19 de

Novembro, pelas 21h00, no Cento

Cultural de Samora.

IV BTT Terras do Toiro, dia 20 de

Novembro, nos terrenos da Companhia

das Lezírias, no Porto Alto - Samora

Correia.

Comemorações dos 140 Anos da

Sociedade Filarmónica Benaventense,

dia 20 de Novembro, pelas 16h00,

Encontro de Bandas, no Cine-Teatro

Benavente.

Serões nas Bibliotecas - A Poesia de

Manuel da Fonseca, dia 23 de Novembro,

pelas 21h00, na Biblioteca de Benavente.

XIII Feira do Livro - Hora do Conto,

Sessões Infantis, Oficinas e

Apresentações de Livros, de 26

Novembro a 11 Dezembro, na Biblioteca

Odete e Carlos Gaspar, em Samora

Correia.

Salvaterra de Magos

Hora do Conto, Segundas, Quartas e

Sextas-feiras, para os alunos do Pré-esco-

lar e do 1º Ciclo, na Biblioteca de

Salvaterra.

Rotas Pedestres 2011, dia 13 Novembro,

Rota de São Martinho - Granho.

Sobral de Monte Agraço

Sobral Mais

Saúde - Feira

da Saúde do

Município de

Sobral de

M o n t e

Agraço, dias

12 e 13 de

N o v e m b r o .

Exposição, mostra de saúde e bem-estar,

sessões temáticas e rastreios diversos gra-

tuitos, no Pavilhão Municipal do

Soerinho, em Sobral de Monte Agraço.

Teatro - Pedra a Pedra, pelo Theatre de

L' Homme Dibuixat (Espanha), dia 13 de

Novembro, às 15h00 e 16h00, no Cine-

Teatro de Sobral de Monte Agraço.

Santarém

E x p o s i ç ã o

‘Campo Fora-

de-Vila: de

espaço livre a

espaço de

Liberdade’. A

História, o

Urbanismo, a

Arqueologia e

Bio antropologia

complementam-

se para ajudar o

público a com-

preender a

e v o l u ç ã o

urbanística e a ocupação humana desta

zona da cidade. Patente até 30 de

Novembro, no Núcleo de Museu e

Património Cultural da Câmara

Municipal de Santarém.

Exposição Colectiva de Pintura –“

Wonder 4 Art”, patente até 25 de

Novembro, na Sala de Leitura Bernardo

Santareno.

Exposição “Quotidianos” de José Santa

Bárbara, patente de 19 de Novembro a 9

de Dezembro, no Fórum Ator Mário

Viegas.

Lançamento do livro "Campinas; A

mulher ribatejana o canto e a dança" de

Aurélio Lopes, dia 25 de Novembro,

pelas 21h30, no Fórum Ator Mário

Viegas - Centro Cultural Regional de

Santarém.

coordenação: António Preto

Agenda Cultural

PRÓXIMA EDIÇÃO DO

VOZ RIBATEJANA

A 23 DE NOVEMBRO NÃO PERCA!

PSD “bloqueado” em Vila

Franca

A sede do PSD em Vila Franca

de Xira tem faces viradas para a

Rua da Praia e para a Rua Serpa

Pinto, mas o acesso faz-se pela

primeira artéria, situada junto à

linha-férrea. Os sociais-democ-

ratas vila-frannquenses

defrontaram-se muitas vezes

com o abuso dos que resolviam

estacionar mesmo em cima da

porta e quase impediam a entra-

da no edifício. Resolveram, por

isso, colocar uma estrutura de ferro

para garantir espaço para um acesso mais facilitado. Mas, por

incrível que pareça, nem mesmo assim conseguem entrar normal-

mente nas instalações, como ilustra a fotografia que publicamos.

A solução neste dia foi mesmo saltar por cima dos ferros. É caso

para perguntar: serão as restantes forças políticas da terra que ten-

tam assim dificultar a vida ao PSD ou é algum eleitor votante nos

sociais-democratas que acha que agora deve protestar (ou cobrar)

estacionando à porta do partido?

Alenquer “dispensa” verbas

dos parquímetros

A situação financeira de muitas

autarquias portuguesas é difí-

cil e o Município de Alenquer

não foge de modo nenhum a

esta regra. Parece, por isso,

estranho que os parquímetros

instalados em torno do edifí-

cio dos Paços do Concelho

estejam avariados e fora de

serviço há já algum tempo.

Será que estas verbas não

eram uma ajuda para a depau-

perada tesouraria da edilidade

ou é uma forma de dar um

“rebuçado” aos munícipes

numa época de tantos apertos.

Acesso à Zona Industrial

a precisar de obras

A Zona Industrial de Vila

Franca de Xira tem um

acesso já de si limitado pela

estreiteza da passagem sob

a auto-estrada – uma situ-

ação que deveria ter sido

resolvida há anos -, mas se

não se perspectivam

condições financeiras para a

modificar, pelo menos

exige-se alguma reparação

da estrada. O Inverno está à

porta e todos os que se

movimentam em torno das

empresas ali instaladas

merecem melhores

condições.

9 de Novembro de 2011

Voz Ribatejana

ALVERCA

Com alguma contenção motiva-

da pela crise económica gener-

alizada, o Município de Arruda

reeditou a Festa da Vinha e do

Vinho que, entre 28 de Outubro

e 1 de Novembro teve a sua 14ª.

edição. O certame revelou-se,

apesar de tudo, bastante concor-

rido, sobretudo no período no-

cturno e aquando dos espec-

táculos de animação com fi-

guras como Mónica Sintra,

Ana, Nucha, Miguel e André e

Emanuel.

Serviu também para divulgar os

vinhos produzidos no concelho

e a gastronomia local e para

alguma recolha de fundos para

os Bombeiros e para os

Finalistas do Externato João

Alberto Faria. A cerimónia

inaugural contou com a pre-

sença da secretária de Estado do

Turismo, Cecília Meireles, que

visitou os stands e expositores,

acompanhada por autarcas

locais, pelo deputado Duarte

Pacheco e pelo secretário-geral

da Associação de Municípios

Portugueses do Vinho.

Festa da Vinha leva milhares a Arruda

A Adega Cooperativa de

Arruda é, como não podia

deixar de ser, um

dos parceiros

mais activos na

o r g a n i z a ç ã o

desta Festa da

Vinha e do Vinho

e o balanço

destes 14 anos do

evento é franca-

mente positivo,

no entender do

presidente da

instituição. A

Adega lança

habi tualmente

novos vinhos

durante o cer-

tame e apresen-

tou, desta vez,

três monocastas

de 2009. O sector

do vinho vive

d i f i c u l d a d e s ,

mas segundo

R o d r i g o

Lacerda, há qua-

tro anos consecu-

tivos que a

Adega de Arruda

consegue vender

mais vinho

engarrafado. A

vindima de 2011

foi também ela

positiva, com

menos quanti-

dade, mas uva

com característi-

cas que per-

mitem confiar na

produção de

bons vinhos.

“Tivemos sem-

pre o cuidado de

lançar novos vin-

hos em cada ano.

Apesar de ser

uma feira muito

local, tem con-

tribuído para que

haja um reforço

da imagem da

Adega, das mar-

cas da Adega e

c o n s i d e r a m o s

que faz todo o sentido, hoje

em dia, que haja este tipo de

festas”, observou Rodrigo

Lacerda, em declarações ao

Voz Ribatejana, realçando

que há sempre a preocupação

de apresentar no certame

novos vinhos de qualidade.

Em cada Festa da Vinha e do

Vinho, a Adega apresenta

também um vinho especial, o

chamado “vinho da Festa”,

com uma quantidade limita-

da.

Com perto de 2000 sócios, a

Adega Cooperativa de Arruda

(ACAV) recebeu, este ano,

cerca de 3 milhões de quilos

de uva que deverão resultar

em perto de 2, 5 milhões de

litros de vinho.

Normalmente, segun-

do Rodrigo Lacerda,

cerca de 90% da pro-

dução anual é comer-

cializada, desta 50%

sai engarrafada e 40%

a granel. “Em termos

de enga-rrafados há

quatro anos que

temos vindo a melho-

rar as vendas. A

exportação ainda é

pouca, temos cerca de

4%, para Inglaterra e

para o Brasil”, subli-

nha.

Mas são conhecidas

algumas dificuldades

de liquidez da Adega

de Arruda. “O que

está em atraso é o

segundo abono de

2010, isso só se deve

a dificuldades que

temos tido de recebi-

mentos. Estamos a

receber a um prazo

médio superior a 197

dias e em termos de

prazos de liquidação a

que as pessoas

estavam habituadas

torna-se muito difí-

cil”, explica o presi-

dente da cooperativa

vinícola arrudense.

Segundo Rodrigo

Lacerda, o número de

associados tem-se

reduzido um pouco,

mas a área de vinha

não tanto, porque os

que saíram foram fun-

damentalmente situ-

ações de pequena pro-

priedade. Este ano, a

vindima revelou-se

menos produtiva mas

com qualidade. “Foi

mais pequena que no

ano anterior, houve

algumas dificuldades

motivadas pela

doença que apareceu

nas vinhas e que surpreendeu

muitos agricultores. Mas a

qualidade foi um pouco mel-

hor e os vinhos saíram com

muita cor, grau muito elevado

e bastante equilibrados. Ao

que tudo indica vão ser bons

vinhos este ano”, conclui.

A Associação de Bombeiros

Voluntários de Arruda dos

Vinhos (ABVAV) atravessa

dificuldades financeiras, como

quase todas as suas congéneres.

Mas em meados deste ano,

quando se concluiu que as

receitas estavam a pouco mais

de metade das despesas, perce-

beu-se que era preciso

dinamizar um conjunto de ini-

ciativas para tentar equilibrar

as contas. A nova direcção,

eleita em Julho, já deu vários

passos nesse sentido e está a

organizar um plano mais ambi-

cioso de actividades para 2012,

para o qual conta com a ajuda

das forças vivas locais e da

população em geral.

Joaquim Gonçalves, o novo

presidente da ABVAV, expli-

cou, ao Voz Ribatejana, que já

foi possível angariar cerca de 7

mil euros, com as tasqui-nhas

instaladas nas festas da vila e

na Festa da Vinha, com o

sorteio efectuado no mês de

Outubro e com quermesses.

“Tudo aquilo que está esta-

belecido com o protocolo com

a Câmara e tudo aquilo que

vem dos serviços não chega

para as despesas. Pensámos em

organizar uma série de eventos

com que consigamos ir buscar

à sociedade civil as verbas para

colmatar a diferença. Ainda

não chegámos ao nível que

queríamos, mas está a correr,

com as dificuldades que o país

todo tem, estamos a conseguir

realizar algum encaixe finan-

ceiro”, salienta.

Ao mesmo tempo, a direcção

tem procurado conter as despe-

sas, adquiriu software de

gestão de frota para baixar con-

sumos e está a fazer um estudo

financeiro às verbas que vêm

do transporte de doentes. “Até

Dezembro vamos tentar ajustar

a máquina aos rendimentos que

ela gera. Dispensar pessoas

será sempre a última coisa que

faremos, pode ter a ver é com a

diminuição de horas, de

prémios, mas não queríamos

mexer nos efe-ctivos”, garante

Joaquim Gonçalves, referindo

que a base da direcção são sete

ou oito elementos mais activos

nestas iniciativas, mas que já

começam a revelar algum

cansaço e a precisar que ou-

tros sócios ajudem pelas mais

variadas formas. Foi, recente-

mente, criada uma comissão de

apoio à direcção e o obje-ctivo

é delinear um programa com

três ou quatro grandes iniciati-

vas de angariação de fundos

para 2012. Uma das primeiras

poderá ser uma gala prevista já

para Fevereiro. “Pensamos

numa iniciativa com artistas

nacionais que nos possam aju-

dar gratuitamente. Se con-

seguirmos estruturar três ou

quatro actividades anuais que

tenham alguma capacidade de

encaixe financeiro, temos a

esperança de encostar as despe-

sas às receitas. Se isso não

acontecer, as coisas vão-se

tornar muito complicadas”,

avisa.

J.T.

Adega Cooperativa vende

mais vinho engarrafado

Bombeiros organizam actividades

para angariar fundos

Propostas de parceriaem estudoA Adega Cooperativa de Arruda recebeu, emAgosto, uma proposta de fusão apresentadapela vizinha Agrocamprest. Rodrigo Lacerdaexplicou, ao Voz Ribatejana, que a direcção aque preside ainda não respondeu a essa pro-posta e que acha que tudo tem que ser visto deuma forma muito prudente e ponderada.“Temos que ter uma visão prudente do que é omercado, já cá estamos há uns anos e co-nhecemos o mercado. Temos que ter a visãode que vinho fazemos e do que o mercadopede e temos que ter a visão também de qualpoderá ser o nosso posicionamento no futurodo mercado do vinho”, defende.Certo é que, segundo o presidente da ACAV,estão a ser estudadas também duas possibili-dades alternativas de parceria com empresasdo ramo, uma com grande conhecimento domercado internacional e outra do mercadointerno. “São negociações muito complicadasem que temos que salvaguardar em primeirolugar a imagem da Adega e em segundo ossócios. Portanto, não é uma questão para seresolver em três semanas. É preciso sermosprudentes”, afirma.O responsável da ACAV acredita que até finaldo ano será possível ter um estudo comparati-vo destas várias alternativas que se colocam eque será, depois, apresentado e submetido àapreciação dos sócios, que são soberanos emeventuais decisões. “No meu entender nãopode haver pressas. Não são cautelas, nemreceios, mas um aspecto de prudência e deequilíbrio nas decisões que se tem que tomar.Uma decisão passará sempre pelos sócios epretendemos que haja aqui muita transparên-cia”, conclui.

Joaquim Gonçalves

A visita inaugural com a secretária

de Estado do Turismo

abriu

em

Alverca no

C.C.

Scala