voz ribatejana 3 agosto 2011

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Em frente aos correios de Alverca tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt :: número 18 :: ano 1 :: 3 de Agosto de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: Voz Ribatejana RESERVA DE MESAS 219 584 266 VAGAS LIMITADAS Estrada Nacional 10, nº 30, Alverca junto ao Estádio do Alverca, em frente ao Lar de São Pedro Ementa: - Variedade carnes grelhadas, incluindo Picanha, Maminha e Cupim - Guarnições variadas - Sobremesa e café. Dia 4/09/2011 a partir das 12 horas preço 8,5 euros por pessoa (bebidas não incluídas) Boa animação com música ao vivo, karaoke , música ambiente 1º CHURRASCO DO MARINA CAFÉ ALMOÇO/CONVÍVIO António de Portugal homenageado em Vila Franca Ourivesaria de Alhandra sofre segundo assalto em 5 semanas Antiga Marinha assaltada 7 vezes este ano A GNR regista ligeiros aumentos da criminalidade na freguesia de Vialonga e no concelho de Arruda. Ricardo Bessa, comandante do Destacamento de Vila Franca destaca, em entrevista, a aposta no policiamento comunitário e assume que a Guarda gostaria de ter um posto móvel para estar mais presente nas freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes. Alverca, Alhandra, Azambuja e Vila Franca também registaram problemas com- plicados de criminalidade nas últimas semanas. págs.: 2 a 4, 9, 12 e 32 Mais crimes Solução à vista na TNC pag.: 21 pag.: 15 Tiroteio faz um morto e dois feridos em Arcena GNR regista mais roubos em Vialonga e Arruda Nesta edição Especial Festas de Agosto

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Page 1: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Em frente aos correios de Alverca

tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt

:: número 18 :: ano 1 :: 3 de Agosto de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::

Voz Ribatejana

RESERVA

DE

MESAS

219 584 266

VAGAS

LIMITADAS

Estrada Nacional 10,

nº 30, Alverca

junto ao Estádio do

Alverca, em frente ao

Lar de São Pedro

Ementa:

- Variedade carnes grelhadas, incluindo

Picanha, Maminha e Cupim

- Guarnições variadas

- Sobremesa e café.

Dia 4/09/2011

a partir das 12 horas

preço 8,5 euros por pessoa

(bebidas não incluídas)

Boa animação com música ao vivo,

karaoke , música ambiente

1º CHURRASCO DO MARINA CAFÉ

ALMOÇO/CONVÍVIO

António

de Portugal

homenageado

em Vila

Franca

Ourivesaria de

Alhandra sofre

segundo assalto

em 5 semanas

Antiga

Marinha

assaltada 7

vezes este ano

A GNR regista ligeiros aumentos da criminalidade na freguesia de Vialonga e

no concelho de Arruda. Ricardo Bessa, comandante do Destacamento de Vila

Franca destaca, em entrevista, a aposta no policiamento comunitário e assume

que a Guarda gostaria de ter um posto móvel para estar mais presente nas

freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes. Alverca,

Alhandra, Azambuja e Vila Franca também registaram problemas com-

plicados de criminalidade nas últimas semanas.

págs.: 2 a 4, 9, 12 e 32

Maiscrimes

Solução à vista

na

TNC

pag.: 21

pag.: 15

Tiroteio faz

um morto e

dois feridos

em Arcena

GNR regista

mais roubos

em Vialonga

e Arruda

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Agost

o

Page 2: Voz ribatejana 3 agosto 2011

ABERTURA

02

voz ribatejana #18

Voz Ribatejana – No plano

nacional os últimos dados

apontam para alguma desci-

da da chamada criminali-

dade geral e para um acrésci-

mo do crime organizado e/ou

violento. Também se verifica

esta tendência na área do

Destacamento da GNR de

Vila Franca de Xira?

Ricardo Bessa – A tendência

que temos é um pouco dife-

rente. Do que temos registado,

a tendência é que os crimes

contra as pessoas e contra o

património têm aumentado e,

consequentemente, também a

criminalidade geral.

Essa tendência é recente ou

vem já dos anos anteriores?

Terá alguma relação com a

famigerada crise?

Esta informação é baseada

num comparativo entre o

primeiro semestre de 2010 e o

primeiro semestre de 2011.

Acentua-se mais na compara-

ção entre estes dois períodos.

De alguma forma as dificul-

dades que as famílias e as pes-

soas em geral poderão estar a

passar poderão levar a que os

conflitos e as pequenas

quezílias se acentuem. É um

tipo de criminalidade que está

a vir ao de cima, mas não de

forma preocupante. É notório,

mas não muito significativo.

Isso quer dizer que esse

agravamento não se reflecte

só em mais furtos e roubos

mas também em conflitos

entre as pessoas?

Efectivamente revela-se nos

roubos e nos furtos, nos crimes

contra o património de peque-

na monta. E tendencialmente

também nos pequenos confli-

tos.

A área que está à respons-

abilidade do Destacamento

de Vila Franca é marcada

por dois ou três pólos mais

complicados em termos de

segurança, Vialonga,

Castanheira e um pouco o

Norte de Loures, mas parece

que este tipo de problemas de

pequenos roubos se está

espalhar também a Arruda e

a freguesias como São João

dos Montes?

Vialonga é uma área de grande

concentração populacional e,

tradicionalmente, um local

onde alguns conflitos vêm ao

de cima. A Castanheira do

Ribatejo é reconhecida como

uma área de crescimento de

Vila Franca de Xira, daí ser um

local onde se começa a identi-

ficar um crescimento demográ-

fico. Está entre Vila Franca e o

Carregado, dois grandes pólos

populacionais e é uma zona

que nos traz algumas preocu-

pações. É previsível que os

chamados pequenos crimes

possam acontecer.

Em relação a Arruda dos

Vinhos, não direi que é uma

situação preocupante, é um

fenómeno que aconteceu no

início deste ano. Onde acon-

tece pouco, quando acontece

alguma coisa é sempre

dramático. Se tivermos dois

crimes e passarmos para oito,

percentualmente foi um grande

aumento, mas por comparação

com Vialonga ou Castanheira

são sempre poucos casos. Não

considero que Arruda seja uma

situação preocupante, até

porque de alguma forma esta-

mos a acompanhar de perto e já

identificámos alguns suspeitos.

Há alguns anos atrás esta

pequena criminalidade era

principalmente associada à

toxicodependência. Hoje já

haverá alguns outros factores

que contribuem para estes

comportamentos. Qual tem

sido a postura da GNR, uma

postura reactiva ou consegue

também ter um trabalho pre-

ventivo?

O Destacamento de Vila

Franca tenta implementar um

conceito de policiamento

comunitário. Estamos a traba-

lhar no sentido de, com as ou-

tras entidades presentes,

nomeadamente na área do

apoio social, podermos estar

mais próximos da comunidade

e dessa forma identificar

alguns problemas e trabalhar

preventivamente (ver texto na

página 3).

A área à vossa responsabili-

dade é muito extensa,

abrangendo 12 freguesias de

3 municípios. Há uma pre-

ocupação de dar visibilidade

à vossa presença?

Sem dúvida. É uma preocu-

pação eu diria permanente.

Temos patrulhas com giros

pré-definidos que nos garan-

tem que vamos passando pelos

locais de maior visibilidade,

não deixando de ser importante

a visibilidade da presença das

forças de segurança para

aumentar o sentimento de

segurança. Fazemos essas

patrulhas orientadas, não tão

reactivas, mas no sentido de

que as patrulhas que lançamos

sejam para pontos em que, de

alguma forma, a comunidade,

nalguns casos em zonas mais

isoladas, possa ver a presença

da GNR.

Como é que a vossa articu-

lação com o PIR (Pelotão de

Intervenção Rápida) que está

instalado em Vialonga, mas

que julgo que não está direc-

tamente dependente do

Destacamento da GNR de

Vila Franca?

O PIR pertence ao

Destacamento de Intervenção

Rápida do Comando Territorial

de Lisboa. O pelotão sedeado

em Vialonga patrulha as áreas

dos destacamentos territoriais

de Vila Franca e de Alenquer.

A nossa articulação é sempre

no sentido de que as patrulhas

do serviço territorial façam

uma primeira abordagem.

Através dos meios de comuni-

cação sabemos que, em situ-

ações que possam passar para

um nível de perigosidade

maior, essas equipas aproxi-

mam-se e, se necessário, têm

uma intervenção mais muscu-

lada e com outra visibilidade

inclusive. A generalidade das

situações são resolvidas e

sanadas quase só com a pre-

sença de um maior efectivo.

Significa isso que os meios

disponíveis na área do

Destacamento de Vila Franca

satisfazem o comando ou

gostariam sempre de ter mais

alguns meios?

Os meios são aqueles que são

possíveis e que temos de acor-

do com as nossas necessidades.

Como qualquer organização ou

qualquer entidade, com mais

meios poderemos fazer mais e

melhor. Mas penso que têm

sido os adequados e sufi-

cientes, atendendo às circun-

stâncias que estamos a passar.

A criminalidade geral, sobretudo os crimes contra o património (roubos) e os crimes contra as

pessoas (agressões e conflitos), têm revelado um ligeiro aumento na área do Destacamento da

GNR de Vila Franca de Xira. A unidade responsável pela segurança de 12 freguesias dos con-

celhos de Arruda, Loures e Vila Franca está a apostar numa relação mais próxima com a comu-

nidade e num projecto de policiamento comunitário baseado na partilha de informação e na

prevenção de algumas situações. Em entrevista ao Voz Ribatejana, o capitão Ricardo Bessa,

comandante do Destacamento sedeado em Vialonga, faz o retrato da evolução da criminalidade

na região e aborda temas como a importância da instalação de um posto móvel nas freguesias

rurais de Vila Franca e de melhoria das instalações do posto da Castanheira.

“Nãoconsidero queArruda sejauma situaçãopreocupante,até porque dealguma formaestamos aacompanharde perto e jáidentificámosalgunssuspeitos”

Crescimento de

Vialonga justifica

mais casos

A freguesia de Vialonga tem registado uma tendência para o

aumento do número de crimes que chegam ao conhecimento

da GNR. “O facto de aumentar aqui de forma relativamente

superior a outras áreas penso que terá também a ver com a

própria concentração populacional. É a localidade onde

haverá mais alvos potenciais e a tendência é para que seja o

local onde essas situações de pequena criminalidade surjam”,

afirma o comandante do Destacamento da GNR, lembrando

que casos como os dos roubos por esticão na rua levam a que

as pessoas tenham algum sentimento de insegurança.

“Continuo a referir que não estamos em níveis preocupantes,

mas observamos o fenómeno e estamos a fazer esforços no

sentido de o identificarmos mais em concreto e para, em

colaboração com outras entidades, actuarmos de forma pró-

activa e preventiva”, acrescenta, considerando que não há

qualquer sinal de que se tenham voltado a constituir alguns

gangs em Vialonga como aconteceu em décadas passadas. “O

que temos identificado em Vialonga em muitos casos são

pequenos grupos, não muito organizados ou até mesmo

acções isoladas”, esclarece.

GNR regista aumento de roubos

em Vialonga e Arruda

Page 3: Voz ribatejana 3 agosto 2011

03

3 de Agosto de 2011

PRÓXIMA EDIÇÃO DO

VOZ RIBATEJANA

A 31 DE AGOSTO NÃO PERCA!

O Destacamento de Vila Franca de Xira da GNR

está a desenvolver um projecto de Policiamento

Comunitário que pretende envolver mais os

cidadãos e as entidades locais na identificação

dos problemas e nas acções de carácter preventi-

vo. De acordo com Ricardo Bessa, este conceito

assenta na ideia de que se trabalharem todos em

conjunto os resultados serão muito melhores em

termos de segurança e de prevenção da delin-

quência.

“O nosso objectivo é que a GNR seja reconheci-

da como algo que está cá para ajudar e é para

isso que cá estamos, é essa a nossa missão. E

será sempre muito mais produtivo trabalhar com

entidades como as IPSS, os centros comu-

nitários, as escolas, a Associação de Africanos e

outras entidades com quem pretendemos traba-

lhar em parceria neste conceito de policiamento

comunitário”, sustenta o comandante da GNR,

explicando que decorre já uma fase de aproxi-

mação a estas entidades, assente na ideia de que

a segurança é um problema de todos e não só das

forças de segurança. “Se pudermos trabalhar

todos em conjunto, seguramente que os resulta-

dos serão melhores”, disse ao Voz Ribatejana,

frisando que a partilha de informação entre todas

estas entidades permite também que a GNR ori-

ente os seus esforços com base em indicações

sobre eventuais focos de criminalidade ou que

actue preventivamente junto de comunidades

onde haja problemas de alguma delinquência ou

pré-delinquência.

Entende o comando do Destacamento da GNR

de Vila Franca que “é pela prevenção que se

podem atacar os problemas na sua génese, evi-

tando-se mesmo a sua futura eclosão” e que,

desta forma, os recursos ao dispor da Guarda

“podem ser mais eficazmente balanceados para

áreas que estão mais directamente relacionadas

com o bem-estar das populações, influenciando

com maior profundidade o sentimento de segu-

rança da comunidade”.

O objectivo não é substituir a repressão pela pre-

venção, mas utilizar de forma combinada e con-

certada uma ou outra política. E a GNR em con-

jugação de esforços com a comunidade torna o

cidadão o seu centro de gravidade. “A instituição

policial apesar de ser o ‘parceiro’ actua conju-

gadamente com os outros parceiros da sociedade

civil, as autarquias locais, a saúde, a educação e

os movimentos cívicos, formando uma estrutura

em rede para a resolução do problema emer-

gente”, refere.

Desta forma pretende-se que o agente policial

seja encarado como agente de paz e não só no

seu habitual papel de representante da ordem

pública, que a GNR promova consultas à popu-

lação actuando proactivamente na resolução dos

problemas, que a actividade se adapte às neces-

sidade verificadas e que haja uma troca regular

de informação entre a força policial e a popu-

lação.

GNR aposta em programa

de policiamento comunitário

O capitão Ricardo Bessa julga que a instalação de um posto móvel da GNR que circulasse

por vários pontos das freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes seria

importante para melhorar o atendimento dos cidadãos e para reforçar o sentimento de

segurança. Actualmente, o acompanhamento destas 3 freguesias é feito a partir do posto

da Castanheira e, apesar das patrulhas regularmente em circulação, há pontos, por exem-

plo da Calhandriz, que distam quase 20 quilómetros da Castanheira. Depois os trans-

portes públicos entre estas localidades são praticamente inexistentes, o que obriga os

moradores a deslocações complicadas se, por qualquer motivo, precisam de tratar de

algum assunto no posto da GNR.

“O posto situa-se numa extremidade, sendo que as vias para chegar às outras extremi-

dades não são as mais rápidas. Temos inclusivamente de passar por uma área da respon-

sabilidade da PSP. E para nós o mais vantajoso, para o nosso conceito de patrulhamento,

seria estarmos a circular sempre na nossa área territorial”, sustenta Ricardo Bessa, su-

blinhando que, em tempos, foi estudada, em articulação com as juntas de freguesia, a po-

ssibilidade de existir um posto móvel da GNR que fizesse sobretudo serviço de atendimen-

to ao fim de dia nestas três freguesias, circulando de acordo com um plano pré-estabeleci-

do e divulgado pelas próprias juntas. “Até ao momento não foi possível a implementação

efectiva deste conceito. Continuamos a considerar que seria vantajosa a existência de um

serviço de atendimento móvel com estas características, a funcionar tendencialmente num

período reduzido no final do dia, na altura em que as pessoas chegam a casa. Se tiverem

alguma situação, alguma informação, alguma queixa, sabem que existe ali uma instalação

policial móvel, que apesar de ser móvel tem uma presença permanente e poderá deslocar-

se pelas freguesias mais afastadas da Castanheira”, explica o comandante da GNR.

Ricardo Bessa reconhece que, actualmente, as pessoas poderão ser obrigadas a apanhar

vários transportes para conseguirem chegar à Castanheira. “Neste momento aqui esse

meio móvel não existe. Poderemos tentar tê-lo cá em períodos específicos, mas não vai ser

uma solução definitiva. O que procuramos é que seja uma solução que nos desse garantias

de disponibilidade permanente”, prossegue o responsável da GNR, frisando que o mode-

lo de funcionamento já foi estudado e testado com êxito, num período em que foi possível

ter uma unidade móvel deste tipo na área do destacamento. “A alternativa têm sido os

locais de atendimento nas juntas de freguesia. É a solução viável neste momento, mas é

uma solução que não traz a visibilidade da presença policial. O facto de se saber que esta-

mos a fazer atendimento nas juntas de freguesia é útil, mas tendencialmente, com o tempo,

poderá cair no esquecimento. E a presença de um veículo aumentaria o sentimento de

segurança da população”, acredita o capitão da GNR, salientando, contudo, que a crimi-

nalidade registada na área do posto da Castanheira tem estabilizado e até diminuído.

Suspeitosidentificados

em ArrudaO concelho de Arruda dos

Vinhos tem, habitualmente,baixos índices de criminali-

dade, mas no segundotrimestre deste ano veri-

ficaram-se, sobretudo naárea da sede de concelho,

uma série de roubos poresticão e até mesmo uma ten-tativa de assalto a uma agên-

cia bancária. O autor destatentativa não chegou a ser

detido, mas no caso dos rou-bos por esticão há suspeitos

já identificados. “O fenó-meno verificado em Arruda

não é tão dramático comoisso. Numa localidade em

que, felizmente, pouco acon-tece ao nível da criminali-

dade, quando acontece umconjunto de situações em tão

pouco tempo, mesmo nãosendo muitas, para uma

localidade com estas cara-cterísticas tem um impacto

mais significativo”, sustentaRicardo Bessa, explicando

que a GNR conseguiu identi-ficar rapidamente alguns dos

indivíduos supostamenteenvolvido, já reconhecidospor algumas das vítimas, e

outros suspeitos. “Temosinformação sobre alguns

indivíduos que podem ser, nofuturo, acareados no âmbito

do processo-crime”, refere.Certo é que, no entender do

comandante da GNR, o nó daA 10 contribuiu para o

crescimento e desenvolvimen-to de Arruda, mas até não

tem sido um factor prepon-derante no que diz respeito àcriminalidade, porque “nemsequer é dos pontos de fuga

utilizados”, uma vez queArruda tem várias vias alter-

nativas de ligação a VilaFranca, Alhandra, Alverca,

Carregado e Sobral.“Felizmente Arruda continuaa ser uma localidade pacata.

Este fenómeno percentual-mente pode ser preocupante,mas se olharmos para ele sóem termos de percentagem.

Em termos de número efecti-vo de casos não diria que seja

tão preocupante, porque háoutras localidades na nossa

área de responsabilidade quetêm muito mais roubos eassaltos em geral”, diz ocapitão da GNR ao Voz

Ribatejana.

Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes

Posto da Castanheira

precisa de melhores

instalações

No que diz respeito às instalações em que funcionam os cinco postos da

área de influência do Destacamento de Vila Franca da GNR, a principal

preocupação serão as limitações da unidade da Castanheira que, ainda

por cima, é a responsável por um território mais extenso, que abrange

também as freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos

Montes. “Eu não diria que será uma limitação, mas é uma preocupação,

no sentido de que temos consciência de que a Castanheira está a crescer

e que instalações mais adequadas a uma força de segurança beneficiari-

am quer o cidadão fardado, quer os cidadãos que nós servimos. O facto

de termos instalações adequadas traria uma forma de funcionamento

melhor”, admite o capitão Ricardo Bessa, frisando que não é tanto o

problema das limitações do espaço, mas também o facto do posto estar

instalado no rés-do-chão de um prédio de habitação, o que levanta sem-

pre questões de ruídos durante a noite ou da própria segurança da

unidade. “A movimentação de umas instalações de forças de segurança

não tem horas. Podemos estar a trabalhar intensamente durante o dia

como a meio da noite e isso traz alguns transtornos e não é de todo

agradável que criemos situações de incómodo para os vizinhos”, reco-

nhece o comandante do Destacamento da GNR, vincando que insta-

lações construídas de raiz, num local com algum isolamento das con-

struções vizinhas é sempre o mais adequado, dando também mais segu-

rança e privacidade à vivência interna do posto.

“Estamos conscientes que o cenário económico-social não é muito

propício a que haja investimentos dessa envergadura. Mas realçamos

que a Castanheira está a crescer e é uma preocupação efectiva criarmos

melhores condições para o futuro. Estamos conscientes de que as enti-

dades que nos podem ajudar, a própria tutela, as autarquias locais, opor-

tunamente nos poderão dar esse apoio, assim se criem as condições pos-

síveis”, conclui o capitão da GNR, que acha que, com os cerca de 30

militares de que dispõe, o posto da Castanheira “tem o efectivo sufi-

ciente”, mas admite que, num espaço diferente, “a vivência dos

cidadãos fardados seria diferente e melhor”. O posto da Castanheira re-

gistou, no primeiro semestre, uma subida da criminalidade, mas uma

estabilização dos casos de roubo.

Posto móvel faz falta nas

freguesias rurais

Page 4: Voz ribatejana 3 agosto 2011

04

Sobretudo nas freguesias

rurais, a situação dos idosos

isolados é uma preocupação

para a GNR, que tem feito le-

vantamentos e acções de reco-

lha de dados que lhe permitam

contactar e chegar mais facil-

mente junto dessas popu-

lações, muitas vezes mais

sujeitas a casos de roubo ou de

burla. No caso das freguesias

do concelho de Vila Franca,

segundo a tenente Ana

Ribeiro, adjunta do coman-

dante do Destacamento da

GNR, há já um levantamento

com dados sobre cerca de 200

idosos. “Temos militares só

vocacionados para o apoio aos

idosos, tentamos recolher o

máximo de informação po-

ssível, ficamos com as coorde-

nadas do local onde as pessoas

vivem e, com esses dados, ra-

pidamente os militares con-

seguem dar com a casa onde

residem esses idosos”,

esclarece a oficial da GNR,

lembrando que também se está

a tentar desenvolver projectos

com a Cruz Vermelha e com

alguns apoios autárquicos para

instalação de aparelhos de

teleassistência em casa de

alguns idosos que permitam

alertar a Guarda ou os

bombeiros em caso de proble-

ma.

A GNR faz também acções de

informação e de sensibilização

dos idosos para as situações de

burla, um fenómeno que ainda

vai surgindo regularmente. “É

um problema que continua a

existir, mas os idosos estão

cada vez alertados para esse

fenómeno”, sublinha. Já quan-

to aos problemas de violência

doméstica e de maus-tratos a

menores, Ana Ribeiro acha

que têm estabilizado na área

do Destacamento.

Actualmente a GNR dispõe de

uma unidade especializada no

comando distrital e de secções

de programas especiais em

cada destacamento, que

abrangem áreas como a escola

segura, o comércio em segu-

rança ou o Idoso 65.

GNR faz levantamento

de idosos isolados

“Chave Segura”para um Verão mais

tranquiloA GNR tem um programa de vigilância de residênciasdurante o período das férias de Verão que procura mi-nimizar os riscos de assalto quando os residentes estãoausentes por tempo mais prolongado. Os interessados

podem contactar as unidades da Guarda que, nosperíodos de ausência, fazem um patrulhamento regulargarantindo um número de passagens mínimo, no senti-do de detectar alguma anomalia e de que as pessoas se

sintam mais tranquilas.

Sinistralidade graveestá a baixar

A área do Destacamento de Vila Franca é atravessadapor vários eixos rodoviários de grande circulação comoas estradas nacionais 1, 248 e 115-5. As principais pre-

ocupações centram-se na ligação entre Alverca eLoures e na travessia de Vialonga, onde sobretudo a

variante tem tráfego intenso e alguns acidentes graves,sobretudo em período nocturno e nalguns dos seus

cruzamentos. “Os dados comparativos que temos entreo primeiro semestre de 2010 e o de 2011 apontam paraum decréscimo na sinistralidade, fenómeno que vemos

com agrado, que nos permite empenhar efectivosnoutras actividades, por um lado, e por outro são sem-pre bem vindas notícias de redução da sinistralidade”,

refere Ricardo Bessa, salientando que no troço da EN 1entre Vila Franca e o Carregado há uma grande inten-

sidade de tráfego mas há normalmente fluidez. Já nocaso de Vialonga, recorda que foi elaborado um estudopara a substituição de semáforos por rotundas na vari-

ante, medida que poderá melhorar a fluidez do trânsito.

Ricardo Bessa é natural do

concelho de Gondomar e

ganhou cedo uma grande

admiração pelo papel da

GNR, enquanto “instituição

de referência neste País, quer

pelas suas tradições, quer

pela forma como tem estado

presente na sociedade”.

Decidiu, por isso, ainda

muito jovem, ingressar na

Guarda. “Quando tomei esta

decisão foi porque vi a GNR

como uma instituição a que

gostaria de dedicar a minha

vida e de dedicar-me à causa

pública, que, no fundo, é

aquilo que nós fazemos, con-

scientes da influência que o

nosso trabalho pode ter no

dia-a-dia das pessoas”.

Hoje, aos 35 anos, o capitão

que comanda a GNR nos

concelhos de Vila Franca,

Arruda e Loures reconhece

que “às vezes não con-

seguimos fazer tanto como

gostaríamos, mas estamos

sempre conscientes de que

prestamos um serviço públi-

co e de que o devemos fazer

da melhor forma que souber-

mos e pudermos”. A GNR é,

no entanto, por vezes, vista

como uma instituição rígida e

algo tradicionalista. Ricardo

Bessa acha que é importante

manter as tradições, porque

“associado às tradições

vêm um conjunto de val-

ores associados. No dia em

que essas características

intrínsecas à instituição

deixarem de existir, a GNR

deixa de ser aquilo que é e

fica descaracterizada. A par-

tir dessa altura não é uma

GNR, é outra coisa qual-

quer”, sublinha.

Os três concelhos abrangidos

pelo Destacamento de Vila

Franca são bastante dife-

rentes da zona de Gondomar

de onde o militar é orig-

inário, sobretudo porque aqui

há uma muito maior multipli-

cidade de origens e de cul-

turas. “Esta variedade cultur-

al acaba por ser também uma

variável interessante. Vêem-

se coisas muito diferentes”,

observa Ricardo Bessa,

explicando que outra das

suas paixões são as tecnolo-

gias da informação e que tem

mesmo formação em engen-

haria informática. “É uma

área que me agrada particu-

larmente desde há muitos

anos e em que já trabalhei

algum tempo antes de vir

para a GNR e trabalhei tam-

bém dentro da GNR na área

das tecnologias. Neste

momento não estou ligado a

essa área, mas é uma área

vocacional que

não pretendo

abandonar”,

confessa.

A tenente Ana Ribeiro tem 27

anos e desempenha funções

de adjunta do comandante do

Destacamento de Vila Franca.

Já comandou durante cerca de

1 ano o Destacamento da

GNR de Alenquer e por cur-

tos períodos o próprio desta-

camento vila-franquense.

Uma experiência gratificante

para uma mulher que foi mãe

há 2 anos e que continua a

sentir-se muito motivada com

aquilo que faz na GNR, onde

espera continuar por muitos

anos. O comandar mais de

duas centenas de homens não

lhe suscita nenhuma preocu-

pação especial e acha que

todos reagiram bem, até

porque a novidade das mul-

heres a comandarem

unidades da GNR já tinha

alguns anos.

“Mulheres na Guarda já exis-

tem desde 1995 ou 96. A

comandar efectivamente

destacamentos já para aí

desde 2003/04 e eu, em

2008/09, já não era novidade

para ninguém”, sustenta à

conversa com o Voz

Ribatejana, vincando que as

diferenças não são muitas.

“Se calhar temos uma

maneira diferente de lidar

com eles, por sermos mul-

heres se calhar temos uma

sensibilidade e uma maneira

de falar

diferentes e

eles se cal-

har também

não lidam

connosco

da mesma

forma,

mas a diferença não é muita”,

reconhece.

Ana Ribeiro admite que

entrou na vida militar um

pouco sem saber ao que ia.

Acabou o 12º. ano, gostava

de medicina e disseram-lhe

que na Academia Militar

havia medicina. “Concorri e

era para medicina. Depois fiz

a prova de aptidão militar e,

durante aquele mês, mudei de

ideias. Gostei essencialmente

da disciplina da parte militar.

Foi isso que me atraiu e,

depois, dentro da parte mili-

tar, toda a gente dizia que a

GNR era o melhor”, sublinha,

explicando que acabou o

curso com 23 anos e foi logo

dar um alistamento de seis

meses e comandar um pelotão

na Figueira da Foz. Depois

foi colocada na Brigada 2,

esteve um ano a comandar o

Destacamento de Alenquer e

passou para adjunta no

Destacamento de Vila Franca.

Entretanto teve 6 meses de

licença de maternidade, foi

para Mafra e regressou a Vila

Franca.

“Quando somos comandantes

há sempre problemas para

resolver. É uma experiência

gratificante e, ao mesmo

tempo, trabalhosa. As

primeiras mulheres a coman-

dar se calhar tiveram um

choque muito maior. Eu já

apanhei aquela fase em que já

não é novidade, vim quando

já toda a gente estava habitu-

ada”, conclui.

Destacamento deVila Franca segura

ministro dasFinanças

Na reestruturação de 2008 foi atribuída também aoDestacamento de Vila Franca a responsabilidade de

coordenar a unidade da GNR que dá apoio à alfândegado aeroporto e a unidade que faz a segurança do

Ministério das Finanças, em Lisboa. Significa que asdezenas de efectivos dedicados à protecção das insta-

lações onde trabalham o ministro Vítor Gaspar e todosos serviços centrais das Finanças são coordenados a

partir de Vialonga. No total, o Destacamento vila-fran-quense conta com cerca de 240 efectivos distribuídos

por sete unidades.

Ana Ribeiro jácomandoudestacamentosde Alenquere de VilaFranca

Militar por vocação

com gosto pelas novas

tecnologias

“Gostei especialmente

da disciplina militar”

Ricardo Bessasempre quisdedicar a

sua vida àcausa

pública

Page 5: Voz ribatejana 3 agosto 2011

05

3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

O Tribunal de Vila Franca de Xira conde-

nou, no dia 22 de Julho, a 14 anos e 4

meses de prisão efectiva, um idoso resi-

dente na vila do Sobralinho, acusado de,

em Agosto do ano passado, ter disparado

um tiro de caçadeira sobre um filho de 42

anos, causando-lhe a morte. O colectivo

de juízes presidido por Raquel Costa não

acreditou na versão do arguido, Luís

Espalha, de 75 anos, que alegou sempre

que o disparo foi acidental e surgiu quan-

do tropeçou numa escada. Luís Espalha

foi, ainda, condenado a pagar um total de

114 mil euros de indemnizações à sua

esposa, aos filhos da vítima (seus netos) e

a outros legítimos herdeiros.

O acórdão considera provado que Luís

Espalha e o seu filho Luís Manuel viviam

no mesmo edifício, na Rua dos

Bombeiros Voluntários, no Sobralinho.

Mas acrescenta que, pelo menos nos últi-

mos dois a três anos o relacionamento

entre os dois deteriorou-se, porque o pai

não concordava com algumas das com-

panhias do filho e achava que estaria

envolvido em situações de consumo de

droga e de alguma marginalidade. Ao

princípio da noite de 21 de Agosto passa-

do, os dois homens entraram em dis-

cussão e terão mesmo trocado algumas

agressões. “O arguido entrou na residên-

cia e regressou munido de uma caçadeira

de canos justapostos. Sabendo que se

encontrava municiada e pronta a disparar,

quando se encontrava a 4/5 metros dis-

parou sobre Luís Manuel, atingindo-o no

tórax”, refere o acórdão, frisando que as

lacerações causadas em órgãos como o

peritoneu e o estômago foram a causa

directa da morte do filho.

Embora admita que Luís Espalha sofria,

nos últimos anos, de problemas de

alcoolismo crónico e que naquele dia

estaria alcoolizado, o colectivo de juízes

concluiu que o arguido teve a intenção de

matar, até porque terá dito a uma teste-

munha que matou um mas podia matar

dois ou três e a outra que matara o filho

porque o contrariava. “Há uma ausência

de motivos compreensíveis, uma ele-

vadíssima desproporção entre a causa e a

conduta do arguido”, salienta o acórdão,

vincando que alguns testemunhos e a tra-

jectória do tiro identificada na autópsia

apontam para um disparo directo e não

para um disparo feito inadvertidamente

em queda. O colectivo de juízes acrescen-

ta que Luís Espalha sabia que um disparo

naquelas condições seria suficiente para

causar a morte do filho, mas que, na

avaliação psicológica a que foi submeti-

do (aponta-lhe algumas limitações cogni-

tivas) assume uma certa desresponsabi-

lização pelo que aconteceu, atribuindo

responsabilidades a terceiros. Depois, os

juízes sublinham que a caçadeira usada

pelo idoso estava declarada perante a

PSP, mas que Luís Espalha apenas estava

autorizado a tê-la em casa e não tinha

licença para a trazer para o exterior e

muito menos para a usar. “É um flagelo

da nossa sociedade a quantidade de armas

não legalizadas, as quais possibilitam

muitas vezes a prática de crimes”, vincou

Raquel Costa. O colectivo considerou,

entretanto, não provado que o idoso tenha

escorregado e disparado de forma aciden-

tal e que os desentendimentos com o filho

fossem frequentes. Na definição da pena,

Luís Espalha beneficiou de algumas ate-

nuantes por não ter antecedentes crimi-

nais e por padecer de uma doença

oncológica e foi condenado a 14 anos de

cadeia pelo crime de homicídio qualifica-

do, numa moldura penal que vai dos 12

aos 25 anos de cadeia. O colectivo conde-

nou-o, ainda, a 18 meses de prisão por

detenção de arma proibida e a pagar ind-

emnizações à sua esposa e aos filhos de

Luís Manuel. Aplicadas as regras de

cúmulo jurídico foi-lhe fixada uma pena

unitária de 14 anos e 4 meses de prisão.

Detido em

Alhandra por

assaltar mulher

Agentes da Esquadra da PSP de Alhandra detive-

ram, no dia 14, um individuo com 40 anos de

idade, depois de ter alegadamente roubado um fio

de ouro a uma mulher de 35 na zona da estação

ferroviária alhandrense. Segundo uma nota da

Divisão Policial de Vila Franca, o suspeito terá

usado violência física para consumar o roubo e foi

detido poucos minutos depois da ocorrência, cerca

das 8h15 da manhã. De acordo com a mesma

fonte, o individuo já fora detido no dia 10 de Julho,

em Vila Franca, quando foi apanhado em flagrante

delito a furtar combustível de uma viatura.

Reformado condenado a 14 anos

de cadeia por matar o filho

Sobralinho

Luís Espalha foi condenado pelo Tribunal de Vila Franca pela autoria do disparo que vitimou o filho Luís Manuel. O colectivo não se deixou convencer pela

versão de que o tiro tinha sido acidental, mas teve em conta algumas atenuantes.

PSP vigia residências no Verão

A Operação Férias 2011, organizada pela PSP, está também a ser desenvolvida nas seis freguesias da área

da Divisão de Policial de Vila Franca de Xira. Até 15 de Setembro, agentes da Polícia de Segurança

Pública asseguram alguma vigilância de residências, cujos proprietários se tenham ausentado em férias.

Os interessados em aderir a este serviço gratuito da PSP devem solicitá-lo pelo menos 48 horas antes de

iniciarem as suas férias, dirigindo-se a uma esquadra policial e preenchendo um pequeno formulário.

Podem, também, optar por preencher o formulário online, no sítio

https://veraoseguro.mai.gov.pt, onde encontrarão igualmente sobre

os comportamentos de segurança a ter nestas fases de ausência da

residência. A polícia aconselha ainda os cidadãos a organizarem

uma lista dos seus bens mais valiosos, que facilitará a sua localiza-

ção em caso de furto. A Divisão Policial de Vila Franca salienta,

contudo, que as pessoas, antes de saírem para férias, devem sem-

pre verificar se as suas residências se encontram devidamente

fechadas, com as portas e janelas fechadas e trancadas, para que

não se consiga ver o seu interior e não existam “tentações” dos

indivíduos que se dedicam a este tipo de criminalidade.

Maioria quer extinção das pequenas freguesias

A esmagadora maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana

concorda com a extinção de freguesias com menos de 1000

eleitores. Setenta e sete por cento defende essa medida e ape-

nas 13% estão contra. Outros 9% não têm opinião formada

sobre o assunto. Participe nos nossos inquéritos em

www.vozribatejana.blogspot.com.

21%

não

77% sim

9% NS/NR

Cemitério

roubado

em Muge

O cemitério de Muge, no con-

celho de Salvaterra de

Magos, foi assaltado e van-

dalizado na madrugada da

passada quinta-feira. Foram

afectadas cerca de 30 campas

e do cemitério desaparece-

ram crucifixos em metal, ja-

rras, santas, livros em pedra e

outras peças de arte sacra.

Page 6: Voz ribatejana 3 agosto 2011

06FAÇA OUVIR A

SUA VOZem www.facebook.com/

vozribatejana

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares

OMelhor e o Pior da Quinzena

Editorial

A crise e a

insegurança

A região a que nos dedicamos tem

vindo a ser assolada, nas últimas

semanas, por uma onda de crimina-

lidade invulgar. Embora os registos

das forças de segurança não refli-

ctam agravamentos exagerados, o

certo é que as situações de pequenos

roubos que geram muito alarme

social, porque são feitas cada vez

mais às claras e sem qualquer sinal

de receio, crescem a olhos vistos.

São os assaltos por esticão que se

multiplicam, grupos de indivíduos

que circulam e “atacam” onde

encontram pessoas mais debilitadas

ou isoladas e roubos dos mais diver-

sos bens em equipamentos públicos

como caso que relatamos da antiga

Marinha em Vila Franca. Mas há

também cada vez mais casos de

assaltos violentos e à mão-armada a

agências bancárias ou ourivesarias.

Ou conflitos como o tiroteio que, no

sábado, em Arcena, originou um

morto e dois feridos.

Se, por um lado, parece crescer um

certo sentimento de desespero pelas

dificuldades e pela falta de perspec-

tivas e de emprego. Por outro, vai-se

acentuando o sentimento de que vale

tudo e de que muitas destas situ-

ações ficarão para sempre na

impunidade.

Um comerciante da região dizia-nos

há dias: se o Governo não põe mão

nisto e não reforça a segurança onde

é que vamos parar! Tem razão. Mas

é também ao nível do Governo que,

nas muitas exigências de austeridade

que agora se colocam, se equa-

cionam também formas de poupar

nas forças de segurança e nos tri-

bunais e, quiçá, também nos

próprios sistemas prisional e correc-

cional.

Neste clima, com meios cada vez

mais reduzidos e uma justiça

demasiado lenta, não é de estranhar

alguma desmotivação no seio das

próprias forças de segurança. Urge,

por tudo isto, olhar com atenção

redobrada para este tipo de proble-

ma e talvez também escutar os

desafios que têm sido colocados

pela PSP e pela GNR, de que a segu-

rança é cada vez mais uma respon-

sabilidade de todos e de que as insti-

tuições e os cidadãos devem tentar

contribuir para ela, alertando para

situações suspeitas, tomando mais

precauções, denunciando comporta-

mentos irregulares. É do conjunto

do esforço de todos que se pode

fazer uma sociedade mais segura e

com um espírito cívico mais adequa-

do às realidades que enfrentamos.

Jorge Talixa

Inquérito

Impacto das obras do novo

hospital revolta moradores

João Costa, 61 anos,

residente no Largo Júlio

Sabino

Há sempre muito barulho, ás vezes até

depois da meia-noite. Sai muita terra das

obras, não têm respeito pelas pessoas. Há

aqui crianças, gente que trabalha e tem que

dormir. Não quer dizer que seja todas as

noites, mas no dia 21 foi barulho até às 2h00

da madrugada, com as máquinas a par-

tirem pedra ali em cima. Não se pode esten-

der roupa. É difícil mesmo de se aguentar. Deviam regar a terra.

Os assaltos sucedem-sena região, sejam oscasos de roubos poresticão feitos à descara-da em zonas movimen-tadas, sejam os roubosmais discretos feitos pelacalada da noite. Asforças de segurança difi-cilmente conseguemresolvê-los e são cadavez mais comuns oscasos de indivíduos rein-cidentes, que são detidossucessivas vezes e logocolocados em liberdadepelos tribunais

As obras do novo hospital de Vila Franca de Xira, iniciadas em Maio próximo de Povos, estão a gerar protestos de vários moradores vizinhos, inco-

modados pelas ondas de poeira que se levantam e invadem tudo, mas sobretudo pelo facto dos trabalhos e do ruído se terem prolongado, nalguns dias,

pela noite dentro. O Voz Ribatejana ouviu alguns dos afectados, que reclamam mais regas e mais cuidados no transporte de terras e horários de obra

menos alargados.

Tiago Filipe, 28 anos, residente na Praça

Família Hustarte

O maior inconveniente que noto é o pó, que é transportado pelo vento e que

acaba por sujar o prédio todo, por entrar pelos próprios respiradouros. E só se

pode colocar roupa no estendal aí depois das 21h00. A minha mulher tem que

lavar sempre a corda da roupa. Estes apartamentos têm bom isolamento e não

noto o barulho por trabalharem até mais tarde. Mas já tiveram que cá vir reparar

os estores por causa da fuligem acumulada. Deviam regar mais as zonas de obra

e assumir uma limpeza geral dos prédios no fim das obras. As paredes estão

cobertas de pó. O patamar da casa está completamente cheio deste pó amarelo,

as caixas de correio, as janelas, as portas. Está tudo cheio deste pó.

Um projecto dinamizado pela associaçãoAnimar dá o exemplo e ajuda algumas dezenas

de pessoas e criarem as bases para desen-volverem o seu próprio negócio. Numa épocaem que as alternativas escasseiam e o desem-

prego aumenta, apoios deste tipo podem serdecisivos para dar um rumo melhor a muitas

famílias

TODOS COM VOZ

Patrícia Lavareda, 29 anos, residente do

Largo Júlio Sabino

Na semana passada estiveram a trabalhar até à uma e pouco da manhã.

Contactei a PSP e perguntei se podiam estar a fazer barulho àquela hora.

O senhor disse-me que não sabia se tinham alguma licença especial. Se

têm foi a Câmara que passou. Não tenho nada contra o hospital, se é para

melhorar a vida das pessoas tudo bem, tenho é contra não respeitarem as

pessoas. Escrevi também um e-mail à Câmara, que me disseram que ia ser

reencaminhado para o vereador Rui Rei. Também disse que os camiões

transportam a terra sem nenhuma protecção. A mim incomoda-me mais o

barulho, mas também há o pó.

A partir dessa altura têm

feito barulho normalmente

só até às 20h00, o que me

dá a entender que foram

esticando e, se ninguém se

queixasse, desconfio que

iam começar a fazer turnos.

É uma obra pública, se nós

temos que cumprir as

regras, eles também. Há

horas para tudo. Tenho uma

filha pequena e o barulho

tornava-se ensurdecedor.

Também houve obras aqui

para o Recheio e quase que

não se dava por nada.

Page 7: Voz ribatejana 3 agosto 2011

07

Povos

EDITAL Nº 371/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA

CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos

Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao abrigo das competências delegadas

pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o dispos-

to na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro,

alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação

nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- Foi tomada a decisão final de proceder à desocupação/despejo administrativo

da habitação municipal sita no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, Lote 5,

3º B, 2625 Póvoa de Santa Iria.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- O arrendatário da fracção faleceu em 22 de Setembro de 2008, e residia so-

zinho na fracção pelo menos há mais de um ano a contar da data do óbito, pelo

que o arrendamento não é transmissível.

- Não foi apresentada qualquer pronúncia escrita que pudesse alterar o sentido

provável da decisão.

Mais ficam os eventuais ocupantes e demais interessados notificados de que

dispõem de um prazo de 60 dias para desocupar a referida fracção e

devolverem as chaves, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que

lhes é facultado será imediatamente efectuado o despejo, com recurso à autori-

dade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os

quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser

levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente

notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do

Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi-

xados nos locais de costume e publicados nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de

Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 5 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Um tiroteio ao que tudo indica originado por uma discussão entre famílias de origem indiana

e de etnia cigana, originou, ao princípio da noite do passado sábado, a morte de um imigrante

indiano de 40 anos e ferimentos graves em mais duas pessoas da mesma família. O presumí-

vel autor dos disparos foi presente ao tribunal de Vila Franca de Xira na segunda-feira e vai

aguardar julgamento em prisão preventiva. Os feridos, com 24 e 48 anos, estão internados

nos hospitais de Vila Franca e de São José livres de perigo.

Aconteceu tudo por volta das 19h30 e, segundo algumas testemunhas, o desentendimento

terá surgido porque uma criança de etnia cigana terá urinado junto à porta de uma garagem

da família indiana. O dono do espaço terá confrontado o pai da criança com o sucedido e

gerou-se o conflito. Da discussão aos tiros foram poucos minutos, gerando o pânico entre

alguns moradores da Rua Diamantino de Sousa Barros. O presumível autor dos disparos foi

detido pela PSP, que reforçou a vigilância do bairro de Arcena com efectivos da Esquadra de

Intervenção Rápida. No local estiveram também inspectores da Polícia Judiciária, que vão

desenvolver a investigação.

Utentes protestam com corte

da linha

O descontentamento pela entrada em vigor das novas

tarifas dos transportes levou à realização, na segunda-

feira, de várias acções de protesto. Na estação fer-

roviária da Póvoa de Santa Iria, um grupo de utentes

colocou-se à frente de um comboio, impedindo assim a

circulação na Linha da Azambuja. Segurando tarjas

com a inscrição

“O aumento dos transportes é um roubo”, os manifes-

tantes permaneceram no local durante cerca de meia

hora e a circulação foi retomada perto das 9h30, depois

dos manifestantes terem desmobilizado voluntaria-

mente.

Arcena

Obras do hospital

geram queixas

As obras do novo hospital de Vila Franca de Xira seguem a bom ritmo na encosta sobran-

ceira ao Centro Equestre da Lezíria, em Povos. Boa parte do terreno já está moldado, mas

a obra é bastante complexa, pelas características do local. Na sequência das reclamações

de vários moradores da zona mais próxima, o Voz Ribatejana tentou obter esclarecimen-

tos e respostas do consórcio construtor, liderado pela Somague, e da Câmara de Vila

Franca de Xira, mas até ao fecho desta edição não tivemos resposta. Percebe-se, todavia,

que a maquinaria envolvida gera, necessariamente, problemas de ruído, pelo que devem

ser evitados trabalhos em horário nocturno. Nos últimos dias mais quentes percebeu-se

que já eram mais frequentes as acções de rega, para evitar a maior libertação de poeiras.

Curioso foi verificar que muitos dos camiões envolvidos não cobrem as cargas de terra e

que um deles até o fez já só à beira da Nacional 1.

Tiroteio faz um

morto e dois

feridos graves

Jorge Dias "Belas instalações parao futuro hospital de Vila

Franca... Será queninguém consegue ver

isso????????"

MónicaSilva Costa

“Que vergonha aonde anda a policia”

Maria Rodrigues "O que querem um espaço daquela dimensão

votado ao abandono, cada um puxa para seu ladoe ninguém quer resolver a situação, até fogem dearranjar soluções. Mas qualquer dia aparece aí

um esperto e fica resolvido. É assim"

A propósito dos

assaltos na

antiga Marinha

Page 8: Voz ribatejana 3 agosto 2011

08

SOCIEDADE

voz ribatejana #18

A recente demolição do que restava da

capela setecentista de Nosso Senhor

Jesus Crucificado, à beira da Nacional

10, entre Alverca e a Verdelha, suscitou

algumas críticas. O edifício, bastante

degradado, tinha alguma importância

histórica mas, como o Patriarcado de

Lisboa, considerou que não teria

importância patrimonial, foi agora

demolido para um arranjo urbanístico

da zona. A ideia de construir uma nova

capela, um pouco mais a sul, já na

Verdelha, está entretanto dependente

da confirmação do envolvimento

financeiro de dois empresários locais.

Os vestígios da demolição e de algu-

mas das cantarias dos pórticos da

Capela de Nosso Senhor Jesus

Crucificado estão ainda visíveis junto à

rotunda sul de Alverca. Afonso Costa,

presidente da Junta alverquense, disse,

ao Voz Ribatejana, que o edifício

serviu como capela, mas, depois da

implantação da República, passou a

servir de celeiro. “Foi um processo

longo em que houve alguma troca de

correspondência com o Patriarcado de

Lisboa, ainda no tempo do padre José

Maria. O Patriarcado achou que não

havia interesse patrimonial e ficou

assente que aquela capela seria demol-

ida e seria construída outra, mais

pequena, na Verdelha”, explicou o

autarca do PS, referindo que esta

demolição foi feita agora por questões

de segurança e porque vai avançar no

próximo ano o arranjo urbanístico

daquele espaço nobre da entrada sul da

cidade. Garante Afonso Costa que os

azulejos já anteriormente retirados (há

7/8 anos) foram devidamente guarda-

dos na Quinta do Palácio do

Sobralinho e que todos os pórticos e

pedras do edifício da capela agora der-

rubados também serão guardados no

Sobralinho. “Até o antigo pórtico de

entrada, em madeira toda grampeada a

ferro, está guardado no nosso

cemitério”, acrescenta, frisando que se

considerou importante guardar esta

memória da capela.

Entretanto, a ideia de construir uma

nova capela na Verdelha não tem

avançado. “Dois empresários da zona

propuseram-se construir essa capela.

Mas, com o passar do tempo e com as

dificuldades que surgiram, isso está um

pouco parado”, admite, explicando

que, de qualquer forma, a ideia da nova

capela mantém-se e até poderão ser

usados aí alguns dos elementos retira-

dos do antigo templo.

Jorge Talixa

Segundo os registos históricos existentes, a Capela deNosso Senhor Jesus Cristo Crucificado terá sido con-struída por volta de 1750, numa grande quinta quechegou a ser propriedade dos Padres de São Paulo doConvento do Santíssimo Sacramento de Lisboa.Já em 1758, o padre Manuel Henriques escreviasobre alegados milagres feitos pela imagem de NossoSenhor Jesus Cristo Crucificado da capela da Quintada Verdelha. Em 1834, o 1º. Conde de Farrobo erarendeiro da Quinta da Verdelha e, com a extinção dasordens religiosas decidida nesse ano pelos respon-

sáveis do reino, a quinta passou definitivamente paraa sua posse. Ali, o conde Joaquim Pedro Quintela,figura muito destacada do reino, fundou uma fábricade produtos químicos (a primeira em Portugal) emandou edificar uma casa de campo a o lado dacapela já existente. A casa apalaçada foi muitas vezesvisitada pelo Rei D. Carlos e pela família real, queassistiram a missas rezadas na capela. Todos os anosse realizavam, também, festejos em honra de NossoSenhor Jesus Cristo Crucificado.Em 1910, com a implantação da República, a capelafoi encerrada ao culto, as imagens foram arrumadasnuma arrecadação e acabaram por desaparecer. Aimagem de Jesus Crucificado foi para a Igreja deAlverca. Progressivamente, a capela foi despojada daspedras que a ornavam e reduzida à condição deceleiro.

Com alguma regularidade moradores da urban-

ização da Malva Rosa (Alverca) apresentam

problemas nas sessões camarárias. Na quarta-

feira, na reunião realizada no salão do agrupa-

mento de Alverca do Corpo Nacional de

Escutas, Marina Silva lembrou que expôs várias

questões à Câmara já em Fevereiro e nunca teve

resposta.

A munícipe cita os casos dos ecopontos fre-

quentemente sobrelotados de lixo, os restos de

resíduos que acabam por ficar espalhados pela

urbanização, os sumidouros “completamente

entupidos”, os sinais a obstruírem passeios e

uma série de questões por resolver nos espaços

públicos da Malva Rosa.

Alberto Mesquita, vice-presidente da Câmara

com responsabilidades no urbanismo, afiançou

que a autarquia tem vindo a acompanhar a situ-

ação “procurando encontrar soluções e que a

urbanização se conclua o mais rapidamente

possível”. O edil explicou que há várias situ-

ações que são da responsabilidade do promotor

e que há, ainda, vários lotes por construir e

questões por resolver como a do parque infan-

til. “Temos vindo a acompanhar junto do pro-

motor, porque é ele que ainda tem a respons-

abilidade de resolver, tentamos que as resolva.

Algumas coisas estão a ser feitas, ainda muito

devagarinho para a rapidez que gostaríamos”,

observou, salientando que continua a pensar

que a Malva Rosa é uma urbanização de quali-

dade.

“No seu todo é uma boa urbanização”, afirmou,

reconhecendo, no entanto, que recebe quase

diariamente e-mails de moradores que apontam

questões ainda por resolver. “Apesar da nossa

insistência e fiscalização, ainda não con-

seguimos encontrar uma forma satisfatória.

Vamos continuar a insistir junto do urbanizador

para resolver as questões que são da sua respon-

sabilidade”, prometeu.

Marina Silva quis saber se há alguma garantia

que possa ser accionada para resolver algumas

situações e vincou que gostava de ver as artérias

da urbanização mais limpas. Maria da Luz

Rosinha admitiu que a recolha do lixo é uma

responsabilidade do Município e assegurou que

tem havido um esforço de pressão junto do

urbanizador, mas que algumas medidas têm

demorado.

J.T.

Demolição de capela

setecentista gera críticas

Alverca

Moradores querem problemas resolvidos na Malva Rosa

A história

Pórtico que nos últimos dias ainda se

encontrava no local da demolição

Page 9: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Fuga à pressaO saco desportivo que osassaltantes abandonaram nomeio da ourivesaria quandose sentiram ameaçados peloaparecimento de algunstranseuntes nas proximidadesdo estabelecimento

09

estão abertas as

inscrições para a 4.ª Pedalada

pelo Ambiente, organizada pelo

Município de Vila Franca de Xira e pelas

juntas de freguesia do concelho, no próximo

dia 18 de Setembro. A iniciativa pretende

fomentar práticas ambientais sustentáveis e

saudáveis e terá um percurso entre a

estação de Castanheira do Ribatejo e a

Póvoa de Santa Iria, numa distân-

cia de 21 quilómetros.

3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

A ourivesaria e óptica Suiça,

situada no centro da vila de

Alhandra, na Rua João de Deus,

foi assaltada, na sexta-feira, por

três indivíduos armados, dois

dos quais actuaram encapuza-

dos. Os assaltantes acabaram por

fugir a meio do assalto, quando

desconfiaram que alguns transe-

untes estariam a alertar a PSP.

No meio do estabelecimento,

onde partiram montras e exposi-

tores, deixaram um saco

desportivo que se destinaria pre-

sumivelmente a encher com

objectos roubados. Segundo o

proprietário levaram ainda

objectos em ouro de valor inde-

terminado, de uma loja que no

passado dia 20 de Junho sofrera

outro assalto e que nos últimos

anos já foi roubada cinco vezes.

O dono da ourivesaria Suiça

confessa já alguma desmoti-

vação e acha que, no estado

em que o País está, a

segurança tem

que ser reforça-

da, porque se

não a crimi-

nalidade vai

continuar a

aumentar.

No meio da

loja, o Voz

R i b a t e j a n a

e n c o n t r o u ,

ainda, o saco

abandonado pelos

assaltantes e muitos vidros

partidos. Poucos minutos depois

chegou uma equipa de especial-

istas da Polícia Judiciária, que

fez recolha de vestígios. Os

assaltantes fugiram num carro

cinzento, presumivelmente rou-

bado e ainda não foram localiza-

dos.

Certo é que, segundo relataram

as testemunhas ao Voz

Ribatejana, o assalto deu-se

cerca das 11h50. Dois indivídu-

os encapuzados entraram na

loja, depois de terem circulado

várias vezes na Rua João de

Deus com um carro cinzento.

Um terceiro ficou ao volante da

viatura e, quando viu um transe-

unte pegar no telemóvel, receou

que ligasse para a polícia e man-

dou-o calar-se, apontando-lhe

uma arma.

Alfredo Carvalho reside há 52

anos em Alhandra, 38 dos quais

na mesma rua da ourivesaria e já

assistiu a muita coisa. Pelas suas

contas serão já 5 assaltos ou ten-

tativas de assalto nos últimos

anos.

Desta vez ouviu a senhora que

trabalha na ourivesaria a gritar e

desconfiou que se trataria de um

novo assalto. Ainda viu um

amigo ao fundo do passeio e

percebeu que esse vizinha pega-

va no telemóvel, soube depois

que para falar com a esposa.

Mas o assaltante que estava ao

volante, de origem africana e

rosto descoberto, desconfiou de

uma ligação para a PSP e man-

dou-o calar-se e desligar o

telemóvel. Ao mesmo tempo, os

outros membros do trio, recean-

do a chegada da polícia e o

aparecimento de mais pessoas

deixaram o assalto a meio e

resolveram fugir.

“Fugiram porque sentiram muito

movimento na rua. Um

deles apontou

primeiro a G3 ao

meu amigo

Borges e,

d e p o i s ,

a p o n t o u -

me a

m i m ” ,

r e c o r d a

A l f r e d o

C a r v a l h o ,

func ioná r io

público aposenta-

do, já com várias

histórias de assaltos nesta

área da vila, incluindo uma em

que as montras foram partidas e

os assaltantes chegaram a deixar

gargantilhas espalhadas pelo

passeio.

A segurança é cada vez mais

uma preocupação, não só em

Alhandra como em toda a

região. Alfredo Carvalho acha

que, com a criação da esquadra

da PSP na freguesia, a população

“está um bocadinho melhor, mas

pouco”, sobretudo porque a pre-

sença policial nas ruas é muito

escassa e, especialmente à noite,

“não se vê polícia na rua”.

Tendo em conta a evolução da

situação do País e a degradação

da realidade social, Alfredo

Carvalho entende que as coisas,

ao nível da criminalidade, estão

cada vez mais “complicadas” e

“têm tendência para piorar”.

Detidos em JunhoJá no dia 20, a Ourivesaria Suissa foi assaltada por dois

indivíduos que levaram objectos em ouro avaliados emcerca de 7500 euros. Ameaçaram o dono com uma arma e

um ferro, mas um deles acabou por ferir o outro numamão ao disparar sobre os vidros de uma montra.

Acabaram por ser detectados e detidos pela PSP na zonada estação ferroviária de Alhandra. Os objectos roubadosforam recuperados, mas estão ainda à ordem do tribunal.

Ourivesaria assaltada duas

vezes em cinco semanas

Alhandra

Em Junho, os dois assaltantes levaram objectos avaliados em

7500 euros e foram capturados poucos minutos depois pela

PSP. Na sexta-feira uma ourivesaria de Alhandra voltou a ser

assaltada, desta vez por três indivíduos, dois deles encapuza-

dos e um munido de G3.

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CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL

Alfredo Carvalho

Page 10: Voz ribatejana 3 agosto 2011

10

voz ribatejana #18

Jorge Talixa

O executivo camarário de

Vila Franca de Xira decidiu

suspender as obras de

remodelação das escolas

básicas dos 2º. e 3º. Ciclo

Pedro Jacques de

M a g a l h ã e s

(Alverca) e Vasco

Moniz (Vila

Franca), porque o

Ministério da

Educação já lhe

deve 4 milhões de

euros e não dá

garantias de trans-

ferir essas verbas

nos próximos

meses. A autarquia

assinou contratos-

programa com a

Direcção Regional

de Educação de

Lisboa e Vale do

Tejo (DRELVT)

em que se assume

como dona das

obras e lança as

e m p r e i t a d a s ,

pagando aos

empreiteiros e

recebendo depois

as respectivas ver-

bas da tutela da

Educação. Só que

o atraso do

Ministério da Educação já

atingiu os 4 milhões de

euros e a Câmara de Vila

Franca acha que não deve

avançar para novas fases

destas obras sem receber os

valores atrasados.

Maria da Luz Rosinha,

presidente do Município,

explicou isso mesmo na

reunião camarária de quar-

ta-feira, referindo que tem

feito contactos diários com

o gabinete do secretário de

Estado da Administração

Educativa mas que, embora

as verbas estejam devida-

mente orçamentadas, ainda

não conseguiu nenhuma

informação sobre prazos

para a sua transferência.

Segundo a autarca do PS,

independentemente da

existência do contrato-pro-

grama, todas as despesas

deste género carecem do

aval do ministro das

Finanças. “Ainda não con-

segui nenhuma informação

que me descanse. E se

avançássemos com obras

de mais 2 milhões de euros

sem perceber quando

vamos receber estes 4 mil-

hões, estaríamos a

descapitalizar a

Câmara”, observou

Maria da Luz Rosinha,

considerando que se

deve aguardar pelo

pagamento dos 4 mi-

lhões antes de lançar o

resto das obras e

frisando que esta

opção não vai levantar

problemas à abertura

do novo ano lectivo

em Setembro.

Já o vereador comu-

nista Nuno Libório

lembrou que a CDU

sempre tem contestado

a opção da maioria PS

por realizar obras da

competência da

administração central,

não concretizando out-

ras da sua competência

directa. E acusou

Maria da Luz Rosinha

de ter “guardado” esta

denúncia para depois

da tomada de posse do

Governo PSD, quando

já poderia ter divulgado o

problema na campanha

para as legislativas e nas

visitas da ministra da

Educação cessante ao con-

celho. “A Câmara não se

pode substituir à adminis-

tração central. Recordo a

resolução do último con-

gresso da Associação

Nacional de Municípios. A

CDU tinha razão, é pena

que tenha esperado a

chegada de um Governo do

PSD para agora se

queixar”, criticou Nuno

Libório. Maria da Luz

Rosinha acusou Nuno

Libório de ter uma posição

demagógica, afirmando

que muitos municípios de

maioria CDU têm uma ati-

tude semelhante à da

Câmara de Vila Franca e

vincou que o concelho tem

ganho muitos equipamen-

tos com esta opção da

gestão PS, afiançando que

agirá para com o Governo

do PSD como sempre fez

com os governos do PS.

“Como desconheço aquilo

que são as disponibilidades

da administração central,

parece-me mais acertado

ter algumas garantias de

que nos vão avançar com o

pagamento destas verbas”,

concluiu a presidente da

Câmara. O Voz Ribatejana

procurou mais esclareci-

mentos junto do gabinete

do ministro da Educação,

mas ainda não teve respos-

ta.

Afonso Costaaborda questões

das escolasO presidente da Junta de Alverca

colocou várias questões ao executivocamarário sobre o parque escolar dafreguesia. O eleito do PS quis saberqual é o ponto da situação do proje-

cto de construção de um novojardim-de-infância no Bom Sucesso

e da intenção de construir umpolidesportivo na Escola Pedro

Jacques de Magalhães. Maria da Luz Rosinha esclareceu

que a obra do jardim-de-infância doBom Sucesso está para ser adjudica-da em breve. No que diz respeito aopolidesportivo, a edil adiantou que

será um espaço desportivo descobertoe sem bancadas, cuja construção está

a ser considerada para um futuropróximo.

Patrício Miguel participou no período de

intervenção do público, questionando a

Câmara sobre os problemas verificados na

recolha do lixo. O munícipe, que é também

membro do executivo da junta, frisou que

“houve um período em que a recolha era

mais espaçada. Parece-me que ultimamente

tem melhorado, mas não deixo de colocar a

questão”, vincou.

Maria da Luz Rosinha observou que a

Câmara abriu, recentemente, um concurso

público para adjudicar a uma empresa espe-

cializada o trabalho de recolha do lixo em

duas das freguesias do sul do concelho.

Assim, poderemos com os nossos serviços dar

melhor resposta à recolha de resíduos sólidos

urbanos”, prosseguiu a edil, frisando que

toda a gente sabe que de sábado para domin-

go não há recolha de lixo, mas que muitos

munícipes “não evitam pôr lixo na rua” nessa

altura, gerando acumulações. “Os traba-

lhadores municipais também têm direito a

descanso e só descansam de sábado para

domingo, recolhem de sexta para sábado.

Mas se dermos uma volta, no domingo à noite

já está todo o lixo na rua”, lamentou a presi-

dente da Câmara, considerando que há país-

es em que o lixo só é recolhido duas ou três

vezes por semana e “não se vê tanto lixo na

rua”.

O problema já fora colocado em recente

reunião camarária por vereadores da CDU.

Francisco Vale Antunes, vereador com o

pelouro da higiene e limpeza, disse, então,

que um acidente grave com uma funcionária

do serviço fez com que se suspendesse a práti-

ca dos trabalhadores da recolha de lixo via-

jarem em pé nos estribos dos camiões. Essa

opção tornou todo o serviço mais lento e foi

posteriormente revista com algumas melho-

rias nas condições em que esses funcionários

viajam na parte de trás dos camiões.

Ultimamente, referiu, já foi possível retomar

um ritmo semelhante ao anterior.

J.T.

Dívida leva Vila Franca

a parar obras em escolasO Ministério da Educação já deve cerca de 4 milhões de euros à Câmara de Vila Franca por obras que esta tem realizado. Sem garantias de pagamento atempado, a autarquia prefere não

avançar para novos trabalhos.

Taxa de

saneamento

gera dúvidas

Patrício Miguel referiu-se, também, à

alegada falta de informação aos

munícipes sobre a cobrança da taxa de

saneamento nas facturas da água. “Devia

haver um melhor esclarecimento dos

munícipes sobre o porquê de uma taxa

tão elevada. Segundo consta esse paga-

mento é só para o tratamento das águas o

que, a ser verdade, menos compreensível

é”, afirmou.

Maria da Luz Rosinha sustentou que,

mesmo assim, a taxa cobrada pela autar-

quia não chega para a totalidade dos val-

ores que o Município tem que pagar à

Simtejo pelo tratamento dos efluentes

domésticos. Depois, segundo a edil,

durante algum tempo foram emitidas fac-

turas pelos SMAS em que os valores

saiam errados. “Havia acumulações que

depois eram corrigidas, mas tinha alguma

dificuldade para perceber os créditos e os

débitos. Esse assunto está ultrapassado”,

garantiu, admitindo que há situações de

pessoas que consomem menos de 5 met-

ros cúbicos de água por mês e que, por

isso, têm um benefício e só pagam

metade do preço. “Como a taxa é reporta-

da ao número de metros e não ao valor,

pode haver uma discrepância”, acrescen-

tou.

Falhas na recolha de lixo

Educação

deve 4

milhões de

euros

Page 11: Voz ribatejana 3 agosto 2011

As voltas e reviravoltas

do trânsito na Pedro Victor

Volta não volta e o trânsito na Avenida Pedro Victor de Vila

Franca de Xira muda de sentido. Primeiro, devido às

obras da Serpa Pinto, estava quase sempre condiciona-

do, depois, com as obras da 1º. de Dezembro passou

a ter o sentido poente-nascente, mas antes do Colete

Encarnado reabriu a 1º. de Dezembro e voltou a sen-

tido contrário. Poucos dias depois recomeçaram as

obras na 1º. de Dezembro e mudou outra vez. Os

automobilistas que ali passam frequentemente é

que já andam

com a cabeça à

roda com tanta

mudança e a

PSP, ali instal-

ada, lá vai

orientando os

condutores

como pode.

11

3 de Agosto de 2011

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Jangada vandalizada em

menos de 15 dias

A Jangada Cultural que a Câmara de Vila

Franca de Xira decidiu incluir no projecto de

reabilitação da frente ribeirinha da sede de

concelho e que deverá servir para realizar

espectáculos em diversos pontos da margem

do Tejo foi, desde logo, um investimento

controverso. Alguns não concordam com os

220 mil euros gastos no equipamento, que foi

inaugurado em vésperas do Colete

Encarnado. Mas o que ninguém esperava era

que a Jangada Cultural fosse tão rapidamente

alvo da falta de civismo de alguns. Então não

é que poucos dias depois da inauguração a

Jangada Cultural foi completamente salpica-

da com lodo do Tejo. O pequeno barco que

lhe dá apoio parece ter servido para carregar

uma boa quantidade de lama que depois foi

atirada à jangada. É caso para dizer: melhor

seria se esta capacidade de iniciativa fosse

usada para fazer algo construtivo.

Passagem

com vista

para a

velha

fábrica

Os prazos para utilização

das verbas do Polis XXI

aprovadas para a requalifi-

cação da frente ribeirinha de

Vila Franca são apertados e expiram já em Setembro. Por isso, a Câmara tem procurado

acelerar as obras, incluindo a da passagem superior pedonal que vai sair da zona da anti-

ga lota (Avenida Pedro Victor) e ligar à zona do cais. Os trabalhos seguem a bom ritmo,

mas quase colados à antiga fábrica do arroz que, ao que tudo indica, um destes dias será

parcialmente demolida e completamente transformada num edifício habitacional e comer-

cial. Ali deverá, também, nascer a nova biblioteca vila-franquense. E a pergunta é: como é

que toda essa intervenção se fará na antiga fábrica, com uma nova passagem metálica ali

colada. A Câmara de Vila Franca de Xira garante-nos que está tudo previsto!?

O mistério do sofá andante

As cargas e descargas são, muitas vezes, uma dor de cabeça em zonas urbanas. Noutros casos,

para os que resolvem mudar a mobília, é sempre complicado encontrar destino para os materi-

ais usados. Mas o Olho Vivo foi, há

dias, surpreendido com o mis-

tério deste sofá pendurado na

berma da rua que liga a

Quinta do Bulhão e a Escola

Alves Redol ao Bairro de

Santa Sofia, em Vila Franca.

Os palpites foram muitos,

desde os que falaram num

sofá público numa zona onde

escasseiam áreas de lazer, até

aos que sugerem que pode ter

caído de algum carro de

mudanças. Certo é que o mis-

tério ainda não está esclareci-

do.

Contentores

rolantes em

Alverca

Em Alverca, o problema é diferente. Alguém

inventou a nova modalidade dos “contentores

rolantes” e quem pagou foram os que esta-

cionaram nas proximidades da bateria de con-

tentores do Choupal. O vento não perdoa, os con-

tentores resolveram dar uma volta e os estragos são bem visíveis. Resta saber se os serviços

camarários vão compensar os prejuízos e se já tomaram medidas para que a situação não se

repita.

Sindicalizados são punidos

nos concursos!?

A surpresa surgiu em recente reunião da Câmara de Vila Franca de Xira, com o vereador

Bernardino Lima a estranhar os dados que constavam de um concurso autárquico e a questionar

por que é que a candidatos não sindicaliza-

dos é exigido um período experimental de

120 dias e a sindicalizados esse tempo

experimental aumenta para 180 dias.

“Isto para mim é uma surpresa”, vincou.

A directora do Departamento de

Administração Geral garantiu que é o que

está na Lei. “Não sei se isso não estará

errado, porque não faz sentido nenhum”,

sustentou Maria da Luz Rosinha. Mas a

vereadora Conceição Santos reafirmou

que é isso que está na legislação. É caso

para dizer que quem redigiu a Lei não

gosta mesmo de sindicatos.

Os SERÕES DE VERÃO organizados pelo

Município e pelas juntas do concelho de

Benavente prosseguem sexta-feira à noite

no Bairro da Esteveira com um arraial

popular animado por Jorge Paulo e

Susana. Na noite de 27 de Agosto o serão

será nos Arados (Largo da Igreja) com um

arraial animados pelos “Sons da Noite”.

Page 12: Voz ribatejana 3 agosto 2011

12

voz ribatejana #18

A Câmara de Benavente defendeu,

perante a Direcção de Estradas de

Santarém, a necessidade de alterar o

planeamento das obras que decorrem

há meses na Nacional 118 (EN 118),

de modo a reduzir os obstáculos à cir-

culação, sobretudo nos períodos da

colheita do tomate. A proposta da

autarquia tem em conta que, segundo a

IDAL (indústria transformadora de

tomate), a primeira fase de recepção

deverá ter início nos primeiros dais de

Agosto. O Voz Ribatejana procurou

esclarecimentos da Estradas de

Portugal sobre esta matéria nas últi-

mas semanas, mas ainda não teve

resposta.

O problema da demora das obras que

decorrem em dois pontos da EN 118 já

foi abordado na sessão de Junho da

Assembleia Municipal de Benavente e

na própria assembleia intermunicipal

da Lezíria do Tejo. Na primeira,

Margarida Netto, eleita do CDS-PP,

referiu mesmo que o concelho de

Benavente mais parecia estar transfor-

mado numa ilha tal o tempo de espera

a que os automobilistas eram sujeitos

devidos às obras em curso na Recta do

Cabo, na ponte da Várzea (entre

Samora e Benavente) e na ponta da

Vala nova (entre Benavente e

Salvaterra).

Na oportunidade, Nelson Silva Lopes,

eleito da CDU, apresentou uma moção

que solicita a “minimização das con-

sequências e dos constrangimentos na

circulação viária”, salientando que as

obras têm prazo de execução que se

prolongam até Outubro e que é possí-

vel reformular os planos de obra de

modo a minimizar os impactos nega-

tivos junto de milhares de pessoas e de

agentes económicos. Nas semanas

seguintes notou-se alguma melhoria

das condições de passagem na zona de

obra da Vala Nova mas, em contrapon-

to, é agora mais difícil e demorado

passar na ponte da várzea.

A Câmara de Benavente defende que

na ponte da várzea a circulação seja

permitida (condicionada) nos dois

sentidos entre 1 de Agosto e 8 de

Setembro. E que, na Vala Nova se

mantenha nos dois sentidos, igual-

mente condicionada, entre o início de

Agosto e 28 de Setembro.

É que, segundo a autarquia, a IDAL

informou que, este ano, devido ás

condições climatéricas, houve dois

períodos de plantação de tomate, o

último dos quais em Junho. Isto sig-

nifica que haverá dois períodos de col-

heita e de entrega na fábrica, o

primeiro de 1 de Agosto provavel-

mente até 15 de Setembro e o segundo

estender-se-á provavelmente até 20 de

Outubro.

Sócrates não apoiou Azambuja

Joaquim Ramos, presidente da câmara de Azambuja, admitiu a falta de apoio do governo do PS nos últimos seis anos

do seu mandato, tantos quantos o governo de Sócrates esteve no poder. O autarca falava durante a Assembleia

Municipal sobre o Estado do Município, convocada pelo Bloco de Esquerda, que decorreu em Aveiras de Cima, no

auditório da Casa do Povo local. Durante um discurso de cerca de 20 minutos, Joaquim Ramos falou da obra feita

nos últimos anos, admitindo que o facto do projecto do aeroporto ter passado da Ota para Alcochete, teve impacto

negativo na gestão económica do município.

Joaquim Ramos diz que não tem problemas em apontar o dedo ao governo nessa matéria e lembra que “nos últimos

seis anos, o partido que governou o país, é o mesmo a que eu pertenço, mas devo confessar que ao longo destes últi-

mos nove anos e meio (tempo que Ramos leva de mandato) senti sempre uma grande falta de apoio, permanente, por

parte dos órgãos do poder central, relativamente à administração local, e particularmente à administração do municí-

pio de Azambuja”, referiu Joaquim Ramos que aponta para o futuro do concelho as apostas no turismo, agricultura

e desenvolvimento dos eixos viários como forma de atrair industrias e desenvolver as zonas industriais entre Vila

Nova da Rainha e de Casais da Lagoa e a zona na Estrada Nacional 366 entre Aveiras de Cima e Alcoentre.

MAR

O jornalista azambujense Rodrigo Freixo apresentou na

passada semana o seu primeiro livro. Intitulado “A

queda de um Anjo”, retrata a vida do modelo Renato

Seabra, assassino confesso do cronista Carlos Castro,

morto em Nova Iorque no ano passado. Em entrevista ao

nosso jornal, Rodrigo Freixo destaca que este livro

surgiu de um convite feito

pela editora Caderno, do

Grupo Leya, tendo em conta

as várias reportagens que fez

na cobertura do assassinato

de Carlos Castro.

Segundo o autor, “havia uma

grande curiosidade sobre

tudo o que envolvia os

nomes de Renato Seabra e

Carlos Castro. Acabei por

aceitar o convite e tentar

falar sobre o caso”. Rodrigo

Freixo deu os primeiros pas-

sos no ano de 1995 nos jornais Correio de Azambuja e

Vida Ribatejana. Passou depois pelas rádios Ribatejo,

Ateneu e Lezíria, está hoje ligado ao jornalismo social e

essa foi uma mais-valia para este projecto.

O autor refere, no entanto, que, embora trabalhe nesta

área, assume-se como jornalista. “Foi isso que sempre

quis ser e foi para isso que lutei. O facto de estar mais

dedicado a uma área chamada social não ajudou nem

deixou de ajudar. Acredito que passa muito pela pessoa

e pela sua vontade de realizar um bom trabalho. Poderá

ter ajudado o facto de estar bem informado sobre o

mundo da moda, em que se moviam os intervenientes”,

refere, considerando que “o mais importante foi ter

acompanhado o caso de perto desde o primeiro momen-

to, tanto quanto o facto deste ser um caso único, cujos

detalhes são muito difíceis de

esquecer”.

Trabalhar em Nova York foi

também um desafio aliciante.

O autor ironiza que “tirando a

parte dos 20 graus negativos e

das frequentes tempestades de

neve. Para quem não conhece

a cidade, ou não está tão famil-

iarizado com ela, não é fácil

encontrar o que procuramos,

ainda por cima quando sabe-

mos que temos prazos e tim-

ings para o fazer”. Rodrigo

Freixo salienta as “sessões no tribunal”, até porque

“estava lá tudo o que costumamos ver nos filmes. Enfim,

é sem dúvida aliciante e eleva os níveis de adrenalina ao

máximo andar a percorrer as ruas de Nova Iorque em

busca de informações, notícias, fontes, para enviar para

Portugal o máximo e a melhor informação possível”,

contou o jornalista.

MAR

Depois de alguns assaltos e actos de

vandalismo a estabelecimentos de

restauração na vila de Azambuja, os

protestos dos comerciantes fizeram-

se ouvir bem alto na reunião da

Assembleia Municipal. Manuel

Canha, comerciante do sector da

restauração, foi a voz de outros tan-

tos, já fartos de diversos assaltos e

actos de vandalismos perpetrados,

ao que dizem, por “velhos conheci-

dos das autoridades”. Canha e ou-

tros empresários, queixam-se de

terem sido assaltados. O empresário

viu o seu café vandalizado ao ponto

de lhe levarem a máquina de tabaco.

Noutro café da vila, as queixas são

semelhantes, mas também distúr-

bios e ameaças fazem parte do rol

de queixas entretanto apresentadas

à GNR, mas sem resultado

aparente.

A falta de efectivos e de meios de

patrulhamento da Guarda Nacional

Republicana, levou, na sequência

também dos protestos mais aguerri-

dos dos comerciantes, a que Luís de

Sousa, vice-presidente da Câmara

de Azambuja com o pelouro da

segurança, pedisse uma reunião

urgente ao Destacamento de

Alenquer. Conscientes da necessi-

dade de pressionar as autoridades

alguns dos comerciantes reuniram e

ameaçaram fazer um protesto sim-

bólico. Manuel Canha salienta que

os empresários estão prontos para

colocar nas montras panos pretos

como sinal de protesto pela falta de

segurança. Todavia, aos microfones

da Rádio Ribatejo, deram uma sem-

ana às autoridades para resolver o

assunto. O posto de Azambuja con-

seguiu assegurar quatro novos sol-

dados que, embora em estágio,

serão uma mais-valia para a segu-

rança.

Luís de Sousa garantiu que a

reunião com o destacamento trouxe

frutos e que os novos elementos

serão um reforço importante,

referindo ter confiança nas garan-

tias dadas pelo comandante do

Destacamento de Alenquer. Para

Agosto está agendada uma reunião

entre este grupo de comerciantes e a

Câmara Municipal de Azambuja,

para novo ponto da situação.

Miguel António Rodrigues

Benavente

quer menos

“obstáculos”

na 118

REGIONAL

Azambuja

Comércio quer mais segurança

Rodrigo Freixo lança livro sobre crime

de Nova York

Page 13: Voz ribatejana 3 agosto 2011

13

3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

Cerca de 3000 habitantes do

Município ribatejano de

Benavente subscreveram um

abaixo-assinado entregue, na

semana passada, no gabinete

do ministro da Saúde, exigindo

a resolução de um conjunto de

problemas que afectam os

serviços de saúde locais. A

ministra Ana Jorge chegou a

prometer, no final do ano pas-

sado, o reforço do número de

médicos colocados no conce-

lho (cerca de 30 mil habi-

tantes), mas a medida não

chegou a cumprir-se.

Entretanto, os utentes do

município de Benavente vêem-

se, desde o início de Julho,

confrontados com outro pro-

blema, porque as consultas de

especialidade prestadas na

Misericórdia local deixaram de

ser comparticipadas pela

Administração Regional de

Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

(ARSLVT), ao contrário do

que sucede com os residentes

nos concelhos vizinhos.

O abaixo-assinado lançado

pela Comissão de Utentes do

Concelho de Benavente

(CUCB) reclama a regulariza-

ção do funcionamento do

Serviço de Atendimento

Permanente (SAP), o reforço

do número de médicos no

Centro de Saúde de Benavente

e a reabertura das extensões de

saúde do Porto Alto, Santo

Estêvão e Biscainho/Foros da

Charneca, encerradas por falta

de médicos.

No caso do SAP, que funciona

no âmbito de um protocolo

entre a Misericórdia de

Benavente e a ARSLVT, têm

surgido, nos últimos meses,

muitos problemas de falta de

médicos nos horários à respon-

sabilidade da ARSLVT, que

contratou esses profissionais

com uma empresa de prestação

de serviços médicos.

A CUCB foi, entretanto, rece-

bida, nas últimas semanas,

pelos grupos parlamentares do

CDS-PP, do Bloco de Esquerda

e do PCP. A Comissão mostra-

se igualmente preocupada com

outro problema que se revelou

no início de Julho, altura em

que as consultas de especiali-

dade dadas na Misericórdia de

Benavente deixaram de ser

comparticipadas pela ARS,

passando os utentes a ser

encaminhados pelos centros de

saúde para o Hospital

Reynaldo dos Santos de Vila

Franca. Frisando que o mesmo

não acontece com os utentes

dos vizinhos municípios de

Salvaterra e de Coruche, a

CUCB interroga-se se a dis-

tinção terá a ver com a recente

entrega do Reynaldo dos

Santos a um consórcio privado

liderado pelo Grupo Mello –

Benavente integra a área de

influência do hospital de Vila

Franca e Coruche e Salvaterra

estão na área do hospital de

Santarém.

“Os benaventenses, cujos

antepassados, com dádivas e

esforço, conseguiram edificar

um hospital e manter um con-

junto de serviços comple-

mentares, não podem benefi-

ciar das comparticipações, mas

utentes de concelhos vizinhos

beneficiam”, critica a CUCB,

que perante a falta de respostas

ao pedido de audiência que fez

ao presidente da ARSLVT

resolveu dar também conheci-

mento da situação ao novo

secretário de Estado da Saúde.

Sublinha a Comissão na sua

missiva que esta é uma situ-

ação “aberrante”, porque “os

utentes de Benavente estão

excluídos pela ARSLVT de

usufruírem, de um bem que

souberam construir ao longo

de gerações”. E solicita ao

governante e à ARSLVT que

honrem o protocolo celebrado

em Março entre esta

Administração Regional de

Saúde e a Santa Casa da

Misericórdia de Benavente,

“permitindo aos médicos do

Serviço Nacional de Saúde

encaminharem os benaven-

tenses doentes para usufruírem

dos serviços instalados na sua

SCMB”.

A CUCB diz que a população

de Benavente está revolta-

da com a actual situação,

porque, não havendo

em serviços públicos

de saúde de

Benavente serviços e

tratamentos de espe-

cialidade, “os proto-

colos com entidades

privadas devem priori-

tariamente evitar ao máx-

imo as deslocações, perdas

de tempo e aumento de custos

para os utentes”.

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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA

3000 assinam para reclamar

melhor saúde em BenaventeOs problemas de falta de médicos continuam por resolver em

várias unidades de saúde do concelho de Benavente. A decisão

da ARSLVT de deixar de comparticipar consultas de especia-

lidade no Hospital da Misericórdia benaventense é outra pre-

ocupação.

Câmara pede

reunião ao novo

ministro

O problema da comparticipação das consultas de especiali-

dade foi também abordado em sessão da Câmara benaven-

tense, com o vice-presidente Carlos Coutinho a observar que

“a Santa Casa da Misericórdia assinou um protocolo com a

ARS para prestar um serviço de atendimento e consultas em

algumas especialidades aos nossos munícipes e aos

munícipes dos concelhos vizinhos. Só que os moradores de

Salvaterra e de Coruche podem usufruir das consultas da

especialidade na Misericórdia e os utentes do nosso

Município têm que se deslocar para Vila Franca.

Isto é de todo inaceitável”, afirmou o

eleito da CDU.

“Não quero acreditar que existam

aqui outros interesses e que, even-

tualmente, os utentes de

Benavente estejam incluídos no

acordo da entrega à iniciativa

privada da gestão do Hospital de

Vila Franca. Espero que não seja

isto que esteja em causa e que

venha a haver bom senso”, reclam-

ou, acrescentando que a autarquia

está a desenvolver esforços juntamente

com a Misericórdia para esclarecer o assunto

e para pedir uma reunião ao novo ministro da Saúde.

População

está

preocupada

com falta de

médicos

A comissão de utentes promete novas acções de protesto e orga-

nizou, ontem à noite, uma reuniãoalargada

no Cine-Teatro de Benavente

Colisão faz dois mortos

Um choque frontal entre uma autocaravana e um camião de transportede areia provocou, na quinta-feira, dois mortos e dois feridos graves.As vítimas, um casal de 47 e 43 anos, residiam em Mem Martins edeixam um filho de 14 anos que sofreu ferimentos graves no acidente.

Page 14: Voz ribatejana 3 agosto 2011

14

ECONOMIA

voz ribatejana #18

EDITAL Nº 378/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 23/03/2011, proferido ao abrigo das

competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na alínea h), do nº 2, do

artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº

4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita na Rua Calouste

Gulbenkian, nº 10, 3º Esq, em Povos, Vila Franca de Xira, determinar a cessação da licença de utilização do referido fogo, atribuído

a Esmeralda Conceição Santos e respectivo agregado familiar, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despe-

jo administrativo.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- A moradora apresenta uma renda em dívida há mais de três meses. Concretamente, apresenta a renda em dívida correspon-

dente ao mês de Dezembro de 2003, no valor de 41,85 €, a qual, depois de acrescida da indemnização moratória devida pela falta

de pagamento da mesma, no valor de 20,93 €, perfaz uma dívida de 62,78 €.

- A moradora já por diversas vezes foi convocada para uma reunião com o objectivo de resolver a questão da dívida, sem que

tenha comparecido, e apresenta também prestações de acordo de pagamento em dívida.

Este projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do n.º 1, do artigo 3º, da Lei 21/2009, de 20 de Maio, no n.º

7, do artigo 9º, no n.º 6, do artigo 12º, no n.º º 2, do artigo 13º, e no n.º 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação

Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto no n.º 6 e 7, do artigo 3º, da Lei n.º

21/2009, de 20 de Maio, e no n.º 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90 dias para

desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado

o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão deposi-

tados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da

presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do Código

Civil.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicados nos jor-

nais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 11 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

EDITAL Nº 379/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA

FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 27/12/2010, pro-

ferido ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e

para o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº

5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal

sita no Bairro de Povos, Lote K, 1º Dto, em Vila Franca de Xira, determinar a cessação da licença de utilização

do referido fogo, atribuído a João Manuel Pereira Sequeira e demais agregado familiar, ou residentes, segun-

do o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo dos ocupantes.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- O morador apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, apresenta 25

rendas em dívida, no valor de 290,25 €, compreendidas entre Agosto de 2008 e Junho de 2011, as quais, depois

de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 245,25 €,

perfazem uma dívida de 435,25 €.

- Ao morador já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a últi-

ma das quais em 04/03/2008, através de um acordo para pagamento em 60 prestações mensais de 50,00 €

cada uma, da quantia global de 3 000,27 €, correspondentes a rendas em dívida compreendidas entre Maio de

2006 e Fevereiro de 2008, estando actualmente em dívida com 25 prestações do referido acordo, no valor de

1 250,00 €.

Este projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do n.º 1, do artigo 3º, da Lei 21/2009, de

20 de Maio, no n.º 7, do artigo 9º, no n.º 6, do artigo 12º, no n.º º 2, do artigo 13º, e no n.º 14, do artigo 9º, todos

do Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica o morador e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto no n.º 6 e 7, do artigo

3º, da Lei n.º 21/2009, de 20 de Maio, e no n.º 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso

a decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que,

se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recur-

so à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão deposi-

tados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de

um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município,

nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº. 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no

prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que

haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.

O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no

Departamento de Habitação, Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sito na Rua

Alves Redol, n.º 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e

publicados nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 11 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

As novas instalações da Casa do Pessoal da ADP Alverca foram

inauguradas na manhã do passado sábado, durante uma jorna-

da de convívio que juntou grande parte dos 220 funcionários

da empresa. O dia começou com um jogo de futsal entre as

equipas da ADP e da Sopac (empresa de Setúbal que pertence

também ao grupo Fertibéria). Seguiu-se o descerrar da placa

inaugural das instalações adaptadas com muito apoio da

administração da empresa e a entrega dos prémios do concur-

so de fotografia de temática ligada à ADP. O Voz Ribatejana

foi convidado a integrar o júri que apreciou os cerca de 50

trabalhos a concurso e grande parte deles têm, de facto, bas-

tante qualidade. A jornada de dia 30 incluiu, ainda, um

almoço convívio.

Casa do Pessoal da ADP

inaugura instalaçõesAntónio Campos Lopes,

presidente da Casa do

Pessoal

Page 15: Voz ribatejana 3 agosto 2011

15

Alverca

O Município de AZAMBUJA

volta a promover sessões de

ASTRONOMIA DE VERÃO.

Nos dias 27 de Agosto, 03 e 10 de

Setembro, no Páteo Valverde,

haverá ateliês sobre esta temática a

partir das 17h00 e observação noc-

turna às 21h30.3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

A antiga proprietária da TNC

vai apresentar um novo plano

de recuperação aos credores

nas próximas semanas, de acor-

do com o compromisso assum-

ido em reunião realizada, na

quinta-feira, na Câmara de Vila

Franca de Xira. A iniciativa tem

o apoio dos traba-lhadores, do

ministro da Economia, da

autarquia de Vila Franca e do

Sindicato dos Trabalhadores

dos Transportes Rodoviários e

Urbanos de Portugal (STRUP)

e prevê a manutenção de todos

os 126 postos de trabalho.

STRUP que pediu já formal-

mente, na quarta-feira, junto do

Tribunal do Comércio de

Lisboa, a impugnação do

processo de insolvência da

TNC (Transportadora Nacional

de Camionagem) e da assem-

bleia de credores de 20 de

Junho em que foi rejeitado um

plano de viabilização e aprova-

da a liquidação e encerramento

da empresa de Alverca. A

petição entregue em nome dos

trabalhadores da TNC reclama

também a substituição do

administrador de insolvência,

porque os trabalhadores enten-

dem que terá tomado algumas

decisões lesivas dos seus inter-

esses. A resposta favorável do

Tribunal do Comércio a estes

requerimentos será decisiva

para o avanço do novo plano de

recuperação da empresa.

Depois de uma reunião alarga-

da realizada, na quarta-feira, no

Ministério da Economia, com o

adjunto do secretário de Estado

dos Transportes, ficou assente

que o Governo também está

interessado na recuperação da

empresa e que o caso vai ser

acompanhado directamente por

um “gabinete de crise” criado

no seio da tutela da Economia

para este tipo de situações.

Segundo a presidente da

Câmara de Vila Franca de Xira

e o coordenador do STRUP

Fernando Fidalgo, o ministro

Álvaro Santos Pereira também

terá a opinião de que a venda da

TNC à We Go, rejeitada pelos

trabalhadores no dia 26 (ver

caixa), não é solução.

Na quinta-feira, nos Paços do

Concelho de Vila Franca, a

antiga administradora da TNC

Luzia Leal (afastada pelos cre-

dores em Junho), mostrou-se

disponível para apresentar um

novo plano de viabilização.

“Acredito na viabilidade e na

recuperação da TNC”, disse

Luzia Leal à Lusa, frisando que

tudo depende também da

celeridade do tribunal na apre-

ciação do caso, porque a

empresa “está parada há duas

semanas, com avultados prejuí-

zos”.

Fernando Fidalgo, coordenador

nacional do STRUP, explicou,

ao Voz Ribatejana, que o pedi-

do de impugnação se baseia no

facto de, ao contrário do que

está previsto na Lei, a comissão

de trabalhadores nunca ter sido

convocada para as assembleias

de credores.

“O que se projecta é um plano

de recuperação que ponha

novamente a empresa a fun-

cionar o mais rapidamente po-

ssível e garanta os 126 postos

de trabalho”, sustenta Fernando

Fidalgo, referindo que a rapidez

deste processo é decisiva, para

que a empresa possa recuperar

os seus clientes, que deixou de

servir no passado dia 13, quan-

do o administrador de insolvên-

cia deu instruções para a par-

agem de todos os 105 camiões.

Entende o responsável sindical

que é importante ter tudo

resolvido até 15 de Agosto para

que a TNC possa, então,

retomar a sua actividade. Até lá

deverão pronunciar-se os prin-

cipais credores – bancos

Espírito Santo e Santander, o

irmão de Luzia Leal e uma

gasolineira -, esperando o

STRUP que o Ministério da

Economia os sensibilize no

sentido da viabilização da TNC

e que o tribunal aceite o pedido

de impugnação. Os traba-

lhadores deverão abdicar de

alguns créditos que têm para

com a TNC.

Subsistem, entretanto, outras

preocupações porque o admin-

istrador de insolvência já afir-

mou que o tribunal só garantia

salários e contrato de trabalho

aos 126 funcionários até 31 de

Julho.

E os trabalhadores mantêm-se,

dia e noite, à porta da empresa

aguardando uma solução defin-

itiva.

A presidente da Câmara de Vila

Franca de Xira apoia esta possi-

bilidade de recuperação da

empresa e garante que a edili-

dade não tem conhecimento de

qualquer outro interesse nos

terrenos da TNC.

Trabalhadores da TNC rejeitam

proposta que reduziria ordenados

Os acontecimentos em torno do caso da TNC sucederam-se a uma cadência quase diária nas últi-

mas duas semanas. Depois da reunião e da concentração de trabalhadores no largo da Câmara de

Vila Franca, no dia 20 (foto), STRUP e comissão de trabalhadores souberam, finalmente, no dia

27, em reunião realizada no Ministério da Economia, que a empresa interessada em comprar a

TNC citada pelo administrador de insolvência era a We Go. Sabendo que esta firma está ligada

ao irmão e ao sobrinho da proprietária da TNC e dos desentendimentos existentes, os trabal-

hadores manifestaram dúvidas, que reforçaram no plenário realizado ao fim da tarde, depois da

proposta formal da We Go recebida, por e-mail, às 17h52.

Cerca de 90 dos 126 trabalhadores da TNC participaram nesse plenário e decidiram rejeitar lim-

inarmente as condições propostas pela We Go. Segundo Anabela Carvalheira, dirigente do

STRUP, a proposta resultaria numa redução quase para metade dos vencimentos mensais dos 108

motoristas da TNC. Por isso, os funcionários presentes rejeitaram a situação e muitos falaram

mesmo numa espécie de “engodo”, que os deixaria muito rapidamente sem emprego e sem dire-

itos.

Fernando Fidalgo, coordenador do STRUP, explicou que, com o salário base e os valores pagos

pelos transportes internacionais que fazem e pelo trabalho ao fim-de-semana, os motoristas da

TNC (108 em 126 funcionários) auferem uma média mensal de 1846 euros líquidos. Segundo o

sindicalista, a proposta da We Go aponta para 1597 euros para os motoristas mas este valor teria

ainda que ser sujeito a descontos, o que, nas contas do STRUP, significaria uma verba mensal

líquida pouco superior a 900 euros. Ao mesmo tempo, a estrutura sindical apurou que a We Go

é uma empresa recente, com alvará de 2009, muito poucos funcionários e ligada à TNC 2 – os

maiores problemas da TNC resultam de desentendimentos entre os dois herdeiros do fundador,

a filha ficou com a TNC, o filho formou a TNC 2 e este último reclama 2, 9 milhões de euros da

irmã.

Novo plano de recuperação da

TNC tem apoio do Governo, da

Câmara e dos trabalhadoresUma nova esperança surgiu no final da semana passada no

caso da transportadora TNC, ameaçada de encerramento

desde que, em Junho, os principais credores rejeitaram um

plano de viabilização e preferiram a liquidação. Depois de

sucessivas reuniões no Ministério da Economia e na Câmara

de Vila Franca, começou a ganhar forma um novo plano de

recuperação, que deverá ser liderado pela antiga admi-

nistradora. Entretanto, o Sindicato impugnou a assembleia

que deliberou encerrar a TNC.

Fernando Fidalgo e

Anabela Carvalheira do

STRUP, com o presidente

da Comissão de

Trabalhadores, José

Martins (ao centro)

No dia 20, frente à Câmara

de Vila Franca

Page 16: Voz ribatejana 3 agosto 2011

16

voz ribatejana #18

Jorge Talixa

Os projectos finalistas do

“Animar o

Empreendedorismo” 2011

foram apresentados, no dia 19,

nas instalações do Ninho de

Empresas de Vialonga. Um

programa dinamizado pela

Animar- Associação

Portuguesa para o

Desenvolvimento Local com o

apoio de entidades tão diversas

como o Município de Vila

Franca, a ACIS, a Aerlis, a

Sociedade Central de Cervejas,

a Forma, o IEFP e o Voz

Ribatejana. O objectivo funda-

mental é dar apoio técnico e

formativo a pessoas residentes

no concelho de Vila Franca de

Xira que queiram criar ou

desenvolver a sua ideia de

negócio. Depois da primeira

experiência em 2010, partici-

param 30 formandos no pro-

grama de 2011. Os cinco pro-

jectos finalistas agora apresen-

tados revelaram-se muito bem

estruturados e demonstram que

há ideias e capacidade, assim

surjam mais alguns apoios que

nalguns casos são necessários.

Manuel Canaveira de Campos,

director executivo da Animar,

começou por explicar que este

projecto surge no âmbito do

Contrato Local de

Desenvolvimento Social estab-

elecido pela Animar com a

Câmara de Vila Franca de Xira

(ver também página 8 do

suplemento Festas de Agosto).

E salientou que um dos três

grandes pilares da actividade

da Animar é o da igualdade de

oportunidades. “Ficamos

muito satisfeitos quando

reparamos que entre estes

empreendedores há tanto mul-

heres como homens. A todos

deve ser reconhecida esta

capacidade de fazer e de mudar

as coisas”, vincou.

João Pedro Silva, técnico da

Animar responsável pela din-

mização do Animar o

Empreendedorismo, salientou

o empenho de todos os partici-

pantes no programa, que inclui

fases de formação, de estudo e

de elaboração dos respectivos

projectos e algum apoio técni-

co à sua implementação. A

sessão de dia 19 incluiu, tam-

bém, a entrega de diplomas.

Dinamizar café e

pastelaria em Alverca

Armanda e Fernando Carvalho está já a apostar na redinamização

de um antigo café-pastelaria da zona do Choupal, em Alverca. A

antiga Pastelaria Roma está progressivamente a dar lugar à

“Pastelaria Tigomi”, num projecto que prevê serviços de cafe-

taria, pastelaria, padaria, refeições, papelaria e Internet. “É tam-

bém um acto de coragem da parte deste casal abraçar este proje-

cto”, vincou João Pedro Silva.

Armanda Carvalho explicou que o projecto envolve três postos de

trabalho e aposta principalmente na qualidade do serviço e na

mais-valia da cibernáutica, com espaço Internet. Haverá também

diferentes menus para refeições, dependentes ainda da conclusão

da montagem da cozinha. Todo o projecto envolve um investi-

mento de cerca de 20 mil euros e o casal promotor fez um estudo

de mercado sobre o tipo de clientes mais comuns e sobre as suas

expectativas. Concluíram que cerca de 45% dos clientes serão

adultos, seguindo-se os grupos dos idosos (25%) e o grupo dos

jovens (20%). O atendimento muito cuidado e atencioso e o

propósito de entregar excedentes do dia a instituições locais, são

outros dos objectivos já definidos.

Fernando Carvalho admite que antiga pastelaria que ali funcionou

tinha alguns problemas de imagem e que, por isso, sentiram algu-

mas dificuldades iniciais, mas progressivamente a clientela está a

aumentar e a perceber que o estabelecimento está diferente.

Apoio aos idosos com

a novidade da

pulseira

Ana Ribeiro pretende desenvolver, também em Alverca, um

projecto diferente no domínio do apoio aos idosos. “Existe

mercado segundo a análise que nós fizemos, mais ainda

porque este projecto tem a originalidade das pulseiras”, expli-

cou João Pedro Silva. Ana Ribeiro acrescentou que o seu pro-

jecto de apoio domiciliário a idosos tem o nome de “Carinho

aos Avós” e pretende “dar resposta ao crescente número de

pessoas idosas com necessidade de apoio”.

O objectivo é que o projecto no primeiro ano se torne auto-

sustentável e vai incluir serviços de alimentação e apoio

domiciliário e a “mais-valia” do sistema de pulseira electróni-

ca com a qual o utente poder solicitar ajuda em caso de neces-

sidade. Desta forma, Ana Ribeiro pretende assegurar uma

resposta permanente 24 sobre 24 horas. A principal vantagem

será essa, permitindo que o utente contacte os colaboradores

da empresa a qualquer hora do dia e a promotora promete

também rapidez nas respostas. Como desvantagens aponta as

dificuldades económicas das famílias. Aposta, igualmente, na

divulgação através das redes sociais.

Reparação e venda

de máquinas

Pedro Calisto também reside em Alverca e desenhou um pro-

jecto que vai dar sequência à sua experiência profissional na

área de venda de máquinas industriais. “Noto que há algumas

falhas nesta área e na entrega de equipamentos”, sublinha,

referindo que, por perceber essas lacunas e correspondendo

aos desafios lançados por alguns antigos clientes, resolveu

formar a EASI (Equipamentos, Acessórios e Serviços

Industriais). A ideia é criar uma estrutura que faça mais facil-

mente e mais rapidamente a ligação entre os que usam

máquinas industriais, seja na própria indústria, seja na agri-

cultura, permitindo responder mais eficazmente a problemas

de avarias ou de necessidade de novos equipamentos.

“Tentarei fidelizar clientes pela maior rapidez possível na re-

solução dos seus problemas de maneira a que saibam que

podem contar comigo e saibam a quem procurar. Terei capaci-

dade para na hora esclarecer todas as dúvidas”, sustenta Pedro

Calisto, explicando que na sua viatura vai dispor de todos os

meios informáticos e de catálogos que permitirão encontrar

respostas para os mais variados problemas com máquinas.

“Conheço o meio, era vendedor e percorria o País quase todo.

Sei ver as dificuldades que os clientes tinham”, acrescenta

Pedro Calisto, frisando que o projecto contempla também rep-

resentações de máquinas, por exemplo na área dos tractores

em cinco concelhos da região Oeste. A EASI poderá evoluir,

depois, para a criação de um espaço próprio de reparação de

maquinaria.

Animar o Empreendedorismo

apresenta projectos finaisApoiar o desenvolvimento de novas ideias de negócio e a criação de micro e pequenas empre-

sas, gerando ao mesmo tempo postos de trabalho, é o grande objectivo do programa Animar o

Empreendedorismo. Uma iniciativa da associação Animar com o apoio da Sociedade Central

de Cervejas e do Voz Ribatejana.

Vialonga

Os participantes na sessão final realizada no Ninho de

Empresas de Vialonga

Lojinha da Abuela abre na Almeida Garrett

Artes decorativas e todo um manancial de artigos de casaestão disponíveis no novo espaço da Lojinha da Abuela,agora a funcionar na rua Almeida Garrett, próximo daEstação de Vila Franca.

Page 17: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Amanhar a

terra para

oferecer

produtos de

qualidade

Manuel Mineiro e Paulo Silva têm um pro-

jecto diferente, aproveitar a vocação para o

trabalho da terra e criar a “Miminhos da

Terra”, empresa vocacionada para a pro-

dução e distribuição de produtos hortícolas e

frutas que poderão, depois, ser vendidos em cabazes e espaços próprios e entregues ao domicílio. Manuel reside no conce-

lho de Vila Franca e explicou que o projecto pretende dirigir-se fundamentalmente ao mercado do município vila-franquense.

Resulta da conjugação de vontades destes dois participantes no Animar o Empreendedorismo e poderá passar pelo aproveita-

mento do terreno que Paulo tem na freguesia de Bucelas ou por outra solução. “Com o tempo fomos percebendo que existe

um potencial no concelho na vertente alimentar”, explicou João Pedro Silva.

Manuel Mineiro vincou que o projecto tem um carácter comercial, mas também um carácter social. “Estamos a tentar fazer

um projecto na área da horticultura e dos produtos agrícolas saudáveis. Vamos fazer a horta no sentido de termos produtos da

época e de apresentarmos cabazes acompanhados de algumas receitas que ajudem as pessoas a usar melhor os produtos”,

referiu o promotor, adiantando que a ideia passa também por um sistema de entregas ao domicílio, mas tem outras vertentes,

como a criação de uma horta pedagógica para que as crianças das escolas da região possam perceber melhor como é que estas

coisas funcionam e a doação de alguns produtos a instituições sociais. “Deste género, penso que não há nada na região. O que

fazemos em termos sociais penso que é inédito no concelho”, acrescentou Manuel Mineiro, frisando que os principais pro-

blemas têm a ver com a garantia de água em quantidade no terreno que têm em vista, a concorrência das grandes superfícies

e a imprevisibilidade do clima.

17

3 de Agosto de 2011

Ângela e Márcia são duas jovens

nascidas em Portugal mas

descendentes de famílias de

origem guineense que residem

na área de Alverca. Juntas desen-

volveram a ideia de criar um

projecto de recolha e reciclagem

de óleos alimentares. A ideia não

está posta de parte, mas enquan-

to frequentavam o programa

Animar o Empreendedorismo

foram desenvolvendo uma outra

ideia, a de criar, em Alverca,

uma loja diferente que responda

à necessidade que muitos sentem

na comunidade africana de

encontrarem produtos tradi-

cionais dos seus países de

origem. Algo que Ângela e

Márcia sabem que não há na

região e existe apenas em

Lisboa. A ideia foi criando raízes

e as duas promotoras fizeram um

levantamento muito rigoroso das

perspectivas de mercado e do

interesse das famílias de origem

africana por este tipo de produ-

tos.

Surgiu, assim, a Batik (palavra

que designa um mecanismo de

tingimento de tecidos), que dev-

erá resultar na abertura de uma

loja na zona do Choupal ou na

Avenida Capitão Meleças

(Alverca). “Queremos iniciar a

actividade ainda este ano. O

investimento inicial será de 1078

euros”, explicou Ângela

Tavares, sublinhando que a ideia

é propor ao público um espaço

que vá ao encontro da sua

própria identidade, com artigos

ligados à gastronomia, mas tam-

bém roupas, calçado e artesanato

de origem africana. As duas

jovens promotoras trouxeram

mesmo para a sala do Ninho de

Empresas onde decorreu a apre-

sentação vários exemplos de

artigos e roupas de origem

africana. E apresentaram peque-

nas reportagens em vídeo em

que cidadãos de origem africana

explicavam as dificuldades em

encontrar na região este tipo de

produtos e manifestavam von-

tade de os adquirir numa eventu-

al loja a criar. Afirma, por isso,

que existem muito boas perspe-

ctivas de clientela, que não se

deverá resumir à comunidade

africana, mas atrair também não

africanos que gostem deste

género de artigos. Segundo

Ângela Tavares e Márcia

Semedo, entre os 140 mil habi-

tantes do concelho de Vila

Franca, mais de 8000 são de

origem africana. “Existe uma

grande falta de produtos que

muitos africanos querem

adquirir e não conseguem”, diz

Ângela Tavares, enquanto

Márcia Semedo acrescenta que,

devido às suas grandes limi-

tações económicas, também

conseguiram acordos com algu-

mas empresas da região dis-

postas a ceder-lhes produtos à

consignação, o que reduz as

necessidades de investimentos

inicial e permite a essas firmas

escoarem os produtos que

importam e que têm disponíveis.

“Nós cremos e vamos vencer”,

concluíram.

Produtos diferentes

para a comunidade

africana

“Nóscremos

e vamosvencer”

Na próxima edição

damos especial destaque à

freguesia da Póvoa de Santa

Iria. Não perca o nosso suple-

mento. A 31 de Agosto!

Page 18: Voz ribatejana 3 agosto 2011

18

voz ribatejana #18

Jorge Talixa

A Câmara de Vila Franca de

Xira apresentou ao Instituto da

Segurança Social (ISS) uma

candidatura para um novo con-

trato local de desenvolvimento

social. O primeiro, celebrado

em 2008, expirou a 31 de Julho

e as entidades envolvidas

fazem um balanço francamente

positivo das actividades desen-

volvidas, sobretudo em

Vialonga e em Arcena. O

processo de aprovação de um

novo contrato está, contudo,

demorado e as actividades

englobadas no CLDS ficam

para já suspensas.

No entender da edilidade vila-

franquense, o projecto desen-

volvido no âmbito do Contrato

Local de Desenvolvimento

Social (CLDS) nos bairros do

Olival de Fora (Vialonga) e de

Arcena (Alverca) tem dado

“uma resposta efectiva às

questões sociais prementes das

comunidades abrangidas,

nomeadamente no que con-

cerne ao gabinete de apoio à

empregabilidade e ao

empreendedorismo, ao serviço

de acompanhamento psicosso-

cial e à criação de estruturas

locais de promoção de for-

mação nas áreas das tecnolo-

gias de informação e comuni-

cação”.

Reconhecendo os resultados

positivos alcançados e frisando

que está ciente da importância

da continuidade das acções

desenvolvidas, a Câmara de

Vila Franca diz que dirigiu

uma comunicação ao Centro

Distrital de Segurança Social

de Lisboa “reforçando a

importância da continuidade

do projecto, assim como aler-

tando para os impactos nega-

tivos da sua eventual suspen-

são, nas comunidades abrangi-

das”. Mas, até à data, o

Município não foi informado

da possibilidade de renovação

do Contrato Local de

Desenvolvimento Social.

Animar na expectativa

O projecto do CLDS de Vila

Franca de Xira tem sido aplica-

do no terreno pela Animar,

associação de âmbito nacional

que tem o seu pólo operacional

sedeado no Ninho de Empresas

de Vialonga (ver caixa).

Segundo Manuel Canaveira de

Campos, director executivo da

Animar, a associação tem 12

técnicos a trabalhar neste pólo.

As actividades englobadas no

CLDS ficam, para já, suspen-

sas, aguardando a aprovação e

celebração de um novo contra-

to. Mas a Animar vai manter as

restantes actividades que

desenvolve no Ninho de

Empresas ao nível sobretudo

da formação profissional.

“Sabemos que a Câmara de

Vila Franca de Xira está inter-

essada em continuar com este

contrato local de desenvolvi-

mento social. Parece-nos con-

tente com o trabalho que

tem sido desenvolvido.

Aguardamos que o Instituto da

Segurança Social avance com

um novo contrato e que a

Câmara, dentro da sua apreci-

ação, indique quem irá convi-

dar para avançar com um novo

CLDS. Ficaríamos muito satis-

feitos se for a Animar”, sublin-

ha o

responsável, em declarações ao

Voz Ribatejana, frisando que

espera que os mecanismos de

aprovação avancem, para que a

população não fique muito

tempo à espera da continuidade

destas acções.

Canaveira de Campos admite

que é normal alguma demora,

até porque mudou o Governo e

há que aguardar orientações

superiores e alguma even-

tual reflexão sobre estes

contratos. “Julgo que o

processo foi iniciado

ainda no governo ante-

rior e que não haja

razões para uma grande

demora na aprovação de

novos con-

t r a t o s ” ,

refere.

Contrato de Desenvolvimento

Social expirou no dia 31Os 3 anos de vigência do Contrato Local de Desenvolvimento Social do concelho de Vila Franca de Xira terminaram no passado dia 31. Câmara e Animar esperam que o Instituto da Segurança

Social aprove um novo contrato para os próximos anos.

Áreas prioritáriasPor despacho de 2007 do ministro do Trabalho e da Solidariedade Social foram definidos como

“zonas prioritárias de intervenção” os bairros do Olival de Fora e de Arcena, medida que foi,depois, renovada por um período adicional de 24 meses em Abril de 2011 (despacho 5813/2011).Os contratos locais de desenvolvimento social resultam da Portaria nº 396/2007 de 2 de Abril de

2007 e têm como objectivo “a promoção da inclusão social dos cidadãos, concretizado por projec-tos multissectoriais e integrados, com acções dinamizadas em parceria, de forma a combater a

pobreza e a exclusão social em territórios vulneráveis”.

A Animar- Associação Portuguesa de

Desenvolvimento Local foi criada em 1993.

É, por um lado, uma associação que desen-

volve trabalho próprio e tem a sua sede opera-

cional em Vialonga. E, ao mesmo tempo,

membro e instituição de referência numa rede

de 90 associações de desenvolvimento local

espalhadas por todo o País. Significa isto que

cada uma delas tem existência e projectos

autónomos, mas também participam em pro-

jectos comuns. Um dos mais relevantes é a

Manifesta, iniciativa que este ano se realizou

em Montalegre, como mostra nacional de

associações e projectos de desenvolvimento

local.

“A Animar é uma rede de diversas associações

autónomas, mas que funcionam em rede. A

partir do momento em que foi criada, em 1993,

não só juntou associações que já existiam, mas

promoveu também e apoiou o aparecimento de

outras associações que, hoje, são suas associ-

adas”, explicou Canaveira de Campos ao Voz

Ribatejana.

Esta associação nacional sedeada em Vialonga

tem várias facetas de intervenção, com realce

para os programas de formação e de apoio aos

desempregados e a novos empreendedores

(ver páginas 16 e 17) e para o apoio à família

com actividades de formação parental. Tem

também acções de formação no domínio das

novas tecnologias e actividades de aconsel-

hamento psicossocial.

Concelho de Vila Franca de Xira

Animar lidera

rede nacional

EDITAL Nº 370/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA

DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao

abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na

alínea h) do nº 2 do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e

Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita no Bairro

Municipal de Povos, Lote J, 2º Esq, em Povos, Vila Franca de Xira, determinar a cessação da licença de utilização do

referido fogo, por parte de Paula Alexandra Santos Rodrigues, e demais residentes, o qual foi atribuído segundo o regime

da renda apoiada.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- A moradora apresenta rendas em dívida há mais de 3 meses. Concretamente, está em mora com o pagamento de 18

rendas, compreendidas entre Março de 2009 e Junho de 2011, no valor de 159,18 €, as quais, depois de acrescidas da

indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 79,59 €, perfazem uma dívida no valor

de 238,77 €.

- À moradora já foram dadas diversas oportunidades para celebração de acordos de pagamento de rendas, sem que se

tenha obtido sucesso.

Este projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), dos nºs 1 e 5, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de

20 de Maio, no nº 7, do artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do

Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei

nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a decisão se torne

definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final

do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removi-

dos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde

poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da

qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º do Código do Procedimento Administrativo, no prazo máxi-

mo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que haja pronúncia, ou

no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.

O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no Departamento de

Habitação, Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sita na Rua Alves Redol, nº 16, 1º, 2600

Vila Franca de Xira, das 9:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicados

nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 5 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Canaveira de Campos, director executivo da Animar

Page 19: Voz ribatejana 3 agosto 2011

20

TAUROMAQUIA

voz ribatejana #18

Jorge Talixa

A Sociedade do Campo

Pequeno promove, no próximo

dia 11 de Agosto, uma corrida

de homenagem póstuma a José

Falcão, por ocasião dos 37

anos da sua morte, na sequên-

cia da colhida que sofreu a 11

de Agosto de 1974 em

Barcelona. Na ocasião será

descerrada uma placa de hom-

enagem ao matador de toiros

vila-franquense na entrada

principal do Campo Pequeno.

Na mesma altura será reposta

uma placa evocativa da colhida

sofrida pelo cavaleiro Varela

Crujo (11 de Agosto de 1983),

em consequência da qual viria

também a falecer.

A corrida de quinta-feira dia 11

marcará a estreia do jovem

matador de toiros vila-fran-

quense Nuno Casquinha na

Praça do Campo Pequeno e nas

pegas estarão os forcados

amadores de Vila Franca de

Xira. Trata-se de uma corrida

mista, com os cavaleiros Rui

Salvador, Tito Semedo (confir-

ma a alternativa) e Duarte

Pinto, os matadores portugue-

ses Luís Vital “Procuna”,

António João Ferreira, Nuno

Casquinha (que se estreia

como Matador de Toiros no

Campo Pequeno) e o novil-

heiro Tiago Santos, aluno da

Escola de Toureio José Falcão

de Vila Franca. Os toiros são

da ganadaria de José Luís

Cochicho.

Corrida do Emigrante

amanhã

Já amanhã, o Campo Pequeno

recebe a tradicional corrida de

Homenagem ao Emigrante, no

dia 18 organiza a corrida

comemorativa dos 119 anos da

praça de toiros da capital por-

tuguesa e para o final do mês

(dias 25 ou 26) está prevista a

corrida do Sporting.

Na corrida de amanhã actuam

os cavaleiros Luís Rouxinol,

João Pedro Cerejo (confirma a

alternativa), Sónia Matias,

Pedro Salvador, Moura

Caetano e Manuel Ribeiro

Telles Bastos, perante toiros da

ganadaria de David Ribeiro

Telles. Pegam os forcados

amadores de Tomar, Turlock e

Cascais.

Morte aos 32

anos

José Falcão nasceu em Povos, arredores de Vila Franca de Xira, a 31 de Agosto de

1942. Desde muito novo alimentou o sonho de ser toureiro, que foi cimentando passo

a passo até que, em 1967, conseguiu apresentar-se na Praça de Las Ventas de Madrid,

tomando a alternativa de matador de toiros no ano seguinte, a 23 de Junho de 1968, em

Badajoz. Atingiu o estatuto de grande figura do toureio ibérico, mas, a 11 de Agosto de

1974, foi surpreendido por uma colhida na praça Monumental de Barcelona, que

acabou por lhe tirar a vida. O toiro Cuchareno, da ganadaria de Hoyo de la Gitana,

atingiu-o gravemente na zona da femoral e, apesar das tentativas dos médicos, José

Falcão não pôde resistir aos ferimentos. Inicialmente sepultado em Barcelona, o corpo

de José Falcão foi, depois, trasladado para o Cemitério de Vila Franca de Xira.

Amadores de

Vila Franca na

1ª. Corrida RDP

O Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca

de Xira vai participar, no próximo dia 12 de

Agosto, na 1ª. Corrida RDP. O espectáculo real-

iza-se na praça de Vinhais, a partir das 21h15,

e no cartel estão também os amadores do

Aposento da Moita. Com 6 toiros Charrua

actuam os cavaleiros Rui Salvador, Filipe

Gonçalves e Tiago Carreira .

Hermozo em Coruche

As festas anuais de Coruche integram, este ano, três espectáculos taurinos. No dia 12, a

noite é de homenagem aos forcados coruchenses, num espectáculo com actuações de Paulo

d’Azambuja e de Verónica Cabaço. Já na noite de dia 13, a Corrida do Campino do Vale do

Sorraia conta com actuações de Manuel Telles Bastos, Tomás Pinto, Luís Vital Procuna e

Javier Cortes. Pegam os amadores de Coruche. N atarde de dia 17, a tradicional corrida à

portuguesa junta João Salgueiro, Pablo Hermozo de Mendoza e João Telles Júnior, perante

toiros de Santiago Domecq.

Homenagem a José Falcão com Nuno Casquinha

e Forcados de Vila Franca no Campo Pequeno Tiago Santos, jovem aluno da Escola de Toureio José Falcão e

triunfador do recente IV Encontro Internacional de Escolas

Taurinas, também participa na homenagem de dia 11.

Nuno Casquinha faz a sua apresentação como

matador de toiros no Campo Pequeno

Page 20: Voz ribatejana 3 agosto 2011

19

3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

As obras de remodelação do

complexo da União Desportiva

Vilafranquense (UDV) tardam

em arrancar, suscitando muita

preocupação entre dirigentes e

familiares de jovens prati-

cantes de futebol no clube. A

direcção da UDV ainda acredi-

ta que é possível instalar o

campo relvado sintético na

área do antigo pelado até final

de Setembro e a tempo da nova

época. O assunto também foi

discutido na Câmara, onde

Maria da Luz Rosinha expli-

cou que o projecto global está a

ser reformulado, porque se

percebeu que teria um custo

total da ordem de 1, 2 milhões

de euros e o compromisso da

Obriverca é de comparticipar

apenas com 500 mil euros.

Certo é que, embora não se

prevejam problemas com a

ligeira deslocação do relvado

para sul, a União

Vilafranquense continua com o

problema do campo para as

camadas jovens por resolver e

já vamos em

Agosto. A

direcção do

clube tem man-

ifestado a sua

preocupação

junto da

Câmara e foi

informada, na

semana passa-

da, da necessi-

dade desta

reformulação,

mas acredita

que é possível

instalar desde

já o sintético e

fazer depois as

restantes obras.

A u r é l i o

M a r q u e s ,

vereador da

CDU e antigo

dirigente da

UDV, quis

saber, na últi-

ma reunião camarária, como é

que está este processo da

remodelação das instalações

desportivas do Cevadeiro. “A

Câmara comprometeu-se a

remodelar o complexo, com

campo relvado sintético, con-

strução de balneários, gabi-

netes, restaurante, espaço para

posto de combustíveis, esta-

cionamento, etc, sendo os cus-

tos suportados pela

Obriverca”, observou o autarca

da CDU, salientando que, até

ao momento, as obras ainda

não se iniciaram e não pas-

saram da planta e questionando

se a Câmara vai lançar concur-

so, quando e para quando se

prevê o início dos trabalhos.

Maria da Luz Rosinha fez um

longo historial de todo este

processo, desde que em 1994

foi assinado um protocolo,

entre o executivo camarário da

CDU e a Obriverca, que con-

templava o compromisso de

desenvolvimento de um com-

plexo desportivo para a UDV

na chamada “Nova Vila

Franca”. A situação evoluiu, o

espaço urbanizável naquela

área foi reduzido a metade e

foi, mais recentemente, assina-

do outro protocolo onde a

Obriverca assume uma com-

participação de 500 mil euros

em obras a realizar no

Cevadeiro. Só que o projecto

entretanto desenvolvido pelo

arquitecto Miguel Arruda tem

um custo estimado, agora, em

1, 2 milhões

de euros. “O

problema é

quem irá

pagar. A UDV,

obviamente,

disse que não

tinha a míni-

ma condição

de pagar.

Houve um

encontro entre

a Câmara e a

UDV e esta-

mos a refor-

mular o pro-

j e c t o ” ,

adiantou a

edil, explican-

do que nesse

mesmo dia

falou com

a d m i n -

istradores da

e m p r e s a

(Obriverca) e

que se concluiu que é quase

impossível fazer as obras den-

tro dos prazos anteriormente

previstos. “A primeira ideia é

desenvolver o trabalho, tendo

em primeiro lugar a construção

do piso sintético e esse crono-

grama mantém-se. Agora, esta-

mos a tentar resolver é como é

que aquilo se acerta”, concluiu

Maria da Luz Rosinha.

Carregado

já trabalha

A Associação Desportiva do

Carregado já trabalha com

vista à temporada 2011/2012

com o objectivo da

manutenção no pensamento.

O orçamento baixou mais de

25% em relação à temporada

passada e a aposta nos

reforços passou pela prata da

casa com a aposta em três ex:

juniores Pedro Canelas, Ivo e

Edmilson, que ajudaram o clube a

subir à 2ª divisão da categoria. Chegam

também Hugo Monteiro e Eduardo, oriundos do SL Cartaxo,

equipa promovida à terceira divisão nacional. E Carlos e

Wando dos vizinhos Vilafranquense e União Recreio de Vila

Nova da Rainha. O reforço mais sonante foi o regresso de Pedro

Dionísio, ex: Pinhalnovense. Os experientes Topê, Mário

Sergio, Moisão e Vítor Gomes renovaram. O clube ainda con-

tinua no mercado à procura de dois jogadores. Um defesa cen-

tral e um avançado. O plantel está assim formado:

Guarda-redes: André Trindade e João Godinho; como defesas,

Hugo Monteiro (ex: Cartaxo), António Trindade "Tópê", Bruno

Lourenço "Russo", João Paulino, Mauro Mesquita, Paulo

Moisão, Pedro Canelas (ex-júnior, na linha media Eduardo ex:

Cartaxo, Pedro Dionisio (ex: Pinhalnovense), Marco Neves,

Mário Sérgio, Pedro Ganhão, Vítor Gomes, Wiverlindo

Rodrigues "Ivo" (ex-junior), na frente de ataque, Edmilson

Ceita (ex-junior), Carlos Fernandes (Ex. Vilafranquense),

Wando Sanó (ex. UDR Vila Nova da Rainha) e Hugo Carôlo.

Nos jogos de preparação, o Carregado recebe esta quarta feira

dia 03 de Agosto o Alcochetense, às 20 horas; sábado, dia 6 de

Agosto, dá-se a recepção ao Real às 17 horas; quarta feira, dia

10 de Agosto, jogo às 20 horas frente ao Coruchense; sábado,

dia 13 de Agosto, a deslocação a Sacavém, para defrontar a

equipa local às 17 horas e, na quarta-feira seguinte, a recepção

ao Casa Pia às 20 horas. No dia 20, o Carregado desloca-se ao

Cartaxo para a apresentação do SL Cartaxo, às 17 horas. No dia

seguinte a apresentação do Carregado aos seus associados é

frente ao Eléctrico de Ponte de Sor, pelas 17 horas. Entretanto,

o Carregado apresentou os novos equipamentos para a tempora-

da 2011/2012 com o clube a mudar-se para a Hummel.

Bucelenses sem

divisão definida

O Bucelenses ainda não tem definida a divisão em que

irá jogar em 2011/2012, nos Distritais de Lisboa. O

clube de Bucelas classificou-se na terceira posição da

série 1 e pode vir a beneficiar da desistência da

Associação Charneca, que já demonstrou essa vontade.

Como o terceiro da série 1 tem mais pontos que o mesmo

classificado da série 2 da I Divisão, o regulamento da

Associação de Futebol de Lisboa afirma que o melhor pontuado

poderá ser beneficiado com essa desistência. O clube começa a

trabalhar no dia 15 de Agosto.

União Desporto e Recreio

com plantel definido

Em Vila Nova da Rainha, o grupo de trabalho do Recreio sofreu

mudanças significativas no plantel para a temporada 2011/2012.

O treinador vai continuar Paulo Pinto Bento com Nuno Moreira

como adjunto. Guarda Redes: André Marques (Ex: Juv.

Castanheira), Flavio Batista e Claudio (ex: júnior do

Carregado). Como defesas, Ruben carreira (Ex: Samora

Correia), Dario, Aderio Miguel (Ex: Benavente), João Nunes

(ex: Monte Agraço), Hugo (ex: Vilafranquense), Diogo Crispim,

Carlos e Ernesto (ambos ex: Samora Correia). Na linha media

estão assegurados, Pica (ex: Vilafranquense), Nelson Isidoro,

Gonçalo Monteiro (ambos ex: J. Castanheira), Marco Batista

(ex: Benavente), Queirós (ex: Monte Agraço), Carlos Varela e

André Santos, Bruno Antunes (ex: Juv. Castanheira), Vilela (ex:

Vilafranquense) e Jorginho (ex: Ouriquense). Na linha da frente

como avançados, André Coelho (ex: J. Castanheira), Ruben Van

Dunen (Ex. Samora Correia) e Filipe Canuto (ex:

Vilafranquense)

Vasco Antão

Falta de dinheiro obriga a

reformular projecto da UDVO projecto de remodelação das instalações do Vilafranquense

no Cevadeiro vai ter que ser novamente reformulado, porque

os custos estavam muito acima da verba disponível. O clube

ainda acredita que o relvado sintético esteja colocado até

Setembro.

As obras deremodelação docomplexo daUniãoDesportivaVilafranquensetardam emarrancar,suscitandomuitapreocupaçãoentre dirigentese familiares dejovenspraticantes

Salvaterrense Gonçalo Andrade premiado nas Olimpíadas de Física

Gonçalo Andrade, jovem aluno da Escola Básica e Secundária de Salvaterra, foi apurado para asOlimpíadas Internacionais da Física, que se realizaram, em Julho, na Tailândia. Juntamente comoutros 4 jovens portugueses, ganhou uma menção honrosa entre os 393 finalistas, em represen-tação de 84 países.

Page 21: Voz ribatejana 3 agosto 2011

21

3 de Agosto de 2011

texto: Jorge Talixa

fotos: Fernando Clemente

Em boa hora, o Clube

Taurino Vilafranquense

resolveu organizar um jan-

tar-colóquio de homenagem

ao matador de toiros

António de Portugal,

homem natural da

Calhandriz, que se fez

toureiro em Vila Franca,

mas a quem a cidade não

apoiou como devia, apesar

de ter sido um dos princi-

pais protagonistas da corri-

da com toiros de morte rea-

lizada, na Palha Blanco, em

Maio de 1977. A home-

nagem ficou marcada pelo

reconhecimento da valia e

da abnegação de António de

Portugal enquanto toureiro

e pelas múltiplas histórias e

“aventuras” recordadas por

figuras como Vítor Mendes,

Francisco Palhota e Jorge

Domingues.

Paulo Silva, presidente do

Clube Taurino

Vilafranquense (CTV), lem-

brou que, quando abordou

António de Portugal para

este homenagem, o

toureiro, na sua simplici-

dade, hesitou. “Vai ver que

as pessoas em Vila Franca

ainda o respeitam bem. É

um toureiro que, para a

minha geração e para a ger-

ação anterior, ainda diz

muito a Vila Franca”,

salientou Paulo Silva.

Ao crítico João

Mascarenhas, que durante

alguns anos foi o

empresário de António de

Portugal (até à altura em

que este resolveu apostar no

México para encontrar out-

ras oportunidades), coube a

responsabilidade de apre-

sentar a figura. “Não é fácil

lançar um toureiro”, sublin-

ha João de Mascarenhas,

lembrando que uma das

primeiras medidas, quando

lhe apresentaram o António

e percebeu que tinha quali-

dades toureiras, foi arranjar-

lhe um “nome”. António

Manuel Soares Loura era

um nome que não fun-

cionaria no mundo da tauro-

maquia e a ideia que surgiu

foi rebaptizá-lo como

“António de Portugal”.

“A persistência dos homens,

a sua capacidade de treino e

de trabalho, mais tarde ou

mais cedo dão os seus frutos

e o António foi, além da téc-

nica, um toureiro de

esforço”, explicou, recor-

dando que resolveram criar

uma parelha entre António

de Portugal e Parreirita

Cigano, que se destacou em

muitas praças portuguesas.

Conseguiram, depois, apre-

sentar-se em Mérida e em

França. “Creio que o

António de Portugal tem

sido muito maltratado pela

aficion portuguesa e

nomeadamente pela vila-

franquense. Nunca lhe

reconheceram os seus

méritos”, lamentou João de

Mascarenhas, frisando que

António de Portugal “é um

homem íntegro, humilde,

mas que tem uma capaci-

dade de sofrimento e de

estoicismo que não é

comum na maior parte dos

mortais”.

João Mascarenhas lem-

brou, também, o momento

em que António de

Portugal “arriscou tudo” e

matou um toiro em

Mourão. Acabou preso pela

GNR e só saiu mediante o

pagamento de 50 contos.

“Devia ter havido um pouco

mais de respeito pela entre-

ga e devoção deste

homem”, vincou, abordan-

do também o tema da corri-

da com toiros de morte

organizada em Vila Franca

a 7 de Maio de 1977 (ver

caixa).

Vítor Mendes privou

durante muito tempo com

António de Portugal e

recorda um manancial de

histórias próprias da aven-

tura que era iniciar uma ca-

rreira no toureio. Lembrou,

por exemplo, aquela vez em

que foram tourear ao

Alentejo. António tinha o

carro do pai, mas não tinha

carta. Deram boleia a dois

engenheiros que lhes

pagaram a gasolina, mas a

dada altura tiveram que

fugir à GNR na zona de

Pavia, para não ser

descoberta a falta da carta.

E, quando deram por ela,

estavam em pleno Alentejo,

numa zona isolada, sem

gasolina. Lá fizeram

quilómetros e quilómetros a

pé, sempre com medo que a

GNR andasse atrás deles.

“Qualquer pessoa necessita

de uma referência, muito

mais quando é jovem.

Quando comecei a ir treinar

à quinta do maestro José

Júlio, nos meus 15/16 anos,

fui encontrar o maestro

António de Portugal. Era

um indivíduo que, na sua

timidez, na sua humildade,

quase sem dizer palavras as

pessoas ficavam subjugadas

por ele”, sustenta Vítor

Mendes, frisando que “se

alguém merece o nome de

matador de toiros na ver-

dadeira acepção é o António

de Portugal”.

O jovem matador António

João Ferreira vincou,

depois, que António de

Portugal “foi um toureiro

que sofreu muito para

chegar onde chegou e para

dignificar a festa”. Maurício

do Vale salientou que

António de Portugal foi

sempre um toureiro de

muita entrega e de muito

esforço. Sobre esta iniciati-

va do Clube Taurino con-

siderou que “é uma noite

para cantar, para lamentar,

para sorrir e para reagir” e

explicou que é um momen-

to para cantar os êxitos de

António de Portugal, para

lamentar as injustiças que

lhe fizeram e para sorrir por

estarem todos nesta home-

nagem. Maurício do Vale

acrescentou que este é tam-

bém um momento para rea-

gir, para que “todos aqueles

que amam o toureio a pé

reajam na rua e nas praças”

e observou que muitas das

injustiças que António de

Portugal sofreu, algumas

pela falta de oportunidades

para os toureiros a pé em

Portugal, “aconteceram

porque os aficionados

amam pouco, padecem e

permitem”.

António de Portugal mostrou-se

muito satisfeito com aquilo que

preferiu descrever como reunião de

amigos e aficionados e não tanto

como homenagem. Aos 58 anos,

leva já 39 de carteira profissional

de toureiro e 31 de matador de

toiros. Há cerca de ano e meio foi

operado aos pés, a intervenção não

correu da melhor maneira e ainda

não sabe se poderá algum dia

voltar a

tourear.

O Voz

R i b a t e j a n a

começou por

lhe perguntar

como é que

foi isso de sair

da Calhandriz

para procurar

uma carreira

como toureiro

profissional.

“Era uma

aventura, que

ainda hoje

vivo. Hei-de

morrer sempre na aventura”, vin-

cou. “Foi sair de lá, tourear aqui

em Vila Franca e dar a volta ao

Mundo a tourear. Tenho a felici-

dade de tourear em várias partes do

Mundo, desde a Grécia (Atenas),

Canadá, América do Sul, Macau,

Seul (Coreia do Sul). Fiz a volta ao

mundo. Era uma coisa que talvez,

até quando saí da Calhandriz para

ser toureiro, não me viesse à ideia.

O que queria era ser toureiro”, con-

fessou. Mas a sua carreira não tem

sido reconhecida como merecia em

Vila Franca. “Às vezes dizem que

não há profetas na sua terra, isso já

vem de há muito tempo, é natural

que assim seja. Mas isso a mim não

me afecta nada, porque continuo a

ter os meus amigos e as pessoas

que gostam de mim.

Inclusivamente, às vezes dizem-

me: António tu ainda podes vir a

tourear aqui. É uma coisa que me

estimula”, sublinha. Há também

quem considere que António de

Portugal não foi devidamente

apoiado por Vila

Franca após a cor-

rida de 1977.

“Águas passadas

não movem moin-

hos, se realmente

não apoiou creio

que perdemos

todos. Se eu perdi,

Vila Franca tam-

bém perdeu. Não

me arrependo de

maneira nenhuma

de ter morto os

toiros. A praça

esgotou. É uma

coisa que me ficou

na recordação e a vida continuou e

continuei a ter os meus amigos que

eram os meus amigos e os aficiona-

dos que gostavam de mim e contin-

uaram a apoiar-me. Sinto essa esti-

ma quando passo nas ruas de Vila

Franca”, disse ao Voz Ribatejana.

A última corrida que António de

Portugal fez foi no final de 2009

em Cancun, no México.

“Infelizmente fiz uma operação no

hospital de Vila Franca e as coisas

não resultaram bem. Tem sido difí-

cil a recuperação e talvez até nem

possa voltar a tourear. Vamos ver,

estamos a tentar”, garante.

António de Portugalfoi protagonista na

“tarde mais marcante”“A tarde de 7 de Maio de 1977 foi a mais marcantedo toureio a pé em Portugal”, começou por referir

João Mascarenhas, ele próprio um dos organi-zadores da corrida que desafiou a proibição da

morte dos toiros em Portugal. António de Portugal eJosé Júlio aceitaram participar sem remuneração

para defender a profissão de matador de toiros.Mas, entre os toureiros portugueses de então mais

ninguém quis arriscar e foi preciso ir a Sevilha bus-car o venezuelano Rayto. António acabou por ser o

grande triunfador da tarde na Palha Blanco, cortan-do 4 orelhas e um rabo. “Vivemos num País

pequeno e limitado e que não apoia os seus artistas.O António teve necessidade de emigrar, foi para o

México, onde toureou em muitas praças impor-tantes, com realce para a Monumental México com

os seus 50 mil lugares”, vincou, considerando“justíssima” esta homenagem que o Clube Taurino

resolveu prestar a António de Portugal.

Homenagem a António de Portugal

junta muitas figuras do toureio a pé

Uma vida de aventura

por querer ser toureiro

Algumas das figuras da tauromaquia portuguesa que participaram na

homenagem a António de Portugal

Percurso de REDOL SOBRE O TEJO foi o lema da inicia-tiva organizada, no passado domingo, pela CooperativaAlves Redol, com o apoio da Câmara Municipal e da Juntade Freguesia de Vila Franca de Xira. Durante viagemleram-se vários textos do escritor vila-franquense.

Adriano Pires

Page 22: Voz ribatejana 3 agosto 2011

22

voz ribatejana #18

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A família, na impossibili-

dade de o fazer directa-

mente, vem por este meio

agradecer, reconhecida, a

todas as pessoas que

acompanharam o seu ente

querido à sua última mora-

da e que de qualquer modo

lhe manifestou o seu pesar.

Informa-se, igualmente,

que será celebrada missa

do 1º mês, no dia

27/08/2011, às 18h30, na

Paróquia das Cardosas.

Tratou: Agência Funerária

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Sua Esposa, Filhos, No-

ras, Genros e Netos na

impossibilidade de o fa-

zerem directamente agra-

decem a todas as pessoas

de suas relações e ami-

zade que o acompanha-

ram à sua última morada,

ou que de qualquer forma

manifestaram o seu pesar.

Paz à sua Alma.

Tratou: Agência Funerária

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EDITAL Nº 375/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao abrigo das

competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na alínea h), do nº 2, do

artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº

4/2002, de 6 de Fevereiro:

- Foi tomada a decisão final de cessação da licença de utilização da fracção municipal sita no Bairro dos Avieiros, Lote 18, em

Alhandra, atribuída a Arminda Conceição Ferreira Alves, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo

administrativo.

Tal decisão fundamenta-se nos seguintes factos:

- A moradora não tem residência permanente no fogo acima identificado há mais de 6 meses, pelo menos desde Agosto de 2010,

não estando a ausência justificada.

- A moradora não apresentou qualquer pronúncia escrita que pudesse alterar o sentido provável da decisão.

A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea f), do nº 1 e do nº 3, do artigo 3, Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, no

artigo 8º, e nos nºs 9, 10, e 11, do artigo 9º, do Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei nº

21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dispõem de um prazo de 90 dias para

desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectua-

do o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão

depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a con-

tar da presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do

Código Civil.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicados nos jor-

nais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 6 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

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Page 23: Voz ribatejana 3 agosto 2011

23

3 de Agosto de 2011

EDITAL Nº 374/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA

DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao

abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na

alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita no

Bairro do Fundo de Fomento da Habitação, Lote N, 1º Esq, em Povos, Vila Franca de Xira, determinar a cessação da

licença de utilização do referido fogo, atribuído a Paulo Humberto da Silva Formigo, e demais agregado familiar, ou res-

identes, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo dos ocupantes.

Tal decisão fundamenta-se nos seguintes factos:

O morador apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, apresenta 43 rendas em

dívida, no valor de 790,50 €, compreendidas no período entre Junho de 2007 e Junho de 2011, as quais, depois de

acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 395,25 €, perfazem

uma dívida de 1 185,75 €.

Com o morador já foi tentada, por diversas vezes, a celebração de acordos de pagamento sem que se tenha obtido

sucesso.

O presente projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do nº 1, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009,

de 20 de Maio, no nº 7, do artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do

Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica o morador e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da

Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a decisão se torne

definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final

do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removi-

dos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde

poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da

qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no prazo máx-

imo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que haja pronúncia ou

no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.

O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no Departamento

de Habitação, Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sita na Rua Alves Redol, nº 16, 1º,

2600 Vila Franca de Xira, das 9:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publica-

dos nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 6 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

EDITAL Nº 377/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA

FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 06/04/2011, pro-

ferido ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e

para o disposto na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº

5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal

sita na Rua Antero de Quental, Lote 80, 1º Esq, Urbanização de Arcena, em Alverca do Ribatejo, determinar a

cessação da licença de utilização do referido fogo, atribuído a Sali Camara e demais agregado familiar, ou res-

identes, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo dos ocupantes.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- A moradora apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, apresenta 235

rendas em dívida, no valor de 923,38 €, compreendidas entre Dezembro de 2007 e Junho de 2011, as quais,

depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de

461,69 €, perfazem uma dívida de 1 385,07 €.

- À moradora já foram dadas diversas oportunidades para proceder ao pagamento da quantia em dívida, a últi-

ma das quais em 02/09/2005, estando actualmente em dívida com 21 prestações do referido acordo, no valor

global de 1 567,70 €.

Este projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do n.º 1, do artigo 3º, da Lei 21/2009, de

20 de Maio, no nº 7, do artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº º 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos

do Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto no n.º 6 e 7, do artigo

3º, da Lei n.º 21/2009, de 20 de Maio, e no n.º 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, dis-

põem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do

prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo

removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local designado para o

efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente noti-

ficação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do

Código Civil.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e

publicados nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 11 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

A jovem cavaleira Ana Rita vai tirar a alternati-

va na próxima sexta-feira, no decorrer da 47ª.

Corrida TV, que se realiza no coliseu da vila

alentejana do Redondo. O espectáculo, com iní-

cio às 22h00, conta ainda com os cavaleiros

Manuel Jorge de Oliveira, António Teles, Luís

Rouxinol, Tito Semedo e Marcos Bastinhas.

Pegam os forcados amadores de Cascais, de

Elvas e do Redondo. A cavaleira tau-

romáquica Ana Rita é a mais

recente representante de

Azambuja na tauromaquia

nacional e internacional.

Com apenas 22 anos de

idade, Ana Rita confiden-

ciou ao Voz Ribatejana

que desde cedo quis

“abraçar” a arte da tauro-

maquia. “Ia ver as corridas

e as largadas e dizia à minha

família que um dia queria ser

eu a lá estar dentro da arena”,

conta a cavaleira ao nosso jornal.

Ana Rita tinha um cavalo em casa e

essa paixão começou a desenhar-se muito

cedo, tendo em conta que, na família, ninguém

tinha ligações ao mundo da tauromaquia e lem-

bra mesmo que a primeira fotografia que tem

montada num cavalo tinha apenas um mês de

idade.

Nos momentos mais complicados, Ana Rita diz

que fala com os cavalos “são os meus melhores

amigos” mesmo sabendo que eles não respon-

dem. Mas para a toureira o que é importante é

mesmo estar junto dos animais, com quem tem

uma relação diária na quinta do cavaleiro.

Chegar até aqui foi “complicado”. Foi para Ana

Rita “um caminho duro em termos familiares.

Tive um trajecto um pouco difícil, mas acho que

agora tudo se está a encaminhar para realizar um

sonho e ser feliz”.

Para Ana Rita, o mais difícil não é ser

mulher, “o que é difícil nesta arte é

que se tem de abdicar de muita

coisa para ser toureiro”.

Deixou para trás muitas saí-

das com os amigos e o ir à

praia da infância e da

juventude, mas garante

que não sentiu falta dessa

vida porque está a colher

os frutos do seu trabalho.

Embora apenas com 22

anos, Ana Rita diz que já lá

vão alguns sustos. O pior, ref-

ere, é quando é preciso “colocar-

se em frente a um toiro de quinhentos

quilos e ter de matar o toiro a pé”, salienta.

Todavia isso não a demove do sonho que está

então a um passo de se tornar realidade.

Em Azambuja, Ana Rita gostava de tourear na

nova praça de toiros de Azambuja, “já que sou do

concelho para as pessoas da minha terra e do

meu concelho reconhecerem o meu valor”.

Miguel António Rodrigues

Ana Rita tira alternativa no Redondo

O jardim situado junto à PRAÇA DE TOIROS DO CARTAXO

acolhe espectáculos das chamadas Noites de Verão. No sábado dia 6

actuam Jorge Manuel e Luís Carreira. Na noite de dia 13 será a vez

da música popular, com os Cantares D’ Aldeia, Ermelinda Carvalho e

Manuel Carvalho, acompanhado pela Banda Idade Média. A última

Noite de Verão de 2011, no dia 20, será dedicada ao fado, com

Armando Reizinho, Ilda Gabriel, Elias Santos, Filipa Maltieiro, José

Manuel Duarte, Aurora Gonçalves e Vasco Casimiro.

Page 24: Voz ribatejana 3 agosto 2011

CULTURA

24

voz ribatejana #18

Vila Franca de Xira

Exposição de Fotografia "Tejo,

como te Revejo" , de Pedro Inácio,

até 6 de Agosto, na Galer ia

Municipal de Exposições Palácio

Quinta da Piedade, Póvoa de St.ª

Iria.

Exposição “The Return Of The

Real 15” de Rita Castro Neves, até

11 de Setembro, no Museu do Neo-

Realismo, em Vila Franca de Xira;

Exposição “Biobibl iográfica

sobre Luiz Francisco Rebello” ,

até 25 de Setembro, no Museu do

Neo-Realismo.

Exposição "Batalha pelo

Conteúdo" , até 30 de Setembro,

no Museu do Neo-Realismo.

Exposição “Vidas e Obras de um

só… Pessoa!” , a té 30 de

Setembro, na Galer ia de

Exposições da Bibl ioteca de

Alverca

Exposição do Centenário de

Manuel da Fonseca , a té 9 de

Outubro, no Museu Neo- Realismo

Exposição Comemorativa dos

200 Anos das Linhas de Torres

Vedras , até 16 de Outubro, no

Celeiro da Patriarcal.

Exposição "Escola do Meu

Tempo" , até 30 de Novembro, no

Núcleo Museológico de Alverca

Comemorações do Centenário de

Alves Redol, durante todo o ano:

Várias exposições dos mais varia-

dos géneros, c ic lo de cinema,

sessões de teatro, encontros e con-

ferências , graff i t i e concertos

filarmónicos.

Leituras de Verão , de 1 a 31 de

Agosto, todos os dias úteis, das

10h30 às 13h00 e das 14h00 às

17h00, excepto 2 e 4 de Agosto, no

Posto de Leitura – Bibliomóvel, no

Jardim José Álvaro Vidal em

Alverca.

Música no Museu - mês de

Agosto: dia 21 (João Louro) dia 28

(Rancho Folclór ico da Casa do

Povo de Arcena) , no Núcleo

Museológico de Alverca

Feira de Artesanato e

Antiguidades , dia 13 de Agosto,

na Praça 7 de Março (no 2º sábado

de cada mês, entre as 10h e as

18h00), em Alhandra.

Alenquer

Exposição de trabalhos realiza-

dos pelos alunos dos agrupamen-

tos do concelho , até 31 de Agosto,

na Bibl ioteca Municipal de

Alenquer.

Universidade da Terceira Idade -

inscrições ano lectivo 2011/12, até

16 de Setembro, na Bibl ioteca

Municipal de Alenquer.

Biblioteca em Movimento , até 30

de Setembro, a Bibl ioteca

Municipal de Alenquer vai à rua

em vários locais de Alenquer.

Arruda dos Vinhos

Exposição Mostra de Artesanato ,

até 30 de Agosto, “Artesãos do

Concelho”, no Posto de Turismo

de Arruda.

Exposição de Fotografia de Hugo

Delgado , a té 10 de Agosto, na

Galeria Municipal de Arruda;

Festas em Honra de Nossa

Senhora de Santa Anta , de 5 a 7

de Agosto, em Carvalha.

Festas de São Lourenço de

Arranho , de 5 a 8 de Agosto em

Arranho.

Festas em Honra de Nossa

Senhora da Salvação , de 6 a 18 de

Agosto, novenas, festival de fol-

clore, largada de touros, noite da

sardinha assada, cerimónias reli-

giosas , noi te de fados e muito

mais, em Arruda dos Vinhos.

Comemoração do 35º Aniversário

da Sociedade Recreativa de A-

Do-Mourão , nos dias 20 e 21 de

Agosto, em A-Do-Mourão, S.

Tiago dos Velhos.

Azambuja

Festejos Anuais de Manique do

Intendente em Honra de S.

Pedro , de 12 a 15 de Agosto, na

Praça dos Imperadores , em

Manique do Intendente . Org:

Comissão de Festas de Manique

do Intendente / 2011 . Baile, dia

13 de Agosto, no Centro Cultural e

Recreativo de Casais dos Britos.

Org.: C.C.R.C.B.

Comemoração do 76º Aniversário

do Grupo Columbófi lo

Azambujense , dia 19 de Agosto,

em Azambuja. Org. : Grupo

Columbófilo Azambujense.

Festa Anual em Honra da Nª

Senhora do Rosário , de 26 a 28 de

Agosto, em Tagarro. Organização:

Ass. Desport iva e Cul tural de

Tagarro.

Festival Nacional de Folclore

Infanto-Juvenil , d ia 27 de

Agosto, pelas 20h00, na

Associação Recreativa e Cultural

de Quebradas. Org.: Ass. R. e C.

de Quebradas.

Benavente

Exposição “Da Vinha ao Vinho” ,

Comemorativa do Aniversário do

Museu Municipal de Benavente,

a té 29 de Outubro, no Museu

Municipal de Benavente.

Exposição “Faianças Artísticas -

Bordalo Pinheiro” , a té 17 de

Setembro, na Galer ia Bar do

Palácio do Infantado, em Samora

Correia.

Exposição “Campino - O Homem

da Lezíria” , de 18 Agosto a 04 de

Fevereiro de 2012, na Galeria 2 -

Palácio do Infantado, em Samora

Correia.

Festas em Honra de N.ª Sr.ª da

Paz , de 5 a 9 de Agosto, em

Benavente . Tradição rel igiosa,

Espectáculos Musicais, Largadas

de Toiros. Organização: Comissão

das Festas de N.ª Sr.ª da Paz. 16º

Almoço Convívio de Idosos, dia

25 de Agosto, na Herdade do

Zambujeiro, Santo Estêvão.

Bai lar ico e muita animação.

Inscrições até 24 de Agosto nas

Juntas de Freguesia do Município,

Festas em Honra de N.ª Sr.ª do

Carmo , de 26 a 28 de Agosto, nos

Foros da Charneca. Arraiais ,

Espectáculos Musicais, Garraiada.

Organização: Liga de

Melhoramentos de Foros da

Charneca.

Salvaterra de Magos

Manhãs na Falcoaria Real , dias

2, 3, 4, 9, 10 ou 11 de Agosto, na

Falcoaria Real de Salvaterra de

Magos. Para as cr ianças , com

idades compreendidas entre os 10

e 15 anos.

Festa em Honra de S. Miguel

Arcanjo , de 5 a 8 de Agosto, em

Marinhais.

Festas em Honra do Mártir São

Sebastião , de 12 a 15 de Agosto,

em Muge.

Festas em Honra de Nossa

Senhora da Glória , de 19 a 22 de

Agosto, na Glória do Ribatejo.

Santarém

Exposição permanente - “acervo

patrimonial da Casa do Brasil”

que consta de objectos recolhidos

e dos achados da intervenção

arqueológica de 1996-7, entre out-

ros, na Casa do Brasil.

Exposição “Memórias da (na)

Rua - Praça Marquês de Sá da

Bandeira” , até 31 de Agosto, no

Núcleo Museológico de Arte e

Arqueologia - S. João de Alporão.

Exposição de pintura: “A

Toirada” , da ar t is ta Mité . “A

Toirada”, pretende destacar e val-

orizar a faceta artística deste tão

controverso espectáculo, até 28 de

Agosto. na Casa do Brasil.

Festival do Tomate, Azeite e

Alho , até 31 de Agosto, nos 11

restaurantes aderentes do concelho

de Santarém. Durante um mês,

delicie-se com as iguarias onde

não fal tam os t rês magníf icos

ingredientes: Tomate, Azei te e

Alho.

Feira de Agricultura Biológica ,

dia 24 de Agosto, no Jardim da

Liberdade. Organização: Escolas

Superiores de Educação e Agrária

de Santarém, com apoio da Câmara

Municipal de Santarém.

coordenação: António Preto

Agenda Cultural

O Núcleo Museológico do Museu Municipal em Alverca do

Ribatejo está a organizar, desde Junho e até 25 de Setembro, um

conjunto de acções de animação com grupos de música popular

portuguesa da região. Sempre aos domingos, a partir das 16h00,

na Praça João Mantas, estas iniciativas assentam na ideia de que

a música popular também é “um meio essencial para a promoção

e divulgação do património e da história local”.

O programa será retomado no próximo dia 21 de Agosto com uma

actuação de João Louro. Seguem-se o Rancho Folclórico da Casa

do povo de Arcena (28 de Agosto), o Grupo Ré Maior (4 de

Setembro), o Grupo Popular de Música Tradicional Portuguesa de

Vialonga (11 de Setembro), o Grupo Etnográfico de Alverca (18)

e o Grupo Coral Unidos do Baixo Alentejo (25 de Setembro).

A Câmara de Benavente está a

promover a quarta edição do

Prémio Nacional de Poesia

Natércia Freire. Uma iniciativa

que tem o apoio da Companhia

das Lezírias, que compartici-

pará com o valor total do

prémio (1500 euros), suportan-

do a autarquia os custos admin-

istrativos e de apoio à edição

da obra premiada. Desta vez

não haverá lugar a pagamento

de qualquer verba aos mem-

bros do júri, tendo sido convi-

dadas duas personalidades que

habitualmente já colaboram

com as iniciativas da autarquia,

António Modesto Navarro

(escritor e tradutor) e José

Colaço Barreiros (poeta). O

terceiro elemento do júri dev-

erá ser um professor da

Secundária de Benavente e a

edilidade vai tentar desen-

volver uma parceria com uma

editora para a edição do trabal-

ho premiado.

Com este prémio nacional, a

Câmara de Benavente pretende

homenagear uma personali-

dade de grande relevo na liter-

atura portuguesa do século XX

nascida em Benavente e incen-

tivar a produção poética, per-

mitindo a revelação ou con-

sagração de autores nacionais.

Os originais concorrentes, dev-

idamente encapados e mencio-

nando nas folhas de rosto os

seus títulos e respectivos

pseudónimos, devem ser envi-

ados ou entregues nos serviços

do Município de Benavente até

31 de Agosto.

Natércia Freire nasceu em

Benavente em 1919 e publicou

o seu primeiro livro de poesia

aos 18 anos. Em 1964 recebeu

a Medalha de Ouro de Mérito

Nacional Francês e, em 1966, o

Diploma de Honra da

Academia de Jogos Florais de

Loine-Ocean. Durante cerca de

20 anos dirigiu o suplemento

“Artes e Letras” do Diário de

Notícias.

Alverca

Música popular

anima tardes de

domingo

Benavente

Prémio Natércia

Freire tem prazo

de entrega até fim

de Agosto

Page 25: Voz ribatejana 3 agosto 2011

As quatro exposições previstas

constituem um dos pontos fortes

do programa das Festas de

Arruda dos Vinhos. Para dia 12,

às 19h00, está marcada a inau-

guração, na galeria municipal,

da exposição “Arruda da Pré-

História à História”. Segundo a

vereadora Gertrudes Cunha, esta

mostra resulta do trabalho de

investigação que tem vindo a ser

feito pelo Município, também

por causa do bicentenário das

Linhas de Torres. “Temos vindo

a descobrir algum material rela-

tivamente à origem de Arruda. E

temos estado a trabalhar com o

arqueólogo, que faz parte da

Gesruda, mas trabalha muito

connosco, também por causa da

questão dos fortes”, explica a

edil, frisando que o objectivo

desta exposição é, igualmente,

“enriquecer a nossa festa, dando

a conhecer também um pouco

do que é a história de Arruda”.

De acordo com Gertrudes

Cunha, esta mostra tem também

alguma colaboração do Museu

Nacional de Arqueologia. “Há

algumas peças que foram aqui

encontradas em Arruda e que

nos vão trazer e ceder para

expormos durante a festa. E

apresentamos também outros

materiais que temos no

Município”, explica.

Na sequência de um desafio

lançado pelo próprio Município,

estará patente no Gabinete de

Actividades Económicas (antigo

posto de turismo) uma

exposição intitulada “Arruda

esta terra personagem”, organi-

zada pelos Trovadores do Vento,

um grupo de poetas local que

costuma organizar sessões de

leitura de poesia. “Lancei-lhes o

repto de à poesia aliarem uma

fotografia relacionada com a

nossa terra e vai ficar uma

exposição muito bonita, porque

souberam aliar muito bem a poe-

sia de cada um deles e as

fotografias que tiraram”, con-

cretiza Gertrudes Cunha.

Já na tarde de dia 13 abre, no

Jardim Municipal, uma

exposição de artesanato local e

no Clube Recreativo e

Desportivo Arrudense vai estar

patente uma exposição subordi-

nada ao tema: ”CRDA – Ontem,

hoje e amanhã”.

26

voz ribatejana #18

Exposições marcam festas de Arruda

Seisgrupos

noFestival

deFolclore

O 31º. Festival deFolclore organizado pelo

Rancho Podas eVindimas conta com a

participação de seis gru-pos. Para além dos agru-pamentos adulto e infan-

til da casa, actuam “OsLobos da Serra” (Castro

D´Aire), o Rancho daTrofa, o Rancho Eira da

Pedrinha (Condeixa-a-Velha) e o Rancho

Regional e Cultural daBranca (Coruche).

Grandes figuras

nas corridas das

Festas de Arruda

As duas corridas de toiros integradas nas

Festas em Honra de Nossa Senhora da

Salvação de Arruda dos Vinhos são, este ano,

organizadas pela Sociedade Campo

Pequeno no âmbito da parceria que mantém

com a Tertúlia “O Piriquita”. Os cartéis

prometem espectáculos bem interessantes.

Na noite de dia 16 realiza-se uma corrida

mista com os cavaleiros Luís Rouxinol e

João Telles Jr. e o matador de toiros espan-

hol António Ferrera. As pegas vão estar a

cargo dos grupos de forcados amadores de

Vila Franca de Xira e do Aposento da Moita

e vão estar em praça quatro toiros de

Manuel Coimbra (lides a cavalo) e dois de

Manuel Veiga (lides a pé).

Já no dia 17 haverá uma corrida à portugue-

sa em Arruda, que será também concurso de

ganadarias e de pegas. Actuam os cavaleiros

António Ribeiro Telles, Ana Batista Marcos

Bastinhas, Duarte Pinto, Tiago Carreiras e

Marcelo Mendes. O concurso da melhor

pega será disputado pelos forcados

amadores de Azambuja, Alenquer e Arruda

dos Vinhos e os seis toiros pertencem às

ganadarias de Pinto Barreiros, Vinhas, Ruy

Gonçalves, Jorge de Carvalho, Manuel

Coimbra e Pégoras.

Limitações

financeiras adiam

Museu de Arruda

A criação de um “Museu de Arruda” que

apresente os principais aspectos da história,

da etnografia e do património local é um dos

objectivos anunciados pelo Município há já

alguns anos. A ideia passa pela recuperação

e adaptação do edifício dos antigos Paços do

Concelho (junto à igreja e onde funcionou o

quartel da GNR), mas as limitações finan-

ceiras não vão permitir a sua concretização

no curto e médio prazos.

“O projecto ainda foi candidatado a fundos

comunitários, só que não há dinheiro. É um

projecto que não está esquecido, mas que

está em stand-by. Envolve também o arran-

jo da zona envolvente, no centro histórico da

vila, é um projecto que a mim me diz muito,

mas compreendo que, neste momento, há

outras prioridades e, neste momento, as pri-

oridades são ajudar quem precisa mais. O

que conseguirmos ter de algum extra é para

ajudar mesmo quem precisa. São opções

que temos que fazer”, salienta Gertrudes

Cunha, frisando que ninguém entenderia

que se avançasse para uma obra deste tipo e

existissem casos de munícipes em maiores

dificuldades a que a Câmara não con-

seguisse ar alguma resposta de apoio.

EDITAL Nº 369/2011

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA

DE XIRA

FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao

abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na

alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e

Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:

- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita na Rua

Fernando Namora, nº 6, r/c dto, em Alverca do Ribatejo, determinar a cessação da licença de utilização do referido fogo,

por parte de Ana Silvina Carreiro Atouguia, e demais residentes, o qual foi atribuído segundo o regime da renda apoiada.

Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:

- A moradora apresenta rendas em dívida há mais de 3 meses. Concretamente, está em mora com o pagamento de 6 ren-

das, compreendidas entre Janeiro e Junho de 2011, no valor de 28,90 €, as quais, depois de acrescidas da indemnização

moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no valor de 14,48 €, perfazem uma dívida no valor de 43,38 €.

- Para além das supra referidas rendas em dívida, a moradora está ainda em dívida para com o Município com a quantia

de 613,51 €, correspondente a 19 prestações mensais não pagas do acordo de pagamento em 60 prestações de 32,29 €,

da quantia global de 1 937,49 €, celebrado em 25/06/2007.

Este projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do nº 1 e do nº 5, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009,

de 20 de Maio, no nº 7, do artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do

Regulamento de Habitação Municipal.

Mais fica a moradora e demais interessados notificados de que, nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do artigo 3º, da Lei

nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a decisão se torne defi-

nitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que, se não o fizerem até ao final do

prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos

todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão

ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão

declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.

Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº 101º do Código do Procedimento Administrativo, no prazo máxi-

mo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que haja pronúncia, ou

no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.

O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no Departamento de

Habitação, Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sita na Rua Alves Redol, nº 16, 1º, 2600

Vila Franca de Xira, das 9:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicados

nos jornais locais.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 5 de Julho de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

O museu está previsto para os

antigos Paços do Concelho

Page 26: Voz ribatejana 3 agosto 2011

ESPECIAL FESTAS DE AGOSTO

Jorge Talixa

Sob o signo da contenção e

com uma forte aposta nos gru-

pos locais, as tradicionais

Festas em Honra da Senhora

da Salvação de Arruda dos

Vinhos prometem, ainda

assim, muita animação de 12 a

18 de Agosto. Organizadas

pelo Município em parceria

com a Paróquia, o Rancho

Podas e Vindimas e a tertúlia

“O Piriquita”, as festas arru-

denses caracterizam-se por um

misto entre as tradicionais

actividades religiosas, que

arrancam já com as novenas

que se realizam de 6 a 14 de

Agosto, a música e as activi-

dades taurinas com largadas e

corridas de toiros. As

exposições (ver página 26) são

outra das fortes componentes

dos festejos.

Gertrudes Cunha, vereadora

com os pelouros da Cultura e

do Turismo no Município arru-

dense, admite que o programa

organizado este ano é bastante

contido, sobretudo no que diz

respeito aos espectáculos, mas

que sublinha que se procurou

apostar na divulgação dos

agrupamentos locais e que,

com alguma criatividade,

acredita que as festas vão de

encontro aos gostos da popu-

lação. “Quando não há din-

heiro, temos que ter criativi-

dade e boa vontade para não

deixarmos morrer as nossas

festas. Claro que este ano não

vão ter a qualidade que têm

tido noutros anos, em termos

de espectáculos, mas vamos

querer manter a qualidade nos

eventos que organizamos,

incluindo muito a prata da

casa”, frisa a autarca, salien-

tando que o envolvimento de

entidades parceiras como a

paróquia, o rancho folclórico e

a Piriquita é muito importante,

porque pela “partilha de

responsabilidades” e porque

“mobiliza mais a comu-

nidade”.

Mas um programa muito

baseado na “prata da casa” não

corre o risco de se tornar repe-

titivo? Gertrudes Cunha acha

que não, considerando que é

também “uma forma de dar-

mos a conhecer e de promover-

mos o que temos de bom na

nossa terra. Não acho que seja

muito repetitivo. Os grupos

não são muitos, mas também é

uma forma de os ajudar e de

eles nos ajudarem a nós. Na

fase que corre não podemos

andar a sonhar alto. É dá-los a

conhecer, ajudá-los e eles aju-

darem-nos também. E isso

gera também um grane

envolvimento da comu-

nidade”, sustenta a edil.

Ao nível musical, as festas

anuais de Arruda ficam, este

ano, marcadas pelo festival de

folclore da tarde de dia 13 (ver

caixa), pelo concerto da Banda

de Arruda no dia 17 e pela

noite de fado, a encerrar os fes-

tejos, no dia 18. Nota-se,

todavia, que na Festa da Vinha

e do Vinho, em Novembro, se

tem mantido uma forte pre-

sença de figuras de cartaz no

âmbito da música. “Estas

Festas de Agosto têm a partic-

ularidade de serem festas gra-

tuitas, as pessoas não pagam

em todas as actividades que

temos. Na Festa da Vinha e do

Vinho temos algumas formas

de receita e de minimizar essas

despesas, embora este ano ten-

hamos já uma grande redução

nesse tipo de espectáculos”,

vincou. “Nas Festas de Agosto

isso não acontece. Já tivemos

experiências com espectáculos

pagos, com os GNR e com o

João Pedro Pais, os bilhetes

não eram caros e foram fiascos

completos. Houve um ano em

que trouxemos o frei Hermano

da Câmara, a praça de toiros

esteve praticamente cheia, mas

são espectáculos em que aqui-

lo que as pessoas pagam de

entrada não chega, porque

também envolvem estruturas

brutais de montagem”, refere.

Por isso, Gertrudes Cunha

salienta que há muito bons

agrupamentos no concelho e

que, também na noite de fado,

em que deverá participar Joana

Amendoeira, está prevista a

presença do jovem arrudense

Diogo Ferreira. A aposta na

noite de fados tem sido muito

bem recebida e a autarca acha

que um dos objectivos funda-

mentais da festa será a preser-

vação da cultura e das

tradições regionais. “O que

pretendemos é mostrar aquilo

que sabemos fazer e aquilo que

temos no concelho, de uma

forma cuidada”, explica.

Em anos anteriores, as Festas

de Arruda eram acompanhadas

por uma mostra de actividades

económicas que, ultimamente,

tem sido mais canalizada para

a Festa da Vinha e do Vinho.

“Creio que não é muito opor-

tuno fazer esse tipo de

exposição neste momento.

Esse tipo de exposição preferi-

mos canalizar para a Festa da

Vinha e do Vinho. As empresas

nesta altura também têm outras

preocupações, no jardim per-

dia-se um bocado e esse

espaço já está ocupado com

outras actividades”, conclui.

Festas de Arruda apostam na prata

da casa em ano de contençãoAs festas de Nossa Senhora

da Salvação de Arruda dos

Vinhos têm grande tradição.

Este ano, o programa apre-

senta-se especialmente conti-

do, mas mantém as suas

principais componentes, com

as actividades religiosas,

exposições, música popular,

largadas e corridas de toiros.

Destaques doPrograma

6 a 14 de Agosto – 21h15Novenas em Honra da

Senhora da Salvação12 de Agosto

19h00 – Inauguração deexposições

21h30 – Procissão de Velas13 de Agosto

17h00 – Festival de Folcloreno Jardim Municipal

14 de Agosto22h00 – Largada de Toiros

nas ruas da vila00h00 – Noite da sardinha

assada15 de Agosto

18h00 – Procissão acompan-hada pela Banda da

Misericórdia de Arruda22h00 – Arraial no adro da

igreja16 de Agosto

10h30 – Largada de Toiros22h00 – Corrida de Toiros

17 de Agosto10h30 – Largada de Toiros

14h30 – Animação com “OsChafaristas”

17h00 – Largada de Toiros20h30 - Concerto com a

Banda de Arruda22h00 – Corrida de Toiros

18 de Agosto22h00 – Noite de Fados

Arruda dos Vinhos, Samora Correia, Benavente, Vialonga, Coruche. Marinhais,

Arranhó, Carvalha e Glória do Ribatejo.

Gertrudes Cunha

Page 27: Voz ribatejana 3 agosto 2011

27

3 de Agosto de 2011

Jorge Talixa

Apesar das limitações finan-

ceiras, as Festas em Honra de

Nossa Senhora de Oliveira e de

Nossa Senhora de Guadalupe

de Samora Correia apresentam

um programa recheado de

motivos de interesse.

Organizados pela Associação

Recreativa e Cultural Amigos

de Samora, os festejos decor-

rem de 18 a 23 de Agosto, com

realce para os desfiles etnográ-

ficos, para as largadas e corri-

das de toiros, para o espectácu-

lo de encerramento “Emoções

Ibéricas” e para o folclore. O

campino é também figura cen-

tral nas festas de Samora

Correia, com várias provas e

demonstrações e uma home-

nagem, no sábado, ao campino

José Carlos Semeador. Os fes-

tejos anuais de Samora Correia

têm, também, uma forte com-

ponente religiosa, com cortejos

e procissões nos dias 18 e 21.

Dora Coutinho, presidente da

ARCAS, admite dificuldades,

mas sublinha que houve a pre-

ocupação de manter as activi-

dades habituais, reduzindo

sobretudo os custos nas

chamadas variedades em que,

este ano, estará apenas a con-

hecida Ruth Marlene na noite

de dia 21. “O programa foi

delineado com alguma con-

tenção financeira. No entanto,

procurámos manter o nível já

atingido e também mantemos

todas as actividades realizadas

noutros anos, tais como as

entradas de toiros, a noite da

sardinha assada, que é gratuita,

os arraiais, os espectáculos

musicais e etnográficos, as pro-

cissões, maneio de gado bravo,

os cortejos e as corridas de

toiros”, explica a responsável

da ARCAS, frisando que a con-

tenção “reflecte-se sobretudo

na animação musical, em que,

este ano, trazemos só uma

artista de nome que é a Ruth

Marlene”, mas sublinhando

que haverá animação musical

em todos os seis dias da festa.

Apresentar alguns dos grupos

culturais locais é outra das pre-

ocupações da ARCAS, tanto

nas festas de Agosto, como

noutras iniciativas como o fes-

tival de gastronomia da Lezíria

Ribatejana. “Procuramos

mostrar o que se faz na nossa

terra, ginástica, sevilhanas, ran-

chos folclóricos e também gru-

pos musicais. São espectáculos

com muita aceitação, onde as

pessoas muitas vezes se encon-

tram pela primeira vez com o

trabalho realizado pelas associ-

ações”, constata Dora

Coutinho, salientando que “a

ARCAS só consegue realizar

os eventos com o envolvimento

de toda a comunidade”. A pres-

idente dos Amigos de Samora

destaca o “excelente apoio” da

Câmara Municipal de

Benavente, da Junta de

Freguesia de Samora Correia,

da Guarda Nacional

Republicana, dos Bombeiros

Voluntários e da Companhia

das Lezírias e considera que o

comércio local, que “vive tem-

pos difíceis”, também “con-

tribui e está sempre ao lado da

festa”. Já o mesmo não pode

dizer de algumas empresas

sedeadas na freguesia de

Samora. “Quando contactadas,

mostram pouca abertura ao

envolvimento e apoio à comu-

nidade. Poderíamos ter mais

apoio de algumas dessas

empresas”, conclui.

Festas de Samora mantêm tradiçãoAs festas anuais de Samora Correia realizam-se de 18 a 23 de

Agosto, com um programa que aposta muito nas tradições

ribatejanas.

18 de Agosto - (Quinta-Feira)

17h00 - Abertura Oficial das Festas na Praça

da República

17h30 - Inauguração da Exposição “

Campino, Homem da Lezíria ”, no

Palácio do Infantado

19h00 - Entrada de Toiros com Campinos e

Lavradores a cavalo

21h00 - Cortejo de Cavaleiros Amadores (tra-

jados a rigor) a acompanhar as imagens de Nª.

Sª. da Guadalupe, desde a capela do Porto

Alto, e de S. João Baptista, desde a capela dos

Arados até à Igreja Matriz de Samora Correia,

com a participação da Banda da SFUS

22h00 - Concerto pelas bandas da Sociedade

Filarmónica União e Progresso Madalense e

Sociedade Filarmónica União Samorense

19 de Agosto - ( Sexta-Feira)

10h00 - Encierro com os Toiros da Corrida

19h00 - Entrada de Toiros com Campinos e

Lavradores a cavalo

22h00 - Arraial Popular com o Grupo Musical

Jat’Digo

22h00 - Corrida de Toiros de Homenagem

Póstuma ao forcado Rogério Domingos

20 de Agosto - (Sábado) Dia do Campino

10h00 - Provas de condução de jogos de

cabrestos e de perícia de Campinos

15h30 - Concentração de Campinos,

Marialvas e Cavaleiros Amadores, Ranchos

Folclóricos e convidados

16h00 - Desfile Etnográfico

17h00 - Homenagem ao Campino - José

Carlos Semeador (José Moleiro).

18h30 - Passagem de Toiros na Av. “O

Século”, seguida de Largada no Largo 25 de

Abril

21h00 - Festival de Folclore na Praça da

Republica com a actuação dos ranchos:

Etnográfico “Samora e o Passado”, Cantares

de Montemuro (Castro d’Aire), Etnográfico

de Cernache do Bonjardim (Sertã), “As

Fogaceiras” (Santa Maria da Feira) e União

Folclórica da Bobadela (Loures)

21h30 - Noite de Sardinha Assada

Dia 21 (Domingo) - Dia da Padroeira

10h30 - Prova de Campo - Maneio de Gado

Bravo

15h30 - Concentração de campinos e cav-

aleiros amadores(trajados a rigor) para o des-

file de Nª. Sª. de Alcamé, junto à residencial S.

Lourenço.

16h00 - Cortejo de Nª.Sª. de Alcamé com a

participação da Banda Sociedade Filarmónica

União e Progresso Madalense, d a

Banda da SFUS e da Fanfarra dos Bombeiros

de Samora

17h00 - Missa em Honra de Nª.Sª. de Oliveira

18h00 - Procissão com todas as imagens pelas

ruas de Samora Correia

23h00- Variedades com Ruth Marlene

Dia 22 (Segunda-Feira) Dia do Emigrante

19h00 - Entrada de Toiros com Campinos

e Lavradores a cavalo

22h00 – Arraial com o grupo Sentido

Obrigatório

22h00 - Corrida de Toiros

Dia 23 (Terça-feira)

22h00 - Espectáculo

“Emoções Ibéricas”

na praça de toiros

Corridas de toiros nos dias 19 e 22

O programa das Festas de Samora integra também duas corridas de toiros nocturnas, que

se realizam nos dias 19 e 22. Na primeira, de homenagem póstuma ao forcado Rogério

Domingos, actuam os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias e Pedro Salvador e os forca-

dos amadores do Ribatejo e de Coruche. Uma corrida com seis toiros da ganadaria de

Nuno Casquinha.

Na noite de dia 22 realiza-se uma corrida concurso de pegas, com a participação dos gru-

pos de forcados da Moita, de Salvaterra de Magos e do Ramo Grande. Perante seis toiros

da ganadaria espanhola de Dolores Aguirre Ybarra actuam os cavaleiros José Manuel

Duarte, Tito Semedo, Marco José, Gilberto Filipe, Tiago Martins e Nelson Limas.

Destaques do Programa

As actividades com campinos são dos

pontos fortes do programa

Page 28: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Voz Ribatejana - A ARCAS

completou recentemente 25

anos de existência e tem

procurado ao longo dos anos

preservar e desenvolver

alguns dos principais aspe-

ctos culturais e momentos da

vida da cidade de Samora

Correia. Acha que os obje-

ctivos que presidiram à

cons-tituição da associação

têm vindo a ser alcançados?

Dora Coutinho - A ARCAS

foi fundada em 1986 com o

objectivo de dar apoio jurídico

à Rádio Íris. Mais tarde, devido

à abertura do concurso para

atribuição de alvarás de radio-

difusão, a ARCAS deixa a

rádio. Os seus sócios, na altura

e em boa hora, decidiram dar

nova vida à associação e

começaram a desenvolver

algumas actividades que ainda

hoje perduram. Ao longo

destes 25 anos, os seus objec-

tivos têm sido conseguidos,

quer na preservação dos nossos

costumes, quer na divulgação

da nossa cultura e, também, na

promoção da terra. No geral,

esta atitude tem sido bem

entendida e aceite pela comu-

nidade.

A ARCAS tem também o

estatuto de IPSS e entre os

seus objectivos está a boa

inserção de novos núcleos

familiares que venham

residir para Samora. Como é

que essa vertente tem vindo a

ser desenvolvida?

Os eventos realizados são

praticamente seguidos uns aos

outros e, por isso, muito exi-

gentes. Somos uma equipa

grande, onde em cada evento se

vão juntando mais voluntários,

com uma imensa vontade de

contribuir para a sua terra (de

nascimento ou acolhimento). E

é aqui que a vertente social de

inserção de novos residentes na

nossa comunidade se mantém

bem viva, dando a oportu-

nidade de se integrarem e con-

tribuírem para a sua terra. Os

eventos que a ARCAS pro-

move são autênticas pro-

moções ao convívio, onde se

fala com o vizinho do lado e se

faz novas amizades.

Ao nível das instalações, a

ARCAS tem algum projecto

para criar um espaço que lhe

permita manter uma activi-

dade mais alargada e perma-

nente?

A ARCAS tem em mente

desenvolver no seu pavilhão

algumas actividades que lhe

permitam alguma estabilidade

financeira para assegurar os

eventos por si realizados, mas o

espaço precisa de grandes

obras e, neste momento de

tempo difíceis, não podemos

avançar, mas pensamos que o

pavilhão deve ser melhor

aproveitado no futuro.

Quantos associados tem a

ARCAS e como é que tem

evoluído a sua situação finan-

ceira?

O número de associados é de

cerca de 200, muito poucos se

falarmos num universo de

cerca de 17 mil pessoas resi-

dentes na freguesia. Temos ten-

tado colmatar essa situação

com campanhas de angariação

de sócios que, aos poucos, vão

tendo resultados. Há que con-

tinuar a trabalhar nesse sentido.

A nossa situação financeira é

sempre, como costumamos

dizer, “na corda bamba”. É

angariar fundos para cada

evento, contando com a boa

vontade da população, com os

subsídios da autarquia e apoio

do comércio e empresas, orga-

nizamos eventos mais

pequenos durante o ano de

angariação de fundos.

Até final deste ano que outras

iniciativas tem a associação

programadas?

Até ao final do ano vamos

realizar as Festas em Honra de

Nossa Senhora de Oliveira e de

Guadalupe, a Festa do

Halloween a 31 de Outubro no

nosso pavilhão e a fogueira e

presépio natalícios, no largo da

República.

28

voz ribatejana #18

ARCAS dá contributo decisivo para

manter as tradições samorensesCriada há 25 anos, em Abril

de 1986, a Associação

Recreativa e Cultural

Amigos de Samora (ARCAS)

tem desempenhado um papel

decisivo na preservação das

tradições e dos costumes da

freguesia, dinamizando

muitos dos seus principais

eventos, como são os casos

das Festas em Honra de

Nossa Senhora de Oliveira e

de Nossa Senhora de

Guadalupe, do Festival de

Gastronomia da Lezírias

Ribatejana e do Carnaval

samorense. Com um percur-

so feito de dificuldades,

agravadas em momentos de

crise como o que atrave-

ssamos, a ARCAS tem

sabido renovar a motivação

dos que voluntariamente

põem de pé todos os eventos

em que se envolve. Em entre-

vista ao Voz Ribatejana,

Dora Coutinho, presidente

da direcção da ARCAS,

realça o apoio da comu-

nidade e a aspiração que a

ARCAS tem de realizar

obras de fundo no seu pavil-

hão-sede que lhe permitam

organizar mais actividades

que lhe tragam a desejada

estabilidade financeira.

Jorge Talixa

Membros da direcção da ARCAS

Page 29: Voz ribatejana 3 agosto 2011

29

3 de Agosto de 2011

Benavente

em festa de 5

a 9 de Agosto

As tradicionais Festas em Honra de Nossa Senhora da Paz

realizam-se, na vila de Benavente, de 5 a 9 de Agosto, com

destaque para as actividades taurinas, para o espectáculo

com Luís Represas e para as cerimónias religiosas.

As festas anuais de Benavente arrancam já na próxima

sexta-feira com uma largada de toiros (18h00), um concer-

to com a banda da Sociedade Filarmónica Benaventense

(22h00) e um espectáculo com João Paulo.

No sábado destaque para a matiné infantil com insuflável

e pinturas faciais (16h00), concerto pela banda dos

Bombeiros de Salvaterra de Magos, procissão de velas e

espectáculo com “Gritos Mudos” – “Tributos aos Xutos”

(23h30)

No domingo, a partir das 10h00, haverá nova largada de

toiros. A procissão em Honra da Senhora da Paz, acom-

panhada pela banda dos Bombeiros de Salvaterra,

Escuteiros de Portugal e Corpo Activo e Fanfarra dos

Bombeiros de Benavente, tem início às 17h00. à noite

destaca-se o espectáculo com Leandro e a sua Banda.

Já na segunda-feira, haverá largada de toiros (18h00) e

espectáculo com Luís Represas tem início às 22h00.

As Festas de Benavente encerram na terça-feira com larga-

da de toiros (18h00), entrega da bandeira aos novos fes-

teiros e espectáculo Banda Arco-íris.

Festas de São

Miguel Arcanjo

animam Marinhais

A vila de Marinhais também vai estar em festa de 5 a 8 de Agosto, com os tradi-

cionais festejos em Honra de São Miguel Arcanjo. A comissão organizadora apos-

tou forte num programa onde se destacam os concertos com os Deolinda (domin-

go) e com José Cid (segunda) e duas sessões de fogo de artifício (madrugadas de

domingo e terça-feira).

O programa abre já amanhã à noite com missa campal. Na sexta-feira, a partir das

20h00, há animação de rua com os “Bombrando”. As exposições abrem às 21h30,

seguindo-se folclore com o Grupo de Danças “Os Lusitanos de Marinhais”. A noite

termina com sardinha assada, pão e vinho, espectáculo com o grupo Ondas, baile

e vacada.

No sábado, dia 6, realiza-se um passeio pedestre (9h00) e, à noite, actuam o grupo

MC Company e Bruna. Segue-se o espectáculo “Cantar

Portugal”, fogo de artifício e baile. Já no

domingo, a procissão está marcada

para as 17h00, seguida de desfile

de fogaças, animação infantil e

momentos de dança e música

filarmónica. Às 21h30 actua

a Orquestra de Acordeões

do Cartaxo e o espectáculo

com os Deolinda tem iní-

cio previsto para as

21h30.

As Festas de

Marinhais encerram

na segunda-feira com

jogos populares pela

manhã, vacada (18h00),

actuação de Los

Camaias e concerto com

José Cid e Big Band.

Corucheem festade 12 a

18 deAgosto

As Festas de Nossa Senhora doCastelo de Coruche realizam-se

de 12 a 18 de Agosto, com realcepara o cortejo etnográfico,

largadas e corridas de toiros (vertambém página 20), festival inter-

nacional de folclore, fogo deartifício (14 e 18) e espectáculos

com André Sardet e QuimBarreiros.

No dia 13 haverá tourada à cordaa partir das 18h00 e, no dia 14, o

destaque vai para o desfile de fan-farras (21H00). No dia 15, real-

iza-se, a partir das 22h00, oFestival Internacional de Folclore

António Neves. Os espectáculoscom Queen on Fire (dia 16),

André Sardet (17) e QuimBarreiros (18) são outros dos pon-

tos altos das festas.

Page 30: Voz ribatejana 3 agosto 2011

30

voz ribatejana #18

Paula Gadelha

A vila de Vialonga prepara-se para

acolher mais uma edição das tradi-

cionais festas em honra de Nossa

Senhora da Assunção, padroeira da

freguesia. O figurino habitual sofr-

erá apenas algumas alterações,

resultado da contenção orçamental

necessária e também da introdução

de novidades. “Como habitual,

vamos ter dois palcos a funcionar,

um no largo da igreja com conjun-

tos de baile e música mais tradi-

cional, e um palco no largo dos

bombeiros, mais virado para a

juventude, com festas, hip hop,

música africana e rock. Teremos

também as habituais tasquinhas à

volta do palco. O programa reli-

gioso também se mantém, com a

habitual procissão e outras cele-

brações”, avança José António,

presidente da Junta de Freguesia de

Vialonga.

A grande novidade das festas será

uma exposição de fotografia que

vai decorrer no salão nobre, intitu-

lada “Memórias e Gentes da Nossa

Terra”, que será sobre as terras e as

gentes da freguesia desde a

Revolução de Abril. É uma

exposição organizada pela Junta de

Freguesia, com fotografias da

autarquia, que será inaugurada

logo no dia 12. “Notamos que

existe sempre alguma curiosidade e

interesse pelas tradições e pelos

hábitos antigos, por isso resolve-

mos apostar numa exposição que

mostrasse isso mesmo, que relem-

brasse o passado da freguesia”, re-

fere o autarca.

Também no primeiro dia das festas,

abrirá uma mostra de artesanato. À

noite, no Palco Igreja, actuarão os

grupos de música tradicional da

ARPIV e do "Monte Serves”.

Segue-se o baile, com a

banda”Página 5”.

O Palco Arraial será inaugurado

pela banda de hip hop ICB, segui-

do de uma aula de bodyvive, asse-

gurada pelo ginásio VIVAFIT. A

música retorna ao palco pelas 23h,

com o concerto da banda “Kris

Rosa”.

No sábado, o grupo de bombos "Os

Baionenses" abre as festas. Segue-

se mais música tradicional com os

grupos A.B.E.I.V. e "Folha Verde".

O destaque vai para o grupo “Ecos

de Basto”, um grupo de concertinas

da freguesia que fará a sua primeira

actuação naquela noite. O grupo

“Objectivo” encerra a festa no

palco Igreja.

O palco arraial receberá a noite de

música africana, com o grupo de

dança e batuque Associação

Cultural Raiz Di Cabo Verde, o

“Grupo Unidos Do Batuque” da

Associação Africanos Concelho

Vila Franca Xira, e a banda de Rita

Lobo.

No domingo, depois das

solenidades religiosas da parte da

manhã, às 16h têm lugar as caval-

hadas. À noite, depois da arruada,

inicia-se a mostra de folclore com

os grupos "Os Amarantinos”, ran-

cho infantil da Casa Do Povo De

Vialonga, rancho da A.D.C.S. Do

Parque Residencial, rancho da

Casa Do Povo De Vialonga, e

grupo de bombos "Os Baionenses".

No palco Arraial, actua Olavu DJ,

seguindo-se um tributo rock por-

tuguês.

A manhã de segunda-feira é marca-

da pela missa solene, às 11h. A

adoração e vésperas antecedem a

tradicional procissão. A noite é

novamente de música com o Trio

Maravilha no palco igreja e os Dee

Jokers no parque Arraial.

Fogo-de-artifício é excluído do

programa

Face à contenção de despesas, o

programa desta edição das festas

sofreu algumas alterações. O fi-

gurino mantém-se, mas a organiza-

ção optou por apostar mais nos

grupos da freguesia e excluiu o

muito apreciado espectáculo piro

musical. “Temos de jogar um

pouco com o valor disponível, mas

pensamos que vamos ter uma

edição à altura das edições anteri-

ores. Este ano temos um orçamen-

to significativamente mais baixo

do que o dos anos anteriores e este

factor acaba por se reflectir no pro-

grama. Consideramos que temos

um bom programa para a verba que

temos, mas tivemos de fazer alguns

ajustes”, refere José António. “A

alteração principal prende-se com a

exclusão do espectáculo de fogo-

de-artifício. É verdade que se trata

de um ponto alto das festas, do

encerramento das festividades. No

entanto, trata-se também de um

espectáculo muito dispendioso que

dura apenas alguns minutos, e

entendemos que era uma activi-

dade em que podíamos fazer um

corte significativo de custos sem

prejudicar muito o programa”,

avalia. “Por outro lado, optámos

por apostar na prata da casa no que

aos artistas diz respeito. No palco

da igreja, vamos ter os grupos

tradicionais da terra e, no outro

palco, teremos grupos mais jovens.

Teremos ofertas para todas as

idades e também para várias cul-

turas, tendo em conta a multicultur-

alidade da freguesia. Assim,

acabamos por ter uma festa mais

característica e conseguimos baixar

valores”, salienta o autarca.

Arranhó tem

festas em

Honra de São

Lourenço

As Festas em Honra de São Lourenço rea-

lizam-se na vila de Arranho, no concelho de

Arruda dos Vinhos, de 5 a 8 de Agosto. O pro-

grama abre já na sexta-feira com um baile ani-

mado pelo conjunto Convergência. No sábado

há passeio pedestre, pamplona (17h00), pro-

cissão das velas e baile com Sónia e Ricardo.

No domingo destaque para a missa (15h00),

seguida de procissão em Honra de São

Lourenço. Haverá, ainda, concerto pela

banda, baile com os Fragmento e fogo de

artifício. As festas de Arranho encerram no

dia 8, com o Grande Prémio de Atletismo

Professor José Lourenço (18h30) e espectácu-

lo com os Ganda Banda.

Carvalha

homenageia

Santa Ana

As festas em honra da padroeira da Carvalha,

localidade do concelho de Arruda, decorrem

de 5 a 7 de Agosto. Incluem bailes com Paulo

Pereira e a Jazz Band, pamplona com oferta

de vinho, sardinha e couratos (dia 5) e proci-

ssão em Honra de Santa Ana acompanhada

pela Banda de Bucelas na tarde de domingo,

dia 7.

Glória do

Ribatejo em

festa com

Santos e

Pecadores

A vila de Glória do Ribatejo vai estar em festa

de 19 a 22 de Agosto. As tradicionais Festas

em Honra de Nossa Senhora da Glória abrem,

no dia 19, com desfile de ranchos folclóricos

e 1º. Festival de Ranchos do Concelho de

Salvaterra em que participam os grupos de

Foros de Salvaterra, Lusitanos de Marinhais,

Casa do Povo da Glória, Granho, “As

Janeiras” da Glória, Casa do Povo de

Salvaterra e Várzea Fresca.

No dia 20 destaque para o passeio de BTT

(10h00), lançamento de pára-quedistas

(14h30), animação infantil, concerto com a

banda Frazoeirense e actuação de Gabriell.

Um dos pontos altos da festa surge a partir das

00h30 de dia 21, com uma sessão de fogo de

artifício, seguida de concerto com os Santos e

Pecadores.

Ainda no dia 21, domingo, há missa solene às

16h00, seguida de procissão e, à noite, actuam

Edna Pimenta e José Malhoa. A encerrar as

festas da Glória, no dia 22, há concerto pela

Filarmónica de Muge, cavalhadas, e um

espectáculo nocturno com os Santa Maria.

Festas de Vialonga continuam no centro da vila

Há já alguns anos que existe a intenção da Junta de Freguesia de Vialonga de transferir as festas da vila para um outro recinto, uma vez

que o local em que se realizam actualmente, para além de ser um espaço residencial, não oferece as condições ideais

para acolher as festividades. No entanto, segundo a autarquia, ainda não surgiu um espaço disponível na fregue-

sia que possa receber o evento. “Este ano o recinto mantém-se. Embora mantenhamos o interesse em mudar a

festa para um outro local, ainda não apareceu em Vialonga um espaço condigno e disponível. Os que existem

são privados e teriam de sofrer alterações como limpeza e terraplanagem. Surgiu em tempos a ideia de

mudar as festas para o espaço do futuro parque urbano da Flamenga mas penso que iria provocar alguns

estragos naquilo que se pretende ali fazer. O espaço em frente à Junta de Freguesia era também uma

hipótese, mas trata-se de um terreno privado e já existem projectos para ali, pelo que dificilmente se

poderá utilizar”, considera o presidente da junta de Vialonga. “Desta forma, neste momento, não temos

condições para retirar as festas do espaço habitual. Lamentavelmente, porque num espaço maior

poderíamos alargar as festas, nomeadamente em termos de carrosséis, que são sempre rentáveis pelo aluguer

dos terrados e que, assim, só podemos ter um para as crianças, pois não temos espaço”, lamenta o autarca.

Vialonga acolhe festas em

honra de N.ª Sr.ª da AssunçãoÉ já no próximo dia 12 que arranca mais uma edição das festas anuais de Vialonga. Este ano, o programa estende-se por mais um dia, contu-

do a contenção orçamental levou a cortes nas iniciativas. Ainda assim, a organização garante um nível qualidade equiparado ao dos anos ante-

riores.

Apesar de ser desejada uma mudança no

recinto, sem alternativas a festa continua a

estar centrada no adro da Igreja

Page 31: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Jorge Talixa

Desde o início deste ano, o

antigo complexo da Armada,

a Sul de Vila Franca de Xira,

já foi assaltado pelo menos

sete vezes. Desactivada desde

Agosto de 2008, há exacta-

mente 3 anos, a unidade mili-

tar que chegou a formar 4000

alunos marinheiros por ano

está hoje quase completa-

mente abandonada. Segundo

os autarcas locais, esta área

de quase 12 hectares situada

entre a Estrada Nacional 10 e

a Linha do Norte estará ser

vigiada apenas por um segu-

rança durante o dia, mas não

terá vigilância nocturna. O

espaço pertence ao

Património do Estado, que já

se propôs vendê-lo à Câmara

de Vila Franca por 8 milhões

de euros, mas o Município,

apesar da sua boa saúde

financeira, não tem condições

para comprar enquanto se

mantiverem as fortes

restrições ao aumento do

endividamento das autar-

quias.

O estado de degradação das

antigas instalações da

Marinha agrava-se de dia para

dia, algumas zonas do exten-

so complexo começam a estar

invadidas pelas ervas altas e

os próprios muros estão

cobertos de humidade. Como

se isso não bastasse, alguns

dedicam-se a vandalizar os

antigos pavilhões escolares e

a roubar o que por lá per-

maneceu quando o Estado-

Maior da Armada fechou a

unidade e concentrou as

actividades de ensino no

Alfeite.

O Voz Ribatejana sabe que,

desde Janeiro, a PSP já rece-

beu sete participações de rou-

bos no interior do complexo,

com prejuízos que já somam

muitos milhares de euros.

Segundo essas participações,

têm desaparecido sobretudo

objectos metálicos como

torneiras e sifões e centenas

de metros de cabos eléctricos

(procurados pelo valor do

cobre). Mas num dos casos

desapareceram mesmo 3 tele-

visores, 2 bilhas de gás, uma

máquina de refrigeração e

grandes quantidades de

tachos, panelas e frigideiras.

Fonte da Divisão Policial de

Vila Franca de Xira adiantou

que em três dos inquéritos

abertos já há suspeitos identi-

ficados e que, segundo os

relatos recolhidos, numa das

situações os assaltantes terão

arrombado um portão e colo-

cado, depois, um alicate pela

parte de dentro para impedir

que alguém os importunasse

enquanto procuravam bens no

interior do complexo.

Certo é que esta situação está,

também, a gerar preocupação

na Câmara de Vila Franca de

Xira. Aurélio Marques,

vereador da CDU, observou,

na última sessão camarária,

que o antigo quartel da

Marinha tem sido vandaliza-

do e “alvo de pilhagens de

caixilharias de alumínio e de

outros bens em ferro”. De

acordo com o eleito da CDU,

estará apenas um segurança

destacado para vigiar a antiga

unidade da Armada. “Todos

sabemos que são instalações

valiosas que estão em poder

do Estado e que poderiam

servir para uma série de

equipamentos de que o con-

celho necessita e que são da

competência do Estado”, vin-

cou Aurélio Marques, criti-

cando o facto da adminis-

tração central preferir que a

Câmara gaste milhões para

ceder terrenos para construir

alguns equipamentos e ace-

ssos da competência do

Estado central e querer,

agora, “arrecadar” mais

alguns milhões vendendo este

património à autarquia.

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da edilidade vila-fran-

quense, vincou que, “se a

Câmara pudesse”, o antigo

espaço da Marinha já estava

na posse do Município. “Mas

custa 8 milhões e não é pos-

sível andarmos em frente sem

perceber o que nos irá aconte-

cer. Temos feito várias

reuniões para tentar encontrar

parceiros”, garantiu a edil,

frisando que o Plano Director

Municipal não permite o

desenvolvimento de projectos

imobiliários na grande maio-

ria do terreno e que, por isso,

o espaço não desperta inter-

esses nessa área. A alternativa

seria a instalação de um pro-

jecto privado no domínio do

ensino superior. Maria da Luz

Rosinha afiança que continua

a fazer diligências junto de

instituições de ensino superi-

or e também com entidades

interessadas em criar espaços

de cariz social.

Mas, no actual quadro finan-

ceiro do país, tem sido difícil

encontrar parceiros e o

Município, embora esteja

entre os grandes municípios

por tugueses

em melhor situação financeira

e com maior capacidade de

endividamento disponível,

está sujeito a um conjunto de

condicionantes que não lhe

permitem aumentar o endivi-

damento. Maria da Luz

Rosinha diz que não concorda

com a restrição imposta no

Orçamento de Estado de 2011

que impõe que os municípios

não podem ter, no final deste

ano, mais dívidas do que ti-

nham em Setembro de 2010.

“A tutela tem que distinguir

os municípios que têm

cumprido as suas obrigações

e respeitado as regras e que

têm as suas contas em ordem.

Mas não é isso que se verifi-

ca, estamos a perceber que os

prevaricadores têm prémio”,

critica. Por outro lado, o ace-

sso ao crédito está cada vez

mais difícil e mais caro, pelo

que a presidente da Câmara

de Vila Franca considera que

“a questão da aquisição do

antigo espaço da Marinha

unicamente pelo Município

não assume neste momento

carácter de prioridade”.

Voz Ribatejana

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Agora com mais um novo

espaço de saúde e bem-estar

Assaltos sucedem-se na

Marinha de Vila FrancaO antigo Grupo Nº. 1 das Escolas da Armada, desactivado há quase 3 anos, tem sido palco de sucessivos assaltos. Sobretudo cabos eléctricos, mas também tele-

visores e até bilhas de gás, tachos e panelas têm sido levados pelos amigos do alheio.

PRÓXIMAEDIÇÃO31 DEAGOSTO

Page 32: Voz ribatejana 3 agosto 2011

Hipólito Cabaço

Numa conversa de amigos a propósito de,

no artigo anterior, explicar a origem da

palavra automóvel (deriva do grego

“autos” que significa “por si” e do latim

“mobilis” que quer dizer “móvel”)

recordámos quão diferente era o ensino

nos anos 50/60. Por exemplo, na quarta

classe tínhamos que fazer um exame e, se

seguíssemos o liceu, era necessário fazer

outra admissão.

Já no liceu, além das disciplinas habituais,

tínhamos o francês do 1º. ao 5º. Ano. E,

para quem seguisse letras, tinha latim no

sexto e sétimo anos e novamente o francês.

De facto, as exigências eram bastante

diferentes naquela altura, mas compen-

sadoras.

Desde o nascimento do Voz Ribatejana que

me propus, através de um trabalho de

pesquisa, dar-vos a conhecer as tentativas

que foram feitas em Portugal, umas mel-

hores que outras, para a produção de

automóveis nacionais. Assim, ao longo

destes meses escrevemos sobre:

- Felcon e Edfor (anos 30),

- FAP, MG Canelas, Lusito e IPA (anos 50)

- Portaro, Sado e UMM (anos 80).

Os primeiros foram construídos para

poderem entrar em competições de forma

mais económica ou para os criadores

mostrarem a sua própria marca. Os três

últimos já foram projectos concretizados,

mostrando, assim, que a indústria

automóvel portuguesa era tão capaz como

a que de melhor se fazia na Europa.

UMM

Entre a União Metalo Mecânica e a Mocar

foi estabelecido um acordo para a fabri-

cação e a montagem de viaturas que,

essencialmente, possibilitassem grande

incorporação nacional. No entanto, antes

foi necessário adquirir a licença de fabrico,

adquirida a um herdeiro de Bernard

Cournil. Este engenheiro foi o criador

deste 4x4. Ele foi pensado para ultrapassar

os mais difíceis obstáculos, dispersando

quaisquer tipo de luxo, adaptado a vários

fins, como, por exemplo: transporte agrí-

colas, florestais, construção civil, tempos

livres, segurança pública (polícia militar e

bombeiros).

Os anos de produção foram de 1981 a

1994. É evidente que, ao longo destes, foi

sofrendo alterações, tanto esteticamente

como na parte mecânica. Todos os UMM

eram equipados com eixo rígido à frente e

atrás, molas de lâmina e amortecedores

telescópicos. A caixa de velocidades era

Peugeot, de cinco velocidades, onde varia-

va apenas a relação

final, enquanto que

o diferencial se

mantinha igual.

A partir do Alter II

vinham já com

travões de disco

ventilados à frente.

Em termos de

motorizações podia

sair de fábrica com

quatro hipóteses de

motores Peugeot:

- 1971 cm3 a gasolina com 87 cv de potên-

cia (DIN)

- 2304 cm3 a gasóleo com 67 cv de potên-

cia (DIN)

- 2498 cm3 a gasóleo com 110 cv de potên-

cia (DIN)

O último é turbo comprimido, com uma

velocidade máxima de 140 kms/hora, e era

o mais procurado. Embora o projecto não

fosse completamente português, este foi,

sem dúvida, o arranque da indústria por-

tuguesa de automóveis de maior produção.

31

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Falcão, 52, 2º F - Santarém – Pharma 8 / R. Cidade

de Lisboa Nº7, Loja B

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Alter II Turbo de 1988