viii jornada científica em pesquisa social -...

Programa e Resumos

SEMANA DE COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOSDO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA CIENTÍFICA EM PESQUISA SOCIAL

23 a 27 de maio de 2011Campus Aterrado

Cadernos UniFOA – Especial Online VIII Jornada Científica em Pesquisa Social

Curso de Serviço Social / 2011

APRESENTAÇÃO

Em 2011, ao formar sua 11ª turma e ao receber sua 19ª turma no primeiro

período, o Curso de Serviço Social do UniFOA completa seus 10 anos.

Este momento será marcado durante a realização da VIII Jornada Científica

em Pesquisa Social, evento que forjou, dentre outros, a própria história do curso. O

principal objetivo da Jornada é o de socializar a produção de conhecimento dos

estudantes, professores e profissionais da área.

A programação está recheada de temáticas importantes para estudantes e

assistentes sociais. A intenção é produzir debates que ofereçam subsídios para a

construção de uma fundamentação teórica crítica, capaz de iluminar a análise atenta

da realidade social. Os mecanismos de produção das expressões da questão social

e as respostas neoconservadoras que vem sendo desenhadas pelo Estado e pela

Sociedade na contemporaneidade impõem a necessidade de identificar as

resistências construídas pelos movimentos sociais e ainda aprofundar o debate

sobre o significado do Serviço Social.

Ou seja, é preciso reafirmar o atual projeto ético-político da categoria

profissional, pautado na defesa da democracia, da liberdade, da equidade, da justiça

social, da defesa intransigente dos direitos humanos e da cidadania. Neste sentido é

que desejamos travar o debate acerca da formação, reconhecendo os desafios que

nos lançarão aos próximos dez anos.

Assim, tenhamos uma boa Jornada! E a todos aqueles que contribuíram para

que o Curso de Serviço Social chegasse até aqui, o nosso muito obrigado.

Comissão Organizadora

Ailton da Silva Carvalho

Daniele do Val de Oliveira Lima Santa Barbara

Helio de Lena Junior

Kátia Mika

Marcos Aurélio Gandra

Mônica Santos Barison

Rodrigo Castelo Branco

Sávia da Silva Oliveira



PROGRAMAÇÃO

DIA 23/05 (segunda-feira)

19h às 19h15 - Mesa de Abertura

19h15 às 21h - Mesa temática: “Fundamentos Teóricos e Éticos do Projeto de

Formação Profissional da Categoria: Desafios Contemporâneos”

Palestrante:

Doutora Yolanda Guerra (Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ)

Coordenadora da Mesa: Prof.ª Úrsula Adriane Fraga Amorim

21h às 22h – Exposições de Publicações

DIA 24/05 (terça-feira)

Mesa Temática: “Os 10 anos do Curso de Serviço Social do UniFOA: Reafirmando

sua política de formação profissional”

19h às 19h30 – Apresentação de Vídeo Comemorativo

19h30 às 21h – Depoimentos de Egressos do Curso de Serviço Social Palestrantes:

Ailton da Silva Carvalho (Assistente Social - Hospital M. São João Batista e prof. do

UniFOA)

Alessandra Gonçalves dos Santos (Assistente Social - Secretaria M. de Ação

Comunitária/CRAS)

Ana Paula de Souza (Assistente Social - Michelin)

Gilberto de Moraes Fernandes (Assistente Social - Secretaria M. de

Saúde/Policlínica da Mulher)

Gilvane Mazza Ribeiro (Diretora do Departamento de Assistência Social/SMAS de

Barra do Piraí)

Juliana Márcia Miranda (Assistente Social - Instituto Nacional de Previdência Social)

Larissa Fagundes Costa (Assistente Social - Pró-Jovem Urbano/SMAC/CREAS)

Paula Almeida (Assistente Social, coordenadora da Seccional do CRESS no Sul

Fluminense/ SMAS/Mendes)

Coordenadora da Mesa: Prof.ª Mônica Santos Barison

21h - Coquetel



DIA 25/05 (quarta-feira)

Mesa Temática: “Movimentos Sociais no Contexto do Estado Mínimo: Resistências

na Região Sul-Fluminense”

Palestrantes:

José Guilherme Franco Gonzaga (Doutorando em Educação - UFF e Militante do

MST)

Maria das Dores Pereira Motta (Diretora Estadual e coordenadora do interior do

SEPE)

Maria de Lourdes Lopes (Coordenadora Nacional do Movimento de Luta pela

Moradia)

Coordenador da Mesa: Prof. Marcos Aurélio Ramalho Gandra

DIA 26/05 (quinta-feira)

Mesa Temática: “Marxismo, Serviço Social e Fundamentos do Trabalho

Profissional”

Palestrantes:

Eblin J. Farage (Mestre em Serviço Social/ Prof.ª Escola de Serviço Social

UFF/PURO)

Vinicius de Moura Ribeiro (Mestrando em Serviço Social - UFRJ/ Graduado no

UniFOA)

Coordenação da Mesa: Prof Rodrigo Castelo Branco

DIA 27/05 (sexta-feira)

Mesas Simultâneas

Mesa 01: Estado, Sociedade e Políticas Sociais

Coordenador: Ailton da Silva Carvalho

A integralidade no atendimento à saúde do idoso institucionalizado: articulação entre

as políticas sociais de assistência social e saúde

Autora: Paula de Almeida Pereira



As “faces” da intersetorialidade nas políticas de educação da rede municipal de

ensino e de assistência social no município de Volta Redonda-RJ

Autora: Suellen das Chagas Bitencourt

Orientador: Marcos Aurélio Ramalho Gandra

O sonho da casa própria (ou) a casa própria dos sonhos –limites e possibilidades da

ação do Serviço Social: política de habitação no Brasil e uma experiência em

Vargem Alegre/RJ

Autora: Gilvane Mazza Ribeiro

Lazer e Esporte para crianças e adolescentes abrigados: possibilidades de

intervenção social

Autores: Paulo Celso Magalhães; Cláudio D. Severino e Marcelo Paraíso Alves

Mesa 02: Práticas Sociais e Cidadania

Coordenador: Hélio de Lena Júnior

O trabalho atrás das grades: Conselho de Comunidade (Casa de Custódia de Volta

Redonda)

Autora: Fernanda Bertolino

No campesinato: uma classe social não proletarizada para o capital

Autor: Eder Frossard

Orientador: Helio de Lena Junior

Juventude versus Capitalismo: sujeitos ou sujeitados?

Autores: Cristiane Aparecida Reis Santos

Michele Flores dos Santos

Neiliane de Lima

Mesa 03: Interdisciplinaridade e Trabalho Profissional

Coordenadora: Sávia da Silva Oliveira

Desafios e Possibilidades do Serviço Social no Campo Sócio-Jurídico: o exemplo do

Escritório da Cidadania

Autora: Daniele do Val Santa Bárbara



Detetives da Cidadania? Uma provocação ao debate sobre o trabalho do assistente

social no levantamento sobre a história social e familiar dos usuários

Autores: Taynara de Assis Santana; Gisele Soares

Orientadora: Daniele do Val Santa Bárbara

Reflexões sobre a compreensão do debate ético profissional entre os alunos de

serviço social

Autores: Turma do 4° período de Serviço Social

Orientadora: Daniele do Val Santa Bárbara

A importância da literatura marxista para o Serviço Social

Autora: Mariana de Oliveira Fabriciano



A INTEGRALIDADE NO ATENDIMENTO À SAÚDE DO IDOSO

INSTITUCIONALIZADO: ARTICULAÇÃO ENTRE AS POLÍTICAS SOCIAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE

Autor: PEREIRA, Paula de Almeida.

RESUMO

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) classificam-se como um

serviço de atendimento de alta complexidade gerido pela política nacional de

Assistência Social, mas que para o seu funcionamento necessita da articulação de

ações nas áreas de saúde, educação, previdência social, lazer entre outros. O artigo

possui como objetivo analisar a integralidade no atendimento à saúde dos idosos

residentes em uma ILPI filantrópica situada na região sul fluminense do estado do

Rio de Janeiro. Para isso parte da concepção de saúde como uma prática que

ultrapassa a visão reducionista de um simples estado de ausência de doença e

compreende a integralidade como um princípio do Sistema Único de Saúde (SUS),

que representa uma das bandeiras de luta do movimento sanitário em meados da

década de 1970 e que prevê além da articulação entre os níveis de atenção à saúde

para a formulação de um novo modelo de política social a contextualização do modo

de vida dos usuários dos serviços bem como a articulação de diferentes políticas

sociais apresentando como foco principal a prevenção na busca da qualidade de

vida da população usuária.

Palavras-chave: Idoso; Instituição de Longa Permanência (ILPI); integralidade.



AS “FACES” DA INTERSETORIALIDADE NAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO DA

REDE MUNICIPAL DE ENSINO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ.

Autor: BITENCOURT, Suellen das Chagas.

Orientador: GANDRA, Marcos Aurélio Ramalho.

RESUMO

O debate teórico referente a essa problemática é bastante extenso, por isso, este

trabalho pretende contribuir com a discussão e reflexão sobre a evasão escolar da

rede pública no município de Volta Redonda, tendo em vista que a escola deveria

ser um espaço que promovesse o exercício da cidadania, investigando a

necessidade do(a) assistente social na política de educação municipal e como

acontece, de fato, a intersetorialidade entre a Política de Educação da Rede

Municipal e a Política de Assistência Social na cidade. O processo de barbarização

das relações sociais acrescido da seletividade na aplicação das políticas sociais,

frutos do processo de redução do Estado, tributário do pensamento neoliberal, faz

que, como em outras políticas, a Política de Educação também se encontre numa

lógica produtivista, pautada na precariedade, no controle social e na

institucionalização. Sendo assim, torna-se imprescindível refletir sobre a contribuição

da intersetorialidade nas políticas de Educação e Assistência Social do município de

Volta Redonda, aprofundando-se em conhecer, através dos dados das pesquisas

documentais e de campo, se existe aplicação da intersetorialidade nestas políticas

sociais e qual a real situação em que se encontra para evitar a problemática social

que é a evasão escolar.

Palavras-chave: Evasão Escolar; Neoliberalismo; Intersetorialidade.



LAZER E ESPORTE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ABRIGADOS:

POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO SOCIAL

Autores: MAGALHÃES, Paulo Celso; SEVERINO, Cláudio Delunardo; ALVES,

Marcelo Paraíso.

RESUMO

O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória que apresenta como

objetivos a reflexão acerca das políticas públicas de lazer e a sua interface com a

qualidade de vida e a melhoria da saúde para as crianças e adolescentes em

situação de risco social (abrigados), além da identificação de ações de lazer que

possibilitem a transformação de hábitos de saúde para crianças e adolescentes. A

Educação Física tem se definido como um importante campo do saber para a

contribuição de estudos voltados para esta área, possibilitando o desenvolvimento

de pesquisas e constituindo-se como um espaço importante não só para a discussão

científica e acadêmica, mas, cotidianamente promovendo ações reais de intervenção

na saúde coletiva. O lazer, como direito dos cidadãos, aparece hoje como elemento

visível e importante na configuração do ser humano. No entanto, o avanço deste

setor, na perspectiva de alcançar as condições adequadas para a sua garantia,

apenas começa a ser estabelecido, sendo prioritários, a articulação de políticas

públicas na área de lazer, uma vez que este componente não pode estar

desvinculado de uma política ampla de saúde coletiva.

Palavras-chave: Lazer; esporte; intervenção social.



O SONHO DA CASA PRÓPRIA (OU) A CASA PRÓPRIA DOS SONHOS - LIMITES E

POSSIBILIDADES DA AÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL: POLÍTICA DE HABITAÇÃO NO BRASIL E UMA EXPERIÊNCIA EM VARGEM ALEGRE/ RIO DE JANEIRO

Autor: RIBEIRO, Gilvane Mazza.

RESUMO

A escolha desse tema se deu a partir da minha inserção no Projeto Social em

Habitação no Distrito de Vargem Alegre. O objetivo do trabalho foi realizar uma

breve análise sobre a Política de Habitação no Brasil; a inserção do assistente social

no trabalho social de Habitação e os critérios de elegibilidade das famílias

beneficiárias do programa habitacional em Vargem Alegre. Um breve resgate

histórico da política de habitação no Brasil é apresentado, discutindo como se

construiu ou vem sendo construída esta política no Brasil a partir do início do século

XX, analisamos os períodos em que houve o desenvolvimento de leis, programas e

projetos habitacionais no país. Problematizou-se ainda, o processo de

implementação do Projeto de Trabalho Técnico Social com as famílias cadastradas,

tendo como foco da análise a inserção do assistente social no desenvolvimento do

Trabalho Social, do início do Século XX com caráter disciplinador até os dias atuais,

como instrumento essencial nos programas habitacionais desenvolvidos pelo

Sistema Nacional de Habitação. A Política de Habitação merece destaque,

considerando a trajetória histórica do déficit habitacional no Brasil e em especial no

Distrito de Vargem Alegre. Por fim, o trabalho de campo é apresentado, tendo como

instrumentos técnicos entrevistas com as famílias beneficiárias do Empreendimento

Vargem Alegre II, contextualizando os critérios de seleção, que constam nos

documentos e instrumentos de cadastro apresentados pelos órgãos oficias do

Ministério das Cidades. Nossa pesquisa levantou informações sobre a aplicação de

políticas habitacionais pontuais, focalistas e clientelistas que sempre atendem aos

interesses políticos partidários em detrimento da população demandada.

Palavras-chave: Habitação; Trabalho Técnico Social; Déficit Habitacional.



O TRABALHO ATRÁS DAS GRADES: CONSELHO DA COMUNIDADE (CASA DE

CUSTÓDIA DE VOLTA REDONDA) Autor: BERTOLINO, Fernanda.

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo apresentar o Conselho da Comunidade,

ressaltando as dificuldades, limites e avanços no Sistema Penitenciário do Estado

do Rio de Janeiro. A partir do histórico da instituição se fez uma análise sobre as

demandas e direitos que os detentos possuem e que alguns não são concedidos, é

válido ressaltar que com a participação constante do Conselho da Comunidade, os

mesmos estão conquistando espaços que antes jamais eram adquiridos. Portanto, a

tentativa de ponderar as demandas que o Conselho da Comunidade apresenta,

apóia-se basicamente na Lei de Execução Penal e no Manual do Conselho, pois

estes são documentos que respaldam a direção de atuação. Ademais, o trabalho

enfatiza a rotina da instituição, as diversas restrições de políticas públicas para

melhor atender essa população carcerária, tendo como exemplo a demora para

construção de duas Casas de Custódia nas cidades de Resende e Rio Claro, bem

como os avanços nos trabalhos na área Social com os mesmos.

Palavras-chave: Sistema Penitenciário; Conselho de Comunidade; Serviço Social.



DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO SERVIÇO SOCIAL NO CAMPO SÓCIO-

JURÍDICO: O EXEMPLO DO ESCRITÓRIO DA CIDADANIA Autor: SANTA BÁRBARA, Daniele do Val.

RESUMO

As reflexões contidas neste trabalho se configuram como um relato de experiência

que, ao ser compartilhada, tem por objetivo ampliar o debate sobre o processo de

trabalho do assistente social no campo sócio-jurídico. O espaço sócio-ocupacional

em análise é o Núcleo de Serviços do UNIFOA – Centro Universitário de Volta

Redonda/Fundação Oswaldo Aranha, de atendimento gratuito, que de forma

interdisciplinar acolhe as demandas nas áreas do Direito, Ciências Contábeis e

Serviço Social dos munícipes de Volta Redonda que ganhem até dois salários

mínimos. Configura o que chamamos de Escritório da Cidadania. Os sujeitos que

procuram este núcleo de serviços apresentam, na sua maioria, demandas relativas

às orientações e respaldo jurídicos, todavia, estes às vezes vêm acompanhados de

questões de cunho sócio-econômico e psicossocial. Assim, o Serviço Social se

apresenta como agente importante para que o atendimento jurídico não se dê

apenas no plano correspondente à resolução de conflitos ou problemas, mas

também na viabilização de acessos a serviços que possam atingir a dimensão

“velada” das demandas apresentadas. Entretanto, o significado social e político do

Serviço Social ainda precisa ser reafirmado cotidianamente, numa luta para

legitimação do espaço profissional e no enfrentamento dos desafios ao trabalho

interdisciplinar.

Palavras-chave: Processo de trabalho; Serviço Social; Campo sócio jurídico.



DETETIVES DA CIDADANIA? UMA PROVOCAÇÃO AO DEBATE SOBRE O

TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO LEVANTAMENTO SOBRE A HISTÓRIA SOCIAL E FAMILIAR DOS USUÁRIOS

Autores: SANTANA, Taynara de Assis; SOARES, Gisele.

Orientador: SANTA BÁRBARA, Daniele do Val.

RESUMO

Não raros são os comentários em rodas de conversas informais ou em discussão e

estudos de casos entre os profissionais do Serviço Social, sobre o assistente social

ser “meio que um detetive”. Isto porque ao estabelecermos as estratégias de

intervenção e compreensão da realidade do sujeito atendido - num hospital, numa

instituição de acolhimento, num Centro de Atendimento Psicossocial, dentre outros

espaços – o assistente social precisa esclarecer a história desse sujeito para

corresponder ao objetivo de viabilização do acesso aos seus direitos. Através de

visitas institucionais ou domiciliares, ou a partir de contatos institucionais, o

assistente social se coloca numa posição de investigação, não num sentindo

policialesco/criminal, mas numa perspectiva de elucidação de fatos e relatos aos

quais teve acesso no momento da entrevista, de um encaminhamento ou da leitura

de um relatório. Com efeito, este profissional reconstrói a trajetória do sujeito

atendido através de um trabalho de articulação em rede, com o intuito de fortalecer

sua cidadania. Mais do que “brincar de detetives” o assistente social é mediador

entre a história individual, familiar e coletiva dos usuários, e busca promover uma

referência identitária e mecanismos para o exercício de seus direitos. A partir da

apresentação do processo de trabalho do assistente social em dois casos atendidos

pelo Núcleo de Serviço Social do Escritório da Cidadania do UniFOA/Volta Redonda,

queremos provocar reflexões sobre uma brincadeira que é coisa séria.

Palavras-chave: Processo de trabalho; Serviço Social; Cidadania.



REFLEXÕES SOBRE A COMPREENSÃO DO DEBATE ÉTICO PROFISSIONAL

ENTRE OS ALUNOS DE SERVIÇO SOCIAL

Alunos: Turma de Serviço Social 4º. Período

Orientador: SANTA BÁRBARA, Daniele do Val

RESUMO

O debate sobre ética profissional é previsto para o 4º. Período, mas é transversal a

várias outras disciplinas, com destaque para aquelas responsáveis pela supervisão

de estágio e que tratam do fazer profissional. A qualidade do trabalho do assistente

social é resultado de uma capacidade reflexiva e de um comportamento ético em

consonância com as normativas profissionais, com o Código de Ética e com o

Projeto Ético Político. Estes últimos sustentam uma direção política anti capitalista e

anti conservadora, e afirmam o compromisso com valores emancipatórios e

universais, em defesa das classes que vivem do trabalho, e na construção de uma

sociedade sem dominação/ exploração de classe, etnia e gênero. Tais referências,

ao serem compartilhadas com os alunos, visam uma formação profissional cujas

competências técnico operativas sejam balizadas pelos princípios constantes no

Projeto Ético-Político: defesa da cidadania, democracia, direitos humanos, etc.

Devido ao contexto sócio-econômico e político que vivemos, aos limites

institucionais e aos valores pessoais do aluno, o desafio de materializar uma

projeção ética coletiva e transformadora está posto. Para fomentar a reflexão sobre

a defasagem entre a intencionalidade ética e o resultado da ação, tantas vezes

expresso pelos alunos como “frustrante”, a pesquisa buscou identificar como os

alunos já inseridos em campo de estágio percebem e sentem a aplicabilidade das

orientações éticas da profissão neste cotidiano.

Palavras-chave: Serviço Social; Ética profissional; Estágio supervisionado.



A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA MARXISTA PARA O SERVIÇO SOCIAL

Autor: FABRICIANO, Mariana de Oliveira.

RESUMO

Sabemos que são inquestionáveis os avanços conquistados pela categoria nas

ultimas décadas, permitindo ao Serviço Social diferenciar seus profissionais com um

projeto profissional coletivo e hegemônico denominado projeto ético político (1993),

que expressa o compromisso da categoria com o desenvolvimento de uma nova

ordem societária, livres dos moldes conservadores e disposta a contribuir para a

desalienação entre a relação trabalho X capital. Para tanto, observamos que tais

avanços não ocorrem do dia para noite, foram anos a fio de luta para que o Serviço

Social se depreendesse de sua origem filantrópica e caridosa que o envolvia na

década de 30. Posteriormente, a categoria se atrelou a literatura marxista, uma vez

que Karl Marx acreditava que não havia determinismo ou pré- destinação dos seres

humanos, ou seja, o ser humano é conduzido pelas suas condições de existência,

pela formação do mundo que é socialmente construído, o que dá sentido a

realidade. Enfim, com a critica do universo marxista, os Assistentes Sociais tiraram a

venda dos olhos e desenvolveram autonomia, afim de criar, propor e executar

propostas que visem ao mínimo minimizar as expressões da Questão Social, não

culpabilizando o sujeito pela sua condição social.

Palavras-chave: Serviço Social; Marxismo; Questão Social.



NO CAMPESINATO:

UMA CLASSE SOCIAL NÃO PROLETARIZADA PARA O CAPITAL

Autor: ANDRADE, Eder Frossard de.

Orientador: LENA JÚNIOR, Hélio de.

RESUMO

As bases fundacionais do capitalismo se sustentam na exploração do homem pelo

homem para a obtenção do lucro e a centralização e concentração das propriedades

privadas nas mãos de poucos. Para que isso ocorra foram necessários séculos de

expropriações violentas contra as terras dos camponeses em todo o mundo com o

objetivo de torná-los “livres como pássaros” para a exploração pelo assalariamento.

Mesmo o campesinato tendo sido caçado pelos olhos de rapina da burguesia eles

ainda continuam a resistir as expropriações, mas sofrendo com a exploração do

capital sobre o trabalho de que ele necessita para tornar sua unidade familiar de

produção e consumo sustentável. É a partir do momento que o camponês brasileiro

é atingido por igual pela violência do capital que ele cria formas de resistência de

classe através de movimentos como o messianismo e o cangaço, até as protoformas

de movimentos políticos como as Ligas Camponesas e os Sindicatos Rurais. O

campesinato brasileiro irá se constituir em uma classe não proletarizada que será

explorada pelo capital das mais variadas formas e que criará suas formas próprias e

únicas de resistência as expropriações e à exploração.

Palavras-chave: Campesinato, Classe social, Capital.



JUVENTUDE VERSUS CAPITALISMO: SUJEITO OU SUJEITADO?

Autores: SANTOS, Cristiane Aparecida Reis; SANTOS, Michele Flores dos; LIMA,

Neiliane de.

RESUMO

Em nossa sociedade, percebe-se um crescimento da preocupação com a

adolescência, sendo esta representada não apenas como uma fase da vida, mas um

período, a priori, sempre problemático. Nos dias de hoje o temor da desestabilização

social advém da situação de pobreza e exclusão de grandes componentes da

população juvenil, base de parte das explicações para a adesão da juventude às

drogas e à violência. A participação de adolescentes é apreciada como meio de

evitar o descontrole e certificar a coesão social, compreendendo que o sucesso das

medidas de integração depende menos da coerção, disciplinamento ou repressão

que da motivação do jovem, objeto da intervenção. Desta forma os programas e

projetos atuantes com este segmento estão debruçados no tão falado protagonismo

juvenil, para se apropriar de um discurso que sucinta no jovem a necessária

motivação para ser integrado, na medida em que se manifesta uma suposta posição

de destaque da juventude diante do objetivo de certa mudança social. Na pratica,

entretanto pouco se tem trabalhado com o adolescente como sujeito de direitos,

visto que, no sistema capitalista globalizado convivemos com a idéia de um sujeito

responsável pelo gerenciamento do seu presente e futuro, responsável por seus

projetos, cada vez mais individualizado dimensionado como decorrente de escolhas

pessoais. Com base na crítica a esta postura, o presente estudo demonstra que as

condições e trajetórias do jovem se articulam à desigual estruturação econômica,

social e política da sociedade em que vive.

Palavras-chave: Protagonismo Juvenil; Capitalismo; Políticas Sociais.

viii jornada científica em pesquisa social -...

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