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Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; fundos de investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, por qualquer
mecanismo de seguro, ou ainda, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC); ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento,
antes de efetuar qualquer decisão de investimento. A Verde Asset Management não se responsabiliza por erros de avaliação ou omissões. Os investidores têm de tomar suas próprias
decisões de investimento. Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem
resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do
cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. A liquidação financeira e a conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem
em data diversa do respectivo pedido. Para mais informações acerca das taxas de administração, cotização e público-alvo de cada um dos fundos, consulte
os prospectos e os regulamentos disponíveis no site verdeasset.com.br. Este material não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído sem a prévia e
expressa concordância da Verde Asset Management.
VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP – IE Relatório de Gestão Janeiro de 2018
A performance do Horizonte nesse início de ano se beneficiou da nossa
exposição global, tanto em ações quanto renda fixa, e também da queda
nas curvas de juro real e nominal no Brasil, onde aumentamos as posições
no fim de 2017. Tivemos pequenas perdas em moedas.
Nossa visão atual sobre os mercados brasileiros
Vamos começar falando do câmbio: vemos o Real bem equilibrado em
termos de valuation contra uma cesta de moedas. Além disso, a conta-
corrente, que terminou 2017 com déficit em torno de -0,5% do PIB, está
piorando, mas lentamente, e de uma base tranquila. O grande fator é que
o carry do Real já não é mais nada de especial, dentro do universo de
mercados emergentes. Qualquer barulho em torno da eleição tende a
passar pela moeda – nem as pessoas físicas, nem as empresas brasileiras,
têm hoje qualquer hedge relevante.
Desempenho Janeiro 2018 Acumulado 2018
Horizonte 2,16% 2,16%
CDI 0,58% 0,58%
Para mais informações relevantes à análise da rentabilidade deste Fundo - tais como taxa de administração,
taxa de performance, rentabilidade “mês a mês” ou PL médio, consulte o Resumo Gerencial ao final deste material.
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VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP – IE
Relatório de gestão
Fonte: Verde AM
Sobre a bolsa e ações em geral: existe uma narrativa corrente que o Brasil
underperformou seus pares de mercados emergentes (medidos pelo índice
MSCI EM) no último ano. Não concordamos com essa narrativa. Porquê?
Porque EM hoje não é mais o EM dos últimos dez a quinze anos. A
importância do setor de tecnologia para EM explodiu. Podemos ver isso
quando quebramos o índice de EM em EM Tech e EM ex-Tech. O que é EM
Tech? Empresas gigantes como Alibaba, Tencent, Samsung, TSMC, Naspers,
etc. Essa turma outperformou fortemente nos últimos 9 meses, batendo em
mais de 50% o índice de EM ex-Tech. Quando olhamos os setores, Energy
mais Materials foram de 32,5% para 14% do índice, de 2007 para cá.
Enquanto isso Tech foi de 10% para 28%. Já Financials sempre oscilou entre
20 e 25%, hoje em 23,5%. Na mesma toada, a soma de China mais Taiwan
mais Coréia saiu de 40% do índice para 56% hoje. O Brasil caiu de 13,5% para
6,8%, e a Rússia saiu de 10% para 3,3%.
E por que essa discussão é relevante? Quando comparamos o Brasil com
EM ex-Tech, o Brasil performou melhor! Podemos ver isso nesse gráfico
abaixo, o Brasil vinha batendo EM ex-Tech por aproximadamente 10% no
último ano, e essa diferença subiu para 17% após o dia 24 de janeiro.
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VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP – IE
Relatório de gestão
Fonte: Morgan Stanley, Verde AM
No entanto, é razoável considerar que historicamente o Brasil tem um beta
acima de 1 para EM. Neste gráfico assumimos que o Brasil tem beta de 1,2,
e quebramos a performance relativa do Brasil em beta e alpha. Podemos ver
como o rally do Brasil têm sido, com exceção do período de 2/3 meses pós-
18 de maio, basicamente um beneficiário da alta global.
Fonte: Morgan Stanley, Verde AM. Nota: assume Beta EWZ @ 1.20
E qual conclusão tiramos de tudo isso? Com crescimento global forte, os
mercados emergentes parecem ter espaço para continuar performando
bem, e Brasil vai junto. Até a última semana de janeiro, não tivemos um
alpha substancial para EM. Mas sabemos que a retomada do crescimento
econômico, com inflação sob controle e juros mais baixos, traz um ambiente
muito positivo para as empresas e para o mercado de ações no Brasil. Além
de ajudar na retomada do crescimento, a redução da taxa de juros baixa o
custo de dívida e traz novas oportunidades de investimentos para as
empresas. Além disso, devido à capacidade ociosa da economia, as
empresas têm bastante espaço para elevar suas receitas sem a necessidade
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VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP – IE
Relatório de gestão
de aumentar suas estruturas de custo, com significativa alavancagem
operacional.
Com o crescimento do PIB de somente 1% em 2017, este processo de
recuperação e alavancagem operacional está apenas no início e deve
acelerar. Mas o mercado já incorporou bastante disso no preço, com as
ações das empresas mais beneficiadas, por exemplo nos setores de
consumo discricionário ou bens de capital, apresentando altas bastante
significativas nos últimos meses. Em outras palavras, os múltiplos de preço
sobre lucro das ações estão em níveis muito altos, justificados pela
expectativa de forte crescimento de lucro para os próximos anos.
Nesse contexto, onde os preços das ações das empresas mais impactadas
pela retomada da economia já refletem um forte crescimento de lucro para
os próximos anos, encontramos as melhores oportunidades de investimento
em outros setores, com destaque para o setor financeiro, setor elétrico e de
shoppings.
Para além da bolsa, vamos discutir rapidamente nossa visão sobre o mercado
de juros. Quando olhamos a curva de juros reais do Brasil em diferentes
momentos, notamos algo curioso. Pela primeira vez em muito tempo, a curva
brasileira está positivamente inclinada de hoje até o longo prazo. Aqui vemos
uma grande oportunidade. Se nada de errado acontecer, ou tivermos um
resultado razoável nas eleições, essa curva tem muito espaço para fechar. E
aqui somos pagos para esperar! Por isso gostamos de estar aplicados na parte
intermediária da curva de juros. Tanto real quanto nominal.
Fonte: ANBIMA, Verde AM
Podemos olhar o mesmo tema de outro modo. Abaixo mostramos o juro
forward de DI de 2 anos daqui 1 ano, menos o DI de 1 ano. Em outras
palavras, no momento atual, seria a taxa forward implícita entre jan/19 e
jan/21, menos a taxa de hoje até jan/19. Podemos ver como a inclinação da
curva pré está em níveis historicamente muito altos.
30/Dez/2016
17/Mai/2017
06/Fev/2018
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VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP – IE
Relatório de gestão
Esta inclinação tem dois componentes: o primeiro, cíclico, faz todo
sentido, a taxa de curto prazo está abaixo da neutra. O próprio Ilan e o
BCB têm falado isso. O segundo é o prêmio de risco Brasil de 2019 em
diante. Esse prêmio é uma combinação de risco político com risco fiscal de
longo prazo. Esse prêmio nos parece muito alto dado o cenário, e
especialmente a comparação com outras classes de ativos. Dado esse
elevado prêmio de risco, nosso trade favorito no Brasil é no juros.
Fonte: B3, elaboração Verde AM
Em resumo: estamos positivos com Brasil, mantendo apostas diversificadas.
Nossa ordem de preferência de risco hoje é: em primeiro lugar no mercado
de juros, tanto real quanto nominal, na parte intermediária da curva; depois
a bolsa, que mantém beta favorável, com potencial para algum alpha; E por
fim no câmbio, que tem valuation ok e bom fluxo. Dada esta ordem,
preferimos usar o Dólar como hedge de portfólio.
Acreditamos que teremos volatilidade por causa da eleição, a partir do fim
do 2º trimestre (ou depois da Copa do Mundo). Está longe de estar definido!
Porque zeramos nossa posição na moeda chinesa?
Os dilemas de um gestor diante da necessidade de zerar uma posição
perdedora foram recentemente bem descritos pela jornalista Luciana
Seabra, após minha recente palestra na Latin America Investment
Conference do Credit Suisse. Na sequência, a análise que foi apresentada
nessa palestra.
Até 2016 a China recebia um volume de entrada para compra de títulos de
renda fixa bem pouco relevante. Era época das fortes saídas de capital,
quando o país perdeu USD 1 trilhão de reservas em 18 meses (entre meio
de 2015 e fim de 2016). O fundo Verde estava vendido na moeda e se
beneficiou desse movimento. Então, em janeiro de 2017, por causa dessa
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Relatório de gestão
perda acelerada de reservas e a contínua desvalorização do RMB, a China
decidiu fechar completamente a saída de capital. A partir daí as saídas
secaram completamente e o RMB estabilizou.
Mas, como já tínhamos visto esse filme em outros lugares, achávamos que
isso era insustentável. E mais ainda, se a porta de saída continuasse
fechada, pois quem gostaria de entrar com dinheiro na China neste
contexto? Qual não foi nossa surpresa quando de setembro/17 em diante,
começamos a ver fortes entradas para compras de bonds na China, com
volumes firmes e consistentes mês a mês, mesmo que a saída de capitais
continue impossível.
E por que isso aconteceu? Vemos dois principais motivos:
‣ A taxa de juros subiu bem (o juros de cinco anos chinês em 2016 ficou em
2,80% na média, enquanto em 2017 foi 110bps mais alto, 3,90% em média e
hoje está 4%;
‣ E o segundo, é quase tautológico…se o Renminbi não desvaloriza mais, então
pode virar um bom carry trade…
Principalmente por causa da consistência desses flows, e pela possiblidade
deles continuarem ao longo de mais alguns anos (a China está lutando
para entrar nos grandes índices globais de bonds), acreditamos que não
faz sentido continuar apostando, por ora, na desvalorização do Renminbi.
* Estimativa utilizando dados utilizados da China Central Depository and Clearing e Shangai Clearing House
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Relatório de gestão
Nossa visão sobre o potencial de alta nas taxas de juros globais
Os EUA entram em 2018 com uma economia sem capacidade ociosa e com
fundamentos bastante sólidos.1 De um lado, a forte criação de empregos
e a inflação, ainda que moderada, dos salários sustentam uma dinâmica
de aumento consistente da massa salarial. De outro, a melhora no balanço
das famílias e a forte confiança dos consumidores dão conforto à
população de consumir uma fração cada vez maior dessa massa salarial.
Com isso, o consumo, motor da economia americana, continua crescendo
a taxas robustas.
Somando-se a esses sólidos fundamentos herdados de 2017, a economia
americana conta em 2018 com dois impulsos adicionais de demanda
agregada. O primeiro vem das condições financeiras, que iniciam o ano em
patamar ainda mais frouxo do que o observado ao longo do ano passado.2
O segundo vem da reforma tributária recentemente aprovada pelo
Congresso Americano, que contrata estímulos fiscais significativos
principalmente para os anos de 2018 e 2019. É importante notar que
estamos falando do primeiro pacote fiscal pró-cíclico em mais de 20 anos.
Fonte: BLS, Verde AM
A figura acima ilustra esse ponto. Na linha azul, temos a evolução da média
anual da taxa de desemprego da economia americana e, em destaques, os
1 Usando estimativas do próprio governo americano (Congressional Budget Office),
o PIB dos EUA já está acima do seu nível potencial e a taxa de desemprego já está
abaixo da NAIRU.
2 Por exemplo, o índice de condições financeiras calculado pelo GS registrou no dia
26 de janeiro de 2018 a nova mínima de sua série histórica de quase 30 anos e,
mesmo com a correção dos primeiros dias de fevereiro, ainda se encontra hoje
abaixo dos níveis observados em 2017.
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anos em que estímulos fiscais foram aprovados pelo Congresso. Podemos
ver que os três primeiros pacotes fiscais desse período, aprovados em 2001,
2003 e 2008, foram todos anticíclicos, isto é, tentavam estimular uma
economia que sofria com uma taxa de desemprego crescente. Já o pacote
fiscal aprovado em 2017 visa a estimular a economia que, por si só, gera
empregos suficientes para garantir uma taxa de desemprego cadente.
Fonte: US Treasury, Verde AM
A figura acima faz o mesmo ponto olhando por um ângulo diferente, do
ponto de vista do resultado fiscal do governo americano. Como era de se
esperar, o déficit fiscal tende a piorar em períodos de recessão (áreas
sombreadas) e a se recuperar em períodos de expansão, simplesmente por
causa do efeito do crescimento econômico sobre a arrecadação do
governo. Porém, usando o consenso da Bloomberg como estimativa para
o resultado fiscal dos anos de 2018 e 2019, o estímulo recentemente
aprovado contrata a sequência mais longa de piora do déficit fiscal já vista
desde a 2ª Guerra.
O risco óbvio desse cenário é o de uma aceleração inflacionária. Sabemos
que a inflação tem se comportado muito bem, terminou 2017 abaixo da
meta do Fed de 2%, o que aumenta a confiança daqueles que defendem a
tese de que a Curva de Phillips estaria morta. Relutamos em aceitar essa
tese, pelo menos por enquanto, pois a relação entre preços e atividade
econômica costuma ser não-linear, ou seja, o fato da inflação não ter se
acelerado até agora não significa necessariamente que isso não irá
acontecer.
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Relatório de gestão
Fonte: BLS, CBO, Verde AM
A figura acima ilustra essa não-linearidade. O gráfico do lado esquerdo
mostra a evolução trimestral da taxa de desemprego efetiva e a estimativa
da taxa natural (NAIRU) do Congressional Budget Office. Nesse gráfico,
destacamos o ano de cada ciclo que teria levado a taxa de desemprego à
maior distância abaixo de sua taxa natural (isto é, o ano que teria levado
ao máximo de sobreaquecimento): 2000 (em vermelho) e 2006 (em azul).
No gráfico da direita, mostramos como evoluiu o Core CPI ao longo de
cada um desses dois anos. No ano de 2000, o Core CPI foi de 2,0% YoY em
janeiro para 2,5% YoY já em junho, fechando o ano em 2,6% YoY. No ano
de 2006, a aceleração da inflação foi ainda mais dramática. O Core CPI
começou o ano em 2,1% YoY, já estava acima de 2,5% YoY em junho,
continuou acelerando até 2,9% YoY em setembro e depois fechou o ano
em 2,6%.
Se, por um lado, as experiências dos anos de 2000 e 2006 servem como
importantes alertas para os riscos inflacionários advindos de um
sobreaquecimento cíclico, por outro, reconhecemos que temos, no pano
de fundo, quebras estruturais em importantes componentes da inflação
que refletem tendências desinflacionárias em certos setores.
A figura abaixo ilustra duas dessas principais quebras, que aconteceram
em Serviços Médicos (gráfico da esquerda) e Educação (gráfico da direita).
Cada um dos gráficos mostra a evolução do índice de preços de cada grupo
respectivo e, na linha vermelha pontilhada, qual teria sido a trajetória
contrafactual caso a taxa de crescimento de 1997 a 2007 tivesse se
mantido nos 10 anos subsequentes (de 2008 a 2017). Primeiro, note-se o
imenso gap formado entre o nível de preços atual e seu contrafactual, com
a queda na inflação anual de 4,6% a.a. para 3,0% a.a. em Saúde e de 5,9%
a.a. para 3,8% a.a. em Educação. Segundo, e mais interessante, podemos
notar que a taxa de inflação anual de cada grupo ainda continua
desacelerando na margem.
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Relatório de gestão
Fonte: BLS, Verde AM
Se acreditarmos que parte da quebra de tendência observada em Serviços
Médicos e em Educação reflete melhoras tecnológicas, então temos que
reconhecer que, olhando à frente, pelo menos 10% do CPI (soma do peso
destes grupos) irá rodar a uma taxa permanentemente mais baixa.
O contra-argumento que damos é que, ainda nessa discussão sobre o
pano de fundo estrutural, nem todas as quebras de tendência são
desinflacionárias. Em particular, a inflação de Shelter (alojamento), que
sozinho representa cerca de um terço no CPI, pode compensar, ainda que
parcialmente, as quedas em Serviços Médicos e Educação.
Na figura abaixo temos a dinâmica dos dois principais componentes de
Shelter. O primeiro, Rent of Primary Residence (peso de 7,9% do CPI), se
refere à inflação do valor do aluguel efetivamente pago pelos inquilinos. O
segundo, Owners’ Equivalent Rent (peso de 24,6% do CPI), se refere ao custo
de oportunidade da casa própria em termos de aluguel.3 Diferentemente de
Rent of Primary Residence, o custo de oportunidade representado pelo
Owners’ Equivalent Rent não pode ser diretamente observado, então ele tem
que ser estimado. Nos EUA, tradicionalmente, o valor do aluguel pago pelo
inquilino já inclui uma estimativa dos custos mensais com Utilities (serviços
de utilidade pública), mas quem efetivamente paga essas contas é o
proprietário. Dessa forma, o Owners’ Equivalent Rent é imputado
subtraindo-se da inflação de aluguel de um imóvel de características
semelhantes uma estimativa das contas de Utilities paga pelo proprietário
desse imóvel. Podemos ver pelo gráfico que a dinâmica de ambos
componentes é bem próxima (a correlação entre as duas séries é de 93%).
3 Os outros itens que compõem Shelter são: Lodging Away From Home (por
exemplo, hotéis, motéis, alojamento universitário, ...) com peso de 0,9% do CPI e
Tenants’ and Household Insurance com peso de 0,3% do CPI.
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Relatório de gestão
Fonte: BLS, Verde AM
Fonte: BLS, Verde AM
Na figura acima, analisamos a dinâmica da inflação de Shelter. À primeira
vista, o padrão parece ser o mesmo do observado em Serviços Médicos e em
Educação: a taxa de crescimento média dos primeiros 10 anos da amostra
é maior que aquela dos 10 anos subsequentes. Porém, as semelhanças
param por aqui. A inflação de Shelter mostra, nos últimos 10 anos, uma
tendência de aceleração de forma que, nos últimos três anos, ela voltou a
rodar próxima ou acima da média observada dos primeiros 10 anos.
Outra diferença interessante é que a inflação de Shelter está acima dos
pontos de partida registrados nos anos das acelerações inflacionárias de
2000 e de 2006: 3,2% YoY em dezembro de 2017 contra 2,5% YoY em
dezembro de 1999 e 2,6% YoY em dezembro de 2005. Ao contrário do
verificado em Serviços Médicos (1,6% YoY em dezembro de 2017, contra
3,6% YoY em dezembro de 1999 e 4,5% YoY em dezembro de 2005) e em
Educação (2,0% YoY em dezembro de 2017, contra 4,4% YoY em dezembro
de 1999 e 6,1% YoY em dezembro de 2005), como mostra a tabela abaixo.
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Relatório de gestão
Fonte: BLS, Verde AM
Por que estamos comparando os pontos de partida? Porque o
comportamento de Shelter é bem mais sensível ao ciclo econômico do que
Serviços Médicos e Educação. 4 Isso significa que, olhando à frente, um
cenário de sobreaquecimento cíclico pode pressionar um terço do CPI,
sendo que a inflação desse um terço não está baixa considerando-se a
fase do ciclo econômica que nos encontramos.
Do ponto de vista estrutural, a inflação de Shelter responde menos a
avanços tecnológicos (se comparada a Serviços Médicos e Educação) e mais
às condições do mercado de imóveis residenciais. Maior dificuldade de se
comprar um imóvel próprio (por exemplo, por causa de uma maior
dificuldade estrutural de se aprovar um mortgage) significa que mais
famílias devem recorrer a um imóvel alugado e, consequentemente, maior
pressão nos preços de aluguéis. Isso provavelmente ajuda a explicar
porque o ponto de partida da inflação de Shelter é, hoje, mais elevado do
que em anos onde a posição cíclica da economia é comparável. Enfim, nem
todas as tendências estruturais são necessariamente desinflacionárias.
4 Um estudo recente publicado em 27 de novembro de 2017 pelo Fed de San
Francisco classifica os componentes do CPI de acordo com o seu grau de
sensibilidade ao ciclo econômico. Housing é classificado como cíclico, Health
Services é citado como o principal componente do grupo acíclico. Education não é
citado explicitamente no estudo, mas dada a sua queda praticamente monotônica
desde 2003, esse grupo é claramente acíclico.
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Relatório de gestão
Breakdown — Resultados do Fundo
Janeiro Acumulado
2018 2018
Dólar / Real -0,01 -0,01
Outras Moedas -0,11 -0,11
Renda Variável 0,98 0,98
Renda Fixa 1,51 1,51
Resultado 2,37 2,37
Caixa 0,07 0,07
Custos -0,28 -0,28
2,16 2,16Resultado do Fundo
Resultado Real — Rentabilidade nominal
Classe
Resumo Gerencial
Público-alvo
Data de início Retorno anualizado
Aplicação mínima Desvio padrão anualizado *
Saldo mínimo Índice de sharpe *
Movimentação mínima Rentabilidade em 12 meses
Cota Número de meses positivos
Cota de aplicação* Número de meses negativos
Cota de resgate* Número de meses acima de 100% do CDI
Liquidação de resgate* Número de meses abaixo de 100% do CDI
Taxa de saída antecipada Maior rentabilidade mensal
Taxa de administração Menor rentabilidade mensal
Taxa de performance Patrimônio líquido R$
Patrimônio médio em 12 meses R$
Aberto para novas aplicações
Classificação ANBIMA:
Admite Alavancagem:
Gestor:
Administrador:
* A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros. Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda,
do fundo garantidor de crédito (FGC). Para obter informações sobre o uso de derivativos, conversão de cotas, objetivo e público alvo, consulte o prospecto e o regulamento do fundo. Para avaliação da performance de um fundo de investimento, é recomendável a análise de,
no mínimo, 12 (doze) meses. As estratégias de investimento do fundo podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas. Verifique se este fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Para fundos que perseguem a
manutenção de uma carteira de longo prazo, não há garantia de que o fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo. Verifique se a liquidação financeira e conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem
em data diversa do respectivo pedido. A partir de 02/05/2008, todos os fundos de investimento que utilizam ativos de renda variável em suas carteiras deixam de apurar sua rentabilidade com base na cotação média das ações
e passam a fazê-lo com base na cotação de fechamento destes ativos. Desta forma comparações de rentabilidade destes fundos com índices de ações devem utilizar, para períodos anteriores a 02/05/2008, a cotação média
destes índices e, para períodos posteriores a esta data, a cotação de fechamento. Antes de investir, consulte a lâmina, o formulário de informações complementares e/ou o regulamento do fundo, conforme o caso. A Verde não
comercializa e nem distribui cotas de fundos ou qualquer outro ativo financeiro. Este material não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído, total ou parcialmente, sem a expressa concordância da Verde.
www.verdeasset.com.br.
Supervisão e Fiscalização: Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Serviço de Atendimento ao Cidadão: www.cvm.gov.br.
PerformanceCaracterísticas
Não há
24,97
469.193.467,41
226.220.536,24
-
-
1,21%
0,54%
17
16
4,66%
-2,91%
-0,30 0,73
Ano CDI
Volatilidade anualizada (Desvio padrão - média 40 dias)
-2,91
9,62
Acum. Fdo.
31/jan/2018
A descrição acima não pode ser considerada como objetivo do Fundo. Todas as informações legais estão disponíveis no
regulamento, lâmina ou prospecto, disponíveis no site verdeasset.com.br
R$ 500.000,00
Estratégia multimercado que combina três pilares: (i) gestão global em
ações, renda fixa, moedas e commodities; (ii) gestão de renda fixa no
Brasil, escolhendo a melhor alocação entre títulos de dívida pública pré e
pós-fixados ou caixa; (iii) exposição ao dólar, gerida dinamicamente.
R$ 100.000,00
VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP - IE
AgoJan Fev Abr
O FUNDO tem como público-alvo exclusivamente investidores
profissionais, que buscam a valorização de suas cotas.
CDIFundo
15/abr/2015
R$ 500.000,00
12,39%
27
6
Multimercados Investimento no Exterior
-
* Calculado desde sua constituição até 31/jan/2018
33
-
12,32%
5,12%
VERDE AM HORIZONTE FEEDER FIC FIM CP - IE x CDI
0,14%
-0,13
11,65%
2016 0,07
2017 0,27 1,34
2,15 -1,230,27
-0,36 0,88 2,49
-0,16
20,62
Out
2,08 1,37
Mai Jun Jul
14,00
Dez
1,323,49 -1,17 4,66
Set
1,28
Nov
1,16 2,21
6,761,64 2,420,39
33,05
9,40%
Rentabilidades (%)*
2015
*Serão considerados dias úteis, em conjunto, na Capital do Estado de São Paulo, da Cidade de Nova York, NY, EUA, e em Bermudas.
**O cotista que desejar efetuar resgate de suas cotas deverá efetuar pedido de resgate na sede ou dependências da
Administradora, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias do encerramento de cada mês calendário. O valor da cota utilizado
para o resgate deve ser aquele apurado no fechamento do último dia útil de cada mês calendário.
-0,36
Sim
Verde Asset Management S.A
BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A.
12,98 9,6212,98
Mar
Calculado até 31/jan/2018
Acum. CDI
Fechamento
D+1
1,60% a.a.
20% que exceder a 100% do CDI
** D+0
** D+1
37,411,01 0,68 0,72 1,15 0,34 0,43 0,93 10,31 9,95
2,16 0,58 35,92 38,212018 2,16
-3%
0%
3%
6%
9%
12%
15%
18%
21%
24%
27%
30%
33%
36%
39%
abr-
15
out-
15
abr-
16
out-
16
abr-
17
out-
17
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CDI
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
jun-15
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15
dez-15
mar-
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jun-16
set-
16
dez-16
mar-
17
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set-
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