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VARIAÇÃO DE ESCALA NA REPRESENTAÇÃO DE ALUNOS
SOBRE O CONCEITO DE NATUREZA
Raquel da Silva Paes Instituto Federal Fluminense
Luana das Chagas Abrêu Instituto Federal Fluminense
Diego de Oliveira Miro Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE
Marcelo Werner da Silva Universidade Federal Fluminense
José Maria Ribeiro Miro Instituto Federal Fluminense
1 - INTRODUÇÃO
A Geografia, definida como ciência que estuda as relações que a sociedade
estabelece com a natureza, deve ser capaz de orientar os cidadãos para que possam
entender o mundo que o cerca e representá-lo corretamente (CALLAI, 2001).
O real e a ideia que as pessoas formam dele são as bases das análises dos
fenômenos espaciais. Dessa forma, para Moreira (2007), a ideia que se tem das “coisas”
não é apenas uma invenção da mente, ela é fruto da relação do intelecto com a
experiência na realidade sensível, isto é, a realidade percebida pelos sentidos,
manifestadas como constituição da inteligência através de conceitos e da sua
representação. Nesse contexto, a abordagem conjunta dos sentidos com as percepções
do mundo se desenvolvem no chamado “campo sensível” que em conjunto com o
campo intelectivo (conceitos e pensamentos) resultam nas práticas.
Os conceitos geográficos agem como signos das percepções e produzem à
práxis, definidas a partir da relação do campo sensível com o campo intelectivo,
orientando as ações e práticas no mundo a partir das ideias que se têm dele. O objeto da
ciência geográfica se concentra na análise da relação homem e natureza que, segundo
Moreira (op. cit.) é estruturada em formas combinadas de categorias de análise –
paisagem, território e espaço. Para análises espaciais, que essas categorias permitem, é
imprescindível que os princípios lógicos sejam estabelecidos (distribuição, localização,
extensão, posição, distância e escala), pois eles orientaram as análises dos objetos
espaciais descritos na paisagem e recortados do território. É a partir destes princípios
geográficos que a análise do espaço é estabelecida.
Sendo assim, valorar as representações sociais é fundamental para a
transformação das sociedades, pois são as leituras de mundo, dogmas e conhecimentos
orientados que dão essa possibilidade.
1.1 - A ESCALA DE OBSERVAÇÃO E A OBSERVAÇÃO DA ESCALA
O conceito de escala se define como a fração que indica a relação entre as
medidas do mundo real (terreno) e os elementos da representação gráfica (mapa). Para
Almeida & Passini (1991), escala é uma representação codificada do espaço real.
Nos últimos tempos as discussões acerca do conceito de escala se intensificaram
em todos os campos da ciência geográfica, percebendo-se que ela ultrapassa relações
matemáticas. É nesse sentido que Castro (1995) afirma que a escala deve ser aplicada
como um instrumento de apreensão do real, possibilitando construções de análises da
realidade em estudo. Esse problema é enfrentado por outras áreas do conhecimento, que
atualmente concordam com a teoria de que “quando a escala de análise muda, o que está
sendo analisado também muda”.
Segundo Racine (et alii, 1983) é necessário que os geógrafos retornem a analisar
o conceito de escala para descobrir diferentes formas de representação das ações
humanas. Dessa maneira, seria ultrapassada a definição clássica, que a reduz a uma
relação matemática. Sobre isso, Haesbaert (2002) discute que a escala geográfica
representa uma ordenação espacial dos fenômenos de forma qualitativa, por isso, não
pode ser definida simplesmente por sua delimitação física, mas também pelo seu caráter
dinâmico, que obriga a entendê-la por suas interações com outras escalas, o que se
costuma chamar de “articulação de escalas”.
No sentido de definir o conceito de escala e subdividi-lo em cartográfica e
geográfica, Boudon (1991, apud CASTRO, 1995) ressalta o fato de que as mudanças na
escala geográfica direcionam mudanças no fenômeno em estudo e não somente no seu
tamanho. Para ele, a escala qualifica o espaço real, tornando elementos visíveis no que
se quer analisar.
A partir das diferentes visibilidades dadas ao espaço, Castro (1995) chama de
“esquecimento coerente” a seleção das informações para o estudo. Desta forma, a escala
é aplicada como um filtro, detalhando o que mais interessa na pesquisa e distanciando o
foco dos outros fenômenos existentes no espaço, agindo como mediadora da ligação,
entre a unidade de observação e o atributo a ele associado. Nessa relação é possível
constatar uma problemática: o hábito do geógrafo de observar variados comportamentos
de objetos numa escala só.
Numa análise do uso do conceito para Mapeamentos Geomorfológicos, Bertrand
(1968) e Argento (1995) classificam as escalas mais adequadas à taxonomia do relevo
que se quer relatar. Segundo eles e tomando o estudo de lagoas como exemplo, pode-se
dizer que nas representações em Escalas Pequenas (iguais ou menores que 1:100.000)
pode-se relacioná-las a seus processos formadores, como no caso das lagoas costeiras
ou de tabuleiro; porém quando se trata de mapeamentos cujo objetivo é o de representar
processos como os de colmatação lacustre e terraços fluviais as Escalas Médias (em
torno de 1:50.000) são as mais adequadas; já se o contexto de representação exigir mais
detalhes, como nos estudos da ação antrópica sobre os corpos lagunares, como áreas
aterradas, uso das Faixas Marginais de Proteção ou estado de conservação da vegetação
associada, como restingas e manguezais, recomenda-se o uso de Escalas Grandes,
como aquelas visualizadas a partir de 1:50.000, muito utilizadas para estudos a nível
municipal e local. Mostrando as interações do meio físico com Comunidades
Tradicionais e suas relações de reprodução social frente aos recursos naturais
disponíveis (solo, clima e vegetação).
Segundo Menezes (2013), a percepção do espaço depende da amplitude da área
analisada, ou seja, dimensão do terreno, possibilidades de representação e razões
topográficas, matemáticas e métricas que estão associadas à escala. Agindo em
conjunto, ela proporciona níveis de detalhamento e diversas interpretações do espaço
representado. Segundo o autor, quando o objeto que se representa é menor que o objeto
na realidade, tem-se uma escala de redução; e quando se estabelece um comportamento
oposto, chama-se de escala de ampliação. Além disso, observa que o conceito não tem
dimensão física específica, podendo ser definida pela razão entre duas medidas de área.
Então, é uma grandeza adimensional que alcança todas as possibilidades de percepção e
representação.
1.2 - A CARTOGRAFIA SOCIAL E OS MAPAS MENTAIS
A Cartografia Social, também conhecida como Cartografia Crítica, surgiu no
final do século XX e “consiste na valorização e participação de grupos populacionais
na percepção de seu território”. Essa vertente trouxe nova roupagem para as
possibilidades de representações, dando aos indivíduos, grupos e comunidades
tradicionais a oportunidade de representarem sua realidade, muitas vezes ocultadas nos
mapas oficiais. Segundo Marques (2011), nela os grupos retratados não são meros
objetos fornecedores de informações, mas sujeitos da pesquisa que caracterizam a
realidade local.
Considerando que mapas são representações gráficas de um determinado lugar
ou região, ele pode conter desenhos, formas geométricas, e outros símbolos; ser feito no
papel, cartolina, escrito na terra ou noutros materiais. Pode ser produzido de maneira
que se utilizem os conhecimentos que os indivíduos têm do lugar ou daqueles que estão
registrados em mapas mentais (SZTUTMAN, 2006).
Para Cortez (2010), os mapas mentais estão relacionados a imagens espaciais
que as pessoas têm de determinadas áreas conhecidas, direta ou indiretamente. Estas
imagens estão guardadas na memória de cada um. Cabe dizer, que num sentido amplo,
eles exercem a função de tornar visíveis os pensamentos, atitudes, sentimentos da
realidade percebida, ou do mundo da imaginação. Esses mapas não são representações
sujeitas às mesmas regras cartográficas de projeção, escala ou precisão, mas sim as
representações espaciais oriundas da mente humana, que devem ser lidas como
mapeamentos e não como produtos estáticos (SEEMANN, 2003). Neste contexto, é
importante ressaltar que o mapa mental não é uma construção imaginária, de lugares
imaginários, ele está relacionado ao mundo real que é vivido, produzido e construído
pela ação humana.
A Cartografia Crítica considera que os mapas produzem a realidade tanto quanto
a representa. O mapeamento possibilita, entre outras coisas, a formação de identidades
políticas mantidas por pessoas que constituem os espaços. Os mapas constroem
ativamente o conhecimento, exercem poder e apresentam-se como um poderoso meio de
transformação social (CRAMPTON & KRYGIER 2008).
Diante disso, percebe-se o desafio de propor uma discussão de conceitos
geográficos na sala de aula sem que se tenha bem definida à escala de análise, e se há
mudanças de percepção dos alunos após uma aula no Jardim Sensorial.
2 - OBJETIVO
Esta pesquisa é um desdobramento do Projeto de Extensão intitulado Jardim
Sensorial como instrumento de Educação Ambiental em desenvolvimento no Instituto
Federal Fluminense (IFF). Neste ensaio analisou-se a variação do conceito escala, a
partir de desenhos de alunos do Ensino Fundamental que participaram do Projeto.
4 – MATERIAIS E MÉTODOS
Para a análise deste trabalho foram utilizados dados obtidos de oito (8) escolas
(públicas e particulares), que totalizaram 142 alunos, resultando em 284 “Mapas
Mentais” desenhados antes e depois das atividades no Jardim Sensorial.
O método que orientou o trabalho foi o da Percepção Ambiental, que analisa as
percepções dos seres humanos em relação ao ambiente, através dos seus cinco sentidos
e das relações culturais. Na obra Topofilia, o autor nos conta que é possível integrar
informações das paisagens, coletadas de forma indireta, através de entrevistas às
populações (TUAN, 1974).
Para investigar a eficácia das aulas de campo na percepção dos alunos, foi usado
o teste estatístico de McNemar, enquanto modelo não paramétrico em que nenhuma
suposição é levantada sobre a forma funcional da distribuição conjunta das variáveis. A
única suposição sobre as observações é que elas são variáveis aleatórias independentes e
identicamente distribuídas. Assim, denota-se o estado do processo antes e depois do
tratamento: e respectivamente. As variáveis e são consideradas dicotômicas,
ou seja, podem assumir apenas dois valores:
• 1: se a unidade observada contém a característica de interesse;
• 0: caso contrário.
O interesse é avaliar a significância das trocas que são representadas pelos pares
e . Portanto o teste de hipóteses fica da forma:
Ao adicionarmos a parcela na hipótese nula encontramos as
probabilidades marginais de e .
O teste pode ser reescrito como:
A rejeição de leva a conclusão de que houve mudança no sistema. Para uma
amostra onde a quantidade de trocas é maior que 20 temos que:
e que sob , tem distribuição aproximadamente normal padrão.
A partir de podemos definir a estatística , a qual converge
em distribuição para uma qui-quadrado com 1 grau de liberdade. Dessa forma, o valor P
é calculado tal que .
As análises do conceito de escala basearam-se nas discussões de Castro (1995) e
Menezes (2013), de maneira, foram considerados os aspectos que os autores utilizam
para classificar o fenômeno de escala.
Para eles, na Grande Escala as representações das informações são mais
detalhadas: os dados aparecem desagregados e de forma individual; há valorização do
vivido; e tendência à heterogeneidade. Já na Pequena Escala, as informações são
estruturantes; os dados agregados; e há valorização da organização dos elementos
associados ao fenômeno.
É importante destacar que neste trabalho as análises do conceito de escala
sempre transitaram entre as Escalas Geográficas e Cartográficas, resultando em um
diagnóstico integrado dos mapas mentais dos alunos. Além disso, alguns objetos
específicos foram utilizados como referência: árvore, nuvem, casa, bicho e pessoas, que
têm frequência relatada em trabalhos desse tipo, como mostra Paes (2014).
Quadro 1 - Critérios de análise para avaliação do conceito de Escala
Objeto
Desenhado
Escala Pequena Escala Grande
Árvore Geográfica - Noção de
uniformidade; alto nível de
Geográfica - Tamanhos
diferentes; baixo nível de
organização; sem definição da
forma (homogêneo)
Cartográfica – desenhados
distantes; tamanhos menores
organização; com definição de
forma e frutos (heterogêneo)
Cartográfica – Desenhados
próximos; tamanhos maiores
Nuvens Geográfica - Presença de nuvens
Cartográfica - Distante
Geográfica - Ausência de nuvens
Cartográfica – Próximo
Casa Geográfica - Mesmo tamanho;
sem definição da forma
Cartográfica - Distante;
tamanhos menores
Geográfica - Com definição de
forma e elementos (janelas e
portas etc.)
Cartográfica - Próximos;
tamanhos maiores
Bicho Geográfica - Presença de bichos
não identificados
Cartográfica - Distantes;
tamanhos menores
Geográfica - Presença de bichos
identificados quanto à espécie
Cartográfica - Próximos;
tamanhos maiores
Pessoas Geográfica - Mesmo tamanho
dos outros elementos; sem
definição de características
Cartográfica - Distante;
tamanhos menores
Geográfica - Proporcional aos
outros elementos; com definição
de características físicas
Cartográfica - Próxima;
tamanhos maiores
Objetos
individuais
Geográfica - Ausentes ou sem
definição de forma para
identificação
Cartográfica - Distantes;
tamanhos menores
Geográfica – Presentes; com
definição de forma para
identificação
Cartográfica - Próximos;
tamanhos maiores
Fonte: Adaptado de Castro (1995) e Menezes (2013).
5 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através dos dados analisados, extraídos através dos mapas mentais dos alunos
participantes, foi demonstrado que antes das atividades, quando os alunos desenham o
jardim de uma maneira distante, eles estão aplicando ao objeto uma escala pequena
observando o ambiente de maneira homogênea, ou seja, analisando muito mais a
organização do espaço, atributos agregados e características associadas ao fenômeno.
Nestes relatos gráficos, como o exemplo da Figura 1, pode-se perceber que o
aluno traz a organização do espaço numa concepção de natureza/jardim ampla,
resultado de suas imagens cotidianas, numa Escala Pequena. Detalhando estes relatos,
observa-se que nos desenhos eles expressam o que os alunos veem no seu bairro, na
área verde da sua escola, ou no quintal da sua casa. Dessa forma, desenvolve uma
percepção ampla de um ambiente, onde normalmente ele não está inserido.
Figura 1 - Escala Pequena de observação
Figura 2 - Escala grande de observação.
Ao examinar os desenhos dos estudantes sob a mesma ótica, após as atividades
no Jardim Sensorial, se confirma a hipótese que os alunos aproximaram sua escala de
observação em relação aos objetos, ou fizeram observação em escala Grande, como se
vê no exemplo da Figura 2, acima:
TABELA 1 - Escala de Observação
Antes Pequena Grande Total
Pequena 19 77 96
Grande 27 19 46
Total 46 96 142
Depois
Fonte: Organizada pelos autores.
A tabela acima mostra em números como a percepção dos objetos mudou após
as atividades no Jardim Sensorial, onde 77 desenhos (54%) demonstraram que houve
“ganho de escala”, pois os alunos desenharam os objetos ANTES em ESCALA
PEQUENA e DEPOIS em ESCALA GRANDE. A partir dos dados obtidos, encontrou-
se um valor p menor que o nível de significância usual de 5%. Dessa forma,
considerou-se de que houve mudança na percepção dos alunos após as atividades de
campo no Jardim Sensorial.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das análises que o Projeto permitiu, pôde-se perceber a necessidade do
aprofundamento sobre o conceito de escala nas discussões de fenômenos geográficos, o
que ao contrário, pode levar a um distanciamento dos discursos entre o que o professor
propõe e o que os alunos compreendem. Além disso, quantifica a eficácia das dinâmicas
fora da sala de aula formal, neste caso no Jardim Sensorial, para a transposição de
conteúdos curriculares da disciplina de Geografia.
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