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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Amanda Isabel Negrele Fabiano Ferreira Giovana Antunes de Melo Giovanna Augusta Pereira RESISTÊNCIA: UM PROGRAMA DE TELEVISÃO SOBRE ESPORTES QUE ESTÃO À MARGEM DA MÍDIA CURITIBA 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Amanda Isabel Negrele

Fabiano Ferreira

Giovana Antunes de Melo

Giovanna Augusta Pereira

RESISTÊNCIA: UM PROGRAMA DE TELEVISÃO SOBRE ESPORTES

QUE ESTÃO À MARGEM DA MÍDIA

CURITIBA

2008

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Amanda Isabel Negrele

Fabiano Ferreira

Giovana Antunes de Melo

Giovanna Augusta Pereira

RESISTÊNCIA: UM PROGRAMA DE TELEVISÃO SOBRE ESPORTES

QUE ESTÃO À MARGEM DA MÍDIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Bacharelado em Jornalismo da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial à disciplina de Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Jornalismo. Orientador: Professora Sandra Nodari.

CURITIBA

2008

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA / PROBLEMATIZAÇÃO 3

2.1 TEMA 3

2.2 ESPORTES A MARGEM DA MÍDIA 3

2.2.1 Esportes Olímpicos 4

2.2.2 Quando um esporte passa a ser considerado olímpico 27

2.2.3 Esportes Paraolímpicos 28

2.2.4 Esportes Não Olímpicos 29

2.2.5 Esportes de Aventura e ou Radicais 40

2.2.6 As competições de esportes radicais 46

2.2.7 A grande variedade de esportes 47

2.2.8 O Problema 48

3. JUSTIFICATIVA 50

4. OBJETIVOS 56

4.1 GERAL 56

4.2 ESPECÍFICOS 56

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 57

5.1 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV 57

5.2 ESPORTE COMO ESPETÁCULO 59

5.3 A IMAGEM COMO DIFERENCIAL 59

5.3.1 O esporte e a imagem 60

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5.6 MULHERES NO ESPORTE 64

6. MÉTODOS E TÉCNICAS 67

6.1 ANÁLISE DE MÍDIA 67

6.2 PESQUISA BLIBLIOGRÁFICA 68

6.3 PESQUISA DE CAMPO 68

7. DELINEAMENTO DO PRODUTO 73

7.1 LINGUAGEM 74

7.2 FORMATO 74

7.3 PERIODICIDADE 74

7.4 CONCORRÊNCIA 75

7.5 RECURSOS MATERIAIS 75

8. CONCLUSÃO 77

REFERÊNCIAS 79

ANEXOS 83

5.4 ESPORTE NÃO SIGNIFICA APENAS FUTEBOL 62

5.5 PROFISSIONAL ESPORTIVO 63

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: MEIOS DE INFORMAÇÃO MAIS UTILIZADOS PARA SE INFORMAR

SOBRE ESPORTES 56

TABELA 2: PROGRAMAS ESPORTIVOS PREFERIDOS 57

TABELA 3: ESPORTES EM QUE HÁ INTERESSE EM TER MAIS NOTÍCIAS 58

TABELA 4: INTERESSE EM UM PROGRAMA VOLTADO À ESPORTES À MARGEM

DA MÍDIA 58

TABELA 5: VALORES REFERENTES AO PROGRAMA 62

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AGRADECIMENTOS

Esse projeto é fruto de muito trabalho, pesquisa e sonhos, mas proporcionou

acima de tudo o prazer de cumprir um objetivo. No caminho percorrido, tive o apoio de

diversas pessoas que me ajudaram a não desistir, a dar o meu melhor e acreditar.

Primeiramente quero agradecer à minha família, que tornou possível o meu

sonho. Ao meu pai Jorge, exemplo de honestidade e trabalho, me mostrando que o

bem sempre vale a pena. Aos irmãos, Ana Maria e Fernando, que souberam me apoiar

e repreender nas horas certas.

Agradeço aos professores que ensinaram com eficiência e me tornaram uma

apaixonada por jornalismo. Aos colegas de classe, nas manhãs desses quatro anos,

provando que as diferenças podem unir, não apenas separar.

E agradeço àquelas que nos últimos dias foram indispensáveis para a conclusão

dessas páginas: professora Sandra Nodari e as colegas de equipe Giovanna Pereira e

Giovana Melo.

E tudo isso só foi possível com a ajuda Divina. Que Ele continue olhando por

todos nós.

Amanda Negrele

Aos queridos avós Dorival e Clara pela paciência que têm comigo até hoje. Aos

primos Fernando e Flavia; aos irmãos Marcelo, Guilherme, Luciano e André. A minha

mãe Beatriz, aos meus queridos amigos Marcos José e Alessandra Herrera, Gerson,

Adri, Hito Pishet e Patricia. Principalmente as meninas do grupo: Giovana Melo,

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Giovanna Pereira, Amanda Negrele. Aos colegas da turma de jornalismo: Henrique,

Claudinha Barreto, Cris Dubena, Dani Caddah, Mariangela Belegard

e Marcelo Stammer. Professores: Regina Fernandes, Ana Melech, Sandra Nodari,

Francisco Ximenes. Relespública: Fabio Elias, Emanuel e Ricardo, aos amigos da RPC

da engenharia: Paulo Silveira, Laercio e Enio. Aos jornalistas: Rubens Burigo, James

Alberti, Jana Castilho e Vandelino Gonçalves e todo o pessoal da programação pela

oportunidade de crescimento profissional. ao Bar do Schimmel, Alessandro, Luciana,

Mariana e Cony, Ana Carneiro e família por todo carinho.

Fabiano Rodrigo Ferreira de Paula

Enfim é hora de dar adeus para Universidade, e começar uma nova etapa da

vida. À família (Átila, Simone e Tatiana), meu profundo agradecimento por ter; me dado

à oportunidade de construir um futuro, ajudado quando necessário, ao me repreender

quando achei que podia tudo e na verdade não podia nada, ao me ensinar a ser uma

pessoa honesta e verdadeira. Obrigada por sempre me deixar escolher qual seria meu

próximo passo, mesmo sendo errado, muitas vezes, discordando da minha decisão,

mas ao mesmo tempo me incentivando por ser aquilo que eu queria. Obrigada por tudo

e por, principalmente, me agüentar quando eu tinha meus “ataques”. Ao meu

namorado, Netto, sete anos juntos, passamos por tantas coisas que neste momento

não poderia deixar de citá-lo, pois é e sempre foi o ponto de equilíbrio da relação!

Obrigada por me amar quando eu menos mereci, pois foi quando eu mais precisei de

você! Amo-te

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Aos meus queridos colegas, passei apenas dois anos com eles, os dois

melhores anos da faculdade, com certeza! Sem contar que durante um ano que estive

longe (nos EUA) achei que aqueles que eu havia acabado de conhecer iriam

simplesmente me ter como apenas uma colega de classe. Mas tive a confirmação da

palavra amizade, independente de distância ou tempo. Vocês são para sempre!

Sandra, obrigada por nos ajudar com palavras sábias, ao mostrar quais

caminhos deveríamos seguir. Obrigada por ser além de mestre, ser amiga!

Finalmente posso dizer para vocês, minhas amigas, Amanda Negrele e

Giovanna “Augustinha” Pereira entre discussões, mal entendidos, desencontros, gripes,

viagens, choros, festas, risos, conseguimos colocar aquilo que amamos com todo nosso

coração em prática, até tem nome e se chama Resistência! E ao Fabiano que mesmo

caindo de pára-quedas pegou o espírito da coisa! E tenham certeza que daqui para

frente tudo vai ser diferente!

Giovana Antunes de Melo

Estes quatro anos passaram muito mais rápido do que eu pensava e está já

chegando a hora de colocar em prática o que aprendemos na profissão que

escolhemos. Dá um arrepio só de pensar que dentro de pouco tempo vou competir por

uma vaga no mercado de trabalho. Por outro lado começa um período de ansiedade,

para vencer tudo bem rápido e assumir logo as responsabilidades da profissão, de

poder informar, levar notícias boas e quando passamos no vestibular, criamos uma

expectativa de como vai ser a faculdade, de conhecer pessoas novas, de estarmos nos

tornando independentes.

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Agradeço, principalmente, a minha família, meu irmão Gustavo que sempre

esteve do meu lado durante todo esse período; ao meu pai Ernani pelo orgulho enorme

da filha, é o primeiro a levantar de manhã e me acordar para ir a faculdade e a minha

mãe Maria de Lurdes que tornou todo esse sonho possível, além é claro de ser um

exemplo de jornalista a ser seguido. É a eles que eu prometo fazer de tudo para ser

uma profissional competente, séria e ética. Aos amigos que por muitas vezes me viram

reclamando de não poder vê-los para colocar este projeto em prática. Aos colegas de

sala que me acompanharam diariamente durante esses quatro anos.

Aos professores que ensinaram a teoria e a prática da profissão, e acima de

educadores, se tornaram amigos e colegas de profissão.

E por último, a elas que além de companheiras de faculdade e desse projeto, se

tornaram amigas e indispensáveis na minha vida, Amanda Negrele e Giovana Melo.

Giovanna Augusta Pereira

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RESUMO

O presente estudo tem como principal objetivo informar de maneira jornalística

sobre os esportes que estão à margem da mídia no Paraná. Fato esse que preocupa

alguns profissionais de Jornalismo atuantes na área esportiva nos meios de

comunicação, onde há clara falta de informação e interesse na divulgação de esportes

não convencionais para a população em geral, que fica restrita a programas

esporádicos em canais fechados ou mídia específica. Resistência é um programa de

telejornalismo sobre esportes à margem da mídia, com duração de trinta minutos,

dividido em três blocos, de dez minutos cada, apresentado exclusivamente por

mulheres, buscando a quebra de paradigmas dos programas esportivos convencionais.

Têm o objetivo de mostrar de maneira jornalística e inovadora os esportes até então

“esquecidos” pelos meios de comunicação do Paraná.

Palavras-chave: Esportes; Telejornalismo; Paraná.

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ABSTRACT

The present study has as main objective, journalistic inform the sports that are

out of midia on Parana. This fact worries some professionals of journalism that work on

the sports segment on communication vehicles that have been noticing the poor

information to the population about these sports Resistance is a 30 minutes program

about sports that are out of midia, divided in three sets of 10 minutes each and it's

presented for women only. The objective is to show in a journalistic and innovative way

these sports that had been forgotten until now by communication vehicles of Paraná.

Key words: sports; Tv journal, Paraná.

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem a intenção de criar um programa televisivo sobre esportes que

estão à margem da mídia. Observa-se nos programas existentes atualmente uma grande demanda

de assuntos referentes ao futebol e uma carência nas abordagens de outros esportes e atletas.

O telejornalismo em canais abertos tem uma lacuna quando se trata da editoria esportiva,

e o projeto busca complementar esse espaço, com informação de qualidade, aliando as belas

imagens que só o esporte pode proporcionar, mostrando a emoção e a adrenalina das

competições, e divulgando os atletas paranaenses que se destacam em competições de todo o país

e do mundo. É visto que, esporadicamente, os demais esportes, além do futebol, são abordados

nos programas esportivos, porém isso acontece, na maioria das vezes, apenas quando um ou outro

atleta ganha alguma competição importante, ou se destaca por algum motivo. Têm o prestigio da

mídia por um tempo, mas depois o atleta e seu esporte voltam ao esquecimento.

O trabalho em questão cita grande parte dos esportes existentes, divididos em olímpicos,

não-olímpicos, radicais ou de aventura e ainda os esportes paraolímpicos.

Através de uma pesquisa prévia em que se buscou uma temática diferenciada, baseada no

modelo dos programas esportivos atuais e que servisse de suporte na elaboração do presente

estudo, surgiu à idéia do Resistência, um programa diferenciado dos demais por tratar de esportes

que ficam à margem da mídia televisiva. A intenção do projeto não é competir com os demais

programas esportivos, ou tirar o espaço já destinado com boa aceitação pelo futebol, mas cumprir

o objetivo do jornalismo de responsabilidade social. Se o esporte é um exemplo a ser seguido e

sempre traz boas histórias, em conseqüência, a divulgação dessas atividades também traz

benefícios aos praticantes e simpatizantes, elevando a qualidade de suas instituições e auxiliando

na arrecadação de recursos tanto governamentais, como na busca dos atletas por patrocinadores.

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Os estudos realizados trazem a TV como principal instrumento de comunicação para a

divulgação dos esportes escolhidos devido ao recurso da imagem, que auxilia na passagem da

emoção de cada modalidade. A história dos esportes e da televisão afirma a importância desses

dois itens nos meios de comunicação. Os esportes, como atração, recheada de informações e

pontos de vista a serem abordados. E a televisão como o veículo de informação mais eficiente,

pois une som e imagem, além de estar presente na maior parte das residências brasileiras.

O programa busca um atrativo extra dos demais programas esportivos burocráticos e

futebolísticos, composto por uma equipe de apresentadoras, praticantes de esportes. A linguagem

do programa será e direta, fazendo com que o programa fique leve, sem perder o foco

jornalístico. O projeto Resistência quer mostrar os outros esportes que dão visibilidade ao Brasil e

ao Paraná, reconhecendo o esporte como criador de bons exemplos e virtudes como persistência,

espírito de equipe, disciplina e superação, além de trazer inúmeros benefícios ao corpo e a mente.

A quebra de paradigmas é uma marca do Resistência, que vai desde a temática

inovadora muito pouco explorada, até a equipe feminina de apresentadoras atletas. Através destas

propostas que o programa busca seu espaço e notoriedade no cenário paranaense.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

2.1 TEMA

O tema deste projeto é buscar dar espaço aos esportes à margem da mídia, por meio da

criação de um programa televisivo, que tratará da diversificação dos esportes, tendo como

principal foco os esportes não olímpicos e os chamados esportes de aventura ou radicais.

2.2 OS ESPORTES À MARGEM DA MÍDIA

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O futebol é sem dúvida, o esporte mais praticado, reconhecido e com maior destaque nos

veículos de comunicação. Prova disso são os inúmeros programas televisivos e radiofônicos,

conhecidos como mesas-redondas, exibidos nos finais de semana, depois da realização de

partidas. Além disso, há os cadernos esportivos dos veículos impressos que, diariamente,

divulgam informações sobre os times de futebol. Os repórteres setoristas, que cobrem times

específicos do futebol, têm espaço diário nos cadernos esportivos, programas de rádio e de

televisão.

Por ordem de importância, têm maior espaço nos veículos de comunicação, os esportes

que fazem parte de grandes competições mundiais como: as Olimpíadas, as Paraolimpíadas, as

Copas, as Ligas Mundiais. Além de campeonatos de continentes como os Pan-Americanos, etc.

As modalidades que fazem parte destes grandes torneios são divulgadas quando os

mesmos são realizados. Os esportes que não fazem parte destes campeonatos têm menor

divulgação e acabam com pouquíssima visibilidade.

Outros esportes têm menos espaço na mídia a não ser em situações específicas como

campeonatos, eventos e fatos de grande abrangência. Por exemplo: o X-Games. Realizado de

tempos em tempos é o maior evento de esportes radicais do mundo. Distribui suas etapas em

diversos países e é referência para os praticantes dos esportes de aventura. Normalmente, as

modalidades apresentadas nos X-Games não possuem muito espaço na mídia esportiva. São

esportes como skate, motocross, e competições de manobras radicais também com bikes.

Existe dificuldade em elencar todos os esportes existentes por falta de regulamentação

de várias modalidades. Um caminho para descobrir quantos e quais são as práticas esportivas é

através de pesquisa com as federações e confederações.

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Para buscar uma forma de listar os esportes existentes hoje este trabalho, apresenta as

modalidades que possuem alguma regulamentação, principalmente junto ao COB (Comitê

Olímpico Brasileiro).

Algumas modalidades não estão regulamentas pelo COB, como os Esportes Não-

Olímpicos e ainda os chamados Esportes Radicais ou de Aventura e são encontradas em sites

especializados.

Faz-se necessário listar estes esportes para saber quantos e quais são, já que é o principal

foco deste projeto, dada à dificuldade em encontrá-los.

2.2.1 Esportes Olímpicos

Esses são os esportes mais reconhecidos em qualquer país e estão incluídos

nas Olimpíadas, maior evento esportivo do mundo. O COB1 tem como principal função

fiscalizar os atletas e as competições pertinentes a cada modalidade, aliando a

descontração ocasionada pelas práticas esportivas a seriedade dos seus eventos,

regulamentando regras, praticantes, técnicos e árbitros.

1- Confederação Brasileira de Atletismo

Número de participantes: modalidades individuais ou no caso de revezamentos

é realizada por dois ou mais atletas.

Objetivo: Nas corridas, realizar as provas em menor tempo possível, transpondo

obstáculos quando necessário. Nos saltos e arremessos, ganham os mais distantes ou

mais altos. Atletismo é o esporte que mais se identifica com o espírito olímpico. As

1 Dados do site oficial do COB: http://www.cob.org.br/site/sobre_cob/historico.asp, acesso em 28/03/08; 13:06.

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provas abrangem: trilhas (corridas de velocidade, de média e longa distância,

revezamentos, com obstáculos), de saltos (à distância, em altura, triplo e com vara), de

arremesso (de peso, disco, dardo e martelo), de rua (maratonas e marchas atléticas).

Destaques: João do Pulo, Claudinei Quirino, Vanderlei Cordeiro de Lima e Jadel

Gregório, Maurren Maggi

2- Confederação Brasileira de Badminton

Número de participantes: individual ou em dupla

Objetivo: como no tênis, a peteca é batida e rebatida de um lado ao outro da

quadra, ganhando o jogador ou jogadores que não deixarem a peteca cair em sua

quadra.

Badminton é um esporte que reúne técnica e velocidade, popularizou em

países como China, Japão, Índia e Grécia. Com o desenvolvimento dos materiais

empregados no jogo, os praticantes conseguem rebater a peteca com a raquete a até

260Km/h de um lado a outro da quadra de 13,40m de comprimento por 5,18m de

largura, dividida por uma rede a 1,55m do chão.

Disputado preferencialmente em quadra coberta, o jogo consiste em uma

melhor de três sets de 21 pontos. É disputado em competições individuais ou de

duplas.

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www.search.com/badminton

Destaque: Guilherme Pardo – Iniciou no badminton aos 10 anos de idade em

um clube que freqüentava próximo a sua casa.

3- Confederação Brasileira de Basketball

O Comitê Olímpico Brasileiro tem como oficial a versão inglesa da palavra,

devido à origem do esporte ser em terras inglesas.

Participantes: cinco atletas em cada time.

Objetivo: Encestar as bolas no lado adversário. As cestas podem valer um, dois

ou três pontos conforme o local de onde forem arremessadas. O basquete foi inventado

nos Estados Unidos, durante um rigoroso inverno em 1891, envolve a técnica de cinco

jogadores por time com o objetivo de marcar cestas (onde arremessa a bola), os pontos

são:

Dois pontos quando arremessados dentro da área

Três pontos fora da área (conhecido popularmente como garrafão)

Destaques: Oscar Schimit, Hortência (Ambos campeões olímpicos)

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4- Confederação Brasileira de Boxe

Participantes: modalidade individual.

Objetivo: Aplicar o maior número de golpes para ganhar pontos, que são

somados ao final de cada round pelos juizes, ou nocautear o adversário, levando-o ao

chão ou à desistência.

Os combates têm duração de quatro rounds, de dois minutos cada, e os atletas

devem vestir luvas, botas e protetores bucais, genitais e de cabeça, para preservar sua

integridade física.

Destaque: Acelino “Popó” Freitas, Rosilete Santos e Macaris do Livramento.

5- Confederação Brasileira de Canoagem

Praticantes: conforme a modalidade é disputada individualmente ou em equipes

de dois ou quatro remadores.

Objetivo: alcançar a linha de chegada no menor tempo possível, obedecendo à

trajetória e transpondo os obstáculos com perfeição, quando necessário.

A disputa pode ser realizada em dois tipos de barcos (canoa e caiaque) e

ambientes diferentes (águas calmas para a canoagem de velocidade e águas

turbulentas para a canoagem slalom).

Canoas são barcos abertos, guiados por competidores apoiados em um joelho

com remos que têm lâmina em apenas um lado.

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www.federacaodecanoagem.com.br/fotos

Destaque: A paranaense Bruna Gama

6-Confederação Brasileira de Ciclismo

Praticantes: modalidade individual.

Objetivo: vence aquele que alcançar a linha de chegada no menor tempo

possível. Nas olimpíadas o ciclismo é dividido em quatro modalidades: pista, estrada,

mountain bike e BMX. Em termos de número de provas, a maior é a categoria pista, que

reúne dez disputas diferentes; na categoria estrada, há duas provas, de velocidade e

contra o relógio; na categoria mountain bike, há apenas uma prova, a cross-country; e,

para completar, no BMX, versão ciclística do motocross, há também uma prova

somente, no feminino e no masculino, de corrida em pistas com saltos e obstáculos.

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www.federacaociclismo.com.br

Destaque: Luciano Pagliarini, Nilceu Santos – praticantes de estrada. Hernandes Quadri Junior e Davi

Romeo – pista.

7- Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

Natação: provas individuais e de revezamento, nos nados livre, peito, costas e

borboleta.

Destaques: Fabiola Molina, Gustavo Borges

Nado Sincronizado: Associação de figuras feitas na água por nadadoras com

acompanhamentos de canções.

Praticantes: categorias individual, duplas ou equipes (de 3 à 8 participantes).

Objetivos: são avaliadas as coreografias, figuras básicas que devem ser

executadas, criatividade, harmonia de grupo.

www.nadosincronizado.zig.gr/julia

Destaque: a gêmea Beatriz e Branca Feres, Lara Teixeira e Nayara Figueira.

Pólo Aquático: dois times de sete jogadores (sendo um goleiro) se enfrentam

numa piscina por quatro tempos de sete minutos, disputando a posse da bola rumo ao

gol adversário, sem poder tocar os pés no chão ou a mão na borda da piscina.

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www.poloaqua.set.net/jujogador

Destaque: os irmãos Ricardo e Kiko Perrone que defendem a seleção da

Espanha.

Saltos Ornamentais: Realizar acrobacias no ar, saltando de plataformas com

determinadas metragens, como por exemplo, 1 metro, 5 metros e 10 metros, as

competições podem ser; individuais, em dupla, as duplas podem ser mistas.

Destaque: Hugo Parisi, Cassius Duran e Juliana Veloso.

Maratonas Aquáticas: As competições se realizam em oceanos, rios, lagos,

lagos artificiais etc., com 10 km de extensão, são considerados a natação de longa

distância.

Destaque: Ana Marcela Cunha, com 16 anos aparece no Ranking Internacional

de Natação de 2008.

8- Confederação Brasileira de Desportos na Neve

Snowboard: Divide-se em três provas: half pipe, boarder cross e slalom

gigante paralelo. Uma espécie de prancha que se acoplam os pés.

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http://viajeaqui.abril.com.br/indices/conteudo/blog/95475_comentarios.shtml?6855855

Destaque: Isabel Clark, Frederico Gallioto, Isabela Monti.

Esqui Alpino o atleta desce a montanha em alta velocidade com seus esquis

sobre a neve e tem de desviar de obstáculos e correr contra o tempo.

http://oradical.uol.com.br/conteudo/brasil_ranking_snowboard_2008.asp

Destaque: Ricardo Moruzzi, Marian Zulian Neto

Cross Country: No estilo clássico, o percurso tem que ser percorrido pelos

competidores com os esquis em paralelo, sem desviar das duas faixas marcadas na

neve. Já no estilo livre, semelhante ao usado pelos patinadores, os esquis podem ser

empurrados para trás e lateralmente pelas duas pernas.

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Destaque: não há brasileiros de destaque, nos Estados Unidos o maior nome do

esporte é Tom Brainber.

Biatlo: Numa espécie de caminhada na neve sobre esquis, competidores

percorrem distâncias que vão 7,5km a 20km.

Destaque: Leandro Ribela, campeão brasileiro de Cross Country 21Km técnica

livre.

http://matrix.abss.org.br/siteABSS/web/html/noticia14_102007.htm

9- Confederação Brasileira de Desportos no Gelo

Bobsled: Os atletas correm 50 metros em menos de seis segundos e pulam

dentro do trenó acelerando-o a 40km/h. Depois da largada o piloto assume o comando,

guiando o trenó até a linha de chegada.

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http://www.gazetaesportiva.net/campeonatos/outros/jogosinverno/2006/diaadia/1302.php

Destaque: Nikolai Hentsch – primeiro brasileiro a participar de uma prova de

Bobsled em Turim.

Skeleton: Depois de correr para dar o impulso ao trenó, o piloto deita de peito

nele em uma posição aerodinâmica, guiando o trenó até a linha de chegada. Trenó é

controlado pelos movimentos do joelho, tronco e cabeça do participante. Pode alcançar

até 135km.

Destaque: Julio Moura

Luge: Os atletas largam sentados, impulsionando o trenó com os braços e

dando três remadas com a mão no gelo para ganhar velocidade. Os atletas utilizam

luvas especiais com agulhas para obter maior velocidade no gelo.

Destaque: Marlos Miguel Fontes

Patinação Velocidade: É disputada em pistas longas e curtas. Longa, em

todas as distâncias - exceto os 500m - os atletas competem uma só vez e o que

conseguir o tempo individual mais rápido é o vencedor. Curta, os atletas competem em

grupos de no máximo seis pessoas. Também é conhecida como “speed skating”.

http://capitalspeed.blogspot.com/2008/05/rafael-alves-atleta-destaque-na-copa.html

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Destaque: Rafael Akio Alves Watanabe

Patinação Artística: No individual ou par, o(s) atleta(s) executam um programa

curto e um programa longo que serão julgados por nove juízes. O curto dura pouco

mais de dois minutos e o atleta precisa executar oito elementos. No programa longo,

o(s) atleta(s) escolhem a música, e tem aproximadamente quatro minutos para

demonstrar sua habilidade, coreografia e estilo. Já na dança, o casal executa duas

performances obrigatórias e uma original de 2m30s cada. A última etapa na dança é o

estilo livre, onde o casal escolhe a música e coreografia de sua preferência e a

apresenta em quatro minutos.

http://br.esportes.yahoo.com/pan2007/modalidades/patinacaoartistica/brasil/

Destaque: Marcel Starmer e Mayara Ramos

Curling: Jogos de inverno disputado sobre o gelo por equipes de quatro

jogadores. O tamanho da superfície de jogo é de aproximadamente 42 x 4,25m. O

objetivo é, após jogar todas as 16 pedras (oito para cada equipe), colocar uma pedra de

sua equipe o mais próximo possível do centro da casa, ou alvo, chamado de 'tee'. Isso

é possível por meio do lançamento de sua pedra de modo que ela pare na posição de

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pontuação, golpeando as pedras de seus oponentes para fora da posição de pontuação

e protegendo suas próprias pedras com outras. A estratégia é o mais importante no

curling de competição

www.newfots.br.zig.prass

Destaque: Equipe do Rio Grande do Norte

Hóquei no Gelo: Duas equipes de seis jogadores tentam marcar o maior

número de gols possível. Os gols são marcados quando o "puck" (disco) feito de

borracha atravessa totalmente a linha do gol adversário depois de ser tocada pelo taco

("stick"). Cada equipe tem três atacantes, sendo um meio-campo e dois pontas, dois na

defesa e o goleiro. Uma partida é divida em três tempos de 20 minutos, com dois

intervalos de 15.

http://inema.com.br/mat/idmat101872.htm

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Destaque: Alexandre Capelle é atleta e técnico da Seleção Brasileira de Hóquei

no Gelo.

10- Confederação Brasileira de Esgrima

Praticantes: Individual

Objetivo: Obter maior pontuação que seu adversário através dos golpes nas

diferentes partes do corpo.

A esgrima é a forma de luta com espadas e sua origem vem da pré-história. A

modalidade tem disputas individuais e por equipes, com três tipos de armas diferentes

nos combates: espada, florete e sabre. Os atletas competem em pistas de 14m de

comprimento por 2m de largura e o objetivo é tocar o adversário sem ser tocado. Em

disputas classificatórias, ganha quem somar cinco toques ou ficar quatro minutos sem

ser atingido.

Destaque: No florete o gaúcho de 24 anos, João Souza, Renzo Agresta e Clarisse

Menezes.

11- Confederação Brasileira de Futebol

Praticantes: 11 jogadores, sendo 10 jogadores na linha e um no gol.

Objetivo: Cada equipe deve conduzir a bola apenas com os pés, colocando a

bola na trave adversária, ou seja, fazendo o gol.

Destaque: O Brasil tem a melhor seleção de futebol do mundo. Entre os

jogadores, muitos se destacam todos os dias. O maior de todos, Pelé.

Destaques: os paranaenses Alexandre Pato e Rogério Ceni. Na Seleção Feminina de

Futebol – Marta, Formiga e Cristiane.

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12- Confederação Brasileira de Ginástica

Praticantes: Individual ou por equipes

Objetivos: Somar o maior número de pontos através de movimentos pré-

estabelecidos em cada apresentação, à pontuação varia de acordo com o grau de

dificuldade de cada exercício concluído com êxito.

A ginástica tem três modalidades olímpicas: artística, rítmica e trampolim. O

objetivo é conseguir a melhor nota nas avaliações dos juízes, que julgam o grau de

dificuldade dos movimentos e a execução.

Artística: homens disputam seis provas (salto sobre cavalo, cavalo com alças,

argolas, barra fixa, barras paralelas e solo); e mulheres disputam quatro provas (salto

sobre cavalo, trave, barras paralelas e solo).

www.ginabrasil.org.br

Rítmica é exclusivamente feminina, com competições individuais ou de

conjunto, usando cinco aparelhos (fita, corda, maça, bola e arco).

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www.ginasticaolimpica/artistica/fotos/11234576

Trampolim tem três modalidades: trampolim acrobático, tumbling e duplo

minitrampolim.

Destaque: Daiane dos Santos, Diego Hipólito, Daniele Hipólito, Camila Comin e

Khiuane Dias.

13- Confederação Brasileira de Handebol

Participantes: 7 jogadores, sendo 6 na linha e um goleiro.

Objetivo: fazer gols.

As partidas, divididas em dois tempos de 30 minutos cada, é uma espécie de

futebol jogado com as mãos. Os atletas agarram, arremessam, passam e quicam a bola

com o objetivo de fazer gols.

Destaques: Renato Tupã Ruy, Leonardo Luis Bortolini, Alexandre Morelli

Vasconcellos,

14- Confederação Brasileira de Hipismo

Participantes: Individual ou por equipes

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Objetivo: Concluir o percurso proposto no menor tempo e sem erros, no caso do

adestramento, apresentar os movimentos de doma com maestria.

Saltos é a modalidade mais conhecida e, dependendo da competição, ganha

quem percorrer um trajeto determinado no menor tempo, derrubar o menor número

possível de obstáculos ou somar o menor número de pontos.

Adestramento, o vencedor é determinado por uma avaliação de juízes, que

julgam as performances nos movimentos obrigatórios e na coreografia livre.

Já o concurso completo de equitação (CCE) é uma categoria cuja disputa dura

três dias, envolvendo adestramento, prova de fundo (subdividida em quatro etapas),

cross-country e salto.

Destaque: Rodrigo Pessoa

15- Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor

Participantes: Equipes

Objetivo: Marcar o maior número de gols possíveis no tempo estabelecido.

As partidas são divididas em dois tempos de 35 minutos e disputadas por dois

times de 11 jogadores, semelhante ao futebol, além do piso e das chuteiras. Vence

quem marcar o maior número de gols, "chutando" uma pequena bola com o taco dentro

de um gol.

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http://www.hoqueirj.com/index.asp?codMenu=6&codChave=5

Destaque: Os irmãos Guido e Oliver Höck, Leonardo Lemos, Eric Medeiros e

Frederico Kessler.

16- Confederação Brasileira de Judô

Participantes: modalidade individual

Objetivo: derrubar o adversário ou imobilizá-lo por 25 segundos.

A luta consiste basicamente em usar a força do oponente para derrubá-lo. Os

golpes valem pontos. A pontuação que decide uma luta é o ippon, que é conseguido

quando o adversário cai com as costas no chão ou quando é imobilizado por 25

segundos. Não são permitidos chutes ou socos e as lutas duram cinco minutos.

Destaques: os paranaenses Rafael Dietrich, Beatriz Zangari.

17- Confederação Brasileira de Levantamento de Peso

Participantes: Individual

Objetivo: superar os adversários no levantamento do maior peso

São 15 categorias, baseadas no peso dos atletas. A disputa é dividida em três

provas.

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Arranco, o atleta tem que colocar o peso em cima da cabeça num único

movimento.

Arremesso, o atleta faz dois movimentos: primeiro, suspendendo o peso na

altura dos ombros para, em seguida, erguê-lo sobre a cabeça. A soma dos

desempenhos nessas duas provas resulta no aproveitamento total, a terceira prova.

www.olimpiadas2004.br/athenas

Destaque: Bruno Brandão e Maria Elizabete Jorge, que participou das

Olimpíadas de Sidney na Austrália no ano de 2000.

18- Confederação Brasileira de Lutas Associadas

Participantes: modalidade individual.

Objetivo: Vencer seu oponente através da pontuação ou imobilização.

São três as modalidades de lutas (greco-romana, livre e luta feminina), divididas

por categorias (sete na greco-romana, sete na livre e quatro na feminina). A greco-

romana difere da livre por um aspecto simples: na primeira só se pode usar os braços e

o tronco, enquanto na segunda, o uso das pernas também é permitido. Nas duas,

porém, o objetivo é imobilizar o adversário de costas para o chão. Além disso, golpes

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baixos, estrangulamento, dedo no olho e puxões de cabelo são proibidos. Os combates

são disputados em três rounds de dois minutos cada.

Destaque: Fioravante Guerino Neto

19- Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno

Participantes: Individual

Objetivo: Vencer o maior número de provas possível, onde ao final o atleta que

obtiver maior pontuação nas diferentes provas será o vencedor. São 5 provas ao total.

Tiro (pistola de ar a 10 metros do alvo), esgrima, natação (200m livre), hipismo

(saltos) e atletismo. As provas são disputadas ao longo de um dia e, nas quatro

primeiras, os atletas somam pontos de acordo com seu desempenho.

Destaque: Equipe masculina Daniel Santos e Wagner Romão na equipe

feminina Larissa Lellys e Yane Marques.

20- Confederação Brasileira de Remo

Participantes: Individual ou por equipes.

Objetivo: Superar os adversários no trecho previsto em menor tempo.

Barcos em que cada remador conta com dois remos (um em cada mão),

divididos por raias, competem lado a lado em águas calmas para ver quem é o mais

rápido.

Destaque: Tiago Gomes remador olímpico Atenas – 2004 e Pequim – 2008.

21- Confederação Brasileira de Taekwondo

Participantes: modalidade individual

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Objetivo: Somar o maior número de pontos através dos golpes desferidos em

seu oponente.

Dividida em quatro categorias, segundo o peso dos atletas. Nos combates, os

lutadores, que usam protetores para a cabeça, tórax e abdome - somam pontos ao

acertarem chutes ou socos. Os chutes podem ser desferidos em qualquer ponto do

corpo acima da cintura. Já os socos só podem atingir o peito do adversário. As lutas

são divididas em três rounds de três minutos e um atleta pode ganhar de três modos:

nocauteando o oponente, somando o maior número de pontos ou pela desclassificação

do adversário.

www.takeo/2008.org.br

Destaque: Natália Falavigna, paranaense da cidade de Maringá, mas

atualmente treina em Londrina.

22- Confederação Brasileira de Tênis

Participantes: modalidade individual ou em duplas.

Objetivo: Somar o maior número de pontos em sets, vence o participante que

alcançar a soma de três sets.

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Os competidores ficam de cada lado de uma quadra aberta ou coberta, usando

raquetes para jogar uma pequena bola para o outro lado da rede. Cada um tem o direito

a deixá-la quicar no solo uma vez, tentando evitar que o oponente consiga rebatê-la.

Destaque: Gustavo Kuerten “o Guga” – Florianópolis Santa Catarina e Gisele

Miró de Curitiba.

23- Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

Participantes: modalidade individual ou em duplas.

Objetivo: Obter a pontuação máxima em cada set.

Os atletas ficam de cada lado de uma mesa dividida por uma rede, disputando

sets de 21 pontos e rebatendo bolas leves com pequenas raquetes. Assim como no

vôlei, se houver empate em dez, o jogo só termina quando for alcançada uma diferença

de dois pontos.

Destaques: Hugo Hoyama.

24- Confederação Brasileira de Tiro com Arco

Participantes: Individual ou por equipes

Objetivo: Obter a maior pontuação através dos tiros ao alvo.

Disputado em duas categorias, individual e por equipes, na distância de 70m

em relação ao alvo, que tem 1,22m de diâmetro e é formado por dez círculos

concêntricos. O círculo mais central, a "mosca", vale dez pontos; cada círculo seguinte

perde um ponto em valor. O vencedor é o competidor que somar o maior número

possível de pontos.

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http://brasilnaolimpiada.blogspot.com/2008/03/esgrima-e-levantamento-de-peso.html

Destaque: Arco Composto Masculino Cadete – Breno Salles Guazzone e

Gustavo Trainini

25- Confederação Brasileira de Tiro Esportivo

Participantes: Individual ou por equipes.

Objetivo: Alcançar a maior pontuação com os tiros ao alvo e maior precisão

O tiro atualmente tem quatro categorias: pistola, carabina, tiro ao prato e alvo

móvel. Ao todo, são 17 provas.

Nas categorias pistola, alvo móvel e carabina, os atiradores buscam acertar um

alvo que está dividido em círculos concêntricos, cada um valendo uma pontuação

diferente. Quem somar mais pontos vence. Em caso de empate, os últimos dez tiros

são considerados como desempate e assim sucessivamente até a definição de um

vencedor. Nas finais, os casos de empate são decididos com séries extras de tiros.

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www.cbtp.org.br/fotos

No tiro ao prato (skeet e fossa), o atleta tem de acertar o alvo de modo a

quebrar-lhe um pedaço visível. Cada prato acertado vale um ponto. Quem somar mais

pontos ganha. Os casos de empate são decididos em séries extras de tiros.

Destaque: Marcos Olsen de Curitiba e Rodrigo Bastos de Guarapuava

26- Confederação Brasileira de Triathlon

Participantes: modalidade individual.

Objetivo: Completar o percurso estabelecido em menor tempo

É a reunião de três modalidades esportivas, natação, atletismo e ciclismo, as

provas realizadas são longas e exige um auto rendimento do atleta (preparo físico)

Destaque: Juraci Moreira – medalha de bronze no Pan 2007

27- Confederação Brasileira de Vela e Motor

Participantes: Individual ou equipe.

Objetivo: Finalizar os trajetos em menor tempo antes dos adversários

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As competições acontecem em raias delimitadas por bóias e têm dois formatos

básicos: a fleet race, em que competem todos contra todos; e a match race, em que

dois barcos competem por vez.

Destaque: Fernanda Oliveira e Isabel Swan primeira medalha olímpica feminina

na classe 470.

28- Confederação Brasileira de Voleibol

Participantes: times de seis atletas

Objetivo: Vencer três sets, em caso de empate há um set desempate

É disputado por duas equipes separadas por uma rede. Nas partidas

masculinas, ela fica a 2,43m de altura e nas femininas, a 2,24m. Cada jogo é uma

melhor de cinco sets. Os quatro primeiros vão a 25 pontos (a menos que haja empate

em 24, quando a disputa é prorrogada até que um time abra vantagem de dois pontos)

e o último vai a 15 (valendo a mesma regra em caso de empate em 14 pontos). Para

conseguir um ponto, uma equipe tem que fazer com que a bola caia no campo

adversário, dispondo de um máximo de três toques, além do contato do bloqueio, para

consegui-lo.

Destaque: Mari, Giba, Serginho e Samuel.

Vôlei de Praia : participantes: duplas

Objetivo: Vencer três sets, em caso de empate há um set desempate.

A estrutura básica é idêntica à do vôlei de quadra. Tem a mesma forma do vôlei

convencional, mas é disputado nas areias das praias, ou em quadras de areias

montadas.

Destaque: Ricardo e Emanuel (paranaense).

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Além disso, subdivide seu trabalho em parceria com diversas Confederações

que têm suas atividades esportivas disputadas nos Jogos Olímpicos.

Ao total, segundo o COB, são 28 modalidades Olímpicas:

2.2.2 Quando um esporte passa a ser considerado Olímpico.

Alguns esportes como o pólo, beisebol e softbol foram recentemente excluídos

dos jogos olímpicos para dar lugar a outras modalidades. Conforme as normas da COI,

a Carta Olímpica define no mínimo 15 e no máximo 28 modalidades no evento e um

limite de 10.500 atletas e no máximo 300 provas.

Para que um esporte se torne olímpico, deve possuir praticantes em 75 países.

Deve ter regulamentada sua Confederação e ainda passar por uma votação entre os

membros do COI (Comitê Olímpico Internacional). Além disso, para alcançar e manter-

se dentro dos esportes olímpicos, alguns fatores são de fundamental importância, como

manter uma organização competente e à nível mundial, ser atraente para o público e a

mídia, realizar competições responsáveis, proporcionando viabilidade financeira aos

atletas e combatendo efetivamento a utilização de dopping( uso de substância proibidas

para melhorar a performace) entre seus praticantes.

A grande parte dos esportes busca o reconhecimento olímpicos para garantir

maior visibilizade e investimentos. Já que segundo a Lei Agnelo/Piva, sancionada pelo

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 16 de julho de 2001, estabelece que 2%

da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassadas ao COB e

ao CPB (Comitê Para-olímpico Brasileiro). E desse total, o Comitê Olímpico garante

85%. Esse total é subdividido entre as Confederações conforme o resultado das

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aplicações anteriores e também com base nos resultados conquistados pelos seus

atletas. Quanto mais bem usado os valores recebidos e quanto mais vitorioso o esporte,

maior a verba que poderá ser destinada a essa ou aquela Confederação futuramente.

2.2.3 Esportes Paraolímpicos

No início do século XX, os esportes sofreram adaptações para iniciar a prática de algumas

modalidades entre os jovens portadores de deficiências auditivas. Na década de 1920, deficientes

visuais também passaram a praticar atividades como natação e atletismo. Logo após a Segunda

Guerra Mundial, o motivo dos jogos Paraolímpicos era para a inclusão social e reabilitação dos

soldados e ex-combatentes. Aqueles que voltavam mutilados das batalhas nos campos em

conflitos.

A colunista Eliane Brum explica que em 1944, o neurologista e neurocirurgião alemão

Ludwig Guttmann, foragido da guerra, que escapou das perseguições aos judeus na Alemanha

nazista, recebeu um convite do governo britânico para inaugurar um centro de traumas medulares

no Hospital de Stroke Mandeville.

É o marco principal da história para registrar o desenvolvimento do esporte para-

olímpico que começou a ganhar mais força e reconhecimento.

Em 1948, Guttmann decidiu organizar competições esportivas onde os veteranos da

Segunda Guerra com problemas físicos em função de batalhas na medula espinhal, participassem

na cidade de Stoke Mandeville, Inglaterra.

A abertura dos Jogos Olímpicos de Londres no mesmo ano foi registrada como a primeira

competição para atletas em cadeiras de rodas. Os veteranos somavam um total de 16 atletas, 14

homens e duas mulheres. Pouco tempo depois atletas dos Países Baixos participariam, tornando

assim um evento internacional, hoje conhecido como Paraolimpíadas.

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Em Roma em 1960, os jogos Paraolímpicos foram, enfim, concretizados e organizados

logo após os Jogos Olímpicos. Aproximadamente 400 atletas vindos de 23 países competiram em

seis esportes (tênis de mesa, arco e flecha, basquete, natação, esgrima e atletismo).

Os jogos são sempre organizados de quatro em quatro anos, logo após o encerramento dos

Jogos Olímpicos. Foi a partir daí que surgiu a Organização Internacional de Esportes para

Deficientes (ISOD).

Em 1976, na cidade de Toronto, foram incluídos outros grupos de atletas com

deficiência. Os primeiros Jogos Paraolímpicos aconteceram na Suécia em 1988.

Foram realizadas desde 1960, onze edições dos jogos de verão e sete de inverno. Os

esportes Paraolímpicos são os mesmo dos esportes olímpicos, e as regras também, mudando

apenas a adaptação de cada praticante ao esporte. Os principais destaques do Brasil são o nadador

Clodoaldo da Silva, o judoca Antônio Tenório e a maior medalhista da história do Brasil nos

jogos, Ádria Santos no atletismo.

2.2.4 Esportes Não Olímpicos

Os esportes Não Olímpicos, como o próprio nome já diz, são esportes que não fazem

parte das Olimpíadas, porém têm grande importância e prestígio. Organizam-se em suas

federações e confederações, realizam competições estaduais, nacionais e mundiais e aguardam o

momento em que farão parte da elite dos esportes Olímpicos por um único motivo: conseguir

benefícios governamentais. (Rodrigues, 2008)

Várias entidades brigam para conquistar uma igualdade entre os esportes, já que até na

compra de equipamentos para as práticas esportivas, os esportes olímpicos ganham vantagem. O

Senado brasileiro autorizou uma medida provisória que isenta de impostos a compra de material

importado para os esportes olímpicos e para-olímpicos, desde que não haja equipamento similar

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nacional. Os representantes dos esportes Não-Olímpicos desejam estender esses benefícios

também às suas modalidades.

Para Lars Grael(2004) titular da Secretaria Nacional de Esportes, “a esgrima, por

exemplo, está com o equipamento totalmente sucateado, assim como a vela. A equipe olímpica

da classe Tornado, por exemplo, está com um barco ultrapassado. Até porque para se comprar um

barco olímpico com os impostos o preço ficaria 80% a mais. Por isso, boa parte da flotilha

olímpica está depreciada.”

Além da dificuldade em conseguir apoio, os esportes Não-Olímpicos, embora sejam

muito praticados em todo o mundo, têm pouco espaço nos meios de comunicação. A fragilidade

de suas instituições e dificuldade em administrá-las faz com que apenas alguns poucos

apaixonados se interessem pela causa, investindo dinheiro próprio e trabalhando até mesmo

gratuitamente para manter vivas suas instituições esportivas.

Os esportes Não-Olímpicos reconhecidos e regulamentados são representados pelas

seguintes instituições:

1- Associação Brasileira de Rugby

O time conta com 15 jogadores que, numa espécie de futebol, carregam com a mão a

bola em formato oval, ou passam-na entre eles até atingir o objetivo de alcançar o gol, enquanto

os adversários tentam pará-lo de qualquer maneira. Os lances valem 2, 3 ou 5 pontos que são

somados ao decorrer da partida.

No Brasil ocorrem quatro competições nacionais oficiais durante o ano.

Destaque: paranaense Bruno Rossi, seleção brasileira.

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www.rugbypaulista.com.br

2- Confederação Brasileira de Automobilismo

Participantes: modalidade individual. A equipe é formada apenas pelo piloto e o carro. Objetivo: Alcançar a linha de chegada antes dos demais adversários.

Como se trata de velocidade e usa recursos mecânicos e técnicos, não é um esporte que

depende de preparação física de seus praticantes. O piloto deve ter habilidade na direção e

confiança para acelerar, mas a modalidade exige mais dos motores do que do próprio atleta. São

compostas as modalidades: arrancada, terra, kart, asfalto e rally.

Destaques: Cacá Bueno, Felipe Massa e Alexandre Barros.

www.autodromodecuritiba.com.br

3- Confederação Brasileira de Boliche

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Participantes: Individual ou equipe.

Em uma pista de aproximadamente 20 metros, o objetivo é derrubar os 10 pinos

arrumados em forma triangular no final da pista. Ganha quem derrubar mais pinos ou realizar

strikes, que é quando todos os pinos são derrubados em uma só jogada.

Destaques: Hélio Liebsh foi campeão do Torneio Individual de Férias pelo CBB Fernando

Bonacina ficou com o segundo lugar nessa disputa.

http://www.barrashopping.com.br/entretenimento/images/boliche05.jpg

4-Confederação Brasileira de Caça e Tiro

Participantes: individual ou equipe

A competição de caça e tiro consiste em regras básicas como: para passar as etapas das

provas é necessário apenas fazer o mínimo de pontos estipulados.

Pontos que foram excedidos da etapa anterior não são acumulativos para próxima.

Em caso de o participante não alcançar os pontos da etapa, automaticamente retorna para

etapa anterior.

Ao terminar o circuito, pode-se recomeçar para a tentativa de aumentar um ponto por

etapa competida anteriormente.

Destaques: Fábio Prestes

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http://www.fcedm.com/noticias/tiro_vale.jpg

5-Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação

Participantes: individual.

Surgiu do halterofilismo competitivo. Nessa modalidade são observados volume

muscular, definição, proporção, simetria, estética e harmonia. Pretende-se conquistar o melhor

formação dos músculos.

Destaques: Flávia Viana

6-Confederação Brasileira de Futebol de Salão

Participantes: cinco jogadores, onde um dos quais será goleiro.

Objetivo: assim como no futebol, ganha o time que fizer mais gols.

O Futsal como é mais conhecido é um dos que estão na lista para inclusão nos Jogos

Olímpicos. No Brasil, temos um dos melhores times do mundo na categoria. É um dos esportes

mais praticados no país por atletas amadores.

Destaque: Falcão considerado melhor do mundo em 2008.

7-Confederação Brasileira de Hóquei

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Participantes: Equipe

Uma partida de hóquei sobre grama consiste de dois tempos de 35 minutos cada, durante

os quais dois times com onze jogadores tentam marcar o maior número de gols possível. Os gols

são marcados quando a bola, feita de plástico (tipo PVC) e cortiça, com um diâmetro de 7

centímetros e pesando cerca de 170 gramas, atravessa totalmente a linha do gol adversário depois

de ser tocada pelo taco ("stick") de um atacante dentro da área de chute.

A bola só pode ser tocada com o lado plano do taco, geralmente feito de madeira, mas podendo

ser construído em alumínio ou fibra de carbono. Os tacos pesam entre 350 e 700 gramas,

variando de comprimento, tipo de construção e curvatura de acordo com a preferência do

jogador.

Destaques: Equipe paranaense de Marechal Candido Rondon

8888----Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol

Participantes: equipe

O beisebol é um jogo de taco e bola e as partidas são jogadas por dois times de

nove jogadores que se revezam na defesa (arremessando a bola) e no ataque

(rebatendo com o bastão).

Destaques: Equipe do Paraná Clube

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www.baisebol.brasil.br/fotos2

9- Confederação Brasileira de Karatê

Participantes: individual

Método eficiente de autodefesa, o karatê, que significa “mãos vazias” é praticado desde

o século XVIII. Difundiu-se no Japão e depois ganhou o mundo.

Destaques: Guilherme Santos

10- Confederação Brasileira de Kung Fu/Wushu

Participantes: individual

Esporte rico, milenar e com forte embasamento filosófico, o Kung Fu (Wushu) promove

a saúde, o equilíbrio, aumenta o poder de concentração e desenvolve a personalidade e o caráter

dos praticantes, uma vez que preza características como o respeito ao próximo, a amizade e o

senso de justiça. Sua origem é chinesa e em termos de competição pode ser dividido em dois

grupos.

Destaques: Frank Susaki

11- Confederação Brasileira de Motociclismo

Participantes: individual

Consistem nas mesmas regras e fundamentos do automobilismo, porém é praticado com

uma moto.

Destaques: Alexandre Barros

12- Confederação Brasileira de Orientação

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Participantes: individual ou equipe

Orientação é um esporte em que o praticante tem que realizar um percurso passando por

pontos de controle marcados na natureza no menor tempo possível, com o auxílio de um mapa e

de uma bússola.

Destaques: Pablo Frances

13- Confederação Brasileira de Pára-quedismo

Participantes: individual ou equipe

A origem do pára-quedismo vem da mitologia. Em 1306, aparecem registros de

acrobatas chineses que se atiravam de muralhas e torres empunhando um dispositivo semelhante

a um grande guarda-chuva que amortecia a chegada ao solo. Leonardo da Vinci, considerado um

precursor como projetista de pára-quedas, escreveu em suas notas em 1495: "Se um homem

dispuser de uma peça de pano impermeabilizado, tendo seus poros bem tapados com massa de

amido e que tenha dez braças de lado, pode atirar-se de qualquer altura, sem danos para si". Em

1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha utiliza pára-quedistas na tomada da Ilha

de Creta. E a partir de então, os investimentos no desenvolvimento dos equipamentos permitem

uma maior segurança nos saltos, reduzindo sensivelmente os riscos de acidentes.

Destaques: Sabiá

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http://images.google.com/imgres?imgurl=http://bp2.blogger.com/

14- Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos

Participantes: individual ou equipe

É responsável pela direção de toda a pesca e mergulho amador do Brasil, a partir de terra

firme ou com uso de embarcações em rios, lagos, águas costeiras ou oceânicas. Em outubro de

2007, o Brasil se tornou o primeiro país do continente americano a sediar o Campeonato Mundial

de Pesca, realizado em Vitória, no Espírito Santo.

Destaques: Julio de Lavechia

15- Confederação Brasileira de Squash

Participantes: individual

É derivado do Tênis. Difundido no século XIX, nas celas prisionais inglesas para evitar

o sedentarismo dos internos.

Destaques: Rafael Miró

16- Confederação Brasileira de Surf

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Participantes: individual

A arte de deslizar sobre as ondas em “tábuas havaianas”, como eram inicialmente

chamadas as pranchas de surfe, ganhou o mundo. Duke Kahanamoku, recordista mundial de

natação dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, aproveitou a visibilidade que ganhou nos

jogos e posteriormente introduziu o surfe na América e Austrália.

Destaques: Teco Padaratz, Tita Tavares, Eraldo Gueiros e o paranaense Peterson Rosa.

17- Confederação Brasileira de Vôo a Vela

Participantes: individual

As primeiras experiências do vôo sem motor ocorreram no final do século passado, com

equipamento que se assemelhavam mais a asas deltas do que aos planadores. O planador é uma

aeronave sem motor, que se mantém no ar graças a correntes atmosféricas. Ele decola com

auxílio de um avião rebocador, que o deixa em um ponto adequado para vôo.

Destaques: Fernanda Pacheco

http://360graus.terra.com.br/vooavela/images/w_h/w_h_05_planador02.jpg

18- Confederação Brasileira de Xadrez

Participantes: individual

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O jogo é composto por dois jogadores, que movem as peças alternadamente sobre o

tabuleiro. O jogador que iniciará o jogo é o que possui as peças brancas. O objetivo do jogo é

colocar o rei do adversário sob ataque, de forma que este não consiga se defender, ficando o rei

então em "xeque-mate". A partida empata se ocorrer uma posição aonde nenhum dos jogadores

tem a possibilidade de dar xeque-mate, ou por comum acordo entre os jogadores, quando esses

concluem que a posição é equivalente, e que não há possibilidade extra para nenhum dos lados.

Destaques: Equipe paranaense composta por: Amanda Richbrion, Julia Moura, Denis

Sampaio e Luis Carlos de Souza

19- Confederação Brasileira de Capoeira

Participantes: individual

Nascida entre os escravos, à luta disfarçada de dança foi se popularizando no Brasil e

hoje conta com grande número de praticantes. Esporte originalmente brasileiro quer ganhar

espaço no mundo para também se tornar modalidade olímpica e competitiva.

Destaques: João Henrique Meireles

20- Confederação Brasileira de Esqui Aquático

Participantes: individual

Inspirado no esqui na neve, em 1922, ocorreu à primeira tentativa de esquiar sobre as

águas, sendo puxado por uma lancha motorizada. Em pouco tempo foi se aperfeiçoando e tornou-

se modalidade competitiva. As três principais provas do esqui aquático são slalom, salto de

rampa e truques.

Destaques: Ivo Santos

21- Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu

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Participantes: individual

Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu, ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado

por monges budistas. Preocupados com a autodefesa, os monges desenvolveram uma técnica

baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando

o uso da força e de armas. No Brasil, a família Gracie aprimorou as técnicas, tornando o Jiu-Jitsu

mais acessível e eficiente ao tipo físico de qualquer pessoa. Nessa ocasião nasceu o Brazilian Jiu-

Jitsu, referência mundial na modalidade.

Destaques: Marcelo Garcia, Kyra Gracie, Ronaldo “Jacaré”, Saulo Ribeiro. No

Paraná, João Raphael “Simpson”, Gustavo Dias.

2.2.5 Esportes de aventura e ou radicais

Os esportes radicais ou de aventura são aqueles relacionados à alta adrenalina, e que

podem, quando não praticados com os devidos cuidados, causar algum risco para o atleta.

Práticas como o bunge jump, pára-quedismo, skate, necessitam, além de boa forma física e certa

dose de coragem, cuidados com equipamentos e muito treinamento.

O condicionamento físico de um praticante de esportes radicais deve ser em um nível

elevado, pois alguns esportes necessitam e até mesmo obrigam que o praticante faça uso da força

física. Para alguns tipos de esportes de aventura, é necessário um específico tipo de

condicionamento físico.

Os esportes radicais são considerados esportes de risco quando não tomadas às devidas precauções, sempre devem ser praticados com supervisão de um profissional habilitado, como qualquer outra atividade física, e nunca devem ser negligenciados exames preliminares com uma equipe multidisciplinar. Acidentes só ocorrem quando há despreparo e etapas em um processo são puladas, por isso preparação é uma palavra chave, e se inicia muito antes da prática, com condicionamento físico e psicológico.(MACHADO, José. 2008).

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Os esportes radicais também constituem um estilo de vida. Grande parte dos adeptos das

práticas radicais já realizou mais de uma atividade de aventura. Os esportes radicais são

normalmente realizados em contato com a natureza, ou necessitam dela para como local para sua

realização. Um exemplo é o surfe, que só pode ser praticado no mar e depende das boas

condições das ondas. Atualmente, os apaixonados por esse esporte inventaram novas formas de

surfar, como o surfe em rios, que pode ser realizado no evento da pororoca ( Mato Grosso), que é

quando há o encontro das águas do mar e do rio, ou também em piscinas de ondas artificiais, que

existem em alguns locais do Brasil, para alegria dos surfistas.

1- Acquaride (cavalgar na água, andar sobre a água).

Participantes: individual

Têm como equipamentos de segurança obrigatórios, capacetes, luvas, o participante de

utilizar um "bóia" em formato ovalado para descer corredeiras de rios. É considerada a

modalidade mais radical. Esporte muito praticado na Europa. Agora no Brasil também está

crescendo o número de adeptos.

www.httw.inema.com.br/aventura

2- Bungee jumping (corda elástica)

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Participantes: individual

Onde o praticante pode ser amarrado pelos pés, ou pela cintura, para se atirar de uma

ponte, como se fosse voar, mais cai em grande velocidade até que o elástico entre em ação

puxando-o de volta.

http://www.vancouverisland.travel/img/wildplay/bungy.jpg

3- Canyoning

Participantes: individual ou equipe

Como se fosse certo tipo de canoagem, mas é realizado nos rios de canyons. As

competições contam com obstáculos naturais ou artificiais. São 173km de Curitiba, em

Prudentópolis onde existem mais de 52 quedas de água para a prática do esporte.

www.canions.org.br

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4- Corrida de Aventura

Participantes: individual ou equipe

É um esporte que envolve a mistura de outros esportes como a corrida, a canoagem, e a

mountain bike, realizado sempre em locais naturais como, por exemplo, em parques grandes, ou

até mesmo canyons. Sempre em meio à natureza.

www.inema.com.br/mountainbike/corridadeaventura

5- Espeleologia

Participantes: equipe

Reconhecimento à exploração de cavernas

http://www.ceeaa.com/galeriaweb/2004-Algar-Mouros/algar-mouros-2.jpg

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6- Mountain Bike (*da língua inglesa bicicleta na montanha)

Participantes: individual

Corridas de bicicletas feitas em montanhas, para que esta venha proporcionar mais

dificuldades aos atletas, pois contém obstáculos naturais assim dificultando o percurso.

http://www.ecoviagem.com.br/fotos

7- Parapente

Participantes: individual ou em dupla

Um pára-quedas comum, porém com um motor (como se fosse um grande ventilador)

existem competições até mesmo com obstáculos no ar.

http://www.trasosmontes.com/percursos/imagens/AngelaLouraParaPente.jpg

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8- Patinação

Participantes: individual ou equipe

Tanto no gelo, como street (rua), como quatro rodas duas lado a lado ou 4 em fila única

na vertical. Em determinadas épocas e alguns países, a prática da patinação se iniciou depois que

os patins eram utilizados para atravessar lagos congelados. Depois dessa observação foi adaptado

para pistas em regiões não frias.

http://static.hsw.com.br/gif/pan-patinacao-5.jpg

9- Rafting

Participantes: sempre em equipe

Bote que desce corredeiras dos rios, exige mais que 4 participantes.

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http://www.casebem.com.br/imgv4/ar_imagens.php?imagemId=388

10- Trekking

Participantes: individual

Trilha que o atleta deve percorrer, passando pelos marcos (pontos) estipulados pela

organização.

http://www.travessia.tur.br/upload/galeriafotos/1-travessia-galeriafotos-12-img_gd-key53.jpg

11- Skate

Participantes: individual

A arte de realizar manobras em uma tábua com carrinhos ganhou o mundo. O skate

popularizou-se no Brasil, e hoje abriga os melhores atletas do mundo. Os campeonatos desse

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esporte avaliam a dificuldade e a perfeição das manobras que são realizadas. Quanto mais difíceis

e criativas, mais pontos alcançam. As manobras do skate são inventadas pelos próprios atletas,

que quando a executam perfeitamente para um grupo de jurados, já podem batizá-las com o nome

que quiser. Normalmente os nomes são em inglês e tem a ver com o estilo da manobra.

2.2.6 As competições de esportes radicais

As competições mais conhecidas de esportes radicais são:

X GAMES: competição de esportes radicais que existe há quatro anos no cenário

mundial, começou a ser realizada no estado da Califórnia, Los Angeles, e hoje tem o caráter

mundial. O Brasil neste ano de 2008 sediou o segundo maior evento da competição, levando

aproximadamente 400 mil pessoas para assistir a competição. A competição já passou pelo Brasil

três vezes como Latin X Games e neste ano (2008) foi à primeira vez que a competição

internacional foi completa foi cedia no Brasil.

Festival Gravidade Zero de Esportes Radicais: realizado na cidade de Londrina,

Paraná.

WTC: campeonato mundial de surf que contém uma etapa no Brasil, realizado todos os

anos.

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Entre outras várias competições regionais para esportes radicais. Ainda é um campo

que está crescendo, mas tem um futuro promissor, pois a cada ano, o número de participante

vem aumentando.

2.2.7 A grande variedade de esportes

Ao todo, foram citadas no presente trabalho sessenta e seis modalidades de esportes,

dentre eles, olímpicos que abrangem vinte e cinco, não olímpicos vinte e oito, radicais e ou de

aventura em treze modalidades. Mas não se pode expressar com veracidade que existem

somente esses esportes, pois buscou- se diferentes esportes para que fosse possível citar e até

mesmo usar como base desse projeto, mas foram encontradas dificuldades que não eram

esperadas.

Dificuldades no quesito de não haver informações necessárias sobre todos os esportes e

praticantes. A desinformação leva talvez ao não conhecimento de outros esportes que existem

no Brasil, mas que nunca foram citados nos meios de comunicação do Paraná.

2.2.8 Problema

Por ordem de importância no país, o futebol está em primeiro lugar entre os esportes

praticados no Brasil. Depois, seguem as modalidades olímpicas e aquelas organizadas em

campeonatos mundiais. Esta ordem delimita espaço nos veículos de comunicação e no patrocínio

para os praticantes. Cláudio Consolo (2006), presidente da ABP (Associação Brasileira de

Parapente), defende a regulamentação dos esportes radicais: “estes esportes respondem por quase

Red Bull competições: eventos de esportes radicais de 2008. s patrocinados pela empresa de energéticos Red Bull, como por exemplo; Red Bull Air Race no Rio de

Janeiro, dia 21 de abril

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70% da atividade esportiva praticada no país, e todos sabem as dificuldades em administrá-las e a

fragilidade de suas instituições”.

Talvez estes esportes não sejam valorizados pelos veículos de comunicação por haver a

falta de interesse dos comunicadores ou porque não existem pesquisas que mostrem quais

esportes as pessoas gostariam de assistir além do futebol.

Dentro das redações é difícil à aceitação de uma sugestão para realização de uma

matéria de esporte não presente na mídia, como afirma Márcio Varella (2008) chefe de redação

do site Jornale. “Para que fazer outra coisa que não seja futebol, arriscando uma audiência já

cativa?”.

Para Paulo Coelho, 2003, de maneira empírica os programas esportivos existentes

atualmente no Paraná destinam aproximadamente 80 % da programação para o futebol e os

outros 20% para notícias de outros esportes, a maioria das vezes sem a exibição de imagens.

Mesmo durante o intervalo do campeonato Estadual e o campeonato Brasileiro, de alguma

maneira os programas deram mais ênfase ao futebol, mostrando apenas os treinos, ou até

acompanhando o dia-dia de um jogador de futebol, aumentando assim o tempo destinado aos

outros esportes para 40%. (Apenas durante o intervalo entre as competições).

A partir disso, é possível questionar de que forma atletas e esportes (que hoje possuem

pouco espaço na mídia) podem se tornar mais veiculados de forma jornalística na televisão? Que

benefícios à divulgação pode trazer a estes esportistas?

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3. JUSTIFICATIVA

O termo esporte é familiar para a maioria da população, uma vez que quase todo mundo

conhece pelo menos uma modalidade dentre inúmeras e diariamente recriadas técnicas

esportivas. Algumas não necessitam de muitos recursos, e permitem pessoas menos abastadas a

praticá-las, por isso, o esporte tende a ser democrático. No entanto, outras modalidades exigem,

além de técnica e aptidão, investimentos altos e, inclusive, patrocinadores para apoiá-los, como é

o caso, por exemplo, do automobilismo.

Os custos para essa prática são muito altos por necessitarem de tecnologia e recursos

mecânicos de ponta. Ao contrário deste, o futebol pode ser jogado facilmente em qualquer

território, é necessária apenas uma bola. Nesta brincadeira qualquer bola pode ser usada e até

mesmo um par de chinelos pode delimitar as traves. Mas na sua versão profissional, graças à

grande visibilidade que tem, grandes empresas veiculam seu nome aos times, e tem publicidade

garantida na transmissão dos jogos e até mesmo na venda dos produtos do time, que levam sua

logomarca.

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A tradição criada em torno do futebol tornou-o o esporte mais popular e o mais

divulgado no Brasil. Entre paixões de torcedores e interesses financeiros, ele vem mantendo sua

hegemonia nos meios de comunicação, visto que, dos sete programas esportivos televisivos

(globo esporte, balanço esportivo, tribuna no esporte, band pé no rio, esporte educativa, esporte

espetacular e esporte show) que veiculam atualmente no Paraná, apenas dois abordam ( esporte

espetacular e globo esporte) também outros esportes, e desses apenas um não trata futebol (band

pé no rio). Há uma grande demanda nas informações que rodeiam o mundo futebolístico.

Porém, o futebol é apenas uma das diversas modalidades de esportes praticados no

mundo. Oficialmente confederados, são 52 modalidades esportivas, entre esportes olímpicos,

não-olímpicos e radicais ou de aventura e ainda existem muitos outros que aguardam seu “lugar

ao sol”. Essas práticas, com mais divulgação e espaço, poderiam ter também maior êxito e

investimentos. Ganham os atletas que, com maior visibilidade, conseguem melhores recursos

para aperfeiçoar seu treinamento, embelezando ainda mais as disputas, que podem investir em

estrutura e premiação, ganha o público com maior diversidade e qualidade dos esportes, e

ganham os meios de comunicação que podem proporcionar informação e entretenimento num

formato diferente de jornalismo.

Para Maria Elisa Porchat, 1993, os esportes exigem uma abordagem diferenciada. A

necessidade do homem em saber informações sobre o tema ou atleta preferido, levou os veículos

de informação, a abrirem um leque de opções para agradar os mais diversos públicos, mantendo

sua missão de informar e manter-se imparcial.

Desde o ano 2.500 a.C. existem registros de competições esportivas. Os gregos criaram

os jogos olímpicos, assim chamados porque eram realizados na cidade de Olímpia. Eram

comemorações e homenagens aos deuses. Além da religiosidade, os gregos buscavam, através

dos jogos olímpicos, instaurar a paz e a harmonia das cidades que formavam a civilização grega.

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Na sua origem, os esportes eram disputados para diferenciar os homens quanto a sua técnica e

força. As primeiras modalidades a serem disputadas foram, atletismo, corrida e lutas, todas

atualmente são oficialmente olímpicas. Cerca de 200 mil pessoas presenciavam a cada uma das

primeiras edições dos jogos olímpicos.

Com o passar dos anos, mais e mais esportes foram criados. A migração entre os povos

de todo o mundo fez um intercambio de atividades, e por conseqüência, teve a necessidade de

padronização e organização das regras de cada modalidade.

Desde a criação dos veículos de comunicação, os esportes tiveram lugar privilegiado. Os

primeiros registros de transmissões esportivas datam de 1938, quando foi realizada a primeira

rede nacional de rádio. Ela foi realizada durante a Copa de 1938, na Rádio Clube do Brasil (então

DF), narrada por Leonardo Gagliano Neto.

A partir daí, a grande demanda pelo tema dos desportos subdividiu o jornalismo, criando

a editoria esportiva.

A jornalista Glenda Koslowski, que foi atleta de bodyboard define o trabalho da editoria

de esportes:

Fazer com que as pessoas que não praticam nenhuma atividade esportiva se sintam incentivadas a se mexerem e a buscar uma qualidade de vida melhor”. Para ela, o esporte deve dar sempre um exemplo positivo, “como a persistência, a não desistência ao enfrentar um obstáculo. E possível traçar vários paralelos entre o esporte e o dia a dia das pessoas. Influenciar a vida dessas pessoas para melhor. Além disso, o esporte e um entretenimento. Faz as pessoas sorrirem, relaxarem, desperta emoção, sentimento.(2005, p. 95).

É possível compreender o esporte como ferramenta de inclusão social, espírito de

equipe, disciplina, além de contribuir para a saúde física e mental do individuo. As práticas

esportivas independem da raça, sexo, idade ou classe social e por serem tão democráticas são do

interesse de uma grande parte da população. São agradáveis aos olhos e emocionam. O

telespectador, mesmo distante das quadras, campos, ginásios, entre outros locais escolhidos para

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os eventos esportivos, consegue sentir a vibração e a energia proveniente desses lugares, e pode

até mesmo torcer e vibrar junto. Nessa hora o telespectador passa a participar tão euforicamente

do desafio como o próprio atleta.

Afinar-se com o tema é algo facilitado pela presença do esporte na vida das pessoas. No

caso das idealizadoras deste projeto, basta dizer que as componentes do grupo já realizaram

diversos estágios na área esportiva e são ou foram atletas, além de fiéis espectadoras das diversas

facetas do esporte.

Quando se assume a posição de apreciador dos esportes nota-se que nem sempre a

informação é completa, seja no rádio, televisão ou no jornal impresso. Não existe muita opção

para os telespectadores que não gostam de futebol. Nas pesquisas por enquete realizadas para este

trabalho, observando os programas esportivos atuais, constatou-se que apenas 20% do tempo da

programação é ocupada com outros esportes, que não o futebol. E esse valor só não é menor

porque nos programas avaliados existe um, o “Band Pé no rio”, que trata apenas de esportes de

aventura, sendo 100% pautado em esportes radicais. Outros esportes são mostrados

esporadicamente nos programas esportivos em forma de matérias. Uma ou outra modalidade

ganha maior visibilidade de tempos em tempos, devido a atletas que conseguiram bons

resultados. Quando isso ocorre, o esporte ganha adeptos, praticantes e simpatizantes, o que é um

impulso enorme na modalidade. Isso ocorreu visivelmente quando em 2000, Gustavo Kuerten, o

Guga, se destacou no torneio de Roland Garros e alavancou o tênis no país. Houve uma invasão

nas quadras de tênis, tanto de crianças como de adultos.

Foi a partir desta estreita relação com o universo dos esportes, em suas mais diferentes

manifestações, que o Programa Resistência foi idealizado. O programa visa levar aos

telespectadores uma opção a mais de informação e jornalismo esportivo, com matérias

informativas e entrevistas com atletas de ponta e principalmente, quando forem competentes

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representantes do estado paranaense. Além de informar, quer mostrar a adrenalina de cada

esporte, mesclando modalidades e ofertando desafios de atletas em outras atividades.

Quando se faz jornalismo esportivo, trabalha-se com a emoção. Quanto mais for capaz de passar a emoção e a adrenalina do desafio, mais competente será a imprensa esportiva.

O Programa Resistência visa representar uma inovação em termos de programação esportiva no Paraná, porque pretende dar espaço a outros esportes. Atualmente, as coberturas jornalísticas têm foco principal nos eventos associados ao futebol. Os demais esportes tentam conseguir uma matéria nos poucos programas de esportes que abrem espaço para outras modalidades.

Observando esta carência a que estão expostos os demais esportes, o programa quer dar

aos telespectadores, mais uma opção, aos fins de semana, para ficarem atualizados sobre outros

esportes, olímpicos e não-olímpicos, novos e tradicionais, em grupo ou individuais.

A televisão é ser o veículo mais eficiente na divulgação desses esportes porque possui os

recursos de som e imagem. Segundo dados do IBOPE Mídia, uma empresa do grupo Ibope,

divulgou em pesquisa nacional em 2007, que há existência de um aparelho de televisão por

residência em todo o território nacional. E em mais de um terço das residências há dois ou mais

aparelhos. Como grande parte dos esportes divulgados não são de domínio de parte da população,

e são muitas vezes praticados na natureza, torna-se indispensável o item imagem. Nem todas as

emoções podem ser apenas narradas, como é o caso do futebol que tem essa facilidade, graças ao

grande conhecimento público sobre ele. As expressões usadas são reconhecidas, qualquer ouvinte

consegue imaginar a arena de futebol, suas linhas brancas e as traves posicionadas frente a frente

nas extremidades do campo. Mesmo assim, a pessoa ouve a expressão no rádio e corre para ver

na tv.

Diferentemente do anterior, as lutas, por exemplo, exigem que o espectador tenha as

imagens, para que possa observar a técnica, a velocidade, a superação e a garra do lutador. Isso

faz toda a diferença. Quando apenas narrado, os pormenores passam despercebidos.

A televisão pode explicar, fazer partilhar, fazer sonhar, sensibilizar, chocar, suscitar a reflexão, a adesão ou a rejeição, anestesiar ou excitar, mas ela faz isso mostrando

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imagens, e fazendo ouvir sons concomitantes com a imagem. Com outras palavras, a televisão tem propriedade de transformar qualquer realidade, qualquer conceito ou discurso em espetáculo.(Jespers, 1998, p.79)

Além de informar e entreter, o esporte traz muitos exemplos de vida. Personagens

diversos mudam sua vida através da paixão por alguma prática. Essa proximidade que a televisão

traz, pode mostrá-los não apenas como super homens ou super mulheres, diferentes de todos e

com habilidades mágicas, mas como seres humanos comuns, que buscaram seus objetivos e

tornaram-se realmente bons em sua atividade.

4. OBJETIVOS

4.1 GERAL:

Criar um espaço de comunicação para os esportes que tem pouco espaço nos veículos,

como não-olímpicos e radicais.

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4.2 ESPECÍFICOS:

*Listar os esportes Olímpicos, Não Olímpicos e Aventura ou Radicais

* Criar um programa de telejornalismo.

* Priorizar esportes pouco divulgados pela mídia já existente

* Valorizar os atletas e competições paranaenses

* Expor a opinião dos telespectadores a respeito do programa e dos esportes, acatando

sugestões interessantes de esportes a serem mostrados.

* Mostrar curiosidades, calendário dos eventos que ocorreram ou estarão acontecendo.

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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV

A principal característica da televisão é a junção do som com a imagem.

Desde sua concepção, tudo que é visto é tido como “prova da verdade”, ou seja,

inquestionável.

O esporte utiliza muito desses dois artifícios para provar aos telespectadores certos fatos,

visto que em campeonatos certos detalhes, muitas vezes que só a câmera consegue captar, podem

fazer a diferença no resultado final. Ainda, com o advento do videotape é que a televisão passou a

ser essencial para grandes eventos esportivos, com a função extra de fiscalizar, além de informar.

Segundo Paulo Vinícius Coelho, 2003, o futebol passou a ser o esporte nacional em

1923 quando os clubes de remo montaram times de futebol, um exemplo é a equipe de maior

torcida do País, o Clube de Regatas Flamengo, que faz uma homenagem ao até então esporte

praticado. As rádios então tiveram que se adequar às transmissões do novo esporte, a primeira

aconteceu no dia 19 de julho de 1931 entre as seleções de São Paulo e do Paraná, pela rádio

Educadora Paulista, primeira emissora da capital paulista, porém oficialmente, foi no dia 20 de

fevereiro de 1932. Logo após isso, foi transmitida também a Copa do Mundo da França no

mesmo ano. Coelho diz ainda que o rádio foi o grande veículo de comunicação de massa até 1950

quando Assis Chateaubriant inaugurou a primeira emissora de televisão brasileira, a TV Tupi, e

importou milhões de aparelhos de televisão. Cinco anos depois, em 15 de outubro de 1955

aconteceu a primeira transmissão de um jogo de futebol ao vivo, na Vila Belmiro, estádio sede do

Santos Futebol Clube. Isso só se deu devido a pouca distância do estádio a emissora de TV.

Porém, as transmissões exigiam um esforço descomunal, dado a pouca tecnologia e

enorme aparato necessário. O rádio ainda tinha vantagens, devido sua agilidade e rapidez.

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Percebendo o interesse do público em eventos esportivos, a TV passou a procurar novas

formas de trazer até o telespectador a emoção das partidas ao vivo. Na copa de 1962 o Brasil

pode assistir algumas imagens através do videoteipe, ainda em preto e branco. A desvantagem

dessa estratégia era que o rádio já havia informado os acontecimentos, então, apesar de interessar,

não empolgava o público.

Em 1966 os Estados Unidos lançam o primeiro satélite, que proporcionou as primeiras

transmissões ao vivo da história. O Brasil só teve acesso a essa tecnologia quatro anos depois,

quando pode assistir ao vivo a seleção brasileira erguer a taça do tricampeonato mundial de

futebol, em 1970, diretamente do México.

Com as transmissões ao vivo, o esporte popularizou-se ainda mais no Brasil, provando a

grande influência da TV e do futebol nos hábitos da população.

Muitos dos jornalistas do rádio migraram para a TV, pois o veículo já conseguia, embora

exigindo muito mais esforço, ter a eficiência do rádio, com o recurso das imagens.

Muitos anos mais tarde, com o surgimento das TVs a cabo e as mudanças de ordem

econômica nas transmissões de eventos esportivos, o rádio foi perdendo a força e o interesse nas

transmissões ao vivo. Prova disso são as poucas rádios que ainda mantém a programação

esportiva ativa em sua programação.

Com uma melhor transmissão, surgem novas possibilidades de programação. A partir da

década de 60, os programas de debates políticos inundam as televisões brasileiras e até hoje

ocupam um espaço cada vez maior.

Depois da copa de 70, abriu-se um leque de possibilidade para o jornalismo esportivo. E

os profissionais de comunicação perceberam que a editoria de esporte estava em franca expansão

e tinha uma ótima aceitação do público. Mais que isso, existia uma carência de informações nessa

área.

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5.2 O ESPORTE COMO ESPETÁCULO

Para Jean Jacques Jespers, 1998, o esporte na televisão é uma forma de entretenimento

para as pessoas, pois ao mesmo tempo em que trazem informação entram nas casas dos

telespectadores como forma de espetáculo. Segundo ele, isso é observado nas grandes

competições como as “Olimpíadas” em que uma boa parte da programação dos canais é

interrompida para ser mostrada as competições dos esportes olímpicos. Ele afirma ainda que não

é só das competições esportivas que o mundo esportivo vive mais também das notícias diárias

sobre fatos, como por exemplo: transferências de clubes ou o doping que pode acabar com a vida

de um atleta. Diz também que o esporte comove uma população inteira, só se observa o povo

unido quando Brasil está jogando.

Segundo Elcisa Lustosa,1996, a função do jornalismo esportivo é mostrar a notícia

como de fato ela é, sem sensacionalismo, é mostrar o que acontece dentro e fora de uma partida,

apurar os bastidores, investigar fatos relacionados ao esporte e ao atleta.

“A produção da notícia tem que oferecer informação, caso contrário, não se realizará jornalismo, nem haverá quem queria comprar a notícia.” (LUSTOSA, 1996, p.19)

5.3 A IMAGEM COMO DIFERENCIAL

Segundo Jespers, o principio da televisão é a exibição. Ela pode sensibilizar, chocar,

excitar, explicar, transformar a realidade de um determinado assunto, e usa do seu maior artifício

a imagem para fazer isso. Um grande exemplo é uma bola de tênis que atualmente não é mais

branca e sim amarela e isso se faz perceptível pela câmera de televisão. A televisão não tem o

imediatismo e a rapidez do rádio, porém leva vantagem por ter a imagem, comprova os fatos e

passa como verdade os mesmos.

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Para Pedro Maciel, é o único veículo de massa que mobiliza dois sentidos humanos dos

mais importantes: a audição e a visão. Para ele a visão é o mais importante, pois é a enxergando

que se estabelece uma relação com o mundo em que se vive, além de que é através do que se vê

nos programas de televisão que se estabelece à credibilidade e a verdade de uma notícia. A

audição é um fator determinante também, pois a TV utiliza uma linguagem própria que vai ser

ouvida pelos telespectadores, e apenas uma vez. Por juntar esses dois fatores, ele afirma que este

é o veículo mais fascinante que já foi inventado.

A imagem fascina e prende a atenção das pessoas, aliada ao som envolvente e emocionante, muitas vezes mostrando ao vivo os acontecimentos mais importantes, transforma a televisão no veículo mais poderoso que já foi inventado. ( MACIEL, 1995, p.16)

Vera Íris Paternostro diz que a televisão pode ser considerada um espelho, em que tudo

que se é transmitido, reflete a realidade para o telespectador. Ela exemplifica dizendo que quem

está em casa se comove com uma notícia e acaba sofrendo e sentindo o que o personagem da

matéria sente, porém o telespectador jamais viu que está do outro lado da tela.

5.3.1 o esporte e a imagem

O brasileiro tem paixão por esportes e a televisão tem um papel fundamental

nisso. Desde sua concepção, a TV esteve sempre registrando e divulgando os heróis

do esporte e seus feitos. Porém, com a primazia dessa transmissão, o público quer

sempre mais. Nas transmissões atuais, é possível que o telespectador saiba mais do

evento do que quem assiste ao vivo. São diversos equipamentos, comentaristas,

câmeras e toda a infinidade de aparato para transmitir ao público a realidade de

diversos ângulos.

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Até os anos 50 não havia o videotape e praticamente nenhum recurso que

pudesse dar mais emoção às transmissões. Após o VT, pode-se perceber um gol, por

exemplo, de diversos ângulos, em diversas velocidades e inclusive comprovar sua

legalidade ou não.

É nesse momento que a imagem de televisão passa a desenvolver o papel de

órgão fiscalizador do esporte. Em 1972, quando a TV em cores chegou ao Brasil, as

transmissões ganharam um impulso considerável. Foi como se a transmissão em cores

– superior em diversos aspectos à tradicional preto e branco, dessem uma injeção de

ânimo aos profissionais da área, empenhados em trazer a realidade de uma forma cada

vez mais verdadeira.

A programação esportiva ganhou cada vez mais espaço e, atualmente, em todas

as redes de televisão pode-se identificar uma farta programação esportiva. Nos

telejornais e programas de variedade o esporte ganhou tamanho espaço que os atletas

são vistos, hoje, como celebridades, adoração só compatível no Brasil aos atores e

atrizes. A importância dada a essas atividades físicas, com competição, transformou-as

em verdadeiros espetáculos.

Heródoto Barbeiro discorre sobre a naturalidade que ocorreu essa mudança de

atividade física para espetáculos:

O esporte não se sentirá estranho, ele que é freqüentemente perseguido, vivido, representado como uma fabulosa história, com seus heróis mitológicos, os campeões (...) Daí a necessidade de uma estética do esporte. Ele é comunicação e criação (2006, p.20).

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A utilização cada vez maior de imagens, no decorrer do tempo, também trouxe

modificações na postura do observador da prática esportiva. O recurso do videotape e

seus desdobramentos (tira-teimas, programas que calculam “exatamente” o que

ocorreu) acabam por ser apresentados como a “verdade”, o objetivo, o “científico”.

Contudo, essa excessiva fiscalização não prejudica o esporte, chama a atenção para

diversas mudanças. Exemplificando, pode-se lembrar das constantes modificações nas

regras de determinados esportes, como no caso do voleibol, para que o jogo se torne

mais adequado à transmissão televisiva.

5.4 ESPORTE NÃO SIGNIFICA APENAS FUTEBOL

As pautas do jornalismo esportivo da TV falam praticamente de futebol.

A transmissão televisiva trouxe mudanças significativas na forma de se ver as

competições. É o quinto árbitro de uma partida de futebol. É ela, inclusive, que define os horários

e dias que ocorrem os jogos. O registro da imagem dessas competições são exaustivamente

debatidas em mesas redondas, replays e debates na televisão. Porém há uma carência muito

grande dentro das redações de jornais no Brasil. Para Paulo Vinícius Coelho, o problema é que

por todos os programas priorizarem o futebol, deixa-se de se contratar profissional que possa se

especializar em outros esportes. O futebol é o esporte nacional que mexe com todos os

brasileiros, porém existem muitos esportes que não são nem conhecidos porque não são

divulgados. Para ele, jornalista esportivo tem que saber um pouco de cada esporte, para, em datas

como olimpíadas poder cobrir qualquer esporte que a pauta diga.

Afirma também que o problema atual é que o mercado só dispõe de espaço para o

futebol, e isso faz com que se explique o porquê de tantos atletas e ex-atletas de comentaristas de

seus próprios esportes. Um grande exemplo é o jogador de basquete Oscar Schimdt que atua

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como comentarista da Rede Globo nos campeonatos de basquete que a seleção brasileira

participa.

Para Heródoto Barbeiro,2006, o que vem acontecendo é que o futebol por ser

um espetáculo de massa, acaba chamando todas as atenções, porém para ele os

demais esportes precisam de mais notícias na mídia.

A principal diferença entre a redação de esporte e as páginas comuns de notícias reside na orientação dada aos redatores esportivos com respeito a espaço e estilo de redação. No esporte a fantasia é livre, o vocabulário pode ir além dos limites dos dicionários. Entretanto, a influência de notáveis redatores esportivos é contrária ao uso de gíria especializada para as reportagens, favorece o estilo vivo, mas em linguagem correta, como afirma Paulo Coelho, 2003.

A seção esportiva, mais que muitas outras, favorecem o treinamento profissional e é para lá que a direção das empresas envia os jornalistas em começo de carreira.

Houve tempo em que as editorias de esporte dos jornais brasileiros constituíam uma espécie de refúgio das vocações frustradas do jornalismo. Quem não fosse razoavelmente capaz de ocupar um lugar nas outras seções, acabava sendo despachado para a política e o esporte.

Com a evolução editorial, o recrutamento para a crônica esportiva ganhou critérios mais rigorosos. A conquista de quatro Copas do Mundo, dois vice-campeonatos mundiais, vários títulos da América do Sul despertou o interesse da opinião pública sobre o futebol. Naturalmente, os jornais começaram a selecionar melhores seus quadros de repórteres, redatores e fotógrafos.

O papel do jornalista esportivo também é dar a possibilidade de descobrimento, de cultura esportiva, de despertar no espectador no mínimo a curiosidade pelo esporte, que pode ser um excelente meio de cuidar da própria saúde. (LOBO, 2005, pág 82)

Para Maria Elisa Porchat, o jornalista esportivo tem que investigar as notícias, principalmente porque elas podem mudar em questões de instantes. Um jogador escalado, muitas vezes pode ser substituído antes do jogo começar. Ou seja, o profissional tem que estar atento cada segundo de trabalho.

O profissional não pode querer ser rápido na informação sem ter colhido os dados suficientes e verdadeiros.(Porchat, 1985, p.84)

5.6 MULHERES NOS ESPORTES É crescente o número de mulheres fazendo jornalismo esportivo, e apesar de cobrirem

principalmente os esportes ditos amadores, elas crescentemente estão no futebol. Na verdade a proporção de mulheres repórteres de esporte é rigorosamente semelhante à proporção de mulheres que vai aos estádios. Para Paulo Vinícius Coelho,2003, um grande exemplo de profissional feminina no esporte é Regiane Ritter, que cobriu três Copas do Mundo mostrando que atualmente a tendência das mulheres não trabalharem nas seções de esporte é uma opção pessoal.

5.5 O PROFISSIONAL ESPORTIVO

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No Paraná, uma profissional que merece reconhecimento é Sonia Nassar.

Jornalista e repórter de esportes que abriu o caminho para influenciar outras mulheres a se

especializarem em jornalismo esportivo, principalmente na cobertura do futebol.

Sonia iniciou a carreira em 1973, na antiga Rádio Guiaracá, no mesmo ano em que

começou a cursar jornalismo na Universidade Federal do Paraná. Ela ainda trabalhou em outras

emissoras como a Rádio Clube e a Rádio Cidade. Na TV participou de vários programas

esportivos, chamados mesas redondas e na mídia impressa trabalhou no jornal “Tribuna do

Paraná” foi onde dedicou maior parte da sua vida e amor a sua profissão.

O comentarista esportivo Fernando Gomes falou sobre a primeira repórter mulher

dedicada exclusivamente ao esporte no Paraná. Os elogios não foram poucos. Ele conta que

Nassar foi a responsável pela participação das mulheres nas crônicas esportivas como repórter.

“Havia muitas ocupações como auxiliares de plantão, locutoras de estúdio, mas repórter de

campo, Sonia foi à primeira. Além de muito competente, entendia de futebol, sabia entrevistar e

tinha conhecimento profundo da matéria, o que era muito importante para função”, ressalta o

comentarista esportivo.

Por ter sido de grande reconhecimento e importância para o jornalismo no Paraná, Sonia

criou um prêmio para incentivar e valorizar os profissionais da crônica esportiva. O prêmio Sonia

Nassar surgiu ainda na época em que ela trabalhava como repórter do jornal Tribuna do Paraná,

mas não durou muito tempo.

Fatos e lendas nos bastidores de imprensa ocorriam diariamente nas redações. Num

episódio marcante na redação do jornal Tribuna do Paraná, um dos mais engraçados na vida do

profissional que acompanhava a jornalista foi à história em que Sônia invadia os vestiários dos

atletas em busca de informações preciosas para enriquecer suas matérias esportivas.

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Valdir Cruz, hoje diretor de jornalismo do Grupo Rede Massa, trabalhou junto com

Sonia e conta que a jornalista não ficava constrangida com a circunstância. “Ela

mesma dizia achar engraçada a situação de ser mulher e ter que entrevistar os

atletas nos vestiários, logo após o término das partidas”, confirmou Cruz.

Sonia era atleticana fanática. Onde não só torcia pelo time do coração, mas participou da

“Retaguarda Atleticana” (era a única mulher), grupo formado na década de 1980 para resgatar o

clube que passava por uma fase ruim. Hoje no CT do Caju, a sala de imprensa leva o nome da

Jornalista. Sempre bem humorada, dizia que “ser atleticana era um estado de espírito”. Repórter

setorista da Tribuna do Paraná, defendia o Atlético Paranaense. Paixão vinda de berço da família.

Até mesmo um tio próximo (Waldomiro Pedroso) foi presidente na década de 1950.

Morreu aos 50 anos quando se recuperava de uma infecção renal aguda em 2001, ano em

que o Atlético Paranaense se tornou campeão brasileiro.

Para a jornalista da SPORTV, Janaína Xavier, as mulheres passaram a observar que poderiam sim gostar de assistir e trabalhar com esportes. Ela diz que começou a gostar de esportes, pois seu pai e seu irmão praticavam e ela queria fazer companhia a eles. Conta também que não sofreu preconceito dos homens, mais era visível que eles a olhavam com certa desconfiança. “Com muita alegria. As mulheres, aos poucos, foram descobrindo os encantos do esporte. Passaram a entender as regras, e se emocionar com as jogadas e a torcer tanto quanto os homens” (Xavier, 2008). Para Janaína Castilho, repórter e apresentadora da RPC, seria muito bom ter um programa

que mostre outros esportes. Segundo ela acrescentaria culturalmente, além de um possível

aumento de pessoas praticando esses esportes. “Quem sabe tivéssemos mais jogadores de vôlei

no futuro, basquete, tênis, lutas. É necessário sim, um programa que mostre. O incentivo seria

muito maior.”. (Castilho,2008).

6. MÉTODOS E TÉCNICAS

6.1 ANÁLISE DE MÍDIA

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Foram analisados programas televisivos esportivos veiculados pelos meios de

comunicação no Paraná para observar o tempo que cada programa disponibiliza para tratar de

outros esportes que não sejam futebol. Durante as duas primeiras semanas de maio foram

analisados sete programas(Globo esporte, balanço esportivo, tribuna no esporte, band pé no rio,

esporte educativa, esporte espetacular e esporte show). Contatou-se que o futebol é prioridade

quase que absoluta:

O Esporte Espetacular, veiculado apenas aos domingos mostrou que 42% de sua programação

destinada a outros esportes e 58% falam sobre futebol. Sua programação se dividiu na seguinte

forma: No 1º bloco, uma matéria sobre futebol com 6 minutos, no segundo bloco mais uma

matéria futebolística e uma matéria de judô de 4 minutos. E no último bloco, além de outra

matéria sobre futebol, uma sobre skate e vôlei.

Na seqüência, o Globo Esporte, que vai ao ar diariamente, destina 86% da programação ao

futebol e 14% aos demais esportes. Apenas uma matéria fala sobre jogos universitários e no

último bloco uma nota coberta de 1 minuto sobre o campeonato brasileiro de futsal. O resto do

programa, fala sobre futebol.

Os programas Tribuna no Esporte (Rede Massa), Balanço Esportivo (CNT), Esporte

Educativa (RTVE) e Esporte Show (Canal 21) são destinados quase que totalmente ao assunto

futebol, direcionando as matérias aos times da capital. Estes programas só mostram outras

modalidades esportivas quando existe algum evento relacionado as mesmas sendo realizado, mas

não houve como fazer um balanço dessas matérias por não fazerem parte do dia-a-dia dos

programas.

E diferente dos anteriores, o Band Pé no Rio trata na sua totalidade da cobertura de

competições esportivas (corridas de aventura) entre universidades do Estado do Paraná,

direcionando suas matérias aos mais diferentes esportes, excluindo o futebol.

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6.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Para o embasamento teórico do projeto, procuraram-se autores que explicassem porque o

esporte é tão importante para a vida das pessoas, mostraram-se também as diferenças entre

esportes olímpicos e não olímpicos, radicais e de aventura, explicando quais são eles, através de

pesquisas nos comitês de cada modalidade e buscando teóricos que falem a respeito disso.

Contou-se um pouco da história do esporte nos veículos de comunicação e por acreditarmos que a

televisão é o melhor meio de se divulgar, pois tem como principal recurso a imagem.

Também houve entrevistas de pessoas que já estão na área, para darem depoimentos do

que pensam a respeito do tema proposto e de experiências já vividas, a fim de validar o nosso

projeto.

6.3 PESQUISA DE CAMPO

Para constatar na prática o envolvimento das pessoas com os recursos televisivos e com o

esporte, foi-se a campo para observar de pessoas comuns o que pensam a respeito dos programas

já existentes e de um aprofundamento maior dos esportes não tão divulgados pela mídia

atualmente.

Opto-se pelo levantamento de dados, através do preenchimento de um questionário, por

achar mais direta de se conhecer o público alvo.

Outro aspecto levado em conta é que possivelmente grande parte do público alvo que se

quer atingir: atletas, praticantes de esportes, pessoas que gostem de assistir a determinados jogos

e programas, não possuam computador e recursos da internet.

Desta forma, optou-se por um questionário com nove perguntas (anexo), sendo apenas

uma de caráter aberto, para facilitar a resposta.

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O estudo foi realizado nas ruas, em academias, em universidades para podermos observar

o que as pessoas em geral pensam a respeito do projeto proposto.

As perguntas elaboradas para o questionário procuram enfocar o que pensam os

universitários com relação aos esportes que são transmitidos e veiculados pela mídia televisiva,

além de saber dos mesmos qual seria o melhor dia e melhor horário para o Resistência ir ao ar.

O questionário tinha como objetivo reconhecer o público alvo, o que assistem e ver a

respeito de quais esportes desejam saber mais informações. Foram distribuídas cem questionário,

cinqüenta para homens e cinqüenta para mulheres, por acreditar que os esportes são atividades

democráticas, assim sendo, de interesse de todos.

Na primeira questão dividimos em faixas etárias a partir dos 18 anos. Vimos que a maior

parte dos entrevistados está entre 22 e 25 anos.

Sobre o sexo dos entrevistados. Como os questionários foram distribuídos igualmente,

50% são homens e 50% mulheres.

Quanto ao veículo de comunicação mais utilizado para se informar a respeito de esportes,

a resposta da grande maioria foi à televisão, alcançando 56%, o que também definiu o meio que

queremos veicular o Resistência. Na seqüência a internet alcançou 20%, seguida do rádio com

10%, jornal impresso 9% e por último com 5% as revistas.

Veículo mais utilizado para informações esportivas:

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televisão

rádio

internet

impresso

revista

Do total de entrevistados, 86% afirmaram que assistem a programas televisivos sobre

esportes, contra apenas 14% que responderam não procurar esse tipo de informação.

E entre os programas esportivos televisivos existentes, os que têm maior audiência são

veiculados pela Rede Globo. O programa Globo Esporte tem 43% da audiência dos entrevistados,

logo em seguida, o Esporte Espetacular, veiculado pela emissora aos domingos pela manhã tem

20% da preferência. Importante observar que além do Band Pé no rio, que teve 9% dos votos,

esses são os poucos programas que dão visibilidade a outros esportes que não apenas o futebol.

Os outros programas colocados na pesquisa foram: Tribuna no Esporte (13%), Esporte Educativa

(6%), Esporte Show (5%) e Balanço Esportivo (4%).

Programa mais assistido pelo público:

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Globo Esporte

BalançoEsportivo

Tribuna noEsporte

Band Pé no rio

EsporteEducativa

EsporteEspetacular

Esporte show

Constatou-se, com 88%, que existe o interesse em assistir um programa que trate de

variedades no esporte, apenas 12% responderam não ter interesse em outro esporte que não

futebol.

Complementando a questão nº6, os entrevistados enumeraram outros 3 esportes aos quais

tem maior interesse. Entre eles os esportes radicais (skate, paraquedismo, mergulho,rapel, rafting,

entre outros) receberam 31 votos, na seqüência as corridas de carros (formula 1, stock car, entre

outros) 27 votos, as artes marciais foram citadas 25 vezes. Na seqüência a natação,18, surfe 17,

ginástica 11 votos, Vôlei 10 votos, Tênis 7, e esportes com bicicleta foram votados 6 vezes.

Esportes que interessam ao público para estar no programa:

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vôlei

tênis

automobilismo

ginástica

bike

radicais

natação

artes marciais

surfe

Quanto ao interesse em assistir um programa que trate de outros esportes que não apenas

o futebol, 92% responderam sim, que gostariam de ver um programa com diversidade de

esportes. E apenas 8% não buscam informação a respeito de outros esportes.

Interesse em assistir a um programa que fale de outros esportes que não o futebol:

SIM

NÃO

Escolheram como dia mais apropriado o sábado, com 49%, seguido do domingo com

29%. Na seqüência os dias da semana tiveram menos votos: segunda-feira 7%, terça-feira 3%,

quarta-feira 3%, quinta-feira 4% e sexta-feira 5%.

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O período da manhã foi o mais votado, com 56% da preferência, seguido da noite com

32% e tarde 12%. Chegou-se a conclusão, que ambos os sexos se interessam por outros esportes e

gostariam de assistir em um programa de televisão os que dificilmente aparecem na mídia.

Os esportes de aventura ou radicais aparecem muito bem relacionados.

7. DELINEAMENTO DO PRODUTO

Após feito o estudo a respeito do tema, o objetivo é criar um programa que trate dos

esportes, priorizando aqueles que muitas vezes são deixados de lado para o futebol. O nome será

Resistência e contará com uma apresentadora, que também faz reportagem e duas repórteres

falando de temas esportivos variados.

O programa terá dois blocos de aproximadamente 7 minutos cada, com entrevistas,

reportagens, convidados, quadros com atletas e informações sobre campeonatos e rankings dos

esportes. O Resistência não terá platéia, e terá duração de 30 minutos semanais.

Serão acompanhados os atletas paranaenses em competições de destaque. Mostrar

campeonatos dentro do estado do Paraná, pois se trata de um projeto á nível estadual.

7.1 LINGUAGEM

A linguagem utilizada será simples e coloquial, pois se trata de jornalismo esportivo e o

mesmo não exige um linguajar mais formal. O uso de gírias e expressões irá variar conforme

cada modalidade apresentada.

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7.2 FORMATO

O programa será apresentado por mulheres, porém conta com um homen na parte de

“trás” das câmeras.

A postura será simples e mais descontraída, pois o público alvo é jovem.

As reportagens têm foco jornalístico, informativo e de entretenimento. Cada bloco terá

entre duas ou três matérias (de aproximadamente três minutos), calendários de eventos, entre

outros assuntos relacionados. A apresentação do telejornal “Resistência” será totalmente

produzida em lugares relacionados a prática esportiva, sem uso de estúdio.

7.3 PERIODICIDADE

Através das pesquisas realizadas foi constatado que o melhor dia da semana para a

transmissão do programa é no sábado, pois acaba sendo um incentivo para á prática de esportes

durante o final de semana, sem contar que muitas pessoas trabalham na semana e podem assistir

no sábado. O horário escolhido foi as dez horas da manhã, pois o público está acordando e já se

interessa por praticar e assistir aos esportes que estarão sendo mostrados no programa.

7.4 CONCORRÊNCIA

No Paraná o único programa que desvia totalmente do futebol é o Band Pé no Rio, porém

este tem em seu formato competições esportivas entre universidades e estas são geralmente

disputas de aventura.

Quanto aos demais programas do estado, todos divulgam como prioridade o futebol, e por

isso fogem do assunto que se quer retratar no “Resistência”. Com isso, observa-se que não há

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concorrência direta em canais abertos. Nem com relação ao horário o programa enfrentará

problemas, pois nos canais abertos, sábado às dez horas da manhã o que se assiste são desenhos

animados.

7.5 RECURSOS MATERIAIS

Análise de custo

Considerando que o programa seja transmitido pela CNT Curitiba, e que não exija

inicialmente nenhuma cobertura de eventos que ocorram fora da região do Paraná:

Salário da equipe (1 apresentadora, 2

repórteres, 1 câmera, levando em

consideração um piso de 1832,79-FENAJ –

a edição será feita pelos apresentadores)

R$ 5.498,37

Captação de imagens com filmadora, 3x

por semana (1 mês)

R$ 3.000,00 (R$ 250,00 dia)

Viagens R$ 5.000,00

Gasolina R$ 700,00

Material(fita, papel,telefone) R$ 800,00

Edição e Finalização R$ 10.000,00

Ao todo com operacional e produção R$ 24.998,37

A produtora Easy Films apresentou um orçamento de R$ 10,000. Porém não foi possível

viabilizar cada item, pois o regulamento interno da empresa não permite, e os valores individuais não

puderam ser divulgados. Porém sabe-se que o valor cobrado pela empresa é com relação á edição do

programa (vinhetas, matérias,agendas etc). Gastos como viagens, captação de imagens e material não

fazem parte do orçamento apresentado pela Easy.

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8. CONCLUSÃO

Quando se idealizou o projeto de um programa esportivo que abordasse esportes à margem da

mídia, mesmo sabendo da diversidade que o esporte representa, ainda não se tinha a real noção da

amplitude do tema a ser estudado. Das variadas formas em que os esportes se manifestam, seja em

grupos ou individualmente, se é necessária força ou é mais importante à coordenação e agilidade, todos

esses pontos mostraram-se de grande riqueza. Riqueza essa que quer divulgar e promover o programa

Resistência.

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Porém durante as entrevistas e pesquisas, houve dificuldade em explicar, mesmo que

resumidamente, os detalhes de cada modalidade esportiva citada. Isso por diversos motivos, ou por

desconhecimento ou pela precariedade dos sistemas de informação das federações e confederações

esportivas. Poucos esportes têm sites bem elaborados e regularmente atualizados com dados dos

eventos, ranking de atletas e demais informações que sejam relevantes. Até mesmo dados como

telefones e endereços das entidades não constavam, tornando mais complicada ainda a busca pelas

informações.

Essa precariedade, de certa forma, é conseqüência da pouca visibilidade das instituições e de

suas atividades e representantes, visto que, como foi apresentada no trabalho, grande parte dessas

organizações são idealizadas e criadas por praticantes ou simpatizantes apaixonados, que fazem dessa

batalha pelo reconhecimento uma bandeira pessoal, carregada na maioria das vezes por poucas

pessoas.

O projeto que visa mostrar esses esportes que sofrem com a falta de espaço nos meios de

comunicação e evidenciar atletas paranaenses, não quer competir com os programas já existentes, que

na sua grande maioria dão seu foco principal no futebol. Até porque essa seria uma batalha perdida

tendo em vista o grande fascínio que o futebol exerce em terras brasileiras. A intenção principal e trazer

um novo formato de jornalismo esportivo local, valorizando os demais esportes e atletas, e

proporcionando informação de qualidade, dando atenção também aos pedidos de pautas dos

telespectadores.

A única certeza, de que seja qual for à modalidade esportiva, sempre haverá um bom exemplo a

ser seguido. Exemplos de persistência, disciplina, valores e de respeito, que são as bases de qualquer

modalidade, sem contar nos benefícios físicos e mentais que vêm aliados a eles.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIVROS

BUCCI, Eugênio. O Brasil em tempo de TV. São Paulo: Boitempo, 1997.

BARBEIRO, Heródoto. RANGEL, Patrícia. Manual do jornalismo esportivo. São Paulo:

Contexto, 2006.

COELHO, Paulo Vinicius. Jornalismo Esportivo. 1 edição. São Paulo: contexto, 2003.

HABIB, Lia. Jornalista: Profissão Mulher. São Paulo: Sapienza Editora, 2005.

JESPERS, Jean Jacques. Jornalismo Televisivo. Coimbra: Minerva, 1998.

LUSTOSA, Elcisa. O texto da notícia. 1 edição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1996.

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MACIEL, Pedro. Jornalismo de Televisão 1 edição. Porto Alegre: DC Luzzatto, 1995.

MATTERLART, Michèle; MATTERLART, Armand. O carnaval das imagens. São Paulo: Brasiliense, 1999.

McLUHAM, Marshall. Os meios de comunicação como Extensões do Homem. São Paulo:

Cultrix: 1971.

PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Campus,

1999.

PORCHAT, Maria Elisa. Manual do radiojornalismo. 3 edição. São Paulo: Editora Ática, 1993.

VILAS BOAS, Sergio. Formação e Informação esportiva - jornalismo para iniciados e leigos.

São Paulo: Summus, 2005.

PERÍODICOS

MATTOS, Laura. Ibope divulga pesquisa da quantidade de televisões nas casas brasileiras.

IBGE, 2007.

SITES

BRUM, Eliane. Paraolimpíadas. Revista Época online. Disponível em

http://epoca.globo.com/especiais2004/parapolimpi/hist;htm. Acesso em 19 de maio de 2008.

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COMITÊ olímpico internacional. Disponível em http://www.olympic.org. Acesso em 11 de abril

de 2008.

CONSOLO, Cláudio. Crítica a regulamentação de alguns esportes, 2006. Disponível em

HTTP://360graus.terra.com.br/geral/default.asp?did=19345&action=relato. Acesso em: 25 de

abril de 2008.

ESPORTES olímpicos. Disponível em http://www.cob.org.br/. Acesso em 11 de abril de 2008.

GRAEL,Lars. Disponível em http://www.antares.com.br/~cbpds/nossaluta.htm. Acesso em 14 de

abril de 2008.

RODRIGUES, Débora. Esportes não olímpicos. Disponível em

http://www.sportmarketing.com.br/2008/02/esporte-no-olmpico-poder-receber-verba.html.

Acesso em 2 de maio de 2008.

X Games. Disponível em http://xgames.espn.com.br/. Acesso em 20 de abril de 2008

ENTREVISTAS CEDIDAS PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CASTILHO, Janaína. Entrevista concedida no dia 15 de setembro de 2008

CRUZ, Valdir. Entrevista feita em 28 de setembro de 2008

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GOMES, Fernando. Entrevista realizada no dia 1 de outubro de 2008

MACHADO, José Severiano. Entrevista feita no dia 16 de março de 2008

VARELLA, Márcio. Entrevista realizada no dia 24de março de 2008

XAVIER, Janaína. Entrevista cedida por Danielle Mulinari, feita no dia 26 de abril de 2008.

DICIONÁRIO

SACCONI, Luis Antônio. Minidicionário Sacconi de língua Portuguesa. São Paulo: Atual, 1996.

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ANEXOS

QUESTIONÁRIO:

Idade

(18-21) (22-25) (26-29) (mais que 30)

Sexo: ( ) feminino

( ) masculino

Qual o meio de comunicação que você prefere para saber sobre esportes?

( ) televisão ( ) jornal impresso

( ) rádio ( ) revista

( ) internet

Você assiste a programas de esporte?

( ) SIM ( ) NÃO

Se sim, dentre os programas que existem, qual acha melhor?

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( ) Globo esporte – RPC

( ) Tribuna no esporte – Rede Massa

( ) Band pé no rio – Band

( ) Esporte Educativa - RTVE

( ) Esporte show – Canal 21

( ) Mesa redonda – TV Transamérica

( ) Boletim Futebol - CNT

Além do futebol, há outros esportes que lhe interessam?

( ) SIM ( ) NÃO

Quais?

1 -

2-

3-

Você gostaria de assistir a um programa de esportes que não trate de futebol?

( ) SIM ( ) NÃO

Qual melhor dia?

( ) segunda ( ) quinta ( ) sábado

( ) terça ( ) sexta ( ) domingo

( ) quarta

Qual o melhor horário para você para se falar de esportes?

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( ) manhã ( ) tarde ( ) noite

ENTREVISTAS

Janaina Xavier (jornalista, SPORTV- “Tá na área”).

1. Porque o jornalismo esportivo?

Porque o esporte sempre esteve presente em minha vida, meu pai foi atleta, meu irmão também.

Eu bem que tentei, mas, já que não deu certo, resolvi contar essas histórias tão cheias de emoção.

2. Como conseguir ser imparcial dentro do jornalismo esportivo e, principalmente do

futebol?

Da mesma forma que o jornalista tem de ser imparcial em outros segmentos e editorias.

3. Como vê a participação fiel feminina nos estádios hoje?

Com muita alegria. as mulheres, aos poucos, foram descobrindo os encantos do esporte. Passaram a

entender as regras, e se emocionar com as jogadas e a torcer tanto quanto os homens. Acho também

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que elas viram uma chance de estar mais próximas de seus companheiros, pais, irmãos, amigos. Dez

anos atrás, quando eu comecei a trabalhar no esporte, isso não acontecia. .

4. Você sofreu algum preconceito por jornalistas homens, quando começou a cobrir os

clubes?

Quando eu comecei era raro uma mulher trabalhar neste meio. Em Curitiba éramos duas ou três no

máximo. Não sofri exatamente preconceito. Entendo que eles me receberam com desconfiança. Tanto os

jornalistas quanto os atletas. Com o tempo a presença feminina foi aumentando. Mas claro que levou um

tempinho até eu conseguir provar que realmente era capaz de falar sobre um assunto, até então restrito

ao mundo deles, com competência.

5. O que acha da idéia de um programa de futebol interativo mostrando os bastidores do

futebol, com uma platéia composta pelos torcedores que terão participação ativa no

programa como comentaristas?

Acho interessante. Mas sempre tive receio em dar voz ativa aos torcedores. Eles são movidos

puramente pela emoção. É raro um torcedor falar racionalmente, sem deixar que a paixão influencie.

Mas, por outro lado, eles fazem parte do contexto, e sempre trazem histórias interessantes.

6. Acredita que o jornalista esportivo ainda sofre o preconceito de outras editorias?

Acredito sim. Sem generalizar, mas jornalistas de outras editorias pensam que trabalhar com esporte é

como estar num parque de diversões. Se engana quem pensa assim. A nossa pressão muitas vezes é

muito maior. A editoria de esportes cresceu muito, arrecada muito e se tornou uma das principais entre

todas as outras.

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Entrevista com Janaína Castilho-RPC, 26 anos.

1-Janaína, como surgiu sua vontade de ser jornalista?

Sempre gostei de tv, tinha a convicção desde criança que eu queria trabalhar com algo

relacionado à tv. O interesse pelo jornalismo veio depois, porque gostava muito de escrever, ler,

acompanhava reportagens especiais e daí fui direcionando o que faria na faculdade.

2- Porque escolheu Jornalismo Esportivo?

Esportivo, gostei sempre, mas não imaginava que eu trabalharia com jornalismo esportivo. Tanto

que comecei na geral. Em Ponta Grossa, tv a cabo, trabalhava com um programa voltado a

adolescentes. Depois apresentei o jornal lá.. isso em 2003 (eu fiz UEPG por isso trabalhava lá). E

quando voltei pra Curitiba, fui repórter na RIC também na geral... Até que abriu o "Tempo de

Jogo" e eu fazia algumas matérias no começo, alternando com a geral, depois fiquei só no

esporte.. foi bem bacana.

3- Como ser imparcial dentro do jornalismo esportivo, principalmente com

relação ao futebol?

O que é ser imparcial? acho que imparcial é algo que muito se fala, mas dificilmente se consegue

atingir. Por exemplo, se um time "X" perde o meu vt não vai ser alegre, tudo depende da maneira

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como se conta uma história e isso pode ser feito de um milhão de formas. É claro que aí entra o

bom senso, nós jornalistas temos uma força muito grande com as palavras e é preciso ter cuidado

com o que se diz, mas eu não acredito nessa imparcialidade 100%, até porque uma matéria de

jogo seria então uma méra descrição de lances ou nem isso, porque se você escolhe momentos do

jogo para mostrar e não outros é porque quer destacar algo em detrimento de outras coisas e aí..

já está embutida a opinião.

4- Como vê a participação fiel feminina nos estádios hoje?

Eu acho sensacional a participação feminina nos estádios, cada vez mais vemos isso e só

acrescenta ao esporte, um olhar diferente.

5- Você sofreu algum preconceito por jornalistas homens, quando começou a cobrir os

clubes?

Não sofri preconceito algum, pelo menos nunca fizeram ou falaram nada na minha

frente (hahaha).

6-Acredita que o jornalista esportivo ainda sofre o preconceito de outras editorias?

Certamente. Ainda há um pensamento assim. Quem não gosta subestima. Ou acha que o trabalho

é simples, que não é preciso ser jornalista.. Discordo totalmente dessa visão, acredito que se você

trabalha com informação que vai virar notícia, independente de qual for, é necessário ter a

formação. Quando se entender o processo, o peso que tem o que é divulgado, ficará mais fácil de

aceitar o trabalho de um ou de outro.

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7-Quais as principais dificuldades enfrentadas dentro do jornalismo esportivo?

A dificuldade é fugir do convencional. Encontrar um jeito de contar as coisas de uma

forma interessante.. Se não, vira sempre a mesma coisa: "a bola bateu na trave... fulano marcou

de cabeça..." e, pior, as matérias de treino (o factual muitas vezes é necessário, mas acho legal de

vez em quando sair disso. O factual o repórter de rádio já divulgou quase que em tempo real a

informação, os sites já espalharam a notícia.. e a tv fica um pouco em desvantagem nisso). Pra

fazer diferente e legal você precisa de tempo, para os profissionais - produtores, pauteiros,

repórteres, editores, tempo de exibição no jornal, precisa da colaboração das assessorias de

imprensa, etc.. e nem sempre é fácil. Claro, onde se tem uma estrutura melhor isso funciona de

uma forma mais simples, mas o que vemos em muitos lugares é que a dificuldade já começa

antes de produzir o material.

8-E os lados positivos da área, quais são?

Não só no jornalismo, mas quem gosta do que faz, tem a recompensa depois. Algo bem feito, que

todos colaboraram, tem um bom resultado. E isso vem em forma de "feedback". É muito legal...

10- Você acha interessante um programa que fale de outros esportes, que não são

divulgados pela mídia?

Acho, claro. Encontramos hoje nas tvs por assinatura alguns, mas seria muito interessante se os

telespectadores tivessem um acesso maior. Tem muito atleta bom, muito esporte que poderia

ganhar mais de atenção se tivesse um programa só com outros esportes. Não acredito ser algo

fácil comercialmente, tempo de programa, equipes pra cobrir, mas com certeza seria um algo a

mais muito bem vindo na programação, porque não é só mostrar algo além do futebol, a partir da

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divulgação culturalmente teríamos um acréscimo relevante. Quem sabe tivessemos mais

jogadores de vôlei no futuro, basquete, tênis - o investimento nisso seria maior, etc.

Entrevista com o Professor de Educação Física, José Severiano Machado Netto.

Você acha que os esportes são abordados por completo na televisão?

Não, acho que ainda é muito vago, pois existem várias modalidades esportivas que não são citas

na mídia.

Que modalidades são essas?

São os esportes não olímpicos, os radicais, os olímpicos, pois ainda infelizmente (apesar de eu

particularmente gostar muito de futebol), acho que o especado dado a esportes como o

automobilismo (não somente a F1), surf, lutas, entre outros são muito pouco explorados.

Você como professor de Ed. Física tem dificuldade em ensinar outros esportes, além dos

convencionais?

Sim, pois as crianças são muito ligadas àquela “coisa” de que se está na Tv elas se interessam.

Mas de qualquer forma sempre ensinei as crianças que eu dei aulas outros esportes como Rugby ,

no começo foi difícil, pois não se interessaram, depois de mostrar alguns vídeos, o pensamento

das crianças mudou, elas quiseram saber mais sobre esse esporte. A mesma coisa acontece com

os jovens, à falta de informação faz com que eles se desinteressem por outros esportes.

Qual é a dica que você pode passar para quem quer começar um esporte radical?

Os esportes radicais são considerados esportes de risco quando não tomadas às devidas

precauções, sempre devem ser praticados com supervisão de um profissional habilitado, como

qualquer outra atividade física, e nunca devem ser negligenciados exames preliminares com uma

equipe multidisciplinar. Acidentes só ocorrem quando há despreparo e etapas em um processo

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são puladas, por isso preparação é uma palavra chave, e se inicia muito antes da prática, com

condicionamento físico e psicológico.

Você iria se interessar por um programa de Tv que tratasse de esportes que estão à margem

da mídia?

Com certeza, como já citei antes sou um amante do futebol, mas nem por isso quero assistir

programas exclusivamente de futebol, a diversidade sempre é bem vinda.A informação sobre

atletas que se destacam é essencial para o reconhecimento dos mesmos.

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Entrevista com Fernando Gomes - comentarista da rádio Transamérica e apresentador da TV transamérica

Fernando Gomes, qual foi à importância da Sonia Nassar no esporte paranaense?

A Sonia Nassar foi quem iniciou todo esse interesse da mulher nas crônicas esportivas

aqui no Paraná. Naquela época não era comum a presença das mulheres nos estádios, quem diria

no campo.

A Sonia trabalhou em rádio e também em TV, como era a jornalista no assunto

futebol, podia-se dizer que ela conhecia sobre o assunto?

Ela era uma excelente repórter, conhecia sobre o assunto muito bem e sabia entrevistar

melhor ainda. Tinha um conhecimento profundo da matéria, o que era muito importante para o

trabalho.

É verdade que a Sonia promovia um evento anual, para que servia esse evento?

Pois é, a Sonia criou um prêmio destinado aos profissionais da imprensa, era o “Prêmio Sonia

Nassar”, próprio para incentivar e valorizar todos os profissionais envolvidos nas atividades

esportivas. Surgiu durante a época em que trabalhou no jornal Tribuna do Paraná, mas não durou

muito tempo.

Entrevista com Valdir Cruz, diretor de jornalismo da Rede Massa.

A história em que a Sonia invadia os vestiários nos estádios é lenda ou é verdade? E

o que ela dizia sobre isso?

Valdir Cruz – É verdade. A Sonia muitas vezes invadia os vestiários para entrevistar os

jogadores, sempre atrás das melhores informações para enriquecer suas matérias. Quando ela

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retornava à redação dizia que achava engraçada a situação de ter que entrar em vestiários depois

das partidas.

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MARCIO VARELLA- JORNALE

Todas as segundas-feiras havia reunião de pauta no local onde eu trabalhava Jornale.

Os reportes davam sua opinião ao editor chefe sobre diferentes assuntos que gostariam de

escrever ao longo da semana, os temas mais comuns a serem abordados eram; política, economia,

entretenimento, variedades, problemas públicos, etc... Ao me dirigir ao editor chefe com a

seguinte pauta.

O que o senhor acha de eu (Giovana Melo) escrever uma matéria sobre os atletas paranaenses que

estão se destacando internacionalmente em esportes como Tênis, Natação, Lutas. Fui

surpreendida com a seguinte resposta:

Marcio Varella (editor chefe) : Giovana para que eu vou deixar você fazer esse tipo de matéria.

Não dá audiência em lugar nenhum.

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ENTRA VINHETA DE ABERTURA ESCALADAS......... Giovanna Pereira Imagem do Jardim Botânico ao fundo Giovanna Pereira Imagem do Gustavo lutando Giovanna Pereira Imagem da Carol na piscina

))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) OLÁ. BOM DIA./ESTÁ COMEÇANDO O PROGRAMA RESISTÊNCIA QUE VAI TRAZER PARA VOCÊ INFORMAÇÕES SOBRE ESPORTES NAS MAIS DIFERENTES MANEIRAS. AFINAL, ESPORTE É DIVERSÃO, É SAÚDE E TAMBÉM É ESPETÁCULO. / ESTAMOS NO JARDIM BOTÂNICO, UM DOS PONTOS TURÍSTICOS MAIS VISITADOS DE CURITIBA./ AQUI, ALÉM DE APRECIAR AS FLORES E A NATUREZA, É TAMBÉM UM ÓTIMO LUGAR PARA A PRÁTICA ESPORTIVAS./ ESTÁ SEM OPÇÕES PRO FIM DE SEMANA? CHAME OS AMIGOS, ENCONTRE ALGUMA ATIVIDADE E MECHA-SE./ MAS ANTES, ACOMPANHE OS DESTAQUES DESTA EDIÇÃO.// DIRETO DO LITORAL PARANAENSE, VOCÊ VAI CONHECER GUSTAVO DIAS, CAMPEÃO MUNDIAL DE JIU JITSU E DESCONHECIDO NO BRASIL.// E DAS PROFUNDEZAS DO MAR E DAS PISCINAS, UMA DONA DE CASA CURITIBANA É CAMPEÃ SULAMERICANA DE APNÉIA./ VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?// NO NOSSO BATE PAPO, O TÉCNICO DA EQUIPE DE

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Giovanna Pereira Imagem da entrevista Giovanna Pereira Vinheta))))))))))))))))))))))))))

BASQUETE DE CADEIRANTES FALA COM EXCLUSIVIDADE PARA O RESISTÊNCIA.// E TEM MAIS./ UM ESPORTE QUE NASCEU NA FRANÇA VEM GANHANDO MUITOS ADEPTOS NO PARANÁ. A HABILIDADE EM TRANSPOR OBSTÁCULOS SE TORNOU UMA PRÁTICA INTERESSANTE. CONHEÇA O LE PARKOUR.

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1 BLOCO

Giovanna Pereira RODA VT))))))))))))))) Repórter: Amanda Negrele Cinegrafista: Giovana Melo/ Fabiano Ferreira

GUSTAVO DIAS./ VOCÊ JÁ ESCUTOU ESSE NOME?/ É BEM PROVÁVEL QUE NÃO./ MAS ESSE JOVEM, DE 20 ANOS, FAIXA PRETA, JÁ COLECIONA OS MAIORES TÍTULOS DE JIU JITSU./ E FOMOS A CIDADE ONDE ELE MORA COM A FAMÍLIA PARA CONFERIR O DIA-A-DIA DO CAMPEÃO.// Entra VT)))))))))))))))

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Giovanna Pereira Roda VT))))))) Repórter: Giovana Melo Cinegrafista: Amanda Negrele/ Fabiano Ferreira

E AGORA VAMOS FALAR DO MUNDO AQUÁTICO./ QUANTO TEMPO VOCÊ AGUENTA FICAR EM BAIXO D’ÁGUA SEM RESPIRAR?/ O RECORDE MUNDIAL DE APNÉIA É DE UMA CURITIBANA./ FOMOS CONFERIR O TREINAMENTO DELA.//

Entra VT))))))))))))))))))

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AGENDA RESISTÊNCIA ))))) Giovanna Pereira AGENDA RESISTÊNCIA))))

E PRA VOCÊ QUE AINDA NÃO SABE O QUE FAZER NO FIM DE SEMANA, AÍ VAI A NOSSA AGENDA ESPORTIVA./ HOJE À TARDE NO CLUBE CURITIBANO ACONTECEM COMPETIÇÕES DE BADMINTON VÁLIDAS PELO CAMPEONATO NACIONAL DA MODALIDADE./ E AMANHÃ PRAIA DE LESTE SEDIARÁ A 6ª ETAPA DO CIRCUITO PARANAENSE DE BODYBOARDING./ PRA VOCÊ QUE VAI DESCER A SERRA É UMA ÓTIMA ATIVIDADE. AS PROVAS COMEÇAM A PARTIR DAS 10 HORAS DA MANHÃ./ E A DE TERÇA A SEXTA FEIRA LONDRINA SERÁ TOMADA POR ATLETAS DO HANDEBOL./ O TORNEIO INTERNACIONAL CONTARÁ COM EQUIPES DE TODOS OS PAÍSES DA AMÉRICA. O BRASIL É UM DOS FAVORITOS AO TÍTULO DA COMPETIÇÃO.//

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Vinheta)))))))))))))) 2 bloco Vinheta)))))))

VOLTAMOS JÁ...

))))))))))))))))))))))))))

JÁ PENSOU EM CHEGAR AO TRABALHAR PULANDO OS OBSTÁCULOS ENCONTRADOS PELO CAMINHO?/ UM GRUPO AQUI DE CURITIBA ADERIU A UM ESPORTE QUE ADAPTA TÉCNICAS DE PULOS E EQUILÍBRIO PARA SE DIVERTIREM PELA CIDADE.// RODA VT))))))))))))))))

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Giovanna Pereira Entra VT))))))))))))) Repórter: Amanda Negrele Cinegrafista: Giovana Melo e Fabiano Ferreira.

E NO NOSSO BATE PAPO DE HOJE, O TREINADOR DE BASQUETE DOS CADEIRANTES, FALA SOBRE O PRECONCEITO QUE SENTE COM SEUS ATLETAS.// Roda VT))))))))))))

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Giovanna Pereira

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Entra VT)))))))))))))))))) VOCÊ PRATICA ALGUM ESPORTE DIFERENTE, DESCONHECIDO OU QUER MANDAR ALGUMA SUGESTÃO DE ESPORTES QUE NÃO ESTÃO NA MÍDIA? FALE COM A GENTE ATRAVÉS DO E-MAIL [email protected]./ O RESISTÊNCIA DE HOJE FICA POR AQUI./ UM ÓTIMO FIM DE SEMANA, OBRIGADA PELA COMPANHIA E ATÉ SÁBADO QUE VEM./ TCHAU.// )))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

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Vinheta)))))))))))))))))))))))))

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À ATT Prezado, Pela presente, estamos enviando orçamento para a produção de uma obra audiovisual, de acordo com as especificações abaixo e que, se aprovado, será parte integrante do Contrato de Produção da Obra Audiovisual. CLIENTE: PROGRAMA RESISTÊNCIA TÍTULO: RESISTÊNCIA DURAÇÃO: 30 MINUTOS VEICULAÇÃO: SEMANAL PERÍODO: 6 MESES Praça: PARANÁ ORÇAMENTO: R$ 10.000,00 COND. DE PAGAMENTO: 28 dd 1. OBRIGAÇÕES DA PRODUTORA: Edição e Finalização 2. COMPETE AO CLIENTE: Gravação de imagens Artes e Logomarcas Locações Acompanhamento 3. PRAZO PARA REALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO Referido prazo será estabelecido na reunião de pré-produção através de um cronograma que fica fazendo parte integrante deste orçamento.

________________ Atenciosamente

IMAGENS

Curitiba, 23 de outubro de 2008.

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Símbolo das Olimpíadas, anéis olímpicos representando cada continente.

Imagens do jogo Brasil x Canadá, nos jogos para olímpicos de Atenas. Figuras retiradas do site: www.terra.com.br/ Acesso em 19 de maio de 2008.

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Equipe brasileira olímpica de remo em Atenas, nas Olimpíadas de 2004.

O ginasta Diego Hipólito na Copa do Mundo de ginástica na Alemanha em 2007.

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Fotos retiradas do site www.uol.com.br/esportesdiversos. Acesso em 19 de maio de 2008.

Esportes radicais

Rafting no Nordeste Brasileiro

Surf, um dos esportes mais praticados no Brasil.

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A primeira foto foi retirada do site: www.esportesradicais.com.br/rafting. Acesso em 22 de maio

de 2008.

A segunda foto foi retirada da revista Fluir de junho de 2007, edição nº 414, pág 32.

Quadrículo na serra Gaúcha.

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Box brasileiro no pan-americano do Rio de Janeiro em 2007. A primeira retirada do site www.bikesstuff.com/motocross

A segunda do site www.panamericano2007.com.br/imagens/boxe

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cidade na luta pela candidatura olímpica. A liderança é da cidade americana de Chicago, seguida de perto pela capital japonesa, Tóquio. A parcial ganha em importância por ser anunciada poucos dias antes da reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI), no dia 4 de junho, em Atenas, que reduzirá a lista de cidades na disputa. Além de Rio, Chicago e Tóquio, Madri (Espanha), Doha (Qatar), Praga (República Tcheca) e Baku (Azerbaijão) lutam para ser sede dos Jogos de 2016. Segundo o site, até o momento, a disputa é uma das mais apertadas da história recente dos Jogos Olímpicos, com as quatro primeiras separadas apenas por uma pequena margem de pontos. A dúvida para o próximo dia 4 de junho está no número de cidades que permanecerão na luta. Segundo o próprio "GamesBids.com", rumores dão conta de que o COI estuda a possibilidade de reduzir a lista apenas para três cidades, o que esquentaria ainda mais a disputa entre Rio, Chicago, Tóquio e Madri, apontadas como as principais favoritas.

Matérias retiradas do site do Globo Esporte. Acesso em de

www.globo.com/globoesporte/noticias/rio2016. Dia: 28 de maio de 2008.

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