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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
Profª Gleicilene [email protected]
ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL EADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃOE RECURSOS HUMANOS
OBJETIVOS
GERAIS:Ao final da disciplina os alunos deverão ter uma visãogeral de organização industrial e administração comenfoque nas mais modernas técnicas de gestãoempresarial.
ESPECÍFICOS:Deverão apresentar uma postura quanto às atividadesde planejamento, programação e acompanhamento pormeio de técnicas metodológicas administrativas deprojeto e, no final, os alunos deverão ser capazes decompreender as diversas teorias, conceitos envolvidos eaplicar adequadamente técnicas e métodos parasituações diversas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
Chiavenato, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª Edição. SP. Atlas. 2004.
Slack, N.; Chambers, S.; Harland, C.; Harrison, A.; Johnston, R. Administração da Produção. SP. Atlas. 1997.
Ohno, T. O sistema Toyota de produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre. Bookman. 1997.
Krajewski, L. J.; Ritzman, L. P. Administração da Produção e Operações. Editora Pearson. SP. 2004.
Toledo Júnior, I. F. B. PERT-CPM: Cronograma de trabalho. Editora O&M. Mogi das Cruzes. 1988.
Obs: bibliografias complementares e específicas serão apresentadas no decorrer da disciplina, a cada módulo.
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Administração de Produção (e Operações);
Gestão de Produção (e Operações);
Engenharia de Produção;
Outros termos.
“Gestão de Operações é a atividade de gerenciamento de recursos escassos e processos que produzem e entregam
bens e serviços, visando atender a necessidade e/ou desejos de qualidade, tempo e custos de seus clientes.”
Slack e Lewis, 2002
INTERAÇÃO DOS RECURSOS NAS ORGANIZAÇÕES:In
tera
ção
RECURSOS• HUMANOS
• MATERIAIS
• FINANCEIROS
• INFORMAÇÃO
• ESPAÇO
• TEMPO
ORGANIZAÇÃO• PRODUTOS
• SERVIÇOS
OBJETIVOS
Futuros gerentes
MBA
Administradores são todas as pessoas responsáveis por recursos, como outras
pessoas ou seus instrumentos de trabalho
TEORIA GERALDA ADMINISTRAÇÃO
PRÁTICAAdministração como arte, praticada nas
organizações
TEORIAConhecimentos sobre a
arte de administrar
Origens, antes de 1900
Origens, antes de 1900
Grandes projetos desenvolvidos na antiguidade:
A grande muralha da China;
As pirâmides do Egito;
As estradas do império Romano;
As Catedrais;
A Torre de Babel;
Qualquer um desses projetos exigiu grande esforço de
coordenaçao (talvez, não com as mesmas preocupações atuais);
Preocupação com tempo e recursos escassos Gestão.
As primeiras menções na literatura
Daniel Defoe (1697) definia PROJETO com elementos
que continuam mais válidos do que talvez devessem:
“um vasto empreendimento, grande demais para ser gerenciado
e, portanto, provável de não chegar a nada”
Revolução Industrial na Inglaterra (1778);
Divisão do Trabalho;
Especialização das Tarefas;
“A riqueza das Nações” de Adam Smith,
publicada em 1776.
Divisão do Trabalho
Divisão quantitativa do trabalho: uma tarefa grande é
dividida entre vários trabalhadores, os quais realizam a
mesma operação em “paralelo”. Vantagem: redução do
ciclo de produção. Não é de fato uma verdadeira divisão
do trabalho em sua essência.
Divisão qualitativa do trabalho: a operação é dividida
em suas várias componentes elementares, de forma que
cada uma destas pequenas operações é atribuída a um
trabalhador dotado da necessária habilidade. A divisão
qualitativa é a verdadeira divisão do trabalho.
Adam Smith
A Riqueza das Nações (1776), considerado como a
origem dos estudos e da Teoria Econômica;
Utilizou o exemplo de uma fábrica de alfinetes:
Não existindo divisão do trabalho (20 un/h);
Fabricação segmentada em 18 operações e cada tarefa
executada por uma pessoa distinta (centenas/h).
Síntese de seus pensamentos:
um operário – uma única tarefa – maior destreza;
mudança de uma tarefa para outra – perda de tempo;
utilização de máquinas – maior produtividade.
A TEORIA ou ESCOLA CLÁSSICA
O desenvolvimento da Teoria Clássica
Pais da Administração:
Frederick Taylor (1911), nos EUA;
Henry Fayol (1925), na França;
Max Weber (1946), na Alemanha;
Organizações são entidades racionais … para atingirem
objetivos pré-determinados;
Sua estruturação é uma atividade científica e existe
uma forma ótima de se organizar cada empresa;
As pessoas procuram o máximo de ganho com o
mínimo de trabalho.
Frederick Taylor
Pioneiro desenvolvedor de técnicas
efetivas para o estudo e análise do
trabalho (saiu do campo das idéias e
as implantou);
Preferiu a atividade de aprendiz de
operador de máquina do que estudar
na prestigiada Harvard;
Tornou-se Engenheiro Mecânico
por correspondência;
Inventou o aço rápido;
Frederick Taylor
Seus pressupostos fundamentais:
Estudos sistemáticos + Aplicação
de princípios científicos = Melhor
maneira de se fazer um trabalho;
Seres Humanos têm predisposição
para procurar a máxima recompensa
com o mínimo esforço;
Adepto de um “controle rígido” e
salários correspondentes ao
desempenho de cada trabalhador.
Princípios da Administração Científica
Planejamento: A direção deve criar e desenvolver os
métodos científicos ... impedir a utilização de critérios
individuais dos operários;
Preparação: selecionar operários de acordo com as
suas aptidões, formá-los e treiná-los para as tarefas;
Controle: controlá-los para garantir execução segundo
os requisitos definidos;
Separação entre a Concepção e a Execução do trabalho:
Direção deve estudar e definir a forma de execução das
tarefas ... Operários, apenas executá-las.
Em uma das mais conhecidas experiências de Taylor,
operários que estão transportando manualmente lingotes de
ferro são obrigados a descansar a intervalos regulares.
Como resultado, a produtividade aumenta substancialmente
em relação aos padrões anteriores à intervenção de Taylor.
Quanto menos os operários trabalham, mais eles produzem.
A experiência prova que é mais importante trabalhar
eficientemente do que intensamente.
Mais detalhes à seguir:
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
A Bethlehem Steel vendeu 80.000 ton. de ferro em lingotes (1898);
Os operários contratados começaram movimentando 12,5 ton/dia;
Taylor percebeu que os trabalhadores iriam começar correndo, para
ganhar bastante, e rapidamente ficariam exaustos, sendo obrigados
a interromper o trabalho muito antes de terminá-lo;
Para o melhor resultado possível: carregando lingotes de 45 kg, um
operário deveria trabalhar apenas 43% do tempo;
Receita: Escolher o homem apropriado e obrigá-lo a descansar a
intervalos regulares;
Resultado: 47,5 ton/dia. Não por meio do estudo de tempos e
movimentos, mas da minimização do dispêndio da energia muscular.
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
1) Que aconteceria se Taylor não obrigasse os homens a
descansar? Vocês acham que eles se esgotariam e sua
produtividade diminuiria, como Taylor previu?
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
A fadiga e a necessidade de repouso são contingências que não
precisam de comprovação. Fazendo incessantemente um trabalho
duro, como carregar lingotes de ferro, em pouco tempo os
trabalhadores ficariam esgotados e sua produção cessaria. Assim,
obrigar os homens a descansar era a medida para evitar que se
tornassem incapazes de trabalhar.
1) Contribuições ...
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Diminuição de Produtividade. Desgaste físico e mental. Fadiga e
doenças que limitam a capacidade ... EAM (Paulo, J.Henrique e Mateus)
Desgaste físico, problemas de saúde e necessidade de contratar
novos e inexperientes funcionários … EAM (Jéssica e Marina)
Desempenho diminuido ao longo da jornada, esgotamento mental,
com queda na concentração … EAM (Aurélia, Caroline e Luciane)
Operários não recuperariam a energia gasta … EAM (Rafal e Tiago)
O corpo humano não consegue trabalhar no mesmo rítmo por
várias horas consecutivas … EAM (Thamara e Vanessa)
1) Contribuições ...
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Quanto maior a motivação, maior seria o tempo de manutenção do
rítmo de trabalho em patamares elevados. Cessada a motivação,
cessar-se-ia a intensidade de trabalho … EAM (Eduardo e Thiago)
… se Taylor não impusesse o descanso, não concluiria que é mais
importante trabalhar eficientemente do que trabalhar intensamente
… EEL (Gabriel e Adriano)
Existiriam aqueles trabalhadores que “descansariam por conta
própria … mas da mesma forma, haveria diminuição (da
produtividade) pois estes não recuperariam todo o seu potencial (sem
um estudo científico) … EEL (Rodrigo, Leandro e Sólon)
2) De forma geral, qual a conseqüência do trabalho duro
e ininterrupto?
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
De forma geral, trabalhar de forma dura e ininterrupta provoca
seqüelas físicas e emocionais. Stress, alcoolismo, conflito entre
empregados e empresa e degradação das relações familiares são
algumas conseqüências bem conhecidas. Essa relação entre certos
padrões de atividades e a perda de qualidade de vida é bem
conhecida na atualidade. Muitas empresas e outros tipos de
organizações têm programas de qualidade de vida para lidar com
esses problemas. Esses programas incluem assistência médica e
psicológica, atividades físicas, lazer e assim por diante.
2) Contribuições ...
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
... concentração diminui e problemas de saúde começam a
aparecer ... EEL (Rodrigo e Rodrigo)
… degradação das relações familiares … EEL (Larissa)
… fadiga, desmotivação … sequelas, doenças ocupacionais …
maior rotatividade e custos para o treinamento de novos contratados
… EEL (Gustavo, João e Tiago)
trabalhar intensamente não é a forma mais eficiente de se
executar uma tarefa … EAM (Adriana e Juliana)
trabalho ininterrupto é uma tentativa frustrada de se conseguir
maior produtividade em menor tempo … EAM (André e Lucas)
3) O que Taylor comprovou com essa experiência?
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Taylor comprovou seu ponto essencial: trabalhar de forma inteligente
significa trabalhar com eficiência e trabalhar com eficiência significa
trabalhar menos e produzir mais.
3) Contribuições ...
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
deveria haver um planejamento por parte da direção, divisão do
trabalho ... treinamento ... EAM (Paulo e Samuel)
… um indivíduo atinge seu maior potencial quando … existem
horários destinados ao descanso … EAM (Dayana e Márcio)
… o tempo que se perde com intervalos (de descanso) se ganha em
eficiência … EEL (Luiz Gustavo)
melhor condição de trabalho … melhor produtividade … EEL (Lucas)
… é possível aumentar os lucros diminuindo o trabalho … EEL
(Sólon, Rodrigo e Leandro)
4) Você acha que trabalhar menos produz mais em
qualquer situação? Você recomendaria isso aos seus
auxiliares?
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Até hoje, não há registro de experiência que tenha comprovado o inverso: trabalhar mais produz mais do que trabalhar com eficiência. Pelo contrário, a história recente das organizações demonstra que, à medida que a tecnologia avança e os métodos de trabalho se aprimoram, cada vez menos gente produz cada vez mais. Por exemplo, os bancos têm hoje menos funcionários do que nos anos 80 e conseguem fazer muito mais negócios do que naquela época. A questão não é recomendar trabalhar menos, mas trabalhar de forma eficiente.
4) Contribuições ...
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Se meus auxiliares desenvolvessem um método eficiente ... seria
justo e correto lhes oferecer mais tempo de descanso ... EAM (Paulo,
João Henrique e Mateus)
é preciso encontrar um equilíbrio entre produção e conforto do
funcionário … EAM (Thamara e Vanessa)
não basta apenas trabalhar menos … para se chegar ao ponto
ideal são necessários muito estudo e planejamento … EEL (JCarlos,
Felipe, William e Rafael)
Isso é válido principlamente para casos de trabalho pesado … EEL
(Ricardo, Renan, Thiago)
Outras questões:
Você conhece outras situações em que as pessoas
precisam descansar para poder realizar uma tarefa?
Em sua opinião, por que algumas pessoas trabalham
demais: necessidade, excesso de trabalho, falta de
método, compulsão, vontade de agradar o chefe,
recompensa elevada ou outro motivo?
Você acha que, de forma geral, as pessoas que
trabalham com inteligência não precisam trabalhar muito
para alcançar bons resultados?
Taylor resolve um problema [Estudo de Caso]
Ler o texto:
Frederick_Taylor_Mal_Amado_e_Incompreendido
A gestão científica de Frederick Taylor começou na fábrica, mas
acabou por penetrar em todos os aspectos da vida e cultura do século
XX. Apesar da rejeição que o taylorismo hoje inspira, o fato é que não
conseguimos substituí-lo por algo melhor …
Ninguém proporia a aplicação literal do taylorismo como solução
para os impasses do mundo atual … todos sabemos que temos de
superá-lo, só não sabemos o que colocar no seu lugar …
O controverso Taylorismo
Seguidores de Taylor
Henry Gantt trabalhou com Taylor em 3 indústrias distintas e tornou-se conhecido pelo Diagrama de Gantt (1917), para programação e diagramação das atividades ao longo do tempo:
Taylor o considerava um de seus melhores discípulos, porém, Gantt discordava de Taylor em vários pontos …
Diagrama de Gantt
Atividade 1 PLANEJADOREALIZADO
Atividade 2 PLANEJADOREALIZADO
Atividade 3 PLANEJADOREALIZADO
Atividade 4 PLANEJADOREALIZADO
Atividade 5 PLANEJADOREALIZADO
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Redação
Término das disciplinas
Revisão Bibliográfica
Preparação do Quest. Pesquisa
Trabalho de Campo
Planejamento do último ano de mestrado de um aluno-pesquisador da UNIFEI:
Seguidores de Taylor
Frank Gilbreth, preferiu ser aprendiz de pedreiro ao
invés de estudar no MIT;
Inconformou-se com a pouca eficiência do processo de
assentar tijolos e desenvolveu um “andaime móvel”;
Estendeu os estudos de tempos de Taylor para o que
chamou de estudos de movimentos;
Foi o 1° a utilizar câmeras filmadoras para registrar os
movimentos dos operadores;
Criou uma categorização de 18 movimentos humanos
básicos, chamados Therbligs;
Tornou-se um dos maiores construtores dos EUA.
HENRI FAYOL - (1841-1925)
De certa forma, Henri Fayol foi oprimeiro pensador da gestão. Enquantooutros estudaram o trabalho humano ea sua mecânica, ele centrou a atençãono papel da gestão e nas qualificaçõesdos gestores.
Fayol foi o pai da ideia da organizaçãoestrutural das empresas por funções. Éum modelo que ainda hoje permaneceválido.
Henry Fayol e os Princípios da Organização
Fayol analisou a organização no seu todo e
não apenas as tarefas;
Princípios da Organização:
1. Divisão do Trabalho
2. Autoridade e
Responsabilidade
3. Disciplina
4. Unidade de Comando
5. Unidade de Direção
6. Subordinação dos
interesses gerais
7. Remuneração do pessoal
8. Centralização
9. Hierarquia
10. Ordem
11. Equidade
12. Estabilidade do pessoal
13. Iniciativa
14. União do pessoal
Henry Fayol e as Funções do Administrador
Segundo Fayol, a implementação desses princípios é a
responsabilidade principal do Administrador;
Funções do Administrador de Fayol, trabalho
continuado por Gulick (1937):
Planning (Planejamento)
Organizing (Organização)
Staffing (Administração
de Pessoal)
Directing (Direção)
COordinating (Coordenação)
Reporting (Informação)
Budgeting (Orçamento)
Max Weber e a Burocracia
Integrou o estudo das organizações
ao desenvolvimento histórico-social;
3 tipos de autoridade:
Racional-legal: a aceitação da autoridade se baseia na
legalidade das leis e regulamentos;
Tradicional: aceitação se baseia na tradição e costumes;
Carismática: aceitação advém da lealdade e confiança
nas qualidades de quem governa.
Segundo Weber (1946), o modelo burocrático
(autoridade racional-legal) prevalece nas sociedades
ocidentais.
Max Weber e a Burocracia
O modelo burocrático caracteriza-se pelos elementos:
LEI: ponto de equilíbrio último;
BUROCRACIA: segue o princípio da hierarquia;
HIERARQUIA: direção, chefia, cargos subordinados;
AVALIAÇÃO E SELEÇÃO: dos funcionários é realizada
em função da competência técnica;
RELAÇÕES INFORMAIS: não tem razão de existir;
SALÁRIO: de acordo com as funções do cargo e tempo de
serviço;
Max Weber e a Burocracia
Outros elementos do modelo burocrático:
O funcionário burocrata não é proprietário do seu posto
de trabalho;
Sua profissão supõe um emprego fixo e uma carreira
regular;
Cada cargo pressupõe grande especialização (divisão de
trabalho) que permite a padronização, aumento de
produtividade e eficiência.
Taylor/Fayol/Weber (conclusões)
Abordagem comum: Como criar uma organização que
alcance os seus objetivos de forma eficiente.
Taylor … análise do trabalho;
Fayol … administração e controle das organizações;
Weber … contexto social das organizações e seus
princípios de funcionamento;
Apesar da desumanização da Escola Clássica, ela
contribuiu para a melhoria das condições de trabalho.
Revisão Crítica da Escola Clássica
Herbert Simon (1947) diz que os princípios da gestão
clássica são inconsistentes, contraditórios e não
aplicáveis a muitas situações;
Selznick (1948) defende que as organizações são
compostas por indivíduos e, assim, há aspectos não
racionais esquecidos pela burocracia de Weber;
Gouldner (1954) constata que a introdução de regras
burocráticas incentiva um comportamento resistente a
mudanças e a criação de uma organização informal
com consequências prejudiciais.
Revisão Crítica da Escola Clássica
Mary Parker Follet (1926) analisa as conseqüências do
mau relacionamento entre superiores e subordinados
para a produtividade. Anuncia a gestão participativa;
Chester Barbard (1938) define autoridade como uma
resposta dos subordinados aos superiores (da base
para o topo);
Lei de Parkinson (1957): o trabalho aumenta a fim de
preencher o tempo disponível para a sua execução;
Princípio de Peter (1969): numa hierarquia burocrática,
todo funcionário sobe até o seu limite de competência,
assim, todo cargo é ocupado por um incompetente.
Henry Ford
Desde os 16 anos trabalhou como
aprendiz de mecânico;
Após estar casado, mantinha uma
oficina caseira, na qual montou seu
1° quadriciclo (1896);
Sua 1ª empresa faliu após 1 ano apenas;
Em 1903 produziu 1.708 unidades do Modelo A;
Modelo T, 15 milhões de unidades de 1908 a 1927;
Modelo T: inicialmente 12h28min e, depois, 1h33min;
Henry Ford
“A forma de fazer automóveis é
fazê-los todos iguais … da
mesma maneira que um alfinete
é igual a outro alfinete”
“Construirei um carro para as grandes massas, feito
com os melhores materiais, pelos melhores homens que
puderem ser contratados e seguindo os projetos mais
simples que a moderna engenharia puder conceber …
de preço tão baixo que qualquer homem que ganhe um
bom salário seja capaz de possuir”
Linha de Montagem Móvel
Como pioneiro da indústria automobilística, Ford quis
provar que é possível especializar as tarefas e decompor
o trabalho em gestos elementares, racionalizando a
produção e aumentando o rendimento.
Foi o que ele fez a partir de 1913: o operário deixou de girar em torno do automóvel que
estava sendo montado;
os exemplares do Modelo T agora fluiriam de estação
em estação de trabalho;
estava criada a linha de montagem móvel.
Henry Ford trouxe para o ambiente industrial, em
escala nunca antes tentada, os princípios da
administração científica: divisão do trabalho;
escolha do trabalhador certo para a tarefa;
Juntou o princípio da intercambialidade de peças;
Acrescentou as idéias de: padronização dos produtos;
linha de montagem móvel;
Conseguiu maior tempo de agregação de valor
grande aumento da produtividade.
Linha de Montagem Móvel
Ford perde a liderança
Em 1926, a Ford produzia 2 milhões de carros (mais
que o Brasil em 2002, com suas 14 montadoras);
A Ford dominava o mercado popular, com o menor
preço e com um modelo sem variações;
A General Motors (Alfred Sloan Jr.) decide racionalizar
custos e sua linha de produtos, diminuindo as
superposições e entrando no mercado popular (baixo $);
GM passa a oferecer “melhor por pouco mais”;
Diferentes segmentos de mercado estariam dispostos a
pagar diferentes preços por diferentes produtos;
Surge a idéia de “carro do ano”.
A ESCOLA DASRELAÇÕES HUMANAS
A componente social do trabalho
A produção robotizada, que ilustra o sistema técnico das organizações, contrasta com o sistema social, formado pelas pessoas e sua condição humana.
A componente social do trabalho
Na Escola das Relações Humanas, os princípios são
quase opostos aos defendidos pela Escola Clássica:
O homem é um ser emocional e suas necessidades
sociais podem motivá-lo mais que $;
As organizações são cooperativas e para satisfazer suas
necessidades emocionais as pessoas formam grupos;
As organizações são formadas por estruturas formais e
informais (mais efetivas).
Elton Mayo
Aumento do absenteísmo, alcoolismo, apatia, tédio,
conflitos entre trabalhadores e gestores, e outros
problemas começavam a ser considerados;
Estudos Hawthorne (1920s):
trabalho de pesquisadores da psicologia do
trabalho liderados por Elton Mayo;
na Western Eletric, na cidade de Hawthorn;
A abordagem taylorista, exclusivamente técnica e
reducionista não era suficiente. Era necessário uma
abordagem sociotécnica para os sistemas produtivos.
As Experiências de Hawthorne
Grupo sujeito à variaçãoda luminosidade
Grupo de controleCondições constantes
Fator psicológico: os operários se julgavam na obrigação deproduzir mais quando a intensidade luminosa aumentava.
[Estudo de Caso]
Examinar os efeitos dos vários níveis de iluminação naprodutividade dos trabalhadores ...
O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que pode ser mais leal ao grupo do que à administração. Alguns grupos não atingem os níveis de produção esperados pela administração, porque há entre seus membros uma espécie de acordo que define uma quantidade “correta”, que é menor, a ser produzida. Assim, o efeito Hawthorne não funciona em todos os casos.
A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores influencia fortemente seu desempenho. Bom tratamento por parte da administração, reforçando o sentido de grupo, produz bom desempenho. O efeito positivo do tratamento da administração sobre o desempenho humano ficou conhecido como efeito Hawthorne, por causa do nome do experimento.
Lealdade ao Grupo
Efeito Hawthorne
As Experiências de Hawthorne
Maslow e a Hierarquia das Necessidades
Psicólogo e estudioso do comportamento;
Conhecido como o pai da teoria da
motivação;
Maslow (1943) identificou 5 formas
distintas de necessidades não materiais
(a pirâmide das necessidades);
Uma vez satisfeitas as necessidades das
camadas inferiores, as mais elevadas
podem ser preenchidas.
NECESSIDADES DEAUTO-REALIZAÇÃO
NECESSIDADES DEESTIMA
NECESSIDADESSOCIAIS
NECESSIDADES DESEGURANÇA
NECESSIDADESBÁSICAS
FISIOLÓGICAS
Maslow e a Hierarquia das Necessidades
alimento, descanso, sexo, etc.
proteção contra perigos
desejo de pertencimento, de amor e afeição
respeito, apreciação ereconhecimento
concretização das potencialidades individuais
A componente social do trabalho
As pessoas levam para o ambiente de trabalho todos os seus interesses, que afetam seu desempenho
Herzberg - Fatores Higiênicos e Motivadores
Herzberg (1966) sugere que existe um
conjunto de fatores que motivam
apenas no sentido negativo, por
produzirem insatisfação;
São os fatores higiênicos;
Quando satisfeitos tornam-se neutros (como Maslow);
Para aumentar a motivação do trabalho, deve-se agir
sobre o outro grupo, os chamados motivacionais.
A teoria de Herzberg divide os fatores que influenciam o desempenho em dois grupos: os que se relacionam ao
conteúdo e os que se relacionam ao contexto do trabalho
Fatores Higiênicos:Ambiente de Trabalho
Fatores motivacionais:Conteúdo do Trabalho
Política da Organização Relacionamento com os operários Condições de Trabalho
Estilos de Chefia Relações Interpessoais
Salário
Realização Pessoal Natureza do Trabalho
Reconhecimento Responsabilidade Perspectivas de Carreira
Presença de fatores motivacionais
Ausência de fatores motivacionais
Satisfação
Insatisfação
Não-Satisfação
Não-Insatisfação
Ausência de fatores higiênicos
Presença de fatores higiênicos
Satisfação e insatisfação, segundo Herzberg, representam duas dimensões independentes da motivação.
McGregor e as Teorias X e Y
McGregor (1960) duas maneiras de ver a
natureza humana:
TEORIA X
na média, as pessoas não gostam de trabalhar;
empregados devem ser coagidos, controlados e ameaçados;
A maioria das pessoas evita responsabilidades, põe a segurança acima de tudo e têm pouca ambição.
para a maioria das pessoas, o trabalho é tão natural quanto a alimentação e o descanso;
trabalhadores são capazes de exercer auto-direção e auto-controle;
se as pessoas estão comprometidas com os objetivos, elas aceitam responsabilidades;
muitas pessoas tem imaginação, criatividade e capacidade para tomar boas decisões.
TEORIA Y
McGregor e as Teorias X e Y
Embora McGregor procure fazer uma apresentação
neutra das 2 teorias, opta claramente pela Teoria Y,
pois é nessa direção que as organizações se movem.
Administradores que aderem à Teoria X:
Usam o método das recompensas e punições
Administradores que aderem à Teoria Y:
Adotam um estilo de gestão mais flexível
Movimento das Relações Humanas (conclusões)
Tornou-se muito popular, mas levantou sérias críticas:
Economistas rejeitaram o argumento de que incentivos
não materiais pudessem ser mais importantes que $$$;
Gestores viram nesse modelo uma limitação de seus
poderes; do outro lado, os sindicatos viram uma
tentativa de eliminá-los como intermediários ...
Os sociólogos criticaram a concepção da organização,
como isolada da sociedade;
Falta de cientificidade (fórmulas mágicas?);
Pretensão de ser a melhor maneira de organizar e
administrar.