universidade estadual do cearÁ faculdade de...

57
0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS MESTRADO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS LUCAS SANTIAGO GOMES BRASILEIRO AVALIAÇÃO DO SÊMEN EQUINO REFRIGERADO EM DILUENTE A BASE DE ÁGUA DE COCO EM PÓ (ACP ® -105) COM E SEM GEMA DE OVO FORTALEZA-CEARÁ 2015

Upload: lytu

Post on 09-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

0

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

MESTRADO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

LUCAS SANTIAGO GOMES BRASILEIRO

AVALIAÇÃO DO SÊMEN EQUINO REFRIGERADO EM DILUENTE

A BASE DE ÁGUA DE COCO EM PÓ (ACP®-105) COM E SEM

GEMA DE OVO

FORTALEZA-CEARÁ

2015

1

LUCAS SANTIAGO GOMES BRASILEIRO

AVALIAÇÃO DO SÊMEN EQUINO REFRIGERADO EM DILUENTE

A BASE DE ÁGUA DE COCO EM PÓ (ACP®

-105) COM E SEM

GEMA DE OVO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências Veterinárias da

Faculdade de Veterinária da Universidade

Estadual do Ceará, como requisito parcial para

a obtenção do grau de Mestre em Ciências

Veterinárias. Área de Concentração:

Reprodução e Sanidade Animal. Linha de

Pesquisa: Reprodução e Sanidade de Pequenos

Ruminantes.

Orientador: Prof. Dr. José Ferreira Nunes

Co-orientadora: Dra. Cristiane Clemente de

Mello Salgueiro.

FORTALEZA - CEARÁ

2015

2

3

4

À minha mãe Antonizete. À minha esposa

Ianna. À minha filha Letícia. À minha avó

Fransquinha. Ao meu irmão Felipe. Aos

familiares e amigos, pela força,

companheirismo, apoio e carinho.

5

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado força para superar todos os obstáculos e por não ter me deixado

desistir nos momentos mais difíceis.

À minha família, em especial, minha mãe, minha vó e meu irmão pelo apoio.

À minha esposa Ianna, por ter me dado força e incentivo para voltar a estudar, e sendo

compreensiva nos momentos de ausência.

À minha filha, Leticia, que apesar de tão pequena e frágil, é o meu impulso para poder

terminar esta empreitada.

À Universidade Estadual do Ceará por ter me acolhido e proporcionado dois anos de

aprendizado e muitas amizades.

À FUNCAP, pela concessão da minha bolsa de pós-graduação.

À UNESP- Botucatu pela colaboração, atenção e disponibilidade do laboratório para análises

do experimento.

Ao meu orientador, Prof.Dr. José Ferreira Nunes, pelos ensinamentos e principalmente por ter

me acolhido e acreditado em meu potencial.

À Dra. Cristiane Clemente de Mello Salgueiro, pelos ensinamentos, e pela ajuda na

elaboração do experimento.

À Dra. Erika Bezerra de Menezes, pelos ensinamentos, e pela ajuda na estatística e elaboração

do artigo cientifico.

Ao Prof. Dr. Marco Alvarenga pela ajuda e ensinamentos, e por me receber na UNESP para

que o experimento fosse realizado nas dependências do Laboratório de Reprodução Animal.

Ao Médico Veterinário Luciano Beretta por ter cedido os animais do Centro de Reprodução

LUBBreeding.

À Bárbara Mara Bandeira Santos pelo apoio e pela força no início do mestrado.

À companheira de mestrado, Raisa Rodrigues Santos Rios, pelas conversas, momentos de

diversão e troca de experiência, saber que nos momentos que precisei, pude contar com você.

Aos amigos Ana Gláudia, Alex, Talita, Kelliane, Marcimar, Audália pelo companheirismo,

amizade, e ajudas nos momentos acadêmicos e de lazer.

À todos do Núcleo Integrado de Biotecnologia - NIB, em especial aos estudantes de iniciação

científica: Bruna, Priscila, Leonardo, Lívia, Fábio, Levi pela vivência no LTSCO.

6

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de dois diluentes, sendo um a base de água de

coco (ACP®

-105) e outro a base de leite desnatado (BotuSêmen®) na refrigeração de sêmen

equino. Durante a estação reprodutiva, o sêmen de quatorze equinos foram coletados e

diluidos em três diluentes ACP-105®, ACP105

® + 2,5% de gema de ovo (ACP-105 2,5%) e

BotuSêmen® em uma concentração de 50 × 10

6 espermatozoides/mL. As amostras de sêmen

foram submetidas à refrigeração em container de transporte e refrigeração Botu-Flex® a 15ºC

e 5ºC. Os parâmetros cinéticos foram avaliados em sistema de análise de sêmen

computadorizada após 24 h de resfriamento. A integridade da membrana foi avaliada por

meio de sondas fluorescentes. Os dados não paramétricos foram avaliados pelo teste de

Kruskal-Wallis seguido por comparações múltiplas de Dunn. As variáveis com distribuição

normal foram avaliadas por ANOVA seguido pelo teste de Tukey. As diferenças foram

consideradas estatisticamente significativas quando P<0,05. Os resultados demonstraram que

MT, MP, VSL e VCL foram similares na analise do sêmen fresco. No entanto, houve

diferenças no VAP e RAP entre ACP-105® 2,5% e BotuSêmen

® sendo o BotuSêmen superior.

Após 24 h de incubação, diferenças significativas foram observadas no VAP, RAP, VSL e

VCL entre os diluentes BotuSêmen e ACP-105®. A motilidade total e progressiva foi maior

nos diluentes ACP-105®

2,5% e BotuSêmen®. Não houve diferença nos parâmetros cinéticos

MT, MP, VCL e RAP obtidas no sêmen resfriado a 15ºC e 5ºC por 24h nos diluentes ACP

2,5% e BotuSêmen. Também Não houve diferença significativa na análise da integridade de

membrana plasmática entre os diluentes ACP-105 2,5% e BotuSêmen®. O estudo demonstrou

que o diluidor ACP-105®

associada a baixa concentração de gema de ovo (2.5%) foi efetivo

na preservação de espermatozoides de equino por 24 h. Estes resultados são úteis para

melhorias no processo de preservação espermática estabelecendo bases para o

desenvolvimento de novos diluentes inclusive para outras espécies de equideos destacando-se

o jumento nordestino e outras espécies em risco de extinção.

Palavras-chave: Equino. Água de coco em pó. ACP-105. Diluentes. Refrigeração.

7

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the efficacy of equine sperm cooled in ACP®

-105

and BotuSemen®. During the breeding season, ejaculates from fourteen stallions were

collected and ejaculates were diluted to 50 × 106 sperm/mL in extenders including ACP

®-105,

ACP®105+ 2,5% egg yolk (ACP-105 2,5% EY), BotuSemen

®. Extended semen was then

cooled in cooling device at 15ºC and 5ºC. Sperm kinetics was evaluated by computer assisted

sperm analyser after 24h of cooling. The integrity of sperm membrane was assessed by

fluorescence staining. Kruskal-Wallis test followed by Dunn test were used to evaluate sperm

parameters of non-parametric data. Variables of normally distributed populations were

examined through one way ANOVA followed by Tukey's test. The level of statistical

significance was set at P < 0.05.Results showed that MT, MP, VSL and VCL were similar in

fresh semen. However, there were differences in VAP and RAP between ACP-105 2.5% EY

and BotuSemen®. After 24h of incubation, significant differences were observed in VAP,

RAP, VSL and VCL between BotuSemen and ACP-105®

. Total and progressive motility were

found greater in ACP 2.5% EY and BotuSemen. There were no differences in the sperm

kinetics including MT, MP, VCL and RAP obtained from cooled semen samples at 15ºC and

5ºC for 24h in ACP 2.5% EY and BotuSemen. No significant differences were observed in

PMI between ACP-105 2.5% EY and BotuSemen® extenders. In summary, we demonstrate

that a ACP-105® associated with low concentration (2.5%) egg yolk was effective for

preservation of stallion spermatozoa for 24 hours. These findings are useful for the

improvement of sperm preservation procedures and set a foundation for the development of

novel extenders for the preservation of semen from other equine species as well as

endangered species.

Keywords: Stallion. Powdered coconut water. ACP-105. Extenders. cooling.

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Parâmetros cinéticos e de motilidade do sêmen fresco e resfriado nos

diluentes ACP-105®, ACP105

® + 2,5% de gema de ovo (ACP-105 2,5%)

e BotuSemen®...............................................................................................

38

Tabela 2- Parâmetros cinéticos e de motilidade do sêmen fresco e resfriado por 24

horas a 15ºC e 5ºC nos diluentes ACP-105®, ACP105

® + 2,5% de gema

de ovo (ACP-105 2,5%) e BotuSemen®.......................................................

38

Tabela 3- Integridade de membrana plasmática do sêmen fresco e resfriado por 24

horas a 15ºC e 5ºC nos diluentes ACP-105®, ACP105

® + 2,5% de gema

de ovo (ACP-105 2,5%) e BotuSemen®.......................................................

39

9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro1- Composição da água de coco em pó, por 100g, estabelecidos mediante

análises em laboratórios de referência certificados pela ANVISA e

INMETRO (ITAL e CQA, Campinas-SP, 2010)........................................

20

Quadro 2- Parâmetros de motilidade espermática obtidos pelo CASA....................... 23

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACP Água de coco em pó

ACP-105 Meio diluente para sêmen equino à base de água de coco em pó

ACP-108 Meio diluente para sêmen de aves à base de água de coco em pó

ALH Amplitude do deslocamento lateral da cabeça

ATP Trifosfato de adenosina

CASA Sistema de análise de sêmen computadorizada

BCF Frequência do batimento da cauda

DNA Ácido desoxirribonucléico

DCF Diacetato de 6-carboxifluoresceína

EDTA Ácido etilenodiamino tetra-acético

ER Espermatozoides rápidos

IP Iodeto de propídio

IMP Integridade da membrana plasmática

LIN Linearidade

MT Motilidade total

MP Motilidade progressiva

mOsm/Kg Miliosmol por quilograma

OSC Index de oscilação

STR Retilinearidade

VAP Velocidade média da trajetória

VCL Velocidade curvilinear

VSL Velocidade linear

11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 14

2.1 QUALIDADE DO SÊMEN EQUINO .................................................................... 14

2.2 PRESERVAÇÃO DO SÊMEM EQUINO .............................................................. 14

2.3 PRINCIPAIS DILUENTE EMPREGADO NA REFRIGERAÇÃO DO SEMÊN

EQUINO ..................................................................................................................

16

2.4 DILUENTES À BASE DE ÁGUA DE COCO ....................................................... 17

2.5 FATORES QUE AFETAM A VIABILIDADE DO SÊMEN REFRIGERADO .... 21

2.6 SISTEMA DE ANÁLISE SEMINAL AUXILIADO POR COMPUTADOR ........ 22

2.7 INTEGRIDADE DE MEMBRANA PLASMATICA POR MICROSCOPIA DE

EPIFLUORESCÊNCIA ...........................................................................................

24

3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 25

4 HIPÓTESE CIENTÍFICA ..................................................................................... 26

5 OBJETIVO ............................................................................................................. 27

5.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 27

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 27

6 CAPITULO 1 ........................................................................................................... 28

7 CONCLUSÕES........................................................................................................ 48

8 PERSPECTIVA ...................................................................................................... 49

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 50

12

1 INTRODUÇÃO

A utilização de sêmen equino refrigerado tem sido objeto de interesse, por

permitir a manutenção do potencial fertilizante dos espermatozoides por períodos de 24 a 36

horas, proporcionando uma flexibilidade na coleta e envio do sêmen no momento mais

oportuno (BRISKO; VARNER, 1992). Atualmente, o Brasil é o segundo país que mais utiliza

sêmen refrigerado no mundo (PAPA et al., 2005) e possui o quarto maior rebanho equino do

mundo, com um plantel de aproximadamente 5,7 milhões de animais, segundo a Food and

Animal Organization (FAO, 2008).

O sêmen refrigerado possui muitas vantagens como a redução com gastos inerente

ao transporte e a hospedagem de animais, menor risco com acidentes e aquisição de doenças

sexualmente transmissíveis e diminuição do estresse provocado pelo transporte dos animais

(BRISKO; VARNER, 1992). O aumento no uso de sêmen refrigerado nos últimos anos

ocorreu após a liberação dessa biotécnica reprodutiva pela maioria das associações de

criadores, com exceção da associação do Puro Sangue Inglês, e também porque existe um

número alto de garanhões que respondem muito mal ao processo de congelação de sêmen

(VIDAMENT et al., 1997).

Na utilização do sêmen refrigerado vários fatores podem interferir no resultado

final da fertilização de éguas inseminadas, tais como: a temperatura e o tempo de

armazenamento do sêmen, o tipo de container, a curva de refrigeração, o momento da

inseminação, a qualidade individual do garanhão, além do tipo de diluente empregado

(PUGLIESI, 2009). Com relação aos diluentes, os mais utilizados na espécie equina para

refrigeração são aqueles à base de leite desnatado e quando se utiliza a biotécnica de

congelação adiciona-se gema de ovo. Hoje no mercado encontram-se vários produtos

comerciais, no entanto, vários diluentes alternativos estão sendo utilizados e testados in vitro e

in vivo, objetivando principalmente, aumentar a durabilidade e a qualidade dos

espermatozoides visando viabilizar ao máximo o material genético masculino (PUGLIESI,

2009).

Neste sentido, a água de coco tem se apresentado como uma alternativa, obtendo-

se bons resultados na conservação de células espermáticas de várias espécies. Apesar dos

resultados observados, existem poucos estudos utilizando a água de coco como diluente em

amostras de sêmen de equídeos. Com apresentação em forma de pó, semelhante aos diluentes

convencionais disponíveis no mercado, a água de coco é obtida por meio do processo de

13

desidratação a vácuo, proporcionando as mesmas vantagens quanto ao transporte e

acondicionamento como os diluentes comerciais já existentes (SOBREIRA NETO, 2008).

Testes in vitro utilizando ACP, demonstraram bons resultados em relação à motilidade

espermática para sêmen equino por um período de até seis horas armazenados a 5ºC

(SAMPAIO NETO et al., 2002).

O ACP-105® (com formulação específica para equino) pode ser utilizado na

biotecnologia da reprodução de equinos, e futuramente também pode ser empregado na

reprodução de outros equídeos ameaçados de extinção como o jumento nordestino

(SOBREIRA NETO, 2008). Considerando a importância de diluentes no processo de

preservação das células espermáticas em equinos, este estudo teve como objetivo avaliar a

eficiência do ACP®

-105 como diluente para sêmen equino acrescido de 2,5% gema de ovo.

14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 QUALIDADE DO SÊMEN EQUINO

O sêmen é o conjunto de secreções do aparelho genital masculino, caracterizando-

se pela presença dos espermatozoides liberados no momento da ejaculação (MIES FILHO,

1987). Para que o espermatozoide tenha a capacidade de fertilizar o oócito, deve possuir

algumas propriedades como membrana plasmática íntegra, motilidade progressiva, processo

metabólico de produção de energia, proteínas suficientes para que possa garantir sua

sobrevivência no trato genital feminino e também permitir que ocorra a reação do acrossoma

na hora de se ligar ao oócito e enzimas no acrossoma para permitir sua penetração (AMANN;

GRAHAM, 1993).

O porção do espermatozoide (SQUIRES et al., 1999).

Um garanhão destinado a reprodução o seu sêmen para ter a capacidade de

fertilizar um oócito, os espermatozoides deves possuir todas as suas partes e componentes

estruturais íntegros e em perfeito funcionamento para que o seu potencial de fertilidade seja

expresso ao máximo (SOBREIRA NETO, 2008).

A capacidade de fertilização de um espermatozoide deixa de existir devido a

problemas como a presença de membrana espermática lesionada, a função mitocondrial

reduzida, motilidade espermática progressiva reduzida ou ausente bem como um acrossoma

danificado. Desta forma, as alterações na estrutura do espermatozoide que ocorrem durante o

processo de refrigeração e/ou descongelação resultam na perda da capacidade fecundante in

vivo destas células (AMANN; GRAHAM, 1993).

2.2 PRESERVAÇÃO DO SÊMEN EQUINO

Os primeiros relatos a demonstrarem que a diminuição da temperatura promove

uma redução reversível da atividade metabólica dos espermatozoides permitindo o

armazenamento destas células foram realizados por Spallazani em 1776 (JOHNSTON, 2000).

A refrigeração do sêmen para uma posterior utilização na inseminação artificial produz um

menor dano aos espermatozoides, quando comparados a técnica de congelação,

proporcionando maiores taxas de prenhez (ENGLAND; PONZIO, 1996). De acordo com

Amann e Pickett (1987) para cada 10ºC que se reduz da temperatura, ocorre uma redução de

15

50% no metabolismo celular. Sendo assim, uma célula espermática armazenada a uma

temperatura de 5ºC possui apenas 10% do metabolismo celular ativo, elevando desta forma o

tempo de sobrevivência da célula, devido à baixa produção de produtos tóxicos, e a

peroxidação lipídica ocorre mais lentamente.

Os lipídios que compõe a membrana plasmática estão em fase líquida a uma

temperatura de 22ºC e em estado de gel a 4ºC. Com a queda da temperatura, os lipídios da

membrana passam de um estado fluído onde as cadeias de ácidos graxos estão

desorganizadas, para um estado de gel, onde as cadeias de ácidos graxos encontram-se rígidas

e paralelas (GLAZAR et al., 2009). Este evento é chamado de fase de transição lipídica

(PARKS; LYNCH, 1992).

O sêmen equino normalmente é armazenado entre temperaturas que variam entre

4ºC e 6ºC, pois nesta faixa de temperatura o espermatozoide mantém tanto a motilidade como

a fertilidade (MORAN et al., 1992). Um sistema de refrigeração de sêmen que reduz a

temperatura a 15ºC evita a fase de transição dos fosfolipídios da membrana plasmática, uma

vez que esta fase ocorre apenas em temperaturas inferiores a 15ºC (FREITAS-DELL`AQUA

et al., 2012). O armazenamento a 15ºC pode diminuir os danos causados à membrana

espermática pelo choque do frio, principalmente para o sêmen dos garanhões que não

refrigeram muito bem (BATELLIER et al., 2001).

Batellier et al. (1997) testando frações de leite na longevidade do sêmen equino,

demonstraram que diluentes à base de leite são mais eficientes a uma temperatura de

refrigeração de 4ºC quando comparada a temperatura de 15ºC.

O processo de refrigeração do sêmen pode ser de forma automatizada ou

convencional. A automatizada é realizada em um equipamento de refrigeração, onde a

temperatura decresce de forma controlada e não sofre influência da temperatura externa,

enquanto a convencional onde se utiliza uma caixa isotérmica, recebe influência do meio

externo onde a temperatura do ambiente e o volume da amostra influenciam a temperatura

dentro da caixa. Mesmo assim, a forma convencional é a mais difundida comercialmente

devido ao seu baixo custo (VALLE et al., 1999).

Dentre os sistemas convencionais de refrigeração, os mais conhecidos são os

Equitainer 1® e o Equitainer 2

® que foram desenvolvidos por Douglas Hamilton et al. (1984).

Entre os modelos nacionais existem uns modelos mais sofisticados, como a Botu-Box®

e a

Botutainer®, e os modelos mais simples e populares, como o Max-Sêmen Express

® e o

BotuFlex® (SOBREIRA NETO, 2008). O Equitainer

®, segundo o fabricante, armazena a 5ºC

16

por até três dias. Já o Botubox®e o Max-Sêmen Express

® armazenam a uma temperatura de

15ºC por até 24 horas. O Botutainer®

armazena a 5ºC por até 24 horas e a BotuFlex®

armazena

tanto a 5ºC,quando se utiliza duas barras de gelo,como a 15ºC, quando se utiliza uma barra de

gelo (SOBREIRA NETO, 2008).

A fertilidade do sêmen refrigerado é mantida no máximo por 72 horas pós-

ejaculação para a maioria dos garanhões (GUNZEL-APEL; KRAUSE, 1986; PIMENTEL;

CARNEIRO, 2008). No entanto, Feldman e Nelson (1996) em estudo com cães verificaram

que, se o sêmen for adequadamente diluído e refrigerado, os espermatozoides podem

permanecer viáveis por um período de até cinco dias. Com isso, o que determina a boa

qualidade do sêmen refrigerado é a qualidade do sêmen in natura, a qualidade do diluente, a

forma de refrigeração e o fator individual (SQUIRES et al., 1999).

2.3 PRINCIPAIS DILUENTES EMPREGADOS NA REFRIGERAÇÃO DO SÊMEN

EQUINO

A grande maioria dos diluentes de sêmen equino que são empregados para a

refrigeração são a base de leite em pó desnatado, glicose e antibióticos (KENNEY;

BERGMAN; COOPER, 1975). Um bom diluente deve possuir algumas características básicas

como: osmolaridade compatível (300 a 400 mOsm/Kg), balanço entre os elementos minerais

(eletrolíticos e não-eletrolíticos), nutrientes, ausência ou neutralização de substâncias tóxicas,

promover proteção contra mudanças bruscas de temperatura, estabilização enzimática e

garantir integridade de membrana plasmática (AMANN; PICKETT, 1987; MELO, 2005).

Muitas vezes outras substâncias são adicionadas a esta fórmula básica para que se

possa preservar ou até mesmo melhorar as características espermáticas, como os quelantes

(EDTA) que amenizam as lesões causadas pelo choque térmico (AMANN; GRAHAM, 1993),

antioxidantes que possuem a função de preservar a motilidade e a integridade da membrana

plasmática, aumentando desta forma a longevidade dos espermatozoides (ALMEIDA; BALL,

2005; AURICH et al., 1997;BRUEMMERT et al., 2002), aminoácidos tais como a glicina e a

taurina que promovem a manutenção da motilidade e da viabilidade do sêmen refrigerado

(CARVALHO, 2003).

Estudos demonstram que os componentes ativos do leite que atuam na proteção

espermática são as micelas de caseína, o fosfocaseinato e a β-lactoglobulina (BATTELIER et

al., 2001; BEREGERON; MANJUNATH, 2006). Embora Leboeuf et al. (2003) tenham

17

atribuído essa proteção a uma possível ação antioxidante destas proteínas, os mecanismos de

ação envolvidos ainda não estão totalmente esclarecidos.

Recentes estudos in vitro sugerem que as micelas de caseína se associam com um

grupo de proteínas do plasma seminal, conhecidas como Binder of SPerm proteins ou BSP,

encontradas no plasma seminal de mamíferos (BERGERON et al., 2007; LUSIGNAN et al.,

2011). Estes autores sugerem que esta associação previne a perda de fosfolipídios da

membrana espermática mantendo a viabilidade celular durante a preservação dos

espermatozoides (BEREGERON; MANJUNATH, 2006; MANJUNATH, 2012).

Um estudo demonstrou que o fosfocaseinato e a β-lactoglobulina são os principais

componentes do leite que protege os espermatozoides, mantendo a viabilidade destas células

durante o resfriamento do sêmen a 5ºC (PAGL et al., 2006). Por outro lado outro estudo

demonstrou que a α-lactoalbumina foi prejudicial à sobrevivência dos espermatozoides

(BETELLIER et al., 1997).

A gema de ovo é utilizada basicamente para proteger as células espermáticas

contra o choque térmico, e provavelmente esta proteção se deve a presença das lipoproteínas

de baixa densidade (LDL). A estabilização da membrana plasmática se deve a associação das

lipoproteínas à membrana espermática, a formação de uma película protetora de fosfolipídios

na superfície da membrana, a reposição dos fosfolipídios da membrana e a competição pelos

sítios de ligação com peptídeos deletérios presentes no plasma seminal são algumas das

hipóteses para o mecanismo de proteção (BEREGERON; MANJUNATH, 2006).

A gema de ovo também contém substancias deletérias a célula espermática como

a progesterona, que pode induzir a capacitação espermática precoce, diminuindo a fertilidade

(LIPAR et al., 1999).Outro problema atribuído à gema de ovo seria a desestabilização da

membrana plasmática devido a hidrolise das lecitinas em lisolecitinas (RITAR; SALAMON,

1982).

Atualmente, vários diluentes são produzidos e comercializados no Brasil, e dentre

eles destacamos o Botu-Sêmen®, Botu-Turbo

®, Botu-Sêmen Especial

®, Max-sêmen

®, Max-

Sêmen Plus® e Equimix

®. A denominação “Turbo” é utilizada para o sêmen de garanhões

com baixa motilidade inicial, e as denominações “Especial” e “Plus” são indicadas para o

sêmen de garanhões com baixa resistência à refrigeração (SOBREIRA NETO, 2008).

2.4 DILUENTES À BASE DE ÁGUA DE COCO

18

A água de coco tem sido empregada na biotecnologia da reprodução animal

obtendo-se bons resultados com a utilização da mesma na preservação do sêmen de diversas

espécies como: os caprinos (FREITAS, 1988; SALLES, 1989; TONIOLLI, 1989a; ARAUJO,

1990; RODRIGUES et al., 1994; SALGUEIRO, 2003), ovinos (FREITAS, 1992;CRUZ,

1994; SOUSA et al., 1994; SALGUEIRO et al., 2004), suínos (TONIOLLI, 1989b;

TONIOLLI; MESQUITA, 1990), caninos (MONTEZUMA Jr. et al., 1994; UCHOA;

CARDOSO; SILVA, 2002), peixes de água doce como o Tambaqui (Colossoma

macropomum) (FARIAS et al., 1999), homem (NUNES; COMBARNOUS, 1995) e equino

(SAMPAIO NETO et al., 2002; SOBREIRA NETO, 2008).

Nunes (1986) realizou os primeiros trabalhos com a água de coco como diluente

seminal, e a primeira espécie a ser usada foi a caprina, na cidade de Maceió no Estado de

Alagoas, onde o sêmen dos caprinos eram avaliados após duas horas de incubação a 37ºC.

Foram observados que tanto a motilidade progressiva como a porcentagem de

espermatozoides móveis possuía valores superiores quando o sêmen era diluído em uma

solução de água de coco, quando comparados aos espermatozoides que eram diluídos em

solução à base de leite desnatado (NUNES; SALGUEIRO, 1999).

Resultados similares foram encontrados ao utilizar os mesmos diluentes na

refrigeração de sêmen a 4ºC e no uso para inseminação artificial de cabras que haviam sido

sincronizadas com tratamento hormonal (NUNES, 1986). Na inseminação artificial com o

sêmen de caprinos diluído em água de coco e refrigerado a 4ºC encontrou-se uma taxa de

parição superior a 60% (NUNES, 1986).

Araújo e Nunes (1991) avaliando o sêmen caprino diluído e congelado em água

de coco in natura com 10% de gema de ovo e sem gema de ovo verificaram que após a

descongelação o sêmen diluído em água de coco com 10% de gema conferiu uma maior

sobrevivência aos espermatozoides in vitro.

De acordo com Nunes (1986; 1987), o sêmen diluído em água de coco possuem

uma maior fertilidade quando comparado com o diluente à base de leite. O trabalho realizado

por Freitas (1988) obteve-se um nascimento de 55,6% de fêmeas e 44,4% de machos onde as

cabras foram inseminadas com diluente à base de água de coco. Este resultado sugere uma

possível influência da água de coco sobre a pré-seleção de espermatozoides “X”,

influenciando desta maneira, uma maior taxa de fecundação dos espermatozoides portadores

destes cromossomos.

19

Nunes, Combarnous e Priscila (1994), isolaram uma molécula que ativa o

metabolismo espermático; esta molécula é do grupo das auxinas o ácido 3-indol acético

(IAA), que possui ação hormonal estimuladora de crescimento em vegetais. Nunes e

Salgueiro (1999) verificaram que a presença do IAA encontrados na água de coco pode ter

variações de acordo com o estágio de maturação e com a espécie do fruto, onde isso pode

influenciar os resultados tanto in vitro como in vivo. A adição do IAA em diluentes

convencionais de sêmen de diferentes espécies aumentou a motilidade espermática e a taxa de

fertilidade, além de permitir a sua conservação durante períodos mais longos (NUNES;

COMBARNOUS; PRISCILA, 1994). Cruz (1994) obteve uma fertilidade significantemente

superior com o uso de sêmen ovino preservado por 48 horas a 4ºC em meio contendo IAA

(40,74%) quando comparado com o sêmen em meio à base de leite (14,81%).

No sêmen caprino diluído e congelado em meio de água de coco in natura com

10% de gema de ovo ou sem a gema, e avaliados pós-descongelação, observou-se que a gema

de ovo permitiu uma maior sobrevivência dos espermatozoides durante o teste in vitro

(ARAÚJO; NUNES, 1991).

Devido aos bons resultados observados nos primeiros estudos com a água de coco

in natura para conservação de células espermáticas realizadas por José Ferreira Nunes nos

anos das décadas de 80 e 90, foi elaborado um meio de conservação à base de água de coco

sob a forma de pó (ACP®), onde se caracterizou a padronização e estabilização da água de

coco in natura através do processo de desidratação (NUNES; SALGUEIRO, 2005).

A partir do ano de 1997, começaram-se os estudos que levaram a uma

padronização do fruto (coco) que se chamou de ideal para ser utilizado nos processos

biológicos. A estabilização da água de coco retirado do fruto ideal só foi conseguida no ano

de 2002. A água de coco processada possui estabilidade e longevidade, sem problemas de

acondicionamento mantendo todas as propriedades inerentes do produto original (NUNES;

SALGUEIRO, 2005).

20

Quadro 1 - Composição da água de coco em pó, por 100g, estabelecidos mediante

análises em laboratórios de referência certificados pela ANVISA e

INMETRO (ITAL e CQA, Campinas-SP, 2010)

Carboidrato, por

diferença (g) 76,00

Frutose (g) 7,80

Glicose (g) 6,20

Sacarose (g) 0,00

Proteína (g) 12,00

Umidade (g) 1,00

LIPÍDIOS

Gorduras totais (g) 4,00

Gorduras saturadas (g) 2,46

8:0 ácido caprílico (g) 0,02

10:0 ácido cáprico (g) 0,02

12:0 ácido láurico (g) 1,41

14:0 ácido mirístico (g) 0,60

16:0 ácido palmítico (g) 0,42

Gorduras

monoinsaturadas (g)

18:1 ácido oleico (g) 0,12

Gorduras poli saturadas

(g) 0,47

18:2 ácido linoleico (g) 0,54

Gorduras trans (g) 0,00

Colesterol (mg) 0,00

MINERAIS

Sódio, Na (mg) 2.240,00

Cálcio, Ca (mg) 492,00

Ferro, Fe (mg) 8,00

Cobre, Cu (mg) 0,38

Fósforo, P (mg) 430,00

Magnésio, Mg (mg) 510,00

Manganês, Mn (mg) 2,60

Potássio, K (mg) 5.170,00

Selênio, Se (mg) 0,03

Zinco, Zn (mg) 3,30

Fonte: Elaborado pelo autor.

VITAMINAS

Vitamina B1 (mg), tiamina 4,55

Vitamina B2 (mg),

riboflavina 0,07

Vitamina B3 (mg), niacina

(ácido nicotínico e

vitamina PP 3,56

Vitamina B6 (mg),

piridoxina 0,13

Vitamina C (mg), ácido

ascórbico 16,51

AMINOÁCIDOS

Ácido Aspártico (mg) 4,73

Ácido Glutâmico (mg) 12,41

Alanina (mg) 7,63

Arginina (mg) 1,88

Cistina (mg) Traços

Fenilalanina (mg) 4,93

Glicina (mg) 3,98

Histidina (mg) 2,36

Isoleucina (mg) 2,65

Leucina (mg) 5,15

Lisina (mg) 2,61

Metionina (mg) 1,58

Prolina (mg) 5,34

Serina (mg) 2,54

Tirosina (mg) 0,82

Treonina (mg) 1,84

Triptofano (mg) Traços

Valina (mg) 5,23

OUTROS

Ômega 3 (g) 0,02

Ômega 6 (g) 0,02

21

Salgueiro (2003) avaliando sêmen de caprino diluído e congelado com ACP®

-101

e 2,5% de gema de ovo e 7% de glicerol obteve, após cinco minutos de descongelação,

valores de 33% e 2,48% de motilidade total e motilidade individual progressiva,

respectivamente.

Rondon (2006) utilizando espermatozoides de capote (Numida Meleagris)

conservados em ACP®

-108 ou Ovodyl®

(diluente comercial) conservados a 4ºC ou a 15ºC

durante um período de 24 horas onde observou que o diluente ACP®

-108 mostrou uma

porcentagem de espermatozoides móveis a 4ºC de 74% e os conservados a 15ºC de 53% e,

após 24 horas de refrigeração superou o diluente comercial Ovodyl® que obteve 60%.

Sampaio Neto et al. (2002), foi quem realizou o primeiro estudo do uso da água

de coco (ACP®

-105) para refrigeração na espécie equina, onde obteve-se motilidade

espermática a 4ºC por seis horas de 77,5% e motilidade progressiva de 67,5% em amostras in

vitro, demonstrando desta forma que o ACP® pode ser uma opção para a reprodução equina.

Sobreira Neto (2008) utilizando ACP®

-105 em sêmen equino por um período de

24 e 36 horas a uma temperatura de 5ºC mostrou uma relação custo-beneficio superior ao

diluente Equimix®, tendo em vista que os resultados tanto in vitro como in vivo foram

semelhantes. Os resultados in vitro observados por este autor demonstrou que a motilidade

total do sêmen equino após 24 h de refrigeração foi de 65,8 ± 7,42 para o diluente ACP®

-105

e 49,5 ± 7,97 na avaliação com o diluente Equimix®. Após 36h de armazenamento do sêmen,

os resultados para o diluente ACP®

-105 foram de 38,6 ± 8,08 enquanto para o Equimix®

foi

de 35,7 ± 9,02. Neste mesmo estudo, a taxa de prenhez na inseminação artificial com sêmen

refrigerado em ACP®

-105 a 5ºC por 24h foi de 57,14% e 35,71% após 36 h de

armazenamento.

2.5 FATORES QUE AFETAM A VIABILIDADE DO SÊMEN REFRIGERADO

Segundo Moran et al. (1992), o processo de refrigeração do sêmen da temperatura

de 37ºC para uma temperatura de aproximadamente 20ºC aparentemente não causa danos aos

espermatozoides. No entanto, no processo de refrigeração há uma faixa crítica de temperatura

entre 19ºC e 8ºC, em que os espermatozoides podem ser lesionados. Isto se deve ao fato da

membrana plasmática se comportar como um mosaico fluido, onde as proteínas e lipídios se

apresentam em constante movimento, mantendo sua função na temperatura ambiente

(JASKO, 1994). Desta forma, com a redução da temperatura, os lipídios ficam em estado de

22

gel e as cadeias de ácidos graxos vão se apresentar de forma rígida, ficando assim com a sua

função alterada devido à perda de mobilidade das proteínas (AMANN; GRAHAM, 1993).

Moran et al. (1992)sugerem que o processo de refrigeração do sêmen realizado em

taxas decrescentes de temperatura, onde a temperatura caia 0,3ºC por minuto, principalmente

no intervalo critico de temperatura entre 19ºC e 8ºC, onde o espermatozoide pode sofrer

lesões severas e irreversíveis.

A refrigeração de 37ºC a 8ºC onde se utiliza temperatura superior a 0,3ºC/min. o

resultado é choque térmico, onde os resultados são movimentos anormais, rápida perda de

motilidade e danos a membrana do acrossoma, induzindo a perda de enzimas e conteúdo

intracelular (MORAN et al., 1992).

Quando o processo de refrigeração ocorre de forma inadequada, os

espermatozoides são expostos ao choque térmico, e o resultado é o enrolamento da cauda, e

assim, ocorrência de movimentos circulares, redução do metabolismo, danos a membrana

plasmática e ao acrossoma (PICKETT et al., 1999).

Colesterol adicionado ao sêmen equino aumentou a porcentagem de células

móveis e com membrana intacta, isto se deve provavelmente porque o colesterol manteve o

estado de fluidez da membrana durante a fase de transição (PARKS; GRAHAM, 1992). Outro

fator importante que se deve levar em consideração, é o fator individual de cada garanhão no

sucesso do processo de refrigeração do sêmen equino (PICKETT, 1993).

Bons resultados no uso de sêmen refrigerado e armazenado dependem de muitos

fatores como: temperatura de armazenamento, composição do diluente, dose inseminante,

número de inseminações, qualidade do sêmen fresco e manuseio do sêmen (BATELLIER et

al., 2001).

2.6 SISTEMA DE ANÁLISE SEMINAL AUXILIADO POR COMPUTADOR

Por muito tempo a análise da qualidade seminal se baseou em uma avaliação

subjetiva de parâmetros como, motilidade total e individual progressiva, sendo estes

parâmetros considerados fundamentais, pois podem ser relacionados a viabilidade e

integridade dos espermatozoides (VERSTEGEN; IGUER-OUADA; ONCLIN, 2002). Mack,

Wolf e Tash (1988) relatam que à necessidade de se desenvolver uma metodologia mais

objetiva estimulou a elaboração e desenvolvimento de um instrumento automatizado que

fosse capaz de analisar as trajetórias dos espermatozoides.

23

O sistema computadorizado possui a capacidade de fornecer informações importantes

sobre função espermática e fertilidade através da análise de parâmetros adicionais da

motilidade, podendo determinar hiperativação e potencial de fertilização (DAVIS; KATZ,

1993). Fatores como volume e concentração do sêmen, qualidade do diluente utilizado,

patologias espermáticas, iluminação do microscópio, temperatura de análise e valores do

setup do programa são alguns dos principais fatores que podem afetar os resultados

(VERSTEGEN; IGUER-OUADA; ONCLIN, 2002).

A análise do sêmen auxiliada por computador (CASA) é um sistema automatizado

que visualiza, digitaliza e analisa as imagens sucessivas dos espermatozoides, fornecendo

desta forma informações acuradas, precisas e significativas do movimento individual de cada

espermatozoide e também resumos estatísticos das subpopulações espermáticas. Os principais

parâmetros analisados pelo CASA podem ser vistos no quadro abaixo segundo Verstegen,

Iguer-Ouada e Onclin (2002).

Quadro2 – Parâmetros de motilidade espermática obtidos pelo CASA

Parâmetros Sigla Unidade Descrição

Velocidade curvilinear VCL µm/s Velocidade da trajetória real do

espermatozoide

Velocidade média da

Trajetória VAP µm/s

Velocidade da trajetória média do

espermatozoide

Velocidade linear VSL µm/s

Velocidade em função da linha reta

estabelecida entre o primeiro e último

ponto da trajetória do espermatozoide

Linearidade LIN % Relação percentual entre VSL e VCL

Retilinearidade STR % Relação percentual entre VSL e VAP

Index de oscilação OSC % Relação percentual entre VAP e VCL

Amplitude do

deslocamentolateral da cabeça ALH µm

Deslocamento médio da cabeça do

espermatozoide em sua trajetória real

em relação à trajetória média ou

linear

Frequência do batimento

cruzado BCF Hz

Frequência com que a cabeça do

espermatozoide atravessa a trajetória

média.

Fonte: Verstegen, Iguer-Ouada e Onclin (2002).

A temperatura, o processamento seminal (diluição, refrigeração, congelação-

descongelação), viscosidade do meio e a concentração espermática são alguns fatores que

podem de alguma forma afetar a avaliação pelo sistema CASA (FUJIMURA; OKUMO,

2006; VERSTENGEN; IGUER-OUADA; ONCLIN, 2002). A avaliação seminal auxiliada

por computador não se pode ter como base apenas o desenvolvimento do sistema CASA mais

24

refinados, mas também se deve ter a atenção direcionada para a qualidade de treinamento dos

avaliadores de sêmen (KRAUSE; VIETHEN, 1999).

2.7 INTEGRIDADE DA MEMBRANA PLASMÁTICA POR MICROSCOPIA DE

EPIFLUORESCÊNCIA

A fluorescência é a propriedade de certas substâncias que quando excitas por luz

de comprimento de onda curta, emitem luz com comprimento de onda maior. Para isso

utiliza-se a luz ultravioleta com comprimento de onda inferior a 350 nm, de forma a se obter

radiações emitidas na faixa de 400 a 700nm, onde esta faixa de espectro de luz se torna visível

(MAIA, 2010).

A vantagem do uso das sondas fluorescentes seria o contraste, ocorrendo uma

menor variabilidade e uma maior especificidade, quando comparado a métodos clássicos de

coloração (NEIL, 2005). A ação se dá pela interação com a célula espermática, mostrando

uma coloração que indica lesão na estrutura analisada (NEIL, 2005).

Magistrini et al. (1997) relataram que a integridade da membrana plasmática do

espermatozoide é um importante indicador de viabilidade celular.Sondas fluorescentes como

o iodeto de propídio (IP) e o diacetato de 6-carboxifluoresceína (DCF) podem ser usadas na

avaliação da integridade de membrana em microscópio de fluorescência (SMITH;MURRAY,

1997).

O iodeto de propídio é uma sonda fluorescente que tem afinidade para DNA e

cora o núcleo em vermelho quando a membrana plasmática está danificada (RODRIGUEZ,

2013).Possui algumas vantagens, como facilidade de preparação, estabilidade e eficiência na

avaliação. Desta forma, pode ser utilizado tanto isoladamente como em associação a outros

corantes (ARRUDA, 2000).

O DCF é um composto hidrofóbico e quando sofre hidrólise por ação de enzimas

se torna hidrofílico com capacidade de penetrar pela membrana espermática. Desta forma se

acumula no interior da célula, quando exposto a luz azul, se excita e emite coloração verde,

caracterizando a membrana plasmática como integra (GARNER; JONHSON, 1995).

A associação do DCF com IP na avaliação de sêmen equino diluído em meio

Kenney e refrigerado em Equitainer® por um período de 24 horas, observou-se uma variação

de 50-56% de espermatozoides considerados íntegros(KARESKOSKI; KATILA, 2008).

25

3 JUSTIFICATIVA

A conservação do sêmen equino durante o transporte apresenta diversas

limitações, entre elas a baixa qualidade seminal inerente aos garanhões. Como alternativa,

propomos a água de coco em pó (ACP®

), que tem sido utilizada com sucesso como meio de

preservação seminal em diversas espécies, sendo um produto natural de origem vegetal e de

baixo custo. O ACP-105 acidionado de gema de ovo tem mostrado bons resultados na

preservação do sêmen equino por periodos de ate 24 horas sem causar maiores danos as

celulas espermaticas. Diante disso, o trabalho se justifica pela necessidade de testar o ACP®

-

105 com gema de ovo como meio alternativo, e de baixo custo para a preservação do sêmen

equino.

26

4 HIPÓTESE CIENTÍFICA

O meio de conservação a base de água de coco em pó (ACP®

-105) adicionado de

gema de ovo pode ser eficaz na preservação da qualidade do sêmen equino no processo de

refrigeração por um período de 24 horas tanto quanto o diluente comercial BotuSêmen®.

27

5 OBJETIVOS

5.1 GERAL

a) Avaliar o meio de conservação para sêmen equino à base de água de coco em

pó (ACP®

-105) sobre a qualidade seminal por 24 horas de refrigeração.

5.2 ESPECÍFICOS

a) Analisar os parâmetros cinéticos do sêmen equino conservado em meio à base

de água de coco em pó (ACP®

-105) com e sem gema de ovo e no diluente

comercial à base de leite desnatado (BotuSêmen®);

b) Avaliar a integridade de membrana espermática do sêmen equino conservado

em meio à base de água de coco em pó (ACP®

-105) com e sem gema de ovo e

no diluente comercial a base de leite desnatado (BotuSêmen®).

28

6 CAPÍTULO ÚNICO

Efeito de diluentes de sêmen sobre parâmetros seminais de espermatozoides equino resfriados

(Effect of semen extenders on sperm parameters of cooled-preserved stallion spermatozoa)

Periódico – Journal of Equine Veterinary Science

(submetido para publicação)

Efeito de diluentes de sêmen sobre parâmetros seminais de espermatozoides equino resfriados

(Effect of semen extenders on sperm parameters of cooled-preserved stallion spermatozoa)

29

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de espermatozoides equino refrigerados em

diluentes Água de Coco em Pó (ACP®

-105) e Botu-Semen®. Durante a estação reprodutiva,

ejaculados de quatorze equinos foram colheitados e os ejaculados foram diluidos em ACP®

-

105, ACP®105 + 2,5% de gema de ovo (ACP-105 2,5%) e Botu-sêmen

® com intuito de obter

uma concentração de 50 × 106 espermatozoides/mL. Amostras de sêmen diluido foram

submetidas à refrigeração em container de transporte e refrigeração Botu-Flex® a 15ºC e 5ºC.

Os parâmetros cinéticos foram avaliados em sistema de análise de sêmen auxiliada por

computador após 24 h de resfriamento. A integridade da membrana foi avaliada por meio de

sondas fluorescentes. Os dados não paramétricos foram avaliados pelo teste de Kruskal-

Wallis seguido por comparações múltiplas de Dunn. As variáveis com distribuição normal

foram avaliadas por ANOVA seguido pelo teste de Tukey. As diferenças foram consideradas

estatisticamente significativas quando P<0,05. Os resultados demonstraram que MT, MP,

VSL e VCL foram similar na analise do sêmen fresco. No entanto, houve diferenças no VAP

e RAP entre ACP-105® 2,5% e Botu-sêmen

®. Após 24 h de incubação, diferenças

significativas foram observadas no VAP, RAP, VSL e VCL entre os diluentes Botu-sêmen e

ACP-105®. A motilidade total e progressiva foi maior nos diluentes ACP-105

® 2,5% and

Botu-sêmen®. Não houveram diferenças nos parêmntros cinéticos MT, MP, VCL e RAP

obtidas no sêmen resfriado a 15ºC e 5ºC por 24h nos diluentes ACP 2,5% e Botu-sêmen.Não

houveram diferenças significativas na análise da integridade de membrana plasmática entre os

diluentes ACP-105 2,5% e Botu-sêmen®. Em resumo, nosso estudo demonstrou que o

diluidor ACP-105®

associada a baixa concentração de gema de ovo (2.5%) foi efetivo na

preservação de espermatozoides de equino por 24 h. Estes resultados são úteis para melhorias

no processo de preservação de espermatozoides equino e estabelecer bases para o

30

desenvolvimento de novos diluentes para outras espécies de equideos bem como espécies em

risco de extinção.

31

Abstract

The objective of this study was to evaluate the efficacy of equine sperm cooled in ACP-105®

and Botu-semen®. During the breeding season, ejaculates from fourteen stallions were

collected and ejaculates were diluted to 50 × 106 sperm/mL in extenders including ACP-105

®,

ACP105® + 2,5% egg yolk (ACP-105 2,5% EY), Botu-Sêmen

®. Extended semen were then

cooled in cooling device at 15ºC and 5ºC. Sperm kinetics was evaluated by computer assisted

sperm analyser after 24h of cooling. The integrity of sperm membrane was assessed by

fluorescence staining. Kruskal-Wallis test followed by Dunn test were used to evaluate sperm

parameters of non-parametric data. Variables of normally distributed populations were

examined through one way ANOVA followed by Tukey's test. The level of statistical

significance was set at P < 0.05.Results showed that MT, MP, VSL and VCL were similar in

fresh semen. However, there were differences in VAP and RAP between ACP-105 2.5% EY

and Botu-sêmen®. After 24h of incubation, significant differences were observed in VAP,

RAP, VSL and VCL between Botu-sêmen and ACP-105®. Total and progressive motility

were found greater in ACP 2.5% EY and Botu-sêmen. There were no differences in the sperm

kinetics including MT, MP, VCL and RAP obtained from cooled semen samples at 15ºC and

5ºC for 24h in ACP 2.5% EY and Botu-sêmen. No significant differences were observed in

PMI between ACP-105 2.5% EY and Botu-sêmen® extenders. In summary, we demonstrate

that a ACP-105® associated with low concentration (2.5%) egg yolk was effective for

preservation of stallion spermatozoa for 24 h. These findings are useful for the improvement

of sperm preservation procedures and set a foundation for the development of novel extenders

for the preservation of semen from other equine species as well as endangered species.

32

Effect of semen extenders on sperm parameters of cooled-preserved stallion

spermatozoa

Lucas S. G.Brasileiroa,Erika S. B. deMenezes

a,Cristiane C. M.Salgueiro

b,c,Lorenzo G. T.

M.Segabinazzid,Marco A.Alvarenga

d,José F.Nunes

a,*

aDepartmentof Veterinary Medicine, State University of Ceará, Fortaleza, Ceará, Brazil.

bACP Biotecnologia, Fortaleza, Brazil.

cFaculdade Terra Nordeste, Caucaia, Brazil.

dDepartment of Animal Reproduction and Veterinary Radiology, School of Veterinary

Medicine and Animal Science, São Paulo State University, Botucatu, Brazil.

*To whom correspondence should be addressed: José Ferreira Nunes, Department of

Veterinary Medicine, State University of Ceará, Rua Doctor Silas Munguba, 1700, Campus

do Itaperi, Fortaleza CE, CEP 60.740-000, Fortaleza, Ceará, Brazil.

Phone/ Fax: +55–85–3101–9851. Email address: [email protected]

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the efficacy of equine sperm cooled in ACP-105®

and Botu-semen®. During the breeding season, ejaculates from fourteen stallions were

collected and ejaculates were diluted to 50 × 106 sperm/mL in extenders including ACP-105

®,

ACP105®

+ 2,5% egg yolk (ACP-105 2,5% EY), Botu-sêmen®. Extended semen were then

cooled in cooling device at 15ºC and 5ºC. Sperm kinetics was evaluated by computer assisted

sperm analyser after 24h of cooling. The integrity of sperm membrane was assessed by

fluorescence staining. Results showed that MT, MP, VSL and VCL were similar in fresh

33

semen. However, there were differences in VAP and RAP between ACP-105 2.5% EY and

Botu-sêmen®. After 24h of incubation, significant differences were observed in VAP, RAP,

VSL and VCL between Botu-sêmen and ACP-105®. Total and progressive motility were

found greater in ACP 2.5% EY and Botu-sêmen. There were no differences in the sperm

kinetics including MT, MP, VCL and RAP obtained from cooled semen samples at 15ºC and

5ºC for 24h in ACP 2.5% EY and Botu-sêmen. No significant differences were observed in

PMI between ACP-105 2.5% EY and Botu-sêmen® extenders. In summary, we demonstrate

that a ACP-105® associated with low concentration (2.5%) egg yolk was effective for

preservation of stallion spermatozoa for 24 hours. These findings are useful for the

improvement of sperm preservation procedures and set a foundation for the development of

novel extenders for the preservation of semen from other equine species as well as

endangered species.

Key words: Stallion; Sperm; Motility; Membrane integrity; Extenders

1. Introduction

Cooling of stallion sperm for artificial insemination has become a widespread

biotechnology in the horse industry for decades [1].The use of liquid sperm plays an

important role in reproductive biotechnology since it maintains fertility rate as efficient as

fresh sperm [2]. Despite such premise, sperm processing involves a number of factors that

may damage the sperm plasma membrane. During the course of cooling, spermatozoa are

exposed to a rapid change in temperature and undergo cold shock damage [3].Cold shock

damage had been proposed to occur during the phase transition temperatures of spermatozoa,

including the integration of lipids, alteration of the degree of saturation of fatty acids and a

34

loss of cholesterol that results in a pronounced decrease in the cholesterol/phospholipid ratio

in stallions [4].

Sperm extenders routinely used for cooled-stored stallion are mostly based on skim

milk and egg yolk[1].Milk is one of the most efficient extenders for storage of stallion sperm

because it contains fundamental components that have the ability to protect sperm against

cellular damage[5-7]. The active components involved in sperm protection by milk are casein

micelles[5], which interact with membrane proteins and protect against the lipid loss from the

sperm membrane [8].

In tropical regions, coconut water is a natural and abundant resource and studies have

shown that coconut water-based extender is an alternative extender for sperm

preservation[9].Coconut water is a solution composed of salts, proteins, sugars, vitamins,

neutral fats, inducers of cell division and various electrolytes[10], which provides the

nutrients necessary for cell preservation [11,12]. However, the use of this coconut water as

extender has some disadvantages such as the inability to store the coconut water for long

periods and limited availability of fruits in some regions of the world. Furthermore, the

biochemical constitution of coconut may differ between fruits, and this can directly affect the

ability of the extender to preserve spermatozoa. Thus, studies were conducted to develop a

powdered coconut water (ACP®, ACP Biotecnologia, Fortaleza, Brazil), which has been

successfully used for sperm preservation including goat [13,14], boar [15], dog [16,17],

stallion [18].Although powered coconut extender had been successfully used for sperm

preservation of several species, experiment with stallion sperm has been limited. Therefore,

the aim of this study was to evaluate the efficacy of equine sperm diluted and cooled in ACP-

105® and Botu-Semen

®.

2. Material and Methods

2.1. Reagents

35

Powdered coconut water extender (ACP-105®) was obtained from ACP Biotecnologia

(Ceará, Brazil). Botu-semen®

extender was purchased from Botu-Farma® (Sao Paulo, Brazil).

2.2. Ethics

All experimental procedures were performed in accordance with the ethical guidelines

specified by the ethical committee of the State University of Ceará.

2.3. Animals and sperm collection

Fourteen stallions of different breeds (10Quarter Horse, 04Thoroughbred, and 03

crossbred) aged from nine to 20 years old were used in the experiment. Four stallions were

housed atDepartment of Animal Reproduction and Veterinary Radiology at São Paulo State

University, São Paulo, and 10animals were kept on the facility of the LUB Breeding, São

Paulo. All horses were in good body condition and with proved fertility. Animals were fed

with concentrates and hay according to the national standard praxis for breeding horses. In the

beginning of the reproductive season, sperm was collected from the stallions for several days

to stabilize output collection and ejaculate was then collected every two day interval.

Immediately before collection, the penis was cleansed with warm water and dried

with a towel, individually. Ejaculates were collected during the breeding season using a

Botucatu® model artificial vagina (Botupharma

®, Botucatu – SP, Brazil). After collection,

sperm was filtered through nylon micromesh filter to separate the gel-free portion of the

ejaculate.

2.4. Sperm evaluation

The gel-free sperm from each ejaculate was placed in a water bath at 37ºC and

evaluated for volume, concentration, as well as sperm motility and vigor. Only ejaculates with

more than 70% motile sperm were used. After evaluation of initial sperm concentration, the

36

sample was diluted into three extenders [ACP-105®, ACP105

® + 2.5% egg yolk (ACP-105

2.5% EY), Botu-Semen®] to a final concentration of 50 × 10

6 sperm/mL. Sperm kinetics and

motility were evaluated within two hours of collection to the sperm analysis laboratory using

a CASA system (HTM-IVOS 12, Hamilton Thorne Research, Beverly, MA, USA).The

following motion characteristics were recorded in fresh as well as cooled sperm samples: total

motility (TM, %), progressive motility (PM, %), rapid motility (RM %), average path velocity

(VAP, μm/s), straight linear velocity (VSL, μm/s), and curvilinear velocity (VCL,

μm/s).Established setup parameters were carried out according to previously described [19].

The integrity of the sperm plasma membrane was assessed by fluorescence staining

with 6-carboxyfluorescein diacetate and propidium iodide following the protocol previously

described by Harrison and Vickers [20]. In brief, diluted samples were mixed with staining

medium (l.7 mM-formaldehyde, 7.3 μM-propidium iodide and 20 μM-carboxyfluorescein

diacetate) and incubated for 8min. in the dark at 30°C.Stained samples were placed on a glass

slide, covered and allowed to assess the plasma membrane integrity through an

epifluorescence microscopy (×400 magnification). At least 100 cells were counted per

sample.

2.5. Cooling process

The cooling procedure was carried out as previously described [19].Sperm samples

were cooled in a passive cooling device (BotuFlex; Botupharma, São Paulo, Brazil) and held

at approximately 15ºC for 24 h. In parallel, samples were also maintained at 5ºC for 24 h.

37

2.6. Statistical analysis

Statistical analyses were performed by using the GraphPad Prism software, version 5

(GraphPad, San Diego, CA, USA). The results are present as mean (SD, SEM).Sperm

parameters were submitted to D'Agostino-Pearson test (omnibus K2) to test normality.

Kruskal-Wallis test followed by Dunn test were used to evaluate sperm parameters of non-

parametric data. Variables of normally distributed populations were examined through one

way ANOVA followed by Tukey's test. The level of statistical significance was set at P <

0.05.

3. Results

The sperm kinetics and motility obtained of fresh as well as cooled sperm samples

are shown in Table 1.The sperm kinetics (MT, MP, VSL, and VCL) were similar in fresh

sperm of respective extenders (P < 0.05).However, there were difference observed in VAP

and RAP between ACP-105 2.5% EY and Botu-Semen® extenders (P < 0.05).

The results of the cooled sperm showed that there were differences observed in the

sperm kinetics (VAP, VSL, and VCL) between Botu-Semen® and ACP-105

® at the end of

incubation period (P < 0.05).Total and progressive motility were found greater in ACP

2.5%EY and Botu-Semen® in comparison with ACP-105

®(P < 0.05).Difference was observed

between ACP-105®andBotu-Semen

® with respect to rapid sperm motility(P < 0.05).

Total and rapid motility as well as the average path velocity were different among

extenders (P < 0.05). Botu-Semen ®

was superior than ACP-105® and ACP 2.5% EY (P <

0.05).In addition, there were differences (MP, VSL, and VCL) between ACP-105® and Botu-

Semen®

(P < 0.05).

Table 1.Sperm kinetics and motility parameters in fresh and cooled samples extended in ACP-

105®, ACP105

® + 2,5% de egg yolk (ACP-105 2,5%), Botu-sêmen

® extenders.

38

Extenders TM (%) PM (%) VAP (μm/s) VSL (μm/s) VCL (μm/s) RAP (μm/s)

ACP 74.71±12.57

a 25.35±10.48

a 113.00±19.68

ab 80.21±14.72

a 211.85±29.99

a 63.21±16.13

ab

Fresh ACP

2.5% 71.5±12.97

a 27.92±12.68

a 105.64±15.75

a 78.14±12.58

a 194.71±28.84

a 58.21±15.74

a

BS 79.35±8.80

a 29.21±10.8

a 123.14±18.21

b 87,42±13.39

a 228.23±29.23

a 70.5±12.42

b

Cooled ACP 10.57±11.25a 1.14±1.95

a 57.42±31.81

a 39.64±21.74

a 126.21±61.85

a 4.85±7.19

a

15ºC ACP

2.5% 40.85±27.36

b 9.57±9.97

b 78.42±26.26

a 56.57±15.54

b 157.42±50.85

a 26.14±24.43

ac

24 h BS 63.35±20.19b 17.21±10.36

b 112.85±28.77

b 75.85±15.55

c 218.5±48.52

b 51.35±23.45

bc

Cooled ACP 9.21±13.46a 2.78±5.05

a 54.00±29.65

a 40.57±20.64

a 106.28±59.64

a 4.78±11.15

a

5ºC ACP

2.5% 35.78±25.17

b 8.78±8.01

ac 79.42±27.42

b 59.42±16.51

ac 162.07±46.38

ac 23.14±22.6

b

24 h BS 66.21±21.08c 21.07±10.36

bc 107.78±21.8

c 77.00±15.36

bc 207.21±40.95

bc 53.92±22.81

c

Values (means ± SD) with different superscript letters (a–c) in a column differ significantly

(P < 0.05) between extenders (fresh and cooled semen compared separately).TM: Total motility;

PM: Progressive motility; VAP: average path velocity; VCL: curvilinear velocity; VSL: straight line

velocity; RAP: rapid sperm. ACP: ACP-105®; ACP 2.5%: ACP-105

® + 2.5% egg yolk; BS: Botu-

semen®.

As shown in Table 2, there were no differences observed in the sperm kinetics and

motility including MT, MP, VCL, and RAP obtained from cooled sperm samples at 15ºC and

5ºC at the end of incubation period (P < 0.05). Both ACP-105® 2.5% and Botu-Semen

®

extenders showed superior results at both temperatures as compared to other group (ACP-

105®)(P < 0.05).The average path and straight line velocity were different at 24 h of

incubation(P < 0.05).

Table 2. Sperm kinetics and motility parameters in fresh and cooled samples extended in ACP-

105®, ACP105

® + 2,5% de egg yolk (ACP-105 2,5%), Botu-sêmen

® extenders at 15ºC and 5ºC

for 24 hours.

15ºC/24 h 5ºC/24 h

ACP ACP 2,5% BS ACP ACP2.5% BS

MT (%) 10.57±11.25a 40.85±27.36

b 63.35±20.19

b 9.21±13.46

a 35.78±25.17

ab 66.21±21.08

b

MP (μm/s) 1.14±1.95a 9.57±9.97

b 17.21±10.36

c 2.78±5.05

ab 8.78±8.01

abc 21.07±10.36

bc

VAP(μm/s) 57.42±31.8 a 78.42±26.26

ab 112.85±28.77

b 54±29.65

a 79.42±27.42

a 107.78±21.8

b

VSL (μm/s) 39.64±21.74a 56.57±15.54

ab 75.85±15.55

bc 40.57±20.64

a 59.42±16.51

b 77±15.36

c

39

VCL (μm/s) 126.21±61.85a 157.42±50.85

ab 218.5±48.52

b 106.28±59.64

a 162.07±46.38

ab 207.21±40.95

b

RAP (μm/s) 4.85±7.19a 26.14±24.43

ab 51.35±23.45

b 4.78±11.15

a 23.14±22.6

ab 53.92±22.81

b

Values (means ± SD) with different superscript letters (a–b) in same row denote significant differences

(P < 0.05) between extenders at particular temperature (15ºC and 5ºC) for 24 hours. TM: Total

motility; PM: Progressive motility; VAP: average path velocity; VCL: curvilinear velocity; VSL:

straight line velocity; RAP: rapid sperm. ACP: ACP-105®; ACP 2.5%: ACP-105

® + 2.5% egg yolk;

BS: Botu-semen®.

No differences were observed in PMI between ACP-105 2.5% and Botu-Semen®

extenders (P < 0.05).Furthermore, the mean of the plasma membrane integrity was higher in

ACP-105 2.5 % EY and Botu-Semen®

as compared to ACP-105® (Table 3) at the end of both

incubation time (15ºC and 5ºC)(P < 0.05).

Table 3. Plasma membrane integrity of fresh and cooled samples extended in ACP-105®

,

ACP105®

+ 2,5% de egg yolk (ACP-105 2,5%), Botu-sêmen® extenders at 15ºC and 5ºC for 24

hours.

Parameter Plasma membrane integrity (%)

ACP ACP 2.5% BS

Fresh 83±9.46a 90.07±7.4

a 80±12.02

a

15ºC/24h 75.71±14.23a,A

88.28±8.94b,B

82.28±13.83ab,AB

5ºC/24h 70.71±19.92a,A

89±6.56b,AB

79.64±9.82ac,AB

Values (means ± SD) with different superscript letters (a–b) in same row denote significant differences

(P < 0.05) between extenders at particular temperature (15ºC and 5ºC) for 24 hours. Values

(means ± SD) with different superscripts letters (A–B) in same row differ significantly (P < 0.05)

between extenders at particular temperature (15ºC and 5ºC) for 24 hours. PMI: Plasma membrane

integrity. ACP: ACP-105®; ACP 2.5%: ACP-105

® + 2.5% egg yolk; BS: Botu-semen

®.

40

4. Discussion

The current study investigated the effectiveness of three sperm extender including

ACP-105®, ACP-105

® 2.5 % EY and Botu-semen

® for preserving stallion sperm function

during cooled-storage. For stallion sperm extended and cooled either in ACP-105®

2.5% EY

or Botu-semen®, there was no difference between extenders as well as storage temperature

(15ºC and 5ºC) at the end of incubation time (24h)for sperm kinetic parameters

(P < 0.05).Furthermore, there was no difference in plasma membrane integrity for

spermatozoa cooled in both extenders (P < 0.05).

Our results demonstrated that Botu-semen®, a milk-based extender, after cooling

seemed similar to studies earlier reported [21].Furthermore, it was also demonstrated that

ACP-105®added to 2.5% egg yolk could be efficiently used as an alternative extender for

cooled sperm from stallions. The biochemical composition of the ACP®

extender is very

similar to those of fresh coconut water [22].The chemical composition of coconut water

contains natural sugars, vitamins, minerals, amino acids and phytohormones [10]. Coconut

water is also rich in indole-3-acetic acid, an auxin able to replace cAMP and in restoring

specific pathways [23,24]. In regards to egg yolk concentration, 2.5% was the optimal

concentration to be added to ACP-105®

for stallion sperm preservation. Powdered coconut

water has been used for sperm preservation in several species [13-18]for several decades.

Although the use of egg yolk in sperm cooling extenders is not without

disadvantages including being a product of animal origin, its composition is not constant[25],

presence of high-density lipoproteins [26], and steroids hormones[27]and moreover, it

represents a potential risk of microbial contamination of sperm[28],our study shows that there

were no differences between Botu-Semen® and ACP-105

® supplemented with 2.5% egg yolk

in regards to sperm kinetic parameters evaluated (P < 0.05).The results indicated sperm

41

extender such as ACP-105® with a low inclusion rate of egg yolk (2.5%) to preserve the

sperm viability during liquid storage as efficiently as Botu-Semen® extender.

The protective properties of egg yolk are widely attributed to its Low Density

Lipoproteins (LDL), the main constituents of egg yolk [26, 29, 30]. The exact mechanism by

which egg yolk enhance the sperm quality remains elusive. Direct associations between the

lipids of the egg yolk and the sperm membrane have been reported [26,31,32], providing

protection to sperm by stabilizing the membrane [33-35].Furthermore, it is suggested that

these have a stabilising effect, minimising lateral phase separations involved in cold shock

deterioration [36]. It is hypothesized that phospholipids present in LDL protect sperm by

forming a protective film on the sperm surface [37] or by replacing sperm membrane

phospholipids that are lost or damaged during preservation process [38,39]. A third

hypothesis suggests that LDL compete with detrimental seminal plasma cationic peptides (<5

kDa) in binding to the sperm membrane and thus protect the sperm [40].

The storage temperature has become the standard approach for prolonging the

functional life of ejaculated spermatozoa. Our findings are in agreement with a previous study

that recommended stallion sperm storage temperature of 4°C for maintenance of sperm

motility [41].In the stallion, the temperature of about 5ºC has been determined as the optimal

storage temperature for maintenance of motility and fertility [1].

As temperature declines, there is an inevitable reduction in the proportion of sperm

that maintain normal membrane integrity [42]. The sperm plasma membrane is the primary

site of cold-induced damage [43] and it is likely that these membrane stresses are related to

phase changes in lipids and an altered functional state of the membrane [44]. It is well known

that a major phase change occurs at from 5 to 15 °C [45], resulting in a substantial loss of

sperm viability. Our results demonstrated evidences that sperm plasma membrane was not

affected during cooled-storage. This result suggests that ACP-105® 2.5% EY and Botu-

42

Semen®

were able to protect stallion spermatozoa against cold shock damages at 15ºC and

5ºC for 24 h.

5. Conclusions

In summary, we demonstrate that a powdered coconut water-based extender (ACP-

105®) associated with low concentration (2.5%) egg yolk was effective for preservation of

stallion spermatozoa at15ºC and 5ºC for 24 h. These findings are useful for the improvement

of sperm preservation procedures and set a foundation for the development of novel extenders

for the preservation of sperm (liquid or frozen) from other equine species as well as

endangered species for which protocols do not exist presently.

Acknowledgements

The authors thank the ACP Biotecnologia for providing the ACP-105® and the Botu-

Farma providing the Botu-Semen®

used in the present experiment. São Paulo State University

and the LUB Breeding for providing the animals. Lucas Brasileiro, Erika Menezes, and

Lorenzo Segabinazzi are recipients of scholarship from the Brazilian Research Councils

CNPq and CAPES foundation.

REFERENCES

[1] Aurich C. Recent advances in cooled-semen technology. Anim Reprod Sci 2008; 107:

268–275.

[2] Aurich C. Factors affecting the plasma membrane function of cooled-stored stallion

spermatozoa. Anim Reprod Sci 2005; 89:65–75.

[3] White IG. Lipids and calcium uptake of sperm in relation to cold shock and preservation: a

review. Reprod Fertil Dev 1993; 5:639–658.

43

[4] Leahy T, Gadella BM. Sperm surface changes and physiological consequences induced by

sperm handling and storage. Reproduction 2011; 142:759–778.

[5] Lagares MA, Martins HS, Carvalho IA, Oliveira CA Jr, Souza MR, Penna CF, Cruz BC,

Stahlberg R, Henry MR. Caseinate protects stallion sperm during semen cooling and freezing.

Cryo Letters 2012; 33:214-219.

[6] Batellier F, Gérard N, Courtens JL, Palmer E, Magistrini M. Preservation of stallion sperm

quality by native phosphocaseinate: a direct or indirect effect? J Reprod Fertil Suppl 2000;

56:69-77.

[7] Batellier F, Magistrini M, Fauquant J, Palmer E. Effect of milk fractions on survival of

equine spermatozoa. Theriogenology 1997: 48:391-410.

[8] Bergeron A, Manjunath P. New insights towards understanding the mechanisms of sperm

protection by egg yolk and milk. Mol Reprod Dev 2006; 73:1338-1344.

[9] Nunes JF, Combarnous Y, Oliveira LF, Teixeira MD. Utilização da água de coco e suas

frações ativas na conservação in vitro e avaliação in vivo do sêmen na espécie caprina.

Ciência Animal 1996; 2:34.

[10] Yong JWH, Ge L, Ng YF, Tan SN. The Chemical Composition and Biological Properties

of Coconut (Cocos nucifera L.) Water. Molecules 2009; 14:5144-5164.

[11] Nunes JF. Utilização da água de coco como diluidor do sêmen de animais domésticos e

do homem. Rev Bras Reprod Anim 1998; 22:109-112.

[12] Vasconcelos AB, Santos AMC, Oliveira JS, Lagares MA, Santoro MM. Purification and

partial characterization of proteinase inhibitors of equine seminal plasma. Reproductive Biol

2009; 9:151-160.

[13] Salgueiro CCM, Nunes JF, Oliveira KLP, Vieira VL, Gondim JM, Mateos-Rex E.

Utilização de diluentes à base de água de coco in natura e em pó na inseminação artificial

programada de cabras. Rev Bras Reprod Anim 2002; 5:96-98.

44

[14] Oliveira RV, Nunes JF, Salgueiro CCM, Cavalcante JMM, Brasil OO, Moura AAA.

Avaliação de espermatozóides caprinos congelados em meio à base de água de coco em pó

(ACP-101®) ou TRIS. Arq Bras Med Vet Zootec 2011; 6:1295-1302.

[15] Bottini-Luzardo M, Centurión-Castro F, Alfaro-Gamboa M, Aké-López R, Herrera-

Camacho J. Effect of addition of coconut water (Cocos nucifera) to the freezing media on

post-thaw viability of boar sperm. Trop Anim Health Prod 2013; 45:101-106.

[16] Cardoso RCS, Silva AR, Uchoa DC, Silva LDM. Cryopreservation of canine semen

using a coconut water extender with egg yolk and three different glycerol concentrations.

Theriogenology 2003; 59:743-751.

[17] Cardoso RCS, Silva AR, Silva LDM. Use of the powdered coconut water (ACP-106®

)

for cryopreservation of canine spermatozoa. Anim Reprod 2005; 2:257-262.

[18] Sampaio Neto JC, Salgueiro CCM, Mateos-Rex E, Nunes JF. Utilização do diluente

ACP-105® na refrigeração do semen eqüino. Rev Bras Reprod Anim Supl 2002; 5:137-139.

[19] Monteiro GA, Guasti PN, Hartwig FP, Dellaqua Jr JA, Alvarenga MA, Papa FO. Cooling

of ejaculated and epididymal stallion sperm. Arq Bras Med Vet Zootec 2013; 65:681-686.

[20] Harrison RAP, Vickers SE. Use of fluorescent probes to assess membrane integrity in

mammalian spermatozoa. J Reprod Fertil 1990; 88:343-342.

[21] Neto CR, Monteiro GA, Soares RF, Pedrazzi C, Dell'aqua Jr JA, Papa FO, Alvarenga

MA. Effect of Removing Seminal Plasma Using a Sperm Filter on the Viability of

Refrigerated Stallion Semen. J Equine Vet Sci 2013; 33:40–43.

[22] Nunes JF, Salgueiro CCM. Strategies to improve the reproductive efficiency of goats in

Brazil. Small Ruminant Res 2011; 98:176-184.

[23] Toniolli R, Bussière J, Courot M. Effect of indole-3-acetic acid (plant auxin) on the

preservation at 15°C of boar semen for artificial insemination. Reprod Nutr Dev 1996;

36:503-511.

45

[24] Bianco C, Imperlini E, Calogero R, Senatore B, Pucci P, Defez R. Indole-3-acetic acid

regulates the central metabolic pathways in Escherichia coli. Microbiology 2006; 152:2421–

2431.

[25] Forouzanfar M, Sharafi M, Hosseini SM, Ostadhosseini S, Hajian M, Hosseini L, Abedi

P, Nili N, Rahmani HR, Nasr-Esfahani MH. In vitro comparison of egg yolk-based and

soybean lecithin-based extenders for cryopreservation of ram semen. Theriogenology 2010;

73: 480–487.

[26] Pace MM, Graham EF. Components in egg yolk which protect bovine spermatozoa

during freezing. J Anim Sci 1974; 39:1144–1149.

[27] Lipar JL, Ketterson ED, Nolan Jr V, Casto JM. Egg yolk layers vary in the concentration

of steroid hormones in two avian species. Gen Comp Endocrinol 1999; 115:220–227.

[28] Aires VA, Hinsch KD, Mueller-Schloesser F, Bogner K, Mueller-Schloesser S, Hinsch

E. In vitro and in vivo comparison of egg yolk-based and soybean lecithin-based extenders for

cryopreservation of bovine semen. Theriogenology 2003; 60: 269–279.

[29] Moussa M, Martinet V, Trimeche A, Tainturier D, Anton M. Low density lipoproteins

extracted from hen egg yolk by an easy method: cryoprotective effect on frozen-thawed bull

semen. Theriogenology 2002; 57:1695-1706.

[30] Pillet E, Duchamp G, Batellier F, Beaumal V, Anton M, Desherces S, Schmitt E,

Magistrini M. Egg yolk plasma can replace egg yolk in stallion freezing extenders.

Theriogenology 2011; 75:105-114.

[31] Ollero M, Bescos O, Cebrian-Perez JA, Muino-Blanco T. Loss of plasma membrane

proteins of bull spermatozoa through the freezing-thawing process. Theriogenology 1998;

49:547–555.

46

[32] Ricker JV, Linfor JJ, Delfino WJ, Kysar P, Scholtz EL, Tablin F, Crowe JH, Ball BA,

Meyers SA. Equine sperm membrane phase behavior: the effects of lipid-based

cryoprotectants. Biol Reprod 2006; 74:359–365.

[33] Watson PF. The interaction of egg yolk and ram spermatozoa studied with a fluorescent

probe. J Reprod Fertil 1975; 42:105–111.

[34] Foulkes JA. The separation of lipoproteins from egg yolk and their effect on the motility

and integrity of bovine spermatozoa. J Reprod Fertil 1977; 49:277–284.

[35] MacDonald BJ, Foulkes JA. A spectrofluorometric investigation, using 1-

anilinonaphthalen-sulphonate, of the interaction between washed bovine spermatozoa and

seminal plasma or egg-yolk lipoprotein. J Reprod Fertil 1981; 63:407–414.

[36] Pettitt MJ, Buhr MM. Extender components and surfactants affect boar sperm function

and membrane behavior during cryopreservation. J Androl 1998; 19:736-746.

[37] Quinn PJ, Chow PY, White IG. Evidence that phospholipid protects ram spermatozoa

from cold shock at a plasma membrane site. J Reprod Fertil 1980; 60:403–407.

[38] Foulkes JA, Sweasey D, Goodey RG. Fertility of bull spermatozoa in egg-yolk diluents

of varied lipid fatty acid composition. J Reprod Fertil. 1980;60:165–169.

[39] Graham JK, Foote RH. Effect of several lipids fatty acyl chain length and degree of

unsaturation on the motility of bull spermatozoa after cold shock and freezing. Cryobiology

1987; 24:42–52.

[40] Vishwanath R. Shannon P, Curson B. Cationic extracts of egg yolk and their effects on

motility, survival and fertilizing ability of bull sperm. Anim Reprod Sci 1992; 29:185–194.

[41] Varner DD, Blanchard TL, Love CL. et al. Effects of semen fractionation and dilution

ratio on equine spermatozoal motility parameters. Theriogenology 1987; 28:709-723.

[42] Johnson LA, Weitze KF, Fiser P, Maxwell WMC. Storage of boar semen. Anim Reprod

Sci 2000; 62:143–172.

47

[43] Bailey JL, Lessard C, Jacques J, Breque C, Dobrinski I, Zeng WX, Galantino-Homer

HL, Cryopreservation of boar semen and its future importance to the industry.

Theriogenology 2008; 70: 1251–1259.

[44] Watson PF. The causes of reduced fertility with cryopreserved semen. Anim Reprod Sci

2000; 60:481–492.

[45] Drobnis EZ, Crowe LM, Berger T, Anchordoguy TJ, Overstreet JW, Crowe JH. Cold

shock damage is due to lipid phase transitions in cell membranes: a demonstration using

sperm as a model. J Exp Zool 1993; 265:432–437.

48

8 CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos conclui-se que o diluidor à base de água de coco

(ACP-105®) associado à gema de ovo (2,5%) foi eficaz para a preservação de

espermatozoides de garanhões a 15ºC e 5ºC durante 24 horas. Estes resultados são

importantes para o aperfeiçoamento de protocolos de preservação de espermatozoides equino.

Além disso, estabelece bases para elaboração de novos diluentes de outras espécies de

equídeos, bem como espécies em risco de extinção, os quais ainda não possuem protocolos

estabelecidos.

49

9 PERSPECTIVAS

Avaliar de novos protocolos utilizando-se ACP-105®

para a preservação do sêmen de

garanhões visando obtenção de resultados similares aos obtidos à diluentes comerciais

sem a adição do crioproteores de origem animal.

Compreensão dos mecanismo de ação do ACP-105®

na proteção das células

espermáticas durante o processo de resfriamento do sêmen.

Estudos complementares visando avaliar a adição de substâncias antioxidantes,

crioprotetores ao diluidor ACP-105 durante o processo de resfriamento do sêmen.

Determinar a fertilidade de éguas inseminadas com espermatozoides diluidos e

resfriados no diluidor ACP-105.

50

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J.; BALL, B.A. Effects of α-tocopherol and tocopherol succinate on lipid

peroxidation in equine spermatozoa, Animal reproduction Science, p. 321-337, 2005.

AMANN, R.P.; GRAHAM, J.K. Spermatozoal function. In: McKINNON, A.O.; VOSS, J.L.

Equine Reproduction. 1 ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1993.

AMANN, R.P.; PICKETT, B.W. Principles of cryopreservation and review of

cryopreservation on stallion spermatozoa, Journal of Equine Veterinary Science, v.7, p.

145-173, 1987.

ARAUJO, I.S. Utilização da água de coco e do leite glicosado como diluidor do sêmen

ovino. Fortaleza, 1990. 35p. Monografia (Especialização em Produção e reprodução de

Pequenos Ruminantes da Universidade Estadual do Ceará – UECE, 1990).

ARAUJO, A.A.; NUNES, J.F. Utilização da água de coco “in natura” adicionada de gema de

ovo como diluente do sêmen caprino. Ciência Animal, Fortaleza, v. 1, p. 39-49, 1991.

ARRUDA, R. P. Avaliação dos efeitos de diluentes e crioprotetores para o

espermatozoide equino pelo uso de microscopia de epifluorescência, citometria de fluxo,

analise computadorizada da motilidade (CASA) e da morfometria (ASMA). 2000. 121 f.

Tese (Livre Docência) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São

Paulo, Pirassununga, 2000.

AURICH, J.E.; SCHONHERR, U.; HOPPE, H.; AURICH, C. Effect of antioxidants on

motility and membrane integrity of chilled-storage stallion semen. Theriogenology, v.48, p.

185-192, 1997.

BATELLIER, F.; MAGISTRINI, M.; FAUQUANTZ, J.; PALMER, E. Effect of Milk

fractions on survival of equine spermatozoa. Theriogenology, v. 48, p. 391-410, 1997.

BATELLIER, F.; VIDAMENT, M.; FAUQUANT, J.; DUCHAMP, G. Advances in cooled

semen technology. Animal Reproduction Science, v.68, p.181-190, 2001.

BAUMGARTL,C.; BADER, H.; DROMMER, W.; LUNING, I. Ultrastructural alterations of

stallion spermatozoa due to semen conservation. Proc. 9th

Intern. Congr. Animal. Al., vol. 5,

pg. 134-137, 1980.

BERGERON, A.; MANJUNATH, P. New insights towards understanding the machanisms of

sperm protection by egg yolk and milk. Molecular, reproduction and Development, v. 73,

p. 1338-1344, 2006.

BERGERON, A.; BRINDLE, Y.; BLONDIN, P.; MANJUNATH, P. Milk caseins decrease

the binding of the major bovine seminal plasma proteins to sperm and prevent lipid loss from

the sperm membrane during sperm storage. Biol Reprod, v. 77, p.120-126, 2007.

BRISKO, S. P.; VARNER, D. D. Artificial insemination. In: McKinnon, A. O.; Voss, J. L.

(Eds.). Equine Reproduction. Philadelphia: Lea e Febiger, p. 790-797, 1992.

51

BRUEMMERT, J.E.; COY, R.C.; SQUIRES, E.L.; GRAHAN, J.K. Effect of pyruvate on the

function of stallion spermatozoa storage for up to 48 hours. Journal of Animal Science, v.80,

p. 12-18, 2002.

CARVALHO, G.A. Efeito de diferentes diluentes sobre viabilidade espermática,

utilizando-se diversas formas de refrigeração com sêmen equino. Botucatu, 2003. 138p.

Dissertação (Mestrado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade

Estadual Paulista “Julio de mesquita Filho”, 2003).

CRUZ, J.F. Conservação e fertilidade do sêmen ovino mantido a temperatura de 4º C

por um período de 48 horas diluído em frações ativas da água de coco. Fortaleza, 1994.

Dissertação (Mestrado em produção e Reprodução de Pequenos Ruminantes da Universidade

Estadual do Ceara – UECE, 1994).

DAVIS, R. O.; KATZ, D. F. Operational standards for CASA Instruments. Journal of

Andrology, v.14, n.5, p.385-394, 1993.

DOUGLAS-HAMILTON, D. D.; OSOL, R.; OSOL, G.; DRISCOLL, D.; NOBLE, H. A field

study of fertility of transported equine semen. Theriogenology, v.22, p.291-304, 1984.

ENGLAND, G. C. W.; PONZIO, P. Comparison of the quality of fronzen-thawed and cooled-

rewarmed dog semen. Theriogenology, v. 46, p. 165-171, 1996.

FARIAS, J. O.; NUNES, J. F.; CARVALHO, M. A. M. et al. Avaliação “in vitro” e “in vivo”

do sêmen de Tambaqui (Colossoma macropomum CUVIER) conservado à temperatura

ambiente e criopreservado em água de coco. Revista Cientifica de Produção Animal, v.1,

n.1, p.44-58, 1999.

FELDMAN, E. C.; NELSON, R. W. artificial insemination, fresh extended semen, and frozen

semen. In: ____ (eds), canine and feline endocrinology and reproduction. Philadelphia; W.

B. Saunders, 1996, p. 734-739.

Food and agriculture Organization - FAO. United Nations. Disponível em:

http://faostat.fao.org/site/604/default.aspx#ancor

FREITAS-DELL’AQUA, C. D. P.; MONTEIRO, G. A.; DELL’AQUA JÚNIOR, J. A.;

PAPA, F. O. The effects of refrigeration temperature and storage time on apoptotic markers in

equine semen. Journal of Equine Veterinary Science, p.1-5, 2012. In press

FREITAS, V.J.F. Sincronização do ciclo estral e fertilidade de cabras submetidas a dois

níveis de gonadotrofina coriônica humana (HCG), inseminadas artificialmente.

Fortaleza, 1988. Monografia (Especialização em Produção e Reprodução de Pequenos

Ruminantes da Universidade Estadual do Ceará - UECE, 1988).

FREITAS, V.J.F. Parâmetros andrológicos a avaliação “in vitro” do sêmen de ovinos

deslanados criados na região litorânea do Nordeste Brasileiro em estações seca e

chuvosa. Fortaleza, 1992. Dissertação (Mestrado em Produção e Reprodução de Pequenos

Ruminantes da Universidade Estadual do Ceará – UECE, 1992).

52

FUJIMURA, M.; OKUNO, M. Requirements of fixed and for spontaneous beating in flagela.

The Journal of Experimental Biology, v. 209, p. 1336-1343, 2006.

GARNER, D. L.; JOHNSON, L. A. Viability assessment of mammalian sperm using SYBR-

14 and propidium iodide. Biology of reproduction, v.53, p.276-284, 1995.

GLAZAR, A. I.; MULLEN, S. F.; LIU, J.; BENSON, J. D.; CRITSER, J. K.; SQUIRES, E.

L.; JAMES, K.; GRAHAM, J. K. Osmotic tolerance limits and membrane permeability

characteristics of stallion spermatozoa treated with cholesterol. Cryobiology, v. 59, n.2,

p.201-206, 2009.

GÜNZEL-APEL, A.R.; KRAUSE, D. Laufigkeitsuberwachung und Samenubertragung beim

hund. Hannover Tierärztliche Hochshule, v. 8, p. 564-570, 1986 (abstract).

JASKO, D. J. Procedures for cooling and freezing of equine semen. ARS Veterinaria. V. 10,

p. 156-170, 1994.

JOHNSTON, S. canine reproduction: lessons in reproductive biology. Annual Conference of

Society for Theriogenology, 17, Illinois, 2000. Disponível em:

http://www.hilltopanimalhospital.com/therio%20history.htm.Acesso em 20 de março de

2010.

KARESKOSKI, M.; KATILA, T. Components of stallion seminal plasma and the effects of

seminal plasma on sperm longevity. Animal Reproduction Science, v.107, n.3-4, p.249-256,

2008.

KENNEY, R.M.; BERGMAN, R.V.; COOPER, W.L. Minimal contamination techniques and

preliminary finding. In: AMERICAN ASSCIATION OF EQUINE PRACTIONERS, 21,

1975, Lexington. Proceedings… Lexington, p. 327-336, 1975.

KRAUSE, W.; VIETHEN, G. Quality assessment of computer assisted semen analysis

(CASA) in the andrology laboratory. Andrologia, v. 31, p. 125-129, 1999.

LEBOEUF, B.; GUILLOUET, P.; BATTELIER, F.; BERNELAS, D.; BONNE, J. L.;

FORGERIT, Y.; RENAUD, G.; MAGISTRINI, M. Effect of native phosphocaseinate on the

in vitro preservation of fresh semen. Theriogenology, v.60, p.867-877, 2003.

LIPAR, J.L.; KETTERSON, E.D.; NOLAN, V.J.R.; CASTRO, J.M. Egg yolk, layers vary in

the concentration of steroid hormones in two avian species. Genetic compendium of

Endocrinology, v. 115, p. 220-227, 1999.

LUSIGNAN, M. F.; BERGERON, A.; LAFLEUR, M.; MANJUNATH, P. The major proteins

of bovine seminal plasma interact with caseins and whey proteins of milk extender. Biology

of reproduction, v. 85, n. 3, p. 457- 464, 2011.

MACK, S.; WOLF, D.; TASH, J. Quantization of specific parameters of motility in large

numbers of human sperm by digital image processing. Biology of Reproduction, v. 38, p.

270-281, 1988.

53

MAGISTRINI, M.; GUITTON, E.; LEVERN, Y. et al. New staining methods for sperm

evaluation estimated by microscopy and flow cytometry. Theriogenology, v. 48, n.7, p.1229-

1235, 1997.

MAIA, V. N.; CARNEIRO, G. F.; SILVA, S. V.; GOMES NETO, O. C.; ALMEIDA, F. C.;

SALGUEIRO, C. C. M.; NUNES, J. F.; DELL’AQUA JR., J. A.; GUERRA, M. M. P. Equine

semen extender without animal derived ingredients: preliminary results. Acta Scientia

Veterinariae. 38 (supl 2); s675-s821. P. s730, abstract 85. Anais, SBTE, 2010.

MANJUNATH, P. new insights into the understanding of the mechanism of sperm protection

by extender components. Animal Reproduction, v.9, n.4, p.809-815, 2012.

McKINNON, A. O.; VOSS, J. L. Equine Reproduction, 1 ed.; Pennsylvania: Lea &

Febinger, Malvern, 1993.

MELO, N.S.S. Efeitos de diferentes concentrações de crioprotetores na congelação de

sêmen equino. Brasilia, 2005. 71p. Dissertação (Mestrado da faculdade de Agronomia e

Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, 2005).

MIES FILHO, A. Reprodução dos Animais Domésticos. 6. ed. Porto Alegre: Sulina, p. 115-

119, 1987.

MONTEZUMA Jr, P.; VIANNA NETO, C.; NUNES, J.F. Agua de coco como diluidor de

sêmen de cães. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DA UECE, Anais... 1994.

MORAN, D. M.; JASKO, D. J.; SQUIRES, E.L. et al. Determination of temperature and

cooling rate which induce cold shock in stallion spermatozoa. Theriogenology, v. 38, p. 999-

1012, 1992.

NEIL, D. M. Evaluation of equine sperm membrane function: effects of

cryopreservation. 2005. 11of. Tese (Doutorado em 2004) – Faculty of Veterinary Sciences.

Utrecht University, Utrecht. 2005.

NUNES, J.F. A inseminação artificial como método alternativo para o melhoramento da

caprinocultura leiteira. In: SIMPOSIO DA CAPRINOCULTURA DO ESTADO DO RIO,

1986, Niterói. Anais...Niterói, 1986.

NUNES, J. F. Coconut water as diluent for goat semen. In: IV CONFERENCIA

INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS, 1987, Brasília. Anais... Brasília, 1987.

NUNES, J.F.; COMBARNOUS, Y.; PRISCILA, L. Utilisation d’une substance ativa “JYP”

presents dans l’eau de coco pour la conservation in vitro et La fertilité dês spermatozoïdes de

mammifers. S.I: Sn., 1994.

NUNES, J.F.; COMBARNOUS, Y. Utilização da água de coco como diluidor do sêmen dos

mamíferos domésticos. In: I SIMPOSIO DE BIOTECNOLOGIA DA REPRODUÇÃO DE

ANIMAIS DOMESTICOS, 1995, Fortaleza. Anais... Fortaleza, 1995, p. 53-63.

NUNES, J.F.; SALGUEIRO, C.C.M. Utilização da água de coco como diluidor do sêmen de

caprinos e ovinos. Rev. Cient. Prod. Animal, v.1, p. 17-26, 1999.

54

NUNES, J.F.; SALGUEIRO, C.C.M. Utilização da água de coco como diluidor do sêmen de

animais domésticos. Revista Ciencias Agrárias, Belem, n.43, sulp., 5p. 2005.

PAGL, R,; AURICH, E. J.; MULLER-CHOSSER, F.; KANKOFER, M.; AURICH, C.

Comparison of an extender containing defined milk protein fractions with a skim milk-based

extender for storage of equine semen at 5C.Theriogenology, v.66, p. 1115-1122, 2006.

PAPA, F. O.; MELO, C. M.; DELL’AQUA, J. A.; MACEDO, L. P.; CARVALHO, A. G.;

ALVARENGA, M. A.; MEDEIROS, A. S. L. Inovações metodológicas na biotecnologia de

refrigeração e congelação de sêmen eqüino. Acta Scientiae Veterinariae, (Suppl.) v.33, p.19-

27, 2005.

PARKS, J.E.; GRAHAM, J.K. Effects of cryopreservation on sperm membranes.

Theriogenology, v. 38, p. 210-222, 1992.

PARKS, E. J.; LYNCH, V. D. Lipid composition and thermotropic phase behavior stallion,

and rooster sperm membranes of boar, bull. Cryobiology, v.266, p.255-266, 1992.

PICKETT, B. W. seminal extenders and cooled semen. In; Equine Reproduction.

McKINNON, A. O.; VOSS, J. L. Philadelphia: Lea & Febiger, p.746-754, 1993.

PICKETT, B. W.; GRAHAM, J. K.; VANDERVALL, D. K.; SQUIRES, E. L.; McCUE, P.

M.; BRUEMMER, J. E. Cooled and frozen stallion semen. Animal Reproduction and

Biotechnology Laboratory, p.3-37, 1999.

PIMENTEL, C. A.; CARNEIRO, G. F. Biotecnias aplicada à Reprodução de Equinos. In:

Gonçalves BDG, Figueiredo RF, Freitas VJF. 2ª Ed. Biotécnicas aplicada à Reprodução

Animal, São Paulo: Roca, 2008, p. 145-159.

PUGLIESI, G. Viabilidade e fertilidade do sêmen equino resfriado a 5 ºC por 24 horas

com dois diluentes. Dissertação de Mestrado. Universidade federal de Viçosa, Viçosa/MG,

103p, 2009.

RITAR, A. J.; SALOMON, S. Effects of centrifugation and seminal plasma andof its removal

and of egg yolk in the diluents on the survival of fresh and frozen-thawed spermatozoa of the

Angora goat. Australian Journal of Biology Science, v.35, p.305-312, 1982.

RODRIGUES, A.P.R.; TORRES, M.Z.G.;OLIVEIRA, L.F.; NUNES, J.F.; Água de coco sob

a forma estabilizada de gel e sua fração ativa adicionada ou não de gema de ovo como

diluentes do sêmen caprino. In: XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA

VETERINÁRIA, 1994, Olinda. Anais... Olinda, 1994, p. 540.

RODRIGUEZ, S. A. F. Efeitos de diferentes diluentes sobre a cinética, membranas,

morfologia e cromatina espermática durante a refrigeração do sêmen equino. São Paulo,

2013. Dissertação (Mestrado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade de São Paulo, 2013).

RONDON, R.M.M. Sobrevivência “in vitro” dos espermatozoides de capotes (Numida

meleagris) conservados em água de coco em pó (ACP-108) e Ovodyl em diferentes

55

temperaturas. Fortaleza, 2006. Dissertação (Mestrado Profissional em Ciências Avícolas da

Universidade Estadual do Ceará – UECE, 2006).

SALGUEIRO, C.C.M. Evaluación de diferentes diluyentes en la congelación del semen

caprino. Madrid, 2003. Tese (Doutorado em Ciencias Veterinarias da Universidad

Complutense de Madrid – UCM, Espanha, 2003).

SALGUEIRO, C.C.M.; GONDIM, J.M.; NUNES, J.F.; CORDEIRO, M.A.; CAVALCANTE,

J.M.M.; MACHADO, V.P.; PINHEIRO, J.H.T. Artificial insemination of ewes with semen

diluted in powdered coconut water (ACP-102), cooled and stored at 4ºC. In: 15h

INTERNATIONAL CONGRESS OF ANIMAL REPRODUCTION, 2004, Porto Seguro.

Proceedings… Porto Seguro: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, p.374, 2004.

SALLES, M.G.F. Água de coco (Cocus Nucifera L.) in natura, sob a forma de gel e

estabilizada como diluidor do sêmen caprino. Porto alegre, 1989. Dissertação (Mestrado da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1989).

SAMPAIO-NETO, J.C.; SALGUEIRO, C.C.M.; MATEOS-REX, E.; NUNES, J.F.

Utilization of ACP-105 extender in the refrigeration of stallion semen. Revista Brasileira de

reprodução Animal, v. 5, p. 137-139, 2002.

SMITH, J. F.; MURRAY, G. R. Evalution of different techniques for determination of

membrane status in spermatozoa. Proceedings of the New Zealand Society of Animal

Production, v.57, p.246-250, 1997.

SOBREIRA NETO, J. A. Avaliação in vitro e in vivo do sêmen equino diluído em água de

coco em pó (ACP-105) e refrigerado a 5 ºC. Dissertação (mestrado) - Universidade de

Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2008.

SOUSA, N.M.; TEIXEIRA, M.D.A.; OLIVEIRA, L.F. Agua de coco sob a forma de fração

ativa liofilizada adicionada ou não de gema de ovo e gel, como diluidor do sêmen ovino. In:

XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINARIA, 1994, Olinda.

Anais... Olinda, 1994, p.583.

SQUIRES, E. L.; PICKETT, B. W.; GRAHAM, D. K. et al. cooled and frozen stallion semen.

Animal Reproduction and Biotechnology Laboratory, n. 9, p. 3-36, 1999.

TONIOLLI, R. Estudo das características “in vitro” do sêmen caprino de raças nativas do

Nordeste Brasileiro diluído em água de coco sob a forma “in natura” estabilizada e de gel.

Ver. Bras. Reprodução Animal, v.13, p. 209-220, 1989a.

TONIOLLI, R. Conservação do sêmen suíno em água de coco. In;. VIII CONGRESSO

BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 1989b, Belo Horizonte. Anais... Belo

Horizonte, 1989b, p. 138-142.

TONIOLLI, R.; MESQUITA, D.S.M. fertilidade de porcas inseminadas com sêmen diluído

em água de coco estabilizada e com BTS. Rev. Bras. Reprod. Animal, v.14, p. 249-254,

1990.

56

UCHOA, D.C.; CARDOSO, R.C.S.; SILVA, L.D.M. Inseminação artificial a fresco em

cadelas da raça Boxer com diferentes diluentes de sêmen. Revista Brasileira de Reprodução

Animal, supl., n.5, p. 150-152, 2002

VALLE, G. R.; SILVA FILHO, J. M.; PALHARES, M. S. et al. Utilização de um container

modelo CELLE modificado para resfriamento e transporte de sêmen equino. Arquivo

brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 51, p. 505-514, 1999.

VERSTENGEN, J.; IGUER-OUADA, M.; ONCLIN, K. Computer assisted semen analyzers

in andrology research and veterinary practice. Theriogenology, v. 57, p.149-179, 2002.

VIDAMENT, M.; DUPERE, A. M.; JULIENNE, P.; EVAIN, A.; NOUE, P.; PALMER, E.

equine frozen semen: freezability and fertility field results. Theriogenology, v. 48, p. 907-

917, 1997.