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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional RIBEIRÃO PRETO 2018

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Page 1: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

BRUNA KARLA DUTRA

Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo

institucional

RIBEIRÃO PRETO

2018

Page 2: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

BRUNA KARLA DUTRA

Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo

institucional

Dissertação apresentada à Escola de Enfermagem de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para

obtenção do título de Mestre em Ciências, Programa de

Pós-Graduação Mestrado Profissional em Tecnologia e

Inovação em enfermagem.

Linha de Pesquisa: Tecnologia e Inovação no Cuidado

de Enfermagem

Orientadora: Profa. Dra. Angelita Maria Stabile

RIBEIRÃO PRETO

2018

Page 3: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Dutra, Bruna Karla

pppPrevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de

protocolo institucional. Ribeirão Preto, 2018.

ppp63 p.: il.; 30 cm

pppDissertação de Mestrado, apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto/USP. Área de concentração: Mestrado Profissional Tecnologia e Inovação

em Enfermagem.

pppOrientador: Angelita Maria Stabile

p

1. ventilação mecânica. 2. protocolo assistêncial. 3.equipe multidisciplinar.

4.pneumonia associada à ventilação mecânica.

Page 4: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

Nome: DUTRA, Bruna Karla

Título: Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo

institucional

Dissertação apresentada à Escola de Enfermagem de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para

obtenção do título de Mestre em Ciências, Programa de

Pós-Graduação Mestrado Profissional em Tecnologia e

Inovação em Enfermagem.

Aprovado em: ____/____/______

Banca Examinadora

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ________________________________________________________

Julgamento: _______________________________________________________

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ________________________________________________________

Julgamento: _______________________________________________________

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ________________________________________________________

Julgamento: _______________________________________________________

Page 5: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

DEDICATÓRIA

Ao meu esposo André, pelo apoio incondicional, pela compreensão e incentivo por ele me

dado;

Aos meus pais, pelo incentivo constante em minha vida, onde por eles foi me ensinado que

somente através do aprendizado é que poderemos transformar nossas vidas.

Page 6: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ...BRUNA KARLA DUTRA Prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: elaboração de protocolo institucional Dissertação apresentada

AGRADECIMENTOS

À DEUS e a Santíssima Virgem Maria, por sempre estarem presente em minha vida,

permitindo que cada desejo meu fosse realizado!

A minha orientadora Prof. Dra. Angelita Maria Stabile, que me acolheu, compartilhou e me

apoiou em meu projeto, mantendo-se sempre presente e solicita, meu muito obrigada!

A Prof. Dr. Robazzi, por me acolher e acreditar em meu potencial e abrir as portas do

mestrado, meu muito obrigada!

Ao meu irmão, que mesmo estando longe, sempre esteve presente, ofertando seu apoio e

incentivo nesta nova jornada;

A Elaine Alves da Silva Machado, que sempre se dispôs a me auxiliar e a me incentivar, por

ser um exemplo de perseverança e dedicação, muito obrigada!!!

A Thais Cristina Ramos, minha coordenadora de enfermagem, que sempre me incentivou e

esforçou para que este meu sonho tornasse realidade;

Aos meus tios e tias e em especial a minha Vó Vitoria, que estiveram presente nessa jornada,

agradeço o apoio e carinho de vocês.

A equipe da UTI, que sem o apoio e colaboração de cada um, este projeto não poderia ser

concretizado, agradeço a cada um de vocês!

A toda a equipe do Hospital São José – Unimed, por cada palavra de carinho e otimização que

me foi ofertada, a cada um que ficou feliz com minha conquista, eu agradeço com muito

carinho!!!

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RESUMO

DUTRA, Bruna Karla. Prevenção de pneumonia associada a ventilação mecânica:

elaboração de protocolo institucional. 2018. 65f. Dissertação (Mestrado em Ciências e

tecnologia) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão

Preto, 2018.

A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção nosocomial que ocorre em

pacientes sob assistência ventilatória mecânica. Apesar dos inúmeros avanços no entendimento

desse quadro, sua incidência continua elevada, resultando em altas taxas de mortalidade. Do

ponto de vista clínico, a prevenção ainda é a melhor estratégia para reduzir os custos desse

quadro, sendo que o emprego de protocolos elaborados juntamente com a equipe tem grande

efeito para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. O objetivo do estudo

foi elaborar um protocolo de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica em um

hospital privado do sul de Minas Gerais. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa que

utilizou como referencial teórico a pesquisa convergente assistencial. Para a coleta de dados

foram realizados quatro encontros (uma entrevista individual e três encontros grupais). Para a

análise dos dados foi utilizado o referencial de Morse e Field. Os cuidados citados nas

entrevistas individuais pelos profissionais das equipes médica, enfermagem e fisioterapia,

totalizando 17 profissionais participantes foram organizados de acordo com o nível de evidência

sugerido no Guideline da American Thoracic Society. Nos dois encontros grupais seguintes os

cuidados foram discutidos de acordo sua relevância na prevenção da pneumonia associada à

ventilação mecânica. Com base nos cuidados elencados foi elaborado o protocolo, o qual foi

apresentado aos profissionais no quarto encontro. Assim, observa-se que o referencial da

pesquisa convergente assistencial possibilitou a elaboração de um protocolo para prevenção de

pneumonia associada à ventilação mecânica, com o envolvimento dos profissionais atuantes na

UTI, demonstrando a motivação de cada um para agregar conhecimento de sua especialidade

no protocolo, além disso, houve interação entre todos os membros das categorias profissionais

atuantes no setor.

Palavras chave: ventilação mecânica; protocolo assistencial, equipe multidisciplinar,

pneumonia associada a ventilação mecânica.

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ABSTRACT

DUTRA, Bruna Karla. Prevention of pneumonia associated with mechanical ventilation:

the development of the protocol of the institution. 2018. 65f. Dissertation (Master in Science

and Technology) – School of Nursing of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Ribeirão

Preto, 2018.

The pneumonia associated to mechanical ventilation is a nosocomial infection that occurs in

patients under mechanical ventilatroy support. In spite of the numerous advances in the

understanding of this framework, its incidence remains high, resulting in high mortality rates.

From the clinical point of view, prevention is still the best strategy to reduce the cost of this

frame, being that the use of protocols designed along with the team has great effect for the

prevention of pneumonia associated to mechanical ventilation. The aim of the study was to

elaborate a protocol for the prevention of pneumonia associated to mechanical ventilation in a

private hospital in the south of Minas Gerais. This qualitative study used the convergent care

research as theoretical framework. For data collection, were held four meetings

(one individual interview and three group meetings). Data were analyzed based on the Morse

and Field theoretical reference. The mentioned care in the individual

professionals of the medical, nursing and physiotherapy teams, totalizing 17 professionals were

organized according to the level of evidence suggested in the Guideline of the American

Thoracic Society. In the following two meetings with the groups, the care were discussed

according to their relevance in the prevention of pneumonia associated to mechanical

ventilation. Based on the indicated care, the protocol was drawn up and presented to

professionals at the fourth meeting. The convergent care research framework made possible the

elaboration of a protocol for the prevention of pneumonia associated to mechanical ventilation,

with the involvement of professionals that work in the intensive care unit, demonstrating the

motivation of each one to add knowledge of their area of expertise in the protocol; in addition,

there was interaction between all the members of the professional categories involved in the

sector.

Keywords: mechanical ventilation; protocol assistance, multidisciplinary team, pneumonia

associated with mechanical ventilation.

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RESUMEN

DUTRA, Bruna Karla. Prevención de neumonía asociada a la ventilación mecánica:

elaboración de protocolo institucional. 2018. 65f. Dissertación (Maestría en Ciencias y

Tecnología), Escuela de Enfermería de Ribeirão Preto, Universidad de São Paulo, Ribeirão

Preto, 2018.

La neumonía asociada a la ventilación mecánica es una infección nosocomial que ocurre en

pacientes bajo asistencia ventilatoria mecánica. A pesar de los innumerables avances en el

entendimiento de ese cuadro, su incidencia sigue siendo elevada, resultando en altas tasas de

mortalidad. Desde el punto de vista clínico, la prevención sigue siendo la mejor estrategia para

reducir los costos de ese cuadro, siendo que el empleo de protocolos elaborados junto con el

equipo tiene gran efecto para la prevención de la neumonía asociada a la ventilación mecánica.

El objetivo del estudio fue elaborar un protocolo de prevención de neumonía asociada a la

ventilación mecánica en un hospital privado del sur de Minas Gerais. Se trata de un estudio de

abordaje cualitativo que utilizó como referencial teórico la investigación convergente

asistencial. Para la recolección de datos se realizaron cuatro encuentros una entrevista

individual y tres encuentros grupales. Para el análisis de los datos se utilizó el referencial de

Morse y Field. Los cuidados citados en las entrevistas individuales con

profesionales de los equipos médicos, enfermería y fisioterapia, totalizando 17 profesionales

participantes fueron organizados de acuerdo con el nivel de evidencia sugerido en la Guideline

de la American Thoracic Society. En los dos encuentros grupales siguientes los cuidados fueron

discutidos de acuerdo su relevancia en la prevención de la neumonía asociada a la ventilación

mecánica. Con base en los cuidados enumerados se elaboró el protocolo, el cual fue presentado

a los profesionales en el cuarto encuentro. Así, se observa que el referencial de la investigación

convergente asistencial posibilitó la elaboración de un protocolo para prevención de neumonía

asociada a la ventilación mecánica, con la participación de los profesionales actuantes en la

UTI, demostrando la motivación de cada uno para agregar conocimiento de su especialidad en

el protocolo, además, hubo interacción entre todos los miembros de las categorías profesionales

actuantes en el sector.

Palabras clave: ventilación mecánica; el protocolo asistencial, el equipo multidisciplinario, la

neumonía asociada a la ventilación mecánica.

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio

PEEP – (Positive End Expiratory Pressure) Pressão Expiratória Final Positiva

SARA – Síndrome da Angustia Respiratória Aguda

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 - Quantidade de profissionais participantes por categorias em primeiro

encontro.....................................................................................................................................32

Tabela 2– Tempo de atuação dos profissionais dentro da unidade de terapia

intensiva....................................................................................................................................32

Tabela 3 – Cuidados a serem implementados de acordo com o nível de evidencia.................33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................11

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................14

3 JUSTIFICATIVA............................................................................................................21

4 OBJETIVO.......................................................................................................................24

5 METODOLOGIA............................................................................................................27

5.1 Tipo de Estudo...................................................................................................................27

5.2 Local de Estudo..................................................................................................................27

5.3 População do Estudo..........................................................................................................28

5.4 Elaboração do protocolo de prevenção de pneumonia associada à ventilação

mecânica............................................................................................................................28

5.5 Considerações Éticas.........................................................................................................30

6 RESULTADOS................................................................................................................31

7 DISCUSSÃO.....................................................................................................................44

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................50

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO............................................................................52

APENDICE.......................................................................................................................60

ANEXO.............................................................................................................................62

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1. Introdução

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A pneumonia associada à ventilação mecânica é definida como aquela que se

desenvolve 48 horas a partir do início da ventilação mecânica e até 72 horas após a extubação,

caracterizada pela presença de febre, leucocitose, acúmulo e aumento de secreção no trato

respiratório, sendo essa às vezes purulenta, além de infiltrados bilaterais ou opacificações em

radiografia do tórax (AMARAL; IVO, 2016).

O evento supracitado é responsável por 15% das infecções relacionadas à assistência à

saúde (IRAS) e, aproximadamente, em 25% de todas as infecções adquiridas na unidade de

terapia intensiva (UTI) (SILVA; MOURA, 2016). Ela ainda está associada a um aumento no

período de hospitalização e possui índices de mortalidade que podem variar de 24% a 76%,

repercutindo de maneira significativa nos custos hospitalares (MOTA et. al.; 2016).

Com os custos elevados e o índice de mortalidade alto, além de acarretar o

prolongamento de internações, os hospitais tem demonstrado preocupação e investigando

maneiras de prevenir a ocorrência da pneumonia associada à ventilação mecânica em suas

UTI’s (SILVA; MOURA, 2016).

O treinamento da equipe envolvida no cuidado, os quais são os profissionais da equipe

da enfermagem, médica e equipes de controle de infecção, são tidas como a estratégia

importante para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica (YILMAZ et. al.;

2016), pois o aparecimento da pneumonia associada à ventilação mecânica possui relação com

as atividades dos profissionais que atuam na UTI, estando estritamente interligada com o

cuidado prestado pela equipe de enfermagem, desde o gerenciamento do material até a

implementação dos cuidados realizados diretamente com o paciente (OLIVEIRA; NUNES,

2015).

Esse treinamento é baseado em atitudes que auxiliam na prevenção da pneumonia

associada à ventilação mecânica através da implantação de protocolo, com medidas simples,

como a higiene das mãos antes do atendimento ao paciente, elevação da cabeceira acima de

30º, cuidados com a higiene oral com clorexidina, manutenção da pressão do balão do cuff entre

20 a 25 mmHg e outros cuidados individuais a particularidade do paciente (SHITRIT et. al.;

2015).

Assim, uma estratégia eficaz na prevenção da pneumonia associada à ventilação

mecânica consiste em implantar protocolos elaborados com a participação da equipe

multidisciplinar e, posteriormente, auditá-los pelo serviço de controle de infecção hospitalar

(SILVA; NASCIMENTO; SALLES, 2012), pois é recomendado envolver os membros da

equipe com a divulgação dessas medidas preventivas da pneumonia associada à ventilação

mecânica, sendo estas relacionadas com a responsabilidade profissional (OLIVEIRA; NUNES,

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2015).

A maioria dos estudos e dos protocolos de prevenção da pneumonia associada à

ventilação mecânica estão relacionados como a educação de saúde, sendo de nível de evidência

1 e grau de recomendação A, por isso o cuidado com a prevenção passam a ser um de fator de

motivação para a equipe de saúde. Para isso primeiramente é necessário se ter o conhecimento,

depois adquirir a adesão aos cuidados e implementar (OLIVEIRA; NUNES, 2015).

Este estudo foi realizado no interior de Minas Gerais, em um hospital privado de

pequeno porte, o qual não possui protocolo de prevenção de pneumonia associada à ventilação

mecânica implantado, apesar de realizar condutas referentes a este cuidado. Assim, buscou-se

a elaboração do protocolo com a participação de toda a equipe multiprofissional atuante no

cuidado do paciente, com o intuito de aperfeiçoar o cuidado prestado pelos profissionais aos

pacientes.

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2. Revisão da Literatura

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Considerada como um dos pilares terapêuticos dentro das unidades de terapia intensiva

(UTI) desde o início de seu uso em 1952, a ventilação mecânica é uma terapia essencial para

salvar vidas de pacientes com doença grave e insuficiência respiratória (DAMASCENO et.al.,

2006; SHWONKE, 2012). Estudos estimam que mais de 300.000 pacientes recebam ventilação

mecânica nos Estados Unidos a cada ano (CENTER OF DISEASE CONTROL, 2015). No

contexto atual, ventilação mecânica constitui-se em uma das principais tecnologias utilizadas

em terapia intensiva (SHWONKE, 2012).

Os pacientes internados, especialmente os pacientes que estão em ventilação mecânica,

são um grupo de risco aumentado para pneumonia. Este risco maior deve-se essencialmente a

três fatores: primeiro, diminuição das defesas do paciente, como consequência da presença de

doença de base e perda da proteção das vias aéreas superiores; segundo, o risco elevado de ter

as vias aéreas inoculadas com grande quantidade de material contaminado; terceiro, a presença

de micro-organismos mais agressivos e resistentes aos antimicrobianos no ambiente, superfícies

próximas, materiais e colonizando o próprio paciente (POMBO; ALMEIDA; RODRIGUES,

2008; ANVISA, 2013a). Os fatores de risco para a pneumonia associada à ventilação mecânica

podem ser classificados em modificáveis, que são a intubação e reintubação traqueal, uso de

drogas imunossupressoras, tempo de ventilação mecânica maior que sete dias, aspiração do

condensado contaminado dos circuitos do ventilador, contaminação exógena, uso de

antibioticoterapia profilática, colonização microbiana, cirurgias prolongadas, aspiração de

secreções contaminadas e a desnutrição; e fatores de risco não modificáveis como a idade

acima de setenta anos, coma, nível de consciência diminuído, condições imunitárias, doença

grave, antecedente de doença pulmonar obstrutiva crônica, colonização gástrica e aspiração

desta e pH gástrico maior que 4 (POMBO; ALMEIDA; RODRIGUES, 2008; VIEIRA, 2009).

A pneumonia associada à ventilação mecânica é definida como uma infecção que

ocorre em 48 horas a partir da intubação e que não estava incubada no período da admissão do

paciente ou que ocorra até 72 horas após a extubação (POMBO; ALMEIDA; RODRIGUES,

2008). Em 2011, o Center of Disease Control (CDC) convocou um grupo de trabalho composto

por membros de várias organizações interessadas em melhorar a definição para eventos

associados à ventilação mecânica, abordando as limitações das definições já existentes e

propondo uma nova abordagem de vigilância (CENTER OF DISEASE CONTROL, 2015). As

novas definições do CDC de pneumonia associada à ventilação mecânica foram elaboradas para

atingir dois objetivos principais: ampliar o foco de vigilância para além da pneumonia,

abrangendo outras complicações comuns, e para tornar a vigilância o mais objetiva possível, a

fim de facilitar o diagnóstico, melhorar a comparabilidade e minimizar os riscos utilizando

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critérios quantitativos para aumentar a confiabilidade, reprodutibilidade, comparabilidade e

eficiência de vigilância (KLOMPAS et al. 2013; KLOMPAS et al. 2015).

Em geral muitas vantagens potenciais com essa nova classificação podem ser

observadas, pois a mesma permite contornar a imprecisão dos sinais clínicos para o diagnóstico

de pneumonia associada à ventilação mecânica, enfatiza a importância da prevenção de todas

as complicações da ventilação mecânica, em vez da pneumonia sozinha, e facilita uma definição

objetiva de vigilância que possa minimizar a coleta de dados e fazer comparações de forma

mais significativa (KLOMPAS, 2013).

Os eventos associados como critérios para a nova definição, estabelecido pelo CDC,

para auxiliar no diagnóstico de complicações associadas à ventilação mecânica, são

identificados utilizando uma combinação de critérios com maior objetividade, baseando em

dados que podem ser visualizados numericamente e por período estabelecido. Os novos

parâmetros consistem na deterioração do estado respiratório depois de um período de

estabilidade ou melhoria do estado respiratório quando ainda está em uso do ventilador.

(CENTER OF DISEASE CONTROL, 2015).

Estes novos parâmetros e classificações, estão baseadas na monitoração de FiO2 e

PEEP por período de 2 dias, a primeira classificação é a Associada à Ventilação Mecânica

Condição (VAC), onde há o aumento de FiO2 mínima diária de ≥ 0,20 (20 pontos) sobre a FiO2

mínima diária no período de referência e o aumento de valores de PEEP mínimas diárias de ≥

3 cmH2 sobre o PEEP mínimo diário no período de referência sustentada por ≥ 2 dias de

calendário. A segunda classificação é a Associada à ventilação mecânica Complicação

relacionadas com a Infecção (IVAC), onde compreende em que o paciente preencher todos os

critérios de para VAC e em ou após dia 3 calendário de ventilação mecânica e dentro de 2 dias

antes ou após o início de agravamento da oxigenação, o paciente encontra ambos dos seguintes

critérios de temperatura > 38 ° C ou <36 ° C, ou ainda com leucograma ≥ células 12.000

células / mm3 ou ≤ 4.000 células / mm3 e ainda iniciado um novo agente antimicrobiano

continuado durante ≥ 4 dias. A terceira e última é a Possível e Provável PAV, onde o paciente

deve preencher os critérios de VAC e IVAC, além de apresentar secreções respiratórias

purulenta ou ainda com cultura de aspirado positiva (KLOMPAS et al. 2015).

No Brasil, o diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica é baseado em

critérios clínicos (obrigatório), microbiológicos (opcional) e radiológicos (obrigatório), como a

presença de infiltrados pulmonares novos e persistentes, temperatura corporal > 38,3°C,

leucocitose ou leucopenia e secreção traqueobrônquica purulenta ou um destes (POMBO;

ALMEIDA; RODRIGUES, 2008; ANVISA, 2013b).

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17

A pneumonia associada à ventilação mecânica possui grande relevância clínica e, por

seu perfil epidemiológico, é estudada como sendo uma entidade clínica distinta dentro das

pneumonias nosocomiais, representando um dos principais desafios enfrentados pela equipe da

UTI (RODRIGUES et. al., 2009).

Segundo Mota et. al. (2017), a pneumonia associada à ventilação mecânica, é a

complicação infecciosa de maior prevalência nas UTI, com taxas que variam de 9% a 40% das

infecções relacionadas a assistência à saúde adquiridas dentro das unidades

Segundo ANVISA (2013a) e Oliveira, Kowner e Silva (2010) o tempo de permanência

em ventilação mecânica aumenta o risco de infecção respiratória, apontando taxas de

aproximadamente 3% por dia durante os primeiros cinco dias de ventilação, ocorrendo um

aumento de 2% para cada dia subsequente, podendo assim ser considerada como um fator de

risco para o desenvolvimento de infecções.

De acordo com Klompas (2011) e Anvisa (2013a) as taxas de pneumonia associada à

ventilação mecânica podem variar significativamente, dependendo do médico que avaliou o

paciente e da metodologia selecionada para a cultura de secreções pulmonares do paciente. A

incidência nacional pode ser mais elevada do que a conhecida, pois infelizmente não há dados

nacionais por falta de coleta sistemática e padronizada em todos os estados. Dados do Estado

de São Paulo, em 2008, mostraram que a mediana da incidência de pneumonia associada à

ventilação mecânica foi de 16,25 casos por 1.000 dias de uso de ventilador em UTI adulto, no

entanto, observou-se até 21,06 casos por 1.000 dias de uso de ventilador em UTI coronariana

(ANVISA, 2013a). Dados fornecidos pelo órgão internacional National Healthcare Safety

Network, para o ano de 2010, mostraram a ocorrência de mais de 3.525 casos de pneumonias

associadas à ventilação mecânica e a incidência em diferentes tipos de unidades hospitalares

variou 0,0-5,8 por 1.000 dias de ventilação nos Estados Unidos da América (CENTER

DISEASE CONTROL, 2015).

Na América Latina, os estudos mostram que a incidência de pneumonia associada à

ventilação mecânica, para cada 100 dias de ventilação, varia de 13 a 80%, com mortalidade de

20 a 75% (FREIRE; FARIAS; RAMOS, 2006; KLOMPAS et al. 2015). Um estudo realizado

no Brasil, envolvendo 278 pacientes e com duração de 18 meses, conclui que 87% das

pneumonias associadas à ventilação mecânica eram tardias (infecção que ocorre com tempo

igual e/ou superior a cinco dias de ventilação mecânica), configurando uma diferença entre a

realidade brasileira e os hospitais americanos, canadenses e europeus (VIEIRA, 2009).

De acordo com órgãos internacionais, a mortalidade em pacientes com lesões

pulmonares como a sepse, Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), embolia

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pulmonar, barotrauma, Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e edema pulmonar

decorrente da ventilação mecânica, foi estimada em 24% para pacientes de 15 a 19 anos de

idade e 60% para pacientes acima de 85 anos, sendo que a pneumonia associada à ventilação

mecânica foi a maior responsável pelo alto índice de morbimortalidade dos pacientes internados

em UTI (POMBO; ALMEIDA; RODRIGUES, 2008; CENTER OF DISEASE CONTROL,

2015),

Esse alto índice de morbimortalidade se deve ao fato de não existir precisão no

diagnóstico da pneumonia associada à ventilação mecânica. A subjetividade e variabilidade

inerente à técnica de radiografia de tórax e, dependência específica sinais ou sintomas clínicos,

muitas vezes podem ser documentados de forma inconsistente no registro do paciente

(CENTER OF DISEASE CONTROL, 2015).

A pneumonia associada à ventilação mecânica está associada a um aumento no período

de hospitalização e descrevem-se índices de mortalidade que podem variar de 24% a 76%,

repercutindo de maneira significativa nos custos hospitalares (MOTA et. al.; 2017)

As complicações observadas no paciente crítico, em especial a pneumonia associada à

ventilação mecânica, estão associadas a um aumento no período de hospitalização, repercutindo

de maneira significativa nos custos hospitalares (MOTA et. al.; 2017), podendo até mesmo

dobrar o tempo de permanência do paciente na UTI (BAXTER et al., 2005).

Em um estudo, de revisão bibliográfica, realizado por Castro (2013), foi constatado

que todos os pacientes que são submetidos à ventilação mecânica apresentam alguma

consequência deletéria após o uso de ventilador mecânico por tempo superior a seis horas

durante três dias.

Um relatório recente, obtido por órgão internacional de saúde dos Estados Unidos,

coloca que a pneumonia associada à ventilação mecânica, juntamente com outras quatro

infecções mais comuns relacionadas à assistência (infecção de corrente sanguínea associada ao

cateter venoso central, infecção de trato urinário associado à sonda vesical de demora, infecção

de sítio cirúrgico e infecção por Clostridium difficile), geram um custo anual de 98 milhões de

dólares. No Brasil a ANVISA (2009) estimou que a pneumonia associada à ventilação mecânica

gerasse um gasto de 40 mil reais por episódio com cerca de 12 dias de duração (SEPTIMUS et

al., 2014).

Em um estudo realizado por Sá, Rocha e Almeida (2015), estimou-se que o custo

diário, para um paciente internado em UTI, levando em consideração os custos diretos, que

seriam os materiais e mão de obra profissional, juntamente com os custos indiretos, que seriam

os custos com eletricidade, depreciação, manutenção de equipamentos, limpeza entre outros,

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seria de aproximadamente R$ 3.864,86.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde (2013 apud Abuabara, 2014, p. 2206)

no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos (SIGTAP) em Medicamentos e

Órteses e Próteses (OPM) do SUS competência 03/2013 a média de valor/dia de uma UTI é

referente ao valor de R$375,45, com o desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação

mecânica o tempo de internação sobe para no mínimo 10 dias, assim um custo adicional de

R$ 3.754,50 por paciente, isso sem incluir o uso de antibiótico, que gera um gasto adicional de

R$3.729,20, assim o valor diária de um paciente com pneumonia associada à ventilação

mecânica sobe para R$748,37 gerando assim um custo adicional de estimado de 7 mil reais.

Um consenso de trabalhos nacionais e internacionais demonstrou que se deve trabalhar

com a prevenção dessas infecções (SEPTIMUS, 2014). As principais recomendações para

reduzir a pneumonia associada à ventilação mecânica incluem a educação continuada dos

profissionais de saúde, a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares, a interrupção na

transmissão de microrganismos pelo uso apropriado de equipamentos hospitalares, a prevenção

da transmissão de uma pessoa para outra e a modificação dos fatores de riscos para o

desenvolvimento de infecções bacterianas (POMBO; ALMEIDA; RODRIGUES, 2008).

Dentre essas modificações inclui-se a manutenção do decúbito entre de 30º a 45º,

descontinuação da sedação, avaliação da presença de condensados no circuito respiratório;

avaliação da troca de nebulizadores e inaladores, quando em uso, segundo a rotina da

instituição, avaliação da troca de filtros umidificadores, quando em uso, segundo a rotina da

instituição, manutenção da pressão do CUFF em 20 a 25 mmHg, aspiração de secreção acima

do balonete e sempre quando houver necessidade, deve-se realizar a higiene oral com

antissépticos (clorexidina 0,012%) (ANVISA, 2013b ; KLOMPAS, 2015).

Em relação ao tipo de sistema de aspiração a ser usado, alguns estudos compararam a

eficácia entre os sistemas fechado e aberto no que tange à prevenção da pneumonia associada

à ventilação mecânica, entretanto ainda não há evidências que demonstram seguramente que

um sistema seja superior ao outro em termos de prevenção de infecções (SILVA;

NASCIMENTO; SALLES, 2012).

Há ainda outra medida para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica,

que por muitas vezes é negligenciada pelos profissionais, mas para diversos estudos é

considerada a pedra angular de todas as prevenções de infecção: a higienização das mãos

(SILVA; NASCIMENTO; SALLES, 2014; HASS, 2015). Com isso faz-se necessário trabalhar

com toda a equipe multidisciplinar, pois em alguns estudos, foram apresentados que o

conhecimento e as condutas realizadas por esses profissionais não são iguais, podendo variar

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desde grau de instrução, até mesmo em relação turno de trabalho (POMBO; ALMEIDA;

RODRIGUES, 2008; GOMES; SILVA, 2010; SILVA et al., 2011).

No ano de 2004, no Estados Unidos, o Institute for Healthcare Improvement realizou

uma campanha que objetivava salvar 100 mil vidas. Devido ao sucesso, em 2006 foi lançada a

campanha das 5 milhões de vidas, durante a qual várias associações, fundações e órgãos

regulamentadores participaram da ação. Como medida de intervenção para o sucesso da

campanha estava a proposta das equipes de saúde utilizarem os “Bundles” ou pacotes em

português, que são nada mais que cuidados que se complementam e que devem ser realizados

em conjunto e de maneira sistematizada para que obtenham sucesso (SAFER HEALTHCARE

NOW COMPAINGN, 2007 apud VIEIRA, 2009, p.50).

Em relatórios fornecidos em 2007 – 2008, uma campanha realizada no Canadá em

2005 (Safer Healhcare Now!) para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica,

adotando todas as medidas do pacote de prevenção, teve como resultado uma redução modesta,

porém significativa nos casos (BACKER; FLINTOFT; KAM, 2008 apud VIEIRA, 2009, p.

53). Em outro estudo realizado no Canadá, a implementação de protocolos que contemplavam

a implementação, treinamento, monitoramento, auditoria e retroalimentação, com participação

de equipe multidisciplinar teve como resultado positivo para a redução da incidência de

pneumonia associada à ventilação mecânica, pois, de 26,7 por 1000 dias passou a ser 12,5 por

1000 de ventilação mecânica (BAXTER et al., 2005 apud VIEIRA, 2009, p.57). Ainda de

acordo com estudo feito por Baxter, et. al., (2005) os autores concluíram que com a implantação

de um protocolo com participação de toda a equipe, houve a redução de dias de paciente com

ventilação mecânica nas UTI’s, resultando em redução de gastos com os mesmos.

Um estudo realizado por Rodrigues et. al. (2016), evidenciou que após a implantação

de protocolo de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, houve aumento no

índice de notificação desse tipo de infecção, porém esse fato deveu-se principalmente a

demissões e contratações de novos colaboradores no setor, os quais não foram todos

devidamente treinados para seguir o protocolo, assim, os autores concluíram que com a

implementação inadequada do protocolo houve a continuidade de processos falhos relacionados

à aplicação do protocolo.

A aderência a protocolos é a chave para a prevenção de pneumonia associada à

ventilação mecânica, os protocolos remetem o ideal de todos trabalharem por um objetivo

comum que deve ser alcançado, assim, os cuidados passam a ser uma rotina introjetada em cada

profissional (VIEIRA, 2009).

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3. JUSTIFICATIVA

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As atribuições de uma enfermeira responsável pelo controle de infecção hospitalar são

planejar, implantar, promover e divulgar ações de prevenção e controle de infecção hospitalar,

promovendo a educação continuada da equipe e com isso diminuir os custos gerados para o

paciente e para a instituição devido a esse agravo.

As atividades que desempenho, exercendo a função de enfermeira responsável pelo

controle de infecção hospitalar, são a adequação, implantação e supervisão das normas e rotinas

técnico-operacionais, com o intuito de prevenir a contaminação de todos os funcionários que

tenham contato direto com os pacientes e dessa forma minimizar a disseminação de infecções

hospitalares.

Atuando em uma instituição de saúde, acompanhando o trabalho de toda a equipe de

forma ativa, sistemática e contínua, percebi que o conceito sobre como o cuidado deve ser

realizado é analisado muitas vezes de forma subjetiva, fazendo com que cada profissional cuide

do paciente conforme a suas experiências prévias e crenças.

Uma maneira de buscar que todos os pacientes recebam o cuidado baseado em

evidências científicas é por meio da implantação de protocolos, dessa forma, tem-se uma

padronização de como e quando o cuidado deve ser realizado. Porém, em experiências prévias

de treinamento, quando um protocolo é elaborado sem a participação dos profissionais que

efetivamente o realizarão, percebi que o treinamento gera discussões e até mesmo a não adesão

ao protocolo que deveria ser implantado.

A inquietação para o desenvolvimento deste estudo surgiu ao analisar o trabalho da

equipe com pacientes em ventilação mecânica. Nota-se que os profissionais apresentam dúvidas

em relação ao manejo, validade de materiais utilizados, realização de trocas de circuitos e filtros

e uso de antissépticos, dúvidas essas que são agravadas pela falta de um protocolo institucional

para a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica.

A UTI em questão possui 06 leitos e conta com equipe multiprofissional composta por

02 fisioterapeutas, 04 enfermeiros, 08 técnicos de enfermagem e 06 médicos intensivistas.

Conta ainda com profissionais rotativos que atuam no setor todos os dias, sendo 01

nutricionista, 01 fonoaudióloga e 01 enfermeira Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

(SCIH).

No ano de 2015, a média mensal de internação na UTI foi de 115 pacientes/dia sendo

a média de taxa de utilização de ventilação mecânica foi de 22% e a densidade de incidência de

12,29 pneumonias associada à ventilação mecânica por 1000 ventilações-dia.

Como forma de sistematizar o cuidado prestado ao paciente em ventilação mecânica

pela equipe, promovendo uma assistência baseada em evidências científicas e garantindo mais

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segurança ao paciente, com este trabalho pretendeu-se elaborar um protocolo assistencial para

a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, elaborado com a participação da

equipe que atua no cuidado de pacientes internados na UTI.

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4. OBJETIVO

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4. Objetivo Geral

Elaborar um protocolo para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica

em um hospital privado do sul de Minas Gerais, com a participação efetiva dos profissionais

que o utilizarão.

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5.METODOLOGIA

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5. Metodologia

5.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo Convergente-Assistencial (PCA). A PCA

fundamenta-se na compreensão que os problemas de pesquisa surgem da prática profissional e

visa identificar pontos vulneráveis ou perceber potencialidades que contribuam para a

proposição de soluções adequadas e dirigidas a um contexto específico, seja na assistência, na

educação ou na gerência. Por essa razão, essa modalidade de pesquisa sempre requer o

envolvimento do pesquisador com as questões-problemas advindas da prática. O compromisso

da PCA está em indicar inovações para o cuidado de enfermagem e de saúde, articulando os

envolvidos do contexto a ser pesquisado numa relação de cooperação mútua, de forma a

promover a integração teoria e prática, o pensar e o fazer, com a finalidade de renovar essa

mesma prática (TRENTINI, 2004).

Assim, Rocha, Prado e Silva (2012) trazem que a PCA colabora para a proposição de

modelos de cuidado, possibilitando a elaboração do processo de construção, utilizando a lógica

indutiva-dedutiva, possibilitando uma relação direta com a prática assistencial.

A PCA foi escolhida para o desenvolvimento deste estudo, pois traz dentro de seus

indicadores de identidade o questionamento. O tema da pesquisa deve emergir do meio das

práticas dos profissionais, devendo ser desenvolvida dentro do espaço físico e temporal da

prática. Assim a mesma serve como estratégia de prática de educação em saúde (TRENTINI;

BELTRAME, 2006).

5.2 Local de estudo

O estudo foi desenvolvido em um hospital privado de pequeno porte, situado na cidade

de Passos/Minas Gerais, que se localiza a 345 km da capital Belo Horizonte e possui uma

população estimada de 113.122 habitantes (IBGE, 2016). Foi fundado em 1969 e em 2008 foi

arrendado por uma operadora de plano de saúde. Atualmente o hospital possui 50 leitos, dentre

esses, 06 são pertencentes à UTI. A UTI foi inaugurada em junho de 2002. Em média são

realizadas 20 internações mensais na UTI, com tempo médio de internação de 9 dias. Os

quadros clínicos correspondem em média 70% das internações, sendo as patologias

relacionadas ao comprometimento do trato respiratório como pneumonias, broncopneumonias,

sepse pulmonar, DPOC, comprometimentos cardíacos como Insuficiência Cardíaca Congestiva

(ICC), Fibrilação Atrial de Alta Resposta Ventricular (FAARV), bradiarritmias, quadros de

sepse com foco abdominal, urinário, sem foco definido são as mais comumente. As internações

de pacientes pós operatórios, ocorrem em menor porcentagem mensal, caracterizando por pós

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operatórios complexos de cirurgias ortopédicas, abdominais e urológicas. Em grande parte das

internações a média de idade é de 55 anos. A equipe multiprofissional no momento do estudo

era composta por quatro enfermeiros, oito técnicos de enfermagem, dois fisioterapeutas e cinco

médicos intensivistas.

5.3 População do estudo

Foram incluídos no estudo, todos os enfermeiros, técnicos de enfermagem,

fisioterapeutas e médicos que atuavam na UTI da instituição há pelo menos seis meses. Foram

excluídos os profissionais que estavam afastados ou em período de férias. Assim o estudo

contou com a participação de 17 profissionais, sendo cinco médicos (do qual o coordenador é

intensivista), dois fisioterapeutas, três enfermeiros e sete técnicos de enfermagem.

5.4 Elaboração do protocolo de prevenção de pneumonia relacionada à ventilação mecânica

O termo protocolo significa o “registro de atos (ações, procedimentos) necessários ao

processo de intervenção, abordagem de situações e problemas de saúde e instituídos como uma

convenção com força reguladora do trabalho dos diferentes profissionais envolvidos no

processo assistencial, no âmbito daquele serviço ou instituição que o adota”. Um protocolo é,

portanto, um instrumento que define o processo de trabalho de intervenção técnica e social, que

orienta os profissionais na realização de suas funções e que tem como base conhecimentos

científicos e práticos do cotidiano em saúde, de acordo com a realidade local (COREN MG,

2010).

Assim, o protocolo deve discriminar minuciosamente as atividades e atribuições dos

profissionais no âmbito da instituição de saúde, para que os mesmos possam agir com

responsabilidade, competência, respaldo e segurança, oferecendo uma assistência de excelência

ao usuário, respeitando os preceitos éticos e legais da profissão.

O uso de protocolos tende a aprimorar a assistência, favorecer o uso de práticas

cientificamente sustentadas, minimizar a variabilidade das informações e condutas entre os

membros da equipe de saúde, estabelecer limites de ação e cooperação entre os diversos

profissionais e também são instrumentos legais. Construídos dentro dos princípios da prática

baseada em evidências, oferecem as melhores opções disponíveis de cuidado (COREN SP,

2014).

A princípio, a coleta dos dados seria realizada em três etapas, porém, devido a pontos

levantados durante o segundo encontro, houve a necessidade de um terceiro encontro que

compilasse todos os pontos levantados pelos grupos anteriormente, para finalmente expor o

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protocolo em quarto encontro.

Inicialmente foi realizada uma entrevista individual com todos os profissionais que

aceitaram participar da pesquisa. Nessa entrevista o profissional foi solicitado a listar quais

cuidados eram importantes para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica.

Todos os profissionais que participaram dessa entrevista foram convidados para as reuniões em

grupo, porém devido a compromissos externos, alguns participantes não puderam comparecer

aos encontros.

Os profissionais foram alocados em dois grupos a partir da disponibilidade de horário,

tomando-se o cuidado de mesclar as diferentes categorias profissionais. Nesses grupos foram

discutidos os cuidados para prevenção da pneumonia relacionada à ventilação mecânica que

haviam sido listados nas entrevistas individuais, sem a identificação do profissional que sugeriu

o cuidado. Os profissionais, após ouvirem os cuidados sugeridos, indicaram se os mesmos eram

pertinentes ou não e dentro das discussões, fizeram sugestões para melhoria das atividades de

prevenção em ambos os grupos, porém, os dois apresentaram com pareceres divergentes sobre

alguns pontos. Assim, foi incluída uma terceira reunião com todos os participantes, para expor

as ideias que surgiram nos dois grupos, para que todos pudessem tomar a decisão das melhores

condutas a serem incluídas no protocolo. Nesta etapa houve a participação de 15 profissionais.

A quarta etapa consistiu em uma reunião com todos os participantes da entrevista para expor os

cuidados que comporiam o protocolo. A entrevista individual e os grupos foram audiogravados.

Para a análise e interpretação dos dados, foi utilizado o referencial de Morse e Field

(MORSE; FIEL, 1995), o qual é composto de quatro fases: apreensão, síntese, teorização e

recontextualização. A fase de apreensão consistiu na coleta de dados e organização das

informações, a partir da leitura cuidadosa das entrevistas, buscando apreender o que foi exposto

pelos participantes.

A síntese consistiu na análise das informações obtidas, levando em consideração as

associações e variações das informações. Nessa fase emergiram os cuidados para prevenção da

pneumonia associada à ventilação mecânica, os quais foram agrupados em categorias. Essas

categorias foram analisadas com base no nível de evidências que possuem para prevenção da

pneumonia associada à ventilação mecânica. Para tanto, foi adotada a classificação descrita no

Guideline da American Thoracic Society, que organiza os cuidados em níveis de evidências:

nível I (alto): evidência bem conduzida, ensaios clínicos randomizados; nível II (moderado):

evidência bem concebida, ensaios controlados sem randomização (incluindo coorte, série de

pacientes, e estudos caso-controle). Inclui também qualquer grande casuística em que a análise

sistemática, bem como relatórios de novas terapias que não foram coletados de forma

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randomizada; e nível III (baixo): evidência de estudos de casos e opinião de especialistas.

Após a categorização dos níveis de evidências dos cuidados, esses foram levados para

discussões em grupo, a fim de compartilhar os resultados obtidos nas entrevistas e eleger de

forma coletiva os cuidados que iriam compor o protocolo de prevenção da pneumonia associada

à ventilação mecânica, considerando a opinião dos profissionais, as evidências dos cuidados e

viabilidade de realização dessas práticas no contexto assistencial da Instituição.

A teorização foi alcançada por meio de um trabalho intelectual, que consistiu na

interpretação dos dados expostos pelos participantes, com as medidas eleitas pelos

profissionais, durante os três encontros de grupo, sobre as medidas para a prevenção de

pneumonia associada à ventilação mecânica, resultando assim na elaboração do protocolo

institucional. A recontextualização, ocorreu no quarto encontro, durante o qual foram expostos

os resultados obtidos, sendo compartilhados, de forma a corresponder o objetivo da pesquisa.

5.5 Considerações éticas

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem

de Ribeirão Preto – USP com parecer nº 2.399.235, número CAAE 61428816.7.0000.5393

(Anexo A). Todos os participantes da pesquisa assinaram e receberam uma via do TCLE

assinada pela pesquisadora (APENDICE A).

Este estudo foi desenvolvido de acordo com as diretrizes contidas na Resolução CNS

466/2012 para o desenvolvimento de pesquisa com seres humanos.

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6.RESULTADOS

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A pesquisa se desenvolveu em quatro encontros, sendo que no primeiro encontro

consistiu em uma entrevista individual com os participantes. Abaixo a Tabela 1 traz a

quantidade de participantes no estudo por categoria profissional e na Tabela 2 o tempo de

atuação dos profissionais dentro da unidade

Tabela 1 – Quantidade de profissionais participantes por categorias em primeiro encontro.

Passos, 2017.

Profissionais Quantidade

Médicos 05

Enfermeiros 03

Fisioterapeutas 02

Técnicos de Enfermagem 07

Total 17

Tabela 2– Tempo de atuação dos profissionais dentro da unidade de terapia intensiva. Passos,

2017.

Tempo de atuação Quantidade

1 ano e 6 meses 02

2 anos 01

3 anos 02

4 anos 04

5 anos 03

6 anos 01

7 anos 01

8 anos 02

9 anos 01

Total 17

Ao término as entrevistas individuas vários participantes relatavam que havia mais

condutas a serem abordadas, porém, não se recordavam devido à ansiedade do momento. A

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Tabela 3 traz os cuidados que deveriam ser incluídos no protocolo para a prevenção da

pneumonia associada a ventilação mecânica de acordo com o relatado pelos profissionais

durante a entrevista e o nível de evidência.

Tabela 3 – Cuidados a serem incluídos no protocolo de acordo com o nível de evidencia. Passos,

2017.

Nível de evidência Conduta Quantidade de vezes citada

Nível de Evidência I

(Alto)

Higienização das mãos 03

Manter cabeceira elevada

(30º a 45º)

07

Desinfecção de circuitos 02

Uso de Luvas 01

Troca de filtro 06

Avaliação da necessidade de

intubação

01

Reavaliação da extubação

com intuito de evitar a

reintubação

01

Realizar aspiração

endotraqueal com técnica

asséptica

14

Nível de Evidência II

(Moderado)

Manter a pressão do CUFF

(20 mmHg)

01

Manter o circuito em

posição elevada, evitando o

retorno de condensados

03

Higiene oral com clorexidina

0,12%

10

Uso racional de antibióticos

Reduzir o tempo de

intubação

03

02

Utilizar tudo subglótico 01

Medidas que não há nível de

evidência

“Continua”

Cuidados com fixação e

manuseio

02

Realizar fisioterapia motora 01

Realizar traqueostomia 01

“Conclusão” Mudança de decúbito para

descompressão pulmonar

08

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Suporte nutricional 02

Verificação de

posicionamento de sonda

nasoentérica

02

Suspensão de dieta anterior

ao banho de leito, evitando o

refluxo gastro-esofagico

04

Intubação orotraqueal

asséptica

02

Aspiração ser realizada por

sistema fechado

01

Pelo fato da instituição contar com apenas duas fisioterapeutas, que se encontram dentro

da instituição somente no período diurno, a equipe de enfermagem também é responsável por

exercer cuidados que normalmente são realizados pela equipe da fisioterapia, assim, durante as

entrevistas, surgiram muitas medidas de prevenção que seriam cuidados realizados pela equipe

da fisioterapia, mas que também foram citadas pela equipe de enfermagem.

Uma observação interessante nas entrevistas individuais é que as demais categorias

profissionais atuantes, como a equipe médica e a da fisioterapia, não colocaram cuidados que

são mais executados por outra categoria, podendo indicar que cada categoria fica centrada em

seu próprio ato de cuidar e não verifica o conjunto de ações para realizar o cuidado, isso pode

ser verificado nas citações a seguir:

“é é na aspiração neh?! que na hora que você for aspirar, você sempre

tá usando a luvinha, a luvinha de plástico que vem, que acho que é luva

ginecológica, sempre tá usando essa luva, sempre começar pelo, a

aspirar pelo tubo e nunca pela boca, porque a boca é muito mais

contaminado que o tubo, depois do tubo as vias aéreas e depois vem a

boca, pra pode evitar a contaminação cruzada, porque uma vez que

você aspirou em uma dessas partes você não tem que voltar de novo

depois de já ter aspirado em outro lugar e hummm, desprezar o

material no lugar correto, é sempre deixar o local em ordem, e sempre

deixar o paciente confortável e dependendo da peep ou alguma coisa,

tá sempre perguntando pra fisioterapeuta se vai ter que aumentar fo2,

é pra poder não trazer nenhum desconforto ao paciente, porque ele tem

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que ter, ele tem que tá bastante confortável mesmo que as vezes sedado,

é pra poder ter essa habito de aspiração..”(técnico de enfermagem01)

“o mais importante é a higiene oral, aspiração, cuidado com o tubo,

manuseio, fixação, não ocorrer o risco de broncoaspiração

neh…cuidado com sondas esses coisas, é e cabeceira, posicionamento

do paciente...só isso mesmo...” (enfermeiro01).

“no ato da intubação a gente tem que tomar os devidos cuidados neh?!

na parte asséptica, uso de luvas, máscaras, tudo isso associado a uma

equipe que também não contamine o ambiente...é durante a intubação

tem também as profilaxias antibióticas e...os cuidados técnicos da

equipe, por exemplo da fisioterapia que fazem as aspirações os

cuidados com os aparelhos, a técnica de passagem dos instrumentos

pra gente na hora da intubação, passagem de tubo, de laringoscópio,

tudo isso ajuda é na prevenção das pneumonias, das infecções

relacionadas a ventilação mecânica...acho que seriam esses cuidados,

antibióticos, a equipe na intubação, a fisioterapia na aspiração, a

profilaxia antibiótica, acho que são esses os cuidados mais assim

importantes pra gente tem que ter...acho que só...”(medico05)

“Mudança de decúbito, troca de filtro, aspiração e etc..entre outros

cuidados que agora eu não me lembro…rs” (fisioterapeuta02).

“é ...higiene oral que é importante de preferência aqui na instituição é

preconizado o uso de...da clorexidina que é de grande valia, é...durante

o ato da aspiração tomar cuidado pra não contaminar fazendo

totalmente de maneira asséptica a aspiração ...é tomar cuidado com o

filtro também que ele tem uma durabilidade e sempre você tem que

saber como o fabricante qual que a, de que troca de quanto em quanto

tempo, se houver alguma sujidade nesse filtro trocar ele, não só o filtro,

mas o sistema por completo neh, porque vai que... tem alguma

coisa...visível no sistema que você não sabe o que que é, troca o

sistema, pra prevenir o possível pneumonia....manter a cabeceira

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elevada durante....pelo menos 30 graus neh?! é...mudança de decúbito

também é importante...hum...geralmente o paciente vai ta sondado, que

é o que ta em ventilação mecânica ...pra evitar de ...broncoaspirar

,mesmo estando com o cuff é...insuflado pode haver broncoaspiração

...hum...acho que o que eu to lembrando nesse exato momento é isso (

risos)” (enfermeiro02).

Outro ponto apresentado durante as entrevistas foi em relação à segurança e equidade

que o protocolo trará para a equipe:

“…ter protocolo e esse protocolo ser seguido, que aí sim, a gente tem

algum cuidado, primeiro tem um respaldo legal, segundo se alguma

coisa não ta dando certo aumento o risco de infecção e ta tudo mundo

usando o protocolo, a gente tem como nortear o que ta dando errado

se é o protocolo que ta falho ou se tem alguém que ta contaminado, que

ta quebrando o ciclo, por isso a importância disso, então eu acho muito

importante ter um protocolo pra isso ai e que envolva todo mundo”

(médico09).

“...eu acho assim, vai ser interessante a implantação do protocolo

justamente por isso, porque ai a gente vai ter o que seguir neh?! a gente

vai ter o seguimento das coisas...” (técnico de enfermagem04).

No segundo encontro, os participantes foram divididos em dois grupos compostos por

diferentes profissionais, o primeiro grupo contou com a participação de 6 profissionais (dois

médicos, dois enfermeiros e um técnico de enfermagem e um fisioterapeuta), com duração de

21(vinte e um) minutos e 15 (quinze) segundos. O segundo grupo contou com a participação de

sete profissionais (cinco técnicos de enfermagem, um enfermeiro e um médico), com duração

de 18 (dezoito) minutos e 18 (dezoito) segundos.

Nas discussões dos pontos levantados em ambos os grupos sobre melhorias dos

cuidados já praticados, a aspiração foi novamente o cuidado mais discutido:

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“a gente já tem neh? Temos o modelo de aspiração por sistema

fechado, mas seria mais pra pacientes graves neh?! no caso, pro

grave” (grupo1- fisioterapeuta02)

“tem o custo...o custo é muito elevado, eu acho que não tem

necessidade, se frisar bem quanto a aspiração, não deixar só pra fisio,

se o técnico, o enfermeiro, passar e ver que ta precisando, e a fisio ta

em outro leito, pode aspirar, porque todos aqui tem treinamento”

(grupo1 – fisioterapeuta02)

“eu acho que teria que ter um número mínimo de aspiração no dia,

porque as vezes o pessoal espera ter a manifestação da secreção pra

fazer, mas quando chega a ter essa manifestação a secreção já está

acumulada” (grupo1-médico10)

“pelo custo sim...mas tem que colocar na balança, porque por exemplo

se é um paciente mega secretivo, que a gente aspirar vamos supor 7

vezes por plantão...e ai acaba que contamina o kit...ai tem que ver o

que é viável…porque coloca que ele é muito caro, mas as vezes o que

ta gastando...sai mais barato do que a gente ta usando” (grupo2-

tecnico de enfermagem11)

“as vezes aumenta as inalações, as vezes tem que trocar o circuito, uma

traqueia ou outra, o kit de aspiração que troca, o tempo gasto...apesar

que a gente ta aqui pra isso, mas se for colocar neh...acho que vale a

pena sim” (grupo2-enfermeira08)

“eu penso também por outra, por ser um procedimento invasivo, se não

há a necessidade não há o porquê invadir o paciente, que as vezes você

ta lá igual a paciente x, que ela satura bem, ela não apresenta sinais

nenhum de secreção, a gente aspira uma vez, analisa, não ta tendo

muita secreção... daqui uma horas vou aspirar de novo neh?! mas eu

acho que não tem necessidade não de deixar ...só mesmo se houver

necessidade, porque é igual a (enfermeira) falou, a gente ta de olho no

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monitor, de olho no paciente, a gente vê que o paciente ta

dessaturando.... o sr (paciente y) ele de cara a gente vê que ele ta

secretivo, formando rolha, dessatura muito rápido, apresenta secreção

no tubo, então na hora que a gente vê o sinal, a gente vai lá e aspira...”

(grupo2-técnico de enfermagem11)

“ vou citar, até aqui entre nós mesmo, a drª (x) ela é uma medica, que

pede pra aspirar muito, as vezes chega a machucar o paciente, porque

não ta secretivo, quantas vezes eu fui aspirar e falei pra ela...drª não

tem secreção...que a gente introduz a sonda e já vem é coagulo de

sangue...porque o paciente já foi aspirado várias vezes, que as vezes foi

sem necessidade, até porque nenhum outro médico fica pedindo,

porque eles sabem que quando tem a necessidade, todo mundo vai lá

e aspira, entendeu?! é um procedimento muito invasivo, pode

machucar, além do risco do paciente infectar é muito maior, por mais

que a gente tome todos os cuidados, mas pode acontecer da gente

infectar um paciente, por aspiração desnecessário” (grupo 2-tecnica

de enfermagem12)

As visões expostas pelos grupos sobre as condutas referentes à aspiração foram

amplamente discutidas e distintas. Esta divergência de condutas também ocorreu em relação à

higiene oral:

“é porque aqui a gente usa, a gaze com a espátula, eu acho que, uma

escova ia auxiliar muito, ia ser até mais eficiente que a gaze...uma

escovinha infantil, molinha” (grupo1-tecnico de enfermagem01).

“e lá no outro hospital, o kit de higiene é uma cuba, com uma pinça

kelly e uma pinça normal, ai a gente pega faz a trouxinha, prende e leva

até o paciente, sem medo…agora com a gaze a gente fica com medo até

da gaze ficar dentro da boca do paciente.... vocês podiam pensar em

montar uns 5 kits desses” (grupo2-tecnico de enfermagem02).

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Outro ponto abordado durante o encontro foi em relação à suspensão da dieta para o

banho, pois foi exposto que essa conduta está sendo realizada de forma divergente nos

diferentes turnos:

“no caso da dieta, pra poder dar banho, aqui não tem horário fixo pra

poder dar o banho, então assim, agora está dividindo banho noturno e

banho diurno, mas que se pare a dieta na hora de tomar o banho, e

assim o estomago do paciente ainda ta cheio, pode levar a ter uma

microaspiração” (grupo1-médico10).

Houve sugestões para que as ações fossem devidamente executadas por todos, de

forma que todos compartilhassem a responsabilidade do ato:

“o que que acontece, se tem horário pra poder fazer, o profissional vai

lá, se ele de repente chegar lá e ver que não precisa, ele não faz, mas

de qualquer maneira vê...caso contrário se não tiver horário ele não

vai” (grupo1-técnico de enfermagem01).

“até com isso, uma coisa a se pensar seria ter uma escala de banho, de

quem saindo do plantão ou chegando desliga a dieta, dos paciente que

eles deram o banho” (grupo1-enfermeiro03).

“tem que ter, e é feito uma no dia e uma a noite, então tem que ter

checagem, tem que ter um check list” (grupo2 – enfermeiro03).

Devido às diversas exposições de ideias pelos grupos, houve a necessidade de reunir

todo o grupo, para que essas questões abordadas pelos mesmos fossem discutidas com todos os

participantes da pesquisa, para então formar o consenso das melhores condutas a serem

colocadas no protocolo.

Assim, no terceiro encontro, houve a participação de quinze profissionais para a

discussão dos resultados apresentados, ficando definido que a higienização oral ocorreria a cada

12 horas, com o kit montado contendo pinças, gaze, clorexidina e espátula. Em relação à

formalização da tarefa executada, foi sugerida a elaboração de impresso específico para a

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“checagem”, o qual teria em seu conteúdo o horário da aspiração, aferição da pressão do cuff a

cada 12 horas, da realização da higiene oral e a verificação do filtro.

Para a aspiração, em relação a uso de sistema fechado ou aberto, ficou estabelecido

que, o paciente que estiver em estado grave, não podendo ser retirado do ventilador mecânico,

como nos casos de SARA, será utilizado o sistema fechado, pacientes que não estejam com

quadro comprometido será utilizado o sistema convencional. Outro acordo foi em relação à

suspensão prévia da dieta infundida via enteral. Convencionou-se que a dieta será suspensa por

no mínimo 3 horas antes do banho de leito.

Após a definição dos pontos levantados, pôde-se finalmente estruturar o protocolo, de

acordo com o convencionado pela instituição, para que em próximo encontro, todos os

participantes apreciassem o mesmo.

O último encontro contou com a participação dos 17 profissionais. Após realizar a

leitura do protocolo, todos aprovaram e assinaram que o mesmo havia sido elaborado em

conjunto. Os presentes reforçaram a importância do protocolo para a instituição e relataram

suas impressões sobre a experiência de participar da construção do protocolo de forma em

conjunta.

O protocolo elaborado pelos colabores da instituição pode ser visualizado a seguir.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO -

POP

Nº. 033

Elaborado: 2017

Revisado por:

Página

COORDENADOR / SUPERVISOR: SETOR: UTI

NOME DA TAREFA: PREVENÇÃO DE

PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO

MECÂNICA

CARGO DO EXECUTANTE:

MÉDICOS, ENFERMEIROS,

TECNICOS DE ENFERMAGEM E

FISIOTERAPEUTAS

Objetivo:

PREVENIR A PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA.

Critério e sequência do procedimento:

Para a prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica, há a necessidade de todos

os profissionais envolvidos estarem comprometidos, para que a PAVM seja prevenida, com

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atitudes e cuidados que todos terão, desde o momento da intubação, passando pelos cuidados

diárias enquanto paciente em uso de ventilação mecânica e por fim no momento de sua

extubação.

Assim com o apoio de toda a equipe, segue a sequência de cuidados para a prevenção de

PAVM:

Momento da IOT

Primeiramente deve haver a avaliação da necessidade do procedimento, pois devemos

sempre dar preferência para intervenções que sejam menos invasiva, se for realmente

constatado pelo médico a necessidade da IOT, a mesma deve ser realizada seguindo, a técnica

asséptica.

A equipe médica cabe:

Realizar a higienização das mãos, anterior ao procedimento;

Calçar luvas estéreis;

Utilizar tubo subglótico;

A fisioterapeuta cabe:

Insuflar cuff com pressão entre 20 a 25 mmHg;

Fixar adequadamente.

Enquanto o paciente estiver em Ventilação Mecânica

A equipe de Enfermagem cabe:

Realizar a Higienização das mãos, seguindo a recomendação do POP institucional nº

10, onde a mesma devem ser realizadas após os 5 momentos preconizados pela OMS.

Manter a cabeceira elevada, entre 30º a 45º, observando que a parte inferior da cama

fique adequada para o paciente, mantendo a mesma em linha reta.

A Higiene oral, deve ser realizada minimamente 2 vezes ao dia, utilizando clorexidina

aquosa (0,12%);

O uso de LUVAS estéreis, ao realizar procedimentos invasivos no paciente;

Realizar a aspiração endotraqueal, sempre que houver necessidade, utilizando o

sistema convencional, com técnica asséptica.

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Suspender a infusão de dieta, no mínimo de 1 hora, antes de realizar quaisquer

procedimento que tenha a necessidade de cabeceira a 0º, como por exemplo: banhos.

Realizar mudança de decúbito, conforme protocolo de prevenção de lesão por pressão,

mantendo cautela durante o procedimento;

A equipe da Fisioterapia cabe:

Verificar filtro respiratório DIARIAMENTE, uma vez que o mesmo apresentar com

umidade excessiva, deverá ser realizado a troca do mesmo.

Verificar o circuito do ventilação DIARIAMENTE, observando seu aspecto, uma vez

que o mesmo apresentar sujidade, deverá ser realizado a troca do mesmo. Ressalta-se ainda

que o mesmo deverá manter elevado.

Manter a PRESSÃO DO CUFF entre 20 a 25 mmHg, o mesmo deve ser mensurado

2 vezes ao dia (1 vez por plantão);

O uso de LUVAS estéreis, ao realizar procedimentos invasivos no paciente;

Realizar troca do cadarço de fixação com cautela, evitando assim o risco de extubação

precoce;

Realizar a aspiração endotraqueal, sempre que houver necessidade, utilizando o

sistema convencional, com técnica asséptica.

Fisioterapia motora, para todos os pacientes em VM.

A equipe Médica cabe:

Avaliar diariamente a possibilidade redução de sedação.

Se período de IOT superior a 15 dias, avaliar a possibilidade traqueostomia;

Utilizar antimicrobianos somente quando necessário, a profilaxia é contraindicada.

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Para os pacientes com comprometimento pulmonar importante como por exemplo

SARA, deverá ser utilizado o sistema fechado de aspiração;

Para a higiene oral do paciente, deve ser retirado na CME o Kit de Higiene Oral;

As condutas que devem ser realizadas diariamente e/ou a cada plantão deve ser

checada conforme o impresso anexado.

Aprovação:

Elaborado por: Equipe UTI Adulto

Revisão nº: Resp:

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7.DISCUSSÃO

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Após a realização das entrevistas pode-se perceber que todos os cuidados para a

prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica foram citados, sendo que cada

profissional pode contribuir para que essas medidas fossem incluídas no protocolo.

Um aspecto a ser destacado é que ações rotineiras relacionadas ao cuidado do paciente

que está em ventilação mecânica, como por exemplo manter o circuito elevado, uso de luvas, a

higienização das mãos e suspender a infusão de dieta antes de procedimentos, foram pouco

lembradas. No entanto, como enfermeira responsável pelo serviço de controle de infecção

hospitalar que acompanha diariamente as atividades dos profissionais, observo que essa ações

rotineiras são executadas.

A conduta mais citada pelos profissionais foi aspiração endotraqueal a ser realizada de

acordo com técnica asséptica. Por ser um procedimento invasivo necessário e amplamente

utilizado em pacientes internados na UTI, é necessário monitorar a precisão da assepsia,

especialmente a higienização das mãos, para evitar a contaminação, e consequentemente

diminuir o risco de complicações iatrogênicas para os pacientes (SILVA et. al.; 2016).

Em estudo de revisão sistemática realizada por Lopes e Cruz (2017), a aspiração

endotraqueal, quando realizada de maneira adequada, pode propiciar inúmeros benefícios para

o paciente, como a diminuição do tempo de internação e a morbimortalidade.

Alguns participantes do estudo mencionaram a frequência com que a aspiração deve

ser realizada. Segundo Furtado et. al. (2013) a aspiração endotraqueal pode trazer algumas

complicações, tais como traumatismo, broncoespasmo, dor, desconforto, alteração de

parâmetros de frequência respiratória, aumento da pressão intracraniana, além de representar

uma rota de entrada de bactérias no trato respiratório, contribuindo assim para a ocorrência de

infecções respiratórias. Silva et al. (2012) traz que há a necessidade de ter treinamentos para as

equipes atuantes realizarem a aspiração traqueobrônquica com indicação correta, para que

assim os pacientes tenham menor exposição a complicações do procedimento.

No que diz respeito ao tipo de sistema utilizado, se aberto ou fechado, resultados de

estudos sugerem que em ambos os sistemas o impacto para a prevenção de pneumonia associada

à ventilação mecânica são semelhantes, assim, a escolha do tipo de sistema deve ser baseada

nas condições patológicas e parâmetros ventilatórios do paciente, uma vez que na maioria de

estudos indica de a ventilação mecânica predispõe ao aumento de risco de colonização do trato

respiratório (LOPES; LOPEZ; 2009). Em outro estudo realizado na Suécia por Akerman,

Larsson e Ersson (2013), em uma UTI com 12 leitos, que tinha como objetivo investigar os

efeitos do sistema de circuito fechado na incidência de pneumonia associada à ventilação

mecânica em comparação com o sistema aberto, não foram observados diferenças na ocorrência

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de pneumonia associada à ventilação mecânica quando comparados os sistemas fechado e

aberto.

Outro ponto colocado pelos participantes foi em relação ao posicionamento do

paciente no leito, pois o mesmo pode interferir diretamente na mecânica respiratória.

Atualmente a recomendação é de manter o leito entre 30º a 45º, para reduzir o risco de

ocorrência de pneumonias associadas à ventilação mecânica. Outro benefício do

posicionamento correto é permitir uma ventilação alveolar mais homogênea. Um estudo

identificou que no posicionamento a 0º houve aumento da pressão resistiva e a 60º houve

aumento da pressão elástica e quando colocado a 30º houve a complacência dinâmica do

sistema (MARTINEZ et.al.; 2015). Uma revisão bibliográfica realizada por Moraes (2014) em

bases nacionais e internacionais, com artigos publicados entre 2007 e 2012, conclui que manter

a cabeceira do leito com angulação de 30º e 45º previne a pneumonia associada à ventilação

mecânica.

Não se pode esquecer que a cabeceira elevada também previne a ocorrência de bronco

aspirações de dietas, levando a outro tópico abordado pelos participantes. A infusão de dieta

por sonda pode ser considerada como um fator predisponente para a pneumonia associada à

ventilação mecânica, pelo risco de aspiração do conteúdo gástrico. Assim, cuidados como

observar a presença de distensão gástrica e verificar o posicionamento da sonda podem ser

adotados para evitar a broncoaspiração (SILVA; NASCIMENTO; SALLES, 2014).

Em relação ao circuito do ventilador, os participantes indicaram a manutenção do

mesmo elevado. Segundo Silva, Nascimento e Salles (2014) a conservação das traqueias do

respirador elevadas deixa-as livres de água ou condensações, sendo indicada troca somente nos

casos de falhas, sujidades ou alta da UTI. A ANVISA (2017) cita que não há recomendações

específicas em relação ao tempo que o circuito pode ficar montado, aguardando a internação do

paciente.

O cuidado com a fixação do tubo é um aspecto muito importante no cuidado da via

aérea e deve ser realizado sistematicamente pela equipe assistente, por meio deste cuidado,

evita-se o tracionamento do tubo que pode resultar em extubação acidental (JERRE, 2007).

A maioria dos pacientes que estão em ventilação mecânica encontra-se restrito no leito,

sendo necessária a realização de mudanças de decúbito, não somente para a prevenção de lesões

por pressão, mas também para evitar complicações como a estase de secreções pulmonares,

ocorrendo assim a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (FIGUEIREDO;

CRUZ, 2016).

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A associação entre a manutenção da pressão do cuff e a realização de mudança de

decúbito como medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica foi

abordado por Ferreira (2017), o qual cita que quando a pressão do cuff está abaixo de 20 mmHg,

há um o risco aumentado de ocorrer aspiração de secreção gastresofágica e orofaríngea, levando

a quadros de infecção. No mesmo estudo, o autor abordou a relação entre mudança de decúbito

e a variação da pressão do cuff, e observou que havia uma perda significativa da pressão quando

o paciente era lateralizado para frente do aparelho de ventilação (17 mmHg). Para evitar perdas

significativas da pressão do cuff, a equipe deve adotar como medida de controle a verificação

regular da pressão, uma vez que as medidas de prevenção de lesões por pressão devem ser

contínuas e sempre deve ser realizada a avaliação do desmame precoce da ventilação mecânica.

A avaliação diária para a possibilidade de extubação precoce do paciente, com o

propósito de reduzir o tempo de ventilação mecânica, e consequentemente, diminuir a

incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica, deve ser realizada com cautela, para

não ocorrer a necessidade de reintubação (AMARAL; IVO, 2016). A redução gradual dos

níveis de sedação para níveis leves e com interrupção diária são estratégias seguras e que

reduzem o tempo de ventilação mecânica (SILVA; NASCIMENTO; SALLES, 2014).

A retirada do tubo é indicada quando o paciente tem condições clínicas para o mesmo,

pois falhas na extubação levam a necessidade de reintubação, aumentando a incidência de

pneumonia associada à ventilação mecânica secundária ao risco aumentado de aspiração de

secreção da orofaringe (ANVISA, 2017).

O tempo para a realização de traqueostomia ainda é controverso, porém, estudos

trazem que uma das vantagens é a redução do risco de pneumonia associada à ventilação

mecânica, devido ao menor tempo de ventilação mecânica (CARDOSO, 2014). No entanto, em

relação à realização da traqueostomia precoce ou tardia, um estudo não observou relação entre

o momento da realização da traqueostomia e a ocorrência de pneumonia associada à ventilação

mecânica, porém, nos pacientes que realizaram traqueostomia precoce, o número de pneumonia

associada à ventilação mecânica foi menor, pois a traqueostomia facilita a higiene brônquica

espontânea e a aspiração de secreções traqueais, sendo também evitadas bronco aspirações

repetidas (JUNIOR; SILVEIRA, 2017).

A atuação da fisioterapia na UTI não se limita apenas à função respiratória, mas

também aos aspectos físico-motores do paciente em ventilação mecânica. A imobilidade causa

diversas complicações, como lesões de decúbito, perda de força muscular, tromboembolismo,

osteopenia e pneumonia. A prática de exercícios ativos em membros traz benefícios para os

pacientes que estão em ventilação mecânica, auxiliando no desmame e na recuperação dos

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recém-liberados da mesma (JERRE, 2007).

No que se refere ao uso de antimicrobianos, segundo a ANVISA (2017) atualmente

não se recomenda a administração preventiva de antibióticos intravenosos para pneumonia

associada à ventilação mecânica, pois a utilização inadequada de antimicrobianos colabora para

o aparecimento de microrganismos multirresistentes, tornando assim o tratamento da

pneumonia associada à ventilação mecânica cada vez mais difícil (SOUZA et al, 2013).

A cavidade oral é a primeira porta de entrada para microrganismos patogênicos que

causam infecções sistêmicas (ROMANI, 2013). Na rotina da UTI a verificação da qualidade da

mucosa oral, assim como a limpeza e higiene oral, muitas vezes não são feitas de forma correta

e eficaz, ou quando simplesmente não são realizadas. No entanto, a higiene oral adequada pode

prevenir pneumonia associada à ventilação mecânica (SILVEIRA, 2017).

A higiene oral em pacientes adultos em uso de ventilação mecânica está emergindo

como cuidado importante e de extrema relevância, pois quando deficiente é fator de

favorecimento da pneumonia associada à ventilação mecânica no paciente de terapia intensiva

(ABUABARA, 2014). Atualmente, a higiene oral vem se mostrando uma medida

inquestionável, pois quando precária ou ausente, leva à formação de placas bacterianas e a

colonização por micro-organismos patogênico (SILVA; NASCIMENTO; SALLES, 2014).

Quando a higiene oral foi realizada com o uso de clorexidina oral 0,12%, observou-se

diminuição importante de pneumonias associadas à ventilação mecânica (SILVEIRA; CRUZ,

2017).

O digluconato de clorexidina 0,12% é eficaz, pois apresenta ação antibacteriana

prolongada e um mecanismo de ação que permite sua liberação gradual por até 8 horas, além

disso, ela é ativa contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas (ROMANI, 2013)

Por assim considerar o aumento do custo da hospitalização acarretado por um episódio

de pneumonia associada à ventilação mecânica, a antissepsia bucal com clorexidina pode ser

considerada uma medida de baixo custo, quando comparada com os custos de um episódio de

PAV, sendo altamente recomendada nas UTI (ABUABARA, 2014).

As mãos são a principal via de transmissão de micro-organismos. Devido à alta

eficácia em prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência e ao baixo, a lavagem

das mãos é frequentemente abordada em campanhas educativas (GONÇALVES et. al, 2015).

A principal problemática do insucesso da higienização das mãos é a negligência dessa prática.

Portanto, não basta somente aderir à prática, mas realizá-la por completo, ou seja, na hora certa,

no local certo e com a técnica certa, caso contrário não haverá redução eficaz da microbiota das

mãos contaminadas (DOURADO, 2016).

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Um estudo conduzido por Su et. al (2017), demonstrou que a higienização das mãos é

uma medida barata e de rápida execução, mas que contribuiu com melhorias cruciais para o

controle de infecção na prática profissional. Nas instituições de saúde que implantam Bundles,

observa-se aumento na adesão da higienização das mãos por parte dos profissionais atuantes, o

que repercute sobre a incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica.

Elencando assim todos os cuidados relacionados a prevenção da pneumonia associada

à ventilação mecânica, o diferencial da elaboração desse protocolo foi a construção em conjunto

com todos os membros da equipe multidisciplinar, assim pode-se propiciar a reflexão coletiva

sobre o trabalho e oferecer um instrumental para sua transformação através da educação

permanente (CAMPOS; SENA; SILVA, 2017).

A construção protocolo em conjunto com a equipe, levando a educação permanente,

leva à realidade dos contextos, das ações e dos serviços de saúde contribui para a ação-reflexão-

ação, contribuindo para melhorar a qualificação dos profissionais e a organização do processo

de trabalho (CAMPOS; SENA; SILVA, 2017).

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8.CONSIDERAÇÕES FINAIS

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O referencial da pesquisa convergente assistencial possibilitou a elaboração de um

protocolo para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, com o envolvimento

dos profissionais atuantes na UTI, demonstrando a motivação de cada um para agregar

conhecimento de sua especialidade no protocolo, além disso, houve interação entre todos os

membros das categorias profissionais atuantes no setor.

Outro ponto a ser destacado foi a necessidade que cada um teve em demonstrar o quanto

o protocolo seria benéfico para melhorar a prestação do cuidado para o paciente que está sob

ventilação mecânica.

Observou-se ainda que o protocolo poderá trazer melhoria de processos dentro da

instituição, como a elaboração do kit de higienização oral, mudança na rotina de suspensão de

dietas dos pacientes em uso de sonda nasoentérica para os banhos que são realizados no período

noturno e ainda melhor definição sobre o uso do modelo de aspiração por sistema fechado.

Assim, o trabalho em conjunto com a equipe mostrou-se eficiente, pois, todos optaram

por livre vontade a participação para a construção do protocolo, cujo intuito foi a prevenção da

pneumonia associada à ventilação mecânica, construído por todos, uma vez que todos irão

utiliza-los em benefício do paciente.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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APENDICES

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APENDICE A

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ANEXO

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