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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
MOTIVAÇÃO DE EMPREGADOS NAS GRANDES EMPRESAS
Por: Fernando Góes
Orientador
Prof. Carlos Alberto Cereja de Barros
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
MOTIVAÇÃO DE EMPREGADOS NAS GRANDES EMPRESAS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do curso de Pós-graduação – “Latu-
Senso” em.Gestão Empresarial
Por: Fernando Cezar de Almeida Góes
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AGRADECIMENTOS
...agradeço minha esposa Rosemary e meus
filhos Alan e Fernanda pelo apoio e
incentivo, bem como pela compreensão e
carinho ao ceder boa parte de nosso tempo
para realização desse trabalho;......
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DEDICATÓRIA
.....dedico esse trabalho aos meus
colegas de trabalho que sem o apoio
dado não teria forças para realizar.....
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RESUMO
As empresas para se manterem competitivas em um mercado cada vez
mais globalizado, desenvolvem diversas maneiras de gerir o negócio e
administrar as pessoas que nela trabalham. O estudo de caso apresentado
nesse trabalho mostra ferramentas úteis que, se aplicadas metodicamente,
podem propiciar alcançar os objetivos almejados. A Michelin adota a
remuneração variável para alavancar os seus indicadores e manter os
colaboradores motivados. Os resultados apresentados indicam que o uso
desta ferramenta faz diferença, direcionando os esforços de todos para atingir
os objetivos definidos pela organização.Com base na revisão bibliográfica,
onde se apresenta a fundamentação teórica das questões ligadas à
motivação, bem como alguns programas desenvolvidos e aplicados pela
Empresa, propostas podem ser feitas para alcançar excelentes resultados de
produção e qualidade. As conclusões oriundas dessas aplicações parecem ser
confirmadas analisando a posição da empresa no mercado de pneus.
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METODOLOGIA
O modelo utilizado nesse trabalho foi a pesquisa bibliográfica, ou seja,
técnicas e estratégias de pesquisas direcionadas ao tema escolhido.
Livros, revistas, documentos, Internet e outras fontes foram consultadas
e serviram de base para a realização da monografia.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
MOTIVAÇÃO 10
CAPÍTULO II
AMBIENTE ORGANIZACIONA 24
CAPÍTULO III
O PRÊMIO DE PRODUÇÃO APLICADO NA EMPRESA 34
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 45
ÍNDICE 54
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INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como finalidade estudar a influência da
remuneração variável na motivação das pessoas em busca dos resultados
estabelecidos pela organização.
Será estudada uma metodologia que hoje é adotada com sucesso pela
Sociedade Michelin de Participações e Comércio LTDA, aliada a um modelo de
administração responsabilizante, que tem surtido efeito e garantido ganhos
significativos de produtividade, consolidando sua posição no Mercado.
O conteúdo desse trabalho tem sua importância pelo fato de mostrar a
evolução da Empresa, baseada em alguns pilares muito significativos:
Planos estratégicos bem definidos;
Programa de avaliação de pessoal;
Programas e Investimentos em formação;
Programa de reconhecimento e valorização;
Sistema de Gestão de remuneração;
Cada um desses tópicos citados acima será abordado nessa
monografia, com ênfase no Programa de remuneração e particularmente ao
Prêmio de Produção.
Serão abordadas várias ferramentas de Gestão, que aplicadas de uma
forma metodológica e adaptadas às realidades de cada organização, poderá
servir para alavancar melhorias dentro de outras Empresas.
Esse trabalho está estruturado em três capítulos descritos da seguinte
maneira:
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O capítulo 1 apresenta a fundamentação teórica contendo uma revisão
bibliográfica mostrando diversas teorias sobre motivação e desenvolvimento
das pessoas no trabalho.
No capítulo 2 é descrito os diversos fatores que compõem a estrutura
da Empresa onde foi realizado o estudo. Nesse ponto foi ressaltado que o
Premio de produção é um instrumento importante dentro da organização,
porém sua aplicação depende da combinação de outros recursos dentro da
Gestão de pessoas.
O capítulo 3 aborda o Prêmio com suas sutilezas e influência sobre a
Organização e em cada Trabalhador dentro dos Setores fabris.
Mostra também como a Organização Responsabilizante elimina um
nível hierárquico e dá aos empregados novas responsabilidades.
Esse novo conjunto de atribuições contribui para o aumento da
motivação e tornam as equipes mais autônomas e capazes de superar novos
desafios.
Nesse trabalho faz constar algumas limitações que poderão ser
retomadas em estudos futuros, indicando uma nova diretriz e aprimoramento
do trabalho.
Importante ressaltar que constitui um caso de sucesso e
demonstramos as formas de obter excelentes resultados. Apesar de não
esgotar o assunto, coloca à disposição elementos suficientes para serem
aproveitados e aplicados em outras organizações.
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CAPÍTULO I
MOTIVAÇÃO
1.1 Motivação
As políticas de motivação adotadas pela Empresa podem torná-la mais
produtiva e competitiva.
Percebe-se que dentre as ferramentas de gestão organizacional, um
dos fatores de extrema relevância é o indivíduo. Merece especial atenção não
só nas mudanças organizacionais importantes, mas também ao longo do
cotidiano.
O Capital intelectual, observador e criativo dos indivíduos é um bem
intangível da organização e constitui uma vantagem competitiva quando
desenvolvido por meios de modelos motivacionais.
O indivíduo motivado pelo próprio trabalho atingirá resultados
esperados pela organização, demonstrando que as ferramentas motivacionais
oferecem soluções que podem conduzir a Empresa ao fortalecimento no
ambiente competitivo dos negócios modernos. (ARAUJO JR., 2001)
Serão mostradas a seguir algumas teorias sobre motivação revendo
conceitos úteis para as empresas que desejam aumentar sua produtividade ou
simplesmente evitar atritos com os seus empregados.
1.1.1 Pirâmide de Maslow – Hierarquia das necessidades
Maslow (1943 apud CHIAVENATO, 2003), na teoria das necessidades,
partiu do princípio que os motivos do comportamento humano estão
intrínsecos aos indivíduos, às vezes conscientes e outras não: as forças
internas é que levam a pessoa a agir.
11
Maslow elaborou uma pirâmide onde na base foram incluídas as
necessidades mais baixas, também chamadas de primárias, por sua vez nas
camadas superiores dessa pirâmide estão as necessidades mais sofisticadas e
intelectualizadas, identificadas como secundárias. Na figura 1, há uma
representação desse arranjo. (CHIAVENATO, 2003)
(Ver anexo 1)
Necessidades fisiológicas: estão no nível mais baixo das necessidades
humanas. São as necessidades básicas como o sono, a sede, a fome, abrigo,
etc. Essas necessidades biológicas surgem de maneira cíclica e uma vez
satisfeitas garantem a sobrevivência do indivíduo. Estão relacionadas com a
subsistência e existência. Quando uma dessas necessidades não está
satisfeita, o comportamento do indivíduo é direcionado para suprir esse anseio.
(CHIAVENATO, 2003)
Necessidade de segurança: está posicionada no segundo nível da
pirâmide. A pessoa sente a necessidade de proteger-se de vários perigos,
reais ou imaginários, físicos ou abstratos. O indivíduo busca proteção e surgem
logo após a realização, mesmo que de forma relativa, das necessidades
fisiológicas. Na gestão de pessoas deve-se evitar ações que perturbem o
ambiente e afetem essa necessidade e causem incertezas e insegurança.
(CHIAVENATO, 2003)
Necessidades Sociais: constituem as necessidades que têm relações
com a interação entre as pessoas. A troca de afeto e o cultivo das amizades
deverão estar suficientemente garantidas para que o indivíduo não se torne
frustrado e tenha um comportamento hostil com seus colegas. Essa
necessidade deve ser estimulada com a aplicação de uma administração
participativa. (CHIAVENATO, 2003)
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Necessidades de estima: estão relacionadas como o indivíduo faz sua
própria avaliação. Sentindo-se confiante a pessoa se sentirá mais capaz, terá
autoconfiança, aumentará seu prestígio, caso contrário terá problemas de
dependência, fraqueza e desânimo quando houver frustração dessa
necessidade. (CHIAVENATO, 2003)
Necessidade de auto-realização: essa necessidade está no topo da
pirâmide, levam o indivíduo a atingir a plenitude de seu potencial. Autonomia,
independência, autocontrole levam o indivíduo a plena realização. Importante
ressaltar que nas necessidades anteriores a satisfação chega com estímulos
extrínsecos à pessoa, já as necessidades de auto-realização são realizadas
com recompensas que são percebidas intrinsecamente. (CHIAVENATO, 2003)
1.1.2 Teoria X e Teoria Y
Essa teoria desenvolvida por Douglas McGregor prevê duas visões
diferentes para o comportamento: a primeira negativa, chamada de teoria X, e
a segunda positiva, chamada de Y. Com suas observações, ele afirmou que os
empresários moldam os comportamentos dos empregados utilizando algumas
premissas.
Na teoria X, são:
Os trabalhadores não gostam de trabalhar e fazem esforço para evitá-
lo.
Pelo fato de não gostarem de trabalhar, devem ser coagidos, tratados
com rígido controle e punidos quando não atingem as metas.
Procuram orientação de seus chefes sempre que têm dúvidas e não
aceitam novas responsabilidades.
Não são ambiciosos e a segurança está sempre associada a fatores
do trabalho. (ROBBINS, 2004)
Na teoria Y, as premissas contrapõem as anteriores:
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• O trabalho pode ser encarado como algo natural, da mesma
forma que descansar ou divertir-se.
• Os objetivos definidos são encarados com naturalidade e
exigem autoconfiança e autocontrole.
• A maioria das pessoas pode aprender e aceitar ou até buscar
novas responsabilidades.
O empregado pode adquirir a capacidade de tomar decisões
inovadoras; essa tarefa não é exclusiva dos Gerentes. (ROBBINS, 2004)
McGregor propõe idéias como o processo decisivo participativo, tarefas
desafiadoras e que exijam responsabilidades, como meios de aumentar a
motivação do grupo.
Não existem evidências dessa teoria alterando o comportamento
individual ou que melhore a motivação do grupo. (ROBBINS, 2004)
1.1.3 Teoria de dois fatores de Herzberg
Maslow fundamenta sua teoria com uma abordagem intra-orientada ,
enquanto que na teoria dos dois fatores, Herzberg (1959 apud CHIAVENATO,
2003) atribui valores externos e internos ao ambiente de trabalho.
Fatores higiênicos: Focaliza às condições que estão ao redor do
empregado, constituem-se de políticas da empresa, benefícios sociais, o
salário, tipo de supervisão percebido, clima de reações entre a direção e os
empregados, oportunidades, etc. Esses fatores são limitados no que diz
respeito à influência exercida no comportamento dos empregados. O termo
higiene serve para caracterizar o sentido de prevenção, destinam-se
principalmente para evitar fontes de insatisfação e garantir o equilíbrio no
ambiente organizacional. (CHIAVENATO, 2003)
Fatores motivacionais: O foco neste caso está no conteúdo do posto
de trabalho, às tarefas e os resultados exigidos do cargo em si. Os efeitos
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desses fatores são prolongados e eleva a produtividade a níveis de excelência,
ou seja, acima dos resultados considerados normais. Alguns fatores como,
delegação de responsabilidade, liberdade de decidir como executar o trabalho,
estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles, simplificação
do cargo (pelo próprio ocupante) e ampliação ou enriquecimento do cargo,
constituem os chamados fatores satisfacientes. Herzberg afirmou que os
fatores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desvinculados
dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional. Ainda segundo
Herzberg , ampliar as responsabilidades e enriquecer as tarefas do posto de
trabalho são fatores que devem ser explorados pelos Gerentes para conseguir
a motivação de seu empregados. (CHIAVENATO, 2003)
1.1.4 Teoria das necessidades de McClelland
McClelland enfoca três necessidades: necessidades de realização,
necessidade de poder e necessidade de associação.
A necessidade de realização está centrada na busca da excelência,
pessoas dotadas com esse dom buscam incessantemente o sucesso. A
necessidade de poder está relacionada com o desejo de impactar, de
influenciar, de controlar as pessoas, preferem o status como prestígio e se
preocupam menos com a eficácia dos resultados. (ROBBINS, 2004)
“Algumas pessoas parecem ter uma inclinação natural para o sucesso. Elas buscam a realização pessoal mais do que a recompensa pelo sucesso em si. Elas têm o desejo de fazer alguma coisa melhor ou mais eficientemente do que já foi feito no passado. Esta compulsão é a necessidade de realização”. (ROBBINS, 2004, p. 132)
Essas palavras de Robbins explicam o que é exatamente a necessidade
de realização. Mas os grandes realizadores têm melhor desempenho quando
percebem a probabilidade de 50% de chances de sucesso. As situações em
que as realizações são muito fáceis não são do agrado das pessoas de
sucesso. Isso foi constatado em pesquisas realizadas por McClelland.
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Constatou-se também que indivíduos com alta necessidade de realização
preferem trabalhos com bastante responsabilidade, feedback e um grau médio
de riscos. Com essa necessidade não significa, necessariamente, que a
pessoa terá um grande desempenho como executivo, pois as pessoas com
essa necessidade têm o interesse em fazer determinadas tarefas com maior
eficiência, mas não é, necessariamente, um bom motivador, característica
fundamental para um executivo.
“A necessidade de poder, é o desejo de impactar, de ter influência e de controlar as outras pessoas. Os indivíduos que têm esta necessidade em alta gostam de estar no comando, buscam a influência sobre os outros, preferem estar em situações competitivas e de status e tendem a se preocupar mais com o prestígio e a influência do que propriamente com o desempenho eficaz”. (Robbins, 2004, p.133).
As pessoas com essa característica não se preocupam muito com o
rendimento da empresa nem com resultados pessoais. A pessoa preocupa-se
efetivamente com suas relações e com a sua capacidade de controlar outras
pessoas. Existe um fator de dependência dessas condições para estar
motivada. Os melhores executivos possuem alto grau de necessidade de
poder. De fato, uma grande motivação pelo poder pode ser considerada um
requisito para a eficácia administrativa. (ROBBINS, 2004).
A necessidade de associação está presente nas pessoas que preferem
a receptividade de seus colegas, amizade, cooperação ao invés de competição
e relacionamentos que envolvam alto grau de compreensão mútua. Esses
fatores são capazes de motivar pessoas com este tipo de necessidade,
segundo McClelland. Embora pouco enfatizada ultimamente, sabe-se que os
melhores executivos têm baixa necessidade de associação. (ROBBINS, 2004)
1.1.5 Teoria de motivação de Vroom
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Análises de todas as teorias até aqui apresentadas têm mostrado que
diferentes pessoas reagem de maneiras diferentes, conforme a situação em
que estejam colocadas.
Vroom (1964 apud CHIAVENATO, 2003) ignora noções preconcebidas
e reconhece as diferenças em cada indivíduo focando seus esforços para a
motivação para produzir. Ainda segundo Vroom, três fatores são determinantes
no indivíduo:
• Os objetivos individuais, ou o desejo de atingir objetivos
previamente definidos.
• A percepção do indivíduo entre produtividade e a possibilidade de
atingir a meta fixada.
• Capacidade do mesmo influenciar seu próprio nível de
produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo.
(CHIAVENATO, 2003)
“Segundo esse modelo, a motivação é um processo que governa escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe as conseqüências de cada alternativa de comportamento como resultados representando uma cadeia de relações entre meios e fins. Assim, quando o indivíduo procura um resultado intermediário (produtividade elevada, por exemplo), está buscando meios para alcançar resultados finais (dinheiro, benefícios sociais, apoio do supervisor, promoção ou aceitação do grupo)”. (CHIAVENATO, 2003, p. 70)
1.1.6 Teoria da Fixação de Objetivos
Edwin Locker é o autor dessa teoria onde, os empregados sentem-se
motivados a cumprirem objetivos pré-estabelecidos. Exemplo: Um carteiro
assume o compromisso de entregar a correspondência de todo o bairro em
três dias, sua decisão está especificada e quantificada. Se todos os outros
fatores permanecerem estáveis esse carteiro terá um desempenho superior
aos seus colegas que trabalham sem metas determinadas ou apenas tentando
fazer o melhor possível. (ROBBINS, 2004)
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Entende-se então que objetivos específicos produzem melhores resultados
do que a meta genérica “faça o melhor que você puder”. Talvez seja
imensurável o melhor que podemos fazer, mas o objetivo ser alcançado (ou
não) com certeza é capaz de ser medido além de ser muito mais desafiador e,
consequentemente, motivador. Segundo a teoria, se a capacitação e a
aceitação do objetivo se mantiverem constantes, quanto mais difícil o objetivo,
mais alto o nível do desempenho. (ROBBINS, 2004)
Os níveis de desempenho e dedicação se alteram de acordo com a
dificuldade do objetivo, da aceitação do objetivo por parte das pessoas, da
cultura local e por quem o objetivo é proposto. (ROBBINS, 2004)
A dificuldade do objetivo determinará o grau de desempenho e dedicação
do funcionário, ou seja, conforme a dificuldade aumenta, a pessoa se sente
mais motivada a conseguir alcançá-la. (ROBBINS, 2004)
É necessária a aceitação dos objetivos por parte dos subordinados que
executarão o trabalho. É evidente que, se a pessoa não estiver interessada em
alcançar os objetivos propostos, não haverá dedicação e seu desempenho não
será satisfatório, não estabelecendo um aspecto motivador. É necessário que
o responsável pela meta estabelecida certifique-se que as pessoas estejam
comprometidas com o objetivo proposto. (ROBBINS, 2004)
Como na maioria das outras teorias, o feedback também é um fator
importante, na teoria da fixação de objetivos, como aspecto motivacional.
Porém, quando o progresso e as metas podem ser medidas pelo próprio
trabalhador o feedback se mostra muito mais eficiente do que quando é
necessário um feedback externo. (ROBBINS, 2004)
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Robbins (2004) conclui e diz que “sob condições adequadas, elas (as
metas) podem conduzir à melhoria do desempenho. Entretanto não existe
evidência de que esses objetivos estejam associados ao aumento da
satisfação com o trabalho”.
1.1.7.Teoria do Reforço
A teoria do reforço apresenta uma abordagem comportamentalista, que
tem como argumento o condicionamento do comportamento pelo reforço. Essa
teoria não relaciona os sentimentos internos do indivíduo, concentra-se apenas
na reação do indivíduo quando recebe um estímulo verbal. A teoria do Reforço
não é necessariamente uma teoria sobre motivação. Segundo esta teoria o
reforço é responsável pelo tipo de comportamento da pessoa.
“A teoria do reforço ignora as condições internas do individuo, concentrando-se apenas do que acontece a ele quando realiza uma ação qualquer. Como não leva em conta aquilo que dá princípio ao comportamento, ela não é, estritamente falando uma teoria sobre motivação. Mas ela fornece poderosos meios de análise daquilo que controla o comportamento, e, por isso, é sempre considerada nas discussões sobre motivação”. ROBBINS (2004, p.146)
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1.1.8 Teoria da Expectação
Em sua teoria, Lawler III (1971 apud CHIAVENATO, 2003) encontrou
fortes evidências de que o dinheiro pode motivar o empregado a melhorar, não
só seu desempenho, como outros tipos de comportamento, como o
companheirismo e dedicação à organização.
Relata também que esta relação entre o dinheiro e desempenho, em
algumas organizações não é potencializada devido a alguns equívocos em sua
aplicação:
• Diferença entre o tempo ocorrido entre a realização das tarefas e o
incentivo salarial decorrente. Essa demora causa um sentimento de que o
desempenho do indivíduo não está atrelado à remuneração. A relação
entre o dinheiro e desempenho é frágil.
• As avaliações de desempenho não influenciam os diferentes níveis
salariais, os empregados com baixo desempenho são equiparados
àqueles que possuem melhor performance.
• A falta de uma política salarial própria, os reajustes salariais estão
sempre atrelados a políticas governamentais ou aos acordos sindicais.
Nesse também não há distinção entre os empregados e seus respectivos
desempenhos.
• O preconceito gerado pela antiga Teoria das Relações Humanas a
respeito do salário em si. É sabido que uma das principais razões que
levam as pessoas a trabalhar em uma organização é o dinheiro.
(CHIAVENATO, 2003)
• Em sua teoria Lawler III demonstra que existem duas bases sólidas:
• As pessoas querem dinheiro não somente para satisfazer suas
necessidades básicas, mas também se constitui um meio para atender
necessidades como estima e auto-realização.
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• Se as pessoas associarem que, melhorando seu desempenho, terão
a recompensa através do dinheiro, elas certamente terão melhor
desempenho. (CHIAVENATO, 2003),
(Ver anexo 2)
1.1.9 Teoria da Equidade
Os empregados fazem comparações, eles avaliam o seu esforço e
resultado, comparam de maneira proporcional com o esforço e resultados de
outros empregados. Quando o resultado é igual, diz-se que existe o estado de
eqüidade. A sensação é de que a justiça prevalece. (ROBBINS, 2004)
O mais importante nessas comparações é o parâmetro escolhido.
Comparam a quantidade de trabalho (esforço, rendimento, experiência,
educação, competência). Normalmente as pessoas percebem todos esses
fatores, compram e suas conclusões definirão suas condições: estarão
motivadas ou desmotivadas, satisfeitas ou insatisfeitas. (ROBBINS, 2004)
Quando seus esforços, sua experiência ou qualquer um dos fatores que a
pessoa julgue que estiver maior do que de outro colega, o mínimo que esta
pessoa espera é ter um resultado melhor. Quando não acontece o que ela
espera, a pessoa acredita que está sendo injustiçada e passa a ser um
funcionário desmotivado. (ROBBINS, 2004)
O empregado que se julgue injustiçado modificará seu comportamento,
fazendo uma das seguintes escolhas:
• Modificar a percepção se suas próprias entradas ou as de seus
colegas.
• Persuadir os seus colegas a modificar suas entradas e
resultados.
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• Modificar seu comportamento e alterar suas entradas e
resultados.
• Comparar-se com outro grupo.
• Pedir demissão
“A teoria estabelece as seguintes proposições com relação à remuneração injusta:
Quando o pagamento for feito por tempo, os funcionários super-remunerados vão produzir mais do que os funcionários pagos com eqüidade;
Quando o pagamento for feito por quantidade de produção, os funcionários super-remunerados vão produzir menos que os funcionários pagos com equidade, mas com unidades de qualidade melhor;
Quando o pagamento for feito por tempo, os funcionários sub-remunerados vão produzir menos ou com menor qualidade;
Quando o pagamento for feito por quantidade de produção, os funcionários sub-remunerados produzirão um grande número de unidades de baixa qualidade, em comparação com os funcionários pagos com equidade”.(ROBBINS,2004,p.148 ).
Os trabalhadores quando percebem injustiças agem para corrigir a
situação. O resultado poderá ser melhor ou pior, a motivação nesse ponto
assume um componente importante nessas relações. A motivação é
influenciada significativamente pelas recompensas relativas, bem como pelas
recompensas absolutas”. (ROBBINS, 2004).
1.1.10 Limitações culturais para essas Teorias
Nesse ponto cabe uma reflexão quando se pensar nas Teorias de
motivação. Todas essas teorias foram desenvolvidas nos Estados Unidos por
norte-americanos e para os norte-americanos. È necessário fazer as devidas
adaptações para sua aplicação em culturas diferentes. (ROBBINS,2004 ).
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Pensando dessa forma, são recomendadas as seguintes sugestões
durante sua aplicação:
• Ficar atento às diferenças individuais.
• Adequar as pessoas ao seu posto de trabalho.
• Trabalhar com objetivos bem definidos.
• Garantir que esses objetivos sejam factíveis.
• Individualizar as recompensas.
• Atrelar a recompensa ao desempenho.
• Observar se o Sistema é justo. (ROBBINS,2004 ).
A importância de motivar os empregados é reconhecida pelos
empresários, os conceitos apresentados demonstram um valor razoável de
previsão e devem-se adaptar esses conceitos levando-se em conta a cultura
das organizações. (ROBBINS, 2004)
1.2 Política empresarial
A eficácia organizacional é um conceito abrangente e complexo em
virtude de muitos fatores e interesses que estão em jogo. O administrador deve
procurar o equilíbrio, pois muito desses fatores são conflitantes. Para o
acompanhamento da eficácia são sugeridos alguns indicadores:
• Produção: Está relacionada com a medição das saídas das
organizações.
• Eficiência: Inclui a taxa de retorno sobre o capital,custo unitário,
custo por cliente, etc.
• Satisfação: Verifica os benefícios adquiridos pelos funcionários,
clientes, fornecedores, prestadores de serviço, etc. A organização
satisfaz as demandas do ambiente através da responsabilidade social.
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• Adaptabilidade: A Empresa deve estar atenta às mudanças no
ambiente, não existem medidas específicas para aferir a
adaptabilidade, porém quando as mudanças ocorrem alguns sinais
são emitidos.
• Desenvolvimento: A Organização deve estar preocupada em
investir em seu crescimento. O desenvolvimento está ligado à riqueza
organizacional.
• Sobrevivência: Mede a capacidade de se manter a longo prazo,
depende dos outros critérios aqui descritos. (CHIAVENATO, 2003)
A eficácia organizacional depende de todos os critérios para que a
organização mantenha-se no Mercado. É importante o papel do administrador
em garantir que ao longo do tempo esses critérios se mantenham estáveis.
(CHIAVENATO, 2003)
24
CAPÍTULO II
AMBIENTE ORGANIZACIONAL
2.1 O Grupo
O Grupo Michelin é um dos líderes no mercado mundial de pneus, com
cerca de 20% de participação no setor. Além de pneus, a empresa também
produz câmaras de ar, rodas e cabos, além de editar os famosos guias e
mapas turísticos. Os pneus Michelin são utilizados em automóveis, caminhões,
motos, bicicletas, tratores, veículos de terraplenagem, aviões e ônibus
espaciais da NASA.
A Michelin foi fundada em 1891 pelos irmãos André e Edouard
Michelin. Sua sede mundial está localizada na cidade de Clermont-Ferrand, na
França. Com mais de 127 mil funcionários no mundo inteiro, a Michelin tem
seus produtos comercializados em mais de 170 países. As empresas do Grupo
produzem, anualmente, cerca de 200 milhões de pneus e 19 milhões de
mapas e guias.
Atualmente, a Michelin comercializa seus produtos em mais de 170
países. São 75 unidades de produção, seis plantações de seringueiras,
localizadas no Brasil e na Nigéria, e um Centro de Tecnologia com pólos na
Europa, nos Estados Unidos e no Japão.
O Centro de Tecnologia conta com cerca de 4 mil pesquisadores. Lá,
são realizadas todas as simulações necessárias ao estudo de novos conceitos
de pneus. Com a aplicação de modernos meios de fabricação, são produzidos
protótipos, que posteriormente irão para os Centros de Testes Michelin, onde
são reconstituídas as diferentes condições de utilização encontradas no mundo
inteiro. (MICHELIN, 2005)
2.2 Michelin Brasil
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A presença da Michelin no Brasil data de 1927, quando a empresa
iniciou as operações de seu escritório comercial em São Paulo. Em 1979 foi
instalada a primeira fábrica Michelin em território nacional, localizada no Rio de
Janeiro, para a produção de pneus para caminhões e ônibus.
Atualmente a Empresa está presente no país com duas unidades
industriais, duas unidades agroindustriais (plantações) e diversos escritórios
regionais espalhados por todo o Brasil, empregando mais de cinco mil
pessoas.
As ações e diretrizes da empresa para a América do Sul são
coordenadas do Brasil. Desde o ano 2000, a sede da Michelin está instalada
em dois blocos do Centro Empresarial Città Office, no Rio de Janeiro.
A participação do Grupo Michelin na América do Sul é estratégica,
sobretudo em termos de potencial de mercado. A Michelin Brasil produz e
comercializa pneus, câmaras de ar e protetores, exportando seus produtos
principalmente para outros países da América do Sul, como Argentina,
Colômbia, Chile, Venezuela e Peru. O continente, como um todo, e o Brasil,
em especial, são uma prioridade para as empresas Michelin, que investe
pesado no futuro da região. (MICHELIN, 2005)
2.3 Unidade Industrial de Campo Grande
Inaugurada em 1981, foi construída em um terreno de 800 mil metros
quadrados situado na zona oeste do município do Rio de Janeiro. Funciona
358 dias por ano produzindo pneus radiais, câmaras de ar e protetores para
caminhões e ônibus, além das bandas de rodagem para a Recamic, a
tecnologia de recapagem Michelin.
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Possui um dos mais modernos sistemas de tratamento de efluentes
industriais e sanitários do país, conferindo assim à unidade o certificado ISO
14001, pelo reconhecimento e pela excelência ambiental. Em 1997, recebeu
também os certificados QS 9000/ISO 9001, tornando-se fornecedor
privilegiado de acordo com os requisitos da indústria automotiva. (MICHELIN,
2005)
2.4 Plano Aual (PA)
A empresa na segunda quinzena de agosto do ano corrente inicia os
trabalhos para definição do plano do ano seguinte. Nesse ponto são
elaboradas várias reuniões,para tomada de decisões baseadas nos planos
estratégicos definidos pela alta direção
• Estimativa de produção para cada linha de produtos;
• Evolução tecnológica;
• Evolução dos processos (industrializações);
• Necessidade de ampliações das instalações;
• Necessidade de contratações e treinamento;
• Utilização de novos tipos de matérias-primas.
Os objetivos estabelecidos oficialmente pela empresa são explicitados
de diversas formas e farão parte dos objetivos individuais dos empregados, em
todos os níveis.
“A organização constitui um arranjo de componentes projetados para cumprir um objetivo de acordo com um plano. Nessa definição existem três pontos básicos. Primeiro, há um propósito para qual o sistema é projetado. Segundo, há um projeto ou arranjo estabelecido de componentes. Terceiro, as entradas de informação, energia e materiais são alocadas para que o sistema possa funciona”. (CHIAVENATO, 2003, p. 38)
27
2.5 Avaliação de Desempenho
2.5.1 Objetivo
A avaliação de desempenho é uma análise feita pelos chefes sobre o
trabalho dos empregados, que visa:
• Comparar os resultados obtidos com os esperados,
estabelecendo o nível de desempenho do avaliado.
• Permitir o desenvolvimento do avaliado, orientando-o sobre os
pontos a melhorar e planejando ações e formações para o seu
progresso.
• Estreitar o vínculo entre Chefe e subordinado pela cooperação e
comprometimento entre ambos.
• Definir as metas para o próximo período baseando-se no Plano
Anual.
“Se as organizações são compostas de pessoas, o estudo das pessoas constitui a unidade básica para o estudo das organizações e principalmente para ARH. Mas se as organizações são compostas de pessoas e estas precisam engajar-se em organizações para alcançar seus objetivos, nem sempre este casamento é fácil. Se as organizações são diferentes entre si; o mesmo ocorre com as pessoas. As diferenças individuais fazem com que cada pessoa tenha suas próprias características de personalidade, suas aspirações, seus valores, suas atitudes, suas motivações, suas aptidões etc. Cada pessoa é um fenômeno multidimensional sujeito às influências de uma enormidade de variáveis”. (CHIAVENATO, 2003, p. 61)
2.5.2 Ferramentas para Avaliação de Desempenho
O chefe dispõe de 3 ferramentas na Avaliação de Desempenho:
a) Planilha de Fechamento de Avaliação - PFA
28
Facilita a comparação entre os desempenhos dos membros de uma
equipe, a fim de garantir a qualidade das avaliações individuais.
b) Folha de Avaliação de Desempenho - FAD
Para ser usada ao término do período de experiência de um novo
funcionário.
Será emitida pelo Serviço Pessoal e enviada aos chefes junto com o
dossiê, no momento da admissão. É o documento de validação do funcionário.
Para uso anual, para todo empregado: avalia seu desempenho
realizado naquele ano.
c) Escala de Graduação dos Fatores - EGF
Define os diversos fatores de avaliação.- É o parâmetro do chefe para
determinação dos resultados:
S - A - P - N (Supera - Atende - Parcialmente - Não atende)
Deve ser usada para o preenchimento tanto da PFA quanto da FAD.
2.5.3 Critérios que serão avaliados
a) Competência, ou conhecimento do trabalho do posto ocupado,
proveniente da formação, experiência e informações de atualização do
avaliado. Os fatores que medem a competência são:
• Quantidade de trabalho
• Qualidade de trabalho
b) Estilo: é a postura do avaliado perante o trabalho e a empresa. É
medido por:
• Assiduidade: através do resultado numérico e auto-explicativo
(contrário de Absenteísmo).
• Comportamento, que é constituído por:
- Trabalho de equipe;
- Relacionamento interpessoal;
- Disciplina;
- Atitude;
29
- Responsabilidade;
- Dedicação à Empresa;
- Engajamento;
- Disponibilidade .
2.5.4 Elaboração da avaliação
Uma boa avaliação depende de um bom método e de sua boa
aplicação. O método adotado constitui-se de:
Registro sistemático de todas as ocorrências significativas, envolvendo
cada avaliado durante o período de avaliação.
Encontros regulares entre chefe e cada avaliado ao longo do ano para
balanço dos progressos alcançados e (re)orientação.
Uso adequado das ferramentas aqui apresentadas.
2.5.5 Planilha de Fechamento de Avaliação(PFA)
Contém a relação dos funcionários de uma dada chefia, com seus
níveis salariais e ocorrências de assiduidade e pontualidade.
O chefe preencherá os campos destinados aos resultados nos fatores
de desempenho e às indicações.
Sob as diretrizes da EGF, o chefe identificará o resultado que melhor
expressa o desempenho em cada fator e lançará o resultado correspondente
na PFA.
O resultado geral na PFA representa a síntese dos resultados
atribuídos nos 4 fatores de desempenho. Ele deve refletir a real contribuição do
avaliado para a empresa.
A PFA deve ser validada por consenso entre o chefe e o responsável
do serviço de pessoal.
Importante: Deve haver coerência entre o conjunto das avaliações da
equipe e os resultados obtidos por ela, comparados aos previstos, para o
período de avaliação.
30
2.5.6 Folha de Avaliação de Desempenho (FAD)
Concluída a PFA e obtido o consenso com o serviço pessoal, o chefe
estará apto a preencher uma FAD para cada membro da sua equipe.
2.5.7 Agenda
Período de avaliação: de 1.° de janeiro a 31 de dezembro do ano em
questão. Os relativos à assiduidade referem-se ao período de 20 de dezembro
do ano anterior a 19 de dezembro do ano em questão.
Até 30 de dezembro: o serviço de pessoal enviará as PFAs a cada
Chefe.
Até 30 de março seguinte: cada chefe preencherá as FADs de sua
equipe, com base na PFA aprovada, fará uma reunião de avaliação com cada
subordinado e enviará as FADs prontas para o. serviço de pessoal.
2.5.8 Escala de Graduação dos Fatores
(Ver tabela 1 p. 44 e tabela 2 p. 45)
2.6 Programa de Reconhecimento e Valorização
O Programa de reconhecimento e valorização dos empregados na
Michelin, faz parte das práticas de administração cotidiana . O salário e a
evolução profissional são formas tradicionais de reconhecimento, porém
existem outras formas, de todas as manifestações de interesse pela pessoa,
por seu trabalho, por seu comportamento e a valorização permanente de todos
os comportamentos positivos. A experiência mostra que o empregado é tão
sensível a essas formas de reconhecimento quanto ao salário e às promoções.
31
O processo de reconhecimento depende da hierarquia e não existem
receitas prontas ou regras, mas simplesmente a aplicação de bons princípios
aplicados com bom senso. O reconhecimento e a valorização atingem o seu
objetivo quando aplicados de forma bem pensada e adaptada a cada pessoa.
A seguir serão descritos alguns itens do programa de Reconhecimento
e Valorização aplicados na Michelin.
“O encorajamento é a chave para ajudar outras pessoas a terem sucesso. A habilidade para encorajar é, e sempre será, muito mais uma arte do que uma ciência; o seu sucesso depende tanto de sua sensibilidade quanto de sua habIlidade”. (MAXWELL, 2003, p.127)
2.6.1 Operário Modelo
Possibilita reconhecer e valorizar, individualmente, o profissionalismo
de empregados horistas que tenham atingido, no período de um ano, as
seguintes metas:
• Ser exemplo de conduta pessoal;
• Desempenho no trabalho acima das expectativas;
• Nenhuma falta ao trabalho ( exceto faltas legais);
• Não ter sofrido acidente de trabalho.
É realizada uma festa onde os empregados homenageados recebem
um diploma e um brinde.
2.6.2 Melhores resultados
Possibilita reconhecer e valorizar, em grupo, empregados horistas e
mensalistas que tenham superado metas estipuladas previamente pelo seu
setor de trabalho.
32
Nesse caso é realizado um almoço comemorativo que pode ter sorteio
de brindes para os empregados. A periodicidade pode ser mensal , semestral,
anual, etc. Deve ter sido acordada previamente com a hierarquia.
2.6.3 Master de Qualidade
Possibilita reconhecer e valorizar, individualmente, empregados
horistas que tenham superado metas de qualidade estipuladas previamente.
A periodicidade é semestral e os empregados são homenageados em
reunião de equipe, é entregue um diploma e um broche nessa ocasião.
2.6.4 Reconhecimento de um Trabalho
É reconhecido e valorizado empregado horista ou mensalista,
individualmente, por um trabalho ou atitude, considerado excepcional.
Aqui não existe uma periodicidade especificada, recomenda-se que o
reconhecimento seja feito logo após a realização do trabalho de maneira a
caracterizar o motivo dessa ação.
A forma de reconhecer também fica a critério da chefia, pode ser um
diploma, uma medalha, um brinde, viagem em um fim de semana, etc.
2.6.5 Tempo de serviço
Possibilita reconhecer e valorizar, individualmente, empregados
horistas e mensalistas que tenham completado 10, 20, 25, 30 e 35 ou mais
anos de serviços na Empresa.
33
É realizada anualmente uma Cerimônia num local fora da Empresa:
Teatro, Grande hotel, clube, etc. É oferecido um almoço comemorativo onde
são entregues diplomas e um presente.
34
CAPÍTULO III
O PRÊMIO DE PRODUÇÃO APLICADO NA EMPRESA
3.1 Objetivo
Neste capítulo será abordada a aplicação prática da ferramenta
estudada. A afirmação de que as pessoas são o principal ativo das empresas
tornou-se premente e verdadeira, mas para extrair o máximo do seu potencial
é necessário contar com gente motivada. Portanto é necessário pensar em
formas de compensar de maneira mais justa os talentos individuais e as
equipes talentosas. A remuneração variável é justamente uma das ferramentas
mais eficazes para se alcançar isso.
A motivação não se consegue sem reconhecimento salarial em igual
proporção. “Se não há vinculação entre os indicadores, metas e premiação,
por que vou me esforçar?”, pensa o funcionário.
O empregado tem sonhos. Ser reconhecido e recompensado pela
dedicação e pelos seus resultados. Quer se orgulhar dos produtos que produz.
Quer trabalhar em uma empresa vencedora. Quer saber o rumo da empresa.
Quando motivado pensa na empresa 24 horas por dia e não simplesmente no
período estipulado no seu contrato de trabalho.
Porém a frustração vem quando esta dedicação e o cumprimento de
suas responsabilidades não são reconhecidas.
O empregado tem o desejo de vencer desafios, de se superar, este é o
espírito intrínseco contido na remuneração variável. Sem um desafio pela
frente, a pessoa fica sem motivos para a ação. Perde a motivação.
“em nossa sociedade, a satisfação das necessidades fisiológicas está associada à obtenção de dinheiro, contrário ao que acontecia entre povos primitivos, que associavam-na à força física, rapidez e destreza”. (HERSEY, 1077, p. 123)
35
3.2 O potencial da remuneração variável ligado à estratégia
É preciso ter equilíbrio e coerência na definição da recompensa para
que as pessoas não se sintam injustiçadas, deve haver reconhecimento pela
dedicação, esforço e determinação para conseguir os resultados estratégicos;
o potencial da remuneração deve ser tão agressivo quanto a estratégia da
organização.
Um resultado bom deve ter uma recompensa e uma dose de justiça. É
freqüente ouvir empresários definirem um bom prêmio; dar um salário para
cada um dos seus funcionários. Um programa de remuneração variável deve
ter uma coerência entre o tamanho dos resultados agregados e o valor da
remuneração variável gerada; de modo que o valor do prêmio seja compatível
com os resultados alcançados.
3.3 Sistema de premiação
A Michelin adota um sistema de remuneração variável como forma de
motivação, para os funcionários produzirem com boa qualidade, com atenção
na segurança do trabalho e não praticarem o absenteísmo, itens importantes
que fazem parte do core business da empresa. Este prêmio é na forma de
valor financeiro.
A premiação da produção na fábrica possui particularidades inerentes
aos diferentes setores. Cada setor define os parâmetros a serem utilizados
para o cálculo deste prêmio, de acordo com a natureza de sua produção e dos
postos envolvidos.
Os conceitos apresentados neste trabalho são, de certa forma,
específicos ao setor estudado. Não sendo levado em conta como o sistema de
premiação desenvolvido pelos outros setores afetam o setor estudado. É
objeto de estudo como a empresa trata a motivação dos funcionários como um
todo e como isso reflete em resultados para a empresa.
O setor escolhido para estudar o efeito do prêmio na motivação das
pessoas foi o de produção, um setor que faz a montagem dos produtos
36
(planos, perfilados, metálico etc.), empilhando em diversas camadas, dando
forma ao pneu e que após segue para o cozimento.
Este setor tem suas máquinas semi-automatizadas. E, dessa forma,
requer que os funcionários façam a empilhagem e o acompanhamento das
operações, realizando a produção e garantindo a qualidade. Portanto o ritmo
de trabalho é ditado pelos empregados e o desempenho do setor depende de
sua motivação.
3.4 Medição
Os parâmetros escolhidos, caracterizam o desempenho do setor em
produção e qualidade.
O prêmio é contabilizado do primeiro ao último dia de cada mês, e
pago no dia 15 do mês seguinte.
Os empregados que trabalham efetivamente nas máquinas têm o valor
do prêmio limitado a 35% do valor do salário médio do setor. Os demais postos
auxiliares têm o valor máximo limitado em 25%.
O setor é subdividido em áreas que praticam operações distintas e que
tem seus resultados contabilizados separadamente, vinculando de forma mais
precisa o valor do prêmio recebido com o desempenho realizado.
3.4.1 Critério de Produção
Em função dos pedidos colocados e da capacidade instalada é
definido o volume a ser fabricado. Atingindo essa meta, não haverá desconto,
porém em caso do não atendimento, haverá desconto para todos de maneira
linear, ou seja, quanto maior for a diferença, menor será o prêmio pago.
37
3.4.2 Critério de Qualidade
Refugo metálico: É todo componente metálico que, devido à falhas na
operação, não será mais utilizado na fabricação, (ver tabela nº 3, p. 46):
Refugo goma: Toda matéria prima de borracha que não puder ser
reaproveitada é considerada refugo, (vide tabela nº 4, p. 46):
Reparação: Quando uma unidade produzida possui um defeito de
fabricação que pode ser reparada, diz-se que esta unidade tem um CQ,
(critério de qualidade), esses defeitos são contabilizados e existem objetivos
definidos para esse critério, (vide tabela nº 5, p. 46)
Quebra: Chama-se quebra o pneu que estaria pronto para ser enviado
para a vulcanização, porém possui um defeito grave e não existe chance de
reparo, deve ser totalmente colocado para refugo. Esse critério é bastante
importante pelo fato de onerar bastante os resultados de qualidade do Setor,
(vide tabela nº 6, p. 46)
Pneus H: Esse é o mais grave defeito que pode ocorrer na fabricação.
O problema é percebido no final da produção e já cumpriu todas as etapas do
processo. O pneu é totalmente inutilizado e após análise técnica é imputado
para o setor onde originou o problema, (vide tabela nº 7, p. 46)
“a qualidade é um elemento perfeito para definir a relação da empresa com seu ambiente, além de ser a forma mais eficiente de definir como ocorre a satisfação de seus clientes, estampada em sua missão”. (PALADINI, 1994, p. 26)
3.4.3 Critérios individuais
Desconto por ausência sem justificativa, (vide tabela nº 8, p.46):
38
Desconto por dispensa médica, (vide tabela nº 9, p.47):
Desconto por ausência justificada: Para cada dia ausente o empregado
sofrerá um desconto de 3,3 % nos casos descritos abaixo:
• Férias;
• Trabalho Compatível devido à problemas de saúde;
• Reciclagem de formação.
Não haverá descontos no prêmio nos casos descritos abaixo:
• Nascimento de filhos;
• Falecimento na família;
• Convocação judicial;
• Outros abonos legais.
Desconto por falsa manobra: O chefe de setor terá este recurso que
permitirá o desconto de maneira individual caso o empregado cometa um erro
grave no desempenho de suas funções que possa gerar um pneu H, uma
quebra, risco de acidente, ou outro fator que cause prejuízo que poderia ser
evitado.
• Para cada pneu H ou quebra ocorrido devido a um erro no
cumprimento do modo operatório definido para a função, o empregado
responsável sofrerá um desconto de 50% do valor final de seu prêmio;
• Outros casos não descritos serão avaliados pelo chefe de setor.
39
CONCLUSÃO
Com o propósito de mostrar como o prêmio de produção influencia
positivamente nos resultados da Cia. Pneumáticos Michelin LTDA, buscou-se
desenvolver as aplicações dos vários programas desenvolvidos pela Empresa.
Na revisão bibliográfica foram descritas várias teorias sobre motivação, na
qual destaca-se a Teoria das necessidades de Maslow, (1943 apud
CHIAVENATO, 2003) o reconhecimento das diferenças individuais de Vroom,
(1964 apud CHIAVENATO, 2003) e talvez a mais relevante para esse
trabalho, a Teoria da expectação de Lawler III, (1971 apud CHIAVENATO,
2003). Nessa última teoria é apresentada como o dinheiro pode influenciar a
motivação dos empregados e suas relações com as avaliações de
desempenho, políticas de salário, atendimento a outras necessidades
diferentes das necessidades básicas.
Verificou-se no capítulo 2 que a Empresa emprega vários programas para
melhorar o ambiente interno com conseqüente aumento da motivação.
No capítulo 3 descreveu-se minuciosamente como funciona o prêmio de
produção na Empresa. Notadamente percebeu-se o cuidado de se fazer uma
remuneração justa, levando-se em conta vários fatores. O volume de
produção, a qualidade, o absenteísmo e a segurança do trabalho são
indicadores que são levados em conta, buscando que empregados com melhor
desempenho consigam melhores recompensas.
É fato que a administração responsabilizante é uma realidade na empresa
e promove significativos ganhos de produtividade. Houve um aumento da
produção e redução de pessoal, trazendo uma maior competitividade para a
Empresa.
40
Em vários setores da fábrica as equipes trabalham em horário de turno de
revezamento, todos os dias da semana, durante vinte quatro horas. Importante
esclarecer que os chefes dessas equipes não acompanham esse regime e
trabalham de segunda a sexta no horário comercial.
Apesar do expressivo aumento da competitividade conquistado pela
Michelin, através dos inúmeros benefícios alcançados devido ao Prêmio de
Produção, constatou-se, no decorrer do estudo, que podem ser consideradas
oportunidades de melhoria no processo de premiação:
• O prêmio é pago conforme os resultados de alguns grupos que
possuem trabalhos similares dentro do setor. Acredita-se, porém, que
a individualização desse pagamento pode proporcionar aumentos de
produtividade significativos. Atualmente, como é realizado, o
pagamento promove uma valorização do trabalho em equipe, mas
pode-se perceber que uma minoria desses empregados ainda resiste
ao pagamento dessa maneira, porque se sentem injustiçados, pois
julgam trabalhar mais que os outros, confirmando a teoria de Vroom.
(1964 apud CHIAVENATO, 2003)
• Alguns critérios de qualidade definidos no PA não são
contemplados no prêmio e esses critérios acabam sendo deixados de
lado. Na teoria de Edwin Locker é dito que objetivos específicos
produzem melhores resultados do que a meta genérica.
• Os descontos frustram os empregados quando efetuados em
função de uma pequena diferença entre o resultado obtido
comparando-se com o resultado esperado. Obter maneiras de
compensar essas pequenas diferenças, se houver ganhos expressivos
em outro quesito, por exemplo, pode ser uma forma de fazer com que
41
o empregado não perca a motivação durante o mês e que mantenha
os resultados globais em excelentes patamares.
• Os descontos por absenteísmo também são aplicados com muito
rigor. Fica a sugestão que haja uma manifestação do grupo sobre a
realização do desconto sobre os ganhos do empregado faltoso. O
grupo deve avaliar sua participação e sua contribuição para a
obtenção do resultado. Acredita-se que desta forma será penalizado
somente aqueles que, de forma, desleixada faltam ao trabalho.
De acordo com o trabalho desenvolvido e observando-se os resultados,
surgem recomendações e oportunidades de melhorias para os trabalhos
futuros sobre o mesmo tema:
• Realizar uma pesquisa com os empregados, para medir o grau de
satisfação e a percepção que eles possuem sobre a importância do
prêmio.
• Verificar a possibilidade de adaptação do modelo do prêmio para
aplicação aos outros postos de trabalho do setor, como: manutenção,
almoxarifes e demais cargos auxiliares.
• Outra pesquisa complementar interessante seria sobre a visão
que a chefia tem do prêmio de produção e como essa ferramenta
influencia nos resultados da equipe.
42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARAUJO JR, L.C. Administração de Empresas – Metodologia I. São Paulo: Atlas 2001.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos – O Capital Humano nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2003.
HERSEY, P & BLANCHARD, K – Psicologia para Administradores de Empresas. São Paulo: EPV, 1977.
HERZBERG, F.; MAUSNER, B.; SNYDERMAN, B.The motivation to work. New York: John Wiley, 1959 apud CHIAVENATO, I. Recursos Humanos – O Capital Humano nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2003.
LAWLWR III, E. Pay and organizational effectiveness. New York: Mc Graw-Hill, 1971 apud CHIAVENATO, I. Recursos Humanos – O Capital Humano nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2003.
MASLOW, A. A theory of human motivation. Psychological Review, 1943 apud CHIAVENATO, I. Recursos Humanos – O Capital Humano nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2003.
MAXWELL, JOHN C. – As 21 irrefutáveis leis da Liderança. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
PALADINI, EDSON PACHECO – Qualidade Total na Prática.. Rio de
janeiro:Atlas, 1994.
ROBBINS S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, Manual para e normalização de Dissertações. Rio de janeiro: SiBI, 2004.
43
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES, Como produzir uma monografia passo a passo. Rio de Janeiro, 2008.
VROOM, V. Work and motivation. New York: John Wiley, 1964 apud CHIAVENATO, I. Recursos Humanos – O Capital Humano nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2003.
44
WEBGRAFIA
MICHELIN. Disponível em: http://www.michelin .com.br/ O grupo.htm
Acesso em: 19 nov. 2009.
_______. Disponível em: http://www.michelin .com.br/ Resultados.htm
Acesso em: 19 nov. 2009.
_______. Disponível em: http://www.michelin .com.br/ Unidades industriais.htm
Acesso em: 19 nov. 2009.
_______. Disponível em: http://www.michelin .com.br/ Michelin Brasil.htm
Acesso em: 19 nov. 2009.
45
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Figura 1
Anexo 2 >> Figura 2
Anexo 3 >> Tabela
Anexo 4 >> Tabela
Anexo 5 >> Tabelas
Anexo 6 >> Tabela
46
ANEXO 1
Pirâmide de Maslow
47
ANEXO 2
Teoria da Expectação
�ecessidades
não satisfeitas
+
→ Crença de que o dinheiro satisfará suas necessidades
→ Crença de que a obtenção de dinheiro requer desempenho
=
Motivação
Para desempenhar
Figura 2 – Teoria de expectação de Lawler III (1971 apud CHIAVENATO, 2003)
48
ANEXO 3
FATORES QUA�TIFICÁVEIS
FATOR DEFI�IÇÃO �ÍVEIS RESULTADO
QUA�TIDADE DO TRABALHO E QUALIDADE DO TRABALHO E ASSIDUIDADE
Em sua maioria são resultados numéricos e auto-explicativos.
Devem ser descritos tanto os resultados do funcionário quanto o valor que representa a expectativa da Empresa. Deve conter um comentário justificativo feito pela chefia.
Resultados freqüentemente ultrapassando as exigências do posto, obtidos com rara assistência ou estímulo da chefia
S
SUPERA
Resultados correspondentes às exigências do posto, obtidos com pouca assistência ou estímulo da chefia.
A
ATENDE
Resultados insatisfatórios às exigências do posto, mesmo com a assistência ou estímulo da chefia.
P
ATENDE PARCIAL-
MENTE
Resultados incompatíveis com as exigências do posto, tendo havido advertência ou sanção devido a isto.
�
NÃO ATENDE
Tabela 1 – Escala de graduação de fatores - Fonte: MICHELI#(2005).
49
ANEXO 4
FATORES �ÃO QUA�TIFICÁVEIS OU DO COMPORTAME�TO
FATOR DEFI�IÇÃO �ÍVEIS RESULTADO
TRABALHO EM EQUIPE
E
RELACIO�AME�TO I�TERPESSOAL
Parceria na construção de um ambiente de trabalho que estimule a comunicação, a ética, o respeito e a confiança
Grau de interesse pelo sentimento de seus pares.
Seu espírito de equipe é tal que proporciona ao avaliado excelente aceitação na equipe. Conta com a simpatia e o respeito do seu grupo e contribui positivamente para o clima social.
S
SUPERA
A sua atuação em equipe corresponde ao esperado e os eventuais problemas interpessoais não prejudicam o andamento do trabalho.
A
ATENDE
É preciso alertar o avaliado quanto aos seus problemas de integração que afetam o clima social e prejudicam o seu desempenho.
P
ATENDE PARCIALMENTE
O ambiente de trabalho é seriamente comprometido em razão da inabilidade/insensibilidade do avaliado em relacionar-se. É alvo de hostilidades apesar das orientações para que mude de forma de agir.
�
NÃO ATENDE
DISCIPLI�A, ATITUDE
E
RESPO�SABILIDADE
Conduta do avaliado na Empresa e respeito às suas normas e procedimentos.
Procura seguir os padrões estabelecidos da melhor maneira possível e se sobressai como um exemplo para a sua equipe.
S
SUPERA
Suas atitudes diante dos padrões da Empresa são satisfatórios e os eventuais problemas ocasionados não comprometem o andamento do trabalho.
A
ATENDE
A chefia precisa alertá-lo para a conduta esperada. Os problemas de conduta chegam a prejudicar o desempenho de forma significativa.
P
ATENDE PARCIALMENTE
Não é receptivo às ordens e ao cumprimento de regras. Já foi sancionado por esta razão e ainda assim persiste numa conduta irregular.
�
NÃO ATENDE
DEDICAÇÃO À EMPRESA
E
E�GAJAME�TO E DISPO�IBILIDADE
Aplicação dos recursos pessoais em função das necessidades da Empresa
Seu empenho pessoal supera a expectativa e a maioria dos imprevistos de forma a garantir o alcance dos resultados.
S
SUPERA
Suas atitudes permitem-lhe defrontar-se satisfatoriamente com suas obrigações. É necessário algum estímulo da hierarquia para atender a totalidade das necessidades
A
ATENDE
É necessária a assistência hierárquica para estimular ações do avaliado que garantam o mínimo esperado para o posto. A pouca importância que dá às necessidades da Empresa não o levam a ter uma dedicação especial.
P
ATENDE PARCIALMENTE
É apático e incapaz de reagir às situações imprevistas mais simples. Apesar de alertado para as conseqüências da sua indiferença, omite-se sistematicamente
�
NÃO ATENDE
Tabela 2 – Escala de graduação de fatores não quantificáveis - Fonte: MICHELI#(2005).
50
ANEXO 5
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
% REFUGO METÁLICO
< 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
Tabela 3 – Tabela de desconto de Refugo Metálico - Fonte: MICHELI#(2005).
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
% REFUGO GOMA
< 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
Tabela 4 – Tabela de desconto de Refugo Goma - Fonte: MICHELI#(2005).
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
% CQ < 2,00 2,1 a 2,9 3,0 a 3,9 4,0 a 4,9 5,0 a 5,9 6,00
Tabela 5 – Tabela de desconto de CQ - Fonte: MICHELI#(2005).
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
% QUEBRAS < 0,03 0,04 a 0,11 0,12 a 0,16 0,17 a 0,21 0,22 a 0,27 0,28
Tabela 6 – Tabela de desconto de Quebras - Fonte: MICHELI#(2005).
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
% PNEUS H < ,10 0,11 A 0,16 0,17 A 0,21 0,22 A 0,27 0,28 A 0,32 0,33
Tabela 7 – Tabela de desconto de pneus H - Fonte: MICHELI#(2005).
DESCO�TO ZERO -50% -100%
QUANTIDADE 0 1 2 OU MAIS
Tabela 8 – Tabela de desconto de Ausência não justificada - Fonte: MICHELI#(2005).
51
ANEXO 6
DESCO�TO ZERO -20% -40% -60% -80% -100%
QUANTIDADE 0 1 2 3 4 5
Tabela 9 – Tabela de desconto de Ausência por dispensa médica - Fonte: MICHELI#(2005).
52
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
MOTIVAÇÃO 10
1.1 – Motivação 10
1.1.1 – Pirâmide de Maslow 10
1.1.2 – Teoria X e Teoria Y 12
1.1.3 – Teoria dos fatores de Herzberg 13
1.1.4 – Teoria da necessidades de Mc Clelland 14
1.1.5 – Teoria da motivação de Vroom 16
1.1.6 – Teoria da fixação dos objetivos 16
1.1.7 – Teoria do reforço 18
1.1.8 – Teoria expectação 19
1.1.9 – Teoria da equidade 20
1.1.10 – Limitações culturais para essas teorias 21
1.2 – Política empresarial 22
CAPÍTULO II
AMBIENTE ORGANIZACIONAL 24
2.1 – O Grupo 24
2.2 – Michelin Brasil 24
2.3 – Unidade Industrial de Campo Grande 25
53
2.4 – Plano Anual 26
2.5 – Avaliação de desempenho 27
2.5.1 – Objetivo 27
2.5.2 – Ferramentas para avaliação de desempenho 27
2.5.3 – Critério que serão avaliados 28
2.5.4 – Elaboração da avaliação 29
2.5.5 – Planilha de fechamento de avaliação(PFA) 29
2.5.6 – Folha de avaliação de desempenho 30
2.5.7 – Agenda 30
2.5.8 – Escala de graduação e fatores 30
2.6 – Programa de Reconhecimento e Valorização 30
2.6.1 – Operário modelo 31
2.6.2 – Melhores resultados 32
2.6.3 – Máster de qualidade 32
2.6.4 – Reconhecimento de um trabalho 32
2.6.5 – Tempo de serviço 32
CAPÍTULO III
O PRÊMIO DE PRODUÇÃO APLICADO NA EMPRESA 34
3.1 – Objetivos 34
3.2 – O potencial da remuneração variável ligado à estratégia 35
3.3 – Sistema de premiação 35
3.4 – Medição 36
3.4.1 – Produção 36
3.4.2 – Critério de qualidade 37
3.4.3 – Critérios individuais 37
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
WEBGRAFIA 44
ANEXOS 45
ÍNDICE 52
54
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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