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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Planejamento Estratégico de Recursos Humanos: Um diferencial competitivo Julia Alvarenga de Mello da Silva Orientada pelo Professor Fernando G. Lima Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Planejamento Estratégico de Recursos Humanos:

Um diferencial competitivo

Julia Alvarenga de Mello da Silva

Orientada pelo Professor Fernando G. Lima

Rio de Janeiro

2009

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Planejamento Estratégico de Recursos Humanos:

Um diferencial competitivo

Monografia elaborada como pré-

requisito de conclusão do curso de Pós

Graduação em Pedagogia Empresarial –

Instituto a Vez do Mestre - Universidade

Candido Mendes, orientada pelo Professor

Fernando G. Lima.

Por: Julia Alvarenga de Mello da Silva

Rio de Janeiro

2009

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus pais, Angela Maria

Alvarenga de Mello da Silva e Luiz Antonio de Mello

da Silva, e a meu avô, Agostinho Brito de Alvarenga,

que lutaram sempre, com muita dedicação e garra

para que eu alcançasse meu objetivo maior, me

proporcionando todas as condições necessárias

para a minha formação acadêmica, sempre com

muito zelo e carinho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta obra a todos que me ajudaram,

da forma que puderam, a concluí-la. Mais uma vez

agradeço a meus pais Angela Maria Alvarenga de

Mello da Silva e Luiz Antonio de Mello da Silva pelo

grande apoio em todas as horas. Agradeço aos

meus grandes amigos Fabiana Affonso, Michelle

Carvalho, Natália González, Luiza Borges e Thadeu

Montojos que além de estarem sempre me

acompanhando nesta caminhada, tiveram muita

paciência e colaboração para a elaboração desta.

5

RESUMO

Para que uma empresa obtenha sucesso, alcance seus objetivos e se

mantenha competitiva no mercado, um fator torna-se indispensável: a

elaboração de uma estratégia organizacional.

Dentro desse contexto, o Planejamento Estratégico de Recursos

Humanos surge tanto como uma ferramenta de auxílio ao processo gerencial,

como de diferenciação competitiva, com a clara definição dos objetivos da

empresa e o traçado antecipado dos possíveis caminhos a serem percorridos

para atingi-los, ou seja, as organizações começam a enxergá-lo como fator na

minimização de riscos.

Este tema foi escolhido baseado nesse atual desafio empresarial de

traduzir as estratégias da organização e definir uma política de Recursos

Humanos que prepare as pessoas para o atendimento de tais estratégias. Ao

mesmo tempo, busca provocar nas empresas reflexões sobre a sua cultura e a

necessidade de tornar essa área um centro gerador de resultados.

Para estruturar e gerenciar este processo de mudança constante, o

Planejamento Estratégico apresenta-se como uma importante ferramenta de

apoio. Foi essa grande necessidade das empresas de se tornarem e se

manterem competitivas que impulsionou a escolha da importância do

Planejamento Estratégico de Recursos Humanos e sua implementação como

foco desta Monografia.

6

METODOLOGIA

Através de pesquisas bibliográficas em bibliotecas e em livros do acervo

pessoal e adquiridos por necessidade do tema pesquisado, essa Monografia foi

realizada, baseada na coleta de dados, informações, sites da Internet,

observações, debates e trabalhos realizados nas aulas durante todo o curso de

Pós-graduação.

Ainda foram utilizados artigos e análises de casos para enriquecer essa

pesquisa, além contar com a leitura de obras de grandes autores tanto

brasileiros, quanto estrangeiros para a realização de tal projeto, buscando

estudar velhos e novos paradigmas de gestão organizacional.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO 1 – O departamento de Recursos Humanos ............................ 11

1.1 – Função dos Recursos Humanos no ambiente organizacional ao

longo dos anos ................................................................................................. 11

1.2 – O RH estratégico .......................................................................... 13

1.3 – Perfil do profissional de Recursos Humanos ............................... 14

CAPÍTULO 2 – Administração Estratégica .................................................. 16

2.1 – Definindo Administração Estratégica ........................................... 16

2.2 – Uma breve perspectiva histórica .................................................. 17

2.3 – O processo de Administração Estratégica ................................... 18

2.4 – Administração Estratégica de Recursos Humanos ...................... 19

CAPÍTULO 3 – Planejamento Estratégico .................................................... 21

3.1 – O Planejamento Estratégico e seus conceitos ............................. 21

3.2 – Características do Planejamento Estratégico .............................. 22

3.3 – Níveis do Planejamento Estratégico ............................................ 24

3.3.1 – Planejamento Estratégico Corporativo ........................... 24

3.3.2 – Planejamento Estratégico do Negócio ........................... 24

3.3.3 – Planejamento Estratégico de Nível Funcional ................ 25

3.4 – Etapas do Planejamento Estratégico ........................................... 26

3.4.1 – Definindo Missão, Visão e Valores da organização ....... 26

8

3.4.2 – Analisando o ambiente ................................................... 27

3.4.3 – Definindo metas, objetivos e indicadores ....................... 29

3.4.4 – Elaborando as ações estratégicas ................................. 30

3.4.5 – Implementando as ações estratégicas ........................... 31

3.4.6 - Avaliando e controlando as ações .................................. 31

CAPÍTULO 4 – Planejamento Estratégico de Recursos Humanos ........... 33

4.1 – Conceituando Planejamento Estratégico de RH ......................... 33

4.2 – Benefícios e contribuições diretas nos resultados ...................... 34

4.3 – Etapas de elaboração do Planejamento Estratégico de RH ....... 35

4.4 – Resistências ao Planejamento Estratégico de RH ...................... 37

CONCLUSÃO ................................................................................................. 39

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 41

ÍNDICE ............................................................................................................ 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 46

9

INTRODUÇÃO

Com o passar das décadas, fatores como as transformações políticas,

econômicas e, principalmente, a globalização influenciaram diretamente na

estrutura e políticas das organizações. Tais mudanças implicaram, ao mesmo

tempo, na necessidade de transformação de postura perante as atribuições de

casa área das empresas.

Para a empresa se tornar mais competitiva faz-se necessário que ela se

preocupe com a manutenção de profissionais qualificados e com alto potencial,

que facilite o crescimento e o desenvolvimento dentro da própria empresa e

ofereça incentivos vinculados à resultados. Medidas essas que se tornam

necessárias para que a empresa se atualize e consiga se tornar mais

competitiva, respondendo às necessidades de mercado atuais e futuras.

No ambiente empresarial, com a importância dos indivíduos para o

sucesso da organização, surge a área de Recursos Humanos, que com o

passar dos anos, assumiu um papel de importância e influência nas decisões.

A necessidade da sua participação vem sendo cada vez mais percebida pelos

gestores. Sendo assim, decidir, planejar e executar, passaram a ser

competências também da área de RH, por esta tem deixado de ser vista como

um departamento meramente burocrático, para ser encarado como colaborador

estratégico em busca do sucesso organizacional.

Assim, pode-se afirmar que depois de estabelecidos os objetivos e as

estratégias empresariais a serem adotadas, o papel da área de Recursos

Humanos será de fundamental importância para viabilizar a implementação do

que foi planejado. Entram em vigor as políticas de recrutamento e seleção,

treinamento e desenvolvimento, plano de carreira, políticas de remuneração e

benefícios, avaliação de desempenho, entre outras. Nesse momento, surge o

Planejamento Estratégico de Recursos Humanos como fator determinante para

que o RH alcance seus objetivos, conseqüentemente, a organização também.

10

“Lidar com recursos humanos não é mais uma responsabilidade

exclusiva do departamento de RH, mas envolve uma comunidade mais ampla,

trornando possível a criação de valor e a geração de melhores resultados”

(Matos, 1999). A organização que tem como princípio básico da sua gestão a

integração entre todas as áreas da empresa, baseada em planejamentos

estruturados, que respeitam os interesses de todos e valorizam seus

profissionais, possuem uma chance muito maior de chegarem ao sucesso

desejado, com mais rapidez e eficiência.

11

CAP ÍTULO 1

A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

1.1 – Função dos Recursos Humanos no ambiente

organizacional ao longo dos anos:

A gestão de Recursos Humanos (RH) vem sofrendo alterações ao longo

dos anos, que acompanham tanto a evolução das teorias administrativas como

as mudanças históricas e a evolução tecnológica.

Até os anos trinta, as relações de trabalho não eram baseadas em uma

legislação trabalhista, cabendo às empresas realizar todas as funções

relacionadas aos seus funcionários, ou seja, não havia um departamento

específico para isto. Com a criação do Ministério do Trabalho, no governo de

Getúlio Vargas, surge também o Departamento Pessoal (DP), como um setor

burocrático, somente preocupado em atender as exigências legais.

Já na década de cinqüenta, o desenvolvimento das indústrias

auxiliou na substituição do Chefe de Pessoal pelo Administrador de Pessoal, o

qual realizava a contratação de funcionários e tratava de sua manutenção e

desenvolvimento. O gerente de Recursos Humanos surge somente na década

de sessenta. Junto com ele, surge também a preocupação pelo

desenvolvimento da área.

Almeida, Teixeira e Martinelli (1993) acreditam que o modo de gestão

autoritária era mais comum antigamente, pois as estratégias de Recursos

Humanos visavam atingir disciplina e ordem. Com o passar dos anos, para

exercer essa função, tornou-se, então, necessário um bom relacionamento e

uma postura mais flexível.

Ao analisarmos os anos oitenta e as diversas mudanças organizacionais

que neles ocorreram, podemos identificar a busca pela modernização

administrativa e organizacional como um fator determinante para a

12

compreensão das atuais estruturas, não só do RH, como da empresa em sua

totalidade. Sendo assim, essa busca deve resultar em uma integrada e

dinâmica mudança e aperfeiçoamento dos sistemas, políticas e práticas de

gestão. Já na década de noventa, o departamento de recursos Humanos

passou a ser visto como um fator determinante na vantagem competitiva, com

foco nos indivíduos.

Atualmente, as organizações vivem a Era do Conhecimento, onde o

indivíduo deve ser priorizado dentro das estratégias empresariais, valorizando,

assim, a área de Recursos Humanos. Os profissionais devem acompanhar o

que está ocorrendo dentro da empresa e conhecer o resultado final de seu

trabalho. Para Chiavenato (1996), além desta nova concepção sobre a

importância dos indivíduos no sucesso da empresa, há de se perceber que o

RH e suas políticas devem estar adequados à filosofia e à política da

organização.

Fischer (1991) ressalta que a busca dessas modernizações

administrativas devem ser realizadas de modo integrado e dinâmico, visando o

aperfeiçoamento dos sistemas e práticas de gestão, neste sentido a existência

de um departamento de Recursos Humanos parece colaborar para o alcance

destes objetivos, uma vez que este ocorre sistematicamente mais vezes nas

organizações que contam com este setor. Sendo assim, conclui-se que a

gestão de Recursos Humanos vem acompanhando as mudanças mundiais,

utilizando teorias e práticas condizentes e, principalmente, tendo como base o

raciocínio estratégico.

Dentro desse contexto, surge o RH ativo, participativo nas decisões e

estratégias da organização, sendo considerado um fator crítico de sucesso

para o desenvolvimento da habilidade de criar novas vantagens sobre o

mercado externo. Além disso, os Recursos Humanos assumem a missão de

contribuir para o aumento da eficiência organizacional, atuando em seu

desenvolvimento, apoiando a implementação de conceitos, sistemas e técnicas

de gerenciamento das pessoas e modernização da gestão. O RH deixa de ser

13

visto como um centro de custos desnecessários e passa a ser encarado como

um centro de resultados.

1.2 – O RH estratégico:

De acordo com Marras (2000), a Administração Estratégica de Recursos

Humanos (AERH) é “a gestão que privilegia como objetivo fundamental,

através de suas intervenções, a otimização dos resultados finais da empresa e

da qualidade dos talentos que a compõe”.

Para que os Recursos Humanos passem a assumir esse papel, há a

necessidade da organização rever seus conceitos, muitas vezes enraizados de

tal modo que dificultam a incorporação de novos valores.

“O RH tem deixado gradativamente as atividades de prestador de

serviços e se transformando em consultor interno para orientar e preparar os

demais gestores quanto à nova realidade de gestão de pessoas. Esses

gestores passam a ser os novos gestores de pessoal dentro das empresas, o

que significa que as decisões e ações com relação às pessoas passam a ser

da alçada dos gerentes e não mais uma exclusividade da área de Recursos

Humanos” (Chiavenato, 1999: p.52).

Dentre as novas funções e responsabilidades do departamento de

Recursos Humanos voltado para a estratégia, algumas devem ser destacadas:

• Acompanhar a evolução competitiva da empresa: competências,

atração, retenção e desenvolvimento humano;

• Participar ativamente do Planejamento Estratégico Organizacional;

• Monitorar a evolução do próprio departamento;

• Agir de acordo com as estratégias do negócio;

• Contribuir para a geração de resultados para a empresa;

• Oportunizar trabalho;

• Remunerar;

14

• Garantir condições adequadas de trabalho;

• Possibilitar desenvolvimento profissional

• Monitorar a sustentação da implantação das estratégias;

• Monitorar o clima e o desempenho organizacional.

Diariamente, percebemos pessoas insatisfeitas com as condições a que

estão submetidas no ambiente de trabalho e, concomitantemente,

organizações numa busca constante pela produtividade, qualidade,

competitividade e lucratividade. Neste sentido, as empresas fazem grandes

investimentos implementando novas tecnologias, processos, programas e

projetos. As necessidades dos indivíduos são diversificadas e o potencial de

geração de resultados também, e dificilmente pode-se atingi-los de forma linear

se as técnicas e programas implementados para o seu desenvolvimento não

detectarem e contemplarem essas diferenças.

Sendo assim, o RH estratégico, então, participa do processo de

mudança da cultura empresarial, que passa a perceber a necessidade de unir

os interesses de seus funcionários, com os objetivos da organização, de forma

alinhada, realista e integrada, respeitando e satisfazendo as necessidades de

todos os envolvidos com a organização.

1.3 – Perfil do profissional do RH estratégico:

A nova compreensão sobre a missão da Administração dos Recursos

Humanos exige dos profissionais da área a interação com outros campos de

conhecimento antes não explorados. Isso faz com que o profissional precise

estar mais próximo da organização, conhecendo seu negócio, estratégias,

mercado em que atua, entre outras coisas.

Ao mesmo tempo, como conseqüência, têm de investir em seu auto-

desenvolvimento, buscando ajuda, reforço, conhecimento em outras ciências

ou campos de estudo fora da sua área de especialização.

15

Cabe ao profissional de Recursos Humanos desenvolver e elaborar

suas atividades de maneira eficaz, conquistando parcerias internas e

conseqüentemente apoio às atividades do seu departamento.

O gestor assume um papel de traduzir as estratégias da organização e

definir uma política de RH que prepare as pessoas para o atendimento das

estratégias. Ao mesmo tempo, se preocupa em provocar na empresa reflexões

sobre a sua cultura e a necessidade de tornar o RH um centro gerador de

resultados. Para estruturar e gerenciar este processo de mudança constante, o

Planejamento Estratégico de Recursos Humanos apresenta-se como uma

importante ferramenta de apoio.

É imprescindível que o profissional de Recursos Humanos, tenha a

cima de tudo, o domínio dos processos do seu departamento e conhecimento

do negócio. Conhecer as estruturas, cultura, estratégias, planejamentos e

comportamento organizacional também são características que o profissional

do RH deve possuir, além de habilidades interpessoais, como ética,

flexibilidade e empatia. Assim, além de contribuir para o crescimento do seu

departamento, estará colaborando para que sua empresa obtenha o sucesso

almejado.

16

CAP ÍTULO 2

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

2.1 – Definindo Administração Estratégica:

Para uma melhor compreensão sobre Administração Estratégica, é

necessário o entendimento de seus termos. O termo administração é oriundo

do latim administratione, que significa governar, gerenciar. Sendo assim, no

âmbito empresarial, administração é o “conjunto de princípios, normas e

funções que têm por fim ordenar a estrutura e funcionamento de uma

organização (empresa, órgão público, etc.).” (Dicionário Aurélio, 2008), ou seja,

administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos disponíveis a

fim de alcançar objetivos.

Já o termo estratégia, que é proveniente do grego strategia e significa

generalato, é utilizado originalmente no contexto militar, correspondendo a “arte

militar de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios e/ou

aviões, visando a alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos

favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos”. (Dicionário

Aurélio, 2008). No contexto organizacional, estratégia expressa a idéia de

utilizar os meios disponíveis e as condições favoráveis também com o intuito

de alcançar objetivos específicos previamente traçados.

Dentro desse contexto, a Administração Estratégica busca definir o

caminho a ser seguido pela organização, baseado em metas e buscando

resultados planejados, com o objetivo de conduzi-la para o futuro. Logo, é a

utilização adequada de recursos físicos, financeiros e humanos, com o objetivo

de minimizar problemas, reduzir incertezas perante o mercado e maximizar

resultados.

17

2.2 – Uma breve perspectiva histórica:

O estudo da Administração Estratégica originou-se nos anos cinqüenta,

após uma pesquisa chamada Relatório Gordon-Howell, patrocinada pela

Fundação Ford e a Carnegie Corporation, ser realizada nas escolas de

Administração. Essa pesquisa indicou a necessidade de ampliar o ensino e

incluir nessas escolas um curso de capacitação em política de negócios.

(Gordon e Howell, 1959).

No início da década de setenta, o curso já fazia parte dos currículos de

diversas escolas de Administração. Tinha como objetivos, tanto estimular o

desenvolvimento de habilidades de identificação, análise e resolução de

problemas, como também integrar o conhecimento fragmentado adquirido nas

disciplinas. Com isso, os futuros administradores teriam a oportunidade de

exercitar qualidades e desenvolver habilidades usando seus conhecimentos.

A abordagem mais ampla de temas como a ética, a responsabilidade

social, o impacto potencial de fatores políticos, jurídicos e econômicos sobre as

organizações consolidaram a transição de Política de Negócios para

Administração Estratégica.

Como a Administração Estratégica é um processo dinâmico, interativo e

contínuo, as ações planejadas estão sujeitas a ajustes na medida em que as

condições ambientais internas ou externas mudam e exigem novos

posicionamentos perante os problemas surgidos. Sendo assim, tem como

objetivo manter a organização integrada a seu ambiente.

Atualmente, o processo de Administração Estratégica tende,

especialmente em organizações menores, a ser dominado pelo diretor-

presidente da organização. Como diversas áreas se envolvem no processo, o

presidente é considerado um dos principais responsáveis pelo sucesso e,

conseqüentemente, pelo significativo aumento nos níveis de lucratividade.

Alguns acontecimentos significativos marcaram a evolução da

Administração Estratégica, como: a publicação de Corporate Strategy; a

realização, em 1973, do primeiro Seminário Internacional de Administração

18

Estratégica na Universidade de Vanderbilt; o lançamento de Estratégia

Competitiva; a publicação de Vantagem Competitiva; e o reconhecimento da

precariedade dos conceitos e enfoques de estratégia com a publicação de The

Rise and Fall of Strategic Planning.

Nas últimas décadas, três estilos estratégicos predominaram: o estilo de

planejamento (anos setenta), onde o futuro é previsível e baseado na análise

do provável; o estilo de visão (anos oitenta), onde o futuro é imprevisível e

baseado na imaginação do possível; e o estilo de aprendizagem (anos

noventa), onde o futuro é desconhecido desdobra-se e é enfrentado pela

compreensão da atualidade.

O desenvolvimento da capacidade de Administração Estratégica de uma

organização depende de sua habilidade de combinar estes estilos, avaliar as

condições apresentadas pelo mercado, sempre estimulando seus funcionários

para formar uma visão do futuro, buscando compreender o presente, e

desafiando velhos pressupostos e crenças, para que no futuro, os resultados

sejam alcançados com sucesso.

2.3 – O processo de Administração Estratégica:

O processo da Administração Estratégica pode ser dividido em cinco

etapas a serem seguidas:

1ª) Análise do ambiente – é o processo de monitoramento do ambiente

organizacional, procurando identificar oportunidades e riscos futuros. Analisa

fatores internos e externos à organização, que podem influenciar na realização

dos objetivos. Busca entender a fundo como funciona a organização parar a

minimização de tais riscos.

2ª) Definição de uma diretriz organizacional – é a etapa onde se

estabelece uma meta para a organização Há dois principais indicadores de

direção de uma empresa: a Missão, que é a finalidade de tal organização,

razão da sua existência e os objetivos organizacionais, que são suas metas.

Entre outros indicadores que também estão presentes nessa etapa, a Visão,

19

que é o que a empresa aspira se tornar e os valores, que expressam a filosofia

que norteia a organização, são valorizados atualmente.

3ª) Elaboração da estratégia – é a definição de um curso de ações,

buscando garantir que a organização alcance seus objetivos. É a etapa onde

se projeta e seleciona estratégias, enfocando as necessidades do mercado

Assim que o ambiente tenha sido analisado e a diretriz organizacional

estipulada, a administração é capaz de traçar estratégias de ação alternativas.

“Em 1996, uma pesquisa realizada com cem presidentes de empresas de topo

nos Estados Unidos e Inglaterra, quando perguntados sobre a prioridade das

suas agendas, apenas quatorze deles afirmaram ser a estratégia. Hoje, após a

virada do milênio, a estratégia aparece no topo das preocupações” (Cavalcanti,

2001: p.76).

4ª) Implementação da estratégia – nessa etapa, colocam-se em ação as

estratégias desenvolvidas nas etapas anteriores do processo. Sem a

implementação efetiva da estratégia, a organização é incapaz de obter os

benefícios da realização da análise organizacional, do estabelecimento da

diretriz e da elaboração de tal estratégia.

5ª) Controle estratégico – é o controle organizacional que se concentra

na monitoração e avaliação do processo de Administração Estratégica, com o

objetivo de melhorá-lo e assegurar que seu funcionamento seja adequado.

Estas etapas, muitas vezes ocorrem de maneira defasada, prejudicando

os resultados favoráveis do processo. Por isso a participação e motivação de

todos se faz de extrema importância, uma vez que conscientes de seus papéis,

os funcionários colaborarão para a realização dos interesses de todos.

2.4 – Administração Estratégica de Recursos Humanos:

As diferentes organizações possuem estratégias e planos de ação

diferenciados, de acordo com seus objetivos perante o mercado e seus

concorrentes. Dentro de cada empresa, geralmente é a alta cúpula

administrativa que escolhe e planeja meios para atingir as metas da

20

organização. Tanto melhorar a qualidade de seus produtos, como reduzir

custos ou até mesmo se tornar uma empresa mundialmente reconhecida,

necessitam que toda a empresa esteja envolvida na realização da estratégia,

pois assim se alcança o sucesso esperado. Para Johann (2004), estabelecer

estratégias não garante o sucesso. Pessoas comprometidas e competentes

são quem farão as estratégias evoluírem.

O setor de Recursos Humanos entra nesse processo com a função de

transmitir e envolver os funcionários nas metas e ações da empresa. Essa se

torna uma difícil tarefa, pois muitas dessas metas influenciam diretamente os

funcionários, como na produtividade ou remuneração, por exemplo. Sendo

assim, as estratégias devem sempre ser condizentes com a estrutura

organizacional existente e o nível de investimentos e recursos necessários e

disponíveis.

Nesse contexto, o setor de Recursos Humanos estratégico tem como

missão contribuir para o aumento da eficiência organizacional, atuando no

desenvolvimento organizacional e de negócios, apoiando a implementação de

conceitos, sistemas e técnicas de gerenciamento das pessoas.

Segundo Marras (2000), a Administração Estratégica de Recursos

Humanos é “a gestão que privilegia como objetivo fundamental, através de

suas intervenções, a otimização dos resultados finais da empresa e da

qualidade dos talentos que a compõe”. Transformar a Administração de

Recursos Humanos (ARH) em Administração Estratégica de Recursos

Humanos (AERH) é uma transição que implica, muitas vezes, rever conceitos

já enraizados, buscando que novos valores sejam incorporados à cultura da

organização, gerando uma vantagem competitiva. Johann (2004) considera

que a conquista dessa vantagem competitiva requer que a cultura de uma

empresa seja densa, com valores compartilhados pelas pessoas e, ao mesmo

tempo, flexível, sendo capaz de internalizar valores que levem a organização

aos crescentes desafios que o ambiente externo lhe impõe.

21

CAP ÍTULO 3

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

3.1 – O Planejamento Estratégico e seus conceitos:

A palavra planejar significa formular objetivos e ações,

sistematicamente, visando alcançar metas anteriormente estabelecidas.

Segundo Chiavenato (1985), planejar é “a função que determina

antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser atingidos”.

Já Tancredi (1998) diz que é a “arte de fazer escolhas e elaborar planos para

favorecer um processo de mudança”.

Historicamente, o ato de planejar pode ser notado já na pré-história,

entre as “donas-de-casa”, uma vez que precisavam realizar tarefas e organizar

recursos disponíveis, sem contar com uma estrutura física do ambiente e

nenhuma tecnologia, em povos como os Egípcios e os Chineses ou até mesmo

entre os sacerdotes que coletavam e administravam grandes somas de bens e

valores. Nesse momento, já percebemos conceitos atualmente utilizados para

definir planejamento, que é uma parte fundamental da administração.

Nas organizações, o conceito de planejamento segue o mesmo sentido

de suas origens, ou seja, é o ato de projetar, traçar ações em busca do alcance

de metas e objetivos, futuramente. “O planejamento não diz respeito a decisões

futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes” (Drucker, 1999:

p.24).

Nesse contexto, surge o Planejamento Estratégico que é um processo

gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de

programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições

internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera

premissas básicas que a empresa deve respeitar para que todo o processo

tenha coerência e sustentação (Wikipédia, 2008).

22

O Planejamento Estratégico aparece com suas características definidas

no início da década de setenta, uma vez que, com todas as crises mundiais,

como a alta inflação, altos níveis de desemprego, preços elevados do petróleo,

entre outras, identificou-se a necessidade de um novo processo de

planejamento administrativo, visando manter as empresas numa boa posição,

mesmo diante de tantos problemas.

Nas últimas décadas, diversas mudanças no cenário mundial

provocaram profundas transformações nos processos de reestruturação

produtiva e gerencial nas empresas. Por isso, uma organização que pretende

manter-se competitiva, deve ser, antes de tudo, inovadora, seja ela produtora

de bens ou serviços.

Diante disso, o Planejamento Estratégico Organizacional surge como

uma atividade administrativa e ferramenta diferencial, que tem como objetivo

direcionar os rumos da instituição, determinar a melhor maneira de associar os

recursos disponíveis às necessidades e auxiliar gerenciamento das empresas

dentro do mercado atual, altamente competitivo.

No cotidiano empresarial, as tomadas de decisões contam com a

influência de fatores internos e externos a empresa. Alguns desses fatores

estão fora do controle e da previsão da organização. Com isso, o planejamento

se torna ainda mais importante, uma vez que objetiva diminuir a tomada de

decisões equivocadas, buscando estratégias de intervir em tais fatores. Kotler

(1994, p.69) enfatiza que o planejamento estratégico tem por objetivo maior

“ajudar a empresa a selecionar e organizar os negócios de maneira que se

mantenha sustentável”, mesmo ocorrendo turbulências em algum negócio

específico ou em alguma linha de produção.

3.2 – Características do Planejamento Estratégico:

De acordo com Matos (1999), o Planejamento Estratégico possui cinco

características fundamentais:

23

1ª) Planejamento Estratégico relacionado a adaptação da organização a

um ambiente mutável – o ato de planejar tem suas decisões baseadas em

estudos, análises e julgamentos, sendo assim, não há dados que sejam

totalmente concretos, sujeitos à incerteza a respeito do ambiente interno e,

principalmente, externo. Deve estar relacionado às pressões e forças externas

a organização, focando a necessidade de se manter em equilíbrio com tais.

2ª) Planejamento Estratégico orientado para o futuro – o planejamento é

um processo a longo prazo, que busca através da análise do ambiente e dos

obstáculos atuais, antever problemas e barreiras que possam vir a atrapalhar o

alcance das metas almejadas, sendo assim, uma característica imprescindível

é a flexibilidade.

3ª) Planejamento Estratégico é compreensivo – para que o planejamento

tenha sucesso,é necessário que ele envolva a organização em sua totalidade,

utilizando a seu favor todas as capacidades e potencialidades da organização.

A resposta estratégica da organização envolve um comportamento global,

compreensivo e sistêmico. A participação das pessoas é fundamental nesse

aspecto, pois o Planejamento Estratégico não é algo somente burocrático,

também deve contar com o envolvimento daqueles que participam e se

beneficiam dele, ou seja, todos os funcionários da instituição.

4ª) Planejamento Estratégico como processo de construção de

consenso – o planejamento deve oferecer um meio de atender os interesses de

todos na direção futura que melhor convenha a organização para que possa

alcançar suas metas, uma vez que a diversidade desses interesses e

necessidades das pessoas envolvidos é enorme. Para isso, a empresa tem que

contar com a aceitação ampla e irrestrita, assim o Planejamento Estratégico

pode ser realizado através dessas pessoas em todos os níveis da organização.

5ª) Planejamento Estratégico como forma de aprendizagem

organizacional – o planejamento representa uma tentativa constante de

aprender a ajustar-se a um ambiente complexo, extremamente competitivo e

mutável, uma vez que está orientado para a adaptação da organização ao

contexto ambiental. Esse é um processo contínuo.

24

Em uma visão estratégica de planejar, além da importância da definição

de metas baseadas em análises e estudos, deve se considerar, ainda mais, a

importância dos integrantes desse processo. Planejar estrategicamente

engloba, mais que isso, deve priorizar a realização dos interesses de todos.

. 3.3 – Níveis do Planejamento Estratégico:

3.3.1 - Planejamento Estratégico Corporativo:

O Planejamento Estratégico Corporativo abrange quatro linhas

de ação:

1ª) Desenvolve uma clara idéia da Missão da organização,

incluindo objetivos da história, do segmento de mercado, da produção

vertical e área geográfica. Isso tudo, quando bem definido, permite aos

funcionários um senso compartilhado de direção, uma unidade de ação

e interesses.

2ª) Consiste em definir as unidades de negócios. O negócio é

deve seguir as necessidades dos clientes e tecnologias empregadas. As

unidades de negócio se beneficiam de planejamento específico,

enfrentam concorrentes próprios e são geridas como centros de lucro.

3ª) Consiste em reunir recursos às várias unidades de negócios,

tendo como base a atratividade da empresa e sua força competitiva.

4ª) Consiste em expandir os negócios atuais e desenvolver outros

para preencher a lacuna do Planejamento Estratégico. A organização

pode identificar oportunidades através do crescimento intenso

(penetração de mercado, desenvolvimento de mercado e de produto),

crescimento integrado (para trás, para frente e horizontal) e crescimento

diversificado (horizontal e global).

25

3.3.2 - Planejamento Estratégico do Negócio:

Para GAJ (2002), o Planejamento Estratégico do Negócio de uma

empresa deve, primeiramente, se orientar pela estratégia coorporativa,

que se baseia na Missão e na Visão da empresa. Com isso esses se

tornam indispensáveis a sua elaboração.

Sendo a Visão da organização uma indicadora de rumo, direção

que essa pretende tomar, visando, sobretudo, comprometer todos os

níveis da empresa, deve estar baseada na sua realidade, expressando

os verdadeiros sentimentos e intenções futuras (GAJ, 2002).

Cada unidade de negócio realiza o seu próprio Planejamento

Estratégico, sendo assim, esse indica o contexto para que se possa

preparar os planos de mercado para produtos e serviços específicos.

3.3.3 - Planejamento Estratégico de Nível Funcional:

O nível funcional, além de consolidar os requisitos funcionais

demandados pela estratégia corporativa, constitui-se, primeiramente,

das armas competitivas que irão transformar-se em competências

diferenciais da empresa.

As estratégias funcionais aplicam-se às funções de cada negócio,

ou de cada unidade que atua em determinado ramo de negócios, como

por exemplo, marketing ou logística.

O nível funcional tem como principal objetivo manter o bom

desempenho corporativo e interatividade entre cada negócio estratégico

da organização. Assim, chama-se de objetivo funcional, o conjunto de

metas relacionadas à área funcional, que devem ser atingidas com a

finalidade de se concretizarem os objetivos da empresa, ou seja, da

organização como um todo.

Torna-se muito importante no nível funcional, não somente atingir

objetivos e metas, com o desempenho geral da empresa, mas a cima de

26

tudo é de suma importância que se compreenda a necessidade da

integração entre todos os segmentos da instituição. A sinergia das ações

centradas nos objetivos gerais da organização é a característica mais

importante do nível funcional para o sucesso dessa empresa.

3.4 – Etapas do Planejamento Estratégico:

Sendo o planejamento um conjunto de ações com o objetivo de atingir

um resultado claramente definido, é necessário que os líderes projetem o futuro

em um processo que envolve decidir como agir, baseado no que ocorre no

ambiente atual e no futuro próximo, transformando essas decisões em ações

gerenciáveis. Nesse sentido, o planejamento torna-se o resultado tático da

projeção do futuro (Albrecht, 1994). O Planejamento Estratégico se divide em

algumas etapas. São elas:

3.4.1 - Definindo Missão, Visão e Valores da

organização:

Para ser sólida e objetivar o sucesso com chances concretas de

alcançá-lo, a organização deve estar baseada em uma estrutura firme. A

Missão, a Visão e os Valores organizacionais formam o tripé que faz a

empresa ter condições de conseguir seus objetivos.

Definir a Missão organizacional é uma tarefa árdua para

empresas, e ainda mais para indivíduos envolvidos diretamente nesse

processo. A Missão é uma declaração sobre o que a organização é, qual

sua razão de ser, qual seu negócio e de que forma atua nesse negócio.

Serve para orientar a tomada de decisões, para definir objetivos e

auxiliar na escolha das decisões estratégicas.

A Missão deve ser simples, curta e extremamente objetiva. Para

isso, deve haver consenso entre os dirigentes da organização e contar

com o compromisso e envolvimento de todos.

27

Ao definir a Missão, o empreendedor estará, conseqüentemente,

objetivando o foco da empresa do mercado, podendo assim determinar

com precisão em que segmento irá atuar, quais são seus concorrentes,

que empresas serão seus futuros fornecedores, etc.

Segundo GAJ (2002), a declaração da Missão da empresa é

definida como uma consolidação prática, formal e detalhada de como se

pretende e se pode aplicar o conteúdo da Visão da empresa no mercado

e em suas ações no mundo real, ou seja, trata-se de uma forma sólida

de declarar as práticas que são subjetivamente abordadas na Visão da

empresa.

Tendo definida a Missão, os líderes identificam também a Visão

organizacional, que representa um estado futuro desejável para a

organização, ou seja, é uma projeção das oportunidades futuras do

negócio da empresa, seu alvo, como se pretende que a organização

seja vista e reconhecida.

Para completar essa etapa, há o registro dos seus valores, os

princípios que vão nortear as suas ações enquanto pratica a Missão, em

busca de atingir ou manter a Visão.

São idéias fundamentais em torno das quais a organização foi

construída. Representam as convicções dominantes e as crenças. São

elementos motivadores que direcionam as ações das pessoas na

organização, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.

Sinalizam o que se persegue em termos de integração de

comportamento de toda a equipe na busca do sucesso.

3.4.2 – Analisando o ambiente:

Nesta etapa, é hora de colocar a Missão, Visão e Valores no

contexto externo, identificando os desafios do seu ambiente e

circunstâncias, as suas forças, para tirar proveito delas, e as suas

fraquezas, para trabalhá-las. Ou seja, deve-se avaliar a posição da

28

organização perante o mercado, como também analisar fatores internos

e externos, utilizando dados consistentes.

Sendo assim, é o processo de identificação de oportunidades,

ameaças, forças e fraquezas que afetam a organização no cumprimento

da sua Missão.

No levantamento de dados internos da organização, deve-se levar

em consideração a trajetória da empresa, seu modelo de gestão,

estrutura, ambiente organizacional, seus resultados nas áreas comercial

e financeira; provenientes de suas estratégias e evolução dos seus

processos produtivos. Analisam-se os recursos que a empresa dispõe

para as suas operações atuais ou futuras, sua estrutura organizacional,

seus aspectos positivos e negativos, divisão de trabalho entre

departamentos e unidades, e como os objetivos organizacionais foram

distribuídos em objetivos departamentais. Essa etapa do processo

envolve também a avaliação do desempenho da empresa, em termos de

lucratividade, produção, produtividade, inovação, crescimento e

desenvolvimento dos negócios.

Ao se reunir e analisar esses dados, serão obtidas conclusões

dos pontos fortes e fracos da organização e deverão ser tomadas

medidas cabíveis para minimizar tais pontos fracos e explorar os pontos

fortes. Quanto mais detalhada for esta análise, mais poderá se preparar

objetivamente para enfrentar os obstáculos mais complicados e tirar

proveito das oportunidades certas.

Ao analisar as informações externas, devem ser levados em

consideração dados e fatores que venham a causar algum efeito sobre a

organização. A análise externa envolve mercados abrangidos pela

empresa, características atuais e tendências futuras, oportunidades,

concorrência e perspectivas. Além de analisar também a conjuntura

econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais etc., que

afetam a sociedade e todas as demais empresas.

29

Para Sun Tzu, “se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a

nós mesmos (ambiente interno), não precisamos temer o resultado de

uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo,

para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem

ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas”.

3.4.3 - Definindo metas, objetivos e indicadores: Após a análise interna e externa, definição da Missão, Visão e

Valores da organização, a empresa parte para o desdobramento

estratégico, definindo metas, objetivos e indicadores.

As metas são definidas pelo conjunto de resultados quantitativos

e/ou qualitativos, que a organização precisa alcançar em um

determinado prazo previsto no planejamento, de acordo com a estratégia

escolhida, no contexto do seu ambiente, para concretizar a sua Visão de

futuro e cumprir sua Missão, levando em consideração as limitações da

organização. Ou seja, as metas são necessárias para orientar a

empresa no caminho, no roteiro que deve ser seguido para cumprir o

que se almeja.

Já os objetivos, são as descrições detalhadas do que deve ser

feito para se atingir tais metas. A empresa define os objetivos globais

que pretende alcançar a pequeno, médio e longo prazo, e estabelece a

ordem de importância e prioridade em uma hierarquia de objetivos. Os

objetivos de médio e longo prazo tendem a ser melhores para o

planejamento, mas devem ser acompanhados de metas intermediárias

que sirvam para a avaliação e eventual correção de curso, fazendo uso

de indicadores previamente definidos.

Os indicadores são as formas de medir se as metas e objetivos

estão sendo atingidos, conforme planejados. O importante é que os

indicadores sejam definidos também no início, mas devem ser

eventualmente revistos quando necessário, ao longo do processo. É o

modo de controle de sucesso do planejamento.

30

3.4.4 - Elaborando as ações estratégicas: Neste ponto do planejamento serão utilizadas informações de

todas as etapas anteriores, visando estabelecer estratégias focadas nas

necessidades da organização.

Elaborar as estratégias consiste em determinar o curso de ação

que possibilitará a realização dos objetivos organizacionais pontuados

anteriormente. Deve conter informações e propostas importantes para

que ocorram as melhores tomadas de decisão, tanto diante de situações

previstas como de surpresas, além de proporcionar a existência de uma

organização sólida, capacitada, empreendedora, que age com margens

de segurança e risco devidamente equilibradas em relação a cada

oportunidade vislumbrada, contando ainda com a integração entre a

coordenação de ações e métodos em todos os departamentos da

organização.

Após o estabelecimento das estratégias, faz-se necessário definir

claramente quem será o responsável pela execução de determinada

ação, como e quando será implementada, qual será o cronograma a ser

seguido e qual será o custo da mesma, pois todos os gastos devem ser

calculados, tendo em vista que a partir do momento que as pessoas

estão envolvidas com qualquer tipo de atividade, isso representa gastos

para a organização. Enfim, elabora-se um Plano de Ação.

Os Planos de Ação mais utilizados pelas empresas baseiam-se,

principalmente, em três modelos:

1º) Modelo de liderança total em custos – voltado para a

produção, distribuição e qualquer outro setor diretamente ligado aos

custos. Tem o objetivo de reduzi-los, sem que isso afete a qualidade do

produto, ou seja, busca-se obter um produto com preço menor que a

concorrência e com base nisso, dominar uma maior fatia de mercado

progressivamente rumo à liderança.

2º) Modelo de diferenciação – também voltado para a produção e

distribuição, no entanto, engloba outros setores da organização, como o

31

de Marketing, por exemplo, de acordo com o caso específico e, nesse

modelo os esforços serão concentrados no sentido de diferenciar seu

produto ou serviço dos demais concorrentes, em alguma característica

desejada pelos consumidores.

3º) Modelo do foco – esse modelo pode ser um ou outro, ou até

então ambos citados, com a diferença que ao invés de vislumbrar um

grande mercado, será concentrado num segmento menor.

3.4.5 - Implementando as ações estratégicas:

Esta é a fase de consolidação de todas as etapas realizadas

anteriormente, onde pode-se perceber como será o planejamento na

prática. Uma estratégia clara e programas de apoio bem delineados

podem ser inúteis se a empresa falhar em sua implementação

cuidadosa.

De acordo com o modelo 7-S da empresa de consultoria

McKinsey, o sucesso empresarial é composto por estratégia; estrutura;

sistemas, e ainda, estilo, que significa que os funcionários da empresa

compartilham uma forma comum de pensamento e comportamento;

pessoal, onde a empresa contrata funcionários capacitados, bem

treinados e que executam bem suas tarefas; habilidades, que significam

que os funcionários estão preparados para seguir as estratégias da

empresa; e valores compartilhados, no qual os funcionários dividem

valores e missões. Quando esses elementos estão presentes, as

empresas são, geralmente, mais bem sucedidas na implementação da

estratégia.

3.4.6 - Avaliando e controlando as ações:

A execução das ações estabelecidas deve ser constantemente

analisada, visando mensurar desempenhos, investimentos e verificar se

o cronograma planejado está sendo cumprido. Só assim será possível

32

identificar as dificuldades e falhas, possibilitando a mudança de

estratégia caso seja necessária.

Essa é uma etapa de extrema importância, uma vez que muitos

esforços de planejamento fracassam devido às dificuldades que surgem

no acompanhamento e execução do processo.

Todas as etapas do Planejamento Estratégico devem estar integradas

de forma que sejam complementares, facilitando a compreensão de todos os

profissionais da instituição.

33

CAP ÍTULO 4

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS

HUMANOS

4.1 – Conceituando Planejamento Estratégico de RH:

Atualmente, empresários e executivos vêm se conscientizando da

importância que a antecipação dos acontecimentos tem para o sucesso de sua

empresa. Sendo assim, começam a perceber o Planejamento Estratégico como

fator essencial na minimização de riscos.

Nesse novo e competitivo cenário de trabalho, o departamento de

Recursos Humanos deve desempenhar um papel mais significativo do ponto de

vista estratégico, intermediando, orientando e apoiando os interesses da

organização. Estas novas responsabilidades exigirão a participação efetiva e

direta deste na elaboração estratégica, para que a empresa obtenha o sucesso

desejado e se mantenha competitiva no mercado.

Surge então, como fator de diferenciação competitiva e real da empresa,

o Planejamento Estratégico de Recursos Humanos (PERH), um processo

dinâmico e integrado com as propostas da organização. O PERH é uma

projeção de como a empresa vai adquirir e utilizar seus recursos humanos em

busca do alcance dos objetivos traçados pela empresa.

“O planejamento estratégico de RH refere-se à maneira como a função

de RH pode contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais e,

simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais dos

funcionários” (Chiavenato, 1999: p.14).

Para Almeida, Teixeira e Martinelli (1993), os Recursos Humanos

possuem uma particularidade em relação às outras áreas da empresa, pois,

além de tratar das estratégias para o atendimento de suas próprias

34

necessidades, precisa também cuidar das estratégias quanto ao envolvimento

das pessoas nos objetivos propostos pela organização.

As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para

atingir seus objetivos e cumprir suas Missões. Sendo assim, Planejamento

Estratégico de Recursos Humanos pressupõe um amplo envolvimento dos

próprios funcionários em sua elaboração, a fim de conhecer quais são as suas

necessidades.

Segundo Marco Aurélio Vianna, membro da Academia Brasileira de

Ciência da Administração (ABCA), “A entrada do RH é a resposta natural ao

entendimento de que uma empresa estrategicamente triunfadora é formada por

seres humanos triunfadores, porque a empresa não é só um projeto, um fluxo

de caixa ou um organograma, mas sim um conjunto de Valores, Crenças,

Paradigmas, ou seja, um fenômeno humano”.

Mesmo que o funcionamento do Planejamento Estratégico de Recursos

Humanos esteja ajustado e em funcionamento como previsto, há de se

considerar que a área mais sujeita às mudanças na empresa resultantes dos

contextos de economia e política, é exatamente a de Recursos Humanos. Por

isso, para que o projeto seja eficaz permanentemente, é fundamental que seja

revisado, atualizado e aperfeiçoado permanentemente.

4.2 – Benefícios e contribuições diretas nos resultados:

• Diminuição da rotatividade de funcionários;

• Melhora no processo de Recrutamento e Seleção, com

redução de custos;

• Integração;

• Treinamento;

• Comunicação;

• Gestão do Crescimento das Pessoas – Plano de Carreira;

35

• Manutenção e aumento da produtividade;

• Maior eficiência dos processos;

• Validação dos organogramas;

• Descrição de Cargos – responsabilidades e atribuições;

• Avaliação de desempenho do cargo;

• Foco em resultados / eliminação de disperdícios;

• Disseminação de conhecimento na empresa;

• Disponibilização de canais de comunicação;

• Disseminação da cultura organizacional;

• Definição de indicadores de desempenho que apresentem os

resultados alcançados.

4.3 – Etapas de elaboração do Planejamento Estratégico

de RH:

O processo de elaboração do Planejamento Estratégico para a área de

Recursos Humanos segue as etapas realizadas no Planejamento estratégico

em qualquer outra área da empresa, contanto, conta com algumas

características próprias e fundamentais para o seu sucesso:

1ª)� Avaliação da estratégia atual – trata-se da identificação da estratégia

que a organização vem adotando em relação aos Recursos Humanos. Envolve

aspectos como a política de benefícios, treinamento, além de analisar se as

estratégias estão coerentes e o que será alcançado.

2ª) Avaliação do ambiente – fazer uma análise ambiental visa antever os

problemas que possivelmente ocorrerão durante o ciclo de planejamento, no

meio ambiente externo e interno da empresa, buscando identificar, entre outras

coisas, se haverá falta de algum tipo de profissional para a empresa

futuramente. Fazer uma cuidadosa análise do ambiente organizacional interno

36

terá influência na realização dos objetivos organizacionais, podendo ser

realizada através de pesquisas de clima organizacional ou reuniões com os

funcionários, por exemplo.

3ª) Estabelecimento do perfil estratégico – é o delineamento de objetivos

e estratégias, onde os Recursos Humanos levará em consideração, não só

seus próprios interesses, como também inseri-los no contexto organizacional,

ou seja, deverá identificar sua coerência com os objetivos estratégicos da

corporação de curto, médio e longo prazo. Uma vez estabelecidas as

estratégias, é fundamental que os colaboradores sejam treinados a pensar

estrategicamente, de forma que o departamento de Recursos Humanos passe

a agir, produzir e a vivenciar o trabalho como uma força estratégica da

organização, criando um diferencial competitivo efetivo.

4ª) Análise das características dos cargos – nessa etapa, deverão ser

analisadas as características dos cargos que terão seu perfil modificado em

função das prioridades do Planejamento Estratégico. É necessário que se

estabeleça quais os cargos que serão modificados e que tipo de tratamento

terá que ser dispensado. Para isso, há necessidade de se conhecer

profundamente os indivíduos de trabalham na empresa e confrontá-los com as

exigências dos cargos que eles ocupam, considerando-se, não só o perfil atual

do cargo, mas principalmente o que ele será no futuro.

5ª) Quantificação dos objetivos – o departamento de recursos Humanos

deverá estimar o quanto de capital financeiro será necessário para salários,

benefícios, treinamentos, avaliando se será possível adequá-lo a

implementação dos objetivos anteriormente propostos.

6ª) Finalização e divulgação – nessa etapa há a criação de um relatório

sobre o Planejamento Estratégico, que deve ser disponibilizado e discutido com

as demais áreas da organização, objetivando esclarecer a importância das

medidas planejadas.

7ª) Acompanhamento – é o controle que deverá ser feito pelos Recursos

Humanos, atento às formas de realização de tudo conforme o planejado. Há a

37

necessidade de reavaliar, a cada passo, as estratégias, com suas correções,

quando necessárias.

4.4 – Resistências ao Planejamento Estratégico de RH:

Durante a elaboração e implementação do planejamento, podem surgir

algumas dificuldades, tanto por parte dos funcionários, quanto por parte de

estratégias equivocadas ou dos líderes.

Alguns dos principais fatores que interferem e/ou dificultam o sucesso

das estratégias nas empresas são:

1º) Grande parte das organizações ainda vê a Administração de

Recursos Humanos como um custo inevitável e não como um investimento

imprescindível, com isso seu planejamento, muitas vezes, não recebe a

colaboração do restante da organização. Conforme defende Silva (2003, p.17),

é fundamental que as empresas passem a “valorizar e entender que seus

recursos humanos, sendo bem administrados, deixarão de representar custos e

passarão a significar investimentos e que isso não se trata de utopia ou

modismo e sim de capacidade e competência para administrar

profissionalmente aquilo que, de fato, é precioso e pode trazer, na prática,

grandes e valiosos resultados para a organização”.

2º) Muitas empresas implantam ações e programas de RH para atender

reivindicações e/ou solucionar conflitos internos e não de forma integrada e

estratégica aos objetivos da organização.

3º) A maior parte dos líderes tem mais preparo para lidar com questões

técnicas e operacionais do que de gestão de pessoal.

4º) Em muitas empresas, as atividades, tanto de Planejamento de

Recursos Humanos, como de sua administração, são desenvolvidas

isoladamente, não permitindo a participação ou envolvimento de outras

diretorias e lideranças;

5º) Ausência de formação, experiência ou visão por parte do Gestor do

departamento de Recursos Humanos.

38

Elaborar um Planejamento Estratégico de Recursos Humanos implica

em ter consciência de que dificuldades durante o percurso ocorrerão. Para tal,

se faz essencial também, o líder, que se diferencia não pela sua habilidade de

fazer o certo, mas sim pelo impacto das suas ações sobre os outros indivíduos.

Por isso, um líder ético e flexível colabora para que essas dificuldades sejam

minimizadas, ou até mesmo, não existam.

39

CONCLUSÃO

Acompanhar as transformações do mundo é, ao mesmo tempo

necessário, mas complexo quando se trata do mundo empresarial. À medida

que a concorrência por mercados se intensificava e as mudanças se difundiam,

uma única estratégia, englobando presente e futuro, não oferecia mais a base

para uma gestão eficaz das organizações, muito menos para administrar tais

mudanças.

Ao longo dos anos, pode-se perceber a luta dos gestores por empresas

mais competitivas e que soubessem enfrentar e sobreviver à crises, tanto

internas, quanto do mercado externo.

Atualmente, os líderes buscam novas formas de integrar seus

funcionários, objetivos, metas, Missão, Visão, entre outros fatores essenciais

para o seu sucesso. A capacidade das empresas de ter hoje um desempenho

eficaz depende de decisões que foram tomadas anteriormente, as decisões

que tomam hoje de seguir em determinada direção encaminham para

resultados no futuro. “O processo administrativo que proporciona sustentação

metodológica para se esclarecer a melhor direção a ser seguida pela empresa,

visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma

inovadora e diferenciada” (Chiavenato, 1996).

No contexto das mudanças estruturais das organizações, surge a área

dos Recursos Humanos, não mais como um departamento burocrático, como

era no início, mas como um contribuinte nas estratégias da empresa. A partir

de então, busca-se através do planejamento, minimizar riscos, integrar a

empresa e antever os acontecimentos futuros.

Surge então, o Planejamento Estratégico de Recursos Humanos, não

como um documento estático, mas sim um instrumento dinâmico de gestão,

que contém decisões antecipadas sobre a linha de atuação a ser seguida pela

organização no cumprimento de sua Missão.

40

O planejamento, atualmente, requer uma estratégia própria, uma visão

de como a empresa precisa funcionar hoje e no futuro, de acordo com suas

competências e seus focos, determinando a função de cada profissional.

Para Chiavenatto (1996), a gestão de RH consiste no planejamento, na

organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas

capazes de promover o desempenho eficiente de pessoal, ao mesmo tempo

em que a organização representa o meio que permita as pessoas que com ela

colaboram, alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou

indiretamente com o trabalho. Nesse momento entra o Planejamento

Estratégico de RH, com o objetivo de pontuar todas essas necessidades para o

futuro da organização.

Esta Monografia procurou destacar a importância do Planejamento

Estratégico dentro do processo de Administração Estratégica, apontando-o

como uma ferramenta útil para a gestão das organizações em meio a esse

competitivo mercado. Além disso, foram descritos alguns conceitos importantes

sobre Administração Estratégica, visão e gestão estratégica que em muito

podem contribuir para a reflexão dos administradores, e que estão diretamente

relacionados ao processo de Planejamento Estratégico de Recursos Humanos.

41

BIBLIOGRAFIA

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Fundação João Pinheiro, 1979.

http://www.wikipedia.org/

Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2008.

44

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 2

AGRADECIMENTO ........................................................................................... 3

DEDICATÓRIA .................................................................................................. 4

RESUMO ........................................................................................................... 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 6

SUMÁRIO .......................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9

CAPÍTULO 1 – O departamento de Recursos Humanos ............................ 11

1.1 – Função dos Recursos Humanos no ambiente organizacional ao

longo dos anos ................................................................................................. 11

1.2 – O RH estratégico .......................................................................... 13

1.3 – Perfil do profissional de Recursos Humanos ............................... 14

CAPÍTULO 2 – Administração Estratégica .................................................. 16

2.1 – Definindo Administração Estratégica ........................................... 16

2.2 – Uma breve perspectiva histórica .................................................. 17

45

2.3 – O processo de Administração Estratégica ................................... 18

2.4 – Administração Estratégica de Recursos Humanos ...................... 19

CAPÍTULO 3 – Planejamento Estratégico .................................................... 21

3.1 – O Planejamento Estratégico e seus conceitos ............................. 21

3.2 – Características do Planejamento Estratégico .............................. 22

3.3 – Níveis do Planejamento Estratégico ............................................ 24

3.3.1 – Planejamento Estratégico Corporativo ........................... 24

3.3.2 – Planejamento Estratégico do Negócio ........................... 24

3.3.3 – Planejamento Estratégico de Nível Funcional ................ 25

3.4 – Etapas do Planejamento Estratégico ........................................... 26

3.4.1 – Definindo Missão, Visão e Valores da organização ....... 26

3.4.2 – Analisando o ambiente ................................................... 27

3.4.3 – Definindo metas, objetivos e indicadores ....................... 29

3.4.4 – Elaborando as ações estratégicas ................................. 30

3.4.5 – Implementando as ações estratégicas ........................... 31

3.4.6 - Avaliando e controlando as ações .................................. 31

CAPÍTULO 4 – Planejamento Estratégico de Recursos Humanos ........... 33

4.1 – Conceituando Planejamento Estratégico de RH ......................... 33

4.2 – Benefícios e contribuições diretas nos resultados ...................... 34

4.3 – Etapas de elaboração do Planejamento Estratégico de RH ....... 35

4.4 – Resistências ao Planejamento Estratégico de RH ...................... 37

CONCLUSÃO ................................................................................................. 39

46

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 41

ÍNDICE ............................................................................................................. 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 46

47

HORAS ACADÊMICAS

48

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre – Universidade

Candido Mendes.

Título da Monografia: Planejamento Estratégico de Recursos

Humanos: Um diferencial competitivo.

Autora: Julia Alvarenga de Mello da Silva.

Data de entrega: 16 de Fevereiro de 2009.

Avaliado por: Conceito: