iv - diferenciaÇÃo magmÁtica

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IV – DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA U3 – PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES

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Page 1: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

IV – DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICAU3 – PROCESSOS E

MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM

AMBIENTES TERRESTRES

Page 2: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Um magma, diferentes rochas como?

Profª Sandra Nascimento

A enorme diversidade de rochas magmáticas não é compatível com poucos tipos magmáticos.

Uma vez formados, os magmas tendem a evoluir quimicamente, através de um conjunto de processos, ditos diferenciação magmática.

Só assim se explica, como por exemplo, que os granitos resultem não só da consolidação de magma riolítico, como também de magmas basálticos.

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Diferenciação magmática

Processos que podem ocorrer durante a evolução de um magma até à formação de rochas magmáticas:

Profª Sandra Nascimento

Cristalização fraccionadaDiferenciação gravíticaAssimilação magmática

Mistura de magmas

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Um magma, diferentes rochas como?

O magma é uma mistura de substâncias minerais, com pontos

de solidificação diferentes.

Cristalização desses minerais a temperaturas diferentes, num

magma residual cuja composição varia continuamente.

CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA (realizada em tempos

diferentes)

Profª Sandra Nascimento

Page 5: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Cristalização fraccionada

Quando um magma (basáltico) começa a arrefecer, ocorre a génese dos minerais segundo uma ordem definida, da qual resulta uma diferenciação magmática por cristalização fraccionada.

A diferenciação magmática é um processo que, a partir do mesmo magma, conduz à formação de magmas com composição diferente.

Profª Sandra Nascimento

Magma basáltic

o

Magma andesíti

co

Magma riolítico

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Série de Bowen

A sequência de cristalização dos minerais (cristalização fraccionada) é conhecida por série reacional de Bowen.

Primeiro cristalizam os minerais de ponto de fusão mais elevado e, seguidamente, os de ponto de fusão mais baixo.

Profª Sandra Nascimento

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Série de Bowen

Profª Sandra Nascimento

Alta temperatura

Baixa temperatura

Peridotito

Basalto Gabro

Andesito Diorito

Riolito Granito

Olivina

Piroxena

Anfíbola

Biotite

Anortite (+ Ca2+)

Feldspato potássico /ortóclase

Moscovite

Quartzo500ºC

Série Descontínua

Plagióclases

Albite (+ Na+)

Série Contínua

cri

staliz

açã

o

Tem

pera

tura

de fu

são

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Série de Bowen

Na sequência de Bowen consideram-se duas séries de reações: Série descontínua ou série dos minerais

ferromagnesianos; Série contínua ou série das plagióclases.

Profª Sandra Nascimento

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Série descontínua ou dos minerais ferromagnesianos

Durante o arrefecimento, os minerais, ao reagirem com o magma residual, originam novos minerais com uma composição química e uma estrutura cristalina diferente

Profª Sandra Nascimento

Todos os minerais desta série possuem ferro (Fe) e magnésio (Mg).

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Série contínua ou das plagioclases

As plagiocláses, uma vez formadas, reagem com o magma residual, sendo o cálcio progressivamente substituído pelo sódio, originando plagióclases de composição gradualmente diferente, mas que mantêm a sua estrutura interna.

Profª Sandra Nascimento

Anortite

Albite

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Série de Bowen

Após a cristalização dos minerais das duas séries, o magma residual apresenta um baixo teor em Fe e Mg e um elevado teor em sílica (SiO2), K+ e Al forma-se o feldspato potássico, moscovite e quartzo.

Profª Sandra Nascimento

Page 12: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Quartzo

Último mineral a cristalizar (ponto de fusão mais

baixo) ocupa os espaços existentes entre os minerais já formados.

Formado a baixas temperaturas mais estável quando sujeito a meteorização à superfície.

Profª Sandra Nascimento

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Diferenciação gravítica

Durante a consolidação, os cristais formados podem ir-se separando do magma residual e, assim, um mesmo magma original pode originar rochas diferentes.

Se a pressão comprime o local onde se formam os cristais, o magma residual tende a escapar por pequenas fendas, enquanto os cristais ficam no local da sua formação.

Profª Sandra Nascimento

Page 14: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Diferenciação gravítica

Se os cristais são menos densos ou mais densos do que o líquido residual, eles deslocam-se para o cimo ou para o fundo da câmara magmática, respectivamente e, tendem a acumular-se por ordem da sua formação e por ordem das suas densidades

Profª Sandra Nascimento

Page 15: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Filões

Profª Sandra Nascimento

As últimas frações do

magma (água,

voláteis, sílica e

outros solutos

minerais) – soluções

hidrotermais podem

preencher fendas das

rochas e solidificar,

originando filões.

Filão

Praia de Ribeira D´Ilhas

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Assimilação magmática

Durante a ascensão do magma, este atravessa rochas encaixantes a uma menor temperatura, pelo que vai reagindo com elas e alterando a sua composição inicial.

Profª Sandra Nascimento

Xenólitos de granito (arrancados durante a ascensão de magma) em basalto

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Mistura de magmas A mistura de magmas acontece quando entre

materiais em fusão, como sucederá em zonas orogénicas, onde magmas primários, basálticos, se poderão misturar com magmas secundários, de composição granítica.

Profª Sandra Nascimento

Page 18: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

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Resumindo …

Magma parental

Fração magmátic

a 1

Rocha magmátic

a 1

Fração magmátic

a 2

Rocha magmátic

a 2

Profª Sandra Nascimento

Diferenciação magmática

Cristalização fraccionada + diferenciação

gravitica

Assimilação magmática

Mistura de magmas

Page 19: IV - DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

FIM