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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACUDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA Por: Nacimilson Ramos da Silva Orientadora: Orientadora: Profª. Maria Esther de Araújo Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand TAPAUÁ/AM 2014

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACUDADE

INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA

Por: Nacimilson Ramos da Silva

Orientadora: Orientadora: Profª. Maria Esther de Araújo

Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand

TAPAUÁ/AM

2014

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS – GRADUAÇÃO LATO SENSU

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA

Por: Nacimilson Ramos da Silva

Apresentação da Monografia (Versão Final) à AVM -

Faculdade Integrada – Universidade Cândido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Educação ambiental.

Orientadora: Profª. Maria Esther de Araújo

Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand

TAPAUÁ

2014

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, quero agradecer ao

nosso Deus todo poderoso pela

oportunidade de estar aprimorando os

meus conhecimentos acerca da

educação. Aos meus familiares, pelo

incentivo que me tem proporcionado para

que eu continue sempre em busca do

conhecimento, pois a nossa vida é repleta

de descobertas e não podemos parar no

tempo.

DEDICATÓRIA

Dedico esta pesquisa especialmente ao

nosso Deus, que sem a sua misericórdia

não estaríamos nem vivos. Aos meus

pais, esposa e aos meus filhos, que foram

à razão pelo qual não medimos esforços

para superar os obstáculos encontrados

nesse trabalho.

RESUMO

O tema: “Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, direcionado ao município de Tapauá-AM”, uma pesquisa de campo que tem como objetivo central pesquisar as possibilidades e desafios de um desenvolvimento sustentável voltado para o crescimento social,econômico e ambiental da região, pois acredita-se que a sustentabilidade da vida depende das relações que o homem mantém com seu meio natural. Assim, a temática será dividida em quatro capítulos. O primeiro salienta sobre a importância da sustentabilidade para a permanência dos recursos naturais, assim como a capacidade de interação entre homem e natureza, preservando para as futuras gerações, promovendo desenvolvimento e respeito à vida. O segundo comenta sobre a importância da concepção de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, seus desafios e possibilidades, assim, com as leis que regem a questão ambienta e o desenvolvimento sustentável. Já o terceiro capítulo enfatiza a importância da temática, Desenvolvimento Sustentável para a Amazônia, seus problemas, dificuldades e potencialidades, assim como as práticas que podem e que já são implantadas como forma manejo sustentável, onde podemos salientar todo o potencial que a região do nosso município apresenta para a prática sustentável de seus recursos, assim, promovendo o conhecimento e a ética ambiental. Contudo, ainda serão salientadas as comunidades que realizam a sustentabilidade de suas populações através do manejo sustentável de seus recursos naturais. No capitulo 4 serão apresentados dados sobre a pesquisa, onde iremos explicar os problemas e possibilidade da sustentabilidade na Amazônia, em fim, o trabalho irá busca informação para melhor compreensão sobre desenvolvimento sustentável.

METODOLOGIA

Dado a questão social, econômica e também ambiental que a região

amazônica se encontra especificamente o Município de Tapauá-AM, onde

observa-se a necessidade de se criar uma forma de sustentabilidade, onde a

população venha buscar nos recursos da natureza a valorização da vida,

conciliando desenvolvimento e preservação ambiental, assim, este estudo será

direcionado a questão do desenvolvimento sustentável na região do município

de Tapauá - AM, onde será feito a coleta de dados através das informações

encontradas ou coletadas, através de entrevista com membros do poder

municipal, abordando a temática da sustentabilidade, assim como relatos sobre

proposta de Desenvolvimento Sustentável. A pesquisa será realizada nos

períodos de fevereiro a abril podendo expandir aos dias de julho de 2014.

Para que venhamos a desenvolver esta pesquisa será utilizada metodologia

com propostas e abordagem teóricas que melhor se identifique com o tema em

questão.

Acredita-se que a Metodologia como parte integrante de um projeto de

pesquisa se configura nos passo por onde o pesquisador deve caminhar para

orientar a condução da investigação cientifica. No qual buscaremos no método

científico a compreensão dos fatos da natureza, bem como das relações

humanas na vida sociocultural, assim a pesquisa significa pesquisar, buscar

com diligência identificar, analisar, relacionar e refletir a temática,

Desenvolvimento Sustentável na Amazônia.

Neste sentido acredita-se que a Amazônia como centro do processo de

formação da vida social, cultural e econômica de sua população, seja ela rural

ou urbana, assim como as demais formas de vida existentes em seu

ecossistema. No entanto, os problemas de desmatamentos, destruição da

fauna e flora, desvalorização da cultura dos povos da região e o avanço da

exploração de seu recurso natural, assim como a importância e o valor que ela

representa para o planeta e para as pessoas que nela habitam. No qual

perpassa a idéia de estabelecer um modelo de Desenvolvimento econômico e

social que seja aplicado a partir dos recursos aqui existentes, dando ênfase ao

seu potencial natural.

Assim, o desenvolvimento da investigação está na quantidade de métodos

existentes, ou seja, no conhecimento e na escolha dos métodos e abordagens

que melhor nos informe sobre a questão investigada. Acredita-se que a

temática investigada tem maior relação com o ENFOQUE

FENOMENOLÓGICO-HERMENÊUTICO. Por se tratar de uma investigação

sobre a relação desenvolvimento humana e preservação da natureza, já que a

mesma é de forma qualitativa e decorre de fatos vivenciados e colhidos

mediante a realidade que vivemos. Com tudo este tipo de abordagem abrange

um nível de articulação técnico e teórico bastante amplo, com características

de utilizar técnicas não-qualitativas: como entrevistas, depoimentos e outros,

também privilegiam estudos teóricos e analises de documentos e textos.

Dentro desse contexto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o temática

baseado em diversas concepções teóricas como: Delmo (1987), Cervo (1996),

Gil (1999), que enfatizam o método e as técnicas de pesquisa e Gamboa

(2000) com seus níveis de articulação técnicos e teóricos.

No processo de desenvolvimento deste trabalho acadêmico foi utilizado o

método indutivo, assim como, a pesquisa Bibliográfica, o estudo de caso, a

pesquisa documental, o método comparativo, histórico e estatístico, e técnicas,

oral, visual, observacional. Mesmo conhecendo a importância dos demais

métodos e técnicas existentes optou-se por estes, por acredita-se ser

necessário para o desenvolvimento da pesquisa.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I- Sustentabilidade e Desenvolvimento________10

CAPÍTULO II- Concepção de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável________________________________________12

2.1 - Desenvolvimento Sustentável utopia ou solução?__________________13

2.2 – Legislação e Educação Ambiental______________________________14

CAPÍTULO III – A importância do Desenvolvimento Sustentável

na Amazônia________________________________________19

3.1 – Práticas para a criação do Desenvolvimento Sustentável____________20

3. 2– Potencial Sustentável no município de Tapauá – AM_______________23

3. 3 – Conhecimento e ética ambiental_______________________________25

3. 4 – Comunidades Sustentável na Amazônia________________________29

CAPÍTULO IV – Apresentação e discussão dos resultados___31

4.1- Conclusão e recomendações __________________________________34

BIBLIOGRAFIA_______________________________________35

WEBGRAFIA_________________________________________37

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INTRODUÇÃO

O tema deste estudo é centrado na questão do Desenvolvimento Sustentável na qual irá buscar ou coletar dados que melhor informe sobre o tema em questão, assim desenvolverá o título sobre sustentabilidade e desenvolvimento. Uma pesquisa que nos leva a questionar: O que podemos prever para o futuro da humanidade se ela não criar programas e projetos de sustentabilidade que possa suprir a demanda do desenvolvimento social, cultura, industrial e tecnológico? Motivo pela qual nos leva a justificar a Amazônia é um dos biomas mais valioso e rico do mundo, destaca-se em nível mundial por possuir a maior massa florestal contínua, o maior estoque de biodiversidade do planeta e as mais importantes bacias de água doce do mundo. Esses recursos, todavia, ainda estão num estagio de exploração parcial, e as ameaças de esgotamento está presente em todos os níveis do seu ecossistema, principalmente do que diz respeito a sua flora e fauna.

O que nos últimos anos esse problema só aumenta, pois a cada dia as explorações desses recursos são realizadas de forma aleatória, sem um controle adequado presente na escassez de muitas espécies de animais silvestre, e mais ainda em suas matas, que constantemente são mortas uma enorme quantidade de arvores, conseqüência de queimadas e derrubadas promovida por agricultores, madeireiras e fazendeiros, fruto da falta de consciência ecológica

O mesmo acontece com seus rios e lagos, onde a quantidade de pescado que abastece as comunidades e cidades da região estão desaparecendo, fruto da pesca predatória. Daí a necessidade urgente do estabelecimento de um modelo de desenvolvimento que considere as potencialidades da região, bem como sua população.

Na qual foi estabelecido um objetivo geral que irá identificar os modelos de desenvolvimento sustentável em questão, assim como alguns específicos como: analisar os desafios e possibilidades do desenvolvimento sustentável; Relacionar o processo histórico econômico, cultural, social, político e ambiental; Refletir os problemas sociais e ambientais com a questão do desenvolvimento sustentável.

Daí nos veio à hipótese sobre a questão do desenvolvimento social, econômico, cultural e políticos de um povo, estão e sempre estiveram voltados para as riquezas que ele produz ou explora. Assim, dado o avanço da exploração dos recursos naturais de forma desordenada sem um controle do que se retira da natureza, o que acontecerá com a humanidade se ela não controlar essa exploração? Provavelmente irá acontecer uma série de fatores que irão refletir na saúde social e ambiental do planeta.

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Para uma melhor compreensão do desenvolvimento da pesquisa iremos distribuir em capitulo, onde o capitulo I, abordará a questão da sustentabilidade da vida, tanto humana quanto natural, com seus problemas, objetivos e possibilidade, capitulo II será referente à metodologia que irá enfatizar os métodos e técnicas de pesquisas, onde serão escolhidas as formas de procedimento da pesquisa, já o capitulo III irá enfatizar a questão teórica, com seus argumentos, questionamentos sobre a temática, Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, assim como analise do material coletado e conclusão da pesquisa.

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CAPÍTULO-I Sustentabilidade e Desenvolvimento

Quando enfatizamos a questão da sustentabilidade e desenvolvimento, estamos nos referindo à condição ou processo de um sistema que permite a permanência, em certo nível, por um determinado tempo. Atualmente este conceito tornou-se um princípio muito usado para o uso dos recursos naturais. Também pode está relacionado à capacidade do ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. Onde o principal instrumento para a conservação da biodiversidade é a existência de áreas protegidas, onde teve inicio durante o século XIX, mais exatamente em 1872 quando foi criado o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, com o propósito de preservar a paisagem daquela região para que as futuras gerações.

No Brasil, tivemos medidas tomadas quanto à proteção da natureza durante o período imperial, com a aprovação do Código Florestal, por decreto em 1934, onde foi criado regras para a proteção e uso das florestas e também limitou-se o direito de uso das propriedades, estabelecendo a reserva obrigatória de 25℅ de vegetação nativa em cada propriedade rural, mais tarde com a aprovação do Código Florestal em 1965, com a lei 4771/65, onde foi criada a Reserva Legal (RL) e instituiu os espaço protegidos chamados de Área de Preservação Permanente (APP), que não possuem delimitação territorial.

Assim, é importante salientar que a temática em questão está ligada ao meio ambiente, ou seja, ao desenvolvimento sustentável, no entanto sustentabilidade e desenvolvimento é um termo bastante complexo, pois atende a um conjunto de variáveis interdependentes, mas podemos dizer que deve ter a capacidade de interagir com questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais.

Ele é o principal agente das ações modificadoras do meio natural, representado na sua forma de exploração e no desenvolvimento de suas tecnologias. Energética, também faz parte da sustentabilidade, pois sem energia não há sustentabilidade e nem tão pouco desenvolvimento, já que a energia é à base de todo o desenvolvimento econômico. No entanto, sem considerar a questão ambiental não há sustentabilidade com o meio ambiente degradado o homem abrevia o seu tempo de existência, a economia não desenvolve e o futuro se torna insustentável.

Portanto, o termo sustentabilidade está relacionado com a responsabilidade social das organizações, seja ela política, industrial ou econômica, já o desenvolvimento representa crescimento, seja ele econômico, cultural, social ou político, ou seja, os dois conceitos então diretamente

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relacionados ao desenvolvimento sustentável, a preservação da vida e dos recursos naturais, que serão enfatizados no decorre desse trabalho.

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CAPITULO-II Concepção de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Percebendo a importância da percepção do meio ambiente para o conhecimento das mais abrangentes questões ambientais, para uma melhor compreensão e necessária esclarecer que o meio ambiente não está limitado apenas à questão da fauna e da flora, e nem tão pouco a ecologia ou até mesmo aos ecossistemas, mesmo eles sendo importante deve ser compreendido como um sistema complexo de múltipas inter-relações e características próprias, pois ele se define a partir das ações humanas e os impactos causados por eles. Assim as definições de meio ambiente devem ter um caráter único, ou seja, instrumento de trabalho para harmonizar as concepções de relacionamento, sensibilizando o homem em relação à sua inserção e interdependência com o seu meio natural.

Com essa preocupação, temos de esclarecer as origens da expressão Meio Ambiente, sua etimologia. Segundo Coimbra (2002 p. 23-25):

[...] a palavra MEIO nos leva a uma superfície ou volume em que se insere um ponto qualquer; tem portanto, uma conotação espacial, geométrica; desde que se está dentro, ou inserido, vale dizer que se está no meio, ainda que as distancias dos extremos não sejam perfeitamente regulares. (...) A palavra AMBIENTE é composta de dois vocábulos latinos: a preposição amb (o) (ao redor, à volta) e o verbo ire (ir) que se fundem numa aritmética muito simples, amb + ire = ambire. Desta simples operação resulta uma soma importantíssima, ir à volta. AMBIENTE, pois, é tudo o que vai à volta, o que rodeia determinado ponto ou ser.

Atualmente, o meio ambiente é considerado como vital, o conjunto de fatores físico-naturais, estético, culturais, sociais e econômicos que interagem entre si, com o individuo e com a comunidade em que vive, determinando sua forma, caráter, comportamento e sobrevivência. O que deve ser entendido como o conjunto de relações de troca entre sociedade e natureza, ou seja, um espaço de tempo concreto.

Neste contexto, o tema, Desenvolvimento Sustentável está relacionado à temática ambiental, pois ao fazer referencia a questão, os PDNs destacam:

Ao tratar a temática ambiental o importante é polemizar a questão dos modos de vidas atuais, sejam eles urbanos ou rurais, evidenciando os aspectos sociais, culturais e ambientais comumente percebidos como produtos da modernidade, evolução da técnica, do acesso e imposição de tecnologias nos diferentes lugares do mundo. (BRASIL, 1997, p.113)

É no contexto de crise e da busca do deslocamento do lucro para a vida é que a Educação Ambiental assume a sua importância diante do processo destruidor, por meio da conscientização de populações para a possibilidade de

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convivência dos seres humanos com a natureza, voltado por conhecimento ético no exercício da cidadania.

Um exemplo claro de cidadania é quando os membros de uma comunidade percebem a escassez de peixes num lago, organizam-se e luta pela causa ecológica, fazendo uso de seus direitos e deveres como cidadãos e como grupo social.

Bem sabemos que o maior desafio da humanidade é estabelecer uma relação de respeito com seu meio natural, assim a Educação Ambiental deve ser considerada como o processo que permite ao individuo compreender as relações de interdependência com seu entorno, a partir do conhecimento reflexivo e critico de sua realidade natural, social, política, econômica e cultural, para que, a partir da realidade concreta, possam ser geradas atitudes de valorização e respeito por seu ambiente. Essas atitudes, portanto devem estar assentadas em critérios para a melhoria da qualidade de vida e de uma concepção de Desenvolvimento Sustentável, que segundo o conceito: “é aquela que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas” (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991, p. 44).

Segundo o conceito sobre a temática em questão, é a forma de desenvolvimento que não agride o meio ambiente de forma que não venha prejudicar o desenvolvimento vindouro, ou seja, uma forma de desenvolver sem criar problemas que possam interferir ou prejudicar o desenvolvimento no futuro da vida natural de toda a biosfera terrestre. 2.1- Desenvolvimento Sustentável, utopia ou solução?

Certamente que o termo Desenvolvimento Sustentável é algo que nos remete ao pensamento de desenvolvimento e prosperidade sem afetar o meio natural, o que nem todos concordam, pois alguns questionam ser impossível esse tipo de desenvolvimento sem gerar impactos sociais, econômicos, políticos, culturais e ecológicos. Para outros é a solução, já que nós atualmente estamos mais conscientes do nosso papel no processo de tomada de decisão quanto à utilização e aproveitamento dos recursos naturais, considerando este um item fundamental para se alcançar o Desenvolvimento Sustentável. Que segundo Coimbra (2002, p. 50):

[...] é falso o dilema “Ou Meio Ambiente ou Desenvolvimento”. O Meio Ambiente é fonte de recurso para o desenvolvimento. Eu diria mais: são termos recíprocos que não se entendem isolados. O Homem, “administrador da casa” deve conhecê-la melhor para utilizá-la por mais tempo e, assim, cumprir a sua finalidade e assegurar a própria espécie; aliás, faz parte de uma mentalidade desenvolvida saber comporta-se ecologicamente. O Desenvolvimento se processará em função do Homem.

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Sabe-se que é necessário mais que o envolvimento do homem com a

questão ambiental, é preciso compromisso dos setores públicos e privados na busca de soluções de bens para todos, de modos de produção não alienadores que criem meios de vida com maior dignidade, assim buscando um crescimento econômico cujas prioridades de produção sejam direcionadas as necessidades básicas, como, geração de empregos em comunidades locais, acesso aos serviços básicos, saneamento, saúde e educação. Assim, o desenvolvimento deve ser um.

[...] processo contínuo e progressivo, gerado na comunidade e por ela assumido, que leva as populações a um crescimento global e harmonizado de todos os setores da sociedade, através do aproveitamento dos seus diferentes valores e potencialidades, de modo a produzir e distribuir os bens e serviços necessários à satisfação das necessidades individuais e coletividades do ser humano por meio de um aprimoramento técnico e cultural, e com menor impacto ambiental possível. (COIMBRA, 2002, P. 51).

Com esta visão, para chegarmos a um Desenvolvimento Sustentável como solução, e não como utopia. Assim, o importante é o aprimoramento de uma sociedade sustentável, em que os valores sociais sejam mais importantes que o econômico. Ou como enfatiza Bursztyn (1993, p.22):

a alternativa, portanto, parece clara. É preciso navegar com segurança ente os extremos de um “naturalismo” desumanizador e de um “economismo” destruidor. O respeito à vida deve ser a referencia norteadora básica.

Acredita-se que é um grande desafio programar um modelo de desenvolvimento que atenda as necessidades básicas da população, com o uso racional de seus recursos, dado as diferenças regionais, culturais e políticas de cada região ou Estado. Alcançar o objetivo de “desenvolvimento” é muito grande, pois depende de estratégias adequadas para a gestão de seus recursos naturais e, mais do isso, conceber formas de promover o bem-estar da população sem aceitar que seu capital natural seja usado e degradado por países ditos desenvolvidos, pois segundo Brasil (1991, p. 21).

O grande desafio, por conseguinte, é buscar novas formas de cooperação que, sem desconhecer a assimetria atual, entre o Norte e o Sul, permitam o surgimento de uma nova ordem internacional, em que os interesses nacionais contribuam para o fortalecimento dos interesses mundiais, em perfeita sintonia com o direito soberano de cada país.

2.2- Legislação e Educação Ambiental

Buscar estratégias para alcançar o Desenvolvimento Sustentável foi por décadas um processo de melhorias da legislação sobre o tema, já que, até então, a mesma estava limitada à preservação da flora e da fauna, dos recursos minerais, e à utilização de recursos hídricos. Também durante esse período foi enfatizada a conciliação do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, junto à criação de órgão Governamental e Não-

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Governamentais como: SISNAMA, CONAMA. Do qual o CONAMA, como órgão consultivo do SISNAMA, tem a responsabilidade de assessorar, estudar e propor ao Governo Federal, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais, bem como a preservação do meio ambiente.

Regulamentado os instrumentos da Política Nacional para o Meio Ambiente, resultou a criação do sistema de licenciamento de atividades capazes de alterar os ecossistemas. Com isso, o CONAMA foi incumbido da fixação dos critérios para a elaboração dos Estudos de Impactos Ambientais (EIA) referentes àqueles licenciamentos, o que asseguro ao publico o acesso as informações relativas às agressões ao meio ambiente e as ações de proteção ambiental. Do qual o instrumento legal mais importante que viabilizou a participação popular é a audiência publica que consistiu de “uma reunião aberta a todos, com representante do Poder Público e comunidade, para debater questões de interesse sobre o meio ambiente” (NEVES; TOTES, 1998, p. 50).

Também durante esse período outro marco importante foi a Constituição Brasileira de 1988, que no seu Capitulo VI, Art. 225, estabelece que:

Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

A partir desse artigo, como base para o Desenvolvimento Sustentável observa-se que as mudanças em relação às inovações legais foram bastante importantes, das quais podemos destacar: o IBAMA, (criado em 1989) que incorporou a SEMA e as agências federais na área da pesca, borracha e desenvolvimento florestal, dando maior ênfase para proibições de desmatamento; assim como a criação do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) com status legais para o conceito de reserva extrativista.

Também em 1992, aconteceu no Brasil a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92 onde foram recomendadas medidas para a proteção ambiental por meio de políticas de Desenvolvimento Sustentável, como por exemplo, a criação da Agenda 21, do qual a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro Nosso Futuro Comum (1991. P. 40), argumenta:

O desenvolvimento não se mantém se a base de recursos ambientais se deteriora; o meio ambiente não pode ser protegido se o crescimento não leva em conta as conseqüências da destruição ambiental.

Ainda acrescenta: “a economia não é apenas a proteção da natureza; ambas são também importantes para que a humanidade viva melhor”. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, p. 40). O autor enfatiza a preocupação do desenvolvimento com base nos recursos naturais, pois segundo ele o “crescimento” não leva em conta a destruição dos recursos naturais e nem as conseqüências que isso pode ocasionar ao meio ambiente, já que o crescimento econômico de um povo não esta apena no que

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ele disponibiliza de recurso para proteger a natureza, mais de todo envolvimento das partes envolvidas. O que atualmente coloca a preocupação ambiental as políticas publicas, ou seja, uma política comprometida em reduzir as ameaças ao meio ambiente, a exploração excessiva de recursos não-renováveis, poluição, desemprego, falta de moradia, violência, entre outras.

Nesse sentido, são necessárias estratégias legais para conservação dos recursos naturais, bem como medidas preventivas e corretivas para encontrar o caminho do Desenvolvimento Sustentável:

[...] a noção de desenvolvimento deve tornar-se multidimensional, ultrapassar ou romper os esquemas não apenas econômicos, mas também civilizacionais e culturais ocidentais que pretendem fixar seu sentido e suas normas. Deve romper com a concepção de progresso como certeza histórica para fazer dele uma possibilidade incerta, e deve compreender que nenhum desenvolvimento é adquirido para sempre: como todas as coisas vivas e humanas, ele sofre o ataque do princípio de degradação e precisa incessantemente ser regenerado. (MORIN; KERN, 2002, p.102)

A concepção de desenvolvimento que presenciamos atualmente do qual prevalece à busca incessante do lucro monopolizado pelas as grandes empresas, principalmente as multinacionais, e pelo mundo globalizado do consumo excessivo das coisas materiais, onde diariamente se retira da natureza mais do que ela pode oferecer, ficando a evidência do quanto o homem vem contribuindo para que essa situação se agrave cada vez mais, onde os principais contribuintes pelos padrões insustentáveis de consumo e produção são os países industrializados. Assim, Segundo Barbieri (1997, p. 97-98),

Os objetivos para esta questão são: (1) promover padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam as necessidades básicas da humanidade e (2) desenvolver uma melhor compreensão do papel de consumo e da forma de se implementar padrões sustentáveis de recursos.

Assim, dentro dessa dinâmica de sustentabilidade as necessidades da formulação de políticas nacionais ou ate mesmo regionais que atenda as necessidades básicas das sociedades, sejam elas pequenas ou grandes, levando em conta os fatores nelas apresentadas, principalmente aqueles relacionados ao Meio Ambiente, como utilizar de forma correta e planejada a extração de seus recursos, onde o objetivo maior não seja apenas de consumo e desenvolvimento, mas também de restauração, preservação, respeito, reflexão do seu bem maior, a natureza, é promover a manutenção das futuras gerações, já que a humanidade para desenvolver sempre dependeu dos recursos da natureza tanto mineral, quanto vegetal e outros como água, ar, luz e calor. Buscar junto às autoridades presente de cada povo, país nação ou região, as potencialidades que elas apresentam em seu meio natural como forma de recursos renováveis, enfatizando a integração entre meio ambiente e desenvolvimento, é mostrar que a sustentabilidade da vida depende das políticas criadas por eles, já que:

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[...] oferecer a todos habitação adequada; aperfeiçoar o gerenciamento dos assentamentos; promover o planejamento e o gerenciamento sustentável do uso da terra; prover infra-estrutura ambiental integrada ( água, saneamento, drenagem, remoção de resíduos etc.) ; prover sistemas sustentável de energia e transporte; promover o desenvolvimento dos recursos humanos e da capacitação instrucional e técnica para o aperfeiçoamento dos recursos humanos. (BARBIERI, 1997, p. 100-101).

A partir das questões levantadas sobre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável voltamos a enfatizar a questão da educação frente à problemática ambiental, do qual nos possibilita a reconstrução de uma nova concepção de sociedade e natureza é que ela pode exercer seu papel questionador apontando novos caminhos, provendo a consciência ambiental e a justiça social como requisitos para o exercício da cidadania. Sabemos que a educação tem um papel fundamental na construção da cidadania, porém sua eficiência carece da participação e do envolvimento dos participantes desse processo. Ela também firma o compromisso com as questões do nosso tempo, ou seja, a ambiental.

A educação atual passa pelo processo de modernização do mundo globalizado, presente na dança, nas imagens, na música, nos símbolos, na afetividade, ou seja, no compartilhamento da vida. É necessário defender a educação como parte integrante e fundamental da sociedade, mesmos ela não sendo a única responsável pelas as transformações sociais, sem ela as mudanças não acontecem. A educação é capaz de transformar opiniões e conceitos sobre diversos temas, do qual podemos enfatizar a Educação Ambiental que tem por finalidade a sustentabilidade da vida.

Como já comentando, o nosso sistema de desenvolvimento e baseado no sistema capitalista de produção, o que nos remete a direção oposta do que seja sustentabilidade, já que os limites de nossas reservas naturais se esgotam ameaçando a vida de farias formas. Ainda podemos enfatizar a busca do lucro insaciável, por meio do excessivo consumismo, produzindo maior necessidade entre os consumidores, deixando de lado a questão ambiental.

Assim é necessário que a Educação Ambiental, incorpore nas práticas educativas uma consciência ética sobre a importância de todas as formas de vida, respeitando o ciclo vital dos ecossistemas. A Educação de políticas sustentáveis deve partir do processo socioeducativo, visando uma sociedade melhor, onde o ponto de partida é o fortalecimento dos laços de cidadania.

O saber ambiental emerge, assim, como uma consciência crítica que avança com um propósito estratégico, transformando os conceitos e métodos de uma constelação de disciplinas e construindo novos instrumentos para implementar projetos e programas de gestão ambiental surja transformando os conteúdos e orientações teóricas de um conjunto de disciplinas, orienta-se por sua vez, com um fim prático para a resolução de problemas concretos e para a implementação de políticas alternativas de desenvolvimento. (LEFF, 2OO1, p. 127)

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A compreensão de que todas as ações humanas são refletidas no ambiente do qual ele faz parte, passa a ser motivo de análise, assim possível de mudanças. Os grandes desafios da educação Ambiental estão relacionados aos limites fora das salas de aulas, ou seja, o compartilhar os problemas de origem socioambiental com as demais instituições, comunidades das mais diferentes formas de práticas, que segundo Gaditti ( 2000) enfatiza que o maior desafio é atribuído ao processo de repensar o espaço, o ambiente, a natureza, a sociedade e o destino da humanidade. Ele ainda comenta que a práxis do educador deve ser um compromisso de uma educação responsável, voltada à inclusão da Terra como parte integrante e vital da nossa existência. “Os problemas atuais, inclusive os problemas ecológicos são provocados pela nossa maneira de viver. E a nossa maneira de viver é inculcada pela escola” (GADOTTI, 2000, p. 42). Já Edgar Morin, chama a atenção para o verdadeiro propósito da educação, segundo ele agora de alcance planetário: “ civilizar e solidarizar a terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade torna-se o objetivo fundamental e global de toda a educação[...] E deveria conduzir-nos à solidariedade”. (MORIN, 2000, p. 78)

Assim, a construção da cidadania e a luta pela vida dependem muito do poder de organização e cooperação entre homens e mulheres o que pode contribuir para a convivência das diferenças entre pessoas, do qual podemos enfatizar a importância do educador no fortalecimento das organizações sociais.

A partir do que foi comentado sobre a importância da educação no processo de construção do da cidadania ecológica e das transformações que ela pode proporcionar no desenvolvimento de uma sociedade sustentável, passamos a incluir nesse contexto a Amazônia.

Onde em 05/06/2007, o Governo do Amazonas instituto o Sistema Estadual de unidade de Conservação – SEUC, que estabelece critério normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação bem como as infrações e penalidades cometidas em seu âmbito. Ainda consolidou a política estadual do Meio ambiente pela conservação da biodiversidade e da melhoria de vida das populações locais, regionais e globais.

A construção desse processo foi marcada pela participação comunidades: tradicional, científica, acadêmica, gestores públicos federais e estaduais, municipais e terceiro setor.

Em 09 de Maio de 2007, foi criado no âmbito da Secretaria de Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS, o Centro Estadual de Unidades de Conservação – CEUC, para garantir a gestão dos espaços protegidos do Estado através da Lei Delegada número 66; e mais recentemente o Centro Estadual de Mudanças Climáticas – CECLIMA, formular e coordenar o processo de implementação da Política Estadual de Mudanças Climáticas. Contudo podemos salientar a criação do Grupo Especial de Combate a Crimes Ambientais – GECAM, no âmbito do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM.

Portanto, a partir do que foi salientado sobre a importância das Legislações e da Educação Ambiental para a implementação de uma política ambiental que contribua para a criação de programas de conservação, proteção e desenvolvimento sustentável, é que venhamos a enfatizar a questão do Desenvolvimento Sustentável na Amazônia.

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CAPÍTULO-III A importância do Desenvolvimento Sustentável na Amazônia A temática que envolve a Amazônia é por si só, complexa pelos os fatores que constituem as diversidade e pluralidade que habitam este espaço histórico da região.

Para entender a complexidade da região é necessário conhecer sua realidade, ou seja, fazer uma reflexão do universo de águas, plantas, peixes, frutas, povos de diferentes formações, não deixando de lado uma reflexão sobre o sistema econômico do qual somo dominados, onde ao longo da historia tem demonstrado o acúmulo de pessoas pobres, muitas até então oprimidas e excluídas da sociedade, assim como as profundas marcas de destruição e degradação ambiental.

Outro ponto que deve ser contestado é o modelo de desenvolvimento em questão, fundamentado no sistema capitalista no qual demonstra pleno domínio de poder sobre as pessoas e a natureza, tanto nas relações de produção quanto nos espaços sociais com profundo reflexo negativo na nossa maneira de ser e de viver, assim o ambiente natural, em sua grande parte, encontra-se ameaçado pelo nosso modo predador que o sistema capitalista impõe à natureza e aos seres humanos.

A globalização, fenômeno marcante cuja capacidade de articulação técnico-científico e informacional que atinge todos os seres humanos, passando a direcionar os novos rumos da economia, da política, da cultura e da sociedade. Apesar de toda sua força sabemos que ela não e eterna, pois segundo Bailey(2002,p. 11)” precisamos entender que a globalização não é uma força indomável da natureza. Ela é criação humana, produto de instituições e governos, de regras, e pode ser alterada”.

Concomitante ao progresso científico e tecnológico que a humanidade presencia, as crises de valores, assim como as manifestações nas alterações naturais, passamos a enfatizar a questão do Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, pois ela e conhecida mundialmente como a maior e mais rica floresta do mundo, palco de conferências e reuniões sobre sua importância para o mundo, assim como diversidade e recursos existentes. Também as ameaças existentes de destruição de seus recursos bióticos e abióticos. Que segundo Bursztyn (1993, p. 129):

[...] em que pesem os problemas reais decorrentes da ocupação predatória a que foi submetida, a região tornou-se alvo de interesses internacionais conflitantes. De um lado, a consciência ecológica, legitima; de outro, pressões geopolíticas associadas à valorização da biodiversidade como fonte da ciência e tecnologia e fonte de poder, pressões que expressam as contradições entre as próprias potências dominantes quanto à definição de grandes mercados supranacionais. E é no contexto das novas tendências geopolíticas mundiais que emerge o novo paradigma de desenvolvimento sustentável e se valoriza a Amazônia.

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Sabemos que há muito se fala sobre um modelo de desenvolvimento

sustentável equilibrado para a Amazônia. Mas, segundo Viana, Silva e Diniz (2001, p. 316):

[...] a afirmação de um desenvolvimento equilibrado passa por enfrentamentos com as concepções tradicionais de desenvolvimento, baseadas nas doutrinas desenvolvimentistas, ou com visões oportunistas que se apropriam do discurso ambientalista e até revestem seus empreendimentos de alguma maquiagem ambiental, mas que na essência reproduzem os modelos de concentração de renda, de empobrecimento e de depredação das bases de recursos naturais.

Atualmente a Amazônia é vista como um dos biomas mais importante do planeta, onde os valores estão baseados na exploração dos recursos da natureza, e o que eles podem proporcionar como desenvolvimento industrial ou científico. Assim, é possível observar duas formas de desenvolvimento, a desenvolvimentista, defendida pela a elite econômica e a socioambiental, defendida pelo setor produtivo da economia rural familiar. A primeira argumenta que a Amazônia deve aumentar sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para se tornar um grande produtor de grãos, a segunda defende a economia rural, baseada no aproveitamento sustentável dos recursos naturais, tendo em vista a população local.

No entanto, devem ser considerados os seus problemas e potencialidades como: questão agrária a acesso a terra e aos recursos naturais, a privação física e cultural dos pequenos produtores, a questão da mobilização da mão-de-obra, o impacto das formas de ocupação predatória, a falta de representação política, entre outras. Do qual podemos citar como potencialidades: a biodiversidade, as jazidas minerais, as florestas e as águas, que representam a maior base de recursos naturais, a sociodiversidade, presente na variedade da cultura, assim como as atividades econômicas, e organizações sociais.

A partir do que já salientamos sobre sustentabilidade e desenvolvimento, assim como problemas e potencialidades, é importante comentar sobre algumas práticas de Desenvolvimento Sustentável que podem ser criado em nossa região. 3.1-Pratica para o Desenvolvimento Sustentável

Usar de forma correta os recursos naturais disponíveis em nosso ecossistema é uma das possibilidades que nos leva a questão da prática sustentável, que só é possível através de ações relacionada ao processo de produção, planejamento e organização.

Colocar em pratica o que é discutido ou planejado para um determinado projeto de manejo, seja ele industrial, rural, ou comunitário é um desafio que deve ser encarado com muita disposição, conhecimento e responsabilidade ambiental, já que as atitudes individuais das partes envolvidas devem levar em

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conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futura, garantindo a sustentabilidade.

Uma dessas práticas está relacionada ao consumo sustentável, pois segundo o texto disponível no site www.suapesquisa.com/ecologiasaude/cosumo_sustentavel.htm. “O consumo sustentável é um conjunto de práticas relacionadas à aquisição de produtos e serviços que visam diminuir ou até mesmo eliminar os impactos ao meio ambiente”.

Dentro dessa dinâmica podemos citar alguns exemplos desse tipo de prática como: reciclagem de lixo, compostagem orgânica, energia alternativa, diminuir o consumo de água e outros tantos que podem ser considerado como fonte de consumo sustentável.

Ainda enfatizando a questão da pratica, podemos citar a Gestão Ambiental, pois as empresas são as principais vilãs no que diz respeito à degradação ambiental, cujo objetivo maior é produzir, assim a Gestão Ambiental é fundamental para a melhoria da qualidade de produção, pois segundo o texto Gestão Ambiental disponível em www.suapesquisa.com/ecologiasaude/consumo_sustentavel.htm. “A Gestão Ambiental é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na sustentabilidade. Dessa forma a gestão ambiental visa o uso de praticas e métodos administrativos que reduza ao máximo o impacto ambiental das atividades econômicas nos recursos da natureza”. O que representa uma importância fundamental para as empresas, é que elas passam a importa-se com o processo de preservação ambiental, assim melhorando sua imagem perante a marca de seus produtos.

Dentro desse processo de produção temos a Agricultura sustentável, que atualmente é muito comentado como prática alternativa de produção, pois ela consegue ser economicamente viável, já que seu custo é mais barato, assim caracterizado por ações importantes como:

Diminuição de adubos químicos- Uso de técnicas em que não ocorra a poluição do ar, do solo e da água. Praticas da agricultura orgânica, já que não utiliza pesticida e adubos químicos. Não desmata florestas e matas para ampliação de área agrícola. Adoção do sistema de sistema de plantio direto que preserva a capacidade produtiva do solo, esse tipo de pratica utiliza a cobertura do solo com folhagem seca e utiliza a rotação de cultura.

Na Amazônia temos algumas praticas de agricultura sustentável, baseado nas pequenas produções voltadas para o mercado interno como a Castanha-do-Brasil, onde os castanhais geram renda e oportunidade econômica sustentável. Assim, como a castanha, temos o Açaí, fruto de uma palmeira utilizada na produção de polpa, o que gera renda, apresentando uma grande importância econômica para mercado da região.

A madeira, agricultura e pecuária também são bastante utilizadas como pratica.

No entanto, podemos presenciar as práticas ilegais realizadas na região, como a questão do desmatamento, realizado por madeireiras, para a criação de pastagens e agricultura.

A floresta representa vida para região, já que ela corresponde cerca de “1/3 das reservas mundiais de madeiras duras” segundo o texto disponível no site WWW.mma.gov.br//controle-e- prevenção- do -desmatamento.

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Onde acrescenta que ela representa “20℅ da renda da região, sendo o segundo produto em importância na economia, perdendo apenas para a mineração industrial”.

Daí nos mostra o quanto esse tipo de atividade é praticado na região, os desmatamentos na Amazônia são tão intensos, a ponto de ameaçar o equilíbrio da biodiversidade da região, do qual podemos destacar o setor madeireiro já que faz parte do processo econômico, segundo o site citado acima, “O setor madeireiro emprega mais de meio milhão de pessoas e é a principal fonte de renda de mais de cem municípios”.

Os fazendeiros e colonos derrubam a floresta para plantar pastagens, cortando as árvores, vendendo as madeiras muitas das vezes clandestinas. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), na região amazônica atuam mais de 2 mil madeireiras, das quais 27 dela multinacionais.

Ainda acrescenta que mais de 86℅ dessa madeira são retiradas de forma ilegal, ou seja, de forma predatória, assim sendo as maiores responsáveis pelo processo de destruição da floresta. Problema presente também na região do Purus, em nossas comunidades e municípios a extração de madeira é realizada de forma constante, o que representa em sua totalidade um grande consumo das reservas naturais, onde milhares de espécies de arvores são derrubadas por anos de forma predatória, já que a maioria das madeireiras é clandestinas, poucas são as legalizadas ou que apresentam um projeto de manejo com o certificado ambienta. A madeira de lei da região é algo que não se encontra mais com facilidade dado o avanço da extração predatória.

Outro problema relacionado ao desmatamento está na criação de pastagem, pois segundo o site WWW.mma.gov.br/florestas/controle-e-presevação-do desmatamento... “A área desmatada na Amazônia é de aproximadamente 65 milhões de hectares e a pecuária ocupa 3/4 desta área. No entanto, a renda da pecuária da Amazônia é muito baixa, 0,04℅ do Produto Interno Bruto do Brasil. E o que é pior: cerca de 1/4 dessas pastagens, está hoje, abandonado”. Assim, o autor do artigo argumenta que alem do auto-índice de hectare desmatado para a criação, o lucro é muito baixo, considerando que esse tipo de atividade, emprega muito pouco. Ele ainda compara a quantidade de hectares utilizada para a criação de gado, com a utilizada para a piscicultura, ou seja, na piscicultura a quantidade de hectares desmatada e menor, com maior produção de nutriente animal.

Atualmente a presença de fazendeiros em nossos municípios demonstra o que o artigo comenta, grandes quantidade de terra devastada, para a criação de gado. Onde a produção por hectares não compensa em termos econômico e ambiental os municípios, e nem tão pouco as comunidades adjacente, pois a área desmatada por eles é maio do que a população rural utiliza para a prática da agricultura de subsistência.

Na região do Purus no Município de Tapauá AM os problemas de origem ecológica como, desmatamento, pesca predatória e poluição e outros, são práticas ilegais que não afetam apenas a natureza, mas, também toda a sociedade. O desmatamento, causado pelo o aumento da população que nos últimos anos tem aumentado de forma grandiosa, dado a questão migratória das populações rurais para a cidade. A partir do aumento da população,

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cresceu a demanda do consumo dos produtos de origem natural, assim como o aumento da poluição, violência, falta de emprego, problemas em tono da saúde e desigualdade. Todos esses problemas nos remetem a questão do Desenvolvimento Sustentável como forma alternativa de desenvolvimento para a região, já que ela apresenta em seu potencial as qualidades necessárias para a prática. 3.2-Potencial Sustentável no Município de Tapauá-Am

Vista do Município de Tapauá

Tapauá, situado as margens do Rio Purus banhado também pelas as águas do Rio Ipixuna, onde podemos presenciar o encontro das águas barretas do Purus com as escuras do Pixuna, formando uma bela paisagem natural. Apresentam duas estações característica da região, o inverno, que vai de novembro a junho e o verão, julho a outubro, no inverno tem a presença dos igapós, grande áreas de terras alagadas, onde podemos presenciar uma nova forma de habitat. O ecossistema fica dividido, parte alagada, correspondente as áreas de várzeas, com fauna e flora bem diferente, das áreas de terras firmes, onde podemos presenciar outra forma de habitar natural.

Durante essa duas estações podemos encontrar o extrativismo da castanha-do-pará e da madeira, do açaí, a pesca, a agricultura, pecuária.

O homem da região Amazônica aprendeu a adapta-se a essa duas estações bem diferentes, durante a estação da seca os rios diminuem seu fluxo de água e as terras prevalecem, quando podemos presenciar uma paisagem cheia de vida, com muitas espécies de aves, lagos com enorme variedade de pescado, a agricultura apresenta uma nova variedade de produtos, o que chamamos de agricultura de várzea, predominando o cultivo da melancia, feijão, milho, abóbora, batata, mandioca e outras tantas cultivadas pelos povos ribeirinhos durante a estação.

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Também podemos contemplar as praias, favorecendo para embelezar ainda mais a paisagem.

Foto da praia da Capurana Tapauá

As praias são pontos de diversão e laser, não só para os moradores locais, mais também para visitantes que buscam na sua beleza o conforto que a natureza pode lhes proporcionar.

Já durante o inverno a estação é caracterizada pela grande quantidade de chuvas, prevalecem os igapós a vegetação fica quase toda alagadas a paisagem ganha uma nova forma de vida.

Foto de igapó A vida se transforma, peixes espalham na imensidão de seus igapós na busca de alimento é o que “chamamos de período de engorda dos peixes” e de outros animais da fauna Amazônica, dado a grande quantidade de frutas disponíveis em sua vegetação. A rotina do ribeirinho fica compreendida entre a vegetação alaga e as terras firmes, quando é praticado o extrativismo da castanha, produto de grande valor econômico na região que só é extraído durante o inverno. Na calha do Purus, o município é um grande fornecedor desse produto, o que corresponde mais de 60℅ da produção. A pesca é outra atividade que é realizada nas duas estações, dado o potencial que o município apresenta em seus rios e lagos para essa prática, com uma grande quantidade de variedade de pescado, é tanto, que a economia do Município esta

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diretamente relacionada à extração do pescado produzido na região.

Peixes como pacu, tambaqui, jaraqui, pirarucu, sardinha, tucunaré, matrinchã e outros tantos que alem de forte renda também faz parte da culinária de cidades e comunidades da Amazônia.

Suas matas alem da castanheira, também apresenta outras árvores de grande porte como a Itauba, madeira de lei muito utilizada na construção de embarcações, devido a sua durabilidade e qualidade, Copaíba, conhecida pelo seu óleo com poder medicinal, alem de muitas outras como: Cedros, Angelim, Piquiar, Jacareuba, Jitó, etc. Tantas que não seria possível citar o nome de todas nesse trabalho. Outro produto oriundo de uma palmeira da região que também gera renda é o Açaí.

O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrado no seu estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também e explorada na região para extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida e parte da alimentação dos povos da Amazônia. Seu caroço, após decomposição e empregado como matéria orgânica, ótimo adubo para o cultivo de hortaliças e plantas ornamentais.

O município de Tapauá-AM, é dotado de qualidades naturais que proporcionam a região subsídios que favorece para o potencial sustentável, com uma imensidão de terra com várias espécies de árvores nativas, moradia paras os animais, e fonte de renda e alimentação para seus habitantes. Seus rios e lagos com grandes variedades de peixes, a fauna ainda apresenta uma boa presença de animais silvestres, terras boas para o cultivo de produtos nativos, como a cupuaçu, cacau, taperebá, cacau e outros tantos da vegetação nativa da Amazônia.

Portanto, o município de Tapauá apresenta muitas qualidades para seu potencial sustentável, através da pesca, agricultura, pecuária, extrativismo, assim como o turismo ecológico. 3.3-Conhecimento e ética ambiental

O conhecimento é fruto do aprendizado do individuo por meio de ações e reações adquirida por alguém através de estudos ou experiência, seja ela formal ou informal. Já a ética tem sentido social, voltada para a conduta da

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pessoa, que segundo (Pierre Weil apud curso Educação Ambienta 2014, p. 267)

Define ética como sendo o conjunto de valores que levam o homem a se comportar de modo construtivo e harmonioso, pois são os valores que determinam as opiniões, atitudes e comportamentos das pessoas.

A ética é característica chave, adquirida através da educação, conhecer seu compromisso com o sistema de valores básicos para a vida e para a convivência. Isto é, a incorporação dos valores éticos que favorecem e torna possível uma vida mais humana em sociedade, valores capazes de dotar de sentido a existência e o projeto de vida pessoal dos indivíduos, esses valores que criam as possibilidades para construir, em seu presente e futuro, uma convivência mais feliz, com o seu meio social, ou seja, imensa teia complexa de relações interdependentes, sendo que da interação dos sistemas sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais, resultantes do seu processo educacional.

Mas como deve ser entendida a Educação Ambiental? Como educação política, porque prepara os cidadãos para exigirem justiça social, cidadania nacional e planetária, autogestão e ética nas suas relações com a sociedade e com a natureza. (REIGOTA, 1996, p.10)

É importante salientar que a Educação Ambiental deve atuar na preparação da cidadania, tornando as pessoas capazes de escolher um projeto político, social, educacional, ecológico e econômico que contemple as suas reais necessidades e que atue na busca de soluções permanentes voltadas para o bem-estar e para uma vida digna, em todo e qualquer espaço onde as relações acontecem.

Dentro dessa questão, os valores presentes nas ações das pessoas da região de nosso município, ainda são egocêntricos em relação ao seu meio natural. São pessoas de baixa escolaridade ou nenhuma, que aprenderam a sobreviver numa região cheia de problemas. Entre elas a ecológica, uma das mais relevantes de preocupação social, pois decorre do progresso deteriorador do meio ambiente físico, do desequilíbrio que hoje experimentamos entre o desenvolvimento e o respeito à natureza, onde as pessoas aprenderam a valorizar a busca dos recursos sem importar-se com o seu ecossistema. O sentimento de valorização do seu meio natural ficou em segundo plano, dado a seu processo de formação do cultural. Pessoas que aprenderam apenas extrair dos recursos naturais o seu sustento, não compreendendo a importância dele para sua sobrevivência da futuras gerações, pois é extremamente complicado de falar em ética ambiental, ou de prioridade para as questões ambientais, quando não se tem sequer o que se alimentar.

Por depender desse meio natural para sua sobrevivência, ele começou a explorar de modo aleatório, exigindo da natureza mais do que ela poderia lhes proporcionar. Que segundo o texto do caderno de educação ambiental.

O fato de o homem não ser passivo como grande parte dos animais irracionais diante da ação que a natureza exerce sobre ele, agindo transformando, adaptando o meio em que vive, não significa que este tenha necessariamente que assumir uma postura de domínio de plena independência para o mesmo. (CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2014, p. 276)

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Por falta de compreensão de que ele não é dono da natureza, é que o

indivíduo passou a comporta-se de tal maneira, a ética da valorização, do respeito ao seu meio natural, foi substituída pelo comportamento da exploração. A exploração descontrolada na região amazônica é refletida em quase todos os 62 municípios do Estado do Amazonas, sua população que depende dos recursos que a natureza oferece para sobreviver, já não disponibiliza tanto dessa fonte de produção. Durante algum tempo vem desvalorizando seu meio natural, assim como os laços de respeito, que segundo o texto de Educação Ambiental (2014), “não há como assumir uma postura Ambiental ética se a cultura local não for preservada e valorizada”. (CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2014, p. 287). Ainda complementa: “o meio ambiente é entendido no campo dos conflitos culturais como um elo fundamental de interligação. Não importam as diferenças, uma vez que o meio ambiente é o elo comum”. (CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2014, P. 287).

Diante essa questão, podemos salientar que parte da população da região amazônica desconhece o sentido da ética da preservação, presente em seus atos, onde a cada dia ataca de forma descontrolada seu ecossistema, poluindo, desmatando, queimando suas matas, retirando de forma predatória o extrativismo de animais e vegetais. A situação de conflito entre homem e natureza é bastante presente quando analisamos as formas de comportamentos da população local, pessoas que estão deixando o progresso da evolução tecnológica e cientifica mudar seu pensamento em relação ao seu meio natural.

Todas essas questões estão relacionadas ao processo da evolução humana, já que o futuro depender de soluções técnicas e econômicas, mas os problemas que presenciamos são essencialmente éticos. Algo que, se buscarmos no passado da evolução humana, pode-se observar o quanto ela evoluiu suas técnicas científicas e tecnológicas, exemplo presente nas maquinas que ilustram essa realidade, cada vez mais rápidas, sofisticadas, digital, compactas e eficientes. Sabemos que a evolução científica é fruto do conhecimento humano, que quanto mais o homem desenvolve sua capacidade de criar cientificamente, mais ele aprimora suas técnicas de criação, onde o objetivo maior é o avanço técnico e cientifico. O que vem causando muitos problemas éticos, não só na questão ecológica, mas também social política e cultural.

A ideologia capitalista do consumismo voltado para o bem-está pessoal, o comportamento de parte dos indivíduos diante seu ecossistema é basicamente exploratório, o respeito aos valores ambientais é substituído pelo pensamento ideológico, fundamentado no fazer e crer do materialismo capitalista selvagem. Onde o capital é o objetivo maior.

Daí, a presença de rios poluídos, grandes quantidades de gazes tóxico no ar, florestas desmatadas, baixa expectativa de desenvolvimento cultural, social e econômico, principalmente para as comunidades mais pobres, fruto da falta do conhecimento de preservação e da consciência ética com o próximo e com o meio ambiente em geral. Atualmente essas características são bem presentes em nossa sociedade, pois a cada dia surge um novo problema relacionado à questão ambiental. Onde os meios de exploração utilizados pelo

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homem da região estão cada dia mais evoluído, ajustados para alcançar uma demanda maior, com menos tempo.

Diante a situação, podemos salientar que os problemas relacionados ao conhecimento dos valores éticos estão direcionados às formas de comportamento que o individuo adquiriu durante seu processo de formação social, seus atos passaram a ser baseado na sua busca pela a sobrevivência, o racional é substituído pelo irracional, onde em alguns casos a razão é levada pela a necessidade, e a falta do conhecimento e da consciência ética, leva o individuo praticar malefício ao meio ambiente, pois segundo E.Kante, a decisão ética é resultado de um ato racional, e a ausência dela é um ato irracional. Onde Siqueira (1991, p. 17), salienta a percepção de que “a independência do homem e da natureza exige uma ética que não sobreponha o racional ao irracional, mas uma igualdade naquilo que é essencial para ambos: a sobrevivência”. A igualdade só é adquirida a partir da consciência ecológica e do conhecimento da realidade, implicando a adoção de uma nova lógica de conduta para com a natureza, que só assume um significado mais amplo, se fundamentado numa ética ambiental. Ou seja, a Educação Ambiental encontra-se a serviço de uma ética integradora, como incentivar a participação ao exercício da cidadania. Pois segundo Horta (1999, p. 6).

O conhecimento critico e a apropriação consciente pelas comunidades do seu patrimônio são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidadre e cidadania.

A educação ambiental é o caminho que leva o individuo a apropriasse da

consciência dos valores para com a natureza, e se dá através do conhecimento do meio ambiente em sua totalidade, a partir da realidade local, assim, com base na vivencia do cotidiano da população, já que segundo( Waehneldt, apude Educação ambiental, 2014, p. 281)

A educação ambiental se da na viabilização do conhecimento do meio ambiente esta encalcada sobre o principio ético que despertem a responsabilidade ambiental, pois, caso contrário dificilmente este poderá favorecer ao indivíduo um exercício mais amplo de cidadania, que se caracterize através de atitudes participativas e ecologicamente conscientes, ou seja, atitude adequadas à construção de um meio ambiente equilibrado e saudável.

Diante o que foi citado acima, podemos compreender que a educação

ambiental é estabelecida a partir do momento que o individuo adquiri uma consciência de valorização pelo seu meio natural, caso essa valorização não venha desenvolver-se diante o respeito e consciência de preservação as suas relações serão desarmônicas, não existindo a construção da cidadania ética.

Contudo a educação ambiental é uma das formas que poderá proporciona ao cidadão a importância do conhecimento da consciência ética, ela é vista como o melhor caminho para se lutar contra os danos ambientais, pois segundo o texto de (EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2014, p. 280)

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Educação Ambiental se constitui em uma das formas de lutar contra a crise ambiental, uma estratégia a ser utilizada contra a mesma, evidentemente não é a única. Mesmo reconhecendo a sua importância, enquanto promotora de uma nova consciência ecológica, é inegável que desligada de uma política ambiental mais efetiva acompanhada de uma legislação rígida; ou de ações voltadas para uma distribuição de renda mais igualitária, ou ainda para construção e manutenção de um contexto político-cultural favorável, estaremos agindo no “vazio” e longe de vislumbrar um futuro socioambiental menos desolado.

Portanto, o sentido do conhecimento da ética na educação ambiental está na condição de conscientiza o comportamento do individuo diante suas ações ambientais, ela é promotora da valorização e do desenvolvimento da condição humana de conscientiza-se sobre o valor da vida no contexto ambiental. 3.4- Comunidades sustentáveis

A Amazônica é composta por diversas comunidades espalhadas por todo o interior da região, onde pessoas vivem daquilo que a natureza oferece, retirando dela o sustento da família, que basicamente é promovido pela as atividades que eles realizam diante os recursos naturais, da pesca, da agricultura e do extrativismo vegetal de alguns produtos como: a castanha, açaí, etc. São produtos dessa importância que favorecem a sobrevivência das pessoas, proporcionando sustento das famílias dos diversos povos que habitam essa região.

Atualmente, viver dos recursos que a natureza oferece vem sendo dificultado pela as questões ecológicas, Ao longo do tempo, o ribeirinho utilizou e utiliza os recursos da natureza para sobreviver. No entanto, de forma predatória, ou seja, não visando à manutenção das espécies extraídas, assim ocasionando a escassez de seus recursos, o que torna a situação problemática, onde a sustentabilidade das comunidades está comprometida.

Viver de forma sustentável na região Amazônia é um desafio, dado as dificuldades que o povo ribeirinho enfrenta para realizar essa prática, pois segundo o texto disponível no site (Amazônia. Org.br/2014). “Não basta dar o peixe ou a vara. Também não basta ensinar a pescar. Um dos grandes desafios pelos quais passam diversas comunidades ribeirinhas da Amazônia tem sido o de pescar de forma sustentável”. Atualmente essa é uma questão que afeta boa parte dos moradores que habitam a região Amazônica, não só na prática do pescado, mas também nas demais atividades que dependem dos recursos que a natureza oferece. Onde segundo argumenta o técnico florestal Instituto Mamirauá Ronaldo Carneiro. “Para que qualquer atividade seja considerada sustentável, ela precisa ser ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa”. (Amazônia.org.br/2014).

Diante a situação, podemos salientar que muitas das comunidades espalhadas por todo o Amazonas, pessoas vivem realizando de forma incorreta o manejo os recurso naturais, tornando a sobrevivência difícil, já que dependem dela, onde os conceitos citados acima sobre a questão

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“ecologicamente correta” tornam-se difícil de ser realizado, dado as necessidades de sobrevivência.

Contudo, encontramos entre essas muitas comunidades aquelas que já disponibilizam da prática do manejo sustentável como a primeira reserva criada no país, a Reserva Mamirauá, localizada 600 km a oeste de Manaus na região do curso médio do Rio Solimões.

É um instituto de organização social supervisionado pelo Ministério das Ciências Tecnológicas e Inovação (MCTI), que atua como unidade de pesquisa. Onde a principal fonte de renda das comunidades da reserva é o pescado sustentável do pirarucu. A reserva apresenta um sistema de controle de pesca, ou seja, são classificados os peixes antes da temporada de pesca o que torna o projeto auto-sustentável. O instituto ainda vem trabalhado o manejo florestal, por acreditar que esse tipo de atividade é mais viável que a pesca, motivo pelo qual segundo Leonardo Apel integrante do Grupo de Pesquisa e Organização Social “a madeira extraída de forma legal atinge preços de mercado muito mais interessante do que a ilegalmente. A ilegal não tem viabilidade econômica porque o risco de apreensão faz seu preço de mercado cair vertiginosamente”. (Amazônia.org.br/2014). Ainda acrescenta: “Por isso, acredito que o manejo de madeira seja a melhor alternativa não só para a Amazônia, mas para o mundo todo”.

Perante a questão direcionada ao manejo florestal, pode-se comentar que ela depende de ações simples e organizadas, onde não se pode derrubar uma árvore antes que se possa verificar se ela está apta para o manejo, assim, não se retira da floresta mais do que ela pode oferecer. Contudo ainda proporciona um legado ecológico, ou seja, as pessoas envolvidas no processo de construção passam a ter uma nova visão sobre o termo preservação e sustentabilidade.

Outro bom exemplo de comunidade sustentável encontra-se no Município de Silves, situada a 250 km de Manaus, banhada pelo o Lago Canaçari, onde podemos encontrar mais de 32 comunidades ribeirinhas que dependem da pesca, onde esse tipo de atividade está ameaçado, dado a retirada excessiva dos peixes nos lagos e rios. Percebendo esse problema, as comunidades do Município se organizaram na ASPAC (Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultural), e criaram alternativas para promover a sustentabilidade da região através daquilo que a natureza lhes oferecia, passaram a preserva para promover o ecoturismo, o manejo sustentável da pesca, o artesanato.

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CAPITULO IV- Apresentação e Discussão dos Resultados

Diante a questão relacionadas ao desenvolvimento sustentável podemos salientar que diante as 54 comunidades presente em nosso município duas delas já apresentam o manejo sustentável, uma conhecida como Caratiá, onde é praticado o manejo do pescado ( pirarucu), e uma outra que fica em área indígena, na comunidade Maniçuam da etnia paumari, que desde 2009 conta com a participação de órgãos FEDERAIS para trabalhar o manejo do pirarucu, sendo que só a partir dos anos de 2013 e 2014, quando começou a ser feito a extração do pescado.

Nos anos de 2013, segundo informações de pessoas da comunidade, foram pescado aproximadamente 70 peixes que renderam a comunidade cerca de 10.000 reais, já em 2014, a produção aumento, onde foram extraídos 100 peixes de grande porte que renderam um capital de 35.000 reais. Ainda segundo relatos de comunitários a reserva vem contribuindo para o aumento de outras espécies, no caso dos quelônios que segundo eles, antes da reserva, já estava escasso a presença de animais como tracajás e tartarugas, atualmente a presença desses animas na área da reserva é animador, já que a cada ano aumenta a quantidades de espécies animais na área preservada. Quanto a primeira criada a partir do DECRETO LEI N° 28.421 de 27 de março de 2009, no município de Canutama-AM na região do Purus, que também foi criada com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas da comunidade visando a sustentabilidade e desenvolvimento, assim como a preservação e manutenção do ecossistema local.

Tendo parceria com a CEUC e AMEFLEC (Associação de Moradores e Amigos Agroextrativistas da Floresta Estadual de Canutama), que a partir de 2009, deu inicio ao processo de preservação na comunidade Caratiá que ate então está localizada geograficamente no município de Tapauá-AM. Caratiá e Maniçuam, que mesmo sendo auxiliadas por entidades de fora do município, vem proporcionando a sustentabilidade de sua população, já que durante os anos que estão sendo trabalhado o processo de manejo vem mostrando o aumento na produção de espécies preservadas, assim com a valorização desse produto.

Segundo informações colhidas da reserva dos PALMARÍ da comunidade MANIÇUAM, a produção do pescado vem aumentando a cada ano, pois quando foi criado o projeto eram apenas dois lagos preservado e poucos peixes, atualmente a quantidade de lagos tem aumentado de dois para seis e futuramente a previsão é que venha expandir para uma área maior, pois assim como o manejo do pirarucu que vem proporcionando um aumento na renda de aproximadamente 10℅ anual, deixando os moradores otimistas para a criação de outras praticas sustentável como a extração da andiroba e castanha. Já a outra, que conta com a participação do município de Canutama e CEUC vem desempenhado um trabalho de melhorias para a expansão do projeto tanto qualitativo, quanto quantitativo.

Segundo dados do CEUC a fixa de monitoramento do pescado do ano de 2014 mostra com mais detalhes o trabalho com esse tipo de manejo

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Data Barco

transporte

pesca Ambiente de pesca

Unida.

Categoria (IE.MF)

Peso

Material de pesca

15-08-14

D.EDITE

COLETIVA

LAGO 12 IE 737 kg

MALHADEIRA

16-08-14

D.EDITE

COLETIVA

LAGO 20 IE 1233 kg

MALHADEIRA

17-08-14

D.EDITE

COLETIVA

LAGO 13 IE 765 kg

MALHADEIRA

18-08-14

D.EDITE

COLETIVA

LAGO 09 IE 616 kg

MALHADEIRA

19-08-14

D.EDITE

COLETIVA

LAGO 05 IE 258 MALHADEIRA

Dados da CEUC de Canutama de 2014

São dados de 5 dias de pesca de manejo, onde foram pescado 60 peixes de aproximadamente 1.70 mc de comprimento com pesos que variava de 60kg a 108kg, onde ao final da semana foram extraídos 3.351kg, rendendo a comunidade aproximadamente 26.808,00 reais.

É um valor ainda baixo para que a população dessa comunidade possa sobreviver de forma digna, mas bastante significativo, pois trás a esperança de dias melhores, onde o futuro começa a ser trabalhado a partir das suas ações diante ao seu meio natural, aonde os frutos desses projetos vêm trazendo o conhecimento das regiões próximas a presença do aparecimento de uma nova visão sobre preservação, pois o povo começa a perceber que a possibilidade de viver de forma sustentável, preservando e protegendo o seu ecossistema local. Em quanto isso, nos fica a preocupação com as demais comunidades que sobrevivem dos recursos que a natureza oferece de forma predatória e sem controle do que se extrai, ocasionando a escassez desses produtos.

A falta de maiores incentivos e conhecimento para a melhoria da qualidade vida ecologicamente correto, para o município e para sua população, vem ocasionando problemas sociais e ambientais, pois nossos rios e lagos a cada ano que passa vem apresentando a diminuição do seu pescado, já que mais de 70℅ da sua população vivem da pesca. Nossas matas, ainda apresentam muitas riquezas, mesmo apresentando um grande potencial para a criação de projetos sustentável, e tendo meios que possam contribuir para esse processo como a LEI DO GÓDIGO AMBIENTAL DE TAPAUÁ N°223 DE 07 DE DEZEMBRO DE 2005, incentiva a participação popular para viver de forma sustentável preservando o ecossistema local, mas segundo informações da secretaria do meio ambiente do município ele não apresenta nenhum projeto dessa natureza, o que se sabe é que atualmente o iCMBIO vem realizando reuniões com a população para futuramente a criação de um projeto sustentável que vem sendo estudo pela governo federal, que se aprovado irá contemplar a população local com projetos de pesca, extrativismo e agricultura familiar. Enquanto isso as 52 comunidade e parte da população local que vive do extrativismo da pesca e de produtos da mata nativa como castanha, açaí, assim como a madeira continuam contribuindo para o aumento da degradação ambiental, pois dependem dos seus recursos para sobreviver, mesmo sabendo

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que o futuro de suas atividade estão ameaçada, já que na Amazônia da atualidade muito se fala sobre preservação ambiental, mas pouco se faz sobre a permanência e sobrevivência dos diverso povos que vem sofrendo com o avanço do mundo globalizado e capitalista.

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Conclusão e Recomendações

Diante do que foi enfatizado sobre desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, podemos dizer que o Brasil vive um de seus melhores momentos na economia, segundo o site www.planetasustentavel “E possível manter esse desempenho vigoroso de forma sustentável? Em outras palavras, sem agredir a natureza nem arruinar os recursos naturais do país”. Sabemos que há muito se retira da natureza os recursos que o homem necessita para sua sobrevivência, e com isso, vem ocasionando ao longo da historia alguns exemplos, a Europa demonstra em suas florestas o que acontece quando se explora todo o seu potencial natural, ou seja, ela detinha 7℅ das floresta do planeta, hoje conta com apenas 0,1℅. Países ricos como os Estados Unidos, quase não há mais terras disponíveis para a produção de alimentos. Quando ao Brasil é importante salientar que ele é o que mais desmata principalmente na região da Amazônia. Segundo a FAO entre 2000 e 2009 o desmatamento aumentou de 18℅ para 20℅, o que representa mais de 2,6 milhões de hectares de floresta destruída. Preservar a Amazônia é ante de tudo garantir a sobrevivência do planeta. O fim dela significa mudanças no regime de chuvas em toda a America do Sul, assim causando prejuízo na agricultura e na geração de energia. São problemas dessa natureza que o país precisa resolver. Os desafios são grandes, assim como as possibilidades. Segundo estudos do Banco Mundial, onde aponta o Brasil como um provável líder de uma nova economia verde, capaz de reduzir o efeito estufa em até 37℅, isso equivale à retirada de todos os carros do mundo.

Sabemos que fazer tudo de forma correta e sustentável é possível. Segundo especialista em sustentabilidade o Brasil tem tecnologia de primeira linha para expandir o agronegócio e o setor energético, temos o principal que é o potencial que a natureza nos oferece, coisa que outros países não possuem, mas para que isso possa acontecer precisamos mudar de atitudes, governantes, empresários, população em geral tende a agir de forma inconseqüente em relação o futuro, é necessário preservar o que ainda temos, pois, para que o Brasil cresça com qualidade é preciso cuidar do que a natureza nos deu de graça.

Portanto, para que ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que haja uma harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente, a justiça social, ou seja, serviços públicos de qualidade, a qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza principalmente aquele de onde se retira toda a matéria prima.

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