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UNIDADE 2 DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO (AULA 3 – HIPÓTESES DE CÁLCULO) Prof. Estela Garcez 2012/02 Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Curso de Engenharia Civil e Engenharia Agrícola

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UNIDADE  2  DIMENSIONAMENTO  DE  ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  (AULA  3  –  HIPÓTESES  DE  CÁLCULO)  

Prof.  Estela  Garcez  2012/02  

Universidade  Federal  de  Pelotas  Centro  de  Engenharias  Curso  de  Engenharia  Civil  e  Engenharia  Agrícola    

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DIAGRAMAS  DE  EC  E  MF    ▪  Traçar  as  envoltórias  de  dimensionamento  com  base  nas  3  combinações  obLdas  no  exercício  da  aula  anterior  

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2  –  Deformação  por  flexão  

a)  Antes  da  deformação   b)  Após  a  deformação  

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2  –  Deformação  por  flexão  

•  Material  altamente  deformável  submeLdo  a  um  momento  fletor;  

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2  –  Deformação  por  flexão  

•  Uma  parte  da  seção  transversal  está  comprimida  e  uma  parte  tracionada;  

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ESTÁDIOS    ▪  O  procedimento  para  se  caracterizar  o  desempenho  de  uma  seção  de  concreto  consiste  em  aplicar  um  carregamento,  que  se  inicia  do  zero  e  vai  até  a  ruptura.  Às  diversas  fases  pelas  quais  passa  a  seção  de  concreto,  ao  longo  desse  carregamento,  dá-­‐se  o  nome  de  estádios.  DisLnguem-­‐se  basicamente  três  fases  :  estádio  I,  estádio  II  e  estádio  III.  

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ESTÁDIO  I  (APOSTILA  PROF.  LIBÂNIO  –  USP)  

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ESTÁDIO  II  (APOSTILA  PROF.  LIBÂNIO  –  USP)  

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ESTÁDIO  III  (APOSTILA  PROF.  LIBÂNIO  –  USP)  

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•  O   concreto   é   um   material   com   excelente   resistência   à   compressão,  entretanto,  possui  baixa  resistência  à  tração;  

 Deformação  por  flexão  

10c

ctff ≅

•  Para  suprir  esta  deficiência  à  tração:  

 Concreto  armado  

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 Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Hipóteses  básicas  do  dimensionamento  de  uma  seção  transversal  de  concreto  armado  submeLda  à  flexão  simples;  

a)  Hipótese  das  seções  planas;  

•        Uma   seção   transversal   ao   eixo   do   elemento   estrutural   indeformado,   que  inicialmente  era  plana  e  normal  a  esse  eixo,  permanece  nessa  condição  após  as  deformações  do  elemento;  

•  Distr ibu ição   l inear   das  deformações   normais   ao  longo   da   altura   das   seções  transversais;  

•  Deformação   proporcional   à  distância   em   relação   a   linha  neutra;  

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 Dimensionamento  de  seções  retangulares  

b)  Aderência  perfeita  entre  aço  e  concreto  

•       Admite-­‐se  a  existência  de  uma  aderência  perfeita  entre  o  concreto  e  o  aço;  

 

•       As  armaduras  vão  estar  sujeitas  às  mesmas  deformações  do  concreto  que  as  envolve;  

 

•        A   deformação   em   um   ponto   da   seção   transversal   será   calculada   com   a  hipótese  a),  independente  deste  ponto  corresponder  ao  aço  ou  ao  concreto;

     

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

c)  Concreto  tracionado;  

•       Despreza-­‐se  totalmente  a  resistência  à  tração  do  concreto;  

•       Todo  esforço  de  tração  será  resisLdo  pelas  armaduras;  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

d)  Os  diversos  casos  possíveis  de  distribuição  das  deformações  do  concreto  e  do  aço  na  seção  seção  transversal  definem  os  domínios  de  deformação  

e)  Encurtamentos  úlLmos  do  concreto  

 εcu  =  0,35%  (3,5x10-­‐3)nas  seções  não  inteiramentes  comprimidas  (flexão)  

εcu  =  0,20%  a  0,35%  nas  seções  inteiramentes  comprimidas  

e)  Alongamento  úlLmo  do  aço  

εsu  =  1,0%  (10,0x10-­‐3)  

e)  As   tensões   nas   armaduras   é   obLda   a   parLr   de   diagramas   tensão   versus  deformação  

 

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

g)  Diagrama  Parábola-­‐retângulo  

-­‐  0.85  zonas  comprimidas  de  largura  constante  ou  crecentes  no  senLdo  da  fibra  mais  comprimida,  a  parLr  da  LN  -­‐  0.80  zonas  comprimidas  de  largura  decrescente  no  senLdo  da  fibra  mais  comprimida  ,  a  parLr  da  LN    

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Diagramas  tensão  x  deformação  dos  materiais;  

a)  Concreto       b)  Aço  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

▪  Reta  a  ▪  Domínio  1  

▪  Domínio  2  

▪  Domínio  3  

▪  Domínio  4  

▪  Domínio  4a  

▪  Domínio  5  

▪  Reta  b    

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

a)  Peças  subarmadas:  Possuem  taxa  de  armadura  muito  pequena  e   rompem  no  domínio   2.   Neste   caso,   a   ruptura   ocorre   por   deformação   excessiva   da  armadura  sem  haver  o  esmagamento  do  concreto  (ruptura  dúcLl,  com  intensa  fissuração  do  concreto);  

b)  Peças   normalmente   armadas:   A   ruptura   ocorre   no   domínio   3,   com  esmagamento   do   concreto   e   com   escoamento   da   armadura   (ruptura  semelhante  ao  das  peças  subarmadas);  

c)  Peças  superarmadas:  A  ruptura  ocorre  no  domínio  4.  Em  virtude  do  excesso  de  armação,  o  aço  não  chega  a  escoar  e  a   ruptura  ocorre  por  esmagamento  do  concreto  (ruptura  frágil).    

•  Para   evitar   este   Lpo   de   situação   emprega-­‐se   a   armadura  dupla  (uma  tracionada  e  uma  comprimida).    

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Rupturas  opicas  por  flexão;  

Esmagamento  do  concreto  

Fissuração  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Rupturas  opicas  por  flexão;  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Rupturas  opicas  por  flexão;  

Fissuração  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Rupturas  opicas  por  flexão;  

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CÁLCULO  DA  ARMADURA  LONGITUDINAL  EM  VIGAS  SOB  FLEXÃO  NORMAL  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Domínios  de  dimensionamento;  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

•  Domínios  de  dimensionamento;  

lim

lim

0,5 para 350,4 para 35d f MPackd f MPack

xx

= ≤

= >

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•  Roteiro  para  o  dimensionamento  de  seções  retangulares;  

Dimensionamento  de  seções  retangulares  

Os  dados  do  problema  são  os  seguintes:  

a)  As  dimensões  da  seção  transversal,  b  (mínimo  12  cm),  h,  d  e  d´;  e  o  vão  de  cálculo  l;

2nom td h c φφ= − − −

ü  d  é  a  altura  úLl  da  seção;  ü  cnom  é  o  cobrimento  nominal;  

ü  φt  é  o  diâmetro  do  estribo;  

ü  φ   é   o   diâmetro   da   armadura  longitudinal.  

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  ü O  vão   teórico   (ou  de   cálculo),   l,   é   a  distância  entre  os   centros  dos  apoios  (usualmente  adotado);  

ü Nas   vigas   em   balanço,   o   comprimento   teórico   é   o   comprimento   da  extremidade  livre  até  o  centro  do  apoio  (usualmente  adotado);  

ü Entretanto,   de   acordo   com  a  NBR  6118:2003,   não  é  necessário   adotar  valores  maiores  que:  

0,6ol l h= +

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Dimensionamento  de  seções  retangulares  

b)  As  propriedades  dos  materiais:  fck, fyk;  

c)  O  momento  fletor  de  serviço:  Mk (valor  caracterísLco);  

Os  valores  requeridos  são  as  áreas  de  aço  As  e  A`s  

Os  cálculos  necessários  são  os  seguintes:  

1)   ckcd

c

ffγ

= 1,4cγ =

0,85cd cdfσ =

com                                      ⇒  resistência  à  compressão  de  cálculo  do  concreto  

ykyd

s

ff

γ= com                                            ⇒  tensão  de  escoamento  de  cálculo  do  aço                        

⇒  tensão  de  compressão  no  concreto  considerando  o  efeito  Rüsch  

1,15sγ =

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3  –  Armação  em  vigas  de  concreto  armado  

•  Armadura  longitudinal  para  a  absorção  de  esforços  ⇒  Aço  CA-­‐50;  

Armadura  longitudinal  

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3  –  Armação  em  vigas  de  concreto  armado  

•  Armadura  longitudinal  para  a  absorção  de  esforços  ⇒  Aço  CA-­‐50;