um s éculo de engenharia mecânica na feup evolução do...
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Um Século de Engenharia Mecânica na FEUP
Projeto FEUP 2015/2016
Supervisor: Teresa Duarte
Filipe Cardoso Simões Ferreira [email protected]
Francisco Diogo Barbosa Guimarães [email protected]
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
éculo de Engenharia Mecânica na FEUP
Evolução do MIEM
2015/2016 -- Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
Equipa 1M02_3:
Supervisor: Teresa Duarte Monitores: Sérgio Moreira e
Estudantes:
Filipe Cardoso Simões Ferreira Neves [email protected]
Francisco Cunha Oliveira da [email protected]
Francisco Diogo Barbosa Guimarães Mesquita [email protected]
Maria Carolina Chaves [email protected]
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
éculo de Engenharia Mecânica na FEUP
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica:
e Filipe Coutinho
Francisco Cunha Oliveira da Silva
Maria Carolina Chaves Fernandes
Resumo
No contexto do tema proposto no projeto FEUP: “Um século de Engenharia
Mecânica na FEUP”, o grupo decidiu abordar a evolução do MIEM, ao longo destes cem
anos.
Neste trabalho será retratada a origem da Engenharia Mecânica na UP: as razões
da sua criação; as condições da época; pessoas envolvidas na sua conceção. Serão,
igualmente, apresentados certos aspetos do curso que sofreram progressos, como é o caso
do número de entradas, do plano curricular e das próprias instalações da FEUP. Será,
também, exposta uma comparação entre o passado e o presente do MIEM, com as suas
respetivas conclusões.
Durante o relatório, serão referidos alguns notáveis estudantes de Engenharia
Mecânica na FEUP, que acabaram por ter carreiras de destaque. Também será feita uma
referência ao MIEIG, derivado da Engenharia Mecânica.
Por fim, tendo por base os setores de inovação dentro deste ramo da Engenharia e
a entrevista realizada junto do Professor Barbedo de Magalhães, tentar-se-á propor algumas
áreas que, tendo em conta o contexto atual, se mostrarão bastante importantes, de certa
forma, imprescindíveis para as exigências a que os futuros engenheiros serão submetidos.
Palavras-Chave
Engenharia Mecânica; Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;
Universidade do Porto; Faculdade Técnica; Evolução; Futuro
Agradecimentos
Desde já, gostaríamos de agradecer à professora supervisora, a Professora Teresa
Margarida Duarte, pela sua experiência e ajuda, que contribuíram positivamente para a
produção deste projeto, assim como aos monitores Sérgio João Moreira e Filipe Coutinho,
estudantes do 5º ano de MIEM, pela sua disponibilidade e pela sua rapidez e qualidade de
resposta às dificuldades da realização do trabalho.
Visto que bastante informação proveio dos arquivos da FEUP, como tal, agradecemos,
profundamente, a ajuda fornecida pelos encarregados da biblioteca, em especial a Susana
Medina.
Gostaríamos, igualmente, de agradecer o apoio do Professor António Barbedo de
Magalhães que se disponibilizou para dar o seu testemunho sobre a sua experiência
enquanto estudante deste curso.
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Índice Pág.
Lista de figuras 2
Lista de tabelas 3
Lista de gráficos 3
Lista de acrónimos 4
1. Introdução 5
2.1 O que faz um Engenheiro Mecânico? 7
3. A história do curso na Universidade do Porto 8
3.1 Origem - O espaço e as condições na ocasião da sua formação 8
3.2 Figuras importantes envolvidas na criação do curso 12
3.3 Números relacionados com a evolução do registo dos alunos inscritos 14
3.4 Alguns engenheiros mecânicos ilustres da FEUP (Alumni) 15
4. Comparação dos currículos 19
4.1 Apresentação dos primeiros currículos 19
4.2 Apresentação das mudanças predominantes ao longo dos anos 21
4.3 Apresentação do atual currículo 22
4.4 Comparação passado/presente 25
4.5 Origem do MIEIG, derivado da Engenharia Mecânica 27
5. Novos desafios da engenharia Mecânica 27
5.1 Novas áreas da Engenharia Mecânica e prognóstico do futuro 27
5.1.1 Evolução necessária da energia 28
5.1.2 Evolução na nanotecnologia 32
5.1.3 Evoluções na área da biomecânica 35
5.1.4 Entrevista com o Prof. Barbedo de Magalhães e respetivas conclusões 37
5.2 Propostas para o futuro da Engenharia 38
6. Conclusões 39
Referências bibliográficas 40
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Lista de figuras Pág.
Figura 1. Logótipo da celebração do centenário da Engenharia Mecânica na UP 5 Figura 2. George Stephenson, o “Pai dos Caminhos-de-ferro” 6
Figura 3. Definição de engenheiro mecânico segundo a brochura da FEUP de 2011 7
Figura 4. Diário do Governo onde foi apresentado o decreto de lei de 12 de maio 8
Figura 5. Faculdade Técnica da Universidade do Porto (1915 a 1926) 9
Figura 6. Decreto n.º 12 696, publicada pela Direção Geral do Ensino Superior 10
Figura 7. Antigas instalações da FEUP, na Rua dos Bragas 11
Figura 8. Edifício do INEGI 12
Figura 9. Edifício do INES TEC 12
Figura 10. Campus FEUP 12
Figura 11. Retrato do Professor Luís Woodhouse, da autoria de Júlio Ramos 13
Figura 12. Retrato do 1º Reitor da UP, Gomes Teixeira, da autoria de Abel de Moura 13
Figura 13. Guia da Candidatura ao Ensino Superior Público 2014 15
Figura 14. Professor António Barbedo de Magalhães (2013) 16
Figura 15. Professor Augusto Barata da Rocha 17
Figura 16. Professor Lucas Silva 18
Figura 17. Ludgero Marques na feira Concreta, na Exponor, em 2007 19
Figura 18. Marca de Qualidade EUR-ACE® 26
Figura 19. Departamento de Eng. Mecânica e de Eng. Industrial e Gestão 27
Figura 20. Desafio da eficiência das energias para o futuro 28
Figura 21. Emergência da “Era das Energias Renováveis” 29
Figura 22. Reação de fissão nuclear 30
Figura 23. Chernobyl, a “cidade-fantasma” 30
Figura 24. Reação de fusão nuclear 31
Figura 25. Michel Laberge e o seu “reator” 31
Figura 26. Modelo de Nanobots 32
Figura 27. Um avião com asas autorreparáveis, devido à nanotecnologia 33
Figura 28. Nanobots na destruição de células cancerígenas 34
Figura 29. Modelo da prótese de anca, desenvolvido pela empresa americana, Zimmer 35
Figura 30. Implante de rim artificial, desenvolvido pela Universidade de São Francisco 36
Figura 31. Logótipo do LABIOMEP 37
Figura 32. “Grand Challenges for Engineering”, da National Academy of Engineering 39
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Lista de tabelas Pág.
Tabela 1. Primeiras unidades curriculares ensinadas em Engª. Mecânica, em 1915 20
Tabela 2. Número de horas semanais 20
Tabela 3. Unidades curriculares do curso de Engenharia Mecânica, em 1971 21
Tabela 4. Unidades curriculares do MIEM, em 2015 23
Lista de gráficos
Gráfico 1. Evolução do número de entradas no curso, entre 1937 e 1987 14
Gráfico 2. Evolução do número de entradas no curso, entre 2006 e 2015 14
Gráfico 3. Cronograma da evolução do curso de Engenharia Mecânica, na FEUP 26
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Lista de acrónimos
FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
MIEM - Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
IST - Instituto Superior Técnico de Lisboa
FCUP - Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
UP - Universidade do Porto
DGES - Direção-Geral do Ensino Superior
FMUP- Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
MIEIG - Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão
INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia
Industrial
AEP - Associação Empresarial de Portugal
UIM - Universidade Itinerante do Mar
LAETA - Associated Laboratory for Energy
CESM - Conselho do Ensino Superior Militar, do Ministério da Defesa Nacional
IDCEM - Instituto para o Desenvolvimento do Conhecimento e Economia do Mar
IDDRG - International Deep Drawing Research Group
CIFIAL - Centro Industrial de Ferragens, lda
ECTS - Sistema Europeu de Acumulação e Transferência de Créditos
FADEUP - Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
IEM - Introdução à Engenharia Mecânica
EUA - Estados Unidos da América
TED - Technology, Entertainment, Design
AEFEUP - Associação de Estudantes da FEUP
INESC TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e
Ciência
ISI - International Scientific Information
FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia
IMechE - Institution of Mechanical Engineers
INEB - Instituto Nacional de Engenharia Biomédica
1. Introdução
A integração no ambiente FEUP dos alunos recém chegados e o desenvolvimento das
capacidades de trabalho em equipa e das capacidades de comunicação são a base da
realização deste relatório. Este
Integrado em Engenharia Mecânica, no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, tendo
como tema “Um século de Engenharia Mecânica na FEUP”.
Dentro deste assunto, decidiu
na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desde os seus primórdios até à
atualidade, pretendendo dar a conhecer certos aspetos: o seu surgimento e as condições da
época; currículos do passado e respeti
passado e o presente e respetivas conclusões; e apresentação de alguns engenheiros
mecânicos notáveis, formados pela Universidade do Porto. Para tal, foi realizada uma vasta
e cuidadosa pesquisa, baseada em diversas fo
museu, livros da Universidade e
Neste mesmo relatório, serão
Professor Catedrático da Universidade do Porto, António Barbedo de Magalhães
conclusões relativas a esta mesma entrevista.
Apresentar-se-ão ainda, a título de conclusão
segundo a nossa opinião, podem ser fulcrais para o desenvolvimento de engenharias mais
competentes para as necessidades futuras.
Figura 1. - Logótipo da celebração do centenário da Engenharia Mecânica na UP [1].
A integração no ambiente FEUP dos alunos recém chegados e o desenvolvimento das
capacidades de trabalho em equipa e das capacidades de comunicação são a base da
realização deste relatório. Este foi elaborado pela Equipa nº3 da turma 2, do curso Mestrado
Integrado em Engenharia Mecânica, no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, tendo
como tema “Um século de Engenharia Mecânica na FEUP”.
Dentro deste assunto, decidiu-se abordar a evolução do curso de Engenharia Mecânica,
na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desde os seus primórdios até à
atualidade, pretendendo dar a conhecer certos aspetos: o seu surgimento e as condições da
época; currículos do passado e respetivas evoluções até ao presente; comparação entre o
passado e o presente e respetivas conclusões; e apresentação de alguns engenheiros
mecânicos notáveis, formados pela Universidade do Porto. Para tal, foi realizada uma vasta
e cuidadosa pesquisa, baseada em diversas fontes de informação, como arquivos do
museu, livros da Universidade e internet.
Neste mesmo relatório, serão ainda apresentados detalhes de uma entrevista ao notável
ofessor Catedrático da Universidade do Porto, António Barbedo de Magalhães
relativas a esta mesma entrevista.
a título de conclusão, algumas propostas para o futuro
podem ser fulcrais para o desenvolvimento de engenharias mais
competentes para as necessidades futuras.
da celebração do centenário da Engenharia Mecânica na UP [1].
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A integração no ambiente FEUP dos alunos recém chegados e o desenvolvimento das
capacidades de trabalho em equipa e das capacidades de comunicação são a base da
foi elaborado pela Equipa nº3 da turma 2, do curso Mestrado
Integrado em Engenharia Mecânica, no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, tendo
curso de Engenharia Mecânica,
na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desde os seus primórdios até à
atualidade, pretendendo dar a conhecer certos aspetos: o seu surgimento e as condições da
até ao presente; comparação entre o
passado e o presente e respetivas conclusões; e apresentação de alguns engenheiros
mecânicos notáveis, formados pela Universidade do Porto. Para tal, foi realizada uma vasta
de informação, como arquivos do
s de uma entrevista ao notável
ofessor Catedrático da Universidade do Porto, António Barbedo de Magalhães e
lgumas propostas para o futuro que,
podem ser fulcrais para o desenvolvimento de engenharias mais
da celebração do centenário da Engenharia Mecânica na UP [1].
2. O que é a Engenharia Mecânica?
Pela convergência dos conceitos de “Engenharia” e “Mecânica”, a Engenharia pode
ser definida como a “Ciência que estuda a aplicação prática da
homem” e a Mecânica como
movimento e do equilíbrio e a sua aplicação à construção de máquinas” [2].
Tendo as suas bases
Mecânica surgiu por volta dos séc. II e III A.C. com a contribuição de Héron de Alexandria e
o seu motor a vapor, o primeiro
bastante este campo com invenções como o sismómetro, o relógio de água e a carruagem
de engrenagens, na Antiguidade. Também na Idade de Ouro Islâmica houve um avanço
concentrado entre os séc. VII e XV para a evolução da Mecânica moderna [3].
Já no séc. XVII, Sir Isaac Newton contribu
Engenharia Mecânica fundamental, na altura, para a criação de
Em janeiro de 1847, em Birmingham, foi cria
composto por engenheiros mecânicos, por George Stephenson (Figura 2.)
inglês, pioneiro dos caminhos
locomotiva a vapor [4].
Figura 2. George Stephenson, o "Pai dos Caminhos
2. O que é a Engenharia Mecânica?
Pela convergência dos conceitos de “Engenharia” e “Mecânica”, a Engenharia pode
ser definida como a “Ciência que estuda a aplicação prática da tecnologia ao serviço do
“uma parte da Física que tem por objeto o estudo das leis do
vimento e do equilíbrio e a sua aplicação à construção de máquinas” [2].
endo as suas bases no trabalho desenvolvido por Arquimedes, a Engenharia
Mecânica surgiu por volta dos séc. II e III A.C. com a contribuição de Héron de Alexandria e
por, o primeiro da História. Do outro lado do mundo, a China evoluiu
bastante este campo com invenções como o sismómetro, o relógio de água e a carruagem
de engrenagens, na Antiguidade. Também na Idade de Ouro Islâmica houve um avanço
séc. VII e XV para a evolução da Mecânica moderna [3].
Já no séc. XVII, Sir Isaac Newton contribuiu para a criação de um setor da
fundamental, na altura, para a criação de diversas máquinas.
Em janeiro de 1847, em Birmingham, foi criado o primeiro grupo profissional
composto por engenheiros mecânicos, por George Stephenson (Figura 2.)
caminhos-de-ferro na Grã-Bretanha, que também projetou a primeira
. George Stephenson, o "Pai dos Caminhos-de-ferro" [5].
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Pela convergência dos conceitos de “Engenharia” e “Mecânica”, a Engenharia pode
tecnologia ao serviço do
“uma parte da Física que tem por objeto o estudo das leis do
vimento e do equilíbrio e a sua aplicação à construção de máquinas” [2].
Arquimedes, a Engenharia
Mecânica surgiu por volta dos séc. II e III A.C. com a contribuição de Héron de Alexandria e
História. Do outro lado do mundo, a China evoluiu
bastante este campo com invenções como o sismómetro, o relógio de água e a carruagem
de engrenagens, na Antiguidade. Também na Idade de Ouro Islâmica houve um avanço
séc. VII e XV para a evolução da Mecânica moderna [3].
iu para a criação de um setor da
máquinas.
do o primeiro grupo profissional
composto por engenheiros mecânicos, por George Stephenson (Figura 2.) - engenheiro
também projetou a primeira
ferro" [5].
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2.1 O que faz um Engenheiro Mecânico?
A Engenharia Mecânica é muitas vezes considerada a engenharia mais polivalente.
Como tal, com frequência, as funções dos engenheiros formados nesta área são dos mais
diversos tipos. Assim, cabe aos engenheiros mecânicos projetar, supervisionar e produzir
os mais variados equipamentos e maquinaria, como por exemplo, veículos, ou sistemas de
aquecimento e refrigeração. Contudo, estes profissionais aplicam os seus conhecimentos
em muitas outras áreas, como a gestão, a docência e o desenvolvimento de normas de
segurança, pelo que muitas vezes o engenheiro mecânico é chamado a trabalhar em áreas
não diretamente ligadas à engenharia [6].
Figura 3. Definição de Engenheiro Mecânico segundo a brochura da FEUP de 2011
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3. A história do curso na Universidade do Porto
3.1 Origem - O espaço e as condições na ocasião da sua formação
Com a implantação da República e criação da UP, a Academia Politécnica
transformou-se numa Faculdade de Ciências onde os estudos superiores de Engenharia
passaram a ser lecionados, na Escola de Engenharia Civil. Segundo os decretos de Lei de
12 de maio (Figura 4.) e de 22 de agosto de 1911, permaneceria assim até ser organizada
uma “Faculdade de Ciências Aplicadas” [7].
Figura 4. Diário do Governo onde foi apresentado o decreto de lei de 12 de maio [8].
Nessa escola de engenharia continuaram a ser ministrados os cursos que procediam
da reforma de 1885: curso de engenheiros civis de obras públicas, curso de engenheiros
civis de minas e curso de engenheiros civis industriais. Cada curso demorava 6 anos a ser
concluído: 4 anos para o “curso preparatório” e 2 para o “curso especial”.
Na sessão do Senado Universitário de 17 de dezembro de 1913, o Professor
universitário e Presidente da 1.ª secção da Faculdade de Ciências, Luís Woodhouse,
recordando a reforma do decreto de Lei de 12 de maio de 1911, em relação ao ensino de
engenharia, defende que seria necessário criar condições à Faculdade de Ciências para
que possa acompanhar o progresso técnico e para que o curso de Engenharia no Porto,
bastante débil na época, possa competir com o “recente” Instituto Superior Técnico, de
Lisboa, dotado monetariamente. Mesmo assim, a proposta de Woodhouse, que consistia em
criar mais dois lugares de professor e três de assistente e mais alguns cursos, era bastante
modesta e incomparável com a situação do IST. Consequentemente, demandava-se ao
Senado para que pressionasse os poderes públicos e solicitasse às prestigiadas
corporações da cidade do Porto, como a Associação Comercial, o Centro Comercial e a
Associação Industrial, que a acompanhassem na legítima pretensão da primeira secção da
Faculdade de Ciências [7].
Na sessão da reunião dos Reitores, de 14 de março de 1914, o Presidente
Woodhouse comunicou que havia sido combinado propor ao Governo a reforma dos cursos
de Engenharia anexados à Faculdade de Ciências, de forma a melhorar o ensino técnico.
Na sessão de 5 de agosto de 1915, após ter sido aprovada, pela Câmara dos
Deputados, a criação de uma Faculdade de Letras e uma Escola Normal Superior no Porto,
o reitor Francisco Gomes Teixeira defende que
relativamente à Escola de Engenharia anexa à Faculdade de C
aperfeiçoar [7].
Desse modo, foram apresentadas ao
de uma Faculdade Técnica, na cidade do Porto, e outra de felicitações ao Ministro pela
iniciativa da formação das novas Faculdades. Por sugestão de Cândido de Pinho, estas
duas moções acabaram por ser fundidas numa só, aprovada por unanimidade.
Em menos de um mês
Doutor Lopes Martins, referendava a lei orçamental que mandava reorganizar a Escola de
Engenharia anexa à Faculdade de
Na sessão de 8 de novembro de 1915, o Senado gratulava o Ministro pela decisão e
também o Professor Augusto Nobre, o responsável pela iniciativa do novo projeto de lei.
Forma-se, assim, a Faculdade Técni
ciências aplicadas à Engenharia [7].
Figura
O plano de organização foi aprovado pelo decreto 2103, de 25 de novembro de
1915, que dispõe no artigo 1.º:
“A Faculdade Técnica da Universidade do Porto (…) é uma escola de Engenharia
Civil e Industrial onde se professam os seguintes cursos superiores e especiais: Engenharia
Civil; Engenharia de Minas; Engenharia Mecânica
Químico-Industrial”.
Na sessão de 5 de agosto de 1915, após ter sido aprovada, pela Câmara dos
de uma Faculdade de Letras e uma Escola Normal Superior no Porto,
Gomes Teixeira defende que deveriam ser tomadas medidas
relativamente à Escola de Engenharia anexa à Faculdade de Ciências, para a desenvolver e
foram apresentadas ao Senado duas moções: uma propondo
de uma Faculdade Técnica, na cidade do Porto, e outra de felicitações ao Ministro pela
iniciativa da formação das novas Faculdades. Por sugestão de Cândido de Pinho, estas
aram por ser fundidas numa só, aprovada por unanimidade.
Em menos de um mês, após a apresentação da moção, o Ministro da Instrução,
Doutor Lopes Martins, referendava a lei orçamental que mandava reorganizar a Escola de
Engenharia anexa à Faculdade de Ciências, introduzindo-lhe novos cursos.
Na sessão de 8 de novembro de 1915, o Senado gratulava o Ministro pela decisão e
também o Professor Augusto Nobre, o responsável pela iniciativa do novo projeto de lei.
se, assim, a Faculdade Técnica (Figura 5.), que ministra o ensino das
ciências aplicadas à Engenharia [7].
Figura 5. Faculdade Técnica da UP (1915 a 1926) [9].
O plano de organização foi aprovado pelo decreto 2103, de 25 de novembro de
dispõe no artigo 1.º:
“A Faculdade Técnica da Universidade do Porto (…) é uma escola de Engenharia
Civil e Industrial onde se professam os seguintes cursos superiores e especiais: Engenharia
Engenharia Mecânica; Engenharia Eletrotécnica e Engenharia
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Na sessão de 5 de agosto de 1915, após ter sido aprovada, pela Câmara dos
de uma Faculdade de Letras e uma Escola Normal Superior no Porto,
deveriam ser tomadas medidas
iências, para a desenvolver e
duas moções: uma propondo a criação
de uma Faculdade Técnica, na cidade do Porto, e outra de felicitações ao Ministro pela
iniciativa da formação das novas Faculdades. Por sugestão de Cândido de Pinho, estas
aram por ser fundidas numa só, aprovada por unanimidade.
após a apresentação da moção, o Ministro da Instrução,
Doutor Lopes Martins, referendava a lei orçamental que mandava reorganizar a Escola de
lhe novos cursos.
Na sessão de 8 de novembro de 1915, o Senado gratulava o Ministro pela decisão e
também o Professor Augusto Nobre, o responsável pela iniciativa do novo projeto de lei.
ca (Figura 5.), que ministra o ensino das
O plano de organização foi aprovado pelo decreto 2103, de 25 de novembro de
“A Faculdade Técnica da Universidade do Porto (…) é uma escola de Engenharia
Civil e Industrial onde se professam os seguintes cursos superiores e especiais: Engenharia
otécnica e Engenharia
O quadro das disciplinas era formado por 22 cadeiras anuais e 7 semestrais. Os três
primeiros anos – parte preparatória
alunos recebiam uma sólida preparação na
sendo que os três últimos – cursos especiais
Desenvolvia-se um ensino teórico e prático que, nesta época, correspondia a um
desenvolvimento notável no domínio
Porém, anos mais tarde, a imprensa viria a desenvolver
criação de um Instituto Superior Técnico no Porto [7].
Consciente das consequências que tal atitude poderia ter na Faculdade Técnica, na
sessão do Senado universitário de 8 de novembro de 1919, o seu Diretor, Eng.º Couto dos
Santos defende a promulgação de uma lei que permitisse aos alunos do Instituto Industrial
do Porto ingressar na Faculdade de Ciências, e daí nas Escolas Técnicas Superiores, sem
ser necessário criar qualquer escola nova, acabando por ser uma solução simples e
económica.
Assim, foi aprovado por aclamação uma moção apresentada pelo Reitor honorário da
UP, Gomes Teixeira, que defendia que a criação de uma nova escola de Engenharia seria
completamente desvantajoso, prejudicando não só os interesses da cidade do Porto
também os interesses nacionais. E, desta forma, este problema foi ultrapassado.
A mini-reforma de 1918 foi regulamentada em 1921, pelo ministro da Instrução, o
Doutor Alfredo de Magalhães. O artigo 1.º do regulamento define a Faculdade Técnica como
um “estabelecimento de ensino superior profissional, de investigação científica e de difusão
de alta cultura”.
A Faculdade encaminhava
da Universidade – a investigação científica. Pelo decreto nº 12 696, de 17 de dezembro de
1926 (Figura 6.), a Faculdade Técnica passou a designar
mantendo os mesmos cinco cursos com uma duração de 6 anos.
Figura 6. Decreto n.º 12 696, publicada pela Direção Geral do Ensino Superior [10].
Em 1937, a Faculdade deixa de se localizar no edifício da Faculdade de Ciências e
passa a situar-se em edifício próprio, na Rua dos Bragas (Figura 7.).
todavia, continuaram a ser professados na Faculdade de Ciências [7].
Tendo em conta os desenvolvimentos positivos das ciências e técnicas de
Engenharia e do seu ensino, em 1955, pelo decreto n.º 40378, de 14 de novembro, deixou
O quadro das disciplinas era formado por 22 cadeiras anuais e 7 semestrais. Os três
parte preparatória – eram ministrados na Faculdade de Ciências, onde os
alunos recebiam uma sólida preparação nas ciências puras, matemáticas e físico
cursos especiais – eram lecionados na Faculdade Técnica.
se um ensino teórico e prático que, nesta época, correspondia a um
no domínio científico-tecnológico.
Porém, anos mais tarde, a imprensa viria a desenvolver uma campanha a favor da
criação de um Instituto Superior Técnico no Porto [7].
Consciente das consequências que tal atitude poderia ter na Faculdade Técnica, na
itário de 8 de novembro de 1919, o seu Diretor, Eng.º Couto dos
Santos defende a promulgação de uma lei que permitisse aos alunos do Instituto Industrial
do Porto ingressar na Faculdade de Ciências, e daí nas Escolas Técnicas Superiores, sem
criar qualquer escola nova, acabando por ser uma solução simples e
Assim, foi aprovado por aclamação uma moção apresentada pelo Reitor honorário da
UP, Gomes Teixeira, que defendia que a criação de uma nova escola de Engenharia seria
completamente desvantajoso, prejudicando não só os interesses da cidade do Porto
também os interesses nacionais. E, desta forma, este problema foi ultrapassado.
reforma de 1918 foi regulamentada em 1921, pelo ministro da Instrução, o
redo de Magalhães. O artigo 1.º do regulamento define a Faculdade Técnica como
estabelecimento de ensino superior profissional, de investigação científica e de difusão
A Faculdade encaminhava-se, definitivamente, para uma das vertente
a investigação científica. Pelo decreto nº 12 696, de 17 de dezembro de
1926 (Figura 6.), a Faculdade Técnica passou a designar-se Faculdade de Engenharia,
mantendo os mesmos cinco cursos com uma duração de 6 anos.
. Decreto n.º 12 696, publicada pela Direção Geral do Ensino Superior [10].
Em 1937, a Faculdade deixa de se localizar no edifício da Faculdade de Ciências e
se em edifício próprio, na Rua dos Bragas (Figura 7.). Os três primeiros anos,
todavia, continuaram a ser professados na Faculdade de Ciências [7].
Tendo em conta os desenvolvimentos positivos das ciências e técnicas de
Engenharia e do seu ensino, em 1955, pelo decreto n.º 40378, de 14 de novembro, deixou
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O quadro das disciplinas era formado por 22 cadeiras anuais e 7 semestrais. Os três
eram ministrados na Faculdade de Ciências, onde os
s ciências puras, matemáticas e físico-químicas,
eram lecionados na Faculdade Técnica.
se um ensino teórico e prático que, nesta época, correspondia a um
uma campanha a favor da
Consciente das consequências que tal atitude poderia ter na Faculdade Técnica, na
itário de 8 de novembro de 1919, o seu Diretor, Eng.º Couto dos
Santos defende a promulgação de uma lei que permitisse aos alunos do Instituto Industrial
do Porto ingressar na Faculdade de Ciências, e daí nas Escolas Técnicas Superiores, sem
criar qualquer escola nova, acabando por ser uma solução simples e
Assim, foi aprovado por aclamação uma moção apresentada pelo Reitor honorário da
UP, Gomes Teixeira, que defendia que a criação de uma nova escola de Engenharia seria
completamente desvantajoso, prejudicando não só os interesses da cidade do Porto, mas
também os interesses nacionais. E, desta forma, este problema foi ultrapassado.
reforma de 1918 foi regulamentada em 1921, pelo ministro da Instrução, o
redo de Magalhães. O artigo 1.º do regulamento define a Faculdade Técnica como
estabelecimento de ensino superior profissional, de investigação científica e de difusão
se, definitivamente, para uma das vertentes fundamentais
a investigação científica. Pelo decreto nº 12 696, de 17 de dezembro de
se Faculdade de Engenharia,
. Decreto n.º 12 696, publicada pela Direção Geral do Ensino Superior [10].
Em 1937, a Faculdade deixa de se localizar no edifício da Faculdade de Ciências e
Os três primeiros anos,
Tendo em conta os desenvolvimentos positivos das ciências e técnicas de
Engenharia e do seu ensino, em 1955, pelo decreto n.º 40378, de 14 de novembro, deixou
de haver preparatórios nos cursos de Engenharia
que os três primeiros continuam ministrados
alargar a cultura geral dos novos engenheiros.
A partir de 1975, por força do
da Faculdade de Engenharia passam definitivamente a ter as aulas no seu edifício, na Rua
dos Bragas (Figura 7.) [7].
Figure 7. Antigas instalações da FEUP, na Rua dos Bragas [1
Em setembro 2000, a FEUP muda
Universidade do Porto – Campus da Asprela (Figura 10.),
condições [12]:
- Com uma área de construção de cerca de 78 mil m
primitivo no Pólo I, na rua dos Bragas;
- Constituído por 15 edifícios, divididos em 6 departamentos, blocos de aulas,
auditório, biblioteca, refeitório e o edifício da AEFEUP [13];
- O número de laboratórios aumentou cerca de cinco vezes, em relação às
instalações anteriores;
- Passam a existir 36 auditórios, com capacidades entre os 50 e os 500 lugares, em
comparação com os apenas oito anfiteatros exi
- A biblioteca passou de dois andares para um bloco de oito pisos, com cerca de 550
lugares sentados [14].
Ao longo destes anos, desde 2000 até agora, foram acrescentados mais edifícios ao
Campus FEUP, como por exemplo, as novas instalações do INEGI (Figura 8.), inauguradas
em 2008, e do INESC TEC, do Porto (Figura 9.) [15].
haver preparatórios nos cursos de Engenharia, que passam a ser de seis anos,
continuam ministrados na Faculdade de Ciências, com o objetivo de
alargar a cultura geral dos novos engenheiros.
A partir de 1975, por força do Decreto-Lei nº440, de 16 de agosto, todos os alunos
da Faculdade de Engenharia passam definitivamente a ter as aulas no seu edifício, na Rua
. Antigas instalações da FEUP, na Rua dos Bragas [1
Em setembro 2000, a FEUP muda as suas instalações para o
Campus da Asprela (Figura 10.), melhorando globalmente as suas
Com uma área de construção de cerca de 78 mil m2, quase o triplo do espaço
, na rua dos Bragas;
Constituído por 15 edifícios, divididos em 6 departamentos, blocos de aulas,
auditório, biblioteca, refeitório e o edifício da AEFEUP [13];
O número de laboratórios aumentou cerca de cinco vezes, em relação às
anteriores;
auditórios, com capacidades entre os 50 e os 500 lugares, em
comparação com os apenas oito anfiteatros existentes nas antigas instalações
A biblioteca passou de dois andares para um bloco de oito pisos, com cerca de 550
lugares sentados [14].
Ao longo destes anos, desde 2000 até agora, foram acrescentados mais edifícios ao
Campus FEUP, como por exemplo, as novas instalações do INEGI (Figura 8.), inauguradas
em 2008, e do INESC TEC, do Porto (Figura 9.) [15].
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que passam a ser de seis anos, sendo
na Faculdade de Ciências, com o objetivo de
Lei nº440, de 16 de agosto, todos os alunos
da Faculdade de Engenharia passam definitivamente a ter as aulas no seu edifício, na Rua
. Antigas instalações da FEUP, na Rua dos Bragas [11].
para o Pólo II da
melhorando globalmente as suas
, quase o triplo do espaço
Constituído por 15 edifícios, divididos em 6 departamentos, blocos de aulas,
O número de laboratórios aumentou cerca de cinco vezes, em relação às
auditórios, com capacidades entre os 50 e os 500 lugares, em
stentes nas antigas instalações;
A biblioteca passou de dois andares para um bloco de oito pisos, com cerca de 550
Ao longo destes anos, desde 2000 até agora, foram acrescentados mais edifícios ao
Campus FEUP, como por exemplo, as novas instalações do INEGI (Figura 8.), inauguradas
Atualmente, a faculdade permanece na mesma localização (Figura 10.) [12].
3.2 Figuras importantes envolvidas na criação do curso
Luís Woodhouse (1858-
diretor da FCUP e vice-reitor da
Matemática da Universidade de Coimbra, Woodhouse foi professor no Instituto Industrial e
Comercial do Porto, na Academia Politécnica do Porto e na FCUP. Além de reputado e
notável professor, exerceu divers
dos professores da FCUP (nomeado em 1912), de tesoureiro interino (nomeado em 1912) e
de Vice-reitor (tomou posse em 24 de julho de 1926), e na Faculdade de Ciên
diretor interino (entre 1922 e 19
meados de dezembro desse mesmo ano) [19].
Figura 8. Edifício do INEGI [16].
Atualmente, a faculdade permanece na mesma localização (Figura 10.) [12].
Figura 10. Campus FEUP [18].
3.2 Figuras importantes envolvidas na criação do curso
-1927), matemático de formação, foi professor universitário,
reitor da UP. Entre 1876 e 1881, formado na Faculdade de
Matemática da Universidade de Coimbra, Woodhouse foi professor no Instituto Industrial e
Comercial do Porto, na Academia Politécnica do Porto e na FCUP. Além de reputado e
notável professor, exerceu diversas funções e cargos na UP, nomeadamente
dos professores da FCUP (nomeado em 1912), de tesoureiro interino (nomeado em 1912) e
reitor (tomou posse em 24 de julho de 1926), e na Faculdade de Ciên
entre 1922 e 1926) e diretor efetivo (nomeado em março de 1926, até
meados de dezembro desse mesmo ano) [19].
. Edifício do INEGI [16]. Figura 9. Edifício do INESC TEC [17].
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Atualmente, a faculdade permanece na mesma localização (Figura 10.) [12].
professor universitário,
. Entre 1876 e 1881, formado na Faculdade de
Matemática da Universidade de Coimbra, Woodhouse foi professor no Instituto Industrial e
Comercial do Porto, na Academia Politécnica do Porto e na FCUP. Além de reputado e
ções e cargos na UP, nomeadamente o de delegado
dos professores da FCUP (nomeado em 1912), de tesoureiro interino (nomeado em 1912) e
reitor (tomou posse em 24 de julho de 1926), e na Faculdade de Ciências onde foi
e diretor efetivo (nomeado em março de 1926, até
. Edifício do INESC TEC [17].
Figura 11. Retrato do Professor Luís Woodhouse, da autoria de Júlio Ramos [20].
Francisco Gomes Teixeira
Licenciado em Matemática em 1875, na Faculdade de Matemática com
excelente, foi um aluno notável: aos vinte e quatro anos e
Doutor. Iniciou a atividade de docente em 1876, sen
em 1880. Poucos anos depois, por razões familiares, transferiu
Politécnica do Porto, onde, em fevereiro de 1886, é nomeado Diretor [21].
Gomes Teixeira foi o primeiro Reitor da UP, por eleição realizad
1911, legitimada pelo governo. Um dos seus principais feitos foi o empenho pela
manutenção das cadeiras de Engenharia, anexas à Faculdade de Ciências, as quais tiveram
em risco de ser extintas. Se tal tivesse acontecido, não se teria fu
Técnica em 1921, antecedente da Faculdade de Engenharia. Foi Reitor até 1917 e, pouco
tempo depois, o Senado da Universidade nomeou
Figura 12. Retrato do 1.º Reitor da UP, Gomes Teixeir
. Retrato do Professor Luís Woodhouse, da autoria de Júlio Ramos [20].
Francisco Gomes Teixeira (1851-1933) foi o 1º Reitor da UP, entre 1911 e 1917.
Licenciado em Matemática em 1875, na Faculdade de Matemática com
um aluno notável: aos vinte e quatro anos e meio já tinha obtido o grau de
outor. Iniciou a atividade de docente em 1876, sendo, promovido a Professor Catedrático,
em 1880. Poucos anos depois, por razões familiares, transferiu-se para a Academia
Politécnica do Porto, onde, em fevereiro de 1886, é nomeado Diretor [21].
Gomes Teixeira foi o primeiro Reitor da UP, por eleição realizada em 16 de junho de
pelo governo. Um dos seus principais feitos foi o empenho pela
manutenção das cadeiras de Engenharia, anexas à Faculdade de Ciências, as quais tiveram
em risco de ser extintas. Se tal tivesse acontecido, não se teria fundado a Faculdade
Técnica em 1921, antecedente da Faculdade de Engenharia. Foi Reitor até 1917 e, pouco
tempo depois, o Senado da Universidade nomeou-o Reitor-honorário [21].
. Retrato do 1.º Reitor da UP, Gomes Teixeira, da autoria de Abel de Moura [22].
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. Retrato do Professor Luís Woodhouse, da autoria de Júlio Ramos [20].
da UP, entre 1911 e 1917.
Licenciado em Matemática em 1875, na Faculdade de Matemática com uma classificação
meio já tinha obtido o grau de
promovido a Professor Catedrático,
se para a Academia
Politécnica do Porto, onde, em fevereiro de 1886, é nomeado Diretor [21].
a em 16 de junho de
pelo governo. Um dos seus principais feitos foi o empenho pela
manutenção das cadeiras de Engenharia, anexas à Faculdade de Ciências, as quais tiveram
ndado a Faculdade
Técnica em 1921, antecedente da Faculdade de Engenharia. Foi Reitor até 1917 e, pouco
honorário [21].
a, da autoria de Abel de Moura [22].
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3.3 Números relacionados com a evolução do registo dos alunos inscritos
Gráfico 1. Evolução do n.º de entradas no curso, entre 1937 e 1987 [23].
De acordo com o gráfico 1., ao longo dos 50 anos avaliados, o número de entradas no
curso de Engenharia Mecânica na FEUP, sofreu grandes flutuações, sendo que no decorrer
dos primeiros 30 anos, entravam, em média, cerca de 10 pessoas, por ano. Nos 5 anos
seguintes, observa-se um crescimento exponencial até se atingir um máximo de cerca de
140 alunos, assistindo nos 25 anos posteriores a uma estabilização gradual deste valor, até
cerca de 70 novos alunos por ano [23].
Gráfico 2. Evolução do n.º de entradas no curso, entre 2006 e 2015 [24].
Segundo o gráfico 2., com base nos dados do arquivo do DGES, desde 2006, ano
da introdução do Processo de Bolonha no curso, até ao presente ano, o número de entradas
no MIEM aumentou. Porém, esta evolução não foi constante:
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- entre 2006 e 2007 observou-se o maior incremento no número de entradas: passou
de 55 para 112;
- durante três anos consecutivos, entre 2007 e 2009, o número de novos alunos
manteve-se constante;
- em 2010, aumentou para 135, sendo que, em 2011, também se registou o mesmo
número de entradas;
- entre 2011 e 2015, assistiu-se a um aumento em cerca de 26 entradas, passando
para 161, tendo sido registados 151 novos alunos, em 2014 (Figura 13.) [24].
Figura 13. Guia da Candidatura ao Ensino Superior Público 2014 [25].
3.4 Alguns engenheiros mecânicos ilustres da FEUP (Alumni)
Durante este século de existência do curso de engenharia Mecânica na FEUP,
foram formados milhares de engenheiros. Dentro desse grupo, inúmeros alunos
destacaram-se pelas suas notáveis carreiras profissionais, em várias áreas.
Nesta secção, deste grande leque de engenheiros, decidimos destacar quatro, três
dos quais continuam ligados ao ensino da FEUP. A nossa seleção foi motivada pelo facto de
estas personalidades terem tido um forte impacto
político e científico; por terem sido
projetos; por terem exercido
fundamentalmente, por se terem revelado
pelo exercício da engenharia.
António Barbedo de Magalhães
Professor Catedrático da FEUP, autor de vários obras relacionadas com a Engenharia
Mecânica e, durante o regime ditatorial do Estado Novo, altura em que era estuda
opositor assumido das ideias salazaristas e defensor da liberdade do País.
O professor Barbedo de Magalhães, licenciado no curso de Engenharia Mecânica,
na FEUP, em 1968, ano em que terminou o curso, o
distinção, na Universidade de Gand, na Bélgica, no ano de 1973 [26].
Responsável por cinco patentes,
fundição, foi o principal impulsionador dos projetos PESC/LIDERA, envolvendo vários
alunos da UP, que puderam desenvolver
alguns anos, coordenou o Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais da UP,
derivado da colaboração de doze das catorze faculdades da UP, e do qual resultaram, em
dois anos, mais de cem publicações dos
António Barbedo de Magalhães foi con
do Infante D. Henrique, em 2000, e pelo Estado Timorense
em 2012, fundamentalmente, pelas suas intervençõe
timorense.
Nessas atividades políticas, desde 1989, teve, sempre, o apoio da UP, a qual
representou em variadas iniciativas e conferências em vários países, levando, até ao
“Caucus dos Direitos Humanos” do Congresso American
Figura 14. Professor António Barbedo de Magalhães (2013) [27].
estas personalidades terem tido um forte impacto em diferentes domínios:
por terem sido grandes impulsionadores/colaboradores de importantes
cargos influentes em respeitáveis organizações/empresas; e,
por se terem revelado grandes profissionais, com um
António Barbedo de Magalhães (Figura 14.), nascido em 1943, é, desde 1989,
Professor Catedrático da FEUP, autor de vários obras relacionadas com a Engenharia
Mecânica e, durante o regime ditatorial do Estado Novo, altura em que era estuda
opositor assumido das ideias salazaristas e defensor da liberdade do País.
O professor Barbedo de Magalhães, licenciado no curso de Engenharia Mecânica,
na FEUP, em 1968, ano em que terminou o curso, obteve o grau de Doutor, com a máxima
a Universidade de Gand, na Bélgica, no ano de 1973 [26].
Responsável por cinco patentes, como inventor, no domínio das tecnologias de
, foi o principal impulsionador dos projetos PESC/LIDERA, envolvendo vários
alunos da UP, que puderam desenvolver as suas aptidões de empreendedorismo. Durante
alguns anos, coordenou o Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais da UP,
da colaboração de doze das catorze faculdades da UP, e do qual resultaram, em
dois anos, mais de cem publicações dos respetivos universitários participantes.
António Barbedo de Magalhães foi condecorado pelo Estado Português
2000, e pelo Estado Timorense com a Ordem de Timor
fundamentalmente, pelas suas intervenções em prol dos direitos do povo
Nessas atividades políticas, desde 1989, teve, sempre, o apoio da UP, a qual
representou em variadas iniciativas e conferências em vários países, levando, até ao
dos Direitos Humanos” do Congresso Americano, a situação de Timor [26].
. Professor António Barbedo de Magalhães (2013) [27].
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em diferentes domínios: socioeconómico,
grandes impulsionadores/colaboradores de importantes
em respeitáveis organizações/empresas; e,
com um grande respeito
(Figura 14.), nascido em 1943, é, desde 1989,
Professor Catedrático da FEUP, autor de vários obras relacionadas com a Engenharia
Mecânica e, durante o regime ditatorial do Estado Novo, altura em que era estudante,
opositor assumido das ideias salazaristas e defensor da liberdade do País.
O professor Barbedo de Magalhães, licenciado no curso de Engenharia Mecânica,
outor, com a máxima
como inventor, no domínio das tecnologias de
, foi o principal impulsionador dos projetos PESC/LIDERA, envolvendo vários
as suas aptidões de empreendedorismo. Durante
alguns anos, coordenou o Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais da UP,
da colaboração de doze das catorze faculdades da UP, e do qual resultaram, em
respetivos universitários participantes.
decorado pelo Estado Português com a Ordem
com a Ordem de Timor-Leste,
s em prol dos direitos do povo
Nessas atividades políticas, desde 1989, teve, sempre, o apoio da UP, a qual
representou em variadas iniciativas e conferências em vários países, levando, até ao
o, a situação de Timor [26].
. Professor António Barbedo de Magalhães (2013) [27].
Augusto Barata da Rocha
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Diretor do OCEANUS
Barata da Rocha teve sempre um papel
Sénior, Presidente da Direção e um dos seus grandes impulsionadores, naq
dos grandes projetos do Instituto: o seu novo edifício, situado no Campus da FEUP [28].
O professor Barata da Rocha tem um currículo
investigador do LAETA; diretor da UIM; membro do CESM, do Ministério da Defesa
Nacional; membro do Conselho Coordenador de I&D+I da UP; membro do Comité de
Instalação do Pólo do Mar da UP; membro da
Conhecimento e da Economia do Mar; membro do
Renewable Ocean Energy; membro da
responsável da delegação portuguesa para o IDDRG. Ao longo da sua carreira profissional,
já publicou mais de 20 artigos
Atualmente, o professor Augusto Barata da Rocha continua a lecionar na FEUP e é
membro integrado do Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica, no
Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Indust
Figura
Lucas Filipe Martins da Silva
com Agregação no Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP e, desde maio de
2015, o Diretor do IEM.
Formado em Engenharia Mecânica, obteve o seu Doutoramento em ligações
adesivas estruturais de compósitos
Publicou 141 artigos ISI e 18 livros, principalmente, sobre a mecânica das juntas adesivas.
Augusto Barata da Rocha (Figura 15.) é um Professor Catedrático do
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto e Diretor do OCEANUS - Marine Research & Innovation.
Barata da Rocha teve sempre um papel importante no INEGI, onde foi Inv
énior, Presidente da Direção e um dos seus grandes impulsionadores, naq
tos do Instituto: o seu novo edifício, situado no Campus da FEUP [28].
O professor Barata da Rocha tem um currículo repleto de notáveis cargos:
investigador do LAETA; diretor da UIM; membro do CESM, do Ministério da Defesa
Nacional; membro do Conselho Coordenador de I&D+I da UP; membro do Comité de
Instalação do Pólo do Mar da UP; membro da Direção da Oceano XXI
onomia do Mar; membro do European Marine Board Vision Group on
; membro da Direção Executiva do IDCEM; fundador e
responsável da delegação portuguesa para o IDDRG. Ao longo da sua carreira profissional,
já publicou mais de 20 artigos científicos [29].
Atualmente, o professor Augusto Barata da Rocha continua a lecionar na FEUP e é
membro integrado do Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica, no
Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Indust
Figura 15. Professor Augusto Barata da Rocha [31].
Lucas Filipe Martins da Silva (Figura 16.) é atualmente um Professor Associado
com Agregação no Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP e, desde maio de
Formado em Engenharia Mecânica, obteve o seu Doutoramento em ligações
adesivas estruturais de compósitos pela Universidade de Bristol, em Inglaterra, em 2004.
Publicou 141 artigos ISI e 18 livros, principalmente, sobre a mecânica das juntas adesivas.
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(Figura 15.) é um Professor Catedrático do
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do
importante no INEGI, onde foi Investigador
énior, Presidente da Direção e um dos seus grandes impulsionadores, naquele que é um
tos do Instituto: o seu novo edifício, situado no Campus da FEUP [28].
de notáveis cargos:
investigador do LAETA; diretor da UIM; membro do CESM, do Ministério da Defesa
Nacional; membro do Conselho Coordenador de I&D+I da UP; membro do Comité de
da Oceano XXI - Cluster do
European Marine Board Vision Group on
Executiva do IDCEM; fundador e
responsável da delegação portuguesa para o IDDRG. Ao longo da sua carreira profissional,
Atualmente, o professor Augusto Barata da Rocha continua a lecionar na FEUP e é
membro integrado do Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica, no
Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial [30].
(Figura 16.) é atualmente um Professor Associado
com Agregação no Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP e, desde maio de
Formado em Engenharia Mecânica, obteve o seu Doutoramento em ligações
pela Universidade de Bristol, em Inglaterra, em 2004.
Publicou 141 artigos ISI e 18 livros, principalmente, sobre a mecânica das juntas adesivas.
Segundo a base de dados bibliográficos
vezes [32].
Editor em várias revistas científicas, o P
projetos de investigação e, atualmente, lidera o Grupo de Adesivos composto por pós
doutorados, alunos de doutoramento e alunos de mestrado.
Editor e revisor em várias revistas científica
citados, publicados desde 2009, da revista
sendo que um dos seus artigos obteve alguns prémios. Em 2013, pela FEUP, recebeu o
Prémio de Excelência Científica [32].
Atualmente, tem dois pedidos provisórios de patentes e faz trabalhos de consultoria
para empresas nacionais e internacionais, de renome.
Também é membro do Laboratório Associado de Energia, Transportes e
Aeronáutica, do Instituto de Ciência e Inov
Industrial [32].
Ângelo Ludgero Marques
nascido em 1938, criou e presidiu diversas empresa
reconhecida internacionalmente, filiada em países como o Reino Unido, Estados Unidos e
Espanha, estando, por isso, distribuída em mercados de alto potencial, onde esteve até
2013 [34]. Foi presidente da AEP durante 23 anos [35]
Para além do mundo empresarial, também interferiu na área cultural, tendo sido, em
1998, o fundador do primeiro centro de ciência construído de
da Feira, o Visionarium – Centro de Ciência do Europarque
Segundo a base de dados bibliográficos Scopus, os seus trabalhos foram citados 2161
várias revistas científicas, o Professor Lucas já cooperou
projetos de investigação e, atualmente, lidera o Grupo de Adesivos composto por pós
doutorados, alunos de doutoramento e alunos de mestrado.
Editor e revisor em várias revistas científicas, também é autor dos 4 trabalhos mais
citados, publicados desde 2009, da revista Internacional Journal of Adhesion and Adhesives
sendo que um dos seus artigos obteve alguns prémios. Em 2013, pela FEUP, recebeu o
Prémio de Excelência Científica [32].
ualmente, tem dois pedidos provisórios de patentes e faz trabalhos de consultoria
para empresas nacionais e internacionais, de renome.
Também é membro do Laboratório Associado de Energia, Transportes e
Aeronáutica, do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia
Figura 16. Professor Lucas Silva [33].
Ângelo Ludgero Marques (Figura 17.), engenheiro mecânico formado na FEUP,
nascido em 1938, criou e presidiu diversas empresas como a CIFIAL, uma empresa
reconhecida internacionalmente, filiada em países como o Reino Unido, Estados Unidos e
Espanha, estando, por isso, distribuída em mercados de alto potencial, onde esteve até
2013 [34]. Foi presidente da AEP durante 23 anos [35].
Para além do mundo empresarial, também interferiu na área cultural, tendo sido, em
1998, o fundador do primeiro centro de ciência construído de raiz no país, em Santa Maria
Centro de Ciência do Europarque [36].
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, os seus trabalhos foram citados 2161
rofessor Lucas já cooperou em vários
projetos de investigação e, atualmente, lidera o Grupo de Adesivos composto por pós-
s, também é autor dos 4 trabalhos mais
Internacional Journal of Adhesion and Adhesives,
sendo que um dos seus artigos obteve alguns prémios. Em 2013, pela FEUP, recebeu o
ualmente, tem dois pedidos provisórios de patentes e faz trabalhos de consultoria
Também é membro do Laboratório Associado de Energia, Transportes e
ação em Engenharia Mecânica e Engenharia
(Figura 17.), engenheiro mecânico formado na FEUP,
s como a CIFIAL, uma empresa
reconhecida internacionalmente, filiada em países como o Reino Unido, Estados Unidos e
Espanha, estando, por isso, distribuída em mercados de alto potencial, onde esteve até
Para além do mundo empresarial, também interferiu na área cultural, tendo sido, em
no país, em Santa Maria
Figura 17. Ludgero Marques na feira
4. Comparação dos currículos
De facto, o curso de Engenharia Mecânica não se manteve constante, tendo
evoluído bastante nestes cem anos, acompanhando a evolução da
para melhor preparar os estudantes para os desafios contemporâneos (e futuros).
Para que os alunos não tivessem uma educação desadequada, as cadeiras foram
atualizadas e direcionadas para os problemas da engenharia em ascen
soluções por parte de profissionais bem qualificados.
De maneira a compreender a sua evolução, far
evolução sofrida ao longo dos últimos cem anos.
4.1 Apresentação dos primeiros currículos
Com a evolução industrial no mundo, para Portugal conseguir alcançar o mesmo
nível, em 1915, o curso de Engenharia Mecânica foi introduzido, na Faculdade Técnica.
Inicialmente, este curso, com a duração de seis anos, ficou repartido em 3 anos
“preparatórios” na Faculdade de Ciências, onde se lecionava as ciências comuns a todos os
outros cursos (como a matemática, a física e o desenho) e outros três “de ciência aplicada”
na Técnica.
Dentro da reforma efetuada, aumentou
determinado pelo avanço científico e tecnológico da época. Para o curso de Engenharia
Mecânica, as disciplinas lecionadas eram as que se seguem [38] :
. Ludgero Marques na feira Concreta, na Exponor, em 2007 [37].
4. Comparação dos currículos
De facto, o curso de Engenharia Mecânica não se manteve constante, tendo
evoluído bastante nestes cem anos, acompanhando a evolução da tecnologia e da profissão
para melhor preparar os estudantes para os desafios contemporâneos (e futuros).
Para que os alunos não tivessem uma educação desadequada, as cadeiras foram
atualizadas e direcionadas para os problemas da engenharia em ascensão,
soluções por parte de profissionais bem qualificados.
De maneira a compreender a sua evolução, far-se-á uma detalhada descrição da
evolução sofrida ao longo dos últimos cem anos.
4.1 Apresentação dos primeiros currículos
ndustrial no mundo, para Portugal conseguir alcançar o mesmo
nível, em 1915, o curso de Engenharia Mecânica foi introduzido, na Faculdade Técnica.
Inicialmente, este curso, com a duração de seis anos, ficou repartido em 3 anos
e de Ciências, onde se lecionava as ciências comuns a todos os
outros cursos (como a matemática, a física e o desenho) e outros três “de ciência aplicada”
Dentro da reforma efetuada, aumentou-se o número de disciplinas de 8 para 29,
o pelo avanço científico e tecnológico da época. Para o curso de Engenharia
Mecânica, as disciplinas lecionadas eram as que se seguem [38] :
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, na Exponor, em 2007 [37].
De facto, o curso de Engenharia Mecânica não se manteve constante, tendo
tecnologia e da profissão
para melhor preparar os estudantes para os desafios contemporâneos (e futuros).
Para que os alunos não tivessem uma educação desadequada, as cadeiras foram
são, que requeriam
á uma detalhada descrição da
ndustrial no mundo, para Portugal conseguir alcançar o mesmo
nível, em 1915, o curso de Engenharia Mecânica foi introduzido, na Faculdade Técnica.
Inicialmente, este curso, com a duração de seis anos, ficou repartido em 3 anos
e de Ciências, onde se lecionava as ciências comuns a todos os
outros cursos (como a matemática, a física e o desenho) e outros três “de ciência aplicada”
se o número de disciplinas de 8 para 29,
o pelo avanço científico e tecnológico da época. Para o curso de Engenharia
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Tabela 1. Primeiras unidades curriculares ensinadas em Engenharia Mecânica, em 1915.
Curso “preparatório” (Faculdade de Ciências) Cursos “de ciência aplicada” (Técnica)
1.º Ano: - Álgebra superior, geometria analítica e trigonometria esférica; - Geometria descritiva e estereotomia1; - Química (curso geral); - Desenho rigoroso.
4.º Ano: - Resistência de materiais e estabilidade das construções; - Hidráulica geral – Máquinas hidráulicas; - Tecnologia mecânica; - Economia política – Contabilidade; - Oficinas.
2.º Ano: - Cálculo diferencial, integral e das variações; - Física dos sólidos e fluidos; - Análise química qualitativa; - Desenho de máquinas.
5.º Ano: - Máquinas elétricas; - Geradores e máquinas de vapor; - Construção de máquinas; - Legislação Industrial; - Construção de máquinas térmicas; - Construção de máquinas elétricas; - Oficinas.
3.º Ano: - Mecânica racional; - Acústica, óptica e calor; - Eletricidade; - Mineralogia e geologia (curso geral); - Desenho de máquinas.
6.º Ano: - Máquinas térmicas (exceto as de vapor); - Turbinas (1.º semestre); - Metalurgia geral (2.º semestre) - Construções civis – Higiene técnica; - Construção de máquinas térmicas; - Ensaios de máquinas; - Oficinas.
E o número de horas semanais para o curso passaram a ser as seguintes [38]:
Tabela 2. Número de horas semanais
1.º ANO 2.º ANO 3.º ANO
Teóricas 12 11 11
Teórico-práticas 25 34 37
1 «Arte ou técnica de cortar ou dividir com rigor os materiais de construção», estereotomia in Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-10-12]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/estereotomia
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4.2 Apresentação das mudanças predominantes ao longo dos anos
Até ao ano de 1970, as ciências, a tecnologia e os procedimentos utilizados por
engenheiros sentiram uma intensa evolução, pelo que foi necessário atualizar os planos de
estudo das universidades com sofisticadas mudanças nos cursos de engenharia, para o
benefício dos estudantes e futuros engenheiros, de modo a melhor se adaptarem às novas
realidades que, até àquele momento, não eram lecionadas.
Em 1955, pelo decreto n.º 40 378, no curso de Engenharia Mecânica, deixou de haver
os “preparatórios”, mas a duração do curso continua a ser de 6 anos, sendo os três
primeiros anos lecionados na FCUP [7].
Pelo decreto n.º 540/70, de 10 de novembro de 1970, os planos de estudo de
Engenharia foram reformulados, com destaque para o facto da duração do curso de
Engenharia de Mecânica ter sido reduzido para 5 anos.
Consequência desta reforma, os planos de estudo de Engenharia Mecânica foram
alterados, sendo ministradas as disciplinas as seguintes [39]:
Tabela 3. Unidades curriculares do curso de Engenharia Mecânica, em 1971.
1.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Análise Matemática I; - Álgebra Linear e Geometria Analítica - Química Geral I; - Desenho e Métodos Gráficos I; - Introdução aos Computadores e Programação.
- Análise Matemática II; - Química Geral II; - Física I (Mecânica); - Desenho e Métodos Gráficos II; - Introdução aos Computadores e Programação.
2.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Análise Matemática III; - Análise Numérica; - Física II (Termodinâmica); Desenho de Construção Mecânica I.
- Análise Matemática IV; - Métodos Estatísticos; - Física III (Eletromagnetismo); - Desenho de Construção Mecânica II; - Mecânica I ou Cálculo Automático.
3.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Termodinâmica I; - Mecânica Aplicada I; - Física dos Meios Contínuos ; - Eletrotecnia; - Metalurgia Mecânica.
- Termodinâmica II; - Mecânica Aplicada II; - Tecnologia Mecânica I; - Eletrotecnia II; - Resistência de Materiais e Elementos de Estabilidade I.
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4.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Órgãos de Máquinas I; - Tecnologia Mecânica II; - Mecânica dos Fluidos I; - Resistência de Materiais e Elementos de Estabilidade II; - Máquinas Alternativas; - Economia I.
- Órgãos de Máquinas II; - Tecnologia Mecânica III; - Mecânica dos Fluidos; - Anteprojeto de Máquinas; - Turbo-Máquinas; - Economia II.
5.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Automação I; - Caldeiras e Permutadores de Calor I; - Organização da Produção I; - Sociologia; - Disciplinas de opção e seminários.
Automação II; Caldeiras e Permutadores de Calor II; Organização da Produção II; Organização e Gestão; Disciplinas de opção e seminários.
Nota: Grupos de disciplinas de opção: A - Máquinas Térmicas; B - Produção; C - Mecânica Têxtil [39].
Em 1984, ocorre, no curso de Engenharia Mecânica, uma alteração da estrutura
curricular, onde se adota o regime de unidades de crédito [40].
Umas das últimas e mais profundas alterações neste curso foram as que resultaram do
Processo de Bolonha, no ano letivo de 2006/2007, que revolucionou a Engenharia
Mecânica: o curso passou a denominar-se por MIEM, sendo os 5 anos obrigatórios
(incluindo o Mestrado), reorganizando o sistema de ensino.
4.3 Apresentação do atual currículo
Como já foi referido, com a introdução do Processo de Bolonha, no Ensino da UP,
nomeadamente da FEUP, sucederam-se várias alterações, fundamentalmente, nos planos
de estudo.
O plano do estudo do ano letivo 2015/2016 (o atual) é o seguinte [41]:
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Tabela 4. Unidades curriculares do MIEM, em 2015.
1.º Ano
1.º Semestre 2.º Semestre
- Análise Matemática I (6,0 ECTS); - Álgebra Linear e Geometria Analítica (6,0 ECTS); - Ciências dos Materiais (6,0 ECTS); - Desenho Técnico (6,0 ECTS); - Introdução à Engenharia Mecânica (4,5 ECTS); - Projeto FEUP (1,5 ECTS).
- Mecânica I (6,0 ECTS) - Análise Mecânica II (6,0 ECTS) - Programação de Computadores (6,0 ECTS); - Termodinâmica I (6,0 ECTS); - Estatística (6,0 ECTS).
2.º Ano:
1.º Semestre 2.º Semestre
- Mecânica II (6,0 ECTS); - Análise Numérica (6,0 ECTS); - Análise Matemática III (6,0 ECTS); - Eletricidade (6,0 ECTS); - Termodinâmica II (6,0 ECTS).
- Mecânica dos Sólidos (6,0 ECTS); - Materiais Metálicos (6,0 ECTS); - Desenho de Construção Mecânica (6,0 ECTS); - Mecânica dos Fluidos I (6,0 ECTS); - Instrumentação para Medição (6,0 ECTS).
3.º Ano
1.º Semestre 2.º Semestre
- Mecânica das Estruturas I (6,0 ECTS); - Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos (6,0 ECTS); - Conceção e Fabrico Assistidos por Computador (6,0 ECTS); - Materias não Metálicos (6,0 ECTS); - Mecânica dos Fluidos II (6,0 ECTS).
- Processos de Fabrico I (6,0 ECTS); - Automação e Segurança Industrial (6,0 ECTS); - Sistemas de Informação (6,0 ECTS); - Mecânica III (6,0 ECTS); - Transferência de Calor (6,0 ECTS).
4.º Ano
1.º Semestre
- Investigação Operacional (6,0 ECTS); - Processos de Fabrico II (6,0 ECTS); - Órgãos de Máquinas I (6,0 ECTS); - Sistemas Térmicos (6,0 ECTS); - Sistemas de Controlo (6,0 ECTS).
2.º Semestre
Produção, Conceção e Fabrico: - Gestão de Empresas (6,0 ECTS); - Conceção de Moldes e Ferramentas (6,0 ECTS); - Simulação de Processos Tecnológicos (6,0 ECTS); - Opção de consolidação - Especialização em Produção, Conceção e Fabrico (18,0 ECTS) - Opção Transversal - Especialização em Produção, Conceção e Fabrico (+6,0 ECTS). Automação: - Gestão de Empresas (6,0 ECTS); - Sistemas Eletromecânicos (6,0 ECTS); - Complementos de Sistemas de Controlo (6,0 ECTS); - Opção de consolidação - Especialização em Automação (12,0 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Automação (+6,0 ECTS).
Energia Térmica: - Gestão de Empresas (6,0 ECTS) - Gestão de Energia Térmica (6,0 ECTS) - Grupo de Alternativas “Laboratórios de Fluidos e Calor” (6,0 ECTS); - Opção de consolidação - Especialização em Energia Térmica (6,0 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Energia Térmica (+6,0 ECTS); - Opção de Especialização - Especialização em Energia Térmica (6,0 ECTS). Projeto e Construção Mecânica: - Órgãos de Máquinas II ( 6,0 ECTS); - Gestão de Empresas (6,0 ECTS); - Mecânica das Estruturas II (6,0 ECTS); - Opção de consolidação - Especialização em Projeto e Construção Mecânica (6,0 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Projeto e
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Gestão da Produção: - Gestão da Produção I (6,0 ECTS); - Contabilidade e Gestão Financeira (6,0 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Gestão da Produção (+6,0 ECTS); - Opção de consolidação - Especialização em Gestão da Produção (18,0 ECTS); - Opção de Especialização - Especialização em Gestão da Produção (6,0 ECTS).
Construção Mecânica (+6,0 ECTS).
5.º Ano
1.º Semestre
- Grupo de Alternativas - "Iniciação ao Projeto": Alternativa 1: Iniciação ao Projeto-A (6,0 ECTS; 2º Semestre, 4º Ano); Alternativa 2: Iniciação ao Projeto-B (6,0 ECTS; 1º Semestre, 5º Ano). Gestão da Produção: - Gestão da Manutenção (6,0 ECTS); - Logística Industrial (6,0 ECTS); - Gestão da Qualidade Total (6,0 ECTS); - Gestão da Produção II (6,0 ECTS); - Grupo de Alternativas de “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). - Opção de Especialização - Especialização em Gestão da Produção (6,0 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Gestão da Produção (+24 ECTS). Automação: - Computação Industrial (6,0 ECTS); - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). - Opção de Especialização - Especialização em Automação (24 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Automação (+24 ECTS).
Energia Térmica: - Modelação Numérica de Sistemas Térmicos (6,0 ECTS); - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). - Grupo de Alternativas “Laboratórios de Fluidos e Calor” (6,0 ECTS); - Opção de Especialização - Especialização em Energia Térmica (36 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Energia Térmica (+24 ECTS). Produção, Conceção e Fabrico: - Gestão da Produção (6,0 ECTS); - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). - Opção de Especialização - Especialização em Produção, Conceção e Fabrico (36 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Produção, Conceção e Fabrico (+24 ECTS). Projeto e Construção Mecânica: - Método dos Elementos Finitos (6,0 ECTS); - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). - Opção de Especialização - Especialização em Projeto e Construção Mecânica (42 ECTS); - Opção Transversal - Especialização em Projeto e Construção Mecânica (+24 ECTS).
2.º Semestre
Produção, Conceção e Fabrico: - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). Automação: - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). Energia Térmica: - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS).
Gestão de Produção: - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS). Projeto e Construção Mecânica: - Grupo de Alternativas “Dissertação”: - Dissertação (30 ECTS).
Nota: A partir do 2.º semestre do 4.º ano, os alunos têm a oportunidade de escolher
qual a opção de Mestrado que querem integrar, numa lista de possibilidades que inclui
Produção, Conceção e Fabrico; Automação; Energia Térmica; Gestão de Produção; e
Projeto e Construção Mecânica.
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Em cada uma destas alternativas, existem várias opções de unidades curriculares,
cada uma com 6 ECTS, por onde os alunos podem optar. Na Tabela 4., essas unidades
curriculares foram excluídas, por questões de sintetizar os conteúdos, sendo que, em cada
opção, aparece a soma dos créditos das respetivas cadeiras. No caso da Opção
Transversal (Tabela 4.), a soma dos créditos surge como “+24 ECTS”, visto que,
dependendo da escolha do estudante, o valor pode ser maior do que 24 [41].
4.4 Comparação passado/presente
Comparando o passado curricular com o presente, pode-se verificar que houve algumas
alterações, porém, poucas tiveram um impacto significativo.
Uma das principais mudanças foi, fundamentalmente, a maneira como o curso passou a
ser designado: inicialmente, em 1915, foi criado como “curso de Engenharia Mecânica”,
tendo sido renomeado, devido ao Processo de Bolonha, em 2006, para MIEM.
Relativamente ao Processo de Bolonha, o curso sentiu uma evolução, principalmente,
ao nível da organização curricular:
- Em 1915, era dividido em 6 anos, três de “preparatório”, na Faculdade de Ciências,
e outros três de “ciência aplicada”, na Faculdade Técnica. As cadeiras eram mais
gerais.
- Em 2015, é dividido em 5 anos, três de Licenciatura e os restantes dois de
Mestrado, na FEUP. As cadeiras tornaram-se mais específicas e dependem das
opções de Mestrado.
Porém, existem semelhanças, como por exemplo:
- as aulas teóricas eram e continuam a ser de acesso livre;
- em 1915, era possível faltar, sem chumbar, a ⅓ das aulas previstas, enquanto, em
2015, no geral das unidades curriculares, o número de faltas não pode exceder ¼
das aulas previstas;
- no passado, tal como no presente, a classificação de cada cadeira era obtida
fazendo a média dos testes/exames de frequências, sendo que, caso fosse
necessário, pode ser substituído por outros exames de recurso;
- o grau de Doutor era e é concedido ao estudantes que apresentem e defendem uma
Tese original, sobre um assunto à escolha pela seção respetiva, perante um júri
constituído por vários professores;
- várias cadeiras/unidades curriculares continuam a ser as mesmas ou apenas
mudaram de nome, como é o caso do “Desenho Rigoroso” (1915) que passou a
“Desenho Técnico” (2015), ou “Cálculo diferencial, integral e das variações” (1915)
para “Análise Matemática (2015).
Com a introdução do Processo de Bolonha, assistiu
positivas, no ensino superior, relativamente às épocas anteriores.
resulta [42]:
- uma maior flexibilidade, dado que, no final dos cursos, os estudantes terão, mais
facilmente, a oportunidade de entrar no mercado de tra
numa especialização;
- uma melhor organização dos cursos, que se tornam mais especializados;
- uma maior mobilidade, devido à existência de fácil comparabilidade dos estudos
realizados, que permite aos alunos puderem frequentar um semestre fora da sua
universidade ou, até mesmo, continuarem
uma maior competitividade entre
- um reconhecimento mais amplo dos Diplomas
distinguido com a marca de qualidade internacional EUR
os altos padrões de qualidade do curso, assim como o cumprimento dos requisitos
educacionais para cursos de mestrado em Engenharia”
Figura
A evolução do curso de Engenharia Mecânica pode
seguinte cronograma:
Gráfico 3. Cronograma da evolução do curso de Engenharia Mecânica, na UP
“Desenho Técnico” (2015), ou “Cálculo diferencial, integral e das variações” (1915)
para “Análise Matemática (2015).
Com a introdução do Processo de Bolonha, assistiu-se a algumas mudanças
positivas, no ensino superior, relativamente às épocas anteriores. Deste
maior flexibilidade, dado que, no final dos cursos, os estudantes terão, mais
facilmente, a oportunidade de entrar no mercado de trabalho ou de continuar os estudos
melhor organização dos cursos, que se tornam mais especializados;
maior mobilidade, devido à existência de fácil comparabilidade dos estudos
realizados, que permite aos alunos puderem frequentar um semestre fora da sua
universidade ou, até mesmo, continuarem o curso numa outra universidade, assim como
vidade entre universidades e países, a nível do ensino universitário
um reconhecimento mais amplo dos Diplomas [39], como é
a marca de qualidade internacional EUR-ACE (Figura 18.), que “
dade do curso, assim como o cumprimento dos requisitos
educacionais para cursos de mestrado em Engenharia” [43].
Figura 18. Marca de Qualidade EUR-ACE ® [44].
evolução do curso de Engenharia Mecânica pode, assim, ser
. Cronograma da evolução do curso de Engenharia Mecânica, na UP
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“Desenho Técnico” (2015), ou “Cálculo diferencial, integral e das variações” (1915)
algumas mudanças
Deste novo sistema
maior flexibilidade, dado que, no final dos cursos, os estudantes terão, mais
balho ou de continuar os estudos
melhor organização dos cursos, que se tornam mais especializados;
maior mobilidade, devido à existência de fácil comparabilidade dos estudos
realizados, que permite aos alunos puderem frequentar um semestre fora da sua
o curso numa outra universidade, assim como
a nível do ensino universitário;
[39], como é o caso do MIEM,
ACE (Figura 18.), que “reconhece
dade do curso, assim como o cumprimento dos requisitos
, assim, ser resumida no
. Cronograma da evolução do curso de Engenharia Mecânica, na UP
4.5 Origem do MIEIG, derivado da Engenharia Mecânica
Sob proposta do antigo professor da FEUP Rui Campos Guimarães,
a Licenciatura em Gestão e Engenharia Industrial, derivada da Engenharia Mecânica,
tornado no atual MIEIG, através do Processo de Bolonha.
O plano de estudos do MIEIG abrange disciplinas de base em Matemática, Física,
Tecnologia (nas áreas da engenharia mecânica) e Gestão. Tal como outros, os estudantes
realizam trabalhos individuais e em grupo, tirando partido de oportunidades como
programas de intercâmbio internacional para enriquecerem a sua experiência e sabedoria.
Ao terminar o curso, os futuros engenheiros e
gestores fazem uma dissertação individual
realizada numa empresa sediada em Portugal.
Após o término do curso, os diplomados terão
a oportunidade de desempenhar funções de
Engenharia Industrial e Gestão em inúmeras áreas,
como por exemplo, produção, marketing,
aprovisionamentos, ou, até mesmo, podem optar
por um carreira de investigação. Dentro destas
saídas profissionais, os graduados que manifestam
capacidades de liderança/iniciativa poderão chegar
até a cargos executivos e à cr
inovadoras [45].
Atualmente, o Departamento Engenharia
Mecânica e o Departamento de Engenharia
Industrial e Gestão partilham o mesmo edifício
(Figura 19.).
5. Novos desafios da engenharia Mecânica
5.1 Novas áreas da Engenharia M
Nesta secção do relatório, abordar
Mecânica, cujo conteúdo da matéria atual não abrange
prognóstico relativo à evolução futura
que resultaram da entrevista ao
4.5 Origem do MIEIG, derivado da Engenharia Mecânica
Sob proposta do antigo professor da FEUP Rui Campos Guimarães,
a Licenciatura em Gestão e Engenharia Industrial, derivada da Engenharia Mecânica,
tornado no atual MIEIG, através do Processo de Bolonha.
O plano de estudos do MIEIG abrange disciplinas de base em Matemática, Física,
as da engenharia mecânica) e Gestão. Tal como outros, os estudantes
realizam trabalhos individuais e em grupo, tirando partido de oportunidades como
programas de intercâmbio internacional para enriquecerem a sua experiência e sabedoria.
, os futuros engenheiros e
gestores fazem uma dissertação individual
realizada numa empresa sediada em Portugal.
Após o término do curso, os diplomados terão
a oportunidade de desempenhar funções de
Engenharia Industrial e Gestão em inúmeras áreas,
r exemplo, produção, marketing,
aprovisionamentos, ou, até mesmo, podem optar
por um carreira de investigação. Dentro destas
saídas profissionais, os graduados que manifestam
capacidades de liderança/iniciativa poderão chegar
até a cargos executivos e à criação de empresas
Atualmente, o Departamento Engenharia
Mecânica e o Departamento de Engenharia
Industrial e Gestão partilham o mesmo edifício
Novos desafios da engenharia Mecânica
5.1 Novas áreas da Engenharia Mecânica e prognóstico do futuro
Nesta secção do relatório, abordar-se-ão algumas novas áreas
Mecânica, cujo conteúdo da matéria atual não abrange. Será também elaborado
evolução futura, tendo em conta o contexto atual e as
que resultaram da entrevista ao Professor Barbedo de Magalhães.
Figura 19. Departamento de Engenharia Mecânica e Departamento de Engenharia industrial e Gestão [46].
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Sob proposta do antigo professor da FEUP Rui Campos Guimarães, foi criada em 1990
a Licenciatura em Gestão e Engenharia Industrial, derivada da Engenharia Mecânica,
O plano de estudos do MIEIG abrange disciplinas de base em Matemática, Física,
as da engenharia mecânica) e Gestão. Tal como outros, os estudantes
realizam trabalhos individuais e em grupo, tirando partido de oportunidades como
programas de intercâmbio internacional para enriquecerem a sua experiência e sabedoria.
ecânica e prognóstico do futuro
algumas novas áreas da Engenharia
também elaborado um
al e as principais ideias
. Departamento de Engenharia Mecânica e Departamento de Engenharia industrial e Gestão [46].
Atualmente, a Engenharia Mecânica está a desenvolver
áreas da:
- energia (Figura 20.), sendo que os engenheiros estão à procura de soluç
energéticas mais eficientes, tendo como opções a criação de
capazes de maior
que já dispõem;
- nanotecnologia, uma vez que a eficiência é cada vez mais uma exigência da
sociedade, pelo que, a preocupação de fazer o máximo com o mínimo possível
uma preocupação vigente entre os engenheiros mecânicos;
- biomecânica, já que com o avanço da medicina e um
corpo humano, os investigadores desta área têm vindo a aperceber
número de problemas que podem ser resolvidos com o auxílio da engenharia,
não só mecânica, mas também eletrotécnica e informática.
Figura
5.1.1 Evolução necessária da energia
O Presidente Barack Obama criou um programa com o objetivo de tornar as
energias renováveis mais competitivas do que as energias provenientes de combustíveis
fósseis, neste caso, a energia solar e a energia extraída da combustão do carvão,
respetivamente. Assim, comprometeu
20%, rentabilizando todo o setor energético [48].
Atualmente, a Engenharia Mecânica está a desenvolver-se, maioritariamente nas
energia (Figura 20.), sendo que os engenheiros estão à procura de soluç
ergéticas mais eficientes, tendo como opções a criação de
capazes de maior produção de energia, ou otimização ao máximo
nanotecnologia, uma vez que a eficiência é cada vez mais uma exigência da
sociedade, pelo que, a preocupação de fazer o máximo com o mínimo possível
uma preocupação vigente entre os engenheiros mecânicos;
biomecânica, já que com o avanço da medicina e uma maior compreensão do
corpo humano, os investigadores desta área têm vindo a aperceber
número de problemas que podem ser resolvidos com o auxílio da engenharia,
não só mecânica, mas também eletrotécnica e informática.
Figura 20. Desafio das Energias para o futuro [47].
5.1.1 Evolução necessária da energia
O Presidente Barack Obama criou um programa com o objetivo de tornar as
energias renováveis mais competitivas do que as energias provenientes de combustíveis
fósseis, neste caso, a energia solar e a energia extraída da combustão do carvão,
comprometeu-se a, até 2020, aumentar a eficiência energética em
20%, rentabilizando todo o setor energético [48].
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se, maioritariamente nas
energia (Figura 20.), sendo que os engenheiros estão à procura de soluções
ergéticas mais eficientes, tendo como opções a criação de novos meios
ao máximo dos meios de
nanotecnologia, uma vez que a eficiência é cada vez mais uma exigência da
sociedade, pelo que, a preocupação de fazer o máximo com o mínimo possível é
a maior compreensão do
corpo humano, os investigadores desta área têm vindo a aperceber-se do vasto
número de problemas que podem ser resolvidos com o auxílio da engenharia,
O Presidente Barack Obama criou um programa com o objetivo de tornar as
energias renováveis mais competitivas do que as energias provenientes de combustíveis
fósseis, neste caso, a energia solar e a energia extraída da combustão do carvão,
a, até 2020, aumentar a eficiência energética em
Este projeto do Presidente dos EUA advém das previsões apontarem para que, num
espaço de 35 a 200 anos, as fontes convencionais de ener
fósseis, que atualmente representam cerca de 80% da produção energética mundial, se irão
esgotar.
A chave para a solução deste problema pode residir na otimização e na capacidade
de aumentar a eficiência se se aplicar, à tecn
contudo perder a resistência. Como tal, a utilização de materiais, como as novas ligas
metálicas, polímeros avançados, ou compósitos de carbono, podem aumentar de forma
exponencial o rendimento dos equipamentos. Para
ou a hídrica, o rendimento pode ser incrementado através de estruturas mais aerodinâmicas
e hidrodinâmicas, respetivamente [48].
Todavia, as energias renováveis, nomeadamente, as mais utilizadas numa escala
mundial, a energia solar e a
seja, por exemplo, para a energia
rendimento está a ser condicionado por elementos naturais inconstantes, podendo
inviabilizar o investimento. Para além disto, a energia obtida desta forma, irá, segundo os
cientistas, ser claramente insuficiente para cobrir as necessidades energéticas mundiais,
assim que os combustíveis fósseis forem esgotados [49].
Como tal, a comunidade científica é unânime ao afirmar que a energia nuclear é a
solução que permite a maior produção de energia e o maior rendimento, podendo, desta
forma, ser a solução aos problemas energéticos [51].
Atualmente, a energia nuclear
preferencialmente, ou de plutónio. Esta energia é obtida através de um processo onde é
disparado, a um átomo pesado, um neutrão, que
leves, e depois disparar um segundo neutrão que fará com que o processo se repita numa
reação em cadeia (Figura 22.) [51].
Figura 21
Este projeto do Presidente dos EUA advém das previsões apontarem para que, num
espaço de 35 a 200 anos, as fontes convencionais de energia, nomeadamente, as energias
fósseis, que atualmente representam cerca de 80% da produção energética mundial, se irão
A chave para a solução deste problema pode residir na otimização e na capacidade
de aumentar a eficiência se se aplicar, à tecnologia atual, materiais mais leves, sem
contudo perder a resistência. Como tal, a utilização de materiais, como as novas ligas
metálicas, polímeros avançados, ou compósitos de carbono, podem aumentar de forma
exponencial o rendimento dos equipamentos. Para além disto, em energias, como a eólica
ou a hídrica, o rendimento pode ser incrementado através de estruturas mais aerodinâmicas
e hidrodinâmicas, respetivamente [48].
Todavia, as energias renováveis, nomeadamente, as mais utilizadas numa escala
a energia solar e a eólica, (Figura 21.) apresentam uma clara desvantagem. Ou
para a energia eólica funcionar, é necessário vento, pelo que o
rendimento está a ser condicionado por elementos naturais inconstantes, podendo
investimento. Para além disto, a energia obtida desta forma, irá, segundo os
cientistas, ser claramente insuficiente para cobrir as necessidades energéticas mundiais,
assim que os combustíveis fósseis forem esgotados [49].
Como tal, a comunidade científica é unânime ao afirmar que a energia nuclear é a
solução que permite a maior produção de energia e o maior rendimento, podendo, desta
r a solução aos problemas energéticos [51].
Atualmente, a energia nuclear obtém-se através da fissão de átomos de urânio,
preferencialmente, ou de plutónio. Esta energia é obtida através de um processo onde é
disparado, a um átomo pesado, um neutrão, que irá dividir o átomo em elementos mais
disparar um segundo neutrão que fará com que o processo se repita numa
reação em cadeia (Figura 22.) [51].
21. Emergência da "Era das Energias Renováveis" [50].
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Este projeto do Presidente dos EUA advém das previsões apontarem para que, num
gia, nomeadamente, as energias
fósseis, que atualmente representam cerca de 80% da produção energética mundial, se irão
A chave para a solução deste problema pode residir na otimização e na capacidade
ologia atual, materiais mais leves, sem
contudo perder a resistência. Como tal, a utilização de materiais, como as novas ligas
metálicas, polímeros avançados, ou compósitos de carbono, podem aumentar de forma
além disto, em energias, como a eólica
ou a hídrica, o rendimento pode ser incrementado através de estruturas mais aerodinâmicas
Todavia, as energias renováveis, nomeadamente, as mais utilizadas numa escala
, (Figura 21.) apresentam uma clara desvantagem. Ou
funcionar, é necessário vento, pelo que o
rendimento está a ser condicionado por elementos naturais inconstantes, podendo
investimento. Para além disto, a energia obtida desta forma, irá, segundo os
cientistas, ser claramente insuficiente para cobrir as necessidades energéticas mundiais,
Como tal, a comunidade científica é unânime ao afirmar que a energia nuclear é a
solução que permite a maior produção de energia e o maior rendimento, podendo, desta
através da fissão de átomos de urânio,
preferencialmente, ou de plutónio. Esta energia é obtida através de um processo onde é
omo em elementos mais
disparar um segundo neutrão que fará com que o processo se repita numa
. Emergência da "Era das Energias Renováveis" [50].
A energia termonuclear de fissão tem inúmeras vantagens, como por exemplo: o seu
elevado rendimento e a sua produção poder ser feita em espaços muito compactos.
Contudo, esta fonte energética tem sido deveras criticada, devido aos resíduos resultantes
da sua manufaturação serem radioativos e ao risco de acidentes que libertam
elevadíssimas quantidades de radiação para as zonas vizinhas que, consequentemente,
podem causar diversos problemas de saúde [49].
Um exemplo das catástrofes, causadas por acidentes
incidente de 1986, na central nuclear de Chernobyl, que tornou esta cidade numa cidade
fantasma (Figura 23.).
Figura
Para além disto, outra grande crítica di
energia poder ser utilizada para criação de bombas nucleares, a arma capaz de maior
destruição no atual arsenal do Homem [51].
Contudo, estas críticas, com
fissão nuclear. Todavia, existe uma segunda opção, a fusão termonuclear, que é o tipo de
reação que se encontra na formação de energia
Figura 22. Reação de fissão nuclear [52].
A energia termonuclear de fissão tem inúmeras vantagens, como por exemplo: o seu
elevado rendimento e a sua produção poder ser feita em espaços muito compactos.
Contudo, esta fonte energética tem sido deveras criticada, devido aos resíduos resultantes
ua manufaturação serem radioativos e ao risco de acidentes que libertam
elevadíssimas quantidades de radiação para as zonas vizinhas que, consequentemente,
podem causar diversos problemas de saúde [49].
Um exemplo das catástrofes, causadas por acidentes em centrais nucleares, foi o
incidente de 1986, na central nuclear de Chernobyl, que tornou esta cidade numa cidade
Figura 23. Chernobyl, a "cidade-fantasma" [53].
Para além disto, outra grande crítica dirigida à energia nuclear é ao facto de esta
energia poder ser utilizada para criação de bombas nucleares, a arma capaz de maior
destruição no atual arsenal do Homem [51].
Contudo, estas críticas, com exceção da última, são todas dirigidas à energ
fissão nuclear. Todavia, existe uma segunda opção, a fusão termonuclear, que é o tipo de
contra na formação de energia nas estrelas.
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A energia termonuclear de fissão tem inúmeras vantagens, como por exemplo: o seu
elevado rendimento e a sua produção poder ser feita em espaços muito compactos.
Contudo, esta fonte energética tem sido deveras criticada, devido aos resíduos resultantes
ua manufaturação serem radioativos e ao risco de acidentes que libertam
elevadíssimas quantidades de radiação para as zonas vizinhas que, consequentemente,
em centrais nucleares, foi o
incidente de 1986, na central nuclear de Chernobyl, que tornou esta cidade numa cidade-
rigida à energia nuclear é ao facto de esta
energia poder ser utilizada para criação de bombas nucleares, a arma capaz de maior
da última, são todas dirigidas à energia de
fissão nuclear. Todavia, existe uma segunda opção, a fusão termonuclear, que é o tipo de
A energia de fusão nuclear seria obtida através da fusão de elementos leves,
preferencialmente o hidrogénio, em elementos mais pesados. No caso do hidrogénio, este
seria fundindo de forma a gerar hélio (Figura 24.) [54].
Embora este método
material radioativo, produz combustíve
oceanos, existem, de momento,
- em primeiro lugar, as cargas atómicas posi
física, os protões usados em cada um dos dois núcleos de hidrogénio para a fusão
irão repelir-se um ao outro. Como tal, para se conseguir fundir estes núcleos seriam
necessárias quantidades de calor substanciais, apro
das estrelas, para que a agitação dos átomos superasse as forças de r
permitisse fundir;
- em segundo lugar, a energia utilizada para o aquecimento dos elementos leves é
inferior ao da energia gerada pelos reatores,
foi possível [54].
Contudo, numa conferência TED, em 2014, o cientista canadiano, Michel Laberge,
fundador da empresa General Fusion
problema, estando o seu projeto n
O físico de plasmas, Michel La
fusão, através da combinação de várias técnicas num reator. No interior de uma câmara
esférica, uma solução de chumbo e lítio fundida num vórtice e, d
pulso de plasma, magneticamente contida. Entretanto, em torno da borda da esfera, uma
variedade de pistões irão movimentar uma onda de pressão até ao centro da esfera,
comprimindo o plasma para condições de fusão (Figura 25.) [56].
Figura 24. Reação da fusão nuclear [55]
A energia de fusão nuclear seria obtida através da fusão de elementos leves,
drogénio, em elementos mais pesados. No caso do hidrogénio, este
seria fundindo de forma a gerar hélio (Figura 24.) [54].
Embora este método seja igual ou melhor do que o anterior, uma vez que não gera
material radioativo, produz combustível ilimitado e o hidrogénio pode
, de momento, dois principais entraves neste processo:
em primeiro lugar, as cargas atómicas positivas repelem-se e, segundo as leis da
física, os protões usados em cada um dos dois núcleos de hidrogénio para a fusão
se um ao outro. Como tal, para se conseguir fundir estes núcleos seriam
necessárias quantidades de calor substanciais, aproximadamente iguais à do núcleo
das estrelas, para que a agitação dos átomos superasse as forças de r
em segundo lugar, a energia utilizada para o aquecimento dos elementos leves é
inferior ao da energia gerada pelos reatores, sendo que, até hoje, tal feito ainda não
Contudo, numa conferência TED, em 2014, o cientista canadiano, Michel Laberge,
General Fusion, pensa ter encontrado a solução para o último
problema, estando o seu projeto na fase da prototipagem [54]:
O físico de plasmas, Michel Laberge, espera conseguir alcançar uma reação de
fusão, através da combinação de várias técnicas num reator. No interior de uma câmara
esférica, uma solução de chumbo e lítio fundida num vórtice e, depois, disparada com um
pulso de plasma, magneticamente contida. Entretanto, em torno da borda da esfera, uma
variedade de pistões irão movimentar uma onda de pressão até ao centro da esfera,
comprimindo o plasma para condições de fusão (Figura 25.) [56].
Figura 25. Michel Laberge e o seu "reator" [57].Figura 24. Reação da fusão nuclear [55]
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A energia de fusão nuclear seria obtida através da fusão de elementos leves,
drogénio, em elementos mais pesados. No caso do hidrogénio, este
gual ou melhor do que o anterior, uma vez que não gera
l ilimitado e o hidrogénio pode ser extraído dos
se e, segundo as leis da
física, os protões usados em cada um dos dois núcleos de hidrogénio para a fusão
se um ao outro. Como tal, para se conseguir fundir estes núcleos seriam
ximadamente iguais à do núcleo
das estrelas, para que a agitação dos átomos superasse as forças de repulsão e os
em segundo lugar, a energia utilizada para o aquecimento dos elementos leves é
sendo que, até hoje, tal feito ainda não
Contudo, numa conferência TED, em 2014, o cientista canadiano, Michel Laberge,
, pensa ter encontrado a solução para o último
berge, espera conseguir alcançar uma reação de
fusão, através da combinação de várias técnicas num reator. No interior de uma câmara
epois, disparada com um
pulso de plasma, magneticamente contida. Entretanto, em torno da borda da esfera, uma
variedade de pistões irão movimentar uma onda de pressão até ao centro da esfera,
. Michel Laberge e o seu "reator" [57].
5.1.2 Evolução na nanotecnologia
● O que é a nanotecnologia?
Um nanómetro, nm, é a bilionésima parte do metro, m (1 nm = 10
consiste, assim, na utilização de componentes de dimensões extremamente reduzidas, que
permitem a construção de elementos de tamanhos muito inferiores aquilo que seria de outro
modo possível [58].
● Qual o futuro da Engenharia Mecânica na nanotecnologia?
A Engenharia Mecânica relaciona
formas: por um lado, é a Engenharia Mecânica que cria a maquinaria necessária para a
construção de componentes a
nanobots poderá revolucionar as mais diversas áreas, desde a medicina até a indústria
aeroespacial.
● O que são os nanobots?
Os nanobots (Figura 26.) são sistemas de escala nanoescópica que visam a fabricação,
a esta mesma escala, de materiais ou objetos através da manipulação a nível molecular da
matéria. Para além disso, numa fase posterior es
se auto-replicarem [59].
5.1.2 Evolução na nanotecnologia
O que é a nanotecnologia?
Um nanómetro, nm, é a bilionésima parte do metro, m (1 nm = 10-9 m).
a utilização de componentes de dimensões extremamente reduzidas, que
construção de elementos de tamanhos muito inferiores aquilo que seria de outro
Qual o futuro da Engenharia Mecânica na nanotecnologia?
A Engenharia Mecânica relaciona-se com a nanotecnologia, maioritariamente de duas
m lado, é a Engenharia Mecânica que cria a maquinaria necessária para a
construção de componentes a uma escala nanoescópica; e, por outro, a introdução de
nanobots poderá revolucionar as mais diversas áreas, desde a medicina até a indústria
O que são os nanobots?
Os nanobots (Figura 26.) são sistemas de escala nanoescópica que visam a fabricação,
a esta mesma escala, de materiais ou objetos através da manipulação a nível molecular da
matéria. Para além disso, numa fase posterior espera-se que estes robôs sejam capazes de
Figura 26. Modelo de Nanobots [60]
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m). A nanotecnologia
a utilização de componentes de dimensões extremamente reduzidas, que
construção de elementos de tamanhos muito inferiores aquilo que seria de outro
se com a nanotecnologia, maioritariamente de duas
m lado, é a Engenharia Mecânica que cria a maquinaria necessária para a
outro, a introdução de
nanobots poderá revolucionar as mais diversas áreas, desde a medicina até a indústria
Os nanobots (Figura 26.) são sistemas de escala nanoescópica que visam a fabricação,
a esta mesma escala, de materiais ou objetos através da manipulação a nível molecular da
se que estes robôs sejam capazes de
● Quais são/serão os usos desta tecnologia?
Os nanobots poderão ser utilizados nas mais diversas áreas, contudo, as de maior
relevância encontram-se enquadradas no âmbito da conservação e proteção ambiental, da
indústria aeroespacial e da medicina.
Assim, no que diz respeito à pr
ser utilizados para a descontaminação de águas e solos, bem como de efluentes industriais
através de processos fotoquímicos ou químicos que lhes permitiriam decompor os
poluentes orgânicos nocivos à saúde p
em caso de, por exemplo, derrames de
poucos anos, poderá ser solucionada através da colocação de um batalhão de nanobots na
zona afetada, capazes de descontam
Na indústria aeroespacial, começa
da utilização da nanotecnologia (Figura 27.). Em Bristol, em Inglaterra, um grupo de
investigadores, baseado no comporta
o sangue é estancado até que uma crosta se forme e
“normal”, está a desenvolver uma solução para que a estrutura de um
fissura, seja capaz de se autorreparar
trabalhar com asas feitas à base de compósitos de carbono, sendo que, no interior das
asas, são colocadas umas microesferas deste mesmo material. De modo que, em caso de
uma rutura na estrutura, as esferas
integridade estrutural da asa, da mesma forma que as plaquetas se comportam no nosso
organismo. Apesar disso, os investigadores sublinham que esta tecnologia só funciona em
“cortes” de uma escala muito pequ
falhas que causam acidentes na aviação são de escala muito pequena, sendo esta
tecnologia revolucionária do ponto da segurança [62].
Figura 247. Um avião com asas autorreparáveis
Quais são/serão os usos desta tecnologia?
Os nanobots poderão ser utilizados nas mais diversas áreas, contudo, as de maior
se enquadradas no âmbito da conservação e proteção ambiental, da
indústria aeroespacial e da medicina.
Assim, no que diz respeito à proteção ambiental, prevê-se que os nanobots possam
ser utilizados para a descontaminação de águas e solos, bem como de efluentes industriais
através de processos fotoquímicos ou químicos que lhes permitiriam decompor os
poluentes orgânicos nocivos à saúde pública. Tal tecnologia poderia também ser utilizada
em caso de, por exemplo, derrames de componentes químicos, dado que, num espaço de
poucos anos, poderá ser solucionada através da colocação de um batalhão de nanobots na
zona afetada, capazes de descontaminar o local a nível microscópico [61].
Na indústria aeroespacial, começa-se também a observar o futuro da aviação através
da utilização da nanotecnologia (Figura 27.). Em Bristol, em Inglaterra, um grupo de
comportamento do corpo humano, que quando sofre um corte,
o sangue é estancado até que uma crosta se forme e o organismo retoma a sua forma
“normal”, está a desenvolver uma solução para que a estrutura de um
seja capaz de se autorreparar em pleno voo. Para tal, os investigadores estão a
trabalhar com asas feitas à base de compósitos de carbono, sendo que, no interior das
asas, são colocadas umas microesferas deste mesmo material. De modo que, em caso de
uma rutura na estrutura, as esferas possam estancar a zona comprometida protegendo a
integridade estrutural da asa, da mesma forma que as plaquetas se comportam no nosso
organismo. Apesar disso, os investigadores sublinham que esta tecnologia só funciona em
“cortes” de uma escala muito pequena. Todavia, realçam, também, que muitas vezes as
falhas que causam acidentes na aviação são de escala muito pequena, sendo esta
tecnologia revolucionária do ponto da segurança [62].
Um avião com asas autorreparáveis, devido à nanotecnologia
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Os nanobots poderão ser utilizados nas mais diversas áreas, contudo, as de maior
se enquadradas no âmbito da conservação e proteção ambiental, da
se que os nanobots possam
ser utilizados para a descontaminação de águas e solos, bem como de efluentes industriais
através de processos fotoquímicos ou químicos que lhes permitiriam decompor os
ública. Tal tecnologia poderia também ser utilizada
químicos, dado que, num espaço de
poucos anos, poderá ser solucionada através da colocação de um batalhão de nanobots na
inar o local a nível microscópico [61].
se também a observar o futuro da aviação através
da utilização da nanotecnologia (Figura 27.). Em Bristol, em Inglaterra, um grupo de
quando sofre um corte,
o organismo retoma a sua forma
avião, em caso de
em pleno voo. Para tal, os investigadores estão a
trabalhar com asas feitas à base de compósitos de carbono, sendo que, no interior das
asas, são colocadas umas microesferas deste mesmo material. De modo que, em caso de
possam estancar a zona comprometida protegendo a
integridade estrutural da asa, da mesma forma que as plaquetas se comportam no nosso
organismo. Apesar disso, os investigadores sublinham que esta tecnologia só funciona em
ena. Todavia, realçam, também, que muitas vezes as
falhas que causam acidentes na aviação são de escala muito pequena, sendo esta
, devido à nanotecnologia [62].
Por fim, na medicina, a utilização de nanobots é, fundamentalmente,
complemento ao sistema imunitário humano. Visto que a nanotecnologia está a evoluir de
forma extremamente rápida, pode
humano é uma ideia muito recente [63].
Em 2012, experiências
tecnologia num organismo vivo. Consequentemente, os cientistas de
dos nanobots, conseguiam manipular a estrutura do ADN nas células do organismo.
Esta descoberta revolucionária pode implicar uma muito superior taxa de sucesso no
tratamento de doenças que derivam da degeneração
deve-se ao facto de, com a utilização dos nanobots, o tratamento poder ser localizado. Isto
fará uma diferença enorme, já que, atualmente, os processos mais utilizados
tratamento desta doença são
destroem as células degeneradas, como também as células saudáveis, visto que tentam
abordar um problema a uma escala relativamente grande.
Os nanobots, por sua vez, devido à sua dimensão, permitiriam a deteção da doença
em células individuais, o que, por sua vez, i
administrados apenas às células afetadas, evitando todos os efeitos colaterais
destruição de células saudáveis [63].
Figura 28. Nanobots na destruição de células cancerígenas [64].
Numa fase posterior, espera
do sistema imunitário, ajudando o
possam apresentar nocivos para o organismo humano [63].
Por fim, na medicina, a utilização de nanobots é, fundamentalmente,
o sistema imunitário humano. Visto que a nanotecnologia está a evoluir de
pode-se considerar que a utilização de nanobots no organismo
humano é uma ideia muito recente [63].
experiências foram realizadas em baratas para conhecer os usos desta
tecnologia num organismo vivo. Consequentemente, os cientistas descobriram que, através
conseguiam manipular a estrutura do ADN nas células do organismo.
Esta descoberta revolucionária pode implicar uma muito superior taxa de sucesso no
que derivam da degeneração celular, como é o caso do cancro. Tal
e, com a utilização dos nanobots, o tratamento poder ser localizado. Isto
fará uma diferença enorme, já que, atualmente, os processos mais utilizados
tratamento desta doença são a radioterapia e a quimioterapia, processos estes que não só
s células degeneradas, como também as células saudáveis, visto que tentam
abordar um problema a uma escala relativamente grande.
Os nanobots, por sua vez, devido à sua dimensão, permitiriam a deteção da doença
em células individuais, o que, por sua vez, iria fazer com que os medicamentos fossem
administrados apenas às células afetadas, evitando todos os efeitos colaterais
células saudáveis [63].
. Nanobots na destruição de células cancerígenas [64].
espera-se que os nanobots funcionem enquanto complemento
do sistema imunitário, ajudando os glóbulos brancos a extirpar as bactérias e vírus que se
possam apresentar nocivos para o organismo humano [63].
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Por fim, na medicina, a utilização de nanobots é, fundamentalmente, encarada como
o sistema imunitário humano. Visto que a nanotecnologia está a evoluir de
utilização de nanobots no organismo
foram realizadas em baratas para conhecer os usos desta
scobriram que, através
conseguiam manipular a estrutura do ADN nas células do organismo.
Esta descoberta revolucionária pode implicar uma muito superior taxa de sucesso no
celular, como é o caso do cancro. Tal
e, com a utilização dos nanobots, o tratamento poder ser localizado. Isto
fará uma diferença enorme, já que, atualmente, os processos mais utilizados para o
a radioterapia e a quimioterapia, processos estes que não só
s células degeneradas, como também as células saudáveis, visto que tentam
Os nanobots, por sua vez, devido à sua dimensão, permitiriam a deteção da doença
ria fazer com que os medicamentos fossem
administrados apenas às células afetadas, evitando todos os efeitos colaterais da
. Nanobots na destruição de células cancerígenas [64].
se que os nanobots funcionem enquanto complemento
bactérias e vírus que se
5.1.3 Evoluções na área da biomecânica
● O que é a biomecânica?
Ao analisar a palavra sob o ponto de vista morfológico, biomecânica pode ser dividida
em duas palavras de raiz, “bio”, associada a seres vivos, e “mecânica”, que é relativa aos
processos de funcionamento, neste caso de organismos bi
● Engenharia na área da biomecânica
Quando se adiciona à área da biomecânica
uma disciplina que visa, através do conhecimento da forma como opera o corpo humano,
replicar este funcionamento
capazes de se comportarem de forma similar ao original. Podendo, muitas vezes até, por
exemplo, melhorar os atributos originais dos membros [65].
Desta forma, destacam-se dois ramos princ
área que se dedica à criação de órgãos mecânicos, utilizados, posteriormente, para
transplantes; por outro lado, a área que se encarrega da criação de próteses mecânicas
(Figura 29.), ou biónicas, conforme o seu
vítimas de amputações, ou de outros eventos traumáticos a capacidade de reaver um
membro funcional através da “magia” da Engenharia Mecânica [65].
Figura 29. Modelo da prótese de anca, desenvolvido pela empresa americana,
5.1.3 Evoluções na área da biomecânica
a biomecânica?
Ao analisar a palavra sob o ponto de vista morfológico, biomecânica pode ser dividida
em duas palavras de raiz, “bio”, associada a seres vivos, e “mecânica”, que é relativa aos
funcionamento, neste caso de organismos biológicos.
Engenharia na área da biomecânica
à área da biomecânica os conceitos da engenharia, obtém
uma disciplina que visa, através do conhecimento da forma como opera o corpo humano,
replicar este funcionamento sob o ponto de vista mecânico, ou seja, criar mecanismos
capazes de se comportarem de forma similar ao original. Podendo, muitas vezes até, por
exemplo, melhorar os atributos originais dos membros [65].
se dois ramos principais dentro da biomecânica: por um lado, a
área que se dedica à criação de órgãos mecânicos, utilizados, posteriormente, para
transplantes; por outro lado, a área que se encarrega da criação de próteses mecânicas
(Figura 29.), ou biónicas, conforme o seu grau de complexidade, capazes de conferir a
vítimas de amputações, ou de outros eventos traumáticos a capacidade de reaver um
membro funcional através da “magia” da Engenharia Mecânica [65].
. Modelo da prótese de anca, desenvolvido pela empresa americana,
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Ao analisar a palavra sob o ponto de vista morfológico, biomecânica pode ser dividida
em duas palavras de raiz, “bio”, associada a seres vivos, e “mecânica”, que é relativa aos
os conceitos da engenharia, obtém-se
uma disciplina que visa, através do conhecimento da forma como opera o corpo humano,
sob o ponto de vista mecânico, ou seja, criar mecanismos
capazes de se comportarem de forma similar ao original. Podendo, muitas vezes até, por
ipais dentro da biomecânica: por um lado, a
área que se dedica à criação de órgãos mecânicos, utilizados, posteriormente, para
transplantes; por outro lado, a área que se encarrega da criação de próteses mecânicas
grau de complexidade, capazes de conferir a
vítimas de amputações, ou de outros eventos traumáticos a capacidade de reaver um
. Modelo da prótese de anca, desenvolvido pela empresa americana, Zimmer [66]
● Criação de órgãos mecânicos
Os órgãos mecânicos são peças
originais, quer por falhas no seu
atingir este nível, foi necessária uma evolução tremenda,
que esta tecnologia possa ser massificada para transplantes [67].
Presentemente, um dos projetos mais interessantes
para transplante (Figura 30.), tecnologia esta que permitiria acabar com a diálise, e,
consequentemente, melhorar a vida de milhões que se deslocam, no mínimo,
bisemanalmente para receber tratamento
Sistema Nacional de Saúde com
Figura 30. Implante de rim artificial, desenvolvido pela Universidade de São Francisco [69].
● LABIOMEP
O LABIOMEP (Figura 31.) é um Centro de Competências da UP dedicado à
Biomecânica. O LABIOMEP envolve inúmeros investigadores de seis Faculdades
FADEUP, FEUP, FMUP, FMDUP e ICBAS, para além do INEGI, do INEB e do INESC
enquanto institutos de interface, em vários projetos, envolvendo sempre a biomecânica.
A missão do LABIOMEP destina
investigação, desenvolvimento e inovação, apoio à docência e prestação de serviços.
Contudo, os eixos centrais da sua
desenvolvimento tecnológico,
ensino e prestar serviços à comunidade.
Criação de órgãos mecânicos
Os órgãos mecânicos são peças artificiais que têm como objetivo substituir os órgãos
originais, quer por falhas no seu funcionamento, quer por perda do dito órgão. Para se
atingir este nível, foi necessária uma evolução tremenda, embora ainda insuficiente
que esta tecnologia possa ser massificada para transplantes [67].
Presentemente, um dos projetos mais interessantes é a criação de um rim artificial
para transplante (Figura 30.), tecnologia esta que permitiria acabar com a diálise, e,
consequentemente, melhorar a vida de milhões que se deslocam, no mínimo,
para receber tratamento, para além do potencial de redução dos custos do
Sistema Nacional de Saúde com os mesmos [68].
. Implante de rim artificial, desenvolvido pela Universidade de São Francisco [69].
O LABIOMEP (Figura 31.) é um Centro de Competências da UP dedicado à
ica. O LABIOMEP envolve inúmeros investigadores de seis Faculdades
FADEUP, FEUP, FMUP, FMDUP e ICBAS, para além do INEGI, do INEB e do INESC
enquanto institutos de interface, em vários projetos, envolvendo sempre a biomecânica.
OMEP destina-se, fundamentalmente, a quatro grandes domínios:
investigação, desenvolvimento e inovação, apoio à docência e prestação de serviços.
Contudo, os eixos centrais da sua atividade são a investigação,
desenvolvimento tecnológico, a partir dos quais procura divulgar a sua atividade de apoio ao
serviços à comunidade.
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que têm como objetivo substituir os órgãos
dito órgão. Para se
embora ainda insuficiente para
é a criação de um rim artificial
para transplante (Figura 30.), tecnologia esta que permitiria acabar com a diálise, e,
consequentemente, melhorar a vida de milhões que se deslocam, no mínimo,
de redução dos custos do
. Implante de rim artificial, desenvolvido pela Universidade de São Francisco [69].
O LABIOMEP (Figura 31.) é um Centro de Competências da UP dedicado à
ica. O LABIOMEP envolve inúmeros investigadores de seis Faculdades – FCUP,
FADEUP, FEUP, FMUP, FMDUP e ICBAS, para além do INEGI, do INEB e do INESC-TEC
enquanto institutos de interface, em vários projetos, envolvendo sempre a biomecânica.
se, fundamentalmente, a quatro grandes domínios:
investigação, desenvolvimento e inovação, apoio à docência e prestação de serviços.
atividade são a investigação, a inovação e o
ulgar a sua atividade de apoio ao
No LABIOMEP, destacam
otimização dos resultados dos atletas; na saúde, como por exemplo, no estudo das
repercussões motoras do stress temporo
preparação de missões especiais do exército português que visam a
otimização do equipamento e
exemplo, nos serviços inovadores de apoio à cirurgia plástica por levantamento 3D da forma
do rosto e correspondente mapeamento térmico [70]
Em 7 de dezembro de 2012, na FADEUP, foi inaugu
considerado um dos melhores laboratório
tecnologias de ponta [71].
5.1.4 Entrevista com o Prof. Barbedo de Magalhães e respetivas conclusões
Ao concluir a reunião com o P
a sua perspetiva sobre o que tem de mudar na Engenharia Mecânica de modo a que se
adeque às necessidades contemporâneas
O Professor apresentou
referido algo de muito interessante:
carecem de maior urgência
problemas surgem da utilização de matérias primas, que apesar
baratas, por comparação a outras opções, têm um grande impacto no ambiente, de
serem altamente poluentes -
combustão de carvão, que liberta grandes quantidades de
atmosfera, contribuindo para o aquecimento global
que lida com as áreas da energia, o P
resolvido, é essencial que os engenheiros mecânicos se
que são eles que estão munidos do conhecimento para
de executivos ou do governo
No LABIOMEP, destacam-se projetos em múltiplas áreas: no desporto, na
dos resultados dos atletas; na saúde, como por exemplo, no estudo das
repercussões motoras do stress temporo-mandibular de distintas origens; em projetos
preparação de missões especiais do exército português que visam a
amento e da carga motora dos soldados; no domínio médico, como por
exemplo, nos serviços inovadores de apoio à cirurgia plástica por levantamento 3D da forma
do rosto e correspondente mapeamento térmico [70].
Em 7 de dezembro de 2012, na FADEUP, foi inaugurado o novo LABIOMEP,
considerado um dos melhores laboratórios de biomecânica, em relação a equipamentos e
Figura 31. Logótipo do LABIOMEP [72].
5.1.4 Entrevista com o Prof. Barbedo de Magalhães e respetivas conclusões
Ao concluir a reunião com o Professor Barbedo de Magalhães, perguntá
que tem de mudar na Engenharia Mecânica de modo a que se
adeque às necessidades contemporâneas.
rofessor apresentou-nos uma visão complementar à pesquisa anterior,
de muito interessante: apontou os problemas ambientais como
de resolução. Ora, como foi descrito, anteriormente, estes
problemas surgem da utilização de matérias primas, que apesar de serem extrema
outras opções, têm um grande impacto no ambiente, de
- o processo mais utilizado, para a obtenção de energia é a
combustão de carvão, que liberta grandes quantidades de dióxido de carbono para a
uindo para o aquecimento global. Como o engenheiro mecânico é aquele
ida com as áreas da energia, o Professor Barbedo propõe que, para este problema ser
resolvido, é essencial que os engenheiros mecânicos se introduzam no circuito político, já
que são eles que estão munidos do conhecimento para influenciarem a opção correta
de executivos ou do governo. Sendo que, o professor fez questão de reiterar que a opção
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se projetos em múltiplas áreas: no desporto, na
dos resultados dos atletas; na saúde, como por exemplo, no estudo das
mandibular de distintas origens; em projetos de
preparação de missões especiais do exército português que visam a aclimatação,
soldados; no domínio médico, como por
exemplo, nos serviços inovadores de apoio à cirurgia plástica por levantamento 3D da forma
rado o novo LABIOMEP,
s de biomecânica, em relação a equipamentos e
5.1.4 Entrevista com o Prof. Barbedo de Magalhães e respetivas conclusões
perguntámos-lhe qual era
que tem de mudar na Engenharia Mecânica de modo a que se
r à pesquisa anterior, tendo
apontou os problemas ambientais como os que
de resolução. Ora, como foi descrito, anteriormente, estes
de serem extremamente
outras opções, têm um grande impacto no ambiente, devido a
o processo mais utilizado, para a obtenção de energia é a
dióxido de carbono para a
. Como o engenheiro mecânico é aquele
rofessor Barbedo propõe que, para este problema ser
introduzam no circuito político, já
a opção correta junto
. Sendo que, o professor fez questão de reiterar que a opção
Página 38 de 45
correta não é aquela que traz mais lucro, mas sim aquela que permite uma produção
sustentável de energia, reduzindo o impacto ambiental a um valor residual,
preferencialmente nulo.
5.2 Propostas para o futuro da Engenharia Mecânica
De forma a que as próximas gerações possam combater os problemas do amanhã e,
tendo em conta a direção para qual a tecnologia e o mundo em geral se dirigem atualmente,
há que considerar complementar o curso com unidades curriculares capazes de formar o
estudante para tais problemáticas. Assim sendo, baseados nas áreas de nanotecnologia
acima referidas, concluímos que seria crucial haver um foco no estudo de materiais, dado
que é cada vez mais necessário encontrar materiais mais resistentes e compatíveis com o
nosso organismo. Também seria importante estudar anatomia, tendo por base a Biologia em
geral, sendo a melhor argumentação a célebre expressão “O corpo humano é a máquina
perfeita”. Da mesma forma, a física de partículas seria um campo a abordar com mais
relevância dada a área emergente da Energia de Fusão Nuclear. Uma vez que é notória a
tendência da evolução da Inteligência artificial, isto é, para "máquinas" mais independentes
da ação humana, também consideramos premente enriquecer o plano curricular do MIEM,
com unidades formativas ao nível dos mais variados tipos de programação. Por último,
fazendo uma análise geral, independentemente da área escolhida, um engenheiro mecânico
devia ter uma formação de base em Gestão, já que qualquer que seja a especialização
elegida será sempre necessário conjugar múltiplos fatores dos mais diversos campos.
Considera-se igualmente importante uma abordagem mais generalizada que, por
escolha do estudante, se iria focando cada vez mais numa área em particular.
Em 2008, outras propostas foram lançadas pela Associação Norte-Americana de
Engenheiros, chamadas “Os Grandes Desafios” (Figura 32.), como por exemplo:
- “enterrar” as emissões exageradas de CO2 profundamente no subsolo ou no fundo
do oceano, através de processos de “sequestro de carbono”;
- controlar os ciclos de azoto, de modo a manter um fornecimento de alimentos
sustentável, sem degradação ambiental excessiva;
- impedir catástrofes nucleares, através de um melhor e mais cuidado controlo dos
reatores;
- projetar as ferramentas da descoberta científica, ou seja, manter uma
permanente de entreajuda com a Ciência [73].
Figura 32. "Grand Challenges for Engineering
6. Conclusões
Durante a realização deste trabalho, pôde
curricular Projeto FEUP foram concretizados com sucesso.
Ao longo deste século de Engenharia Mecânica na UP, é possível aferir que, no curso
em si, vários aspetos foram alterados, como, por exemplo, o seu formato: inicialmente,
durava 6 anos, sendo que, no final, apen
agora, dura 5 anos, estando o Mestrado incluído. No entanto, o cerne do curso, isto é, as
principais unidades curriculares, permaneceram, praticamente
ligeiríssimas mudanças, por vezes apenas, a
Atualmente, em comparação com o passado, o curso MIEM evoluiu, aperfeiçoou
forma a dar aos estudantes um conhecimento mais abrangente e melhorado da Engenharia,
para que se tornem em excelentes profissionais.
Também é possível constatar que a Engenharia Mecânica está a tornar
Ciência extraordinariamente abrangente, envolvendo novas áreas, com grande potencial,
num futuro relativamente próximo, que podem contribuir beneficamente para a sociedade.
Também se pode concluir que, de certa forma, a educação desta Engenharia
gera uma variedade de conhecimentos, não só técnicos, mas também éticos e morais, para
a formação de novos engenheiros competentes tanto a nível profissional, como também a
nível socioeconómico.
Em síntese, este projeto foi bastante enriquecedor, visto que deu a conhecer a história e
a evolução do curso, que a equipa se propõe a terminar.
projetar as ferramentas da descoberta científica, ou seja, manter uma
de entreajuda com a Ciência [73].
Grand Challenges for Engineering", da National Academy of Engineering
Durante a realização deste trabalho, pôde-se concluir que os objetivos da unidade
rojeto FEUP foram concretizados com sucesso.
Ao longo deste século de Engenharia Mecânica na UP, é possível aferir que, no curso
em si, vários aspetos foram alterados, como, por exemplo, o seu formato: inicialmente,
durava 6 anos, sendo que, no final, apenas se tinha o curso de Engenharia Mecânica;
agora, dura 5 anos, estando o Mestrado incluído. No entanto, o cerne do curso, isto é, as
es curriculares, permaneceram, praticamente inalteráveis
ligeiríssimas mudanças, por vezes apenas, ao nível da designação da cadeira.
Atualmente, em comparação com o passado, o curso MIEM evoluiu, aperfeiçoou
forma a dar aos estudantes um conhecimento mais abrangente e melhorado da Engenharia,
para que se tornem em excelentes profissionais.
é possível constatar que a Engenharia Mecânica está a tornar
Ciência extraordinariamente abrangente, envolvendo novas áreas, com grande potencial,
num futuro relativamente próximo, que podem contribuir beneficamente para a sociedade.
e concluir que, de certa forma, a educação desta Engenharia
gera uma variedade de conhecimentos, não só técnicos, mas também éticos e morais, para
a formação de novos engenheiros competentes tanto a nível profissional, como também a
Em síntese, este projeto foi bastante enriquecedor, visto que deu a conhecer a história e
a evolução do curso, que a equipa se propõe a terminar.
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projetar as ferramentas da descoberta científica, ou seja, manter uma relação
National Academy of Engineering [73].
se concluir que os objetivos da unidade
Ao longo deste século de Engenharia Mecânica na UP, é possível aferir que, no curso
em si, vários aspetos foram alterados, como, por exemplo, o seu formato: inicialmente,
as se tinha o curso de Engenharia Mecânica;
agora, dura 5 anos, estando o Mestrado incluído. No entanto, o cerne do curso, isto é, as
inalteráveis, com
o nível da designação da cadeira.
Atualmente, em comparação com o passado, o curso MIEM evoluiu, aperfeiçoou-se, de
forma a dar aos estudantes um conhecimento mais abrangente e melhorado da Engenharia,
é possível constatar que a Engenharia Mecânica está a tornar-se numa
Ciência extraordinariamente abrangente, envolvendo novas áreas, com grande potencial,
num futuro relativamente próximo, que podem contribuir beneficamente para a sociedade.
e concluir que, de certa forma, a educação desta Engenharia, em particular,
gera uma variedade de conhecimentos, não só técnicos, mas também éticos e morais, para
a formação de novos engenheiros competentes tanto a nível profissional, como também a
Em síntese, este projeto foi bastante enriquecedor, visto que deu a conhecer a história e
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