um estudo sobre o icms no comércio eletrônico-artigo
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8/17/2019 Um Estudo Sobre o ICMS No Comércio Eletrônico-Artigo.
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1 Analista Fiscal –
Fiat Services.Bacharel em Ciências Contábeis, Faculdade José Lacerda Filho-2013.2.
E-mail: [email protected]
COMÉRCIO ELETRÔNICO: UM ESTUDO SOBRE O ICMSINCIDENTE NAS OPERAÇÕES COMERCIAIS A DISTÂNCIA E
OS EFEITOS QUE ESSAS MUDANÇAS PROVOCAM NALEGISLAÇÃO.
Alexandre Marcelino de Souza
RESUMO
A evolução das transações comerciais concomitantemente com o advento e massificação da
internet e dos meios de comunicação foram os fatores fundamentais para o surgimento e expansão
do comércio eletrônico. Esse novo mercado possui características próprias que o diferencia do
comércio comum, onde os processos de compra, troca, venda estavam associados ao ambiente
físico. O mercado virtual ao se expandir e atingir números acima das projeções, deu inicio a
discussões no âmbito tributário no que diz respeito ao Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), onde os Estados e o Distrito Federal em decorrência das
crescentes receitas movimentadas nas negociações eletrônicas começaram a questionar a quem
compete o ICMS referente a essas transações. Por fim, este trabalho realiza uma análise sobre o
atual modo que a legislação trata da tributação do ICMS, nas operações interestaduais,
confrontando com a nova realidade exposta pelo comércio eletrônico. Apresentando as propostas e
alterações realizadas na legislação que objetivam tornar mais justa a repartição do ICMS, de modo
que nas operações realizadas para consumidor final contribuinte, ou não, localizado em outro
estado, como ocorre no comércio eletrônico, passe a ser tratado como nas demais operações, nas
quais o imposto é repartido entre a origem e o destino utilizando com critério de divisão a alíquotainterestadual.
Palavras-Chave: ICMS – Comércio Eletrônico – Legislação – Consumidor final – Alíquota
interestadual.
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ABSTRAT
The evolution of business transactions concurrently with the advent and massification ofinternet and media were the key factors for the emergence and expansion of electronic commerce.
This new market has its own characteristics that differentiate it from common trade, where the
purchasing processes, exchange, sale were associated with físico.O virtual market environment to
expand and achieve numbers above the projections began discussions on tax framework with regard
to Tax on the Circulation of Goods and on Shuttle Services Rendered Interstate and Intermunicipal
and Communications (ICMS), where states and the Federal District as a result of rising busy recipes
in electronic trading beginning to question who is responsible for the ICMS these transactions.
Finally, this paper carries out an analysis of the current so that the legislation deals with the taxation
of ICMS in interstate operations, confronting the new reality exposed by electronic commerce.
Presenting proposals and changes made in the legislation aimed to make fairer the distribution of
VAT, so that the operations carried out to the end consumer taxpayer or not located in another state,
as in e-commerce, continue to be treated as other operations, in which the tax is shared between the
source and destination using with split criterion to interstate rate.
Keywords: ICMS - E-commerce - Legislation - Final consumer - interstate tax rate.
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INTRODUÇÃO
O comércio eletrônico é uma tendência que vem crescendo ao longo dos anos, fato que
se deve principalmente a difusão da rede mundial de computadores (internet) por todo país. O
Brasil atualmente, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE em 29/04/2015 tem 85,6 milhões
de brasileiros, o equivalente a 49,4% da sua população, conectada a internet.
Segundo o relatório WebShoppers (32º edição) publicado pela empresa e-bit
informação referente ao primeiro semestre de 2015, o setor de compras virtuais alcançou um
faturamento de R$ 18,6 bilhões, apresentando um aumento nominal de 16% em relação ao
ano de 2014, momento em que os ganhos atingiram R$ 16,1 bilhões. Mesmo apresentando
uma redução no crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior o comercio
eletrônico se apresenta mais atrativo do que as negociações presenciais, que diante do
comparativo entre o primeiro semestre de 2014 e 2015 só apresentou um crescimento de
4,2%.
A atual situação econômica vivenciada pelo país, o aumento de preços, redução de
investimentos, avanço do desemprego, gera consequentemente uma diminuição na renda e
poder de compra do brasileiro. Nesse cenário o e-commerce oferece maiores possibilidades de
planejamento, já que facilmente o consumidor pode pesquisar e fazer um comparativo de
preços antes de realizar a compra.
O mercado de compras virtuais ganhou nos últimos anos um grande número de
adeptos, por proporcionar aos consumidores a comodidade de encontrar grandes variedades
de produtos, melhores preços, facilidades de pagamento sem abandonar o conforto de suas
casas.
Além dos benefícios já evidenciados o comércio eletrônico trouxe também juntamente
com sua propagação uma discussão no âmbito tributário referente ao ICMS, já que o regime
de tributação definido pela constituição de 1988 atendia ao mercado existente naquele
momento, e que ao longo dos anos foi se desenvolvendo atingindo outros estágios de
comercialização, no quais a aquisição de bens e serviços passa a ser feita de modo não
presencial, através de telemarketing, catálogos, showroom e principalmente pela internet.
A evolução do comércio proporcionada pela modernização dos meios de comunicação
fez com que o modelo de arrecadação do ICMS vigente até então passasse a não atender as
particularidades do mercado eletrônico. No momento que foram iniciadas as discussõesacerca da divisão do tributo, a atual sistemática de arrecadação do ICMS, destinava ao estado
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de origem da mercadoria a totalidade da receita do tributo, diante disto iniciaram-se
discussões entre os estados, que chegaram até a câmera dos deputados e senado federal, onde
principalmente os estados do Norte e Nordeste passaram a reivindicar parte do ICMS, quando
ocorrerem operações interestaduais na modalidade não presencial diretamente para o
consumidor, entre o estado de origem e destino.
A divisão do ICMS incidente no comercio elétronico foi tratada inicialmente no ano de
2011, através das Propostas de Emenda à Constituição nº 56, 103 e 113, de 2011. Projetos
levados para discussão no plenário que já traziam a ideia de que o estado de origem
recolhesse o equivalente a alíquota interestadual já prevista pela Resolução nº 22, de 19 de
maio de 1989, e o estado de destino o imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual aplicada pelo estado de origem.
O objetivo das propostas era promover o que se pode definir como justiça tributária, já
que grande parte das empresas que oferecem seus produtos na internet, por telefone, catálogo
e etc. ficam concentradas em poucos estados, que por consequência concentram todas as
receitas do ICMS do comércio eletrônico, enquanto os estados de destino, responsáveis por
grande parte das mercadorias comercializadas, não participam das recitas.
Diante dos fatos apresentados esse trabalho teve seu direcionamento voltado para oestudo das propostas legais em torno do ICMS incidente no comércio eletrônico que
objetivassem solucionar o conflito existente na tributação do ICMS em operações e prestações
interestaduais para consumidor final, não contribuinte, principalmente quando essas operações
se derem via internet.
Para que possamos compreender melhor a necessidade de adaptação da legislação aos
novos modelos de comercialização será necessário também apresentar a evolução do
comércio à distância no Brasil através de dados publicados por empresas que estudam o tema,evidenciar os principais agentes responsáveis pelo crescimento significativo do setor e
relacionar os principais benefícios.
Esta pesquisa justifica-se diante da relevância de apresentar o desenvolvimento e
adaptação do comércio as práticas advindas com a globalização. E para evidenciar a
capacidade que a evolução econômica, tecnológica e social possui na construção de normas e
práticas adotadas pelos agentes do governo.
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AMBIENTE DE PESQUISA:
ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS SOBRE O ICMS
O primeiro tributo sobre o consumo e a renda existente no Brasil foi o Imposto sobre
Vendas Mercantis (IVM), instituído pela Lei Federal nº 4.625 de 31 de dezembro de 1922. Era
de competência da União e incidia sobre as operações de vendas. Surgiu da sugestão dos
comerciantes, interessados que o governo aprovasse um título de crédito destinado às vendas
de mercadorias.
Com o advento da Constituição Federal de 1934, o IVM teve sua incidência ampliada,
passando a abranger juntamente com as operações de venda, as consignações. Dessa alteração
surgiu o Imposto sobre Vendas e Consignações (IVC). Sua cobrança foi iniciada no ano de
1936, e apresentou alguns danos a economia nacional, pois sua tributação ocorria em todas as
etapas produtivas, tornando o produto final mais caro. Além da questão relativa ao preço, o
IVC foi responsável pelo desestímulo à abertura de novas empresas e por consequência a não
criação de novos empregos, já que os produtores passaram a realizar todas as etapas dos
dentro dos seus próprios estabelecimentos, como tentativas de redução dos preços.
Devido à repercussão provocada pela “tributação em cadeia” imposta pelo IVC,
legisladores brasileiros criaram, através da lei 297 de 1956 e da lei 4.502 de 30 de novembro
de 1964 a regra da “não-cumulatividade”. Aplicada apenas ao imposto sobre o consumo.
Posteriormente a Emenda Constitucional nº 18 de 1º de dezembro de 1965, passaria a tratar a
regra da “não-cumulatividade” como princípio constitucional e a estenderia ao IVC.
A Constituição Federal de 1967 foi responsável juntamente com a EmendaConstitucional nº 18 de 1965, pelo nascimento do Sistema Tributário Brasileiro que
apresentava como objetivo a discriminação das rendas tributárias, do poder fiscal e da
limitação deste poder. Foi nesse contexto, em substituição ao IVC, que foi criado o Imposto
sobre Circulação de Mercadorias (ICM). De competência dos estados o novo imposto deixava
claro o atendimento à regra da “não-cumulatividade”.
Foi no ano de 1988 com a promulgação da CF, que da ampliação do ICM, nasceu o
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
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Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
ICMS
O ICMS é o imposto sobre a as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, ainda que
as operações e as prestações se iniciem no exterior. Compete aos Estados e ao Distrito Federal
a instituição do referido imposto. Podem-se observar algumas características particulares do
ICMS, como:
Tributação indireta: Condição na qual a carga tributária é transferida do
“contribuinte de direito”, aquele denominado pela lei, para o “contribuinte de fato”,
pessoa que vai assumir o ônus fiscal. No caso do ICMS o consumidor final, mesmo
não sendo o responsável perante a lei, é quem realmente paga o imposto no valor final
da venda;
Não cumulatividade: Ocorre uma compensação entre o imposto recolhido nas
operações de compra e venda, seja no mesmo ou em outro estado;
Princípio da Seletividade: Segundo o artigo 155, §2º, III da Constituição Federal de
1998, o ICMS, poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dosserviços. Existem algumas discussões doutrinárias em torno da obrigatoriedade ou não
da essencialidade em relação ao ICMS, mas o que podemos observar é que os estados
optam pela adoção da seletividade de alíquotas, o que os obriga a adoção do critério da
essencialidade para realizar a discriminação utilizada no processo de alíquotas
seletivas;
Cálculo por dentro: O imposto está inserido em sua própria base de cálculo, o que
permite que seu valor seja repassado integralmente para o consumidor final, o“contribuinte de fato”.
FATO GERADOR
O fato gerador pode ser definido como a concretização da hipótese de incidência, ou
realização de um efeito previsto por lei. Já que de acordo com Machado (1999, pag.20) a
hipótese de incidência compreende a descrição da norma, de fatos que, quando ocorridos dãoorigem a obrigação tributária. Enquanto o fato gerador representa a própria ocorrência daquilo
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que a norma apresenta.
O fato gerador do ICMS está previsto pela Lei Complementar nº 87/96, que define os
eventos a serem adotados pela legislação de cada estado, para determinar as hipóteses de
incidência do imposto. Cabe aos Estados e ao Distrito Federal, instituir leis para fins da
arrecadação. Segundo Machado (1999, p. 24)
[...] a lei complementar não institui, não cria, o ICMS. Não estabelece hipóteses
que, se e quando concretizadas, fazem nascer o dever jurídico de pagar esse imposto.
Ela apenas define os fatos que o legislador estadual poderá adotar na descrição das
hipóteses de incidência deste.
Diante do descrito pelo referido autor é possível concluir que as unidades federativas,
apesar de serem unicamente responsáveis pela legislação que irá instituir o ICMS, deverão
considerar as delimitações expostas pela constituição federal e pelas demais normas
constitucionais complementares que tratem da matéria. Logo, teremos que os Estados e o
Distrito Federal obedecem aos limites postos pela lei complementar nº 87/96, que traz no seu
12º artigo as situações nas quais o fato gerador do ICMS pode ser considerado como ocorrido:
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular;
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer
estabelecimento;
III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em
depósito fechado, no Estado do transmitente;
IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente,
quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;
V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, dequalquer natureza;
VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;
VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio,
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços:
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação
expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei
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complementar aplicável;
IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior;
X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do
exterior e apreendidos ou abandonados;
XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e
gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando
não destinados à comercialização ou à industrialização;
XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em
outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente.
§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante pagamento
em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto
quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário.§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo
depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo
órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição
do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro,
salvo disposição em contrário.
§ 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do
desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento,
devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a
comprovação do pagamento do imposto.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do ICMS é dada através do valor das mercadorias, dos serviços de
transporte e de comunicação, de acordo com as previsões estabelecidas pela lei complementar
nº 87, de 13 de setembro de 1996. Segundo Melo (2008, p. 214) “somente deveriam integrar a
base de cálculo os valores inerentes às mercadorias e aos preços dos serviços de transporte, e
de comunicação, bem como os reajustes e acréscimos intrinsecamente vinculados a tais
valores”.
O Art. 13 da LC Nº87/96 define a base de cálculo do ICMS diante das seguintes
condições:
Nos casos da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular; da transmissão à terceiro de mercadoria
depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; e da
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transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a
mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente, a base de cálculo
corresponderá ao valor da operação;
Fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer
estabelecimento, o valor da mercadoria mais o do serviço;
Nos serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, o preço
dos mesmos;
Quando mercadorias forem fornecidas juntamente com prestação de serviços e não
forem compreendidos na competência tributária dos municípios será o valor da
operação. Nas situações que forem compreendidos na competência tributária dos
Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência
estadual, será o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.
Em hipótese de desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do
exterior a base de cálculo será a soma do valor da mercadoria ou bem constante dos
documentos de importação, observado o disposto no art. 14, mais imposto de
importação, imposto sobre produtos industrializados, imposto sobre operações de
câmbio e quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras;
Em casos de recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior será o
valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos
relacionados com a sua utilização;
Mercadorias ou bens importados do exterior, apreendidos ou abandonados adquiridos
em licitação pública, irão compor a base de cálculo o valor da operação acrescido do
valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as
despesas cobradas ou debitadas ao adquirente;
Em transações de entrada, no território do Estado, de lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado,
quando não destinados à comercialização ou à industrialização, a base de cálculo será
o valor da operação de que decorrer a entrada;
Da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro
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Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente, o valor da
prestação no Estado de origem;
Também compreende a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese de
desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior, o montante do
próprio imposto e os valores correspondes a seguros, juros e demais importâncias
pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição. E os
valores referentes ao frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou
por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
Em situações que tratem da saída de mercadoria para estabelecimento localizado em
outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo corresponderá ao valor
referente à entrada mais recente da mercadoria; ao custo da mercadoria produzida,
assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão de obra e
acondicionamento. Tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço
corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente.
ICMS NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS
O ICMS por ser um imposto de competência dos Estados e do Distrito federal possui
inúmeras alíquotas, que variam também de acordo com os diferentes tipos de operações
estabelecidas pela lei. A Constituição Federal normatiza a postura a ser adotada na ocorrência
de operações e prestações entre as diferentes unidades federativas do país, trazendo no seu art.
155, §2º os seguintes incisos:
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização
do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a
interestadual;
A CF prevê que seja atribuída a alíquota interestadual, nos casos em que o destinatário
for o contribuinte, competindo ao estado de destino o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual. E a alíquota interna quando o destinatário não for à
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mesma pessoa do contribuinte. Essa divisão tem como objetivo distribuir de forma mais
igualitária as receitas do ICMS.
A alíquota interestadual que a legislação trata está prevista na Resolução nº 22, de 19
de maio de 1989. Que estabelece uma percentagem de 12% nas operações interestaduais,
resalvando os casos onde as operações e prestações forem realizadas no Sul e Sudeste com
destino as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o estado do Espírito Santo, onde a alíquota
foi de 8% no ano de 1989 e 7% a parti de 1990.
Esta resolução promove de forma evidente a tentativa de sanar as desigualdades
sociais e regionais existentes no Brasil. Pois sem a normatização que o seu texto apresenta, a
maior parte do ICMS ficaria com os estados mais desenvolvidos, já que possuem maior
capacidade produtiva e por consequência de distribuição.
COMÉRCIO ELETRÔNICO
A palavra comércio deriva do latim commercĭum que se refere ao ato de troca, venda
ou compra de bens, produtos ou mercadorias. O termo também pode ser utilizado para definir
o estabelecimento comercial, local onde ocorrem as transações, ou o conjunto/classe dos
comerciantes. O comércio assim como a sociedade passou por fazes de desenvolvimento até
alcançar a era da informação e tecnologia, na qual as atividades comerciais tiram seus
produtos das prateleiras de lojas e armazéns para realizar suas transações em páginas da
internet, originando o que conhecemos hoje por e-commerce.
O e-commerce, traduzido para o português como comércio eletrônico, é um modelo
onde às transações de compra e venda são realizadas através de aparelhos e plataformas
eletrônicas. Inicialmente eram negociados nessa modalidade, apenas mercadorias de menor
valor, como livros e CDs. Porém, a aceitação do comércio eletrônico por parte dos
consumidores, permitiu que ele evoluísse comercializando nos dias de hoje desde simples
produtos até casas, carros e também alguns tipos de serviços.
CONCEITUAÇÃO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO
Segundo Albertin (2002), “o comércio eletrônico (CE) é a realização de toda a cadeia
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de valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, por meio de aplicação intensa das
tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos objetivos de negócio”.
Apesar de atualmente estar bastante atrelado aos processos de compra e venda de
produtos e mercadorias, o CE tem sua origem na década de 70 com o advento de tecnologias
como a Transferência Eletrônica de Fundos (TEF), na qual era possível transferir dinheiro
eletronicamente, operação que se limitava a grandes instituições financeiras e grandes
corporações. Com a difusão da internet para fins comerciais e a adesão dos usuários na World
Wide Web no começo dos anos 90, o CE se expandiu rapidamente, principalmente motivado
pelo acelerado desenvolvimento das redes e softwares, como também pelo aumento da
competitividade dos negócios.
O CE pode ser classificado de acordo com a natureza e o relacionamento dos agentes
envolvidos nas transações, os tipos mais usuais são:
Business-to-business(B2B): Os participantes envolvidos na negociação são
empresas e demais tipos de organizações, pode-se dizer que é uma transação
empresa-empresa;
Business-to-consumer(B2C): A comercialização envolvida se dará entre
empresas e compradores individuais, caracterizando uma relação empresa-
consumidor;
Business-to-business-to-consumer(B2B2C): Esse tipo de transação se da
quando uma empresa fornece produtos para outra e esta por sua vez repassa os
produtos para seus clientes, consumidores finais, caracterizando uma relação
empresa-empresa-consumidor;
Consumer-to-consumer(C2C): Ocorre quando consumidores vedem para outros
consumidores, processo bastante similar aos classificados de jornais, sendo que
ocorre de forma online;
BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES
O comércio eletrônico representa um grande marco nas relações comerciais, sua
capacidade de atingir grandes quantidades de pessoas em locais totalmente distintos, a
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diversidade de recursos e opções postos à disposição dos seus usuários fazem com que seu
desenvolvimento e expansão promovam ganhos inestimáveis para as organizações,
consumidores e para toda a sociedade. Sob a perspectiva das organizações os principais
ganhos observados são:
Expansão no mercado: Investindo menos recursos, em relação ao comércio
tradicional, as empresas conseguem alcançar um número maior de clientes, permitindo
um maior nível de interação, fortalecendo as relações entre empresa-consumidor e por
fim construindo uma relação de fidelidade quando as expectativas do cliente em
relação aos benefícios do negócio forem atendidas;
Redução de custos: As empresas apresentam reduções significativas nos seuscustos, que se dão primordialmente em razão da menor quantidade de papel usado, já
que as operações ocorrem de forma online, menor emprego de recursos em
armazenamento e distribuição e também redução com gastos em telefonia, pois o
contato com o cliente passa a ocorrer via internet;
Interatividade: O CE proporciona que as organizações interajam com seus clientes e
obtenham retorno mais rápido, o que permite que sejam feitas correções e
melhoramento de forma mais ágil, em decorrência da posição emitida pelos clientes;
As operações comerciais ocorridas via internet, atraem cada vez mais consumidores, e
isso se dá devido aos grandes benefícios que esse tipo de negociação pode proporcionar para
seus adeptos. O comércio eletrônico se apresenta como uma ferramenta bastante conveniente,
ágil e repleta de descontos. Poder realizar compras a qualquer hora do dia em qualquer lugar
do planeta, com uma infinidade de opções de produtos e lojas a sua disposição, garante ao
consumidor a possibilidade de comparar desde a característica ao preço de produtos dentro de
poucos minutos, aumentando a competitividade do mercado e por consequência originando
preços mais baixos.
A combinação do comércio com a internet, não representa apenas ganhos econômicos
para os mercados envolvidos, traz também ganhos sociais, quando possibilita a regiões mais
afastadas das grandes cidades o acesso a produtos e serviços escassos na região, como
também possibilita o acesso a cursos profissionalizantes e superiores, que hoje são oferecidos
de forma online. Hoje já é possível estudar, trabalhar, ter acesso a serviços de saúde e
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assistência social sem precisar sair de casa, oferecendo uma melhor qualidade de vida, numa
sociedade que horas são perdidas nos congestionamentos.
Apesar dos inúmeros benefícios evidenciados em relação ao comércio eletrônico,
existem limitações que inibem a participação de alguns usuários nessa modalidade de
comércio. A decisão por não realizar ao compra de uma mercadoria ou serviço online está
relacionada a questões como:
Preocupação com a segurança e a privacidade dos dados fornecidos no
momento das operações;
A não confiança em realizar compras em sites desconhecidos;
Existem consumidores que gostam de ver o produto pessoalmente, para poder
tocar nele, antes de efetuar a compra, constituído assim resistências às compras
online;
A falta de confiança gerada pela ausência de documentos e pessoas na forma
física;
Mesmo existindo resistências por parte de algumas pessoas o comércio eletrônico já
representa uma modelo de sucesso, que ganha milhões de seguidores a cada novo ano nomundo. O Brasil vem seguindo essa tendência, e nos últimos anos apresentou crescimento
bastante expressivo.
A INTERNET COMO FERRAMENTA PARA O COMÉRCIO ELETRÔNICO
Ao falarmos sobre o comércio eletrônico logo somos remetidos às negociações demercadorias e serviços realizadas por meio da internet. Porém, esse modo de comércio não
está restrito às páginas da web. Blumenschein e Freitas (2001), já defendiam que o comércio
eletrônico pode ser identificado quando são realizados pagamentos em caixas eletrônicos, no
uso do cartão de crédito ou outros meios digitais. Também, quando realizamos encomendas,
por telefone, e recebemos a mercadoria na nossa casa. Entretanto, o comércio eletrônico
passou a ser difundido juntamente com a expansão do uso da internet para fins comerciais.
A internet na sua origem foi idealizada com finalidades estratégico-militares, num
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cenário de guerra fria em 1969, onde Estados Unidos desenvolveu um sistema de
comunicação objetivando facilitar a troca de informações entre suas bases militares.
Conhecida por arpanet, por ter sido idealizada por um setor do departamento de defesa
americano o ARPA, ao fim da referida guerra, teve seu uso concedido aos cientistas nas
universidades americanas. Só alguns anos depois, devido a pressões políticas o modelo inicial
sofreu aperfeiçoamentos e teve seu uso autorizado para fins comerciais.
No Brasil os primeiros indícios da utilização da internet estão ligados à criação da
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em 1989, criada pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT), com o propósito de implementar redes de internet nacional no ambiente
acadêmico. Além de ser a responsável pela montagem da estrutura para o uso da internet, a
RNP foi encarregada de fazer a divulgação do projeto no meio acadêmico, procurando
enfatizar a importância da internet para o país e suas possíveis aplicações tecnológicas.
Foi no mês de maio de 1995 que teve início a abertura da internet comercial no Brasil,
a RNP tornou-se ainda mais fundamental nesse processo, passando a atender todos os setores
da sociedade com seus serviços. Para ajudar a consolidar a internet comercial no país foi
criado o centro de informações internet/BR para dar suporte aos futuros provedores e usuários
da rede. Grandes empresas da época, como a
Compaq, Equitel, IBM, Philips, foram
fundamentais nesse projeto, dando apoio, fornecendo equipamentos e proporcionando
financiamentos.
Passadas duas décadas desde o primeiro passo para o uso da internet no Brasil, somos
103,4 milhões de brasileiros com acesso a internet domiciliar, sendo cerca de 74,2 milhões de
usuários ativos, apresentando um tempo de exposição mensal de aproximadamente 19h38min.
O COMÉRCIO ELETRÔNICO NO BRASIL
Estamos vivenciando no ano de 2015 um período de instabilidade econômica, marcado
pela elevação significativa dos juros, aumento da inflação, redução dos créditos e da renda do
brasileiro. Nesse contexto o consumidor procura ter mais moderação na realização de
compras, utilizando a internet, através do comercio eletrônico como uma ferramenta para
realizar pesquisas, comparar preços e conseguir maiores descontos, já que a praticidade desse
meio de negociação lhe permite navegar por uma infinidade de lojas, em pouco tempo e de
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suas próprias residências, trabalho e etc.
Em reflexo ao período de crise econômica que está sendo enfrentado no Brasil foi
analisada uma redução no número de E-consumidores ativos, comparando os primeiros
semestres de 2014 e 2015, onde no ano anterior 18,9 milhões de pessoas realizaram alguma
compra no período em questão e nesse ano foi apresentada uma redução de 7%, como
podemos visualizar na figura a seguir.
Mesmo tendo apresentado uma diminuição no numero de E-consumidores ativos e tambémno percentual de crescimento em relação ao ano anterior, o comercio eletrônico continua
quebrando recordes, tendo alcançado um faturamento de 18,6 bilhões, o que representa um
crescimento nominal de 16% em relação ao primeiro semestre de 2014, como mostra a figura
a seguir.
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O crescimento do faturamento no comercio eletrônico está diretamente ligado ao aumento
do tíquete médio, que é puxado pelo aumento dos preços de produtos na internet como
também pelo volume maior de vendas de bens de maior valor, como eletrodomésticos,
eletrônicos e telefonia/celulares.
Não apenas pela facilidade de realizar compras e pesquisar produtos e preços, o cliente do
comércio eletrônico também se torna ativo em decorrência da satisfação que tem nos serviços
oferecidos através do comercio eletrônico. No ano de 2014 a E-bit começou a mensurar a
satisfação e fidelização dos clientes, através do indicador Net Promoter Score (NSP), e foi
possível identificar uma melhora em todos os meses de 2015, atingindo em junho em
percentual de 65% de satisfação.
METODOLOGIA
De acordo com Beurem (2004, pag. 79) as tipologias de pesquisa que melhor se
aplicam aos trabalhos científicos em contabilidade são agrupadas em três categorias: pesquisa
quanto aos objetivos, que contempla a pesquisa exploratória, descritiva e explicativa; pesquisa
quanto aos procedimentos, que abrange o estudo de caso, o levantamento, a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental; e a pesquisa quanto à abordagem do problema, que
compreende a pesquisa qualitativa e a quantitativa.
A presente pesquisa se apresenta sobre os aspectos de duas categorias citadas acima.
Inicialmente quanto aos objetivos, configura-se como exploratória, já que a finalidade deste
trabalho é conhecer mais intimamente a matéria em estudo, aprimorar e reconhecer os
conceitos envolvidos, para que sejam construídas hipóteses que auxiliem na resolução do
problema em estudo.A caracterização da pesquisa exploratória segundo Andrade (2002 apud BEUREM,
2004, pag.80):
[...] ressalta algumas finalidades primordiais, como: proporcionar maioresinformações sobre o assunto que se vai investigar; facilitar a delimitação do tema de
pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses; ou descobrirum novo tipo de enfoque sobre o assunto.
Quanto aos procedimentos o estudo realizado neste trabalho aborda tanto a pesquisa
documental como também a bibliográfica. A primeira abordagem é caracterizada pela
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utilização de documentos, nos quais existe a necessidade de que o pesquisador realize uma
organização das informações, que se encontram espalhas, para que estas se tornem
posteriormente fonte de pesquisa.
Os documentos são classificados por fontes primárias e secundárias. Os primários são
representados por informações de arquivos públicos; publicações parlamentares e
administrativas; estatísticas; arquivos privados e etc., enquanto os secundários tratam de
relatórios de pesquisas; relatórios de empresas; tabelas estatísticas; entre outros.
A pesquisa bibliográfica é fundamental para a realização de pesquisas, pois é através
dela que entramos em contato com a produção cientifica existente. Para Lakatos e Marconi
(2011, pag.57) “A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia
já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais,
revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc”. [...]
Os materiais resultantes de pesquisas bibliográficas, mais utilizados no presente
trabalho fora: livros, artigos, revistas, sites.
RESULTADOS
Como apresentado ao decorrer do estudo em questão, foi possível observar a evolução
do comércio eletrônico e a abrangência deste no Brasil. Os seguidos aumentos no
faturamento, o número representativo de compradores virtuais foram fatores fundamentais
para dar-se início aos questionamentos sobre o ICMS que incide nessas operações.
Como resultado das discursões em torno do ICMS icidente nas negociações
eletrônicas, no início de 2015 foi aprovada a proposta de emenda a contitução 7/2015, que
trouxe como objetivo corrigir a distorção tributária, na qual todo ICMS era recolhido pelo
estado de origem, onde estava localizada a loja virtual. Assim beneficiando os estados mais
desenvolvidos do país.
O texto aprovado traz uma alteração gradual na repatição do imposto em questão,
dessa forma, os estados de origem só recolherão 100% da diferença de alíquotas em 2019.
Até lá, vale a seguinte regra de transição: 20% para o destino e 80% para a origem (2015);
40% para o destino e 60% para a origem (2016); 60% para o destino e 40% para a origem
(2017); e 80% para o destino e 20% para a origem (2018).
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Por fim a evolução do comercio eletrônio e o debate em torno da legislação do ICMS
nesse novo contexo comercial que vivenciamos, permitiu que A PEC 7/2015 fosse aprovada e
alterasse a Constituição Federal, através da Emenda Constitucional Nº87, de 16 de Abril de
2015, trazendo no seu Art. 99 o modo que deverá ser repartido o ICMS nas operações viainternet.
"Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de
operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não
contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de
destino, na seguinte proporção:
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta
por cento) para o Estado de origem; II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60%
(sessenta por cento) para o Estado de origem; III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40%
(quarenta por cento) para o Estado de origem; IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte
por cento) para o Estado de origem; V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino."
Portanto, a EC 87/2015 surgiu para reequilibrar o modelo de tributação nacional, tendo
em vista o volume cada vez maior de operações comerciais realizadas pela internet, telefone e
demais tipos de operaçoes que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou
não do imposto, localizado em outro Estado.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#adctart99http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#adctart99http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#adctart99
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REFERÊNCIAS
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